UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES MONOGRAFIA DE CONCLUSÃO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

LOGANIACEAE R.Br. ex MART. – FLORA DO DISTRITO FEDERAL, BRASIL.

ELISA REGINA SIMONI ORIENTADOR: MSC. LUCIANO COÊLHO M. FONSÊCA

TAGUATINGA 2010

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO E HUMANIDADES

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

LOGANIACEAE R.Br. ex MART. – FLORA DO DISTRITO FEDERAL, BRASIL.

ELISA REGINA SIMONI

Taguatinga – DF Junho, 2010

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO E HUMANIDADES CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

LOGANIACEAE R.Br. ex MART. – FLORA DO DISTRITO FEDERAL, BRASIL.

ELISA REGINA SIMONI

ORIENTADOR: MSC. LUCIANO COÊLHO M. FONSÊCA

Monografia final apresentada como parte dos requisitos para conclusão do curso superior de Bacharelado em Ciências Biológicas da Universidade Católica de Brasília.

Taguatinga – DF Junho, 2010.

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO E HUMANIDADES CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

LOGANIACEAE R.Br. EX MART. – FLORA DO DISTRITO FEDERAL, BRASIL.

ELISA REGINA SIMONI

Monografia final apresentada como parte dos requisitos para conclusão do curso superior de Bacharelado em Ciências Biológicas da Universidade Católica de Brasília.

Banca Examinadora:

______Prof. Msc. Luciano Coêlho M. Fonsêca – Universidade Católica de Brasília (Orientador)

______Profª. Dra. Melina Guimarães – Universidade Católica de Brasília (Membro Titular)

______Msc. Beatriz Machado Gomes – Universidade de Brasília (Suplente)

Taguatinga, DF Junho, 2010

iii

Agradecimentos

Agradeço ao professor Luciano Milhomens pela orientação e também por ter me sugerido este tema. Às pessoas que ajudaram nos herbários, principalmente a Josi do UB e a Gabriela do CEN. Agradeço também à professora Melina Guimarães e a Beatriz Machado por corrigir e avaliar este trabalho.

iv

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...... 1 MATERIAL E MÉTODOS ...... 3 Área de estudo ...... 3 Confecção da Monografia de Loganiaceae ...... 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO...... 5 LOGANIACEAE R.Br. ex Mart ...... 5 Bibliografia básica ...... 5 Chave analítica para os gêneros ...... 6 1. Pohl ...... 6 1.1- Pohl, Pl. Bras. 2: 13. 1831...... 7 Bibliografia básica ...... 8 2. Mitreola R. Br...... 9 2.1- Mitreola petiolata (J. F. Gmel.)Torr. & A. Gray., Fl. N. Amer. 2(1): 45. 1841. 9 Bibliografia básica ...... 10 3. Spigelia L...... 11 3.1- Spilegia schlechtendaliana Mart. Nov. Gen. Sp. . 2: 129. 1826...... 11 Bibliografia básica ...... 12 4. Strychnos L...... 13 Chave analítica para as espécies ...... 13 4.1- Strycnos bicolor Prog. Vidensk.Meddel. 1869: 31. 1860...... 13 4.2- Strychnos gardneri A. DC, Prodr. 9: 14. 1845...... 14 4.3- Strychnos pseudoquina A. St.-Hil., Men. Mus. Hist. Nat. 9: 340. 1822...... 15 Bibliografia básica ...... 17 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...... 18 LISTA DE EXSICATAS ...... 18 BIBLIOGRAFIA ADICIONAL ...... 18 PRANCHAS ...... 20 APÊNDICE ...... 24 Resumo do Modelo adaptado da “Flora do Distrito Federal, Brasil.”...... 24

v

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Distribuição de Loganiaceae R.Br. ex Mart. (Stevens, atualizado desde 2001)...... 1

Figura 2. Fragmento do cladograma publicado por Backlund et al. (2000) evidenciando a atual circunscrição taxonômica da família Loganiaceae R.Br. ex Mart...... 2

Figura 3: Localização do Distrito Federal (fonte: http://www.brasil-turismo.com/distrito- federal/mapa-transportes.htm)...... 4

Figura 4: Antonia ovata Pohl. A- Hábito; B- Folha com margem revoluta; C- Inflorescência; D- Flor; E- Fruto...... 20

Figura 5: Mitreola petiolata (J. F. Gmel.) Torr. & A. Gray. A- Hábito herbáceo; B- Detalhe da folha ciliada; C- Inflorescência; D- Detalhe do fruto; E- Caule quadriculado...... 21

Figura 6: Spigelia schlechtendaliana Mart. A- Hábito herbáceo; B- Inflorescência; C- Folhas sésseis; D- Fruto obcordado...... 22

Figura 7: Strychnos pseudoquina A. St.-Hil. A- Hábito arbóreo; B- Folha com nervura supra basal; C- Estípulas.; D- Fruto – baga. S. gardneri A. DC. E- Hábito liana; F- detalhe da folha mostrando a barba nas axilas da nervura trinérvia...... 23

vi

RESUMO: A família Loganiaceae R.Br. ex Mart. pertence à ordem Lindl., possui treze gêneros e cerca de 420 espécies. No Brasil é representada por cinco gêneros: Antonia Pohl, Bonyunia M.R. Schomb. ex Progel, Mitreola L., Spigelia L. e Strychnos L, e cerca de 100 espécies. Neste trabalho apresenta-se o tratamento taxonômico da família Loganiaceae, como parte do projeto “Flora do Distrito Federal, Brasil”. Tem por principal objetivo identificar e caracterizar os gêneros e as espécies pertencentes à família que ocorrem nesta Unidade da Federação. Para as descrições foram examinados os materiais disponíveis nos herbários CEN, HEPH e UB, além de bibliografia especializada. Para o Distrito Federal foram caracterizados quatro gêneros e seis espécies nativas: Antonia ovata Pohl, Mitreola petiolata (J.F. Gmel.) Torr. & A. Gray, Spigelia schlechtendaliana Mart, Strychnos bicolor Prog, S. gardneri A. DC e S. pseudoquina A. St.-Hil.

Palavra chave: Antonia. Mitreola. Spigelia. Strychnos. Taxonomia.

ABSTRAT: The family Loganiaceae R.Br. ex Mart. belongs to the order Gentianales Lindl., has thirteen genera and about 420 species. Brazil is represented by five genera: Antonia Pohl, Bonyunia M. R. Schomb. ex Progel, Mitreola L., Spigelia L., Strychnos L., and about 100 species. In this work we present taxonomic treatment of the family Loganiaceae, as part of the "Flora of the Distrito Federal, Brazil." Its main objective is to identify and characterize the genera and species belonging to the family that occur in this Unit of the Federation. For descriptions were examined material available in herbaria CEN HEPH and UB, and literature. For the Distrito Federal were characterized four genera and six species native: Antonia ovata Pohl, Mitreola petiolata (J.F. Gmel.) Torr. & A. Gray, Spigelia schlechtendaliana Mart, Strychnos bicolor Prog, S. gardneri A. DC and S. pseudoquina A. St.-Hil.

Key words: Antonia. Mitreola. Spigelia. Strychnos. Taxonomy.

1

INTRODUÇÃO

A família Loganiaceae R.Br. ex Mart. pertence a ordem Gentianales Lindl, é constituído por treze gêneros e cerca de 420 espécies. (Stevens, atualizado desde 2001). Sendo dividida em quatro tribos, Loganieae, Antonieae, Spigelieae e Strychneae (Struwe, L., 2004 apud Nurit et al, 2005). Ocorre, principalmente, nas regiões tropicais e subtropicais do globo (Cronquist, 1981 e Stevens, atualizado desde 2001) (Figura 1). Os gêneros Antonia Pohl e Bonyunia M.R. Schomb. ex Progel seguem esta distribuição típica, sendo algumas espécies de Strychnos L. e Spigelia L. endêmicas da América do Sul (Nurit et al., 2005).

Figura 1. Distribuição de Loganiaceae R.Br. ex Mart. (Stevens, atualizado desde 2001).

Muitas espécies da família, principalmente do gênero Strychnos possuem alcalóides medicinais contidos na casca, sementes ou em outras estruturas e são utilizados em várias partes do mundo como plantas medicinais. Na Índia, as sementes de S. ignatii P.J. Berg. são utilizadas como um remédio para a cólera. Além do uso medicinal, alguns alcalóides se tornam tóxicos quando utilizados em altas doses e assim, são utilizados como veneno e alucinógenos (Rendle, 1952). O curare, utilizado por índios da Amazônia é extraído da espécie S. toxifera R.H. Schomb. ex Lindl. e a estriquinina é obtida da S. nux-vomica L. (Souza & Lorenzi, 2005). Desde sua descrição, feita por Martius em 1827, Loganiaceae sofreu várias alterações em sua classificação. Rendle (1952) dividiu a família em duas grandes Subfamílias: Loganioideae e Buddleioideae que agrupavam 33 gêneros e 600 espécies. Hutchinson (1960), em sua Ordem Loganiales, considerou Loganiaceae, Potaliaceae Mart, Strychnaceae DC. ex Perleb, Spigeliaceae Bercht. & J. Presl, Buddlejaceae K. Wilh., 2

Oleaceae Hoffmanns. & Link e Antoniaceae Hutch. como famílias diferentes. Leeuwenberg & Leenhouts (1980 apud Backlund et al., 2000) reconheciam Loganiaceae sensu lato, formada por 30 gêneros e cerca de 600 espécies. Já Cronquist (1981) considerava Buddlejaceae como uma família distinta, pertencente à Ordem Scrophulariales Lindl. Reconhecia ainda 20 gêneros e 500 espécies. Thakhtajan (1997) dividiu Loganiaceae sensu lato em 12 famílias diferentes, incluindo grande parte em outras ordens que não Gentianales. Para este último autor, o gênero Logania R. Brown era o único que representa adequadamente a família. Estudos moleculares realizados por Bremer & Struwe (1992) indicaram uma origem parafilética para a família (sensu Leeuwenberg & Leenhouts, 1980), no entanto, análises mais recentes realizadas por Backlund et al (2000), comprovam que Loganiaceae é um grupo monofilético formado por 13 gêneros: Antonia Pohl, Bonyunia M.R.Schomb. ex Progel, Usteria Willd., Gardneria Wall., Geniostoma J. R. Forster & G. Forster, Labordia Gaudich, Logania, Mitrasacme Labill., Mitreola L., Neuburgia Blume, Norrisia Gardner, Spigelia L. e Strychnos L. (Figura 2).

Figura 2. Fragmento do cladograma publicado por Backlund et al. (2000) evidenciando a atual circunscrição taxonômica da família Loganiaceae R.Br. ex Mart.

No Brasil, Progel (1868) fez o primeiro e mais amplo levantamento para a família no qual foram descritas 76 espécies divididas em quatro tribos: Antonieae, Spigelieae,

3

Fagraeeae e Gaertnereae. Reconheceu sete gêneros: Antonia, Spigelia, Mitreola, Bonyunia, Potalia Aubl., Pagamea Aubl. e Strychnos, sendo esse último, o gênero com maior número de espécies. Entre outros, merecem destaque também levantamentos mais recentes realizados na Serra do Cipó (Zappi, 1989), na Paraíba (Nurit, 2005) e no Amazonas, mais especificamente na Reserva Ducke (Zappi, 2006). A primeira tentativa de catalogar a flora do Distrito federal foi feita por Filgueiras & Pereira (1990) utilizando listagens de espécies já publicadas e materiais disponíveis nos herbários. Atualmente, o Projeto Flora do Distrito Federal visa caracterizar e catalogar de forma sistemática os diversos grupos de plantas vasculares nativas no Distrito Federal (Cavalcanti & Ramos, 2001). O presente estudo apresenta o tratamento taxonômico da família Loganiaceae, como parte do projeto “Flora do Distrito Federal, Brasil”, o qual visa caracterizar e descrever as espécies pertencentes a família botânica Loganiaceae R.Br. ex Mart. ocorrentes no Distrito Federal, fornecer aspectos de sua ecologia e distribuição. Além disso, fornecer chaves de identificação para diferenciar os gêneros e as espécies nativas no Distrito Federal.

MATERIAL E MÉTODOS

ÁREA DE ESTUDO

O Distrito Federal (Figura 3) localiza-se no Planalto Central e ocupa uma área de aprox. 5.789 Km². Situa-se entre os paralelos 15º30’ e 16º03’ de latitude sul e entre os meridianos 47º25’ e 48º12’ de longitude oeste. Sua divisa à leste é feita em grande parte pelo rio Preto e a oeste pelo rio Descoberto. Seu relevo é suavemente ondulado variando de 900m a 1300 m de altitude. Apresenta clima tropical de altitude, do tipo Aw, com duas estações bem definidas, uma chuvosa de outubro a abril e outra seca, de maio a setembro. A média de precipitação anual é de 1500 mm. A cobertura vegetal é representada, em sua maioria, pelo Cerrado, em suas diferentes fitofisionomias. O tipo mais comum de solo é o latossolo vermelho, profundo, com baixas quantidades de matéria orgânica e altas taxas de alumínio (Codeplan, 1984).

4

Figura 3: Localização do Distrito Federal (fonte: http://www.brasil-turismo.com/distrito- federal/mapa-transportes.htm).

CONFECÇÃO DA MONOGRAFIA DE LOGANIACEAE

Os acervos dos herbários locais foram consultados. Para as descrições foram utilizados materiais disponíveis nos herbários. Todo material foi cuidadosamente medido e avaliado segundo suas características morfológicas. Os herbários cujas coleções foram examinadas são: o da Universidade de Brasília (UB), do Jardim Botânico de Brasília (HEPH) e o da EMBRAPA Recursos Genéticos e Biotecnologia – CENARGEN (CEN). Os materiais pedidos por empréstimo ficaram no Herbário CEN. A identificação do material foi feita pela própria autora com auxílio de bibliografias específicas, como: Progel, 1868; Woodson Jr. & Schery et al, 1967; Guimarães & Pereira, 1969; Zappi, 1989; Nurit, 2005 e Zappi, 2006.

5

Para a confecção dos resultados da monografia foi utilizado o modelo da “Flora do Distrito Federal, Brasil” (Cavalcanti & Ramos, 2001), o qual foi adaptado para se adequar aos objetivos do TCC de Ciências Biológicas da Universidade Católica de Brasília.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

LOGANIACEAE R.BR. EX MART

Árvores, ervas, arbustos ou lianas, com ou sem gavinhas; folhas simples, opostas ou verticiladas, inteiras, estipuladas (em Strychnos); lâminas ovais, elípticas e lanceoladas, peninérvia camptódroma ou 3-5-nervia acródroma com nervura supra basal. Inflorescências axilares ou terminais, em panículas ou cimeiras. Flores actinomorfas, andróginas, diclamídeas, 4-5-meras. Cálice sinsépalo ou dialissépalo. Corola gamopétala, tubulosa; estames exsertos ou insertos, epipétalos; filetes adnatos ao tudo da corola, alternos aos lobos da corola; antera dorsifixa, com deiscência longitudinal; ovário súpero, globoso a ovado, bicarpelar e bilocular, com um a muitos óvulos em cada lóculo, placentação axilar; estilete terminal. Frutos cápsulas, cápsulas septicida – loculicida e bagas.

No Brasil a família Loganiaceae é representada por cinco gêneros nativos: Antonia Pohl, Bonyunia M.R. Schomb., Mitreola L., Spigelia L. e Strychnos L. e cerca de 100 espécies (Souza & Lorenzi, 2005). No Distrito Federal podem ser encontrados 4 gêneros e 6 espécies: Antonia ovata Pohl, Mitreola petiolata (J.F. Gmel.) Torr. & A. Gray, Spigelia schlechtendaliana Mart, Strychnos bicolor Prog, S. gardneri A. DC e S. pseudoquina A. St.-Hil.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

NURIT, K.; AGRA, M. F.; BASÍLIO, I. J.L.D. & BARACHO, G. S. Flora da Paraíba. Acta botanica brasilica. v.19, n. 2, p. 407-416. 2005.

SOUZA, V. C.; LORENZI, H. Botânica sistemática. Guia ilustrado para identificação das famílias de Angiospermas da flora brasileira, baseado em APG II. Nova Odessa:

6

Instituto Plantarum. 2005.

STEVENS, P. F. (2001 onwards). Angiosperm Phylogeny Website. Version 9 June 2008. http://www.mobot.org/MOBOT/research/APWeb/ (acessado em 20/10/2009).

ZAPPI, D. Flora da reserva Ducke, Amazonas, Brasil - Loganiaceae. Rodriguésia. v. 57, n. 2, p. 193-204. 2006.

CHAVE ANALÍTICA PARA OS GÊNEROS

1. Árvores ou lianas; frutos carnosos, do tipo baga; folha 3-5nérvia, acródroma com nervura supra basal, com estípulas...... 4- Strychnos. 1’ Árvores ou ervas; frutos capsulares; folha peninérvia, com nervação camptódroma, sem estípulas. 2. Árvores; ramos cilíndricos; folha com margem revoluta; pecíolo canaliculado; inflorescências em dicásios corimbosos sépalas protegidas por 4 ou 5 séries de brácteas...... 1- Antonia. 2’. Ervas; ramos tetragonais; folha com margem ciliada ou não; pecíolo quadriculado ou folha séssil; inflorescências em espigas dicotômicas ou monocásios escorpióides, flores bibracteadas. 3. Folhas com pecíolo quadriculados, inflorescências em espigas dicotômicas, cápsula em forma de mitra de bispo...... 2- Mitreola. 3’. Folhas sésseis, inflorescências em monocásios escorpióides, cápsula obcordada...... 3- Spigelia.

1. ANTONIA POHL

Árvores de até 6m alt.; ramos cilíndricos. Pecíolo achatado e canaliculado. Lâmina com margem revoluta, subcoriáceas, peninérvia, com nervação camptódroma. Inflorescências terminais em dicásios corimbosos, com brácteas e bractéolas. Flores perfumadas, 5 sépalas protegidas por 4 - 6 séries de brácteas. Corola 5-mera, tubo da corola creme, internamente piloso na porção superior, lobos ciliados curvados para baixo.

7

Estames exsertos. Estilete glabro; ovário com um óvulo em cada lóculo. Fruto cápsula septicida – loculicida. As características em itálico foram mencionadas por Paula, 1972 & Zappi, 1989

O gênero Antonia é monoespecífico, sendo representado pela espécie A. ovata a qual possui ampla distribuição geográfica, tendo como limite norte as Guianas (Zappi, 1989). Para a espécie A. ovata são reconhecidas três variedades; A. ovata Pohl var. ovata, A. ovata Pohl var. pilosa (Hook.f.) Progel e A. ovata Pohl var. excelsa Paula. A variedade A. ovata var. excelsa pode ser encontrada em terras firmes do norte brasileiro.

1.1- ANTONIA OVATA POHL, PL. BRAS. 2: 13. 1831. Fig. 4.

Árvore, ramos lenticelados, estriados, densamente pilosos a glabros, com crescimento modular. Pecíolo relativamente curto, 4,0 - 7,0mm, densamente piloso a glabro. Lâmina 3,5 - 7,8 x 2,3 - 4,7cm, elíptica a ovada raro obovada, ápice arredondado a obtuso raro truncado, base arredondada a obtusa raro truncada e subcordada; face adaxial com pilosidade esparsa a glabra e nervuras impressas, face abaxial de densamente pilosa sobretudo nas nervuras a glabrescente raro glabra e nervuras salientes, concolores a levemente discolores. Inflorescência com pedúnculo densamente piloso a glabrescente, raquis 0,7 – 2,9cm. Pedicelo piloso ca. 1,0mm. Brácteas imbricadas, escamosas, pilosas na margem. Tubo da corola 4,0 – 5,0mm, lobos com 4,0 – 5,0mm. Filetes 3,5 – 5,0mm; anteras amareladas. Estigma bilobado, papiloso; estilete 5,5 – 6,8mm; ovário piloso na porção superior, globoso a ovado. Fruto deiscente, cilíndrico, esparsamente piloso, uma semente alada em cada lóculo. As características em itálico foram mencionadas por Paula, 1972 & Zappi, 1989

A espécie é encontrada em cerrados amazônicos e em todo o Planalto Central, incluindo o sul dos estados de Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais e no Distrito Federal. Os espécimes examinados foram encontrados em cerrado, mata, borda de mata mesofítica e próximo a mata ciliar. Em observações feitas em campo no Parque Ecológico Ermida Dom Bosco foram encontrados exemplares com botões completamente fechados, flores abertas e em frutificação no início dos meses de abril e maio.

8

Neste estudo não foram consideradas as variedades propostas para A. ovata. Embora, para a autora, estas variedades pareçam inconsistentes, são necessários mais estudos, pois foram examinados poucos exemplares, apenas em herbário e não em campo. É importante ressaltar que Zappi (1989) propõe a sinonimização destas variedades à variedade típica visto que há uma grande variação no indumento, formando um continuum, que varia entre plantas densamente pilosas e completamente glabras. Além disso, A. ovata var. glabra pode apresentar pelos esparsos nas nervuras na face abaxial e no nó foliar (Paula, 1972).

Material selecionado: Borda da mata mesofítrica, caminho ao lado da ESAF - Borda da mata, VII.2008, Martins et al. 936 (HEPH). Brazlândia, DF, Chácara Hilztizar - lado de fora da cerca. 15°38'0''S 48°10'0''W, IV.1996, Gomes & Mamão 25 (CEN). Estação florestal cabeça de veado. ca. de 20 km de Brasília, VIII.1983, Alves 179 (HEPH). Estrada sobradinho - Formosa. 3,1 KM depois da ponte Piripipau, VII.1971, Elias, 516 (HEPH). Fercal. APA da Cafuringa, VIII.1990, Cavalcante et al 615 (CEN). Jardim Botânico de Brasília - entrada principal 15°52'0'' S 47°51'0''W, VI.1999, Boaventura 488 (HEPH). Planaltina. 22km da cidade. Cerrado. Reserva da CPAC, VII.1984, Mari & Mattos Silva 16891 (CEN). Parque ecológico da Barragem do Descoberto, km 19 da BR 070, VII.1996, Nobrega & de Jesus 483 (CEN). Sobradinho, DF. Cerrado próximo da mata ciliar, XII.1971, Ferreira 1061 (HEPH).

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

ZAPPI, D. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Loganiaceae. Boletim Botânico da Universidade de São Paulo. v. 11, p. 85-97. 1989.

PAULA, J. E. Estudo taxonômico e polinológico de Antonia ovata Pohl(Loganiaceae). Acta Amazonica. v. 2, n. 2, p. 55-70. 1972.

PAULA, J. E. Antonia ovata Pohl var. excelsa Paula ex Paula (Loganiaceae). Acta Amazonica. v. 6, n. 1, p. 41-42. 1976.

9

2. MITREOLA R. BR.

Ervas, ramos e pecíolo quadriculado; lâmina membranosa, ciliadas com tricomas simples bulbosa. Inflorescências em espigas dicotômicas terminais ou axilares, flores bibracteadas. 5 sépalas, gamossépala. Corola 5-mera. Estames insertos. Ovário subgloboso. Cápsula em formato de mitra de bispo, profundamente bilobada. As características em itálico foram mencionadas por Woodson Jr. & Schery et al, 1967.

As espécies do gênero Mitreola podem ser encontradas em regiões temperadas e tropicais do Novo Mundo (Woodson Jr. & Schery, 1967). No Brasil o gênero é representado apenas por duas espécies (Progel, 1868), sendo que no Distrito Federal é encontrada uma delas: M. petiolata (J.F. Gmel.) Torr. & A. Gray.

2.1- MITREOLA PETIOLATA (J. F. GMEL.)TORR. & A. GRAY., FL. N. AMER. 2(1): 45. 1841. Cynoctonum mitreola (L.) Britton. Mem. Bot Torrey. Club 5: 258, 1894. Cynoctonum petiolatum Gmelin in L., Syst. Nat. ed.13, 443, 1791. Ophiorrhiza mitreola L., Sp. PI. 150, 1753. Fig. 5.

Ervas; ramos glabros, longitudinalmente e transversalmente estriados nas porções mais velhas. Pecíolo 0,3 - 1,2cm, relativamente longo, podendo apresentar os mesmos tricomas das margens das folhas. Lâmina 7,8-1,1 x 2,7-0,5cm, ovada a levemente lanceolada, ápice atenuado, base atenuada a raro aguda, face adaxial glabra podendo ter tricomas esparsos, nervuras pouco evidentes, face abaxial glabra com nervuras evidentes, levemente discolores, camptódroma. Inflorescências com flores organizadas unilateralmente; pedicelo aprox. 1mm. Sépalas com lobos ovados a lanceolados. Corola branca a rosada, tubo da corola um pouco inchado, 0,7 – 2,0mm, parte superior do tubo coralino com tricomas vilosos, lobos 0,5 – 2,0mm, lanceoladas a oval, com as pontas encurvadas. Estames vão até a porção mediana do tubo da corola. Ovário com vários óvulos por lóculo, estigma capitado. Cápsula 2,0 – 4,0mm, recoberto por pequenos tricomas, ângulo de separação dos lobos de 10° – 120°, pontas curvadas para dentro.

10

Semente 0,3 – 0,5,ovóide, amarronzada, brilhantes. As características florais em itálico foram mencionadas por Woodson Jr. & Schery et al, 1967.

M. petiolata ocorre esporadicamente nas Índias Ocidentais e desde o sudeste dos Estados Unidos ao norte da América do Sul, incluindo o Brasil. Apenas um exemplar do Distrito Federal foi examinado, coletado em zona de calcário. Portanto, percebe-se a necessidade de novas investigações e coletas para verificar a real distribuição de M. petiolata. Examinando os exemplares adicionais de locais próximos ao Distrito Federal verifica-se que a espécie, provavelmente, é encontrada em matas de galeria, mata úmida e mata de encosta. Frutifica entre maio e abril. O formato da cápsula permite a identificação imediata da espécie em campo (Woodson Jr. & Schery et al, 1967).

Material examinado: Brasília, zona de calcário. Mata de encosta, IV.1963, Pires, Silva & Souza 9331 (UB). Material adicional examinado: Córrego - Estrema ca. 40 km N.E. de Formoza, IV.1966, Grear et al 15080 (UB). Entre Brasília e Niquelândia - Beira do córrego sombra, V.1963, Pires et al 9719 (UB). Niquelândia, GO. Estrada de terra vicinal a GO – 237. Entrada 1 Km da ponte sobre o rio Bagagem (Estrada Niquelândia/C. do Sul). IV. 1992. Walter et al 1193 (CEN). Palmeiras de Goiás. Fazenda Sucuri, V.1968, Onishi 09 (UB).

BIBLIOGRAFIA BÁSICA PROGEL, A. Loganiaceae. In: MARTIUS, C.F. (ed.). Flora Brasiliensis. v.6, n.1, p. 251- 300. 1868.

WOODSON Jr. & SCHERY et al. Flora of Panama. Part VIII. Family 159. Loganiaceae. Annals of the Missouri Botanical Garden. v. 54, n. 3, p. 393-413, 1967 [1968].

11

3. SPIGELIA L.

Ervas, folhas verticiladas no ápice, peninérvia, inflorescências terminais solitárias, em monocásios escorpióides; flores bibracteadas, 5-meras, corola membranácea; ovário globoso, com muitos óvulos, placentação axilar, estilete filiforme articulado na porção mediana inferior, estigma clavado, papiloso. Cápsula obcordada. As características em itálico foram mencionadas por Zappi, 1989.

O gênero apresenta ampla distribuição neotropical podendo ser encontrada no Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, sul dos Estados Unidos, Norte do México, além de África Ocidental e no sudoeste da Ásia. Apresenta alta diversidade no México e no Centro- Oeste brasileiro. (Fernández Casas, 2001). No Brasil, Progel (1868) descreveu 29 espécies e Guimarães e Fonttela (1960) fizeram uma chave de identificação e a distribuição de 36 espécies, principalmente considerando espécies distribuídas nas regiões leste e sul do Brasil. No Distrito Federal o gênero é representado apenas por uma espécie podendo ser encontrada em campo cerrado, cerrado rochoso e cerrado.

3.1- SPILEGIA SCHLECHTENDALIANA MART. NOV. GEN. SP. PLANT. 2: 129. 1826. Canala rubiaefolia Pohl, Plant. Bras. 2:65.1831. Spigelia rubiaefolia (Pohl) A. DC. in DC, Prodr. 9:8. 1845. Fig. 6.

Ervas 20 – 60 cm; ramos tetragonais, verdes, glabros. Lâmina 0,9 - 4,8 x 0,3 - 1,0cm, séssil, ovada a lanceolada, ápice agudo a atenuado, base arredondada, obtusa a cuneada; face adaxial com tricomas que a deixam áspera, nervura principal aparente e impressa, face abaxial glabra com tricomas na nervura principal, nervuras salientes, sobretudo a principal, cartáceas, discolores com a face abaxial mais clara. Inflorescência longamente pedunculada (até 6,5cm comp.), multiflora, com até 15,5cm comp., com brácteas lanceoladas. Pedicelo com até 4mm, com os mesmos tricomas presentes na folha. Sépalas 2,0 – 5,0mm, verdes, glabras podendo ter os mesmos tricomas das folhas, lanceoladas, ápice atenuado. Flor com até 1,8cm. Corola estreitada na porção inferior, tubo da corola branco e lobos lilases a arroxeadas, interiormente glabra, lobos triangulares.

12

Estames inclusos. Ovário glabro. Cápsulas 0,4cm diam., circunciso na base, aspérula, verde escuro. As características em itálico foram mencionadas por Zappi, 1989.

Essa espécie pode ser encontrada nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás (Guimarães & Pereira, 1969). No Distrito Federal foi coletada no Parque Ecológico Norte e próximo ao Lago Paranoá. Assim, são necessárias mais coletas para determinar a real distribuição desta espécie. Analisando materiais adicionais de áreas próximas ao Distrito Federal, verificou-se que a espécie pode ser encontrada em campo cerrado, cerrado rochoso e em áreas com solo pedregoso e arenoso. As inflorescências são duradouras que prosseguem florindo no ápice, enquanto que em sua base já há frutos formados (Zappi, 1989). Não foi possível estimar os períodos de floração e de frutificação desta espécie. Na Serra do Cipó floresce de setembro a abril.

Material examinado: Cerrado, ca. 2 km E. of lago Paranoá, II.1970, Irwin et al 26652 (UB). Margem da rodovia Brasília – Anápolis, XII.1965, Belém 1900 (UB). Parque Ecológico Norte - CO. 15°44'0''S e 47°54'0''W, XII.1996, Simon et al 48 (UB).

Material adicional examinado: Cocalzinho - GO. Serra dos Pirineus. Área rupestre à 15 km de Cocalzinho em direção ao parque, XI.2005, Delpetre & Gomes et al 9344 (UB). Corumbá de Goiás, topo do Pico dos Pirineus, Serra da Catingueira. 6 km de Cocalzinho. 30w 52s, I.1981, Nogueira,et al 121 (UB). Corumbá, Monte Pirineus, V.1968, Onishi et al 92 (UB). Pirenópolis. Serra dos Pirineus. Subida para a igreja, XII.1968, Giulietti & Lima 673 (UB). Serra dos Pirineus ca. 20 km E of Pirenopolis, I.1972, Irwin et al 34010 (UB).

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

FERNÁNDEZ CASAS, F. J. De neogaeis Spigeliis (Strychnaceae) sparsae notulae, 1-9. Fontqueria. v. 55, n. 5, p. 19-30. 2001.

GUIMARÃES, E. F.; PEREIRA, J. F. Contribuição o estudo do gênero Spigelia L. III Sinopse das espécies que ocorrem no Brasil. Loefgrenia v.34, p.1-18. 1969.

13

ZAPPI, D. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Loganiaceae. Boletim Botânico da Universidade de São Paulo. v. 11, p. 85-97. 1989.

4. STRYCHNOS L.

Árvores ou lianas, ramos opostos, cilíndricos, com ou sem gavinhas, com pontuações pretas, estriados, os mais jovens são densamente a esparsamente pilosos, podendo ter súber espessado. Folhas 3–5–nervadas acródroma com nervura supra basal, estípulas pilosas. Inflorescências axilares e terminais, racemosas, panículas ou cimeiras, bracteadas. Flores 4-5-meras, estigma geralmente capitado, ovário globoso, glabro. Fruto baga, glabro. As características em itálico foram mencionadas por Zappi, 1989.

Strychnos L. é o gênero mais representativo da família Loganiaceae com, aproximadamente, 190 espécies, tendo seu centro de diversidade na Amazônia (Souza & Lourenzi, 2005). De acordo com Krukoff & Barneby (1969 apud Zappi, 1989) há no Brasil 62 espécies. Para o Distrito Federal foram examinadas 3 espécies que podem ser encontradas em diversas fitofisionomias.

CHAVE ANALÍTICA PARA AS ESPÉCIES

1. Lianas; com gavinhas; folha com margem ciliada, 3-nérvia, discolor...... 4.1- S. bicolor. 1’. Árvores ou lianas; com ou sem gavinhas; folha com margem não ciliada, 3-5nérvia, concolor ou discolor. 2. Árvores, sem gavinhas, folha com face abaxial densamente pilosa, discolor, 5- meras, estilete piloso na porção superior...... 4.2- S. pseudoquina. 2’. Liana, com gavinhas, folha com axilas das três nervuras principais barbadas na face abaxial, concolor, 4-5-meras, estilete glabro...... 4.3- S. gardneri.

4.1- STRYCNOS BICOLOR PROG. VIDENSK.MEDDEL. 1869: 31. 1860.

14

Liana; ramos cilíndricos, marrons, pilosos, sendo os ramos mais jovens visivelmente mais pilosos e com pelos mais dourados, estriados, com gavinhas axilares e esparsamente pilosas. Pecíolo 4,0 - 5,0mm, piloso, cilíndrico; lâmina 3,5 – 6,0 x 1,8 – 3,6cm, 3-nérvia, subcoriácea, inteira e ciliada, ovada, elíptica a lanceolada, ápice agudo, atenuado raro arredondado e cuspidado, base cuneada a obtusa, discolores com a face adaxial verde amarronzado ou avermelhado e a face abaxial verde, face adaxial com pelos esparsos apenas na nervura central, com nervuras impressas, face abaxial pilosa, sendo as folhas mais jovens mais pilosas, nervuras salientes, nervura basal pequena ou inexistente. Inflorescência racemosa axilares, laxas, 7 – 10 floras; cálice ca. 2mm comp., sépalas ovais a triangulares; corola 4- mera, alva, tubo 1,0 – 2,0mm comp., lobos lanceolados, agudos, ca. 2,0mm comp., piloso na porção interna basal. Anteras subsésseis. Baga suglobosa, até 2,0cm diam., pericarpo liso, de coloração alaranjada. Semente discoidal, comprimida, peltrada, testa lisa. As características reprodutivas em itálico foram mencionadas por Zappi, 1989.

Strychnos bicolor ocorre nos estados de Minas Gerais, São Paulo, serras de Goiás e Mato Grosso. Apenas um exemplar do Distrito Federal foi analisado, o qual foi coletado no Parque Municipal do Gama. Assim são necessárias novas coletas para verificar a sua real distribuição, visto que, o material disponível é bastante antigo. A espécie tem capacidade de ocorrer em regiões mais secas e em maiores altitudes que grande parte das outras espécies desse gênero (Zappi, 1989 apud Krukoff & Monachino, 1942). Não há dados sobre floração e frutificação desta espécie no Distrito Federal. Na Serra do Cipó floresce em fevereiro e setembro (Zappi, 1989).

Material examinado: Chapada da contagem, wooded creek valley Parque municipal do Gama, ca. 25km W. of Brasília, II. 1968, Irwin et al 19481 (UB).

4.2- STRYCHNOS GARDNERI A. DC, PRODR. 9: 14. 1845. Fig. 7.

Cipó ou liana; ramos cilíndricos, marrons, com pontinhos pretos, estriados, com pelos pequenos e esparsos, com gavinhas axilares, os ramos adultos apresentam casca e são glabros. Pecíolo 6,0 – 9,0cm, cilíndrico a levemente achatado com sulco,

15

esparsamente piloso. Lâmina 6,7 - 13,4 x 2,9 - 5,3cm, brilhantes, lanceolada a raro ovada, ápice atenuado, base aguda, cuneada a atenuada, face adaxial glabra com nervuras impressas e aparentes inclusive as terciárias, face abaxial glabra com nervuras salientes, textura coriácea ou subcoriácea, concolor, acródroma com nervura supra basal, com pelos nas axilas da nervura trinérvia. Inflorescência em panículas axilares e terminais, multiflora; brácteas e bractéolas pilosas lanceoladas; pedicelo 1,0 – 1,9mm, piloso. Sépalas 1,2 – 2,0 x 0,5 – 1,0mm, pilosas, elíptica, ápice cuneado a arredondado. Flores 6,5 – 8,0mm. Corola 4- 5-mera, amareladas a creme, gamopétala, carnosa, pilosa na porção superior do tubo coralino, tubo da corola de 3,0 – 6,0mm, lobos 2,0 – 3,0 x 1,0mm, elípticos. Estames inclusos, 4-5 anteras subsésseis. Estilete 5,5 – 6,0mm, glabro. Baga subglobosa, ca. 2,0cm diam., pericarpo ligeiramente reticulado, alaranjado. Semente comprimida, suborbicular, peltada, testa fosca. As características em itálico foram mencionadas por Zappi, 1989.

Strychnos gardneri ocorre nos estados de Goiás, Mato Grosso, Bahia, Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e no Distrito Federal, sendo encontrada em cerrado, mata mesofítica e mata. Como o material examinado é escasso, são necessárias mais coletas para verificar a verdadeira distribuição dessa espécie no Distrito Federal. Pelas amostras é possível verificar que os meses de fevereiro e março são de plena floração e os de junho a agosto representam o final da floração. Para esta espécie três materiais foram examinados: dois adicionais (de regiões próximas ao DF) e um indeterminado, do DF. Os dois primeiros são caracterizados como liana ou cipó, já o último como árvore o que, certamente representa um erro no momento da coleta.

Material examinado: Brasília. A 32 km do CENARGEN. Pegar a DF 170 e seguir nela 6km. Parada a direita da pista. Lat: 1533S; long. 04803W, VI.1992, Dias & Vieira 182 (CEN). Material adicional examinado: Goiaz. 3 km E of Alto Paraiso on rood to Nova Roma, III.1973, Anderson 6601 (UB). Luziânia – GO, II.1970, Heringer 11945 (UB, HEPH).

4.3- STRYCHNOS PSEUDOQUINA A. ST.-HIL., MEN. MUS. HIST. NAT. 9: 340. 1822. Fig. 7.

16

Conhecida popularmente como quina, quineira, falsa-quina, quina-branca, quina- de-cerrado.

Árvore; ramos cilíndricos, com súber espessado, os mais jovens são densamente pilosos, apresentam rachaduras e pontinhos pretos e muitos são estriados. Pecíolo 3,0 – 6,0mm, levemente achatado, piloso. Lâmina 3,4 - 12,9 x 2,0 - 7,5cm, ovadas, elípticas a levemente lanceoladas, ápice arredondado, atenuado a obtuso raro emarginado e cuspidado, base atenuada a aguda e cuneada algumas arredondadas, face adaxial com pelos apenas na nervura supra basal raro ao longo de toda nervura, nervuras impressas, face abaxial densamente pilosa, com pelos dourados, nervuras salientes, coriácea, discolor com a face abaxial mais amarelada, nervação 5-nérvia, acródroma com nervura supra basal. Inflorescências em cimeiras tirsóides, multiflora, com raquis principal de 1,5 – 7,5 cm, pilosa, brácteas e bractéolas pilosas, lanceoladas. Pedicelo subséssil, 1,0mm, piloso. Sépalas 1,0 - 2,0 x 1,0mm, elípticas a levemente lanceoladas, pilosas. Corola creme, 8,0 – 9,0mm comp., 5-mera, tubo da corola piloso externa e internamente, com 5,0 - 6,0mm comp., porção superior do tubo coralino bastante piloso; lobos 3,0 x 1,0 – 1,7mm, elípticos a levemente lanceolados, ápice agudo a cuneado, externamente pilosos. Estames inclusos, anteras subsésseis laranjadas. Estilete 5,0 – 5,5mm comp., piloso na porção superior; Fruto baga, 1,0 – 2,0cm diâm., globosa, amarela quando maduro, pericarpo coriáceo; sarcotesta alvacenta, translúcida; 1-4 sementes, castanhas, arredondadas, achatadas. As características em itálico foram mencionadas por Almeida, 1998.

No Brasil ela ocorre no Distrito Federal, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, São Paulo e Tocantins. Podendo ser encontrada em campo sujo, campo cerrado, cerrado sentido restrito e no cerradão. Análises de distribuição apontam que no cerrado sentido restrito, aqui no Distrito Federal, podem ser encontradas uma média de 1 – 5 árvores desta espécie em cada 10 hectares (dos Santos, 2005). É uma árvore decídua e semidecídua. Com a floração preferencialmente ocorrendo de janeiro a abril. Os primeiros frutos podem ser encontrados a partir de janeiro indo até agosto (Almeida, 1998). A folhação se dá de julho a setembro (dos Santos, 2005).

17

No Brasil, a Strychnos pseudoquina é utilizada como depurativo, anti-inflamatório e também contra cólicas, problemas no fígado, no estômago (Souza & Felfili, 2006) e contra malária (Andrade-Neto et a, 2003).

Material selecionado: Brasília, Jardim Botânico de Brasília. 15°52'0''S e 47°51'0''W, IV.1996, Boaventura 269 (HEPH). Brasília, Jardim Botânico de Brasília. Entrada próxima a área de piquenique, C.O. 15°52'0''S e 47°51'0''W, VI.2007, Paiva & Oliveira 405 (HEPH). Brasília. EEJBB. Próximo a escola classe. 15°52'0''S e 47°5'0''W, V.1996, Nobrega & Silva 242 (HEPH). Distrito Federal, Águas Emendadas, XI.1971, Ferreira 882 (HEPH). Estação florestal cabeça de veado, Distrito Federal, I.1984, Alves 284 (HEPH). Jardim Botânico de Brasília, trilha da entrada da área de visitante. 15°52'0''S e 47°51'0''W, II.1996, Nobrega 431 (HEPH). Planaltina, DF- Águas Emendadas, V.2008, Haidar 368 (HEPH). Planaltina, DF. CPAC. 15°35'30''S e 47°42'30''W, V.1977, Silva & Ribeiro 28 (CEN). Planaltina, DF. CPAC. Sede, VI.1982, Fonseca 16 (CEN). Sobradinho, DF. Núcleo rural de Sobradinho I. 1540S, 04746W, III.1991, Dias et al 25 (CEN).

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

ALMEIDA, S, P et al. Cerrado - espécies vegetais úteis. Planaltina: EMBRAPA – CPAC. 1998. p. 343-346.

ANDRADE-NETO, V. F. et al. Antimalarial activity of cinchona-like used to treat fever and malaria in Brazil. Journal of Ethnopharmacology. v. 87, p. 253-256. 2003.

SILVA Jr., M. C. et al. 100 árvores do cerrado – guia prático. Brasília: Rede de sementes do cerrado. 2005. p. 110-111.

SOUZA, C. D. & FELFILI,J. M. Uso de plantas medicinais na região de Alto Paraíso de Goiás, GO, Brasil. Acta botanica brasílica. v.20, n.1, p. 135-142. 2006.

ZAPPI, D. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Loganiaceae. Boletim Botânico da Universidade de São Paulo. v. 11, p. 85-97. 1989.

18

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Visto que a maioria das espécies não possui coletas recentes são necessárias novas investigações e novas coletas para verificar a real distribuição das espécies no Distrito Federal e também se elas ainda ocorrem na região.

LISTA DE EXSICATAS

Alves, M, A.: 179 (1.1), 284 (4.3). Anderson, W. R.: 6601 (4.2). Belém, R. P.: 1900 (3.1). Boaventura, M.: 488 (1.1), 269 (4.3). Cavalcante, T. B et al: 615 (1.1), 600 (4.2). Delpetre,P. G. & Gomes, V. L. et al.:9344 (3.1). Dias, T. A B. & Vieira, R. F.: 182 (4.2). Dias, T. A. B.: et al: 25 (4.3). Elias, J.: 516 (1.1). Ferreira, M. B.: 1061 (1.1), 882 (4.3). Fonseca, J.: 16 (4.3). Giulietti, N. & Lima, A.: 673 (3.1). Gomes S. M. & Mamão, M. P: 25 (1.1). Grear, J. W. et al: 15080(2.1). Haidar, R.: 368 (4.3). Heringer, E. P,: 11945 (4.2). Irwin,H. S. et al: 26652 (3.1), 34010 (3.1), 19481 (4.2). Mari, S. A. & Matos Silva, L. A.: 16891 (1.1). Martins, R. C. et al: 936 (1.1). Nóbrega, M. G. & de Jesus, F. P. R.: 483 (1.1). Nóbrega, M. G. & Silva, F.: 242 (4.3). Nóbrega, M. G.: 431 (4.3). Nogueira, E. et al: 121 (3.1). Onishi, E.: 09 (2.1). Onishi,E. et al: 92 (3.1). Paiva, V. F. & Oliveira, M.: 405 (4.3) Pires, J. M. et al: 9719 (2.1), 9331 (2.1). Silva, J. C. S. & Ribeiro, J. F.: 28 (4.3). Simon,M. F. et al: 48 (3.1). Walter et al: 1193 (2.1).

BIBLIOGRAFIA ADICIONAL

BACKLUND, M.; OXELMAN, B.; BREMER, B. Phylogenetic relationships within the gentianales based on ndhf and rbcl sequences, with particular reference to the Loganiaceae. American Journal of Botany v. 87, n.7, p. 1029 - 1043. 2000.

BREMER, B.; STRUWE, L. Phylogeny of the Rubiaceae and the Loganiaceae: Congruence of Conflict between Morphological and Molecular Data? American Journal of Botany v.79, n. 10, p. 1171-1184. 1992.

ATLAS do Distrito Federal. Brasília: Codeplan. 1984, 3v. il.

CRONQUIST, A. An integrated system of classification of flowering plants, 2 ed. New

19

York: Columbia university press. 1981. 1262p.

FILGUEIRAS, T. S.; PEREIRA, B. A. S. Flora do Distrito Federal. In: PINTO, M. N. (Org). Cerrado: caracterização, ocupação e perspectiva. Brasília: Ed. UnB. 1990. p. 331-388.

HUTCHINSON, J. The families of flowering plants: arranged according to a new system base on their probale phylogeny, 2 ed. Oxford: Clarendon, 1960. v.1.

MARTIUS, C. F. P. Nova genera et species plantarum quas in itinere per Brasiliam. Wolf, München, Germany. 1827. v. 2.

RENDLE, A. B. The classification of flowering plants. Cambridge: Cambridge University Press, 1952. v. 2.

STEVENS, P. F. (2001 onwards). Angiosperm Phylogeny Website. Version 9 June 2008. http://www.mobot.org/MOBOT/research/APWeb/ (acessado em 20/10/2009). THAKHTAJAN, A. Diversity and classification of flowering plants. New York: Columbia University Press. 1997. 643p.

20

PRANCHAS

* As pranchas definitivas para compor a Flora do Distrito Federal ainda não foram confeccionadas. No entanto, foram selecionados alguns materiais para que as principais características diagnósticas pudessem ser exemplificadas e visualizadas.

Figura 4: Antonia ovata Pohl. A- Hábito; B- Folha com margem revoluta; C- Inflorescência; D- Flor; E- Fruto.

21

Figura 5: Mitreola petiolata (J. F. Gmel.)Torr. & A. Gray. A- Hábito herbáceo; B- Detalhe da folha ciliada; C- Inflorescência; D- Detalhe do fruto; E- Caule quadriculado.

22

Figura 6: Spgelia schlechtendaliana Mart. A- Hábito herbáceo; B- Inflorescência; C- Folhas sésseis; D- Fruto obcordado.

23

Figura 7. Strychnos pseudoquina A. St.-Hil. A- Hábito arbóreo; B- Folha com nervura supra basal; C- Estípulas.; D- Fruto – baga. S. gardneri A. DC. E- Hábito liana; F- detalhe da folha mostrando a barba nas axilas da nervura trinérvia.

24

APÊNDICE

RESUMO DO MODELO ADAPTADO DA “FLORA DO DISTRITO FEDERAL, BRASIL.”.

FAMÍLIA

Descrição Sucinta da família em um parágrafo de 6 a 15 linhas. Não utilizar preposições, artigos, conjunções, verbos. Abreviar cerca de (ca.).

Comentários Parágrafo adicional de até 10 linhas com amplitude geográfica, número e gêneros, centro de diversidade. Numero de gêneros e espécies para o Distrito Federal e numero de espécies cultivadas. Habitat (s) preferencial (ais) da família e outras informações que o especialista julgar importantes.

Bibliografia Básica

Citar as principais obras para consulta ou revisões recentes da família, ou tratamentos sistemáticos que apresentem chaves e descrições, especialmente de táxons da região. As referências devem ser completas, utilizando as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

ABREVIAÇÕES PARA TÍTULOS DE LIVROS:

STAFLEU, F.A.; COWAN, R.S. Taxonomic literature, 2ed. Utrecht: Bohn, Scheltema & Holkema. 1976. v.1-7.

ABREVIAÇÕES PARA PERIÓDICOS:

Botanicum-Periodicum-Huntianum. Exemplos: NIEDENZU, F. Malpighiaceae. In: ENGLER, A. (ed.) Das pflanzenreich. Leipzig, Wilhelm Engelmann. v.IV-140, pt.91, 93,94, p.1-81O, 1928.

25

KOERNICKE, F. Eriocaulaceae. In: MARTIUS, C.P.F. & EICHLER, A.W. (eds.) Flora Brasiliensis. Monachii: Typographia Regia. v.2, pt.1, p.1-123, 1863.

PRANCE, G.T. Chrysobalanaceae. Flora neotropica. v.9, p.1-409, 1972.

Não citar bibliografia muito geral: como Cronquist (1988). Joly (1976), Barroso (1978).

ABREVIAÇÕES PARA NOMES DE AUTORES:

BRUMMITT, R.K. & POWELL, C.E. Authors of plant names. The Royal Botanic Gardens, Kew, England, 1992. 732p.

Chave analítica para os generos Indentada. De preferência, deve conter caracteres vegetativos, florais e frutíferos.

[nº]. GENERO com nome do autor abreviado. Descrição Parágrafo de 6 a 15 linhas. Não repetir no gênero características globais da família. Apresentar descrição meso que o gênero esteja representado por uma única espécie (ou seja monoespecífico).

Comentários Parágrafo de até 6 linhas com amplitude geográfica, número de espécies,centro de diversidade. Número de espécies e habitats de ocorrência para o Distrito Federal. Comentários gerais do gênero para o Distrito Federal.

Bibliografia básica Citar bibliografia básica específica para o gênero (revisões). Adatar normas da ABNT.

Chave analítica para as espécies Indentada, com espécies numeradas, sem autor. Com possibilidade de se permitir que uma espécie apresente caminhos diferentes na chave (espécies polimórficas).

26

[nº] ESPÉCIE. Binômio (em negrito) com nome do autor abreviado e obra princieps, citada segundo Taxonomic Literature ou Botanicum – Periodicum – Huntianum.

Ilustrações Referir figuras. A referência à figura deverá ser feita abaixo do nome da espécie. Ilustrar de preferência aquelas espécies pouco documentadas na literatura. Apresentação das espécies em ordem alfabética.

Sinônimos Binômio (itálico) com nome do autor abreviado e obra princieps, citada segundo Taxonomic Literature ou Botanicum – Periodicum – Huntianum.

Nomes populares Citar principais nomes populares da espécie, utilizados no Distrito Federal, obtidos de exsicatas ou na literatura.

Espécies cultivadas Mencionar as espécies cultivadas apenas nos comentários da cada gênero. Não incluir na chave nem fazer descrição.

Descrição Parágrafo de 6 a 15 linhas. Não repetir caracteres globais de gênero. A descrição deve ser baseada apenas nos Materiais do Distrito Federal, dados complementares poderão ser obtidos a partir de material de outros estados ou da bibliografia. No primeiro caso, referir o material examinado no item Material adicional examinado, e no segundo caso, referir a fonte bibliográfica entre parênteses logo após as estruturas.

Distribuição geográfica e ecológica Parágrafo de cerca de 6 linhas com distribuição global. Incluir neste item, comentários sobre hábitat da espécie, freqüência, limite de altitude, latitude e longitude, se disponível. As informações podem basear-se também na literatura, alem do material examinado.

27

Figuras de mapas Mais de uma espécie deve ser colocada em cada pequeno mapa.

Fenologia Época de floração e frutificação apenas para o Distrito Federal, podendo basear-se em literatura.

Usos Referir partes da planta utilizadas e para que fins. Pode basear-se em informações de exsicata e da literatura.

Material examinado [selecionado] [adicional] Selecionar materiais que representem os extremos de variabilidade do táxon ou de sua distribuição no Distrito Federal (Norte, Sul, Leste, Oeste) e procurar citar coletas recentes, pois as mesmas representam material disseminado em vários herbários do Distrito Federal, alem de serem evidências de que a espécie ainda ocorre naturalmente na região. Nos casos onde não forem citados todos os materiais estudados, este deve ser intitulado Material selecionado. Quando for utilizado material de outros Estados para complementação de descrição, relacioná-lo no item Material adicional examinado.

A citação de material devera seguir o seguinte padrão: Data da coleta: não referir o dia, apenas mês (em algarismos romanos) e ano, separados por ponto. LOCALIDADE (em negrito) em ordem alfabética, utilizando de preferência os nomes atuais.

Coletor (es) e nº de coleta (em itálico) Coletores devem ser citados apenas pelo sobrenome. As iniciais abreviadas, sem espaço entre as mesmas deverão ser citadas apenas se houver dois ou mais coletores com o mesmo sobrenome e na lista de exsicatas. Para dois coletores citar ambos separados por &. Três ou mais coletores, referir o coletor principal seguido de et al. e do numero de coleta. Referir entre parênteses as siglas dos herbários depositários. Exemplo: Fazenda Agua Limpa, XI.1976, Ratter et al. 3906 (IBGE, UB).

28

Comentários Parágrafo até 10 linhas mencionando problemas taxonômicos, variabilidade fenotípica, ausências de coletas recentes, comparação com espécies afins, etc.

Materiais tipo Não haverá um item específico para citação do material tipo das espécies.

Bibliografia adicional (Referências da Introdução e Materiais e Métodos) Referir aqui somente a bibliografia que tenha sido citada no texto.

Listas de exsicatas

Apresentar no final da monografia, todo o material examinado (inclusive aqueles constantes no item Material adicional examinado) em padrão semelhante ao da Flora Neotropica, relacionados por coletores (sobrenome seguido das iniciais, e separados por vírgula) e ao lado do número de coleta, o número do gênero e da espécie. Dessa forma, todo material utilizado será relacionado na monografia.

Exemplo: Heringer, E.P.: 3543 (5.2), 7904 (5.29).

Pranchas As pranchas serão organizadas segundo os gêneros. Recomenda-se ilustrar gêneros, espécies ou características ainda não ilustradas em outros trabalhos.