Area Final.Pdf

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

Area Final.Pdf COPYRIGHT © 2013 FERNANDA LOPES EDIÇÃO: FERNANDA LOPES REVISÃO: FEIGA FISZON PRODUÇÃO GRÁFICA: SIDNEI BALBINO PESQUISA: FLORA HIMMELSTEIN MOREIRA LEITE PROJETO GRÁFICO/CAPA: JORGE SOLEDAR DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP) (CÂMARA BRASILEIRA DO LIVRO, SP, BRASIL) ------------------------------------------------------------------ LOPES, FERNANDA ÁREA EXPERIMENTAL : LUGAR, ESPAÇO E DIMENSÃO DO EXPERIMENTAL NA ARTE BRASILEIRA DOS ANOS 1970 / FERNANDA LOPES. -- SÃO PAULO : PRESTÍGIO EDITORIAL, 2013. BIBLIOGRAFIA. ISBN 978-85-64971-02-8 1. ÁREA EXPERIMENTAL - HISTÓRIA. 2. ARTE CONTEMPORÂNEA - BRASIL 3. ARTES VISUAIS 4. MUSEU DE ARTE MODERNA DO RIO DE JANEIRO I. TÍTULO. 13-12285 CDD-709.81 ------------------------------------------------------------------ ÍNDICES PARA CATÁLOGO SISTEMÁTICO: 1. BRASIL : ARTE : HISTÓRIA 709.81 SUMÁRIO 7 | Uma história necessária, por Frederico Coelho 13 | Capítulo I 35 | Capítulo II 69 | Capítulo III 96 | Imagens 153 | Cronologia 193 | 200 | BibliografiaLista de Imagens 205 | Agradecimentos Uma história necessária, por Frederico Coelho Em boa parte das conversas que tenho com pessoas da minha geração (eu tenho 38 anos) ligadas às artes visuais, em seus múltiplos aspectos, um dos consensos que sempre aparece é a falta de uma sistematização mais consistente e acumu- lativa da nossa História da Arte. Entre novos – e excelentes – artistas, curadores, galeristas e críticos, são poucos os que criam como compromisso central de sua trajetória o papel de historiador da arte feita no Brasil. Fernanda Lopes é uma dessas poucas pessoas que, ao lado de outros, vem preenchendo com muita acuidade e rigor algumas das principais lacunas contemporâneas dessa história. Seu primeiro trabalho nessa linha, dedicado à trajetória fundamental do Grupo Rex de São Paulo, já apontava para seu interesse por histórias que todos conhecem de forma solta, mas sobre as quais ninguém se debruça para conferir exatamente seus fundamentos e eventos. Neste livro, seu tema é a não menos “ilustre desconhecida” Área Experimental, espaço-sala- práticano MAM-Rio (esta entreindefinição 1975 eé 1978.um dos cernes da pesquisa de Fernanda) que existiu O livro que o leitor tem em mãos torna-se desde já um item obrigatório em qualquer biblioteca de quem se interessa pela arte contemporânea brasileira. O trabalho de Fernanda se debruça sobre documentos internos de instituições, cruza fontes de diferentes procedências, apura dados contraditórios e dá voz aos principais personagens do tema pesquisado. Este é, aliás, um dos grandes mé- 7 ritos de sua escrita. Ela consegue articular o peso da história (sua fidelidade e bomleitura uso dos das assuntos fontes e abordados. documentos) e sua própria fala crítica, nos dando fluidez na Apesar de breve, o que temos é um amplo painel de um dos períodos menos estudados da história cultural brasileira recente. Os anos 1970 chegaram às futuras gerações com o estigma do vazio, da morte, do silêncio, da tortura e dadas censura. esquerdas Por e muito da vitória tempo, dos a militares.década configurava A nossa grande apenas narrativa o espaço Moderna da derrota da primeira metade do século XX chegava ao seu limite. Nos anos 1960, o Concre- tismo, o CPC da UNE, o Cinema Novo e o Tropicalismo exauriam seus principais eixos, aprofundando entre nossos intelectuais e artistas as dicotomias local x uni- - versalsinara ea inventarpopular xum massificado. Brasil, mas Nosso talvez projeto não tenha Moderno, nos dado de todas certa asforma, ferramentas nos en para inventarmos esse Brasil em um mundo complexo, globalizado, conectado pela cultura de massas e extremamente iconoclasta em relação aos temas mais caros a nós naquele período de desenvolvimentismo e Guerra Fria. Debatia-se fervorosamente, em todos os campos de saber e arte, temas como a Nação (e o “nacional”), o Povo (e o “popular”), a Civilização (e nosso estado brutalista de “barbárie”), a Modernidade (e nossa “condenação ao Moderno”), a luta entre ser centro ou periferia (o primeiro do Terceiro Mundo ou o último do Primeiro Mun- do?), etc. E qual foi o papel das artes visuais nessa época? Como vemos em muitas áreas, o suposto vazio dos anos 1970, quando estudado de perto, torna-se radi- calmente o seu contrário. Foi justamente esse o período de refundação do campo cultural brasileiro, feito em novas configurações históricas. O país, governado 8 - porzando militares uma ideia e tecnocratas de cultura civis, brasileira investia completamente em suas instituições esvaziada oficiais, e anacrônica cristali com o que acontecia no país e no mundo. Atrelado a isso, tivemos o estabeleci- mentouma classe definitivo média de que um passou mercado a consumir cultural cada globalizado, vez mais atravéslivros, televisões, da expansão discos de - etexto, demais podemos produtos entender que apostavam a explosão nade eventosmassificação e grupos do consumidor.que passaram Nesse a ampliar con - ocial” raio ou de “mercadológico”. ação de seus fazeres Sem abraçar para fora o estabelecido, de tudo que poetas, ganhasse músicos, o caráter cineastas, “ofi atores, designers e artistas visuais apostaram em novas formas de produção dos seus trabalhos. Foi uma época em que eram necessárias novas linguagens que rompessem com a necessidade supostamente obrigatória de seguir o que o dis- cursonatural oficial – porém ou as nem tendências um pouco do tranquila mercado – sugeriam que o termo a eles. “experimental” Assim, foi de passou forma a circular com desenvoltura entre uma geração que, para sua sobrevivência, pre- cisava abraçar qualquer proposta que investisse no risco, na invenção, na pre- cariedadegalerias, jornais produtiva ou, no e no caso desafio do livro aos de espaços Fernanda, constituídos um museu. – fossem eles editoras, É aí, no museu mais emblemático do Rio de Janeiro e um dos mais em- blemáticos da arte brasileira, principalmente entre as décadas de 1950 e 1970, que veremos a questão do “experimental” ganhar um de seus momentos mais decisivos entre nós. Fernanda tem o mérito de, como boa genealogista ao modo demomento Michel emFoucault, que surgia buscar no os âmbito diversos institucional conflitos edo usos MAM-Rio. que a expressão Até então, teve experi no- mental era uma palavra que circulava entre nós como muitas outras vindas no 9 bojo do discurso crítico de nomes como Mário Pedrosa e sua geração. Mas foi outro crítico, esse de uma geração posterior, que implementou pela primeira vez no MAM um uso concreto do termo. Frederico Morais, ao lado de Cildo Meireles, Luiz Alphonsus e Guilherme Vaz, instituíram ainda em 1969 a Unidade Experimental. Ela teve vida curta, mas marcou um momento dessa história, como nos mostra Fernanda. Seu primeiro capítulo, aliás, é uma bela in- trodução ao momento tenso das artes visuais brasileiras durante a promulgação do AI-5 e os consequentes boicotes (como à Bienal de São Paulo de 1969) e cen- suras que ocorreram no período. Resgatar o lugar estratégico de uma exposição pouco comentada como o Salão da Bússola para explicar o que depois desem- bocaria na Área Experimental, por exemplo, é uma mostra de como Fernanda consegue ter uma visão ampla do circuito de arte em outros tempos. Dentre tantos temas que podem ser desdobados sobre o livro, alguns saltam das páginas e ganham corpo muito presente. É como se, mesmo que su- perados os embates do que é ou não Arte Experimental, alguns dos assuntos que vemos acontecer entre 1968 e 1978 permanecessem latentes. Por exemplo: qual é o papel do artista frente a uma instituição como um museu de Arte Moderna e sua programação de exposições? A história nos mostra que, no Brasil, essa par- ticipação praticamente só acontece do ponto de visto expositivo, raramente do ponto de vista executivo. Fernanda, acompanhando minuciosamente os Boletins internos do MAM, documentação valiosíssima e pouquíssimo estudada por pes- quisadores,foram montados afirma no que Museu nem durante sempre afoi década assim. de Os 1970 comitês trouxe e grupos o artista culturais para den que- tro dos debates sobre a instituição, hábito que, aos poucos, foi se apagando entre nós. Atualmente, grandes museus estão sendo inaugurados no país e, até onde 10 observamos, além de uma tendência ao museu como espaço temático de saber e entretenimento (futebol, arquitetura, ciência, língua, música, etc.), os espaços destinadosem 1975, seja às Artesno que Visuais diz respeito continuam ao papel enfrentando ativo do artistaos mesmos em seu desafios cotidiano, do MAM seja no manejamento dos limites do que pode ou não ser experimentado em um es- paço institucional. O MAM-Rio, durante a segunda metade dos anos 1970, conseguiu criar, mesmo que de forma tensa e permanentemente negociada, esse espaço de in- flexãopara isso entre foi justamenteartistas, executivos a Área Experimental, e instituição. umaE, curiosamente, zona de criação o espaço que alimentou possível uma geração de artistas cujas obras não tinham mais relação com os parâme- tros tradicionais – fossem os suportes, fossem os materiais, fossem os discursos empregados por eles. Acompanhar no trabalho de Fernanda as trocas de cartas entre os artistas e o MAM-Rio visando ao planejamento e à exibição de seus tra- balhos experimentais é um privilégio que só os que tinham faro de investigador podiam ter até então. Outro ponto fundamental para se destacar é a disposição da pesquisa- dora em enfrentar um dos grandes tabus de nossa história recente: o incêndio do MAM em julho de 1978. Fernanda Lopes consegue, através de uma perspectiva comprometida com o desenrolar dos fatos e suas naturais contradições, nos dar uma ampla visão da tragédia que se abateu sobre o Museu e sobre as artes visu- ais brasileiras. O principal é dizer que o tema não está aqui no livro por algum sensacionalismo ou o que seja. Ele, o incêndio, foi o corte abrupto do processo que a Área Experimental estava implementando no MAM e no país. A lista de artistas que exporiam no segundo semestre do ano (indo de Artur Barrio a José 11 Resende) mostrava que o futuro da proposta – cujo começo em 1975 passou por um hiato em 1977 e seria retomado com novo fôlego em 1978 – seria decisivo para o futuro de nossa arte e de nossos artistas.
Recommended publications
  • Relatório Anual De Atividades 2001
    RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES 2001 I NÚCLEO DE ARTES VISUAIS 1 - EXPOSIÇÕES São Paulo Investigações: A Gravura Brasileira 25 novembro 2000 a 18 fevereiro 2001 Pesquisa de Leon Kossovitch e Mayra Laudanna. Último evento do Eixo Curatorial 2000, Investigações, apresenta obras de 86 gravadores. O enfoque é a produção artística do século XX, desde Carlos Oswald até gravadores ativos e reconhecidos na contemporaneidade, privilegiando as inovações produzidas pelos artistas e considerando, para tanto, as técnicas tradicionais da gravura: xilo, linóleo, gravura em metal e lito. Artistas: Adir Botelho, Alberto Martins, Aldemir Martins, Amilcar de Castro, Ana Carolina, Ana Elisa Baptista, Anita Malfatti, Anna Bella Geiger, Anna Letycia, Antonio Cabral, Antonio Henrique Amaral, Armando Sobral, Arnaldo Pedroso D’Horta, Arthur Luiz Piza, Axl Leskoschek, Babinski, Calasans Neto, Carlos Martins, Carlos Oswald, Carlos Scliar, Cláudio Mubarac, Danúbio Gonçalves, Darel, Edith Behring, Edgar Fonseca, Eduardo Sued, Ely Bueno, Emanoel Araújo, Ermelindo Nardin, Ernesto Bonato, Evandro Carlos Jardim, Farnese de Andrade, Fayga Ostrower, Feres Khoury, Francisco Maringelli, Francisco Stockinger, Gilvan Samico, Glauco Rodrigues, Glênio Bianchetti, Guyer Salles, Hansen Bahia, Hélio Vinci, Heloisa Pires Ferreira, Henrique Leo Fuhro, Henrique Oswald, Iberê Camargo, Isa Aderne, Isabel Pons, João Câmara, José Altino, José Lima, Lasar Segall, Léo Dexheimer, Lívio Abramo, Lotus Lobo, Luise Weiss, Luiz Armando Bagolin, Lygia Pape, Madalena Hashimoto, Manoel Martins, Marcelo Grassmann, Marcio Périgo, Marco Buti, Maria Bonomi, Marília Rodrigues, Mário Gruber, Newton Cavalcanti, Nori Figueiredo, Octávio Araújo, Odetto Guersoni, Oswaldo Goeldi, Poty, Renina Katz, Roberto de Lamonica, Roberto Magalhães, Sérgio de Moraes, Sonya Grassmann, Raimundo Oliveira, Rossini Quintas Perez, Rubem Grilo, Sérvulo Esmeraldo, Thais Helt, Trindade Leal, Rubens Matuck, Vasco Prado e Vera Salamanca.
    [Show full text]
  • Sticas No Paãłs" and the Silence of Brazilian Art C
    Artl@s Bulletin Volume 8 Issue 1 Women Artists Shows.Salons.Societies Article 14 (1870s-1970s) 2019 The exhibition “Contribuição da mulher às artes plásticas no país" and the silence of Brazilian art criticism Marina Mazze Cerchiaro University of São Paulo, [email protected] ana paula simioni Universidade de São Paulo, [email protected] Talita Trizoli Ms Universidade de Sao Paulo, [email protected] Follow this and additional works at: https://docs.lib.purdue.edu/artlas Part of the Arts and Humanities Commons Recommended Citation Cerchiaro, Marina Mazze; ana paula simioni; and Talita Trizoli Ms. "The exhibition “Contribuição da mulher às artes plásticas no país" and the silence of Brazilian art criticism." Artl@s Bulletin 8, no. 1 (2019): Article 14. This document has been made available through Purdue e-Pubs, a service of the Purdue University Libraries. Please contact [email protected] for additional information. This is an Open Access journal. This means that it uses a funding model that does not charge readers or their institutions for access. Readers may freely read, download, copy, distribute, print, search, or link to the full texts of articles. This journal is covered under the CC BY-NC-ND license. W.A.S. (1870s-1970s) The exhibition Contribuição da mulher às artes plásticas no país and the silence of Brazilian art criticism Marina Mazze Cerchiaro Ana Paula Cavalcanti Simioni Talita Trizoli University of São Paulo Abstract In 1960 the São Paulo Museum of Modern Art inaugurated the exhibition Contribuição da mulher às artes plásticas no país. This was the first female collective exhibition of a large scale to happen in Brazil.
    [Show full text]
  • Amelia Toledo
    amelia toledo: 1958–2007 curated by luis pérez-oramas nara roesler | new york february 25 – april 17, 2021 Nara Roesler is pleased to announce Amelia Toledo’s inaugural solo exhibition in the United States, at the gallery’s new location in New York’s Chelsea neighborhood, from February 25 to April 17, 2021. Amelia Toledo (1926–2017) is a leading figure of Brazilian art in the twentieth century, with a career spanning over five decades, marked by distinctive engagements with constructive sculptural experimentations, that subsequently unfolded into iconic entwinements between art and nature. Toledo was first introduced to the field of visual arts at the end of the 1930s as she began frequenting the studio of Brazilian modernist landmark artist Anita Malfatti (1889–1964), after which she studied under the guidance of Yoshiya Takaoka (1909–1978) and Waldemar da Costa (1904–1982). Throughout her career, Toledo made use of several media and techniques, including painting, drawing, sculpture, printmaking, installations, and metalsmith/jewelry design, always focusing on the use of materials and faktura. Her work was initially aligned with constructivist research, echoing notions of Neoconcretism and the characteristic preoccupations of the 1960s, with an interest for public participation, as well as for the entwinement of art and life. She developed her multifaceted oeuvre in permanent and mutually enriching interlocution with other artists of her generation including Mira Schendel, Tomie Ohtake, Hélio Oiticica and Lygia Pape. Amelia Toledo allowed herself the freedom to never be part of a group, and to experiment according to her own moment. In the artist’s words: ‘It’s not even just a question of different processes; each material constructs itself, proposes itself in the form of certain consequences’.
    [Show full text]
  • Amelia Toledo Amelia Toledo Click to See Full Cv
    amelia toledo amelia toledo click to see full cv selected solo exhibitions Amelia Toledo – Lembrei que esqueci, Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-SP), São Paulo, Brazil (2017) Amelia Toledo began her visual art studies in the late 1930s, Amelia Toledo, Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, while attending Anita Malfatti’s studio. In the following decade, Brazil (2009) she studied with Yoshiya Takaoka and Waldemar da Costa. In Novo olhar, Museu Oscar Niemeyer (MON), Curitiba, Brazil 1948, she worked as a project designer in Vilanova Artigas’s (2007) architecture studio. Her engagement with key figures of modern Entre, a obra está aberta, Museu de Arte de Santa Catarina Brazilian art, as well as her experience in her father’s pathological (MASC), Florianópolis, Brazil (2006) anatomy laboratory, enabled the development of a multifaceted Viagem ao coração da matéria, Instituto Tomie Ohtake, São work that combines several languages such as sculpture, Paulo, Brazil (2004) painting, and printmaking. This production also flourished through her interaction with other artists of her generation, such selected group exhibitions as Mira Schendel, Tomie Ohtake, Hélio Oiticica, and Lygia Pape. Modos de ver o Brasil: Itaú Cultural 30 anos, Oca, São Paulo, Amelia Toledo’s diversity of media reveals a spirit focused on Brazil (2017) an expanded investigation of artistic possibilities. From the 10th Mercosur Biennial, Porto Alegre, Brazil (2015) 1970s onwards, the artist’s production went beyond constructive 30x Bienal: Transformações na arte brasileira da 1ª à 30ª edição, lexicon, which used regular geometric elements and curves, Fundação Bienal de São Paulo, São Paulo, Brazil (2013) focusing instead on the forms of nature.
    [Show full text]
  • Nara Roesler Announces Amelia Toledo's Inaugural US Solo Exhibition
    new york são paulo rio de janeiro nararoesler.art [email protected] nara roesler announces amelia toledo’s inaugural US solo exhibition with an iconic career marked by entwinements between art and nature, a selection of toledo’s works will be exhibited for the first time in the united states at nara roesler new gallery in chelsea, new york exhibition february 25 – april 17, 2021 Amelia Toledo. from Color Fields series, 2000’s, acrylic paint on linen, Courtesy of Amelia Toledo and Nara Roesler. NEW YORK, USA – Nara Roesler is pleased to announce ‘Amelia Toledo: 1958-2007’, the artist’s inaugural solo exhibition in the United States, at the gallery’s new location in New York’s Chelsea neighborhood, from February 25 to April 17, 2021. Amelia Toledo (1926–2017) is a leading figure of Brazilian art in the twentieth century, with a career spanning over five de- cades, marked by distinctive engagements with constructive sculptural experimentations, that subsequently unfolded into iconic entwinements between art and nature. Toledo was first introduced to the field of visual arts at the end of the 1930s as she began frequenting the studio of Brazilian modernist landmark artist Anita Malfatti (1889-1964), after which she studied under the guidance of Yoshiya Takaoka (1909-1978) and Waldemar da Costa (1904-1982). Throughout her career, Toledo made use of several media and techniques, including painting, drawing, sculpture, print- making, installations, and metalsmith/jewelry design, always focusing on the use of materials and faktura. Her work was initially aligned with constructivist research, echoing notions of Neoconcretism and the characteristic preoccupations of the 1960s, with an interest for public participation, as well as for the entwinement of art and life.
    [Show full text]
  • Anna Maria Maiolino
    “TUDO COMEÇA PELA BOCA” Anna Maria Maiolino Entrevista de Anna Maria Maiolino a Arte & Ensaios – com participação de Ana Linne- mann, André Vechi, Chico Fernandes, Cezar Bartholomeu, Fernanda Pequeno, Inês de Araújo, Lívia Bertuzzi (assistente de Anna), Livia Flores, Maria Luisa Tavora, Natália Quinde- ré, Vanessa Santos – no Galpão de Linguagens Visuais (UFRJ), em 2 de dezembro de 2014. Maria Luisa Tavora Anna, temos interesse em saber como foi sua experiência na Escola de Belas Artes e sua chegada no Rio de Janeiro. Anna Maria Maiolino Primeiro, obrigada por me trazerem de volta à Escola de Belas Artes. Quando cheguei no Rio de Janeiro, com 18 anos, a Escola se encontrava na avenida Rio Branco. Eu tinha cursado dois anos da Escola de Belas Artes Cristobal Rojas, em Caracas (Venezuela), um liceu artístico. Estava mui- to decidida na minha vocação. Antes mesmo de entrar na Escola, aliás, eu já sabia que só poderia existir através da arte. Quando cheguei aqui só falava espanhol, vinha da Venezuela, embora tenha nascido na Itália. No Rio, queria logo me inserir, porque, na escola de arte da Venezuela, tinha tido experiências incríveis de descobertas no âmbito da arte e como pessoa, e achei que frequentar a escola do Rio pode- ria ser um bom começo. Vou dizer uma coisa que, para vocês, professores, pode soar uma heresia: não acredito que arte se ensine. A escola de arte dá possibilidades de encontros. Então, no Brasil, procurei um lugar para me apoiar. A Escola de Belas Artes foi minha primeira escolha. Naquela época havia algo maravilhoso, “o ouvinte”, que logo a seguir a ditadura eliminou.
    [Show full text]