AMAZONIANA X 2 181 - 196 Kiel, Oktober 1987

Novas occoréncias de Gnøthodolus bidens, Synaptoløemus cingulatus e descrição de duas espécies novas de Sqrtor (, )

de

Geraldo Mendes dos Santos e Michel Jégu

Geraldo Mendes dos Santos, INPA-DBL, C.P.478, BR'69.000 Manaus-AM, Brasil Michel Jdgu, ORSTOM/INPA, C.P.478, BR-69.000 Manaus-AM, Brasii (accito para publicação: Junho I 987)

New occurences for Gnathodolus bidens and. and, descriptions of two new species of Sartor (Characiformes, Anostomidae)

Abstract

Gnathodolus MYLRS, 1927 , Synøptol¿ern¿¿s MYERS & FERNANDEZ YEPEZ in MYERS, 1950 and ,S¿rror MYERS & CARVALHO, 1959 are gencra of the family Anostomidae rvhich have hitherto been considcred to be monotypic and to have geographical distribution rcstricted to thc Orinoco River (Gnathodolus), fhe Xingu (Sartor) or both (Synaptolaemus). The species of thc se gencra are charactcrized by the entirely superior mouth and the symphyseal pair of teeth on the los'er jarv much larger than the remainder. As a result of taxonomic surveys of specimens from various rivers in the Brasilian Amazon, we are now able to rviden the known distribution of these gerrera in the Amazon region and to conclude IhatSartor, rather than being monotipic, includes tlrree species, trvo of rvhich are here described as newi Sartor elongatus n. sp. from the Trombetas Rive¡ and S. tucuruiense n. sp. fiorn the Tocantins Rivc¡, both in the statc of Pará, o1l the left ancl right banks of the Amazon River, respectìvely. Thc two ncw species differ ftorn Sartor respectus in ||rc p{esence of I 6 rathcr than t 2 circumpecluncular scales and from each othcr in the more elongated fo¡m of S. elongatus.

Keywordsi Freshwater fishes, .4.mazonian fishes, systematic, biogeography, Anostomidae.

0065-6755 I 1987 I 181 / @ MPI für Limnologie, AG Tropenökologie, Plön;INPA, Manaus

181 Introdução O matcrial que tem servido de base aos estudos j á realizados atô então sobre o s três género s é o seguinte: of Sciences CAS 20087 e Gnathodolus MYERS, l92l,Synaptolaemus MYERS & FERNANDEZYEPEZ em Gnathodolus birlens ,03 exemplares (02 em California Academy e 01 no Museum of Cornparative Zoology MCZ 31566); MYERS (1950) e Sartor MYERS & CARVALHO, 1959 são três gêneros da familia 2765I sartor respectus - 05 exemplares (01 no Museu Nacional do Rio de Janeiro s/n' e 04 no Anostomidae até agora considerados monotþicos e interpretados por MYERS (1950), Naturmuscum und F orschungsinstitut Scnckenberg S MF 1 0652)' GÉRY (1972113) e WINTERBOTTOM (1980) como sendo peixes muito especializados, Synøptolaemuscingulatus- l3exemplares(0sernCaliforniaAcademyof SciencesSU16l22' MBUCV-V dado sobretudo à poslção totalmente superior da boca, ao grande número de papilas 16123,16124 c CAS 20114; 02no Museu de Biologia da Universidade Cetrtral de Venezuela SMF 10222)' labiais e acl tamanho exageradamente grande do par de dentes sinfisianos da mandibula; 4252 e 03 no Naturmuseum und Forschungsinstitut Senckenberg As rnedidas e contagens ¡eferidas no presente trabalho sâo as seguintes: outra característica singular atribuída às espécies destes gêneros tem sido o seu padrão de que cornprimento padrão (cP): tomado a partir da extremidade da mandibula, ou seja, pela vertical distribuição geográfica, até agora às bacias do rio Orinoco na Venezuela (Synøpto- restrita passa pela sua porçâo rnais anterior. com a boca fechada, até o final clos hipurais; laemus e Gnathodolus) e do rio Xingu no Brasil (Sartor e Synaptolaemus). Altura e Largura

tabcla I -

182 183 Corpo fusiformc, sub cilindrico, pouco comprimido; maior altnra do corpo situada ao nível da no comprimcrlto da cabeça contra 3,30. Difcrc de Sartor elongatus sp. n. pela maior distância inter- origem da nadadeira dorsal; perfil pré dorsal ligeirarnentc convexo entre a origem da nadadcrra do¡sal orbital, contida 2,20 a2,40 vezes I.ro comprimellto da cabcça contra 2,49 a7,72; maior altura do e o supra ocipital e côncavo no topo da cabeça, com maior depressâo ao nívcl da segunda narina; base pe clunculo caudal, contida 8,93 a 9,55 vezcs no comprimetrto paclrâo contra 9,68 a 11,14; maior da nadadeira dorsal corn perfil inclinaclo para trás; perfil entre o final da nadadeira dorsal e comcço da largrrra da cabeça, contida i,78 a 1,83 vezes no seu próprio comprimento contra 2,04 a2,23; naiot adiposa fracamente convexo a quase reto, senclo côncavo entre as n¿rcladeiras adiposa c caudal; origcr.r.r altura da cabcça, contida 1,35 a 1,43 vezes no scu plóprio comprimento. da nadadeira dorsal situada urn pouco à frente da origem da nadadeira ventral e do meio do corpo; Descrição: os claclos ntorfomótricos c merísticos ¡eferentcs a esta espécie encontram'se na perfil ventral, compreencliclo entre o istmo e a origem da nadadeira anal praticarncntc reto, sendo tabela 1. côncavoentreanadadcira anal e acaudale convexo cntre o istmo c a base da maxila infèrior; pedunculo Corpo lusifornlc, sub cilíndrìco, pouco comprimido; rnaior altura do corpo situa-se ao nível da caudal comprimirlo; cabeça ligeiramentc comprimida, estreita, rnaior que a altura do corpo; focinho orige¡r cla naclarlcira dorsal; pcrfil prc dorsal ligeiramente convexo a qì.lase reto, dccrcscct.tdo suave- arreclonriade, em seção transversal, ao nível da origem clo olho; diâr¡etro do olho aproxintadamente mente a partir ala origcm da dorsal ató a partc sì.lperior da abertura bncal; topo da cabeça inclinado; igual à distôncia entre as duas narinas anteriores; fenda bucal oval a triangr.rlar. situacla ern posìçâo base cla ¡acladcira dorsal com perfil inclinada para trás, sendo ligeiramente côtrcavo etrtre a adiposa e a sulærior da cabeça e colr uma reentrância acentuada, em forma dc V invcrtido; mandíbula estreita, cauclal. Origeni da naclaclcira clorsal situada um pouco à frente da origem da nadadeira ventral e aproxi- ¡ecurvada para cima e para trás, encaixando-se totalnlente na maxila superior quando a boca se encontra nadanrentc equiclistante cntre a extrcmidaclc da rnandíbula c a basc clos raios cartdais supcliores; perfil fechada; maxila curta, lábios carnosos, franjaclos e revestidos internamente ¡ror várias fileiras de papilas ve¡tral compreendido cntre o istmo e a origem cla nadacleira anal convexo, sendo côncavo entre a na- clérmicas; presença c1e quatro dentcs de cada lado da maxila superior e tr'ês de cada lado da inferior; os claclcira anal e a caudal; peclunculo caurlal robusto, ligcirarnentc comprimido; cabeça comprimida, dentes sltperiores sâo ligeiraniente tricuspidados, curtos: o prirneilo e o últirno são pouco mcnores quo rnaior que a altura do corpo; focinho, na origem clo olho, arledonda

t84 185 Confrontando os clados obtidos a partir dos exemplares coletados por Schultz no alto rio Xìllllu Aocorrência deSynaptolaemuscingulatusnosriosAripuanãeTrombetasampliaasuaáreade que conr aqueles citados na

Material cxarninaclo: IN?A 1162 (80,6 mnl cle comprìmcnto pach'âo). Rio Aripuanã. cidadc de Aripuanã, MatoGrosso. llrasil (10' 19'S e 59' l2'W). cerca de 03 Knrabairo cla cachoeira de Dardanelos Discussão geral Colctado em 07 dc novcmbro 1976 pela cquipe de ictiólogia do INPA. INPA 1163: 05 eremplares Ø6,4 a 61 ,0 mm cle conrprirlento paclrio). Rio Trombctas. Cachoeira Porteir¿r, estado clo Pará. Brasil GÉRY (1961) rt: conhcce a família Anostornidae como scndo constituída por duas subfamilias: (1' 6'S e 57' 2'W), foz clo rio Mapuera, enl hrea cle peclral. no corÌìeço do cmbasamento cristalino rlo leporellinae(comapenasogênero Leporellus)eAnostominacqueenglobatodososdemaisgôneros. Planalto clas Guìanas. Coletado cm 20104/1'985 com ictiotóxìco por [frem Fcrreira c Michcl Jégu. WNTERBOTTOM (1980) dá um novo enfoque a essa interpretação e considera Anostominae como Após a descriçío origìnal lcita por MYERS & FERNANDEZYEPLZ em l950, baseados em unr grupo monofilético mas usâ este taxon para agrupar os gêneros Gnathodolus, Synaptolaemus, Sdrtor, oito exemplares coletados ern 1925 no alto rio Orinoco por C. Ternetz. houve um grandc lapso de Anostomus e Pseudanos e aventa a hipótese cle que os demais gôneros não formam um grupo mono- tempo selÌì novas informações sobrc csta cspécie as quais só vieram a ocorrcr na clescriçâo contplemcntar filé t ico. feita por GÊP.Y 091217 3). a partir de trôs cxernplares coletaclos ern 1960 no alto rio Xingu. WINTIìR- Dcnt¡e os nove a dez gôneros da farnília Anostomidae, Gnathodolus, Synaptolaemus e Sartor BOTTOM (1980) aclicionou novas infornrações sobre a cspécie baseaclo ern clois cxemplares coletados fo¡am conside¡ados até agora como gêneros monotípico, altamente cspecializado e com distribuição enr 1966 no rio Paragua, afluente tlo curso inferior clo rio Orinoco. geográfica ¡estrita à periferia da Bacia Amazônica, isto é, ocorrem apenas nos rios planaltinos oriundos A análisc do matcrial rdicionrt c-oletrclo por nós nos ¡ios Aripuanã e Trt¡lntrctas (Tab. 2) das vertentes do planalto das Guianas e do Brasil Central. dcntonstra uâo haver clifcrcnças significativas entre este e o citaclo na literatura. WINTLRBOTTOM É interessante notar ainda que nenhuma das espécies de Anostominae (senso WINTIRBOTTOM (1980) salienta que há uma variaçâo considelável na altura relativa clo corpo dcsta espécie cntrc os 1980) foi até entâo localizada a oeste da bacia Amazônica (rcgião andina) ou nas bacias do Paraguai e exetttplares provenientes clo rio O¡inóco e Xir.rgr.r_. senclo quc nos prinreiros cla variou de 4.16 ¡ 4.76 t- do leste brasilciro, mcsmo em rios planallinos, com características similarcs aos da perifcria da bacia nos írltirnos de 3.70 a 3,85. Quanto a estc carater. o uraterial por nós aualisaclo se aproxinra umis Anlazônica onde estas espécies ocorrem. Este fato pode sugerir que este grupo dc peixes tenha se daclrrele clo rio Orinoco, já quc sua altura relativa variou de 4,48 a 5.14 entrctanto sc enquaclra nos originado de um estoque ancestral amazônico, provavelmente antes da formaçâo do atual sistema limitcs da variação assinalados por aquele autor; assint, nem este ncnr nenhurn outro carater analis¿do fluvial Solimões-Amazonas, já que nos grandes rios tipicamente de planície estas espócies cstão ausentes permitc sugcrir quc os exr:mplares de Synaptolaemas correspondant a espécies distintas, mcsnto a e estes devem enta:o separar as comunidades clo planalto das Guianas ao norte e do Brasil Central ao sul. despcito de si:rem provenientcs dc rios diferenles e distantes entre si por longa distância.

186 181 Se por um lado quase todas as espécies da subfamília Anostominae, de pequeno portc aprcsentam Referências bibliográficas uma distrib¡ião restrita à periferia da bacia Amazônica (WINTERBOTTOM 1980), a maioria das demais na calha dos rios espécies amazônicas de Anostomidae, de grandc porte, ocorrem com maior densidade GÉRy, J. (1961): Contributions à I'ctude des poissons Characoides, structure et evolution des Solimões-Amazonas, prinoipalmente nas áreas alagáveis ou nos lagos marginais, onde as rnacrólitas Anostominae.- Bull. Aquat. Biol' 2 (19): 93 - ll2. peixes' aquáticas flutuantes e a mata marginal desempenham um importantc papel na ecologia destcs GÉRy, J. (19i2): Notes sur quelques Anostomidae (Pisces, Characoidei) du bassin Amazonien-- para as formas servindo-lhes fundamentalmente conto fonte alimentar ou como abrigo, especialmente Vie Milieu 23 (1) sér. c: 143 - 175. jovens (SANTOS 1983). GÉRY, J. (1977); Characoids of the r¡'orld.- TFH Publ' Inc' Ltda': 672 pp' heterogêneo e que Estes fatos servem para nostrar que o sistema aquático da Amazônia ó muito MYERS, G. S. (1927): Descriptions of new south american freshwater fishes collected by nelc ocor¡em duas zonas bem distintas quanto ao padrão de distribuição geográfica e nível dc diversidade Dr. Carl Ternetz.- Bull. Mus. Comp. Zool. Harvard 68: 107 - 135; (descriplio¡of Gnathodolus bidens). parte periférica, a norte e a sul, sob domínio dos planaltos e dos anostontideos: unt localizado na sua MYERS, G. S. (1950): Studies of south amerìcan freshwater fishes. IL The genera of Anostomine oìJtro na sua parte central, sob domínio da planície anlazônica. Characide.- Stanfotd Bull. 3: I 84 - 198. A partir fla classificação proposta por WINTERBOTTOM (1980) c baseaclos nas informações MYERS, G. S. & A. L. CARVALHO (1959): A remarkable of Anostomin Characid fishes from apresentadas no presente trabalho sobre as duas novas espécics de Sartor, podetnos separar as espécies upperrioXinguinCentralBrazil.-Copeia1959(2):148-152; (descriptionof Sartorrespectus). de Anostominae (senso WINTERBOTTOM op. cit.) aqui tratadâs, conl a chave segr"tinte: SANTOS, G. M. (1983): Caracterização e hábitos alimentares e reprodutivos de quatro espécies de 1. Presença de apenas um dente exageradamcute grande, de cada lado da mandÍbula "aracus" e considerações sobre o grupo no lago Janauacá-AM. (Osteichthys, Anostomidae)'- Gnathodolus (G. bidens) figuras 9 e l0 Acta Amazônica 12 (4): 713 - 739, 1'. hesenQa de três a quatro clentes de cada lado cla mandfuula . . . 2 WINTERBOTTOM, R. (1980): Systematics, Osteology and phylogenetic relationships of fishes of the (Characoidei, Anostomidae).- Life Sciences Contribution' 2. Presença de quatro dentes de cada lado da mandibula; presença da faixas tratrsversais Ostariophysan subfamily Anostominae 1I2 escuras e amarelo-alaranjadas que envolvem todo o corpo Synaptolaemus (5. cingulatus) - figuras 7 ¡ Royal Ontario Museum 123: PP. 2'. Presença de três dentes de cada lado da mandibula; ausência de faixas transversais abaixo da linha lateral Sortor a, Presença de doze escamas circumpedunculares . . S, respectus fþula 6 a'. Presença de dezesseis escamas circumpedurrcttlares . . b b. Corpo escrlro e alongaclo (maior altura e largura contidas respectivanlente cerca de 4,9 e 7,0 vezes no comprimento padrão) S. elongatus sp. n. - figuras 1 c 2 b'. Corpo amarelado e robusto (rnaior.alturae largura contidas rcspectivamente ccrca cle 4,1 e 5,8 vezes no comprimento padrão) S. tucuruiense sp. ll. - figura 3

Resumo

Gnathodolus MYERS. 1927 , Synaptol¿e¡øus MYERS & FERNANDE Z YEPEZ em MYERS, 1950 e Sartor MYERS & CARVALHO, 1959 são gêneros da familia Anostomidae considerados até agora como sendo monotípicos, com distribuição geográfica restrita ao rio Orinoco (Gnathodolus),ao Xngu (,S¿rfor) ou a ambos os rios (.Synapf olaemus). As espécies destes gêneros são caracte¡izadas fundamentalmente por terem a boca totalmente superior e o par cle dentes sinfisianos da maxila inferior muito maior que os demais. Através cle estndos de inventário taxonômico que vêm sendo conduzidos pelo INPA em vá¡ios rios cla Amazônia brasileira, tivemos oportunidade dc analisar exemplares destas espécies provenientes de outros rios além daqueles anteriormente relacionados, ampliando a sua área de ocorrência; além disso, a anáiise do material nos permite concluir que, ao invés de monotípico, Sarlor congrega três espécies, sendo duas delas descritas coIrro novas: Sartor elongatus sp. n. do rio Trombetas e S. tucuruiense sp. n. clo rio Tocantins, ambos no Estado do Pará à rnargem esquerda e direita do rio Anrazonas, respcctivamente. As duas e.spécies novas diferem basicamente de Sartor respectus por apresentâr I 6 escar¡as circurnpeclunculares ao invés de i 2 e dif'erem errtre si pelo fato de ,S. elongotus ser rnris alongeda quc S. tucuruiense.

188 189 Tabela 1: Ca¡acteres morfométricos e merísticos das espécies de Sartor coletadas em dive¡sos rios da Amazônia, segundo o autor (a), GÉP.Y 19'72173 (b) e WINTERBOTTOM 1980 (c). CP = comprimento padrão; CC = comprimento da cabeça (mm).

S. respectus S. respectus S. elongatus sp. n. S. tucuruiense sp.n holotipo topotipos ? holotipo paratipos x holotipo paratipos X (a) (b) (.) (a) (a) CPI Altura do corpo 3,86 3,8 - 4,2 3,9 - 4,4 5,01 4,35 - 5,14 4,86 0,23 4,27 3,87 - 4,35 4,r3 o,2l largura do corpo 1,90 5,8 - 6,5 6,2 - 7,r 7,18 6,36 - 7,20 7,05 0,38 5,87 5,69 - 6,09 5,84 0,18 Comprimento da cabeça 3,86 3,6 - 3,8 JlJ - J,+ 3,81 3,57 - 3,87 3,18 0,12 3,62 35s - 3,62 3,58 0,03 Distância pré dorsal 2,r8 2,0 - 2,t 2,r7 2,04 - 2,24 a 11 0,0s 2,14 2,05 - 2,08 2,08 0,03 Distância pré ventral lqq r,9 2,O3 t,94 - 2,10 2,00 0,05 1,85 I,84 - t,94 r,8'7 0,04 Distância pré anal t?? 1,3 1,37 1,3r - 1,37 r,34 0,02 1,27 I,27 - 1,34 1)q 0,03 Distância pré adiposa * r,22 t,t - r,2 1,23 r,16 t,22 |,20 0,02 I ,18 t,t7 - 1,22 1,19 0,02 Distância interdorsal 3,86 4,06 3,60 - 4,00 3,82 0,1s 3,90 3,84 - 399 391 0,06 Comprimento pedunculo caudal 4,61 5,0 - 5,5 4,72 4,53 - 5,20 4,86 0,20 s48 s,00 - sl0 5 ?5 ^)) Altura pedunculo caudal 8,9 8,6 9,2 11 - o 5) q?) - 9,t -9,3 ,09 9,68 tt,t4 i0,16 0,5 8 8,93 - 9 ,59 0,30 CC/ Distância interorbital 2,r5 ))_)4 2,5 2,6 )\) ) 4"4 _ )'7) )5q \o - 0,09 240 2,20 - 2,31 2,30 0,08 o Altura da cabeça l)? 1l-1,s t,74 1,56 - 1,77 1,67 0,07 IAT I,35 - 1,43 r,39 0,03 I-argura da cabeça I,79 ))? 2,04 - 2,21 ) t) 0,06 1,83 I,78 - 1,82 1,80 0,02 )?_)\ a a aÀ Comprimento do focinho 2,38 2,31 2,20 - 2,29 ))< 0,03 2,r5 2,09 - 2,t4 ?11 0,02 Altura do focinho 1,95 )1_)q 2,40 2,r7 - 2,53 2,38 0,10 2,08 1,81 - 2,00 t,94 0,r2 Largura do focinho ,15 2,56 2,42 - 2,63 2,56 0,06 2,38 2,23 - 2,34 2,30 0,07 Diâmetro l?-?s 4 )'7 do olho 3,30 4l - 4,8 4,23 - 4,77 4,34 0,20 5,00 4,90 - sAO 5,06 0,22 Escamas da linha laleral 38 37-40 39-40 40 40-42 40,22 0,66 40 39 lo )< 0,50 Escamas acima linha lateral 5 5,5 5 5 4,5 -5 4,89 o)) 5 5 5 0,00 Escamas abaixo linha lateral 4 4,5 4 4 a_L\ 4,05 0,16 4 4 4 0,00 Escamas circumpedunculares t2 12 12 16 I6 16 0,00 16 t6 t6 0,00 Escamas predorsais 12 11 t2-14 12 10-13 rt,44 1,01 11 t0-12 11,0 0,81 Escamas interdorsais 11 l1-12 13 rt-t4 t2,78 0,83 13 tl-12 tr,'75 0,96 Escamas entre adiposa e caudal 9 8-9 9 ?o 8,00 0,86 7 7-9 '7 7\ 0,96 Raios nadadeira dorsal ii, 10 iii,10 - 11 iü, 10 ii, 10 ii,10 - 11 ü, 10 ii,10 - 11 Raios nadadeira peitoral i, 15 i,1s - 16 i, 15 6 i,t6 i,15 - 16 i, 15 I,t5 - t7 Raios nadadeira ventral i,8 i, B-9 i,8 i,8 i, 7 -8 i,8 ;14 Raios nadadeira anal ii, 8 ii, 8-9 iii,8 n,9 ü,8-10 ii,8 ii, 8-9 n tndlvlduosexamrnados 1 4 4 1 8 I J l¡ca1 de coleta Xngu(Coluene) Xingu(SuyaMissu) Trombetas Tocantins

z FF Þl¡i¡t-¡anriFiri ô c) a -3 é Q Þ Þ5 ='ì=Ìnâô.íôôJ 999:ÞÞÈÞrc = @ -2 : È =ovÞÞÈØØØ.Ø ===' - - -.;'; ur>1r>g o i o È Þ È -:i ¿?ggggglf>Ø - s ó á =õ;õ5=-r'- = = =cJ. qô.t =9 = =a' -Yõ'z'' =a' 6; + ++ç?':'==.7=. á=æ==od=;. 3õ=ii= Þ======Þ==;.ó.6.;',õ:.=E= :: ì. X X : o x Ë i.r È o- :: \ ñ - 4 ãËãç -*=ä9=o^= = =aiõoã=- - ^':.-i- oi.2.2.2.3.2.=ã=õ¡Eõ.Z a-o ã ;='-'==iz*;"ÞÈc¡iiã.;--Þ oan2-n-= rz:EEEE3c. Õ\= ; g ã-c'=Òt= å1:tf iãaoö 1.o o , .a :-o. . í: ; " áló.6 +g;7,2 í. 4 l'3': ]'dqë < Q_x í= l= á===7= ¿.= u i==2.= ^ j: ro'O:o"'ú-Õ-;t=:øj^-=: =:,-, =-Å Þ ^4 = -; =¡i õ-¡. É -ã^ft:-;3 r": o A ;a ;¿¡ (Dø5 * -ç õE? .. s--1j=Eí9 7 N ? -lÞ- g = 7," t Õ:'Ë ^ Ë ^¿ ^ìtsúø o' o rêÉ É Õv! Ê' ooY J=ô 'õ@* oô-( o )Ø"è È 'AØØ o U ÞH^ ç !æpp o ,aÈæqø È.:"P-pPj-.-a 5-qjÞ5j-:J9jÞ-ei" -uæ{ÞO\{O€aNP\O-O{Þ =oÐ^, Ø (- @ !6ooop- 1Þ'ÞÈÕ€oFo+5 Y -l'< Þô@o Þ ^US a rõ\a id {O-paèii oçPPN+o OqÀ+ÊFPoæ5 ^+S) "a"æ'@ ;"o \"a"ø-a'p"ø"q "s"ø"o;þ'æþi'æä X aaa Aæ Øæ€çæ\OÊ Êuô!6!OOqæ ôãì Þì E >à a'ó ì' OOOÕOOO OOOOÕOO OOOOOOOOOO "æ "ø "Õ "N -ñ -*-* "- -6> -p -€þ"-b -o'o -o - Èø+oqÒo\ ä'o PaæoÔNF; pøæpoÞøNJÞô þ ô L OÞìs Ð Õ ^-i^-4 dc':, -=a løaFÈËN)aøa 3ts. ä o J-'--r'æOO6Àqô -ø apËNÈ-N ÞÞ êJì E - cæ* \'p"þ-a\þ"ø 'çþ"èþ"p"æ--"å-Ø-a 3 q wè{pøØo aq9oøætJçoæ þìa I 560 540 52" 50

PA R A

Fig. 1: 100 Sartor elongatus espécie nova, INPA 1167; holótipo '13,2 mm de comprimento padrão; Rio Trombetas, UHE Cachoeira Porteira, Pará, Brasil.

3,

acq, t õ r f, o ñ

{ 12" sto Jacar t@ t^ p l; I

Ø o B (/) A :

o 'l'40 1 mm m Fig,2: C, Vista late¡al direita dos dentes do pré-maxilar (A) e do dentário (B) de Sartor elongatus sp.n. - INPA 1 167

160

Fig.4: Mapa do alto rio Xingu, com indicação da área de ocorrência de sartor respectus (rios Coluene e Suia.Missu).

Fig. 3: Sartor tucuruiense espécie nova, INPA 1165, holótipo 90,5 mm comprimento padrão; Rio Tocantins, UHE Tucurui Pará, Brasil.

t92 193 0

Fig.7: Synaptolaemus cingulatus,INPA 1163; 61,0 mm comprimento padrão; Rio Trombetas, UHE Cachoeira Porteira, Pará, Brasil.

I

tr 'aii 80 60 A B IlI Fig.5: Mapa de distribuiçâo de Sartor r.espectus (a) , Sartor elongatus sp. n. ( o), S. tucuruíense sp. n. ( o) Gnathodolus bidens (L¡, Synaptoløemus cingulatus (.), ry

1mm 1mm Fig. 8: Vista lateral direita dos dentes do pré-maxilar (A) e clo dentário (B) de Synaptoløemus cingulatus - INPA 1162,

Fig. 6: Søttor respectus, MNRJ s/n" , holótipo 83 mm comprimento padrâo; Rio Coluene, afluente clo rio Xingu, Posto Jacaré, Mato Grosso, Brasil

194 l9s Fþ. 9: Gnathodolus å¡dens, INPA 1164; 113,5 mm comprimento padrão; Rio Uaturnâ, UIIE Balbina; Amazonas, Brasil.

A B ç E E ç s

1mm

Fþ, 10: vista lateral direita dos dentes do pré-maxilar (A) e do dentário (B) dc Gnathodolus bídens - INPA I I64.

196