Superasterídeas: Asterídeas Campanulídeas Superasterídeas  Aula passada: Asterídeas Lamiídeas (Asterídeas I)

(APGV) Asterídeas  Clado grande e diverso  10 ordens, 114 famílias, ca. 80.000 espécies (1/3 das angiospermas)  120 milhões de anos

(APG IV) Asterídeas: sinapomorfias

 Iridóides (alcalóides derivados de monoterpenóides)  Óvulos tenuinucelados e unitegumentados

(APGV) Asterídeas: sinapomorfias

 Iridóides (alcalóides derivados de monoterpenóides)  Óvulos tenuinucelados e unitegumentados

(1 única camada de nucelo)

Endress, 2010 (http://www.sci.sdsu.edu/plants/plantsystematics/inst.html) Asterídeas: sinapomorfias

 Iridóides (alcalóides derivados de monoterpenóides)  Óvulos tenuinucelados e unitegumentados

(http://www.sci.sdsu.edu/plants/plantsystematics/inst.html) Euasterídeas: sinapomorfias

 Euasterídeas = Asterídeas Campanulídeas + Asterídeas Lamiídeas

 GAMOPETALIA Euasterídeas: sinapomorfias

 Euasterídeas = Asterídeas Campanulídeas + Asterídeas Lamiídeas

 2 carpelos  Iso ou oligostemonia com estames alternos aos lobos da corola  Epipetalia Asterideas Lamiídeas

 Disco nectarífero  Nós unilacunares

(I. Assêncio) Traço do ramo Lacuna foliar Traço foliar

(Judd, 2009) Euasterídeas: sinapomorfias

 Aula passada: Asterideas Lamiídeas

 Gamopetalia tardia Asterídeas Lamiídeas

 Gamopetalia tardia: a,b. Surgimento dos primórdios livres c,d. Inicio da fusão pelos meristemas marginais nas bases das pétalas e, f. Crescimento do tubo floral

((Leins & Erbar 2010) Euasterídeas: sinapomorfias

 Aula de hoje: Asterídeas Campanulídeas Asterídeas Campanulídeas

Asterídeas Campanulídeas Asterídeas

= reversão (perda de iridóides) Asterídeas Campanulídeas Asterídeas Campanulídeas Asterídeas Campanulídeas Asterídeas Campanulídeas

(Simpson, 2010) Asterídeas Campanulídeas AQUIFOLIALES

5 famílias, 21 gêneros e 536 spp.

 Folhas alternas

 Alcalóides (como cafeína)  Flores 4-meras, 1 óvulo por carpelo  Fruto drupa AQUIFOLIACEAE

 1 gênero (Ilex) , ca. 405  60 spp., sul e sudeste do Brasil  Arbustos a árvores, em áreas montanhosas AQUIFOLIACEAE  Folhas alternas  Margem inteira a serreada

(Judd, 2009) AQUIFOLIACEAE (Judd, 2009)  Flores actinomorfas  Isostêmones, estilete curto ou ausente

I. aquifolium (Judd, 2009) Ilex opaca AQUIFOLIACEAE Fruto drupa colorida

 Ornamentais

“Azevinho” (Ilex spp.) Ilex cornuta AQUIFOLIACEAE

“Erva-mate” (Ilex paraguariensis) Folhas secas e trituradas usadas em bebidas estimulantes (chimarrão/tererê) – alcalóides (pirimidínicos: cafeína)

Ilex paraguariensis

Pseudanto: Inflorescência com flores pequenas e agregadas, com entrenós curtos, onde a unidade funcional de atração é o conjunto de flores da inflorescência; brácteas podem estar presentes (Classen-Bockhoff, 1990)

APIALES DIPSACALES

 Se assemelhar a uma única flor PSEUDANTOS de Asterídeas Campanulídeas Dipsacus

Trachymene Jorge

Eryngium -

Cynara

Leonardo Ré Leonardo Dasyphyllum

Plant systematics systematics

Ferrnando Costa Calea DIPSACALES ASTERALES (Simpson, 2010) (Simpson, 2010) APIALES  Dialipetalia secundária (ordem dentro de um clado com gamopetalia precoce)

Eryngium Leins 2000 APIALES: 43 gêneros (5 no Brasil), 1500 spp. 90 spp. no Brasil, mais da metade Schefflera Arbustos, árvores, ervas ou lianas Folhas frequentemente alternas, compostas

Schefflera actinophylla ARALIACEAE Pecíolos ampliado Estípulas intrapeciolares ARALIACEAE Inflorescências em umbela Flores dialipétalas

Hedera helix (Judd, 2009)

(Judd, 2009) Schefflera actinophylla (Simpson, 2010) ARALIACEAE

Ovário ínfero, placentação pêndula  1-2 óvulos por carpelo Fruto baga ou drupa

(Simpson, 2010)

Aralia spinosa (Judd, 2009) ARALIACEAE

Ornamentais:

Polyscias sp. (“Árvore da felicidade”) Aralia spinosa ARALIACEAE

Ornamentais:

Schefflera arboricola

Hedera helix Schefflera actinophylla ARALIACEAE Ornamentais:

(Judd, 2009)

Schefflera actinophylla ARALIACEAE Schefflera morototoni (“mandiocão”) – florestas, inclusive perturbadas  umbellata – vegetação de dunas litorâneas

“Ginseng” S. morototoni H. umbellata (Panax spp.) APIALES: APIACEAE 400 gêneros, 4000 spp. Ervas aromáticas (raramente árvores/arbustos) Canais de secretores com óleos aromáticos

Daucus carota

“Cicuta”(Conium maculatum) APIALES: APIACEAE Folhas alternas simples ou compostas, com bainha Caules ocos

(Judd, 2009)

Heracletum (Judd, 2009) (Simpson, 2010) Erva-doce (Pimpinella anisum) APIACEAE Flores dialipétalas Inflorescências: umbelas simples ou compostas, pseudantos

(Simpson, 2010)

(Simpson, 2010)

(Judd, 2009) APIACEAE Inflorescências: umbelas simples ou compostas, pseudantos Eryngium campestre

Osmorhiza

Trachymene (Judd, 2009) APIACEAE Ovário ínfero, bicarpelar, com estilopódio (nectarífero ou não) Placentação pêndula, 1(2) óvulos por carpelo

estilopódio

ovário ínfero

(Simpson, 2010) APIACEAE Fruto seco, derivado de um gineceu sincárpico, separando-se na maturidade (=esquizocarpo) em 2 unidades (=mericarpos), dispersos individualmente esquizocarpo

mericarpo mericarpo

(Simpson, 2010) APIACEAE Esquizocarpo com 2 mericarpos, separados por um eixo central bifurcado distalmente (carpóforo)

(Simpson, 2010) APIACEAE

Importância econômica: uso na alimentação:

Mandioquinha (Arracacia xanthorrhiza)

Coentro (Coriandrum sativum) Salsa (Petroselinnum crispum)

salsão (Apium graveolens) Funcho (Foeniculum vulgare)

(C. Lopes - http://quintaisimortais.blogspot.com.br/2013/08/plantas-condimentares-i-texto-de.html) Hipóteses de evolução de linhagens herbáceas a partir de ancestrais lenhosos

APIALES

lenhoso herbáceo polimórfico equívoco Plunkett et al. 1996 Taxas de evolução molecular ligadas a história de vida em plantas

Verde = linhagens herbáceas

Marrom= linhagens lenhosas

Smith & Donoghue 2008 Taxas de evolução molecular ligadas a história de vida em plantas

 Lanfear et al. 2013: 138 famílias de angiospermas DIPSACALES

 Áreas montanhosas das regiões temperadas

 Poucas spp. no Brasil

 Folhas opostas

Viburnum http://www.mobot.org/MOBOT/research/APweb/ DIPSACALES Lonicera ("madressilva") Ervas ou arbustos Flores actinomorfas ou zigomorfas Estames epipétalos, isostemones

Viburnum (Judd, 2009) DIPSACALES Inflorescências de variados tipos, formando pseudantos em alguns grupos

Viburnum

(Judd, 2009) DIPSACALES Inflorescências de variados tipos, formando pseudantos Ovário ínfero, 3-5-carpelos, 1 óvulo por lóculo

ViburnumDipsacus Dipsacus (Judd, 2009) = ASTERÍDEAS

Cornales Ericales Garryales Gentianales Lamiídeas Solanales Lamiales Aquifoliales Asterales Campanulídeas Apiales Dipsacales = Folhas opostas Pelo menos 2 evoluções para = reversão (folhas alternas) folhas opostas em Euasterídeas (Simpson, 2010) ASTERALES  11 famílias, 1.650 gêneros, 40.000 spp. (10% das angiospermas)

Sinapomorfias: 1. Oligossacarídeos como reserva (inulina) 2. Pólen 3-celular 3. Sinanteria + 4. Apresentação secundária do pólen (= apresentação do pólen em outras estruturas florais que não as anteras

anthers Pólen no estilete Anterasconnate conatas

Cichorium intybus synsinanteriagenesious (Judd, 2009) ASTERALES: CAMPANULACEAE

84 gêneros (6 no Brasil) 2200 spp. (60 no Brasil) Ervas (ou secundariamente lenhosas) Látex Folhas alternas (maioria) Inulina Phyteuma

J.R. Pirani Lobelia ASTERALES: CAMPANULACEAE

Flores gamopétalas, zigomorfas

Centropogon Lobelia

Lobelia CAMPANULACEAE Estames (5) unidos pelos filetes e/ou pelas anteras Ovário ínfero, 2-5 carpelos Pluriovulado, placentação axial. Fruto cápsula

(Judd, 2009) epipetalia

Anteras unidas

systematics Plant CAMPANULACEAE Ornamentais : espécies exóticas cultivadas

Campanula sp. (“Bluebell”)

Lobelia cardinalis CAMPANULACEAE Ervas invasoras de cultura

Cega-olho, arrebenta-boi (Hippobroma longiflora)

Tóxica

Hippobroma

I. Cordeiro I. Cordeiro ASTERALES:

1.528 gêneros / 22.750 spp. Uma das maiores famílias de angiospermas Vegetativamente muito variável

Taraxacum officinale Helianthus annuus Lactuca sativa ASTERACEAE Inflorescência em capítulo (um tipo de pseudanto) Corola gamopétala, 5-mera; gineceu bicarpelar, 1 lóculo Flores liguladas 1 semente (ou do raio) Estilete

Flores do disco

(Judd, 2009) (Judd, 2009) ASTERACEAE

Diversidade de capítulos Stifftia Estilete

A.B. Joly Stifftia Eremanthus Benoit Loeuille Mutisia

Viguiera Fernando Costa Fernando Costa Chresta hozdiamant ASTERACEAE 3 tipos de flores possíveis em Asteraceae: 1. Flores do disco 2. Flores liguladas (ou flores do raio)

Corola actinomorfa

disk ligulate / ray ovary Flores do Ovárioinferior disco ínfero Corola zigomorfa, com 3-5 dentes no ápice

(Simpson, 2010) ASTERACEAE 3 tipos de flores possíveis em Asteraceae:

3. Flores com corola bilabiada Lábio superior (ou adaxial) Lábio inferior (ou abaxial) lábio adaxial

lábio abaxial Flores do disco

Polyachyrus sp. Acourtia (Simpson, 2010) ASTERACEAE Capítulos da família variam quanto a composição dos 3 tipos de flores

Ex.: Girassol:

Flores liguladas Flores do disco

Hess 1983 ASTERACEAE

Maturação centrípeta do capítulo

sépalas

bráctea floral 1 lóculo e1 óvulo de placentação basal

Hess 1983 ASTERACEAE

Capítulo com invólucro de brácteas

Brácteas involucrais

Encelia californica

“alcachofra”:Cynara spp. Leptosyne maritima (Simpson, 2010) ASTERACEAE Sépalas modificadas, formando papus (cerdoso, plumoso, etc.) Papus persistente no fruto, auxilia a sua dispersão

Cirsium Papus cerdoso

Taraxacum

plantsystematics.org Liatris Mikania (Judd, 2009) ASTERACEAE

Fruto: cipsela

Anemocoria ou zoocoria plantsystematics.org Bidens

Acanthospermum (Judd, 2009)

Sonchus ASTERACEAE

Fruto: cipsela

Helianthus annuus - Girassol ASTERACEAE  Plantas generalistas quanto ao modo de polinização  E.g.: helenioides com vários visitantes no capítulo:

Melanargia - borboleta

Zygaena - mariposa

Bombus - abelhas

Cerambicidae - besouro Leins & Erbar 2010 ASTERACEAE Capítulo: alta diversidade genética entre sementes

dia 1 dia 2 dia 3.....

(adaptado de Hess 1983) ASTERACEAE Importância econômica: alimentação, ornamentais, medicinais

Crisântemos (Chrysanthemun spp.) “Margarida” (Leucanthemum vulgare)

“Carqueja ” (Baccharis dracunculifolia) “Camomila” (Matriarca recutita) ASTERACEAE

Plantas invasoras de culturas

“Picão-preto” (Bidens pilosa) “Serralha” (Sonchus oleracea) (Simpson, 2010) Apresentação secundária do pólen em ASTERALES

 Apresentação do pólen em outras estruturas florais que não apenas as anteras  Fenômeno presente em todas as famílias de Asterales (sinapomorfia)

Pólen no estilete

(Judd, 2009) Apresentação secundária do pólen em ASTERALES

 Apresentação do pólen em outras estruturas florais que não apenas as anteras  Fenômeno presente em todas as famílias de Asterales (sinapomorfia)

Pólen no estilete

(Judd, 2009) Apresentação secundária do pólen em CAMPANULACEAE

 Três tipos principais:  Flores protrândricas (1) Mecanismo de deposição (+ simples) (em todos os tipos)

a. Deposição de pólen na fase de botão sobre tricomas no estile b c b. Anteras murcham na antese & a a porção distal do estilete apre- senta o pólen na fase masculina

c. Na fase feminina da flor o estilete bífido expõe os 2 estigmas

Leins & Erbar 2010 Apresentação secundária do pólen em CAMPANULACEAE

 Três tipos principais: (1) Mecanismo de deposição

Leins & Erbar 2006 Apresentação secundária do pólen em CAMPANULACEAE Apresentação secundária do pólen em CAMPANULACEAE  Três tipos principais: (2) Mecanismo de “varrer” (“brushing mechanism”)

 Muito semelhante ao tipo de deposição

 Diferença:

A medida que o estilete cresce, seus tricomas são “carregados” de pólen

Leins & Erbar 2010 Apresentação secundária do pólen em CAMPANULACEAE

 Três tipos principais: (3) Mecanismo de êmbolo (“Pump mechanism”):

a. Anteras conatas formam uma “caixa” cuja base é o ápice do estilete b. Anteras liberam o pólen dentro da “caixa” c. Estilete cresce na antese, gradualmente empurrando o pólen b c d a

d. Apenas na fase feminina da flor os estigmas são expostos

Leins & Erbar 2010 Apresentação secundária do pólen em CAMPANULACEAE

 Três tipos principais: (3) Mecanismo de êmbolo (“Pump mechanism”):

Fase masculina Fase feminina

Anteras unidas estigma

(Judd, 2009) Apresentação secundária do pólen em ASTERALES

 Apresentação do pólen em outras estruturas florais que não apenas as anteras

Pólen no estilete

(Judd, 2009) Apresentação secundária do pólen em ASTERACEAE

 Três tipos principais (protrandria em todos os tipos): (1) Mecanismo de “varrer” (“brushing mechanism”) (2) Mecanismo de êmbolo (“pump mechanism”) (3) Uma mistura de 1 e 2

Leins & Erbar 2010 Apresentação secundária do pólen em ASTERACEAE

 Mecanismo de êmbolo (“pump mechanism”):

 Deposição do pólen acima do estilete

Fase masculina da flor pólen

Sinândrio

Leins & Erbar 2010 Apresentação secundária do pólen em ASTERACEAE

 Mecanismo de êmbolo (“pump mechanism”)

Fase feminina da flor Estilete e estigmas

(Judd, 2009) Leins & Erbar 2010 Apresentação secundária do pólen em ASTERACEAE

 Mecanismo de “varrer” (“brushing mechanism”)

Pólen no estilete

Cichorium Leins & Erbar 2010 Apresentação secundária do pólen em ASTERALES

 Apresentação do pólen em outras estruturas florais que não apenas as anteras

J. R. Pirani Apresentação secundária do pólen em GOODENIACEAE

 Deposição do pólen dentro de um “copo estilar” (a-b - botão), que se fecha e apresenta o pólen na antese (c) – fase masculina da flor

 Região estigmática se diferencia posteriormente (d) – fase feminina da flor J. R. Pirani a b c d

Leins & Erbar 1989, 2010 Apresentação secundária do pólen em GOODENIACEAE

Deposição do pólen dentro de um “copo estilar” fase masculina da flor

J. R. Pirani

Leins & Erbar 2010 Apresentação secundária do pólen em GOODENIACEAE

Diferenciação do estigma fase feminina

Leins & Erbar 2010 Apresentação secundária do pólen em ASTERALES  Fenômenos semelhantes em Campanulaceae, Asteraceae (e outras famílias da ordem)

 “Síndrome básica” para evolução da apresentação secundária do pólen no estilete de Asterales: (Lein & Erbar, 2006) 1 2 3 4 Apresentação secundária do pólen em ASTERALES  Fenômenos semelhantes em Campanulaceae, Asteraceae (e outras famílias da ordem)

 “Síndrome básica” para evolução da apresentação secundária do pólen no estilete de Asterales: (Leins & Erbar, 2006) 1 2 3 4

1. Androceu: verticilo completo, anteras unidas, introrsas

2. Alongamento de órgãos

3. Flores protândricas

4. Simetria radial Padrões evolutivos de característica florais em angiospermas Filotaxia verticilada (perianto, estames e carpelos)

97% das angiospermas Padrões evolutivos de característica florais em angiospermas

Merisma floral estável em: Monocotiledôneas: trímeras

Eudicotiledôneas nucleares: tetrâmeras/pentâmeras Estruturas florais mais complexas em angiospermas evoluíram após a estabilização do número e posição (filotaxia verticilada) dos órgãos florais por sinorganização de órgãos Endress, 2015 Apocynaceae

Amborellales *1 Nymphaeales *74 Austrobaileyales Asterales *100 Chloranthales *75 Orchidaceae Magnoliídeas *3 mil

*60 mil Monocotiledôneas

Ceratophyllales * 2

Lamiaceae *185 mil Eudicotiledôneas

Endress, 2015

* Número de espécies FIM