Flash Desemprego Resumo estatístico | 27/07/2020

1 covid19 = 2,4 novos desempregados*

Covid19 RC => +36% novos desempregados*

Entidade Promotora:

Investidora Social:

Parceiros:

Autor | Florindo Ramos Fontes | IEFP, IP, i9social Versão | 1.0 Data | 27/07/2020 PT | Pré-acordo ortográfico Headlines(1)

N.º de desempregados de curta duração aumentou 36% Mínimo: +9,2% em Mortágua | Máximo: +52,5% em . Baixa densidade: 27% | Outros: 39%.

N.º de novos de desempregados de curta duração registados em Março-Maio: 2.597 Mínimo: +9 na e Mortágua | Máximo: +825 em . Baixa densidade: 526 | Outros: 2.071.

Cada caso confirmado de Covid19 gerou 2,4 desempregados de curta duração Mínimo: 0 na Pampilhosa da Serra | Máximo: 20,4 na . Baixa densidade: 2,8 | Outros: 2,3.

No mês de Junho de 2020 foram recuperados 17% dos postos de trabalho perdidos Mínimo: +15% na Lousã | Máximo: -74% em Mira. Baixa densidade: 11% | Outros: 18%.

(1) Para a região de Coimbra.

Pág. 2 Gráfico 1 | Número total de desempregados e desempregados de longa duração (DLD) nos 19 concelhos da região de Coimbra

CIM-RC - Total desempregados e DLD 15 000 10 000 14 197 13 980 14 000 9 000 12 618 13 000 12 542 13 725 8 000 11 700 12 000 11 238 11 146 12 109 11 042 7 000 11 000 11 632 11 775 11 705 11 256 11 145 10 978 10 967 11 076 10 000 10 696 6 000 5 134

9 000 4 446 4 483 4 436 4 398 5 000 4 198 4 199 4 336 5 077 5 029 4 923 8 000 4 719 4 730 4 673 4 424 4 366 4 359 4 000 4 054 7 000 4 011 3 000 6 000 2 000 5 000

4 000 1 000

3 000 0 dez/18 jan/19 fev/19 mar/19 abr/19 mai/19 jun/19 jul/19 ago/19 set/19 out/19 nov/19 dez/19 jan/20 fev/20 mar/20 abr/20 mai/20 jun/20

Total desempregados (séries) Total DLD (séries)

Gráfico 2 | N.º total de desempregados nos 19 concelhos da região de Coimbra em Junho de 2020 e evolução em relação a Fevereiro de 2020*

N.º de Desempregados (Concelhos CIM-RC) 5000 45% 41,0% 40,4% 4555 4500 40%

4000 35%

3500 30% 26,6% 25,4% 24,7% 24,3% 3000 22,2% 25% 2531 2500 20% 21,0% 19,5% 18,8% 2000 17,6% 15% 16,4% 1500 13,0% 10%

918 9,2% 1000 7,4% 99 5% 614 697 669 521 5,1% 4,6% 460 381 426 500 275 298 363 317 0% 237 159 101 104 -2,0% -2,8% 0 -5%

fev/20 jun/20 Ev. 4 meses

* Barra negra representa média da evolução do n.º total de desempregados entre Fevereiro e Junho de 2020 para a região de Coimbra: +21,9%.

Pág. 3 Quadro 1 | Indicadores de casos confirmados covid-19 e desemprego na região de Coimbra

Casos % total casos Casos / 10.000 Desempregados Ev. Fev-Jun20 Novos des. Novos des. Território % CIM-RC Covid-19 CIM-RC hab. Junho 2020 % n % Coimbra 626 53,1% 46,8 4 555 33,2% 26,6% 958 38,8% Condeixa-a-Nova 155 13,1% 88,1 381 2,8% 17,6% 57 2,3% Cantanhede 80 6,8% 22,8 918 6,7% 22,2% 167 6,8% Figueira da Foz 46 3,9% 7,8 2 531 18,4% 24,7% 501 20,3% Montemor- o- Velho 36 3,1% 14,3 697 5,1% 21,0% 121 4,9% 35 3,0% 30,7 460 3,4% 19,5% 75 3,0% 29 2,5% 15,0 669 4,9% 13,0% 77 3,1% Soure 26 2,2% 15,0 426 3,1% 9,2% 36 1,5% Penacova 25 2,1% 18,1 275 2,0% 41,0% 80 3,2% Mealhada 24 2,0% 12,1 521 3,8% 40,4% 150 6,1% Lousã 23 1,9% 13,4 614 4,5% 24,3% 120 4,9% 20 1,7% 15,8 298 2,2% 16,4% 42 1,7% Góis 11 0,9% 28,8 104 0,8% 5,1% 5 0,2% Mortágua 11 0,9% 12,4 159 1,2% 7,4% 11 0,4% 11 0,9% 15,9 237 1,7% 25,4% 48 1,9% 9 0,8% 8,1 363 2,6% 4,6% 16 0,6% Mira 7 0,6% 5,9 317 2,3% -2,8% -9 -0,4% 6 0,5% 11,0 101 0,74% 18,8% 16 0,6% Pampilhosa da Serra 0 0,0% 0,0 99 0,72% -2,0% -2 -0,1% CIM-RC 1 180 100,0% 27,2 13 725 100,0% 21,9% 2 469 100,0% Centro 4 387 19,8 51 618 23,1% 9 691 Continente 49 118 50,2 381 629 30,2% 88 613 Correlações (n.º de casos confirmados) 0,87 0,23 0,88 Fontes: DGS, INE, Pordata, IEFP, I.P. | Casos confirmados de covid-19 até 23/07/2020 Máximos Mínimos Ordenação decrescente Análise e Conclusões

| 1 | N.º total de desempregados inscritos nos Centros de Empregos do IEFP, I.P. era, no final de Junho de 2020, 13.725, um aumento de 21,9% em relação ao mês de Fevereiro, mas uma redução de -3,3% em relação ao mês anterior (14.197). São mais 2.469 desempregados do que no final de Fevereiro e menos 472 do que em Maio de 2020. Conclusão 1: Tendo em conta a tendência de descida do desemprego existente antes do fenómeno covid-19, o aumento em relação a Fevereiro de 2020 pode ser atribuído (parcial ou inteiramente) aos efeitos do mesmo1.

| 2 | O desemprego de longa duração (DLD) aumentou, no mesmo período de 4 meses, +7,5% (mais 305 indivíduos). Conclusão 2: Teoricamente, o fenómeno covid-19 não deveria ter efeitos no DLD. A causa para este aumento deverá ser, pois, atribuída a outro(s) factor(es).

| 3 | O n.º total de desempregados inscritos há menos de 1 ano era, no final de Junho de 2020, 9.366, equivalente a um aumento de 30% em relação a Fevereiro de 2020, mas uma diminuição de -4,4% por comparação com o mês de Maio (9.799 desempregados inscritos há menos de 1 ano). Conclusão 3: No sentido de melhor isolar o efeito da pandemia Covid-19 no desemprego, utilizaremos a partir daqui o n.º total de desempregados inscritos há menos de 1 ano em vez do n.º total de desempregados inscritos (ver Quadro 2 na página seguinte).

| 4 | A consistência (negativa) verificada até ao mês de Maio na situação da região de Coimbra em relação aos territórios mais abrangentes do Centro e Continente para os indicadores relacionados com a incidência do fenómeno covid-19 e com o desemprego desapareceu em Junho. Conclusão 4: A região de Coimbra regista maior incidência de casos confirmados covid-19 e menor aumento do desemprego quando comparada com a região Centro. Quanto ao Continente, a incidência na região de Coimbra é menor, assim como o aumento do desemprego.

1 Esta conclusão mantém-se válida ainda que considerados efeitos da sazonalidade no desemprego. Pág. 4 Quadro 2 | Indicadores de casos confirmados covid-19 e desempregados inscritos há menos de 1 Ano na região de Coimbra

Casos % total casos Casos / 10.000 Desempregados Ev. Fev-Jun20 Novos des. Novos des. Território % CIM-RC Covid-19 CIM-RC hab. <1A Junho 2020 % n % Coimbra 626 53,1% 46,8 3 124 33,4% 32,4% 764 35,3% Condeixa-a-Nova 155 13,1% 88,1 275 2,9% 29,1% 62 2,9% Cantanhede 80 6,8% 22,8 641 6,8% 29,8% 147 6,8% Figueira da Foz 46 3,9% 7,8 1 829 19,5% 35,5% 479 22,1% Montemor- o- Velho 36 3,1% 14,3 475 5,1% 28,4% 105 4,9% Tábua 35 3,0% 30,7 273 2,9% 21,9% 49 2,3% Oliveira do Hospital 29 2,5% 15,0 438 4,7% 19,7% 72 3,3% Soure 26 2,2% 15,0 275 2,9% 23,3% 52 2,4% Penacova 25 2,1% 18,1 185 2,0% 51,6% 63 2,9% Mealhada 24 2,0% 12,1 398 4,2% 48,0% 129 6,0% Lousã 23 1,9% 13,4 394 4,2% 33,6% 99 4,6% Miranda do Corvo 20 1,7% 15,8 210 2,2% 19,3% 34 1,6% Góis 11 0,9% 28,8 53 0,6% 6,0% 3 0,1% Mortágua 11 0,9% 12,4 107 1,1% 9,2% 9 0,4% Vila Nova de Poiares 11 0,9% 15,9 144 1,5% 33,3% 36 1,7% Arganil 9 0,8% 8,1 196 2,1% 18,8% 31 1,4% Mira 7 0,6% 5,9 238 2,5% 3,9% 9 0,4% Penela 6 0,5% 11,0 61 0,7% 27,1% 13 0,6% Pampilhosa da Serra 0 0,0% 0,0 50 0,5% 19,0% 8 0,4% CIM-RC 1 180 100,0% 27,2 9 366 100,0% 30,0% 2 164 100,0% Centro 4 387 19,8 34 526 32,5% 8 460 Continente 49 118 50,2 256 452 44,5% 78 980 Correlações (n.º de casos confirmados) 0,86 0,18 0,84

Fontes: DGS, INE, Pordata, IEFP, I.P. | Casos confirmados de covid-19 até 23/07/2020 Máximos Mínimos Ordenação decrescente

| 5 | Como seria de esperar o efeito (negativo) da pandemia é, em termos relativos (percentuais), mais acentuado no desemprego de curta duração (+30%) do que no desemprego em geral (+21,9%). Tal também é válido (sem surpresa) para a região Centro (32,5% vs 23,1%) e Continente (44,5% vs 30,2%).

| 6 | A correlação entre o número de casos covid-19 confirmados e o número de novos desempregados de curta duração em cada concelho é de 0,84, ou seja, muito forte. Pode, pois, afirmar-se que existiu uma tendência para que o número de novos desempregados de curta tenha crescido mais nos concelhos onde se registaram mais casos covid-19 confirmados.

| 7 | Coimbra regista 53,1% do total de casos covid-19 da CIM-RC, mas “apenas” 35,3% dos novos desempregados de curta duração registados entre Março e Junho de 2020. Conclusão 5: O “excesso” de incidência de casos confirmados covid-19 no concelho de Coimbra não teve equivalência total no aumento do desemprego, embora, em termos absolutos, o concelho de Coimbra registe o maior número de novos desempregados de curta duração da região de Coimbra (+764).

| 8 | Condeixa-a-Nova, cujo concelho se destaca por apresentar a maior incidência de casos confirmados na região de Coimbra (88,1 casos/10.000 hab.) também regista um aumento do desemprego de curta duração (+29,1%) superior à média daquele território, mas o peso relativo do número de desempregados de curta duração residentes no concelho no total da região de Coimbra (2,9%) é ainda bem inferior ao peso relativo daquele concelho no total de população residente nos 19 concelhos daquela região (4,1%). Conclusão 6: O “excesso” de incidência de casos confirmados covid-19 no concelho de Condeixa-a-Nova não teve equivalência absoluta no aumento do desemprego.

| 9 | Coimbra, Condeixa-a-Nova e Cantanhede acumulam 73% do total de casos covid-19 confirmados na CIM-RC, mas “apenas” 43,1% do total de desempregados de curta duração. Estes concelhos representam 43,1% da população residente na região de Coimbra.

Pág. 5 Conclusão 7: A sobrerepresentação daqueles 3 concelhos no número de casos covid-19 confirmados não teve equivalência total no (aumento do) número de desempregados de curta duração.

| 10 | Pampilhosa da Serra é o único concelho da CIM-RC sem registo de casos confirmados nos boletins da DGS e um aumento de 19% (muito inferior à média da região de Coimbra) no n.º de desempregados de curta duração. Mapa 1 | Aumento percentual do desemprego de curta duração nos concelhos da região de Coimbra entre Março e Maio de 2020

| 11 | Tendo em conta a recuperação aparentemente iniciada em Junho, assumiremos que o “pico” do aumento do desemprego como efeito da pandemia Covid-19 se registou em Maio de 2020. O Mapa 1 supra apresenta, assim, o “cenário final” criado pela pandemia na região de Coimbra quanto ao desemprego de curta duração registado nos Centros de Emprego do IEFP, I.P. Conclusão 8: Corrige-se a equação inicialmente apresentada, em função do ajustamento relacionado com o desemprego de curta duração:

(1) N.º de casos Covid-19 confirmados em 31/05/2020 na região de Coimbra: 1.085 (2) N.º de novos desempregados inscritos há menos de 1 ano na região de Coimbra entre Março e Maio de 2020: 2.597 (2) / (1) = 2.597 / 1.085 = 2,4

Casos Casos Covid- Novos Novos Desemp. Novos Novos Território Covid-19 19 Actual Desemp. <1A <1A / Casos Desemp. <1A Desemp. <1A Mai20 Mar-Mai20 Mai.20 Mar-Jun20 / Casos Actual [1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] Figueira da Foz 34 46 692 20,4 479 10,4 Arganil 8 9 53 6,6 31 3,4 Mealhada 18 24 133 7,4 129 5,4 Mira 6 7 34 5,7 9 1,3 Montemor-o-Velho 30 36 157 5,2 105 2,9 Lousã 20 23 86 4,3 99 4,3 Vila Nova de Poiares 7 11 34 4,9 36 0,0 Oliveira do Hospital 27 29 82 3,0 72 2,5 Miranda do Corvo 17 20 53 3,1 34 1,7 Penacova 22 25 64 2,9 63 2,5 Soure 25 26 65 2,6 52 2,0 Penela 5 6 14 2,8 13 2,2 Cantanhede 71 80 142 2,0 147 1,8 Tábua 35 35 47 1,3 49 1,4 Coimbra 584 626 825 1,4 764 1,2 Góis 10 11 10 1,0 3 0,3 Mortágua 11 11 9 0,8 9 0,8 Condeixa-a-Nova 155 155 88 0,6 62 0,4 Pampilhosa da Serra 0 0 9 0,0 8 0,0 CIM-RC 1 085 1 180 2 597 2,4 2 164 1,8 Baixa densidade 187 206 526 2,8 469 2,3 Outros 898 974 2 071 2,3 1 695 1,7 Centro 3 744 4 387 8 794 2,3 8 460 1,9 Continente 32 275 49 118 80 896 2,5 78 980 1,6 Pág. 6 | 12 | Figueira da Foz foi o concelho da região de Coimbra com evolução mais “grave” e preocupante no que diz respeito aos efeitos da pandemia covid-19 no desemprego. Em 3 meses, mais 692 desempregados de curta duração (+51,3%). Mais de 1 em cada 4 (26,6%) dos novos desempregados de curta duração registados entre Março e Maio de 2020 residiam na Figueira da Foz.

Mas é também o concelho da Figueira da Foz o que mais melhorou a sua situação em termos de diminuição do número absoluto de desempregados de curta duração no mês de Junho de 2020: -213 indivíduos (ver coluna 8 do quadro infra). Quadro 3 | Aumento e “recuperação” do n.º desempregados inscritos há menos de 1 Ano na região de Coimbra entre Fevereiro e Junho 2020

N.º de desempregados inscritos há menos de 1 Ano Ev. Fev-Mai20 Ev. Mai-Jun20 Recup. Fev.20 Mar.20 Abr.20 Mai.20 Jun.20 n % n % Jun20 [1] [2] [3] [4] [5] [6 = 4-1] [7 = 6/1] [8 = 5-4] [9 = 8/4] [10 = 8/6] Arganil 165 185 202 218 196 53 32,1% -22 -10,1% -42% Cantanhede 494 554 642 636 641 142 28,7% 5 0,8% 4% Coimbra 2 360 2 836 3 158 3 185 3 124 825 35,0% -61 -1,9% -7% Condeixa -a -Nova 213 257 302 301 275 88 41,3% -26 -8,6% -30% Figueira da Foz 1 350 1 622 2 011 2 042 1 829 692 51,3% -213 -10,4% -31% Góis 50 51 53 60 53 10 20,0% -7 -11,7% -70% Lousã 295 328 363 381 394 86 29,2% 13 3,4% 15% Mealhada 269 327 380 402 398 133 49,4% -4 -1,0% -3% Mira 229 232 265 263 238 34 14,8% -25 -9,5% -74% Miranda do Corvo 176 211 221 229 210 53 30,1% -19 -8,3% -36% Montemor- o- Velho 370 470 520 527 475 157 42,4% -52 -9,9% -33% Mortágua 98 89 113 107 107 9 9,2% 0 0,0% 0% Oliveira do Hospital 366 386 421 448 438 82 22,4% -10 -2,2% -12% Pampilhosa da Serra 42 40 46 51 50 9 21,4% -1 -2,0% -11% Penacova 122 158 187 186 185 64 52,5% -1 -0,5% -2% Penela 48 51 56 62 61 14 29,2% -1 -1,6% -7% Soure 223 248 282 288 275 65 29,1% -13 -4,5% -20% Tábua 224 256 281 271 273 47 21,0% 2 0,7% 4% Vila Nova de Poiares 108 118 141 142 144 34 31,5% 2 1,4% 6% CIM-RC 7 202 8 419 9 644 9 799 9 366 2 597 36,1% -433 -4,4% -17% Baixa densidade 1 917 2 121 2 366 2 443 2 386 526 27,4% -57 -2,3% -11% Outros 5 285 6 298 7 278 7 356 6 980 2 071 39,2% -376 -5,1% -18% Centro 26 066 29 215 33 705 34 860 34 526 8 794 33,7% -334 -1,0% -3,8% Continente 177 472 200 082 244 142 258 368 256 452 80 896 45,6% -1 916 -0,7% -2,4%

Conclusão 9: A região de Coimbra recuperou 433 “postos de trabalho” dos 2.597 perdidos para a pandemia Covid-19 no mês de Junho. Uma recuperação de 17%. Trata-se de um desempenho muito mais positivo do que o conseguido na região Centro (3,8%) e Continente (2,4%).

A maior recuperação percentual verificou-se no concelho de Mira (74%), enquanto que os concelhos de Cantanhede, Lousã, Tábua e Vila Nova de Poiares ainda não iniciaram a recuperação2.

| 13 | Caso se mantenha a recuperação registada em Junho (- 433 desempregados de curta duração por mês), a região de Coimbra anulará os efeitos negativos da pandemia no desemprego de curta duração em Novembro de 2020. Isto é, precisará de 6 meses para recuperar os postos de trabalho perdidos em 3 meses.

| 14 | A correlação entre a evolução do desemprego (no período considerado) e a interioridade de cada concelho é de -0,24 (fraca).

| 15 | Existem diferenças acentuadas na maioria dos indicadores considerados neste documento entre os concelhos de baixa densidade (doze no total) e os restantes, nomeadamente:

N.º total de casos confirmados Covid19 nos concelhos de baixa densidade corresponde a 17% do total, muito abaixo da percentagem da população residente naqueles territórios: 30%;

2 Coluna [10] do Quadro 3. Pág. 7 Incidência da pandemia (n.º de casos/10.000 hab.) é duas vezes mais reduzida nos concelhos de baixa densidade: 14,2 casos/10.000 hab. vs 29,7/10.000 hab. No restante território;

Efeitos da pandemia Covid19 no desemprego de curta duração são menos graves nos territórios de baixa densidade: - apenas 20% dos novos desempregados de curta duração residem nos 12 concelhos de baixa densidade; - o aumento percentual dos desempregados de curta duração foi de 27,4%, enquanto que nos outros concelhos foi de 39,2%.

Recuperação (eventual) dos postos de trabalho iniciada em Junho foi menos acentuada (logo, menos positiva) nos concelhos de baixa densidade: - 12 concelhos recuperaram 57 dos 526 postos de trabalho perdidos (11%), enquanto nos restantes concelhos a recuperação foi de 376 postos de trabalho (18%).

Pág. 8 Mapa 2 | Caracterização dos concelhos da região de Coimbra

Interior = Baixa densidade | Urbano = Outros.

Concelhos de baixa densidade na região de Coimbra: N.º: 12 em 19 | 63%; 60% do território; Residentes (2019): 131.296 | 30%.

Pág. 9 Nota técnica * As fórmulas apresentadas na primeira página deste documento não correspondem a um indicador “oficial” de avaliação dos efeitos da epidemia Covid-19 no desemprego. Trata-se de uma expressão que relaciona de forma quantitativa as duas variáveis, de forma a facilitar a compreensão da relação entre as mesmas. i9social está consciente que o fenómeno do desemprego é complexo e multi-causal, pelo que as conclusões apresentadas neste documento devem ser “filtradas” e “atenuadas” em função dessa realidade.

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