Infecciologia, 2001

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

Infecciologia, 2001 Rede de Referenciação Hospitalar deInfecciologia A Rede de Referenciação Hospitalar de Infecciologia foi aprovada por Despacho de Sua Excelência o Ministro da Saúde, Prof. Doutor António Correia de Campos, em 18 de Julho de 2001. Direcção-Geral da Saúde - Direcção de Serviços de Planeamento PORTUGAL. Direcção-Geral da Saúde. Direcção de Serviços de Planeamento. Rede Referenciação Hospitalar de Infecciologia. – Lisboa: Direcção-Geral da Saúde, 2001 – 32 p. ISBN: 972-675-078-4 Doenças transmissíveis / Referência e consulta – organização e administração / Hospitais / Cobertura de serviços públicos de saúde / Acesso aos cuidados de saúde / Prestação de cuidados de saúde / Garantia da qualidade dos cuidados de saúde / Recursos humanos em hospital / Portugal. Grupo de Trabalho Dr. José Mendes Nunes, Subdirector-Geral da Saúde (Coordenador) Dr. Adriano Natário (Direcção-Geral da Saúde) Dr. Manuel António Vital Morgado (Intervenção Operacional da Saúde) Dr. António Alves Pereira (Hospital de São João) Dr.ª Célia Oliveira (Hospitais da Universidade de Coimbra) Prof. Dr. Francisco Antunes (Hospital de Santa Maria) Dr.ª Maria Graça Gregório de Freitas (Direcção-Geral da Saúde) Dr. José Manuel Domingues Poças (Hospital de S. Bernardo, Setúbal) Apoio técnico – Dr.ª Maria José Proença (Direcção-Geral da Saúde) Editor: Direcção-Geral da Saúde Design: Gráfica Maiadouro Impressão|Acabamento: Gráfica Maiadouro Tiragem: 5000 exemplares Dep. Legal: 164 184/01 Índice1. Conceito de Rede de Referenciação Hospitalar 5 2. Introdução 6 2.1. Diagnóstico da situação 6 2.2. As doenças infecciosas em Portugal 9 3. Pressupostos para a Rede de Referenciação Hospitalar de Infecciologia 10 4. Recursos Humanos 11 5. Hospitais de Infecciologia 12 Bibliografia 13 Arquitectura da Rede 15 Anexos 27 No desenho e implementação de uma 1. Conceito de RRH deve-se: Rede de a) Considerar as necessidades reais Referenciação das populações b) Aproveitar a capacidade instalada Hospitalar c) Adaptar às especificidades e condi- cionalismos loco-regionais As Redes de Referenciação Hospitalar d) Integrar numa visão de Rede Nacio- (RRH) são sistemas através dos quais nal se pretende regular as relações de e) Envolver os serviços de interna- complementaridade e de apoio técnico mento e ambulatório entre todas as instituições hospitalares, de modo a garantir o acesso de todos Como princípio orientador as redes os doentes aos serviços e unidades devem ser construídas numa lógica prestadores de cuidados de saúde, CENTRADA NAS NECESSIDADES DA sustentado num sistema integrado de POPULAÇÃO e com base em critérios informação interinstitucional. de distribuição e rácios, previamente definidos, de instalações, equipamen- Uma Rede de Referenciação Hospitalar tos e recursos humanos. (RRH) traduz-se por um conjunto de especialidades médicas e de tecnolo- A implementação de uma RRH gias que suportam vários sistemas compõe-se de investimentos em: locais de saúde, permitindo: • adaptação de instalações a) Articulação em rede. Variável em • remodelação de instalações função das características dos re- • construção de novas instalações cursos disponíveis, dos determinan- • aquisição de equipamento tes e condicionantes regionais e • desenvolvimento de redes nacionais e do tipo de especialidade informáticas internas das unidades em questão. especializadas b) Explorar complementaridades de modo a aproveitar sinergias. Con- centrar experiências permitindo o desenvolvimento do conhecimento e a especialização dos técnicos com a consequente melhoria da qualidade dos cuidados. c) Concentrar recursos permitindo a maximização da sua rentabilidade. rendo o risco de sobre-infecção, o que determina a necessidade de criar áreas protegidas onde os doentes sejam isolados de outras patologias. A valência hospitalar de “doenças infecciosas” ou, simplesmente, Infec- ciologia tem como objectivo de inter- venção primordial o diagnóstico e tra- tamento das doenças de etiologia microbiana que necessitam de assis- tência hospitalar. São do âmbito da Infecciologia as 2. Introdução infecções primárias e as complica- ções infecciosas de outras patologias, O aparecimento de novos agentes a prevenção da infecção em doentes infecciosos, a ocorrência de surtos imunodeprimidos, o controlo da infec- epidémicos, o ressurgimento de ção hospitalar e a racionalização do doenças consideradas em vias de uso de antimicrobianos no hospital. extinção nos países industrializados, A Infecciologia é uma especialidade a eclosão de resistências bacterianas médica cuja actividade, em meio e de outros agentes patogénicos, hospitalar, se classifica como valên- obrigando a terapêuticas alternativas cia diferenciada segundo o Des- e a uma estratégia adequada, e, pacho 32/86 de 5 de Setembro e ainda, a importância da infecção hos- como valência intermédia na Carta pitalar, com elevados custos huma- dos Equipamentos da Saúde. nos e económicos, contituíram fortes determinantes para o relevo cres- cente da patologia infecciosa. 2.1. Diagnóstico da Entre nós, esta importância é situação acrescida se tivermos em considera- ção a elevada prevalência da SIDA Com a inauguração do Hospital de (das mais elevadas da UE), da bru- Santa Maria, em 1954, foi criado o celose, da febre escaronodular, das Serviço de Doenças Infecciosas deste hepatites víricas e da tuberculose. hospital. Em 1964 foi criado serviço Embora se considere que a erradica- idêntico no Hospital de S. João no ção ou controlo destas doenças requer Porto e, posteriormente, em Coimbra, mudanças que ultrapassam o âmbito com a abertura dos Hospitais da da medicina humana, como seja a Universidade. Entretanto, foi aberto, melhoria do nível sanitário das popula- naquelas unidades, o internato da ções, ela passa também pela imple- especialidade de Doenças Infecciosas, mentação de uma rede de cuidados posteriormente estendido ao Hospital de Infecciologia e com a diferenciação de Joaquim Urbano, no Porto, e ao de médicos especialistas desta área. Centro Hospitalar de Coimbra. Por outro lado, os doentes com Em 1987, a Ordem dos Médicos doenças infecciosas podem contagiar reconhece esta área do conheci- ou ser contagiados por outros, cor- mento médico como subespeciali- 6 dade e, em 1992, como especiali- dade. Em 2 de Dezembro de 1993, por despacho do Senhor Secretário de Estado da Saúde, são criadas uni- dades de Infecciologia diferenciada nos seguintes hospitais distritais: a) Hospital Distrital de Aveiro; b) Hospital Distrital de Faro; c) Hospital Distrital de Guimarães; d) Hospital Distrital de Setúbal; e) Hospital Distrital de Torres Vedras; f) Hospital Distrital de Viana do Castelo; g) Hospital Distrital de Vila Real. Estas são unidades sediadas nos serviços de medicina interna que deverão dispor de sector específico de cuidados especiais de Infeccio- logia. A coordenação das actividades de Infecciologia era confiada a um especialista em doenças infecciosas ou, na sua ausência, a um especia- lista em Medicina Interna. Daqueles hospitais, na presente data, apenas o Hospital de Setúbal dispõe de unidade de Infecciologia, encontrando-se em fase de instala- ção a do Hospital Distrital de Aveiro. Entretanto, foram criadas unidades com infecciologistas nos Hospitais de Matosinhos, de Almada e de Amado- ra-Sintra. Neste momento, existem recensea- dos 79 médicos especialistas em Infecciologia (Quadro I), segundo a Ordem dos Médicos, não sendo possí- vel quantificar quantos estão no activo. De acordo com informação reco- lhida junto dos hospitais, estão actualmente em funções os médicos a seguir indicados (ver quadro I). 7 Quadro I. Recursos humanos em Infecciologia Médicos/ ARS / Hospitais Médicos Existentes /Quadro 23 26 14 [2 Chefes de Serviço e 12 Assistentes S. João - Porto 14 (8 internos)] Norte H. Pedro Hispano Incluídos no 3 [1Assistente, 1 Assistente eventual e Matosinhos Dep. de M.I. 1 Assistente a termo certo] 9 [1 Chefe de.Serviço, 7 Assistentes e Joaquim Urbano 9 1 Avençado (2 internos)] 16 22 H. da Universidade 16 [3 Chefes Serviço, 9 Assistentes e 11 de Coimbra 4 Assist. eventuais (2 internos)] Centro Hospitalar de 5 [1 Chefe Serviço e 4 Assistentes Centro 5 Coimbra (2 Internos)] H. S. Teótónio, Viseu 0 1 [1 Assistente - lugar de carenciados] 38 31 6 [5 Assistentes e 1 Assistente eventual´ Egas Moniz 8 (2 internos)] 18 [2 Chefes Serviço, 14 Assistentes e Stª Maria 19 2 Assistentes eventuais (9 internos)] Lisboa Dr. Fernando da 2 [2 Assistentes] 3 e V.Tejo Fonseca, Amadora H. Garcia da Orta, 4 [2 Assistentes, 1 Assistente eventual 4 Almada e 1 Assistente em regime de avença] H. Setúbal 4 1 [1 Assistente] Alentejo 0 0 4 0 Algarve Faro 4 0 Total 81 79 Fonte: Quadros de pessoal dos hospitais Informação do Conselho de Administração dos hospitais sobre os médicos existentes 8 Existem outros hospitais, como o por vírus selvagem e datam de 1992 Hospital de Braga, Viana do Castelo, os três últimos casos de difteria. Vila Real, Santo António, Vila Nova de A tosse convulsa mantém-se com Gaia, Santarém, Cascais, S. José, baixa incidência, sobretudo nos últi- Capuchos, Desterro, Barreiro, Évora, mos anos, e a taxa de incidência do Beja, Faro e Portimão que têm cuida- tétano tem permanecido à volta de dos de Infecciologia/imunodeficiência 0,6 - 0,3 por cem mil habitantes. da responsabilidade de internistas. A rubéola e o sarampo têm vindo a O Hospital de Viseu tem um assis- diminuir, embora em 1989 e 1994 tente de Infecciologia, contratado, tenham ocorrido surtos de sarampo. responsável por uma consulta exter- Em 1996/97, com a parotidite epidé- na da especialidade. mica, verificou-se uma epidemia
Recommended publications
  • Programa-Final-Spp.Pdf
    ÍNDICE Presidente do Congresso António Morais Boas vindas 03 Secretariado Executivo Programa Geral 7/11 06 Madalena Salvaterra Rute Rodrigues Programa Descritivo 7/11 Sala Sul 08 Sede SPP Sala Centro 10 Sociedade Portuguesa Sala Açores 12 de Pneumologia Sala Madeira 17 Rua Ivone Silva, 6 – 6º Esq Sala Norte 19 (Edifício ARCIS) Espaço E Posters 34 1069-130 Lisboa Telefone: 217 962 074 Programa Geral 8/11 44 [email protected] www.sppneumologia.pt Programa Descritivo 8/11 Sala Sul 46 Sala Centro 48 Com a colaboração Sala Açores 52 e Secretariado por: Sala Madeira 58 Eventos by T Sala Norte 61 Rua João da Silva, 4C Espaço E Posters 72 1900-271 Lisboa Telefone: 211 316 527 Programa Geral 9/11 82 [email protected] Programa Descritivo 9/11 Direcção SPP Sala Sul 84 Presidente Sala Centro 86 António Morais Sala Açores 90 Vice-Presidentes Sala Madeira 94 Paula Pinto Sala Norte 95 Tiago Alfaro Espaço E Posters 102 Teresa Shiang Secretária-Geral Meet The Professor 106 Ana Sofia Oliveira Secretário-Adjunto Mapas do Congresso 108 Cidália Rodrigues Tesoureiro Mapa de Stands 110 Luis Ferreira Patrocinadores 111 Mesa da Assembleia Gral Presidente João Cardoso Secretário Joaquim Moita Vogal Aurora Carvalho Concelho Fiscal Presidente Ulisses Brito 1ª Vogal Maria José Guimarães 2ª Vogal António Reis Bem-Vindos Sejam benvindos ao XXXV Congresso da SPP. Espero que durante todo o tempo em que decorre este evento, se sintam es- timulados pelo conteúdo científico do congresso e que socialmente encon- trem todos aqueles com que partilham amizade e cumplicidade. Este congresso é feito principalmente com dois lemas principais, um deles relacionado com o objetivo de colocar a Pneumologia em todas as áreas das doenças respiratórias, desde as tradi- cionais que tem a ver com a patologia das vias aéreas como também nas infe- ções, na neoplasia, nas doenças infla- matórias e fibrosantes ou na patologia do sono.
    [Show full text]
  • CMN / EA International Provider Network HOSPITALS/CLINICS
    CMN / EA International Provider Network HOSPITALS/CLINICS As of March 2010 The following document is a list of current providers. The CMN/EA International Provider Network spans approximately 200 countries and territories worldwide with over 2000 hospitals and clinics and over 6000 physicians. *Please note that the physician network is comprised of private practices, as well as physicians affiliated with our network of hospitals and clinics. Prior to seeking treatment, Members must call HCCMIS at 1-800-605-2282 or 1-317-262-2132. A designated member of the Case Management team will coordinate all healthcare services and ensure that direct billing arrangements are in place. Please note that although a Provider may not appear on this list, it does not necessarily mean that direct billing cannot be arranged. In case of uncertainty, it is advised Members call HCCMIS. CMN/EA reserves the right, without notice, to update the International Provider Network CMN/EA International Provider Network INTERNATIONAL PROVIDERS: HOSPITALS/CLINICS FacilitY Name CitY ADDRess Phone NUMBERS AFGHanistan DK-GERman MedicaL DiagnOstic STReet 66 / HOUse 138 / distRict 4 KABUL T: +93 (0) 799 13 62 10 CenteR ZOne1 ALBania T: +355 36 21 21 SURgicaL HOspitaL FOR ADULts TIRana F: +355 36 36 44 T: +355 36 21 21 HOspitaL OF InteRnaL Diseases TIRana F: +355 36 36 44 T: +355 36 21 21 PaediatRic HOspitaL TIRana F: +355 36 36 44 ALGERia 4 LOT. ALLIOULA FOdiL T: +213 (21) 36 28 28 CLiniQUE ChahRAZed ALgeR CHÉRaga F: +213 (21) 36 14 14 4 DJenane AchaBOU CLiniQUE AL AZhaR ALgeR
    [Show full text]
  • História Da Fisioterapia Em Portugal.Pdf
    INSTITUTO POLITÉCNICO DE LISBOA ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DA SAÚDE DE LISBOA HISTÓRIA DA FISIOTERAPIA EM PORTUGAL (DA ORIGEM A 1966) João Pedro Da Fonseca ORIENTADORES: Professora Doutora Isabel Sousa Coutinho, Prof. Coordenadora Mestre Manuel da Cunha Jóia, Prof. Adjunto Mestrado em Fisioterapia Lisboa, 2012 INSTITUTO POLITÉCNICO DE LISBOA ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DA SAÚDE DE LISBOA HISTÓRIA DA FISIOTERAPIA EM PORTUGAL (DA ORIGEM A 1966) João Pedro Da Fonseca ORIENTADORES: Professora Doutora Isabel Sousa Coutinho, Prof. Coordenadora Mestre Manuel da Cunha Jóia, Prof. Adjunto JÚRI: Professor Doutor Silveira Sérgio, Presidente Professora Doutora Rita Garnel, Arguente Professora Doutora Madalena Gomes da Silva, Arguente Mestrado em Fisioterapia (esta versão incluiu as críticas e sugestões feitas pelo júri) Lisboa, 2012 AGRADECIMENTOS Aos meus orientadores, Professora Doutora Isabel Sousa Coutinho e Mestre Manuel da Cunha Jóia pelo suporte e disponibilidade encontrados em momentos adversos. Aos meus Professores, pelo estímulo sempre presente, sapiência crítica e pela iniciativa de dar corpo a este Mestrado. À Mestre Carla d’ Albergaria Martins, fisioterapeuta, minha amiga de longa data, pelo seu inestimável apoio, expresso no rigor científico e pelo favor de me emprestar o seu tempo e doar a sua amizade e ainda pela saudável concorrência de termos travado esta batalha quase em simultâneo. Aos meus amigos, companheiros deste processo de vida e destes últimos anos, que tanta vez me suportaram nos meus ânimos e dúvidas, como na pesquisa para esta dissertação, propósito de muitos anos. DEDICATÓRIA À minha namorada, amiga e companheira de jornada, por tantas horas de ausência suportadas no silêncio deste Mestrado. Aos meus pais, in memoriam, que já não puderam assistir a este momento, que sempre me indicaram como sendo este o caminho.
    [Show full text]
  • OPT Relatorio Atividades 2003.Pdf
    Ministério da Saúde Índice 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3 2 SISTEMA DE INFORMAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO PORTUGUESA DE TRANSPLANTAÇÃO – SIOPT ...................................................................................... 4 2.1 Sistema de Informação da Actividade de Transplantação de Progenitores Hematopoiéticos ........................................................................................................... 4 2.2 Sistema de Informação da Actividade dos Gabinetes de Coordenação de Colheita de Órgãos e Transplantação ......................................................................... 5 3 TRANSPLANTAÇÃO CARDÍACA ................................................................................. 6 4 TRANSPLANTAÇÃO PULMONAR ............................................................................... 7 5 PROGRAMA PARA O DESENVOLVIMENTO DA TRANSPLANTAÇÃO – PDT . 7 5.1 Estudo Prévio da Atitude dos Profissionais de Saúde das Unidades de Cuidados Intensivos em Relação com a Doação e Transplantação de Órgãos ........................... 8 5.2 Registo de Óbito em Unidade de Cuidados Intensivos com Diagnóstico Clínico de Morte Cerebral ........................................................................................................ 9 6 COMPARAÇÃO DO NÚMERO DE DADORES NA EUROPA EM 2003 .................. 9 7 ACTIVIDADE DA COLHEITA E TRANSPLANTAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS DURANTE O ANO DE 2003. .....................................................................
    [Show full text]