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Relatório Sintético do Levantamento de Auditoria/ 2005 Relatório Preliminar da Unidade Técnica ainda sem Manifestação do Ministro Relator

IDENTIFICAÇÃO DA OBRA

Caracterização da obra Processo: 10669/2005-1 Ano Orçamento: 2004 UF: PE Nome do PT: Construção da Adutora Jucazinho com 243 km de Extensão no Estado de - No Estado de Pernambuco Nº do PT: 18544051536470026 UO: Departamento Nacional de Obras Contra as Secas Tipo de Obra: Adutora Obra bloqueada na LOA deste ano: Não Importância Socioeconômica: Trata-se das obras necessárias à eletrificação de 05 (do total de 07) estações elevatórias da Linha Sul da Adutora de Jucazinho, a saber: EE 01; EE 02; EE 03; EE 04; e EE 05. A execução dessas obras compreendendo o total de 35,523 km de linhas de transmissão elétrica de 69 KV e a construção de cinco subestações de rebaixamento da tensão elétrica de 69 KV para 13,8 KV (correspondententes às cinco retrocitadas elevatórias) constituíam, à época, condição sine qua non para que a água do lago da Barragem de Jucazinho (no médio curso do Rio Capibaribe) chegasse enfim às ETA's dos municípios de , , Riacho das Almas e (este após passar sucessivamente pelas cinco elevatórias retrocitadas), além do município de Salgadinho (um dos 7 municípios atendidos pela Linha Norte da Adutora em pauta). Esse segmento da adutora, atendendo cerca de 350 mil pessoas, foi inaugurada oficialmente, em Caruaru, pelo Presidente da República em fevereiro último.

Observações: Cabe destacar que, desde junho de 2004, o segmento da Linha Sul, aqui tratado, já estava operando normalmente. Desde então, para a conclusão de toda a Linha Sul falta apenas o conjunto de obras já em andamento no eixo Ameixas (Distrito de Cumaru) ao município de Gravatá, passando pelo município de . Essas obras por sua vez, no tocante à eletrificação, compreenderão a execução de duas elevatórias, sendo que uma (EE 07) está situada à margem da rodovia BR 232 em local já servido de linha de transmissão em 69 KV e a outra (EE 06) situa-se na zona rural do município de Bezerros nas proximidades (1,3 km) de linha de transmissão em 13,8 KV (fora do padrão 69 KV atendido no Contrato objeto desta auditoria do Reforme/Fiscobras 2005). Prevê-se que até dezembro, pelo menos, fique pronto a ligação até Bezerros-PE. Vale salientar que além das sedes municipais, mais de 20 distritos e de 20 escolas rurais já estão sendo abastecidas com a água de Jucazinho.

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DADOS CADASTRAIS

Projeto Básico

Informações Gerais Sim /Não

Projeto(s) Básico(s) abrange(m) toda obra? Sim

Exige licença ambiental? Sim

Possui licença ambiental? Sim

Está sujeita ao EIA (Estudo de Impacto Ambiental)? Sim

As medidas mitigadoras estabelecidas pelo EIA estão sendo implementadas Sim tempestivamente?

Foram observadas divergências significativas entre o projeto básico/executivo e a Não construção, gerando prejuízo técnico ou financeiro ao empreendimento?

Observações: Projeto Básico nº 1 Data Elaboração: 15/09/2001 Custo da obra: R$ 8.658.940,27 Data Base: 26/04/2002 Objeto: Construção de 35,52 Km de linhas de transmissão em 69 KB e de 5 sub-estações de rebaixamento da tensão elétrica de 69 KB para 13.8 KB ao tempo, sendo uma de 5/6,25 MVA e as outras de 5/5 MVA cada. Observações: Projeto básico/executivo elaborado pela ABF Engenharia Ltda. foi aprovado pela Companhia Energética de Pernambuco - CELPE em 26/10/2001. PT: 18544051536470026 SECEX-PE

DADOS CADASTRAIS

Execução Física

Dt. Vistoria: 27/06/2005 Percentual realizado: 100

Data do Início da Obra: 09/10/2002 Data Prevista para Conclusão:

Situação na Data da Vistoria: Concluído.

Descrição da Execução Realizada até a Data da Vistoria: Contrato integralmente concluído com a energização das cinco estações elevatórias (EE 01; EE 02; EE 03; EE 04; e EE 05) das Áreas Sul e Leste do Sistema Adutor de Jucazinho.

Observações: O Contrato objetivou a construção de 35,523 km de linhas de transmissão em 69 KV e de cinco subestações de 69KV/13,8KV, para energizar as estações elevatórias EE 01; EE 02; EE03; EE 04; e EE 05 necessárias ao abastecimento de água dos municípios situados ao sul do Rio Capibaribe onde foi construída a Barragem de Jucazinho, a saber: Passira, Cumaru, Riacho das Almas e Caruaru, além do município de Salgadinho (a Nordeste). Não foram ainda emitidos os termos de recebimento provisório e definitivo.

Execução Financeira/Orçamentária Valor estimado para conclusão: R$ 0,00 Observações: A execução física relativa ao Contrato PGE número 27/2002 (ADR Engenharia Ltda. - CNPJ 00.590.777/0001-53) foi integralmente concluído em 08.07.2004 (11 ª Medição), faltando ao DNOCS pagar o saldo de R$ 35.411,88, sujeito ao reajuste anual pelos índices pactuados (Colunas 35 e 44 da Fundação Getúlio Vargas publicados na Revista Conjuntura Econômica). Obs: não cabe o preenchimento do campo referente à primeira dotação orçamentária por se tratar tão- somente de um único contrato. PT: 18544051536470026 SECEX-PE

DADOS CADASTRAIS

Contratos Principais

No. Contrato: PGE 27/2002

Objeto do Contrato: Fornecimento e montagem de 5 subestações de rebaixamento de tensão elétrica de 69 KV para 13,8 KV e execução de 35,523 m de linhas de transmissão em 69 KV para a Adutora de Jucazinho/PE.

Data da Assinatura: 08/10/2002 Mod. Licitação: CONCORRÊNCIA SIASG: 193002-27-2002 CNPJ Contratada: 00.590.777/0001-53 Razão Social: ADR Engenharia Ltda CNPJ Contratante: 00.043.711/0001-43 Razão Social: DEPARTAMENTO NACIONAL DE OBRAS CONTRA AS SECAS - MI

Situação Inicial Situação Atual

Vigência: 09/10/2002 a 09/10/2003 Vigência: 10/09/2002 a

Valor: R$ 5.738.103,22 Valor: R$ 7.316.915,95

Data-Base: 31/05/2002 Data-Base: 31/05/2002

Volume do Serviço: Não se aplica Volume do Serviço: Não se aplica

Custo Unitário: Não se aplica Custo Unitário: Não se aplica

Nº/Data Aditivo Atual: 5 02/07/2004

Situação do Contrato: Concluído.

Data da Rescisão:

Alterações do Objeto: Troca de especificações no posteamento e chaves seccionais das linhas de transmissão de 69 KV dadas as exigências dos padrões da nova concessionária estadual de eletricidade

Observações: Foram assinados 5 termos aditivos. O primeiro, de 30.12.02, alterou a forma e condições de pagamento; o segundo, de 17.04.03, estabeleceu a fórmula de reajuste pelas Colunas 44 e 35 da FGV; o terceiro prorrogou o prazo em 60 dias; o quarto concedeu 8% de desconto no reajuste do saldo; e o quinto elevou o valor em R$ 97.126,12.

______PT: 18544051536470026 SECEX-PE

DADOS CADASTRAIS

Histórico de Fiscalizações

2002 2003 2004

Obra já fiscalizada pelo TCU (no Não Não Não âmbito do Fiscobras)?

Foram observados indícios de Não Não Não irregularidades graves?

Processos correlatos (inclusive de 3871/2003-4; 3887/2003-4; 10669/2005-1; interesse) PT: 18544051536470026 SECEX-PE

INDÍCIOS DE IRREGULARIDADES APONTADOS EM FISCALIZAÇÕES ANTERIORES E AINDA NÃO SANEADOS ATÉ A DATA DE TÉRMINO DESTA FISCALIZAÇÃO Consulte a seção "DELIBERAÇÕES DO TCU" ao final deste relatório para verificar se os indícios de irregularidades já foram saneados

Não há Irregularidades PT: 18544051536470026 SECEX-PE

INDÍCIOS DE IRREGULARIDADES APONTADOS NESTA FISCALIZAÇÃO Consulte a seção "DELIBERAÇÕES DO TCU" ao final deste relatório para verificar se os indícios de irregularidades já foram saneados

IRREGULARIDADE Nº 1 OI

Classificação: OUTRAS IRREGULARIDADES Tipo: Deficiência na manutenção/controle de bens, obras e equipamentos

Área de Ocorrência: EMPREENDIMENTO

Descrição/Fundamentação: operação e manutenção das subestações elétricas e estações elevatórias sem formalização de responsável(is) técnico(s), regularmente habilitado(s) perante o CREA-PE. ______

IRREGULARIDADE Nº 2 OI

Classificação: OUTRAS IRREGULARIDADES Tipo: Deficiência quanto à documentação

Área de Ocorrência: CONTRATO No. Contrato: PGE 27/2002

Descrição/Fundamentação: Ausência do termo de recebimento provisório mesmo tendo a execução física sido concluída há um ano (junho de 2004). ______

IRREGULARIDADE Nº 3 OI

Classificação: OUTRAS IRREGULARIDADES Tipo: Deficiência quanto à documentação

Área de Ocorrência: EMPREENDIMENTO

Descrição/Fundamentação: Entrega, pelo DNOCS, da operação e manutenção do Sistema Adutor do Jucazinho (exceto a manutenção e operação da Barragem do Jucazinho) para Companhia de Saneamento de Pernambuco - COMPESA sem haver formalização de convênio para isso. ______

IRREGULARIDADE Nº 4 OI

Classificação: OUTRAS IRREGULARIDADES Tipo: Deficiência na manutenção/controle de bens, obras e equipamentos

Área de Ocorrência: EMPREENDIMENTO PT: 18544051536470026 SECEX-PE

Descrição/Fundamentação: Ausência de previsão, nas tratativas do convênio a ser celebrado entre o DNOCS e o Estado de Pernambuco/COMPESA de destinação de parte do incremento do produto da arrecadação das tarifas de água Estado de Pernambuco / Companhia de Saneamento do Estado de Pernambuco - COMPESA, no montante suficiente para a cobertura dos custos de manutenção regular (preventiva e corretiva) do maciço da Barragem de Jucazinho. ______

IRREGULARIDADE Nº 5 OI

Classificação: OUTRAS IRREGULARIDADES Tipo: Deficiência na manutenção/controle de bens, obras e equipamentos

Área de Ocorrência: EMPREENDIMENTO

Descrição/Fundamentação: Ausência de designação formal do(s) Responsável(is) Técnico(s), regularmente habilitado(s) e com ART perante o CREA-PE, pela manutenção regular (preventiva e corretiva) do maciço da Barragem de Jucazinho. ______PT: 18544051536470026 SECEX-PE

CONCLUSÃO

PARECER: Inicialmente, cabe registrar que durante o levantamento de auditoria do Contrato nº PGE 27/2002, diversas falhas na manutenção, da parte já concluída do Sistema Adutor de Jucazinho, foram detectadas pela equipe de auditoria. Tais falhas, pelo potencial de danos que poderão ocasionar, levaram a equipe de auditoria a ultrapassar o escopo do trabalho originalmente previsto e, em conseqüência, a formular proposições que vão além do contrato, objeto da auditoria efetuada.

2. As obras do Sistema Adutor de Jucazinho vêm sendo auditadas pelo TCU desde 1996 sendo que no padrão do FISCOBRAS isto vem ocorrendo desde 1997, quando ainda estava para ser concluída a Barragem de Jucazinho, situado no médio Rio Capibaribe, cerca de 120 km a montante da cidade do -PE. Essa barragem, afinal, foi concluída, em março de 1998 pela Rodoférrea Construtora de Obras Ltda. De 1997 para cá, apenas não foi auditado pelo FISCOBRAS no ano de 1988, sendo que a partir do ano 2004, o TCU vem realizando trabalhos de auditoria no padrão do FISCOBRAS II (REFORME).

3. O contrato em pauta, de número PGE 27/2002, foi licitado em 31.05.2002, cerca de um mês após o encerramento dos trabalhos FISCOBRAS 2002 referente às obras do Sistema Adutor de Jucazinho, e somente foi assinado em 08.10.2002, com as obras se iniciando no dia 09.10.2002, conforme a correspondente Ordem de Serviço.

4. O objeto desse contrato consiste no fornecimento de equipamentos e correspondente construção de 35, 523 Km de Linhas de Transmissão em 69 KV bem como a edificação de 5 subestações de rebaixamento, ao tempo, da tensão elétrica de 69 KV para 13,6 KV (tudo isso se passando na Linha Sul do Sistema Adutor de Jucazinho). As linhas de transmissão construídas no âmbito desse contrato contemplou os seguintes percursos:

4.1 Trecho LT 1 (Energia elétrica procedente de -PE): a) Trecho da SE Emergencial (Barragem Jucazinho) até a SE 1 (Jucazinho) 0,600 Km b) Trecho da SE 1 (Jucazinho) até a SE 2 (Sítio Cajueiro) 4,535 Km c) Trecho da SE 2 (Sítio Cajueiro) até a SE 3 ( Lagoa da Chã) 12,318 Km

4.2 Trecho LT 2 (Energia elétrica procedente de Caruaru-PE): d) Trecho da SE Campus da CELPE (situada em Caruaru) até a SE 5 (Sítio Serra Verde) 15, 13 Km e) Trecho da SE 5 (Sítio Serra Verde) até a SE 4 (Sítio Alto dos Moços) 2, 94 Km.

5. Conforme descrito no item 3 retro, os primeiros fatos relevantes acerca do contrato objeto deste PT: 18544051536470026 SECEX-PE levantamento de auditoria somente passaram a ser do conhecimento do TCU com o FISCOBRAS 2003. Com efeito, naquele ano, esse contrato constou da relação dos contratos secundários no TC 003.887/2003-4 referente ao levantamento de auditoria da obra de construção do Sistema Adutor de Jucazinho. Naquela ocasião, melhor dizendo no período entre 13.03.a 14.05.2003 também ocorria, pela mesma equipe do FISCOBRAS, o desenvolvimento dos trabalhos da auditoria de que trata o Processo TC nº 003.871/2003-4, relativo ao acompanhamento do cumprimento das determinações constantes da Decisão 1.070/2002 - Plenário (subitem 8.1.2).

6. O primeiro desses processos ao ser julgado em sessão plenária de 30.07.2003 (Acórdão 994 de 2003 TCU Plenário) além de ter motivado a emissão de determinações do TCU ao DNOCS, foi apensado ao segundo - até o momento ainda não julgado - que contém a indicação de irregularidades cujas razões de justificativa apresentadas pelos respectivos responsáveis foram rejeitadas pela SECEX/PE.

7. Esses dois processos, no entanto, não trazem maiores impactos para o atual estágio do Contrato nº PGE 27/2002, considerando os seguintes fatos: a) a determinação constante do subitem 9.1.1. do retrocitado Acórdão, no sentido de que o DNOCS passe a especificar, nos editais de licitação, o percentual de BDI para todos os itens a serem contratados, é posterior a licitação do contrato ora em exame que ocorreu em maio de 2002; b) assim, o 5º Termo Aditivo do contrato em exame, de 02.07.2004, apenas manteve a situação da licitação que era a do BDI comum a todos os itens tanto relativos a mero fornecimento de materiais e equipamentos como os pertinentes aos serviços e obras de Engenharia; e c) as irregularidades apontadas no processo ainda não julgado referem-se à hipótese de pagamento antecipado de parcela de 10 % do valor contratual que seria devida quando da entrega de equipamentos elétricos e eletromecânicos para as obras das subestações. Quanto ao mérito acerca das irregularidades daquela época, as circunstâncias estão todas postas e analisadas no TC nº 003.871/2003-4 após a audiência dos responsáveis. Ressalta-se, por oportuno, que, como a obra, desde fins de junho de 2004, já está com o cronograma físico completamente concluído, algumas das determinações sugeridas na instrução da SECEX/PE já não fazem mais sentido.

8. Destarte, partindo-se do pressuposto que este processo deva ser julgado antes do retrocitado TC nº 003.871/2003-4, propõe-se que seja apensado a esse último. No entanto, prevendo-se a possibilidade de haver inversão na ordem de julgamento, autua-se, nesta oportunidade, no Volume Principal, cópia dos itens 5 a 8 deste campo dos Esclarecimentos Adicionais do FISCOBRAS II (REFORME).

9. Cabe ainda destacar que o custo total nominal, até agora, de implantação do Sistema Adutor de Jucazinho, é de aproximadamente R$ 150.000.000,00, sendo que o Contrato em pauta (no valor de R$ 7.316.915,95) representa, assim, cerca de 3,5 % desse total gasto, faltando o restante das obras para ligação com os municípios pernambucanos de Bezerros e Gravatá. Vale salientar também que, conforme contatos que ocorreram entre a Secretaria de Infra-Estrutura do Estado de Pernambuco e o DNOCS, a adutora entre esses dois municípios já conduziria água tratada para Gravatá a partir da ETA de Bezerros.

10. Em relação aos termos aditivos ocorridos neste contrato destaca-se que, no Processo TC nº 003.887/2003-4 (FISCOBRAS 2003), consta, ao tratar dos contratos secundários, dados relativos ao PT: 18544051536470026 SECEX-PE

Primeiro e Segundo Termo Aditivo do contrato em exame, os quais são agora reproduzidos:

10.1. (ABRE ASPAS) O 1º TA (PGE 60/02), de 30.12.02, procedeu à alteração da "Cláusula Oitava - Da forma e condições de pagamento" para compatibilizar a redação do Contrato com o que foi especificado no Edital, estabelecendo que o pagamento dos serviços contratados ficavam desdobrados em dois segmentos, ou seja: os fornecimentos de equipamentos, materiais e serviços eletromecânicos devem ser medidos com a aplicação dos percentuais estabelecidos no Edital (10%; 30% 40% e 20%, de acordo com a seqüência de eventos ocorridos: aprovação de projeto, ensaio e embarque dos bens, etc.), enquanto que os serviços de execução de obras civis complementares devem ser medidos por serviços efetivamente executados. No curso da Auditoria de Acompanhamento (Fiscalis nº 196/2003), realizada concorrentemente com este Levantamento, foi constatada que houve, quando da 1ª medição do Contrato, a medição da parcela de 10%, a título de "aprovação de projeto pelo Contratante", para itens que não estariam sujeitos a tal aprovação, a exemplo de ferragens, postes, cabos, etc. Da análise da ocorrência, concluiu-se que tal medição era indevida, resultando proposta de audiência dos responsáveis. Do Relatório da referida Auditoria já consta proposta de audiência dos responsáveis pela medida, razão pela qual essa ocorrência está sendo simplesmente incluída como indício de irregularidade neste Levantamento, sem haver proposta de encaminhamento correspondente. (FECHA ASPAS)

10.2. (ABRE ASPAS) No 2º TA (PGE 11/03), assinado em 17.04.03, foi retificada a Cláusula Nona, tendo sido definida a fórmula de reajuste com indicação das "colunas da Fundação Getúlio Vargas" a serem utilizadas nos cálculos, a saber: "Coluna 44 - Rede de energia elétrica e sinalização ferroviária", e "Coluna 35 - Edificações para as obras civis". Conforme foi observado na mesma referida Auditoria de Acompanhamento, tal alteração não explicitou a correlação entre os índices de reajuste dessas "colunas da FGV" e cada um dos itens contratados, exigida nos subitem 8.1.4 da Decisão 1.070/2002 - Plenário. Não será proposta nenhuma medida quanto a essa ocorrência neste Levantamento, uma vez que, no Relatório da referida fiscalização, já existe proposta de audiência do responsável quanto ao atraso no cumprimento da determinação, bem como nova determinação para que seja feita a definição precisa dos critérios de reajuste. (FECHA ASPAS)

11. Neste ponto, cabe relembrar que o TCU ainda não julgou o Processo da Auditoria de Acompanhamento do cumprimento das determinações constantes da Decisão 1.070/2002 - Plenário, Fiscalis nº 196/2003, no caso o TC nº 003.871/2003-4 (item 8 retro).

12. Após o FISCOBRAS 2003, o contrato ora examinado, ainda teve um termo de ajuste e mais três termos Aditivos, os quais, trataram dos seguintes aspectos:

12.1 O Termo de Ajuste, publicado no D.O.U., de 04/08/2003, reflete a tentativa dos novos titulares do Ministério da Integração Nacional e do DNOCS de obter uma redução nos preços das obras públicas. Por esse termo, a obra pertinente ao Contrato nº PGE 27/2002 seria concluída até 31 de dezembro de 2003, ou seja, no prazo de 6 meses, desde que o DNOCS honrasse o cronograma de desembolso previsto no item 2 (Atualização Financeira) do ajuste, o qual previa pagamentos concentrados (84%) nos três primeiros meses (a partir de julho/2003). Tal cronograma financeiro, entretanto, não foi cumprido pelo DNOCS.

12.2. O Terceiro Termo Aditivo, assinado em 31/03/2004, teve como objeto tão-somente a prorrogação do prazo contratual por mais 60 (sessenta) dias contados a partir da ciência da Ordem de Reinício dos Serviços, os quais encontravam-se com Ordem de Suspensão desde 23/12/2003. PT: 18544051536470026 SECEX-PE

12.3. O Quarto Termo Aditivo, de 30/06/2004, decorreu do malogro do ajuste do valor do saldo contratual retrocitado. Por esse instrumento o reajuste seria aplicado como pactuado no Segundo Termo Aditivo com a ADR Engenharia Ltda., concedendo desconto de 8% sobre o valor total do reajuste.

12.3.1 Saliente-se que o fato de o DNOCS não ter conseguido honrar o ajuste retrocitado representou uma perda de economicidade na execução financeira do contrato com a ADR Engenharia Ltda. já que o valor do reajuste de R$ 863.000,00 que seria pago pelo DNOCS a essa empresa na última etapa dos trabalhos (próximo ao final de 2003), transformou-se em R$ 1.419.972,47 em abril de 2004 já que o reajuste voltou a ser calculado pela variação dos índices das Colunas 35 e 44 da FGV desde maio de 2002 (data da Concorrência realizada pelo DNOCS).

12.4. Por fim, o Quinto Termo Aditivo, de 02.07.2004, tratou do cotejamento de quantitativos de acréscimos e decréscimos cujo resultado líquido é o aumento de R$ 97.126,12 no valor final do contrato, aumento este do qual resulta o valor ainda não pago pelo DNOCS de R$ 35.411,88 até hoje.

13. Por outro lado, cabe ainda se tecer algumas considerações a respeito da transferência para o Estado de Pernambuco da operação e manutenção do Sistema Adutor de Jucazinho que foi determinada pelo Tribunal no subitem 9.1.1 do Acórdão 1086 de 2004 Plenário (TC nº 004.979/2004-0) nos seguintes termos:

(ABRE ASPAS) 9.1.1. adote providências, no prazo de 90 dias, para que seja formalizada a passagem da operação à Compesa dos trechos já em funcionamento da Adutora de Jucazinho e, sucessivamente, dos demais, à medida que forem sendo concluídos, estabelecendo as responsabilidades de cada uma das instituições quanto à conservação e manutenção daquele patrimônio, inclusive quanto a providências de ordem ambiental; (FECHA ASPAS)

13.1 Inicialmente, desperta atenção, em uma primeira análise, se a CELPE, privatizada pelo Estado de Pernambuco no dia 17 de fevereiro de 2000, teria tão-somente os bônus de aumentar o seu faturamento, vendendo energia elétrica para o seu principal cliente a Companhia Pernambucana de Saneamento - COMPESA sem que haja remuneração dos investimentos feitos pela União por meio do DNOCS. Na realidade, a composição da tarifa de energia elétrica compreende: a) a remuneração do capital investido; b) a depreciação das linhas de transmissão (contabilmente em 20 anos, podendo na prática ultrapassar em muito esse prazo); e c) a operação e manutenção das linhas de transmissão e distribuição de energia elétrica.

13.2. No caso do Sistema Adutor de Jucazinho, a tarifa cobrada pela CELPE é a mais baixa possível já que ela remunera apenas o fornecimento da energia elétrica e a manutenção das linhas construídas pelo DNOCS. Não há, portanto, nessas condições, bônus para a CELPE que não seja o do faturamento normal pelo fornecimento da energia elétrica. Conforme contatos telefônicos mantidos com a ANEEL em Brasília- PT: 18544051536470026 SECEX-PE

DF, a matéria em pauta está regulamentada nas Resoluções ANEEL nºs 281/99; 371/99; e 715/2001.

13.3 Nessas condições, tem-se que o grande favorecido em termos comerciais é mesmo a COMPESA que, além de ter recebido a custo zero os investimentos federais, irá pagar a tarifa de energia elétrica mais baixa possível e que, desde junho de 2004, vem aumentando sobremodo o número de ligações domiciliares de água tratada atendendo, finalmente, a uma expressiva demanda até então reprimida. Se de um lado grande parte desse aumento de ligações domiciliares vem ocorrendo nas áreas periféricas de Caruaru-PE, onde normalmente se concentra os segmentos populacionais mais carentes, por outro, ao atingir a zona urbana de Gravatá, cidade serrana de expressiva população flutuante, repleta de modernos condomínios (casas, em geral, com piscinas) e hotéis de luxo e, ainda, com forte especulação imobiliária, a COMPESA fatalmente terá expressivo resultado econômico-financeiro.

13.4 Assim, entende-se que, nada mais justo, a COMPESA faça a retroalimentação do Sistema Adutor do Jucazinho o que implica em arcar, entre outros ônus, com as despesas necessárias e suficientes para manutenção (preventiva e corretiva) do maciço da barragem de Jucazinho, desonerando o DNOCS que, por sua vez, já tem outras 37 barragens de grande porte, distribuídas no Estado de Pernambuco, a totalidade das quais dependem unicamente do DNOCS na sua preservação. A propósito, recorda-se que o Tribunal por meio do Acórdão nº 1200/2004 Plenário (subitem 9.1.1), de 18.08.2004 (DOU de 26.08.2004) determinou ao DNOCS que realizasse, no prazo de 12 meses, a recuperação das estruturas civil (maciço) e mecânica (válvulas, comportas etc.) dos açudes sob seu domínio no Estado de Pernambuco, elaborando uma programação permanente de manutenção dada a grave situação constatada por inspeção de técnicos da própria autarquia nos referidos açudes que põe em risco o patrimônio público e a segurança das pessoas.

13.5. Posto isto, entende-se que o Tribunal deva recomendar ao DNOCS que o convênio a ser firmado entre o DNOCS e o Estado de Pernambuco/ COMPESA atribua o ônus financeiro pela cobertura dos custos pertinentes à manutenção (preventiva e corretiva) do maciço da Barragem de Jucazinho ao segundo, considerando ainda que a Barragem de Jucazinho integra, também, o sistema de contenção de enchentes das cidades situadas no baixo e médio Rio Capibaribe (inclui Recife e sua região metropolitana) juntamente com as três barragens federais construídas no início dos anos 70 pelo extinto DNOS (Barragens do Tapacurá, Goitá e ) e que vem sendo geridas, no âmbito do Convênio nº 293/97 celebrado entre o Ministério da Integração Nacional e o Estado de Pernambuco, por uma comissão envolvendo, entre outros partícipes, a Defesa Civil do Estado de Pernambuco, a COMPESA e o DNOCS no papel de assessoramento técnico.

14. Nessas condições, em resumo, cabe destacar os pontos mais relevantes encontrados por esta auditoria em relação ao Contrato nº PGE 27/2002, alguns dos quais ensejam a proposição de determinações do Tribunal visando ao saneamento de falhas ou irregularidades detectadas, além daqueles já relacionados no processo de interesse ainda não julgado TC nº 003.871/2003-4:

14.1. Execução física completamente realizada;

14.2. Execução financeira praticamente concluída restando ao DNOCS efetuar o pagamento do retrocitado valor de R$ 35.411,88 (sujeito à atualização monetária após o transcurso de doze meses do último reajuste contratual); PT: 18544051536470026 SECEX-PE

14.3. Obra em pleno funcionamento com a CELPE procedendo a energização, em definitivo, às 5h e 30 min do dia 10.06.2004 (conforme fax procedente dessa empresa);

14.4. Ausência de Termos de Recebimento Provisório e Definitivo.

14.5. O contrato encontra-se submetido à vigência de Ordem de Suspensão, emitida em 30.08.2004, restando um prazo residual de execução.

14.6. Equipamentos e instalações em plena utilização pela COMPESA desde a retrocitada energização sem indicação de responsável(is) técnico(s) legalmente habilitado(s) e com ART¿s no CREA-PE, incumbidos das suas operações e manutenções;

14.7. Ausência de formalização do convênio entre DNOCS e o Estado de Pernambuco/COMPESA (ainda em tratativas para sua celebração)

14,8. Falta de indicação de responsável(is) técnico(s) legalmente habilitado(s) e com ART¿s no CREA- PE encarregado da manutenção (preventiva e corretiva) do maciço da Barragem

14.9 Falta de previsão de destinação de parte do produto da arrecadação das tarifas de água a ser obtido pelo Estado de Pernambuco / Companhia de Saneamento do Estado de Pernambuco - COMPESA, no montante suficiente para a cobertura dos custos de manutenção regular (preventiva e corretiva) do maciço da Barragem de Jucazinho; e

14.10 Pendência, decorrente da privatização da CELPE, do reforço da energização da Estação Elevatória EE 03, a partir de uma linha de transmissão procedente da subestação da CELPE na cidade de Gravatá, a fim de permitir o atendimento da vazão efetivamente projetada para toda a Linha Sul do Sistema Adutor de Jucazinho.

______PT: 18544051536470026 SECEX-PE

PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO

PROPOSTA DO SECRETÁRIO Determinação a Órgão/Entidade: DEPARTAMENTO NACIONAL DE OBRAS CONTRA AS SECAS - MI: inclua no âmbito do convênio cujo objeto é a operação e manutenção do Sistema Adutor, ora em tratativas com o Governo do Estado de Pernambuco/ Companhia Pernambucana de Saneamento -COMPESA: a) a previsão de designação formal do (s) Responsável(is) Técnico(s), regularmente habilitado(s) e com ART's perante o CREA-PE, pela manutenção e operação regular do Sistema Adutor de Jucazinho, incluindo as suas estações elevatórias, subestações elétricas, equipamentos e componentes mecânicos, elétricos e eletromecânicos, sendo tal designação formalmente atualizada com os devidos registros e anotações no CREA-PE sempre que houver substituição(ões) do(s) profissional (is) envolvidos; e

b) as cláusulas pertinentes à destinação de parte do produto da arrecadação das tarifas de água a ser obtido pelo Estado de Pernambuco / COMPESA, no montante suficiente para a cobertura dos custos de manutenção regular (preventiva e corretiva) do maciço da Barragem de Jucazinho, considerando que essa atribuição ficará a cargo do DNOCS.

PRAZO PARA CUMPRIMENTO: ********* ______Determinação a Órgão/Entidade: DEPARTAMENTO NACIONAL DE OBRAS CONTRA AS SECAS - MI: envie a este Tribunal (SECEX/PE), tão logo sejam formalizados, os seguintes documentos: a) cópia do termo do convênio acima referido com as alterações decorrentes das determinações feitas nestes autos pelo Tribunal; e b) cópia do Termo de Recebimento Provisório e, na seqüência, do Termo de Recebimento Definitivo das obras e serviços realizados pela ADR Engenharia Ltda. PRAZO PARA CUMPRIMENTO: ********* ______Determinação de Providências Internas ao TCU: Secretaria-Geral das Sessões: cópia da decisão, acompanhada do Relatório e Voto que a fundamentarem à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional, esclarecendo que não foram identificadas irregularidades relacionadas ao Contrato nº PGE 27/2002, além daquelas identificadas no Processo TC nº 003.871/2003-4 em tramitação nesta Corte, e que o seu objeto já foi completamente alcançado desde junho de 2004. NÚMERO DE DIAS PARA ATENDIMENTO: 0 ______Determinação de Providências Internas ao TCU: Secretaria-Geral das Sessões: juntar os presentes autos ao Processo TC nº 003.871/2003-4, ainda em tramitação neste Tribunal NÚMERO DE DIAS PARA ATENDIMENTO: 0 ______PT: 18544051536470026 SECEX-PE

Determinação a Órgão/Entidade: DEPARTAMENTO NACIONAL DE OBRAS CONTRA AS SECAS - MI: abstenha-se, doravante, de transferir para outrem, para operação e manutenção, as máquinas, equipamentos e outros bens patrimoniais resultantes das obras e serviços de Engenharia sem que haja formalização de convênio ou contrato para essa finalidade. PRAZO PARA CUMPRIMENTO: ********* ______Determinação a Órgão/Entidade: DEPARTAMENTO NACIONAL DE OBRAS CONTRA AS SECAS - MI: Designe formalmente o(s) Responsável(is) Técnico(s), regularmente habilitado(s) e com ART's perante o CREA-PE, incumbidos da manutenção regular (preventiva e corretiva) do maciço da Barragem de Jucazinho.

PRAZO PARA CUMPRIMENTO: ********* ______PT: 18544051536470026 SECEX-PE

DELIBERAÇÕES DO TCU

PROCESSO DE INTERESSE (DELIBERAÇÕES ATÉ A DATA DE INÍCIO DA AUDITORIA) Processo: 3871/2003-4Deliberação: Data: 23/07/2003

Processo: 3887/2003-4Deliberação: AC-994-/2003-PLData: 30/07/2003

Processo: 3887/2003-4Deliberação: AC-1.482-/2003-PLData: 08/10/2003

PROCESSO DE INTERESSE (DELIBERAÇÕES APÓS A DATA DE INÍCIO DA AUDITORIA) Não há deliberação até a emissão desse relatório. PT: 18544051536470026 SECEX-PE

Fotografias

1 - 27/06/2005 - Final do Trecho LT 1 da Linha de Transmissão em 69 KV (com 17,453 km e procedente de Surubim-PE) e subestação de rebaixamento para 13,8 KV na EE 03.

2 - 27/06/2005 - Subestação de rebaixamento de tensão elétrica de 69 KV para 13,8 KV da Elevatória EE 03, similar as outras quatro correspondentes às elevatórias EE 01; EE 02; EE 04 ; e EE 05.

PT: 18544051536470026 SECEX-PE

3 - 27/06/2005 - Reservatório da Elevatória EE 03 (à direita) e, à esquerda, a respectiva subestação de 69 KV para 13,8 KV (uma das cinco executadas pela firma ADR Engenharia Ltda).

4 - 27/06/2005 - Eletrificação em 220 V da Elevatória EE 04 exceto para os motores Weg acoplados às bombas KSB que operam diretamente em 13,8 KV.

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5 - 27/06/2005 - Equipamentos eletromecânicos de controle e comando das motobombas (WEG e KSB) instalados na EE 04 no âmbito do Contrato PGE nº 03/2002 firmado com a firma SPIC

6 - 27/06/2005 - ETA de Petropólis em Caruaru -PE, observando-se a mistura de águas mais túrbidas (pelas chuvas) da Adutora do Rio Prata (primeiro plano) com as de Jucazinho, ao fundo.

PT: 18544051536470026 SECEX-PE

7 - 27/06/2005 - Operador único (plantão de 24 horas) da Elevatória EE 05, terceirizado da Companhia de Saneamento de Pernambuco - COMPESA e o meio de comunicação utilizado (rádio transceptor).

8 - 27/06/2005 - Chegada da Linha de Transmissão em 69 KV na Elevatória EE 05 (Trecho LT 2 do contrato da ADR Engenharia Ltda., procedente do município de Caruaru com 18,07 km até a EE 04).