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Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica de Corupá

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PLANO MUNICIPAL DE CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA DE CORUPÁ/SC. Corupá/SC, 2019. REALIZAÇÃO Associação dos Municípios do Vale do Itapocu – AMVALI Juliana Pereira Horongoso Demarchi - Secretária Executiva

RESPONSÁVEL TÉCNICA Bruna Talita Borgmann – Engenheira Florestal

SUPERVISÃO/COLABORAÇÃO TÉCNICA Karine Rosilene Holler – Engenheira Florestal

PREFEITURA MUNICIPAL DE CORUPÁ João Carlos Gottardi – Prefeito Arno Celso Neuber – Vice-Prefeito Secretaria de Desenvolvimento Econômico Cristiano Felipe Hack – Secretário de Desenvolvimento Econômico Ana Carolina Gabriel – Chefe de Meio Ambiente – Gestora Ambiental Luiz Martins Gonçalves Neto – Biólogo Vanessa Winter Forest – Fiscal Ambiental/Eng. Agrônoma Thayane Gomes Melin – Chefe de Meio Ambiente/Bióloga

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Sumário 1. APRESENTAÇÃO ...... 6

1.1. BASE LEGAL PLANO MUNICIPAL DE CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA ... 6

1.1.1. LEI Nº 11.428, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2006 ...... 6

1.1.2. LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012 (CÓDIGO FLORESTAL) ...... 6

1.1.3. DECRETO Nº 8.972, DE 23 DE JANEIRO DE 2017 ...... 7

1.2. PLANO MUNICIPAL DE CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA DE CORUPÁ ... 8

1.2.1. IMPORTÂNCIA ...... 8

1.2.2. METODOLOGIA UTILIZADA NA ELABORAÇÃO ...... 9 Elaboração do Diagnóstico ...... 15

1.2.3. ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DO VALE DO ITAPOCU ...... 15

1.2.4. ATORES ESTRATÉGICO ...... 16

2. MUNICÍPIO DE CORUPÁ ...... 18

2.1. LOCALIZAÇÃO ...... 18

2.2. BREVE HISTÓRIA ...... 19

3. ASPECTOS FÍSICOS RELEVANTES ...... 20

3.1. CLIMA ...... 20

3.1.1. VISÃO GERAL ...... 21

3.1.2. DISTRIBUIÇÃO DAS CHUVAS E UMIDADE ...... 21

3.1.3. TEMPERATURAS ...... 21

3.2. RELEVO E GEOLOGIA ...... 22

3.3. HIDROGRAFIA ...... 24

3.3.1. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ITAPOCU ...... 24

3.3.2. ABASTECIMENTO DE ÁGUA ...... 26

3.4. LEVANTAMENTO DE VEGETAÇÃO E DE FAUNA, INDICADORES DE BIODIVERSIDADE E FITOFISIONOMIAS ...... 28

3.4.1 MATA ATLÂNTICA ORIGINAL ...... 28

3.4.2 LEVANTAMENTO DA FLORA ...... 31

3.5. FAUNA ...... 43

3.5.1. AVES ...... 43 ______

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3.5.2. INSETOS...... 44

3.5.3. ANFÍBIOS E RÉPTEIS ...... 44

3.5.4. MAMÍFEROS ...... 45

3.6. ÁREAS DE RISCO E FRAGILIDADE AMBIENTAL ...... 45

4. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL ...... 47

4.1. REMANESCENTES DE VEGETAÇÃO NATIVA...... 47

4.2. ÁREAS PROTEGIDAS URBANAS E RURAIS ...... 51

4.2.1. RESERVAS LEGAIS ...... 52

4.2.2. RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL EMILIO BATTISTELLA ...... 53

4.2.3. PARQUE NATURAL BRAÇO ESQUERDO ...... 55

4.2.4. OUTRAS ÁREAS PROTEGIDAS ...... 55

4.3. ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTES ...... 56

4.3.1. ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DO RIO HUMBOLDT ...... 57

4.3.2. ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DO RIO ANO BOM ...... 57

4.3.3. ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DO RIO NOVO ...... 57

4.4. ATRATIVOS NATURAIS, HISTÓRICO-CULTURAIS, TURISMO ECOLÓGICO ...... 57

4.5. ATIVIDADES ECONÔMICAS ...... 58

4.6. LEVANTAMENTO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ...... 59

4.7. SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS ...... 60

4.8. CORREDORES ECOLÓGICOS ...... 62

5. VETORES DE DESMATAMENTO OU DESTRUIÇÃO DA VEGETAÇÃO NATIVA ...... 66

5.1. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ...... 66

5.2. ÁREAS DEGRADADAS ...... 68

5.3. TERRAS PÚBLICAS ...... 71

5.4. NÚCLEOS URBANOS, DISTRITOS, LOCALIDADES ...... 74

5.5. EXPANSÃO URBANA/IMOBILIÁRIA E DAS ATIVIDADES AGROSSILVIPASTORIS/CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO/MUDANÇAS CLIMÁTICAS ...... 75

5.6. OCUPAÇÕES IRREGULARES ...... 78

5.7. TENDÊNCIAS DE CRESCIMENTO POPULACIONAL ...... 78

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5.8. INFRAESTRUTURA EXISTENTE E PREVISTA PARA GERAÇÃO DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA: LINHAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA, HIDRELÉTRICAS/PEQUENAS CENTRAIS ...... 79

5.9. TRANSPORTE: RODOVIAS, FERROVIAS ...... 81

5.10. INFRAESTRUTURA DE SANEAMENTO: ADUTORAS DE ÁGUA, ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUA, ATERROS SANITÁRIOS, ROTAS E VIAS DE ACESSO AOS ATERROS, LIXÕES IRREGULARES ...... 85

5.11. EXTRAÇÃO VEGETAL, INCLUINDO MADEIRA, COLETA DE FRUTOS E PARTES DE PLANTAS .... 87

5.12. CAÇA E CAPTURA DE ANIMAIS; PESCA ...... 92

5.13. ATIVIDADES MINERÁRIAS: EXTRAÇÃO DE MINÉRIOS, INCLUINDO AREIA ...... 94

6.1. LEGISLAÇÃO DE INTERESSE AMBIENTAL ...... 98

6.2. RECURSOS FINANCEIROS E FONTE DE FINANCIAMENTO EXISTENTES E POTENCIAIS ...... 103

6.3. PESSOAL DISPONÍVEL E NECESSÁRIO ...... 103

6.4. INFRAESTRUTURA E EQUIPAMENTOS DISPONÍVEIS E NECESSÁRIOS ...... 104

6.5. SERVIÇOS EXTERNOS ATUAIS E DESEJÁVEIS ...... 105 7. OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO PMMA...... 105 8. ÁREAS PRIORITÁRIAS...... 117 9. AÇÕES PRIORITÁRIAS ...... 128 10. OFICINA COM OS ATORES SOCIAIS ESTRATÉGICOS ...... 132

10.1 SUGESTÃO DE CORREDORES ECOLÓGICOS PÓS OFICINA PARTICIPATIVA; ...... 144 11. REFERÊNCIAS ...... 149

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1. APRESENTAÇÃO

1.1. BASE LEGAL PLANO MUNICIPAL DE CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DA MATA

ATLÂNTICA

1.1.1. LEI Nº 11.428, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2006 A Lei nº 11.428/2006 estabelece as diretrizes para a conservação, a proteção, a regeneração e a utilização do Bioma Mata Atlântica. A lei institui em seu artigo 36 o Fundo de Restauração do Bioma Mata Atlântica e determina, em seu artigo 38, que os recursos devem ser destinados ao financiamento de projetos que envolvam a conservação de remanescentes de vegetação nativa, a pesquisa científica ou a restauração de áreas a serem implantados em municípios que possuam um plano municipal de conservação e recuperação da Mata Atlântica que tenha sido devidamente aprovado pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente (artigo 38). Normas posteriores à Lei nº 11.428/2006 também estabelecem dispositivos destinados à preservação da vegetação.

1.1.2. LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012 (CÓDIGO FLORESTAL) Em 2012 foi sancionada a Lei nº 12.651, conhecida simplesmente como Código Florestal, que estabelece normas gerais relativas à proteção da vegetação, às áreas de Preservação Permanente 1 e às áreas de Reserva Legal 2. O Código Florestal é uma lei para proteger a vegetação nativa brasileira e promover o desenvolvimento sustentável em território nacional.

1 Áreas de Preservação Permanente são áreas protegidas pelo Código Florestal, como faixas mínimas a serem mantidas nas margens dos cursos d’água, nascentes, topos de morros, encostas e restingas. O conceito legal relaciona estas áreas, independente da cobertura vegetal, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, paisagem, biodiversidade, o fluxo gênico tanto de fauna quanto da flora, a proteção do solo e a função de assegurar o bem-estar das populações humanas. 2 Áreas de Reserva Legal são áreas com cobertura de vegetação nativa, que devem ser protegidas, conforme o Código Florestal, em todo imóvel rural. Sua função é assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais, auxiliando a conservação da biodiversidade e recuperação dos processos ecológicos. ______

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A lei também dispõe sobre a exploração florestal, o suprimento de matéria-prima florestal, o controle da origem dos produtos florestais e o controle e prevenção dos incêndios florestais e prevê instrumentos econômicos e financeiros para o alcance de seus objetivos. No que se refere especificamente à conservação, à proteção, à regeneração e à utilização da vegetação, o Código Florestal trouxe importantes inovações.

1.1.3. DECRETO Nº 8.972, DE 23 DE JANEIRO DE 2017 Em 2017, o Decreto nº 8.972, observando o disposto no Código Florestal, instituiu a Política Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Proveg), cujos objetivos estão definidos no artigo 2º do decreto:  articular, integrar e promover políticas, programas e ações indutoras da recuperação de florestas e demais formas de vegetação nativa; e  impulsionar a regularização ambiental das propriedades rurais brasileiras de acordo com o previsto no Código Florestal. O decreto prevê que a Política Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa deve ser implantada pelo Governo Federal em regime de cooperação com os governos estaduais e do Distrito Federal e com os governos municipais, assim com organizações da sociedade civil (artigo 2º, parágrafo único). A implantação da Política Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa tem como diretrizes, segundo o artigo 4º do decreto:  promover a adaptação à mudança do clima e a mitigação de seus efeitos;  prevenir a ocorrência de desastres naturais;  proteger os recursos hídricos e conservar os solos;  incentivar a conservação e a recuperação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos;

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 incentivar a recuperação de áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal e de áreas de Uso Restrito 3; e  estimular a recuperação de vegetação nativa com aproveitamento econômico e com benefício social.

1.2. PLANO MUNICIPAL DE CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA DE

CORUPÁ

1.2.1. IMPORTÂNCIA A elaboração do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica de Corupá tem dois grandes objetivos. De um lado, existe a necessidade do município promover a adequação de suas normas, políticas e ações na área ambiental aos dispositivos legais relacionadas à conservação e à recuperação da Mata Atlântica. De outro lado, promover a conservação e a recuperação da Mata Atlântica é fundamental quando se consideram diversos indicadores que apontam para a emergência de um quadro de deficiência no abastecimento de água na região. A importância da Mata Atlântica na manutenção dos processos ecológicos e serviços ecossistêmicos, é que está tem capacidade de controlar o clima, regular o fluxo dos mananciais hídricos, assegurar a fertilidade do solo, proteger encostas das serras, referente à erosão, abrigar belíssimas paisagens, considerando que a proteção se faz necessária ao desenvolvimento do ecoturismo. E ainda, reduzir desconfortos causados pelas altas temperaturas e também eventos causados pela mudança climática, como enchentes, e abrigar grande diversidade de fauna e flora.

3 Áreas de Uso Restrito são áreas nas quais sua utilização sofre restrições, porém que não são consideradas Áreas de Preservação Permanente. O Código Florestal reconhece duas categorias de Áreas de Uso Restrito, sendo pantanais e planícies pantaneiras e áreas com inclinação entre 25° e 45°. São áreas sensíveis cuja exploração requer a adoção de boas práticas agropecuárias e florestais. ______

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1.2.2. METODOLOGIA UTILIZADA NA ELABORAÇÃO

Figura 1. Fluxograma do Processo de Elaboração do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica

ELABORAÇÃO DO PLANO

MOBILIZAÇÃO LEVANTAMENTO DE MAPEAMENTO DADOS

Consulta Pública DIAGNÓSTICO

Objetivos Específicos Áreas e Ações

Prioritárias

MINUTA DO PMMA

Oficinas participativas APROVAÇÃO DO

PLANO PELO COMDEMA

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Para a realização do planejamento, referente à mobilização, as estratégias e técnicas buscam a adesão para a elaboração do Plano, assim como o comprometimento com a sua implementação e seus resultados quanto à conservação e recuperação da Mata Atlântica. Esta mobilização é progressiva e transversal a todas as etapas, com isso, primeiramente foi realizada a consulta pública e depois de concluídos os diagnósticos, realizada a oficina participativa. A oficina participativa, com os atores estratégicos, devem utilizar vários métodos participativos com o intuito de aonde se quer chegar com o PMMA, assim como propor como alcançar os objetivos. Para a elaboração do Plano, se faz necessário o levantamento de informações norteadoras básicas, dentro dos conhecimentos do grupo de trabalho. Levantamento de informações vetoriais foram realizadas para subsidiar toda a parte de mapeamento e posteriormente os diagnósticos das situais atuais. Sendo assim, o mapeamento foi realizado confrontando dados obtidos do levantamento e a conferencia destes, com a situação atual dos aspectos abordados. As análises para o diagnóstico foram realizadas sobre a ortofoto do município de, sendo está oriunda do aerolevantamento da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável – SDS, realizado no ano de 2012. Todas as camadas vetoriais elaboradas neste Plano foram conferidas e corrigidas, quando necessário. Considerando que a ortofoto é de 2012, para o levantamento de remanescentes florestais, foi realizada uma segunda conferência, sendo esta no Google Earth 2018. Quanto aos objetivos específicos, estes devem condizer com o cruzamento da situação atual da Mata Atlântica (incluindo os desafios e oportunidades para sua conservação e recuperação), planos e programas existentes (assim como Normas e Leis), demandas da sociedade e as vocações do município. Uma das etapas de mobilização do plano foi à realização do concurso de desenho “Como você vê a Mata Atlântica”. A aluna Tainá Cristine dos Santos, da turma do 5º ano da Escola M.E.F. Aluísio Carvalho de Oliveira, assim como, a aluna Ariany Fossile, Fabio Berti Correa, Rakelli Riboli e Vitor Bianchini tiveram seus desenhos escolhidos como os mais representativos, referente à Mata Atlântica. Abaixo, estão presentes os desenhos escolhidos. ______

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IMAGEM 1. Desenhos Escolhido

Elaboração: Tainá Cristine dos Santos

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IMAGEM 2. Desenhos Escolhido 2

Elaboração: Ariany Fossile

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IMAGEM 3. Desenhos Escolhido 3

Elaboração: Fabio Berti Correa

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IMAGEM 4. Desenhos Escolhido 4

Elaboração: Rakelli Riboli

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IMAGEM 5. Desenhos Escolhido 5

Elaboração: Vitor Bianchini

Elaboração do Diagnóstico Para a elaboração do diagnóstico, foram utilizados dados vetoriais oriundos da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Sustentável de , da SOS Mata Atlântica, da Associação dos municípios do Vale do Itapocu, entre outros. Os mapeamentos foram realizados sobre ortofoto, do ano de 2012, do aerolevantamento da SDS, e conferidos no Google Earth 2018.

1.2.3. ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DO VALE DO ITAPOCU A AMVALI foi criada em 29 de junho de 1979, e tem por objetivo a integração econômica e social dos municípios integrantes, sendo estes, o município de , ______

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Guaramirim, Jaraguá do Sul, Massaranduba, São João do Itaperiú, Schroeder, além do município de Corupá. Baseada em planejamento estratégico, esta associação de municípios atua através de projetos e programas, sendo uma entidade de direito privado e sem fins econômicos, com personalidade jurídica própria.

1.2.4. ATORES ESTRATÉGICO Se faz necessária à mobilização ao longo da implementação do plano. O grupo incentivador inicial deste atua como mobilizador dos diversos setores do poder público municipal, assim como do Conselho Municipal de Meio Ambiente. Este grupo de trabalho deve ainda, mobilizar mais atores e a sociedade como um todo e garantir a efetiva elaboração e implementação dos Planos Municipais da Mata Atlântica, multiplicando conhecimentos a seu município. No quadro abaixo estão listados os atores estratégicos de Corupá.

Quadro 1. Atores estratégicos do município

ATORES ESTRATÉGICOS POR SETOR Poder Público

Gabinete do Prefeito Diretoria de Comunicação Social

Diretoria de Desenvolvimento Secretaria de Econômico Desenvolvimento Prefeitura Municipal Econômico de Corupá Chefia de Meio Ambiente

Secretaria de Diretoria de Planejamento e Administração e Engenharia Fazenda

Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer

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Câmara de Vereadores

Instituto de Meio Ambiente – IMA

Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de SC – EPAGRI

Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina - CIDASC

Águas de Corupá

Consórcio Intermunicipal Quiriri

1º Pelotão da 2ª Companhia do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA)

Setor Produtivo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Corupá - STR

Cooperativa da Agricultura Familiar Rio Novo

Associação Empresarial de Corupá – ACIAC

Organizações da Sociedade Civil

Associação dos Produtores de Plantas Ornamentais de Corupá – PROPLANT

Associação dos Bananicultores de Corupá – ASBANCO

RPPN Emílio Fiorentino Battistella

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2. MUNICÍPIO DE CORUPÁ

2.1. LOCALIZAÇÃO O município de Corupá localiza-se na região norte do Estado de Santa Catarina. Possui 405 km² de superfície territorial, latitude (sul) 26°25’31” e longitude (oeste) 49°14’35”, a 75 metros de altitude.

Mapa 1. Localização de Corupá

Elaboração: AMVALI

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2.2. BREVE HISTÓRIA 4 Em 1849 foi criada a Sociedade Colonizadora Hamburguesa, mais tarde substituída pela Companhia Hanseática de Colonização, denominada Hansa Humboldt, que tinha um contrato com o governo de Santa Catarina para colonizar o Estado. Em 1895 a Companhia Hanseática, adquiriu por compra mais de 635.000 hectares de terra, dos quais 35.000 ficavam no alto Vale do Rio Itapocu. As terras, aos quais se deu o nome de Hansa Humboldt em homenagem ao naturalista alemão Alexander von Humboldt e à própria Companhia Hanseática de Colonização, deveriam ser colonizadas num prazo de vinte anos por imigrantes europeus. Em 7 de julho de 1897, Otto Hillbrecht e seu filho Otto Hillbrecht Filho compraram os primeiros lotes vendidos pela campanhia, os lotes números 06 e 07. Esta data tornou-se a data de fundação oficial de Hansa Humboldt. A comunidade estava integrada à administração de São Francisco do Sul, à qual se ligavam , Jaraguá do Sul e todas circunvizinhanças. Com a criação do distrito de Joinville, Hansa Humboldt foi anexada à administração de Joinville via Jaraguá do Sul. Posteriormente criou-se o distrito de Jaraguá do Sul e, em 11 de maio de 1908, foi criado o distrito de Hansa Humboldt. Em 31 de dezembro de 1943, o Decreto-Lei Estadual nº 941, assinado pelo governador Nereu Ramos, mudou o nome de Hansa Humboldt para Corupá, mudança que entrou em vigor já em 1º de janeiro do ano seguinte. O município de Corupá foi criado em 21 de junho de 1958 pelo Decreto-Lei Estadual nº 348 de 21/06/1958, tendo sua instalação ocorrida em 25 de julho do mesmo ano.

4 Esta breve história de Corupá baseia-se em material disponível no site da Prefeitura do Município, (https://www.corupa.sc.gov.br/cms/pagina/ver/codMapaItem/28283). ______

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Foto 1. Corupá nos anos de 1920

3. ASPECTOS FÍSICOS RELEVANTES

3.1. CLIMA O Estudo de Impactos de Mudança do Clima na Mata Atlântica da base ao planejamento de medidas de adaptação baseadas em ecossistemas, assim como, em políticas públicas e em instrumentos de planejamento e ordenamento territorial. Essas modelagens de impactos biofísicos potenciais do clima são obtidas a partir de variáveis climáticas por modelos climáticos regionais. A partir das variáveis climáticas e dos extremos climáticos simulados por estes modelos, para diferentes cenários de emissão de gases de efeito estufa tem a capacidade de analisar os impactos potenciais à inundação, erosão hídrica, deslizamento, disponibilidade de água no solo, zoneamento agroclimático, entre outros.

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3.1.1. VISÃO GERAL O clima na região é denominado temperado chuvoso de ambiente úmido, com quatro estações do ano bem definidas, sendo os verões quentes e os invernos rigorosos. Isso ocorre devido às elevadas altitudes e à proximidade com a Serra do Mar.

3.1.2. DISTRIBUIÇÃO DAS CHUVAS E UMIDADE A distribuição das chuvas é considerada uniforme em toda a bacia hidrográfica, concentrando-se entre dezembro e março, no verão. O outono e o inverno, entre os meses de abril a agosto, são geralmente secos. Em 2008 ocorreram as maiores chuvas já registradas nos históricos da região, e no ano seguinte, ainda ocorreram problemas decorrentes da precipitação, em Santa Catarina. As grandes chuvas foram expressivas e provocaram escorregamentos, enxurradas áreas inundadas, nas proximidades de rios e ribeirões, demandando diversas intervenções da defesa civil do município. A precipitação média anual é de 2.200mm. A umidade relativa do ar média é de aproximadamente 85%.

3.1.3. TEMPERATURAS O município de Corupá encontra-se em áreas de elevadas altitudes localizadas nas cabeceiras da bacia hidrográfica do rio Itapocu. Na estação quente, entre dezembro e abril, a temperatura média diária é de 28 °C, sendo temperatura máxima média de 30 °C e mínima média de 21 °C. Enquanto que, na estação fresca, entre maio e agosto, a temperatura máxima diária em média fica abaixo de 23 °C. O inverno apresenta média entre 13 °C e 21 °C (SPARK, 2019). Nos dias mais gélidos do inverno a mínima pode se aproximar de 0°C. A temperatura mais alta já registrada foi de 39,6°C em janeiro de 1995, e a mais baixa foi de -4°C em julho de 1975. Acontecem poucas geadas por anos e estas não ocorrem com tanta intensidade. Entretanto, são suficientemente fortes para destruir bananas, cuja cultura gera grande parte da renda da cidade.

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Quadro 2. Médias anuais de temperatura

Médias climáticas Máximas (°C) Mínimas (°C) Janeiro 30 21 Abril 28 19 Maio 23 14 Julho 21 13 Dezembro 28 20

Elaboração: AMVALI

Gráfico 1. Médias anuais de temperatura, conforme quadro 1.

Elaboração: AMVALI

3.2. RELEVO E GEOLOGIA No município de Corupá o relevo é montanhoso. Como nos demais municípios da bacia hidrográfica é comum a ocorrência de deslizamentos de maciços terrosos devido ao fato do substrato ser formado por diferentes litologias como granito, gnaisses, riolito, complexo

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granito-gnáissico e leuco-granito, entre outros. Observa-se também a ocorrência de rochas sedimentares de várias formações como conglomerados, arenitos, argilitos e folhelhos. Mais de 80% da área da Bacia do Itapocu é composta por duas categorias de rochas, incluindo o complexo Luíz Alves e recentes coberturas sedimentares. Sedimentos oriundos provavelmente do próprio Craton Luíz Alves é composto, em sua maioria, por Gnaisses Pré-cambrianos de alto grau. Nessa região a geologia é composta por formações geológicas diversas, originárias da intrusão da Suíte Serra do Mar (ALBUQUERQUE JUNIOR et al., 2018). Pode-se considerar que o relevo tem influenciado na conservação da Mata Atlântica, tendo em vista que, em áreas de maior altitude, a vegetação nativa encontra-se mais preservada.

Foto 2. Morro do Boi

Autoria: Karine Holler

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Foto 3. Região Montanhosa de Corupá e a produção de banana

Autoria: Karine R. Holler

3.3. HIDROGRAFIA

3.3.1. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ITAPOCU O município de Corupá está localizado na Bacia Hidrográfica do Rio Itapocu, e este tem relevante importância, pois todo o seu território corresponde a grande parte do manancial da bacia do Itapocu.

Mapa 2. Bacia do Itapocu e rios de Corupá

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Elaboração: AMVALI

O principal rio da bacia hidrográfica, o rio Itapocu, tem sua formação no município de Corupá pela junção dos rios Humboldt e rio Novo. Sua foz está localizada no município de Barra Velha. Corupá, juntamente com os demais municípios da bacia hidrográfica do rio Itapocu, drenam e armazenam as águas em uma área de 2.930 km² do território Nordeste do Estado de Santa Catarina (HOLLER; OLIVEIRA; PEITRUKA, 2017).

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Foto 4. Formação do rio Itapocu em Corupá

Autoria: Karine R. Holler

3.3.2. ABASTECIMENTO DE ÁGUA No município de Corupá o sistema de água tem como manancial principal o Rio Ano Bom, um dos principais afluentes do rio Itapocu. A captação de água do rio Ano Bom é distribuída para o município, com vazão de 24,0 L/s. A captação de água bruta ocorre através de duas formas, por gravidade e por recalque. Por gravidade, a água é captada por uma barragem de nível em concreto ciclópico, com função de elevar o nível da água possibilitando a captação. Já por recalque, localizada no Rio Ano Bom, é realizada a captação direta do rio com bombeamento. Esta foi executada em 2009, com o intuito de auxiliar na vazão nos dias de maior consumo ou na ocorrência de problemas quanto à rede de abastecimento.

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Referente à população total atendida com abastecimento de água, até o ano de 2015, foram registrados 12.642, no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS, onde 84,70 % da população possui atendimento Água.

Mapa 3. Localização dos pontos de captação de água.

Elaboração: AMVALI

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3.4. LEVANTAMENTO DE VEGETAÇÃO E DE FAUNA, INDICADORES DE BIODIVERSIDADE E

FITOFISIONOMIAS

3.4.1 MATA ATLÂNTICA ORIGINAL A Mata Atlântica, no Brasil, originalmente envolvia cerca de 1.300.000 km², distribuídas por 17 estados, sendo eles, além de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí.

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Foto 5. Remanescentes da Mata Atlântica antes de 1500

Elaboração do Livro: Animais da Mata Atlântica: Patrimônio Natural do Brasil.

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A Mata Atlântica é dividida em cinco regiões fitoecológicas, sendo elas: Campos Naturais, Floresta Estacional Decidual, Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Mista e Vegetação Litorânea. Segundo Vibrans (2013), a região fitoecológica da Floresta Ombrófila Densa, da Mata Atlântica, cobria originalmente uma área de aproximadamente 29.282,00 km². Esta área correspondia a 31% da superfície do Estado de Santa Catarina. Anteriormente essa floresta era conhecida como Floresta Pluvial Tropical, por se destacar pelas elevadas temperaturas e alto índice de precipitação distribuídos de uma boa forma por todo o ano, ocorrendo períodos de seca. A Floresta Ombrófila Densa está dividida em cinco principais tipos:  Aluvial, com presença de mata ciliar;  Densa das Terras Baixas, mais costeiras;  Submontana, de solo seco;  Montana mais uniforme; e  Altomontana com mata nebular.

Foto 6. Perfil esquemático da floresta Ombrófila Densa

Elaboração: Manual Técnico em Geociências: Manual Técnico de Uso da terra – IBGE.

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3.4.2 LEVANTAMENTO DA FLORA No município de Corupá são encontradas a Floresta Ombrófila Densa Submontana (até 500 metros de altitude) e a Floresta Ombrófila Densa Montana (entre 500 e 1.500 metros de altitude), sendo esta distinguida nas suas formações como sendo Montana Climácica (referente ao clímax climático) e Montana Edáfico (referente ao clímax edáfico).

Na Floresta Montana Edáfica e na Floresta Montana Climática destacam-se duas espécies raras para esta tipologia, sendo o Balfourodendron riedelianum (pau-marfim) e o Cordia trichotoma (louro-pardo). Ambas as espécies são típicas de Floresta Estacional Decidual do Rio Uruguai, formando populações isoladas no município de Corupá. As espécies mais comumente encontradas no município estão descritas no quadro 3 (Langa et al., 2013).

Quadro 3. Lista de espécies que ocorrem no município

Nome popular Espécie Encontrada em: Nativa da Nativa N de Região do Aparições Brasil Acácia Vachellia sp. Bomplandt, Vila Não Sim 2 Izabel Açoita-Cavalo Luehea divacarita Seminário, Ano Não Sim 2 Bom Alecrim-do-Campo Baccharis Pedra de Amolar Não Sim 1 dracunculifolia Aleluia Senna multijuga Ano Bom, Pedra Sim Sim 3 de Amolar Angelim-do-Campo Andira anthelmina Seminário, Ano Não Sim 4 Bom, Pedra de Amolar Angelim-do-Mato Andira fraxinifolia Itapocu, Vila Não Sim 4 Izabel, Rio Novo

Angelim-Pedra Hymenolobium Rio Novo, Não Sim 3 petraeum Itapocu, Seminário Angico-Vermelho Parapiptadenia rigida Seminário Sim Sim 1

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Nome popular Espécie Encontrada em: Nativa da Nativa N de Região do Aparições Brasil Araçá Psidium cattleianum Seminário, Pedra Sim Sim 2 de Amolar

Araçá-do-Mato Psidium longipetiolatum Ano Bom, Itapocu, Sim Sim 4 Bomplandt,Vila Izabel Araribá-rosa Centrolobium Rio Novo, Ano Não Sim 4 tomentosum Bom, Bomplandt

Araribá-amarelo Centrolobium robustum Poço D'Anta, Não SIm 9 Itapocu, Vila Izabel, Rio Novo, Caminho Pequeno, Ano Bom Araucária Araucaria angustifolia Bomplandt Sim Sim 1

Aroeira Schinus terebinthifolia Seminário Sim Sim 2

Bacupari Garcinia gardneriana Vila Izabel, Sim Sim 3 Seminário Baga-de-Macaco Posoqueria acutifolia Vila Izabel, Pedra Sim Sim 5 de Amolar, Rio Novo Baga-de-Morcego Trichilia pallens Ano Bom Sim Sim 2 Baga-de-Sabiá Acnistus arborescens Bomplandt Sim Sim 1

Baguaçu Magnolia ovata Pedra de Amolar Sim Sim 1 Bicuíba Virola bicuhyba Vila Izabel, Sim Sim 9 Itapocu, Pedra de Amolar, Rio Novo

Brinco-de-Mulata Heisteria silvianii Seminário Sim Sim 1

Buganville Bougainvillea glabra Vila Izabel Sim Sim 1 Cabreúva Myroxylon peruiferum Itapocu, Pedra de Sim Sim 5 Amolar, Rio Novo, Caminho Pequeno

Café-de-Bugre Cordia ecalyculata Seminário Não Sim 1

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Nome popular Espécie Encontrada em: Nativa da Nativa N de Região do Aparições Brasil Café do Mato Casearia sylvestris Seminário, Ano Sim Sim 29 Bom, Caminho Pequeno, Rio Novo, Vila Izabel, Pedra de Amolar, Centro, Poço D'Anta, Itapocu Cambará-branco Vernonia polysphaera Rio Novo 1

Camboatá Branco Matayba intermedia Seminário Sim Sim 1 Camboatã Matayba eleagnoides Ano Bom, Rio Sim Sim 10 Novo, Pedra de Amolar, Itapocu

Canafístula Peltophorum dulbium Seminário, Não Sim 3 Itapocu, Rio Novo Canela Amarela Nectandra lanceolata Ano Bom, Sim Sim 6 Caminho Pequeno, Rio Novo, Itapocu Canela Branca Nectandra Itapocu, Sim Sim 25 membranaceae Bomplandt, Pedra de Amolar, Rio Novo, Caminho Pequeno, Vila Izabel, Poço D'Anta Canela Nectandra oppositifolia Caminho Sim Sim 7 Pequeno, Pedra de Amolar, Rio Novo, Ano Bom, Vila Izabel, Poço D'Anta Canela Lageana Ocotea pulchella Seminário Sim Sim 1

Canela Pimenta Cryptocaria Seminário, Rio Sim Sim 6 archesoniana Novo, Ano Bom

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Nome popular Espécie Encontrada em: Nativa da Nativa N de Região do Aparições Brasil Canela Sebo Ocotea puberula Vila Izabel, Ano Sim Sim 16 Bom, Bomplandt, Caminho Pequeno, Rio Novo, Seminário, Itapocu Canela-Vassoura Cinnamomum Pedra de Amolar Não Sim 1 stenophyllum Nectandra Ano Bom, Sim Sim 7 megapotamica Caminho Pequeno, Bomplandt, Centro, Rio Novo Canelinha-do-Mato Croton zehntneri Vila Izabel Sim Sim 1 Canema Solanum pseudoquina Seminário, Vila Sim Sim 6 Izabel, Itapocu, Rio Novo Canjerana Cabralea canjerana Vila Izabel, Ano Sim Sim 23 Bom, Itapocu, Bomplandt, Rio Novo, Seminário, Centro, Caminho Pequeno Capororoca Rapanea ferruginea Vila Izabel, Sim Sim 19 Seminário, Ano Bom, Pedra de Amolar, Itapocu, Bomplandt, Rio Novo, Caminho Pequeno Capororoca Rapanea umbellata Itapocu, Vila Sim Sim 3 Vermelha Izabel, Pedra de Amolar Caquizeiro-da-Mata Diospyros hispida Ano Bom, Sim SIm 11 Itapocu, Caminho Pequeno, Vila Izabel, Poço D'Anta, Rio Novo, Bomplandt Carrapatinho Myrrhinium Rio Novo Sim Sim 1 artropurpureum

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Nome popular Espécie Encontrada em: Nativa da Nativa N de Região do Aparições Brasil Carne-de-Vaca Psychotria Ano Bom Sim Sim 1 cartagenensis Caujuja Clethra scabra Pedra de Amolar Sim Sim 1 Caroba Jacaranda micrantha Ano Bom, Vila Sim Sim 11 Izabel, Rio Novo, Bomplandt, Pedra de Amolar, Seminário Carobinha Jacaranda puberula Itapocu, Ano Bom Sim Sim 2 Casca-de-Anta Psychotria laciniata Itapocu, Rio Novo Não Sim 2 Casca-Dura Hirtella hebeclada Ano Bom Sim Sim 1

Catiguá-Morcego Guarea macrophylla Itapocu, Poço Sim Sim 14 D'Anta, Rio Novo, Vila Izabel, Pedra de Amolar, Seminário Catuteiro-branco Cordia sellowiana Centro Sim Sim 1

Cedrilho Erisma uncinatum Seminário Não Sim 1 Cedro Cedrela fissilis Bomplandt, Vila Sim Sim 15 Izabel, Itapocu, Rio novo, Caminho Pequeno, Ano Bom Chal-Chal Allophylus edulis Vila Izabel, Sim Sim 7 Itapocu, Pedra de Amolar, Rio Novo

Champaca Magnolia champaca Ano Bom, Não Não 8 Bomplandt, Itapocu, Vila Izabel, Rio Novo Cincho Sorocea bonplandii Poço D'Anta, Rio Sim Sim 6 Novo, Itapocu, Vila Izabel Clusia Clusia criuva Itapocu, Pedra de Não Sim 2 Amolar Copiúva Taipira guianensis Ano Bom, Poço Sim Sim 2 D'Anta

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Nome popular Espécie Encontrada em: Nativa da Nativa N de Região do Aparições Brasil Coração-de-Bugre Maytenus robusta Rio Novo Sim Sim 1 Cortiça Annona neoseriacea Ano Bom, Sim Sim 21 Itapocu, Caminho Pequeno, Poço D'Anta, Rio Novo, Bomplandt, Pedra de Amolar, Seminário Embaúba Cecropia glaziovii Vila Izabel, Ano Sim Sim 22 Bom, Seminário, Bomplandt, Pedra de Amolar, Caminho Pequeno, Rio Novo, Itapocu Embiruçú Pseudobombax Caminho Pequeno Não Sim 1 grandiflorum Erva-de-Soldado Hedyosmum brasiliensis Pedra de Amolar Sim Sim 1

Espinheira Piptadenia viridiflora Ano Bom Não Sim 1 Estopeira Cariniana estrellensis Seminário, Ano Sim Sim 4 Bom,Poço D'Anta Farinha Seca Licania octandra Vila Izabel, Ano Não Sim 15 Bom, Rio Novo, Bomplandt, Itapocu, Pedra de Amolar, Centro, Caminho Pequeno Farinha Seca Albizia niopoides Caminho Não Sim 6 Pequeno, Vila Izabel, Poço D'Anta, Rio Novo, Ano Bom

Farinha Seca Machaerium stiptatum Ano Bom, Itapocu Sim Sim 2

Figueira-do-Brejo Ficus insipida Itapocu, Rio Não Sim 4 Novo, Pedra de Amolar Figueira-vermífuga Ficus adhatodifolia Rio Novo, Sim Sim 2 Seminário ______

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Nome popular Espécie Encontrada em: Nativa da Nativa N de Região do Aparições Brasil Fumo-Bravo Solanum mauritianum Caminho Sim Sim 5 Pequeno, Rio Novo, Itapocu, Ano Bom Gabiroba Campomanesia Vila Izabel, Ano Sim Sim 5 xanthocarpa Bom, Rio Novo Gaioleira Aegiphila sellowiana Pedra de Amolar Não Sim 1

Goiabeira Psidium guajava Vila Izabel, Ano Sim Sim 9 Bom, Bomplandt, Rio Novo, Pedra de Amolar, Seminário Grandiúva Trema micrantha Vila Izabel, Ano Sim Sim 14 Bom, Seminário, Rio Novo, Pedra de Amolar, Itapocu Grandiúva D'Anta Psychotria nuda Itapocu Sim Sim 1 Grumixama Eugenia brasiliensis Ano Bom, Itapocu, Sim Sim 4 Caminho Pequeno Guacá Pachystroma Seminário Sim Sim 1 longifolium Guacá-Leite Pouteria venosa Ano Bom, Vila Sim Sim 13 Izabel, Pedra de Amolar, Rio Novo, Bomplandt, Itapocu Guamirim Myrcia guianensis Ano Bom Sim Sim 2 Guamirim Eugenia glazioviana Centro, Vila Izabel, Sim Sim 15 Ano Bom, Itapocu, Rio Novo, Seminário, Caminho Pequeno Guamirim Folha- Myrcia rostrata Pedra de Amolar Sim Sim 1 Miúda Guarapuruna Marlierea tomentosa Seminário Sim Sim 1 Guarapuvu Schizolobium parahyba Vila Izabel, Ano Sim Sim 8 Bom, Seminário, Itapocu, Rio Novo

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Nome popular Espécie Encontrada em: Nativa da Nativa N de Região do Aparições Brasil Guaxumbé Machaerium nyctitans Rio Novo Sim Sim 1

Ingá Inga vera Ano Bom, Rio Sim Sim 3 Novo Ingá-Cipó Inga stricta Seminário Sim Sim 1 Ingá-Feijão Inga marginata Seminário, Vila Sim Sim 18 Izabel, Rio Novo, Ano Bom, Bomplandt, Caminho Pequeno, Pedra de Amolar, Itapocu Ingá-Ferradura Inga sessilis Seminário, Rio Sim Sim 3 Novo Ipê-Amarelo Handroanthus Seminário, Rio Sim Sim 4 crysotrichus Novo Jacarandá Platymiscium Seminário, Rio Sim Sim 3 floribundum Novo Jacatirão Miconia cinerascens Pedra de Amolar, Sim Sim 2 Caminho Pequeno Jacatirão-Açu Miconia cinammofolia Seminário, Sim Sim 14 Itapocu, Poço D'Anta, Rio Novo, Pedra de Amolar, Centro Jasmim-Pipoca Galipea jasminiflora Ano Bom Sim Sim 2

Jasmim-Cata-Vento Tabernaemontana Rio Novo, Sim Sim 4 catharinensis Bomplandt, Pedra de Amolar Jerivá Syagrus romannzoffiana Ano Bom, Pedra Sim Sim 4 de Amolar, Seminário Laranjeira-do-Mato Sloanea guianensis Seminário, Centro, Sim Sim 3 Ano Bom Tabernaemontana Ano Bom, Pedra Não Sim 5 Leiteiro hystrix de Amolar, Seminário

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Nome popular Espécie Encontrada em: Nativa da Nativa N de Região do Aparições Brasil Licurana Hyeronima Vila Izabel, Sim Sim 36 alchorneoides Seminário, Ano Bom, Itapocu, Bomplandt, Itapocu, Poço D'Anta, Rio Novo, Pedra de Amolar, Caminho Pequeno, Centro Limoeiro-do-Mato Seguieria langsdorffii Seminário, Ano Sim Sim 5 Bom, Caminho Pequeno, Itapocu

Macuqueiro Bathysa australis Itapocu, Poço Sim Sim 6 D'Anta, Rio Novo, Seminário Mamica de Porca Zanthoxylum rhoifolium Vila Izabel, Sim Sim 13 Seminário, Ano Bom, Poço D'Anta, Rio Novo, Pedra de Amolar, Caminho Pequeno Manacá-da-Serra Tibouchina mutabilis Itapocu, Pedra de Sim Sim 3 Amolar Mandioqueiro Schefflera morototoni Bomplandt, Rio Sim Sim 5 Novo, Vila Izabel, Seminário, Pedra de Amolar Maria-Mole Guapira opposita Seminário, Poço Sim Sim 14 D'Anta, Rio Novo, Bomplandt, Itapocu, Pedra de Amolar, Caminho Pequeno, Ano Bom Maria-Mole Dendropanax cuneatus Rio Novo Sim Sim 1

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Nome popular Espécie Encontrada em: Nativa da Nativa N de Região do Aparições Brasil Mata-Pau Ficus americana Rio Novo Não Sim 1

Mático Piper aduncum Pedra de Amolar Sim Sim 1

Miguel Pintado Cupania vernalis Vila Izabel, Ano Sim Sim 19 Bom, Itapocu, Caminho Pequeno, Poço D'Anta, Seminário, Rio Novo, Centro Palmeira Jussara Euterpe edulis Seminário, Ano Sim Sim 12 Bom, Itapocu, Centro, Rio Novo, Vila Izabel, Caminho Pequeno

Pariparoba Piper arboreum Pedra de Amolar Sim Sim 1

Pata-de-Vaca Bauhinia forficata Seminário, Ano Sim Sim 19 Bom, Caminho Pequeno, Vila Izabel, Rio Novo, Bomplandt, Pedra de Amolar, Itapocu Pau-de-Anta Drymis brasiliensis Ano Bom, Poço Sim Sim 3 D'Anta, Rio Novo

Pau-Ferro Caesalpinia ferrea Rio Novo Não Sim 1 Pau-de-Sangue Pterocarpus violaceus Seminário Sim Sim 2

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Nome popular Espécie Encontrada em: Nativa da Nativa N de Região do Aparições Brasil Pau-Gambá Abarema langsdorffi Rio Novo, Sim Sim 8 Bomplandt, Itapocu, Ano Bom Pau-Jacaré Piptadenia Vila Izabel, Ano Sim Sim 23 gonoacantha Bom, Seminário, Bomplandt, Itapocu, Rio Novo, Pedra de Amolar, Caminho Pequeno Pau-Macuco Licania kunthiana Rio Novo, Vila Não Sim 2 Izabel Pau-Óleo Copaifera trapezifolia Itapocu Sim Sim 1

Pequiá Aspidosperma Seminário, Itapocu Sim Sim 2 ramiflorum

Peroba Aspidosperma Rio novo, Centro Não Sim 2 polyneuron

Pimenteira Mollinedia schottiana Rio Novo Sim Sim 1

Pimenteira-da-folha- Mollinedia triflora Seminário Sim Sim 1 miúda Pimenteira-do-Mato Piper gaudichaudianum Vila Izabel, Sim SIm 13 Bomplandt, Caminho Pequeno, Rio Novo, Bomplandt

Pindabuna Duguetia lanceolata Ano Bom, Sim Sim 4 Seminário, Centro, Rio Novo Pindaíba Xylopia brasiliensis Seminário, Sim Sim 8 Itapocu, Poço D'Anta, Pedra de Amolar Pitangueira Eugenia uniflora Ano Bom Sim SIm 1 Pitiá Aspidosperma Centro, Rio Novo, Não Sim 3 spruceanum Ano Bom

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Nome popular Espécie Encontrada em: Nativa da Nativa N de Região do Aparições Brasil Pixirica Tibouchina pulchra Vila Izabel, Não Sim 10 Seminário, Itapocu, Caminho Pequeno, Bomplandt, Rio Novo, Pedra de Amolar Pixiricão Miconia cabuçu Itapocu, Poço SIm Sim 7 D'Anta, Pedra de Amolar, Rio Novo, Seminário Quaresmeira Tibouchina granulosa Pedra de Amolar, Não Sim 3 Itapocu, Seminário Quaresmeira-do- Tibouchina trichopoda Pedra de Amolar Não Sim 1 Brejo Rabo-de-Bugio Lonchocarpus Ano Bom Não Sim 1 muehlbergianus

Sabugueiro Sambucus nigra Seminário Não Não 1

Seca-Ligeiro Pera glabrata Seminário, Ano SIm Sim 15 Bom, Itapocu, Poço D'Anta, Rio Novo, Pedra de Amolar, Caminho Pequeno Sucará Xylosma citiafolia Ano Bom Sim Sim 1 Socorujuva Colubrina glandulosa Ano Bom, Pedra Sim Sim 2 de Amolar Tajuva Maclura tinctoria Bomplandt, Rio Sim Sim 4 Novo, Vila Izabel Tanheiro Alchornea triplinervia Vila Izabel, Sim Sim 27 Seminário, Ano Bom, Itapocu, Poço D'Anta, Rio novo, Bomplandt, Pedra de Amolar, Caminho Pequeno, Centro

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Nome popular Espécie Encontrada em: Nativa da Nativa N de Região do Aparições Brasil Timbó Ateleia glazioviana Pedra de Amolar, Sim Sim 4 Rio Novo, Vila Izabel, Caminho Pequeno Tucaneiro Cytharexylum Vila Izabel, Ano Sim Sim 24 myrianthum Bom, Caminho Pequeno, Poço D'Anta, Rio Novo, Bomplandt, Itapocu, Pedra de Amolar, Seminário Urtigão Urera baccifera Rio Novo Sim Sim 1 Vassourão Bastardiopsis densiflora Seminário, Não Sim 2 Bomplandt Vassourão Branco Piptocarpha Seminário Não Sim 2 angustifolia Vassourão Preto Vernonia discolor Seminário, Ano Não Sim 7 Bom, Rio Novo, Centro Vassourinha Scoparia dulcis Bomplandt, Pedra Sim Sim 3 de Amolar, Vila Izabel Véu-de-Noiva Rudgea jasminoides Seminário Não Sim 1

Xaxim Cyathea phalerata Pedra de Amolar, Sim Sim 4 Rio Novo, Seminário Elaboração: Chefia de Meio Ambiente a partir de dados de projetos de supressão de vegetação entre 2013 e 2017.

3.5. FAUNA

3.5.1. AVES Do total das espécies de aves registradas na bacia hidrográfica do rio Itapocu, 30% apresentam caráter endêmico do bioma Mata Atlântica, estando distribuídas em 13 famílias. 3,4%, representados por 10 espécies, são exóticas. Quanto ao hábito migratório das espécies

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registradas para a bacia, 12,9% são migratórias, ou seja, voam para outras regiões, e dentro destas, três encontram-se vulneráveis, sendo elas: Sporophila frontalis Verreaux, 1869 (pixoxó), Sporophila falcirostris Temminck, 1820 (papa-capim), ambas sendo aves Passeriformes, de origem Neotropical, família Thraupidae, que apresentam dimorfismo sexual e são consideradas alvo de caçadores. E Procnias nudicollis (Vieillot, 1817), popularmente conhecida como araponga, é uma espécie monotípica, que se alimenta de frutas e insetos, de comportamento bastante social no grupo e moradia acima do dossel (FARIAS; FARIAS, 2016).

3.5.2. INSETOS Quanto à entomofauna, para os municípios da bacia do Itapocu, no geral, registrou-se um total de sete ordens distribuídas em 33 famílias e apenas 28 espécies. Dentre elas, ocorrência da ordem Diptera, de importância epidemiológica para esta área, sendo Anopheles evansae, gênero considerado transmissor da malária, Culicoides paraenses e Haenagogus tropicalis (Cerqueira e Antunes, 1938).

3.5.3. ANFÍBIOS E RÉPTEIS Da lista de herpetofauna, foram listadas 52 espécies de anfíbios Anuros, no geral da bacia, distribuídas em 12 famílias, tendo maior número de representantes a família Hylidae (23 espécies), seguida de Leptodactylidae (8 espécies), Bufonidae (7 espécies) e Brachycephalidae, Cycloramphidae, hylodidae e Odontophrynidae representadas por duas espécies de cada. Existem ainda espécies das famílias Centrolenidae, Ceratophrydae, Craugastoridae, Hemiphractidae e Microhylidae, com uma espécie cada (FARIAS; FARIAS, 2016). Registros de 31 espécies de répteis nas localidades da bacia do Itapocu, sendo 30 espécies da ordem Squamata (cobras e lagartos) e uma de ordem Testudine (tartarugas, cágados e jabutis). A maior família é a Colubridae, com vinte especies registradas, Gymnophthalmidae, com três espécies, entre outras (FARIAS; FARIAS, 2016).

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3.5.4. MAMÍFEROS Foram registradas 139 espécies de mamíferos distribuídas em 12 ordens e 32 famílias. A ordem de mamíferos Chiroptera representou 35,9 % do total registrado, no total de 5 famílias. Já a ordem Rodentia representou 20,1 % do total, com 8 famílias, destacando Cricetidae. 9 % desses mamíferos encontram-se na categoria vulnerável. Assim como a espécie Tapirus terrestres Linnaeus, a anta, caracterizada por utilizar uma variedade de ambientes, desde florestas de galeria a florestas tropicais de baixas elevações e áreas sazonalmente inundáveis. Para o município de Corupá, foi registrada a espécie Lutra platensis (Waterhouse, 1838), sendo essa, quase ameaçada, mamífero aquático-terrestre. De caráter endêmico encontram-se sete espécies distribuídas nas ordens Primates e Rondetia. 97,8 %, das espécies registradas são nativas e apenas três são exóticas, sendo Lepus europaus pallas, 1778, Mazama rufina Pucheran, 1851 e Sus scrofa Linnaeus, 1758 (javali) (FARIAS; FARIAS, 2016).

3.6. ÁREAS DE RISCO E FRAGILIDADE AMBIENTAL Albuquerque Junior et al. (2016) aborda os índices e mapeamentos das fragilidades relacionadas as áreas em função de seus diferentes graus de fragilidade. Referente à fragilidade potencial, sendo esta caracterizada pela fragilidade natural que um ambiente está submetido e considerando os aspectos naturais, obtida por meio da analise integrada sobre informações físicas relativas à geomorfologia, pedologia, erodibilidade e a pluviosidade, os resultados apontam, referente à fragilidade potencial no município de Corupá, que 189,27 km² da área da sub bacia do rio Novo é presentada como sendo Alta, ou seja, 57,09 % da área total da sub bacia. Na sequência, a segunda maior classe é representada como sendo Muito Alta, com 87,57 km² da área da sub bacia do rio Novo, equivalente a 26,42 % da área da mesma. E no caso da sub bacia do rio Vermelho, a área de fragilidade potencial Alta corresponde a 178,3 km², correspondendo 54,96 % de área total da sub bacia. E segunda maior classe de fragilidade representada por Muito Alta, sendo 105,27 km², ou seja, 32,45 % da área da sub bacia. No mapa abaixo, é possível observar as classes de fragilidade potencial. Estas estão divididas em sub bacias, portanto, as sub bacias Rio Novo e Rio Vermelho, de interesse ______

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para o município de Corupá, destacam-se pelas cores vermelha e laranja, que representam como maiores classes, a fragilidade potencial muito alta e alta.

Mapa 4. Fragilidade Potencial da Bacia do Itapocu

Elaboração: Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Itapocu

Considera-se fragilidade potencial muito alta terreno montanhoso com declividade > 45 %, solos do tipo areias Quartzosas Marinhas, Glei Pouco Humico, Solos Litólicos e Solos Orgânicos, aquíferos altamente vulneráveis e com riscos de contaminação por esgotos, adubos, pesticidas, florestas em estágio médio ou avançado e/ou primárias, solo exposto, áreas de mineração e mangues. A classe de fragilidade potencialmente alta é representada por terreno forte ondulado entre 30 a 45 % de declividade, solo do tipo Cambissolo e Podzólico Vermelho-Amarelo, aquíferos altamente vulneráveis e risco de ______

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contaminação por esgotos, cobertura vegetal do solo com agricultura e corpos d’agua, e taxa de urbanização de 60 a 80 %.

4. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL

4.1. REMANESCENTES DE VEGETAÇÃO NATIVA São considerados remanescentes de vegetação, as áreas com vegetação nativa em estágio primário ou secundário avançado de regeneração. São áreas que não sofreram degradação completa pela atividade humana ou desastres ambientais, ou seja, é a vegetação restante, o que sobrou após o desmatamento, o que resta de mata preservada. O mapeamento dos remanescentes florestais, do município de Corupá, foi realizado com base no levantamento de Informações do Atlas dos Remanescentes Florestais (Fundação SOS Mata Atlântica, 2018), confrontando este, com a ortofoto oriunda do aerolevantamento realizado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável de Santa Catarina (SDS, 2012). Fez-se necessário a verificação e correções dos dados, utilizando o Google Earth 2018, visto que as ortofotos são do ano de 2012. O levantamento de remanescentes florestais da SOS Mata Atlântica adotou a escala 1:50.000, com imagens de satélite, do senso OLI/LANDSAT 8, selecionadas no segundo semestre de 2016. A técnica de interpretação visual, das imagens disponíveis em formato digital, foi utilizada, sendo visualizadas em imagens de alta resolução do Google Earth, e imagens TM/Landsat 5 de 2009, 2010, 2011 e 2012 e OLI/LANDSAT 8 de 2013, 2014 e 2015. A área mínima de fragmentos florestais, a serem definidas, foi de 3 hectares. A legenda adotada pela SOS Mata Atlântica, para os fragmentos florestais, é Mata (ATLÂNTICA, 2017). Os dados do levantamento do Atlas apresentaram diferenças referente às áreas dos fragmentos florestais, portanto, foram corrigidas as diferenças de cada fragmento e consideradas áreas novas de mata, observadas no Google Earth. Enquanto o levantamento do Atlas apresenta 20.180,93 hectares de Mata Atlântica no município de Corupá, distribuídos em 34 fragmentos, o levantamento do plano sobre ortofoto apresenta 24.168,52 hectares, distribuindo-se em 108 fragmentos. Com isso,

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60% do município são compostos por remanescentes florestais da Mata Atlântica, visto que o município de Corupá possui uma área total de 40.279 hectares. Dentre os 20.180,93 hectares de Mata Atlântica do Atlas, 538,97 hectares foram identificados como sendo outras culturas, entre elas, reflorestamento, bananicultura, rizicultura, pastagem, ou área urbanizada. Se espera deste levantamento, que os fragmentos apresentem maiores áreas, não necessariamente maiores quantidades, visto que pequenos fragmentos isolados por outras culturas (uso do solo) não facilitam na implementação de corredores ecológicos, sendo este, uma das soluções de interação da fauna e flora, entre fragmentos florestais isolados. Entre os 108 fragmentos, o maior mapeado, apresenta área de 18.277,16 hectares (gleba 3) e está representado no mapa 9, enquanto o menor apresenta 3,19 hectares, também destacado no mapa 9, como gleba 101. Segundo a SOS Mata Atlântica (2016), há 12,5 % de remanescentes, referente aos fragmentos de floresta nativa acima de 3 hectares, somando todos os fragmentos. Restam apenas 8,5 % de remanescentes florestais, referente à cobertura original da Mata Atlântica. Estão apresentados, no mapa 7, os fragmentos florestais após correção de dados. Foram incluídos os locais de autorização de corte de vegetação nativa até o final do ano de 2018, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, visto que em tais locais, não existem mais a área presente na ortofoto.

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Mapa 5. Situação dos Remanescentes Florestais

Elaboração: AMVALI

O mapa 6, apresenta a situação dos mesmos fragmentos florestais, com destaque para a área urbana, considerando as autorizações de corte.

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Mapa 6. Remanescentes Florestais na Área Urbana

Elaboração: AMVALI

O mapa a seguir destaca o maior e menor fragmento florestal encontrados no levantamento corrigido no Google Earth.

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Mapa 7. Maior e menor fragmento Florestal do município

Elaboração: AMVALI

4.2. ÁREAS PROTEGIDAS URBANAS E RURAIS As áreas protegidas, segundo o MMA, englobam as Unidades de Conservação (UCs), mosaicos e corredores ecológicos, espaços considerados essenciais, do ponto de vista econômico, por conservarem a sociobiodiversidade, além de serem provedores de serviços ambientais e geradores de oportunidades de negócios. No município de Corupá há uma Unidade de Conservação, caracterizada de Uso Sustentável, ou seja, Reserva Particular do Patrimônio Natural Emilio Battistella , definida pela Portaria n° 53 de 18 de abril de 2002. Ainda, para o levantamento de outras áreas protegidas, urbanas e rurais, foram considerados os dados de imóveis registrados no Cadastro Ambiental Rural – CAR.

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O Cadastro Ambiental Rural – CAR é um registro eletrônico, obrigatório para todos os imóveis rurais, formando base de dados estratégica para o controle, monitoramento e combate ao desmatamento das florestas e demais formas de vegetação do Brasil, como planejamento ambiental e econômico dos imóveis rurais.

4.2.1. RESERVAS LEGAIS Reservas legais são áreas localizadas no interior de uma propriedade ou posse rural que têm por funções assegurar o uso econômico sustentável dos recursos naturais do imóvel, auxiliar a conservação e promover a conservação da biodiversidade, ou seja, garantir a proteção da fauna silvestre e da flora nativa (BRASIL, 2012). Do cadastro de cada imóvel, foram consideradas as reservas legais e as áreas de vegetação nativa. Pouco mais de 1.200 imóveis já foram cadastrados no CAR, até o ano de 2018, referente ao município. Conforme mapa 10, é possível observar as áreas de reserva legal e vegetação nativa do município. Portanto, foram cadastrados no SICAR 4.343,13 hectares de reserva legal, correspondendo a 10,78 % do município e 14.999,82 hectares de vegetação nativa.

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Mapa 8. Áreas Protegidas conforme o CAR

Elaboração: AMVALI

4.2.2. RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL EMILIO BATTISTELLA A RPPN Emilio Battistella, mais conhecida como Rota das Cachoeiras foi instituída pela ICMBio Portaria n° 53, DOU 75 de 19 de abril de 2002, seção pg. 1/139, comárea de 11.156,33 m². Conforme a Portaria N° 53, de 18 de Abril de 2002, o Presidente Interno do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, no uso das atribuições que lhe conferem o art. 2°, inciso X, e art. 24 do Anexo I da Estrutura Regimental aprovada pelo Decreto n° 3.833, de 5 de junho de 2001 e o Decreto s/n°, de 16 de janeiro de 2001, publicado no Diário Oficial da União do dia subsequente; tendo em vista o disposto no art. 21 da Lei n° 9.985, de 18 de julho de 2000 e no Decreto n° 1.922, de 05 de ______

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junho de 1996, a área de 100,96 hectares constituinte do imóvel Fazenda Rio Novo, fica reconhecida, no registro, como Reserva Particular do Patrimônio Natural, de interesse público e em caráter de perpetuidade, denominada como Reserva Ecológica Emilio Battistella, no município de Corupá. E segundo Portaria n° 37, de 3 de Maio de 2016, o Presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, nomeado através da Portaria n°. 899, de 14 de maio de 2015, do Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República, no exercício da competência prevista no art. 21, anexo I, do Decreto 4.340, de 22 de agosto de 2002, resolve no artigo 1° Aprovar o Plano de Manejo da RPPN Emílio Fiorentino Battistella. De acordo com Langa et al. (2013), a RPPN Emílio Fiorentino Battistella, reserva localizada no município de Corupá, é de grande importância ecológica, apresentando 505,30 hectares de Floresta Submontana, correspondente às microbacias dos rios Novo e Bruaca, 122,39 hectares de Floresta Climácica e 528,64 hectares de Floresta Montana Edáfica, ambos sendo localizados no fundo dos vales e predominando a presença de espécies seletivas higrófitas, como por exemplo, Magnolia ovata (baguaçu), Chrysophyllum viride (aguaí) e Virola bicuhyba (bicuiba).

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Mapa 9. Áreas Protegidas conforme o CAR

Elaboração: AMVALI

4.2.3. PARQUE NATURAL BRAÇO ESQUERDO O Parque Natural Braço Esquerdo, localiza-se no entorno do município de Corupá, pertencendo a São Bento do Sul composto por parte da APA Rio Vermelho/Humboldt, se encontra a Cachoeira Braço Esquerdo, com mais de 90 metros, divididos em dois patamares.

4.2.4. OUTRAS ÁREAS PROTEGIDAS Do mesmo modo, o Recanto Prainha da Oma, localizado às margens do rio Pedra de Amolar, o Recanto Gaudet, localizado em meio à natureza, a Cachoeira do Faxinal, o rio Isabel, entre outros, possuem ainda piscinas naturais (PETERS et al., 2016).

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4.3. ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTES Estão localizados no município de Corupá o rio Ano Bom, a maior parte do rio Vermelho e o rio Novo, sendo os dois últimos responsáveis pela formação do rio Itapocu, principal rio da Bacia Hidrográfica do Rio Itapocu. Os rios Humboldt e Ano Bom possuem nascentes em áreas de maiores altitudes na Bacia do Itapocu, o que pode indicar que a preservação é decorrente da dificuldade em avançar a agricultura para locais de maior declive. No mapa abaixo estão apresentados os rios citados.

Mapa 10. Principais rios da Bacia do Itapocu no município

Elaboração: AMVALI

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4.3.1. ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DO RIO HUMBOLDT Segundo Borgmann (2016), a Área de Preservação Permanente do rio Humboldt, ou rio Vermelho, apresenta 492,79 hectares, sendo 342,56 hectares correspondentes à vegetação natural. Ou seja, 69,51 % da área de APP deste rio são preservadas.

4.3.2. ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DO RIO ANO BOM Em relação ao rio Ano Bom, em mapeamento realizado de acordo com o Código Florestal apresenta 180,71 hectares de Área de Preservação Permanente, sendo 117,50 hectares destes, correspondente à vegetação natural, totalizando 65,02 % das classes de uso do solo (BORGMANN, 2016).

4.3.3. ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DO RIO NOVO Para o rio Novo os dados apontam que 351,98 hectares correspondem à Área de Preservação Permanente, sendo que 259,77 hectares referem-se à vegetação natural, ou seja, 73,8 % da área de APP.

4.4. ATRATIVOS NATURAIS, HISTÓRICO-CULTURAIS, TURISMO ECOLÓGICO O município possui inúmeras quedas-d’água, apresentando mais de 60 quedas espalhadas pela região. As principais atrações de Corupá estão ligadas ao ecoturismo, turismo de esportes e aventura. Referente ao roteiro turístico encontra-se no roteiro Caminhos dos Príncipes. Quanto ao segmento turístico, dentre os relacionados aos recursos hídricos presentes, está o ecoturismo, esportes, aventura (Canionismo, rapel, boia cross, cachoeirismo, tirolesa e espeleologia), pesca, lazer e entretenimento (PETERS et al., 2016). O município conta com inúmeros locais voltados ao turismo ecológico, além da Rota das Cachoeiras que é procurada fundamentalmente pela existência de 14 quedas d’água em um percurso de 2.950 metros, existe ainda o Recanto Prainha da Oma, localizado às margens do ______

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Rio Pedra de Amolar, possui uma trilha de aproximadamente 700 metros e locais para banho. Ainda no Rio Pedra de Amolar, existe a Cachoeira do Faxinal, com ponto para banho e prática de cachoeirismo. Além destes, entre os municípios de São Bento do Sul e Corupá, está localizado o Parque Natural Braço Esquerdo, com atividades de escalada, rapel e canionismo durante a trilha e o Recanto do Gaudet, com rios e piscinas naturais. A Caverna da Fuga, com riacho subterrâneo, possui local para banho no interior da mesma e local para atividades de rapel. Com inúmeros riachos, o Vale Perdido possui quedas d’água e formações rochosas de milhões de anos, além de área de camping. Dentre os pesque-pagues, há o Recanto dos Lagos, localizado aos pés do Morro do Boi, às margens do Rio Ano Bom, o Pesque-pague 3 Lagoas e o Pesque-pague Gessner. Vale ressaltar a Maria Fumaça, passeio realizado pela ferrovia das Cachoeiras, com inicio na Estação em São Bento do Sul. O cenário histórico do transporte ferroviário é composto pelas estações de Rio Vermelho e Rio Natal. Percorrendo 44,8 km ate o município de Corupá. O Hotel Tureck Garten também destaca-se entre os locais turísticos no município, visto que possui áreas de pesca esportiva, campo de jogos, restaurante, piscinas e sala de eventos.

4.5. ATIVIDADES ECONÔMICAS Segundo IBGE (2018), o município de Corupá, no ano de 2017, apresentou um total de R$ 49.796.000,00 (x1000) em receitas realizadas e R$ 45.241.000,00 (x1000) em despesas empenhadas. O PIB per capita, no ano de 2015, foi de R$ 24.159,18. O Produto Interno Bruto no ano de 2012 apresentou 22.140,00 reais de valor adicionado bruto da agropecuária. Quanto ao valor adicionado bruto da indústria, foram 69.073,00 reais. 131.474,00 reais em valores brutos dos serviços, e ainda, 22.528,00 reais de impostos sobre produtos líquidos de subsídios. E ainda, o percentual da população com rendimento nominal mensal per capita, de até ½ salario mínimo, no ano de 2010, foi de 22,2%. ______

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Do percentual de ocupação por setor, no ano de 2010, o município de Corupá apresentou 23,71% de pessoas com 18 anos ou mais, no setor agropecuário, 31,72% ocupando serviços de indústria de transformação, 5,55% na construção, 0,27% em utilidade pública, 10,48% no comércio e 23,56% considerados serviços.

4.6. LEVANTAMENTO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO Considerando que no município de Corupá a agricultura tem grande importância quanto à fonte de renda, destacando-se pela bananicultura, as classes de ocupação do solo, oriundas do levantamento de uso do solo realizado pela AMVALI, no ano de 2013, mostram que a bananicultura é a segunda maior ocupação, representada por 4.887,55 hectares, equivalentes a 12,05%. A vegetação natural representa 54,56% do total do uso do solo, correspondente a 22.133,85 hectares. Outras culturas ou pastagem ocupam uma área de 2.694,70 hectares, totalizando 6,64%, seguido de reflorestamento, com 2.380,86 hectares, dos 5,87% e rizicultura, com 1080,74 hectares, que correspondem 2,66%, entre outras.

Gráfico 2. Classes do uso e ocupação do solo.

Elaboração: AMVALI

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4.7. SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS São considerados serviços ecossistêmicos, os benefícios obtidos através da natureza, sejam eles de forma direta ou indiretamente. Cabe à população, utilizar tais recursos, de forma sustentável, favorecendo a preservação, conservação e recuperação desses serviços. Os cursos d’água, por si só, podem ser considerados como áreas de serviços ecossistêmicos, mais especificamente, como Serviços de Provisão, visto que promovem o abastecimento de água e a regulação hídrica. Considerando que toda a área do município de Corupá corresponde ao manancial da Bacia do Itapocu, devido à grande quantidade de nascentes e cursos d’água, sua área tem grande importância quanto aos serviços ecossistêmicos. Ainda referente à disponibilidade de água, pode-se considerar áreas provedoras de serviços ecossistêmicos, todas as Áreas de Preservação Permanente das margens dos rios, e principalmente as nascentes dos cursos d’água (raio mínimo de 50 metros), de acordo com o Código Florestal, ressalta-se que estas possuem também a capacidade de minimizar casos de desastres naturais, como inundações dos rios. As Áreas Verdes e AUPE’s também podem ser consideradas como áreas de serviços ecossistêmicos, visto que contribuem de modo significativo para a qualidade de vida e o equilíbrio ambiental nas cidades. São consideradas Áreas Verdes aquelas que, possuem cobertura vegetal, arbórea, arbustiva ou rasteira, geralmente presentes em áreas públicas, Áreas de Preservação Permanente, nos canteiros centrais, praças, parques, entre outros. Já as Áreas de Uso Público Especial - AUPE’S são áreas ao município, quando um loteamento é aprovado pela Prefeitura. Além destas, também é considerando como serviços ecossistêmicos, toda a área de vegetação nativa, correspondente ao levantamento de fragmentos florestais, visto ter importância significativa com relação ao sequestro e armazenamento de carbono. Estes são retidos na biomassa e no solo, amenizando mudanças climáticas. A absorção de CO² e o controle do clima são considerados Serviços de Regulação.

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Mapa 11. Áreas de serviços ecossistêmicos que promovem abastecimento de água.

Elaboração: AMVALI

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Mapa 12. Áreas verdes e AUPE’s, serviços ecossistêmicos

Elaboração: AMVALI

4.8. CORREDORES ECOLÓGICOS Os corredores ecológicos tem o objetivo de proteger a biodiversidade da floresta. Estes não são unidades políticas ou administrativas, mas sim, áreas determinadas e coordenadas, com o princípio de estabelecer conexão entre os fragmentos florestais remanescentes, com usos de baixo impacto, que possibilitam a transação de animais e espécies florestais. Para a criação de corredores ecológicos não há necessidade de desapropriação de terras privadas, assim como não necessita transformá-los em Unidades de Conservação, a participação voluntária dos produtores rurais é suficiente, não havendo necessidade de criação de leis que restrinjam o uso da terra (FATMA, 2018).

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A delimitação dos corredores ecológicos levou em consideração os maiores fragmentos florestas (glebas) e o aproveitamento das Áreas de preservação Permanente dos cursos d’água, visto que estas devem ser preservadas, conforme o Código Florestal, Lei 12.651/12.

Mapa 13. Propostas de corredores ecológicos

Elaboração: AMVALI

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Mapa 14. Corredores ecológicos próximos à RPPN Emílio Batisttella

Elaboração: AMVALI

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Mapa 15. Corredor ecológico próximo ao Morro do Boi

Elaboração: AMVALI

Quadro 4. Situação dos corredores propostos

Proposta de Corredores Ecológicos Linha Observação Segue linha de APP rio Arroio Bonito CE1 Situação do entorno: Reflorestamento Segue linha de APP rio Novo CE2 Situação do entorno: Reflorestamento Presença de uma via CE3 Liga o Morro do Boi a outro remanescente grande ______

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Situação do entorno: Pastagem Segue linha de APP córrego Pedra de Amolar CE4 Situação do entorno: Mata e bananicultura Presença de uma via Limites com São Bento do Sul CE5 Situação do entorno: Mata e pastagem Aproveita linha de vegetação natural CE6 Situação do entorno: Mata e bananicultura Presença de uma via Aproveita linha de vegetação natural CE7 Situação do entorno: Mata Presença de uma rodovia Segue linha de APP rio Ano Bom CE8 Situação do entorno: Mata e área urbanizada Presença de duas vias

5. VETORES DE DESMATAMENTO OU DESTRUIÇÃO DA VEGETAÇÃO NATIVA São considerados vetores de desmatamento aqueles que causam ou poderão causar degradação da vegetação nativa, ou ate mesmo impedir a restauração de áreas prioritárias de Mata Atlântica no município.

5.1. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO Através da verificação e necessárias modificações, nos dados originais do levantamento de uso e ocupação do solo de 2013, constatou-se que, a maior classe de uso e ocupação do solo é a bananicultura, representada por 11.158,28 hectares, ou seja, 27,81%, de uma área de 40.122,86 hectares do total de classes de uso do solo do levantamento, sendo

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que neste total estão incluídos vegetação natural, capoeira e floresta em estágio avançado, todas estas classes são possíveis de observar no mapa 16. A área de vegetação natural corresponde a 14,70% do total, no município, representadas por 5.898,27 hectares. Assim como, capoeira e floresta em estágio avançado, apresentaram respectivamente, 236,21 hectares e 676,65 hectares. Das classes que atuam como vetores de desmatamento, Outras culturas/pastagem totalizam 17,24%, correspondentes a 6.917,80 hectares. Enquanto a Área urbanizada corresponde a 9,14%, ou seja, 3.665,60 hectares. O Reflorestamento ocupa uma área de 4.375,74 hectares, totalizando 10,91% e Rizicultura 4.967,89 hectares, correspondendo 12,38% e ainda, 6,19 hectares de área sem vegetação, presentes no quadro abaixo.

Quadro 5. Classes de uso do solo que atuam como vetores de desmatamento

Cobertura de uso do solo - Corupá Classes Área (Hectares) % bananicultura 11158,28 27,81 outras culturas ou pastagem 6917,8 17,24 vegetação natural 5898,27 14,7 rizicultura 4967,89 12,38 reflorestamento 4375,74 10,91 área urbanizada 3665,6 9,14 águas 2199,07 5,48 floresta estágio avançado 676,65 1,69 capoeira 236,21 0,59 área sem vegetação 6,19 0,02 soma 40122,86 99,95

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Mapa 16. Total de classes de uso do solo, incluindo vegetação natural

Elaboração: AMVALI

5.2. ÁREAS DEGRADADAS Através do levantamento de uso do solo, é possível observar as áreas de ocupação correspondentes ao uso antrópico. Sendo assim, dentre as classes de uso e ocupação do território total, do município de Corupá, 27.419,72 hectares são ocupados por atividades agrossilvipastoris, correspondentes ao cultivo de banana, pastagem, reflorestamento e o cultivo de arroz, totalizando 68,34% do total de ocupação referente às classes de uso do solo.

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Com relação ao uso e ocupação destinados às áreas urbanizadas, ou seja, áreas de construção civil apresentam 3.665,60 hectares (9,14%) de ocupação, tornando estas áreas degradadas. Deve-se considerar que, este levantamento aponta 6,19 hectares de áreas sem vegetação, o que devem ser considerados, mediante análise, possíveis locais de recuperação de áreas degradadas. Sendo assim, 31.091,51 hectares podem ser considerados como sendo áreas degradadas, que representam 77,49% do total de classes de uso do solo.

Mapa 17. Áreas de uso antrópico

Elaboração: AMVALI

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As áreas degradadas podem ser distintas pelo nível de degradação que uma atividade pode causar àquela área, tornando assim, impossível a restauração. Dentre as atividades, consideraram-se no mapa acima, as atividades agrossilvipastoris, correspondentes ao cultivo de banana, pastagem, reflorestamento e o cultivo de arroz, responsáveis pelo uso antrópico. Estas áreas são consideradas degradadas pois, através da ação antrópica, tiveram suas características originais alteradas, sendo assim possíveis de recuperar através da intervenção do homem, através de projetos de Recuperação de Áreas Degradadas – RAD, e não por capacidade natural. Neste caso, o principal processo de degradação pode ocorrer através de enchentes e inundações, e ainda, adensamento e compactação do solo. Através de métodos edáficos (medidas de sistematização do terreno) e métodos vegetativos (restabelecimento da cobertura vegetal), pode-se recuperar a área, considerando a intensidade de degradação da área. Por outro lado, existem áreas degradadas através da mineração, considerando que a área seja abandonada após a extração do material, os processos de degradação como, escoamento das águas superficiais, erosão, escorregamento, deposição de sedimentos e partículas, podem ocorrer na área. Neste caso as medidas de recuperação seria o restabelecimento da vegetação, estabilização de taludes, entre outros. Assim como, áreas degradadas pelo depósito de resíduos industriais e urbanos, causadores de interações físico- químicas no solo (poluição do solo), e também, o escoamento das águas superficiais. Neste caso as medidas de recuperação seria a prospecção do depósito, remoção dos resíduos, tratamento e descontaminação do solo. As ocupações habitacionais de encostas em situações de riscos também podem ser consideradas como áreas degradadas, devido o escorregamento e escoamento das águas em superfície. Neste caso, faz-se necessária a estabilização das encostas e a restauração da vegetação.

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5.3. TERRAS PÚBLICAS Através do levantamento de áreas públicas, da Prefeitura Municipal de Corupá, existem 112 locais, sendo considerados entre eles, Áreas de Uso Público Especial, Prefeitura, Escolas, Áreas Verdes, entre outros. No levantados de áreas públicas, estão considerados os locais como, Áreas comunitárias – COHAB, Áreas verdes - COHAB e loteamentos, AUPE – loteamentos, câmara de vereadores, campos de futebol, CEI Gertrudes Steffen, Condomínio Industrial, escolas, Estratégia Saúde da Família, leitos/margens de ruas, lotes/loteamentos, Metalúrgica MC, parquinho da Praça Artur Muller, passeios de ruas, Posto de Pronto Atendimento, nova Prefeitura e torres de transmissão. Conforme mapa 18, estão localizados alguns locais relevantes.

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Mapa 18. Áreas públicas

Elaboração: AMVALI

Referente às terras públicas, os dados do quadro abaixo apresenta uma lista de áreas, conforme dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura Municipal de Corupá.

Quadro 6. Lista de terras públicas do município

Terras Públicas de Corupá Torres de transmissão Leito da Rua 58 - José Bonifácio

Pronto Atendimento de Corupá Leito da Rua 58 - José Bonifácio Projeto Leito da Rua 54 - Jorge Pinter Leito da Rua 54 - Jorge Pinter

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Prefeitura Nova Leito da Rua 53 - Ema Schimidt Posto de Pronto Atendimento Leito da Rua 52 - Frederico Severien

Passeio da Rua Francisco Mees Leito da Rua 19 - Willy Germano Gessner Parquinho da praça Artur Muller Leito da Rua 17 - João Tozini Parcelas de Cond. Industrial Leito da Rua 120 - Afonso Alberto Mahnke Leito da Rua 119 - João Bernardino de Souza

Matrículas de parcelas de Cond. Industrial Leito da Rua 118 - João Henrique Margem da Rua Francisco Mees Leito da Rua 117 - Adolpho Millnitz Lotes do Plano Municipal de Habitação Leito da Rua 07 de Julho Leito da Rua 124 e 125 Leito da Estrada Abílio Lunelli Habitações residenciais e leito da Rua 128 - Leito da Rua Walter Hoffmann João Bankardt Leito da Rua Ricardo Marquardt ESF 04 Leito da Rua Pedro Altamir Hoffmann ESF 01 Leito da Rua José Pasqualini ESF-03 Leito da Rua Franz Kurt Klotzsch Escola José Pasqualini

Leito da rua Ervino Emílio Moreira Escola Aluísio Carvalho de Oliveira Leito da Rua da Saudade Cond. Industrial Ano Bom Leito da Rua Augusto Borchardt Cond. Industrial Leito da Rua Agostinho Oliari Centro de Referência de Assitência Social

Leito da Rua Alberto Mahnke Centro de Múltiplo Uso

Leito da Rua 98 CEI Gertrudes Steffens Campo de Futebol e Leito da Rua 132 - Dona Leito da Rua 90 - França Vosgerau Cida Leitos da Rua 86 - Kurt Hillbrecht Campo de Futebol de Areia

Leito da Rua 85 - Nelson Severien Câmara de Vereadores de Corupá AUPE - Áreas do Loteamento Jardim Gerhard Leito da Rua 80 - Artur Neumann Hermann

Leito da Rua 79 - Expedicionário leito da Rua Domingos Salvador e Área Livre

Leito da Rua 71 - Orquídea Área Verde - Lotes do Loteamento Beija Flor

Leito da Rua 61 - Ludovico Willer Área Verde - COHAB Área Comunitária - COHAB

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5.4. NÚCLEOS URBANOS, DISTRITOS, LOCALIDADES Conforme o Plano diretor, a área urbana do município é dividida entre: a) Zona Predominantemente Residencial (ZPR), sendo que esta possui as vertentes: Zona Predominantemente Residencial 1, Zona Predominantemente Residencial 1 – Especial, Zona Predominantemente Residencial 2 e Zona Predominantemente Residencial 3. b) Zona Mista (ZM), distinguida entre Zona Mista Central e Zona Mista Central Especial. c) Zona Adequadamente Industrial (ZAI), sendo elas: Zona Adequadamente Industrial de Pequeno Porte (Bacia do Humboldt), Zona Adequadamente Industrial de Médio Porte (Bacia do Humboldt juntamente com a Bacia do rio Ano Bom e Pedra de Amolar) e Zona Adequadamente Industrial de Grande Porte (Bacia do Itapocu). d) Zona de Equipamentos (ZE) está dividida entre: Zona de Equipamentos Comunitários e Zona de Equipamentos Urbanos. As Zonas Predominantemente Residencial se caracterizam pelas densidades a serem atingidas, pelo relacionamento da habitação com o terreno e o sistema viário, disponibilidade atual de infra-estrutura e pela coexistência entre o uso residencial e os demais. A Zona Predominantemente Residencial 1 ocupa duas áreas distintas, uma compreende a Bacia Ano Bom, exceto o condomínio industrial já constituído e a Zona Adequadamente Industrial de Pequeno Porte e o bairro Itapocu. A outra corresponde parte no bairro João Tozini e bairro Seminário, a porção de terras entre a divisa de perímetro urbano, até aproximadamente a foz do rio Pedra de Amolar. Já no caso da Zona Predominantemente Residencial 2, compreende uma porção de terra delimitada atingindo parte do bairro Seminário e todo o bairro Vila Izabel, Rio Novo, XV de Novembro, trecho da Rua Francisco Mees, no bairro Centro e todo o bairro Bomplandt. A Zona Predominantemente Residencial 3 ocupa partes do bairro Caminho Pequeno, partes do bairro Pedra de Amolar, exceto a Zona Adequadamente Industrial de Médio Porte da Bacia do ______

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rio Pedra de Amolar, bairro Poço D’anta e parte do bairro João Tozini. Por fim, a Zona Predominantemente Residencial 1 Especial ocupa parte da rua Roberto Seidel, desde a ponto sobre o rio Novo, seguindo sentido centro-bairro até cruzamento com a rua Padre Gabriel Lux. A Zona Mista Central compreende a área em que atividades de comércio e serviços precisam ser concentradas reforçando o já consolidado centro da hierarquia dos espaços urbanos. É delimitada pela porção de terra entre os rios Humboldt e Novo e pela APP. Já a Zona Mista Central Especial corresponde a toda a Avenida Getúlio Vargas. A Zona Adequadamente Industrial destina-se a instalação das indústrias, ramos comerciais e de serviços, que não atendem aos critérios de compatibilidade com outras áreas, quanto ao porte ou geração de tráfego. A de Pequeno Porte localiza-se no bairro Ano Bom, na margem do rio Humboldt e a rua Projetada. E ainda, a de Médio Porte situa se parte na Bacia do rio Humboldt e rio ano bom, e parte na Bacia do rio Pedra de Amolar. Por fim, a de Grande Porte localiza-se na Bacia do rio Itapocu, na zona rural de Corupá. A Zona de Equipamentos Comunitários é destinada a instalação de um complexo esportivo de aproximadamente 50.000 m², enquanto que a de Equipamentos Urbanos destina- se ao uso já consolidado de Cemitério Municipal.

5.5. EXPANSÃO URBANA/IMOBILIÁRIA E DAS ATIVIDADES

AGROSSILVIPASTORIS/CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO/MUDANÇAS CLIMÁTICAS O município de Corupá se divide entre os bairros Ano Bom, Centro, Itapocu, Bomplandt, João Tozini, Caminho Pequeno, XV de Novembro, Rio Novo, Izabel, Seminário, Poço D’Anta e Pedra de Amolar. Segundo SICAR (2019), a área cadastrada no Cadastro Ambiental Rural, para o município de Corupá, é de 26.553,82 hectares, correspondentes a 1.204 imóveis.

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Mapa 19. Imóveis cadastrados no CAR até o ano de 2018.

Elaboração: AMVALI

Com base nos dados do IBGE (2018), no comparativo entre os anos de 1991, 2000 e 2010, a taxa de urbanização foi, respectivamente, 69,9%, 73,7% e 77,0%. Em 10 anos, a taxa de urbanização apresentou um aumento de 3,4%, referente aos anos de 2000 e 2010. Referente à expansão agrícola, segundo IBGE (2018), Os estabelecimentos agropecuários de Corupá ocupam uma área de 28.265,83 hectares. Referente à utilização da terra, para lavouras permanentes, são ocupados 4.208,88 hectares de 525 estabelecimentos, enquanto as temporárias ocupam 118,23 hectares de 74 estabelecimentos. As áreas de pastagens estão divididas entre 652,89 hectares de pastagens naturais de 236 ______

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estabelecimentos, 17,45 hectares de áreas plantadas em boas condições dos 22 estabelecimentos levantados e 30,82 hectares de áreas plantadas em más condições, correspondentes a 14 estabelecimentos. Referentes às florestas naturais, 14.047,85 hectares foram mapeados como sendo destinado a preservação permanente ou reserva legal, que ocupados por 692 estabelecimentos, e 6.391,30 hectares de florestas plantadas, ou seja, reflorestamento, de 79 estabelecimentos levantados. Ainda segundo o mesmo, o número de estabelecimentos agropecuários é de 129 condomínios, consórcio ou união de pessoas, 616 produtores individuais, e 7 sociedades anônimas ou por cota de responsabilidade limitada, totalizando 752 estabelecimentos agropecuários. Referentes à bananicultura, 498 estabelecimentos agropecuários foram registrados como produtores com mais de 50 pés de banana. A quantidade produzida, por estes estabelecimentos agropecuários, é de 127.603,06 toneladas, no ano de 2017. No quadro abaixo esta a lista de outras culturas produzidas no município de Corupá.

Quadro 7. Lista de culturas produzidas em Corupá, no ano de 2017 (IBGE).

DADOS DA LAVOURA TEMPORÁRIA, NO ANO DE 2017, EM CORUPÁ N° estabel. Com Quantidade Área Colhida mais de 50 pés da produzida em (Hectares) espécie 2017 (Toneladas) PALMITO 27 67.500 ARROZ C/ CASCA 9 240.800 43,63 CANA-DE-AÇÚCAR 4 37.000 1.250 CANA-DE-AÇÚCAR FORRAGEIRA 3 4.200 1.250 MANDIOCA/AIPIM 45 166.630 21.380 GRÃO DE MILHO 16 35.100 7.025 MILHO FORRAGEIRO 3 5.350 1.000

Quanto à pecuária, os registros para o município são:

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Quadro 8. Lista de atividades agropecuárias

Estabelecimentos agropecuários Equinos 20 Galinhas/Frangos/Pintos 341 Ovinos 10 Patos/Gansos/Marrecos 33 Peru 6 Suínos 217

5.6. OCUPAÇÕES IRREGULARES Decorrente do crescimento populacional as ocupações em áreas de risco à habitação humana se torna um fator preocupante. Principalmente por consequências como o deslizamento de terras, enchentes e inundações nestas áreas consideradas precárias e desordenadas, em desconformidade com a Lei de Uso e Ocupação do Solo do Município. Exemplo de consequências, devido às ocupações irregulares, seria a ruptura do atrito entre um grande volume de terra, ou ainda, o grau de inclinação do terreno que faz com que ocorra queda ou deslizamento de material nas encostas. As encostas e as planícies de inundação dos rios são consideradas como áreas de risco à ocupação humana e seu uso desordenado aumenta este risco. Algumas áreas são consideradas irregulares, ou desordenadas, do ponto de vista ambiental, porém, regulares do ponto de vista urbano. Todos os lotes que estejam sobre as áreas de riscos, e ainda, em desconformidade com a legislação do município, será considerada como irregular.

5.7. TENDÊNCIAS DE CRESCIMENTO POPULACIONAL Referente à Corupá, a densidade demográfica do município, segundo IBGE (2018), para o ano de 2010, é de 34,39 habitantes/km². A população estimada pra o ano de 2018 é de 15.709 pessoas, com base no último censo (2010), que apresentou 13.852 pessoas. ______

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Referente à taxa média anual de crescimento populacional, entre os anos de 1991 e 2000, o município de Corupá apresentou 1,47%, e ainda, entre os anos de 2000 e 2010 a taxa média anual foi de 1,58%. Ou seja, em 10 anos a taxa de crescimento populacional aumentou em 0,11%, no município. Enquanto a taxa de urbanização foi de 77,02%, no ano de 2010. No quadro abaixo é possível comparar a evolução da população entre os anos de 1991 e 2010, e concluir que o crescimento populacional no município tende a crescer mais na área urbana.

Quadro 9. Evolução populacional entre 1991 e 2010

Evolução da População entre 1991 e 2010 1991 2000 2010 Diferença em 19 anos Urbana 7.264 8.727 10.669 3.405 Rural 3.125 3.120 3.183 58

No Censo de 2010 Corupá registrou que destes 13.852 habitantes, 10.669 habitantes são de área urbana e 3.183 são de área rural (IBGE, 2018). A taxa de mortalidade infantil no município, em 2010, foi de 11,70 %, sendo que em 2000 foram registrados 17,90% e 23,67% em 1991. Estes dados comprovam que houve considerável redução na taxa de mortalidade (AMVALI, 2014). Segundo Steinbach (2015), a estrutura etária, no ano de 2010, para população entre 15 e 64 anos, foi de 9.707 pessoas, 70,08% no total da população do município de Corupá. Enquanto para 65 anos ou mais, os resultados fora de 1.164 pessoas, ou seja, 8,4% da população.

5.8. INFRAESTRUTURA EXISTENTE E PREVISTA PARA GERAÇÃO DE TRANSMISSÃO DE

ENERGIA: LINHAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA, HIDRELÉTRICAS/PEQUENAS CENTRAIS No que diz respeito à proteção ambiental, foram mapeados as linhas de transmissão de energia no município de Corupá. No mapa 21, pode-se observar a linha de transmissão de ______

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energia, sendo que no município, possui aproximadamente quatro quilômetros de extensão, da linha de transmissão, que vai de à Curitiba. Quanto às linhas de transmissão de energia prevista, há a proposta da Neoenergia. O empreendimento deverá interceptar 19 municípios da região, com um número estimado de 690 municípios e extensão total de 345 km. A linha de transmissão deverá possuir subestações nos municípios de Joinville, Jaraguá do Sul, Itajaí e Biguaçu, passando pelos municípios entre Joinville até Biguaçu, sendo eles Corupá, Schroeder, , Massaranduba, São João do Itaperiú, Barra Velha, entre outros. No que diz respeito à sustentabilidade do manancial e a racionalização do consumo de água de Corupá, para abastecimento, considerou-se o levantamento das pequenas centrais hidrelétricas.

Mapa 20. Linha de transmissão de energia no município.

Elaboração: AMVALI

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E em relação às hidrelétricas, Corupá possui quatro Pequenas Centrais Hidrelétricas, conforme mapa 21, estando duas delas localizadas nas margens do rio dos Correias, uma no rio da Bruaca e outra no Ribeirão dos Correias.

Mapa 21. Pequenas centrais hidrelétricas previstas no município.

Elaboração: AMVALI

5.9. TRANSPORTE: RODOVIAS, FERROVIAS Além da Rodovia BR – 280, que tem ligação à BR – 101, e que passa também, nos municípios de Guaramirim e Jaraguá do Sul, o município de Corupá possui a Estrada Abílio Lunelli, Estrada Izabel Alto, Pedra de Amolar, Rio Paulo Grande, Rio Paulo Pequeno e São João,

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a Rodovia Engelbert Oechsler (BR 280) e a Avenida Getúlio Vargas. Além destas, existem ainda, pouco mais de 120 vias municipais e federais, conforme quadro abaixo.

Quadro 10. Lista de vias correspondentes ao município de Corupá

1º de Maio Fride Alberto Andreghetoni Martin José Hauck

21 de Abril Germano Mahnke Max Quentin

25 de Julho Guilherme Hauffe Miguel Lennert

7 de Julho Guilherme Melchert Nelson Severien

8 de Março Gustavo Dorn Nereu Ramos

Abílio Lunelli Gustavo Weber Onda Parey

Adelaide Wascher Hansa Humboldt Orquídea

Adolpho Millnitz Helmuth Robert Raeder Osmar Cândido Delphino

Alberto Baeumle Henrique Fuck Otto Hillbrecht

Alberto Bosse Hercílio Luz Otto Mischka

Alberto Maffezzolli Hermann Buttgen Padre Anselmo Schmidt

Alfredo Adolpho Millnitz Herrmann Gunther Padre Gabriel Lux

Alvin Linzmeyer Humberto Galizi Padre Vicente Schmitz

Ano Bom Humberto Voigt Pastor Lotz

Arthur Lange Intendente Ernesto Blunk Pauline Seidel

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Arturo Menestrina Izabel Pedra de Amolar

Augusto Borchardt Jaraguá Pedro Altamir Hoffmann

Caimão Joachin Parey Prefeito Willy Germano Gessner

Carlos Frederico Frankoviak João Bankhardt Progresso

Carlos Lacerda João Bernardino de Souza Quirino Schiochet

Clara Herrmann João Henrique Ricardo Jark

Dom Pedro II João Tozini Ricardo Marquardt

Doutor Francisco Antônio Joinville Ricardo Wulff Piccioni

Edmundo Krüger Jorge Lacerda Roberto Seidel

Egídio Voltolini Jorge Pinter Rodolfo Frutsch

Emma Schmidt Jorge Willy Rudolfo Augusto Germano Quost

Ernesto Larsen José Bonifácio Rudolfo Engel

Eugênio Glowacki José Link Rui Dorow

Expedicionário José Pasqualini Tobias Cardoso

Expedicionário Bruno Kurt Hillbrecht Vereador Ervino Emílio Moreira Scheibel

Felix Werner Kurt Radunz Vicente Brugnetti

Francisco Bertoldi Laudelino Treis Victor Schutz

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Francisco Henrique Hoch Leonido Hauffe

Francisco Koch Leopoldo Vieira Vladislau Cieply

Francisco Mees Lino Weidner Waldemar Werner

Franz Kurt Klotzch Ludovico Ludwinski Walter Hoffmann

Frederico Schauert Ludovico Weiller Walter Jark

Frederico Severien Luiz Bosse Werner Weber

Manfredo Schaldach Willy Jantsch

Marechal Castelo Branco XV de Novembro

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Mapa 22. Rodovia, ruas e ferrovia no município.

Elaboração: AMVALI

5.10. INFRAESTRUTURA DE SANEAMENTO: ADUTORAS DE ÁGUA, ESTAÇÕES DE TRATAMENTO

DE ÁGUA, ATERROS SANITÁRIOS, ROTAS E VIAS DE ACESSO AOS ATERROS, LIXÕES IRREGULARES O sistema de tratamento de água de Corupá é realizado através de uma estação de tratamento compacta do tipo convencional. A capacidade efetiva estimada da ETA é de 30 l/s. A água bruta é encaminhada para a Estação de /tratamento de Água, e posteriormente direcionada a unidade de floculação. Sendo assim, esta é enviada para o processo de decantação que consiste em câmara de decantação acelerada. Após esta etapa, é adicionado o hipoclorito de sódio para desinfecção da água, para posteriormente, encaminhar

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aos reservatórios. Durante o processo, ocorre a dosagem de leite de cal, para controlar o pH da água bruta, garantindo adequada performance do agente coagulante. Referente ao lixão do município de Corupá, este encontra-se desativado atualmente. A coleta, transporte e destinação final dos resíduos sólidos domiciliares é realizada pela empresa Serrana Engenharia Ltda. A coleta é alternada e ocorre dois dias por semana na área urbana. Sendo, na segunda e quinta-feira, no bairro Seminário, Ano Bom e Bomplant. Terça e Sexta-feira, no bairro Centro e João Tozini e ainda, quarta-feira, no bairro Rio Novo, Rio Paulo, vila Izabel, Itapocu e Pedra De Amolar. Alguns locais no interior do município não possuem coleta de resíduos sólidos. E média são coletados 150 ton/mês de resíduos. Estes são levados à unidade de transbordo, em Jaraguá do Sul, para posterior encaminhamento para destinação final. O depósito de resíduos do município de Corupá, caracterizado por “lixão” a céu aberto está paralisado desde o ano 2009 a partir deste momento a Destinação final começou a ocorrer em Aterro Sanitário privado, SELUMA – Serviços de Limpeza Urbana de Mafra – Ltda, localizado na cidade de Mafra-SC. A Área total de deposição é de 51.623 m2, tendo uma capacidade útil projetada para 14 anos de operação, considerados os quantitativos atualmente recebidos. Isto que dizer que em caso de novos incrementos aos valores médios recebidos, decorrerá numa redução progressiva de sua vida útil. Quanto ao sistema de esgotamento sanitário, este é composto por rede coletora e um sistema de tratamento de esgotos sanitários. O esgoto na maioria dos casos é lançado diretamente na rede de drenagem de águas pluviais e encaminhado a um corpo receptor sem nenhum tipo de tratamento. Em áreas rurais geralmente ocorrem somente o sistema de “sumidouros”, ou seja, sistema de fossa séptica seguida por filtro anaeróbio ou sumidouro. No entanto, a Lei Complementar Municipal n° 012 de 2009, que institui supletivamente normas de saúde em vigilância sanitária, estabelece penalidades, cria a taxa dos atos de vigilância municipal de saúde e dá outras providências, e a Lei n° 69 de 2017, que altera redação do dispositivo que enumera e acrescenta parágrafos ao artigo 50 e parágrafo único ao artigo 53, ambos da Lei Complementar n° 012/2009, de 29 de setembro de 2009 que institui supletivamente normas de saúde em vigilância sanitária, estabelece penalidades, cria a taxa dos atos de vigilância municipal de saúde, e dá outras providências, ambas as leis estabelecem ______

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que a população deve instalar sistemas de tratamento individual e realizar as devidas limpezas e manutenções em período máximo de três anos.

5.11. EXTRAÇÃO VEGETAL, INCLUINDO MADEIRA, COLETA DE FRUTOS E PARTES DE PLANTAS Segundo dados da Prefeitura de Corupá, a área de supressão de vegetação autorizada pela Secretaria de Meio Ambiente do Município de Corupá, com relação ao total da área do município (40.279 hectares) é de 0,190%, considerando o período de 2013 a 2017. E quando referente à área de remanescente de mata atlântica no município, a área de supressão de vegetação autorizada é de 0,389%. Ainda neste mesmo período, os dados de supressão quando divididas entre as localidades urbana e rural, apresentam respectivamente, 17,24 hectares e 59,09 hectares.

Gráfico 3. Índice de supressão de vegetação entre 2013 e 2017

Elaboração: Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

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Conforme o gráfico 3, as áreas autorizadas para supressão de vegetação, totalizam, para o ano de 2013, 10 71 hectares. Já no ano de 2014, foram autorizados 8,15 hectares, em 2015 foram autorizados 9,35 hectares, em 2016 totalizam 24,44 hectares e para o ano de 2017, foram autorizados 23,68 hectares de floresta para corte de vegetação. A somatória das áreas autorizadas para corte, no período de 2013 a 2017, representam 76,33 hectares.

Gráfico 4. Supressão de vegetação por ano, em hectares

Elaboração: Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

Abaixo encontram-se as porcentagem de autorização de corte, por bairros, onde é possível observar onde há maior ocorrência de extração vegetal, através de dados de autorização de corte.

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Gráfico 5. Supressão de vegetação por bairros, no município

Elaboração: Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

Conforme a figura acima é possível afirmar que, no bairro Rio Novo registrou-se um maior número de autorizações de corte, apresentando 43% da área autorizada. Dentre as finalidades para autorização de supressão da vegetação, entre os anos de 2013 e 2017, foram registradas 26 cortes, para o plantio de banana. No caso do plantio de plantas ornamentais foram registradas 6 autorizações de corte e para construção de benfeitorias, com 8 autorizações de corte, no mesmo período. Na figura 4, estão dispostas as autorizações de corte de vegetação. Estas áreas correspondem a 93,13 hectares.

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Mapa 23. Supressão de vegetação.

Elaboração: AMVALI

No quadro 11, estão classificadas as finalidades para as supressões de corte apresentadas acima. Pouco mais da metade do total de áreas de supressão tem por finalidade o plantio de banana. Comprovando que, a agricultura é o principal motivo de extração da vegetação nativa.

Quadro 11. Finalidades para supressão de vegetação

Área Autorizada por Finalidade (hectares) 2013 2014 2015 2016 2017 Total

Plantio de Banana 6 1,75 5,5 21,48 21,5 56,23

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Plantio de Plantas Ornamentais 1,33 5,4 2,1 8,83 Plantio de Palmito 0,31 0,31 Plantio de Culturas Diversas 1 2,23 3,23 Parcelamento do Solo 0,75 0,73 0,654 2,134 Construção de Benfeitoria 2,32 1 0,75 1,53 5,6

Conforme quadro abaixo, os registros da Prefeitura Municipal de Corupá, apontam 29 casos de corte de árvores, sem autorização e 23 crimes ambientais, relacionados à terraplanagem e construção civil.

Gráfico 6. Proporção das finalidades de autorização de corte de árvores

Elaboração: Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

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Quadro 12. Registros de crimes ambientais relacionados à extração de vegetação

N° Terraplanagem e construção N° Corte de árvores N° 1º Construção em APP 7 Corte de árvore sem autorização 23 2º Construção sem alvará 1 Corte de árvores 2 Corte de árvores excedendo Terraplanagem 1 3º autorização 1 Terraplanagem e construção sem Corte de arvores excedendo 1 4º autorização autorização e queimada 1 Corte de árvore sem autorização – Terraplanagem em APP 4 5º Reincidente 1 Terraplanagem em desacordo com 1 Corte de vegetação sem autorização 6º alvará 1 7º Terraplanagem sem autorização 6 Terraplanagem sem autorização – 1 8º reincidente 9º Terraplanagem sem alvará 1 Total 23 29

5.12. CAÇA E CAPTURA DE ANIMAIS; PESCA Considerando a relevância da biodiversidade e da preservação da fauna e flora, as tabelas abaixo apresentam as ocorrências de captura de animais silvestres e ainda, de extração vegetal. Os dados são oriundos de denúncias ambientais registradas pelos Bombeiros de Corupá.

Quadro 13. Ocorrências de denúncias ambientais

Total de Ocorrências - Referentes ao período de 01/01/2016 até 31/12/2016

Tipo de Ocorrência Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez TOTAL Extraordinário - Captura de animal 13 16 7 4 5 2 5 2 6 10 9 6 85

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Extraordinário - Corte/poda de árvore 1 2 1 1 1 1 7

Total de Ocorrências - Referentes ao período de 01/01/2017 até 31/12/2017

Tipo de Ocorrência Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez TOTAL Extraordinário - Captura de animal 7 11 7 8 6 8 4 3 7 11 13 16 101

Extraordinário - Corte/poda de árvore 1 1 2 1 1 1 2 2 11 Extraordinário - Retirada de insetos 1 2 1 3 1 8

Total de Ocorrências - Referentes ao período de 01/01/2018 até 25/07/2018

Tipo de Ocorrência Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez TOTAL Extraordinário - Captura de animal 9 14 11 13 4 2 3 56

Extraordinário - Corte/poda de árvore 5 1 5 1 12 Elaboração: Bombeiros de Corupá

Foram registrados pelo 14º Batalhão de Polícia Militar de Corupá, crimes ambientais relacionados à fauna, como por exemplo, maus-tratos a animais silvestres ou domésticos, assim como a caça de pássaros, venda ou guarda de animais nativos/silvestres, animais em perigo ou provocando perigo iminente e omissão de cautela na guarda ou condução de animais. E ainda, crimes como poluição ambiental e crimes contra a flora.

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5.13. ATIVIDADES MINERÁRIAS: EXTRAÇÃO DE MINÉRIOS, INCLUINDO AREIA No município de Corupá a mineração é realizada através da extração de areia, argila, argilito, gnaisse, granulito, saibro, entre outros. No Relatório Anual de Lavra, de acordo com o Departamento Nacional de Produção Mineral, no ano de 2005, ocorreram três registros de extração de saibro, para fins de construção civil, no município de Corupá. Já no ano de 2007, ocorreram dois registros e em 2008, há um registro de extração de saibro. Para um dos registros de 2005, a situação operacional encontrou-se paralisada, por motivos de renúncia solicitada. Referente à extração do minério, neste caso, o saibro, no mapa a seguir é possível observar os locais de retirada dos mesmos.

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Mapa 24. Locais de extração de saibro no município, segundo DNPM

Elaboração: AMVALI

Referente à extração de saibro, no ano de 2014, a mina Pedra de amolar Baixo produziu 3.391,20 toneladas, transformando em consumo e utilização R$ 16.767,60. Já no caso da mina Água Morna produziu 3.432,60 toneladas, resultando em R$ 16.972,30 em consumo e utilização. A mina Rio Mandioca produziu 2.538,00 toneladas, durante o ano de 2014, e transformou em consumo e utilização, R$ 12.549,00, enquanto a mina Rio Paulo Pequeno produziu 1.922,40 toneladas de saibro, transformando em consumo e utilização R$ 9.505,20. E por fim, a mina Rodovia BR-280 produziu 3.875,40 toneladas e transformou R$ 19.161,90 em consumo e utilização. As minas listadas possuem licença através do Instituto do Meio Ambiente – IMA/SC. No registro constam impactos ambientais resultantes do ______

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empreendimento, sendo este caracterizado pela erosão. As medidas de controle e monitoramento propostas são a preservação/recuperação do solo e da vegetação, do local de extração. Conforme gráfico abaixo, é possível observar que, a mina Rodovia BR-280 teve maior produção, portanto, responsável por boa parte da extração de saibro, no município de Corupá.

Gráfico 7. Produção de saibro, em toneladas, no ano de 2014

Elaboração: Secretaria de Meio Ambiente de Corupá.

No quadro abaixo estão apresentados os dados do levantamento da Agência Nacional de Mineração. O levantamento foi realizado para todo o território brasileiro, e no mapa 25 estão apresentados os locais e tipos de materiais extraídos.

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Quadro 14. Tipos de Extração mineral

Extração Mineral Material Extraído Uso Responsável pela Extração Prefeitura Municipal de Corupá Paviplan Pavimentação Ltda Construção Parisi Britagem e Terraplenagem Ltda Saibro civil Comércio de Areias Odorizzi Ltda Me Silvia Patzsch Vieira Moacir Parisi Construção Riólito civil Cubatão Dragagens Ltda. Granulito Cubatão Dragagens Ltda. Gnaisse Brita Britagem Três Rios Ltda Argilito Revestimento COMFLORESTA Comércio de Frutas e Cereais Frucel Ltda Sell Areias e Transportes Ltda Me Paviplan Pavimentação Ltda Argila Industrial Codejas Cia de Desenvolvimento de Jaraguá do Sul S/A Industrial Moacir Parisi Industrial Maurício Vogelsanger Construção civil Parisi Britagem e Terraplenagem Ltda Construção civil Itapocú Terraplenagem e Comércio de Areias Ltda Parisi Britagem e Terraplenagem Ltda Areia Construção civil Christian Herrmann Construção civil Ariel Carlos Schroeder Construção civil Itapocú Terraplenagem e Comércio de Areias Ltda Água mineral Flavio José Marcatto

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Mapa 25. Locais de extração e tipos de materiais extraídos

Elaboração: AMVALI

6. CAPACIDADE DE GESTÃO

6.1. LEGISLAÇÃO DE INTERESSE AMBIENTAL

6.1.1. Plano Diretor Lei n° 19/2007 Chamado Plano Diretor Físico-Territorial, serve como instrumento técnico- administrativo necessários com o intuito de controlar, ordenar e promover o desenvolvimento físico-urbanístico municipal, considerando as condições socioeconômicas locais. Este apoia-se

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em elementos técnicos como relatórios expositivos que tenham diagnósticos da situação sócio-econômica e urbanística, e também, conjunto de diretrizes e proposições. Através de legislação própria, o Plano Diretor indica os princípios de desenvolvimento urbano, e estes devem orientar as entidades públicas e privadas, tendo em vista o desenvolvimento integrado da comunidade.

6.1.2. Regularização do Direito de Superfície inserido na Lei n° 19/2007 No Art. 59 da Lei n° 19/2007, o Plano Diretor do município de Corupá, fica determinado que, o proprietário urbano pode conceder a outrem o direito de construir em seu terreno, deste que autorizado ou possua a escritura pública inscrita no Registro de Imóveis. Referente à proteção ambiental, o Plano Diretor determina que o gerenciamento ambiental deverá obedecer à legislação ambiental federal, estadual e municipal. Fica determinado ainda que, as Áreas de Preservação Permanente terão tratamento diferenciado em casos de áreas localizadas na Zona Rural do município, sendo assim, determinadas conforme diretrizes estabelecidas na Lei Federal n° 4.771 de 15/09/1965 (Código Florestal) em conjunto com a Resolução n° 303 de 20/03/2002 do CONAMA, e demais áreas determinadas na Lei.

6.1.3. Regulamentação de Obras Lei n° 21/2007 Esta lei estabelece normas administrativas e de projeto referentes às construções ou reconstruções, de qualquer espécie de obra e instalações sujeitas à fiscalização municipal e garante compatibilidade e obrigações entre as atividades e condições das edificações, no município de Corupá. A Lei determina, também, os requisitos os quais o interessado deve seguir para a obtenção do licenciamento da obra. Os projetos devem ser aprovados pelos órgãos municipais, estaduais e federais competentes, referente à preservação ambiental.

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6.1.4. Regulamentação de Posturas Lei n° 22/2007 Esta definido na Lei nº 22/2007, a função do município de zelar pela manutenção da cidade, garantindo melhoria do ambiente urbano e o seu desenvolvimento social e econômico sustentáveis, assim como, o conforto público. Das medidas referentes ao meio ambiente, em seu Art. 20, está definido que é proibido causar poluição que resulte em danos à saúde humana, ou mortalidade de animais e espécies que compõem a flora. Proíbe danos que possam tornar uma área impropria à ocupação humana, seja em área urbana ou rural. E ainda, a poluição atmosférica e hídrica, assim como, danos que impeçam o uso de bens de uso comum do povo, como ruas, praças e parques. Proíbe o lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, óleos entre outros, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos municipais. As seções da lei se referem ainda, dos resíduos de serviços de saúde, do lixo industrial, da reciclagem do lixo, da preservação do ar e das águas, do cuidado dos animais, das Áreas de Preservação Permanente, do trânsito público e da conservação das habitações, entre outros.

6.1.5. Legislação municipal sobre zoneamento e uso e ocupação do solo

6.1.5.1. Regulamentação de Parcelamento Lei n° 20/2007, Lei n° 5/2009 e Lei n° 17/2010 A Lei n° 20/2007 determina que o parcelamento do solo seja realizado considerando princípios de organizações do espaço, sob a forma de loteamento ou desmembramento. E determina que, não será permitido parcelamento do solo em áreas de condições geológicas não aconselháveis às edificações, em áreas de preservação, áreas com declividade igual ou maior que 30%, e terrenos sujeitos a catástrofes naturais. Assim como a Lei n° 005/2009, que trata do parcelamento do solo e dá outras providências. O Art. 4 desta Lei determina que somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas urbanas ou de expansão urbana no município.

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6.1.5.2. Regulamentação do Uso e Ocupação do Solo inserido da Lei n° 19/2007 No Plano Diretor estão definidas as modalidades de uso do solo na cidade de Corupá, e ainda, estabelecida a intensidade de sua utilização, as atividades e seus tipos de usos. Os usos e atividades industriais são classificados conforme atividade econômica e nível de potencial poluidor. Estão estabelecidas na lei, as exigências referentes à taxa de ocupação máxima do terreno rural, os afastamentos mínimos, assim como, designam Áreas de Utilidade Pública e Interesse Social, de acordo com a Resolução n° 369, de 28 de março de 2006 (CONAMA). E ainda, define os usos e diferentes atividades, dentre adequados, tolerados ou inadequados.

6.1.6. Regulamentação de Sistema Viário inserido na Lei n° 19/2007 O sistema viário está determinado no Plano Diretor como sendo, Vias de Penetração, correspondentes àquelas que dão acesso à cidade, conectadas à rodovia, além dos principais pontos geradores de tráfego. A lei determina o tipo de tráfego permitido e dimensões da mesma. Além desta, ainda prevê dimensões de vias primarias, secundarias e locais.

6.1.7. Legislação municipal ambiental No Artigo 2º da Lei nº 6938/81, que dispõe sobre a política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências, referente à preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental, assegurando o desenvolvimento socioeconômico, proteção da dignidade da vida humana, atendendo os princípios de recuperação de áreas degradadas e proteção de áreas sujeitas à degradação. Além das leis que tratam da proteção ambiental, possuem ainda, as Instruções Normativas, como a IN nº 16, que especifica os requerimentos para a recuperação de áreas degradadas e do Licenciamento Ambiental para a recuperação da mesma.

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A Lei Complementar n° 76 de 14 de dezembro de 2018, que dispõe sobre a política municipal de meio ambiente e sobre o sistema municipal de meio ambiente, define que são objetivos da Política Municipal de Meio Ambiente a proteção, conservação, preservação e recuperação do patrimônio natural do município de Corupá e contribuir para a promoção de um sistema de planejamento urbano e rural sustentável de baixo impacto ambiental. No Decreto n° 7.217, de 21 de junho d 2010, ficam estabelecidos artigos referentes ao saneamento básico, abastecimento de água, e inclusive, sobre o licenciamento ambiental. O Art. 22, deste decreto, referente ao tratamento de esgoto sanitário e de efluentes gerados nos processos de tratamento de água, define que a implementação deste, dependerá da capacidade de pagamento dos usuários, e ainda, serão estabelecidos procedimentos para o licenciamento em função do porte das atividades e dos impactos ambientais esperados.

6.1.8. Legislações estaduais e federais de interesse O capítulo da Lei Orgânica de Corupá que trata das questões ecológicas do meio ambiente possui quatro artigos, sendo estes: O Art. 122 define que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, e o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. O Art. 123, referente ao poder público, que atribui, para assegurar este direito, o dever de preservar e restaurar processos ecológicos essenciais, promovendo o manejo ecológico de espécies e ecossistemas. Definir espaços territoriais e seus componentes a serem protegidos, permitindo supressão de vegetação, instalação de obras ou atividades potencialmente causadoras de significativa degradação ao meio ambiente, somente através de lei. E ainda, promover educação ambiental. O Art. 124 declara que, aquele que explorar recursos minerais, é obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, conforme lei referente à solução técnica exigida pelo órgão competente. E por fim, o Art. 125, onde fica declarado que, o município desenvolverá programas para construção de viveiros de mudas nativas para a restauração da floresta devastada.

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6.2. RECURSOS FINANCEIROS E FONTE DE FINANCIAMENTO EXISTENTES E POTENCIAIS Referente às dotações orçamentárias próprias da gestão ambiental presente na Lei Orçamentária Anual, no ano de 2018 a despesa fixa foi de R$ 237.955,00 (Lei n° 2280/2017). Nos anos anteriores, as despesas foram de R$ 60.000,00 (Lei n° 2231/2016), R$ 88.200,00 (Lei n° 2196/2015) e R$ 84.000,00 (Lei n° 2169/2014), respectivamente dos anos 2017,2016 e 2015. Além disso, o Fundo Nacional do Meio Ambiente apoia o projeto de recuperação de Áreas de Preservação Permanente, neste caso, o Projeto Mananciais, realizado pela AMVALI, em parceria com as prefeituras. Este consiste na recuperação florestal das áreas de nascentes e matas ciliares degradadas que margeiam os cursos d’água responsáveis pelo abastecimento dos municípios da bacia hidrográfica do rio Itapocu. O projeto surgiu através de levantamentos e estudos que provam que a região do Vale do Itapocu poderá sofrer com problemas relacionados à disponibilidade hídrica em médio e longo prazo. Portanto, o projeto atua na proteção e recuperação dos recursos hídricos da região. E ainda, o Fundo de Bens Lesados do Ministério Público de Santa Catarina -MPSC e o Fundo de Restauração e Conservação da Mata Atlântica, criado pela Lei 11.428/06, que ainda deverá ser regulamentado.

6.3. PESSOAL DISPONÍVEL E NECESSÁRIO Quanto ao pessoal que compõe a Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Corupá, possui um Chefe, um Fiscal Ambiental, um Biólogo, Engenheiro Agrônomo, consultor técnico e um Auxiliar de Serviços Gerais, sendo este, responsável pelo Horto Municipal. Referente ao pessoal necessário, há a necessidade de um advogado, que exerça 20 horas, oferecendo parecer jurídico ambiental a processos administrativos do setor e um Fiscal Ambiental, disponível 35 horas, oferecendo suporte ao fiscal ambiental já atuante. Na necessidade de um educador ambiental, o município possui atualmente (2019) profissional que atua na Secretaria de Educação e Cultura, no Programa de Educação Ambiental “Relação do Homem com a Natureza”. O programa acontece desde 1997 e contempla alunos de

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diversas idades, desde o jardim até CEJA. Na foto 7 pode-se observar algumas das atividades realizadas com turmas de Educação Ambiental.

Foto 7. Professora e turma de Educação ambiental

6.4. INFRAESTRUTURA E EQUIPAMENTOS DISPONÍVEIS E NECESSÁRIOS Na Secretaria de Meio Ambiente do município de Corupá, encontram-se disponíveis equipamentos como: Duas Câmeras fotográficas, Decibelímetro Instruterm modelo 490 com datalogger e ainda, um carro compartilhado com o setor de agricultura. Tornando-se necessário: . Hipsômetro para fiscalização ambiental e vistoria em processos relacionados ao corte de árvores. . Um Drone para fiscalização ambiental e processos relacionados ao licenciamento ambiental. . GPS Garmin Etrex 10 portátil para fiscalização ambiental e processos relacionados ao licenciamento ambiental. ______

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. Uma Impressora laser colorida para processos administrativos. . Carro para atender as demandas de fiscalização ambiental.

6.5. SERVIÇOS EXTERNOS ATUAIS E DESEJÁVEIS Os serviços externos atuais caracterizam-se pelo Licenciamento ambiental, autorização de corte de árvores, autorizações, viabilidades e certidões de cadastramento ambientais, pela fiscalização ambiental e esclarecimentos ao MPSC. A Educação Ambiental, a produção e doação de mudas de árvores e arbustos nativos, frutíferas e ornamentais através do Horto Municipal, também são consideradas como serviços externos. Podem ser listadas ainda, a assessoria ao Poder Executivo Municipal nas questões relativas ao uso do solo e demais temas relacionados à gestão, recuperação e conservação do meio ambiente. Sendo assim, consideram desejáveis, o aumento de número de projetos relacionados à educação ambiental e criação de um grupo de trabalho municipal relacionado, para levantar demandas de diferentes setores. Estimular e contribuir para a recuperação de vegetação em áreas urbanas e rurais, objetivando, especialmente, a recomposição das áreas de preservação permanente. A Criação de projetos relacionados ao aumento de saneamento básico em áreas rurais, assim como a criação de áreas de proteção ambiental (APA’s), como Unidades de Conservação, principalmente sobre o planalto do município devido à ausência de imóveis e à grande densidade de nascentes existentes, além de demais áreas para formação de corredores ecológicos intermunicipais.

7. OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO PMMA Os objetivos do Plano tem a função de nortear as áreas, ações e programas prioritários e futuros com intuito de preservar e recuperar a Mata Atlântica. Portanto, alguns objetivos norteadores para a determinação dos objetivos específicos.

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Quadro 15. Objetivos Norteadores do PMMA

Objetivos Através de programas e incentivos à comunidade, como o Pagamento por Conservar e recuperar a vegetação nativa Serviços Ambientais – PSA, ação prioritária proposta; Ou seja, através da criação de corredores ecológicos torna-se possível a Ampliar a conectividade entre os remanescentes conexão entre os fragmentos florestais do município, e ainda, entre os municípios; Considerando que o município já Incentivar a conservação e recuperação das áreas de participa de projeto de recuperação de mananciais mananciais (Projeto Mananciais); Fomentar a efetividade do PMMA tornando este, uma ferramenta de ação; Bem como Áreas de Uso Público Especial Valorizar as áreas verdes urbanas e arborização urbana – AUPE’s com a implantação de espécies nativas da região; Com base nas ações e áreas prioritárias, Diminuir a expansão urbana em áreas de Mata Atlântica tornando os remanescentes florestais preservados; Através de parcerias com atores estratégicos e o COMDEMA, Fortalecer o turismo sustentável fomentando a importância da cultura e eco turismo; Criar o Fundo Municipal de Meio Fortalecer a fiscalização ambiental Ambiente; Disponibilizar equipamentos; Capacitar equipe; Como a apresentação à comunidade, sobre os meios de prevenções de cheias Incentivar palestras e adaptações quanto à mudança climática; Em âmbito regional (Comitê de Bacia Hidrográfica, Municípios do Vale), na Considerar e incentivar a Interação com os municípios implantação de corredores ecológicos de vizinhos fragmentos entre limites de municípios, por exemplo.

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Os objetivos específicos do Plano foram determinados através da análise da consulta pública de percepção ambiental do município. Conforme quadro abaixo é possível observar as respostas da maioria dos participantes e determinar quais seriam os objetivos indicados para solucionar tais questões.

Quadro 16. Resultados e objetivos sobre consulta pública

Qualidade do ar Resumo das respostas Objetivo A maioria concorda que a qualidade de ar no município é boa e concordam que a maioria das pessoas sabem que a queimada agrícola ou queima de lixo poluem o ar. A maioria da O município promover população discorda que o município possui e incentivar meios de ações e incentivos que garantam a qualidade garantir a qualidade do do ar, como ciclovias, energia renovável, entre ar. Através de palestras outros. Confirmam saber que árvores ajudam e programas. a melhorar a temperatura e a qualidade do ar e que o uso de agrotóxicos causa poluição no município.

Qualidade da água Resumo das respostas Objetivo

A maioria da população discorda que o município esteja livre de problemas causados Município investir na pelas cheias e que as margens dos rios estrutura urbana estejam preservadas. Afirmam que as pessoas evitando problemas estão cientes que ocupar margens dos rios decorrentes de causam transtornos em épocas de enchentes. enchentes e Discordam ainda que o município tenha alagamentos. estrutura que evite enchentes como bocas de Incentivar o descarte lobo. Parte da população concorda que os rios correto de resíduos, estão livres de mau cheiro. E apontam que há evitado que estes presença de esgoto e agrotóxicos nos rios. cheguem aos rios. Parte da população aponta a interrupção no abastecimento de água.

Descarte do lixo

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A maioria da população concorda que as ruas e calçadas encontram-se limpas. E apontam Município realizar que há coleta regular do lixo. Porém coleta seletiva discordam que há coleta seletiva do lixo. A regularmente, em maioria está ciente de que o lixo é levado ao todos os bairros. aterro sanitário e discordam que a maioria da Incentivar a reciclagem população sabe que a compostagem é uma e uso de lixo orgânico alternativa viável para reaproveitar o lixo como compostagem. orgânico.

Arborização Resumo das respostas Objetivo

No ano de 2018 foram A maioria das pessoas aponta que o município criados projetos de não possui parques e praças suficientes. parques, e estes já Mesmo concordando que seja costume estão sendo realizados. frequentar tais locais e áreas verdes. A Objetivo é informar a maioria concorda que há manutenção da população destes arborização da área urbana. Metade da locais, divulgando e população discorda que o município seja bem incentivando o lazer arborizado. em áreas verdes.

Poder público voltado ao meio ambiente Resumo das respostas Objetivo

A maioria das pessoas não sabe o que é o Divulgar projetos, leis e Plano Diretor, Conselho Municipal de Meio ações ambientais Ambiente, Comitê de Bacia e desconhece as realizadas e existentes Leis ambientais. Discordam que há divulgação no município. eficaz das ações ambientais.

Meio ambiente Resumo das respostas Objetivo

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A maioria concorda que há regiões de Mata Atlântica preservada no município e que é possível ver animais como gambá, macacos, Atrair a participação da entre outros. A maioria da população população nas ações concorda que há atividades sendo promovidas ambientais do em sensibilização às questões ambientais. município. Buscando Grande parte da população aponta não melhorias da acompanhar as ações ambientais do preservação do meio município. E metade da população se diz ambiente junto à mobilizar-se para conquistar melhorias população. ambientais. Praticamente todos concordam que o cidadão tem responsabilidade na conservação do meio ambiente.

Agricultura Resumo das respostas Objetivo

A maioria discorda sabem a origem dos Incentivar o consumo alimentos que consomem. A maioria aponta dos alimentos que há valorização e incentivo à agricultura orgânicos. E a redução familiar, que há conhecimento sobre o do uso de agrotóxicos, impacto que os alimentos que consumem, por meio de palestras e causa na natureza. A maioria aponta ainda, incentivos ao saber que alimentos orgânicos são mais agricultor. saudáveis ao homem e ao meio ambiente.

Influência das mudanças climáticas Resumo das respostas Objetivo

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A maioria concorda que o clima afeta no modo de vida e que percebem sinais de mudanças climáticas. A maioria discorda que há disponíveis informações sobre os impactos Disponibilizar da mudança climática, por meio do município. informações e soluções Grande parte da população concorda que à população sobre chuvas intensas são frequentes e também que mudanças climáticas, e secas prolongadas tornam-se frequentes. como se preparar para Discordam que o município esteja se enfrentar períodos de preparando para enfrentar mudanças mudanças climáticas. climáticas e que saibam o que fazer para se preparar quanto a isso. A maioria concorda saber que preservar o meio ambiente ajuda a enfrentar a mudança climática.

Abaixo se encontram as perguntas da consulta pública de percepção ambiental. Com base nestas, foram realizadas os objetivos específicos do quadro 15. As perguntas foram divididas por tema e transformadas em gráficos. Perguntas Referentes à: Qualidade do ar

1. A qualidade do ar em nosso município é boa? 2. A maioria das pessoas sabe que a queimada agrícola não controlada, ou a queima de lixo poluem o ar? 3. Nosso município tem ações e incentivos para cuidar da qualidade do ar (uso de energias renováveis, ciclovias, transporte coletivo, rodízio de veículos, etc.)? 4. A maioria das pessoas sabe que as árvores ajudam a melhorar a temperatura e a qualidade do ar? 5. O uso de agrotóxicos no nosso município causa poluição do ar?

Qualidade da água

1. Nosso município está livre de problemas causados pelas cheias dos rios (enchentes)? 2. A maioria das pessoas sabe que ao ocupar áreas próximas aos rios podem passar por transtornos com enchentes?

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3. Os rios que passam pelo município têm suas margens preservadas com floresta? 4. Nosso município tem estruturas que evitam enchentes (boca de lobo, piscinão, galerias de águas pluviais, parques fluviais)? 5. A maioria das pessoas sabe para onde vai o esgoto de suas casas? 6. Os rios do município estão livres de mau cheiro? 7. Os rios do município estão livres de esgoto? 8. Os rios do município estão livres de agrotóxicos? 9. As pessoas podem nadar, pescar e brincar nos rios do município? 10. É possível encontrar peixes nos rios do nosso município? 11. A maioria das pessoas sabe de onde vem à água de suas casas? 12. Meu bairro está livre de interrupções no abastecimento público de água? 13. A profundidade dos nossos rios tem diminuído com o passar dos anos?

Lixo

1. As ruas e calçadas do meu município são limpas? 2. O caminhão de lixo passa regularmente nas ruas do meu município? 3. Em nosso município tem coleta seletiva de lixo (coleta de lixo reciclável separada do lixo orgânico)? 4. O lixo em nosso município é jogado nos rios? 5. O lixo em nosso município é levado para aterros sanitários? 6. A maioria das pessoas sabe que a compostagem é uma boa alternativa para reaproveitar o lixo orgânico? Arborização 1. Nosso município possui parques e praças suficientes? 2. A maioria das pessoas costuma frequentar parques, praças e áreas verdes do município? 3. A prefeitura faz a manutenção adequada das árvores urbanas do município (poda, plantio, retirada)? 4. Nosso município é bem arborizado nas calçadas em todos os bairros? ______

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Poder Público 1. A maioria das pessoas sabe o que é o Plano Diretor² e que ele regula as construções e o crescimento do município? 2. A maioria das pessoas conhece as leis ambientais do município? 3. O poder público divulga de forma eficaz suas ações ambientais? 4. A maioria das pessoas em nosso município sabe que os candidatos possuem planos de governo? 5. A maioria das pessoas sabe que o poder público possui canais de participação, tais como Conselhos Municipais de Meio Ambiente e Comitês de Bacia Hidrográfica? 6. Eu conheço o Comitê de Bacia de que o meu município faz parte? 7. A maioria das pessoas sabe como os Conselhos Municipais de Meio Ambiente e os Comitês de Bacia Hidrográfica funcionam? Meio Ambiente 1. Existem regiões com Mata Atlântica preservada em nosso município? 2. Nas matas de nosso município é possível ver animais como gambá, macacos, veado, cachorro-do-mato, teiú, tucano, guaxinim, pica-pau, gavião, entre outros? 3. Em nosso município são promovidas atividades de sensibilização e educação ambiental? 4. A maioria das pessoas acompanha as ações ambientais de nosso município? 5. As pessoas se mobilizam para conquistar melhorias ambientais para município? 6. Todo cidadão tem sua responsabilidade na conservação do meio ambiente? Agricultura 1. A maioria das pessoas conhece a origem dos alimentos que consomem? 2. Nosso município valoriza e incentiva a agricultura familiar? 3. A maioria das pessoas sabe que tudo aquilo que consomem impacta diretamente a natureza? 4. A maioria das pessoas sabe que alimentos orgânicos³ são mais saudáveis ao homem e ao meio ambiente? Clima ______

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1. O clima afeta o meu modo de vida? 2. Eu percebo sinais de que o clima está mudando no meu município? 3. O meu município disponibiliza informações sobre os impactos da mudança do clima em nosso território? 4. Chuvas intensas se tornaram mais frequentes no meu município? 5. Secas prolongadas se tornaram mais frequentes no meu município? 6. O meu município está se preparando para enfrentar impactos da mudança do clima? 7. A maioria das pessoas sabe o que fazer para se preparar para as mudanças do clima no futuro? 8. A maioria das pessoas sabe que conservar o meio ambiente ajuda a enfrentar a mudança do clima?

Gráfico 8. Resultados da consulta pública sobre qualidade do ar

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Gráfico 9. Resultados da consulta pública sobre qualidade da água

Gráfico 10. Resultados da consulta pública sobre o lixo

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Gráfico 11. Resultados da consulta pública sobre a arborização

Gráfico 12. Resultados da consulta pública sobre o poder público

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Gráfico 13. Resultados da consulta pública sobre o meio ambiente

Gráfico 14. Resultados da consulta pública sobre a agricultura

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Gráfico 15. Resultados da consulta pública sobre o clima

8. ÁREAS PRIORITÁRIAS

As áreas prioritárias para conservação e recuperação foram sugeridas levando em consideração o entorno do fragmento florestal, considerando a capacidade de regeneração, presença de fragmentos maiores e unidades de conservação no entorno, possibilidade de regeneração e ate mesmo altitude. E ainda, consideradas áreas mais propensas ao desmatamento, tanto para urbanização, quanto para agricultura. Foram considerados reservas legais e áreas de vegetação natural dos dados do CAR, assim como Áreas de Preservação Permanente de cursos d’água e suas nascentes, Unidades de Conservação, e ainda, definidas as áreas prioritárias de conservação dos remanescentes, considerando a área de cada fragmento. No quadro a seguir, estão listados os fragmentos florestais do Município de Corupá, sendo estes, numerados em glebas e quantificados em hectares para, posteriormente, mapear as áreas prioritárias para conservação e recuperação da Mata Atlântica. ______

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Conforme pode-se observar no quadro 9, as áreas prioritárias para conservação e recuperação foram mapeadas conforme área dos fragmentos florestais. Ou seja, quanto maior a área do fragmento florestal (gleba), em hectares, maior sua importância ecológica, tornando prioritários os fragmentos que apresentaram maior área. Portanto, consideram-se de Muito Alta prioridade de conservação, os fragmentos que apresentam área maior que 100 hectares. Os fragmentos de 50 a 100 hectares consideram-se de Alta prioridade. Fragmentos de 10 a 50 hectares são considerados de Média prioridade de conservação, e por fim, fragmentos de 3 a 10 hectares são considerados de Baixa prioridade de conservação. Vale ressaltar que, fragmentos com menos de 10 hectares, com presença de nascentes e cursos d’água serão considerados relevantes quanto à prioridade de conservação.

Quadro 17. Áreas dos fragmentos florestais mapeados

ÁREA POR FRAGMENTOS FLORESTAIS (HECTARES) Maiores de 100 Hectares De 100 a 50 Hectares De 50 a 10 Hectares De 10 a 3 Hectares Hectares Glebas Hectares Glebas Hectares Glebas Hectares Glebas 18277,16 3 97,99 40 48,74 0 9,28 103 1309,65 20 92,22 15 48,43 2 9,09 89 997,56 22 79,28 17 48,29 96 8,70 79 471,03 27 65,07 68 43,24 10 8,68 54 334,06 16 57,20 8 42,90 14 8,64 29 234,46 41 56,52 32 37,66 13 8,59 78 168,43 23 55,74 1 37,29 72 8,58 30 145,28 26 52,01 46 36,92 11 8,40 45 129,66 34 50,70 95 33,75 21 8,09 51 113,06 24 33,19 91 7,85 64 31,60 63 7,65 44 31,50 12 7,53 85 31,16 76 7,45 106 27,40 18 7,38 36 26,87 53 6,97 5

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26,59 43 6,82 49 23,23 70 6,51 28 23,00 37 6,36 77 22,64 87 6,34 84 22,34 7 6,17 47 21,42 86 6,021 80 20,47 35 5,97 25 20,03 90 5,83 93 19,71 73 5,48 82 19,59 83 5,18 67 18,78 88 4,99 58 18,20 66 4,79 60 17,73 61 4,58 50 17,70 81 3,76 94 16,64 65 3,50 107 16,06 62 3,35 55 15,85 69 3,19 101 15,82 33 15,81 74 15,56 9 15,14 108 14,32 39 13,95 102 13,93 92 13,78 42 13,75 57 13,59 31 12,57 71 12,28 100 11,47 59 10,77 75 10,41 6 10,11 56 10,09 38

No mapa abaixo estão destacados, distintos por cores, os fragmentos florestais do quadro 9.

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Mapa 26. Remanescentes priorizados considerando maiores áreas, em hectares

Elaboração: AMVALI

Dentre os fragmentos mapeados, com área maior que 100 hectares, o maior fragmento florestal possui 18.277,16 hectares, classificado como Gleba 3, conforme mapa abaixo, assim como os demais fragmentos com mais de 100 hectares. Este tem grande importância na determinação de locais destinados aos corredores ecológicos, visto que a extensão de sua área possibilita a conexão entre os demais fragmentos isolados. Cada gleba foi mapeada considerando a conexão entre os remanescentes florestais mapeados pela SOS (2016).

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Mapa 27. Áreas prioritárias considerando fragmentos maiores que 100 hectares

Elaboração: AMVALI

Além das áreas priorizadas referentes ao tamanho dos fragmentos florestais, foi considerado também, as áreas de Reserva Legal e vegetação nativa, mapeadas pelo Cadastro Ambiental Rural e Áreas de Preservação Permanente, dos principais rios que passam no município, de declividade superior a 45 graus e de topo de morro, do levantamento segundo Código Florestal, de 2016. Segundo SICAR (2019), a área cadastrada no CAR, para o município de Corupá, é de 26.553,82 hectares, correspondentes a 1.204 imóveis. Considerando que, conforme o Código Florestal, a área mínima de Reserva Legal, deve corresponder a 20% da área do imóvel, pode- se estimar que 5.310,76 hectares estão preservados, no município de Corupá.

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Segundo IBGE (2018), 14.047,85 hectares de áreas mapeadas como sendo a soma de Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal. Essa área corresponde a 692 estabelecimentos considerados no levantamento. Referente às Áreas de Preservação Permanente, quanto ao rio Itapocu, principal rio da Bacia Hidrográfica do Rio Itapocu, apenas 90,49 hectares do total de 1.609,71 hectares de APP deste rio, está localizado no município de Corupá. Já no caso do rio vermelho, sua Área de Preservação Permanente ocupa 492,79 hectares, maior parte de sua extensão está localizada no município de Corupá. Além deste, ainda localizam-se no município, os rios Ano Bom e Novo, tendo respectivamente, 180,71 hectares e 351,98 hectares de Áreas de Preservação Permanente. As Áreas de Preservação Permanente de declividade superior a 45 graus e de topo de morro foram elaboradas em 2019, pelo Comitê de Gerenciamento de Bacia Hidrográfica do Rio Itapocu, seguindo a metodologia utilizada no estudo de Oliveira e Fernandes Filho (2019), sobre Mapeamento automatizado de áreas de preservação permanente em topo de morros. O modelo foi desenvolvido no ambiente de programação Model Builder, do sistema ArcGIS 10.2. Quanto às Áreas de Preservação Permanente de declividade superior a 45 graus foram mapeados 772,76 hectares. Enquanto as Áreas de Preservação Permanente de topo de morro correspondem a 98,62 hectares, distribuídos em doze pontos distintos.

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Mapa 28. Áreas prioritárias conforme CAR e levantamentos de APPs

Elaboração: AMVALI

Além das áreas de Reserva Legal e das Áreas de Preservação Permanente, as Unidades de Conservação também foram consideradas no levantamento de Áreas Prioritárias, considerando sua importância na escolha de locais para criação de corredores ecológicos. No município de Corupá encontra-se a RPPN Emílio Fiorentino Battistella e parte da APA do Rio Vermelho/Humboldt de São Bento do Sul. Deve-se considerar que, no entorno da RPPN possuem fragmentos florestais com área maior que 100 hectares, portanto, de grande interesse ecológico, quanto às áreas de maior prioridade de preservação, conforme mapa abaixo.

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Mapa 29. Áreas de relevante interesse de preservação

Elaboração: AMVALI

Considerando que através do Código Florestal, os entornos de olhos d’água devem apresentar um raio de 50 metros de mata preservada, foram consideradas como áreas prioritárias, aquelas que possuem nascentes. Sendo assim, analizou-se fragmentos florestais divididos através da área e numerados. Além dos fragmentos que contemplam as nascentes dos principais afluentes do rio Itapocu, como por exemplo o rio Novo, através dos mapas 26 e 27 é possível observar que existem fragmentos com maior densidade de nascentes. Estes fragmentos estão divididos entre 3 a 10 hectares, de 10 a 50 hectares, de 50 a 100 hectares e maiores que 100 hectares. Todos os fragmentos florestais receberam uma numeração individual.

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Mapa 30. Densidade de nascentes por fragmentos florestais

Elaboração: AMVALI

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Mapa 31. Fragmentos florestais considerados prioritários pela presença de nascentes

Elaboração: AMVALI

Portanto, no mapa 26, se observa que a gleba 3 (maior fragmento florestal mapeado) possui algumas nascentes, assim como os demais fragmentos considerados relevantes, mesmo que estes apresentem áreas menores que 10 hectares, porém apresentam presença de nascente. No mapa 27 estão também estão destacados fragmentos com presença de nascentes. Abaixo se encontram os critérios e parâmetros considerados para a escolha de áreas prioritárias, e seus respectivos graus de prioridade.

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Quadro 18. Grau de prioridade das áreas prioritárias

Áreas para Recuperação e Preservação Diretrizes Critérios de escolha Grau de prioridade Justificativa Maiores que 100 Muito Alta hectares Maior biodiversidade De 50 a 100 Alta Área dos hectares Maior biodiversidade Fragmentos Média Menor probabilidade de Florestais De 10 a 50 hectares biodiversidade De 3 a 10 hectares Baixa Menor probabilidade de biodiversidade

Relevância de fragmento florestal Densidade de considerando Nascentes por Muito Alta proporção da área Fragmento Florestal pelo número de Influência na qualidade de nascentes água Áreas de Preservação Alta Permanente Influência na qualidade de dos cursos d'água água Áreas que já são Reserva Legal e Protegidas Vegetação nativa Média Incentivo aos cadastradas no CAR proprietários UC RPPN Emílio Alta Battistella Maior biodiversidade Entorno da RPPN A UC encontra-se dentro Emílio Fiorentino Muito Alta de um fragmento > 100 Áreas de Relevante Battistella hectares Interesse Ambiental Partes do entorno ligando Entorno da APA Rio Média a frag. florestais > 100ha Vermelho/Humboldt

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9. AÇÕES PRIORITÁRIAS As ações prioritárias visam à eliminação, redução ou direcionamento dos vetores de desmatamento ou destruição da vegetação. Por meio de estratégias e metas. As ações dependem de processos, infraestrutura e do pessoal envolvido. Considera-se relevante que as áreas apontadas como prioritárias devem ter maior potencial para restauração, capacidade de regenerar, facilidade no acesso, entre outros. As ações se dividem entre recuperação e conservação prioritárias, onde áreas sobre remanescentes de vegetação nativa serão destinadas à conservação, enquanto as Áreas de Preservação Permanente que não encontram-se preservar conforme determina a lei, serão destinadas a recuperação, por meio de implantação de mudas, isolamento do território, possibilizando regeneração, entre outros meios. Serão consideradas como ações do Plano, a valorização dos serviços ecossistêmicos, citados no item 4.7. Referente às áreas de serviços ecossistêmicos que promovem o abastecimento de água (mapa 11), a forma de valorização é o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). Entre as modalidades de PSA estão o mercado de carbono, o ICMS Ecológico, o REDD e os projetos de proteção de recursos hídricos. O mercado de carbono é um instrumento com perspectiva comercial e ecológica e serve como uma forma de incentivo para o cumprimento das regras de redução de emissão dos gases de efeito estufa. O crédito de carbono é a unidade de medida comercial, inventada para quantificar a poluição emitida ou reduzida. Portanto, o mercado de carbono é o ambiente de comercialização destes créditos de carbono. O ICMS Ecológico (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) criado pioneiramente no Paraná, trata-se de um repasse de recursos financeiros ao município, por possuir Unidade de Conservação, áreas protegidas e mananciais responsáveis por abastecer munícipios vizinhos. Ou seja, é um instrumento de política pública que aprimora a gestão ambiental e incentiva a conservação. Para receber os recursos, o município deve dispor de Sistema Municipal de Meio Ambiente, composto por órgão executor de política ambiental, um conselho, um fundo de Meio Ambiente e guarda ambiental. Estes repasses são proporcionais às metas alcançadas nestas áreas. Ou seja, quanto melhores os indicadores, mais recursos ______

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as prefeituras recebem. Os índices são recalculados anualmente, possibilitando que o município invista em conservação ambiental, e por consequência, aumentem sua participação no repasse de ICMS. Já a Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal – REDD é um conjunto de incentivos econômicos, com o proposito de reduzir as emissões de gases de efeito estufa resultante do desmatamento e degradação florestal. Diz respeito ao aumento de estoques de carbono nas florestas, à construção de um mecanismo ou política, que contempla formas de prover incentivos, reduzir emissões derivadas de desmatamento e degradação das florestas, aumento das reservas florestais de carbono e ainda, gestão sustentável das florestas. Ainda sobre o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), referente ao serviço ecossistêmico, consideram-se as Áreas Verdes e AUPE’S. Para proposta de áreas para Pagamento por Serviços Ambientais foram considerados dois fragmentos florestais, sendo um deles conhecido como Morro do Boi, e outro sendo o maior fragmento mapeado no município, assim como, as Áreas de Preservação Permanente dos principais rios da Bacia do Itapocu. Os imóveis registrados no Cadastro Ambiental Rural (CAR) que sobrepõem às áreas de APP dos principais rios da Bacia do Itapocu, quando estas apresentarem vegetação nativa, localizados no município, sendo estas: APP’s do rio Itapocu, rio Ano Bom e rio Novo. Também foram considerados como possíveis áreas referentes ao PSA, pois são responsáveis pelo abastecimento de água, inclusive, de municípios vizinhos. E ainda, os imóveis sobrepondo áreas de remanescentes florestais, presentes no mapa abaixo.

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Mapa 32. Áreas propostas para Pagamento por Serviços Ambientais (PSA)

Elaboração: AMVALI

Conhecido por ser o ponto mais alto do município de Corupá e por proporcionar belas imagens ao topo, o Morro do Boi, com altura de 990 metros, localizado no bairro Ano Bom, é considerado como proposta prioritária de futura Unidade de Conservação. O local já é frequentado por aventureiros, que percorrem uma trilha de aproximadamente 01 hora e 30 minutos, em meio à mata. O acesso se dá através da Rua Franz Kurt Klotzch. Está entre um dos maiores fragmentos florestais mapeados no município de Corupá, com uma área de 1.309,65 hectares.

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Mapa 33. Propostas de Unidade de Conservação, serviços ecossistêmicos

Elaboração: AMVALI

Outra ação prioritária, proposta no Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Itapocu, seria o levantamento da situação das atuais Unidades de Conservação presente no município. Este levantamento faz-se necessário para a comprovação de que tais áreas estão sendo adequadamente manejadas. Esta ação traz efetivos motivos para a criação de novas Unidades de Conservação, propostas neste plano. E ainda, outra ação relevante, se dá pela Recuperação de Áreas Degradadas, recuperando as condições físicas, químicas e biológicas, assim como, sua capacidade produtiva, e também, a Recuperações de Áreas de Preservação Permanente.

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A recuperação de APP’s já vem acontecendo em alguns dos municípios da Bacia do Itapocu, através do Projeto Mananciais, realizado pela AMVALI, para diminuir danos e evitar problemas relacionados aos recursos naturais. As propostas devem considerar o envolvimento da comunidade, tornando as ações mais efetivas. Ou seja, ações de Recuperação de Áreas Degradadas, devem ser pensadas de forma a atrair agricultores a aderir estas ações. Outro exemplo, quanto à indústria, a ação de recuperação de áreas, podem ser consideradas as áreas de parque e praças, que proporcionem atividades sustentáveis e áreas de recreação para funcionários das indústrias do entorno. No ano de 2019, foi iniciada a obra do primeiro Parque Municipal de Corupá. O parque estará localizado no bairro XV de Novembro, próximo à Secretaria Municipal de Infraestrutura, pertencente à Prefeitura. O parque também será conhecido pelo nome Parque das Famílias, por ser destinado ao lazer das famílias da região. O local oferece a contemplação da natureza. A obra conta com a parceria da AMVALI, e possui quadra poliesportiva, choupadas, parquinho infantil, decks elevados para observação da paisagem e prática de pesca, e ainda, pavimentação das vias e iluminação. Existe ainda o projeto do Parque Marco Zero, as margens do rio Itapocu, na formação deste, no encontro do rio Humboldt e rio Novo.

10. OFICINA COM OS ATORES SOCIAIS ESTRATÉGICOS A oficina com os atores sociais estratégicos de Corupá foi realizada na Câmara de Vereadores do município, junto ao COMDEMA e população local, onde foi apresentado o diagnóstico da situação atual do município referente à Mata Atlântica, discutido e definido os objetivos, áreas e ações prioritárias. Além de proposto ações e programas para alcançar os objetivos do plano. É importante que exista a participação da população referente às sugestões do plano, referente a uma visão futura de preservação e recuperação da Mata Atlântica. Portanto, foi realizada a dinâmica, com base no mapeamento (mapa 34), contendo todas as áreas e ações

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prioritárias, propostas de Unidades de Conservação e corredores ecológicos, onde a população foi convidada a sugerir novas propostas e aprovar ou não, as sugestões do plano.

Mapa 34. Sugestões de ações e áreas prioritárias

Elaboração: AMVALI

Uma das sugestões da oficina participativa, referente à proposta de Unidade de Conservação foi à ampliação da delimitação, considerando além do Morro do boi, uma área que contempla três fragmentos maiores que 100 hectares. A justificativa se dá pelo fato de toda esta área estar às margens da APA Rio Vermelho, Unidade de Conservação do Município de São Bento do Sul. Ou seja, área já protegida, visando à interação entre a biodiversidade da

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APA e a proposta de Unidade de Conservação. E ainda, pela presença de ponto de captação de água.

Sugestões de Unidade de Conservação da oficina participativa

Elaboração: AMVALI

O maior fragmento florestal, classificado como Fragmento/Gleba 3, localiza-se no entorno de uma área de reflorestamento. Conforme mapa (35) é possível observar. Os dados de reflorestamento, do mapa, são do ano de 2013 e a ortofoto do município é do ano de 2012, do aerolevantamento da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável – SDS. Durante a oficina, a população apontou que esta área do maior fragmento florestal, que localiza-se no entorno do reflorestamento apresenta ocorrência da espécie exótica, Pinus sp. Ou seja, a dispersão desta espécie, nas áreas de vegetação natural implica na preservação

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desta área nativa. Portanto a população concorda que nesta área deve ser considerado como prioridade de preservação. Mapa 35. Fragmento florestal com presença de espécie invasora

Elaboração: AMVALI

No quadro (19) se encontram propostas de programas e ações que visam alcançar os resultados esperados através da elaboração do Plano Municipal da Mata Atlântica. Os programas propostos foram elaborados com base nas diretrizes, dos objetivos específicos do plano. Foram consideradas as ações para cada programa, e, por meio de votação da população durante a oficina participativa, foram determinados os graus de prioridade de cada ação.

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Com isso, ainda foram sugeridos quais fundos e atores estratégicos podem atuar, tornando efetivas as ações propostas. Os prazos previstos para a realização de cada ação dependerão do seu grau de prioridade, deste modo as ações que possuem alto grau de prioridade possuirão preferência em sua realização, as quais deverão acontecer num prazo de até 04 (quatro) anos após a aprovação deste plano, as de médio grau deverão ser realizadas em até 06 (seis) anos, enquanto as de baixo grau de prioridade em até 08 (oito) anos.

Quadro 19. Programas e ações propostas na oficina participativa

Grau de Fontes de Atores Programas Ações Prioridade Recursos envolvidos Elaborar PSA para propriedades Prefeitura localizadas Águas de Municipal, Médio sobre maiores Corupá Águas de fragmentos Corupá florestais a preservar Programa de Prefeitura Pagamento por Elaborar PSA Municipal, Serviços para Águas de Águas de Ambientais - propriedades Baixo Corupá Corupá e PSA sobre APP's a Comitê de recuperar Bacia Elaborar PSA para Prefeitura propriedades Águas de Municipal, Médio em áreas do Corupá Águas de entorno de Corupá UC's

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Elaborar PSA para propriedades Prefeitura que contém Águas de Municipal, Alto APP a Corupá Águas de montante da Corupá captação de água municipal Recuperar Prefeitura APPs de cursos Municipal, d'água em AMVALI, Alto FNMA pequenas Comitê de propriedades Bacia rurais Hidrográfica Prefeitura Recuperar Fundo Municipal, APPs de cursos Estadual Comitê de d'água em de Bacia Alto grandes Recursos Hidrográfica, Programa de propriedades Hídricos sindicatos, Recuperação rurais (FEHIDRO) ASBANCO, de Áreas de ACIAC Preservação Elaborar Permanente - estudo Prefeitura APP socioambiental Municipal, de áreas Alto FEPEMA AMVALI, urbanas para Conselhos diagnosticar Municipais APPs destas áreas Elaborar Prefeitura projeto de Lei Municipal, para Câmara de Médio regularizar Vereadores, APPs em áreas Conselhos urbanas Municipais

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Criar um fundo para Prefeitura financiamento FEPEMA / Municipal, da Baixo FRBL Conselhos recuperação Municipais de APPs em áreas urbanas

Fundo Prefeitura Estadual Municipal, Recuperar APP de Comitê de em áreas Médio Recursos Bacia urbanas Hídricos Hidrográfica, FEHIDRO ACIAC

Conservar Prefeitura APPs de Topo Alto Municipal de Morro

Prefeitura Elaborar um Programa de Municipal, projeto de Lei Educação Alto FEPEMA GTEA RH 06, criando Ambiental Rota das programa Cachoeiras

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Realizar Prefeitura educação Municipal, ambiental para Alto FEPEMA GTEA RH 06, alunos da rede Rota das de ensino Cachoeiras

Realizar Prefeitura educação Municipal, Alto FEPEMA ambiental para GTEA RH 06, agricultores ASBANCO

Programa de Ampliar e reestruturação capacitar a das instituições equipe FEPEMA / Prefeitura e instrumentos Alto envolvida na FRBL Municipal de gestão gestão pública na área ambiental ambiental

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Adquirir FEPEMA / Prefeitura equipamentos Alto FRBL Municipal e veículos

Adequar a infraestrutura de acesso e de Alto atendimento ao turista

Prefeitura Programa de Municipal valorização de Mitigação de turismo danos ecológico causados por Baixo FRBL eventos esportivos Prefeitura turísticos Municipal Capacitar profissionais e proprietários Médio FRBL envolvidos no atendimento Prefeitura ao turista Municipal

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Prefeitura Criar o Municipal, corredor FEPEMA / Comitê de Médio ecológico 1 FRBL Bacia (CE1) hidrográfica, AMVALI

Prefeitura Criar o Municipal, corredor FEPEMA / Comitê de Baixo ecológico 3 FRBL Bacia (CE3) hidrográfica, AMVALI

Programa de implantação de corredores Prefeitura ecológicos Criar o Municipal, corredor FEPEMA / Comitê de Médio ecológico 4 FRBL Bacia (CE4) hidrográfica, AMVALI

Prefeitura Criar o Municipal, corredor FEPEMA / Comitê de Alto ecológico 5 FRBL Bacia (CE5) hidrográfica, AMVALI Prefeitura Criar o Municipal, corredor FEPEMA / Comitê de Alto ecológico 7 FRBL Bacia (CE7) hidrográfica, AMVALI

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Implantação FNMA / de UC Prefeitura Alto FEPEMA / Municipal Municipal FRBL (Morro do Boi) Programa de implantação de Unidade de Conservação

Implantação de UC (Área FNMA / Prefeitura entre Av. Médio FEPEMA / Municipal Getulio Vargas FRBL e BR 280)

Elaborar Prefeitura Programa de diagnóstico de FEPEMA / Municipal, arborização Alto árvores em FRBL AMVALI, urbana calçadas Universidades

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Ampliação do FEPEMA / Prefeitura Horto Médio FRBL Municipal Municipal

Prefeitura Plantar árvores Alto Municipal, adequadas ACIAC

Programa de (Marco Zero) e implantação de Prefeitura (Parque da Baixo parques Municipal Família) urbanos

Implantação Programa de Prefeitura da Coleta Alto FNMA Coleta Seletiva Municipal Seletiva

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Elaborar Programa de projeto de Lei Prefeitura Incentivos para Alto Municipal Fiscais implantação do IPTU Verde

10.1 SUGESTÃO DE CORREDORES ECOLÓGICOS PÓS OFICINA PARTICIPATIVA; A Chefia de Meio Ambiente de Corupá, junto ao COMDEMA, sugeriu modificações quanto às prioridades das ações e programas para atingir os objetivos do plano, e ainda, modificações quanto aos corredores ecológicos (CE), considerando minimizar futuros conflitos e viabilidade de ação. Os corredores ecológicos 2, 6 e 8, no ponto de vista crítico do Órgão Municipal, por inviabilidade da rota, devido, principalmente, a impossibilidade de travessia de animais terrestres, foram desconsiderados como futuras criações de corredores ecológicos. A análise crítica das propostas de corredores ecológicos, conforme mapas abaixo, serão consideradas como prioritárias:

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 Alternativa CE1: Conecta os dois fragmentos na mesma região, porém não utiliza a APP de curso d’água, com ocupação por reflorestamento, utilizando portanto, área de pastagem próximo a sugestão anterior.

Mapa 36. Sugestões de Alteração: Corredor Ecológico 1

Elaboração: AMVALI

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 Alternativa CE3: Deslocamento da linha de CE, subindo mais ao topo do morro, onde aparenta já haver uma área em recuperação.

Mapa 37. Sugestões de Alteração: Corredor Ecológico 3

Elaboração: AMVALI

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 Alternativa CE4: Apesar de parecer mais vegetada, o rumo atual que segue a APP atravessa diversos imóveis com áreas edificadas e com uso agrícola, podendo gerar diversos conflitos. Portanto, a sugestão é modificar o rumo sentido noroeste a partir do menor fragmento, onde há um curso d'água, no qual ambos os lados estão pouco utilizados, sendo o fator mais grave, a presença de um bananal ao seu fim.

Mapa 38. Sugestões de Alteração: Corredor Ecológico 4

Elaboração: AMVALI

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 Alternativa CE5: O rumo atual planejado para este CE abrange a APP de uma fazenda. Nesta APP localiza-se a via de acesso à mesma e aos imóveis que estão aos fundos dela, deixando uma margem muito estreita para recuperação. Para evitar a alteração do rumo desta estrada para ampliar a área de recuperação, tendo em vista que a jusante há o ponto de capitação de água do município, sugere-se linha acima do morro, onde há a união dos fragmentos em formação, podendo ser renegociada a revegetação de uma área de três hectares no morro.

Mapa 39. Sugestões de Alteração: Corredor Ecológico 5

Elaboração: AMVALI

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11. REFERÊNCIAS

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HOLLER, Karine Rosilene; OLIVEIRA, Felipe Augusto Hoeflich Damaso; PEITRUKA, Mylena. PROJETO MANANCIAIS: Recuperando as nascentes e matas ciliares da bacia hidrográfica do rio Itapocu. Jaraguá do Sul: AMVALI, 2017. 24 p.

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STEINBACH, Anja Meder; TOMASELLI, Carla Caroline; REFOSCO, Júlio Cesar. Atlas da Bacia Hidrográfica do Rio Itapocu. Jaraguá do Sul: Amvali, 2015. 147 p.

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