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Francisco das Chagas Marinho ()

Município de Natal-RN Francisco das Chagas Marinho (Marinho Chagas) Futebolista

Francisco das Chagas Marinho, conhecido popularmente por "DIABO LOURO", natural de Macaíba- RN, nascido a 8 de fevereiro de 1952, jogador de futebol potiguar que jogou pela Seleção Brasileira. Ele começou ainda juvenil no extinto clube do Riachuelo em 1969, foi para o ABC levado por José Prudêncio, no começo de 1970, trocado por material esportivo. No final do ano, o Náutico conseguiu seu empréstimo, indo à companhia de Petinha, sendo que o interesse maior do "Timbu" era pelo atacante, porém quem "estourou" mais a bola foi o louro Marinho, embora Petinha tivesse também justificado seu cartaz. Para ter os dois jogadores potiguares, o Náutico cedeu ao ABC os ex-juniores, Correia, Edvaldo e Edson, saídos das divisões de base do Clube. Logo, Marinho foi para o Botafogo/FR, ganhou fama internacional, e muito dinheiro. O detalhe de Marinho no Náutico é que, mesmo jogando muita bola, não chegou a ser campeão pernambucano pelo Alvi-rubro. No Rio, juntou-se a alguns jogadores polêmicos e amigos das noites cariocas, sendo o principal o folclórico Paulo César "Caju", gos tava de exibir-se com muitas pulseiras e cabelos longos, alourados. Defendeu o Náutico em 71, o Botafogo FR de 72 a 77, o Fluminense, em 78, no New Yorke Cosmos foi campeão ao lado de , Miguel e Pelé. Marinho Chagas atuou ainda no "Strykers" dos EUA. Foi campeão em 81 pelo São Paulo, integrando por três vezes a Bola de Prata da revista Placar e, ao parar devido uma contusão grave, foi ser treinador de algumas universidades norte-americanas, e também da seleção nacional de Malta. Na volta a Natal, teve vários problemas devido sua vida um tanto boêmia, causando-lhe até crises familiares, separando-se de sua mulher, Marijara. Com certeza, Marinho Chagas foi o maior e mais polêmico jogador saído do futebol do RN. Ainda tentou eleger-se vereador em Natal, mas a votação foi decepcionante. Morou durante anos na Salgadeira, Alecrim, tendo nascido dia 08/02/52. Já caminhando para o ostracismo, chegou a defender o Bangu em 1985, o Fortaleza e o América/RN, praticamente sem jogar devido contusão grave, em 86. Seu último clube foi o Harlekin, da Alemanha em 1987, mas sem muito brilho. Apesar de carreira no futebol das mais movimentadas, Marinho Chagas tem poucos títulos oficiais. Não foi campeão no Botafogo nem no Flumine nse, ganhando entretanto o título nos EUA defendendo o Cosmos e o São Paulo, em 81.Jogos de Marinho pela Seleção Brasileira: dia 25/06/73 Brasil 0x1 Suécia, 07/04/74 1x0 Tchecoslováquia, gol de Marinho, 14/04/74 1x0 Bulgária, 17/04/74 2x0 Romênia, 21/04/74 4x0 Haiti, um gol de Marinho, 28/04/74 0x0 Grécia, 01/05/74 0x0 Áustria, 05/05/74 2x1 Eire, 12/05/74 4x0 Paraguai, 13/06/74 0x0 Iugoslávia (Estréia de Marinho em Copas do Mundo) Escalação do Brasil: Leão, Nelhinho, Luiz Pe reira, e Marinho Chagas, Piazza, Rivelino, Paulo César "Caju", Valdomiro, e .Técnico, Zagallo, 18/06/74 0x0 Escócia, 22/06/74 3x0 Zaire, 26/06/74 1x0 Alemanha Oriental, 30/06/74 2x1 Argentina, 03/07/74 0x2 Holanda, 05/07/74 0x1 Polônia, sendo estes seis últimos jogos pela Copa de 74. Outros Jogos: 25/02/76 Brasil 2x1 Uruguai, 27/02/76 2x1 Argentina, 23/05/76 1x0 Inglaterra, 28/05/76 2x0 Estados Unidos, 01/12/76 2x0 Rússia, 23/01/77 1x0 Bulgária, 09/03/77 6x0 Colômbia, 2 gols de Marinho Chagas, 13/03/77 1x0 Paraguai, 20/03/77 1x1 Paraguai, 19/06/77 3x1 Polônia, 23/06/77 2x0 Escócia, 26/06/77 0x0 Iugoslávia. Todos os jogos acima foram oficiais, valendo as mais diversas competições. Amistosos: 26/05/74 (3x2 Seleção do Sudoeste da Alemanha Ocidental), 30/05/74 (1x1 Racing Pierrots, 21/02/76 1x0 Seleção de Brasília, 2501/77 2x0 Seleção paulista, 30/01/77 1x1 combinado Flamengo/Fluminense, 06/02/77 2x0 Milionários de Bogotá, 03/03/77 6x1 combinado Vasco/Botafogo, 16/06/77 1x1 combinado paulistano. Total: 36 jogos. Um time brasileiro com a presença de Marinho Chagas : Brasil 2x1 Argentina, em Buenos Aires: Valdir Peres, Getúlio, Miguel, Amaral e Marinho Chagas, Chicão e Falcão, Flecha Geraldo (Palhinha), e Lula. Técnico, Osvaldo Brandão, gols de Lula e Zico. Em julho de 2002 Marinho Chagas inaugurou seu Marinho Beach Soccer, na Redinha, após fracassar com outros projetos sem elhantes. Marinho jogou no exterior ao lado de Pelé numa equipe promocional do futebol brasileiro, além de atuarem juntos no N.Y. Cosmos/EUA. Há várias ofertas para que Marinho Chagas perpetue sua vida num livro narrativa. No mês de agosto de 2002 (dia 12), Marinho Chagas incluído por indicação de um grupo de jornalistas esportivos a pedido da Suderj, colocando seus pés e mãos na "Calçada da Fama", indo se juntar a tantos outros craques famosos que atuam que atuaram no Maracanã. No mesmo dia, foram homenageados, Edu Coimbra (irmão de Zico), , Fiaça (Seleção de 50), Raul Plasmann, Paulo Borges, , Brito, Samarone (ex-Flu), Silva (ex Vasco e Flamengo), (ala campeão do mundo em 94), Zózimo (Seleção de 62 e ex-Bangu). No centenário do Fluminense, em agosto, Marinho Chagas foi também homenageado pelo Tricolor carioca. Em 2003, Marinho Chaga s inaugurou uma espécie de Clube escola na Redinha, em parceria com seu irmão, João. No local, há uma estátua em tamanho natural do polêmico Marinho envergando a camisa da Seleção Brasileira.. Você Sabia? QUE MARINHO CHAGAS... É o embaixador da Copa do mundo de 2014, em Natal e coordenador de eventos da secretaria municipal de turismo de Natal, É MARINHO CHAGAS, ex-lateral do Riachuelo-RN, ABC-RN, Náutico-PE, Botafogo-RJ, Fluminense-RJ, Cosmos-EUA, São Paulo F.C., Bangu- RJ, Fortaleza-CE, América-RN, La Heat-EUA, Augsburg-Alemanha e Seleção Brasileira. Ídolo de todos os clubes em que jogou, Francisco das Chagas Marinho, o Marinho Chagas nasceu no dia 8 de fevereiro de 1952 no Bairro Alecrim, em Natal, Rio Grande do Norte. Francisco das Chagas Marinho. "Sou como São Francisco das Chagas, aquele que deixou tudo para ajudar os pobres. Não me incomodo com ninguém, não tenho inveja, não gosto de inimizade", ele define a si próprio. Marinho Chagas faz parte de um seleto grupo de potiguares que conseguiu deixar seu nome gravado na história do Brasil. Com a bola nos pés, andou pelo Brasil e conheceu vários países. Hoje, como Embaixador da Copa em Natal e coordenador de eventos da secretaria municipal de turismo, usa do prestígio nacional para divulgar o nome da capital potiguar, uma de suas maiores paixões. "Não queria morar em nenhum outro lugar desse mundo. Prefiro andar a pé na Praia do Meio que de carro nos EUA". No dia 8 de fevereiro próximo completarão 60 anos do nascimento de Marinho Chagas, considerado um dos melhores laterais-esquerdos do futebol mundial em todos os tempos. Nascido em 1952, o Canhão do Nordeste iniciou sua carreira no futebol no Riachuelo ainda aos15 anos. De lá, veio fazer história no ABC, onde foi campeão em 1970 e ganhou projeção no cenário regional e nacional. Do ABC, fez escala no Náutico antes de ir para o Botafogo, clube que apresentou o craque ao mundo, em 1972. Marinho foi vencedor do troféu Bola de Prata, oferecido pela revista Placar aos melhores jogadores do ano. Na oportunidade Marinho dividiu o palco com outro grande ídolo do futebol potiguar, o atacante Alberi, eleito melhor do ano ao lado de Paulo César Caju, do Flamengo. Novamente vencedor do Bola de Prata no ano seguinte, o auge da carreira de Marinho veio no ano seguinte, com a convocação para a Seleção Brasileira. Com a camisa canarinho o mundo conheceu o potiguar Marinho Chagas, também chamado de "a Bruxa", em todas as suas facetas: o craque, eleito melhor lateral do Mundial, mostrou a potência de seu chute e de suas ousadas arrancadas pelos lados do campo; o diplomata, capaz de se relacionar com jogadores e dirigentes dos mais diversos países. Com a participação no Mundial, o mundo conheceu Marinho e ele conheceu o mundo. "Eu conheci 118 países. Acho que nenhum outro potiguar andou por tantos países quanto eu", diz. Do Botafogo, jogou pelo rival Fluminense antes de ir para os Estados Unidos. Lá, jogou duas temporadas, uma pelo NY Cosmos e outra pelo FL Strikers. De volta ao Brasil, jogou pelo São Paulo, Bangu- RJ, e retornou a Natal para jogar no América. Daqui, voltou a ganhar o mundo. Novamente nos Estados Unidos, jogou com a camisa do LA Heat. De lá foi para a Alemanha jogar pelo Augsburg, onde encerrou a carreira. Mais uma vez de volta a Natal, Marinho tentou seguir a carreira de treinador e chegou até a comandar o time do Alecrim, mas não deu prosseguimento. Depois de retomar a vida na capital potiguar, teve problemas com o alcoolismo e chegou a ficar esquecido pela grande mídia. Em 2011 o craque teve várias complicações de saúde e foi para São Paulo realizar exames e tentar um transplante de fígado. Por sorte, bastou um tratamento. Hoje, aos 59 anos, ele diz que está inteiro. "Não é todo mundo que chega aos 60 anos assim não, ou é?", brinca. Fonte: diáriodenatal.com.br

Marinho Chagas: 60 anos de histórias Causos do Futebol Por Celso Unzelte Marinho Chagas pela Seleção de 1974 (Foto: GazetaPress) No dia 8 de fevereiro, completou 60 anos um dos jogadores mais folclóricos do futebol brasileiro em todos os tempos: Francisco das Chagas Marinho, o Marinho Chagas, lateral-esquerdo do Brasil na Copa do Mundo de 74, disputada na Alemanha Ocidental. Ele também jogou no Riachuelo e no ABC, ambos do Rio Grande do Norte, seu estado natal, e em uma enorme lista de outros clubes: Náutico, Botafogo, Fluminense, Cosmos e Strikers (ambos dos Estados Unidos), São Paulo, Bangu, Fortaleza, América-RN e Harlekin, da Alemanha. As histórias que seguem são uma homenagem a esse aniversariante. ******************************************************************************* Quando Marinho ainda jogava no Náutico, o técnico Gradim teria recomendado que ele caísse para a esquerda. Imediatamente, Marinho teria caído no chão e se deitado do lado esquerdo. Gradim, coçando a cabeça, teria comentado com seu auxiliar: "As pernas desse Marinho são de craque, mas a cabeça é de bagre..." Verdade ou não, o fato é que anos depois o próprio Marinho, de certa forma, acabaria confirmando a frase de Gradim, ao comentar dessa maneira o futebol de seu filho, que preferiu estudar a seguir a carreira de atleta profissional: "Esse herdou na cabeça a inteligência que o pai tinha nas pernas..." ******************************************************************************* No corredor do Maracanã que levava ao campo, Marinho se preparava para estrear em um clássico quando um diretor bateu em seu ombro e perguntou:= — Como é, Marinho, vai fazer força pela vitória? Irônico, o craque simplesmente respondeu, na lata: — Não... Vou lutar pela derrota. Aliás, é para isso que fui contratado. ******************************************************************************* Marinho era também um grande gozador. Certa vez, o Fluminense concentrou-se em Caxambu e todas as manhãs os jogadores davam longos passeios pelo Parque das Águas, a maior atração da cidade mineira, com suas fontes medicinais. Marinho, então, resolveu acordar cedo só para trocar as setas que indicavam o tipo de cada água. À tarde, o diagnóstico dos médicos foi o mesmo para mais da metade dos hóspedes do hotel, que estavam com dor de barriga: todos os pacientes haviam tomado a água errada. ******************************************************************************* Botafogo e São Paulo haviam acabado de jogar a primeira partida das semifinais do Brasileiro de 81, vencida pelo Botafogo por 1 a 0, quando um repórter de rádio colocou em linha Marinho, do São Paulo, e Perivaldo, do Botafogo, cada um em seu vestiário. Primeiro a falar, Marinho começou dizendo que tinha saudade do Botafogo, mas que agora era são- paulino. E explicou assim a derrota daquela noite: — Perdemos unicamente por duas palavras: a-zar.

Jailton Augusto da Fonseca