Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

Título: A Leitura de Mundo: uso de múltiplas linguagens para o desenvolvimento humano

Autor: Wanda Alba Aranda

Disciplina/Área: Pedagogia

Escola de Implementação do Colégio Estadual Marcelino Champagnat – Projeto e sua localização: Londrina - PR

Município da escola: Londrina

Núcleo Regional de Educação: Londrina

Professor Orientador: Profª. Drª. Sandra A. P. Franco

Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual de Londrina

Relação Interdisciplinar: Língua Portuguesa, Arte, História, Sociologia

Resumo: A Produção Didático-Pedagógica será implementada com alunos do 9º ano, por meio de unidades didáticas. As unidades didáticas pretendem oportunizar ao aluno diferentes momentos de leitura por meio da música e suas diversas interpretações e ritmos, despertando as múltiplas determinações que são os aspectos culturais, sociais, políticos, que envolvem suas letras e melodias, assim como a relação com as diversas disciplinas, auxiliando o desenvolvimento escolar e a visão de mundo dos alunos. Trabalhar-se-á nesta unidade didática com a Didática da Pedagogia Histórico-Crítica desenvolvida por Gasparin (2005), que tem como marco referencial a teoria dialética do conhecimento, para fundamentar a concepção metodológica e o planejamento do ensino e aprendizagem que desenvolveremos. Palavras-chave: Visão de mundo – leitura - música

Formato do Material Didático: Unidade didática Público: Professores do Ensino Fundamental e Médio.

UNIDADE DIDÁTICA

Apresentação

A presente Unidade Didática tem como finalidade implementar a Produção Didático-Pedagógica na Escola em cumprimento ao proposto pelo Programa de Desenvolvimento Educacional, oferecido pela Secretaria de Estado da Educação. A Produção Didático-Pedagógica na Escola será desenvolvida com alunos dos 9º anos do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Marcelino Champagnat, Londrina – PR.

Introdução

A Produção Didático-Pedagógica será implementada na escola, por meio de unidades didáticas com duração de trinta e duas horas. As unidades didáticas pretendem oportunizar ao aluno diferentes momentos de leitura por meio da música e suas diversas interpretações, ritmos, vestimentas e regionalização, despertando as múltiplas determinações que são os aspectos econômicos, culturais, estéticos, sociais, afetivos, políticos, religiosos, ideológicos, psicológicos e culturais que envolvem suas letras e melodias, assim como a relação com as diversas disciplinas, auxiliando o desenvolvimento escolar e a visão de mundo dos alunos. Embasada na Pedagogia Histórico-Crítica, em que Saviani (2003) afirma que o homem é um sujeito histórico que aprende a partir da interação social com o outro e com base marxista, defende-se nesta unidade didática que a função da escola é transmitir conhecimentos historicamente construídos pela humanidade e que o homem é um ser social e histórico, que constrói história e se desenvolve com ela. Trabalharemos esta unidade didática com a Didática da Pedagogia Histórico-Crítica desenvolvida por Gasparin (2005), que tem como marco referencial a teoria dialética do conhecimento, para fundamentar a concepção metodológica e o planejamento do ensino e aprendizagem que desenvolveremos. Ao final da implementação das unidades didáticas pretendemos por meio de observações dos alunos e conversas com seus professores, verificar se houve melhoria em sua aprendizagem.

PONTO DE PARTIDA: Didática

Nessa teoria, o conhecimento constrói-se, fundamentalmente, a partir da base material (prática social dos homens e processos de transformação da natureza por eles forjados). Portanto, é a existência social dos homens que gera o conhecimento, pois este resulta do trabalho humano, no processo histórico de transformação do mundo e da sociedade, por meio da reflexão sobre esse processo. O conhecimento, como fato histórico e social supõe sempre continuidades, rupturas, reelaborações, reincorporações, permanências e avanços (GASPARIN, 2005). Nesse sentido, a Unidade Didática terá como foco central o seguimento dos passos teórico-metodológicos gaspariano. Os cinco passos que formam a Didática da Pedagogia Histórico-Crítica exigem do educador uma nova forma de pensar os conteúdos. Estes devem ser enfocados de maneira contextualizada em todas as áreas do conhecimento humano, evidenciando que advém da história produzida pelos homens nas relações sociais de trabalho. Essa Didática objetiva um equilíbrio entre teoria e prática, envolvendo os educandos em uma aprendizagem significativa dos conhecimentos científicos e políticos, para que estes sejam agentes participativos de uma sociedade democrática e de uma educação política. Vejamos, a seguir os passos estruturados por Gasparin (2005): 1º Passo - Prática Social Inicial - Nível de desenvolvimento atual do educando: se expressa pela prática social inicial dos conteúdos. Tem seu ponto de partida no conhecimento prévio do professor e dos educandos. É o que o professor e alunos já sabem sobre o conteúdo, no ponto de partida, em níveis diferenciados. Esse passo desenvolve-se, basicamente, em dois momentos: a) o professor anuncia aos alunos os conteúdos que serão estudados e seus respectivos objetivos; b) o professor busca conhecer os educandos por meio do diálogo, percebendo qual a vivência próxima e remota cotidiana desse conteúdo antes que lhe seja ensinado em sala de aula, desafiando-os para que manifestem suas curiosidades, dizendo o que gostariam de saber a mais sobre esse conteúdo. 2º Passo – Problematização - Consiste na explicação dos principais problemas postos pela prática social, relacionados ao conteúdo que será tratado. Este passo desenvolve-se na realização de: a) uma breve discussão sobre esses problemas em sua relação com o conteúdo científico do programa, buscando as razões pelas quais o conteúdo escolar deve ou precisa ser aprendido; b) em seguida, transforma-se esse conhecimento em questões, em perguntas problematizadoras, levando em conta as dimensões científica, conceitual, cultural, histórica, social, política, ética, econômica, religiosa etc, conforme os aspectos sobre os quais se deseja abordar o tema, considerando-o sob múltiplos olhares. Essas dimensões do conteúdo são trabalhadas no próximo passo, o da instrumentalização. 3º Passo – Instrumentalização - Essa se expressa no trabalho do professor e dos educandos para a aprendizagem. Para isso, o professor: a) apresenta aos alunos por intermédio de ações docentes adequadas o conhecimento científico, formal, abstrato, conforme as dimensões escolhidas na fase anterior; os educandos, por sua vez, por meio de ações estabelecerão uma comparação mental com a vivência cotidiana que possuem desse mesmo conhecimento, a fim de se apropriar do novo conteúdo. b) Neste processo usam-se todos os recursos necessários e disponíveis para o exercício da mediação pedagógica. 4º Passo –Catarse - É a expressão elaborada de uma nova forma para entender a teoria e a prática social. Ela se realiza: a) Por meio da nova síntese mental a que o educando chegou; manifesta- se da nova conduta mental, unindo o cotidiano ao científico em uma nova totalidade concreta no pensamento. Neste momento, o educando faz uma síntese de tudo o que aprendeu, segundo as dimensões do conteúdo estudadas. É a elaboração mental do novo conceito do conteúdo; b) Essa síntese se expressa de uma avaliação oral ou escrita, formal ou informal, na qual o educando traduz tudo o que aprendeu até aquele momento, levando em consideração as dimensões sob as quais o conteúdo foi tratado. 5º Passo - Prática Social Final - Novo nível de desenvolvimento atual do educando, consiste em assumir uma nova proposta de ação a partir do que foi aprendido. Este passo se manifesta: a) pela nova conduta prática, pelas novas atitudes, novas disposições que se expressam nas intenções de como o aluno levará à prática, fora da sala de aula, os novos conhecimentos científicos; b) pelo compromisso e pelas ações que o educando se dispõe a executar em seu cotidiano pondo em efetivo exercício social o novo conteúdo científico adquirido. A implementação dessa Unidade Didática está vinculada a uma nova forma dos educadores pensarem a Educação, sendo necessário muito esforço, estudo, experimentações, coragem para inovar, divergir, arriscar e assumir desafios.

APRESENTAÇÃO DA UNIDADE DIDÁTICA

A Unidade Didática terá a duração de trinta e duas horas, divididas em vários momentos, abordando textos com letras de músicas variadas e vídeos clipes musicais.

A música: um encaminhamento possível

Perante uma realidade educacional que apresenta inúmeros problemas de defasagens de aprendizagem e no desejo de auxiliar a melhoria desta, propomos apresentar o gosto pela leitura por meio das diversas linguagens como a música e por acreditar na possibilidade de aumentar as visões de mundo e de sua releitura, tornando a leitura prazerosa e visando à melhoria do hábito de estudo no sentido de ofertar subsídios para a continuidade destes para sua vida acadêmica e social.

Muitas, muitas são as palavras – e as leituras – que se integram ao nosso eu e auxiliam em nossa expressão de nós mesmos e do Mundo concebido por nós. Palavras, sons e imagens em um misto que nos leva a concluir: para ler melhor, é preciso ler com todos os sentidos – não só com a razão (REZENDE, 2007, p. 7).

Por meio do desenvolvimento da leitura com todos os sentidos é que poderemos obter avanços, pois nota-se um desinteresse maior na leitura à medida que o ser humano vai crescendo ou aumentando sua escolaridade, pois quando são crianças leem mais. Mesmo antes de serem alfabetizados ou de decodificarem os códigos, interpretam de diferentes modos as leituras e imagens. Embora nem sempre saibamos decifrar todos os códigos, todos nós lemos. Lemos palavras, imagens, palavras-imagens, lemos música, “lemos” o som (REZENDE, 2007, p. 6). Para ler é preciso todos os sentidos e a visão de mundo de cada um, pois levamos conosco o saber, a cultura, o conhecimento, a arte e, principalmente, as vivências. Lemos a imagem como quem olha, como quem pensa, como sente e tem o olhar crítico para o que vê e ouve. Freire (1985) ressalta “a leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele”. Na amplitude da leitura contamos com diversos tipos de textos e imagens, são todos parte de uma releitura de mundo e seu contexto. Nesse sentido, analisaremos a música, em seus diferentes sons, letras e arranjos, tudo faz parte do seu histórico, das pessoas que estão envolvidas no seu desenvolvimento e até de quem as ouve, aparecendo assim, diversas leituras e interpretações.

[...] para ensinar a ler é preciso saber sobre gente – conhecer os alunos faz parte desse conhecer – e saber ler. Ler o texto e o contexto. O texto escrito e o digitado, a imagem e o som. Ler o jornal, o romance, a poesia, a representação teatral e musical. Ler Ciência e ler Arte... ler o texto imbricado na leitura de Mundo; ler o Mundo com a ajuda de leitura de textos – fazer/viver leituras! (REZENDE, 2007, p. 9,10).

A arte musical, necessária de uma cultura, criada e recriada pelo construir reflexivo-afetivo do homem, é vivenciado no contexto social, histórico, localizado no tempo e no espaço, no aspecto coletivo, em que recebe significações que são repartidas socialmente e sentidos únicos que são preparados a partir da dimensão afetiva e dos significados. As vivências coletivas e singulares da música, sempre em meio ao contexto histórico-social, permitem compreendê-las como um fazer que se constrói pela ação do sujeito em relação com o contexto histórico-cultural, sujeito constituído e constituinte do ambiente a que está inserido. A música como um meio de dar referenciais, instrumentos materiais e simbólicos para que cada sujeito se aproprie, propicia a criação e orienta suas construções, as atividades criadoras e musicais. Ao se vivenciar a música, estabelece-se uma relação com a matéria musical em si e uma rede de significados construídos no mundo social. Figura 01: Feliz é aquele que cultiva a música

Fonte: Eu cultivo boa música ! @[100004685373149:2048: Deborah] - retirado do Facebook em 12/11/13.

Objetivo Geral: Oportunizar ao aluno diferentes momentos de leitura por meio da música e suas diversas interpretações, ritmos, vestimentas e interdisciplinaridade, despertando as múltiplas determinações e aumentando sua visão de mundo por meio da leitura crítica de textos.

Conteúdo:

As várias figuras de linguagens e suas interpretações implícitas e explícitas nos textos, análise de rimas, ritmos, diferenças de épocas históricas, vestimentas, regionalidades e influências.

I – Etapa

Prática Social Inicial

Será explicado o trabalho a ser realizados nestes momentos, em seguida será aplicado um questionário para conhecimento prévio sobre a música aos alunos para verificar o que sabem sobre o conteúdo, desafiando-os para que manifestem suas curiosidades, dizendo o que gostariam de saber a mais sobre esse conteúdo.

II ETAPA

Problematização

Como fazer a leitura de mundo e quais leituras possíveis posso fazer das várias linguagens, a fim de que haja a melhoria de minha formação humana? Quais os aspectos presentes nas várias linguagens dos temas serão abordados, considerando-os sob múltiplos olhares das dimensões: científica, conceitual, cultural, histórica, social, política, ética, econômica, religiosa, ideológica, afetiva, psicológica, legal?

III Etapa

Instrumentalização:

Nesta etapa, apresentaremos as unidades didáticas como um exercício da mediação pedagógica, por meio de ações que os alunos estabelecerão entre uma comparação do conhecimento científico e conceitual com a vivência cotidiana que possuem, a fim de se apropriar do novo conteúdo.

1ª Unidade Didática

Iniciando as Unidades Didáticas, um trabalho de interpretação de sons e letras.

ATIVIDADES

 Iniciaremos com uma conversa informal do objetivo das Unidades Didáticas e como serão trabalhados os dezesseis momentos.  Como abertura das atividades começaremos com a apresentação do vídeo clipe da música - Da cor da Esperança do autor Diego Torres com o Grupo Tradição. Disponível: http://www.youtube.com/watch?v=HXBVh2l3AGM. Acesso em: 23 nov.2013. Duração: 05:36 min.

Da cor da Esperança

Autor: Diego Torres - 2004 Interprete: Grupo Tradição “Sei, tá nos teus olhos, é só te olhar, Esta cansado de andar e de andar, E caminhar, chegando sempre em um lugar. Sei, todas as portas podem se abrir, Para mudar só depende de ti, Te ajudará, tente de novo uma vez mais”.

 Entendimento do texto na perspectiva da Prática Social Inicial, para conhecer os alunos e seus conhecimentos prévios.

Discussão sobre o conteúdo

- A música expressa às dificuldades do trabalhador, será que todo trabalhador é um sofredor? - Quais as diferenças do trabalho braçal e o intelectual? - Por meio do estudo, o sujeito melhora sua condição financeira? - Por que houve e têm ocorrido várias manifestações de protesto no Brasil?

Dimensões do conteúdo

- Afetiva: Qual a qualidade de vida do trabalhador braçal? - Psicológica: Por que o estresse e a depressão são as doenças da atualidade? - Histórica: As reivindicações resultam em melhorias para a população? Como percebemos os resultados? - Emocional: Qual a esperança dos brasileiros em relação às diversas manifestações ocorridas recentemente no Brasil? - Cultural: Quais representações observamos dos trabalhadores nas artes? - Econômica: Quais os reflexos no cotidiano dos brasileiros diante dos baixos salários? A classe trabalhadora é explorada pela classe dominante?

 O momento “Curiosidades” se dará para enriquecer o conhecimento da música brasileira, com leitura e opiniões dos alunos.

Curiosidades:

Um pouco da história da música no Brasil – As origens da música brasileira A música do Brasil formou-se, principalmente, a partir da fusão de elementos europeus e africanos, trazidos respectivamente por colonizadores portugueses e pelos escravos. Até o século XIX Portugal foi a porta de entrada para a maior parte das influências que construíram a música brasileira, erudita e popular, introduzindo a maioria do instrumental, o sistema harmônico, a literatura musical e boa parcela das formas musicais cultivadas no país ao longo dos séculos, ainda que diversos destes elementos não fosse de origem portuguesa, mas genericamente européia. A maior contribuição do elemento africano foi a diversidade rítmica e algumas danças e instrumentos, que tiveram um papel maior no desenvolvimento da música popular e folclórica, florescendo especialmente a partir do século XX. O indígena praticamente não deixou traços seus na corrente principal, salvo em alguns gêneros do folclore, sendo em sua maioria um participante passivo nas imposições da cultura colonizadora. Ao longo do tempo e com o crescente intercâmbio cultural com outros países além da metrópole portuguesa, elementos musicais típicos de outros países se tornariam importantes, como foi o caso da voga operística italiana e francesa e das danças como a zarzuela, o bolero e habanera de origem espanhola, e as valsas e polcas germânicas, muito populares entre os séculos XVIII e XIX, e o jazz norte-americano no século XX, que encontraram todos um fértil terreno no Brasil para enraizamento e transformação. Os povos indígenas do Brasil perfaziam juntos na época de Cabral cerca de 5 milhões de almas. Desde lá a população total declinou violentamente em função do patético choque contra a cultura portuguesa, que resultou em massacre, escravização e aculturação em larga escala dos índios. E com essa devastação muitas tradições se perderam de forma irreversível. A música indígena brasileira é parte do vasto universo cultural dos vários povos indígenas que habitaram e habitam o Brasil. A música indígena tem recebido alguma atenção do ocidental desde o início da colonização do território. A maioria dos povos indígenas associa sua música ao universo transcendente e mágico, sendo empregada em todos os rituais religiosos. A música indígena é ligada desde suas origens imemoriais a mitos fundadores e usada com finalidades de socialização, culto, ligação com os ancestrais, exorcismo, magia e cura. É importante também nos ritos catárticos, quando a música "ao trabalhar com proporções, repetições e variações, instaura o conflito ao mesmo tempo em que o mantém sob controle." O que se conhece dos primeiros tempos da música no início do Brasil Colônia é muito pouco. Os primeiros registros de atividade musical consistente no Brasil provêm da atividade dos padres Jesuítas, estabelecidos aqui desde 1549. Dez anos depois já haviam fundado aldeamentos para os índios (as chamadas Reduções ou Missões) com uma estrutura educativa musical. A mesma dominação cultural ocorreu no caso do negro, cuja cultura foi tão decisiva para a formação da música brasileira atual, especialmente a popular. Em 1538 chegaram os primeiros escravos trazidos da África trazendo suas músicas, danças, idiomas, macumba e candomblé – criando a base primordial de uma nova etapa fundamental na história inicial da música brasileira. Mesmo com a vinda de maciços contingentes de escravos da África a partir do século XVI, sua raça era considerada inferior e desprezível demais para ser levada a sério pela cultura oficial. Mas seu destino seria diferente do índio. Logo sua musicalidade foi notada pelo colonizador, e sendo uma etnia mais prontamente integrável à cultura dominante do que os arredios índios, grande número de negros e mulatos passaram a ser educados musicalmente - dentro dos padrões portugueses, naturalmente - formando orquestras e bandas que eram muito louvadas pela qualidade de seu desempenho. Mas a contribuição autenticamente negra à música erudita brasileira teria de esperar até o século XX para poder se manifestar em toda sua riqueza. É importante assinalar ainda a formação de irmandades de músicos a partir do século XVII, algumas integradas somente por negros e mulatos, irmandades estas que passariam a monopolizar a escrita e execução de música em boa parte do Brasil. http://www.marcelomelloweb.kinghost.net/mmtecnico_musicabr_02.pdf. Acesso em: 16 nov. 2013.

 Questionário:

A) Quantas horas de música você ouve por dia?

______

B) Quais os ritmos que prefere?

( ) Samba

( ) Pagode

( ) Funk

( ) Rock’roll

( ) Sertanejo universitário

( ) Clássica

( ) Música Popular Brasileira (MPB)

( ) Axé Music

- Outros ritmos:......

C) Em que lugar gosta de ouvir música?

______

D) Que aparelho usa para ouvir música?

______

E) Gosta de ouvir música de rádio?

______

F) Você seleciona suas músicas pelas letras ou pela melodia?

______

G) O que sente ao ouvir músicas que gosta?

______

2ª Unidade didática: Funk

 Neste momento, os alunos ouvirão a letra da música Crime Chegou, apresentada ao público em 2011, discutiremos sobre o contexto social em que a música foi criada, seu ritmo, a rima, se a música apresenta ou não estrofes, se há figuras de linguagem e a sua letra.  Nas letras verificarão se as mesmas apresentam as dimensões: histórico, social, político, afetivo, econômico. Vamos ouvi-la:

Crime Chegou Compositor e intérprete: Mc Daleste http://letras.mus.br/mc-daleste/crime-chegou/ Acesso em: 19 nov. 2013. “Mão na cabeça que o crime chegou, Mão na cabeça que o crime chegou, Uhu, é o terror, Mão na cabeça que o crime chegou, Mão na cabeça que o crime chegou, Uhu, é o terror, É o terror que tá chegando, Sente sente o poder Na produção e na mp6 dj gá bhg”.

 Vamos agora ouvir a outra música: Meiga e Abusada, apresentada em 2013 e continuar a atividade:

Meiga e Abusada Cantora: Anitta Compositor: (Anitta/ Umberto Tavares/ Jeferson Junior) Disponível: http://letras.mus.br/mc-anitta/meiga-e-abusada/. Acesso em: 19 nov.2013.

“Eu posso conquistar tudo que eu quero Mas foi tão fácil pra te controlar Com jeito de menina brincalhona A fórmula perfeita pra poder te comandar

Pensou que eu fosse cair mesmo nesse papo? Que tá solteiro e agora quer parar Eu finjo, vou fazendo meu teatro E te faço de palhaço, pra te dominar”.

Um pouco de história...

FUNK

O funk é um estilo musical que surgiu através da música negra norte- americana no final da década de 1960. Na verdade, o funk se originou a partir da soul music, tendo uma batida mais pronunciada e algumas influências do R&B, rock e da música psicodélica. De fato, as características desse estilo musical são: ritmo sincopado, a densa linha de baixo, uma seção de metais forte e rítmica, além de uma percussão (batida) marcante e dançante. O funk surgiu como uma “mescla” entre os estilos R&B, jazz e soul. No início, o estilo era considerado , pois a palavra “funk” tinha conotações sexuais na língua inglesa. O funk acabou incorporando a característica, tem uma música com um ritmo mais lento e dançante, sexy, solto, com frases repetidas. A década de 80 serviu para “quebrar” o funk tradicional e transformá-lo em vários outros subgêneros, de acordo com o gosto do ouvinte, já que a música nesse período era extremamente comercial. Seus derivados rap, hip-hop e break ganhavam uma força gigantesca nos EUA através de bandas como Sugarhill Gang e Soulsonic Force. No final dos anos 80, surgiu a house music. Derivado do funk, esse estilo tinha como característica a mistura do funk tradicional com samplers e efeitos sonoros eletrônicos. O derivado do funk mais presente no Brasil é o funk carioca. Na verdade, essa alteração surgiu nos anos 80 e foi influenciada por um novo ritmo originário da Flórida, o Miami Bass, que dispunha de músicas erotizadas e batidas mais rápidas. Depois de 1989, os bailes funk começaram a atrair muitas pessoas. Inicialmente as letras falavam sobre drogas, armas e a vida nas favelas, posteriormente a temática principal do funk veio a ser a erótica, com letras de conotação sexual e de duplo sentido. O funk carioca é bastante popular em várias partes do Brasil e inclusive no exterior, chegou a ser uma das grandes sensações do verão europeu em 2005. http://www.brasilescola.com/artes/funk.htm. Acesso em: 18 nov. 2013.

Discussão sobre o conteúdo

- Por que na música cita que ao chegar o terror o poder aparece?

- Qual a mensagem que da música ao escrever uma estrofe para relatar o fim da polícia? - O que representa a expressão “Nosso armamento é pesado”? - A erotização também é um tipo de exploração humana? - Ao relatar que faz ele de palhaço para conquistá-lo, o que ela pretende?

Dimensões do conteúdo

Social - Que tipo de sociedade retrata as letras do Funk?

Realidade Social - A morte de alguns cantores de Funk tem alguma relação com as letras? Afetivo – A violência e o amor fazem as pessoas sofrerem?

Legalidade – As nossas leis protegem a impunidade?

Cultural – As manifestações das favelas e da classe menos favorecida são retratados em movimentos artísticos?

 Vamos produzir: Resolva individualmente: a) Após a audição das músicas e um pouco da história do Funk, o que o difere de outros ritmos? b) Há rimas em suas letras? Como são divididas suas letras? Em estrofes ou textos? c) Represente por meio de desenho a sociedade retratada nas músicas analisadas. 3ª Unidade Didática: Sertanejo

 Agora é a vez do Sertanejo com suas belezas regionais e amores impossíveis, assim como o Sertanejo universitário com seu erotismo e amor.  Iniciaremos com um trecho do filme: O menino da Porteira, de Jeremias Moreira Filho, com o cantor Daniel, produzido em 2009, para ilustrarmos as belezas do homem simples do campo e seu sofrimento.  O filme foi baseado na música O Menino da Porteira, dos compositores Teddy Vieira e Luizinho e fez muito sucesso na voz de Sergio Reis.

Trecho do filme: O menino da porteira.

Disponível: http://www.youtube.com/watch?v=VLilI5JeF7k . Acesso em: 19 nov. 2013. Duração: 13:01 min.

 Logo após ouviremos a música A Hora é Agora, com Jorge e Mateus, lançada no ano de 2012, uma representação do Sertanejo universitário.

A música em si...

A Hora é Agora Composição: Dudu Borges / Jorge Cantores: Jorge e Mateus

Disponível em: http://letras.mus.br/jorge-mateus/a-hora-e-agora/. Acesso em: 19 nov.2013.

“Aumente o som, Pra ficar bom a nossa festa não tem hora pra acabar O teu sorriso, abre as portas do paraíso Vem comigo pra gente dançar A melhor hora, sempre é agora E o melhor lugar é sempre onde você está E a luz nunca se apaga, juízo sempre acaba E a nossa musica vai começar Paz e Amor É o que eu quero pra nós E que nada nesse mundo cale a nossa voz Céu e Mar e alguém para amar E o arrepio toda vez que a gente se encontrar Nunca vai passar, Mesmo quando o Sol chegar”.

 Ouçamos a outra música, esta é um clássico sertanejo, lançada em 1990:

Na Subida do Balão

Compositores: Almir Sater / Paulo Simões Cantor: Almir Sater Disponível em: http://letras.mus.br/almir-sater/127238/. Acesso em: 19 nov.2013.

“Calendário tá dizendo Chegou seu mês de junho e Chegou São João Doidão

Vai ter festa na rua Vai ter traque de véia na subida do balão Seu Zé Mário é um festeiro Chamou os violeiros Principiando o rastapé Sanfoneiro puxa o fole Nós aqui puxemos o gole De fazer bem buscapé”.

Discussão sobre o conteúdo a) Você identificou as diferenças no vocabulário das músicas? b) Quais as dificuldades que o homem do campo apresenta? c) Em nossa região as pessoas do campo passam por quais dificuldades? d) A vida na zona rural possui benefícios para qualidade de vida?

Dimensões do conteúdo

Econômica: Por que os alimentos chegam à cidade com preços elevados?

Afetiva: Por que a vida no campo deixa as pessoas mais felizes?

Histórica: Por que as tradições e as festas são mais alegres no campo?

Estética: O filme e as músicas retratam o tipo de roupas usadas pelas pessoas do campo, hoje utilizam vestimentas iguais? Regionalização: As festas juninas no campo são iguais das cidades? Por quê? Emocional: Por que as moças no campo têm mais interesse em se casar? Regionalização: O que o solo e o relevo diferem no cultivo de diferentes plantações e a criação do gado? Psicológica: Por que as moças comparam as beatas fofoqueiras com as do salão?

 Vamos produzir - Escreva sobre a situação do produtor rural influenciando no preço dos produtos agrícolas.

4ª Unidade Didática: Samba e Pagode

 Iniciaremos conhecendo um pouco do samba e suas influências na música brasileira.

Conhecendo melhor o samba...

Origens do Samba, Significado, História do Samba e Principais Sambistas

O samba surgiu da mistura de estilos musicais de origem africana e brasileira. O samba é tocado com instrumentos de percussão (tambores, surdos timbau) e acompanhados por violão e cavaquinho. Geralmente, as letras de sambas contam a vida e o cotidiano de quem mora nas cidades, com destaque para as populações pobres. O termo samba é de origem africana e tem seu significado ligado às danças típicas tribais do continente. As raízes do samba foram fincadas em solo brasileiro na época do Brasil Colonial, com a chegada da mão-de-obra escrava em nosso país. O primeiro samba gravado no Brasil foi Pelo Telefone, no ano de 1917, cantado por Bahiano. A letra deste samba foi escrita por Mauro de Almeida e Donga . Tempos depois, o samba toma as ruas e espalha-se pelos carnavais do Brasil. Neste período, os principais sambistas são: Sinhô Ismael Silva e Heitor dos Prazeres. . Na década de 1930, as estações de rádio, em plena difusão pelo Brasil, passam a tocar os sambas para os lares. Os grandes sambistas e compositores desta época são: Noel Rosa autor de Conversa de Botequim; Cartola de As Rosas Não Falam; Dorival Caymmi de O Que É Que a Baiana Tem?; Ary Barroso, de Aquarela do Brasil; e Adoniran Barbosa, de Trem das Onze. Na década de 1970 e 1980, começa a surgir uma nova geração de sambistas. Podemos destacar: Paulinho da Viola, Jorge Aragão, João Nogueira, Beth Carvalho, Elza Soares, Dona Ivone Lara, Clementina de Jesus, Chico Buarque, João Bosco e Aldir Blanc. Outros importantes sambistas de todos os tempos: Pixinguinha, Ataulfo Alves, Carmen Miranda (sucesso no Brasil e nos EUA), Elton Medeiros, Nelson Cavaquinho, Lupicínio Rodrigues, Aracy de Almeida, Demônios da Garoa, Isaura Garcia, Candeia, Elis Regina, Nelson Sargento, Clara Nunes, Wilson Moreira, Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim e Lamartine Babo.

Bahia, e São Paulo

Os tipos de samba mais conhecidos e que fazem mais sucesso são os da Bahia, do Rio de Janeiro e de São Paulo. O samba baiano é influenciado pelo lundu e maxixe, com letras simples, balanço rápido e ritmo repetitivo. A lambada, por exemplo, é neste estilo, pois tem origem no maxixe. Já o samba de roda, surgido na Bahia no século XIX, apresenta elementos culturais afro-brasileiros. Com palmas e cantos, os dançarinos dançam dentro de uma roda. O som fica por conta de um conjunto musical, que utiliza a viola, atabaque, berimbau, chocalho e pandeiro. No Rio de Janeiro, o samba está ligado à vida nos morros, sendo que as letras falam da vida urbana, dos trabalhadores e das dificuldades da vida de uma forma amena e muitas vezes com humor. Entre os paulistas, o samba ganha uma conotação de mistura de raças. Com influência italiana, as letras são mais elaboradas e o sotaque dos bairros de trabalhadores ganha espaço no estilo do samba de São Paulo.

Principais tipos de samba: Samba-enredo Surge no Rio de Janeiro durante a década de 1930. O tema está ligado ao assunto que a escola de samba escolhe para o ano do desfile. Geralmente segue temas sociais ou culturais. Ele que define toda a coreografia e cenografia utilizada no desfile da escola de samba. Samba de partido alto Com letras improvisadas, falam sobre a realidade dos morros e das regiões mais carentes. É o estilo dos grandes mestres do samba. Os compositores de partido alto mais conhecidos são: Moreira da Silva, Martinho da Vila e Zeca Pagodinho. Pagode Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, nos anos 70 (década de 1970), e ganhou as rádios e pistas de dança na década seguinte. Tem um ritmo repetitivo e utiliza instrumentos de percussão e sons eletrônicos. Espalhou-se rapidamente pelo Brasil, graças às letras simples e românticas. Os principais grupos são: Fundo de Quintal, Negritude Jr., Só Pra Contrariar, Raça Negra, Katinguelê, Patrulha do Samba, Pique Novo, Travessos, Art Popular. Samba-canção Surge na década de 1920, com ritmos lentos e letras sentimentais e românticas. Exemplo: Ai, Ioiô (1929), de Luís Peixoto. Samba carnavalesco Marchinhas e Sambas feitas para dançar e cantar nos bailes carnavalescos. exemplos: Abre alas, Apaga a vela, Aurora, Balancê, Cabeleira do Zezé, Bandeira Branca, Chiquita Bacana, Colombina, Cidade Maravilhosa entre outras. Samba-exaltação Com letras patrióticas e ressaltando as maravilhas do Brasil, com acompanhamento de orquestra. Exemplo: Aquarela do Brasil, de Ary Barroso gravada em 1939 por Francisco Alves. Samba de breque Este estilo tem momentos de paradas rápidas, onde o cantor pode incluir comentários, muitos deles em tom crítico ou humorístico. Um dos mestres deste estilo é Moreira da Silva. Samba de gafieira Foi criado na década de 1940 e tem acompanhamento de orquestra. Rápido e muito forte na parte instrumental, é muito usado nas danças de salão. Sambalanço Surgiu nos anos 50 (década de 1950) em boates de São Paulo e Rio de Janeiro. Recebeu uma grande influência do jazz. Um dos mais significativos representantes do sambalanço é Jorge Ben Jor, que mistura também elementos de outros estilos. Dia Nacional do Samba - Comemora-se em 2 de dezembro o Dia Nacional do Samba. Disponível em: http://www.suapesquisa.com/samba/. Acesso em: 23 nov.2013.

Ouviremos agora os sambas e pagode ...

Retalhos de Cetim

Autor: Benito di Paula - 1999 Intérprete: Grupo Sambô

Disponível em: http://letras.mus.br/sambo/1806730/. Acesso em: 20 nov.2013. “Ensaiei meu samba o ano inteiro, Comprei surdo e tamborim. Gastei tudo em fantasia, Era só o que eu queria. E ela jurou desfilar pra mim Minha escola estava tão bonita. Era tudo o que eu queria ver, Em retalhos de cetim Eu dormi o ano inteiro, E ela jurou desfilar pra mim. Refrão: Mas chegou o Carnaval, E ela não desfilou, Eu chorei na avenida, eu chorei. Não pensei que mentia a cabrocha que eu tanto amei”.

Minha Arte De Amar

Compositores: Nei Lopes / Zé Luiz - 2005 Intérprete: Grupo Fundo de Quintal Disponível em: http://letras.mus.br/fundo-de-quintal/118842/. Acesso em: 20 nov.2013.

“Quem ama não tem que procurar Saber a razão porque ama A chama só tem que arder e nada mais A ave no espaço infinito Não pergunta o que é voar Nem o azul mais bonito Se pergunta o que é a paz As flores jamais vão procurar Saber de onde vem seus olores E as cores só querem mesmo é deslumbrar Como uma ave que voa pelo prazer de voar É assim que eu exerço a arte de te amar”.

 Agora é a vez do pagode...

As Aparências Enganam

Compositores: Davi Vianna / Douglas Lacerda) - 2013 Cantor: Thiaguinho

Disponível em: http://letras.mus.br/thiaguinho/as-aparencias-enganam/. Acesso em: 23 nov.2013.

“Você sempre toda linda Arrumada, perfumada Como foi gostar de mim? Que só ando largado De boné, tênis rasgado Bem longe de um manequim

Você se amarra num livro e lê jornal Eu só em festa, viagem e carnaval Nosso convívio é perfeito, é natural O amor é capaz de explicar”.

Discussão sobre o conteúdo

- O Carnaval é sinônimo só de alegria?

- No samba as letras retratam a realidade social dos músicos?

- Qual a influência cultural do samba para o Brasil?

- O que leva pessoas há viverem o ano todo envolvido com o carnaval?

Dimensões do conteúdo

Conceitual: Quais as diferenças de samba e pagode?

Econômica: Por que as fantasias de carnaval são tão caras?

Afetiva: Por que será que o samba relata muito a traição de casais? Estética: Qual tipo de beleza é citada nos sambas? Será que devemos ficar preocupados somente com a beleza estética? Histórica: O samba com o passar dos anos ainda representa divisões de classes sociais? Cultural: As músicas descrevem as belezas do samba, quando?

 Vamos produzir: Observando as rimas e os refrões das músicas, vamos selecionar um refrão e fazer rimas diferentes e apresentar com um amigo, procurando colocar ritmo em sua criação.

5ª Unidade Didática: Regravações de músicas

 Nesta unidade didática ouviremos regravações da mesma música com cantores diferentes, observaremos as diferenças de ritmo, época em que foi regravada, mas todas mantendo a letra original.

Eu Sei Que Vou Te Amar

Autores: Vinícius de Moras e Antonio Carlos Jobim - 1958 Regravada por Elis Regina, Adriana Calcanhoto, Simone, Caetano Veloso, Ivete Sangalo

 Duas versões da música Eu sei que vou te amar, com cantores diferentes:

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=ly-Gzbd1eI0&list=RDAr- xOEelz1k. Acesso em: 20 nov.2013. Duração: 03:30 min. Intérpretes: Elis Regina, Vinícius de Moraes e Tom Jobim.

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=qmMxEDaLOXc&list=PL69F5BAE75145FE41 Acesso em: 20 nov. 2013. Duração: 03:36 min. Intérpretes: Toquinho e Orquestra Arte Viva.

“Eu sei que vou te amar Por toda a minha vida Eu vou te amar A cada despedida Eu vou te amar Desesperadamente Eu sei que vou te amar ...

E cada verso meu será Prá te dizer Que eu sei que vou te amar Por toda a minha vida”... Aquarela do Brasil

Autor: Ary Barroso - 1939 Regravações: Toquinho, Emílio Santiago, Gal Costa, Martinho da Vila, instrumental, Jorge Aragão.

Ouviremos a música Aquarela do Brasil em várias versões e artistas: Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=H-y8TS7jbpY . Acesso em: 20 nov.2013. Duração: 05:55 min. Com Francisco Alves. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=f-oLhhuw8Uo Acesso em: 20 nov.2013. Duração: 04:00 min. Com Jorge Aragão. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=9KAZXO5UbnU Acesso em: 20 nov.2013. Duração: 04:00 min. Com Toquinho.

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=mXm9YtLgi_Q Acesso em: 20 nov.2013.Duração: 14:29 min. Aula de cavaquinho.

“Brasil, meu Brasil brasileiro Meu mulato inzoneiro Vou cantar-te nos meus versos O Brasil, samba que dá Bamboleio que faz gingar O Brasil do meu amor Terra de Nosso Senhor Brasil, pra mim, pra mim, pra mim Abre a cortina do passado Tira a mãe preta do serrado Bota o rei Congo no congado Brasil, pra mim”.

Discussão sobre o conteúdo

- Você identificou diferenças no vocabulário das músicas? - Você conhece outras músicas que foram regravadas?

- Por que será que os músicos regravam músicas que já foram sucessos? Ou até músicas que não foram sucessos?

Dimensões do conteúdo

Econômica: Os custos com regravações de músicas são os mesmos de uma primeira gravação? Afetiva: A regravação instrumental deixou a música mais agradável de ouvir? Qual você prefere? Estética: As regravações continuaram com o mesmo arranjo musical e ritmo?

Histórica: A música “Aquarela do Brasil” retrata que época histórica do Brasil?

Emocional: As duas músicas falam dos mesmos sentimentos?

Psicológica: O desespero por um amor pode deixar uma pessoa abalada emocionalmente?

 Vamos produzir: Transcreva a música Aquarela do Brasil em um texto literário.

6ªUnidade Didática: Clássica

 Iniciaremos conhecendo um pouco do compositor Johannes Chrysostomus

Wolfgang Gottlieb Mozart, viveu no período de 1756 a 1791, em Salzburgo, Áustria, um grande representante da música clássica mundial, por meio do filme: Amadeus, de 1984. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=M1TL7NxiNOQ (parte I)

Acesso em: 20 nov.2013. Duração: 02:43min.

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=dHGt_kfNxfA (parte II)

Acesso em: 20 nov.2013. Duração: 02:53min.

 Conheceremos um pouco de suas obras...

A Rainha da Noite

Compositor: Wolfgang Amadeus Mozart - 1791 Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=i6q5gzNtwXY Acesso em: 20 nov. 2013. Duração: 03:11 min.

A Rainha da Noite Der Hölle Rache kocht in meinem Herzen

Tot und Verzweiflung

Tot und Verzweiflung flammet um mich her!

Fühlt nicht durch dich

Sarastro Todesschmerzen

Sarastro Todesschmerzen

So bist du meine Tochter nimmermehr

A Rainha da Noite (tradução)

A vingança do inferno ferve no meu coração Morte e desespero

Morte e desespero chama sobre mim!

Não através de você

Sarastro, a pena de morte

Sarastro, a pena de morte

Então você é minha filha nunca mais

Então você é minha

Minha filha nunca

Oh ...

Minha filha nunca

Oh ...

Então você é minha filha nunca mais.

 Outra maravilha de música...

Tuba mirum

Compositor: Wolfgang Amadeus Mozart - 1791 Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=1qERepWWK44. Acesso em: 20 nov.2013. Duração: 03:53 min.

Tuba mirum Tuba mirum spargens sonum

per sepulcra regionum,

coget omnes ante thronum.

Mors stupebit et natura

cum resurget creatura,

judicanti responsura. Tuba mirum (Tradução)

A trombeta poderosa espalha seu som pela região dos sepulcros, para juntar a todos diante do trono.

A morte e a natureza se espantarão com as criaturas que ressurgem, para responderem ao juízo.

Um livro será trazido, no qual tudo está contido, pelo qual o mundo será julgado.

Logo que o juiz se assente, tudo o que está oculto, aparecerá: nada ficará impune.

O que eu, miserável, poderei dizer?

A que patrono recorrerei, quando apenas o justo estará seguro?

Discussão sobre o conteúdo

- Você identificou as diferenças no vocabulário das músicas?

- Por que as letras das músicas falam de morte?

- O que as óperas têm de diferentes das músicas populares?

- Diante de algumas observações do filme, o Amadeus poderia ser considerado um gênio? - Você gostou de conhecer um pouco da obra deste grande artista?

Dimensões do conteúdo

Emocional: Quais as belezas e as emoções que as óperas retratam? Quais os dramas que elas representam? Afetiva: Que sentimentos ele relata sobre a morte? Estética: Como eram os trajes e aparências das pessoas da época? Histórica e social: Em que época viveu Amadeus? Quais as características daquela sociedade? Religiosa: Por que a morte e o pecado são tão presentes nas letras de Amadeus?

 Vamos produzir: Coletivamente criaremos um trecho de uma ópera e alguns alunos apresentarão.

7ª Unidade Didática: Música Popular Brasileira - MPB

 Procurei selecionar músicas lindíssimas e com mensagens intrínsecas intensas para a realidade brasileira, que analisaremos em seguida.

Comida

Composição: Arnaldo Antunes / Marcelo Fromer / Sérgio Britto - 1997 Cantor: Arnaldo Antunes Disponível em: http://letras.mus.br/arnaldo-antunes/1769313/. Acesso em: 20 nov. 2013. “Bebida é água. Comida é pasto. Você tem sede de que? Você tem fome de que? A gente não quer só comida, A gente quer comida, diversão e arte. A gente não quer só comida, A gente quer saída para qualquer parte. A gente não quer só comida, A gente quer bebida, diversão, balé. A gente não quer só comida, A gente quer a vida como a vida quer”.

Planeta Água

Compositor e cantor: Guilherme Arantes Disponível em: http://letras.mus.br/guilherme-arantes/46315/. Acesso em: 20 nov.2013. Uma das finalistas do Festival Shell, lançada em 1981. “Água que nasce na fonte Serena do mundo E que abre um Profundo grotão Água que faz inocente Riacho e deságua Na corrente do ribeirão”... Maria, Maria

Compositores: Milton Nascimento E Fernando Brant - 1978 Intérprete: Elis Regina Disponível em: http://letras.mus.br/elis-regina/75151/. Acesso em: 23 nov.2013.

“Maria, Maria É um dom, uma certa magia, Uma força que nos alerta Uma mulher que merece viver e amar Como outra qualquer do planeta Maria, Maria É o som, é a cor, é o suor É a dose mais forte e lenta”.

Discussão sobre o conteúdo

- Você observou que os assuntos são diferentes das músicas, mas também têm pontos em comum, quais são? - Quais as necessidades que cada música apresenta?

- Por que o tema Comida para uma música? E quais outros assuntos ela aborda? - Quais os problemas em nossa sociedade causados pela falta da água? E que cuidados devemos ter para preservá-la?

Dimensões do conteúdo Econômica: O Brasil ainda tem muita pobreza? A fome é só de comida? E os recursos naturais também estão empobrecendo? Afetiva: Quem é essa Maria retratada? O que fazer para aliviar essa dor?

Estética: A que força se refere à música Maria, Maria?

Ecológica: A falta de cuidados com o meio ambiente reflete na produção de alimentos, recursos hídricos e trabalho? Como? Cultural: A fome pode ser só para alimentar o corpo ou tem outros tipos?

Político e Social: A pobreza, a falta de emprego, as doenças são consequências da administração de um governo?  Vamos produzir: Em cada letra de música vamos identificar as disciplinas e os conteúdos relacionados a cada uma.

8ª Unidade Didática: Rádio

 As gravadoras pagam para tocar as músicas nas rádios, muitas vezes sem qualidade, havendo também uma invasão das músicas internacionais que não sabemos a tradução do que estamos ouvindo. Para tentar diminuir a pirataria, ou seja, da reprodução de músicas sem autorização existe o ECAD.

Vamos conhecer um pouco de seu trabalho...

O Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) é uma instituição privada, sem fins lucrativos, instituída pela lei 5.988/73 e mantida pela Lei Federal 9.610/98. Seu principal objetivo é centralizar a arrecadação e distribuição dos direitos autorais de execução pública musical. Com gestão profissionalizada e premiada, a instituição é considerada referência na área em que atua e dispõe de um dos mais avançados modelos de arrecadação e distribuição de direitos autorais de execução pública musical do mundo. De acordo com a Lei Federal 9.610/98, somente o autor tem o direito de utilizar, fruir e dispor de sua obra, bem como autorizar ou proibir a sua utilização por terceiros, no todo ou em parte, por qualquer meio ou processo. Por esse motivo, promotores de shows/eventos, rádios, TVs, exibidores cinematográficos, estabelecimentos comerciais que façam a sonorização do ambiente através de rádio, TV, CDs e DVDs, entre outros, devem pagar direitos autorais pelas músicas que são utilizadas publicamente. Dos valores arrecadados, 75,5% são repassados aos titulares filiados e 7,5% às associações integrantes para as suas despesas operacionais. Ao Ecad, são destinados os 17% restantes para a administração de suas atividades em todo o Brasil. O Ecad distribui os valores arrecadados para as associações para que estas realizem o devido repasse dos valores aos seus artistas filiados. Para que os artistas possam receber seus direitos autorais de execução publica musical, são necessárias algumas regras básicas: 1. Ser filiado a uma das nove associações que compõem o Ecad; 2. Ter o repertório musical cadastrado e constantemente atualizado na sua associação; 3. Ter a música executada e captada pelo Ecad; 4. O usuário onde a música foi executada deve pagar direitos autorais ao Ecad; 5. A rádio onde a música tocou deve enviar as planilhas com a sua programação musical ao Ecad; 6. No caso de shows, o organizador/promotor deve enviar ao Ecad o roteiro com as músicas tocadas durante o evento. http://www.ecad.org.br/pt/quem-somos/oEcad/Paginas/O-trabalho-do-Ecad.aspx.

Acesso em: 23 nov.2013.

De Que Vale Ter tudo na Vida

Composição: José Augusto/ Miguel/ Marcelo// Salim - 1973

Cantor: José Augusto

Disponível em: http://letras.mus.br/jose-augusto/156092/. Acesso em: 20 nov. 2013.

“Nada mais importa agora Você foi embora e eu fiquei tão só Sigo, sem saber meu rumo Eu não me acostumo sem você aqui

(Refrão) De que vale ter tudo na vida De que vale a beleza da flor Se eu não tenho mais teu carinho Se eu não sinto mais teu calor”.

Hey, Soul Sister Compositor: Pat Monahan - 2009

Cantor: Train. Disponível em: http://www.vagalume.com.br/train/hey-soul-sister.html. Acesso em: 20 nov. 2013.

“Hey, hey, hey

Your lipstick stains On the front lobe of my left side brains I knew I wouldn't forget you And so I went and let you blow my mind

Your sweet moonbeam The smell of you in every single dream I dream I knew when we collided You're the one I have decided who's one of my kind”.

Hey, Soul Sister

(tradução)

Hey, hey, hey

Suas manchas de batom

No lobo frontal do meu cérebro do lado esquerdo

Eu sabia que não ia te esquecer

E então eu fui e deixá-lo explodir minha mente

Seu raio de luar doce

O cheiro de você em cada sonho que eu sonhar

Eu sabia que quando colidiu

Você é o que eu decidi que é um do meu tipo

Hey, Soul Sister

Não é que o Sr. Senhor no estéreo de rádio

A maneira como você se move não é justo, você sabe

Hey, Soul Sister

Eu não quero perder uma única coisa que você faz hoje à noite

Hey, hey, hey Bem na hora, estou tão contente

Você tem uma mente de uma trilha como eu

Você deu rumo a minha vida

A conexão do amor game show

Não podemos negar

Estou tão obcecado

Meu coração é obrigado a bater

Direito fora do meu peito não aparada

Eu acredito em você

Como uma virgem, você é Madonna

E eu sempre vou querer explodir sua mente

Hey, Soul Sister

Não é que o Sr. Senhor no estéreo de rádio

A maneira como você se move não é justo, você sabe

Hey, Soul Sister

Eu não quero perder uma única coisa que você faz hoje à noite

A maneira como você pode cortar um tapete

Assistindo você é a única droga que eu preciso

Você é tão gangsta, eu sou tão bandido

Você é o único que eu estou sonhando, você vê?

Eu posso ser eu mesmo agora, finalmente,

Na verdade não há nada que não pode ser

Eu quero que o mundo veja você ficar comigo

Hey, Soul Sister

Não é que o Sr. Senhor no estéreo de rádio A maneira como você se move não é justo, você sabe

Só Toca Se Pagar Compositor: Charles Col Cantor: Zé Índio Disponível em: http://letras.mus.br/ze-indio/1854126/. Acesso em: 20 nov.2013.

“a mpb não queira nem saber você não vai entender o que aconteceu a mpb na era do cd passou a feder, apodreceu a mpb no tempo do dvd no rádio na tv só toca se pagar a mpb afirmo pra você é um panelão cheio de jabá (refrão) o sertanejo não tem nada do sertão é tudo enganação conversa pra boi dormir esse pagode é samba falsificado que o sistema desgraçado faz o povo engolir e na elite nada de novo acontece só tem frescura só rola gls de norte a sul virou um bunda lê lê defecaram na MPB”.

Biografia de Zé Índio Baiano, nascido na cidade de Uibaí, cursou filosofia na UCSAL ( Universidade Católica de Salvador ), onde também estudou violão e canto. Veio pra São Paulo trazido por uma gravadora multinacional onde vive até hoje fazendo da noite paulistana o seu espaço de trabalho. Autor de mais de 2.000 ( duas mil ) músicas já gravou 9 ( nove ) CDs. Zé Índio além de cantor - compositor é um historiador irreverente trazendo sempre em seu trabalho conteúdo e muito humor. Zé Índio, cantor e compositor, a 20 anos se apresentando em barzinhos, tocando de tudo, Chico Buarque, Alceu Valença, Raul Seixas, Cassia Eller, entre muitos outros fazem parte de seu repertório musical. http://www.letras.com.br/#!biografia/ze-indio. Acesso em: 20 nov.2013.

Discussão sobre o conteúdo

- As rádios tocam todos os tipos de músicas? E os cantores são tocados em todas as rádios? - Por que há uma grande preferência em tocar músicas internacionais?

- As músicas nacionais são discriminadas por algumas rádios?

- A pirataria traz grandes prejuízos aos músicos? E ao Governo?

Dimensões do conteúdo

Econômica: A pirataria não recolhe impostos e nem ECAD, porque as pessoas utilizam? Social: Quais os tipos de comércio que vendem produtos de pirataria?

Legalidade: Por que a pirataria muitas vezes está associada ao crime? E a sonegação de impostos é crime? Afetiva: Quais os sentimentos retratados na música “Só Toca se Pagar”? Os motivos dele estão corretos? Estética: A música nacional fala da beleza das flores, e a internacional você saberia relatar sua letra? Histórica: A música internacional começou a fazer parte das rádios brasileiras a partir de quando?

 Vamos trabalhar: Diante das colocações da música: Só toca se pagar. Enumere algumas críticas para um debate: a) os que defendem que as gravadoras estão certas;b) e os que são contra o pagamento.

9ª Unidade Didática: Músicas que retratam o momento da Ditadura e época da jovem guarda  Com inícios na década de 60, foi uma época de grande importância histórica para o Brasil, nas artes e para a população brasileira.

A música em si...

Cálice

Compositores: Chico Buarque de Hollanda e Gilberto Gil – 1973 Intérprete: Chico Buarque de Hollanda

Disponível em: http://letras.mus.br/chico-buarque/45121/. Acesso em: 20 nov.

2013.

“Pai! Afasta de mim esse cálice Pai! Afasta de mim esse cálice Pai! Afasta de mim esse cálice De vinho tinto de sangue

Pai! Afasta de mim esse cálice Pai! Afasta de mim esse cálice Pai! Afasta de mim esse cálice De vinho tinto de sangue

Como beber dessa bebida amarga Tragar a dor e engolir a labuta? Mesmo calada a boca resta o peito Silêncio na cidade não se escuta De que me vale ser filho da santa? Melhor seria ser filho da outra Outra realidade menos morta Tanta mentira, tanta força bruta”.

História da música: Cálice "Cálice" é uma canção escrita e originalmente interpretada pelos cantores brasileiros Chico Buarque e Gilberto Gil em 1973. Na canção percebe-se um elaborado jogo de palavras para despistar a censura da ditadura militar. A palavra-título, por exemplo, é cantado pelo coral que acompanha o cantor de forma a soar como um raivoso "Cale-se!". A canção teve sua execução proibida durante anos no Brasil. Só foi lançada em disco em novembro de 1978 no álbum "Chico Buarque", tendo Milton Nascimento nos versos de Gilberto Gil, e também em dezembro no álbum "Álibi" de Maria Bethânia. A cantora Pitty regravou essa canção em 2010, numa versão rock 'n roll. História "Cálice" foi composta para o show Phono 73, que a gravadora Phonogram (ExPhilips, e depois Polygram) organizou no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo, em maio de 1973. O evento reuniria em duplas os maiores nomes de seu elenco, onde deveria ter sido cantada por Gilberto Gil e Chico Buarque. Gilberto Gil havia composto o refrão "Pai, afasta de mim este cálice / de vinho tinto de sangue", uma óbvia alusão à agonia de Jesus Cristo no Calvário, tendo a ambiguidade (cálice / cale-se) sido imediatamente percebida por Chico Buarque. Gilberto Gil havia composto ainda a primeira estrofe da canção. A partir de dois encontros com Chico Buarque, compôs a melodia e as demais estrofes, quatro no total, sendo a primeira e a terceira de Gilberto Gil e a segunda e a quarta de Chico. No dia do show, quando os dois começaram a cantar "Cálice" tiveram os microfones desligados. De acordo com Gilberto Gil, a canção havia sido apresentada à censura e eles foram recomendados a não cantá-la. Os dois haviam decidido, então, cantar apenas a melodia da canção, pontuando-a com a palavra "cálice", mas isto também não foi possível. Segundo o relato do Jornal da Tarde, a Phonogram resolveu cortar o som dos microfones, para evitar que a música, mesmo sem a letra, fosse apresentada. Irritado, Chico Buarque tentou os microfones mais próximos, que também foram cortados em seguida. A canção foi eventualmente liberada cinco anos depois, tendo sido lançada em novembro de 1978 no álbum "Chico Buarque" ao lado de "Apesar de Você", "O Meu Amor", "Tanto Mar" e outras canções censuradas pelo regime militar. À época, Chico Buarque declarou que aquele não era o tipo de canção que estava compondo, pois estava trabalhando no repertório de "Ópera do Malandro", mas que elas deveriam ser registradas, pois a liberação tardia não pagava o prejuízo da proibição. Na gravação, as estrofes de Gilberto Gil, que estava trocando aPolyGram pela WEA, foram interpretadas por Milton Nascimento, fazendo coro com o MPB4, em dramático arranjo de Magro. Em dezembro do mesmo ano, foi a vez da cantora Maria Bethânia gravar a canção também no seu álbum "Álibi". Maria Bethânia interpretou a canção com a força dramática que já era conhecida como sua marca. A teatralidade da cantora adicionou mais significado em cada palavra interpretada por ela. Um clipe com a performance da cantora foi exibido na época pelo programa "Fantástico" da Rede Globo. http://www.eternasmusicas.com/2013/03/calice.html. Acesso em: 21 nov.2013

Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores Compositor e intérprete: Geraldo Vandré – 1968 Disponível em: http://letras.mus.br/geraldo-vandre/46168/. Acesso em: 20 nov. 2013. “Caminhando e cantando E seguindo a canção Somos todos iguais Braços dados ou não Nas escolas, nas ruas Campos, construções Caminhando e cantando E seguindo a canção

Vem, vamos embora Que esperar não é saber Quem sabe faz a hora Não espera acontecer”.

História da música: Pra não dizer que não falei das flores

Em 13 de dezembro de 1968, o governo militar editou o Ato Institucional Número 5 (AI-5) dando amplos poderes ao executivo, suspendendo o habeas corpus para crimes políticos. Na imagem capa do jornal Folha de São Paulo em 14/12/1968. Entre tantas músicas, que de uma forma ou de outra nos conta os longos 20 anos de ditadura, existe uma em especial: "Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores", também conhecida como "Caminhando". Esta música foi composta em 1968 porGeraldo Vandré, um homem paraibano, que depois de 1968 sumiu e ficou durante anos em silêncio, mas que deixou como herança para as novas gerações, uma composição que por muitos é considerada um hino contra a ditadura. Alguns ainda dizem que é a Marselhesa brasileira. Marselhesa foi um canto de guerra revolucionário que acompanhava a maior parte das manifestações francesas, e em 1975 tornou-se hino nacional da França. A música "Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores", tem grande importância na história político-social do Brasil e suas contribuições para a transformação da sociedade brasileira perduram até os dias atuais. A letra de uma música traz consigo pensamentos de uma época, ideologias e características da cultura de um povo e, como um texto, é formada por elementos pragmáticos que trazem informatividade e a situacionalidade de sua composição. "Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores" participou do III Festival Internacional da Canção e ficou em segundo lugar. Depois disso, teve sua execução proibida durante anos, pela ditadura militar brasileira. A composição se tornou um hino de resistência do movimento civil e estudantil que fazia oposição à ditadura militar durante os governo militar, e foi censurada. O Refrão "Vem, vamos embora / Que esperar não é saber / Quem sabe faz a hora, / Não espera acontecer" foi interpretado como uma chamada à luta armada contra os ditadores. Ainda em 1968, com o AI-5, Geraldo Vandré foi obrigado a exilar-se. Depois de passar dias escondido na fazenda da viúva de Guimarães Rosa, morto no ano anterior, o compositor partiu para o Chile e, de lá, para a França. Geraldo Vandré voltou ao Brasil em 1973 e até hoje, vive em São Paulo e compõe. Muitos, porém, acreditam que Geraldo Vandré tenha enlouquecido por causa de supostas torturas que ele teria sofrido. Dizem que uma das agressões físicas que sofreu foi ter os testículos extirpados, após a realização de um show, por policiais da repressão. O músico, no entanto, nega que tenha sido torturado e diz que só não se apresenta mais porque sua imagem de "Che Guevara Cantor" abafa sua obra. http://www.eternasmusicas.com/2013/02/pra-nao-dizer-que-nao-falei-das- flores.html. Acesso em: 21 nov.2013.

Jovem Guarda

Era Um Garoto

Compositor: Mauro Lusini - 1960 Intérprete: Grupo Os Incríveis Disponível em: http://letras.mus.br/os-incriveis/47830/. Acesso em: 21 nov.2013.

“Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones Girava o mundo sempre a cantar as coisas lindas da América Não era belo mas mesmo assim havia mil garotas a fim. Cantava Help and Ticket to ride, oh! Lady Jane and Yesterday Cantava viva à liberdade, mas uma carta sem esperar Da sua guitarra o separou, fora chamado na América. Stop! Com Rolling Stones, stop! com Beatles songs. Mandado foi ao Vietnã, brigar com vietcongs. Tatá-ratatá...”

Discussão sobre o conteúdo

- Você identificou alguma semelhança entre as músicas?

- O que significou o período da ditadura? E para os artistas? - A jovem guarda também fez parte da ditadura?

- Para o contexto que viviam os compositores, eles foram criativos na criação das letras? Você saberia falar tão implicitamente?

Dimensões do conteúdo

Econômica: O desemprego foi uma consequência dos movimentos da época?

Afetiva: As músicas retratam um sonho que foi destruído?

Histórica: Após a fase histórica da ditadura houve mudanças no Brasil? Legalidade: O que foi o exílio para muitas pessoas? Era um ato de justiça? Psicológica: O que significou a palavra “Cálice”? Por meio desta música os autores conseguiram passar sua mensagem? Geográfica: O que aconteceu na Guerra do Vietnã? Social: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”, foi uma alternativa para enfrentar os problemas vividos pela população?

 Vamos produzir: Fazendo um comparativo da sociedade na época da ditadura e as reivindicações de hoje, há alguma semelhança ou o que mudou?

10ª Unidade Didática: Músicas rock’n roll e rock pop

 Iniciaremos conhecendo um pouco de onde surgiu o rock.

Curiosidades ...

Rock

O Rock é um gênero musical que faz um grande sucesso no mundo todo, ele surgiu nos Estados Unidos na década de 1950 e logo chamou a atenção através de seu estilo inovador e diferente de tudo o que havia na época, era um ritmo rápido que unia música negra do sul dos EUA e o country, seu ritmo dançante e letras simples e envolventes encantaram multidões do mundo inteiro, fazendo com que esse estilo se espalhasse inclusive no Brasil, no qual ele surgiu no final desta mesma década.

Além do ritmo e estilo, o que diferencia o rock de outros estilos são os instrumentos usados pelos conjuntos musicais, entre eles guitarra elétrica, baixo e bateria. O rock começou a ficar conhecido no Brasil após a cantora Nora Ney gravar seu primeiro rock “Rock around the Clock” de Bill Haley & Hits Comets, música tema do filme Sementes da Violência de 1955, para a versão brasileira do filme.

A canção fez tanto sucesso que em apenas uma semana já se encontrava no topo das paradas. O primeiro rock original em português foi gravado em 1957, foi escrito por Miguel Gustavo e se chama “Rock and Roll em Copacabana”, foi gravado por Gauby Peixoto.

Na década de 70 tem destaque Raul Seixas, que fez um grande sucesso com suas músicas debochadas, na década de 80 Cazuza, Titãs, Legião Urbana, Blitz e Paralamas do Sucesso, nos anos 90 Mamonas Assassinas, e hoje temos muitos nomes como CPM 22, Fresno, NX Zero, entre muitos outros que fazem grande sucesso. http://dicasgratisnanet.blogspot.com.br/2012/08/historia-do-rock-no-brasil- resumo.html . Acesso em: 23 nov. 2013.

Me Adora

Compositores: Pitty, Derrick Green e Andreas Kisser - 2009

Cantora: Pitty Disponível em: http://letras.mus.br/pitty/1507865/. Acesso em: 20 nov. 2013.

“Tantas decepções eu já vivi Aquela foi de longe a mais cruel Um silêncio profundo e declarei: Só não desonre o meu nome!

Você que nem me ouve até o fim Injustamente julga por prazer Cuidado quando for falar de mim E não desonre o meu nome”.

Dias de Luta, Dias de Glória

Compositores: Chorão e Thiago – 2006 Intérprete: Charlie Brown Jr. Disponível em: http://letras.mus.br/charlie-brown-jr/788211/. Acesso em: 20 nov. 2013.

“A vida me ensinou a nunca desistir Nem ganhar, nem perder, mas procurar evoluir Podem me tirar tudo que tenho Só não podem me tirar as coisas boas Que eu já fiz pra quem eu amo

E eu sou feliz e canto O universo é uma canção E eu vou que vou

Histórias, nossas histórias Dias de luta, dias de glória Histórias, nossas histórias Dias de luta, dias de glória”.

Discussão sobre o conteúdo

- Por que muitos têm o rock como um gênero musical irreverente?

- Por que há um tom de agressão em algumas letras de rock?

- Você tinha conhecimento que o rock foi criado de músicas de negros do sul e country dos Estados Unidos? -O que significa a expressão “acordei com o pé direito”? Você acredita em superstição? - Quais os sofrimentos de vida que as músicas relatam?

Dimensões do conteúdo

Econômica: Quanto mais a gente rala, está se referindo a que situação?

Afetiva: Quais as decepções da vida que a música se referia?

Emocional e psicológica: O que significa a expressão “Só não desonre meu nome”? Estética: Ao se achar linda ressalta a expressão “foda” para representar o que?

Histórica: Como podemos interpretar em nossa vida a frase “Histórias, nossas histórias”? O que você entende por “Dias de lutas, dias de glória”?

 Vamos produzir: Confeccionem um cartaz representando as mensagens intrínsecas do rock, por meio das tatuagens, músicas, estilo de vida, ritmos.

11ª Unidade Didática: Músicas da copa

Futebol a paixão do brasileiro, iniciaremos com o vídeo clipe da Copa de 2010, relembrando a Copa de 1958 e a importância do futebol no Brasil.

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=9I3DF39SLyw. Acesso em: 23 nov. 2013. Duração: 03:12 min.

K'naan Skank - Waving Flag Brasil Copa 2010 - Africa

Compositores: K´naan & David Bisbal Cantor: Skank

Disponível: http://letras.mus.br/skank/1629329/. Acesso em: 20 nov. 2013.

“GOOOOLLLL Ô Ô Ô GOOOOOOLLLL

BRASIL !

GOOOOLLLL Ô Ô Ô GOOOOOOLLLL

Give me freedom, Give me fire, Give me reason Take me higher, See the champions Take the field now, Unify us, Make us feel proud In the streets our Hands are lifting, As we lose our, Inhibition, Celebration It surrounds us, Every nation All around us,

Gol de placa de trivela no cantinho pra desempatar

É de letra de cabeça bicicleta pra comemorar”.

A Taça do Mundo é Nossa

Compositores: Wagner Maugeri, Lauro Müller, Maugeri Sobrinho e Victor Dagô (Em 1958 na Suécia, o Brasil venceu pela 1ª vez uma Copa) Disponível em: http://letras.mus.br/temas-diversos/564467/. Acesso em: 20 nov. 2013.

“A taça do mundo é nossa Com brasileiro não há quem possa Êh eta esquadrão de ouro É bom no samba, é bom no couro

A taça do mundo é nossa Com brasileiro não há quem possa Êh eta esquadrão de ouro É bom no samba, é bom no couro”.

Todo Mundo

Copa 2014

Cantora: Gaby Amarantos/Participação: Monobloco

Disponível em: http://letras.mus.br/gaby-amarantos/todo-mundo/. Acesso em: 20 nov.2013.

“Vem que vai começar Um mundo num só lugar Cada canto do meu país Tem sede de ser feliz

E o som da batida Na palma da mão E a voz da torcida É a voz da nação

Eu quero gol Ôô ôô ôôôôôôô... Vamos gritar Ôô ôô ôôôôôôô... É gol, é gol, é gol”.

Discussão sobre o conteúdo

- As músicas enfatizam alegria, por quê?

- Durante a Copa vários povos convivem pacificamente movidos pelo futebol, não seria uma solução para países em guerra? - A Copa de 2014, no Brasil, está sendo muito criticada pela sociedade brasileira, qual sua opinião? - O Brasil tem estrutura física e de pessoas para sediar a Copa do Mundo?

Dimensões do conteúdo

Econômica: O turismo gerado pela Copa será suficiente para pagar as despesas?

Afetiva: Qual a influência do futebol para os brasileiros? Por que existe até fanatismo entre clubes? Emocional: Por que as músicas descrevem tanto os sentimentos dos brasileiros? Geográfica: Onde é o estrangeiro que o Brasil ganhou o mundo?

Histórica: Será que esta expressão “Com brasileiro não há quem possa”, retrata a realidade do Brasil?

 Vamos trabalhar: Com tantos problemas sociais, econômicos e políticos no Brasil, escreva quais as necessidades que deveriam ser feitas no Brasil antes de sediar a Copa 2014.

 12ª Unidade Didática: Apresentação da Banda Marcial do Colégio Estadual Marcelino Champagnat

 Iniciaremos com o vídeo da Banda Marcial nas décadas de 1990 para conhecermos um pouco de sua história. http://www.youtube.com/watch?v=blOSk7E1OU8. Acesso em: 29 nov. 2013. Duração: 02:35 min.

 Em seguida, apreciaremos um momento cultural com a Banda Marcial do Colégio ,com apresentação de músicas e explicações sobre os instrumentos utilizados e como é desenvolvido o trabalho da Banda.

Discussão sobre o conteúdo

- Você gostou da apresentação?

- O que despertou mais sua atenção na Banda?

- Será que a leitura das partituras podem ser interpretadas?

Dimensões do conteúdo

Econômica: Quais os gastos para se manter uma Banda ou para aprender a tocar um instrumento musical? Afetiva: Ao ouvir as músicas instrumentais podemos entendê-la do mesmo modo que a cantada? Emocional: Quais os sentimentos que nos reportam a audição da Banda Marcial? Estética: As organizações e tipos dos instrumentos estão adequados para uma Banda? Histórica: A Banda do Colégio tem uma história em Londrina, você conhecia?

13ª Unidade Didática: Criar letras de músicas do ritmo que preferir.

 As duas unidades serão dados todos os suportes que necessitarem para criação e implementação.

 Vamos produzir: Em grupos irão criar letras de músicas, melodias e modos de apresentação, se por vídeo clipe, gravação, com instrumentos, caracterização física e ressaltando letras com coerência.

14ª Unidade Didática: Criar letras de músicas.

 Vamos produzir: Continuação da produção.

IV Etapa - Catarse

15ª Unidade Didática: Criar. Coletar as impressões dos cursos, por meio de questionário: - Você se transformou após os trabalhos realizados?

- Você fez outras leituras?

- E agora, quais os ritmos que vocês mais gostaram?

 Vamos produzir: Redija um texto relatando sua visão da diversificação das atividades de leitura no seu dia a dia desenvolvidas nas unidades didáticas.

V- Etapa – Prática Social Final

16ª Unidade Didática: Momento Cultural, apresentação das músicas produzidas pelos alunos. Os alunos farão apresentações para as turmas que serão convidadas a assistirem, no salão nobre do Colégio. Utilizará vídeo clipe, instrumentos musicais, pen drives, caracterização com vestimentas.

Considerações Finais

Diante do proposto nesta Unidade Didática, considera-se que a teoria da Pedagogia Histórico-Crítica aponta que os conteúdos escolares sejam significativos e contextualizados, abordando as diversas dimensões que o envolvem. Na Didática desenvolvida por Gasparin (2005), há uma grande dificuldade na elaboração das atividades, principalmente em relação ao plano de aula que contempla os cinco passos do método gaspariano, pois ainda estamos muito atrelados a outros métodos, dificultando a elaboração. A proposta de mudança dos recursos pedagógicos como possibilidades de aulas mais produtivas, despertando o interesse dos alunos para os conteúdos e em sua aprendizagem, envolvendo-os nas atividades de maneira a reconhecer- se sujeitos do processo histórico e capazes de refletir, atuar e transformar de forma crítica a sociedade, ainda se faz necessário. As unidades didáticas não são estanques, há a necessidade de aprofundar os estudos, para que se entenda melhor a teoria e sua prática, num continuar compromissado com a educação.

Referências Visão de mundo – leitura - música

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