Nº 13 | MAIO / JUNHO 2011 www.arhtejo.pt

ARH do Tejo obtém Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade EDITORIAL ARH do Tejo obtém Certificação Neste número da INFOTEJO damos destaque do Sistema de Gestão aos Planos de Gestão que a ARH do Tejo se da Qualidade encontra a desenvolver, nomeadamente o Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo (PGRH do Tejo) e o Plano das Bacias Hidrográficas das Ribeiras do Oeste (PBH das Ribeiras do Oeste). Estes trabalhos são, acima de tudo, instrumentos de planeamento que visam orientar a protecção e a gestão dos recursos hídricos, no sentido de compatibilizar utilizações e disponibilidades e garantir a protecção e a valorização ambiental, social e económica das águas ao nível da bacia hidrográfica.

É justamente sobre as diferentes vertentes dos Planos de Gestão que escrevem os três autores convidados desta edição : Rui Ferreira dos Santos coloca a questão da Abordagem Económica dos Planos de Gestão de Região Hidrográfica; Manuel Oliveira da Silva e Luís Ribeiro escrevem sobre o Estado e Medidas relativas às Águas Com o objectivo de prestar um serviço de Qualidade, com foco no Cliente, a ARH do Subterrâneas nas bacias do Tejo e Ribeiras do Tejo tem vindo a definir e a implementar um Sistema de Gestão da Qualidade, tendo Oeste, e António Carmona Rodrigues apresenta obtido recentemente a respectiva Certificação. >>> Pág. 12 o Estudo Piloto da Bacia do Rio Alviela. Na secção de notícias damos conta da obtenção da Certificação do Sistema de Gestão da RECURSOS HÍDRICOS: PLANEAR E GERIR Qualidade da ARH do Tejo, que abrange todas O novo ciclo de planeamento dos recursos hídricos efectivamente o seu início em Maio de 2010, altura as suas actividades e unidades orgânicas. desenvolvido pela ARH do Tejo teve formalmente em que foram celebrados os contratos com as Apresentamos as 45 praias galardoadas em 2011 início após a publicação dos Despachos MAOTDR empresas vencedoras do procedimento concursal. com a Bandeira Azul da Europa e destacamos n.º 18313/2009 (Região Hidrográfica 4) e Convém recordar que este procedimento constou as duas sessões de debate realizadas em n.º 18431/2009 (Região Hidrográfica 5), em 31 de de um Concurso Público Internacional por Lotes, Constância e , sobre os projectos "Tejo Julho de 2009, relativos à autorização de abertura tendo sido definidas cinco áreas temáticas: a pé" e "Roteiro do Tejo", bem como a sessão de concurso para a elaboração do Plano de Gestão Recursos Hídricos Superficiais Interiores; Recursos sobre Limpeza e Desobstrução de Linhas de de Região Hidrográfica do Tejo e Plano de Bacia Hídricos Subterrâneos; Águas Costeiras; Análise Água que teve lugar em Santarém. Falamos ainda Hidrográfica das Ribeiras do Oeste. No entanto, Económica; Avaliação Ambiental Estratégica e de desporto: é o caso da Audi MedCup e do Quiksilver Pro , dois eventos desportivos do ponto de vista operacional, o processo teve Participação Pública. >>> Pág. 10-11 ao mais alto nível realizados em Cascais e Mafra.

OPINIÃO Manuel Oliveira da Silva e Luís MUNICÍPIO Finalmente, no espaço município, seguimos rumo Rui Ferreira dos Santos Ribeiro Alcobaça a Alcobaça, "Terra de Paixão", nas palavras de A abordagem económica nos Planos Águas subterrâneas nas bacias do Tejo Projecto de Paulo Jorge Marques Inácio um concelho para de Gestão de Região Hidrográfica e Ribeiras do Oeste - Estado Requalificação viver, para passear, para sentir, para visitar, para e Medidas >>> Pág. 06-07 >>> Pág. 02-03 e Valorização conhecer, para crescer, para empreender. O António Carmona do rio Alcoa ENTREVISTA da nascente Projecto de Requalificação e Valorização do Rio Rodrigues à foz Alcoa é um exemplo da aposta dos municípios Estudo Piloto - Bacia do rio Alviela Rodrigo Proença de Oliveira >>> Pág. 26-27 de Alcobaça e Nazaré na preservação deste >>> Pág. 04-05 O desafio das alterações climáticas >>> Pág. 08-09 importante recurso e áreas envolventes.

Manuel Lacerda Presidente da ARH do Tejo OPINIÃO OPINIÃO água a incluir no programa de medidas nos termos do artigo 11.º objectivos para o nível de recuperação de custos; e) avaliação Rui Ferreira dos Santos * (anexo III). da capacidade de pagamento dos utilizadores; f) análise dos incentivos da política de preços enquanto instrumento de incentivo De acordo com estas orientações, a Lei da Água consagra três à utilização eficiente da água e de estabelecimento de um A ABORDAGEM ECONÓMICA NOS PLANOS aspectos fundamentais: contributo adequado à recuperação de custos, incluindo os custos ambientais e de escassez; g) realização da análise custo- DE GESTÃO DE REGIÃO HIDROGRÁFICA: - reconhece o princípio do valor económico da água, “por força eficácia do programa de medidas; h) contribuição para o do qual se consagra o reconhecimento da escassez actual ou estabelecimento de objectivos e a justificação de eventuais potencial deste recurso e a necessidade de garantir a sua derrogações/prorrogações. cumprir uma obrigação ou desenvolver um utilização economicamente eficiente, com a recuperação dos custos dos serviços de águas, mesmo em termos ambientais e A componente de análise económica tem de ser transversal às de recursos, e tendo por base os princípios do poluidor-pagador diversas fases de desenvolvimento dos Planos, desde a contributo essencial para a gestão das RH? e do utilizador-pagador” (artigo 3.º, n.º 1, alínea c); caracterização à definição dos objectivos e do programa de medidas. A eficácia da sua contribuição para a gestão da água - estabelece que os Planos de Gestão de Bacia Hidrográfica na RH está muito dependente da qualidade da informação devem compreender “a análise económica das utilizações da incorporada, da aplicação das metodologias adequadas e da Nos últimos anos verificou-se uma evolução significativa no de assegurar o financiamento do sector. A ciência económica água, incluindo a avaliação da recuperação de custos dos capacidade de integração com as restantes componentes do enquadramento institucional e legislativo para a gestão da água, realça a necessidade de se reconhecer que a procura e a oferta serviços de águas e a identificação de critérios para a avaliação Plano. Para melhorar as capacidades de gestão das ARH, tem a nível comunitário e nacional. Um dos aspectos mais evidentes de água dependem do preço. A existência de “preços errados” da combinação de medidas com melhor relação custo-eficácia” de contribuir para criar uma base de informação sólida e produzir dessa mudança tem sido o reconhecimento do potencial contributo não dá o sinal de incentivo adequado aos agentes, nomeadamente (artigo 29.º, n.º1, alínea g); resultados que promovam decisões mais eficazes, eficientes, da economia da água para a promoção de decisões mais para promover a gestão eficiente e para assegurar o financiamento justas e suportadas no conhecimento. Esse será o corolário de sustentáveis do ponto de vista ambiental, económico e social. dos serviços de águas. - exige o estabelecimento de um programa de medidas para cada uma abordagem que deve salientar o valor económico, os conflitos região hidrográfica que inclua medidas “destinadas à concretização e as restrições financeiras determinantes que estão associados A água é um recurso natural complexo que suporta a vida, sendo O reconhecimento da importância destes aspectos conduziu à dos princípios da recuperação dos custos dos serviços de águas à utilização da água na região. igualmente um bem social e económico, essencial e insubstituível consagração da abordagem económica como uma orientação básica e do utilizador-pagador, através do estabelecimento de uma para uma grande diversidade de usos. A água é procurada como da Directiva Quadro da Água (DQA - Directiva 2000/60/CE, de 23 de política de preços da água e da responsabilização dos utilizadores, A análise económica nos Planos de Gestão de Região/Bacia bem de consumo final, factor de produção, suporte de actividades Outubro) e da Lei da Água (LA - Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro). em consonância com a análise económica das utilizações da Hidrográfica não é uma tarefa fácil porque é fundamental dar um de recreio, elemento essencial para os processos ecológicos e/ou A DQA pode mesmo considerar-se como a primeira Directiva água e com a correcta determinação dos custos dos serviços de salto qualitativo em relação ao conhecimento existente, embora bem cultural, sendo o seu valor económico resultante desta comunitária que consagra de uma forma integrada a perspectiva águas associados com as actividades utilizadoras dos recursos com a consciência que o processo não se encerra no diversidade de procuras. económica na gestão de um recurso natural. Por exemplo, a DQA hídricos” (artigo 30.º, n.º 3, alínea f). desenvolvimento dos Planos de Gestão. estabelece que os Estados Membros devem para cada região O contributo da economia tem vindo a tornar-se mais relevante hidrográfica realizar uma análise económica da utilização da água É neste enquadramento que surge a análise económica como Trata-se de uma nova forma de abordar a gestão da água, à medida que os sinais de escassez de água se têm agudizado e (artigo 5.º), garantir a amortização dos custos dos serviços hídricos parte integrante dos Planos de Gestão de Região/Bacia Hidrográfica complementar de outras abordagens e que requer uma adequada que os custos da provisão dos serviços de águas com o nível de sob determinadas condições (artigo 9.º) e determinar, com base em que estão a ser desenvolvidos. A ARH do Tejo tem vindo a fazer articulação para que se aproveite o seu potencial. Para além das qualidade pretendido têm vindo a aumentar. Daqui decorre a estimativas dos seus custos potenciais, a combinação de medidas um enorme esforço para dar o devido relevo a esta componente, especificidades técnicas, o sucesso da abordagem económica exige necessidade de promover uma afectação eficiente do recurso e com melhor relação custo/eficácia no que se refere às utilizações da designadamente no desenvolvimento dos PGRH do Tejo e PBH mudanças substanciais na forma de organização das autoridades, das Ribeiras do Oeste. Realça-se a decisão de dedicar uma área na capacitação das equipas técnicas, na estratégia de provisão de autónoma do desenvolvimento destes planos a essa componente informação, e na comunicação com as partes interessadas e o (Lote 4 - Análise Económica), com um caderno de encargos público em geral. Os resultados económico-financeiros são abrangente e exigente. fundamentais para basear as decisões das autoridades, mas são igualmente importantes para outros agentes do sector. Os PGRH/PBH em desenvolvimento têm como objectivo aprofundar o conhecimento sobre aspectos tão diversificados Apesar de não ser ainda possível realizar um balanço definitivo como: a) caracterização sócio-económica da RH; b) avaliação deste processo, realça-se a evolução verificada em relação a da importância da água para a economia da RH; c) identificação exercícios anteriores de planeamento. Finalmente parece que a das principais tendências da procura e da oferta de água análise económica das utilizações da água já é considerada mais (cenarização prospectiva); d) identificação dos volumes, do que uma mera exigência legislativa a cumprir. É importante que necessidades de investimento, e custos de operação associados se continue o percurso até que seja reconhecida e adoptada como aos serviços da água, de modo a permitir avaliar e estabelecer uma componente essencial para a gestão sustentável da água.

* Rui Ferreira dos Santos é Professor Associado no Departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT-UNL). Responsável por diversas disciplinas em Cursos de Mestrado e Doutoramento, incluindo Economia do Ambiente, Economia da Água e Economia Ecológica. Coordena o Grupo de Economia Ecológica e Gestão do Ambiente do Centro de Investigação em Ambiente e Sustentabilidade - CENSE da FCT-UNL, onde desenvolve actividades de investigação na área da economia do ambiente e economia ecológica, com particular ênfase na concepção e aplicação de instrumentos de política de ambiente, sobretudo instrumentos económicos, avaliação económica, regulação económica e métodos de decisão e participação em ambiente. Na qualidade de consultor do INAG acompanhou o desenvolvimento da 1.ª geração de Planos de Bacia Hidrográfica e é actualmente consultor de diversas ARH para o acompanhamento da componente de análise económica dos Planos de Gestão de Região Hidrográfica que se encontram em desenvolvimento. Foi Vogal do Conselho Mouchão dos Coelhos - Chamusca Directivo do IRAR entre Março de 2003 e Novembro de 2006.

02 03 OPINIÃO OPINIÃO água a incluir no programa de medidas nos termos do artigo 11.º objectivos para o nível de recuperação de custos; e) avaliação Rui Ferreira dos Santos * (anexo III). da capacidade de pagamento dos utilizadores; f) análise dos incentivos da política de preços enquanto instrumento de incentivo De acordo com estas orientações, a Lei da Água consagra três à utilização eficiente da água e de estabelecimento de um A ABORDAGEM ECONÓMICA NOS PLANOS aspectos fundamentais: contributo adequado à recuperação de custos, incluindo os custos ambientais e de escassez; g) realização da análise custo- DE GESTÃO DE REGIÃO HIDROGRÁFICA: - reconhece o princípio do valor económico da água, “por força eficácia do programa de medidas; h) contribuição para o do qual se consagra o reconhecimento da escassez actual ou estabelecimento de objectivos e a justificação de eventuais potencial deste recurso e a necessidade de garantir a sua derrogações/prorrogações. cumprir uma obrigação ou desenvolver um utilização economicamente eficiente, com a recuperação dos custos dos serviços de águas, mesmo em termos ambientais e A componente de análise económica tem de ser transversal às de recursos, e tendo por base os princípios do poluidor-pagador diversas fases de desenvolvimento dos Planos, desde a contributo essencial para a gestão das RH? e do utilizador-pagador” (artigo 3.º, n.º 1, alínea c); caracterização à definição dos objectivos e do programa de medidas. A eficácia da sua contribuição para a gestão da água - estabelece que os Planos de Gestão de Bacia Hidrográfica na RH está muito dependente da qualidade da informação devem compreender “a análise económica das utilizações da incorporada, da aplicação das metodologias adequadas e da Nos últimos anos verificou-se uma evolução significativa no de assegurar o financiamento do sector. A ciência económica água, incluindo a avaliação da recuperação de custos dos capacidade de integração com as restantes componentes do enquadramento institucional e legislativo para a gestão da água, realça a necessidade de se reconhecer que a procura e a oferta serviços de águas e a identificação de critérios para a avaliação Plano. Para melhorar as capacidades de gestão das ARH, tem a nível comunitário e nacional. Um dos aspectos mais evidentes de água dependem do preço. A existência de “preços errados” da combinação de medidas com melhor relação custo-eficácia” de contribuir para criar uma base de informação sólida e produzir dessa mudança tem sido o reconhecimento do potencial contributo não dá o sinal de incentivo adequado aos agentes, nomeadamente (artigo 29.º, n.º1, alínea g); resultados que promovam decisões mais eficazes, eficientes, da economia da água para a promoção de decisões mais para promover a gestão eficiente e para assegurar o financiamento justas e suportadas no conhecimento. Esse será o corolário de sustentáveis do ponto de vista ambiental, económico e social. dos serviços de águas. - exige o estabelecimento de um programa de medidas para cada uma abordagem que deve salientar o valor económico, os conflitos região hidrográfica que inclua medidas “destinadas à concretização e as restrições financeiras determinantes que estão associados A água é um recurso natural complexo que suporta a vida, sendo O reconhecimento da importância destes aspectos conduziu à dos princípios da recuperação dos custos dos serviços de águas à utilização da água na região. igualmente um bem social e económico, essencial e insubstituível consagração da abordagem económica como uma orientação básica e do utilizador-pagador, através do estabelecimento de uma para uma grande diversidade de usos. A água é procurada como da Directiva Quadro da Água (DQA - Directiva 2000/60/CE, de 23 de política de preços da água e da responsabilização dos utilizadores, A análise económica nos Planos de Gestão de Região/Bacia bem de consumo final, factor de produção, suporte de actividades Outubro) e da Lei da Água (LA - Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro). em consonância com a análise económica das utilizações da Hidrográfica não é uma tarefa fácil porque é fundamental dar um de recreio, elemento essencial para os processos ecológicos e/ou A DQA pode mesmo considerar-se como a primeira Directiva água e com a correcta determinação dos custos dos serviços de salto qualitativo em relação ao conhecimento existente, embora bem cultural, sendo o seu valor económico resultante desta comunitária que consagra de uma forma integrada a perspectiva águas associados com as actividades utilizadoras dos recursos com a consciência que o processo não se encerra no diversidade de procuras. económica na gestão de um recurso natural. Por exemplo, a DQA hídricos” (artigo 30.º, n.º 3, alínea f). desenvolvimento dos Planos de Gestão. estabelece que os Estados Membros devem para cada região O contributo da economia tem vindo a tornar-se mais relevante hidrográfica realizar uma análise económica da utilização da água É neste enquadramento que surge a análise económica como Trata-se de uma nova forma de abordar a gestão da água, à medida que os sinais de escassez de água se têm agudizado e (artigo 5.º), garantir a amortização dos custos dos serviços hídricos parte integrante dos Planos de Gestão de Região/Bacia Hidrográfica complementar de outras abordagens e que requer uma adequada que os custos da provisão dos serviços de águas com o nível de sob determinadas condições (artigo 9.º) e determinar, com base em que estão a ser desenvolvidos. A ARH do Tejo tem vindo a fazer articulação para que se aproveite o seu potencial. Para além das qualidade pretendido têm vindo a aumentar. Daqui decorre a estimativas dos seus custos potenciais, a combinação de medidas um enorme esforço para dar o devido relevo a esta componente, especificidades técnicas, o sucesso da abordagem económica exige necessidade de promover uma afectação eficiente do recurso e com melhor relação custo/eficácia no que se refere às utilizações da designadamente no desenvolvimento dos PGRH do Tejo e PBH mudanças substanciais na forma de organização das autoridades, das Ribeiras do Oeste. Realça-se a decisão de dedicar uma área na capacitação das equipas técnicas, na estratégia de provisão de autónoma do desenvolvimento destes planos a essa componente informação, e na comunicação com as partes interessadas e o (Lote 4 - Análise Económica), com um caderno de encargos público em geral. Os resultados económico-financeiros são abrangente e exigente. fundamentais para basear as decisões das autoridades, mas são igualmente importantes para outros agentes do sector. Os PGRH/PBH em desenvolvimento têm como objectivo aprofundar o conhecimento sobre aspectos tão diversificados Apesar de não ser ainda possível realizar um balanço definitivo como: a) caracterização sócio-económica da RH; b) avaliação deste processo, realça-se a evolução verificada em relação a da importância da água para a economia da RH; c) identificação exercícios anteriores de planeamento. Finalmente parece que a das principais tendências da procura e da oferta de água análise económica das utilizações da água já é considerada mais (cenarização prospectiva); d) identificação dos volumes, do que uma mera exigência legislativa a cumprir. É importante que necessidades de investimento, e custos de operação associados se continue o percurso até que seja reconhecida e adoptada como aos serviços da água, de modo a permitir avaliar e estabelecer uma componente essencial para a gestão sustentável da água.

* Rui Ferreira dos Santos é Professor Associado no Departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT-UNL). Responsável por diversas disciplinas em Cursos de Mestrado e Doutoramento, incluindo Economia do Ambiente, Economia da Água e Economia Ecológica. Coordena o Grupo de Economia Ecológica e Gestão do Ambiente do Centro de Investigação em Ambiente e Sustentabilidade - CENSE da FCT-UNL, onde desenvolve actividades de investigação na área da economia do ambiente e economia ecológica, com particular ênfase na concepção e aplicação de instrumentos de política de ambiente, sobretudo instrumentos económicos, avaliação económica, regulação económica e métodos de decisão e participação em ambiente. Na qualidade de consultor do INAG acompanhou o desenvolvimento da 1.ª geração de Planos de Bacia Hidrográfica e é actualmente consultor de diversas ARH para o acompanhamento da componente de análise económica dos Planos de Gestão de Região Hidrográfica que se encontram em desenvolvimento. Foi Vogal do Conselho Mouchão dos Coelhos - Chamusca Directivo do IRAR entre Março de 2003 e Novembro de 2006.

02 03 OPINIÃO OPINIÃO para toda a região. Esta bacia piloto António Carmona Rodrigues * corresponde a uma única massa de água, designada com o código PT05TEJ0970, sendo esta uma das maiores massas de água ESTUDO PILOTO - BACIA DO RIO ALVIELA da região hidrográfica.

Testar as metodologias conducentes à prossecução Na linha do preconizado na Directiva-Quadro da Água, e com o objectivo de apoiar o dos objectivos do planeamento estabelecimento dos objectivos e das medidas a implementar tanto na Região Hidrográfica do Tejo, como em particular na A relevância dos recursos hídricos enquanto um eixo fundamental para sistemas adequados para a recolha e o tratamento das águas bacia do Alviela, foram desenvolvidos modelos o desenvolvimento sustentável determina a necessidade de uma gestão residuais. Esta degradação traduziu-se numa forte poluição, tanto de qualidade da água. No fundo, estes rigorosa e a adopção de medidas específicas de prevenção, protecção, do meio hídrico como também da qualidade do ar numa vasta modelos estabelecem relações entre as recuperação e valorização do seu estado. Uma eficiente gestão dos região, colocando em causa não só importantes utilizações pressões tópicas e difusas da bacia e o estado recursos hídricos passa necessariamente pela definição de uma dos recursos hídricos, como também o mau estar e a saúde das de qualidade da água, dando respostas do adequada política de planeamento e, consequentemente, pela aprovação populações. meio receptor face a diversas solicitações e de instrumentos que garantam a gestão sustentável e integrada de cenários prospectivos para a bacia. Estes todas as suas valências. Como se sabe, o rio Alviela, por meio das suas nascentes dos Olhos Legenda: modelos são igualmente úteis para a avaliação de Água, continua a constituir uma origem de água da maior da eficácia dos programas de intervenção O caso da bacia hidrográfica do rio Alviela é paradigmático da importância no sistema de abastecimento de água à região de Industrias (Substâncias Prioritárias) que o Plano vier a definir. necessidade de uma acção integrada que vise uma sustentável Lisboa. A produção das nascentes do Alviela é muito significativa, Industrias (Carga Orgânica) actividade socioeconómica, em harmonia com a utilização dos seus sendo o valor máximo derivado para o aqueduto do Alviela de cerca Lixeiras Em particular, estas ferramentas são úteis recursos naturais, designadamente os seus recursos hídricos. Situada de 70 000 m3/dia. O caudal de alimentação do rio Alviela, no semestre Em obra para entidades que desejem conhecer o entre o maciço calcário das Serras d'Aire e Candeeiros e o rio Tejo, a seco, é de cerca de 95 500 m3/dia, ao passo que no semestre Encerrada impacte das suas emissões no meio hídrico bacia hidrográfica do rio Alviela tem uma área de 483 km2, uma húmido é aproximadamente igual 374 400 m3/dia. Doméstica e daí poderem dimensionar adequadamente densidade populacional de 91 hab/km2 e abrange parte dos concelhos ETAR os seus sistemas de tratamento. Podem ainda apoiar a definição das medidas de redução de Alcanena, Alcobaça, Batalha, Golegã, Leiria, Ourém, Porto de Mós, Para além disso, a actividade agro-pecuária e a actividade industrial, FSC de cargas ou pressões sobre o meio hídrico, Santarém e Torres Novas. A precipitação anual média na bacia do rio em particular a ligada à indústria de curtumes, são actividades de Descarga Directa de forma a atingir o bom estado das águas Alviela é de 967 mm, sendo o escoamento anual médio na estação grande importância socioeconómica na bacia. No entanto, também Pecuária 3 superficiais. O conhecimento do real impacte hidrométrica na Ponte da Ribeira de Pernes de cerca de 103 hm , as indústrias ligadas às suiniculturas, aos lagares de azeite e à Suinicultura equivalente a um caudal médio anual de 3,26 m3/s. avicultura têm uma expressão muito significativa na bacia hidrográfica. de uma actividade pode significar evitar Bovinicultura investimentos não necessários e reduzir custos de exploração. A bacia do Alviela tem sido merecedora, há muitos anos, de vários Para além dos problemas acima descritos, outros continuam por Esboço da bacia do rio Alviela com representação simbólica das principais ocupações estudos que têm em vista a sua requalificação ambiental. Tal se resolver na bacia do Alviela, tais como o adequado saneamento fica em grande medida a dever ao facto de a qualidade da água do doméstico de parte dos aglomerados populacionais ou a prevenção No âmbito do Plano de Gestão da Região rio e de alguns dos seus afluentes se ter degradado bastante. Esta e o controlo de cheias que, com frequência, inundam terrenos e Hidrográfica do Tejo, a DHV participou já degradação deveu-se principalmente ao desenvolvimento da infra-estruturas localizadas em terrenos marginais às linhas de água. construída há uns anos na região de da ETAR de Alcanena e a reconstrução da numa sessão pública de esclarecimento actividade industrial sem que existissem, à data, infra-estruturas e A própria Estação de Tratamento de Águas Residuais que foi Alcanena não está isenta de alguns cascata do Mouchão de Pernes. promovida pela ARH do Tejo com a problemas de funcionamento. apresentação do trabalho “A modelação Por este conjunto de razões, e tendo sido matemática da bacia do Alviela como Foi entretanto estabelecido, sob a iniciativa iniciado o processo de elaboração do Plano ferramenta para a gestão integrada da bacia da ARH do Tejo, um Protocolo para a de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo, hidrográfica e para a análise do impacto de requalificação e valorização da bacia do oportunamente entendeu a ARH do Tejo intervenções”. A análise permitiu identificar Alviela, contemplando a remodelação da rede seleccionar a bacia do rio Alviela como uma as principais problemáticas da bacia de colectores de águas residuais, a melhoria bacia piloto dentro de toda a região hidrográfica do rio Alviela, propor soluções da eficiência do sistema de tratamento da hidrográfica do Tejo, de forma a poder aí com a melhor relação custo eficácia e criar ETAR, a unidade de tratamento de resíduos testar as metodologias conducentes à diferentes cenários, com o objectivo de industriais, a reabilitação da zona de lamas prossecução dos objectivos do plano de apoiar a gestão integrada dos recursos não estabilizadas, a defesa contra as cheias gestão da bacia, e que serão desenvolvidas hídricos.

*António Carmona Rodrigues nasceu em Lisboa em 23 de Junho de 1956. É Engenheiro Civil (Lisboa, 1978), Dip. Hydraulic Engineering (Delft, Países Baixos, 1982) e Doutorado em Engenharia do Ambiente (UNL, Lisboa, 1992). Foi Assistente Convidado, desde 1983, e é Professor, desde 1992, na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Nesta Universidade é o responsável pelo Laboratório de Hidráulica Prof. Armando Lencastre e o coordenador do Mestrado em Engenharia e Gestão da Água. Durante os seus mais de 30 anos de experiência em recursos hídricos, esteve envolvido em diversos projectos importantes em Portugal e no estrangeiro, incluindo planeamento de recursos hídricos, estudos de modelação matemática, obras hidráulicas, regularização fluvial e estudos de impacte ambiental. É membro da Academia de Engenharia, do Conselho Nacional da Água, da Comissão Nacional Portuguesa das Grandes Barragens e ex-Presidente da Comissão Directiva da Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos. Foi Vereador da Câmara Municipal de Lisboa (2002-2003, 2005 e 2007-2009), Ministro das Obras Públicas, Transportes e Habitação do XV Governo Constitucional (2003-2004) e Presidente da Câmara Municipal de Lisboa (2004-2005; 2005-2007). Rio Alviela É, desde 2009, Presidente da DHV, SGPS – Consultoria e Engenharia.

04 05 OPINIÃO OPINIÃO para toda a região. Esta bacia piloto António Carmona Rodrigues * corresponde a uma única massa de água, designada com o código PT05TEJ0970, sendo esta uma das maiores massas de água ESTUDO PILOTO - BACIA DO RIO ALVIELA da região hidrográfica.

Testar as metodologias conducentes à prossecução Na linha do preconizado na Directiva-Quadro da Água, e com o objectivo de apoiar o dos objectivos do planeamento estabelecimento dos objectivos e das medidas a implementar tanto na Região Hidrográfica do Tejo, como em particular na A relevância dos recursos hídricos enquanto um eixo fundamental para sistemas adequados para a recolha e o tratamento das águas bacia do Alviela, foram desenvolvidos modelos o desenvolvimento sustentável determina a necessidade de uma gestão residuais. Esta degradação traduziu-se numa forte poluição, tanto de qualidade da água. No fundo, estes rigorosa e a adopção de medidas específicas de prevenção, protecção, do meio hídrico como também da qualidade do ar numa vasta modelos estabelecem relações entre as recuperação e valorização do seu estado. Uma eficiente gestão dos região, colocando em causa não só importantes utilizações pressões tópicas e difusas da bacia e o estado recursos hídricos passa necessariamente pela definição de uma dos recursos hídricos, como também o mau estar e a saúde das de qualidade da água, dando respostas do adequada política de planeamento e, consequentemente, pela aprovação populações. meio receptor face a diversas solicitações e de instrumentos que garantam a gestão sustentável e integrada de cenários prospectivos para a bacia. Estes todas as suas valências. Como se sabe, o rio Alviela, por meio das suas nascentes dos Olhos Legenda: modelos são igualmente úteis para a avaliação de Água, continua a constituir uma origem de água da maior da eficácia dos programas de intervenção O caso da bacia hidrográfica do rio Alviela é paradigmático da importância no sistema de abastecimento de água à região de Industrias (Substâncias Prioritárias) que o Plano vier a definir. necessidade de uma acção integrada que vise uma sustentável Lisboa. A produção das nascentes do Alviela é muito significativa, Industrias (Carga Orgânica) actividade socioeconómica, em harmonia com a utilização dos seus sendo o valor máximo derivado para o aqueduto do Alviela de cerca Lixeiras Em particular, estas ferramentas são úteis recursos naturais, designadamente os seus recursos hídricos. Situada de 70 000 m3/dia. O caudal de alimentação do rio Alviela, no semestre Em obra para entidades que desejem conhecer o entre o maciço calcário das Serras d'Aire e Candeeiros e o rio Tejo, a seco, é de cerca de 95 500 m3/dia, ao passo que no semestre Encerrada impacte das suas emissões no meio hídrico bacia hidrográfica do rio Alviela tem uma área de 483 km2, uma húmido é aproximadamente igual 374 400 m3/dia. Doméstica e daí poderem dimensionar adequadamente densidade populacional de 91 hab/km2 e abrange parte dos concelhos ETAR os seus sistemas de tratamento. Podem ainda apoiar a definição das medidas de redução de Alcanena, Alcobaça, Batalha, Golegã, Leiria, Ourém, Porto de Mós, Para além disso, a actividade agro-pecuária e a actividade industrial, FSC de cargas ou pressões sobre o meio hídrico, Santarém e Torres Novas. A precipitação anual média na bacia do rio em particular a ligada à indústria de curtumes, são actividades de Descarga Directa de forma a atingir o bom estado das águas Alviela é de 967 mm, sendo o escoamento anual médio na estação grande importância socioeconómica na bacia. No entanto, também Pecuária 3 superficiais. O conhecimento do real impacte hidrométrica na Ponte da Ribeira de Pernes de cerca de 103 hm , as indústrias ligadas às suiniculturas, aos lagares de azeite e à Suinicultura equivalente a um caudal médio anual de 3,26 m3/s. avicultura têm uma expressão muito significativa na bacia hidrográfica. de uma actividade pode significar evitar Bovinicultura investimentos não necessários e reduzir custos de exploração. A bacia do Alviela tem sido merecedora, há muitos anos, de vários Para além dos problemas acima descritos, outros continuam por Esboço da bacia do rio Alviela com representação simbólica das principais ocupações estudos que têm em vista a sua requalificação ambiental. Tal se resolver na bacia do Alviela, tais como o adequado saneamento fica em grande medida a dever ao facto de a qualidade da água do doméstico de parte dos aglomerados populacionais ou a prevenção No âmbito do Plano de Gestão da Região rio e de alguns dos seus afluentes se ter degradado bastante. Esta e o controlo de cheias que, com frequência, inundam terrenos e Hidrográfica do Tejo, a DHV participou já degradação deveu-se principalmente ao desenvolvimento da infra-estruturas localizadas em terrenos marginais às linhas de água. construída há uns anos na região de da ETAR de Alcanena e a reconstrução da numa sessão pública de esclarecimento actividade industrial sem que existissem, à data, infra-estruturas e A própria Estação de Tratamento de Águas Residuais que foi Alcanena não está isenta de alguns cascata do Mouchão de Pernes. promovida pela ARH do Tejo com a problemas de funcionamento. apresentação do trabalho “A modelação Por este conjunto de razões, e tendo sido matemática da bacia do Alviela como Foi entretanto estabelecido, sob a iniciativa iniciado o processo de elaboração do Plano ferramenta para a gestão integrada da bacia da ARH do Tejo, um Protocolo para a de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo, hidrográfica e para a análise do impacto de requalificação e valorização da bacia do oportunamente entendeu a ARH do Tejo intervenções”. A análise permitiu identificar Alviela, contemplando a remodelação da rede seleccionar a bacia do rio Alviela como uma as principais problemáticas da bacia de colectores de águas residuais, a melhoria bacia piloto dentro de toda a região hidrográfica do rio Alviela, propor soluções da eficiência do sistema de tratamento da hidrográfica do Tejo, de forma a poder aí com a melhor relação custo eficácia e criar ETAR, a unidade de tratamento de resíduos testar as metodologias conducentes à diferentes cenários, com o objectivo de industriais, a reabilitação da zona de lamas prossecução dos objectivos do plano de apoiar a gestão integrada dos recursos não estabilizadas, a defesa contra as cheias gestão da bacia, e que serão desenvolvidas hídricos.

*António Carmona Rodrigues nasceu em Lisboa em 23 de Junho de 1956. É Engenheiro Civil (Lisboa, 1978), Dip. Hydraulic Engineering (Delft, Países Baixos, 1982) e Doutorado em Engenharia do Ambiente (UNL, Lisboa, 1992). Foi Assistente Convidado, desde 1983, e é Professor, desde 1992, na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Nesta Universidade é o responsável pelo Laboratório de Hidráulica Prof. Armando Lencastre e o coordenador do Mestrado em Engenharia e Gestão da Água. Durante os seus mais de 30 anos de experiência em recursos hídricos, esteve envolvido em diversos projectos importantes em Portugal e no estrangeiro, incluindo planeamento de recursos hídricos, estudos de modelação matemática, obras hidráulicas, regularização fluvial e estudos de impacte ambiental. É membro da Academia de Engenharia, do Conselho Nacional da Água, da Comissão Nacional Portuguesa das Grandes Barragens e ex-Presidente da Comissão Directiva da Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos. Foi Vereador da Câmara Municipal de Lisboa (2002-2003, 2005 e 2007-2009), Ministro das Obras Públicas, Transportes e Habitação do XV Governo Constitucional (2003-2004) e Presidente da Câmara Municipal de Lisboa (2004-2005; 2005-2007). Rio Alviela É, desde 2009, Presidente da DHV, SGPS – Consultoria e Engenharia.

04 05 OPINIÃO OPINIÃO 1 2 agrícolas; Manuel Oliveira da Silva , Luís Ribeiro - proteção das áreas de produção de água para consumo humano (perímetros de protecção qualitativa e quantitativa); ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NAS BACIAS - aumento das acções de fiscalização; - revisão e optimização das diferentes redes de monitorização; DO TEJO E DAS RIBEIRAS DO OESTE - medidas a adoptar em função das avaliações de impactos ambientais; - proteção contra descargas de águas residuais ESTADO E MEDIDAS urbanas; - promoção do uso eficaz e sustentável da O Plano de Gestão da Região Hidrográfica que procurem garantir os objectivos, da balanço hídrico, a recarga média das massas água com definição dos requisitos e do Tejo e o Plano das Bacias Hidrográficas Diretiva-Quadro da Água, de alcançar o bom de água supera largamente as extrações e condições da atribuição dos títulos de das Ribeiras do Oeste, em fase de elaboração, estado quantitativo e qualitativo de todas as que, para os restantes indicadores, são utilização; decorre da aplicação da Lei da Água (Lei massas de águas subterrâneas. igualmente positivos os testes efectuados - medidas específicas dirigidas às zonas de 58/2005) que transpôs para a ordem jurídica fundamentando-se deste modo a sua potencial recarga das massas de água nacional a Diretiva-Quadro da Água. (DQA) classificação de estado. subterrânea; Entre os objectivos que se pretendem alcançar, ESTADO DAS MASSAS DE ÁGUA No estado atual de conhecimentos, decorrente - medidas de prevenção e/ou redução de com a elaboração dos Planos, considera-se da aplicação dos diferentes testes, verifica- casos de poluição acidental; como essencial, a obtenção, a prazo, do bom A avaliação do estado das massas de -se que na área da Bacia Hidrográfica do Tejo - medidas destinadas a prevenir a perda estado quantitativo e qualitativo de todas as água subterrânea faz-se de acordo com e na área das bacias das Ribeiras do Oeste, acidental de poluentes em unidades massas de águas subterrâneas. metodologias próprias, definidas no todas as massas de água subterrânea se industriais; A estrutura dos planos está definida na “Guidance on Groundwater Status and classificam em estado quantitativo “Bom”. - recuperação dos custos dos serviços da Portaria 1284/05, enquanto que o Decreto- Trend Assessement", elaborado no âmbito água incluindo os custos ambientais e de -Lei 77/2006, estabelece a hierarquia e a da Estratégia Comum Europeia para a escassez. tipologia das medidas a aplicar para atingir implementação da DQA, elaborado pelos ESTADO QUÍMICO No que se refere às medidas suplementares, os objectivos definidos na Lei da Água. Estados Membros da União Europeia que os programas usados, podem ser: Na área da Região Hidrográfica do Tejo e considera um conjunto de testes, que incidem A avaliação do estado químico faz-se - instrumentos legislativos, económicos e nas Bacias Hidrográficas das Ribeiras do sobre aspectos específicos, onde se inclui obedecendo a um conjunto de testes massas de água subterrânea adquiram, em fiscais; Oeste as águas subterrâneas constituem as intrusão salina, relação águas superficiais/ específicos, igualmente descritos no Guia tempo aceitável, o bom estado químico e que - acordos ambientais; principais origens para os diferentes usos e, águas subterrâneas, ecossistemas terrestres referido e que incidem sobre intrusão salina, o mesmo seja mantido para as restantes - elaboração de códigos de boas práticas; em muitos casos, são as únicas origens para dependente das águas subterrâneas e balanço relação água superficial/água subterrânea, massas de água. A implementação de - projetos de construção e de reabilitação; abastecimentos públicos como acontece hídrico. ecossistemas terrestres dependentes de águas medidas vai necessitar de esforços técnicos - projetos educativos; com a maioria dos concelhos da margem subterrâneas (EDAS), áreas de proteção para e financeiros, tanto por parte da Administração - projetos de investigação, desenvolvimento esquerda da bacia do Tejo. abastecimento público e avaliação global da Pública como por parte dos utilizadores, e demonstração. Esta situação decorre da existência de um ESTADO QUANTITATIVO qualidade. desde o cidadão comum até aos grandes Por último podem aplicar-se outras medidas contexto hidrogeológico, muito peculiar, onde A aplicação desses testes, que incidiu sobre consumidores de água como o sector agrícola. relevantes, em particular as que decorrem de existem massas de água subterrânea, de Em todas as massas de água da Região os valores médios das análises químicas do De entre as medidas de base, a aplicar, devem acordos internacionais. grande potencial, que encerram os recursos Hidrográfica do Tejo e das Bacias das Ribeiras período de 2004-2008, levou à classificação constar: A aplicação de um programa de medidas, hídricos subterrâneos suficientes para todos do Oeste, ao aplicar o teste de análise da das massas de água de “Alter do Chão- - medidas para prevenção e controlo da deve fazer-se a partir do estado e do esses usos, não sendo necessário recorrer a evolução dos níveis piesométricos constata- -Monforte”, “Aluviões do Tejo”, “Estremoz- poluição difusa as quais podem conter conhecimento, que existir, sobre cada uma outras origens. -se que, por vezes, dentro de uma mesma -Cano” e “Pisões- Atrozela”, em estado regulamentações específicas como proibição das massas de água. A aplicação de um Se essas disponibilidades tem enorme massa de água, se encontram tendências de “Medíocre” na região Hidrográfica do Tejo. de descargas de poluentes no solo; programa de medidas deve ter em atenção, importância, do ponto de vista económico- descida a par de não tendência ou mesmo Pelo mesmo processo de análise as massas - registo obrigatório de efluentes; a existência de outras medidas ou projetos, -social, também se deve ter em consideração tendência de subida. Como não se tem uma de água de “Alpedriz”, “Caldas da Rainha- - medidas relativas à utilização de lamas em curso, com os quais devem ser Fig. 1: Mapa com as massas de água evidenciando as depuradas na agricultura para controlar os articulados e compatibilizados. É igualmente que, um uso tão intensivo pode contribuir análise suficientemente detalhada, dos pontos -Nazaré”, “Paço” e “Torres Vedras”, na área que apresentam estado medíocre para afectar o estado quantitativo e muito de água onde se observam essas tendências, das Ribeiras do Oeste foram igualmente efeitos nocivos promovendo a sua correta importante considerar, em simultâneo, o especialmente o seu estado qualitativo o que que permita justificar esses comportamentos classificadas em estado “ Medíocre”. (Fig.1) utilização; estabelecimento de um programa de constitui matéria a ser tratada nos planos e afigura-se-nos mais correto utilizar o balanço A análise efectuada permitiu igualmente - estabelecimento de bases de dados sobre monitorização das medidas aplicadas tendo que, se for caso disso, pode levar ao hídrico como teste decisivo. conhecer as origens dos poluentes a utilização de produtos fitofarmacêuticos; em vista, a avaliação dos resultados obtidos, estabelecimento de um programa de medidas Com efeito verifica-se que, em termos de responsáveis por aquela classificação, os quais As medidas de base, de carácter obrigatório, - medidas que complementem as boas práticas para eventuais correcções. são essencialmente resultantes das atividades compreendem as medidas, os projetos e agro-pecuárias, no que se refere à poluição as ações necessárias para conduzir um difusa e também se podem indicar como programa, que se considera como os requisitos 1 mínimos, para atingir os objectivos ambientais Manuel Oliveira da Silva é Doutor em Geologia (Especialidade de possíveis origens de poluição pontual algumas 2 Luís Ribeiro é Professor Associado com agregação do Hidrogeologia). É Professor Catedrático Aposentado da Faculdade unidades de indústria transformadora, a tal como exigido na legislação em vigor. Departamento de Engenharia Civil, Arquitectura de Ciências da Universidade de Lisboa ( FCUL), Consultor da ARH do existência de fossas sépticas e lagares. As medidas suplementares visam garantir e Georrecursos do Instituto Superior Técnico (IST) e Tejo e Membro do Conselho da Região Hidrográfica do Tejo maior proteção ou uma melhoria adicional Consultor da ARH do Tejo. (Personalidade Convidada). Foi, entre 1984 e 2010, membro para cumprir objetivos específicos resultantes É Director do Centro de Geo-Sistemas do IST e permanente do Conselho Nacional da Água. Colaborou com o INAG de acordos existentes. PROGRAMA DE MEDIDAS responsável pelo grupo de disciplinas de Hidrogeologia e CCDR Alentejo na coordenação de diversos estudos. Foi Pró-Reitor As medidas adicionais aplicam-se às massas do IST. É Presidente do Grupo Português da Associação da Universidade de Lisboa e Coordenador Científico do Centro de de água em que não é provável que sejam Internacional de Hidrogeólogos. De acordo com a Lei da Água (Lei n.º 58/2005) Geologia da FCUL. Entre 1996 e 2000 foi Presidente do Conselho alcançados os objectivos ambientais com a Pedagógico da FCUL. Orientou cerca de duas dezenas de Teses de e com o Decreto-Lei n.º 77/2006, para se aplicação das anteriores medidas. Mestrado e de Doutoramento, nas Universidades dos Açores, de atingirem os objectivos ambientais previstos Conhecido o estado químico das águas Évora, de Lisboa, de Luanda, da Madeira, do Minho e no Instituto na DQA os programas de medidas, a aplicar, subterrâneas e identificadas as fontes Politécnico de Bragança. Tem mais de uma centena de artigos devem ser estruturados em medidas de base, poluidoras dever-se-á avançar com um científicos publicados em Revistas Nacionais e Internacionais. suplementares, adicionais e outras. conjunto de medidas que levem a que as

06 07 OPINIÃO OPINIÃO 1 2 agrícolas; Manuel Oliveira da Silva , Luís Ribeiro - proteção das áreas de produção de água para consumo humano (perímetros de protecção qualitativa e quantitativa); ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NAS BACIAS - aumento das acções de fiscalização; - revisão e optimização das diferentes redes de monitorização; DO TEJO E DAS RIBEIRAS DO OESTE - medidas a adoptar em função das avaliações de impactos ambientais; - proteção contra descargas de águas residuais ESTADO E MEDIDAS urbanas; - promoção do uso eficaz e sustentável da O Plano de Gestão da Região Hidrográfica que procurem garantir os objectivos, da balanço hídrico, a recarga média das massas água com definição dos requisitos e do Tejo e o Plano das Bacias Hidrográficas Diretiva-Quadro da Água, de alcançar o bom de água supera largamente as extrações e condições da atribuição dos títulos de das Ribeiras do Oeste, em fase de elaboração, estado quantitativo e qualitativo de todas as que, para os restantes indicadores, são utilização; decorre da aplicação da Lei da Água (Lei massas de águas subterrâneas. igualmente positivos os testes efectuados - medidas específicas dirigidas às zonas de 58/2005) que transpôs para a ordem jurídica fundamentando-se deste modo a sua potencial recarga das massas de água nacional a Diretiva-Quadro da Água. (DQA) classificação de estado. subterrânea; Entre os objectivos que se pretendem alcançar, ESTADO DAS MASSAS DE ÁGUA No estado atual de conhecimentos, decorrente - medidas de prevenção e/ou redução de com a elaboração dos Planos, considera-se da aplicação dos diferentes testes, verifica- casos de poluição acidental; como essencial, a obtenção, a prazo, do bom A avaliação do estado das massas de -se que na área da Bacia Hidrográfica do Tejo - medidas destinadas a prevenir a perda estado quantitativo e qualitativo de todas as água subterrânea faz-se de acordo com e na área das bacias das Ribeiras do Oeste, acidental de poluentes em unidades massas de águas subterrâneas. metodologias próprias, definidas no todas as massas de água subterrânea se industriais; A estrutura dos planos está definida na “Guidance on Groundwater Status and classificam em estado quantitativo “Bom”. - recuperação dos custos dos serviços da Portaria 1284/05, enquanto que o Decreto- Trend Assessement", elaborado no âmbito água incluindo os custos ambientais e de -Lei 77/2006, estabelece a hierarquia e a da Estratégia Comum Europeia para a escassez. tipologia das medidas a aplicar para atingir implementação da DQA, elaborado pelos ESTADO QUÍMICO No que se refere às medidas suplementares, os objectivos definidos na Lei da Água. Estados Membros da União Europeia que os programas usados, podem ser: Na área da Região Hidrográfica do Tejo e considera um conjunto de testes, que incidem A avaliação do estado químico faz-se - instrumentos legislativos, económicos e nas Bacias Hidrográficas das Ribeiras do sobre aspectos específicos, onde se inclui obedecendo a um conjunto de testes massas de água subterrânea adquiram, em fiscais; Oeste as águas subterrâneas constituem as intrusão salina, relação águas superficiais/ específicos, igualmente descritos no Guia tempo aceitável, o bom estado químico e que - acordos ambientais; principais origens para os diferentes usos e, águas subterrâneas, ecossistemas terrestres referido e que incidem sobre intrusão salina, o mesmo seja mantido para as restantes - elaboração de códigos de boas práticas; em muitos casos, são as únicas origens para dependente das águas subterrâneas e balanço relação água superficial/água subterrânea, massas de água. A implementação de - projetos de construção e de reabilitação; abastecimentos públicos como acontece hídrico. ecossistemas terrestres dependentes de águas medidas vai necessitar de esforços técnicos - projetos educativos; com a maioria dos concelhos da margem subterrâneas (EDAS), áreas de proteção para e financeiros, tanto por parte da Administração - projetos de investigação, desenvolvimento esquerda da bacia do Tejo. abastecimento público e avaliação global da Pública como por parte dos utilizadores, e demonstração. Esta situação decorre da existência de um ESTADO QUANTITATIVO qualidade. desde o cidadão comum até aos grandes Por último podem aplicar-se outras medidas contexto hidrogeológico, muito peculiar, onde A aplicação desses testes, que incidiu sobre consumidores de água como o sector agrícola. relevantes, em particular as que decorrem de existem massas de água subterrânea, de Em todas as massas de água da Região os valores médios das análises químicas do De entre as medidas de base, a aplicar, devem acordos internacionais. grande potencial, que encerram os recursos Hidrográfica do Tejo e das bacias das Ribeiras período de 2004-2008, levou à classificação constar: A aplicação de um programa de medidas, hídricos subterrâneos suficientes para todos do Oeste, ao aplicar o teste de análise da das massas de água de “Alter do Chão- - medidas para prevenção e controlo da deve fazer-se a partir do estado e do esses usos, não sendo necessário recorrer a evolução dos níveis piesométricos constata- -Monforte”, “Aluviões do Tejo”, “Estremoz- poluição difusa as quais podem conter conhecimento, que existir, sobre cada uma outras origens. -se que, por vezes, dentro de uma mesma -Cano” e “Pisões- Atrozela”, em estado regulamentações específicas como proibição das massas de água. A aplicação de um Se essas disponibilidades tem enorme massa de água, se encontram tendências de “Medíocre” na região Hidrográfica do Tejo. de descargas de poluentes no solo; programa de medidas deve ter em atenção, importância, do ponto de vista económico- descida a par de não tendência ou mesmo Pelo mesmo processo de análise as massas - registo obrigatório de efluentes; a existência de outras medidas ou projetos, -social, também se deve ter em consideração tendência de subida. Como não se tem uma de água de “Alpedriz”, “Caldas da Rainha- - medidas relativas à utilização de lamas em curso, com os quais devem ser Fig. 1: Mapa com as massas de água evidenciando as depuradas na agricultura para controlar os articulados e compatibilizados. É igualmente que, um uso tão intensivo pode contribuir análise suficientemente detalhada, dos pontos -Nazaré”, “Paço” e “Torres Vedras”, na área que apresentam estado medíocre para afectar o estado quantitativo e muito de água onde se observam essas tendências, das Ribeiras do Oeste foram igualmente efeitos nocivos promovendo a sua correta importante considerar, em simultâneo, o especialmente o seu estado qualitativo o que que permita justificar esses comportamentos classificadas em estado “ Medíocre”. (Fig.1) utilização; estabelecimento de um programa de constitui matéria a ser tratada nos planos e afigura-se-nos mais correto utilizar o balanço A análise efectuada permitiu igualmente - estabelecimento de bases de dados sobre monitorização das medidas aplicadas tendo que, se for caso disso, pode levar ao hídrico como teste decisivo. conhecer as origens dos poluentes a utilização de produtos fitofarmacêuticos; em vista, a avaliação dos resultados obtidos, estabelecimento de um programa de medidas Com efeito verifica-se que, em termos de responsáveis por aquela classificação, os quais As medidas de base, de carácter obrigatório, - medidas que complementem as boas práticas para eventuais correcções. são essencialmente resultantes das atividades compreendem as medidas, os projetos e agro-pecuárias, no que se refere à poluição as ações necessárias para conduzir um difusa e também se podem indicar como programa, que se considera como os requisitos 1 mínimos, para atingir os objectivos ambientais Manuel Oliveira da Silva é Doutor em Geologia (Especialidade de possíveis origens de poluição pontual algumas 2 Luís Ribeiro é Professor Associado com agregação do Hidrogeologia). É Professor Catedrático Aposentado da Faculdade unidades de indústria transformadora, a tal como exigido na legislação em vigor. Departamento de Engenharia Civil, Arquitectura de Ciências da Universidade de Lisboa ( FCUL), Consultor da ARH do existência de fossas sépticas e lagares. As medidas suplementares visam garantir e Georrecursos do Instituto Superior Técnico (IST) e Tejo e Membro do Conselho da Região Hidrográfica do Tejo maior proteção ou uma melhoria adicional Consultor da ARH do Tejo. (Personalidade Convidada). Foi, entre 1984 e 2010, membro para cumprir objetivos específicos resultantes É Director do Centro de Geo-Sistemas do IST e permanente do Conselho Nacional da Água. Colaborou com o INAG de acordos existentes. PROGRAMA DE MEDIDAS responsável pelo grupo de disciplinas de Hidrogeologia e CCDR Alentejo na coordenação de diversos estudos. Foi Pró-Reitor As medidas adicionais aplicam-se às massas do IST. É Presidente do Grupo Português da Associação da Universidade de Lisboa e Coordenador Científico do Centro de de água em que não é provável que sejam Internacional de Hidrogeólogos. De acordo com a Lei da Água (Lei n.º 58/2005) Geologia da FCUL. Entre 1996 e 2000 foi Presidente do Conselho alcançados os objectivos ambientais com a Pedagógico da FCUL. Orientou cerca de duas dezenas de Teses de e com o Decreto-Lei n.º 77/2006, para se aplicação das anteriores medidas. Mestrado e de Doutoramento, nas Universidades dos Açores, de atingirem os objectivos ambientais previstos Conhecido o estado químico das águas Évora, de Lisboa, de Luanda, da Madeira, do Minho e no Instituto na DQA os programas de medidas, a aplicar, subterrâneas e identificadas as fontes Politécnico de Bragança. Tem mais de uma centena de artigos devem ser estruturados em medidas de base, poluidoras dever-se-á avançar com um científicos publicados em Revistas Nacionais e Internacionais. suplementares, adicionais e outras. conjunto de medidas que levem a que as

06 07 ENTREVISTA ENTREVISTA não climática, proporcionando dessa forma um buffer adicional os valores futuros da disponibilidade e procura de água. A principal Rodrigo Proença de Oliveira * para pressões resultantes das alterações climáticas. mudança conceptual deverá ser o abandono do pressuposto tradicional da engenharia que considera o clima histórico como um indicador credível das circunstâncias futuras. Ainda neste contexto, qual o papel do planeamento dos recursos O DESAFIO DAS hídricos? Os decisores deverão antever o leque de possíveis cenários futuros e assegurar que a decisão tomada é relativamente robusta, no A questão das alterações climáticas tem de ser considerada de sentido em que apresenta benefícios líquidos positivos para forma integrada em todas as políticas sectoriais com reflexos nos qualquer dos cenários, ou que é flexível e pode ser adaptada face ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS recursos hídricos, designadamente na área do ambiente, à concretização de qualquer um dos cenários. ordenamento do território, agricultura, energia, turismo. O foco deve por isso ser a internalização da questão das alterações No que respeita aos eventos extremos e ao dimensionamento de climáticas nos ciclos de planeamento e de gestão sectoriais e nos infra-estruturas, o processo de decisão pode revestir-se de maiores momentos de definição estratégica. dificuldades. A metodologia mais adequada para integrar formalmente o efeito das alterações climáticas nas estimativas É importante realçar que a adaptação não é um fim em si mesmo, das condições hidrológicas futuras, associadas a diferentes graus No que se refere à temática das alterações climáticas qual é o estado robustez dos seus benefícios face a vários cenários de clima. É mas um processo de proposta e implementação de medidas que de probabilidade, é ainda um tema de investigação. Devemos da arte em Junho de 2011? o que se chama a validação climática do programa de medidas. acompanham a própria evolução climática e o conhecimento também reflectir sobre a necessidade de alterar alguns regulamentos A utilização de longo prazo de terrenos costeiros ou próximos de progressivo de todas as vertentes deste fenómeno. Os decisores de dimensionamento e avaliar se temos as condições, entenda- As observações e estudos disponíveis constatam uma subida zonas com risco de inundação são casos que devem ser avaliados deverão ajustar-se a um ambiente de incerteza que exigirá a -se os conhecimentos científicos, para o fazer. No curto prazo desde meados do século XIX da concentração dos gases com com profundidade. A aposta em actividades económicas contínua implementação de medidas provisórias de adaptação, poderemos optar pela publicação de recomendações de utilização efeito de estufa, da temperatura média do ar e do nível médio do consumidoras de grandes volumes de água em zonas com risco algumas delas com um carácter de precaução, que serão de factores adicionais de segurança, como faz o Reino Unido para mar. Estas tendências deverão manter-se com um elevado grau de escassez de água é outro exemplo. posteriormente substituídas por outras medidas, também não algumas situações de risco. Obviamente que estas medidas têm de certeza. No que respeita à precipitação, os estudos realizados necessariamente definitivas. associados custos adicionais que deverão ser ponderados face sugerem uma tendência de aumento da precipitação nas latitudes ao risco de um dimensionamento desadequado a cenários mais próximas dos pólos e uma redução da precipitação nas Que estratégias devem ser adoptadas e a que escala no sentido de Os decisores devem actuar por antecipação, aceitando a tomada climáticos futuros. latitudes intermédias de ambos os hemisférios. A variabilidade da diminuir a vulnerabilidade em relação a esses impactos? de decisão num quadro de incerteza, desde que suportada na precipitação tenderá também a aumentar e no Sul da Europa é de melhor informação disponível. Para manter o risco sob controlo, esperar uma concentração da precipitação nos meses de Inverno. A resposta às alterações climáticas desenvolve-se ao longo de devem ser privilegiadas as medidas flexíveis, passíveis de ser No caso dos rios transfronteiriços, que tipo de articulação entre entidades O grau de incerteza associado aos cenários de precipitação é dois eixos fundamentais: a mitigação que assenta na redução das implementadas de forma faseada, e evitadas as soluções que deve existir? todavia maior. É também significativo no que respeita a situações emissões de gases com efeito de estufa e a adaptação que visa restrinjam opções futuras. Neste contexto de grande incerteza, Também nesta área deve ser abandonada a premissa da extremas, como cheias e secas. reduzir os impactos económicos, sociais e ambientais das qualquer política deve ser revista regularmente sempre que surjam estacionaridade do clima. E dada a incerteza associadas aos vários alterações climáticas. O sector da água tem um importante papel novos elementos. A capacidade de simulação dos modelos climáticos tem vindo a a desempenhar nestes dois eixos de resposta às alterações cenários, as autoridades portuguesas e espanholas deverão trabalhar melhorar sucessivamente com a incorporação ou melhoria da climáticas. Pode contribuir para o cumprimento de objectivos de com base num conjunto de cenários comum, avaliando reprodução dos principais processos do complexo sistema terrestre. redução das emissões, produzindo energia renovável e limpa e Como agir face ao factor de incerteza associado aos cenários climáticos, conjuntamente as implicações desses cenários nos recursos hídricos A resolução espacial dos cenários disponibilizados por estes reduzindo o consumo da energia eléctrica parcialmente produzida nomeadamente no que se refere a eventos extremos? partilhados e no estado das massas de água de cada país e modelos tem também vindo a aumentar e para a Europa existem a partir de combustíveis fósseis. Mas é no domínio da adaptação verificando se as políticas nacionais e os acordos internacionais cenários com resoluções espaciais de 20 a 30 km. que este sector assume um papel central, dada a relação directa A gestão da água sempre exigiu capacidade de decisão em respondem adequadamente ao desafio das alterações climáticas. que existe entre o clima e os recursos hídricos, que por sua vez condições de incerteza. Nesta perspectiva, a consideração dos O desenvolvimento de projectos de investigação ibéricos ou a condicionam uma multiplicidade de sectores da actividade impactos das alterações climáticas não requer nenhuma mudança participação activa e conjunta em projectos europeus podem ser No que respeita aos recursos hídricos, quais os principais impactos económica e social. O sector tem de se adaptar não só a uma drástica das práticas de gestão da água, pois aquelas constituem o primeiro passo para esta partilha de informação e de conhecimento das alterações climáticas para um país como Portugal e em que nova realidade climática mas também às formas como outros apenas uma fonte adicional da incerteza susceptível de influenciar e a base para futuras conversações institucionais sobre esta matéria. medida esses impactos devem ser considerados na elaboração dos sectores respondem ao desafio das alterações climáticas. PGRH? A vulnerabilidade de um sistema às pressões decorrentes do novo As alterações climáticas têm impactos significativos na distribuição regime climático é função da exposição do sistema ao clima, da temporal e espacial da disponibilidade dos recursos hídricos, na sua robustez às alterações projectadas e a ainda da sua capacidade qualidade da água e no risco de ocorrência de cheias e secas. de adaptação a variações do clima. Assim, a redução da Acrescem os efeitos indirectos resultantes das respostas das vulnerabilidade pode ser alcançada reduzindo a exposição aos actividades económicas e sociais a um novo cenário climático que vários componentes do clima abandonando ou deslocando as podem agravar as pressões sobre o meio hídrico, designadamente infra-estruturas ou actividades em risco, construindo infra-estruturas através de um aumento da procura de água, de um aumento da de protecção ou implementando sistemas de aviso e alerta de quantidade de contaminantes afluentes ou de alterações do uso ameaças. A robustez de um sector para enfrentar essas alterações * Rodrigo Proença de Oliveira é Engenheiro Civil pelo Instituto Superior do solo. Os impactos sobre os recursos hídricos reflectem-se, por depende da sensibilidade intrínseca aos diversos factores do clima, Técnico e doutorado em Engenharia Civil e do Ambiente pela Cornell sua vez, sobre os sectores utilizadores da água, incluindo os uma propriedade que é difícil alterar. Finalmente, a capacidade de University, E.U.A. É Professor Auxiliar no Instituto Superior Técnico, ecossistemas aquáticos. adaptação está associada ao conceito de resiliência, isto é a director da unidade de consultoria ambiental na eChiron, Vice-Presidente capacidade de um sistema recuperar de desvios de uma da Associação Portuguesa de Recursos Hídricos (APRH) e Secretário- -Geral do Conselho de Região Hidrográfica da ARH do Tejo I.P. Desenvolve Os PGRH devem considerar estas tendências de longo prazo na determinada situação média ou dita normal, e também ao conceito há 25 anos actividade na área da hidrologia e do planeamento e gestão definição dos programas de medidas para 2015, 2021 e 2027. É de adaptabilidade, um termo empregue para referir a capacidade de recursos hídricos, tendo sido co-autor do capítulo sobre recursos claro que as alterações climáticas não se farão sentir de forma do sistema de se adaptar a um novo enquadramento ou ambiente hídricos dos projectos SIAM e CLIMAAT sobre impactos das alterações muito significativa nestes horizontes, mas algumas das medidas circundante. Nas acções de aumento da resiliência incluem-se a climáticas em Portugal. Colabora com o INAG na definição da Estratégia propostas têm um vida útil que se prolonga pela segunda metade distribuição dos custos associados à ocorrência de danos por Nacional de Adaptação aos Impactos das Alterações Climáticas nos do século. Estas medidas deverão ser avaliadas à luz dos cenários diferentes áreas ou grupos populacionais, recorrendo por exemplo Recursos Hídricos e com a APA na administração do Registo Português climáticos antevistos para esse período, de forma a assegurar a à contratualização de seguros, ou a redução de pressões de origem de Licenças de Emissão de Gases com Efeito de Estufa.

08 09 ENTREVISTA ENTREVISTA não climática, proporcionando dessa forma um buffer adicional os valores futuros da disponibilidade e procura de água. A principal Rodrigo Proença de Oliveira * para pressões resultantes das alterações climáticas. mudança conceptual deverá ser o abandono do pressuposto tradicional da engenharia que considera o clima histórico como um indicador credível das circunstâncias futuras. Ainda neste contexto, qual o papel do planeamento dos recursos O DESAFIO DAS hídricos? Os decisores deverão antever o leque de possíveis cenários futuros e assegurar que a decisão tomada é relativamente robusta, no A questão das alterações climáticas tem de ser considerada de sentido em que apresenta benefícios líquidos positivos para forma integrada em todas as políticas sectoriais com reflexos nos qualquer dos cenários, ou que é flexível e pode ser adaptada face ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS recursos hídricos, designadamente na área do ambiente, à concretização de qualquer um dos cenários. ordenamento do território, agricultura, energia, turismo. O foco deve por isso ser a internalização da questão das alterações No que respeita aos eventos extremos e ao dimensionamento de climáticas nos ciclos de planeamento e de gestão sectoriais e nos infra-estruturas, o processo de decisão pode revestir-se de maiores momentos de definição estratégica. dificuldades. A metodologia mais adequada para integrar formalmente o efeito das alterações climáticas nas estimativas É importante realçar que a adaptação não é um fim em si mesmo, das condições hidrológicas futuras, associadas a diferentes graus No que se refere à temática das alterações climáticas qual é o estado robustez dos seus benefícios face a vários cenários de clima. É mas um processo de proposta e implementação de medidas que de probabilidade, é ainda um tema de investigação. Devemos da arte em Junho de 2011? o que se chama a validação climática do programa de medidas. acompanham a própria evolução climática e o conhecimento também reflectir sobre a necessidade de alterar alguns regulamentos A utilização de longo prazo de terrenos costeiros ou próximos de progressivo de todas as vertentes deste fenómeno. Os decisores de dimensionamento e avaliar se temos as condições, entenda- As observações e estudos disponíveis constatam uma subida zonas com risco de inundação são casos que devem ser avaliados deverão ajustar-se a um ambiente de incerteza que exigirá a -se os conhecimentos científicos, para o fazer. No curto prazo desde meados do século XIX da concentração dos gases com com profundidade. A aposta em actividades económicas contínua implementação de medidas provisórias de adaptação, poderemos optar pela publicação de recomendações de utilização efeito de estufa, da temperatura média do ar e do nível médio do consumidoras de grandes volumes de água em zonas com risco algumas delas com um carácter de precaução, que serão de factores adicionais de segurança, como faz o Reino Unido para mar. Estas tendências deverão manter-se com um elevado grau de escassez de água é outro exemplo. posteriormente substituídas por outras medidas, também não algumas situações de risco. Obviamente que estas medidas têm de certeza. No que respeita à precipitação, os estudos realizados necessariamente definitivas. associados custos adicionais que deverão ser ponderados face sugerem uma tendência de aumento da precipitação nas latitudes ao risco de um dimensionamento desadequado a cenários mais próximas dos pólos e uma redução da precipitação nas Que estratégias devem ser adoptadas e a que escala no sentido de Os decisores devem actuar por antecipação, aceitando a tomada climáticos futuros. latitudes intermédias de ambos os hemisférios. A variabilidade da diminuir a vulnerabilidade em relação a esses impactos? de decisão num quadro de incerteza, desde que suportada na precipitação tenderá também a aumentar e no Sul da Europa é de melhor informação disponível. Para manter o risco sob controlo, esperar uma concentração da precipitação nos meses de Inverno. A resposta às alterações climáticas desenvolve-se ao longo de devem ser privilegiadas as medidas flexíveis, passíveis de ser No caso dos rios transfronteiriços, que tipo de articulação entre entidades O grau de incerteza associado aos cenários de precipitação é dois eixos fundamentais: a mitigação que assenta na redução das implementadas de forma faseada, e evitadas as soluções que deve existir? todavia maior. É também significativo no que respeita a situações emissões de gases com efeito de estufa e a adaptação que visa restrinjam opções futuras. Neste contexto de grande incerteza, Também nesta área deve ser abandonada a premissa da extremas, como cheias e secas. reduzir os impactos económicos, sociais e ambientais das qualquer política deve ser revista regularmente sempre que surjam estacionaridade do clima. E dada a incerteza associadas aos vários alterações climáticas. O sector da água tem um importante papel novos elementos. A capacidade de simulação dos modelos climáticos tem vindo a a desempenhar nestes dois eixos de resposta às alterações cenários, as autoridades portuguesas e espanholas deverão trabalhar melhorar sucessivamente com a incorporação ou melhoria da climáticas. Pode contribuir para o cumprimento de objectivos de com base num conjunto de cenários comum, avaliando reprodução dos principais processos do complexo sistema terrestre. redução das emissões, produzindo energia renovável e limpa e Como agir face ao factor de incerteza associado aos cenários climáticos, conjuntamente as implicações desses cenários nos recursos hídricos A resolução espacial dos cenários disponibilizados por estes reduzindo o consumo da energia eléctrica parcialmente produzida nomeadamente no que se refere a eventos extremos? partilhados e no estado das massas de água de cada país e modelos tem também vindo a aumentar e para a Europa existem a partir de combustíveis fósseis. Mas é no domínio da adaptação verificando se as políticas nacionais e os acordos internacionais cenários com resoluções espaciais de 20 a 30 km. que este sector assume um papel central, dada a relação directa A gestão da água sempre exigiu capacidade de decisão em respondem adequadamente ao desafio das alterações climáticas. que existe entre o clima e os recursos hídricos, que por sua vez condições de incerteza. Nesta perspectiva, a consideração dos O desenvolvimento de projectos de investigação ibéricos ou a condicionam uma multiplicidade de sectores da actividade impactos das alterações climáticas não requer nenhuma mudança participação activa e conjunta em projectos europeus podem ser No que respeita aos recursos hídricos, quais os principais impactos económica e social. O sector tem de se adaptar não só a uma drástica das práticas de gestão da água, pois aquelas constituem o primeiro passo para esta partilha de informação e de conhecimento das alterações climáticas para um país como Portugal e em que nova realidade climática mas também às formas como outros apenas uma fonte adicional da incerteza susceptível de influenciar e a base para futuras conversações institucionais sobre esta matéria. medida esses impactos devem ser considerados na elaboração dos sectores respondem ao desafio das alterações climáticas. PGRH? A vulnerabilidade de um sistema às pressões decorrentes do novo As alterações climáticas têm impactos significativos na distribuição regime climático é função da exposição do sistema ao clima, da temporal e espacial da disponibilidade dos recursos hídricos, na sua robustez às alterações projectadas e a ainda da sua capacidade qualidade da água e no risco de ocorrência de cheias e secas. de adaptação a variações do clima. Assim, a redução da Acrescem os efeitos indirectos resultantes das respostas das vulnerabilidade pode ser alcançada reduzindo a exposição aos actividades económicas e sociais a um novo cenário climático que vários componentes do clima abandonando ou deslocando as podem agravar as pressões sobre o meio hídrico, designadamente infra-estruturas ou actividades em risco, construindo infra-estruturas através de um aumento da procura de água, de um aumento da de protecção ou implementando sistemas de aviso e alerta de quantidade de contaminantes afluentes ou de alterações do uso ameaças. A robustez de um sector para enfrentar essas alterações * Rodrigo Proença de Oliveira é Engenheiro Civil pelo Instituto Superior do solo. Os impactos sobre os recursos hídricos reflectem-se, por depende da sensibilidade intrínseca aos diversos factores do clima, Técnico e doutorado em Engenharia Civil e do Ambiente pela Cornell sua vez, sobre os sectores utilizadores da água, incluindo os uma propriedade que é difícil alterar. Finalmente, a capacidade de University, E.U.A. É Professor Auxiliar no Instituto Superior Técnico, ecossistemas aquáticos. adaptação está associada ao conceito de resiliência, isto é a director da unidade de consultoria ambiental na eChiron, Vice-Presidente capacidade de um sistema recuperar de desvios de uma da Associação Portuguesa de Recursos Hídricos (APRH) e Secretário- -Geral do Conselho de Região Hidrográfica da ARH do Tejo, I.P. Desenvolve Os PGRH devem considerar estas tendências de longo prazo na determinada situação média ou dita normal, e também ao conceito há 25 anos actividade na área da hidrologia e do planeamento e gestão definição dos programas de medidas para 2015, 2021 e 2027. É de adaptabilidade, um termo empregue para referir a capacidade de recursos hídricos, tendo sido co-autor do capítulo sobre recursos claro que as alterações climáticas não se farão sentir de forma do sistema de se adaptar a um novo enquadramento ou ambiente hídricos dos projectos SIAM e CLIMAAT sobre impactos das alterações muito significativa nestes horizontes, mas algumas das medidas circundante. Nas acções de aumento da resiliência incluem-se a climáticas em Portugal. Colabora com o INAG na definição da Estratégia propostas têm um vida útil que se prolonga pela segunda metade distribuição dos custos associados à ocorrência de danos por Nacional de Adaptação aos Impactos das Alterações Climáticas nos do século. Estas medidas deverão ser avaliadas à luz dos cenários diferentes áreas ou grupos populacionais, recorrendo por exemplo Recursos Hídricos e com a APA na administração do Registo Português climáticos antevistos para esse período, de forma a assegurar a à contratualização de seguros, ou a redução de pressões de origem de Licenças de Emissão de Gases com Efeito de Estufa.

08 09 ACTUALIDADE ACTUALIDADE >>> Pág. 01 à sua definição, derivado em grande medida da falta de dados, incentivar o envolvimento de todos os interessados. Em termos da variabilidade associada às comunidades biológicas e da gerais, o processo de consulta pública será objecto de uma complexidade da análise ao nível do ecossistema, obriga à avaliação intercalar, no sentido de analisar os resultados, os níveis realização de um conjunto de estudos complementares. de participação e as potenciais críticas/sugestões apontadas, de Assim, tendo em conta as condicionantes técnicas acima referidas, modo a que sejam introduzidas as adaptações necessárias ainda RECURSOS HÍDRICOS: bem como todos aspectos económico e financeiros associados à durante o período formal do processo. Importa realçar que a região hidrográfica e à implementação do próprio PGRH, procurou- temática da participação pública constitui uma aposta da ARH do -se estabelecer um programa de medidas que potencie as Tejo, que como tal autonomizou esta temática, constituindo um abordagens recentemente adoptadas no contexto do processo de dos Lotes objecto de concurso, no sentido de poder contar com licenciamento das utilizações dos recursos hídricos (Decreto-Lei uma equipa de especialistas vocacionada para pôr em prática as PLANEAR E GERIR 226-A/2007, de 31 de Maio), bem como do Regime do Exercício melhores técnicas disponíveis e orientadas para os diferentes da Actividade Pecuária (REAP) e do Regime de Exercício da Actividade públicos, para além da própria formação dos técnicos da ARH. Industrial (REAI). Para além disso, não se pode obviamente esquecer a necessidade de cumprir com as disposições previstas na legislação No contexto do processo de planeamento previsto na DQA e Lei vigente anterior à adopção da DQA, em Dezembro de 2000. Em da Água, importa destacar a obrigação de reportar à Comissão No contexto do programa de trabalhos contratualizado, o processo No caso dos planos promovidos pela ARH do Tejo, o prazo de complemento, foram ainda consideradas outras medidas que visam Europeia, em Dezembro de 2012, o grau de aplicação do programa de elaboração dos planos sob responsabilidade da ARH do Tejo elaboração das versões para consulta pública foi estabelecido em não apenas contribuir para o cumprimento dos objectivos ambientais de medidas integrado no PGRH. No ano seguinte, e já no contexto chega a uma etapa crucial, com a apresentação da versão dos 11 meses, com dois meses adicionais para a integração dos vários associados com a DQA, mas também abranger um conjunto mais do ciclo de revisão do PGRH, deverá ser revista a caracterização documentos para consulta pública. Tendo em conta que as matérias conteúdos desenvolvidos no âmbito de cada uma das áreas alargado de objectivos que concretizam uma abordagem completa da região hidrográfica e publicados, para um período mínimo de relativas às bacias hidrográficas das ribeiras do Oeste deverão temáticas. O calendário estabelecido teve em conta três aspectos de gestão dos recursos hídricos. 6 meses de consulta pública, o calendário e o programa de trabalhos ser integradas no processo de elaboração do Plano de Gestão da essenciais: a necessidade de resolver o contencioso comunitário para a revisão do PGRH e as questões significativas para a gestão Região Hidrográfica (PGRH) do Vouga, Mondego, Lis e Ribeiras relativo ao atraso na publicação dos PGRH, a definição de um A principal preocupação subjacente à tomada de decisão consistiu da água (QSiGA). Todo este processo culminará com a publicação do Oeste, e no sentido de uma melhor compatibilização de período mínimo necessário para a compilação e organização de em assegurar o equilíbrio na abordagem adoptada na definição do PGRH revisto no final de 2014, que também será objecto de calendários, optou-se por concentrar, nesta fase, todos os esforços informação relevante para dar cumprimento ao conteúdo dos de objectivos para cada massa de água e a selecção de medidas consulta pública. na publicação dos conteúdos relativos ao PGRH do Tejo. planos e os prazos previstos na legislação para o ciclo de revisão a implementar, de modo a que as opções tomadas não dos PGRH. representassem uma redução no nível de ambição no cumprimento Tendo em conta as condicionantes mencionadas, e o próprio Importa referir que, desde o início de todo o processo, foi por do normativo nacional e comunitário, mas que constituíssem parte âmbito previsto na DQA para esta primeira geração de PGRH, diversas vezes destacada a diferença de âmbito e abordagem No caso específico do PGRH do Tejo, o esforço de compilação, de uma estratégia de médio e longo prazo de implementação entende-se que estes instrumentos devem apostar no reforço da associados a esta nova geração de planos, por comparação com organização e validação dos dados e da informação foi muito sustentada do conceito de gestão integrada da água. Esta opção aplicação do quadro legal em vigor, que para além de ser recente, os Planos de Bacia Hidrográfica em vigor, nomeadamente a significativo, tendo em conta o facto das matérias relativas aos passa, por exemplo, pela criação de regras claras para os sectores permite melhorar os níveis de controlo das utilizações dos recursos aplicação dos novos conceitos previstos na Directiva-Quadro da recursos hídricos terem sido tratadas, até à criação da ARH do económicos relevantes, incluindo um período de adaptação hídricos. No entanto, é fundamental melhorar o conhecimento Água (DQA). Os PGRH abrangem todas as categorias de águas Tejo, pelas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional adequado de modo a evitar situações mais críticas de distorção sobre os sistemas de classificação do estado ecológico e potencial de superfície e subterrâneas e pretendem traduzir-se claramente do Centro, Alentejo e Lisboa e Vale do Tejo. Para além das de regras de mercado, e com o efectivo benefício para a valorização ecológico aplicáveis às categorias de massas de água, no sentido em instrumentos de gestão focados para a definição de um diferenças a nível das abordagens, destaca-se a diversidade de e protecção dos recursos hídricos. de se avançar para a regulamentação das normas previstas na Lei programa de medidas que permita o cumprimento dos objectivos formatos em que os elementos se encontravam, com predominância da Água. Esta questão, para além de constituir um elemento central ambientais estabelecidos. para os arquivos em suporte papel. O PGRH do Tejo será objecto de um processo de consulta pública da avaliação de conformidade do cumprimento da DQA pelo que terá a duração mínima de seis meses, pretendendo-se durante Estado-membro, tem implicações directas nos sectores de No âmbito do projecto lançado pela ARH do Tejo, destaca-se o Um dos principais desafios desta primeira geração de PGRH, e este período desenvolver um conjunto de iniciativas que permitam actividade e, como tal, deve ter em conta aspectos de natureza facto de, para além da elaboração do PGRH propriamente dito, talvez o seu elemento mais inovador, consiste na aplicação de um o acesso mais facilitado aos conteúdos do Plano, bem como ambiental, social e económica. estar incluído um conjunto de acções de monitorização do estado novo sistema de classificação da qualidade da água assente na das águas, a realização de estudos-piloto, o desenvolvimento de avaliação de um conjunto de elementos de qualidade biológica e ferramentas de apoio à gestão e a capacitação dos técnicos da hidromorfológica em conjugação com elementos de qualidade própria instituição. Ao optar por assumir a coordenação técnica química e físico-química. Aliás, este desafio é partilhado pelos 27 do projecto, a ARH do Tejo procurou assegurar o envolvimento Estados-membros, sendo de realçar o exercício de intercalibração dos seus técnicos em todas as fases do processo, no sentido de dos sistemas de classificação dos elementos de qualidade biológica, PGRH: 1.º Fórum de Participação Pública garantir a integração do seu conhecimento da região e dos que teve início em 2003 e que continua a ser complementado e (Caldas da Rainha) problemas e das realidades existentes nos trabalhos desenvolvidos revisto. Sendo o estado das águas o elemento-chave da definição pelas equipas externas. dos objectivos ambientais, o elevado grau de incerteza associado

Outubro 2010 Janeiro 2011 Abril 2011 Junho 2011 Março 2012 PGRH PGRH PGRH PGRH PGRH (versão 1) (versão 2) (versão 3) (versão para (versão final) consulta pública)

PGRH: 2.º Fórum de Participação Pública (Odivelas)

10 11 ACTUALIDADE ACTUALIDADE >>> Pág. 01 à sua definição, derivado em grande medida da falta de dados, incentivar o envolvimento de todos os interessados. Em termos da variabilidade associada às comunidades biológicas e da gerais, o processo de consulta pública será objecto de uma complexidade da análise ao nível do ecossistema, obriga à avaliação intercalar, no sentido de analisar os resultados, os níveis realização de um conjunto de estudos complementares. de participação e as potenciais críticas/sugestões apontadas, de Assim, tendo em conta as condicionantes técnicas acima referidas, modo a que sejam introduzidas as adaptações necessárias ainda RECURSOS HÍDRICOS: bem como todos aspectos económico e financeiros associados à durante o período formal do processo. Importa realçar que a região hidrográfica e à implementação do próprio PGRH, procurou- temática da participação pública constitui uma aposta da ARH do -se estabelecer um programa de medidas que potencie as Tejo, que como tal autonomizou esta temática, constituindo um abordagens recentemente adoptadas no contexto do processo de dos Lotes objecto de concurso, no sentido de poder contar com licenciamento das utilizações dos recursos hídricos (Decreto-Lei uma equipa de especialistas vocacionada para pôr em prática as PLANEAR E GERIR 226-A/2007, de 31 de Maio), bem como do Regime do Exercício melhores técnicas disponíveis e orientadas para os diferentes da Actividade Pecuária (REAP) e do Regime de Exercício da Actividade públicos, para além da própria formação dos técnicos da ARH. Industrial (REAI). Para além disso, não se pode obviamente esquecer a necessidade de cumprir com as disposições previstas na legislação No contexto do processo de planeamento previsto na DQA e Lei vigente anterior à adopção da DQA, em Dezembro de 2000. Em da Água, importa destacar a obrigação de reportar à Comissão No contexto do programa de trabalhos contratualizado, o processo No caso dos planos promovidos pela ARH do Tejo, o prazo de complemento, foram ainda consideradas outras medidas que visam Europeia, em Dezembro de 2012, o grau de aplicação do programa de elaboração dos planos sob responsabilidade da ARH do Tejo elaboração das versões para consulta pública foi estabelecido em não apenas contribuir para o cumprimento dos objectivos ambientais de medidas integrado no PGRH. No ano seguinte, e já no contexto chega a uma etapa crucial, com a apresentação da versão dos 11 meses, com dois meses adicionais para a integração dos vários associados com a DQA, mas também abranger um conjunto mais do ciclo de revisão do PGRH, deverá ser revista a caracterização documentos para consulta pública. Tendo em conta que as matérias conteúdos desenvolvidos no âmbito de cada uma das áreas alargado de objectivos que concretizam uma abordagem completa da região hidrográfica e publicados, para um período mínimo de relativas às bacias hidrográficas das ribeiras do Oeste deverão temáticas. O calendário estabelecido teve em conta três aspectos de gestão dos recursos hídricos. 6 meses de consulta pública, o calendário e o programa de trabalhos ser integradas no processo de elaboração do Plano de Gestão da essenciais: a necessidade de resolver o contencioso comunitário para a revisão do PGRH e as questões significativas para a gestão Região Hidrográfica (PGRH) do Vouga, Mondego, Lis e Ribeiras relativo ao atraso na publicação dos PGRH, a definição de um A principal preocupação subjacente à tomada de decisão consistiu da água (QSiGA). Todo este processo culminará com a publicação do Oeste, e no sentido de uma melhor compatibilização de período mínimo necessário para a compilação e organização de em assegurar o equilíbrio na abordagem adoptada na definição do PGRH revisto no final de 2014, que também será objecto de calendários, optou-se por concentrar, nesta fase, todos os esforços informação relevante para dar cumprimento ao conteúdo dos de objectivos para cada massa de água e a selecção de medidas consulta pública. na publicação dos conteúdos relativos ao PGRH do Tejo. planos e os prazos previstos na legislação para o ciclo de revisão a implementar, de modo a que as opções tomadas não dos PGRH. representassem uma redução no nível de ambição no cumprimento Tendo em conta as condicionantes mencionadas, e o próprio Importa referir que, desde o início de todo o processo, foi por do normativo nacional e comunitário, mas que constituíssem parte âmbito previsto na DQA para esta primeira geração de PGRH, diversas vezes destacada a diferença de âmbito e abordagem No caso específico do PGRH do Tejo, o esforço de compilação, de uma estratégia de médio e longo prazo de implementação entende-se que estes instrumentos devem apostar no reforço da associados a esta nova geração de planos, por comparação com organização e validação dos dados e da informação foi muito sustentada do conceito de gestão integrada da água. Esta opção aplicação do quadro legal em vigor, que para além de ser recente, os Planos de Bacia Hidrográfica em vigor, nomeadamente a significativo, tendo em conta o facto das matérias relativas aos passa, por exemplo, pela criação de regras claras para os sectores permite melhorar os níveis de controlo das utilizações dos recursos aplicação dos novos conceitos previstos na Directiva-Quadro da recursos hídricos terem sido tratadas, até à criação da ARH do económicos relevantes, incluindo um período de adaptação hídricos. No entanto, é fundamental melhorar o conhecimento Água (DQA). Os PGRH abrangem todas as categorias de águas Tejo, pelas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional adequado de modo a evitar situações mais críticas de distorção sobre os sistemas de classificação do estado ecológico e potencial de superfície e subterrâneas e pretendem traduzir-se claramente do Centro, Alentejo e Lisboa e Vale do Tejo. Para além das de regras de mercado, e com o efectivo benefício para a valorização ecológico aplicáveis às categorias de massas de água, no sentido em instrumentos de gestão focados para a definição de um diferenças a nível das abordagens, destaca-se a diversidade de e protecção dos recursos hídricos. de se avançar para a regulamentação das normas previstas na Lei programa de medidas que permita o cumprimento dos objectivos formatos em que os elementos se encontravam, com predominância da Água. Esta questão, para além de constituir um elemento central ambientais estabelecidos. para os arquivos em suporte papel. O PGRH do Tejo será objecto de um processo de consulta pública da avaliação de conformidade do cumprimento da DQA pelo que terá a duração mínima de seis meses, pretendendo-se durante Estado-membro, tem implicações directas nos sectores de No âmbito do projecto lançado pela ARH do Tejo, destaca-se o Um dos principais desafios desta primeira geração de PGRH, e este período desenvolver um conjunto de iniciativas que permitam actividade e, como tal, deve ter em conta aspectos de natureza facto de, para além da elaboração do PGRH propriamente dito, talvez o seu elemento mais inovador, consiste na aplicação de um o acesso mais facilitado aos conteúdos do Plano, bem como ambiental, social e económica. estar incluído um conjunto de acções de monitorização do estado novo sistema de classificação da qualidade da água assente na das águas, a realização de estudos-piloto, o desenvolvimento de avaliação de um conjunto de elementos de qualidade biológica e ferramentas de apoio à gestão e a capacitação dos técnicos da hidromorfológica em conjugação com elementos de qualidade própria instituição. Ao optar por assumir a coordenação técnica química e físico-química. Aliás, este desafio é partilhado pelos 27 do projecto, a ARH do Tejo procurou assegurar o envolvimento Estados-membros, sendo de realçar o exercício de intercalibração dos seus técnicos em todas as fases do processo, no sentido de dos sistemas de classificação dos elementos de qualidade biológica, PGRH: 1.º Fórum de Participação Pública garantir a integração do seu conhecimento da região e dos que teve início em 2003 e que continua a ser complementado e (Caldas da Rainha) problemas e das realidades existentes nos trabalhos desenvolvidos revisto. Sendo o estado das águas o elemento-chave da definição pelas equipas externas. dos objectivos ambientais, o elevado grau de incerteza associado

Outubro 2010 Janeiro 2011 Abril 2011 Junho 2011 Março 2012 PGRH PGRH PGRH PGRH PGRH (versão 1) (versão 2) (versão 3) (versão para (versão final) consulta pública)

PGRH: 2.º Fórum de Participação Pública (Odivelas)

10 11 NOTÍCIAS NOTÍCIAS ARH DO TEJO OBTÉM Licenciamento online CERTIFICAÇÃO DO SISTEMA DE Utilização de recursos hídricos à distância de um clique

GESTÃO DA QUALIDADE A ARH disponibilizou recentemente a Aplicação de Licenciamento • Construções, apoio de praia e ocupação temporária para Online - SiLARTHTe - que permitirá a todos os utilizadores: efectuar construção; pedidos de licenciamento; acompanhar o processo de licenciamento • Implantação de infra-estruturas hidráulicas; e consultar utilizações; enviar dados de auto-controlo e calcular a • Extracção de inertes. Taxa de Recursos Hídricos (TRH); comunicar com a ARH (enviar e receber mensagens) e alterar dados pessoais. Para aceder à A Aplicação de Licenciamento Online - SiLARTHTe - destina-se a plaraforma, basta seguir o endereço http://licenciamento.arhtejo.pt todos os utilizadores que desejem efectuar os seus pedidos de licenciamento, trazendo diversos benefícios para os requerentes: Esta nova ferramenta permite realizar as acções que até agora eram maior grau de simplicidade e rapidez na análise, com a possibilidade efectuadas exclusivamente em suporte de papel, reduzindo assim de seguimento por parte do utilizador da situação do processo, são a burocracia e permitindo prestar um melhor serviço de forma muito algumas das valências desta plataforma. Ao contrário dos mais rápida. Podem ser efectuados, via electrónica, pedidos relativos procedimentos assentes em pesados suportes administrativos, com a 13 tipos de utilizações, que representam 98 % do volume total de excessiva carga documental em papel, com a adopção do suporte títulos emitidos, relativamente a: digital a ARH do Tejo e os utilizadores de recursos hídricos ganham • Captação de água: superficial, subterrânea e pesquisa de água efectivamente em termos de tempo e eficácia. Uma iniciativa que subterrânea; tornará o processo de licenciamento mais simples, rápido e eficaz. • Rejeição de águas: residuais e residuais domésticas no solo; Até ao final de 2011 serão abrangidas as restantes utilizações, os • Reutilização de águas residuais e utilização de águas ruças na pedidos de renovação/alteração de títulos e o registo do auto- Com o objectivo de prestar um serviço de Qualidade, com foco rega de solos agrícolas; controlo. no Cliente, a ARH do Tejo tem vindo a definir e a implementar um Sistema de Gestão da Qualidade, tendo obtido recentemente a respectiva Certificação, conferida pela Associação Portuguesa de Certificação (APCER), no âmbito da Norma NP EN ISO 9001:2008. Aplicação de Licenciamento Online Com laboratórios acreditados pelo IPAC desde 2007, de acordo com a Norma NP EN ISO/IEC 17025:2005, a ARH do Tejo é agora um Instituto Público com a certificação do seu Sistema integrado de Gestão, que abrange todas as suas actividades e unidades orgânicas: Sede e Pólos dos Gabinetes Sub-Regionais do Médio e Alto Tejo e do Oeste.

Refira-se que este é o primeiro de um conjunto de processos de certificação que se encontram em preparação, designadamente: Sistema de Gestão Ambiental (ISO 14001:2004), Sistema de Higiene, Aplicação de Licenciamento Online Segurança e Saúde no Trabalho (OHSAS 18001 / NP 4397), Sistema de Responsabilidade Social (NP 4469:2007) e CAF (Common Assesment Framework) – Excelência na Administração Pública. A ARH do Tejo assume que a obtenção deste reconhecimento não se constitui como uma meta mas antes como um compromisso no sentido de melhorar progressivamente o seu desempenho, de acordo com um princípio de melhoria contínua no qual, desde o início da sua actividade, tem vindo a apostar.

Estuário do Tejo (Rui Cunha)

12 13 NOTÍCIAS NOTÍCIAS ARH DO TEJO OBTÉM Licenciamento online CERTIFICAÇÃO DO SISTEMA DE Utilização de recursos hídricos à distância de um clique

GESTÃO DA QUALIDADE A ARH do Tejo disponibilizou recentemente a Aplicação de Licenciamento • Construções, apoio de praia e ocupação temporária para Online - SiLARTHTe - que permitirá a todos os utilizadores: efectuar construção; pedidos de licenciamento; acompanhar o processo de licenciamento • Implantação de infra-estruturas hidráulicas; e consultar utilizações; enviar dados de auto-controlo e calcular a • Extracção de inertes. Taxa de Recursos Hídricos (TRH); comunicar com a ARH (enviar e receber mensagens) e alterar dados pessoais. Para aceder à A Aplicação de Licenciamento Online - SiLARTHTe - destina-se a plaraforma, basta seguir o endereço http://licenciamento.arhtejo.pt todos os utilizadores que desejem efectuar os seus pedidos de licenciamento, trazendo diversos benefícios para os requerentes: Esta nova ferramenta permite realizar as acções que até agora eram maior grau de simplicidade e rapidez na análise, com a possibilidade efectuadas exclusivamente em suporte de papel, reduzindo assim de seguimento por parte do utilizador da situação do processo, são a burocracia e permitindo prestar um melhor serviço de forma muito algumas das valências desta plataforma. Ao contrário dos mais rápida. Podem ser efectuados, via electrónica, pedidos relativos procedimentos assentes em pesados suportes administrativos, com a 13 tipos de utilizações, que representam 98 % do volume total de excessiva carga documental em papel, com a adopção do suporte títulos emitidos, relativamente a: digital a ARH do Tejo e os utilizadores de recursos hídricos ganham • Captação de água: superficial, subterrânea e pesquisa de água efectivamente em termos de tempo e eficácia. Uma iniciativa que subterrânea; tornará o processo de licenciamento mais simples, rápido e eficaz. • Rejeição de águas: residuais e residuais domésticas no solo; Até ao final de 2011 serão abrangidas as restantes utilizações, os • Reutilização de águas residuais e utilização de águas ruças na pedidos de renovação/alteração de títulos e o registo do auto- Com o objectivo de prestar um serviço de Qualidade, com foco rega de solos agrícolas; controlo. no Cliente, a ARH do Tejo tem vindo a definir e a implementar um Sistema de Gestão da Qualidade, tendo obtido recentemente a respectiva Certificação, conferida pela Associação Portuguesa de Certificação (APCER), no âmbito da Norma NP EN ISO 9001:2008. Aplicação de Licenciamento Online Com laboratórios acreditados pelo IPAC desde 2007, de acordo com a Norma NP EN ISO/IEC 17025:2005, a ARH do Tejo é agora um Instituto Público com a certificação do seu Sistema integrado de Gestão, que abrange todas as suas actividades e unidades orgânicas: Sede e Pólos dos Gabinetes Sub-Regionais do Médio e Alto Tejo e do Oeste.

Refira-se que este é o primeiro de um conjunto de processos de certificação que se encontram em preparação, designadamente: Sistema de Gestão Ambiental (ISO 14001:2004), Sistema de Higiene, Aplicação de Licenciamento Online Segurança e Saúde no Trabalho (OHSAS 18001 / NP 4397), Sistema de Responsabilidade Social (NP 4469:2007) e CAF (Common Assesment Framework) – Excelência na Administração Pública. A ARH do Tejo assume que a obtenção deste reconhecimento não se constitui como uma meta mas antes como um compromisso no sentido de melhorar progressivamente o seu desempenho, de acordo com um princípio de melhoria contínua no qual, desde o início da sua actividade, tem vindo a apostar.

Estuário do Tejo (Rui Cunha)

12 13 NOTÍCIAS NOTÍCIAS 45 BANDEIRAS AZUIS PARA AS PRAIAS DA ÁREA DE ACTUAÇÃO DA ARH DO TEJO TAMBÉM O INTERIOR TEM

De um total de 93 águas balneares costeiras da região de Lisboa litoral da região de Lisboa e Vale do Tejo viu mais 15 das suas MAGNÍFICAS PRAIAS e Vale do Tejo, identificadas em 2011, foram galardoadas 42 praias certificadas com a Bandeira Azul da Europa. praias com a Bandeira Azul da Europa, a que se juntam mais 3 praias fluviais. Um acréscimo de 15 bandeiras relativamente a A implementação progressiva dos planos de praia previstos nos 2010. Planos de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) e das acções aí O interior tem excelentes e paradisíacas praias. Aldeia do Mato família muito bem passados. Motivadas com este sucesso a (Abrantes) e Valhelhas (Guarda) são dois bons exemplos das Câmara Municipal e a Junta de projectam significativas fantásticas praias que, um pouco por todo o lado, os nossos rios obras de beneficiação. Histórico de Bandeira Azul no litoral da ARH do Tejo Fonte: ABAE proporcionam. Estas infra-estruturas constituem um exemplo da Praias marítimas galardoadas em 2011: S. Martinho do boa utilização dos nossos rios ao serviço das populações locais, No passado dia 28 de Junho em Valhelhas estiveram presentes a 60 Porto; Paredes de Vitória; Nazaré; Praia do Mar; Baleal Norte; com um forte contributo para a sustentabilidade local. Câmara Municipal, Junta de Freguesia, Serviços de Saúde, SEPNA 48 Baleal Sul; Cova da Alfarroba; Gambôa; Medão/Super Tubos; 50 45 45 e ARH do Tejo no âmbito da entrega e hastear da Bandeira Azul e 42 Consolação; Porto Dinheiro; Areia Branca; Formosa; Santa Em Valhelhas, na zona alta da bacia do rio Zêzere, é comum num Praia Acessível. Também na Aldeia do Mato, na albufeira de Castelo Rita Norte; Santa Rita Sul; Navio; Mirante; Santa Cruz Centro; 40 34 38 35 fim-de-semana estarem 2 500 pessoas. As magníficas instalações do Bode no Concelho de Abrantes, as condições para os banhistas Santa Helena; Azul; Porto da Calada; S. Lourenço; Ribeira de 31 29 29 31 possibilitam dias muito aprazíveis nas águas cristalinas do Zêzere são excelentes. Nesta praia estiveram, no dia 8 de Junho, a Presidente Ilhas; Baleia; Foz do Lizandro; Avencas; Carcavelos; Conceição; 30 25 24 22 21 21 22 Crismina; Duquesa; Guincho; Moitas; Parede; Poça; Rainha; S. 20 19 19 20 e o Parque de Campismo com capacidade para 500 pessoas, da Câmara Municipal de Abrantes, o Presidente da ARH do Tejo e 16 17 Pedro do Estoril; Tamariz; CDS/Santo António; Mata; Sereia; 20 13 gerido pela Junta de Freguesia, permite estadias mais prolongadas. a representante da Associação Bandeira Azul da Europa para a S. João da Caparica; Moinho de Baixo (Meco). 10 As águas límpidas e as frondosas sombras convidam a dias em Cerimónia Nacional de Entrega da Bandeira Azul. 10 Praias fluviais galardoadas em 2011: Aldeia do Mato; Valhelhas e Carvoeiro.

1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Em 2011 o programa Bandeira Azul da Europa completou 25 enquadradas, nomeadamente a requalificação dos apoios de praia, anos de actividade e o número de praias na região de Lisboa estacionamentos e acessos, recuperação de áreas degradadas e e Vale do Tejo certificadas com este galardão Europeu mais sensíveis como os sistemas dunares, entre outros, permitirá que que duplicou. Em 1987 eram 22 as praias Bandeira Azul. Hoje mais praias possam ter a certificação nos próximos anos. Praias são já 45. limpas e seguras, informação e sensibilização ambiental, equipamentos de apoio à actividade balnear em bom estado de conservação e Um Litoral de excelência. Este é um dos objectivos da ARH do higiene, são alguns dos outros critérios obrigatórios da Bandeira Tejo que, em estreita articulação com as autarquias e empresas Azul. Por outro lado, e embora 90 % das águas balneares costeiras multimunicipais, tem vindo a trabalhar para a qualidade dos na área de jurisdição da ARH do Tejo tenham classificação de recursos hídricos e nomeadamente da qualidade da água das Excelente (nos termos da Directiva 2006/7/CE) há praias com risco ribeiras que afluem à nossa zona costeira. No final de 2011 a natural (evolução natural das arribas) e outras que não são classificadas maioria dos sistemas de tratamento de águas residuais estará em ao abrigo dos POOC como praias balneares, não comportando a pleno funcionamento. Este é um aspecto primordial para a melhoria construção de acessos e estacionamentos consolidados razão pela da qualidade das águas balneares, e uma das razões pela qual o qual nem todas as praias têm vocação para Bandeira Azul.

Entrega e hastear das Bandeiras Azul Valhelhas (Guarda) e Praia Acessível em Valhelhas Costa da Caparica (FGuerra)

Cerimónia Nacional de Entrega Aldeia do Mato (Abrantes) da Bandeira Azul Praia da Aldeia do Mato

14 15 NOTÍCIAS NOTÍCIAS 45 BANDEIRAS AZUIS PARA AS PRAIAS DA ÁREA DE ACTUAÇÃO DA ARH DO TEJO TAMBÉM O INTERIOR TEM

De um total de 93 águas balneares costeiras da região de Lisboa litoral da região de Lisboa e Vale do Tejo viu mais 15 das suas MAGNÍFICAS PRAIAS e Vale do Tejo, identificadas em 2011, foram galardoadas 42 praias certificadas com a Bandeira Azul da Europa. praias com a Bandeira Azul da Europa, a que se juntam mais 3 praias fluviais. Um acréscimo de 15 bandeiras relativamente a A implementação progressiva dos planos de praia previstos nos 2010. Planos de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) e das acções aí O interior tem excelentes e paradisíacas praias. Aldeia do Mato família muito bem passados. Motivadas com este sucesso a (Abrantes) e Valhelhas (Guarda) são dois bons exemplos das Câmara Municipal e a Junta de Freguesia projectam significativas fantásticas praias que, um pouco por todo o lado, os nossos rios obras de beneficiação. Histórico de Bandeira Azul no litoral da ARH do Tejo Fonte: ABAE proporcionam. Estas infra-estruturas constituem um exemplo da Praias marítimas galardoadas em 2011: S. Martinho do boa utilização dos nossos rios ao serviço das populações locais, No passado dia 28 de Junho em Valhelhas estiveram presentes a 60 Porto; Paredes de Vitória; Nazaré; Praia do Mar; Baleal Norte; com um forte contributo para a sustentabilidade local. Câmara Municipal, Junta de Freguesia, Serviços de Saúde, SEPNA 48 Baleal Sul; Cova da Alfarroba; Gambôa; Medão/Super Tubos; 50 45 45 e ARH do Tejo no âmbito da entrega e hastear da Bandeira Azul e 42 Consolação; Porto Dinheiro; Areia Branca; Formosa; Santa Em Valhelhas, na zona alta da bacia do rio Zêzere, é comum num Praia Acessível. Também na Aldeia do Mato, na albufeira de Castelo Rita Norte; Santa Rita Sul; Navio; Mirante; Santa Cruz Centro; 40 34 38 35 fim-de-semana estarem 2 500 pessoas. As magníficas instalações do Bode no Concelho de Abrantes, as condições para os banhistas Santa Helena; Azul; Porto da Calada; S. Lourenço; Ribeira de 31 29 29 31 possibilitam dias muito aprazíveis nas águas cristalinas do Zêzere são excelentes. Nesta praia estiveram, no dia 8 de Junho, a Presidente Ilhas; Baleia; Foz do Lizandro; Avencas; Carcavelos; Conceição; 30 25 24 22 21 21 22 Crismina; Duquesa; Guincho; Moitas; Parede; Poça; Rainha; S. 20 19 19 20 e o Parque de Campismo com capacidade para 500 pessoas, da Câmara Municipal de Abrantes, o Presidente da ARH do Tejo e 16 17 Pedro do Estoril; Tamariz; CDS/Santo António; Mata; Sereia; 20 13 gerido pela Junta de Freguesia, permite estadias mais prolongadas. a representante da Associação Bandeira Azul da Europa para a S. João da Caparica; Moinho de Baixo (Meco). 10 As águas límpidas e as frondosas sombras convidam a dias em Cerimónia Nacional de Entrega da Bandeira Azul. 10 Praias fluviais galardoadas em 2011: Aldeia do Mato; Valhelhas e Carvoeiro.

1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Em 2011 o programa Bandeira Azul da Europa completou 25 enquadradas, nomeadamente a requalificação dos apoios de praia, anos de actividade e o número de praias na região de Lisboa estacionamentos e acessos, recuperação de áreas degradadas e e Vale do Tejo certificadas com este galardão Europeu mais sensíveis como os sistemas dunares, entre outros, permitirá que que duplicou. Em 1987 eram 22 as praias Bandeira Azul. Hoje mais praias possam ter a certificação nos próximos anos. Praias são já 45. limpas e seguras, informação e sensibilização ambiental, equipamentos de apoio à actividade balnear em bom estado de conservação e Um Litoral de excelência. Este é um dos objectivos da ARH do higiene, são alguns dos outros critérios obrigatórios da Bandeira Tejo que, em estreita articulação com as autarquias e empresas Azul. Por outro lado, e embora 90 % das águas balneares costeiras multimunicipais, tem vindo a trabalhar para a qualidade dos na área de jurisdição da ARH do Tejo tenham classificação de recursos hídricos e nomeadamente da qualidade da água das Excelente (nos termos da Directiva 2006/7/CE) há praias com risco ribeiras que afluem à nossa zona costeira. No final de 2011 a natural (evolução natural das arribas) e outras que não são classificadas maioria dos sistemas de tratamento de águas residuais estará em ao abrigo dos POOC como praias balneares, não comportando a pleno funcionamento. Este é um aspecto primordial para a melhoria construção de acessos e estacionamentos consolidados razão pela da qualidade das águas balneares, e uma das razões pela qual o qual nem todas as praias têm vocação para Bandeira Azul.

Entrega e hastear das Bandeiras Azul Valhelhas (Guarda) e Praia Acessível em Valhelhas Costa da Caparica (FGuerra)

Cerimónia Nacional de Entrega Aldeia do Mato (Abrantes) da Bandeira Azul Praia da Aldeia do Mato

14 15 NOTÍCIAS NOTÍCIAS "TEJO A PÉ, NATURALMENTE" SESSÃO DE DEBATE EM CONSTÂNCIA

Decorreu no passado dia 6 de Maio a Sessão de Debate "Tejo a Espanha. Uma meta claramente cumprida, quer pelo elevado Pé, naturalmente", promovida pela ARH do Tejo em colaboração número de participantes, quer pela qualidade das intervenções, com a Câmara Municipal de Constância. O Centro Náutico de quer ainda pelo entusiasmo manifestado em torno do debate. Sem Constância foi o local de realização do evento que reuniu cerca dúvida um bom primeiro passo nesta caminhada para um Tejo de 80 participantes em torno de uma ideia: a criação de uma que queremos a pé, naturalmente. Grande Rota pedonal entre a foz do rio Tejo, em Lisboa, e a fronteira com Espanha. Autarquias, federações, empresas, entidades A Sessão de Abertura ficou a cargo de Máximo Ferreira, Presidente e individualidades apresentaram, ao longo do dia, as várias da Câmara Municipal de Constância e Simone Pio, Vice-Presidente Apresentação de casos de estudo perspectivas relacionadas com o projecto em causa. da ARH do Tejo. Num primeiro painel, Carlos Alberto Cupeto lançou a ideia, o conceito e o desafio que estão na base do projecto Recordamos que o "Tejo a pé" é um projecto formulado pela ARH Tejo a Pé. Laudemira Ramos apresentou uma estratégia de do Tejo, com a finalidade de levar as pessoas ao rio como forma protecção, requalificação e valorização do rio Tejo no sentido de Estiveram ainda presentes a Federação de Campismo e Seguiu-se um espaço de mesa redonda em que a de o conhecer, proteger e valorizar. O objectivo desta sessão foi o tornar um Rio Vivo e um Lugar Vivido, acessível a todos, eixo Montanhismo de Portugal e a Federación Española de Deportes sustentabilidade do projecto "Tejo a pé" foi o mote para uma lançar a ideia e promover o debate, desafiando todos os municípios de vida, de lazer e de turismo. Ainda neste painel, Carlos Blazques de Montaña y Escalada que realçaram a importância, a vários interessante conversa. José Pombo Duarte do Clube de ribeirinhos do Tejo a fazer parte do traçado de uma Grande Rota e José Bastos Saldanha abordaram o processo de elevação da níveis, da constituição de uma Grande Rota pedonal. No Actividades de Ar Livre; Artur Pegas da Papa Léguas; Nuno pedonal entre a foz do rio Tejo, em Lisboa, e a fronteira com paisagem cultural do Tejo Ibérico a Património Mundial da UNESCO. momento seguinte, "Desafios do Tejo" foi o tema que abriu um Coelho da Incentivos Outdoor; Rui Abreu da ARH do Tejo e espaço de conferência com Manuel Branco da Universidade de Carlos Blazques da candidatura à UNESCO do Tejo a Património Évora, ao qual se seguiu um período de debate. da Humanidade foram os intervenientes neste debate, moderado Depois das várias comunicações e conferência, a parte da tarde por Carlos Pessoa, jornalista do Jornal Público. O interesse do foi reservada à apresentação de sete casos de estudo: Naturtejo, tema suscitou diversas questões e partilha de ideias por parte Gavião, Abrantes, Constância, Vila Nova da Barquinha, Grande do público presente. Rota do Zêzere e Corredores ecofluviales de la província de Badajoz. Autarcas e responsáveis pelos projectos deram a No site da ARH do Tejo (www.arhtejo.pt) poderão ser conhecer estas iniciativas que pretendem valorizar o património consultadas as apresentações e o relatório de avaliação da local através da criação de roteiros turísticos específicos. sessão de debate.

Sessão de Abertura 1.º Painel

Mesa Redonda

2.º painel Participantes

16 17 NOTÍCIAS NOTÍCIAS "TEJO A PÉ, NATURALMENTE" SESSÃO DE DEBATE EM CONSTÂNCIA

Decorreu no passado dia 6 de Maio a Sessão de Debate "Tejo a Espanha. Uma meta claramente cumprida, quer pelo elevado Pé, naturalmente", promovida pela ARH do Tejo em colaboração número de participantes, quer pela qualidade das intervenções, com a Câmara Municipal de Constância. O Centro Náutico de quer ainda pelo entusiasmo manifestado em torno do debate. Sem Constância foi o local de realização do evento que reuniu cerca dúvida um bom primeiro passo nesta caminhada para um Tejo de 80 participantes em torno de uma ideia: a criação de uma que queremos a pé, naturalmente. Grande Rota pedonal entre a foz do rio Tejo, em Lisboa, e a fronteira com Espanha. Autarquias, federações, empresas, entidades A Sessão de Abertura ficou a cargo de Máximo Ferreira, Presidente e individualidades apresentaram, ao longo do dia, as várias da Câmara Municipal de Constância e Simone Pio, Vice-Presidente Apresentação de casos de estudo perspectivas relacionadas com o projecto em causa. da ARH do Tejo. Num primeiro painel, Carlos Alberto Cupeto lançou a ideia, o conceito e o desafio que estão na base do projecto Recordamos que o "Tejo a pé" é um projecto formulado pela ARH Tejo a Pé. Laudemira Ramos apresentou uma estratégia de do Tejo, com a finalidade de levar as pessoas ao rio como forma protecção, requalificação e valorização do rio Tejo no sentido de Estiveram ainda presentes a Federação de Campismo e Seguiu-se um espaço de mesa redonda em que a de o conhecer, proteger e valorizar. O objectivo desta sessão foi o tornar um Rio Vivo e um Lugar Vivido, acessível a todos, eixo Montanhismo de Portugal e a Federación Española de Deportes sustentabilidade do projecto "Tejo a pé" foi o mote para uma lançar a ideia e promover o debate, desafiando todos os municípios de vida, de lazer e de turismo. Ainda neste painel, Carlos Blazques de Montaña y Escalada que realçaram a importância, a vários interessante conversa. José Pombo Duarte do Clube de ribeirinhos do Tejo a fazer parte do traçado de uma Grande Rota e José Bastos Saldanha abordaram o processo de elevação da níveis, da constituição de uma Grande Rota pedonal. No Actividades de Ar Livre; Artur Pegas da Papa Léguas; Nuno pedonal entre a foz do rio Tejo, em Lisboa, e a fronteira com paisagem cultural do Tejo Ibérico a Património Mundial da UNESCO. momento seguinte, "Desafios do Tejo" foi o tema que abriu um Coelho da Incentivos Outdoor; Rui Abreu da ARH do Tejo e espaço de conferência com Manuel Branco da Universidade de Carlos Blazques da candidatura à UNESCO do Tejo a Património Évora, ao qual se seguiu um período de debate. da Humanidade foram os intervenientes neste debate, moderado Depois das várias comunicações e conferência, a parte da tarde por Carlos Pessoa, jornalista do Jornal Público. O interesse do foi reservada à apresentação de sete casos de estudo: Naturtejo, tema suscitou diversas questões e partilha de ideias por parte Gavião, Abrantes, Constância, Vila Nova da Barquinha, Grande do público presente. Rota do Zêzere e Corredores ecofluviales de la província de Badajoz. Autarcas e responsáveis pelos projectos deram a No site da ARH do Tejo (www.arhtejo.pt) poderão ser conhecer estas iniciativas que pretendem valorizar o património consultadas as apresentações e o relatório de avaliação da local através da criação de roteiros turísticos específicos. sessão de debate.

Sessão de Abertura 1.º Painel

Mesa Redonda

2.º painel Participantes

16 17 NOTÍCIAS NOTÍCIAS REGENERAÇÃO URBANA DA CIDADE DE ALCOBAÇA "TURISMO A PÉ NO TEJO" WORKSHOP "A EXPERIÊNCIA DE NO CONGRESSO DO CENTENÁRIO DO TURISMO EM PORTUGAL TORRES AO CENTRO" A ARH do Tejo participou no Congresso do Centenário do actualmente fundamentais para a constituição de marcas turísticas Turismo em Portugal com uma comunicação intitulada "Turismo baseadas num outro factor-chave: a autenticidade. Assim, através a Pé no Tejo". O congresso, que celebrou o centenário da da interligação de um conjunto de pequenas rotas numa Grande institucionalização doTurismo em Portugal, realizou-se em Rota em que o Tejo é denominador comum, o "Tejo a Pé" surge No âmbito do processo de Regeneração Urbana da Cidade de foram resumidos e analisados os pontos fortes, as oportunidades Lisboa entre 12 e 16 de Maio de 2011. Ao longo de cinco dias, como um produto eco-turístico, autêntico e sustentável, centrado Alcobaça decorreu, no passado dia 11 de Maio no Auditório da e as ameaças nos procedimentos a realizar, e aferidos pontos decorreram várias sessões plenárias e científicas a par de um sobretudo na valorização dos activos locais. Biblioteca Municipal, um workshop intitulado "A Experiência de comuns dos referidos programas com a Regeneração Urbana da programa cultural alargado. Neste contexto, inserida no painel Torres ao Centro". Na sessão estiveram presentes Paulo Inácio, Cidade Alcobaça, mais precisamente da Zona de Intervenção entre sobre Turismo, Sustentabilidade e Ordenamento do Território A apresentação em causa encontra-se disponível no site da ARH Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça; Carlos Miguel, o Estádio Municipal e o Edifício do Mercado. da Conferência Científica que se realizou no dia 13 de Maio, na do Tejo (www.arhtejo.pt). Presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras; António José Sociedade de Geografia de Lisboa, a comunicação apresentada Correia, Presidente da Câmara Municipal de Peniche; Manuel Uma iniciativa que, no entender de Paulo Inácio, se reveste de pela ARH do Tejo incidiu sobretudo sobre o carácter inovador Lacerda, Presidente da ARH do Tejo; Fernando Matias, Chefe enorme interesse face à conveniência da articulação do Programa e sustentável do projecto "Tejo a Pé", que pretende a criação Equipa Multidisciplinar de Planeamento Estratégico e Património de Regeneração Urbana de Alcobaça com outros programas de uma Grande Rota pedonal entre a foz do rio em Lisboa e a Arquitectónico da Câmara Municipal de Alcobaça e Bruno Ferreira, semelhantes e bem sucedidos, sendo também uma oportunidade fronteira com Espanha. O termo Turismo a Pé surge Vereador do Urbanismo da Câmara Municipal de Torres Vedras. de participação por parte de todos os cidadãos interessados no tema. Na sua intervenção, Manuel Lacerda destacou o O termo Turismo a Pé surge associado a uma filosofia de associado a uma filosofia de O objectivo da sessão foi obter um relato da experiência do Município Projecto de Requalificação do rio Alcoa como exemplar e desenvolvimento equilibrado de forma a utilizar o potencial de Torres Vedras, no Programa “Torres ao Centro – Regeneração salientou ainda a importância deste tipo de sinergias, sublinhando turístico do local para gerar riqueza, a par da manutenção e desenvolvimento Urbana no Centro Histórico de Torres Vedras”, e do Município de as parcerias que a ARH tem desenvolvido com os municípios valorização das qualidades ambientais da região. Consideram- Peniche no que se refere ao "Programa da Requalificação de da sua área de actuação, nomeadamente com a Câmara -se quatro aspectos fundamentais que, pela sua articulação, equilibrado de forma a Peniche". Neste que foi o primeiro de uma série de seis workshops, Municipal de Alcobaça. revelam o Turismo a Pé como sinónimo de sustentabilidade. São eles a protecção dos recursos naturais; a valorização económica; a participação da população local e o turismo como utilizar o potencial turístico uma ferramenta de conservação. do local para gerar riqueza, Intervenientes e participantes no workshop Neste sentido, e num paradigma em que existe uma procura de soluções diferenciadas que, fugindo às cópias e à banalidade, a par da manutenção e valorizem emoções, conexões e experiências enraizadas no destino, o Turismo a Pé está privilegiadamente posicionado. valorização das qualidades Valores como património, biodiversidade e herança histórica e cultural - atributos intrinsecamente associados ao Tejo - são ambientais da região

Painel "Turismo, Sustentabilidade e Ordenamento do Território"

18 19 NOTÍCIAS NOTÍCIAS REGENERAÇÃO URBANA DA CIDADE DE ALCOBAÇA "TURISMO A PÉ NO TEJO" WORKSHOP "A EXPERIÊNCIA DE NO CONGRESSO DO CENTENÁRIO DO TURISMO EM PORTUGAL TORRES AO CENTRO" A ARH do Tejo participou no Congresso do Centenário do actualmente fundamentais para a constituição de marcas turísticas Turismo em Portugal com uma comunicação intitulada "Turismo baseadas num outro factor-chave: a autenticidade. Assim, através a Pé no Tejo". O congresso, que celebrou o centenário da da interligação de um conjunto de pequenas rotas numa Grande institucionalização doTurismo em Portugal, realizou-se em Rota em que o Tejo é denominador comum, o "Tejo a Pé" surge No âmbito do processo de Regeneração Urbana da Cidade de foram resumidos e analisados os pontos fortes, as oportunidades Lisboa entre 12 e 16 de Maio de 2011. Ao longo de cinco dias, como um produto eco-turístico, autêntico e sustentável, centrado Alcobaça decorreu, no passado dia 11 de Maio no Auditório da e as ameaças nos procedimentos a realizar, e aferidos pontos decorreram várias sessões plenárias e científicas a par de um sobretudo na valorização dos activos locais. Biblioteca Municipal, um workshop intitulado "A Experiência de comuns dos referidos programas com a Regeneração Urbana da programa cultural alargado. Neste contexto, inserida no painel Torres ao Centro". Na sessão estiveram presentes Paulo Inácio, Cidade Alcobaça, mais precisamente da Zona de Intervenção entre sobre Turismo, Sustentabilidade e Ordenamento do Território A apresentação em causa encontra-se disponível no site da ARH Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça; Carlos Miguel, o Estádio Municipal e o Edifício do Mercado. da Conferência Científica que se realizou no dia 13 de Maio, na do Tejo (www.arhtejo.pt). Presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras; António José Sociedade de Geografia de Lisboa, a comunicação apresentada Correia, Presidente da Câmara Municipal de Peniche; Manuel Uma iniciativa que, no entender de Paulo Inácio, se reveste de pela ARH do Tejo incidiu sobretudo sobre o carácter inovador Lacerda, Presidente da ARH do Tejo; Fernando Matias, Chefe enorme interesse face à conveniência da articulação do Programa e sustentável do projecto "Tejo a Pé", que pretende a criação Equipa Multidisciplinar de Planeamento Estratégico e Património de Regeneração Urbana de Alcobaça com outros programas de uma Grande Rota pedonal entre a foz do rio em Lisboa e a Arquitectónico da Câmara Municipal de Alcobaça e Bruno Ferreira, semelhantes e bem sucedidos, sendo também uma oportunidade fronteira com Espanha. O termo Turismo a Pé surge Vereador do Urbanismo da Câmara Municipal de Torres Vedras. de participação por parte de todos os cidadãos interessados no tema. Na sua intervenção, Manuel Lacerda destacou o O termo Turismo a Pé surge associado a uma filosofia de associado a uma filosofia de O objectivo da sessão foi obter um relato da experiência do Município Projecto de Requalificação do rio Alcoa como exemplar e desenvolvimento equilibrado de forma a utilizar o potencial de Torres Vedras, no Programa “Torres ao Centro – Regeneração salientou ainda a importância deste tipo de sinergias, sublinhando turístico do local para gerar riqueza, a par da manutenção e desenvolvimento Urbana no Centro Histórico de Torres Vedras”, e do Município de as parcerias que a ARH tem desenvolvido com os municípios valorização das qualidades ambientais da região. Consideram- Peniche no que se refere ao "Programa da Requalificação de da sua área de actuação, nomeadamente com a Câmara -se quatro aspectos fundamentais que, pela sua articulação, equilibrado de forma a Peniche". Neste que foi o primeiro de uma série de seis workshops, Municipal de Alcobaça. revelam o Turismo a Pé como sinónimo de sustentabilidade. São eles a protecção dos recursos naturais; a valorização económica; a participação da população local e o turismo como utilizar o potencial turístico uma ferramenta de conservação. do local para gerar riqueza, Intervenientes e participantes no workshop Neste sentido, e num paradigma em que existe uma procura de soluções diferenciadas que, fugindo às cópias e à banalidade, a par da manutenção e valorizem emoções, conexões e experiências enraizadas no destino, o Turismo a Pé está privilegiadamente posicionado. valorização das qualidades Valores como património, biodiversidade e herança histórica e cultural - atributos intrinsecamente associados ao Tejo - são ambientais da região

Painel "Turismo, Sustentabilidade e Ordenamento do Território"

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Pedro Saraiva, Carlos Pessoa ROTEIRO DO TEJO e Vânia Cunha SESSÃO DE DEBATE EM ABRANTES

Numa iniciativa da ARH do Tejo em conjunto com a Câmara Pinto dos Santos, Vice-Presidente do Instituto Politécnico de Municipal de Abrantes e o Instituto Politécnico de Tomar, realizou- e Manuel Lacerda, Presidente da ARH do Tejo, teve lugar um se no dia 17 de Junho uma sessão de debate intitulada "Roteiro primeiro conjunto de três exposições, num painel moderado por do Tejo". Uma iniciativa que pretende constituir-se como o ponto Carlos Cupeto: "O Tejo é mais belo” por Maria do Céu Albuquerque; de referência para a estruturação de um conjunto de rotas temáticas "Roteiro Turístico – desenhar produtos sustentáveis" por Carlos onde o Tejo será denominador comum, articulando e criando uma Costa da Universidade de Aveiro e "Roteiro do Tejo – ideia e rede de percursos que se constituem como um importante conceito" por Luís Mota Figueira do Instituto Politécnico de Tomar. contributo para a valorização local e regional do património Seguiram-se ainda, durante o período da manhã, as comunicações associado ao maior rio português. Integrada no programa do de Rodrigo Dias da Câmara Municipal de Oeiras, sobre as No período da tarde a moderação do debate ficou a cargo de Carlos e sustentabilidade do território. Seguiu-se um novo período de debate Centenário do Turismo de Portugal, esta sessão de debate decorreu Quintas de Recreio do estuário do Tejo, e de João Filipe que Pessoa, jornalista do Jornal Público. Assim, num primeiro painel de e a Sessão de Encerramento. no Edifício Pirâmide em Abrantes. apresentou um retrato da cultura e artes da pesca tradicional no intervenções, Vânia Cunha da RCL, Lda apresentou um conjunto de Rio Tejo, entre a foz do Rio d’Eiras e a foz do Rio Frio. No final das reflexões sobre a marca Tejo, e Pedro Saraiva, da Associação TAGUS, Importa referir que a criação de um consórcio do Tejo e a concepção Logo após a Sessão de Abertura, realizada por Maria do Céu apresentações decorreu um primeiro espaço de debate reservado fez uma exposição sobre produtos turísticos locais. O segundo painel de uma base de dados com informação sobre o Tejo são alguns dos Albuquerque, Presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Miguel à troca de ideias sobre as temáticas apresentadas. contou com as apresentações de Carlos Saraiva Presidente do Grupo pilares do Roteiro do Tejo, um projecto pressupõe a cooperação entre CS Hotels, Golf & Resorts, Teresa Ferreira Vice-Presidente do Turismo a administração pública, municípios, empresas e associações, no de Portugal e Paulo Pinho da Faculdade de Engenharia da Universidade sentido de criar valor para turistas e actores locais. Mais uma iniciativa do Porto. Carlos Saraiva falou sobre turismo, nomeadamente no que que vai de encontro ao lema da ARH do Tejo: Rios vivos e vividos e Sessão de Abertura: Carlos Costa se refere aos desafios do tempo presente; Teresa Ferreira fez uma um litoral de excelência. No site da ARH do Tejo (www.arhtejo.pt) Manuel Lacerda, abordagem do turismo cultural como produto estratégico para o país, poderão ser consultadas as apresentações e o relatório de avaliação Maria do Céu Albuquerque e Paulo Pinho apresentou o turismo como factor de desenvolvimento da sessão de debate. e Miguel Pinto dos Santos

Teresa Ferreira, Paulo Pinho, Carlos Pessoa e Carlos Saraiva

Participantes

João Filipe, Rodrigo Dias Luis Mota Figueira e Carlos Cupeto

20 21 NOTÍCIAS NOTÍCIAS

Pedro Saraiva, Carlos Pessoa ROTEIRO DO TEJO e Vânia Cunha SESSÃO DE DEBATE EM ABRANTES

Numa iniciativa da ARH do Tejo em conjunto com a Câmara Pinto dos Santos, Vice-Presidente do Instituto Politécnico de Tomar Municipal de Abrantes e o Instituto Politécnico de Tomar, realizou- e Manuel Lacerda, Presidente da ARH do Tejo, teve lugar um se no dia 17 de Junho uma sessão de debate intitulada "Roteiro primeiro conjunto de três exposições, num painel moderado por do Tejo". Uma iniciativa que pretende constituir-se como o ponto Carlos Cupeto: "O Tejo é mais belo” por Maria do Céu Albuquerque; de referência para a estruturação de um conjunto de rotas temáticas "Roteiro Turístico – desenhar produtos sustentáveis" por Carlos onde o Tejo será denominador comum, articulando e criando uma Costa da Universidade de Aveiro e "Roteiro do Tejo – ideia e rede de percursos que se constituem como um importante conceito" por Luís Mota Figueira do Instituto Politécnico de Tomar. contributo para a valorização local e regional do património Seguiram-se ainda, durante o período da manhã, as comunicações associado ao maior rio português. Integrada no programa do de Rodrigo Dias da Câmara Municipal de Oeiras, sobre as No período da tarde a moderação do debate ficou a cargo de Carlos e sustentabilidade do território. Seguiu-se um novo período de debate Centenário do Turismo de Portugal, esta sessão de debate decorreu Quintas de Recreio do estuário do Tejo, e de João Filipe que Pessoa, jornalista do Jornal Público. Assim, num primeiro painel de e a Sessão de Encerramento. no Edifício Pirâmide em Abrantes. apresentou um retrato da cultura e artes da pesca tradicional no intervenções, Vânia Cunha da RCL, Lda apresentou um conjunto de Rio Tejo, entre a foz do Rio d’Eiras e a foz do Rio Frio. No final das reflexões sobre a marca Tejo, e Pedro Saraiva, da Associação TAGUS, Importa referir que a criação de um consórcio do Tejo e a concepção Logo após a Sessão de Abertura, realizada por Maria do Céu apresentações decorreu um primeiro espaço de debate reservado fez uma exposição sobre produtos turísticos locais. O segundo painel de uma base de dados com informação sobre o Tejo são alguns dos Albuquerque, Presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Miguel à troca de ideias sobre as temáticas apresentadas. contou com as apresentações de Carlos Saraiva Presidente do Grupo pilares do Roteiro do Tejo, um projecto pressupõe a cooperação entre CS Hotels, Golf & Resorts, Teresa Ferreira Vice-Presidente do Turismo a administração pública, municípios, empresas e associações, no de Portugal e Paulo Pinho da Faculdade de Engenharia da Universidade sentido de criar valor para turistas e actores locais. Mais uma iniciativa do Porto. Carlos Saraiva falou sobre turismo, nomeadamente no que que vai de encontro ao lema da ARH do Tejo: Rios vivos e vividos e Sessão de Abertura: Carlos Costa se refere aos desafios do tempo presente; Teresa Ferreira fez uma um litoral de excelência. No site da ARH do Tejo (www.arhtejo.pt) Manuel Lacerda, abordagem do turismo cultural como produto estratégico para o país, poderão ser consultadas as apresentações e o relatório de avaliação Maria do Céu Albuquerque e Paulo Pinho apresentou o turismo como factor de desenvolvimento da sessão de debate. e Miguel Pinto dos Santos

Teresa Ferreira, Paulo Pinho, Carlos Pessoa e Carlos Saraiva

Participantes

João Filipe, Rodrigo Dias Luis Mota Figueira e Carlos Cupeto

20 21 NOTÍCIAS NOTÍCIAS LIMPEZA E CONSERVAÇÃO DE LINHAS DE ÁGUA EM SANTARÉM BERLENGAS

Integrada nas acções programadas para Junho do Projecto de De facto, a legislação mais recente em matéria de recursos hídricos, Reserva Natural da Biosfera Reabilitação de Linhas de Água do Concelho de Santarém, decorreu nomeadamente a Lei da Água, define no seu Art.º 33.º, quais as medidas no passado dia 21 de Junho, pelas 18h00, na Sala da Assembleia de conservação e reabilitação da rede hidrográfica e zonas ribeirinhas Municipal - Edifício da ex-Escola Prática de Cavalaria de Santarém, (n.º 1) e de quem é a responsabilidade de implementação das medidas CAMPANHA DE CONTROLO DE REPRODUÇÃO mais uma “Sessão de divulgação e debate sobre Limpeza e Conservação de conservação e reabilitação da rede hidrográfica (n.º 5). As acções A UNESCO atribuiu ao arquipélago das Berlengas, no DE GAIVOTA-DE-PATAS-AMARELAS de linhas de água. Um dever de Todos!”. de limpeza e conservação de linhas de água deverão ser efectuadas passado dia 30 de Junho, a classificação de Reserva No último ano, a ARH do Tejo tem vindo a promover diversas sessões de forma selectiva e de acordo com as especificidades regionais e Mundial da Biosfera. O comunicado oficial foi feito em De modo a evitar o crescimento descontrolado do número de gaivotas de divulgação e debate sobre as melhores práticas nas acções de locais, promovendo, por um lado, a diversidade e o equilíbrio natural Dresden, na Alemanha, depois do 23.º Conselho de todos os anos nos meses de Maio e Junho, que coincidem com o limpeza e conservação de linhas de água, no sentido de garantir a destes ecossistemas e, por outro, a diminuição dos riscos de erosão Coordenação Internacional do programa "O Homem e a período de postura e incubação destas aves, o Instituto da Conservação melhoria do estado dos ecossistemas aquáticos e ribeirinhos e de dos taludes e, consequentemente, o assoreamento das linhas de água. Biosfera" (MAB), ao qual a Câmara Municipal de Peniche da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) leva a cabo, na Reserva promover a sustentabilidade ambiental dos sistemas fluviais. À Deverão, por isso, garantir a manutenção de árvores e arbustos não Natural das Ilhas Berlengas, uma Campanha de Controlo de semelhança das sessões anteriores, esta sessão teve lugar pelas infestantes das margens; da vegetação herbácea dos taludes e a concorreu em 2009. Já em 1997, o arquipélago das Reprodução de Gaivota-de-patas-amarelas (Larus michahellis) usando 18h00, e contou com uma plateia muito interessada e interventiva de estrutura radicular da vegetação arbustiva (arbustos) e herbácea das Berlengas foi classificado como Sítio da Rede Natura o método da quebra dos ovos nos ninhos. cerca 30 participantes, de entre os quais se destacam Presidentes e margens. 2000, ao abrigo da Directiva Habitats, que veio reconhecer Neste contexto foi solicitada pelo ICNB a colaboração da ARH do representantes das Juntas de Freguesia do Município de Santarém, Algumas das acções serão mais simples e imediatas mas outras mais a importância da conservação desta área natural. Tejo, através do Gabinete Sub-Regional do Oeste (GOE), que enviou técnicos da Câmara Municipal de Santarém, munícipes, representantes complexas, necessitarão de uma articulação mais próxima com a ARH Posteriormente, em 1999, as Berlengas foram um colaborador para integrar a equipa de voluntários encarregados de Associações de Agricultores e de Comerciantes, representante do do Tejo, como sejam a remoção de sedimentos do leito da linha de água. classificadas como Zona de Protecção Especial para as de percorrer a ilha, em percursos determinados pelos Vigilantes da SEPNA e representante do ICNB. Outras ainda, como a identificação de situações de poluição poderão Natureza, e procederem à quebra dos ovos nos ninhos. Refira-se A sessão realizou-se na época do ano mais apropriada para este tipo incluir a intervenção do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente Aves Selvagens, ao abrigo da Directiva Aves, encontrando- que, desde a sua implantação, a eficácia deste método de controlo de acções e teve na mesa a Sr.ª Vereadora Maria Luisa Féria, o (SEPNA) da GNR. Os trabalhos de limpeza e desobstrução das linhas de -se o arquipélago ainda classificado pelo Conselho tem sido demonstrada, sendo actualmente considerado o mais Presidente da ARH do Tejo, Manuel Lacerda, e as técnicas Helena água devem ser realizados sob a orientação da ARH do Tejo e da Europa como Reserva Biogenética. Com este adequado em termos de custos, éticos e de impacto ambiental. Alves e Teresa Álvares. A Sr.ª Vereadora da Câmara Municipal de acompanhados por técnicos com formação ambiental adequada. reconhecimaento, as Berlengas são assim a quinta Importa ainda salientar que estas campanhas visam a redução do Santarém abriu a sessão agradecendo à ARH do Tejo a sua presença, Foi realçada a necessidade da participação de todos, para ser possível Reserva Mundial da Biosfera em Portugal, depois das número de indivíduos residentes e nidificantes, bem como a diminuição realçando a importância do tema no Concelho de Santarém e a boa melhorar o Estado dos nossos rios que constituem um bem comum e um ilhas do Corvo, Flores e Graciosa, nos Açores, e do Paul do impacto ambiental negativo causado pelo excesso de aves colaboração da Câmara Municipal com a ARH do Tejo. factor de valorização do território. A linha de água reflecte o que se passa naquelas ilhas sobre outras espécies animais residentes, a flora Na sua intervenção, Manuel Lacerda referiu a importância destas na sua bacia hidrográfica e, tão importante como intervir correctamente, do Boquilobo, situado entre a confluência do rio Almonda existente e a Qualidade das Águas Balneares. sessões que fomentam uma maior aproximação entre a ARH do Tejo é necessário dar tempo e espaço para os sistemas fluviais recuperarem e rio Tejo nos concelhos de Torres Novas e Golegã. e outras Instituições da Administração Central, Municípios, Instituições o seu equilíbrio. É fundamental para a ARH do Tejo, e certamente para Privadas e todos os Particulares interessados, permitindo também um todos, termos rios mais vivos e vividos que garantam, simultaneamente, trabalho conjunto mais produtivo, de forma a garantir uma melhoria as condições de segurança e qualidade de vida das populações. contínua dos serviços prestados e da qualidade dos nossos rios. Para Campanha de Controlo de Reprodução a ARH do Tejo o estabelecimento de parcerias com os Municípios Conclusões: de Gaivota-de-patas-amarelas assume desde o início da sua actividade uma importância extrema, 1 - O Estado da linha de água reflecte o que se passa na sua bacia pois só assim é possível desenvolver, de forma adequada, as suas hidrográfica; competências e atribuições. 2 - Tão importante como a intervenção na linha de água é darmos Seguiu-se a apresentação preparada pelos técnicos pela ARH do Tejo tempo e espaço para os sistemas fluviais recuperarem o seu que focou essencialmente os seguintes aspectos: equilíbrio; - A importância dos sistemas fluviais 3 - Linhas de água limpas e em equilíbrio são um factor de valorização - Enquadramento legal actual do território e garantia das condições de segurança e qualidade de - Objectivos das operações de limpeza e conservação das linhas de vida das populações. água A limpeza das linhas de água é um dever de todos! - Instrução do pedido/informação de limpeza e articulação com a ARH do Tejo Terminada a apresentação, o Presidente da ARH do Tejo, Manuel - Boas práticas: Como fazer? Lacerda, teceu algumas considerações finais relacionadas com o - Resultados esperados tema. Seguiu-se um debate aberto e participado, que terminou já - Fiscalização depois das 21h00, onde os presentes apresentaram diversas questões - Conclusões e preocupações relacionadas com os recursos hídricos da região.

Teresa Álvares, Manuel Lacerda, Luisa Féria e Helena Alves Participantes

22 23 NOTÍCIAS NOTÍCIAS LIMPEZA E CONSERVAÇÃO DE LINHAS DE ÁGUA EM SANTARÉM BERLENGAS

Integrada nas acções programadas para Junho do Projecto de De facto, a legislação mais recente em matéria de recursos hídricos, Reserva Natural da Biosfera Reabilitação de Linhas de Água do Concelho de Santarém, decorreu nomeadamente a Lei da Água, define no seu Art.º 33.º, quais as medidas no passado dia 21 de Junho, pelas 18h00, na Sala da Assembleia de conservação e reabilitação da rede hidrográfica e zonas ribeirinhas Municipal - Edifício da ex-Escola Prática de Cavalaria de Santarém, (n.º 1) e de quem é a responsabilidade de implementação das medidas CAMPANHA DE CONTROLO DE REPRODUÇÃO mais uma “Sessão de divulgação e debate sobre Limpeza e Conservação de conservação e reabilitação da rede hidrográfica (n.º 5). As acções A UNESCO atribuiu ao arquipélago das Berlengas, no DE GAIVOTA-DE-PATAS-AMARELAS de linhas de água. Um dever de Todos!”. de limpeza e conservação de linhas de água deverão ser efectuadas passado dia 30 de Junho, a classificação de Reserva No último ano, a ARH do Tejo tem vindo a promover diversas sessões de forma selectiva e de acordo com as especificidades regionais e Mundial da Biosfera. O comunicado oficial foi feito em De modo a evitar o crescimento descontrolado do número de gaivotas de divulgação e debate sobre as melhores práticas nas acções de locais, promovendo, por um lado, a diversidade e o equilíbrio natural Dresden, na Alemanha, depois do 23.º Conselho de todos os anos nos meses de Maio e Junho, que coincidem com o limpeza e conservação de linhas de água, no sentido de garantir a destes ecossistemas e, por outro, a diminuição dos riscos de erosão Coordenação Internacional do programa "O Homem e a período de postura e incubação destas aves, o Instituto da Conservação melhoria do estado dos ecossistemas aquáticos e ribeirinhos e de dos taludes e, consequentemente, o assoreamento das linhas de água. Biosfera" (MAB), ao qual a Câmara Municipal de Peniche da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) leva a cabo, na Reserva promover a sustentabilidade ambiental dos sistemas fluviais. À Deverão, por isso, garantir a manutenção de árvores e arbustos não Natural das Ilhas Berlengas, uma Campanha de Controlo de semelhança das sessões anteriores, esta sessão teve lugar pelas infestantes das margens; da vegetação herbácea dos taludes e a concorreu em 2009. Já em 1997, o arquipélago das Reprodução de Gaivota-de-patas-amarelas (Larus michahellis) usando 18h00, e contou com uma plateia muito interessada e interventiva de estrutura radicular da vegetação arbustiva (arbustos) e herbácea das Berlengas foi classificado como Sítio da Rede Natura o método da quebra dos ovos nos ninhos. cerca 30 participantes, de entre os quais se destacam Presidentes e margens. 2000, ao abrigo da Directiva Habitats, que veio reconhecer Neste contexto foi solicitada pelo ICNB a colaboração da ARH do representantes das Juntas de Freguesia do Município de Santarém, Algumas das acções serão mais simples e imediatas mas outras mais a importância da conservação desta área natural. Tejo, através do Gabinete Sub-Regional do Oeste (GOE), que enviou técnicos da Câmara Municipal de Santarém, munícipes, representantes complexas, necessitarão de uma articulação mais próxima com a ARH Posteriormente, em 1999, as Berlengas foram um colaborador para integrar a equipa de voluntários encarregados de Associações de Agricultores e de Comerciantes, representante do do Tejo, como sejam a remoção de sedimentos do leito da linha de água. classificadas como Zona de Protecção Especial para as de percorrer a ilha, em percursos determinados pelos Vigilantes da SEPNA e representante do ICNB. Outras ainda, como a identificação de situações de poluição poderão Natureza, e procederem à quebra dos ovos nos ninhos. Refira-se A sessão realizou-se na época do ano mais apropriada para este tipo incluir a intervenção do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente Aves Selvagens, ao abrigo da Directiva Aves, encontrando- que, desde a sua implantação, a eficácia deste método de controlo de acções e teve na mesa a Sr.ª Vereadora Maria Luisa Féria, o (SEPNA) da GNR. Os trabalhos de limpeza e desobstrução das linhas de -se o arquipélago ainda classificado pelo Conselho tem sido demonstrada, sendo actualmente considerado o mais Presidente da ARH do Tejo, Manuel Lacerda, e as técnicas Helena água devem ser realizados sob a orientação da ARH do Tejo e da Europa como Reserva Biogenética. Com este adequado em termos de custos, éticos e de impacto ambiental. Alves e Teresa Álvares. A Sr.ª Vereadora da Câmara Municipal de acompanhados por técnicos com formação ambiental adequada. reconhecimaento, as Berlengas são assim a quinta Importa ainda salientar que estas campanhas visam a redução do Santarém abriu a sessão agradecendo à ARH do Tejo a sua presença, Foi realçada a necessidade da participação de todos, para ser possível Reserva Mundial da Biosfera em Portugal, depois das número de indivíduos residentes e nidificantes, bem como a diminuição realçando a importância do tema no Concelho de Santarém e a boa melhorar o Estado dos nossos rios que constituem um bem comum e um ilhas do Corvo, Flores e Graciosa, nos Açores, e do Paul do impacto ambiental negativo causado pelo excesso de aves colaboração da Câmara Municipal com a ARH do Tejo. factor de valorização do território. A linha de água reflecte o que se passa naquelas ilhas sobre outras espécies animais residentes, a flora Na sua intervenção, Manuel Lacerda referiu a importância destas na sua bacia hidrográfica e, tão importante como intervir correctamente, do Boquilobo, situado entre a confluência do rio Almonda existente e a Qualidade das Águas Balneares. sessões que fomentam uma maior aproximação entre a ARH do Tejo é necessário dar tempo e espaço para os sistemas fluviais recuperarem e rio Tejo nos concelhos de Torres Novas e Golegã. e outras Instituições da Administração Central, Municípios, Instituições o seu equilíbrio. É fundamental para a ARH do Tejo, e certamente para Privadas e todos os Particulares interessados, permitindo também um todos, termos rios mais vivos e vividos que garantam, simultaneamente, trabalho conjunto mais produtivo, de forma a garantir uma melhoria as condições de segurança e qualidade de vida das populações. contínua dos serviços prestados e da qualidade dos nossos rios. Para Campanha de Controlo de Reprodução a ARH do Tejo o estabelecimento de parcerias com os Municípios Conclusões: de Gaivota-de-patas-amarelas assume desde o início da sua actividade uma importância extrema, 1 - O Estado da linha de água reflecte o que se passa na sua bacia pois só assim é possível desenvolver, de forma adequada, as suas hidrográfica; competências e atribuições. 2 - Tão importante como a intervenção na linha de água é darmos Seguiu-se a apresentação preparada pelos técnicos pela ARH do Tejo tempo e espaço para os sistemas fluviais recuperarem o seu que focou essencialmente os seguintes aspectos: equilíbrio; - A importância dos sistemas fluviais 3 - Linhas de água limpas e em equilíbrio são um factor de valorização - Enquadramento legal actual do território e garantia das condições de segurança e qualidade de - Objectivos das operações de limpeza e conservação das linhas de vida das populações. água A limpeza das linhas de água é um dever de todos! - Instrução do pedido/informação de limpeza e articulação com a ARH do Tejo Terminada a apresentação, o Presidente da ARH do Tejo, Manuel - Boas práticas: Como fazer? Lacerda, teceu algumas considerações finais relacionadas com o - Resultados esperados tema. Seguiu-se um debate aberto e participado, que terminou já - Fiscalização depois das 21h00, onde os presentes apresentaram diversas questões - Conclusões e preocupações relacionadas com os recursos hídricos da região.

Teresa Álvares, Manuel Lacerda, Luisa Féria e Helena Alves Participantes

22 23 NOTÍCIAS NOTÍCIAS Audi MedCup Quiksilver Pro Portugal TROFÉU DE CASCAIS ELITE DO SURF REGRESSA À ERICEIRA

Cascais continua a marcar pontos na vela internacional. Entre Entretanto, por cá as prestigiadas provas de vela não ficam por Os melhores surfistas do mundo voltaram este ano a marcar 96 surfistas masculinos do ranking mundial da ASP, que abrange 16 e 22 de Maio a vila costeira recebeu, pelo segundo ano aqui. Cascais foi eleita como uma das “cidades sede” para presença na Ericeira no Quiksilver Pro Portugal, o primeiro evento todos os profissionais, incluindo os 34 atletas que lutam pelo título consecutivo, a etapa de arranque da Audi MedCup, o circuito de receber a primeira regata da America’s Cup World Series, entre Prime de 2011 da Association Surfing Professionals (ASP) em solo mundial, são convidados a participar. O surfista australiano Julian regatas líder mundial e um dos mais mediáticos eventos náuticos os dias 6 e 14 de Agosto de 2011. A cumprir a sua primeira europeu. Por ali passaram, entre 14 e 19 de Junho, surfistas como Wilson de 22 anos, foi o grande vencedor da prova, derrotando da Europa. edição, este é um circuito regular de oito regatas que passa, a Jeremy Flores (FRA), o português Tiago Pires, o antigo campeão o brasileiro Gabriel Medina de 17 anos (19,37 contra 12,83 pontos partir de agora, a anteceder à maior e mais prestigiada prova de mundial CJ Hobgood, Damien (EUA), Patrick Gudauskas (EUA), o em 20 possíveis) na muito aguardada final da competição. A Audi MedCup é constituída por um conjunto de cinco regatas vela mundial: a America’s Cup que se realizará em 2013 em São sul-africano Travis Logie e Josh Kerr (AUS), Marc Lacomare (FRA) que durante cinco meses, de Maio a Setembro, cruzam quatro Francisco, nos Estados Unidos da América. e Aritz Aranburu (EUK). Com uma localização ímpar na costa atlântica, a Ericeira, países: Portugal, França, Itália e Espanha. Neste circuito reconhecida como Reserva Mundial de Surf, tem sido local de competem, em duas frotas distintas, dois tipos de barcos: os 52 No Quiksilver Pro Portugal estiveram em jogo muitos pontos que eleição para a realização do Quiksilver Pro Portugal. A praia de Series (TP52) e os 40 Series (Soto40, novidade da edição de atraem os melhores atletas do mundo, com vista à qualificação Ribeira d'Ilhas, principal local de realização do evento, reúne 2011). ou manutenção da sua posição no ranking. O circuito ASP Prime, características que permitem aos surfistas realizar manobras que integra 11 provas, é o mais prestigiante a seguir ao circuito impressionantes, sendo de resto considerada uma das "pérolas" Em Cascais estiveram oito equipas na classe TP52 e cinco na mundial, actualmente reduzido a 34 atletas. Apenas os melhores do surf europeu. Soto40, tendo participado, nesta última categoria, duas equipas portuguesas: a XXII Portuguese Sailing Team, comandada por Francisco Lobato e a Bigamist, liderada por Afonso Domingos, que conquistaram, nesta etapa, o segundo e terceiro lugar da Julian Wilson Aritz Aranburu classificação final da classe Soto40. Os norte-americanos Quantum Racing foram os vencedores da TP52. As próximas etapas do circuito Audi MedCup acontecem nos próximos meses em Marselha, Cagliari, Cartagena e Barcelona.

Troféu de Cascais - Dia 5

Ribeira d’Ilhas

Troféu de Cascais - Dia 1

24 25 NOTÍCIAS NOTÍCIAS Audi MedCup Quiksilver Pro Portugal TROFÉU DE CASCAIS ELITE DO SURF REGRESSA À ERICEIRA

Cascais continua a marcar pontos na vela internacional. Entre Entretanto, por cá as prestigiadas provas de vela não ficam por Os melhores surfistas do mundo voltaram este ano a marcar 96 surfistas masculinos do ranking mundial da ASP, que abrange 16 e 22 de Maio a vila costeira recebeu, pelo segundo ano aqui. Cascais foi eleita como uma das “cidades sede” para presença na Ericeira no Quiksilver Pro Portugal, o primeiro evento todos os profissionais, incluindo os 34 atletas que lutam pelo título consecutivo, a etapa de arranque da Audi MedCup, o circuito de receber a primeira regata da America’s Cup World Series, entre Prime de 2011 da Association Surfing Professionals (ASP) em solo mundial, são convidados a participar. O surfista australiano Julian regatas líder mundial e um dos mais mediáticos eventos náuticos os dias 6 e 14 de Agosto de 2011. A cumprir a sua primeira europeu. Por ali passaram, entre 14 e 19 de Junho, surfistas como Wilson de 22 anos, foi o grande vencedor da prova, derrotando da Europa. edição, este é um circuito regular de oito regatas que passa, a Jeremy Flores (FRA), o português Tiago Pires, o antigo campeão o brasileiro Gabriel Medina de 17 anos (19,37 contra 12,83 pontos partir de agora, a anteceder à maior e mais prestigiada prova de mundial CJ Hobgood, Damien (EUA), Patrick Gudauskas (EUA), o em 20 possíveis) na muito aguardada final da competição. A Audi MedCup é constituída por um conjunto de cinco regatas vela mundial: a America’s Cup que se realizará em 2013 em São sul-africano Travis Logie e Josh Kerr (AUS), Marc Lacomare (FRA) que durante cinco meses, de Maio a Setembro, cruzam quatro Francisco, nos Estados Unidos da América. e Aritz Aranburu (EUK). Com uma localização ímpar na costa atlântica, a Ericeira, países: Portugal, França, Itália e Espanha. Neste circuito reconhecida como Reserva Mundial de Surf, tem sido local de competem, em duas frotas distintas, dois tipos de barcos: os 52 No Quiksilver Pro Portugal estiveram em jogo muitos pontos que eleição para a realização do Quiksilver Pro Portugal. A praia de Series (TP52) e os 40 Series (Soto40, novidade da edição de atraem os melhores atletas do mundo, com vista à qualificação Ribeira d'Ilhas, principal local de realização do evento, reúne 2011). ou manutenção da sua posição no ranking. O circuito ASP Prime, características que permitem aos surfistas realizar manobras que integra 11 provas, é o mais prestigiante a seguir ao circuito impressionantes, sendo de resto considerada uma das "pérolas" Em Cascais estiveram oito equipas na classe TP52 e cinco na mundial, actualmente reduzido a 34 atletas. Apenas os melhores do surf europeu. Soto40, tendo participado, nesta última categoria, duas equipas portuguesas: a XXII Portuguese Sailing Team, comandada por Francisco Lobato e a Bigamist, liderada por Afonso Domingos, que conquistaram, nesta etapa, o segundo e terceiro lugar da Julian Wilson Aritz Aranburu classificação final da classe Soto40. Os norte-americanos Quantum Racing foram os vencedores da TP52. As próximas etapas do circuito Audi MedCup acontecem nos próximos meses em Marselha, Cagliari, Cartagena e Barcelona.

Troféu de Cascais - Dia 5

Ribeira d’Ilhas

Troféu de Cascais - Dia 1

24 25 NOTÍCIAS MUNICÍPIOS

MUROS-APIÁRIOS, ALCOBAÇA - O CONCELHO Alcobaça assume-se como um concelho para UM PATRIMÓNIO COMUM NO SUDOESTE EUROPEU viver, para passear, para sentir, para visitar, para conhecer, para crescer, para empreender. Alcobaça destaca-se pela sua herança cultural, Já se encontra disponível a edição n.º 3 da revista digital AÇAFA On- construções em pedra ou taipa que formam cercados destinados a arquitectónica e natural. Desde o legado da line, uma publicação da responsabilidade da Associação de Estudos proteger os colmeais contra diversos tipos de agressões, sobretudo Ordem de Cister, às praias, às lagoas, às do Alto Tejo (AEAT). Este número é dedicado ao tema "Muros-apiários, dos ursos, estando presentes em várias regiões da Europa e do grutas, lagares, pinhais, aos Parques naturais um património comum no Sudoeste Europeu". Do conjunto de doze Mediterrâneo. Este processo de proteger os apiários cercando-os e muitas outras ofertas. textos que compõem esta edição, por se referirem à bacia do rio com muros, por vezes muito altos, não é no entanto único: existem A integração estratégica das 18 no Tejo, destacamos: outros tipos de construções com idêntico propósito, mas esta será programa de promoção do concelho traz à talvez uma das mais representativas à escala europeia, desde a região uma dinâmica cultural e turística única • Os Muros-Apiários da Região de Castelo Branco e Zona Península Ibérica até às Ilhas Gregas. que tende a ser cada vez mais reconhecida Envolvente no panorama nacional e internacional. A Francisco Henriques, João Carlos Caninas, Mário Lobato Chambino, sofisticação dos eventos e o peso histórico do José Teodoro Prata e José Joaquim Gardete abordam a região de seu património aliam-se a práticas seculares Castelo Branco e associam, por proximidade, alguns dados relativos que, utilizando métodos modernos, mantêm a agricultura como uma das principais à zona espanhola de Alcântara. actividades económicas do concelho. A água sempre teve uma importância primordial • Os Muros-Apiários do Parque Natural da Serra de São Mamede na formação do concelho, a nível do desenho e Sítio de São Mamede do território e da sua economia. A implantação Também na bacia hidrográfica do Tejo, mas a Sul do rio, Joana do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, único Camejo Rodrigues e João Carlos Neves ilustram o tema na área Cisterciense construído de raiz em Portugal, do Parque Natural da Serra de São Mamede e no sítio da Rede em muito se deve aos rios que atravessam a Natura que lhe está associado. cidade e que os Monges de Cister habilmente transformaram com os seus conhecimentos • Originalidades do Coberto Vegetal do Alto Tejo de hidráulica, transformando terrenos baldios Um texto de Mafalda Veigas, Carlos Vila-Viçosa, Paula Mendes e pantanosos em férteis granjas para a e Carlos Pinto-Gomes, sobre o coberto vegetal do Alto Tejo, que ajuda exploração agrícola. a compreender a geografia dos muros-apiários conhecidos na região. Com o passar dos séculos, as margens e a qualidade da água dos rios sofreu as naturais Os referidos artigos estão disponíveis no site da AEAT consequências do aumento populacional e Muro-apiário da Parrocha (Castelo Branco). Fonte: AEAT (www.altotejo.org). Importa referir que os muros-apiários são actividade industrial. Actualmente, constitui-se como prioridade deste Município a requalificação Trecho do Canal do rio Alcoa junto Moinho do mesmo nome, já recuperado, a funcionar no piso inferior deste importante recurso e áreas envolventes, e com habitação no piso superior. devolvendo estes espaços à população e criando um novo pólo de atracção e dinamização de actividades relacionadas com o Turismo, a Natureza e o Ambiente. PROJECTO DE REQUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DO Passatempo Fotográfico RIO ALCOA DA NASCENTE À FOZ Paulo Jorge Marques Inácio “ÁGUA, TURISMO E CRUZEIROS" Presidente da Câmara Municipal A grande mais valia deste projecto prende-se com o facto de se tratar de um projecto intermunicipal, entre Alcobaça e Nazaré, voltando a unir um território que outrora foi uno, sob a alçada dos Monges de Cister, desde a nascente do rio Alcoa até à foz, A Comissão Nacional do Centenário do Turismo em Portugal (CNTP) A recepção das candidaturas decorre até ao dia 31 de Agosto através onde se encontra com o mar. está a promover um passatempo que pretende premiar a originalidade do endereço de e-mail [email protected]. A divulgação Trata-se de uma proposta de recuperação, tratamento e valorização das margens do fotográfica relacionada com o tema “Água, Turismo e Cruzeiros”. O dos premiados será feita no dia 27 de Setembro, o Dia Mundial do Rio Alcoa, desde a sua nascente, no concelho de Alcobaça até ao limite deste com título alude ao interesse recreativo e turístico do mar que, nos finais Turismo. O júri é composto por representantes da MSC Cruzeiros, a Nazaré, numa extensão de rio com cerca de 15 750 m, desde a nascente (Vale da do século XIX e princípios do século XX, assumiu um papel de CNTP e APL (Administração do Porto de Lisboa). O regulamento ribeira do Mogo) até à foz (Ponte das Barcas), sendo que cerca de 14 000 m estão referência no sector. A participação é gratuita e aberta a fotógrafos completo do passatempo encontra-se disponível no site do Centenário inseridos no território afecto ao Município de Alcobaça. No plano altimétrico, as cotas profissionais ou amadores. O autor da foto vencedora será premiado do Turismo em Portugal (http://www.centenariodoturismo.org). em relação ao nível do mar, variam entre a cota 0 e a cota 47, sendo que as cotas com um cruzeiro para duas pessoas no Mediterrâneo. mais altas estão localizadas na nascente e próximo da Estação Fruteira em Alcobaça. Aliada ao estabelecimento duma política de ordenamento, protecção e valorização dos corredores verdes, encontra-se a preservação e a valorização das áreas rurais, das linhas de água e das áreas com sensibilidade ecológica significativa, dedicando especial atenção ao património paisagístico, arbóreo, florístico e faunístico da área de intervenção. Pretende-se estabelecer um programa de sensibilização ambiental e uma política de fomento e requalificação das actividades fluviais, bem como a valorização e a requalificação dos espaços públicos e não públicos, designadamente espaços verdes e margens. No seguimento deste percurso, inclui-se a requalificação de certos elementos que fizeram parte ou que interagiram com o secular sistema hidráulico cisterciense.

26 27 NOTÍCIAS MUNICÍPIOS

MUROS-APIÁRIOS, ALCOBAÇA - O CONCELHO Alcobaça assume-se como um concelho para UM PATRIMÓNIO COMUM NO SUDOESTE EUROPEU viver, para passear, para sentir, para visitar, para conhecer, para crescer, para empreender. Alcobaça destaca-se pela sua herança cultural, Já se encontra disponível a edição n.º 3 da revista digital AÇAFA On- construções em pedra ou taipa que formam cercados destinados a arquitectónica e natural. Desde o legado da line, uma publicação da responsabilidade da Associação de Estudos proteger os colmeais contra diversos tipos de agressões, sobretudo Ordem de Cister, às praias, às lagoas, às do Alto Tejo (AEAT). Este número é dedicado ao tema "Muros-apiários, dos ursos, estando presentes em várias regiões da Europa e do grutas, lagares, pinhais, aos Parques naturais um património comum no Sudoeste Europeu". Do conjunto de doze Mediterrâneo. Este processo de proteger os apiários cercando-os e muitas outras ofertas. textos que compõem esta edição, por se referirem à bacia do rio com muros, por vezes muito altos, não é no entanto único: existem A integração estratégica das 18 freguesias no Tejo, destacamos: outros tipos de construções com idêntico propósito, mas esta será programa de promoção do concelho traz à talvez uma das mais representativas à escala europeia, desde a região uma dinâmica cultural e turística única • Os Muros-Apiários da Região de Castelo Branco e Zona Península Ibérica até às Ilhas Gregas. que tende a ser cada vez mais reconhecida Envolvente no panorama nacional e internacional. A Francisco Henriques, João Carlos Caninas, Mário Lobato Chambino, sofisticação dos eventos e o peso histórico do José Teodoro Prata e José Joaquim Gardete abordam a região de seu património aliam-se a práticas seculares Castelo Branco e associam, por proximidade, alguns dados relativos que, utilizando métodos modernos, mantêm a agricultura como uma das principais à zona espanhola de Alcântara. actividades económicas do concelho. A água sempre teve uma importância primordial • Os Muros-Apiários do Parque Natural da Serra de São Mamede na formação do concelho, a nível do desenho e Sítio de São Mamede do território e da sua economia. A implantação Também na bacia hidrográfica do Tejo, mas a Sul do rio, Joana do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, único Camejo Rodrigues e João Carlos Neves ilustram o tema na área Cisterciense construído de raiz em Portugal, do Parque Natural da Serra de São Mamede e no sítio da Rede em muito se deve aos rios que atravessam a Natura que lhe está associado. cidade e que os Monges de Cister habilmente transformaram com os seus conhecimentos • Originalidades do Coberto Vegetal do Alto Tejo de hidráulica, transformando terrenos baldios Um texto de Mafalda Veigas, Carlos Vila-Viçosa, Paula Mendes e pantanosos em férteis granjas para a e Carlos Pinto-Gomes, sobre o coberto vegetal do Alto Tejo, que ajuda exploração agrícola. a compreender a geografia dos muros-apiários conhecidos na região. Com o passar dos séculos, as margens e a qualidade da água dos rios sofreu as naturais Os referidos artigos estão disponíveis no site da AEAT consequências do aumento populacional e Muro-apiário da Parrocha (Castelo Branco). Fonte: AEAT (www.altotejo.org). Importa referir que os muros-apiários são actividade industrial. Actualmente, constitui-se como prioridade deste Município a requalificação Trecho do Canal do rio Alcoa junto Moinho do mesmo nome, já recuperado, a funcionar no piso inferior deste importante recurso e áreas envolventes, e com habitação no piso superior. devolvendo estes espaços à população e criando um novo pólo de atracção e dinamização de actividades relacionadas com o Turismo, a Natureza e o Ambiente. PROJECTO DE REQUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DO Passatempo Fotográfico RIO ALCOA DA NASCENTE À FOZ Paulo Jorge Marques Inácio “ÁGUA, TURISMO E CRUZEIROS" Presidente da Câmara Municipal A grande mais valia deste projecto prende-se com o facto de se tratar de um projecto intermunicipal, entre Alcobaça e Nazaré, voltando a unir um território que outrora foi uno, sob a alçada dos Monges de Cister, desde a nascente do rio Alcoa até à foz, A Comissão Nacional do Centenário do Turismo em Portugal (CNTP) A recepção das candidaturas decorre até ao dia 31 de Agosto através onde se encontra com o mar. está a promover um passatempo que pretende premiar a originalidade do endereço de e-mail [email protected]. A divulgação Trata-se de uma proposta de recuperação, tratamento e valorização das margens do fotográfica relacionada com o tema “Água, Turismo e Cruzeiros”. O dos premiados será feita no dia 27 de Setembro, o Dia Mundial do Rio Alcoa, desde a sua nascente, no concelho de Alcobaça até ao limite deste com título alude ao interesse recreativo e turístico do mar que, nos finais Turismo. O júri é composto por representantes da MSC Cruzeiros, a Nazaré, numa extensão de rio com cerca de 15 750 m, desde a nascente (Vale da do século XIX e princípios do século XX, assumiu um papel de CNTP e APL (Administração do Porto de Lisboa). O regulamento ribeira do Mogo) até à foz (Ponte das Barcas), sendo que cerca de 14 000 m estão referência no sector. A participação é gratuita e aberta a fotógrafos completo do passatempo encontra-se disponível no site do Centenário inseridos no território afecto ao Município de Alcobaça. No plano altimétrico, as cotas profissionais ou amadores. O autor da foto vencedora será premiado do Turismo em Portugal (http://www.centenariodoturismo.org). em relação ao nível do mar, variam entre a cota 0 e a cota 47, sendo que as cotas com um cruzeiro para duas pessoas no Mediterrâneo. mais altas estão localizadas na nascente e próximo da Estação Fruteira em Alcobaça. Aliada ao estabelecimento duma política de ordenamento, protecção e valorização dos corredores verdes, encontra-se a preservação e a valorização das áreas rurais, das linhas de água e das áreas com sensibilidade ecológica significativa, dedicando especial atenção ao património paisagístico, arbóreo, florístico e faunístico da área de intervenção. Pretende-se estabelecer um programa de sensibilização ambiental e uma política de fomento e requalificação das actividades fluviais, bem como a valorização e a requalificação dos espaços públicos e não públicos, designadamente espaços verdes e margens. No seguimento deste percurso, inclui-se a requalificação de certos elementos que fizeram parte ou que interagiram com o secular sistema hidráulico cisterciense.

26 27 MUNICÍPIOS CONTACTOS AGENDA Em termos práticos, a prossecução destes AMERICA’S CUP WORLD SERIES objectivos assenta na valorização e restauro SEDE De 6 a 14 de Agosto de 2011 das linhas de água e promoção da sua Administração da Região Hidrográfica condição de corredores verdes, na criação do Tejo, I. P. Cascais de uma ciclovia, circuito(s) de manutenção, Rua Braamcamp, 7 Decorre em Cascais, de 6 a 14 de Agosto, a primeira etapa da America’s Cup World Series. A 1250-048 LISBOA acessibilidade de emergência para cumprir a sua primeira edição, este é um circuito regular de oito regatas que passará, a partir de manutenção de equipamentos e infra- Tel.: 211 554 800 Fax: 211 554 809 agora, a anteceder à America's Cup, a maior e mais prestigiada prova de vela mundial. Uma regata -estruturas, na valorização e beneficiação que proporcionará aos amantes de vela de alta performance a oportunidade única de ver juntas de caminhos existentes e na definição de Gabinete Sub-Regional do Oeste todas as equipas e concorrentes da America's Cup. normas para a iluminação pública, mobiliário (GOE) e sinalização, bem como cores e materiais Av. Engº. Luís Paiva e Sousa, 6 de acabamento. 2500-329 CALDAS DA RAINHA A preocupação da acessibilidade física e Tel.: 262 100 630 social dos espaços a todos os grupos da Fax: 262 100 631 população e preparação para responder às Gabinete Sub-Regional do Médio e Alto EXPOSIÇÃO necessidades das pessoas com mobilidade Tejo (GMAT) reduzida constitui-se como prioridade nesta Praça Visconde Serra do Pilar, 4, 1º "EMBARCAÇÕES TRADICIONAIS PORTUGUESAS: ARTE E ENGENHO" intervenção. 2000-093 SANTARÉM Até 18 de Setembro de 2011 O conjunto de sinaléticas e painéis Tel.: 243 109 600/1 Museu da Marinha, Lisboa informativos irá obedecer a critérios que Pólo de Abrantes fomentem a educação ambiental e a A exposição "Embarcações Tradicionais Portuguesas: arte e engenho" apresenta algumas Rua D. João IV, 33 das mais emblemáticas embarcações que cruzaram em tempos as águas dos nossos rios, valorização do património cultural e natural, 2200-397 ABRANTES permitindo descobrir toda a criatividade e engenho das populações costeiras na construção mantendo de forma evidente uma certa Tel.: 241 100 050 homogeneidade ao longo de todo o percurso. Rio Alcoa em Chiqueda, junto da captação de água, com moinho de água a recuperar, ao fundo. de embarcações que fazem parte da nossa história. Um verdadeiro testemunho da O escoamento dos caudais líquidos e Pólo de Portalegre extraordinária riqueza da arte naval portuguesa, patente até 18 de Setembro, na Sala Seixas sólidos deve ser garantido em condições Bairro da Fontedeira, Bloco 1 Cave do Museu da Marinha, numa iniciativa da Associação da Indústrias Navais (AIN) e do Museu da Marinha. hidrológicas normais, num projecto que visa, habitacional, associada às preocupações Tejo, na pessoa do seu Presidente, Eng.º 7300-076 PORTALEGRE Tel.: 245 100 560 Manuel Lacerda, a nível da preciosa acima de tudo, a protecção e valorização ecológicas e ambientais. O Município está Fax 245 100 561 do Património Natural. ciente que estas últimas serão vitais para a colaboração técnica neste projecto. Este percurso, que contempla o Passeio sustentabilidade do concelho neste século Acreditamos que a melhoria da qualidade Pólo de Castelo Branco Marginal e a Ciclovia, tornar-se-á um espaço que agora concluiu a sua primeira década. de vida dos munícipes dos concelhos Rua da Fonte Nova, 1 de fruição e conhecimento, pretendendo- Assim, surge como natural e desejável a de Alcobaça e Nazaré sairá muito Quinta da Fonte Nova -se criar uma unidade de paisagem onde interligação com o Museu dos Coutos e beneficiada e que a requalificação e 6000 -167 CASTELO BRANCO JORNADA "O TEJO E A POESIA" cidadãos, animais e água se desloquem com o futuro Parque Verde da cidade, valorização que será levada a cabo Tel.: 272 100 510 Fax 272 100 511 24 de Setembro de 2011 entre caminhos e linhas de água. salvaguardando e promovendo também o permanecerá como marca distintiva de Casa Memória de Camões, Constância Será ainda assegurada a continuidade entre Património Cultural associado à água. cooperação intermunicipal de dois Pólo da Guarda comunidades vegetais e a manutenção das O Município de Alcobaça destaca ainda concelhos que valorizam a sua herança Gaveto das Ruas Pedro Álvares Cabral O rio Tejo tem sido fonte de inspiração para muitos artistas, nomeadamente poetas como actividades agrícolas, estando associada a excelência do acompanhamento e histórica e ambiental, preservando o bem e Almirante Gago Coutinho Luís de Camões e Miguel Torga, entre outros. A poesia do Tejo reflecte vivências de diversas a promoção de actividades de lazer e de disponibilidade demonstrados pela ARH mais precioso - a Água! 6300-517 GUARDA actividades que ao longo de várias épocas se desenvolveram em torno do rio. Foram muitos turismo sustentável. É uma estrutura que Tel.: 271 100 584 os autores que se inspiraram no Tejo, nos arrais, carpinteiros de machado, calafates, se pretende multifuncional, englobando valadores, pescadores, moleiros e agricultores da borda de água. Neste contexto, a Jornada a interpretação do sistema hidráulico, a "O Tejo e a Poesia" que terá lugar no dia 24 de Setembro, entre as 10h00 e as 18h00 em interpretação da paisagem ordenada pela Constância, pretende chamar a atenção para a grande obra poética inspirada na paisagem Ordem de Cister e a circulação pedonal e do Tejo. Uma iniciativa da Associação Amigos do Tejo (AAT) com o apoio da Câmara de bicicletas. Municipal de Constância. O passeio marginal e a ciclovia estabelecem- -se paralelamente, segundo o mesmo traçado. Em situações pontuais, prevê-se a possibilidade de separação entre a ciclovia e o passeio marginal, indo este para 13 cotas inferiores ou superiores, com vista a 10.º SILUSBA assegurar o acesso e fruição a ligações 26 a 29 de Setembro de 2011 preferenciais, sendo que estarão incluídas MAIO Porto de Galinhas, Brasil zonas de descanso e paragem. Os modelos JUNHO de sinalética serão comuns a toda a Num contexto de grandes transformações à escala global os desafios na gestão da água intervenção e a iluminação artificial irá tornam-se mais complexos. "A gestão da água num mundo em mudança" é por isso o desempenhar um papel decisivo enquanto tema de fundo do programa técnico para o 10.º SILUSBA - Simpósio de Hidráulica e infraestrutura que possibilita as condições Recursos Hídricos dos Países de Expressão Portuguesa - que se realiza de 26 a 29 de básicas de funcionamento dos espaços. Setembro de 2011 no estado de Pernambuco no Brasil, em simultâneo com o XIV O Projecto de requalificação e valorização FICHA TÉCNICA Congresso Mundial da International Water Resources Association. do Rio Alcoa da Nascente à Foz, constitui- A divulgação e partilha do conhecimento técnico e científico, a reflexão sobre o papel da investigação e da inovação nos novos desafios que se colocam na gestão da água, o -se como prioritário e estrutural para o Propriedade: ARH do Tejo, I.P. estabelecimento de parcerias e a consciencialização por parte dos diversos intervenientes no concelho de Alcobaça, englobando-se numa Director: Manuel Lacerda sector da água da urgência em caminhar para uma gestão dos nossos recursos hídricos mais estratégia de revitalização e criação de Editor: Carlos A. Cupeto Edição: ARH do Tejo, I.P. inteligente, mais eficiente e mais colaborativa, são alguns dos principais objectivos da 10ª edição novos pólos de dinamização turística e Proposta preliminar para o Parque da Cidade, em Alcobaça, a integrar no troço urbano do Rio Alcoa, que inclui a recuperação de parte do Sistema Hidráulico Cisterciense. Design: GPI do SILUSBA.

28 29 MUNICÍPIOS AGENDA CONTACTOS Em termos práticos, a prossecução destes AMERICA’S CUP WORLD SERIES objectivos assenta na valorização e restauro De 6 a 14 de Agosto de 2011 SEDE das linhas de água e promoção da sua Administração da Região Hidrográfica condição de corredores verdes, na criação Cascais do Tejo, I. P. de uma ciclovia, circuito(s) de manutenção, Decorre em Cascais, de 6 a 14 de Agosto, a primeira etapa da America’s Cup World Series. A Rua Braamcamp, 7 1250-048 LISBOA acessibilidade de emergência para cumprir a sua primeira edição, este é um circuito regular de oito regatas que passará, a partir de manutenção de equipamentos e infra- Tel.: 211 554 800 agora, a anteceder à America's Cup, a maior e mais prestigiada prova de vela mundial. Uma regata Fax: 211 554 809 -estruturas, na valorização e beneficiação que proporcionará aos amantes de vela de alta performance a oportunidade única de ver juntas de caminhos existentes e na definição de todas as equipas e concorrentes da America's Cup. Gabinete Sub-Regional do Oeste normas para a iluminação pública, mobiliário (GOE) e sinalização, bem como cores e materiais Av. Engº. Luís Paiva e Sousa, 6 de acabamento. 2500-329 CALDAS DA RAINHA A preocupação da acessibilidade física e Tel.: 262 100 630 social dos espaços a todos os grupos da Fax: 262 100 631 população e preparação para responder às EXPOSIÇÃO Gabinete Sub-Regional do Médio e Alto necessidades das pessoas com mobilidade Tejo (GMAT) reduzida constitui-se como prioridade nesta "EMBARCAÇÕES TRADICIONAIS PORTUGUESAS: ARTE E ENGENHO" Praça Visconde Serra do Pilar, 4, 1º intervenção. Até 18 de Setembro de 2011 2000-093 SANTARÉM O conjunto de sinaléticas e painéis Museu da Marinha, Lisboa Tel.: 243 109 600/1 informativos irá obedecer a critérios que Pólo de Abrantes fomentem a educação ambiental e a A exposição "Embarcações Tradicionais Portuguesas: arte e engenho" apresenta algumas das mais emblemáticas embarcações que cruzaram em tempos as águas dos nossos rios, Rua D. João IV, 33 valorização do património cultural e natural, 2200-397 ABRANTES permitindo descobrir toda a criatividade e engenho das populações costeiras na construção mantendo de forma evidente uma certa Tel.: 241 100 050 homogeneidade ao longo de todo o percurso. Rio Alcoa em Chiqueda, junto da captação de água, com moinho de água a recuperar, ao fundo. de embarcações que fazem parte da nossa história. Um verdadeiro testemunho da O escoamento dos caudais líquidos e extraordinária riqueza da arte naval portuguesa, patente até 18 de Setembro, na Sala Seixas Pólo de Portalegre sólidos deve ser garantido em condições do Museu da Marinha, numa iniciativa da Associação da Indústrias Navais (AIN) e do Museu Bairro da Fontedeira, Bloco 1 Cave da Marinha. hidrológicas normais, num projecto que visa, habitacional, associada às preocupações Tejo, na pessoa do seu Presidente, Eng.º 7300-076 PORTALEGRE Tel.: 245 100 560 Manuel Lacerda, a nível da preciosa acima de tudo, a protecção e valorização ecológicas e ambientais. O Município está Fax 245 100 561 do Património Natural. ciente que estas últimas serão vitais para a colaboração técnica neste projecto. Este percurso, que contempla o Passeio sustentabilidade do concelho neste século Acreditamos que a melhoria da qualidade Pólo de Castelo Branco Marginal e a Ciclovia, tornar-se-á um espaço que agora concluiu a sua primeira década. de vida dos munícipes dos concelhos Rua da Fonte Nova, 1 de fruição e conhecimento, pretendendo- Assim, surge como natural e desejável a de Alcobaça e Nazaré sairá muito Quinta da Fonte Nova -se criar uma unidade de paisagem onde interligação com o Museu dos Coutos e beneficiada e que a requalificação e JORNADA "O TEJO E A POESIA" 6000 -167 CASTELO BRANCO cidadãos, animais e água se desloquem com o futuro Parque Verde da cidade, valorização que será levada a cabo Tel.: 272 100 510 24 de Setembro de 2011 Fax 272 100 511 entre caminhos e linhas de água. salvaguardando e promovendo também o permanecerá como marca distintiva de Casa Memória de Camões, Constância Será ainda assegurada a continuidade entre Património Cultural associado à água. cooperação intermunicipal de dois Pólo da Guarda comunidades vegetais e a manutenção das O Município de Alcobaça destaca ainda concelhos que valorizam a sua herança O rio Tejo tem sido fonte de inspiração para muitos artistas, nomeadamente poetas como Gaveto das Ruas Pedro Álvares Cabral actividades agrícolas, estando associada a excelência do acompanhamento e histórica e ambiental, preservando o bem Luís de Camões e Miguel Torga, entre outros. A poesia do Tejo reflecte vivências de diversas e Almirante Gago Coutinho a promoção de actividades de lazer e de disponibilidade demonstrados pela ARH mais precioso - a Água! actividades que ao longo de várias épocas se desenvolveram em torno do rio. Foram muitos 6300-517 GUARDA turismo sustentável. É uma estrutura que os autores que se inspiraram no Tejo, nos arrais, carpinteiros de machado, calafates, Tel.: 271 100 584 se pretende multifuncional, englobando valadores, pescadores, moleiros e agricultores da borda de água. Neste contexto, a Jornada a interpretação do sistema hidráulico, a "O Tejo e a Poesia" que terá lugar no dia 24 de Setembro, entre as 10h00 e as 18h00, em interpretação da paisagem ordenada pela Constância, pretende chamar a atenção para a grande obra poética inspirada na paisagem Ordem de Cister e a circulação pedonal e do Tejo. Uma iniciativa da Associação Amigos do Tejo (AAT) com o apoio da Câmara de bicicletas. Municipal de Constância. O passeio marginal e a ciclovia estabelecem- -se paralelamente, segundo o mesmo traçado. Em situações pontuais, prevê-se a possibilidade de separação entre a ciclovia e o passeio marginal, indo este para 13 cotas inferiores ou superiores, com vista a 10.º SILUSBA assegurar o acesso e fruição a ligações 26 a 29 de Setembro de 2011 preferenciais, sendo que estarão incluídas Porto de Galinhas, Brasil MAIO zonas de descanso e paragem. Os modelos JUNHO de sinalética serão comuns a toda a Num contexto de grandes transformações à escala global os desafios na gestão da água intervenção e a iluminação artificial irá tornam-se mais complexos. "A gestão da água num mundo em mudança" é por isso o desempenhar um papel decisivo enquanto tema de fundo do programa técnico para o 10.º SILUSBA - Simpósio de Hidráulica e infraestrutura que possibilita as condições Recursos Hídricos dos Países de Expressão Portuguesa - que se realiza de 26 a 29 de básicas de funcionamento dos espaços. Setembro de 2011 no Estado de Pernambuco no Brasil, em simultâneo com o XIV O Projecto de requalificação e valorização Congresso Mundial da International Water Resources Association. FICHA TÉCNICA do Rio Alcoa da Nascente à Foz, constitui- A divulgação e partilha do conhecimento técnico e científico, a reflexão sobre o papel da investigação e da inovação nos novos desafios que se colocam na gestão da água, o -se como prioritário e estrutural para o Propriedade: ARH do Tejo, I.P. estabelecimento de parcerias e a consciencialização por parte dos diversos intervenientes no concelho de Alcobaça, englobando-se numa Director: Manuel Lacerda sector da água da urgência em caminhar para uma gestão dos nossos recursos hídricos mais estratégia de revitalização e criação de Editor: Carlos A. Cupeto inteligente, mais eficiente e mais colaborativa, são alguns dos principais objectivos da 10ª edição Edição: ARH do Tejo, I.P. novos pólos de dinamização turística e Proposta preliminar para o Parque da Cidade, em Alcobaça, a integrar no troço urbano do Rio Alcoa, que inclui a recuperação de parte do Sistema Hidráulico Cisterciense. do SILUSBA. Design: GPI

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