RELATÓRIO DE INTERRUPÇÃO EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA - ISE 2017- 0010

21 e 22 de outubro de 2017

Índice 1. INTRODUÇÃO ...... 3

2. INFORMAÇÕES SOBRE A INTERRUPÇÃO EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA ...... 4

2.1. CÓDIGO DO RELATÓRIO...... 4

2.2. INFORMAÇÕES SOBRE O DECRETO DE SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA ...... 4

2.3. DESCRIÇÃO DETALHADA DO EVENTO ...... 4

2.4. DESCRIÇÃO DOS DANOS CAUSADOS AO SISTEMA ELÉTRICO ...... 7

2.5. RELATO TÉCNICO SOBRE A INTERVENÇÃO REALIZADA ...... 8

2.6. TEMPO MÉDIO DE PREPARAÇÃO, DE DESLOCAMENTO E DE EXECUÇÃO DAS EQUIPES ...... 10

2.7. NÚMERO DE UNIDADES CONSUMIDORAS ATINGIDAS ...... 10

2.8. MUNICÍPIOS ATINGIDOS ...... 11

2.9. SUBESTAÇÕES ATINGIDAS ...... 12

2.10. QUANTIDADE DE INTERRUPÇÕES ASSOCIADAS AO EVENTO ...... 13

2.11. DATA E HORA DO INÍCIO DA PRIMEIRA INTERRUPÇÃO ...... 13

2.12. DATA E HORA DO TÉRMINO DA ÚLTIMA INTERRUPÇÃO ...... 13

2.13. MÉDIA DA DURAÇÃO DAS INTERRUPÇÕES ...... 13

2.14. DURAÇÃO DA INTERRUPÇÃO MAIS LONGA ...... 13

2.15. SOMA DO CHI DAS INTERRUPÇÕES ASSOCIADAS AO EVENTO ...... 13

2.16. REGISTROS DIVERSOS...... 13

1. INTRODUÇÃO

O Procedimento de Distribuição de Energia Elétrica – PRODIST – da ANEEL em seu módulo 1 revisão 9, denomina como Interrupção em Situação de Emergência a interrupção originada no sistema de distribuição, resultante de evento que comprovadamente impossibilite a atuação imediata da distribuidora e que não tenha sido provocada ou agravada por esta, e que seja:

• Decorrentes de Evento associado a Decreto de Declaração de Situação de Emergência ou Estado de Calamidade Pública emitido por órgão competente; ou; • Decorrentes de Evento cuja soma do CHI (Consumidor Hora Interrompido) das interrupções ocorridas no sistema de distribuição seja superior ao calculado conforme a equação a seguir:

2.612 * , onde: N – número de unidades consumidoras faturadas e atendidas em BT ou MT do mês de outubro do ano anterior ao período de apuração.

O objetivo deste relatório é dispor de informações ao consumidor referente as Interrupções em Situação de Emergência decorrente do evento climático severo ocorrido no dia 13 de agosto de 2017.

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2. INFORMAÇÕES SOBRE A INTERRUPÇÃO EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

2.1. CÓDIGO DO RELATÓRIO

2017-0010

2.2. INFORMAÇÕES SOBRE O DECRETO DE SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

Não houve decreto de situação de emergência emitido para o período considerado.

2.3. DESCRIÇÃO DETALHADA DO EVENTO

O evento climático severo que atingiu o estado do Paraná foi ocasionado pela evolução de pequenas linhas de instabilidade que provocaram ventos fortes, chuvas pontualmente fortes, com grande concentração de raios em diversas regiões paranaenses. Os volumes de chuvas registrados foram bastante significativos principalmente no sudoeste paranaense, com forte instabilidade atmosférica em regiões próximas ao sudoeste, ao oeste e ao noroeste do Paraná. Foram registrados ventos com rajadas de moderadas a fortes (acima de 50 km/h) em algumas das estações.

Diante do descrito identificamos que choveu em todas as regiões paranaenses. Os ventos fortes e a forte concentração de raios ficaram concentradas principalmente entre o sudoeste, oeste e o noroeste do estado.

A Figura 1 representa o mapa geoelétrico da áreas afetadas pelo evento.

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Figura 1: Mapa geoelétrico com a área atingida pelo evento

Diagrama Unifilar:

As áreas destacadas nas figuras a seguir mostram através de um diagrama unifilar as localizações elétricas das subestações afetadas no período do evento.

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Figura 2: Diagrama unifilar da rede de Alta Tensão da região Norte.

Figura 3: Diagrama unifilar da rede de Alta Tensão da região Oeste.

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A 4 apresenta a quantidade de serviços gerados a cada 24 horas durante o período do evento. Observa-se valores bastante acima da média histórica das regiões afetadas.

Os impactos do evento climático tiveram seu início registrado na madrugada do dia 21/10/2017 por volta das 04h50 e vindo a superar a média história de serviços após as 12h00 do mesmo dia. O pico de ocorrências de falta de energia registradas foi registrado as 05h00 do dia 22/10/2017 e mantendo uma lenta curva de descendência, voltando à normalidade somente após as 20h00 do dia 24/10/2017.

3500 3000 2500 2000 1500 1000 500 0

QUANTIDADE SERVIÇOS MÉDIA HISTÓRICA

Figura 4 :Quantidade de serviços emergenciais a cada 24 h na área de concessão da COPEL.

2.4. DESCRIÇÃO DOS DANOS CAUSADOS AO SISTEMA ELÉTRICO

Além das interrupções no fornecimento de energia por atuação dos sistemas de proteção, houve danos em componentes do sistema elétrico que precisaram ser substituídos conforme relação da tabela a seguir:

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Tabela 1: Relação de materiais substituídos devido ao evento.

MATERIAL QUANTIDADE UNIDADE ALÇA PRÉ-FORMADA 57 un CABOS E FIOS DIVERSOS 235 m CABOS NU 37 kg CHAVE FUSÍVEL 21 un CONECTORES DIVERSOS 67 un CRUZETA 10 un ELO FUSÍVEL 1860 un ISOLADOR 46 un PARARRAIOS 23 un PORTA FUSÍVEL 25 un POSTE 21 un TRANSFORMADOR 38 un

2.5. RELATO TÉCNICO SOBRE A INTERVENÇÃO REALIZADA

A Copel possui um plano de contingência que contempla certas ações e procedimentos a serem seguidos pelos responsáveis de áreas estratégicas, tais como gerentes, técnicos de agências, centros de operação e equipes de manutenção.

Um desses procedimentos é a emissão de alertas padronizados via SMS, sendo que para cada nível de gravidade do alerta, diferentes ações podem ser tomadas. Assim, com base na previsão do evento climático severo, na situação climática em regiões vizinhas, nas ocorrências já em curso e no conhecimento e experiência dos profissionais da COPEL foram definidos no plano de contingência os seguintes níveis de alerta, os quais estão em ordem crescente de gravidade: branco, amarelo, laranja, marrom e vermelho.

A gravidade de cada alerta é baseada no tempo previsto para o evento severo atingir determinada região, na quantidade de alimentadores desligados, na quantidade de serviços e ocorrências em atendimento pelas agências da COPEL.

No período próximo e durante o evento severo foram emitidos os alertas por SMS listados na tabela abaixo.

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Tabela 2: Relação de alertas emitidos durante o evento.

MENSAGEM DATA/HORA BRANCO CSL - CHUVA + RAIOS + POSSIVEIS VENTOS FORTES: TGI, IPA, PRU E IMB. SE 20/10/2017 19:05:18 DESLOCANDO PARA PGO NA SEQUENCIA. BRANCO CSL: CHUVA + RAIO + POSSIBILIDADE DE VENTO SUL CSL GEC, BIT. 21/10/2017 06:37:12 BRANCO CSL: CHUVA + VENTOS DE 35 A 55 KM/H - GVA/IRT/CRM/UVI. 21/10/2017 16:33:55 AMARELO CSL. 180 OCORRENCIAS- CHUVA + DESC. ATM + VENTOS 50KM/H - ** LARANJA PARA 21/10/2017 17:52:56 AGUVI 57 OCORRENCIAS / AGGVA 53 OCORRENCIAS. LARANJA CSL. REFORCO DAS CONDICOES CLIMATICAS. CHUVA FRACA NA CSL NO MOMENTO 237 22/10/2017 07:41:25 OCORRENCIAS AGUVI 52 / AGGVA 52. BRANCO NRO: CHUVA+ VENTO+ RAIO- AGUMU E AGCIT. 21/10/2017 14:29:32 BRANCO NRO: CHUVA+VENTO+RAIO - AGMGA. 21/10/2017 14:31:02 BRANCO NRO: CHUVA + VENTO+ RAIO- AGCMO E AGUBA. 21/10/2017 14:32:28 LARANJA NRO : MESA UMU COM 9 ALIMENTADORES ABERTOS, 42401 CONSUMIDORES 22/10/2017 01:07:14 DESLIGADOS. 120 SERVICOS. MARROM NRO : AGCIT COM 136 SERVICOS PENDENTES, 14 EQUIPES DISPONIVEIS. 22/10/2017 14:02:54 AMARELO OES . FRENTE COM CHUVA E RAIOS ATINGE TODA REG DE DIVISA COM O PARAGUAI E 20/10/2017 23:50:47 SANTA CATARINA NA PROX. HORA. LARANJA OES - 5 ALIM PTO E LJS, FRENTE FRIA ATUANDO NO SUDOESTE E FOZ DO IGUAU, 21/10/2017 07:01:10 CHUVA E RAIOS. MARROM OES - 500 OCORRENCIAS 5 ALIMENTADORES ABERTOS EM CEL. 21/10/2017 08:43:09 VERMELHO OES : MAIS DE 700 SERVICOS E NOVA FRENTE COM CHUVA E RAIOS NO SUDOESTE E 21/10/2017 14:05:44 PROX. A GUAIRA.

Dentre as ações formalizadas no plano de contingência da Copel, e em função da gravidade dos alertas, podem-se destacar:

• Redistribuição de operadores do sistema reforçando o contingente para regiões mais afetadas; • Acionamento de técnicos de sobreaviso; • Antecipação e postergação de turno de operadores e acionamento de técnicos de apoio ao COD (Centro de Operação da Distribuição), como por exemplo ex- operadores, técnicos de programação de desligamentos e pós-operação, otimizando a operação do sistema no período do evento severo; • Disponibilização dos recursos da companhia disponíveis para campo, tais como veículos e equipamentos; • Convocação de pessoal de outros setores competentes para auxílio e reforço de equipes de serviços de campo; • Acionamento de todas as equipes possíveis das agências;

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• Suspensão imediata de atendimento aos serviços comerciais pelas equipes habilitadas para atendimento emergencial.

Imediatamente após o conhecimento do alerta de tempo severo emitido pelo Sistema Meteorológico do Paraná – SIMEPAR, a COPEL iniciou seus procedimentos dispostos no plano de contingência da empresa, no intuito de reduzir o impacto à sociedade pelas ocorrências ocasionadas pelas interrupções no fornecimento de energia elétrica.

O contingente total de força de trabalho mobilizada durante o atendimento foi de:

• 280 equipes de emergência;

• 68 equipes de manutenção;

• 539 eletricistas ou técnicos em equipes de emergência;

• 217 eletricistas de manutenção;

• 29 técnicos de manutenção;

• 45 profissionais de operação de Centro de Operação MT;

• 42 despachantes de serviços de Agências;

2.6. TEMPO MÉDIO DE PREPARAÇÃO, DE DESLOCAMENTO E DE EXECUÇÃO DAS EQUIPES

MÉDIA DE TEMPO DE PREPARAÇÃO: 226,28 .MINUTOS.

MÉDIA DE TEMPO DE DESLOCAMENTO: 269,54 MINUTOS.

MÉDIA DE TEMPO DE EXECUÇÃO: 79,58 MINUTOS.

2.7. NÚMERO DE UNIDADES CONSUMIDORAS ATINGIDAS

1.125.482

10

2.8. MUNICÍPIOS ATINGIDOS

Tabela 3: Relação dos Municípios afetados no estado do Paraná durante o evento.

MUNICIPIO AGUA DOCE ESPIGAO ALTO DO IGUACU MARINGA REBOUCAS ALTAMIRA DO PARANA MARIOPOLIS RENASCENCA ALTO PARAISO MARIPA RESERVA ALTO PARANA FENIX RESERVA DO IGUACU MARQUINHO RIO AZUL ALTONIA FIGUEIRA MATELANDIA RIO BONITO DO IGUACU AMAPORA AMPERE FLORAI MAUA DA SERRA RONCADOR FLORESTA RONDON ANTONIO OLINTO MERCEDES ARAPOTI FOZ DO IGUACU MIRADOR ARARUNA FOZ DO JORDAO MISSAL SANTA CRUZ DE MONTE CASTELO ASSIS CHATEAUBRIAND FRANCISCO ALVES SANTA HELENA BARBOSA FERRAZ FRANCISCO BELTRAO NOVA ALIANCA DO IVAI SANTA ISABEL DO IVAI BARRACAO NOVA AURORA GOIOERE SANTA LUCIA NOVA ESPERANCA BOA ESPERANCA GUAIRA NOVA ESPERANCA DO SUDOESTE SANTA MONICA BOA ESPERANCA DO IGUACU GUAIRACA BOA VENTURA DE SAO ROQUE NOVA SANTA TEREZINHA DE ITAIPU NOVA OLIMPIA SANTO ANTONIO DA PLATINA GUARANIACU NOVA PRATA DO IGUACU SANTO ANTONIO DO CAIUA BOM SUCESSO SANTO ANTONIO DO SUDOESTE HONORIO SERPA SAO JOAO ORTIGUEIRA SAO JOAO DO CAIUA BRASILANDIA DO SUL ICARAIMA SAO JOAO DO TRIUNFO CAFELANDIA IGUATU SAO JORGE DO IVAI IMBAU PAICANDU SAO JORGE DO PATROCINIO PALMAS SAO JORGE DOESTE CAMPINA DO SIMAO INACIO MARTINS PALMEIRA SAO JOSE DAS PALMEIRAS INAJA PALMITAL SAO JOSE DOS CAMPO MOURAO INDIANOPOLIS PALOTINA SAO MANOEL DO PARANA CANDIDO DE ABREU IPIRANGA PARAISO DO NORTE SAO MATEUS DO SUL CANDOI IPORA SAO MIGUEL DO IGUACU CANTAGALO PARANAVAI SAO PEDRO DO IGUACU CAPANEMA IRATI SAO PEDRO DO PARANA CAPITAO LEONIDAS MARQUES PATO BRANCO SAO TOME CARAMBEI ITAIPULANDIA ITAMBE SARANDI CASTRO ITAPEJARA DOESTE SAUDADE DO IGUACU CATANDUVAS ITAUNA DO SUL SENGES CERRO AZUL IVAI PEROLA SERRANOPOLIS DO IGUACU CEU AZUL IVATE PEROLA DOESTE SULINA JAGUARIAIVA PINHAL DE SAO BENTO JANDAIA DO SUL PINHAO TAPEJARA CIDADE GAUCHA JANIOPOLIS PIRAI DO SUL TAPIRA CLEVELANDIA JAPURA COLORADO PITANGA TELEMACO BORBA CORBELIA JESUITAS PLANALTINA DO PARANA TERRA BOA JURANDA PLANALTO JUSSARA TERRA ROXA CORUMBATAI DO SUL LAPA LARANJAL TOLEDO CRUZEIRO DO IGUACU PORTO RICO TRES BARRAS DO PARANA PORTO UNIAO CRUZEIRO DO SUL LOANDA PORTO VITORIA TUPASSI 11

CURIUVA LOBATO TURVO PRESIDENTE CASTELO BRANCO UBIRATA DIAMANTE DO OESTE MALLET PRUDENTOPOLIS MAMBORE QUARTO CENTENARIO UNIAO DA VITORIA MANDAGUACU DOURADINA QUEDAS DO IGUACU MANFRINOPOLIS QUERENCIA DO NORTE VERE ENEAS MARQUES MARECHAL CANDIDO RONDON RAMILANDIA ENGENHEIRO BELTRAO RANCHO ALEGRE DOESTE VITORINO XAMBRE ESPERANCA NOVA

2.9. SUBESTAÇÕES ATINGIDAS

Foram atingidas 212 subestações, as quais estão listadas abaixo.

Tabela 4: Relação das Subestações afetadas durante o evento severo.

SUBESTAÇÕES AFETADAS AEROPORTO FOZ DO IGU FLORAI MELISSA - EL SANTA HELENA ALTO PARANA FORMOSA DO OESTE MERCEDES SANTA ISABEL DO OEST ALTO PIQUIRI FOZ DO AREIA MISSAL - EC SANTA IZABEL DO IVAI ALTONIA FOZ DO IGUACU MOREIRA SALES SANTA MARIA AMAPORA FRANCISCO ALVES MOURAO I SANTA TEREZA - EC AMPERE FRANCISCO BELTRAO NOVA AURORA SANTA TEREZINHA DO I ARAPOTI GENERAL CARNEIRO NOVA CANTU SANTO ANTONIO DO SUD ARARUNA GOIOERE NOVA ESPERANCA SANTOS DUMONT ASSIS CHATEAUBRIAND GRACIOSA SAO CRISTOVAO BAIRRO DOS FRANCA GUAIRA NOVA PRATA - EC SAO J. DO PATROC BANDEIRA GUAIRACA NOVA STA ROSA SAO JOAO BARBOSA FERRAZ GUAMIRANGA OLIMPICO SAO JOAO CAIUA BELEM GUARANIACU ORTIGUEIRA SAO JOAO DO TRIUNFO BITURUNA HORIZONTE OURO VERDE SAO JORGE DO OESTE BOA ESPERANCA IBEMA PAICANDU SAO MATEUS DO SUL BRAGANEY - EC ICARAIMA PALMAS SAO MIGUEL BRAGANTINA IMBITUVA PALMEIRA SAO TOME CAFELANDIA DOESTE INACIO MARTINS PALMEIRINHA SAO VALENTIM CAMPINA DA LAGOA INDIANOPOLIS PALOTINA SE - NOVA OLIMPIA CAMPINA INDIOS - EC IPIRANGA PARANACITY SEGREDO CANTA GALO IPORA PARANAVAI SENGES CAPANEMA IRATI PASSO DO IGUACU SERRA DOS DOURADOS CAPITAO L. MARQUES IRETAMA PATO BRAGADO SETE QUEDAS CARAMBEI ITAMBE PATO BRANCO SOCORRO CASCAVEL ITAPEJARA DOESTE PAULO FRONTIN TAMBOARA CASTRO IVAILANDIA PEABIRU TAMOIO CAXIAS JACUTINGA - EC PEROBAL TAPEJARA CERRADO JAGUARIAIVA PEROLA TAPIRA CEU AZUL JANIOPOLIS PEROLA DO OESTE TEIXEIRA SOARES CHOPINZINHO JAPURA PINHAO TELEMACO BORBA CIANORTE JARDIM ALVORADA PINHEIROS TERRA RICA CIDADE GAUCHA JARDIM TROPICAL PIRAI DO SUL TERRA BOA CLEVELANDIA JESUITAS - EC PITANGA TERRA ROXA COLORADO JULIO DE MESQUITA FI PLANALTO TIBAGI CONCORDIA JURANDA PONTA GROSSA NORTE TOLEDO CORBELIA JUSSARA PORTAL TREVO - EC COREANO LARANJEIRAS DO SUL PORTO AMAZONAS TUNEIRAS OESTE CORONEL VIVIDA LOANDA PRUDENTOPOLIS - 138 TUPASSI CRUZ MACHADO MALLET QUATRO PONTES UBIRATA 12

CRUZEIRO OESTE MAMBORE QUEDAS DO IGUACU UMUARAMA CURIUVA MANDACARU QUERENCIA DO NORTE UNIAO DA VITORIA DIAMANTE DO NORTE MANDAGUACU RANCHO ALEGRE UNIOESTE DISTRITO INDUSTRIAL MANDAGUARI REALEZA US CHOPIM I DOIS VIZINHOS MANGUEIRINHA EC REBOUCAS VENDRAMI DOURADINA MARECHAL CANDIDO RON RESERVA VERA CRUZ DOESTE DR. CAMARGO MARIA HELENA RIO AZUL VERE EC IMBAU MARIALVA - 138 KV RIO DO SALTO - EC VILA CARLI EC TURVO MARILUZ RONCADOR VILA NOVA ENEAS MARQUES MARINGA RONDON VILA YOLANDA ENGENHEIRO BELTRAO MARMELANDIA - EC SABARA VISTA ALEGRE - EC FAXINAL DO CEU MARMELEIRO SALGADO FILHO WITMARSUM FENIX MATELANDIA SANTA CRUZ DO M CAST XAMBRE FIGUEIRA MEDIANEIRA SANTA ESMERALDA XISTO

2.10. QUANTIDADE DE INTERRUPÇÕES ASSOCIADAS AO EVENTO

3010.

2.11. DATA E HORA DO INÍCIO DA PRIMEIRA INTERRUPÇÃO

21/10/2017 04h10min.

2.12. DATA E HORA DO TÉRMINO DA ÚLTIMA INTERRUPÇÃO

27/10/2017 11h50min.

2.13. MÉDIA DA DURAÇÃO DAS INTERRUPÇÕES

06h04min.

2.14. DURAÇÃO DA INTERRUPÇÃO MAIS LONGA

06 dias 0h 04min.

2.15. SOMA DO CHI DAS INTERRUPÇÕES ASSOCIADAS AO EVENTO

819841,10 CONSUMIDOR x HORA INTERROMPIDO.

2.16. REGISTROS DIVERSOS

A Figura 5 mostra as ocorrências registradas pela Defesa Civil do Paraná no período do evento.

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Figura 5: Mapa de ocorrências registradas pela Defesa Civil do Estado do Paraná no período. Fonte:- http://www.defesacivil.pr.gov.br

Cobertura jornalística sobre o evento

A seguir são apresentados recortes jornalísticos sobre o evento demonstrando as avarias causadas nas regiões afetadas durante o período do evento.

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Figura 6: Cobertura jornalística sobre o evento severo. Fonte: https://www.climatempo.com.br/noticia/2017/10/20/mais-temporais-para-a-regiao-sul-1557

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ANEXO LAUDO SIMEPAR

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LAUDO DE EVENTO METEOROLÓGICO SEVERO

COPEL DISTRIBUIÇÃO S.A.

Informações sobre o Evento

Data: 21 de outubro de 2017

Locais: Estado do Paraná

Data de Elaboração: 03 de outubro de 2017

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SUMÁRIO

1. DESCRIÇÃO

2. ABRANGÊNCIA E DURAÇÃO

3. CLASSIFICAÇÃO COBRADE DO EVENTO ANALISADO

4. EVIDÊNCIAS ENCONTRADAS NA MÍDIA

5. CONCLUSÃO

6. REFERÊNCIAS

7. RESPONSÁVEL TÉCNICO

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1. DESCRIÇÃO

A área de interesse deste estudo corresponde à área de competência da COPEL Distribuição no estado do Paraná. De acordo com informações disponíveis na homepage da empresa na internet (http://www.copel.com/hpcopel/acopel/atuacaoDis.jsp ) ela é responsável pelo serviço de distribuição de energia a cerca de 4,5 milhões de clientes de 393 municípios do Paraná – além de Porto União, em Santa Catarina, administra 190 mil km de redes de distribuição, possui 2,8 milhões de postes e 361 subestações, com potência instalada de 10,5 mil megavolt- ampère (MVA). No estado do Paraná, a empresa subdivide sua área de atuação em 5 regiões de distribuição: LES (Leste), CSL (Centro Sul), NRT (Norte), NRO (Noroeste) e OES (Oeste), conforme a figura abaixo:

Área de atuação – COPEL Distribuição

Neste relatório vamos abordar os eventos meteorológicos que causaram alterações atmosféricas no Paraná, especialmente e relação aos ventos e à concentração de raios, durante o dia 21/10/2017.

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1.1 Situação Sinótica da Área de Interesse As análises sinóticas apresentadas são projeções dos diversos campos de diferentes elementos meteorológicos, na forma de mapas, que permitem determinar o(s) sistema(s) meteorológico(s) mais provável (eis) que causou/causaram as alterações nas condições de tempo para uma determinada região. Neste relatório utilizaremos como base para as análises e a previsão das variáveis meteorológicas, o modelo numérico de previsão do tempo GFS (Global Forecast System).

Fig. 02 – Análise das 10 h de 21/10/2017 – Temperaturas a 2 m (ºC); Isóbaras - PNMM, linhas contínuas (hpa) e Ventos, barbela, (m/s). Às 10 h do dia 21/10/2017, Fig. 02, na configuração da pressão atmosférica, linhas contínuas, há uma linha pontilhada indicando a presença de uma área de depressão atmosférica. Em meteorologia esta região é tratada como uma região de cavado . A área colorida indica os valores de temperaturas e ainda os ventos representados pelas barbelas (indica direção, sentido e intensidade). Nesta análise do modelo GFS é possível de se extrair que na região do cavado há uma confluência dos ventos e ainda que a circulação dos ventos facilita o transporte de energia (calor) em direção ao cavado. Próximo ao noroeste e ao oeste paranaense é o ar aquecido que está se acumulando proveniente de regiões de latitudes mais baixas. Ao sul do Rio Grande do Sul a característica do ar advectado é diferente, ou seja, naquela região o ar transporta uma massa menos aquecida.

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Fig. 03 – Análise das 16 h de 21/10/2017 – Temperaturas a 2 m (ºC); Isóbaras - PNMM, linhas contínuas (hpa) e Ventos, barbela, (m/s). Às 16 h do dia 21/10/2017, Fig. 03, o eixo do cavado se intensifica, o gradiente de pressão (estreitamento das isóbaras) aumenta próximo às regiões oeste e na sudoeste do Paraná, há uma aumento significativo dos valores das temperaturas e os ventos continuam a advectar calor no setor norte do eixo do cavado.

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Fig. 04 – Projeções para as 10 h de 21/10/2017 – Velocidade dos ventos (colorida – m/s); isóbaras - PNMM, linhas contínuas (hpa). Acrescentamos duas figuras, Fig. 04 e Fig. 05, onde analisamos para os mesmos horários das Fig. 02 e Fig. 03, a umidade relativa do ar projetada para 2 m de altura, além das isóbaras e do regime dos ventos. O objetivo da inclusão destas figuras foi o de mostrar o quanto o ar estava úmido, não só sobre o Paraná como também para uma área mais extendida. Umidade relativa do ar, em média, variam de 80 % a 100 %. Então o “quadro sinótico” resumidamente fica assim: o modelo numérico projetou para as 10 h e 17 h uma condição atmosférica favorável ao desenvolvimento de temporais; ventos a transportar calor para a região do cavado que se aprofundou/intensificou sobre uma área úmida .

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Fig. 05 – Projeções para as 16 h de 21/10/2017 – Velocidade dos ventos (colorida – m/s); isóbaras - PNMM, linhas contínuas (hpa).

CAPE

Uma das formas utilizadas pelos meteorologistas para se avaliar a instabilidade atmosférica é através do emprego de índices os quais são calculados levando-se em conta os perfis verticais de temperatura, umidade e vento para sintetizar as características termodinâmicas do fluido (atmosfera). Um desses índices é o CAPE (Convective Availabe Potential Energy) que estima a energia obtida, por aquecimento da superfície, para haver convecção. Valores acima de 2500 J/kg indicam que o ar está muito instável e acima de 3500 está extremamente instável .

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Fig. 06 – Estimativa do CAPE para as 16 h de 21/10/2017 – CAPE superfície, áreas coloridas, (J/kg); isóbaras - PNMM, linhas contínuas (hpa) e ventos (10 m). Às 16 h do dia 21/10/2017, Fig.06, o GFS estimou que o ar à superfície estava muito instável a extremamente instável em parte do cavado. Justamente nestes setores o potencial para o desenvolvimento de temporais estava bem demarcado.

1.1. Condições observadas e registradas

1.2.1 – 21/10/2017 No dia 21/10/2017 foram registrados vários eventos de tempestade no Paraná. O radar meteorológico do SIMEPAR de Cascavel identificou os núcleos de precipitações que transitaram sobre as diferentes regiões paranaenses.

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Estimativas de Chuvas (radar meteorológico do SIMEPAR de Cascavel e Descargas Elétricas Atmosféricas (raios) Houve chuvas com intensidades moderadas a fortes na maioria das regiões paranaenses e em vários momentos essas foram acompanhadas por grande concentração de raios. Nas Fig. 07 a Fig. 19 apresentam-se as chuvas bem como a concentração de raios. A contagem dos raios contempla a área de domínio da figura e sua contabilização ocorre em 10 minutos. Ex.: Na Fig. 08 contabilizaram-se 2039 raios. Este valor parte das 07 h e 55 min até às 08 h e 05 min, ou seja 05 minutos antes e depois do horário da imagem do radar. De acordo com as figuras as chuvas mais significativas ao longo do dia 21/10/2017 ocorreram entre o oeste e o sudoeste do Paraná. A atmosfera estava mais eletrificada no período da manhã, durante o desenvolvimento das áreas de instabilidade.

Fig. 07 – Estimativa de Chuvas (radar de Cascavel) e Raios - 21/10/2017 – 04 h e 50 min (2039 raios )

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Fig. 08 – Estimativa de Chuvas (radar de Cascavel) e Raios - 21/10/2017 – 08 h (1285 raios)

Fig. 09 – Estimativa de Chuvas (radar de Cascavel) e Raios - 21/10/2017 – 11 h (646 raios)

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Fig. 10 – Estimativa de Chuvas (radar de Cascavel) e Raios - 21/10/2017 – 15 h (957 raios)

Fig. 11 – Estimativa de Chuvas (radar de Cascavel) e Raios - 21/10/2017 – 16 h (925 raios)

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Fig. 12 – Estimativa de Chuvas (radar de Cascavel) e Raios - 21/10/2017 – 17 h ( 824 raios)

Fig. 13 – Estimativa de Chuvas (radar de Cascavel) e Raios - 21/10/2017 – 18 h (700 raios)

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Fig. 14 – Estimativa de Chuvas (radar de Cascavel) e Raios - 21/10/2017 – 19 h (700 raios)

Fig. 15 – Estimativa de Chuvas (radar de Cascavel) e Raios - 21/10/2017 – 20 h (341 raios)

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Fig. 16 – Estimativa de Chuvas (radar de Cascavel) e Raios - 21/10/2017 – 21 h (282 raios)

Fig. 17 – Estimativa de Chuvas (radar de Cascavel) e Raios - 21/10/2017 – 22 h (186 raios)

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Fig. 18 – Estimativa de Chuvas (radar de Cascavel) e Raios - 21/10/2017 – 23 h (150 raios)

Fig. 19 – Estimativa de Chuvas (radar de Cascavel) e Raios - 21/10/2017 – 24 h (525 raios)

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Imagens do Satélite GOES 16 Nas imagens de satélite reproduzidas nas Fig. 20 a Fig. 28, as áreas correlacionadas às chuvas são representadas pelo colorido com tons alaranjados aos avermelhados/acinzentados. As cores com tons avermelhados mais escuros, alcançando em alguns momentos tons acinzentados, representam a temperatura mais baixa estimada nas camadas superiores das nuvens e, dependendo do filtro de frequência analisado (frequência das ondas de radiação solar recebida pelo satélite), são relacionadas às chuvas mais intensas.

Fig. 20 – Imagem do GOES 16 às 04 h e 45 min – Canal IR 16 - 21/10/2017 Às 04 h e 45 min, Fig. 20, o satélite GOES 16 identificou um aglomerado de nuvens entre as divisas noroeste do Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina e o sudoeste do Paraná. Conforme vimos acima através das informações do radar meteorológico de Cascavel, este aglomerado de nuvens provocou grande volume de chuva assim como veio acompanhado por grande concentração de raios. Até às 24 h a nebulosidade evoluiu pelo continente e cobriu todas as regiões paranaenses contudo apresentaram as tonalidades nas cores fortes entre o sudoeste, oeste ao noroeste.

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Fig. 21 – Imagem do GOES 16 às 16 h – Canal IR 16 - 21/10/2017

Fig. 22 – Imagem do GOES 16 às 18 h – Canal IR 16 - 21/10/2017

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Fig. 23 – Imagem do GOES 16 às 19 h – Canal IR 16 - 21/10/2017

Fig. 24 – Imagem do GOES 16 às 20 h – Canal IR 16 - 21/10/2017

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Fig. 25 – Imagem do GOES 16 às 21 h – Canal IR 16 - 21/10/2017

Fig. 26 – Imagem do GOES 16 às 22 h – Canal IR 16 - 21/10/2017 Sistema Meteorológico do Paraná - Simepar Centro Politécnico da UFPR – Caixa Postal 19100 Curitiba – PR – Brasil – 81531-980 19 Tel: (+55 41) 3320 -2001 www.simepar.br

Fig. 27 – Imagem do GOES 16 às 23 h – Canal IR 16 - 21/10/2017

Fig. 28 – Imagem do GOES 16 às 24 h – Canal IR 16 - 21/10/2017

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Dados das estações meteorológicas automáticas

Velocidade Máxima dos Ventos

A Fig. 29 e a Fig. 30 mostram a velocidade máxima dos ventos registradas na rede de estações meteorológicas automáticas. Nas Tab. 01 e na Tab. 02 são selecionadas respectivamente as velocidades máximas acima dos 46,8 km/h e os critérios para enquadrar os intervalos das velocidades alcançadas considerando a Escala Anemométrica Internacional de Beaufort, divulgada pela Organização Meteorológica Mundial (em inglês WMO). Estes ventos, entre a madrugada e o período da manhã do dia 21/10/2017, Fig. 29, foram fortes em apenas dois pontos. No final da tarde até à noite, os registros foram mais intensos, evidentemente que estes valores são pontuais, ou seja, restritos à localidade do sensor (anemômetro).

Fig. 29 – Velocidade máxima dos Ventos (km/h) da 00 h às 12 h – 21/10/2017

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Fig. 30 – Velocidade máxima dos Ventos (km/h) das 12 h às 23 h e 45 min de 21/10/2017

Estação V. M ax Horário Meteorológica (km/h)

Curitiba 48,6 19

Lapa 72,7 18

Guarapuava 47,6 17

Palmital 51,1 19

Pinhão 48,6 16

Ponta Grossa 46,8 16

Telêmaco Borba 48,2 21

Campo Mourão 56,5 21

Foz do Areia 61,6 15

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Palmas 58,7 17

Baixo Iguaçu 87.5 17

Francisco Beltrão 53,3 17

Cascavel 49,7 19

Palotina 56,2 20

Santa Helena 76,0 19

Tab. 01 – Velocidade máxima dos ventos (km/h) Escala Categoria Nome Vel. Vento Indicações visuais na Beaufort (km/h) superfície terrestre 00 Calma < 1 Folhas de árvores sem movimento. Fumaça sobe verticalmente. 01 Aragem 1 – 5 Desvio da fumaça. Cataventos não são deslocados. 02 Brisa leve 6 - 11 Ventos sentidos no rosto. Folas de árvores farfalham. Catavento se move. 03 Brisa fraca 12 - 19 Bandeiras levemente agitadas. Folhas e galhos de árvores em movimento. 04 Brisa moderada 20 - 28 Poeira e papeis soltos se elevam. Pequenos ramos são movimentados. 05 Brisa forte 29 - 38 Árvores pequenas e folhagem oscilam. Ondas com cristas em lagos. 06 Vento fresco 39 – 49 Galhos grandes agitados. Assovio nos fios. Difícil usar guarda-chuvas. 07 Vento forte 50 - 61 Árvores inteiras em movimento. Difícil caminhar contra o vento. 08 Ventania 62 - 74 Galhos de árvores são quebrados. Impossível andar. 09 Ventania forte 75 - 88 Pequenos danos em edificações. Chaminés e telhas são arrancados.

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10 Tempestade 89 - 102 Raro. Árvores são derrubadas. Danos consideráveis em edificações. 11 Tempestade 103 - 117 Raríssimos. Grandes violenta devastações. Derrubada de edificações, placas de sinalização etc. 12 - 17 Furacão/tornado >118

Tab. 02 - Escala Anemométrica Internacional de Beaufort. Fonte: WMO adaptada por SIMEPAR

Precipitação As Fig. 31 e a Fig. 32 mostram o valor acumulado das precipitações contabilizado nos diversos postos telemétricos do SIMEPAR. Nas primeiras 12 h de contabilização, Fig. 31, os valores foram bastante significativos em vários pontos de medição (acima dos 20 mm). A atmosfera continuou muito instável conforme já mencionado e as precipitações atingiram, com maior intensidade, o sudoeste e o sul da região oeste do Paraná, Fig. 32.

Fig. 31 – Chuva acumulada (mm) – 00 h às 12 h de 21/10/2017

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Fig. 32 – Chuva acumulada (mm) – 12 h às 23 h e 45 min de 21/10/2017

2. ABRANGÊNCIA E DURAÇÃO

Em conformidade com as informações dos sistemas de monitoramento meteorológico existentes na área de interesse deste relatório, podemos destacar as seguintes características do evento meteorológico: 2.1. Abrangência

A atuação deste sistema foi regional. Atingiu as regiões Sul e parte do Sudeste do Brasil assim como setores da Argentina, do Paraguai e da Bolívia.

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2.2. Duração

A duração foi de aproximadamente 20 h.

3. CLASSIFICAÇÃO COBRADE DO EVENTO ANALISADO

Conforme os critérios determinados pelo Anexo I da Instrução Normativa n o 01, de 24 de agosto de 2012, referente à Codificação Brasileira de Desastres – COBRADE, o evento meteorológico analisado neste relatório apresentou as seguintes condições atmosféricas críticas:

Simbologia COBRADE Classificação Definição

Natural Tempestade com Meteorológico intense atividade el étrica no interior 1.3. 2.1.2 Tempestade de das nuve ns, com raios grande desenvolvimen to vertical

Natural

Meteorológico Forte deslocamento 1.3. 2.1.5 de uma massa de ar Vendaval emu ma região

Tab. 03 – Tabela COBRADE

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4. EVIDÊNCIAS ENCONTRADAS NA MÍDIA

https://pr.ricmais.com.br/dia-a-dia/noticias/motociclista-morre-ao-ser-atingido- por-raio-em-estrada-rural/

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https://massanews.com/noticias/plantao/chuva-e-vento-forte-provocam- estragos-em-fazenda-rio-grande-xbgr2.html

https://www.youtube.com/watch?v=5tT6QVagl2o&t=47s

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5. CONCLUSÕES

De acordo com os dados, as análises, informações e evidências apresentadas neste relatório: - A evolução de pequenas linhas de instabilidade que acompanharam a evolução do eixo do cavado provocaram ventos fortes, chuvas pontualmente fortes com grande concentração de raios em diversas regiões paranaenses; - Os volumes de chuvas registrados foram bastante significativos principalmente no sudoeste paranaense; - O modelo GFS identificou uma área com forte instabilidade atmosférica em regiões próximas ao sudoeste, ao oeste e ao noroeste do Paraná; - Os ventos: As estações meteorológicas automáticas do SIMEPAR distribuídas pelo estado, registraram rajadas de ventos de moderadas a fortes (acima de 50 km/h) em algumas das estações; Diante do descrito identificamos que choveu em todas as regiões paranaenses. Os ventos fortes e a forte concentração de raios ficaram concentradas principalmente entre o sudoeste, oeste e o noroeste do estado.

6. REFERÊNCIAS

SIMEPAR, Sistema Meteorológico do Paraná, registros operacionais. CPTEC/INPE: www.cptec.inpe.br imagens do satélite GOES 16 COBRADE:http://www.integracao.gov.br/documents/3958478/0/Anexo+V+- +Cobrade_com+simbologia.pdf/d7d8bb0b-07f3-4572-a6ca-738daa95feb0 (acessado em 04/10) WMO: https://www.wmo.int/ Normas e regulamentação das medições meteorológicas

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7. RESPONSÁVEL TÉCNICO

Este relatório foi elaborado pelo Sistema Meteorológico do Paraná – Simepar e tem como responsável técnico o meteorologista Cezar Gonçalves Duquia, bacharel em meteorologia pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), registrado no CREA-PR sob o número 18527/D.

Atenciosamente,

Cezar Gonçalves Duquia Meteorologista Simepar CREA PR- 18527/D

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