RELATÓRIO – / Avaliação e Discussão das Resoluções da 3ª Conferência Estadual de Saúde do Trabalhador de Minas Gerais e das Resoluções da 3ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador

Local: GranDarrell Minas Hotel

Data: 03,04 e 05 de agosto de 2006

Promoção e organização: Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais, Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais e Coordenação da Área Técnica em Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde.

Número médio de participantes: mais de cem participantes, representantes de órgãos federais, estaduais e municipais relacionados com questões de Saúde do Trabalhador, conselheiros estaduais e municipais dos Conselhos de Saúde.

Objetivos: - possibilitar uma reflexão sobre as principais deliberações da 3ª Conferência Nacional e Estadual de Saúde do Trabalhador, assim como os mecanismos necessários para a sua efetivação, nas esferas municipais e estaduais; - contribuir para a definição de prioridades e estratégias visando à implementação das resoluções, tendo em vista as realidades locais; - contribuir para a formação do controle social na área de Saúde do trabalhador.

Coordenação e apoio na metodologia de trabalho: Maria da Graça Hoefel, Maria da Graça Jacques, Olga Rios.

Descrição Primeiro Dia

As atividades iniciaram pela manhã com a mesa de abertura em que estavam presentes: Marco Antonio Perez (COSAT/MS), Jandira Maciel (CAIST/SESMG) e Geraldo Heleno (CESMG). A seguir, foi apresentada uma Mesa Redonda sobre o tema: Os caminhos para a construção da Política de Saúde do Trabalhador no SUS/MG. Participaram desta Mesa Redonda: Elizabeth Costa Dias (FM/UFMG) com o tema ‘Da Medicina do Trabalho à Saúde do Trabalhador’; Andréa M. da Silveira (Coordenadora do CEREST Estadual) com o tema ‘O mundo do trabalho na atualidade: cenário atual, perspectivas e desafios para o SUS’; Jandira Maciel (Coordenadora da CAIST/GNAS/SESMG) com o tema ‘ A política de Saúde do Trabalhador na SES/MG’; e, Nicodemos de A. Silva Junior (CES/MG) com o tema ‘O CES/MG e a Saúde do Trabalhador’. Após intenso debate os trabalhos foram encerrados para o intervalo de almoço. Na parte da tarde, Maria da Graça Hoefel apresentou a metodologia proposta para o desenvolvimento dos trabalhos. Discorreu, também, sobre as relações entre as transformações do mundo do trabalho e a saúde dos trabalhadores. Houve várias participações da Plenária no sentido de caracterizar o mundo do trabalho no estado de Minas Gerais: crescimento do trabalho informal, iniciativas em economia popular solidária, repercussões do desenvolvimento econômico mundial, trabalhos por contratos na zona rural com repercussões na saúde não cobertas pelo INSS, atividades com carvão e suas conseqüências (agressão ao meio ambiente, trabalho escravo, trabalho familiar e doenças profissionais), “doença da alma”

1 entre educadores, cidades dormitórios e seus problemas de mercado de trabalho, uso de agrotóxicos (principalmente em lavouras de café, batata e morango no sul do estado), dispensas freqüentes após o período de experiência, migração e emigração com conseqüente abandono familiar, terceirização, alta rotatividade nos empregos formais, escassa fiscalização das condições de trabalho na zona rural, relações de trabalho difíceis com prefeituras de alguns municípios (especialmente com relação a acidentes e doenças do trabalho), entre outros fatores. Em síntese, foram citados problemas estruturais (como trabalho formal, terceirização, migração e emigração, políticas de pessoal de empresas e órgãos públicos, economia solidária e políticas precárias de contratação) e problemas de saúde (como os associados ao uso de agrotóxico, ao trabalho em mineração, abate de aves e teleoperadoras, silicose, problemas mentais, LER e alcoolismo). Para finalizar, a expositora apresentou uma planilha com as deliberações da 3ª CNST agrupadas por categorias variadas e o modo de utilização da referida planilha. Em prosseguimento, foram propostas atividades em pequenos grupos, formados levando em consideração o PDR, e assim constituídos: Grupo I (Centro): Belo Horizonte, , , Ibereté, Sarzedo, , Sabará, , , Caeté. Grupo II (Sul): Alfenas, , Cambuí, Carrancas, Caxambú, Itajubá, , , Poços de Caldas, . Grupo III (Triângulo Norte, Triângulo Sul, Oeste e Noroeste): Araguari, Araxá, Boa Esperança, Carmo do Parnaíba, Coromandel, Divinópolis, , Pará de Minas, Patrocínio, Uberlândia, . Grupo IV (Vele do , norte, Nordeste e Leste): Araçuaí, , , , Diamantina, Dores de Guanhães, Governador Valadares, , João Malevade, , Peçanha, , , S.José do Jacuí, Timóteo, Senador Nordestino Gonçalves, . Grupo V (Centro Sul, Sudeste, Leste Sul): , , , Engenópolis, , Manhuaçu, Manhumirim, Santos Dumond, S. João Del rei, , Tiradentes e Ubá. Os grupos tiveram números de participantes variados, municípios com um ou mais participantes ou sem representantes e foram acompanhados por monitores indicados pela CAIST (os monitores se reuniram no dia anterior para treinamento e discussão da metodologia proposta). Cada grupo escolheu um relator e um coordenador e teve como tarefa debater e responder as seguintes questões: 1. Qual o problema central (prioritário) de Saúde do Trabalhador ou contaminação ambiental de seu município? 2. Existe Conselho Municipal de Saúde em seu município? 3. Existe alguma instância de Saúde do Trabalhador no Conselho Municipal de Saúde do seu município (CIST, GT, outros)? 4. O Conselho Municipal de Saúde é eficaz (age com eficiência, dá bom resultado, produz efeito desejado)? 5. Quais as instâncias de ação do Conselho Municipal de Saúde do seu município: a) controle de recurso financeiro, b) assistência, c) vigilância em saúde, d)outros? Levantadas as respostas por município representado, apresentado o(s) representante(s) e identificado em mapa do estado a localização geográfica do município, os grupos discutiram e priorizaram um dos problemas apontados. Após esta discussão e priorizado o problema central, parte do grupo ficou encarregado de apontar as suas causas e conseqüências e, outra parte do grupo, de selecionar as deliberações da 3ª CNST diretamente relacionadas com esta

2 problemática. As conclusões de cada grupo foram transcritas para cartazes, apresentados à Plenária no momento posterior. Na apresentação à Plenária, os representantes de cada grupo centralizaram suas exposições na identificação dos problemas prioritários e na apresentação de três deliberações da 3ª CNST consideradas mais diretamente relacionadas a estes problemas: Grupo V: uso de agrotóxicos; Grupo IV: subnotificação – del. nº 22 e 93; Grupo III: agrotóxicos – del. nº 225, 226 e 242; Grupo II: agrotóxicos – del. nº 17, 51 e 195; Grupo I: LER/DORT - del. nº 1, 81 e 158. Os trabalhos do primeiro dia foram encerrados após as apresentações.

Segundo Dia

As atividades iniciaram com a apresentação, por Maria da Graça Hoefel, da Escola Continental. Segundo a expositora, a proposta foi elaborada no Fórum Social Mundial de 2006, realizado na Venezuela. Tem, como uma de suas prioridades, promover a troca de experiências entre países latino-americanos na busca de ações de transformação social e propiciar a formação de líderes de movimentos sociais nestes países. Especificamente com relação à saúde e à saúde dos trabalhadores em particular, a Escola pretende incentivar para que as organizações da sociedade e movimentos sociais se articulem para intervir na defesa do direito à saúde. Entende a formação como integral, social e política, de caráter masivo e que possa superar as formações técnicas restritivas, de baixa cobertura ou elitistas. Os temas abordados devem ter uma orientação crítica dos processos de deteriorização da saúde e das condições de trabalho no contexto das políticas neo-liberais. Caberá ao Brasil e à Venezuela liderarem a implantação da proposta pois estão em um estágio mais avançado de organização popular. Está prevista uma primeira reunião de participantes da Escola Continental nos dias 19 e 20 de agosto, no Rio de Janeiro, na qual o Brasil vai apresentar o processo de devolução das deliberações da 3ª CNST e a Venezuela, a organização dos trabalhadores por local de trabalho. A seguir, retornaram as atividades por Grupo de Trabalho. Como tarefa coube a três grupos elaborarem planos de ações referentes aos problemas em saúde do trabalhador priorizados - LER/DORT, uso de agrotóxicos e subnotificações – (Grupos I, IV e V) e dois grupos elaborarem planos de ações referentes ao fortalecimento do controle social (Grupos II e III), sempre tomando como referência os períodos de 2 meses, 4 meses e 6 meses. As sínteses das atividades desenvolvidas pelos GTs foram apresentadas à Plenária em acordo com a planilha abaixo.

GRUPO 1 – REGIÃO CENTRO 2 Meses Ações - Participação efetiva e imediata nos Conselhos da previdência - Coleta de informações sobre ramos de atividade por município (RAIZ) para levantar os potencialmente causadores de LER/DORT Pactuações SUS, CMSs e CES, Secretarias Estadual e Municipais de Saúde, INSS, Ministério da Fazenda, GEIP e Fundação João Pinheiro.

4 meses Ações - Elaborar e divulgar na mídia e ônibus material informativo sobre LER/DORT

3 - Criar espaços de debate nos diversos espaços de atuação do controle social - Fazer ações de vigilância em ambientes identificados como de risco para LER/DORT Pactuações SUS, CMSs e CES, Movimentos Sociais, Secretarias Estadual e Municipais de Saúde, UFMG, FUNDACENTRO.

6 meses Ações - Implantar os protocolos de LER/DORT na Atenção básica - Promover a revisão do Código sanitário de Saúde em cada município para incluir questões de Saúde do Trabalhador - Intensificar as ações de vigilância nos ambientes identificados como de risco Pactuações SUS, Sindicatos, ONGs, Associações, Secretarias Estadual e Municipais de Saúde,, CEREST, DRT, COSAT, INSS e Ministério Público.

GRUPO 2 – REGIÃO SUL 2 meses Ações - Capacitação dos CMSs nos instrumentos de gestão do SUS (Pacto pela Saúde) Pactuações CES, GRS, ESP-MG, UFMG.

4 meses - Capacitação dos CMSs pelo CEREST em agrotóxico Pactuações CES, GRS, Conselhos de Agricultura e Meio Ambiente, Sindicatos Rurais e afins, UFMG, EPAMIG, ESP-MG, INCA, IMA, EMATER, FUNDACENTRO.

6 meses Ações - Capacitação em notificação de agravos de saúde Pactuações GRS, CEREST (regional e estadual), CES, UFMG, ESP-MG, Secretarias de Educação, população em geral.

GRUPO 3 – REGIÃO NOROESTE, OESTE, TRIÂNGULO SUL e TRIÂNGULO NORTE. 2 meses Ações - Trabalhar campanhas de esclarecimentos e divulgação do SUS e controle social para toda a sociedade Pactuações Fornecimento de material educativo, ONGs, mobilizações e sensibilizações, CODEMAS, Ministério Público, Escolas, Secretarias, Associações de Moradores, MT, GRS, CES.

4 meses Ações - Capacitação de conselheiros de saúde

4 - Implementação da Educação Permanente Pactuações Propiciar infra-estrutura necessária, ONGs, mobilizações e sensibilizações, CODEMAS, Ministério Público, Escolas, Secretarias, Associações de Moradores, MT, GRS, CES, partidos políticos, COPAM.

6 meses Ações - Capacitação em ST Pactuações Propiciar infra-estrutura necessária com RH, ONGs, mobilizações e sensibilizações, CODEMAS, Ministério Público, Escolas, Secretarias, Associações de Moradores, MT, GRS, CES, partidos políticos, COPAM.

GRUPO 4 – REGIÕES LESTE, NORDESTE e NORTE 2 meses Ações - O Estado vai preparar e fornecer cartilhas pertinentes à ST - Rádio Comunitária - Levantamento epidemiológico - Estruturar Deliberação 022 - O Comitê Micro-regional subsidiar a fiscalização das ações em saúde Pactuações As 3 instâncias de governo, todos os movimentos sociais, Promotoria Pública, INSS, Ministério do Trabalho, DRT, SESMT, CIPA.

4 meses Ações - Preparar técnicas para a apresentação desta cartilha para a sociedade - Compilação de dados - Criação e capacitação dos membros do Comitê Patuações As 3 instâncias de governo, todos os movimentos sociais, Promotoria Pública, INSS, Ministério do Trabalho, DRT, SESMT, CIPA.

6 meses Ações - Campanha de divulgação para conscientização da sociedade com relação aos direitos e deveres dos trabalhadores nos casos de agravos relacionados ao trabalho. - Iniciar a capacitação dos professores - Implantação dos Comitês (Núcleos). Pactuações As 3 instâncias de governo, todos os movimentos sociais, Promotoria Pública, INSS, Ministério do Trabalho, DRT, SESMT, CIPA.

GRUPO 5 – REGIÃO MACRO SUDESTE, LESTE DO SUL e CENTRO SUL. 2 meses Ações - CMSs desencadeiam processo de combate ao uso indiscriminado de agrotóxicos (sensibilização da população em geral e de profissionais da saúde)

5 Pactuações AB, Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica, Vigilância Ambiental, CAIST, CRST, sindicatos de trabalhadores e produtores, Associações comunitárias, ONGs, Ministério da Agricultura, Previdência Social, instituições públicas e privadas em geral, IMA, EMATER, Ministério Público, Secretaria Municipal de Educação.

4 meses Ações - Mobilização social (seminários e oficinas) - Realidade social – construção de um plano coletivo Pactuações AB, Vigilância em Saúde, CAIST, CRST, SES-MG, PO-OS, EPS, ESP-MG, sindicatos de trabalhadores e produtores, Associações comunitárias, ONGs, Ministério da Agricultura, Previdência Social, instituições públicas e privadas em geral, IMA, EMATER, Ministério Público, Secretaria Municipal de Educação.

6 meses Ações - Capacitação profissional de saúde Pactuações AB, Vigilância em Saúde, CAIST, CRST, SES-MG, PO-OS, EPS, ESP-MG, sindicatos de trabalhadores e produtores, Associações comunitárias, ONGs, Ministério da Agricultura, Previdência Social, instituições públicas e privadas em geral, IMA, EMATER, Ministério Público, Secretaria Municipal de Educação.

Na parte da tarde, a Plenária discutiu e elaborou um plano comum e integrado, os encaminhamentos necessários e constituiu Grupos de Trabalho para tarefas específicas.

PLANO DE AÇÕES DO CONTROLE SOCIAL PARA O ESTADO DE MINAS GERAIS.

ESTRATÉGIAS

1. ELABORAR O PROJETO DO PLANO DE AÇÃO (05/08) PELA COMISSÃO DE SISTEMATIZAÇÃO E INDICAR RESPONSÁVEIS POR CADA ETAPA.

1. Edson Luis Gonçalves (Uberlândia) 2. Lucio (Conselheiro Lafaiete) 3. Neide (Pará De Minas) 4. Franklin (Ubá) 5. Maria Da Conceição (Nova Lima) 6. Divino (Araguari) 7. Heloisa (São João Del Rei) 8. Elisabeth (Sarzedo) 9. Sergio Geraldo ()

6 10. Cristina Wernek. (CEREST) 11. Marília (Conselho Estadual) 12. José G. Kojack (CES) 13. Ronaldo Maurício (Divinopolis) 14. Romélia (CES) 15. Vera Lúcia (Conselheiro Lafaiete) 16. Maria Alice De Freitas (Juiz de Fora) 17. Katia (CAIST-CEREST)

2. INFORMAR NA REUNIÃO DO CONSELHO ESTADUAL DE SAÚDE (ASSUNTOS GERAIS) SOBRE O EVENTO E O PLANO DE AÇÃO E SUAS PROPOSIÇÕES (14/08). RESPONSÁVEIS INDICADOS PELA COMISSÃO DE SISTEMATIZAÇÃO.

3. APRESENTAR E DISCUTIR JUNTO AO CONSELHO ESTADUAL DE SAÚDE O PLANO – PROJETO DO CONTROLE SOCIAL EM SAÚDE DO TRABALHADOR. (DATA A DEFINIR). RESPONSÁVEIS INDICADOS PELA COMISSÃO DE SISTEMATIZAÇÃO.

4. ENCAMINHAR O PLANO PARA INSTANCIAS ESPECIFICAS (BIPARTIDE E CES). RESPONSÁVEIS INDICADOS PELA COMISSÃO DE SISTEMATIZAÇÃO.

5. APÓS APROVAÇÃO PELAS INSTÂNCIAS ESPECIFICAS, ENCAMINHAMENTO DO PLANO PARA O FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE PARA INCLUSÃO NO ORÇAMENTO DE 2007 (RECURSOS DA RENAST E DAS TRÊS ESFERAS DE GESTÃO).

6. ENCAMINHAMENTO PELO CES DO PLANO E DAS PROPOSIÇÕES APROVADAS E DAS DELIBERAÇÕES DA PPI E DA PACTUAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA PARA OS CMS. RESPONSÁVEIS INDICADOS PELA COMISSÃO DE SISTEMATIZAÇÃO.

7. DISCUSSÃO DO PLANO DE TRABALHO E DAS PACTUAÇÕES E AS RESPECTIVAS RESOLUÇÕES DA III CONFERENCIA NACIONAL DE SAÚDE DO TRABALHADOR QUE AS FUNDAMENTAM E CRIAÇÃO DE INSTÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR NOS CES E CMSs. COMISSÃO DE SISTEMATIZAÇÃO E REPRESENTANTES DOS MUNICÍPIOS AQUI PRESENTES, DAS GRS, CEREST, COSEMS E DOS COLEGIADOS MICRORREGIONAIS DE CMS.

8. SOLICITAÇÃO DE ESPAÇOS NAS BIPARTIDES REGIONAIS PARA DISCUTIR O PLANO DE AÇÕES E ENCAMINHAMENTO PARA DISCUSSÃO E INCLUSÃO NO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE. COMISSÃO DE SISTEMATIZAÇÃO E REPRESENTANTES DOS MUNICÍPIOS AQUI PRESENTES.

LINHAS GERAIS DO PLANO DE AÇÃO

7 A 1. PARTICIPAÇÃO EFETIVA E IMEDIATA NOS CONSELHOS DA PREVIDÊNCIA (13 GERENCIAS) E NOS C.M.S.

2. CRIAÇÃO DE FÓRUM MUNICIPAL EM ST POR MUNICÍPIO PARA DISCUTIR AÇÕES E POLÍTICAS EM SAÚDE DO TRABALHADOR.

3. INCLUSÃO DE TEMAS DE ST NOS PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO PERMANENTE DO CONTROLE SOCIAL.

B

4. CONSTRUIR UM INSTRUMENTO DE LEVANTAMENTO DAS NECESSIDADES DE CAPACITAÇÃO DO CONTROLE SOCIAL E DAS METODOLOGIAS PROPOSTAS.

C 5. ELABORAR MATERIAL INFORMATIVO PARA OS CONSELHOS MUNICIPAIS EM CIMA DAS PRIORIDADES (AGROTÓXICOS, LER, NOTIFICAÇÃO) E PARA RÁDIOS COMUNITÁRIAS.

Os trabalhos da tarde foram concluídos com uma avaliação muito positiva do Encontro e com a apresentação de poesias e canções pelos participantes.

Terceiro Dia No sábado pela manhã os trabalhos foram abertos com a apresentação, pela médica residente do CEREST Cláudia Chiavegatto, das resoluções da 3ª CEST/MG contempladas na 3ª CNST. Houve questionamentos e discussão pela Plenária. A seguir, constituíram-se quatros Grupos de Trabalho, com tarefas específicas: GRUPO DE SISTEMATIZAÇÃO: elaborar o projeto do plano de ação a ser enviado ao CES. Coordenadora:Marília Reis Raidam – [email protected] Relator: Proposta FAT

Acrescentar no estudo (grupo) controle social

Direcionamento de parcela da arrecadação do Seguro Acidente do Trabalho (SAT) para o financiamento de ações de prevenção de doenças e acidentes decorrentes do trabalho submetidos a mecanismos de controle social sobre a destinação dos recursos, a eficiência na sua utilização e eficácia nos seus resultados.

GRUPO A: elaborar projeto de participação imediata e efetiva nos Conselhos da Previdência, criação de Fórum Municipal em Saúde do trabalhador por município e inclusão de temas de saúde do trabalhador nos programas de educação permanente do controle social. Coordenadora: Beatriz Santiago – [email protected] 8 Relator: Carlos Alberto dos Santos – [email protected] GRUPO B: elaborar um instrumento de levantamento das necessidades de capacitação do controle social e das metodologias propostas. Coordenador: Paulo Venâncio Carvalho – [email protected] Relator: Milton Macieira – [email protected] GRUPO C: elaborar material informativo para os CMS e rádios comunitários sobre agrotóxico, LER/DORT e subnotificação. Coordenador:Richardson Siqueira – [email protected] Relatora: Judith Rocha Andrade – [email protected]

Após os trabalhos em grupo, a Plenária se reuniu novamente e foram apresentadas sínteses das deliberações de cada GT. Ficou acordado que serão enviadas estas sínteses, por correio eletrônico pelos coordenadores e relatores, para serem anexadas ao relatório e enviadas para o Grupo de Sistematização incluir no projeto que está sendo elaborado.

Grupo A: Síntese dos trabalhos desenvolvidos Responsável pela elaboração da síntese: Carlos Alberto dos Santos

1. Participação efetiva e imediata nos Conselhos da Previdência (13 gerencias) e nos CMSs.

2. Criação de Fórum Municipal em ST por município para discutir ações e políticas em Saúde do Trabalhador.

3. Inclusão de temas de ST nos programas de educação permanente do controle social.

Encaminhamentos: Durante as discussões o grupo entendeu que todas as questões teriam que ser articuladas em conjunto com o Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais, tendo sido escolhida uma comissão para ser incorporada a Câmara Técnica de Saúde do Trabalhador do CES, caso este acate a sugestão para articular as seguintes diretrizes:

1. Encaminhar correspondência a todos os conselhos municipais de saúde do estado propondo a eles pautarem em suas plenárias questões de saúde do trabalhador e de previdência social, priorizando as dificuldades e caminhos para o acesso dos trabalhadores/usuários a estas políticas.

2. Organizar, através do Conselho Estadual, Fórum de discussão sobre o tema Políticas Publicas para Saúde do Trabalhador e Previdência Social nas Macro-regiões do estado, com o objetivo de deliberar a representação e participação de membros deste coletivo nos Conselhos da Previdência Social no estado.

3. Organizar junto aos Conselhos Municipais de Saúde com o apoio do CES/MG movimento em defesa da Previdência Social, visando restabelecer seu papel junto à sociedade, com ampla discussão de sua legislação, princípios e diretrizes.

Membros do grupo de Trabalho escolhidos para desenvolver as diretrizes junto a Câmara Técnica de ST do CES/MG:Beatriz R. Santiago (INSS-Nova Lima) [email protected]; Carlos Alberto dos Santos (Betim) [email protected]; Marilda A. de Pádua (Contagem) R. Seis,370 B. Perobas cep 320 468; Solange Esteves Nardy Lima Silva (Caeté) [email protected]; Raimundo de

9 Paula (Sta Luzia ,36411730) nte.luzia@veloxmail%.com.br; Robsom Feliciano de Souza (Sabará) 031- 91860200;Rosa L. Soares (Belo Horizonte) Ministério da Saúde; Valdir Matos de Lima (Belo Horizonte.) CMS BH.

GRUPO B: Síntese dos trabalhos desenvolvidos Responsável pela elaboração da síntese: Milton Macieira

CONSTRUIR UM INSTRUMENTO DE LEVANTAMENTO DAS NECESSIDADES DE CAPACITAÇÃO DO CONTROLE SOCIAL E DAS METODOLOGIAS PROPOSTAS. PARTICIPANTES DO GRUPO NOMES: E-MAIL: TELEFONE; MARIA CÉLIA DE CASTRO [email protected] ROSÂNIA LISBOA [email protected] (31) 99350707 (CONTAGEM) MARGARET DINIZ (SETE [email protected] (31) 37718029 LAGOAS) JÚLIA VIEIRA (PIRAPORA) [email protected] MÁRCIA VIANA (JOÃO [email protected] (31) 91181643 MONLEVADE) DAMARIS SOARES (MONTES [email protected] (38) 32215055 CLAROS) MILTON TEÓFILO MACIEIRA [email protected] (31) 99888276 (IPATINGA) [email protected] (31) 28298581 PAULO VENÂNCIO (BELO [email protected] HORIZONTE) PEDRO MOREIRA [email protected] (CEL.FABRICIANO) FÁTIMA L. CALDEIRA [email protected] (31) 99822051 BRANT OLIVEIRA (CONTAGEM) JUSSARA DE FREITAS [email protected] (37) 32296815 VELOSO (DIVINOPOLES) MARIA DAS GRAÇAS ALVES [email protected] 32482745 ROSA HELENA REZENDE [email protected] (33) 99710169 QUEIROZ FRANCISCO CORNÉLIO DOS franciscocorné[email protected] SANTOS JORGE ANDRADE (JORJÃO) [email protected] {ITAJUBÁ}

SUGESTÃO DE METODOLOGIA 1- Construção e envios dos Questionários (p/ CMS). 2- Repasse ( CMS ): ¾ A responsabilidade de repasse do questionário p/ membros do Controle Social ¾ Recolhe e repassa para o Colegiado ou para CES. 3- Coleta dos dados ( Colegiado micro - regional de conselheiros ); 10 4- Uniformização dos dados ( Colegiado microrregional ) ¾ Compilação de dados ¾ Elabora as diretrizes e as estratégias regionais 5- Coleta de dados ( Estadual ) CES; ¾ Compilação de dados ¾ Elabora as diretrizes e as estratégias Estaduais para as necessidades regionais / municipais. 6- Execução do plano de capacitação do Controle Social.

SUGESTÃO DE INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DO CONTROLE SOCIAL

2. IDENTIFICAÇÃO:

NOME: ENDEREÇO: AV./R.: Nº: COMPLEMENTO: BAIRRO: CIDADE: UF: TEL.CASA: TEL. TRABALHO:

INSTITUIÇÃO DA QUAL FAZ PARTE ( ) Associação ( ) Sindicato ( ) Grupo Organizado

3. AVALIAÇÃO DO CONTROLE SOCIAL

1. È ou foi Conselheiro Municipal de Saúde: 1- ( ) SIM 2- ( ) NÃO

2. È ou foi Conselheiro Municipal de Saúde: 1- ( ) SIM 2- ( ) NÃO

3. Sabe o significado de “Controle Social”? 1- ( ) SIM 2- ( ) NÃO

4. Sabe o que é Sistema Único de Saúde (sus)? 1- ( ) SIM 2- ( ) NÃO

5. Conhece a legislação que regulamenta o SUS? a) Lei 8080 1- ( ) SIM 2- ( ) NÃO b) Lei 8142 1- ( ) SIM 2- ( ) NÃO c) Lei 8492 1- ( ) SIM 2- ( ) NÃO d) As NOBs 1- ( ) SIM 2- ( ) NÃO e) Lei 866 (licitação) f) Lei Orgânica Municipal 1- ( ) SIM 2- ( ) NÃO 1- ( ) SIM 2- ( ) NÃO g) LDO (lei de diretrizes orçamentária h) O Pacto pela Saúde 1- ( ) SIM 2- ( ) NÃO 1- ( ) SIM 2- ( ) NÃO

6. Sabe o que é Saúde do Trabalhador? 1- ( ) SIM 2- ( ) NÃO

7. Conhece as principais doenças relacionadas ao 1- ( ) SIM 2- ( ) NÃO trabalho em sua região?

11 8. Sabe o que é notificação compulsória (obrigatória) de 1- ( ) SIM 2- ( ) NÃO doenças? 9. Agrotóxico é um problema de sua região? 1- ( ) SIM 2- ( ) NÃO

10. LER – DORT , Sabe o que é isso? 1- ( ) SIM 2- ( ) NÃO

11. O Que gostaria de saber sobre agrotóxico? 1- Uso e manuseio ( ) 2- Doenças causas pelo agrotóxico ( ) 3- Como tratar estas doenças ( ) 4- Prevenção ( )

12. O que gostaria de saber sobre LER / DORT? Marque o item de seu interesse. 1- Principais tipos de lesões e doenças? ( ) 3- Formas de prevenção. ( ) 2- A que atividades profissionais elas estão 4- Reabilitação. ( ) associada? ( )

13. Sobre o que é a CAT? 1 - SIM ( ) 2 - NÃO ( )

14. No seu município ela é preenchida ? 1- SIM ( ) 2 - NÃO ( ) 3 - ÀS VEZES ( )

15. No seu município as doenças relacionadas ao trabalho estão sendo notificadas nos serviços de saúde pública e privada ? 1 - SIM ( ) 2 - NÃO ( ) 3 - NÃO SEI ( ) 16. Acha que é importante incluir saúde de trabalhador na política nacional de educação permanente? 1 - SIM ( ) 2 - NÃO ( )

17. Em que assuntos ou temas você gostaria de ser capacitado? a) b) c) d) e)

18. Já participou de alguma capacitação para o 1- SIM ( ) 2- NÃO ( ) controle social? 19. Se sim, quais? a) b) c) d) e)

Felicidade e Saúde para todos os trabalhadores !!!!!

Grupo C: Síntese dos trabalhos desenvolvidos

12 Responsável pela síntese: Richardson Siqueira Luzia

Elaboração de material informativo para os Conselhos Municipais, em cima das prioridades: agrotóxico, LER/DORT,sub-notificação, e para rádios comunitárias. Sugestões do conteúdo para o material informativo (escrito, falado) sobre os temas: LER/DORT, agrotóxico e sub-notificação, a ser encaminhado para a comissão que está elaborando o projeto para que esta encaminhe ao órgão técnico competente. Nossa metodologia foi uma elaboração de uma cartilha de perguntas e respostas bem objetiva, ilustrativa e didática, de modo que, o objetivo da informação seja alcançado, sendo que para cada pergunta cabe uma ilustração.

1° cartilha ⇒ LER/DORT ⇒ 1° folha uma apresentação, uma fala do Conselho Estadual de Saúde. ⇒ Definição o que é LER/DORT ⇒ O que causa? ⇒ Suas conseqüências? ⇒ Como prevenir? ⇒ Tratamento e reabilitação ⇒ Onde Procurar Ajuda -Atenção Básica

2° Cartilha • Agrotóxico ⇒ O que é / Definição ⇒ Você sabe o que o agrotóxico pode causar à sua saúde? ⇒ Você que manuseia o agrotóxico se protege adequadamente? ⇒ Você foi treinado para utilizar o agrotóxico? Ou fez um treinamento correto para manusear agrotóxico? ⇒ Como consumidor, quais os cuidados que você, toma ao comprar e consumir frutas, legumes e verduras? ⇒ Para onde é direcionado seu produto final(lixo)?

13 ⇒ Quanto ao uso inadequado do mesmo ligue para o disk denuncia: Ministério do Trabalho, Agricultura, Vigilância Ambiental, Vigilância Sanitária e outros órgãos referentes.

3° cartilha Notificação ⇒ aguardar o curso de capacitação da equipe técnica para que tenhamos condições de fazer uma cartilha coerente.

Os tópicos a seguir servem para os três temas. ⇒ divulgação em rádio local, com entrevistas com profissionais da área, imprensa falada, escrita e televisionada; ⇒ criar um momento saúde(rádio)para os temas citados acima; ⇒ campanhas para LER/DORT, agrotóxico e notificação. Fazer mobilização com os temas LER/DORT, agrotóxico e notificação na data e ano a escolher melhor.

Componentes: Richardson W.Siqueira Luzia (Ipatinga), Rosane Maria da Silva (Lafaiete), Helena L.Martins (Sete Lagoas), Valdir. J. Cardoso (Lafaiete), Edina Moreira (Três Marias), João B.Rodrigues (B. Esperança), Carla Anunciata (BH), Evelange Alves (Cel. Fabriciano), Marilu Oliveira (Manhumirim), Dionéia Do Prado (Alfenas), Viviane Viana (Sapucaí Mirim), Soraya Wngester(BH).

Em prosseguimento, foi apresentado um vídeo sobre Pacto pela Saúde e o representante da COSAT, David Braga Jr. explicou os objetivos do vídeo e as relações com o trabalho desenvolvido neste Encontro. Seguiu-se a apresentação de um vídeo sobre Minas Gerais. O Encontro foi encerrado em nome da Secretaria Estadual de Saúde e Conselho Estadual de Saúde por Jandira Maciel que informou como obter o material do Encontro no site: www.saude.mg.gov.br. . Endereços e responsáveis locais: Jandira Maciel – [email protected] e Kátia Rita Gonçalves – ká[email protected]

Responsáveis pelo acompanhamento:Maria da Graça Jacques - fjacques@ terra.com.br e Olga Rios – [email protected]

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