Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging Public policies on : from classic to libertarian paternalism and nudging

Davi de Paiva Costa Tangerino

Gabriel Cabral

Henrique Olive Sumário

Editorial...... 24 O Direito na fronteira da razão: Psicologia, neurociência e economia comportamental...... 24 Patrícia Perrone Campos Mello e Sergio Nojiri

I. Neurodireito: cognição, emoção, juízos morais e ciência...... 26

Pensar direito e emoção: uma cartografia...... 28 Nevita Maria Pessoa de Aquino Franca Luna

Neurodireito: o início, o fim e o meio...... 49 Carlos Marden e Leonardo Martins Wykrota

Ensaio jurídico sobre a racionalidade humana: maiores, capazes e irracionais...... 65 André Perin Schmidt Neto e Eugênio Facchini Neto

Divergências de princípio: argumentos jurídicos e morais em um cenário de desacordos sociais...... 90 André Matos de Almeida Oliveira, Pâmela de Rezende Côrtes e Leonardo Martins Wykrota

Consiliência e a possibilidade do neurodireito: da desconfiança à reconciliação disciplinar...... 117 Thaís de Bessa Gontijo de Oliveira e Renato César Cardoso

Modelos de moralidade...... 144 Molly J. Crockett

A infeliz busca por felicidade no direito...... 154 Úrsula Simões da Costa Cunha Vasconcellost, Noel Struchiner e Ivar Hannikainen

Além da liberdade: perspectivas em Nietzsche...... 178 Lucas Costa de Oliveira

A mediação de conflitos sob a perspectiva do desenvolvimento humano: as contribuições da psicologia positiva...... 193 Simone de Biazzi Ávila Batista da Silveira e Deise Brião Ferraz

Neuroimagiologia e avaliação de responsabilidade...... 213 Nicole A. Vincent II. Nudges: indução de comportamentos e políticas públicas...... 233

Análise crítica da orientação de cidadãos como método para otimizar decisões públicas por meio da técnica nudge...... 235 Luciana Cristina Souza, Karen Tobias França Ramos e Sônia Carolina Romão Viana Perdigão

Políticas públicas e o dever de monitoramento: “levando os direitos a sério”...... 252 Ana Paula de Barcellos

Nudges e políticas públicas: um mecanismo de combate ao trabalho em condição análoga à de escravo...... 267 Amanda Carolina Souza Silva, Débhora Renata Nunes Rodrigues e Saul Duarte Tibaldi

Reduzindo a tributação cognitiva: lições comportamentais para a diminuição dos efeitos psicológicos adversos da pobreza...... 288 Leandro Novais e Silva, Luiz Felipe Drummond Teixeira, Gabriel Salgueiro Soares e Otávio Augusto Andrade Santos

Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging...... 327 Davi de Paiva Costa Tangerino, Gabriel Cabral e Henrique Olive

Nudges como política pública para aumentar o escasso número de doadores de órgãos para transplante...... 369 Roberta Marina Cioatto e Adriana de Alencar Gomes Pinheiro

Os programas de integridade para contratação com a administração pública estadual: nudge ou obrigação legal? Um olhar sobre as duas perspectivas...... 386 Cíntia Muniz Rebouças de Alencar Araripe e Raquel Cavalcanti Ramos Machado

Paternalismo libertário e proteção jurídica do ambiente: por que proteger o ambiente também deve ser proteger as liberdades?...... 406 Mariana Carvalho Victor Coelho e Patryck de Araujo Ayala

Políticas públicas baseadas em evidências comportamentais: reflexões a partir do Projeto de Lei 488/2017 do Senado...... 429 Pâmela de Rezende Côrtes, André Matos de Almeida Oliveira e Fabiano Teodoro de Rezende Lara

III. Economia comportamental: vieses cognitivos e políticas públicas...... 455

Economia comportamental e direito: a racionalidade em mudança...... 457 Marcia Carla Pereira Ribeiro e Victor Hugo Domingues

Vieses cognitivos e desenho de políticas públicas...... 473 Benjamin Miranda Tabak e Pedro Henrique Rincon Amaral A neurociência da moralidade na tomada de decisões jurídicas complexas e no desenho de políticas públicas...... 493 Erik Navarro Wolkart

Desvio de caráter ou simplesmente humano? Economia comportamental aplicada ao comportamento desonesto...... 524 Diana Orghian, Gabriel Cabral, André Pinto e Alessandra Fontana

Políticas públicas e a concretização de direitos sociais: tomada de decisão, arquitetura de escolhas e efetividade...... 543 Ana Elizabeth Neirão Reymão e Ricardo dos Santos Caçapietra

Behavioral economics e direito do consumidor: novas perspectivas para o enfrentamento do superendividamento...... 568 Samir Alves Daura

A educação formal para o consumo é garantia para uma presença refletida do consumidor no mercado? Uma análise com base na behavioral law and economics (economia comportamental)...... 600 Marcia Carla Pereira Ribeiro e Edson Mitsuo Tiujo

Libet, determinismo e consumo: as influências do marketing e a relevância da deliberação consciente na superação condicional de hábitos de consumo perigosos.616 Émilien Vilas Boas Reis e Leonardo Cordeiro de Gusmão

Ciência do direito tributário, economia comportamental e extrafiscalidade...... 640 Hugo de Brito Machado Segundo

IV. Comportamento judicial: influência de fatores extrajurídicos...... 660

Fatores metaprocessuais e suas influências para a formação da decisão judicial...... 662 Rogério Roberto Gonçalves de Abreu, Lúcio Grassi de Gouveia e Virgínia Colares

“A vida como ela é”: comportamento estratégico nas cortes...... 689 Patrícia Perrone Campos Mello

A composição do órgão colegiado e seus efeitos na tomada de decisão...... 720 André Garcia Leão Reis Valadares

Das 11 ilhas ao centro do arquipélago: os superpoderes do Presidente do STF durante o recesso judicial e férias...... 741 José Mário Wanderley Gomes Neto e Flávia Danielle Santiago Lima Razão, emoção e deliberação: as adequações regimentais do Superior Tribunal de Justiça para a formação de precedentes eficazes...... 758 Peter Panutto e Lana Olivi Chaim

Heurística de ancoragem e fixação de danos morais em juizados especiais cíveis no Rio de Janeiro: uma nova análise...... 778 Fernando Leal e Leandro Molhano Ribeiro

La protección de los derechos políticos frente a las funciones disciplinarias de las autoridades administrativas: subsidiariedad y deferencia en el sistema interamericano de derechos humanos...... 801 Jorge Ernesto Roa Roa

V. A influência do gênero no processo decisório judicial...... 824

Como os juízes decidem os casos de estupro? Analisando sentenças sob a perspectiva de vieses e estereótipos de gênero...... 826 Gabriela Perissinotto de Almeida e Sérgio Nojiri

Gênero e comportamento judicial no supremo tribunal federal: os ministros confiam menos em relatoras mulheres?...... 855 Juliana Cesario Alvim Gomes, Rafaela Nogueira e Diego Werneck Arguelhes

Hércules, Hermes e a Pequena Sereia: uma reflexão sobre estereótipos de gênero, subpresentação das mulheres nos tribunais e (i)legitimidade democrática do poder judiciário...... 878 Jane Reis Gonçalves Pereira e Renan Medeiros de Oliveira

Prisão cautelar de gestantes: análise do fundamento filosófico da decisão do Habeas Corpus n. 143.641...... 912 Artur César Souza e Giovania Tatibana de Souza

VI. Neurodireito aplicado ao direito e ao processo penal...... 926

Cérebros que punem: uma revisão crítica da neurociência da punição...... 928 Ricardo de Lins e Horta

A intuição do dolo em direito penal: correlatos neurais da teoria da mente, raciocínio indutivo e a garantia da convicção justificada...... 946 Thiago Dias de Matos Diniz e Renato César Cardoso

As comunidades epistêmicas penais e a produção legislativa em matéria criminal...... 961 Stéphane Enguéléguélé Delinquência juvenil: relações entre desenvolvimento, funções executivas e comportamento social na adolescência...... 980 André Vilela Komatsu, Rafaelle CS Costa e Marina Rezende Bazon

Límites temporales a las penas privativas de libertad atendiendo al desarrollo psicosocial...... 1001 Silvio Cuneo Nash

Neurolaw e as perspectivas para uma análise objetiva do comportamento sugestionado: repercussão das falsas memórias na esfera penal...... 1017 Mariana Dionísio de Andrade, Marina Andrade Cartaxo e Rafael Gonçalves Mota

A falibilidade da memória nos relatos testemunhais as implicações das falsas memórias no contexto dos crimes contra a dignidade sexual...... 1036 Caroline Navas Viana

A (ir)repetibilidade da prova penal dependente da memória: uma discussão com base na psicologia do testemunho...... 1058 William Weber Cecconello, Gustavo Noronha de Avila e Lilian Milnitsky Stein doi: 10.5102/rbpp.v8i2.5167 Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging*

Public policies on suicide: from classic to libertarian paternalism and nudging

Davi de Paiva Costa Tangerino** Gabriel Cabral*** Henrique Olive****

Resumo

Os índices dos eventos de suicídio vêm, progressivamente, aumentando em todo o mundo, demandando de entes públicos a implementação de me- didas quanto à implementação de medidas efetivas para coibi-los. As políti- cas públicas tradicionalmente utilizadas, como a inserção de barreiras físicas em hotspots ou a promoção de campanhas de conscientização, não costumam apresentar resultados satisfatórios, apesar do alto custo de implementação. Tendo em vista esse contexto, pretende-se neste artigo promover uma via alternativa de intervenção. Para isto, em primeiro lugar, debate-se a via do nudging, sua forma de operação e o paternalismo de Estado; em segundo, debruça-se sobre os elementos concretos do fenômeno, realizando análises e cruzamentos de dados do Ministério da Saúde do Brasil e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, bem como utilizando estudos específi- cos nacionais e estrangeiros para a identificação de características e padrões dos eventos suicidas; em seguida, debatem-se as experiências estrangeiras em relação ao desenvolvimento e à aplicação de políticas públicas em seu enfrentamento. Com essas informações, discutimos medidas em forma de * Recebido em 14/03/2018 nudges para a gestão do fenômeno do suicídio, com a pretensão de promover Aprovado em 30/04/2018 o método e incentivar novas propostas de políticas públicas para esses e outros problemas na esfera da gestão pública. ** Pós-doutor pela Max Planck Institut für internataionales und vergleichendes Strafre- Palavras-chave: Paternalismo de Estado. Nudge. Paternalismo Libertário. cht, em Freiburg, Alemanha. Doutor (2009) e Políticas Públicas. Epidemiologia. Suicídio. Mestre (2005) em Direito Penal pela Univer- sidade de São Paulo, com estágio doutoral em Humboldt Universität, em Berlim, Alemanha. Professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e da Fundação Getúlio Vargas/SP. Abstract E-mail: [email protected]

*** Mestre em Teoria do Estado e Direito The rates of suicide events have been steadily increasing all over the Constitucional. Professor Substituto da Facul- world, requiring public authorities to make decisions regarding the imple- dade Nacional de Direito da UFRJ. E-mail: ga- mentation of effective preventive strategies. Traditionally, interventions [email protected] undertaken by policymakers such as the installation of physical barriers in **** Mestre em Direito Penal pela Universi- hotspots or the promotion of awareness campaigns do not usually present dade do Estado do Rio de Janeiro; pós-gradua- satisfactory results despite the ensuing high cost. With that in mind, this do em Processo Penal e Garantias Fundamen- article intends to promote nudging as an alternative course of intervention. tais. E-mail: [email protected] 691744, Segunda Turma, rel.Min.Celso deMello, 28/08/2012). 700927/GO,em RE SegundaTurma,Mendes,Gilmar rel.Min. 28/08/2012; STF,em RE este psiquiátrico: ARE caso emhospital 17/10/2006; STJ: EDcl no AgRgREsp1305259, Segunda Turma,Campbell Marques, rel.Min.Mauro 15/08/2013; STF: ARE PR, Primeira Turma, rel.Min.Sérgio Kukina, 24/10/2014; STJ: Resp 847.687/GO, Primeira Turma, rel.Min.Teori Zavascki, civilresponsabilidade suicídio de pessoas doEstadopor sob custódia do sistema de justiça (STJ:criminal AG AgRgno 1307100/ 70.2012.8.08.0000, 11/07/2012). Criminal, Evidencia também1ª Câmara este posicionamento osistemático reconhecimento de física e psicológica” (TJES: HC 0001540- integridade a sua própria de garantir como forma de o mesmo ser mantido segregado ACR 0043099-79.2004.8.19.0000, 15/03/2005); Criminal, 3ª Câmara “reiteradas tentativas de suicídio, o que reforça anecessidade a compreensão, desorientae ela acometidos,abate moralmenteosque são por apontodemuitos cometerem o suicídio” (TJRJ: dificulta percepção, a tolhe sentidos, os embota depressão “a 18/12/2012); Criminal, Câmara 2ª 0059130-96.2012.8.19.0000, HC criminal”(TJRJ:vida revelaandamento dainstrução desequilíbrio comprometer obom que sua própria poderão desespero e certo 1 dessa naturezaparaoproblemaespecífico. de utilização da eficiência e adequação adequadamente fenômeno do suicídio; iii) verificar, com base em sua adequada compreensão, a necessidade, alguns passos,por terceira viados de Estadoea paternalismo quaissejam: i)debatero eventuais outrasmedidas? a complementar forma de que ainda suicidas, ideações com indivíduos os proteger de política opção essa brasileira mento necessariamente patológico; posicionamento acompanhado, atítulo de exemplo, pelajurisprudência médica, quase unânime,em especial com base em uma concepção que nosuicida enxerga um comporta mover açõesdecontençãodofenômeno? mais agudo.problema Frente a isto, comoosEstadosdevem reagir eem que medida podem/devem pro países com altos índice, como naqueles em que o fenômeno tradicionalmente não se apresentava comoum e seudesejodeviver oumorrer. e/ou moral religiosa, na esfera mais íntimadoindivíduo estatal, de origem tionamentos acerca da ingerência quem deve incumbiressaproteção? vidas.prias Istolevapergunta: devemosà resposta sejapositiva,a mesmos? serprotegidosdenósCaso a futuro,o para dinheiro guardar que comemosmaisdodevemosnossas pró eatémesmoatentamoscontra 1. I Keywords: publicmanagement. on suicideandothermattersinthesphereof efforts, looking to promote this alternative andits use in future public policies proposals suicide in othercountries. we explore this information, Based on about theissue of suicidal events. Thus, we alsodiscuss public policies’ assessment of to identify characteristics patterns and studies foreign and Brazilian specific using as well as Statistics, and Geography of Institute Brazilian the Healthand of cross-checkingand analyzing thephenomenon, Ministry the Brazilian datafrom ments of Firstly, Followinggeneral. in debatingitsprocessandstate paternalism that,wethe concrete focus on ele Atítulo de exemplo, veja-se: “isto, porque, de demonstrar que não pretende fugir, longe a atitude do paciente de atentar contra Por fim, é imprescindível alertar que este trabalho não visa a exaurir o tema de políticas públicas voltadas o presente trabalho,Essa é a pergunta que norteia necessariamente de modo que respondê-la perpassa Inúmeras políticas públicas têm sido desenvolvidas no sentido de dificultar ou impedir o ato de suicídio, em tanto significativa muito forma de aumentando vêm suicídio de casos os dilema, esse a meio Em ques mais inquietantes ainda temaésuicídio,Essas perguntassemostramquandoo enormes gerando podemos pagar, oque compramos não deixamosde Às vezesbem-estar: agimos contranossopróprio ntr odução 1 . Com base nisto,. Com fazê-lo), (e como se utilizarde que pergunta-se: não por State Paternalism. Nudge. Libertarian Paternalism.State Paternalism. PublicPolicies. Nudge. Libertarian Epidemiology. Suicide. nudges nesse caso concreto; e, por fim, iv) sugerir algumas medidas algumas sugerir iv) fim, por e, concreto; caso nesse nudges nudging nudges para promover para ; ii)conhecer measures as - - - - -

328 TANGERINO, Davi de Paiva Costa; CABRAL, Gabriel; OLIVE, Henrique. Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging. Rev. Bras. Polít. Públicas, Brasília, v. 8, nº 2, 2018 p.326-367 4 Publicand Affairs (SHIFFRIN,segurode saúdeeaposentadoria para S. V. Paternalism, unconscionability doctrine,accommodation. and cumprimento de contratos abusivos. Outro exemplo é o de Elizabeth Anderson em relação à defesa das contribuições compulsórias Seana Siffrinem relação à 3 equality? SON, isthepointof E.What VEER, D. 2 dequeaspessoasprecisamserprotegidassuanegligência. a alegação com saúde pública do que sob do uso de cinto de segurança em da redução de razão gastos obrigatoriedade vezes busca-se­ alguns autores como umaofensa ao substrato ideológico liberal típico do EstadoModerno épercebidopor pública. Otermo podetercomprometidasuaaceitação perante aopinião como paternalista deEstado?Comecemospelasegunda. ta? E,porconseguinte, qualadefiniçãodepaternalismo o acessoaoprodutodanoso. tabelecimento de preço mínimo para nos da cigarros termos Lei 12.546/2011, com a finalidade de dificultar em mesas de restaurantes; em outros, podeapresentar-se oteorpaternalista de modo maissutil, como o es caso devedação, ou,no negociação para quanto àautonomia trabalhistas disposição desaleiros a reformas de um contexto polarizado. Emalgunscasos,como em é notória, adicotomialiberdade/paternalismo dentro compreensão sua dificulta complexidade sua percebidas, que ainda entretanto, perceptíveis; mente Estado -se inconciliáveis — liberdade de escolha e bem-estar —, faz referência ao eixo temático do discussão acerca doslimites do Estadonaconciliaçãodevalores, contextos tornam que em determinados escolha; deoutro, dosnova-iorquinos.medidas dereduçãosobrepeso estar tomando por foiaplaudido A de copos de refrigerantes, polarizou opiniões: de um lado, foi criticado por estar restringindo a liberdade de depaternalismo2.1. Definição 2. S de outrasáreasafins. Ditoisto, épossível adentraraoprimeiropasso, deEstado. opaternalismo além doscentrosdepesquisas mais detalhadamente oselementos médicas suicídiofenômeno doe para do moverde omodode políticas operação públicas baseadasem o enfrentamento para doquadrode suicídios no Brasil.Emverdade, tem objetivopor demonstrare pro MILL,J. S. fez como paternalistas, não justificativas a recorrer para autores alguns de esforço pelo constatada ser pode afirmação Esta FEINBERG, J. Sua definição é especialmente complicada, afinal, sob um aspecto prático, uma regulamentação tida umaregulamentação prático, aspecto um sob afinal, complicada, especialmente é definição Sua Portanto, questiona-se: quais elementos em regulamentações podem caracterizar uma política paternalis facil são não paternalista teor com Novapolíticas Iorque,de opções caso Contudo, do diferentemente Em 2013, oentãoprefeito de Nova Iorque, Michaelo tamanho um limite para propor Bloomberg,ao Desde seu nascedouro, deautores libe tem latente o engajamento adiscussão acerca do paternalismo John Mill,consideradoofundadordoeixo temáticodo(combateao)paternalismo, Stuart asseverou: obre . Paternalistic intervention:

o On liberty

, v. equality? 29,n.3,p. 205-250, 2000; ANDERSON,of isthepoint E.What ou atécorreto fazer deste modo, porquemais feliz, porque,o fará de outros,opinião na fazerdeste seria sábio,modo intervenção [para suficiente justificação estatal]. Ele não podeser legitimamente compelido a fazeroutolerarporque ele isso será melhorpara é não moral, ou físico seja indivíduo], [do bem próprio seu p atenuar esse posicionamento a ternalismo Harm toself: Harm . London:Floating Express, 2009. p. 18,tradução livre, [originalde 1859]. unconscionability doctrine unconscionability 4 the limits moral to the criminal law.University Oxford Oxford: Press, 1986. v. 3. p. 23; VANDE .

h oa onso benevolence. Princeton: Princeton University Press, 1986. p.the moral bounds of 4-5; ANDER Ethics, v. 109,n.2,p. 287-337,1999.p. 301-302. do direito contratual americano, segundo a qual juízes podem a recusar a ordemde 3 . Atítulo de exemplo, defender a podesermenosdesgastante nudges ; e, naturalmente,e debater apublicizar Ethics, v. 109, n. 2,p. 287-337, 1999.). 2 . Entretanto, por Paternalismo de Philosophy ------

329 TANGERINO, Davi de Paiva Costa; CABRAL, Gabriel; OLIVE, Henrique. Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging. Rev. Bras. Polít. Públicas, Brasília, v. 8, nº 2, 2018 p.326-367 p. 8,traduçãolivre. 12 2000. 11 v. 20,n.3,p. 659-722,2004. 10 9 8 7 Press, 1983. 6 University Press, 2013.p. 26. 5 interpretações de conflito o possível é que vez Uma concreta. situação uma em paternalismo identificar se para linguísticas pessoais, comoinstrumento serve ou seja, talconceitose não mostra operacional, não sentido, nãooesclareceminteiramente, comoexplicamLeGrandeNew: sentido do conceito delimitar o de paternalismo,contribuírem para a circunscrição de umnúcleo de para autor quantoàlimitaçãoouliberdadedeatuaçãoestatal Dworkin, as definições de são paternalismo desenvolvidas contextualmente, de acordo com o propósito do propositivo,vezesàs panfletário, Gerald aponta Como estatal. atuação a para limites de estabelecimento de doEstadosobreesfera individual. rais contraingerência Nesse sentido, a discussão costuma ter caráter observarem a seguinte formulação: aseguinteformulação: observarem específicos.conceitos outros de exemplos conceituação, alguns de Vejamos para padronizados e adaptados GERT, paternalism. B.; CULVER, C. justificationof The KLEINIG, J. paternalism. CLARKE,S. Adefinitionof DWORKIN, G. Paternalism: some second thoughts. In: SARTORIUS, R. M. WEBER, COONS, C.; In: DWORKIN, paternalism. G.Defining 1) é limitadoecostuma em torno transitar assim, onúcleo semântico Ainda do conceito de paternalismo Ainda que um conceito abstrato próximo aos exemplos apresentados seja capaz de acomodar intuições acomodar de capaz seja exemplosapresentados aos próximo abstrato conceito um que Ainda deconceitos como liberdade,É possível autonomiaebem-estar.a recorrência notar Contudo,de apesar 6) 5) 4) 3) 2) LEGRAND, J.; NEW, B. SHIFFRIN, S. V. Paternalism, unconscionability doctrine,accommodation. and paternalism. hard Dragon’s of T.the definition POPE, Counting the TeethClaws: M. and X age em relação a Y paternalisticamente se interferir naliberdade ouautonomiade Y, em relação aYpaternalisticamente X age sem o con X age em relação a Y paternalisticamente ao substituir o julgamento de Y em questão dentro da ao substituir o julgamento em relação aYpaternalisticamente X age desconsiderar aspre ou ao a liberdadedeY restringir ao paternalisticamente Y a emrelação X age desconsiderar aspre ou ao a liberdadedeY restringir ao paternalisticamente Y a emrelação X age na medidaem que assegurar obemde Y como X, para em relação aYpaternalisticamente X age se pretende fecharque estaria deoutra alguma opção paternalisticamente Y a em relação X age interesses deY, superioraodeY emalgumgrau, sobreos áreas que estão legitimamente dentro docontrolede Y e que X considere seu julgamento esfera de ação legítima de Y, desde que esta substituição seja direcionada aosinteresses de Y em ferências atuaisdeY, desdequeofaçaprimariamenteconsiderandobemdeY justificação moral X sejam uma violação de uma moral regra ou que X reconheça que suas ações sobre Y precisam de de ações as que e Y de bem Y,o de considerando atuais primariamente ferências faça o que desde um fim,impõe-sesobreY o faz,emalgumamedida,parapromover obemdeY a You escolhe para Yuma situação em que Y é incapaz de escolher si por mesmo. aberta forma X interesses, valores ouobemdeY sentimento de Y,de de promoção bem-estar,aumento do do em razão apenas oudealguma forma de] termos abstratoscomoliberdade, autonomia, bem( de] termos quando [se tratar palavras perceberão e em interpretarão modos sutilmente diferentes, particularmente é que as pessoas inevitavelmentea falta de para consensooutra razão [sobreoconceito de paternalismo] Paternalism. Manchester: Manchester Manchester: University Press, 1983. 9 Government paternalism: Government ; 8 ; X age paternalisticamente em relação a Y se fizer ou deixar de fazer Z oudeixardefazer aYsefizer emrelação X agepaternalisticamente Critical Review of International SocialandPolitical Philosophy, International of Critical Review 6 ; nannyState helpful friend? or Ethics, 5 v. 89,n.2,p. 199-210,jan.1979. . 11 . Paternalism: 7 ; good Paternalism. ) econsentimento

PhilosophyPublicand Affairs, Princeton: Princeton University Press, 2015. theory and practice. Cambridge: Cambridge practice. and Cambridge Cambridge: theory Mnepls nvriyo Minnesota Minneapolis:University of Georgia State University Review,Law StateUniversity Georgia 12 v. 5,n.1,p. 81-91.2002. . 10 ; v. 29, n. 3,p. 205, : - - -

330 TANGERINO, Davi de Paiva Costa; CABRAL, Gabriel; OLIVE, Henrique. Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging. Rev. Bras. Polít. Públicas, Brasília, v. 8, nº 2, 2018 p.326-367 14 (CONLY, S. pater assume que o que você uma parte do que julgamento” precisa é maior seu próprio nalismo háumasubstituição de julgamento; no “[…] afirma Conly,que Sarah e necessária; condição uma como bem-estar no incremento um de existência a também paternalism: Government 13 à saúde individual; (ii) imagética da informação, asubstituir ou complementaratextual,do cigarro dedanos justificação mais razoável. Vejamos as possibilidades de justificação oficial: (i) as figuras como representação da análise uma com comparação em oficial justificação a considere se caso diferente resposta uma tenha se são paternalistas? exemplo, decigarros emembalagens mensagens possívelmotivaçõesé distinguir motivaçõessempre de nem reais Estado: manifestas.de o pecialmente Por caso concreto,conceituação de da própria paternalismo, esse critério evidenciaparticular um problema es si sóoqueémelhorparasi. a tentativa de persuasão, háaexpectativa de que o outroseja capaz de assimilar osargumentos por e realizar Nesses casos,parece haver não paternalistas. cognitivauma identificação defalha outra.Sehá à emrelação parte deuma como assimiladas intuitivamente serem não educativas campanhas de promoção a ou ções inferioridade cognitiva seguidadeumaaçãosubstituiçãojulgamento, nãohápaternalismo. de atribuição há não se Afinal, partes. as entre cognitiva capacidade de assimetria à quanto interventor do percepção de existência na baseia se intervenção decisão. a de para tomada limite a O para suficientes ções alémdealertar. Atítulodeexemplo,interventor ocasodaponte: o fazer pode risco, nada desse conhecimento havendo porém, riscos; aos quanto suficiente conhecimento capacidade cognitiva aodestinatário. de que o indivíduo Isto é, que não tenha exista a crença do interventor de atribuição de condição a atendida seja caso justifica se próprio.Entretanto,apenas si a dano cause duo Porém, Millprevê uma exceção, situação em que é possível destinada a impedirque o indiví a intervenção dano o estabelecimento Mill,poratuaremcomocritériospara de limites a seu Stuart antipaternalista 2.2. Paternalismo deEstado Portanto, nãosãorelevantes dodestinatárioeaefetivação apercepção dobemdesejadopelopromotor. falha na cognição paternalista: como algo interprete se que para concomitantes condições duas somente bastam modo,que paternalismo.Desse consideramos o pratica quem motivaçõesde as para conceito do foco o deslocar apresentados: previamente conceitos aos relação em refinamento um fazer -se com segurançadequeseestádianteumamanifestaçãopaternalismo. identificação a promotor,complicada seu mostra-se e paternalista política da indivíduodestinatário o entre De acordo com a conceituação simplificada que aqui se defende, a resposta é: depende. É possível que possível É depende. é: resposta a defende, se aqui que simplificada conceituação a com acordo De um de diante sólido ser paternalismo de identificação para artigo neste defendido critério o de Apesar explicaoporquêEssa concepção de,exemplo, por de informa a disponibilização apersuasão racional, Nesse caso,é legítimo, indivíduoo perigo sabe do que não empurrar indivíduoo pois tem informa não Essas condições, enquanto caracterizadoras de paternalismo, encontram respaldo até mesmo na obra do Para superar essa dificuldade, suscitada por Le Grand e New, e tornar o conceito operacional, propõe operacional, conceito o New, e tornar Grand e Le por suscitada dificuldade, essa superar Para MILL,J. S. de diversoscom a está em consonância concepção Essa outros autores,e New (LE GRAND, comoLe Grand J.; NEW, B. . Por este princípio, a intervenção do Estado apenas se justifica se o destinatário causar danos a terceiro. Against autonomy: deve serapenasalertada [...]. Neste caso, de descuido da pessoa, ninguém além delapodefazereste julgamento há operigo ela daponte],masapenas [do perigo obstante,violação asualiberdade;[...] não se tem quandonão certeza e não tenha tempo avisá-lapara do perigo,considerada perigosa, podem impedi-la sem nenhuma real público ouqualquer outra pessoavirumatentando atravessarse um agente umaponteque seja On liberty do indivíduo e, baseado nesta identificação, (ii) aja para aumentar o aumentar para identificação, aja nesta (ii) baseado e,indivíduo do nanny State or helpful friend? State nanny or . London:Floating Express, 2009. p. 163-164,tradução livre, [original de1859]. justifying coercive paternalism. Cambridge: Cambridge University Cambridge justifying coercive Cambridge: Press, paternalism. 2013.p. 36,traduçãolivre). 14 .

Princeton: Princeton University Press, 2015. p. 23), em que pese apontarem

que o promotor bem-estar

(i)

deste identifique uma identifique

princípio do princípio indivíduo 13 ------.

331 TANGERINO, Davi de Paiva Costa; CABRAL, Gabriel; OLIVE, Henrique. Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging. Rev. Bras. Polít. Públicas, Brasília, v. 8, nº 2, 2018 p.326-367 19 18 p. 30,tradução livre. 17 16 15 com maisbem-estar, mas de moral. correção Assim, a menos que se considere que estar moralmente melhor também signifique estar moralmente. pessoa perceberqueestásedegradando soa possacausar asimesma mesmo que sejam danosas,não trata de prevenir moral que moral apes odano aopassoque paternalismo de condutas que deproibição sejam consideras imorais,Dworkin, tratade previsão legal legal moralismo De com acordo como ocaso acima, moral, legal. e moralismo entre paternalismo são sobrepaternalismo: morais,a bem-estar não em umsentido amplo. Istonosremete a maisumadistinçãorelevante dadiscus Grand eNew: aodestinoescolhido(fim). possa chegar operador seu que para (meio) eficiente mais forma a qual informar a restringe-se aplicativo o trânsito: de ainda que não se trate de um exemplo de paternalismo, é o funcionamento de um aplicativo de navegação pessoas fazem para atingir certos fins,as ou (ii)que para os própriosaquelas fins.seja, Uma de forma ou entender esse mecanismo,intermediárias, decisões às (i) direcionado ser pode paternalismo o distinção, essa contudo, sehouver referênciaaumtipodepaternalismo, moral. opaternalismo pessoas,cita Sunstein. Ensinar princípio, a comoargumentamos, Pode é paternalista. não serpaternalista, deatuaçãopolíticaspaternalistas: compilou algumasformas resultados, podendo em realidade almejar interferirnacrença das pessoas. Nesse sentido, Cass Sunstein necessariamente não buscaafetardiretamente eventuaisque pode seestender paternalismo fato de que o ao extremaparaagirem benefíciodeseubem-estar.precisariam deumaintervenção e informações assimilar racionalmente de capazes seriam cognitivonão problema elas um pessoas: cou nas diagnosti planejador seu pois paternalista, é fato, razões, ela de chocar. essas seja, Por figuras objetivodas não visaaconvencer osfumantes, mas, aassustá-los, aconsiderarseubem-estar. àquelas realidades ilustradas. Nesse contexto, cigarro apenas de a justificação fumo (iii) o teria associem cunho paternalista, pessoas haja que vista que para chocar, para meio como figuras as (iii) Pública; Saúde com as figuras como indicação de que há danos coletivos decorrentes do uso de cigarro, como aumento degastos O paternalismo moralestá em uma zona limítrofe doconceito de paternalismo,O paternalismo poistrata não de bem-estar, avalores especificamente, relacionada, uma questão de trata fins de paternalismo o exemplo, Nesse fins,e contudo, tênue.meios Le sentido, ser entre divisória por Nesse pode exemplolinha dado o Uma fins de e meios de paternalismo entre dá se importante distinção outra disto, Além Talvez o pontomaiscontroverso seja o (3): afetar crenças meio de educacionais,campanhas por como Identificar uma política como paternalista, como se percebe, é uma tarefa que exige alguma reflexão, alguma exige que tarefa uma é percebe, se como paternalista, como política uma Identificar A despeito de qual seja a justificação oficial exposta por órgãos públicos, parece razoável acreditar que o SUNSTEIN, C. LEGRAND, J.; NEW, B. DWORKIN, G. Moralpaternalism. LEGRAND, J.; NEW, B. SUNSTEIN, C. sexuais (paternalismo relacionadoafins) sexuais (paternalismo em si mesmo possuir diversossua saúde para (relacionado ameios) ou considerarerrado parceiros com múltiplos parceiros, estar claro se pretendemos pessoas a evitar ajudar risco excessivo é importante sexo fazerem de pessoas dissuadir pretende que política uma para justificação desenvolvendouma [...] as crenças; (3) afetar as crenças para poder influenciar as ações; ou (4) afetar aspreferências, (4) afetar ou ações; as influenciar poder para crenças deafetarascrenças,independentemente parainfluenciarasações as afetar (3) crenças; influenciar sem as ações as afetar (2) pessoas; das crenças e ações as afetar sem resultados os afetar (1) Why nudge?: Why Why nudge?: Why paternalismo moral paternalismo Government paternalism: Government paternalism: Government the politics of libertarian paternalism. New Haven: paternalism. Yale libertarian University Press, the 2014.p. politics of 53,tradução livre. the politics of libertarian paternalism. NewHaven: paternalism. Yale libertarian University Press, 2014.p. thepoliticsof 21. 18 . Nesse caso, aatribuiçãodefalhacognitiva dizrespeito à incapacidadede uma Law andPhilosophy não pode ser considerado uma forma incontroversa depaternalismo nãopode ser considerado umaforma nannyState helpful friend? or nannyState helpful friend? or , v. 24,n.3,p. 305-319,2005. 17 .

Princeton: Princeton University Press, 2015. Princeton: Princeton University Press, 2015. 15 . 16 . De acordo com . Deacordo 19 . - - -

332 TANGERINO, Davi de Paiva Costa; CABRAL, Gabriel; OLIVE, Henrique. Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging. Rev. Bras. Polít. Públicas, Brasília, v. 8, nº 2, 2018 p.326-367 23 1550, 1998. 22 de 1844]. 21 tradução livre. 20 p. 35. Como destaca Simon, (i) falta-nos tempo para refletir; (ii) nem sempre temos acesso a todas as informações (“ suficiente” o “boas opções as com contentam se realidade em pessoas as que prejuízo,afirma claro esse ação.vista Tendoà em custos geram racional é um tipo de custo que a conseguir irracional: e torna as calcular informações os prós e contras etc. Choice Rational Model of A Behavioral que temosnossaracionalidadelimitada quanto imaginávamosracionais oucomoretratavam —e ainda retratam—modeloseconômicos,vista haja psicologia docomportamento. A mudança maisrelevante talvez de que não somos tão seja a percepção tal tem o méritodeaproximarteorias econômicas, tradicionalmente abstratas eteoréticas, deevidências em econômicaneoclássica corrente psicológico da falta derealismo a demonstrar prévio emrelaçãoaoscustosdadecisão. exame um com consistentes decisões tomarão pessoas as que de presunção pela justifica-se fiscais, tivos informação.de falta de sentido,mesmo Em incen e proibições de decisões decorrem paternalista, opção a A opção liberal, de conscientização e disponibilização de informação, justifica-se pela presunção de que más para obterestefim” meios comparativa de eficácia a julgar de capaz é que riquezas,e possuir deseja que ser um como somente Mill: “[...] consigo é preocupado Stuart consistentemente,agem, comoresultado de suaanálise. Conforme são seres essencialmente fatos, analisam racionais: probabilidades, custos e benefícios fazer escolhas e para economicus. do o é decisões de predição e análise para econômica corrente essa por adotado humano portamento com de modelo O autointeressada. e consistente lógica, racional, forma de decisões tomar de pessoas das liberais: campanhasdeconscientizaçãoedisponibilizaçãoinfor que podiam ser, de um lado, proibições ou incentivos claramente paternalistas: fiscais; de outro, claramente fato, àdisposiçãode planejadores de políticas públicas odebate tradicional tem como objetoasferramentas logias de atuação estatal e pressupostos teóricos estranhos àtradicionaldiscussão sobre paternalismo. De vadas adirigirpessoasemdireçõesquepromoverão seubem-estar” pri e públicas instituições autoriza mas escolha, de liberdade a preserva que abordagem uma “[...] em base não é apenas possível, mas uma sofisticação da atuação estatal. Para os autores, essa conciliação com ocorre libertário, e Sunstein, proponentes dopaternalismo essa aproximaçãobem-estar? com Thaler De acordo nância de opiniões. Será possível conceber de que uma paternalismo concilie forma liberdade e aumento de disso causam também bem-estar de aumento e liberdade de restrição entre necessário conflito um exista 2.3. Paternalismo libertário A ideia de “dirigir pessoas emdireçõesquepromoverãoideia de“dirigir A tecno referência a seu bem-estar” parece fazer Além dessa controvérsia relacionada à identificação de bem-estar com moralidade, situações em que não O conceito de racionalidade limitada foi introduzido de forma crítica por Herbert A. Simon no artigo A. Simon noartigo crítica por Herbert O conceito de racionalidade limitada foi introduzido de forma Essas presunções vêm sendo alvo de críticas, em especial por economistas comportamentais, que tentam A desse partir pressuposto, justificam-se as opções disponíveis ao debate tradicional sobre paternalismo. Em comum, adotam comopressuposto a Teoria EconômicaNeoclássica, que aposta nacapacidade SMN .Abhvoa oe frational choice. SIMON, H.Abehavioral modelof JOLLS, C.; SUNSTEIN, C.; THALER, R.Abehavioralapproach tolaw and economics. MILL, J. S. THALER, R.; SUNSTEIN, paternalism. C. Libertarian Conforme este modelo, de pressupostos de que seres humanos Conforme asanáliseseconômicas partem Essays on some unsettled questions of political economy. political of questions unsettled some on Essays 21 . (1955). Para Simon, a própria ideia de determinar qual a opção mais (1955). Paraideia de determinar Simon, aprópria good enough” (bounded rationality) urel ora fEconomics Journal of Quarterly ), que são as mais racionais diante de nossas limitações nossas de diante racionais mais as são que ), American Economic Review Kitchener: Batoche Kitchener: Books, 2000. p. 97, tradução livre [Original . mações. 20 . , v. 69,n.1,p. 99-118,feb. 1955. , v. 93, n. 2, p. 175-179, may 2003. p. 179, 22 . A economia comportamen . A Stanford Law Review Law Stanford , v. 50, p. 1471- homo 23 ------.

333 TANGERINO, Davi de Paiva Costa; CABRAL, Gabriel; OLIVE, Henrique. Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging. Rev. Bras. Polít. Públicas, Brasília, v. 8, nº 2, 2018 p.326-367 fEconomicLiterature of 28 27 26 versity Press, 1982.p. 493,traduçãolivre. 25 sep. 1974. 24 futuro for oseu recebimento cados o um estadoreflexivo. usando osistema 2. Emoutraspalavras, que teríamos feito não se estivéssemos em quandofazemos algo mática e previsivelmente, diferente se da que estivéssemosagiríamos agimoscomosistema 1 deumaforma de rante arealizaçãoalgumaatividade I). Fonte: (2011,parte Kahneman 1 Quadro aQuadro1 queosativa,entre ossistemasvãomuito alémdotipodegatilho conforme demuitasistema 2. Depois “no automático”, prática,elacomeça a dirigir usando osistema 1. Asdiferenças o usando faz o dirigir,ela a aprendendo está pessoa uma quando diferentes: situações em solicitados e dos mas de cognição, os sistemas 1 e 2: sistemas intuitivo e reflexivo, respectivamente. Esses sistemas são ativa é a existência de dois siste tãoirracionalmente, potencialmente tão racionais, masagirmos o fatode sermos and slow respondem sistemática, previsível e diferentemente da resposta prevista pelo parâmetro. Em elas se descobrir para pessoas as testar posteriormente, regras; naquelas baseado parâmetro um identificar estatística” aceitas de aritmética, lógica ou a respostadaspessoas ou com um fato estabelecido [...] ou comregras entre comparação pela demonstrado é viés] [um julgamento de “erro o que afirma-se sentido, Nesse nal. mon, sofremosdeumproblemacognitivo maisrecentementeconstatado:(iv) osviesesdacognição Si por percebidas limitações computacionais.dessas limitações Além tem cérebro nosso (iii) e necessárias; Fato é que há maisde uma centena de vieses atualmente diagnosticados, dentre os quais podem ser desta du atenção necessária é quando 2 sistema o usa se que é distingui-los significativomais para critério O Esses vieses da cognição são padrões de comportamento que se desviam de um padrão lógico e racio e lógico padrão um de desviam se que comportamento de padrões são cognição da vieses Esses FREDERICK, S.; LOEWENSTEIN, G.;T. O’DONOGHUE, Time discounting and time preference: a critical review. KAHNEMAN, D. KAHNEMAN, D. KAHNEMAN, D.; SLOVIC, P.; TVERSKY, A TVERSKY, A.; KAHNEMAN, D. Judgment heuristics and biases. under uncertainty: Evolutivamente antigo , Kahneman traz estudos discutindo vieses da cognição; conforme expõe, uma boa explicação para explicação boa uma expõe, conforme cognição; da vieses discutindo estudos traz Kahneman , Exige poucoesforço Exige desconto hiperbólico – Sistema1 25 Inconsciente . Assim, pode-se inferir que, para identificar um viés da cognição, deve-se, em primeiro lugar, primeiro em deve-se, cognição, da viés um identificar para que, inferir pode-se Assim, . Automático Não verbal Sistema 1 Rápido Ilógico , v. 150,n.2,p. 351-401, 2002. versus Thinking, fastandslow. Thinking, fastandslow. Thinking, Sistema2 , segundo o qual temos a tendência de descontar o valor das coisas quanto mais no 28 ; a ancoragem London:AllenLane, 2011.p. 22. London:AllenLane, 2011.Parte I. 27 . Poressa perspectiva, sofremosumviés da cogniçãoquando, siste , por qual as pessoas fazem estimações com base em referências em base com estimações fazem pessoas as qual por , . Judgement under uncertainty: Evolutivamente novo Exige muito esforço Exige Ligado àlinguagem Ligado Controlado Consciente Sistema 2 Devagar Lógico heuristics and biases. Uni Cambridge Cambridge: Science , v. 185, n. 4157, p. 1124-1131, 26 . Thinking fast 24 . Journal ------

334 TANGERINO, Davi de Paiva Costa; CABRAL, Gabriel; OLIVE, Henrique. Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging. Rev. Bras. Polít. Públicas, Brasília, v. 8, nº 2, 2018 p.326-367 2.3.1. Nudges da decisão, chamados de estão maisdispostasacomermaçãsemambientescomiluminaçãoamareladoqueazul tenha sidointencional.Por não sentados,exemplo, mesmo que a arrumação umestudo que aponta pessoas comosãoapre etc. Cadaelemento tem diferentes tipos e intensidades de efeitos com aforma de acordo cadeiras,ambiente,temperatura do a paredes,nas teor dosquadros o das frases,ordem a local do limpeza a da arquitetura natomadade decisão: a cordacaneta usada, aalturadas da decisão interfere, em algum grau, e Sunstein: liberdade deescolhadoindivíduo a preservam intervenções Essas intervenções. sutis e pequenas de meio por bem-estar, seu diminuam que podem anulá-los, pessoas a cometerem ajudando menos erros háumapossibilidadede ser paternalista, intervenções pequenas e previsíveis são erros os se vieses.Assim, dos negativos efeitos os neutralizar para diferença a fazer podem sutis, mais as mesmo intervenções, pequenas (ii) e previsível e sistemática forma te, asperdasemrelaçãoaosganhos iniciais que podem ser arbitrárias Press, 2008.p. 5,tradução livre. 32 paternalism. avaliam terminação de decisão. Emconsonânciacomesta ideia, um estudo recente indicou que pessoas que creem menos em sua autonomiae autode (liberdade negativa), mas acabam por influenciá-la de tal que forma relativizam ograu de autonomia (liberdade positiva) do tomador decisão de livre tomada a para significativos obstáculos criam fato,não decisão,de de arquitetura a alterarem por Nudges, 1958]). liberty. In: BERLIN, I. of concepts uma “liberdade 2005.). Há doistiposdeliberdade:a“negativa”, que a decisão livre,indica aausência dealgumobstáculopara istoé, ser (MITCHELL, G.liberdade a oxymoron.is an paternalism Libertarian 31 Uncertainty 30 sep. 1974.p. 1128-1130. 29 Press, 2008.p. 6,traduçãolivre. 35 Studies. Sensory Journal of 34 Press, 2008.p. 3,tradução livre. 33 Com os diversosCom estudos vieses sobre cognição,da de irracionalmente percebe-se que (i) pessoas agem Richard Thaler e Cass Sunstein trazem dois conceitos independentes entresi. eCassSunsteintrazemdoisconceitosindependentes Richard Thaler arquiteturana alterações sutis e pequenas de meio por comportamentos de alteração de possibilidade A de ouro é assumir que ‘tudo tem importância’” Como complementam, “a regra THALER,R.;SUNSTEIN, C. preserva libertário paternalismo o que afirmar ao corretos parcialmente apenas estariam Sunstein e Mitchell,Segundo Thaler TVERSKY, A.;KAHNEMAN, uncertainty. D. cumulative Advancesprospect theory: in of representation TVERSKY, A.; KAHNEMAN, D. Judgment heuristics and biases. under uncertainty: THALER,R.;SUNSTEIN, C. YANG, L.; CHO,bell peppers.willingness to eatapplesand and consumers: acceptability on lightcolor S.; SEO, H.Effects of THALER,R.;SUNSTEIN, C. , v. 5,p. 297-323,1992. ora fExperimentalSocialPsychology Journal of de” de” difíceis paraelas a fazerdiferente — oufazerascoisasmuitoas forçarão não mais libertários paternalistas aposentadoria, comer muitosa doces,cigarros, para dinheiro de ou deixar guardar escolher de saúde um plano ruim, fumar querem pessoas as Se dificultadas. significativamente ou retiradas bloqueadas, são não escolhas é umtipo relativamente libertário fraco,paternalismo suaveporque intrusivo depaternalismo enão conta comoum precisasersimples e fácildeevitar.intervenção significativamente incentivosalterar seus ou econômicos.opção nenhuma [Esta] proibir previsívelsem das pessoas de forma é qualquer aspecto da arquitetura da decisão que altera ocomportamento ( nudges from v. 31,n.1,p. 3-11,nov. 2016. ); e a“positiva”, que indica apresençadeautonomia,istoé, uma “liberdade mais favoravelmente state (HANNIKAINEN, worldview promotes approval Iet. al. Adeterministic of nudges 32 nudge . Four essays on liberty. Nudge: Nudge: Nudge: (empurrõezinhos), é um pressuposto central ao paternalismo libertário. éumpressupostocentralaopaternalismo (empurrõezinhos), 29 . Banircomidanãosaudável ( ; e a 31 , afinal são direcionadas à arquitetura da decisão. Nesse sentido, Thaler sentido, decisão. Nesse da arquitetura à direcionadas são afinal , 30 improving decisions about health,wealthhappiness. and New Haven: Yale University improving decisions about health,wealthhappiness. and New Haven: Yale University improving decisions about health, wealthhappiness. and New Haven: Yale University . aversão à perda aversão , v. 70,p. 251-259,may 2017.). Oxford: Oxford UniversityOxford Oxford: Press, p.1969. de livres[original traduções 6-8, , isto é, a tendência valorizar,para desproporcionalmen Nudges Northwestern University Law Review Law University Northwestern junk food) não são ordens. não altura dosolhos na Botarafruta , não 35 . Science

Primeiro, que: afirmam , v. 185, n. 4157, p. 1124-1131, 33 . Cada pequeno detalhe para” , v. 9,n.3,p. 1245-1277, 34 ( . to ) (BERLIN, I.Two ora fRiskand Journalof - - -

335 TANGERINO, Davi de Paiva Costa; CABRAL, Gabriel; OLIVE, Henrique. Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging. Rev. Bras. Polít. Públicas, Brasília, v. 8, nº 2, 2018 p.326-367 aspectos: clarece o próprio Sunstein, segundo o qual definições mais restritas estão equivocadas em, pelo menos, dois tificista nareferidaexploração. ouincentivos— como adisposiçãode placas informativas cien econômicos —, porémsem a abordagem paternalista pessoas deforma dores depolíticaspúblicas sejam manejadas em favorde decisão.do tomador Portanto, osvieses da cogniçãosãoaliadosdosplaneja 2 sistema do reflexão à apelos ignorando 1, sistema do intuições às direcionados decisão,ser da precisam arquitetura na venções de n. 1,p149-183,2016.p. 170. 38 the glove? Law Review paternalism. libertarian of critical examination two strategies changingfor civic behaviour. economics psychology.and Berlin:Springer, 2009. Cap. 10, p. 209; JOHN, P.; SMITH,G.; STOKER,G. nudge, thinkthink: Nudge 37 Press, 2008.p. 8,traduçãolivre. 36 ser resumidasnoQuadro02. nudges lembretesouavisos.informações, como nosexemplosde dedisponibilização da psicologiaoueconomiacomportamental, ção adescobertas vieses baseiam emoupretendem neutralizar dacognição;nãosãointrusivos Revista Brasileirade PolíticasRevista Públicas 41 livre. 40 n. 1,p149-183,2016.p. 154. 39 Humanos De fato,os que otorna autores, alguns Para definições? duas essas conciliar possível É Porém, em seguida, afirmam que “ Paraconsistência e dar à miríadedeexemplos, tentar organizar Robert Baldwin,consideroudividir os Portanto, criadores dotermo,pelos próprios parece seraadotada maisrestritanão comoes Essa interpretação GRÜNE-YANOFF, T.; HERTWIG, versus R. Nudge boost: how coherent are policy and theory? nudge. In: GRÜNE-YANOFF, BOVENS, ethics of L. The T.; HANSON, S. THALER,R.;SUNSTEIN, C. FERREIRA,F.; dedesenvolvimento POTTUMATI,licitação públicacomoinstrumento E.A perspectiva na paternalismo.do SUNSTEIN, C. GRÜNE-YANOFF, T.; HERTWIG, versus R. Nudge boost: how coherent are policy and theory? em três graus, de acordo com o impacto na autonomiados indivíduos. As ideias dos autores podem h uoenJunlo RiskRegulation Journal of The European , v. 99, n. 2, p. 773-802. 2014. p. 784; HANSEN, P. nudge and does paternalism: libertarian the hand fit The definition of , masqueseriaignoradopor vieses (como decisionais. Segundo, a palavra “neutralizar”é melhor doque “explorar”. avisos eregras primeiro, ouniverso dos nudge Why nudge?: Why seria um termo amplo, que engloba diversas intervenções, inclusive aquelas que não se não que aquelas inclusive intervenções, diversas engloba que amplo, termo um seria 37 . Nesse sentido, otimismo irrealista 38 default) , v. 4,n.1,p. 201-213, jan./jun.2014.p. 210-211. nudges . the politics of libertarian paternalism. New Haven: paternalism. Yale libertarian University Press, the 2014. politics p.of 59, tradução 39 Nudge: , afinal sempre existiram pequenas intervenções na arquitetura da decisão da arquitetura na intervenções pequenas existiram sempre afinal , que [...] não precisam especificamente neutralizar ( genuínos é a ideia de explorar deficiências cognitivas e motivacionais cognitivas das deficiências e explorar de ideia a é genuínos improving decisions about health, wealthhappiness. and New Haven: Yale University nudges Political Quarterly, nudge

Houndmills: Palgrave Macmillan,2012. p. 84; CALO, R.Code, nudge,notice? or nudges , v. 7,n.1,p. 155-174,mar. 2016.p. 162. ) semexplorarnada Econs é bem mais amplo [...]. Paternalismo libertário inclui intervenções (como é qualquer fator que, significativamente, altere o comportamento envolvem a [homens econômicos]” v. 80, n. 3,p. 361-370, july 2009; REBONATO, R. manipulação 40 . de falhas decognição,que de maneira nudges Preference change: Preference 36 . , além de serem pequenas inter 41 . Sequer precisam fazermen counteract) approaches from philosophy, Nudges Minds and Machines Minds and Machines vieses e inadequações podemneutralizar Taking liberties: , v. 26, , v. 26, Iowa a - - - - -

336 TANGERINO, Davi de Paiva Costa; CABRAL, Gabriel; OLIVE, Henrique. Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging. Rev. Bras. Polít. Públicas, Brasília, v. 8, nº 2, 2018 p.326-367 2014. p. 837. 42 sões edirecionamentodepolíticaspúblicasquantoaofenômeno dosuicídio segura, a necessidade tomada dedeci e adequaçãona de modoque se possaemseguida discutir, deforma esse fenômeno, queme quaissãoosmétodos utilizados, orealiza índices e locais deocorrência, analisando paternalistas. capacidade decogniçãodaspessoas. deatribuiçãoà grau to ao comportamentais. Porsua vez, tentativa, baseados em estudos artifícios substituindo adecisãoda pessoaobjetodapolíticapor racional essa incentivam comum:não racionais,em mais contornam decisões mas algo têm grau terceiro e segundo grau) (terceiro reflexão por descobertos ser podem e não incentivam também as não que aqueles fim, por e, grau); (segundo desvendados ser podem mas incentivam, as pode sernotado,Como há Fonte: Baldwin(2014,p. 838,traduçãolivre). 2– Quadro Terceiro Segundo Primeiro Grau deNudge: Antes de debater, especificamente, o tratamento do Estado quanto ao suicídio, é importante conhecer importante é suicídio, ao quanto Estado do tratamento o especificamente, debater, de Antes definidas.bem diversos esquematiza pois exemploscategorias didática, em função uma tem tabela Essa BALDWIN, R.Fromregulation tobehaviour giving change: thethirddegree. nudge Tradução da Tabela “Three Degrees of Nudge” (Três Nudge” de graus Tradução daTabela of Degrees “Three decisões oupreferências. usadas parainfluenciar técnicas dissimuladas são respostas emocionaisou Estratégias de uma direçãoescolhida. influenciar decisõesem a exploradas deforma mentais ouvolitivas são Limitações comporta racional econsciente. uma escolhainformada, dade daspessoasdefazer vo deaumentaracapaci lembretes, comoobjeti ou Simples informações Características típicas: nudges nudges nudges que incentivam decisões mais racionais (primeiro grau); outros, que não que outros, grau); (primeiro racionais mais decisões incentivam que de primeiro grau se diferenciam, substancialmente, dosdemais quan grau de primeiro framing , - - - promova hábitosali 1. Umacampanhaque área detrabalho. da fumante paralonge destinada aatividade 2. Alteraçãodaárea de órgãos. regime 1. Ainstituiçãodeum imposto. encher adeclaraçãode 2. Lembreteparapre cigarro. emmaçosde 1. Alerta Exemplos: controlar ofumo. câncer depulmãopara devítimas tografias 2. [...]utilizaçãodefo looks, junkthefood!” “ slogan: mentares saudáveis com opt-out Don’t loseyour Nudges Nudges 42 dedoação . Com base nesta classificação, nesta base Com . ). de primeiro grau, portanto,são não grau, de primeiro - - - Modern Law Review Law Modern . . é influenciado, masa O tomadordedecisão respostas “automáticas”. tais etendênciaaexibir limitações comportamen que ofaçaemrazãodas nudge a naturezaeoefeitodo deria, aorefletir, descobrir O tomadordedecisãopo do tomadordedecisão. aumenta aracionalidade Respeita aautonomiae Impacto naautonomia: preferência. ouda comportamento extensão dainfluênciado desvendar anaturezae materialmente falhapara ou reflexão éobstruída —maséimprovável , v. 77, n. 6,p. 831-857, nudges - - de - -

337 TANGERINO, Davi de Paiva Costa; CABRAL, Gabriel; OLIVE, Henrique. Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging. Rev. Bras. Polít. Públicas, Brasília, v. 8, nº 2, 2018 p.326-367 dlsi ai mrc oprsnwt h 0mjrdvlpdcutis oreo hiddensuicides? developedwith the10major Latin Americacomparison adults in countries: source of a 58, n. 5, p. 535-539, set./out. 2005. p. 536; PRITCHARD, C.; HEAN, S.youths deaths among young and Suicide undetermined 49 de Itabira. dapopulação suicídio sobre a morbimortalidade RJ.– Caxias Públicade Duque de Município no anos 18 de menores em externas causas por óbito de declarações nas básica causa da informações das Confiabilidade M. Paulo,REICHNHEIM, São SIMÕES,p.E.; v.221; 1990. p. 217-223, 3, n. 24, 48 sociação MédicaBrasileira, 47 1192-1200, jun.2011.p. 1195. precoce e fetal, Preto,da regiãode Ribeirão SãoPaulo, Brasil,2000-2007. neonatal Óbito, de Declarações nas e Vivo Nascido de Declarações nas informação da Completude A. RODRIGUES-JÚNIOR, a seleção para da causa básica. internacionais de morte. EpidemiológicoSUS, do Informe materno-infantil. saúde à atenção de terciária unidade em óbito de básica causa da confiabilidade Avaliaçãoda al. et L. DERLEI, câncer emSalvador, por declaração decausa básicademorte Brasil. Sul (Brasil). 46 cemitérios daRegião MetropolitanadeFortaleza, 1999a2000. Janeiro. 45 (Brasil). 44 43 em paísesmenosdesenvolvidos regra em que sejam maisconfiáveis ainda informações, às quanto problemas relatados foram também suicídio, de suspeita de chem, incorretamente clandestinos de sepultamentos tamente arealidade. absolu representar de dados dos incapacidade eventos consequentemente, a suicidas dos e, subnotificação analgésicos, antipiréticoseantirreumáticos”. exposição, autoprovocada e a autointoxicação “lesão por intencional, > como classificado voluntariamente terísticas indivíduodo falecido.título Adeexemplo,CID-10, daumcasodesuicídiopodeser termos nos carac e local seu também como morte, da causas às quanto especificações alcançar possível sendo (CID), Doenças de Internacional Classificação na internacionalmente estabelecidos parâmetros os com acordo de [DO]) Óbito de Declaração da meio (por padronizada forma de saúde de profissionais por avaliados são fluxo, consolidação, dados,avaliação e divulgação sobre de de os informações óbitos no país” processamento codificação, coleta, à relativas ações de “conjunto pelo composto é que (SIM), bito de federal Mortalidade pelo Ministério da Saúde do Brasil (MS) e inseridas no Sistema de Informações 3.1. Introdução metodológica 3. C Mas o fenômeno da subnotificação não se limita ao Brasil, é mundial, ainda que com maior incidência maior com que ainda mundial, é Brasil, ao limita se não subnotificação da fenômeno o Mas Em específico quanto às DOs produzidas em Instituto responsável Médico Legal, pelo exame em casos desde casos de desconhecimento de óbito pelosistema de saúde em função perpassam Os problemas desde 1976 Ainda assim, mais que por exista no Brasilessa sistematização integrada Paraconhecer o fenômenodosuicídio país, no utilizarasestatísticas em âm produzidas éimportante AVANCI, R. et al. Perfil do adolescente que tenta suicídio em uma unidade de emergência. de unidade uma em suicídio AVANCI, tenta que adolescente Perfil do al. et R. JORGE, P.H. M. externas. causas relativas por oficiais estatísticas das atual Situação M. mortalidade à SILVA, J. A.et al. Declaraçãodeóbito,preenchimento:no compromisso avaliaçãoem Belém – Pará,em 2010. do Grande Rio do Estado do localidade em óbitos de declarações de preenchimento do Análise al. et C. I. HECKMANN, LOVISI, G. et mentais al. Prevalêncianas tentativas de transtornos desuicídio em um hospitaldeemergência Rio de no HECKMANN, I. C. et al. Análise do preenchimento de declarações de óbitos em localidade do Estado do Rio Grande do Sul BRASIL.MinistériodaSaúde. SecretariadeVigilânciaemSaúde. , Rio de Janeiro,, Rio v. 17,n.3,p. 521-531, 2001. p.E.; MINAYO, 528; SOUZA, C.; M. CAVALCANTE,F. G.impacto do O ara Cadernos de Saúde Pública Cadernos Revista deSaúdePúblicaRevista Jornal dePediatria rístic cte Revista de Saúde PúblicaRevista v. 59,n.4,p. 335-340,2013.p. 337-338. as 48 , v. 78, n. 6,p. 485-490, 2002. p. o usodasregras 487; LAURENTI, em mortalidade: R.et al. Informação 46 .

ou de forma ilegível ouincompleta,asDOs oudeforma v. 11, n. 1,p. 15-23, 2002. p. 19-20; TURRINI, R.;SANTO,e causasmúltiplas A.Infecção hospitalar do , SãoPaulo, v. 23,n.4,p. 292-297,1989.p. 292. , RiodeJaneiro, v. 25,n.9,p. 2064-2074, set. 2009; FAÇANHA,M. et al. Busca ativa deóbitosem

suicído , São Paulo, v. 23, n. 4, p. 292-297, 1989. p. 293; SCHNITMAN, A. Análise da fidedignidade da fidedignidade da Análise SCHNITMAN,A. p.293; Paulo,1989. p.São 292-297, v.4, , n. 23, 45 a desconhecimento e desatenção de agentes de saúde, adesconhecimento e desatenção de agentes que por vezes preen 49 . Revista Brasileira de EpidemiologiaRevista

no B sil ra Ciência & Saúde ColetivaCiência &Saúde

em Epidemiologia e Serviços deSaúde Epidemiologia eServiços

iv perspect Revista deSaúdePúblicaRevista Portaria n. 116, de 11 de fevereiro de2009. Portaria n.116,de11fevereiro , v. 12, n. 2, p. 195-203, 2009. p. 198; BARBUSCIA, D.; Cadernos deSaúdePública Cadernos a , v. 11, n. Sup., p. 1333-1342, 2007. p. 1337-1338. 47

com . , v. 24, n. 6,p. 490-496, 1990. p. 492; VAN

a , v. 12,n.3,p. 131-136.p. 133.

realid Revista Brasileira de Enfermagem, Revista , Riode Janeiro, v. 27, n. 6, p. 43 ade . Em síntese,. Em osóbitos Crisis

Revista de Saúde PúblicaRevista mundial art. 1º. art. 44 , não se evita a , v.2, p. 29,n 145- Cadernos de Saúde Cadernos Revista da As da Revista v. v. ------,

338 TANGERINO, Davi de Paiva Costa; CABRAL, Gabriel; OLIVE, Henrique. Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging. Rev. Bras. Polít. Públicas, Brasília, v. 8, nº 2, 2018 p.326-367 tion. NationalCenter forHealthStatistics. 58 p. 750-757,2010. p. 751. 57 56 55 Brasil eUnidadesdaFederação. RiodeJaneiro: IBGE,2013. 54 Finland? 53 Acessoem:10mar.deliberate-self-harm-register-state-hospital-southern-india>. 2018. MedicalPractioners[online] Journal of 52 andPublicResearch Health 51 155-160, 2008.p. 155. 50 153, 2008.p. 151. sudeste: 31,61%e61,19%;regiãosul:16,33%56,62%;centro-oeste:25,29%96,70%. 73,68% e 196,48%; região nordeste: 53,95% e 194,45%; região oferece os seguintes resultados: região norte: em relação ao ano de 2003, e de 89,6%, quanto a 1993. A mesma comparação quando realizada nas regiões considerado onúmerodeeventos,suicídio em 2013, por o que representa, mortes aumentos de 33,99%, número de casos de suicídios em todo opaísé uma constante. Foramregistrados, em todo opaís, 10.533 do o crescimento 01, Gráfico no vê se Como problema. um de inexistência a significa não isto entretanto nopaís and Prevention 1,6%detodasasmortes (CDC),representando segundo o relatórionacionalde estatísticas vitais,causa de morte lançado pelo Centers for Disease Control do mundoredor e homicídiossomadosao guerras registradas todas as mortes segundos quarenta cada a suicídio um significou que o 2012, em eventos doseventos3.2. Adimensãoecaracterísticas suicidas e idadedofalecido, localedatadeocorrência. quanto aosexoetária; tambémii)dadosdetalhadosquantoaosóbitos, efaixa sexo incluindocausadamorte, detalhes municípios,incluindo ou regiões,estados de populacionais dados i) estratégias,como: de cimento Método dasComponentesDemográficas do aplicação da decorrentes recentes mais populacionais projeções as conforme demais, nos e, censos os conforme censitários anos estudo, de Neste dados (IBGE). Estatística os utilizam-se e Geografia de sileiro esses dados, sendo necessário inseri-los em conjuntos populacionais, no paíspeloInstituto Bra fornecidos sar disto,compreender esse para fenômeno nopaís.são omelhorinstrumento ainda Entretanto,bastam não em automóveis e suicídios o exemploacerca daconfusãoentre pesquisadoresacidentes Finlândia na por de carros relatado da causa de morte, em especial com confusões entre suicídio e causas ou “indeterminada” “acidente”, como quistão No Brasil, os índices de suicídio são aindainferiores em de com comparação a maioria outros países, O suicídio é um evento que merece cada vez mais atenção das autoridades, sendo constatados 804.000 e doIBGE,épossívelSIM dedadosdo o estabele essenciais dados alcançar para o cruzamento Com Ou seja, diversosmeio dasDOs, por inseridos nasestatísticas sãoosproblemas de mortalidade mas, ape Enquanto há locais com seríssimas limitações no próprio sistema de produção de registros, como Pa como registros, de produção de sistema próprio no limitações seríssimas com locais há Enquanto UIE TTSO MRC.Dprmn fHealthandHumanServices. Centers for Disease and PrevenControl UNITEDSTATES of Department OFAMERICA. MINAYO, M. C.; CAVALCANTE, F. G. Suicídio entre pessoas idosas: revisão daliteratura. ORGANIZAÇÃO MUNDIALDESAÚDE. ORGANIZAÇÃO MUNDIALDESAÚDE. BRASIL. Ministério do Planeamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. HERNETKOSKI, M.;KESKINEN, E.;PAKKARI, Southern and I.Driver Finland: arethey in different northern in India. register in astate hospital inSouthern R.et al. Afeasibility RAJENDRA, study to establish a deliberate self-harm WU, K.; CHEN, Y.; YIP, P. in Asia:implications in suicide prevention. rates in sixcities. : determining KHAN, of M. et al. Epidemiology 50 International Journal of Circumpolar Health Circumpolar Journalof International , China 53 51 . e Índia , v. 9,p. 1135-1158,2012.p. 1137. 52 , também há outros, como o Brasil, em que se verificam problemas na constatação 56 , v. 8,n,1,mar. 2015. Disponível em:

2009. p. 257. Deaths:Leading Causesfor2013,v. 64,n.2,feb. 2016. Itália:WHOGraphics, 2014.p. 22. WHOGraphics, Luxemburgo: 2015.p. 22. 58 . 55 rhvso Suicide Research of Archives , representando mais de 1% de , representando International Journal of Environmental Environmental Journal of International Revista de Saúde PúblicaRevista Projeção da população: da Projeção , v. 12, n. 2, p. , v. 44, n. 4, British - - - - -

339 TANGERINO, Davi de Paiva Costa; CABRAL, Gabriel; OLIVE, Henrique. Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging. Rev. Bras. Polít. Públicas, Brasília, v. 8, nº 2, 2018 p.326-367 59 Fonte: SIM/SVS/MS;IBGE;Eurostat Gráfico 2– alta ataxadeeventos noBrasil. significativamente ser não percebe se que em 02, Gráfico o traz conforme TMG índice referido já o com disto, conta por vizinhos; deve-se seus trabalhar de a que maior e brasileira significativamente a que menor de eventos (UE).Porém,Europeia União na éimprescindívelque esses lembrar países possuem população países como França (9.919 em 2012) e Alemanha (9.964 em 2012), que possuem as maioresquantidades pulacional com eventos suicidas, de modo que se percebe no Brasilumaquantidade aproximada àquela em Fonte: SIMSVS/MS;IBGE. Gráfico 1– Esses dados em desenvolvimento percentual demonstram o crescimento do convívio de um grupo po Esses dados emdesenvolvimento percentual demonstram ocrescimento do convívio deumgrupo Eurostatdisponibiliza registrosestatísticosem:. Ocorrência de suicídios em regiões do Brasil — 1993/2013, com intervalos (númerosabsolutos). desuicídiosemregiõesdoBrasil—1993/2013,comintervalos Ocorrência Ocorrência desuicídiosnoBrasileempaísesdaUniãoEuropeia—2011/2012(tx/100.000habitantes). Ocorrência 59 . -

340 TANGERINO, Davi de Paiva Costa; CABRAL, Gabriel; OLIVE, Henrique. Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging. Rev. Bras. Polít. Públicas, Brasília, v. 8, nº 2, 2018 p.326-367 Tabela 1– significativa emtodoo mundo representatividade emumlapsomaior;fenômenoobservado me a Tabela 03. Deve-se atentaro fato parade que os índices crescem pouco de ano em ano, mas ganham nordeste,confor e norte regiões nas registros de contínuocrescimento o e sul região na altos mais índices maior incidênciafrenteàsdemaisfaixasetárias(Gráfico04). maisatingidosãohomensidosos,vista, haja que,proporcionalmente,mar sua proporcionalmente, ogrupo mundial dentre os países que publicam asestatísticas, comexceção apenas daChina país, aproximadamentepessoas oito sãorealizadospor do sexo masculino,uma realidade acompanhando 78,87%; em 2004, 78,12%; em 2003, 79,58%. Ou seja, tem-se a constante de que, acadadezsuicídios no homens; no Brasil realizados por em foram 2012, 78,12%; em 2011, 78,78%; em 2010, 78,05%; em 2005, dentre pessoas do sexo masculino no o Brasil. GráficoConforme 03, no ano de 2013, 78,88% dos suicídios 3.2.1. Gênero emétodo Fonte: SIM/SVS/MS;IBGE. 61 60 Quanto a esta, tem-se que não é uniforme se as regiões políticas são comparadas, com destaque para destaque com comparadas, são políticas regiões as se uniforme é não que tem-se esta, a Quanto Quando observados Quando especificamenteobservados por gênero, vê-se que há uma quantidade muito maior de suicídios VÄRNIK, P. Suicideintheworld. VÄRNIK, P. Suicideintheworld. 2003 2008 2009 1993 1998 2010 2012 2013 2011 Ocorrência de suicídios no Brasil e em suas regiões — 1993/2013, com intervalos (tx/100.000habitantes). desuicídiosnoBrasileemsuasregiões—1993/2013,comintervalos Ocorrência Brasil 3,7 4,3 4,4 4,9 4,9 4,8 5,3 5,2 5 Int. J. Res. Public Health Int. J. Res. Public Health Norte 2,4 3,4 3,2 4,1 3,9 3,9 4,3 4,2 4,5 Nordeste , v. 9,p. 760-771,2012. p. 763. , v. 9,p. 760-771,2012.p. 761. 2,3 3,3 4,1 3,9 4,3 4,3 4,5 1,9 4 Sudeste 4,1 4,2 4,4 4,6 4,8 4,9 4,7 3,8 4 Sul 8,9 7,8 8,2 8,2 7,9 7,8 8,5 8,2 6,7 61 ; ainda, pode-se afir pode-se ainda, ; Centro- oeste 4,9 6,2 6,3 5,8 5,7 6,5 6,4 4,9 6 60 . - -

341 TANGERINO, Davi de Paiva Costa; CABRAL, Gabriel; OLIVE, Henrique. Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging. Rev. Bras. Polít. Públicas, Brasília, v. 8, nº 2, 2018 p.326-367 p. 465-466; p. 30; PHILLIPS, M.; LIU, H.; ZHANG, Y. . and social change 62 ção dessadiferença masculino. Porém,como emoutros paísesasiáticos se percebe China e prevêcadavez tantona redu maior está acima docrescimento de suicídios dentre esse sexo, com o sexo proporcionalmente; oque não ocorre arelação4:1 em relação àsmulheres,que ainda se permaneça poisocrescimento feminino populacional suicidas, homens mais proporcionalmente há dia cada a 05, Gráfico no vê se lheres.conforme síntese, Em de homens, tem-se que, dentre estes,um crescimento há de eventoscrescimento ao superior dentre as mu Fonte: SIM/SVS/MS;IBGE. Gráfico 4 Fonte: SIM/SVS/MS;IBGE. Gráfico 3– Ainda, a considerar que o número de mulheres no Brasil é recorrentemente um pouco maior do que do o um poucomaior de mulheresque número o considerar a Ainda, é recorrentemente Brasil no PHILLIPS, M.; LIU, H.;ZHANG, Y. in China. Suicide and socialchange – Ocorrência desuicídiosporidadenoBrasil—2010/2013(tx/100.000habitantes). – Ocorrência Ocorrência desuicídiosporsexo noBrasil—2003/2013(númerosabsolutos). Ocorrência 62 . Culture, MedicinePsychiatry,and Culture, Culture, Medicine and Psychiatry Culture, , v. 23, p. 25-50, 1999. v. 23, p. 25-50, 1999. - -

342 TANGERINO, Davi de Paiva Costa; CABRAL, Gabriel; OLIVE, Henrique. Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging. Rev. Bras. Polít. Públicas, Brasília, v. 8, nº 2, 2018 p.326-367 means of suicide: a research agenda. suicide:aresearch agenda. means of suicide methods. Health Community and Epidemiology Journal of 70 Psychiatry 69 2013. v. 1.p. 1. em sua revisão de 2012: ONU. Worldprospects.population 68 67 n. 4,p. 271-275,july2003.p. 272. 66 andClinical Neuroscience Psychiatry of archives European 65 2010. p. 147. 1978. p. 145; SÁ, N. B. et al. Atendimentos de emergência por tentativas de suicídio. 64 bira. 63 com 51,42% dos eventos em 2013, que ainda apenas 5% dos atos suicidas e auto lesivos se utilizem desse sumação realização dosuicídio, hajavistaquemétodosmaisagressivos eletaissãotipicamentemasculinos mundo umaTaxa noanode2012,querepresentaria deTentativa Geralde234,5por100.000habitantes indivíduos não conseguiram fazê-lo como,exemplo, por Brasil no incidência de mulheres,a maior demonstrando estudos em locaisdeatendimentos realizados emergenciais são deque os índices dentre mulheres númerosmuito representam elevados emrelaçãoahomens estimativas as suicídio, de tentativas as apenas considerar a que sabe-se global, âmbito em afinal, homens, Fonte: SIM/SVS/MS;IBGE. Gráfico 5– O uso de arma de fogo é o método mais letal dentre todos os possíveis, de fogo atingindo cerca de 90% O uso de de con arma a para utilizado método ao atrelada estar parece mulheres e homens entre diferença significativa Essa De qualquer modo, não é possível afirmar que o ato suicida é um evento de predominância dentre predominância de evento um é suicida ato o que afirmar possível é não modo, qualquer De SHENASSA, E.; CATLIN, S.; BUKA, S. Lethality of firearms relative to other suicide methods: a population based study. based population a methods: suicide other to relative firearms of Lethality S.BUKA,CATLIN, S.; E.; SHENASSA, JOO, S. et al. Factors associated with suicide completion: betweena comparison suicide attempters and completers. É importante ressaltar que o cálculo foi feito com base na projeção da ONU para a população de 2013 (7,2 bilhões de pessoas), ORGANIZAÇÃO MUNDIALDESAÚDE. DOGANAY, variation Z. et in suicide al. Climatic attempts and diurnal in de ED. BREUER,H.; BREUER, J.; FISCHBACH-BREUER, B. Social,toxicological andmeteorological data onsuicide attempts. HESKETH,J.; CASTRO, A.Fatores comatentativa correlacionados de suicídio. E.; MINAYO, SOUZA, M.C.; CAVALCANTE,F. G.de Ita dapopulação morbimortalidade a suicídio sobre Oimpactodo Ciência &SaúdeColetiva , v. 8,n.1,p. 80-86,mar. 2016.p. 82. 70 . Um exemplo. Um concreto é arealidadedosEstadosUnidos, em que este foi ométodoprevalente, Ocorrência desuicídiosporsexo noBrasil—2000/2013(tx/100.000habitantes). Ocorrência Injury Prevention, Injury , v. 11,n.Sup., p. 1333-1342, 2007.p. 1340. v. 14, p. 39-45, 2008. p. 39; BARBER, C.; MILLER,M.Reducing a suicidal person’s access to lethal 64 American Journal of Preventive Medicine, Preventive American Journal of , na Alemanha , na , v. 57, n. 2,p. 120-124, feb. 67 , o que conduz àestimativa de 16.884.000 tentativas de suicídios no , v. 235,p. 367-370,1986.p. 368. World HealthStatistics2014 65 eTurquia The 2012 revision: 66 . Estima-se que, acadasuicídioconsumado, vinte

2003. p. A.; HARRISON, 123; ELNOUR, J. Lethality of v. 47,n.352,p. 264-272, 2014.p. 264. . Itália:WHOGraphics, 2014.p. 26. comprehensive tables. New York: UnitedNations, Revista Médica de Minas Revista American Journal of Emergency Medicine Emergency American Journal of Revista de SaúdePública,Revista , v. 20, n. 2, p. 145-152, v. 12, p. 138-146, 69 . Asia-Pacific 63 , com , v. 21, 68 . - -

343 TANGERINO, Davi de Paiva Costa; CABRAL, Gabriel; OLIVE, Henrique. Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging. Rev. Bras. Polít. Públicas, Brasília, v. 8, nº 2, 2018 p.326-367 84-85. Center for Health Statistics.tion. National 71 Fonte: SIM/SVS/MS. Gráfico 7– Fonte: SIM/SVS/MS. Gráfico 6– homens deleseutilizamemcomparaçãoamulheres. mais muito 07, e 06 gráficos nos vê se conforme porém, 2013; e 2009 de anos os dentre suicídios dos 9% método UIE TTSO MRC.Dprmn fHealthandHumanServices. Centers for Disease and PrevenControl UNITEDSTATES of Department OFAMERICA. 71 . No Brasil, os índices são significativamente mais baixos, tendo sido o método utilizado apenas em Distribuição dosmétodosdentrehomensnoBrasil—2009/2013. Distribuição dosmétodosdentremulheres noBrasil—2009/2013. National Vital Statistics National Reports . Deaths: Leading Causes for 2013, v. 64, n. 2, feb. 2016. p. -

344 TANGERINO, Davi de Paiva Costa; CABRAL, Gabriel; OLIVE, Henrique. Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging. Rev. Bras. Polít. Públicas, Brasília, v. 8, nº 2, 2018 p.326-367 Research andPublicResearch Health, 83 Crisis 82 81 2347. p. 306; PATEL, V. nationally representativein India:a et al. Suicide mortality survey. 2018. mar.. 13 em: Disponívelem: 2012. Acesso 304-319, oct. 1990. p. 307-308; RADHAKRISHNAN,C. R.;ANDRADE, perspective. Suicide: indian an 80 Behavior 231, july/sep. 2002. p. 230; KHAN, M.et al. Suicides in the developing world:case study Pakistan.from 79 Health 78 o usodepesticidas método como principal registrava em 1950 taxa de suicídio de 6,6; em 1984, 37,0 cídio poresse método dentre mulheres, comoPaquistão estados comsevero oubrandocontroledearmas por este método Coreia do Sul, Japão, Suécia e Taiwan, países com severas legislações de e armas irrisórios índices de suicídio de fogo, comona combasenaanálisedocontrole e restrição de armas exemplos podem serobtidosapartir fundamentalmente daacessibilidadeàqueleobjeto. com índice de letalidade variável, portanto causar objeto a morte, utilizado para e sua utilização decorrerá autilizaçãodaautointoxicação,destaque nessegrupo a26%dototalnoperíodoanalisado. chegando a utilização de métodos menos letais aos menores índices de suicídio consumados dentre mulheres. atribui Ganha que explicação a para contribuindo significativa, bastante é redução sua utilizado, mais método com exceção defogo daSuíça,emqueprevalece osuicídio porarma Sul, Filipinas,do Saudita, Barein,Coreia Arábia Tailândia, Irã, Taiwan de letalidade — 70% que possui altograu and methods in Korea, Japan, Australia, and the United States. nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2903664>. Acesso em: 13 mar. 2018; AHN, M. et al. the Gender suicide ratio rates comparisons of study. cohort subsequente successful suicide: national longterm of mosan Medical Association CHEN, Y.; PARK, N.; LU, T. Suicide methods used by women inKorea, Sweden, Taiwanthe United States.and mar.13 em: 2018; Acesso . Disponível em: 2008. 77 june 2016.p. 405-408. patients. department Lethal means access and assessment among suicidal emergency 76 Depression”. Against 75 25, n.1,p. 58-68,feb. 2016.p. 61. 74 andPublicResearch Health 73 demiology 72 Em específico quanto à autointoxicação, destacam-se os países orientais, com altíssimos índices de sui de índices altíssimos orientais, com países autointoxicação, os à destacam-se quanto específico Em É indiscutível que é a disponibilidade elemento central na escolha do método pelo indivíduo A autointoxicação, ser método único, apesarde genericamente variademasiadamente com o de acordo o sendo continue enforcamento o que ainda 08, Gráfico o traz como mulheres, a quanto especial Em Em seguida, encontra-se o enforcamento, método a realizaçãode preferencialsuicídio para no Brasil, WU, K.; CHEN, Y.; YIP, P. Suicide methods in Asia:implications in suicide prevention. RATNAYEKE, communities befrienders international. Lanka: acolumnfrom in Sri inrural L. intervention and LESTER,D. fromtheIndiansubcontinent. Suicide inemigrants field-study.a suicide to women indian of vulnerability The al. G.et BANERJEE, AHMAD, R. et al. Acute due poisoning to commercial pesticides in Multan. ANESTIS, M.;ANESTIS, J. Suicidestate rates and laws regulating access expositure tohandguns.and LIN, J.; LU, T.Taiwan,method in and trendsby sex,age Suicide mortality 1971-2005. YIP, P.suicide restriction for et prevention.al. Means VÄRNIK, A. et al. Suicide methods countriesin in participating Europe: thea “Europeangender-specific Alliance analysis of 1990-2011. in Japan, rates suicide method-specific in trends Time al. YOSHIOKA,et E. WU, K.; CHEN, Y.; YIP, P. Suicide methods in Asia:implications in suicide prevention. :asystematic review. GUNNEL, D. and prevention of epidemiology et al. The , v. 17,n.4,p. 149-151,1996.p. 149. , v. 105,n.10,p. 2049-2058,oct.2015.p. 2052-2053. , v. 36,n.1,feb. 2006.p. 78. , v. 34,p. 433-442,2005.p. 433. 77 . Isto pode ser aindamelhorevidenciado nos Estados ao se Unidos índices comparar entre Journal of Epidemiology andCommunityHealth Epidemiology Journal of , v. 108, n. 6,p. 452-459, june 2009. p. attempted suicide as predictor 456; RUNESON, B. et al. Methodof , v. 9,p. 1135-1158,2012.p. 1145. v. 9,p. 1135-1158,2012.p. 1145. 72 83 . É o métodomaisutilizadoem diversos. É paísesasiáticos, como . Opaís, em1995, adotoumedidasmuito restritivasacesso ao Lancet 78 Journal of Affective Disorders Affective Journal of . , v. 62,p. 545-551,2008.p. 546. , v. 23,n.379, p. 2393-2399, june 2012. p. 2393; et al. BETZ, M. BMJ [online] 79 81 Transcultural psychiatry , Índia ; chegando a 47,0/100 mil hab.; chegando em 1995 80 , v. 341, 2010. Disponível em:

345 TANGERINO, Davi de Paiva Costa; CABRAL, Gabriel; OLIVE, Henrique. Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging. Rev. Bras. Polít. Públicas, Brasília, v. 8, nº 2, 2018 p.326-367 90 89 88 andPublicResearch Health, 87 86 fev. 2016.p. 3. Intoxicação porraticidaem um Centro de Assistência Toxicológica. em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2014. p. 96; MARTINS, B. et al. envenenamento: tentativapor desuicídio para Toxicologia de Brasileira 85 Epidemiology, Journalof International Organization 84 Fonte: SIM/SVS/MS;Emporis homens [H],dentremulheres [M]eototal[T];tx=suicídiosacada100edificaçõesnacidade). Tabela 2— se método, apresentam-se, na Tabela metrópoles brasileiras. 04, índices de suicídios em algumas das grandes meros locais onde sequer há condições físicas para JLE. Portanto, para melhor demonstrar a relevância des 08, JLE seriaummétodopoucoutilizado. Entretanto, em inú esses dados consideramsuicídios ocorrentes vados, elevado de jogar-se lugar (JLE) é método o principal utilizado por anoentre1937e1991 de eventos anteriores,decorrente exemplo comopor aponteGoldenGate, que registrou quase 20 suicídios no caso de uso deproibidos“raticidas”,fácilacessoebaixo custo essa limitação fica evidenciada, por exemplo, com os relatos recorrentes de autointoxicação no Brasil com o vas do que consumações de suicídio, especialmente dentre mulheres. Entretanto, a dificuldade em promover autointoxicações são redirecionadas ( a pesticidas, contribuindosignificativamente paraaprogressiva reduçãoquese de1998 verificou apartir humanas por raticidas no Brasil. raticidas no por humanas RJ2 POA BSB Em locais como Hong Kong locais em que mais de 80% da populaçãovive e Singapura, ele em lugares mais evidente ainda método mostra-se de forma dadisponibilidadede um determinado A importância aprodutosde alta toxicidadeCom aexistência de um combate generalizado e redução a seu acesso, as BH DadosdoRiode Janeiro nosanos, daesquerdaparaadireita,2009, 2008,2007e2006. BH:BeloHorizonte/MG;BSB:Brasília/DF; POA: RJ: Porto Alegre/RS; RiodeJaneiro/RJ; SP:São Paulo/SP. Disponível em:< WU, K.; CHEN, Y.; YIP, P. Suicide methods in Asia:implications in suicide prevention. GUNNEL,D.; NOWERS, M.Suicide by jumping. DAMAS, F. et al. Tentativas tóxicos: análise estatística dos dadosdoCIT/SC(1994 a 2006). de suicídio com agentes Lanka. Sri in deaths poisoning acute on regulation pesticide of Influence al. et D.ROBERTS, SP RJ ¹ 89 , v. 81, n. 11, p. 789-798, pesticide 2003. regulations on suicide p.in SriLanka. 795; GUNNEL, D. impact of et al. The Suicídios por jogar-se de lugar elevado em grandes capitais brasileiras selecionadas (porcentagem específica dentre específica (porcentagem selecionadas brasileiras capitais grandes em elevado lugar de jogar-se por Suicídios hotsposts 14,7 30,3 14,4 14,2 6,1 4,8 H , v. 22, n. 1-2, p. 21-26, 2009. p. 24; FERREIRA, M.; FIGUEIREDO, M. Epidemiologia das intoxicações das Epidemiologia M. FIGUEIREDO, M.; FERREIRA, 24; p. 2009. 21-26, p. 1-2, n. v.22, , 2013 http://www.emporis.com 21,8 34,5 14,8 24,1 17,6 25,6 , ou seja, lugares que atraem suicidasseu uma mística tanto porfácilacesso comopor , ouseja, lugares M v. 9,p. 1135-1158,2012.p. 1145. 88 86 16,7 31,8 15,2 17,5 Revista EletrônicaGestão&Saúde Revista - 9,1 9,8 v. 36,p. 1235-1242,2007.p. 1240. . T 89 - 90 . umestudo de caso-controle. 2014. 145 f. Tesede Pós-Graduação (Doutorado) –Programa 10,6 25,0 10,3 0,7 3,0 9,3 H displacement >. Acessoem:14mar. 2018. 2012 22,9 35,4 23,5 11,3 6,1 7,1 M Acta Psychiatrica Scandinavica ) a produtos de menor letalidade,) aprodutosdemenor promovendo maistentati 14,1 28,6 12,9 2,4 4,2 9,9 T , v. 4,n.3, p. 861-870, 2013. p. 863; PIRES, M.C. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste da Rede de Enfermagem Revista 12,5 19,5 3,9 7,7 4,4 9,0 H 85 . 2011 26,8 29,7 13,5 24,1 13,0 9,4 M 87 , v. 96,p. 1-6,1997. p. 1-2. . No Brasil, os conforme gráficos 07 e 16,1 20,7 12,8 6,9 6,2 9,1 T 13,0 22,3 18,2 12,5 16,7 International Journal of Environmental Environmental Journal of International 8,6 H ultno the World Health Bulletin of 2010 22,1 40,4 38,4 21,7 28,6 13,6 M , v. 17, n. 1, p. 3-9, jan./ 15,3 28,4 20,1 14,6 13,9 15,7 Indicadores de risco Indicadores T Tx 1,3 1,4 0,8 1,5 3,0 3,5

Revista Revista 84 . - - - -

346 TANGERINO, Davi de Paiva Costa; CABRAL, Gabriel; OLIVE, Henrique. Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging. Rev. Bras. Polít. Públicas, Brasília, v. 8, nº 2, 2018 p.326-367 Fonte: SIM/SVS/MS. Gráfico 8— menor incidênciadesuicídios. com altas incidências. Entretanto, de mais concreto, o que se pode perceber é que o inverno é o períodode um é dezembro-janeiro que se período destaca pela quantidadedesuicídios Brasil; setembro-outubro também sãomeses no e março 09, Gráfico o demonstra Como desigual. forma de tempo no distribuída rência 3.2.2. Sazonalidade Horizonte, étambémpossível perceber, maissutis, indicativos desazonalidade. vetor desse incremento, novas nofuturo pode fornecer propostas;em Brasília e em Belo mas aobservação mas do aumento de casos de suicídio por JLE; nenhum evento específico no período foi identificado como tanto, não dadiminuição de outros métodos,entre 2009 e 2006, percebem-se taxas altíssimas decorrentes estabelecer. Isto porque, no períodoanteriora2006, as taxaseramsimilares àquelas de 2013 a 2010; entre deslocam-se àscapitaisparaarealizaçãodesuicídio. do que “óbitos por residência”, ou seja: pessoas residentes em outras cidades mais “óbitos por ocorrência” POA,significativamentede exceção com também, mas residentes, seus de suicídios apenas não analisados centros brasileiros. parcelade eventos suicidas nos grandes grande representando Incluem em todos os anos nesses locais. de 155,67 suicídiosano; e, por índices na totalidade de mais, suicídios ainda grandes esse método representa A inserção de dados referentes àcidade do Riode Janeirodemonstra umapossível ase sazonalidade Com essa estratificação, fica ainda mais claro que este é um evento muito mais incidente dentre mulheres, As cinco cidades, juntas,país,no 63,7% JLE de todosossuicídios por representaram comumamédia A sazonalidade dos eventosA sazonalidade dado ase considerar, suicidas é um importante caracterizando-se pela ocor Ocorrência desuicídiospormesesdoanonoBrasil—2011/2013. Ocorrência - -

347 TANGERINO, Davi de Paiva Costa; CABRAL, Gabriel; OLIVE, Henrique. Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging. Rev. Bras. Polít. Públicas, Brasília, v. 8, nº 2, 2018 p.326-367 2008/2009. p. 159. v. 191, p. 106-112, aug. 2007. p. holidays 107; ZONDA, on suicide in Hungary. T. impact of et al. The HAJAT, S.; KOVATS, S. Relationship between daily suicide counts and temperature and Wales.in England identification of possible risk factors. risk possible of identification summer 2003. p. 189; KALEDIENE, R.; PETRAUSKIENE, deaths from suicide in : J. Inequalities in daily variationsof A suicide peak after weekends and holidays in patients with alcohol dependence. public holidays.major Health 110 p. 433-441,1985. 109 Health 108 Statistics 107 343-349, 1994. 106 1999. 105 104 Life-Threatening 103 possibleriskfactors. of 102 Psychiatry Journal of 101 100 chiatrica Scandinavica 99 98 Psychiatry Journal of 97 cles/PMC1397811>. Acessoem:14mar. 2018. nomic transition in Lithuania. 96 n. 4,p. 271-275,july2003. 95 occurrence. 94 339, sep./oct. 2004. 93 Finland? 92 p. 267-300,1982.p. 282-283. 91 no diadoferiado, comincrementossucessivos nosdiasseguintes síntese, que, em diasanterioresaferiados, as taxas de suicídio caem, consideravelmente, e continuam baixas em Califórnia Suécia de semana, em especial no sábado, nosmaisvariadospaíses, como Hungria finais em bruscas quedas e segundas-feiras às picos haver concluíram que estudos os são Muitos semana. positiva entreondasdecaloresuicídios, comotambémencontraramKovats eEbi estudo primaveraencontrou picosdesuicídio que na não ouverão vaziosem que verãopicos altíssimos se no encontraram invernono e grandes mavera, comoestudosem Portugal realizados Ademais, a sazonalidade pode ser ainda melhor demonstrada na análise das ocorrências ao longo da Ademais,longo ao análise dasocorrências demonstrada na melhor pode serainda asazonalidade Diversos são osestudos que encontraram maioresíndices de suicídios ou tentativas noverão ounapri MAES, M.et al. Synchronizedannual rhythms in violent suicide rate, ambient temperature and the light-dark span. KOVATS, R.; EBI,K.Heatwaves andpublichealthinEurope. PAGE, L.; HAJAT, S.; KOVATS, S. Relationship between daily suicide Wales.counts temperature and and in England socio-eco R.; STARKUVIENE, KELEDIENE, S.; suicide over PETRAUSKIENE,of theperiod J. of patterns Seasonal DOGANAY,variation suicide in attemptsthe ED. in diurnal Z.et al. Climaticand MAES, M.et al. Seasonalvariation inPlasmaL-Tryptophan availability inhealthy volunteers’ relationship to violent suicide malesuicide completers. of KIM,C. et al. Seasonaldifferences in psychopathology HERNETKOSKI, M.;KESKINEN, E.;PAKKARI, Southern and I.Driver suicides Finland: arethey in different northern in FREITAS,Século XX: elementos no uma pesquisa. suicídio em Portugal E.O empíricos para , v. 78, n. 5, p. 541-543, may 1988. p. 542; JESSEN, G.; JENSEN, B. Postponed and suicide death? Suicides birthdays around , v. 78,n.5,p. 541-543, may 1988. PHILLIPS, D.; SANZONE, A. A comparison of injury date and death date in 42,698 suicides. PHILLIPS, injury D.;of SANZONE, A.Acomparison MASSING, W.; suicide. monthly and weekly M. The ANGERMEYER, distribution of date and death date in 42,698 suicides. PHILLIPS, injury D.;of SANZONE, A.Acomparison HASSAN, R. Temporal in Australia: variation a researchin suicide occurrence note. J. NAKAMURA, et al. Temporalvariation in adolescent suicide attempts. psychiatry. cross-cultural for lessons Slovenia: in Suicide A. MARUŠIČ, NISHI,M.etal.Relationship between suicideandholidays. BRÅDVIK, L.; BERGLUND, M.Asuicide peak after weekends and holidays in patients with alcohol dependence. identification Lithuania: in suicide from deaths of variations daily PETRAUSKIENE,J.in R.; Inequalities KALEDIENE, PAGE, L.; HAJAT, S.; KOVATS, S. Relationship between daily suicide counts Wales.temperature and and in England holidays ZONDA, onsuicideinHungary. T. impactof etal.The , v. 30,n.2,p. 194-202, aug. 1994. 103 International Journal of Circumpolar Health Circumpolar Journal of International : Japão, em Hokkaido rhvso GeneralPsychiatry of Archives , v. 33,n.2,p. 186-191,summer2003. 108 , v. 191,p. 106-112,aug. 2007. , v. 191,p. 106-112,aug. 2007. , v. 90,p. 391-396,1994. ; eAlemanha Suicide and Life-Threatening Behavior Life-Threatening Suicide and Suicide and Life-Threatening Behavior Suicide andLife-Threatening BMC Public Health 109 104 . Fenômenotem sido registradoemferiados. similar alguns concluíram,em E Suicide and Life-Threatening Behavior Suicide and Life-Threatening , v. 52,p. 937-946,nov. 1995. ; Eslovênia , v. 68,n.3,p. 249-260, , v. 6, n. 40, feb. 2006. Disponível em:

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348 TANGERINO, Davi de Paiva Costa; CABRAL, Gabriel; OLIVE, Henrique. Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging. Rev. Bras. Polít. Públicas, Brasília, v. 8, nº 2, 2018 p.326-367 suicídio, porém enquanto em alguns deles essa legislação raramente tem efeitos,produzido como Nigéria tipicamentepatológico.de umcomportamento científica acerca do suicídio está quase restrita à área de saúde, com finalidade absoluta de prevenção e cura vamente substituídos da saúde modelos de física promoção por e psicológica. Não é à toaque a produção essencialmente como umaquestão de saúde isto,pública; por modelos criminalizantes têm sido progressi nas últimas décadas, com aprogressiva mudança de entendimento acerca de sua natureza, sendohojevisto problemapelomundo.trata deumsérioeantigo 4.1. Suicídiocomo objeto decriminalização 4. M àquestão,tratamento dadoporgovernos bemcomoapresentarumcaminhoalternativo. ria incidênciaaoredordetodoomundo. Brasil, érazoávelno presumir,de políticaspúblicas,a elaboração para a notó considerando suaocorrência, p. 121-125,apr. 2009. 116 p. 121-125,apr. 2009. 115 Criminology Comparative 114 54-74, jan./feb. 2016. 113 andJusticeCriminology Studies 112 111 canos. Até 1955, ainda se aplicavacriminosos cujo penapara delito era atentativa naInglaterra de suicídio oindivíduo, —deque a criminalizaçãoé capaz de proteger ternalista evitando a tentativa e a reincidência islâmica na concepção indivíduo,ao pertencente não de que avidaésagrada, ou mesmo aconcepção masaumadivindade, como outras questões e argumentos estão em jogo, como a evitação de custos desnecessários com saúde pública inúmeras Afinal, paternalistas. não como suicídio de tentativa da criminalizantes medidas entender tranho como emGana e Líbano Singapura 119 ponível em:. Acessoem:13mar. 2018. attempters the lawand Ghana. in 118 n. 5,p. 35-38,feb. 2007.p. 37. 117 Com isto,Com fenômeno dosuicídio ecomoele tendoconhecidoose apresenta, épossível discutir atual o Ainda que com os dados pelo fornecidos SIM não seja possível verificar se essas sazonalidades ocorrem Pode surpreender,recente masacriminalização do suicídio não se limita apenasapaíses asiáticos e afri es Estado,é de não políticas de acerca reais e manifestas intenções das ressalvasacerca Porém,as com Nos dias atuais, são poucos os países a manterem estatutos criminalizantes Em reação, diversascontrole desse têm ao fenômeno,sido aspolíticaspúblicasdirecionadas emespecial das diversascompreensão da partir A facetas desse fenômeno, épossívelque se constatarsemembaraço SRE,H;TIEI .Lglipiain fsuicide problems specific to South Asia. SAREEN, H.; TRIVEDI, J. implications of Legal suicide problems specific to South Asia. SAREEN, H.; TRIVEDI, J. implications of Legal inGhana. survivors prosecution ADINKRAH, M. Criminal of B.; MISHARA, suicide: a globalreview. WESSTUB, D. status of legal The Anti-suicideM. ADINKRAH, lawspenalization. countries: prosecutionand nine africancriminalization, in Ressalta-se que texto específico sobre modelos de criminalização do suicídio será publicado pelos autores no futuro próximo. MNESN . RCETN .Teitraeo tecvladciia a fsuicide at common law MENDELSON, (1194-1845). D.; the civil andcriminal law of FRECKELTON, interface of I.The OSAFO, J.lawyers’ and views suicide on judges et al. “We now have study of exploratory not acriminal”:an apatientand K.; SHADI, H.:anIslamic ARAMESH, ethical perspective. edid as

de 114

ePaquistão , v. 57,n.12,p. 1477-1497,2012. comb 113 ; hápaíses em que se ainda visa amanter umrígidocontrolepolicialdosatossuicidas, 117 , v. 9,n.1,p. 279-292,may 2016. . Isto não afasta a possibilidade de que também seja encontrada a percepção —pa . Isto não afasta a possibilidade de que também seja encontrada apercepção a te International Journal of Offender Therapy and Comparative Criminology [online] Criminology Comparative and Therapy Offender Journal of International

a 115 o .

suicído Iranian Journal of Allergy, Asthma Immunology and Allergy, Journal of Iranian nentoa ora fLawandPsychiatry Journal of International International Journal of Offender Therapy and Offender Journal of International Delhi Psychiatry Journal Delhi Psychiatry Journal Delhi Psychiatry 111 quanto a (tentativa de) , p. 1-21, 2017. jan. Dis fia ora fJournalof African , v. 12,n.1, , v. 12,n.1, , v. 44, p. , v. 6, 119 118 112 116 ------, . ,

349 TANGERINO, Davi de Paiva Costa; CABRAL, Gabriel; OLIVE, Henrique. Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging. Rev. Bras. Polít. Públicas, Brasília, v. 8, nº 2, 2018 p.326-367 298, feb. 2007. 129 Med Care 2013; STECK, N. et al. Euthanasiaandassisted suicide in selected countries European and USStates: systematic literature review. 128 andJusticeCriminology Studies: 127 Estado Nacional: 126 125 CriminalLaw Journal of 124 123 atrica Scandinavica 122 Death Studies 121 120 LawandPsychiatry Journalof International do em suicídio apenas em casos commotivação bemcomopelavitóriadaconcepção participação egoísta, da tipificação a 115 artigo seu em prevê que suíço,Penal Código no existente lacuna da decorre bilidade que pelosuicidacomumvoluntárioserá manipulada emparceria de umaONGcredenciada. Essa possi que sendo exigido o suicida um médico,seja considerado plenamente por capaz letal, que receitará adroga Suíça canos emsuicídio,participação em especial afri esse perpétua, países emque delito poisháapenapara é prisão dotempo. medidasaolongo ounão)dedeterminadas danatureza(paternalista transformação uma política coletivista, organicista Penalindivíduo,foco o como tinha não brasileiro de seu bem-estar,promoção a consecução massima de esse objetivo,era o não origem na menos declarado. ao Estado Novo, Constituído épocado à Código o me aConstituição Federalsolução diversa de1988,há não porém deentendê-lo com naturezapaternalista; pode sercriminalizado, de reclusão.entre dois edozeanos compena o dispositivo se interpretar Ao confor ajudanarealizaçãodosuicídio de um terceiro ção de métodos), de modo que aquele que de alguma forma (promo material ou psicológica) (sugestão,promoção auxílio,moral o compõem centrais elementos cujos por todososcontinentes. terceiros,de encontrado extensamente preparatórias ou auxiliares ações de criminalização da meio por seja sejaaquelavoltada essencialmente diretamente paternalista, atualmente; ao suicida, casos raros instrumento brancaparaaincriminaçãotambémdeatossuicidas.-se umacarta considerou-se delito uma tentativa de suicídio em concretamente,gere não distúrbiono homem-médio esocial ameaça apaz quandoumaaçãoé capaz de promover,cesa, que se orienta nosentido de que esse delito ocorre ainda que não possui e Canadá Inglaterra Dakota noiníciodoséculoXX doNorte, — estados como Novanorte-americana liberal tradição conta da preendente por Iorque, DakotaSul e do 1961 apenascomo veio aocorrer formal cuja descriminalização Enfim, é possível afirmar que esse estatuto brasileiro possui um grau de intermediário rigor quanto à quanto rigor intermediário de grau um possui brasileiro estatuto esse que afirmar possível é Enfim, Em específico no Brasil, encontra-se no 122 artigo do Código Penal o delito de participação em suicídio, quepode,constatar ainda a criminalização o sendonecessariamente, não É importante também ser Ainda, nãohácomoobliterarodelito de 120 ZIEGLER, S.; ZIEGLER, BOSSHARD,physicianin . organisations non-governmental G. Role of ADORNO, R. Nonphysician-assisted . Anti-suicideM. ADINKRAH, lawspenalization. countries: prosecution and nine african criminalization, in CAMPOS, F.(entrevista Nacional de 1939). concedida à imprensa,emabril In: CAMPOS, Síntese da reorganização F. Smithv. Donnelly, EuropeiadeDireitosHumanos:Maguire na Corte 2002,JC65;reafirmado v. Reino Unido, 28, p. 7. FERGUSON, P. the peace in scots law. Attempted crimes breachand to perpetration? Moving of frompreparation suicideasacrime. WITHERS, R.Statusof NEELEMAN, J.history, the UK:legal Suicide crime in as a present implications.and comparisons international suicide and the in Canada United States, 1960-1988. of LEENAARS, rates and patterns A.; LESTER, D.of Comparison suicide suicideand in Newrates.Zealand LESTER,D. of Decriminalization 128 127 ; no Canadá, em1972 Canadá, ; no , v. 51,n.10,p. 938-944,oct.2013. eBélgica , bemcomo países que têm progressivamente promovido osuicídio assistido,exemplo comopor , v. 16,n.5,p. 417-430, 1992.p. 427. sua estrutura, seuconteúdoideológico. suaestrutura, Brasília:SenadoFederal, 2001.p. 107-136.p. 124-125. , v. 94,n.4,p. 252-257. 129 , v. 11,n.2,p. 687-700, 2014. . Notório é o caso suíço, em que a prática é permitida e significativamente regulamentada, v. 9,n.1,p. 279-292, may 2016. 121 ; na Irlanda, em 1993 Irlanda, ; na , v. 36,n.5-6,p. 343-349,2013. status 126 , de modo que se entende como umbomexemplo dapossibilidadede de delito, mas enseja detenção The Virginia LawRegister The Virginia 123 . raho the peace of breach Torbet v. 546, H.M. Advocate, (1998), S.C.C.R. 122 ; e, mesmo que realizada anteriormente, —massur ; e,anteriormente, mesmoque realizada Cambridge Quarterly of Healthcare Ethics Healthcare of Cambridge Quarterly , v. 19,n.9,p. 641-647, jan.1914.p. 642. The SuicideAct1961 datradiçãode Psychological Reports, 124 ). Destaca-se a jurisprudência esco ). Destaca-se a jurisprudência 125 . Segundo esses postulados, common law ; na Nova; na Zelândia,em v. 72,n.3,p. 1050, june 1993. , v. 22, n. 3, p. 246-253, july (frisa-se que em BMJ fia ora fJournalof African verificando , v. 334, p. 295- Acta PsychiActa Ohio State O ------

350 TANGERINO, Davi de Paiva Costa; CABRAL, Gabriel; OLIVE, Henrique. Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging. Rev. Bras. Polít. Públicas, Brasília, v. 8, nº 2, 2018 p.326-367 v. 33,n.6,p. 502-511, june2016. 136 155-160, 2008. 135 suicide in Ireland1993. 2000 before andafter the decriminalization of 134 133 132 131 130 bem comoempontes. metroviários,e ferro sistemas de trilhos e estações em pessoas de tráfego ao fogo,restrição de e controle o decomplementariedadedessasmedidascontrole,vido aconcepção restrição, eeducação. informações promo tem se que antemão de risco.possívelalto afirmar síntese,é de Em ou geral público a diretamente medidas educativas vêmsendoimplementadas,de atendimento sejamemâmbito médico, sejamvoltadas suicídio. de a meios Também indivíduos de o acesso impossibilitar mesmo até ou dificultar de finalidade a realização de seu para intento 4.2. Suicídiocomo nãocriminalizantes públicas objeto depolíticas políticas públicasdecontençãoerestriçãoadisponibilidademétodossuicidas com ofimdeseevitarasacusaçõesportentativa desuicídio levadosquistaneses responsáveis aque ossobreviventes,são obrigatoriamente hospitais médico-legais por saúde pública e até mesmo institucionais. Porexemplo, de autoridades policiaispa adifusão dacorrupção cados aumtema de saúde pública comoosuicídio, possivelmentede inúmeros outrosproblemas gerando lizações, comodetectado, porexemplo, emSriLanka repressivas prevenireme a ausência suarealização de incremento de eventos de descrimina suicidas a partir políticas de incapacidade absoluta a indicando estudos suicídio, de tentativa à quanto específico em tram, qualquer relaçãoconcretacomestudos dando de viabilidadeouefetividade. Nessa seara, apenasseencon entre Poderrelação da antigas sentimentos a religiosos,Central, vinculadasounão eindivíduos,guar não seu própriobem-estar. como se apresentou, o típico destinatário de medidas paternalistas, afinal não é capaz de dirigir-se conforme seja, ou psíquica, desordem ou deficiência uma por desorientado doente, incapaz, indivíduo um denotam livre,agente capaz, consciente; enquanto a criminalizaçãode atos acessórios de terceiros e a medicalização muito diversasformas de com o suicídio.lidar Isto porque do atosuicida a criminalização tem base por um elegíveis paraosuicídioassistido. tratamento ecuradeindivíduos o patológica, que visão orienta clui a plenamente capazes, não ouseja,não do suicídio,da referidadescriminalização e promovendo acompanhando essa tendência, entretanto,ex não com atipificaçãodaaçãodo voluntário oudomédicocomohomicídioomissãodesocorro direito de evidenciado morrer, na nãoadesãodoentendimento de que essa lacuna poderia ser preenchida De qualquer forma, essa polarização (medidas criminalizantes essa polarização De qualquer forma, vetor em suicídio é o maisforte que se tem hoje nosentido Essa regulamentação suíça da participação Quanto amedidas restritivas, podemsercitadas acesso armas como expoentes ao a aquelas relacionadas Como jáexposto, é que notório a disponibilidadedométodo é elemento central na escolha do suicida cada vez maisespaço medidasinterventivasé àtoaqueNão têm ganhado criminalizantes, decaráternão Com isto, modelos criminalizantes se mostram, além de naturalmente custosos, improdutivos se apli Por concepções diretamentea atrelada estar parece criminalizantes modelos por queopção nota-se fim, HOEK,W. et al.Pesticide poisoning:amajorhealth problem inSriLanka. HURST, S.; MAURON, andclaims. A.Assisted suicide inSwitzerland: clarifying liberties BETZ, M. et al. Lethal means access and assessment among suicidal emergency department patients. department BETZ, M. et al. Lethal means access and assessment among suicidal emergency rates in sixcities. suicide in Pakistan: determining KHAN, of M. et al. Epidemiology OSMAN, M.;PARNELL, A.;HALEY, deathtrends1970- C. “Suicide shall cease to beacrime”: suicide undetermined and BULLUSU, L.;ALDERSON, M.Suicides1950-82. Ressalta-se novamente, queemtextoaserpublicadoosautoresabordarãomaisdetalhadamenteotema. 136 . Combasenisso, têm-se promovido inúmerasmedidas interventivas com Population Trends 132 , Inglaterra rs ora fMedical Science Irish Journal of 135 , v. 35,p11-17,spring1984. . Social Science &Medicine 133 eIrlanda versus atençãomédica) evidencia duas Bioethics rhvso SuicideResearch of Archives 134 , v. 186, n. 1, p. 201-205, feb. 2017. . , v. 46,n.4-5, p. 495-504, feb. 1998. , comoseexpõeaseguir. , v. 31,n.3,p. 199-208, mar. 2017. Depression and Anxiety and Depression 130 , v. 12, n 2, p. - 131 . ------,

351 TANGERINO, Davi de Paiva Costa; CABRAL, Gabriel; OLIVE, Henrique. Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging. Rev. Bras. Polít. Públicas, Brasília, v. 8, nº 2, 2018 p.326-367 11, n.2,p. 77-83,apr. 2005. 142 467-472, aug. 1992. 141 Medicine England Journal of 140 sociation andtheBradyCampaign. 139 187, fall1995. self-defense with a gun. resistance to crime: the prevalence and nature of 138 Prevention States, United the in suicide 1981-2002. of rates and ownership firearm household betweenin association changes The al. et death in the home: findings from a national study Medicine ventive p. 1583-1589, 1999; CONNER, K.; ZHONG, Y. suicide in men and laws State firearm women. and rates of 137 vedaram as nosestados que de fogo maiores de 21 anos; porémdetectou redução de 8% das taxasde suicídio arma por suicídios, bemcomode homicídios, dentre jovens, a de fogo nosestados que limitaram oacesso a armas Tennessee eWashington ment homicídio,e suicídio de índices nos redução verificação a sem de grande uma registrada sido tendo sem munição, seu armazenamento exigindo oregistrodearmas, desmontadasecomtrava desegurança, meio do por dosEstadosUnidos de controle de armas munições; iii)utilizaçãodetravas desegurança. situações justificadas perante autoridades; ii) especificações quantoarmazenamento, deà forma inclusive de dos comerciantes; viii) registro doscompradores;c) quanto ao uso: i) licença restrita: utilização somente em period off vi) manuseio; de curso de realização v) aquisição; para justificada motivação de exigência iv) minais; aquisição: ii) teste quanto àaquisição:para i)idademínima psicológico; iii) conferência de antecedentes cri b) sobretaxação; v) fiscalização; difícil e tamanho reduzidíssimo de vezes às segurança, e qualidade baixa conhecidas como capacidade; iv) banimento dearmas com grande iii) banimento de carregadores quanto aocomércio: i) ii) limitação de limitação deimportação; produção; écapazdeimpedirumhomemmaucomumaarma” de que“apenasumbomhomemcomumaarma massacre em o em escolas após armados de a a ponto criminalidade a contra defesa de eficaz e essencial instrumento como fogo de arma de utilização a dem defogo risco deeventoe maior arma suicida por defogo naturalmente, emque pesem inúmeros estudosentre posse dearma direta relação demonstrarem a liberdade individual frenteaopaternalismo. é notoriamente tortuoso, de fogo evidenciando da o mencionadoproblema da disponibilidadede armas de riscos. seja a todos os indivíduos,a disponibilidadede ao máximo armas, O debate acerca seja a grupos 4.2.1. Controle dearmasfogo Outros dados relevantes são encontrados em um estudo que não identificou redução dos índices de índices dos redução identificou não que estudo um em encontrados são relevantes dados Outros Essa dicotomia se mostra mais evidente Essa dicotomia semostra Estados Unidos,nos embate. Portanto,um fortíssimo ondehá Em específico quanto a de armas fogo, cujo altíssimograu de letalidade já foi relatado, visa-se a restringir Bons resultados foram obtidos em Columbia, que adotou emobtidos emColumbia, 1976 Bons resultadosum dosmaisrestritivos foram programas Diversas podem ser as medidas restritivas, mas nãoimpeditivas, a) de fogo, a saber: do uso de armas 140 ROSENGART, M. et al. An evaluation of state firearm regulations and homicide and suicide death rates. death suicide and homicide and regulations firearm state ROSENGART, evaluationAn al. et M. of KELLERMAN, A.L. et al. Suicide in the home inrelationtogunownership. Columbia. handgunsonhomicide and suicide in the District of restrictive licensing of LOFTIN, C. et al. Effects of STEIDLEY, T.; COLEN, C. Framing the gun control debate: press releases and framing strategies on the National Rifle As BRUCE-BRIGGS, B.gun war. American great The handguns. G. WINTEMUTE, recente among purchasers of et al. Mortality ; em específico quanto aos efeitos de travas de segurança, também obtiveram sucesso os estados de estados os sucesso obtiveram também segurança, de travas de efeitos aos quanto específico em ; , v. 12,n.3,p. 178-182, june2006. , ouseja,efetivação tempodeespera para solicitação; após vii) licenciamento da compra ou registro , v. 25, n. 4, p. 320-324, 2003; DAHLBERG, L.; IKEDA, R.; KRESNOW, aviolent M. Guns in the home andriskof saturday nightspecials National Rifle Association Rifle National , v. 325,n.23,p. 1615-1620, dec. 1991. 141 . Social ScienceQuarterly 142 . (NRA) ter iniciado umestudo de viabilidade de instalar seguranças mrcnJunlo Epidemiology . American Journal of Sandy Hook Elementary School Hook Elementary Sandy , v. 98,n.2,p. 608-627,june2017.p. 608. The Public Interest 137 , também se encontram aqueles que, emoposição, defen iti fColumbia’s Regulations Act Control Firearms Distric of ora fCriminalLawandCriminology Journal of , n.45,p. 37-62, 1976; KLECK, G.; GERTZ,Armed M. , v. 160, n. 10, p. 929-936, nov. 2004; MILLER, M. h e nln ora fMedicine The NewEnglandJournalof saturday night special saturday , em 2012, sob seu famigerado mantra , em2012, seu famigerado sob h e nln ora fMedicine The New England Journal of , ouseja, pistolas de mrcnJunlo Pre JournalAmerican of , v. 86, n. 1, p. 150- Injury Prevention Injury , v. 341, n. 21, , v. 327, p. displace The New cooling 139 Injury Injury 138 . , v. - - - - , , -

352 TANGERINO, Davi de Paiva Costa; CABRAL, Gabriel; OLIVE, Henrique. Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging. Rev. Bras. Polít. Públicas, Brasília, v. 8, nº 2, 2018 p.326-367 n. 2,p. 98-106,2013. 150 149 Epidemiology of 148 Press, 2009.p. 569-572. In:WASSERMAN,Singapure. D.; WASSERMAN, C. 580-582, apr. 2009; CHEN, Y.; YIP, P. suicide by jumping: experiences from Taipei City (Taiwan), Prevention HongKong of and 147 XXI” reform. 146 SuicideResearch of Archives 145 432-434, 2010. 144 Depression”. Against 143 consumados) suicidasevitados ­ a questão pode abordardessa forma ao custo de $204.000.000,00. Entretanto, já se a inexistência aponta de prejuízo econômico — se é que se segurança de aço inoxidável de toda sua extensão, ao longo que se prevê conclusa em janeiro de 2021, porém ano 19,5 casos por é a ponte deeficiênciacluíram segurançapela de em grande barreiras de geral ou forma específica, com destaque para o estudo de Pirkis e Spittal, que, em uma meta análise, con Consequentemente, estudos têm vindo àtonadiscutindo a efetividade e custo-benefício dessas medidas, seja desses críticos pontos aos suicidas impedir, potenciais de de meios fisicamente, acesso estudados o estações detrensetc. soas eelevando asestatísticas locais; estes podem sershoppings, pontes, prédioscomerciais, universidades, aqueles em que umamística e o históricopromovem contínua a repetição de eventos suicidas,pes atraindo nesses locais casos ocorrendo dos 30% de mais indicam que públicos, havendo pesquisas locais em eventos de número significativo o te emhotspots depessoas 4.2.2. Limitações àlivre-circulação elevados custoseconômicosepolíticosnapromoçãodemedidasrestritivas nessecampo. considerandoaaltíssima letalidade desse método.suicídios em geral, Também é indiscutível a existência de e,consequência, por de de uso, de fogo liberdade em sua forma maioresosíndices de suicídios arma por dedisponibilidadearmas base nareduçãogeral com suicídio de índices dos redução na propósito,eficiente esse sem que ainda medida, uma foi 2003, em aqueles que obtêm umalicença especial podem detê-las.efetivoredução do própria A exército,do ocorrida obrigatório do programa sobaposse de todos osindivíduos egressos fogo de militar, que as armas até 2010 mantinha emfunçãodoprograma de armas disponibilidade ve umagrande de possuidores número estão diretamente ao relacionados de fogo arma cídios por de fogo tradicionalmente, tem método de como principal suicídio o usode arma Em específico quanto a evitação de suicídios em pontes, são inúmeros os casos de sucesso por meio por sucesso de casos os inúmeros são pontes, em suicídios de evitação a quanto específico Em Em síntese, é possível afirmar, categoricamente, que, quanto mais de armas fogo disponíveis e/ou maior éocasodaSuíça, que, defogo Outro bomexemploa respeito dosefeitos dasarmas da disponibilidade Considerando isto,Considerando ascaracterísticas desses lugares, bemcomoadinâmicadoseventos suicidas têm sido no silêncio e intimidadede residência privadas, dos atossuicidas ocorram parte que boa Ainda ébastan WHITMER, D.; onthe Golden Gate Bridge. a suicide barrier WOODS, the cost effectiveness D. of Analysis of GUNNEL,D.; NOWERS, M.Suicide by jumping. at suicide hotspots: a meta-analysis. PIRKIS, interventions J.; structural SPITTAL, effectiveness M. The of county. English one from findings places: public OWENS,in Suicide al. C.et REISCH, T. et in al. suicides Change rates in Switzerland restrictionbefore resultingand fromafter thefirearm 2003 “Army suicide methods in Switzerland. method restriction: a detailed analysis of HABENSTEIN, A. et al. Chances and limits of experience. swiss the firearms: of availability and AJDACIC-GROSS,suicides V.Firearm al. et VÄRNIK, A. et al. Suicide methods in Europe: a gender-specific countries analysis participating in of the “European Alliance Golden Gate , v. 42,p. 531-548, 2013. h mrcnJunlo Psychiatry The AmericanJournal of Journal of Epidemiology andCommunityHealth, Epidemiology Journal of 149 , sendo previsto um plano de contenção de suicídios por meio da instalação deredes meio da de contenção desuicídios , sendoprevisto por um plano , v. 17,n.1,p. 75-87, 2013. , em São Francisco (EUA), que, entre 1937 e 1991, registrou 918 casos, umamédia de 147 150 . Falandoquanto a espaço público, a existência é notória de . — pela economia com despesas decorrentes de eventos — pelaeconomiacom despesas (tentados decorrentes ou , v. 170,n.9,p. 977-984,sep. 2013. Oxford Textbook of and Suicidology Suicide Prevention. Oxford Textbook of Acta Psychiatrica Scandinavica 146 . v. 62,p. 545-551,2008. hotspots 148 . Um bom exemplobom . Um desse tipo delocal , v. 96,p. 1-6,1997. uoenJunlo Public Health Journal of European 145 ; e, desde a referidadata,apenas 143 ; e cujos índices de homi 144 . No país,. No semprehou

European Psychiatry European Oxford: Oxford UniversityOxford Oxford: hotspots International Journal International , v. 19, n. 6, p. Crisis , ou seja, , v. 25,p. hotspots , v. 24, - - - - - .

353 TANGERINO, Davi de Paiva Costa; CABRAL, Gabriel; OLIVE, Henrique. Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging. Rev. Bras. Polít. Públicas, Brasília, v. 8, nº 2, 2018 p.326-367 of Affective Disorders Affective of 160 Disorders Affective 159 cides andaccidents:evidencefrom Japan. 158 Epidemiology of 157 156 national 155 Viaduct naturalexperimentanditsimpactonsuicideratesinToronto. 341, july 2010; SINYOR, M.; SCHAFFER, A.; D.REDELMEIER, work et al. Did the suicide after barrier all? Revisiting the Bloor 154 Psychiatry 153 Behavior Threatening 152 we inSwitzerland. have fromanationalsurvey learned 151 de fundamento com estações, nas azul luz de instalação a transporte: de sistema do usuários aos restrição daestação.à estrutura em especial asPSDs, exigindoaltos custos apenas de não sua instalaçãoe manutenção, mastambém quanto em Tóquio observados ser podem sucesso de Paulo.Exemplos São de metroferroviário transporte de estações algumas em sive, Doors Screen (Platform os veículosacesso quando aos trilhosese abrem estacionam: as Portas sejamelasintegrais dePlataformas, de construção a novas edificações para específicos segurança de protocolos de criação a seria custoso menos meio Outro psiquiátrica se precipitou daponte; enquanto osdemaisrecolhidose foram colocadossobsupervisão foi utilizado,dois anos, em apenas 24 indivíduos por comideaçãosuicida.umdeles,Apenas efetivamente, como a naPontecomo muito jáocorreu doBósforo, emIstambul impedir quenão até aspessoasseelevadoponto dirijam meio de automóvelpor então, para, se precipitarem, meios mais simples e menos onerosos, como impediracirculação e travessia de pedestres, em que pese isto com efeitos psicológicos da indesejabilidade daquela espécie de conduta. Entretanto,mensagem há também por esse método em toda a cidade mas,drasticamente alémdereduzir os índiceslocal,aparentemente no também ensejou redução desuicídios elevado de um suicídio, de cerca de 5m, o que onde foiinstaladogradeado não impossibilitou a ocorrência metade seguintes nos anos à instalaçãode barreiras apenas nesse cujo impactose estendeu a todacidade, reduzindoosíndices desse em Berna, método drasticamente não impacto psicológico nos potenciais suicidas um forte pots completas, ou seja, de em todo torno o perímetro de risco; enquanto identificou redução de 44,8% em redução de82% desuicídios em identificou efetividade a quanto suíço estudo amplo Um barreiras. outras e redes cercas, de instalação da Em virtude desse alto custo,Em virtude encontrou-se no Japãouma alternativa de natureza diversa, sem qualquer o impedem que trem, e metrô de estações em especiais portas de instalação da falar pode-se fim, Por Menos custosa do que essas barreiras,telefônicas ainstalaçãode linhas diretas, Ainda, háoscasos da com barreiras incompletas; ou seja, ainda que se mantenha alguma disponibilidade,que incompletas; semantenha ou seja,ainda possivelmente combarreiras há CUG .e l h fetvns f ltomsre or o h rvnino subway suicides in South Korea. CHUNG, screen doors forthe prevention Y. of platform effectiveness et al. The of LAW, installation for preventing railway barrier suicides in HongKong. C. et al. Evaluating the effectiveness of UEDA, M.;SAWADA, Y.; MATSUBAYASHI,preventing for installingphysical railway barriers T. sui effectiveness The of at suicide hotspots: a meta-analysis. PIRKIS, interventions J.; structural SPITTAL, effectiveness M. The of GLATT, K.Helpline:suicideprevention atasuicidesite. ÇETIN, G.; GÜNAY, Y.; FINCANCI, S. inIstanbul. Bridge et al. Suicides byBosphorus jumping from Street suicide at Bloor Viaduct on rates inToronto: abarrier SINYOR,experiment. natural M.;LEVITT, A.Effect of BENNEWITH,O.; NOWERS, onthe Clifton suspension bridge. barriers M.;GUNNELD. Effect of Muenster Terrace. asafety net at the Bern T.; REISCH, K. Securing asuicide MICHEL, hot spot:effects of P.;A.; MEIER, HEMMER, REISCH, T.different suicide Comparing prevention and buildings: lessons measures at bridges , v. 116,n.2-3,p. 157-162,feb. 2001. , v. 190,p. 266-267,mar. 2007. MID-Hudson Bridge MID-Hudson , v. 42,p. 531-548, 2013. hotspot , v. 114,n.1-3,p. 254-262,apr. 2009. , v. 35,n.4,p. 460-467, aug. 2005. , v. 194,p. 80-83,apr. 2016. 157 152 .

— . 158 PSDs) ouparciais,( meia altura a Clifton Suspension Bridge , Hong Kong, Hong , noestadodeNovaIorque. telefone dia, o de emergência 24h por Funcionando hotspots Journal of Affective Disorders Affective Journal of 154 , como se a construção das barreiras tivesse das barreiras funcionado comouma , como se a construção 159 em função de barreiras (barreiras verticais verticais e redes desegurança) (barreiras emfunçãodebarreiras eSeul Plos One , em Bristol, em que o númerode suicídios foi reduzidopela 160 . Entretanto, essas barreiras são significativamente caras,significativamente são barreiras Entretanto,essas . , v. 12,n.1,jan.2017. 153 Suicide Life-Threatening Behavior Suicide Life-Threatening 151 ; bem como do . Situação similar foi identificada no , v. 178,p. 1-4,2015. BMJ Open Platform Edge Doors — Platform 155 . , v. 7,n.5,june2017. Prince Edward Viaduct , v. 17,n.4,p. 299-309, winter1987. PED Helplines ) , encontradas, inclu h rts ora fThe British Journal of Münsterplattform Forensic Science Inter International Journal International , em Toronto, , em Suicide and Life- Suicide and ora fJournal of hotspots BMJ Journal hots 156 , v. - - - . , , -

354 TANGERINO, Davi de Paiva Costa; CABRAL, Gabriel; OLIVE, Henrique. Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging. Rev. Bras. Polít. Públicas, Brasília, v. 8, nº 2, 2018 p.326-367 mendações para um textoclaroeesclarecedorsobre doençasmentaisepsiquiatria.2. ed.RiodeJ 164 em 2010; Unido e o SBST ( iniciativaa primeira para neste sentido, oBIT ( 163 clusão socialdaspessoascomdeficiência. 162 studyfromJapan.A before-and-afterobservational 161 emHongKong.na acessibilidadeacarvão Por exemplo arestrição a meios letais meio por do pode ser relativizada. forte uma medida comumente como enquadradauma manifestação de paternalismo “emalguns casos, omitirolocalondeatofoirealizado”. gos”; éprudente (no casodetentativa),impacto que sejano provocafísicos e mentais danos permanentes família eami na de rádio. de diante; o mesmo se aplica aprogramas Esclarecer as consequências do ato em si, seja na forma inferior.destaque à notícia: no casode jornais, em páginas parese na parte Em TV, doterceiro bloco em tes, como,exemplo por ‘os suicidas’, ao referir-se a pessoas falecidas suicídio”; por é “aconselhável dar não valorativos,termos exemplo: comopor ‘cometeu’ suicídio; tentou osuicídio ‘sem sucesso’; ou generalizan dos, como“evitar apalavrasuicídio emchamadase manchetes. do texto; evitar incluí-la corpo no Melhor semqueopçõessejamlimitadas.de modoadirecionarcomportamentos diretrizes, transmitindo sugestões de pequenas e sutis alterações na forma como a informação é apresentada, deEstado. paternalismo sobre tradicional emquestão, Acartilha contudo, vai alémdameraexposiçãode debate no liberal extremo do manifestações como enquadrados são razão, essa por e, gerais, diretrizes do princípio,Saúde.cartilhas,a de Manuaisexclusivamentee Mundial caráter zação têm informativo, afirman com basenasdiretrizesdorespectivo desuicídioimprensa, criada na sobre aabordagem manual daOrgani nudges à épocade sua formulação campo daspolíticas públicas planejada porseusidealizadores, libertário. depaternalismo comoumamanifestação,características os lados,de ambos conformando-se que não ainda atuais agregam etc.públicas, de linhas telefônicas de suporte Adespeito dessa divisão, abertura pelomenosduasiniciativas de outro, de barreiras; ções campanhas educacionais,a consumo e construção sensibilização de instituições lado,um de Estado: de criminalização,paternalismo sobre tradicional debate proibições, restri a chegando 4.3. Protonudging garantia de direitos,de promoção podem e devem comode ser utilizadastantocomoinstrumentos sua estruturas absolutas correlações fazer como haja não que ainda implementada, foi que lisar os efeitos dessa medida, concluindo pela existência de um declínio grande de suicídios nas estações em implementado lentamente no Reino Unido, entretanto, até o momento apenas um estudo se a ana propôs sido tem expediente Similar terceiros. a lesões mesmo ou suicídios sejam impulsivo-agressivos, tamentos que teria efeito,modo, grosso pessoas e, calmante nas compor portanto,limitar emalgumgrau poderia Não apenas medidas tidas como liberais podem seaproximarmedidas tidascomoliberais apenas Não intermediário,de umcaminho mastambém Tendo emvista que a discussão acerca de ao as políticas quanto ao suicídio atualmente são consoantes à dicotomia pertinente Como se observou, Nesse sentido, dentre o rol das dicas aos profissionais de imprensa orientações com (ABP) Psiquiatria de Brasileira Associação pela criada cartilha a exemploé primeiro O ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DEPSIQUIATRIA. ASSOCIAÇÃO Políticas públicas baseadas em evidências comportamentais DIAS, D.; NONATO, D.; RAIOL, R. Interação entre a acessibilidade urbanística e o direito à cidade: possibilidade de in MATSUBAYASHI, T.; SAWADA, Y.; prevent suicide? the blue lights on trainplatforms UEDA, M.Does the installation of direcionadosaocombatesuicídio. 162 . Social and Behavioral Sciences Team)Behavioral Social and . Não obstante, esses exemplos podem servir de parâmetro para a elaboração de a elaboração de para parâmetro Nãoobstante, esses exemplos podemservir 163 , essas iniciativas, apesardaviabilidade,enquadradas como foram não Revista BrasileiradePolíticasRevista Públicas Behavioral Insights TeamBehavioral Journal of Affective Disorders Affective Journal of nudging , criado Manual para a imprensa: para Manual ainda está em um grau prematuro de penetrabilidadeno prematuro está em umgrau ainda oln f period cooling off

em 2015 peloex-presidente Barackdos EstadosUnidos Obama. vêm ganhando espaço em governos pelomundo,espaço em governos vêm ganhando com destaque ), criado pelo então primeiro ministro David), criado peloentãoprimeiro do Reino Cameron , v. 7,n.2,p. 149-168,ago. 2017. , v. 147,p. 385-388,2013. em aquisição de armas e da intervenção e da intervenção em aquisição de armas boas práticas decomunicação boas eguiacomreco 164 , alguns trechos podemser destaca 161 . Portanto, ascidades e suas aneiro: ABO, 2009.p. 85ess. nudges ------

355 TANGERINO, Davi de Paiva Costa; CABRAL, Gabriel; OLIVE, Henrique. Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging. Rev. Bras. Polít. Públicas, Brasília, v. 8, nº 2, 2018 p.326-367 172 171 ver SUNSTEIN, C. ativadeveescolha se destinatário,que exijam que do tradicionais opções ou default, nudges, por optar parte por regras especial em no destinatário, como alterar “mantenha-se hidratado” para “pare de perder água”) (p. 244). Para uma discussão sobre situações em (p. 182); e (iii) enquadramento (framing) de (e.g.,informações reenquadrar a de informação a forma elicitar o viés da aversão à perda sociais (e.g.utilização denormas ênfasedos adultosde doação de dar uma regiãoestão órgãos) ao fatode a maioria registradospara STEIN, C. inscrição automática no plano de previdência privada mais benéfica, com opção de saída a qualquer momento) (THALER, R.; SUN 170 Toronto,ment, University Toronto, of p. 1-28,mar. 2013.p. 15. 169 168 tions, 2016.p. 31. 167 Press, 2008.p. 5. 166 165 tradicionais opções às relação em custo-benefício melhor possuírem simples,de além tamentais ( com referência a comoseres humanos realmente pensam e se comportam” bate aosuicídio? e exemplos de I); as evidências sobre ascaracterísticas e evoluçãoII); a metodologia (parte dosuicídio (parte paternalismo públic 5. C as pressõessociaiseheurísticasutilizadaspelaspessoasparaatomadadedecisão de um mapeamento do contexto da decisão, apartir de atenção,formuladas isto é, tendo-se em conta o grau avaliaçãode fase na planejadores,quanto seus de elaboração resultados intuições de de fase na tanto não àmudança de ou aoconvencimentoopinião de seus destinatários pessoas das opções retiram não que decisão da arquitetura efeitossignificativosambiente podemgerar suicida. dedissuasãodocomportamento ausência de velmente, de 10 21 casos para e o númerototal de suicídios também diminuiu de 60, 88 para o que indica considera diminuiu método esse por suicídios de número o dificultado, foi carvão a acesso o onde Mun, ouseja,dispondolivremente emprateleiras. normalmente, carvão Os mercadosdeYuenexperimento) continuaramo Long(distrito usado comocontrolepara vendendo funcionários, processo que levaria, que teriam que buscar o produtoem área interna, em média, 10 minutos. deixouserem em prateleiras para entregues aos consumidores exclusivamente de ser ofertado após pedidoa queima de carvão de técnica da uso o parecidas, com socioeconômicas suicídios e de índices altos de além demográficas ticas junho de 2007 em dois distritos adjacentes em Hong Kong —Tuen Mun e Yuen Long — com caracterís De acordo com Sunstein: “[a] virtude [dos De acordo comSunstein: “[a] virtude base Com nos elementos apresentados, oselementos enquadramento de apresentados: ocritériopara Ao analisar o resultado da intervenção apósumano,analisar oresultadodaintervenção Ao que, ospesquisadores notaram distrito deTuen no e 2006 de julho entre cabo a levado experimento de trata-se caso, último esse a quanto específico Em Em comum, ambas iniciativas apresentamcaracterísticas típicas de SUNSTEIN, C. BENARTZI, S. invest et al. Should governments more innudging?. (e.g. (default) automáticas inscrições (i) recorrentes: mais intervenções de categorias apresentam-se exemplo, de título A LY, K. et al. Apractitioner’s guide to nudging. SUNSTEIN, guide. C. short Nudging:avery SAMSON, A. THALER,R.; SUNSTEIN, C. YIP, P. suicideby charcoal burning. etal.Restricting themeansof onsidera as Nudge:

de behavioral policies) behavioral displacement

improving decisions about health, wealthhappiness. and New Haven: Yale University Press, 2008. p. 103-117); (ii) comb nudges ções Choosing nottochoose: 165 The behavioral economics guide 2016: The behavioral Why nudge?: Why . Nos mercados de Tuen Mun (distrito que sofreu a manipulação), o carvão de churrasco . Nosmercados deTuen dechurrasco (distrito que Mun sofreuamanipulação),ocarvão (parte III); pergunta-se: afinal, por que incorporar incorporar que por pergunta-se: afinal, III); (parte a

te finais . A despeito das limitações deste estudo, há evidências de que pequenas alterações no

a

emregra suicídos the politics of libertarian paternalism. New Haven: paternalism. Yale libertarian University Press, the 2014.p. politics of 25,tradução livre. : pelo Nudge: udrtnigtevleo choice. NewYork: OxfordUniversity understandingthevalue of Press, 2015.

improving decisions about health, wealth and happiness. New Haven: Yale University desenvolvimento

têm a virtude de seremumaalternativade implementaçãoimediatae têm virtude a ora fConsumerPolicy Journal of Research Report Series Behavioural Economics in Action, Series Behavioural Report Research with introduction by Gerd Gigerenzer. Londres: Behavioral Science Solu nudges é] [...] desenvolver políticassensíveis, ede baixo custo,

do 166 h rts ora fPsychiatry The BritishJournal of

; direcionam-se à mudança comportamental, ; direcionam-se à mudança comportamental, método , v. 37,n.4,p. 583-588, dec. 2014. Psychological Science 167 nudges

; baseiam-se em evidências, não em nudges de

nudges : trata-se de alterações sutis na sutis alterações de trata-se : 171 às políticas públicas no com às políticaspúblicasno , Thousand Oaks,, Thousand june 2017. Dis . Políticas públicas compor 169 Rta colo Manage Rotman School of , v. 196,p. 241-242,2010.

p 172 - ara 170 . Esse menor custo .

polític as 168

; são ------

356 TANGERINO, Davi de Paiva Costa; CABRAL, Gabriel; OLIVE, Henrique. Políticas públicas em suicídio: do paternalismo clássico ao paternalismo libertário e nudging. Rev. Bras. Polít. Públicas, Brasília, v. 8, nº 2, 2018 p.326-367 177 176 828-833, june2001. 175 pressed patients with andwithout suicide attempts. Medicine, the Royal Society of Journal of Praxis trische 174 de emergêncianoRioJaneiro, Brasil. v. 31, Supl.1, p. 518-525. p. 519; SANTOS, S. et mentais al. Prevalêncianas tentativas de transtornos de suicídio em um hospital OVICH, E.et al. Quais sãoosrecentes achados e suicídio?. clínicos sobre aassociaçãoentre depressão noRiode Janeiro,geral Brasil. personalidade 173 ponível em:. Acessoem:13mar. 2018. mento diverso, concluiu porsuacapacidade de interferir, positivamente, na redução de índices de suicídios suíço, analisandoaefetividade dainstalação de sinaisem paz de ativar o sistema 2, seja por exemplo uma obra de arte surrealista ou um desafio matemático. Um estudo comportamentos suicidas, acreditamos que possa ser efetiva a fixação de placas em demandam que oindivíduo recobre amemória sobre algumevento ou que tímulos choque que criam que necessidadecausam surpresa, de reflexão sobreou perplexidade; algo; temporariamente ousodosistema2deraciocínio(videQuadro1). do“túnel meios direcionadosaengatilhar atencional” suicida por causar ainterrupção usar demeiospara físicas, de se barreiras limitar acirculação vez,ou criar podeserrazoável ou mesmo complementarmente, que em de pensamentocirculares erepetitivos,nhas alternativas.de considerar deixando Poressa razão, acreditamos uma situação de “tunelamento por atencional”, passando istotodos recursoscognitivos é, alocando emli positivo, comomelhorasemíndiceseconômicos, em/parafinaisdesemanaediasanterioresaosferiados. profissionais de imprensa para que optem, na medida do possível, por apresentar/retardar notícias com teor a sugestão/indicação a é eficácia de verão,potencial do com medida uma longo ao e feriados a posteriores indivíduorespectivo no público(possibilidadede órgão apenaspodeserfeito mediante manifestação que deverá serentregue,nesse programa presencialmente, pelo indisposição de pacientes após altamédica a acompanhamento ( de atendimento psicológico (regra de uma tentativagência decorrente de suicídio, o indivíduo seráautomaticamente inserido em um programa de promover dessametodologiaàspolíticaspúblicas. odebatequantoàincorporação escolha. ou coercitivo, de liberdade de depreservação menos resistência sofreria dapercepção das pessoasem razão defesade a Afinal, forte. medidas depaternalismo a comparado se político também mas repressão), e fiscalização controle, mais com gastos ou educacionais campanhas de ampliação a arquiteturacomparação em na decisão alterações (pequenas da econômico apenas seria não vista existir demonstração de menores índices de suicídios em grupos comintensocontatoem vista existirdemonstraçãodemenoresíndicessuicídiosemgrupos que podem se beneficiar de apoio psicológico acabariam por continuar recebendo atenção continuada, haja ao tendência das pessoas a se conformarem 1. Considerando que histórico de tentativas fatorde risco é um grande Portanto, é possível alguns sugerir Conforme literatura específica, o sistema 2 é ativado em situações em que as pessoas estão diante de es de diante estão pessoas as que em situações ativado em é 2 sistema o específica, literatura Conforme das pessoas que estão na iminência de suicídio realizar estão parte 3. É razoável considerar que grande que 2. Emseconsiderando há datasdepicosincidência em suicídios, comosegundas-feiras ou dias KREITMAN, N. HEMMER, A.; MEIER, P.;A.; MEIER, HEMMER, REISCH, T.different suicide Comparing prevention and buildings: lessons measures at bridges KAHNEMAN, D. MOTTO, postcrisis suicide prevention. J.; BOSTROM, A.;Randomizedcontrolledtrial of LOPES, P.; BARREIRA, D.; PIRES, A.Tentativa desuicídio adolescência: na avaliação e do efeito de gênero nadepressão hotspots , v. 11, p. 6-13, 1984; MÖLLER, H. 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European Archives of Psychiatry andClinicalNeuroscience Psychiatry of Archives European ) telefone por ( para o combate ao suicídio, primordialmente com a finalidade a suicídio,com ao primordialmente combate o para status quo status , Rio de Janeiro, v. 22, n. 10, p. 2201-2206, out. 2006. p. 2202; CHACHAM , RiodeJaneiro, v. 25,n.9,p. 2064-2074,set.2009.p. 2067-2068. ou inércia, acreditamos que grande parte das pessoas parte ou inércia,acreditamosque grande helpline hotspots opt-out ). Isto porque é notória, hámuito tempo, a , aindaque promovida combase em funda ). Dessa forma, baseadonasevidências de ). Dessa forma, nudges follow-up 176 . Nesse sentido, dadissuasãoa em prol , em razão de seu restritivo, em razão traçonão ) 173 174 , após oatendimento em emer . O cancelamento da inscrição Psychiatric Services, , v. 242,n.1, p. 13-19, sep. 1992. hotspots

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