Artigo Caracterização Química e o Potencial Antimicrobiano de Espécies do Gênero Mill. () Neves, A. M.;* Costa, P. S.; Coutinho, M. G. S; Souza, E. B.; Santos, H. S.; Silva, M. G. V; Fontenelle, R. O. S. Rev. Virtual Quim., 2017, 9 (6), 2506-2538. Data de publicação na Web: 5 de dezembro de 2017 http://rvq.sbq.org.br

Chemical Characterization and the Antimicrobial Potential of Species of the Genus Senna Mill. (Fabaceae)

Abstract: This review article aims to present the main characteristics about the antibacterial, antifungal and chemical composition of 18 species of Senna Mill. found in various parts of the world using dissertations and articles, all available in CAPES Newspapers (http://www.periodicos.capes.gov), Scielo (http://www.scielo.org), Science Direct (http:// www.sciencedirect.com) and Google Scholar (http://www.scholar.google.com) (1997 to 2016). All the species studied presented antibacterial and antifungal activity. It was also verified that the investigated species presented structurally diverse chemical composition. Compounds of several classes were identified as anthraquinones, flavonoids, saponins, tannins, among others. Keywords: Leguminosae; Anthraquinones; Antifungal activity; Antibacterial activity.

Resumo

Este artigo de revisão tem como objetivo apresentar as principais características acerca do perfil antibacteriano, antifúngico e composição química de 18 espécies de Senna Mill, encontradas em várias partes do mundo. Foi utilizado como base de investigação, dissertações e artigos, arquivos virtualmente disponíveis nos Periódicos CAPES (http://www.periodicos.capes.gov), Scielo (http://www.scielo.org), Science Direct (http://www.sciencedirect.com) e Google Acadêmico (http://www.scholar.google.com) (1997 a 2016). Todas as espécies pesquisadas apresentaram atividade antibacteriana e antifúngica. Foi verificado também que as espécies investigadas apresentaram composição química estruturalmente diversificada, além da identificação de compostos de diversas classes como antraquinonas, flavonoides, saponinas, taninos, entre outros. Palavras-chave: Leguminosae; Antraquinonas; Atividade antifúngica; Atividade antibacteriana. * Universidade Estadual do Ceará, Mestrado em Recursos Naturais, Campus do Itaperi, CEP 60741-000, Fortaleza-CE, Brasil. [email protected] DOI: 10.21577/1984-6835.20170149

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Volume 9, Número 6 Novembro-Dezembro 2017

Revista Virtual de Química ISSN 1984-6835

Caracterização Química e o Potencial Antimicrobiano de Espécies do Gênero Senna Mill. (Fabaceae) Andréa M. Neves,a,* Patrícia S. Costa,a Maria Gleiciane S. Coutinho,a Elnatan B. Souza,b Hélcio S. dos Santos,c Maria Goretti V. Silva,d Raquel O. S. Fontenellee a Universidade Estadual do Ceará, Mestrado em Recursos Naturais, Campus do Itaperi, CEP 60741-000, Fortaleza-CE, Brasil. b Universidade Estadual Vale do Acaraú, Departamento de Ciências Biológicas, Herbário Francisco José de Abreu Matos, Campus Betania, CEP 62040-370, Sobral-CE, Brasil. c Universidade Estadual Vale do Acaraú, Curso de Química, Laboratório de Química de Produtos Naturais, Síntese e Biocatálise de Compostos Orgânicos - LBPNSB, Campus Betania, CEP 62040- 370, Sobral-CE, Brasil. d Universidade Federal do Ceará, Departamento de Química Orgânica e Inorgânica, Laboratório de Produtos Naturais e Química Medicinal, Campus do Pici, Bloco 933, CEP 60455-970, Fortaleza-CE, Brasil. e Universidade Estadual Vale do Acaraú, Departamento de Ciências Biológicas, Laboratório de Microbiologia, Campus Betania, CEP 62040-370, Sobral-CE, Brasil * [email protected]

Recebido em 2 de julho de 2017. Aceito para publicação em 30 de novembro de 2017

1. Introdução 2. Metodologia 3. Família Fabaceae 4. O gênero Senna Mill 5. Senna alata (L.) Roxb 6. Senna alexandrina Mill 7. Senna auriculata (L.) Roxb 8. Senna didymobotrya (Fresen.) H. S. Irwin & Barneby 9. Senna hirsuta (L.) H. S Irwin & Barneby 10. Senna italica Mill 11. Senna macranthera (DC. ex Colled.) H. S. Irwin & Barneby 12. Senna obtusifolia (DC. ex Colled.) H. S. Irwin & Barneby

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13. Senna occidentalis (L.) Link 14. Senna petersiana (Bolle) Lock 15. Senna podocarpa (Guill. et Perr.) Lock 16. Senna racemosa (Mill.) H. S. Irwin & Barneby 17. Senna reticulta (Willd.) H.S Irwin & Barneby 18. Senna siamea (Lam.) H.S Irwin & Barneby 19. Senna skinneri (Benth.) H.S Irwin & Barneby 20. Senna spectabilis (DC.) H.S Irwin & Barneby 21. Senna tora (L.) Roxb 22. Senna villosa Mill. 23. Considerações finais

1. Introdução produtos sintéticos. Os estudos com plantas medicinais

evidenciam que estes vegetais têm A busca pelo desenvolvimento de novas contribuído significantemente para substâncias com atividade antimicrobiana a tratamentos de várias enfermidades, além de partir de produtos naturais torna-se cada vez seu uso crescente em escala nacional e mais importante, uma vez que as bactérias internacional. Uma razão pertinente para seu apresentam gradativamente resistência aos uso crescente está na afirmação de que estes antimicrobianos convencionais, mesmo em vegetais apresentam um grande potencial elevadas concentrações.1,2 Outra econômico e terapêutico, principalmente problemática causada por micro-organismos quando estão associados à composição são as infecções humanas provocadas por química presentes nas espécies vegetais que fungos dermatofíticos e leveduriformes, os possuem atividades antimicrobianas, quais são considerados um grande desafio de despertando também o interesse da indústria saúde pública.3 farmacêutica, que realiza a prospecção de 4,5 Neste contexto, as espécies vegetais novos produtos. representam fontes promissoras de matéria- No presente estudo, objetivou-se realizar prima na busca de novos fármacos que um levantamento bibliográfico das atividades possam ser utilizados para estas aplicações antibacterianas, antifúngicas e aspectos terapêuticas, levando-se em consideração químicos de espécies do gênero Senna que a diversidade molecular dos produtos (Fabaceae) (Figura 1). naturais é muito superior àquela derivada de

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Figura 1. Registro fotográfico de espécies de Senna no estado do Ceará

2. Metodologia utilizadas nestes estudo foram baseadas em dissertações e artigos, todos disponíveis nos Periódicos Capes (http://www.periodicos.capes.gov), Scielo Esta revisão apresenta as principais (http://www.scielo.org), Science Direct pesquisas referentes às espécies do gênero (http://www.sciencedirect.com), Google Senna, que foram estudadas sob os aspectos antibacterianos, antifúngicos e composição Acadêmico (http://www.scholar.google.com) química. Para tal, referências bibliográficas e Scopus (www.scopus.com). A pesquisa foi realizada nos períodos de março de 2016 a 2509 Rev. Virtual Quim. |Vol 9| |No. 6| |2506-2538|

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maio de 2017, sendo o primeiro registro constituindo-se em uma alternativa de datado de 1997 e o último em 2016. Utilizou- exploração para geração de renda.8. Em se o nome do gênero "Senna" como palavra- função da grande versatilidade de aplicação chave para a busca, sendo as publicações para espécies deste gênero, há uma detectadas e posteriormente analisadas crescente necessidade de mais estudos individualmente. químicos das espécies de Fabacea.12

3. Família Fabaceae 4. O gênero Senna Mill

Dentre as famílias do reino vegetal de Dentre os principais gêneros pertencentes grande importância, destaca-se a Fabaceae à família Fabaceae, Senna Mill, que se (Leguminosae), que compreende cerca de destaca por ser uma importante fonte de 19.325 espécies, distribuídas em 727 gêneros princípios bioativos, que apresentam e 36 tribos. No Brasil, são registrados atividades antioxidantes, antitumoral,13 aproximadamente 222 gêneros e 2.822 antibacterianas, antifúngicas e anti- espécies, das quais 1.523 são endêmicas.6,7 A inflamatórias14. família Fabaceae abriga três subfamílias: Vários estudos químicos com o gênero Caesalpinioideae, Mimosoideae e Senna evidenciaram o isolamento de Papilionoideae.8 Segundo algumas inúmeros metabólitos secundários, estimativas, esta família é considerada uma principalmente antraquinonas e cromenos das maiores do mundo, tanto em número de nas formas livres e glicosiladas.13 Macedo e gêneros e espécies, quanto em importância colaboradores, em 2016, publicou um artigo econômica.6 de revisão tratando da quimiodiversidade e Fabaceae possui distribuição cosmopolita, propriedades biofarmacológicas de espécies estando presente em todos os biomas de Senna nativas do Nordeste do Brasil.13 Já o brasileiros, embora alguns gêneros sejam presente trabalho enfocou espécies exóticas, mais predominantes em florestas tropicais, incluindo revisão de bibliografia de várias desertos planícies e regiões alpinas.9,10 É uma regiões do mundo, e analisando, também, das maiores famílias de plantas do mundo e suas atividades antimicrobianas. tem revelado, por meio de estudos químicos, O gênero Senna Mill. pertence à família uma grande variedade de metabólitos Fabaceae e está presente na vegetação sob a secundários, os quais são empregados como forma de árvores, arbustos e subarbustos, corantes, inseticidas e fármacos.11 incluindo aproximadamente 300 espécies As espécies de Fabaceae são amplamente com distribuição pantropical, com ocorrência utilizadas tanto na farmacologia quanto na na África, e Austrália, das quais medicina popular.6 Algumas das mais 200 ocorrem no continente americano.13,15,16 utilizadas são: Anadenanthera peregrina (L.) O gênero é um dos componentes da subtribo Speg. (angico), Bauhinia forficata Link Cassiinae, ao lado de L. e (mororó), Libidibia ferrea Mart. (pau-ferro), Chamaecrista Moench. A princípio, espécies Poincianella piramidalys (Tul.) L.P. Queiroz de Chamaecrista e Senna eram incluídas em (catingueira), Erythrina mulungu Mart. Cassia, entretanto, com os estudos (mulungu), Leucaena leucocephala Lam. taxonômicos de Irwin & Barneby, houve uma (leucena), entre outras. mudança taxonômica de espécies do gênero Cassia para o táxon Senna, separando-os.17 Além disso, a família Fabaceae inclui Desta forma, após o novo sistema de inúmeras espécies que são exploradas como classificação taxonômico, as espécies de fonte de alimentos (frutos, grãos, tubérculos Cassia, em conjunto com aquelas com e etc.), produtoras de óleos, resinas, taninos, sinonímia Senna ou ainda com as espécies cortiça, lenha, carvão, entre outros usos, Rev. Virtual Quim. |Vol 9| |No. 6| |2506-2538| 2510

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que mudaram para o grupo Senna, propriedades tóxicas para os animais, corresponde a um dos maiores gêneros da despertando assim o interesse em medicina família Fabaceae.18 veterinária e áreas afins. 34,35,36 Na medicina tradicional, espécies de Considerando o desenvolvimento cada vez Senna constituem uma alternativa mais ostensivo do surgimento do fenômeno promissora, sendo utilizada contra problemas de resistência apresentado por fungos e renais, infecção no útero, resfriado19, febre, bactérias, além do estreito arsenal de drogas gripe, dor de cabeça e para problemas antimicrobianas, faz-se necessário uma relacionados ao ciclo menstrual.20,21 Elas bioprospecção de produtos naturais, atuam também como antidiabéticas22 e no especialmente derivados de plantas, com tratamento de doenças cardiovasculares e potencialidades antimicrobianas. Neste dermatológicas.23,24 Além disso, alguns contexto, espécies da família Fabaceae, estudos reportam sua aplicação medicinal na especialmente do gênero Senna, possuem Índia, sendo utilizada para a purificação do significativas atividades biológicas, sendo sangue e para picada de abelha.25 Em Gana, é também utilizada na medicina popular em usada, principalmente, como anti-malárica.26 razão de suas propriedades anti-inflamatória, anti-malárica, anti-leishmania, anti- Estudos científicos comprovam que as parasitária, entre outras aplicações. Dessa espécies de Senna possuem em sua forma, neste estudo foram identificadas as composição uma vasta diversidade de classes espécies pertencentes ao gênero Senna que de substâncias, como alcaloides, esteroides, apresentam propriedades medicinais saponinas, flavonoides e antraquinonas.27,28 prioritárias para o tratamento antifúngico e De acordo com a literatura, espécies de antibacteriano. Senna podem apresentar potencial antimicrobiano, 29,30 antiparasitário, 31 anti- A relação das atividades antibacterianas e leishmania32 e anti-malárico.33 Alguns antifúngicas encontradas nas espécies estudos mostram também que este gênero estudadas de Senna estão relacionadas na possui espécies que apresentam Tabela 1.

Tabela 1. Potencial antimicrobiano de diferentes extratos de espécies do gênero Senna Espécie Parte usada Tipo de Atividade Microbiológica Referências Extrato/Solvente Senna alata Folhas; Éter de Petróleo; Atividade Antibacteriana: P. Flores aeruginosa; P. vulgaris; Clorofórmio; 44,45 B.subtilis; S.aureus; E. coli Etanólico;

Metanólico; Atividade Antifúngica: T. Aquoso mentagrophytes; E. floccosum; C. albicans; T. rubrum; M. canis S. alexandrina Folhas Metanólico Atividade Antibacteriana: P. aeruginosa; S. aureus; B. 52,53 subtilis; E. coli

Atividade Antifúngica: T. mentagrophytes; E. floccosum;

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C. albicans

S. auriculata Folhas; Clorofórmio; Atividade Antibacteriana: M. Flores Acetado de tuberculosis; P. fluorescens; P. 60,61,62 aeruginosa; V. cholerae; S. Etila; flexneri; S. aureus; B. subtilis; Etanólico; S. typhi; E. coli Metanólico

Aquoso Atividade Antifúngica: T. tonsurans S. didymobotrya Sementes; Hexânico; Atividade Antibacteriana: S. Folhas; Raiz Dicloroetano; liquefaciens; E. aerogenes; S. 64,65,66,70 Acetato de etila; pyogenes ; P. vulgaris; B. Etanólico cereus; S. typhi; E. coli; Metanólico Klebsiella. spp.

Atividade Antifúngica: C. albicans; A. niger S. hirsuta Folhas Etanólico Atividade Antibacteriana: K. pneumoniae; P. aeruginosa; E. 73,74 faecium; B. cereus; S. aureus; S. typhi; E. coli

Atividade Antifúngica: C. albicans; A. niger S. italica Folhas; Raiz Hexânico; Atividade Antibacteriana: S. Etanólico; pneumoniae; P. aeruginosa; N. 79,80 gonorrhoeae; G. vaginali; S. Aquoso aureus; S. typhi; E. coli; O.ureolytica

Atividade Antifúngica: C. albicans S. macranthera Folhas Diclorometano; Atividade Antibacteriana: S. Metanólico; aureus 86,87,88 Etanólico Atividade Antifúngica: C. albians; C. neofarmans S. obtusifolia Folhas; Etanólico Atividade Antibacteriana: S. Caule; Talos Metanólico; aureu; 94 Atividade Antifúngica: C. albians

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S. occidentalis Sementes; Hexânico; Atividade Antibacteriana: K. Folhas Acetato de Etila; pneumoniae; P. aeruginosa; B. 99,100 Hidroalcoólico; subtilis; S. aureus; S. typhi; E. Metanólico; coli Aquoso

Atividade Antifúngica: R. stolonifer; C. albicans P. notatum; A. niger

Atividade Antibacteriana: S. marcescens; B. subtilis; B. S. petersiana Sementes; Éter de petróleo; 29,102 pumilus; B. cereus; S. aureus; Folhas Diclorometano; E. coli Etanólico; Aquoso Atividade Antifúngica: C. albicans S. podocarpa Folhas Óleo Essencial Atividade Antibacteriana: B. subtilis; S. aureus; E. coli; 107 Pseudomonas. spp.; Klebsiella. spp. Proteus spp. Salmonella spp

Atividade Antifúngica: R. stolonifer P. notatum S. racemosa Folhas Metanólico Atividade Antibacteriana: B. subtilis 113;139 S. aureus Atividade Antifúngica: C. albicans; A. niger S. reticulata Folhas; Hidroetanólico; Atividade Antibacteriana: B. 110,119 Cascas Metanólico subtilis; S. aureus; M. phlei

Atividade Antifúngica: T. rubrum; T. mentagrophytes; M. canis S. siamea Folhas; Clorofórmio; Atividade Antibacteriana: P. Cascas Etanólico; aeruginosa; S. aureus; E. coli 127,128 Metanólico;

Aquoso Atividade Antifúngica: A. flavus

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S. skinneri Casca Metanólico Atividade Antibacteriana: S. epidermidis; S. aureus; S. lutea 129

Atividade Antifúngica: F. moniliforme; T. mentagrophytes

S. spectabilis Folhas; Clorofórmio; Atividade Antibacteriana: S. 138,139,140 Flores; Acetato de etila; aureus; B. cereus; Galhos Hidroalcoólico; B. subtilis; E. coli; Bacillus spp. Metanólico; Atividade Antifúngica: C. Aquoso albicans; C. tropicalis; C. parapsilosis

S. tora Sementes; Metanólico; Atividade Antibacteriana: S. 146,147 Folhas Aquoso aureus; P. shigelloides; P. aeruginosa; S. saprophyticus; S. epidermidis; S. pyogenes; V. cholerae; S. flexneri; S. soney; Bacillus sp; S. dysenteriae; Atividade Antifúngica: A. flavus

S. villosa Folhas Hexânico; Atividade Antibacteriana: S. Diclorometano; flexneri; S. soney; B. subtilis; S. Raízes 152,153 Metanólico; aureus; E. coli Aquoso Atividade Antifúngica: C. albicans

5. Senna alata (L.) Roxb Madagascar, Ásia e América do Sul, sendo que no Brasil essa espécie ocorre desde o Norte até o Sudeste do país.14,37 As pesquisas S. alata é conhecida popularmente como etnobotânicas envolvendo S. alata abordam arbusto vela em virtude da forma de suas seus magníficos efeitos na medicina inflorescências; como árvore de micose, tradicional. Em Bangladesh, o suco obtido das devido seu uso tradicional ou ainda como folhas de S. alata é aplicado topicamente no tratamento de doenças dermatológicas como fedegoso-gigante. Na região Nordeste, S. 38 alata é conhecida comumente por canafistão o eczema. Na Tailândia, a decocção a partir ou mata-pastão. S. alata é nativa da América das folhas de S. alata é usado para tratar Central, com ocorrência no Caribe, África, distúrbios do sistema digestório, atuando

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como laxante.39 dotriacontanol (29), n-triacontanol (30), tinevelina glicosídeo (31) (Figura 2).13 Suas folhas são indicadas no tratamento contra helmintíase e doenças de pele, 40,41,42 e a decoccção de seus frutos no tratamento de doenças infecciosas.43 A atividade 6. Senna alexandrina Mill antimicrobiana de extratos aquosos, metanólico, clorofórmio e éter de petróleo das flores de S. alata foi relatada contra S. alexandrina ocorre naturalmente em isolados clínicos de Staphylococcus aureus, Mali, Somália e Quênia, sendo nativa na Ásia, Candida albicans, Escherichia coli, Proteus da Península Arábica até a Índia. S. vulgaris, Pseudomonas aeruginosa e Bacilllus alexandrina é muito cultivada subtilis através do método de difusão em comercialmente na Índia, Sudão, Egito, ágar com zonas de inibição que variaram de 4 Paquistão, China e Coréia. No Brasil, S. a 10 mm contra os micro-organismos alexandrina Mill é popularmente conhecida 47,48 ensaiados.44 como sene. Na Península Arábica e na Grécia, suas folhas são usadas para Para os ensaios antifúngicos, alguns 49,50 constipação e cólicas. Na África, as folhas autores reportaram a atividade do extrato de S. alexandrina, aplicadas na pele ou etanólico das folhas de S. alata frente aos administradas oralmente, são utilizadas fungos Microsporum canis, Trichophyton contra doenças de pele, lesões e mentagrophytes, T. rubrum, Epidermophyton 21 45 constipação. No Brasil, esta espécie é usada floccosum e C. albicans. Estudos reportam 23 no tratamento contra doenças metabólicas. também o uso de suas folhas contra sinusite, Testes químicos qualitativos das folhas de S. tosse, micoses e inflamação dos brônquios.46 alexandrina revelaram a presença de Os estudos químicos revelam a presença flavonoides, fenois, saponinas, glicosídeos, de cassiaindolina (1), crisofanol (2), fisciona carboidratos e taninos em sua composição.47 (3), alatonal (4), reina (5), aloe-emodina (6), Em relação à atividade antibacteriana de emodina (7), isocrisofanol (8), alquinona (9), S. alexandrina, verificou-se que o extrato 1,3,8-triidroxi-2-metilantraquinona (10), metanólico das folhas dessa espécie alatinona (11), 1,5-diidroxi-8-metoxi-2- apresentou efetiva atividade contra B. subtilis metilantraquinona-3-O- -D-glicopiranosídeo β e E. coli com CIM (Concentração Inibitória (12), aloe-emodina-8-O- -glicosídeo (13), β Mínima) de 6,25 mg/mL, e moderada fisciona-1-O-glicosídeo (14), metil- atividade contra S. aureus (CIM de 25,0 rubrofusarina (15), rubrofusarina 6-O- mg/mL) e P. aeruginosa (CIM de 50,0 glicosídeo (16), apigenina (17), quercetina mg/mL).52 Para os ensaios antifúngicos, (18), campferol (19), crisoeriol (20), utilizou-se extratos metanólicos das folhas de campferol-3-O-β-D-glicopiranosil-(16)-β- S. alexandrina e verificaram por meio do Dglicopiranosideo (21), campferol-3-O-β-D- método de difusão em ágar que esta espécie glicopiranosídeo (22) isoramnetina-3-O- apresentou atividade contra T. gentiobiosídeo (23), campferol 3-O- mentagrophytes, E. floccosum e C. albicans. 53 gentiobiosídeo (24), naringina (25), 3,4',7- triidroxiflavanona (26, β-sitosterol-glicosideo (27), 5, 7, 17-hidroxitetratriacontano (28), n-

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Figura 2. Representação estrutural de Metabólitos secundários isolados de S. alata

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60 7. Senna auriculata (L.) Roxb tuberculosis (9 mm), P. fluorescens (8 mm). Estudos com extrato etanólico de S. auriculata revelaram que esta espécie apresentou efetiva inibição contra as S. auriculata é uma espécie das regiões bactérias P. aeruginosa, S. aureus e B. secas da Índia, sendo popularmente subtilis, com variações de 7,2 mm a 20,6 mm conhecida como cassia de curtidor, ou como 61 54 para as referidas espécies. Avaram. Na Índia, as flores e raízes de S. auriculata são utilizadas para aliviar cólicas 55, Observou-se que extratos das folhas de S. no tratamento de diabetes mellitus 56,57 e auriculata obtidos com diferentes solventes também para dores nas costas.58 Na África, as (clorofórmio, acetato de etila, metanol e folhas de S. auriculata são empregadas no água) apresentaram moderada atividade tratamento de candidíase.59 contra o fungo T. tonsurans.62 Quanto aos seus aspectos químicos, foram identificados Foi avaliado também a atividade nas sementes dessa espécie diterpenos bacteriana das flores de S. auriculata pelo glicosilados chamados de auricidasideos (32- método de difusão em disco com o solvente 36), um flavonol glicosilado chamado metanol, apresentando propriedade auricuoflavonosídeo (37), e um antibacteriana contra as bactérias S. typhi (8 megastigmano glicosilado chamado mm), Shigella flexneri (8 mm), E. coli (7 mm), 63 Vibrio cholerae (8 mm), Mycobacterium auricuomegastigmano (38) (Figura 3).

Figura 3. Representação estrutural de metabólitos secundários isolados de S. auriculata

8. Senna didymobotrya (Fresen.) H. fermentado.64-66 De acordo com os estudos etonobotânicos, espécies de S. didymobotrya S. Irwin & Barneby são tradicionalmente utilizadas no Quênia 67 para o tratamento de doenças no gado. Em Uganda, as folhas de S. didymobotrya são S. didymobotrya é encontrada na Etiópia e utilizadas para o tratamento da malária.68 No no Quênia, sendo localmente conhecida Quênia, as infusões das folhas são utilizadas como planta Mursik em razão de sua no tratamento da diabetes,69 contra sarnas, utilização na preparação e conservação do verrugas, sarampo e espinhas.67 ¨mursik¨, que é a designação local para leite

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Observou-se, através do método de 9. Senna hirsuta (L.) H. S Irwin & difusão, que o extrato das folhas de S. Barneby didymobotrya, obtido com solvente acetato de etila, apresentou uma melhor atividade antifúngica contra a levedura C. albicans, seguido dos extratos diclorometano, S. hirsuta possui distribuição no hexânico e etanólico.70 Os extratos brutos de continente americano com ocorrência desde sementes dessa espécie exibiram atividade os Estados Unidos até a Argentina e Brasil. S. hirsuta é popularmente conhecida como contra Aspergillus niger com uma zona de 17 inibição de 22,3 mm de diâmetro.66 fedegoso lamperita. Na medicina tradicional, suas partes aéreas são Estudos realizados com raízes de S. comumente utilizadas por comunidades didymobotrya mostraram que esta espécie chayahuitas como cataplasma.71 Na Tanzânia, tem amplo espectro de comportamento suas folhas são usadas no tratamento da antibacteriano contra E. coli, S. typhi, Serratia pneumonia, hérnia, dor de estômago e dor liquefaciens, Enterobacter aerogenes, B. de cabeça.72 cereus e P. vulgari.65 Resultados semelhantes foram constatados ao verificarem que o Extrato etanólico das folhas de S. hirsuta extrato metanólico das folhas de S. teve uma significativa ação inibitória contra didymobotrya apresentou atividade contra algumas bactérias, com zonas de inibição bactérias isoladas a partir de amostras variando de 12,1 mm a 39,1 mm, em especial clínicas, como B. cereus (19,0 mm ± 0,258), contra K. pneumoniae, P. aeruginosa, E. coli, S. aureus, E. faecium, B. cereus e S. typhi, Klebsiella sp. (14,33 mm ± 0,211), S. typhi 73 (12,50 mm ± 0,563), E. coli, (12,17 mm ± sendo esta última a menos inibida. Foi 0,477), S. pyogenes (11,67 mm ± 0,494), P. verificado também que óleos voláteis vulgaris (10,83 mm ± 0,477) e E. aerogenes extraídos de S. hirsuta apresentaram (10,33 mm ± 0,615).64 Estudos químicos de S. moderada atividade contra as bactérias B. cereus, S. aureus, P. aeroginosa, E. coli e didymobotrya revelaram a presença dos 74 constituintes crisofanol (2), fisciona (3) e contra os fungos C. albicans e A. niger. emodina (7) (Figura 2).13 Estudos químicos revelaram a presença de campferol (19) (Figura 2), 4,4'-bis(1,3,8- triidroxi-2-metil-6-metoxiantraquinona) (39), quercetina (40), campferol 3-O-β-L- rhamnopiranosil (12)-α- lrhamnopiranosídeo (41), campferol 3-O- rutinosídeo (42, rutia, β, β, - triidroxiisohopano (43), estigmasterol (44) e ácido malválico (45) (Figura 4).13

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Figura 4. Representação estrutural de metabólitos secundários isolados de S. hirsuta

10. Senna italica Mill (31,25 ± 0,25) mm na maior concentração de 120 mg/ mL contra S. aureus, S. typhi, E. coli, P. aeruginosa e S. pneumoniae, S. italica cresce naturalmente em todo o respectivamente, sendo observado 75 resultados semelhantes para o extrato Sudão, com distribuição no Golfo Árabe, aquoso. O extrato em hexano das raízes Arábia Saudita, Catar, Baherin e Emirados apresentou zonas de inibição de (29,0 ± Árabes Unidos. Na Arábia Saudita suas folhas 0,41), (20,50 ± 0,50), (11,50 ± 0,41) e (22,80 ± e sementes são usadas para tratar 0,60) mm contra S. aureus, S. typhi, E. coli e constipação e dores estomacais. S. italica é P. aeruginosa, respectivamente, não sendo usada também como purgativa e 50 observado atividade contra S. pneumoniae. O estimulante. Na Etiópia, suas folhas são empregadas para o alívio da dor de extrato aquoso exibiu apenas atividade 76 contra S. aureus, em uma zona de inibição de estomâgo. No Paquistão, S. italica é 79 utilizada para tratar dor lombar, ciática, nas (24,70 ±1,20) mm. articulações e dor de cabeça. 77 Na África do Além disso, o extrato etanólico de S. Sul, suas raízes são utilizadas por curandeiros italica apresentou atividade antimicrobiana locais no tratamento de doenças contra Gardnerella vaginali (CIM de 3,1 sexualmente transmissíveis, como a mg/mL), Neisseria gonorrhoeae (CIM de 0,8 gonorreia.78 mg/mL) Oligella ureolytica (CIM < 12,5 mg/mL) e C. albicans (CIM de 1,6 mg/mL).80 Os ensaios bacteriológicos foram realizados com os extratos aquoso e em Estudos químicos realizados com a fração hexano das folhas e raízes dessa referida obtida com acetona das raízes de S. italica espécie. O extrato em hexano das folhas permitiu identificar o composto 3,4,5- triidroxistilbeno (46) (resveratrol) (Figura 5). exibiram zona de inibição de (20,0 ± 0,82), 81 (32,0 ± 0,50), (32,0 ± 0,50), (33,0 ± 1,64) e

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Figura 5. Representação estrutural de composto isolado de S. italica

11. Senna macranthera (DC. ex Os ensaios frente a quinze cepas de S. aureus isoladas de animais com manifestação Colled.) H. S. Irwin & Barneby de mastite bovina, empregando os métodos de microdiluição e difusão em ágar, evidenciaram que o extrato etanólico das S. macranthera é conhecida como partes aéreas de S. macranthera tem fedegoso, manduirana ou pau-fava, S. atividade antibacteriana contra as estirpes macranthera aparece naturalmente nas estudadas com um CIM de 1,0 mg/mL.87 O florestas semidecíduas de altitude dos 82-85 extrato metanólico das folhas de S. estados do Ceará até São Paulo macranthera apresentou atividade Popularmente a decocção do fruto de S. antifúngica contra Cryptococcus neofarmans macranthera é usado contra contipações e 85 e C. albicans, ambos com CIM de 5,0 gripe. Extratos em diclorometano e etanol mg/mL.88 Estudos realizados com os extratos de S. macranthera apresentaram boa das folhas em hexano, diclorometano, atividade contra várias cepas de S. aureus, acetato de etila, metanol e butanol com zonas de inibição variando de (10,0 ± reveleram a presença das substâncias 0,58) a (16,0 ± 0,58) mm para o extrato crisofanol (2), fisciona (3), emodina (7) diclorometano, e de (10,0 ± 0,58) a (15,0 ± (Figura 2) e rubrofusarina (47) (Figura 6).13 0,23) mm para o extrato etanólico.86

Figura 6. Representação estrutural de composto isolado de Senna macranthera

12. Senna obtusifolia (DC. ex No Mali, por exemplo, a decocção preparada a partir das folhas de S. obtusifolia é usada Colled.) H. S. Irwin & Barneby como antimalárica.91 No território africano, curandeiros tradicionais fazem o chá com as raízes para tratar problemas nos órgãos S. obtusifolia é provavelmente nativa do sexuais masculinos, estomacais e cólicas continente Americano, com distribuição menstruais.92 Outros estudos etnobotânicos desde os Estados Unidos até o Brasil e reportam ainda sua aplicação como Argentina, sendo conhecida como fedegoso, antidiarreica 76 e suas raízes e folhas como fedegoso-branco mata-pasto e mata-pasto antiúlcera.93 liso. S. obtusifolia também é encontrada em regiões tropicais da Ásia17,35,89 e na África.90 A rigor, a literatura mostra alguns

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resultados importantes sobre a atividade medicinalmente em Gabão como anti- antioxidante 94 e antifúngica do extrato helmíntica.42 Nas Filipinas, as folhas de S. metanólico do talo de S. obtusifolia contra C. occidentalis são aplicadas como cataplasmas albicans.94 Usando o extrato etanólico do para o tratamento de músculos inchados.41 caule e da folha de S. obtusifolia, analisou-se Na medicina tradicional brasileira, S. atividade antibacteriana frente a duas cepas occidentalis é usada contra micose, verme, de S. aureus ATCC 25923 e ATCC 27853. O dengue, dor local, febre, icterícia, tosse, extrato etanólico do caule para S. aureus sinusite, gripe, problemas respiratórios, na exibiu halos de inibição que variaram de 8 próstata, má digestão, fígado, hepatite e mm a 9 mm, já o mesmo extrato das folhas malária.98 apresentou halos de <7 mm a 8,5 mm. 94 Estudos realizados in vitro mostraram que Em estudos químicos, foi constatada a extratos aquosos das sementes, extratos presença de crisofanol (2), fisciona (3), reina hidroalcoólicos das partes aéreas e das (5), aloe-emodina (6), emodina (7) (Figura 2), sementes de S. occidentalis apresentaram estigmasterol (44) Figura 3, desmetilobtusina atividade antibacteriana de forma variável (48), 7-metilfisciona (49), questiona (50), 8-O- contra E. coli, P. aeruginosa e S. aureus.99 Os metilcrisofanol (51), 1,5-diidroxi-3-metoxi-7- extratos em metanol, hexano e acetato de metilantraquinona (52), 1-hidroxi-7-metoxi-3- etila das folhas de S. occidentalis exibiram metilantraquinona (53), crisofaneina (54), uma notável atividade contra S. aureus, E. obtusifolina (55), aurantio-obtusina (56), 1-O- coli, B. subtilis, P. aeruguinosa, S. typhi e K. metil-emodina (57), obtusina (58), glicosil- pneumoniae. Foi observado também obtusifolina (59), aurantioobtusina-6-O-β-D- atividade antifúngica contra C. albicans, A. glicopiranosideo (60), crisoobtusina (61), niger, P. notatum e R. stolonifer para o glicosil-crisoobtusina (62), 1- extrato em metanol.100 desmetilaurantio-obtusina-2-O- - β Estudos químicos realizados revelaram a dglicopiranosídeo (63), alaternina (64), 1,8- presença de crisofanol (2), fisciona (3), aloe- diidroxi-3-metoxi-6-metilxantona (65), emodina (6), emodina (7), apigenina (17), isogentisina (66), 1,7-diidroxi-3-metilxantona (Figura 2), questiona (51), 8-O-metilcrisofano (67), nor-rubrofusarin-6-O- -D-(6'-O-acetil)- β (52), 1-hidroxi-7-metoxi-3-metilantraquinona glicopiranosídeo (68), euxantona (69), (54), obtusifolina (56), aurantioobtusina (57), isoramnetina-3-O-gentiobiosídeo (70), lupeol obtusina (59), glicosil-obtusifolina (60), (71), friedelina (72), ácido betulínico (73 - , α crisoobtusina (62) (Figura 6), islandicina (79) , amirina (74), tinevelina glicosídeo (75), ácido 1-O-metilcrisofanol (80), fisciona-1-O- 2-benzil-4-hidroxibenzoico-6-O- -D- β glicosideo (81), 1,3-diidroxi-6,7,8-trimetoxi-2- glicopiranosídeo (76), ácido 2-benzil-6- metilantraquinona-3-O-α-rhamnopiranosil- hidroxibenzóico-4-O-β-D-glicopiranosídeo →-β glicopiraosil→-β- (77), ácido 2-benzil-4,6-diidroxibenzóico (78) galactopiranosídeo (82), 1-hidroxi-3,6,7, 8- (Figura 7).13 tetrametoxi-2-metilantraquinona 1-O-α- rhaopiraosil→-β-glicopiranosil →-β-galactopiranosideo (83), pinselina 13. Senna occidentalis (L.) Link (84), cassiolina (85), crisoeriol (86), vitexina (87), occidentalol I (88), occidentalol II (89),

cassioccidentalina A (90), cassioccidentalina B S. occidentalis é uma espécie nativa das (91), cassioccidentalina C (92), N- Américas com distribuição pantrópica, sendo metilmorfolina (93), 1,7-diidroxi-3- encontrada em todo o território brasileiro em metilxantona (94), 4,4,5,5 tetraidroxi-2,2- que é popularmente conhecida como dimetil 1,1 biantraquinona (95, α- 96,97 fedegoso, café negro e mata-pasto. As hidroxiantraquinona (96), dantrona (97), folhas de S. occidentalis são utilizadas jaceidina-7-ramnosídeo (98), matteucinol-7-

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ramnosideo (99), ácido ciclocidentálico A III (103), ciclocidentalisideo IV (104), (100), ciclocidentalisideo I (101), ciclocidentalisideo V (105) (Figura 8).123 ciclocidentalisideo II (102), ciclocidentalisideo

Figura 7. Representação estrutural de metabólitos secundários isolados de S. obtusifolia

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Figura 8. Representação estrutural de metabólitos secundários isolados de Senna occidentalis

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14. Senna petersiana (Bolle) Lock de S. petersiana foram capazes de inibir bactérias Gram-positivas (S. aureus ATCC 12600) e Gram-negativas (E. coli ATCC 11775), bem como um fungo (C. albicans S. petersiana é de ocorrência na África do ATCC 10231) com CIMs variando de 0,20 Sul, com distribuição desde até 102 101 mg/mL a > 12,50 mg/mL . Moçambique. S. petersiana ou Munembenembe, como é conhecida,92 A avaliação do extrato etanólico de apresenta propriedades medicinais, ao passo sementes de S. petersiana frente a B. cereus, que na África do Sul, o chá das sementes e B. pumilus, B. subtilis, S. aureus e S. raízes dessa espécie é utilizado para tratar a marcescens mostrou a formação de zona de candidíase, cólicas menstruais e a inibição de 20,0 mm.29 Estudos químicos de S. infertilidade. 59,92 petersina revelaram a presença protobutinidinas, uma classe de A avaliação da atividade antimicrobiana antocianidinas (Figura 9).18 revelou que os extratos em etanol, éter de petróleo, diclorometano e aquoso das folhas

OH OH OH HO O HO O HO O OH OH OH OH OH OH OH HO O HO O OH OH HO O OH OH OH OH OH OH OH

106 107 108 Figura 9. Representação estrutural de metabólitos secundários isolados de Senna petersiana

15. Senna podocarpa (Guill. et significativa frente a E. coli, com zona de inibição e CIM de 15,3 ± 0,5 mm e 0,6 mg/mL, Perr.) Lock respectivamente. Foi observado também moderada atividade contra B. subtilis (12,0 ± 1,0 mm e 1,3 mg/mL), S. aureus, (11,7 ± 1,2 S. podocorpa é uma espécie amplamente mm e 1,3 mg/mL), Pseudomonas spp, (17,0 ± distribuída no oeste da África, com 0,5 mm e 1,3 mg/mL), Klebsiella spp. (13,0 ± ocorrência também na Nigéria, onde é 103 0,7 mm e 2,5 mg/mL) e Proteus spp. (12,3 ± localmente conhecida como Asunwon. Na 1,3 mm e 2,5 mg/mL), e baixa atividade Nigéria, a decocção das folhas e raízes de S. contra Salmonella spp. (10,0 ± 0,2 mm e 5 podocarpa são utilizadas pela população no mg/mL). Este mesmo estudo relatou ainda tratamento do diabetes 104 e como anti- 105 atividade antifúngica contra P. notatum (21,0 malárica. Outros estudos reportam ainda o ± 1,5 mm e 0,6 mg/mL) e R. stolonifer (28,3 ± uso das folhas dessa espécie em Guiné-Bissau 2,9 mm e 0,3 mg/mL).107 Ensaios químicos no tratamento de problemas intestinais, qualitativos do extrato etanólico e aquoso inflamações da pele, feridas, queimaduras e das folhas de S. podocarpa revelaram a também contra problemas na gravidez, no presença de flavonoides, taninos, saponinas e parto e contra doenças manifestadas em antraquinonas em sua composição.108 recém-nascidos.106

O óleo essencial das folhas de S. podocarpa exibiu atividade antibacteriana Rev. Virtual Quim. |Vol 9| |No. 6| |2506-2538| 2524

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16. Senna racemosa (Mill.) H. S. ramos de S. racemosa permitiu o isolamento dos compostos 5-hidroxi-6-metilpiperidina-2- Irwin & Barneby il-dodecan-2-ona (109) e 8,9-di-hidroxi-3- metoxi-2,2,6-trimetil-(2H)-antracen-1-ona (110), respectivamente (Figura 10).112 S. racemosa é nativa da península de Yucatan, no México, sendo localmente O extrato metanólico das folhas de S. conhecida como kaanlool, kaan-lol-che e racemosa foram ativos contra C. albicans e A. jabin-peek.109,110 Na medicina tradicional de niger com zona de inibição de 13 e 14 mm, 139 Yucatan, as infusões das folhas são respectivamente. O alcaloide isolado (109) empregadas no tratamento para diarreia.111 das folhas de S. racemosa apresentou CIM de 2,5 mg/mL tanto para B. subtilis como para S. O estudo químico das folhas e casca dos aureus, e 5,0 mg/mL para C. albicans.113

Figura 10. Representação estrutural de metabólitos isolados de Senna racemosa

17. Senna reticulta (Willd.) H.S metanólico de S. reticulata revelou que esta espécie tem atividade contra M. phlei, B. Irwin & Barneby subtilis e S. aureus.119 Outros estudos evidenciaram que o extrato hidroetanólico das folhas e cascas de S. reticulata possuem S. reticulata possui distribuição geográfica atividade antifúngica significativa frente aos em quase toda a América Latina, sendo fungos T. rubrum, T. mentagrophytes e M. popularmente conhecida como maria-mole, 110 114,115 canis. Estudos químicos do extrato aquoso mangerioba ou mata-pasto. No Brasil, das folhas de S. reticulata revelaram a as folhas de S. reticulata são utilizadas contra 116 presença das seguintes substâncias: o reumatismo, hipoglicemia e dermatites. crisofanol (2), fisciona (3), aloe-emodina (6), Na Bolívia, suas folhas são empregadas no emodina (7), campferol (19) (Figura 2), tratamento de micoses e pruridos na pele.117 estigmasterol (44 Figura , α-amirina (74) Na Guiana Francesa, suas raízes são utilizadas (Figura 6), lunatina (111), 1,3,8- como remédios curativos e preventivos triidroxiantraquinona (112), crisofanol- contra a malária. 118 10,10-biantrona (113), -amirina (114, β- A avaliação antibacteriana de extrato sitosterol (115) e (Figura 11).13

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Figura 11. Representação estrutural de metabólitos secundários isolados de Senna reticulata

18. Senna siamea (Lam.) H.S Irwin realizado com extrato etanólico das folhas de S. siamea, que apresentou atividade inibitória & Barneby contra S. aureus e E. coli, com zonas de inibição de 12 mm e 20 mm, respectivamente.127 S. siamea é uma espécie originária da Tailândia e do sudeste da Ásia popularmente Para a atividade antifúngica, observou-se conhecida como cássia-de-sião.121 Esta que o extrato metanólico das folhas e cascas espécie é frequentemente utilizada na dessa espécie apresentaram efetiva inibição medicina tradicional, ao passo que na África contra A. flavus com CIM e CFM esta planta é usada no tratamento da (Concentração Fungicida Mínima) de 6,25 128 malária. 122,123. A decocção de suas raízes e mg/mL e 12,5 mg/mL, respectivamente. madeira é empregada para o tratamento da Estudo químico realizado com S. siamea gonorreia e diabetes, respectivamente. 124,125 demonstrou a presença de emodina (7), apigenina (17), campferol (19) (Figura 2), A atividade antibacteriana de S. siamea foi lupeol (71), friedelina (73), ácido betulínico avaliada contra P. aeruginosa, usando o (74) (Figura 6), estigmasterol (44) (Figura 3), método de difusão em disco, com o extrato β-sitosterol (115) (Figura 10), cassiarina A das folhas em clorofórmio, etanol e água. Foi (116), cassiarina B (117), cassiarina C (118), demonstrado que o extrato aquoso foi o mais ácido oleanólico (119), ácido ursólico (120), ativo, seguido do extrato em etanol e 126 luteolina (121), barakol (122) e 10,11- clorofórmio. Estudo semelhante foi diidroanidrobarakol (123) (Figura 12).13

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Me Me O Me Me N N O N Me Me Me O O O Me Me Me 116 117 118 OH OH

COOH HO O COOH

HO HO OH O

119 120 121 Me Me O O OH

HO O Me Me O

122 123 Figura 12. Representação estrutural de metabólitos secundários isolados de Senna siamea

19. Senna skinneri (Benth.) H.S 20. Senna spectabilis (DC.) H.S Irwin & Barneby Irwin & Barneby

S. skinneri possui distribuição na América S. spectabilis var excelsa, popularmente Central e no México, onde é localmente conhecida como cássia-do-nordeste, é uma conhecida como Parácata.129,130 Na medicina planta encontrada nos cerrados e nas tradicional mexicana, S. skinneri é caatingas do Nordeste brasileiro.133,134 Na comumente empregada no tratamento de medicina popular de Uganda, o chá distúrbios gastrointestinais e respiratórios, preparado com as folhas de S. spectabilis var infecções, doenças cutâneas e do tecido excelsa, é utilizado no tratamento contra a conjuntivo, além de antiparasitário e malária.135 Agricultores do Sítio Cruz, em São purgativo.131 Ensaios antimicrobianos Miguel, no Rio Grande do Norte, preparam o realizados com esta espécie mostraram que o chá com as raízes dessa espécie contra a extrato metanólico proveniente da casca de gripe.136 Nas comunidades rurais de Oeiras, S. skinneri apresentou atividade contra no semiárido piauiense, as folhas são bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, utilizadas contra erisipela, uma doença sendo as cepas mais sensíveis S. aureus, S. infecciosa aguda, causada por Estreptococos epidermidis e S. lutea CIM = μg /L, pyogenes.137 com atividade também contra os fungos Nos ensaios biológicos, constatou-se que Fusarium moniliforme e T. mentagrophytes extratos aquosos das flores e folhas de S. co o CIM de e μg/L, spectabilis var excelsa, foram capazes de respectivamente.129 Testes químicos inibir o crescimento do micro-organismo B. qualitativos identificaram a presença de cereus, com uma zona de inibição de 20-25 fenóis e taninos nas folhas de S. skinneri.132 mm de diâmetro.138 Os extratos das folhas

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em clorofórmio, metanol e acetato de etila de 15,6 mg/mL a >1000 mg/mL para as foram ativos contra Bacillus sp., com zonas diferentes partes de S. spectabilis. 140 de inibição de 8 mm, 18 mm e 24 mm, Estudos químicos de S. spectabilis var respectivamente. Entretanto, apenas o spledida levou ao isolamento e identificação extrato em acetato de etila apresentou de β-sitosterol-O-glicosideo (27) (Figura 2), atividade contra todas as bactérias ensaiadas, lupeol (72), estigmasterol (44) (Figura 3), com zona de inibição de 22 mm para E. coli, e friedelina (72), ácido betulínico (73, α- 24 mm para S. aureus.139 Ao avaliar a amirina (74) (Figura 6), cassina (112) (Figura atividade antimicrobiana dos extratos -sitosterol (115), -amirina (118) (Figura aquosos e hidroalcoólicos das folhas, flores e 9, β 10), ácido oleanólico (119), ácido ursólico galhos de S. spectabilis var excelsa, os (120) (Figura 11), iso-6-cassina (124), cafeína autores concluíram que todos foram ativos (125), cicloeucalenol (126) e estigmasterol-O- contra B. subtilis, C. parapsilosis, C. tropicalis glicosídeo (127) (Figura 13).13 e apresentaram moderada atividade contra C. albicans. Os valores de CIMs que variaram

Figura 13. Representação estrutural de metabólitos secundários isolados de Senna spectabilis var excelsa

21. Senna tora (L.) Roxb tora foram ativos contra as estirpes de S. aureus, S. epidermidis, S. saprophyticus, S. pyogenes, Plesiomonas shigelloides, S. Senna tora (L.) Roxb, cujo nome popular é dysenteriae, S. flexneri, S. sonnei, V. cholerae e P. aeruginosa, com zona de inibição que fedegoso, é um arbusto de ocorrência em 146 países tropicais, como a Índia, Paquistão, variaram de 9 mm a 13 mm. Em ensaios Bangladesh e oeste da China.141,142 Alguns antifúngicos com extratos brutos de estudos abordam sua aplicação medicinal.143 sementes de S. tora, observou-se atividade inibitória contra tripsinas e proteases de A. Na região marítima do Togo, a infusão e a 147 decocção das folhas de S. tora são utilizadas flavus e Bacillus sp. Testes químicos para o tratamento de doenças hepáticas.144 qualitativos identificaram a presença de Na Tailândia, curandeiros tradicionais saponinas, carboidratos, esteroides, gomas e taninos no extrato alcoólico das partes preparam a decocção desta planta no 148 combate a insônia, constipação e contra as aéreas dessa espécie. doenças de pele.145 No Maranhão, a comunidade de Brejinho usa o chá de S. tora para o tratamento da gripe, febre, suor 22. Senna villosa Mill noturno de tuberculose, problemas hepáticos e gonorreia. 141 S. villosa é uma leguminosa do Caribe e do Nos ensaios antibacterianos, usando o Sul do México.149 Em Yucatán, no México, S. método de difusão em ágar, os extratos villosa é conhecida como saalche e boxsaal, metanólico e aquoso das partes aéreas de S. cujo o significado no espanhol é feijão

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preto. Na medicina tradicional, o banho das É possível afirmar que o gênero Senna folhas de S. villosa são utilizadas localmente possui um registro de espécies que no tratamento de doenças dermatológicas, apresentam um grande potencial como as espinhas.150,151 antibacteriano e antifúngico. Quanto aos estudos químicos, esta revisão comprovou Ensaios antimicrobianos reveleram que o que a literatura ainda carece de informações extrato em diclorometano das folhas de S. acerca dos compostos de maior relevância villosa foi ativo contra S. aureus, B. subtilis e nessas espécies, fazendo-se necessário mais C. albicans, enquanto o extrato em hexano estudos a fim de identificar compostos que mostrou atividade contra o micro-organismo possam ser úteis na indústria farmacêutica. B. subtilis.152 Os extratos metanólicos e aquosos das raízes e partes aéreas de S. Levando em consideração a composição villosa apresentaram propriedade química diversificada e o potencial antibacteriana contra E. coli, S. sonnei, S. antimicrobiano comprovado, as espécies de flexneri com zonas inibição de 26,7; 16,0 e Senna spp. abordadas neste trabalho 16,7 mm, respectivamente.153 Testes possuem uma notável relevância do ponto de químicos qualitativos identificaram a vista medicinal, uma vez que elas podem presença de quinonas, esteroides, contribuir significativamente para o flavonoides e antraquinonas.154 desenvolvimento de estudos inovadores envolvendo a prospecção química e biológica

vegetal, possibilitando a ampliação dos 23. Considerações finais horizontes de pesquisa para a produção de fitoterápicos eficazes e de qualidade.

Das espécies pesquisadas, 12 (72,2%) Referências Bibliográficas apresentam estudos químicos com 127 compostos relatados na literatura que serviu de fonte para este estudo. Os componentes 1 Wannmacher, L. Uso indiscriminado de químicos mais citados foram o crisofanol e antibióticos e resistência microbiana: Uma fisciona, sendo as espécies de S. alata, S. guerra perdida? Uso racional de obtusifolia e S. occidentalis as mais medicamentos: Temas selecionados 2004, 1, estudadas, dentro de uma perspectiva 1. [Link] química. Além do mais, metabólitos 2 Martins, A. O. B. P. B.; Dissertação de secundários, como flavonoides, Mestrado, Universidade Regional do Cariri, antraquinonas, fenóis e taninos, foram Crato, 2013. [Link] identificados nas espécies de S. alexandrina, 3 Portillo, A.; Vila, R.; Freixa, B.; Adzet, T.; S. podocarpa, S. skinneri, S. tora e S. villosa. Cañigueral, S. Antinfungical activity of Todas as espécies de Senna spp. Paraguayan used in tradicional estudadas possuem aplicabilidade para medicine. Journal o Ethnopharnacology 2001, diversos usos populares registrados, como 76, 93. [CrossRef] [PubMed] para o tratamento de cólicas, diabetes, 4 Gomes, E. C. D. S.; Barbosa, J.; Vilar, F. C. R.; malária, peneumonia, dor de cabeça, Perez, J. O.; Vilar, R. C.; Freire, J. L. D. O.; constipação, úlcera, hepatite, candidíase, Lima, A. N. D.; Dias, T. J. Plantas da Caatinga queimaduras, dermatites e gonorreia. Com de uso terapêutico: levantamento ênfase no estudo farmacológico, todas as etnobotânico. Engenharia Ambiental 2008, 5, espécies estudadas apresentaram 74. [Link] propriedades antifúngicas e antibacterianas 5 Araújo, E. R. D.; Oliveira, D. C.; Soares, T. D. contra a maioria dos micro-organismos C.; Langassner, S. M. Z.; Tavares, J. C. M.; testados, entre eles S. aureus, P. aeruginosa, Silva, D. G. K. C. Avaliação do potencial B. subtilis e C. albicans. antimicrobiano de extrato hidroalcoólico e

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