Música 15 de novembro 2012

Trio Reijseger, Fraanje, Sylla © Alessandra Freguja National Geographic a hipótese de que não seria apenas ouvido), o certo é que cada comunidade Faz todo o sentido que a multinacional inventou, a partir dele, o seu próprio mediática (encontramo-la em pratica- jazz. A semelhança com o original foi mente todos os suportes, da imprensa variando consoante a solidez das várias à Internet, passando pela televisão) identidades culturais, mas também com dedicada à natureza e à geografia o tipo de relação mantida com os EUA. humana se interesse por esta especí- E porque tudo o que vai logo volta, fica realidade musical. No website da como o boomerang dos aborígenes aus- National Geographic encontramos um tralianos, o jazz da América começou a texto assinado por Christopher Porter ouvir esses outros jazzes, bem como as que alude a esse subgénero cada vez sonoridades do mundo que foi desco- mais disseminado que dá pelo nome de brindo graças às suas políticas externas world jazz. (as de cunho economicista tanto quanto Nestes termos: «O jazz é uma música as armadas) e ao estreitamento da verdadeiramente global, flexível o sufi- “aldeia global”, e a fazer outras versões ciente para se adaptar a cada situação. do que lhe chegava. Às tantas, o dito Acomoda uma grande quantidade de jazz tinha-se universalizado, deixando sons e opiniões sob o seu guarda-chuva, de ser simplesmente um artefacto made o que explica que artistas de todo o in USA. Violoncelo planeta tenham há muito adotado a sua É neste macro contexto que se situa o Piano Harmen Fraanje linguagem harmónica e as suas inova- trabalho realizado pelo Trio Reijseger- Voz, M’bira, Xalam, Kongoma Mola Sylla ções rítmicas, combinando-as com os Fraanje-Sylla, grupo sediado na estilos das regiões em que habitam, por Holanda que inclui um peculiar cantor mais distantes que sejam. O jazz viajou senegalês, Mola Sylla, que inventa e organicamente ou pela força da América constrói os lamelofones com que se faz para o mundo: através de imigrações e acompanhar. Um contador de histó- emigrações, por meio de trocas culturais rias, na boa tradição griot, mas com a e da ação das estações de rádio militares particular habilidade de improvisar americanas, graças ao comércio do livremente as palavras e os sons, não disco e de digressões patrocinadas pelo se limitando a reproduzir a herança Departamento de Estado com músicos que lhe foi oralmente transmitida. Essa como Louis Armstrong.» peculiaridade está bem sustentada, Assim tem sido desde, sobretudo, pois o violoncelista Ernst Reijseger e a Segunda Guerra Mundial, e se, na o pianista Harmen Fraanje são ambos altura, os estrategas desta difusão da casos à parte: tiveram formação clássica “música norte-americana” terão julgado mas depressa descobriram que não que o idioma musical seria tocado na cabiam no espartilho da “erudição”, e Europa, na Ásia, na América Latina quando verificaram que o jazz era uma Qui 15 de novembro e na Oceania tal como foi formatado alternativa o que fizeram foi ampliar 21h30 · Grande Auditório · Duração aprox. 1h20 · M3 (se é que alguma vez contemplaram o território deste até ao limite e para

3 além dele, aplicando as promessas de mais das vezes em duo, dessa parceria tocava com Misha Mengelberg ou com no outro caso foi sempre (intencional- liberdade propagadas por este formato resultando as bandas sonoras de filmes Derek Bailey. Ainda que tal se verifi- mente?) evitado. musical. do mítico Werner Herzog como My Son, que devido a um acidente no início do Podemos mesmo dizer que, de um Como não há uma dimensão macro My Son, What Have You Done e Cave of projeto (não houve oportunidade para world jazz Okupa (a banda punk surgiu que não contenha algum micro- Forgotten Dreams. os três músicos ensaiarem aquando do com o movimento de ocupação de casas -circunstancialismo, na descoberta Aí, a Sardenha cruza-se inesperada- primeiro concerto), o processo utilizado abandonadas na Holanda) se passou, que Reijseger e Fraanje (o primeiro mente com África. Reijseger chegou continua a ser o da improvisação, sem com o Trio Reijseger-Fraanje-Sylla, para enamorando-se muito especialmente a hesitar, temendo que tal transver- temas nem predefinição de estruturas. um world jazz National Geographic, pelos corais polifónicos sardos dos salização idiomática fosse excessiva, Tudo o que acontece nasce no palco dirigido a um público mais amplo coletivos Tenore e Conordu de Oresei e mas decidiu ir em frente: «Pensei nos – ou quase, pois algumas das histórias porque é musicalmente mais acessí- o outro, por exemplo, pelo fado-canção equívocos que surgem quando músicos ditas/cantadas por Sylla em Wolof, a vel e menos politizado. Como declara na voz de Cristina Branco) fizeram de jazz convidam músicos de outras sua língua nativa, podem ter séculos de Harmen Fraanje: «A música é a mensa- das chamadas “músicas do mundo” culturas. Regra geral, isso cria mais existência. gem. E embora cada indivíduo entenda influiu um recente interesse do jazz e confusão musical e cultural do que é Afirma o mentor deste trio: «A impro- a mensagem à sua maneira, o que eu do rock holandeses por África… Ora, necessário…» visação é apenas um método. Nunca espero é que a nossa música traga ale- acontece que o veterano do violon- O dueto ampliou-se com a integração fui do tipo de pessoa que diz: “É assim gria e felicidade àqueles que estão em celo pertenceu durante muitos anos à de Harmen Fraanje em 2009. Reijseger que as coisas têm de ser, é esta a minha baixo ou tristes ou deprimidos.» Instant Composers Pool e alguns dos considerou que a abordagem lírica dos crença religiosa.” A improvisação é membros deste ensemble da área do free pianismos deste, em linha com o que se simplesmente um método que continuo Rui Eduardo Paes jazz, entre eles Han Bennink, Wolter ouve no eixo Alemanha-Escandinávia a aplicar. E não, não sinto que esteja a Crítico de música, ensaísta Wierbos e Ab Baars, associaram-se dos catálogos discográficos da ECM, da lutar contra os géneros musicais esta- ao grupo punk anarquista The Ex em Act e da Rune Grammofon, poderiam belecidos. Sinto-me honrado quando projetos que envolvem ou envolveram, acrescentar algo à equação e assim se dizem que sou um músico de jazz. Mas sobretudo, músicos da Etiópia como confirmou. Experimentalismo, poesia também toco violoncelo, sou europeu, Getatchew Mekurya e Mohammed sonora, exotismo étnico e, com não oiço música pop, folk e kitsch. Vivemos “Jimmy” Mohammed. Em paralelo, os menor relevância, humor são as coorde- numa época muito interessante, uma mesmos The Ex apadrinhavam as car- nadas da proposta, e se os fãs da fórmula época em que temos acesso a todas as reiras internacionais do maliano Djibril avançada pelo trio Georg Grawe – Ernst músicas que se fazem.» Diabate e dos congolenses Konono nº 1. Reijseger – Gerry Hemingway, mais Decerto que este world jazz não tem É neste enquadramento que Ernst extrema e descomprometida na sua a tónica underground e militante do Reijseger conhece Mola Sylla, que no perspetiva da improvisação livre, não jazz-rock africanizado dos The Ex com final da década de 1980 havia partido de apreciam especialmente os investimen- a frente de sopros Brass Unbound, até Dakar para tentar a sua sorte na Europa, tos do Reijseger votado à world music, o porque, no lugar das referências rock, escolhendo para a sua estreia no Velho certo é que o grupo que nos visita está a serão clássicas as que ouviremos (para Continente a cidade de Amesterdão. introduzir um novo capítulo na evolu- todos os efeitos, o violoncelista que em Reijseger ficou tão impressionado ção do jazz regionalista. tempos colaborou com a trupe The Ex com o jovem («o poder com que canta Em termos de metodologia, não se foi o norte-americano Tom Cora, entre- é impressionante, seja a improvisar pode dizer que os parâmetros com que tanto falecido, e não Reijseger), mas não melodias ao jeito da pop senegalesa ou a os nossos visitantes lidam sejam muito é menos verdade que, sem haver escrita enaltecer o profeta Maomé», comenta) diferentes daqueles com que Ernst neste grupo, chegou-se curiosamente que o convidou a trabalharem juntos, as Reijseger operava nos tempos em que a um nível de depuração formal que

4 5 Ernst Reijseger Sclavis (clarinetista), Simon Nabatov Na ilha Reunião Reijseger encontrou proeminentes pianistas de jazz da (pianista), Mola Sylla (cantor), Serigne acidentalmente o grupo Goove Lélé. Holanda. Nasceu em 1954 em Bussum, na Gueye (percussionista), Mats Eilertsen Esse encontro levou a uma estreita Em menos de dez anos construiu uma Holanda. Toca violoncelo desde os (baixista), Thomas StrØnen (baterista), amizade e a uma colaboração musi- carreira impressionante que tem ainda 7 anos de idade e começou a apresentar- Stian Carstensen (multi-instrumentista), cal. Juntos gravaram o CD Zembrocal muito para dar. A música de Fraanje -se como violoncelista e improvisador Jarle Vespestad (baterista), Maria Pia Musical que recebeu o prémio francês tem muitas “camadas”. As suas musas em 1969. Desde então tem desenvolvido de Vito (cantora), Uri Caine (pianista) Trophée des Arts Afro Carabiéen para o musicais são muitas como numerosas o seu próprio vocabulário musical. Em Harmen Fraanje (pianista), Wolfert melhor disco de 2010. são as colaborações que tem desenvol- 1974 o seu professor Anner Bijlsma Brederoode (pianista), Luciano Bondini Em 2008, no Porto, por iniciativa vido. Consegue surpreender com um (enorme violoncelista, um dos percur- (acordeonista), Michel Godard (tubista), do Serviço Educativo da Casa da verdadeiro caleidoscópio de jazz, world sores da Escola Barroca Holandesa) Giovanni Sollima (violoncelista), Gerry Música, Reijseger trabalhou durante e música clássica. aconselhou-o a dar por terminados Hemingway (percussionista), Joëlle três meses com o bailarino António O seu mais recente projeto é o trio os seus estudos no Conservatório de Leandre (contrabaixista). Tavares e o realizador Tiago Pereira Avalonia, que lidera, e que gravou o Amesterdão e a seguir o seu próprio Fez parte de ou colaborou com no projeto Aniki in da House (filme de ano passado um álbum homónimo. caminho. diversos grupos que praticam géne- Tiago Pereira) na preparação de um O aclamado site AllAboutJazz selecio- Desde então tem desenvolvido uma ros musicais muito diferentes, tais espetáculo de dança, música, vídeo, nou um concerto deste trio como um atividade intensíssima e extremamente como Theo Loevendie Consort, Guus performance, que foi apresentado por dos melhores concertos de 2010, no variada, alguma dela fixada em mais Janssen Spetet, Arcado String Trio, Trip ocasião do centésimo aniversário de mesmo grupo em que se incluem John de 150 discos, na sua maioria editados Clusone, Misha Mengelberg’s Instant Manoel de Oliveira, com crianças Scofield, Brad Mehldau e Bill Frisell. pela Winter & Winter. Muitas das suas Composers Pool, Quinteto de Gerry de bairros equivalentes aos dos Harmen toca muito no Trio Reijseger colaborações não se podem classificar Hemingway, Amsterdam String Trio, protagonistas do filme Aniki Bóbó. Fraanje e Sylla criando um som autên- em géneros. Escreve para e improvisa trio com o pianista Georg Graewe e o Nesse espetáculo, Reijseger dirigiu um tico com um caráter único. Um mundo com músicos e ensembles de diferentes percussionista Gerry Hemingway, trio grupo de 90 jovens violoncelistas. com humor e generoso onde a brilhante disciplinas musicais e nacionalidades. com o trompetista Eric Vloeimans e o Reijseger atuou com poetas, escri- improvisação é guiada por uma técnica Em 1985 recebeu o prémio Boy Edgar guitarrista Anton Goudsmit, duo com tores, bailarinos, artistas visuais, em impressionante. (prémio holandês para jazz e música o pianista Harmen Fraanje, trio com peças de teatro radiofónico, tocando na improvisada) e em 1995 o Bird Award Harmen Fraanje e Mola Sylla (a forma- primeira transmissão da série Sesame Mola Sylla do North Sea Jazz Festival entre outros ção desta noite). Street na Holanda. Escreveu música galardões, como o Gouden Kaf (prémios Reijseger colabora também com para teatro e para dança, compôs Sem limites, esta é a forma de melhor de cinema holandeses) na categoria de o grupo vocal da Sardenha Tenore e música de câmara mas também concer- descrever o cantor e instrumentista melhor música, em 2010. Concordu de Oresei. Com esse grupo tos para solista e orquestra, música para senegalês. É, de muitas maneiras, um Para além dos recitais a solo, onde e Mola Sylla tocou uma versão para filmes (sobretudo de Werner Herzog), explorador musical. De Norte a Sul as interpreta a sua música, Reijseger tem concerto da música que escreveu para etc. Regularmente toca para crianças e pessoas podem identificar-se com a tocado, entre outros, com Sean Bergin filmes de Werner Herzog. O título desse dá aulas em festivais e conservatórios sua música. Algumas vezes a solo, mas (saxofonista), Burton Green (pianista), concerto e do CD que lhe corresponde é por todo o mundo. mais frequentemente com colegas de Martin van Duynhoven (baterista), Requiem for a Dying Planet. todos os cantos musicais. Músicos que Derek Bailey (guitarrista), Alan Purves Para a Amsterdamse Cello Biënnale, Harmen Fraanje não hesitam em evitar caminhos já (percussionista), Franky Douglas (gui- 2010, Reijseger trabalhou com 140 percorridos para partir na ousadia da tarrista), Lesley Joseph (baixista), Trilok jovens violoncelistas que juntou epi- Segundo o importante North Sea Jazz improvisação. Guru (tablista), Yo Yo Ma (violonce- sodicamente numa orquestra, a Mega Festival, Harmen Fraanje conta-se, Mola Sylla nasceu e foi criado em lista), Franco d’Andrea (pianista), Louis Kinder Cello Orkest. apesar de muito jovem, entre os mais Dakar, no . Cresceu na tradi-

6 7 ção dos griots. Os griots transmitem histórias, de geração em geração, por vezes acompanhadas de música, teatro e dança, desempenhando um importante papel na cultura da África Ocidental. Nas suas canções, cantadas a maior parte das vezes na sua língua nativa, o Wolof, Sylla inspira-se nesta rica tradi- ção narrativa africana. A sua primeira banda, Senemali, trouxe-o, no final da década de 1980, para a Europa. Desde então, Amesterdão tem sido a base da sua procura musical. Um percurso que o leva a muitos géneros e estilos, mas sempre com um reconhecível som pró- prio. As suas excecionais capacidades como improvisador levam-no a ser um músico muito requisitado por diferentes formações. Mola Sylla é principalmente um compositor e vocalista. As suas compo- sições, marcadas pelo ritmo e pela melo- dia, divergem dos esquemas habituais ocidentais. Como um “artista da voz” emociona quem o ouve. Mas também está à vontade como instrumentista criando, com instrumentos tradicionais – alguns dos quais construídos por si –, um som único. Tudo em que toca se transforma em música.

8 Próximo espetáculo At most mere minimum Quando muito o mínimo De Carla Maciel, Gonçalo Waddington, Sofia Dias e Vítor Roriz

Teatro de qui 29 novembro a dom 2 de dezembro Palco Grande Auditório · 21h30 (dom 17h) Duração aproximada: 1h10 · M12

Culturgest, uma redução total de 16 500 kWh/ano, Espaço CarbonoZero® o equivalente a cerca de 220 viagens de Cocriação e interpretação Carla Maciel, Gonçalo que intensifique diferenças e alimente A compensação das emissões de carro Lisboa-Porto. Waddington, Sofia Dias e Vítor Roriz o desejo de partilha das várias perspeti- carbono decorrentes da utilização dos Apesar de contribuírem para a Coprodução Culturgest, Teatro Nacional São vas, alargando assim a nossa visão sobre espaços da Culturgest, localizados redução das emissões de carbono, estas João, Guimarães Capital Europeia da o mundo. no Edifício Sede da Caixa Geral de ações não são suficientes para evitar Cultura Depósitos, está integrada na estratégia por completo estas emissões. Assim, as Carla Maciel e Gonçalo Waddington do Grupo para o combate às alterações restantes emissões são compensadas At most mere minimum é uma tentativa têm uma extensa carreira de atores climáticas. Esta iniciativa enquadra-se através da aquisição de créditos de de aproximação que permite fragmen- no teatro, cinema e televisão. Em num conjunto mais alargado de ações, carbono provenientes de um projeto tar um momento em ínfimas partícu- 2011, interpretaram o par central de que vão desde a inventariação das emis- tecnológico localizado no Brasil e que las. Nessa ampliação, lenta e infinita, Rosmersholm de Ibsen, estreia de sões associadas ao consumo de energia cumpre os requisitos Voluntary Carbon revelam-se brechas que nos permitem Waddington na encenação; em 2010 e ao tratamento dos resíduos produzi- Standard (VCS). A compensação das manipular e redimensionar a realidade. tinha-se iniciado na realização com a dos nas instalações, à implementação emissões inevitáveis da Culturgest Como um movimento da consciência curta-metragem Nenhum Nome, que de medidas de eficiência energética constitui, assim, uma internalização ao interior do crânio, onde simultane- Carla protagonizou. A última (e nona) para redução das emissões. Com efeito, da variável carbono decorrente da amente nos apercebemos do movi- peça da dupla Sofia Dias & Vítor Roriz, tem-se vindo a assistir a uma redução utilização dos seus espaços e contribui, mento das pálpebras e contemplamos Fora de qualquer presente, estreou no das emissões de carbono observando- igualmente, para a meta de neutralidade o exterior, numa cadência ininterrupta, alkantara festival deste ano. A anterior, -se um decréscimo progressivo de carbónica expressa no Programa Caixa entre o pormenor e a totalidade, sempre Um gesto que não passa de uma ameaça, cerca de 35% face a 2008. Esta é uma Carbono Zero. impossíveis de alcançar. recebeu o prémio Jardin d’Europe redução com tendência a acentuar-se At most mere minimum expressa em 2011. Nomes centrais de uma nova Mais informações em: com a implementação de um conjunto www.cgd.pt/Institucional/ também a nossa vontade de criar um geração da dança portuguesa, trabalham de medidas adicionais, estando prevista Caixa-Carbono-Zero espaço de encontro e experimentação juntos desde 2006. Conselho de Administração Culturgest Porto Iluminação de Cena Presidente Susana Sameiro Fernando Ricardo chefe Fernando Faria de Oliveira Rui Osório de Castro Nuno Alves Administradores Miguel Lobo Antunes Comunicação Maquinaria de Cena Margarida Ferraz Filipe Folhadela Moreira Artur Brandão

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