2009 CAIXA DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA

Juntos somos mais fortes. CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA Relatório e Contas 2009

ÍNDICE

Convocatória de Assembleia Geral

Relatório do Conselho de Administração o Relatório de Gestão e Proposta de Distribuição de Resultados

Contas de 2009 o Demonstrações financeiras o Anexo às demonstrações financeiras

Movimento de Associados

Parecer do Conselho Fiscal

Certificação Legal das Contas

CCAM do Vale do Dão e Alto Vouga Sede: – Av. da Liberdade, 62/64 – 3530 -113 Mangualde E-mail: [email protected]

Agências: Sátão; ; Vila Nova de Paiva; Chãs de Tavares e Ferreira de Aves.



Convocatória de Assembleia Geral Juntos somos mais fortes. CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA Relatório e Contas 2009

Convocatória de Assembleia Geral Ordinária

Nos termos da lei e dos estatutos, convoco os Exmos. Senhores Associados da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA, C.R.L. , pessoa colectiva nº. 501 119 531 com sede na cidade de Mangualde, que se encontrem no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se em Assembleia Geral sessão Ordinária, no próximo dia 22 de Março de 2010 (segunda-feira), pelas 17:00 horas, no salão nobre da sede da CAIXA, sita na Av. da Liberdade, 62 a 64, na cidade de Mangualde, com a seguinte:

ORDEM DE TRABALHOS

1 - Apreciação, discussão e votação do Relatório, Balanço, Contas e proposta de Distribuição dos Resultados do exercício de 2009, apresentado pelo Conselho de Administração, assim como o Parecer do Conselho Fiscal.

2 - Apreciar e discutir outros assuntos de interesse para a Instituição.

Se, à hora marcada para o inicio da reunião, não estiverem presentes mais de metade dos sócios, a Assembleia Geral reunirá, em segunda convocatória, uma hora depois (18:00h), no mesmo local, com qualquer número de associados.

Mangualde, 19 de Fevereiro de 2010 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral,

(Acácio Santos da Fonseca Pinto - Dr.)

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 Relatório do Conselho de Administração Juntos somos mais fortes. CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA Relatório e Contas 2009

Relatório do Conselho de Administração

INTRODUÇÃO

Ex.mos Senhores Associados,

Nos termos das disposições legais e estatutárias, a Direcção da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Vale do Dão e Alto Vouga, vem submeter para a vossa apreciação e aprovação, o Relatório de Gestão, as Contas com os respectivos anexos e a proposta de Aplicação de Resultados do exercício económico de 2009 .

Com este documento pretendemos dar dentro do possível conta da forma como decorreu a actividade desenvolvida ao longo do ano de 2009 e comentar numa análise breve, o cenário que lhe serviu de pano de fundo, complementado com um anexo de quadros de indicadores e demonstrações financeiras.

ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

A evolução da economia e do sector financeiro foi, em 2009, profundamente afectada pelo impacto da crise internacional que eclodiu há mais de dois anos com origem no segmento do crédito habitacional subprime dos EUA, mas que rapidamente se alargou a outras áreas, em virtude do elevado grau de integração dos mercados que actualmente se verifica.

A crise exacerbou-se após a falência do banco americano Lehman Brothers em Setembro de 2008, conduzindo a um declínio muito acentuado do nível de actividade económica e a uma vincada recessão em 2009, aliás já manifesta da em muitos países na parte final de 2008.

A economia mundial registou assim, no ano findo, um recuo de 0,8%, o que marca um significativo contraste com o forte crescimento que ininterruptamente apresentara desde há quase uma década. Mesmo em 2008, apesar de um expressivo afrouxamento, o crescimento a nível mundial ainda fora de 3%. Acompanhando a retracção na actividade económica, o comércio mundial de bens e serviços, que

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 Juntos somos mais fortes. CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA Relatório e Contas 2009 nos anos de grande crescimento se expandira a taxas anuais de mais de 7%, sofreu em 2009 uma quebra brutal, de mais de 12%, depois da desaceleração muito pronunciada que já evidenciara em 2008 (incremento de apenas 2,9%).

Crescimento do Comércio mundial de bens e serviços Evolução do crescimento económico mundial Ʃ% Ʃ% PIB

2010 2004 2005 2006 2007 2008 2009 (Prev.) 2010 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 (Prev.)

10,6 9,3 5,3 5,1 5,2 7,4 7,3 5,8 3,9 3,9 2,8 3,0

1,8

-0,8 -12,3

Fonte: FMI, World Economic Outlook (várias edições)

Os efeitos da crise manifestaram-se em todos os principais pólos da economia mundial, com abaixamentos muito fortes do nível de actividade na generalidade dos países mais desenvolvidos e notória desaceleração nas economias emergentes, nomeadamente China e Índia, que no entanto continuaram a crescer a taxas comparativamente elevadas. Nos países emergentes, a excepção foi a Rússia e outros países dependentes da exportação de produtos básicos, e em especial petróleo bruto, que se ressentiram da menor procura para esses produtos e consequente queda do seu preço nos mercados internacionais.

No conjunto dos países desenvolvidos, a actividade económica regrediu 3,2% em 2009, contra uma situação de quase estagnação em 2008 (crescimento de 0,5%), com os EUA a evidenciarem uma contracção de 2,5%, face a uma quase estagnação em 2008 (+0,4%), e a economia japonesa a cair mais de 5%, acentuando a quebra já observada em 2008 (-1,2%). Na Zona Euro, a queda do produto foi de 3,9%, seguindo-se a um modesto crescimento de 0,6% em 2008, sendo mais acentuada na Alemanha – cuja economia, sofrendo o impacto directo da queda do comércio mundial, apresentou em 2009 uma contracção de 4,8% - e na Itália – que igualmente registou uma quebra de 4,8%, após uma descida de 1% em 2008. A vizinha Espanha, por sua vez, que em 2008 ainda crescera 0,9%, registou uma queda no produto de 3,6%, para o que muito contribuiu a profunda retracção no sector imobiliário, que fora, ao longo de vários anos, um dos principais motores da economia. Fora da Zona Euro, mas

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 Juntos somos mais fortes. CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA Relatório e Contas 2009 ainda na UE, assinale-se a queda do produto, em 4,8%, evidenciada pela economia britânica - onde igualmente se formara uma bolha imobiliária -, após uma quase estagnação em 2008 (+0,5%).

Crescimento Económico

¨% PIB

2009 2010(P 2007 2008 (E) )

Países Desenvolvidos 2,7 0,5 -3,2 2,1 do qual, Zona Euro 2,7 0,6 -3,9 1,0 Países emergentes 8,3 6,1 2,1 6,0 Mundo 5,2 3,0 -0,8 3,9

Fonte: FMI, Wordl Economic Outlook (várias edições)

Sublinhe-se que, apesar da enorme contracção do nível de actividade económica em grande número de países, a evolução poderia ser mais negativa sem as extraordinárias medidas de emergência no domínio da política monetária e orçamental, as quais, para além de terem assegurado a sustentação do sector financeiro, contribuíram para atenuar as principais consequências da crise sobre a actividade económica e o emprego.

No campo monetário, as medidas envolveram a redução das taxas directoras para níveis mínimos extremos – por vezes, como nos EUA e no Reino Unido, de quase 0%, e na Zona Euro de 1% -, a cedência massiva de liquidez aos bancos e ainda operações completamente alheias à ortodoxia monetária, como a realização de financiamentos directos a entidades não financeiras e, fora da Zona Euro, o financiamento dos défices públicos pelos bancos centrais.

Em resultado destas medidas, o nível das taxas de juro do mercado interbancário – no caso da Zona Euro as taxas euribor – desceu continuamente ao longo de 2009, passando, no caso da taxa a 3 meses, de 3,29% em Dezembro de 2008 para 0,71% em Dezembro findo (médias mensais).

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Evolução das taxas euribor (*) % 2008 2009 Mar Jun Set Dez Mar Jun Set Dez

EB 3 meses 4,60 4,94 5,02 3,29 1,64 1,23 0,77 0,71 EB 6 meses 4,59 5,09 5,22 3,37 1,77 1,44 1,04 1,00 (*) Valores médios mensais

O esboço de retoma que, com oscilações e incertezas, se começa a avistar a nível internacional, através da evolução mais favorável dos principais indicadores de actividade na parte final de 2009, é em parte explicável por estas medidas. O processo de reconstituição dos “stocks” que, como resposta das empresas à crise, tinham sido reduzidos para níveis mínimos, terá sido também um factor relevante na recuperação que se está a observar, do mesmo modo que a reanimação, mais pronta do que se previa, das economias emergentes – nomeadamente da Ásia, com impacto favorável nas exportações do Japão, da Zona Euro – sobretudo Alemanha – e dos EUA. Perspectiva-se assim para 2010 uma recuperação económica já significativa nos principais pólos económicos, embora mais forte nos EUA e no Japão e mais modesta na Zona Euro. No caso da Espanha, a economia deverá voltar a recuar em 2010.

A contracção económica levou, em muitos países, a um aumento da taxa de desemprego, que se situa acima dos 10% nos EUA, na Zona Euro e até na própria China – apesar do seu forte ritmo de crescimento - e já atinge quase 20% na Espanha, país que regressou, assim, aos elevados níveis de desemprego que apresentava no início dos anos 90, e que se tinham reduzido significativamente com o surto de crescimento que conseguira.

Em contrapartida, porém, as tensões inflacionistas que tinham começado a manifestar-se com alguma intensidade em 2008 em resultado da subida do preço do petróleo – que atingiu níveis máximos, da ordem de 150 USD por barril, em meados de 2008 - esbateram-se consideravelmente perante a menor procura que a queda da actividade económica induziu, conduzindo a uma inflação praticamente nula, em termos de média anual (+0,1%) nos países desenvolvidos – contra 3,4% em 2008 - e a um significativo

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 Juntos somos mais fortes. CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA Relatório e Contas 2009 abrandamento da taxa de inflação nos países emergentes (subida nos preços ao consumidor de 5,2% em 2009 contra 9,2% em 2008). Note-se, porém, que na parte final de 2009, sobretudo como resultado da gradual recuperação do preço do petróleo, se tem assistido a um ligeiro incremento das taxas de inflação em base mensal, mantendo-se, no entanto, em níveis relativamente contidos.

Na esfera financeira, as medidas de estabilização e de apoio aos bancos adoptadas pelas autoridades monetárias e pelos governos de muitos países, contribuíram para conter o movimento de fuga ao risco por parte dos investidores e para desfazer o receio que se apoderara do público em geral, conduzindo a uma acalmia e normalização dos mercados, que gradualmente se consolidou.

Paralelamente, assistiu-se a uma certa normalização do mercado internacional do crédito, mas certas operações, de grande relevância anteriormente à eclosão da crise, continuam basicamente paralisadas, como é o caso da titularização de créditos. Também não se verificou, ainda, o regresso a uma situação de perfeita normalidade no mercado interbancário, continuando a generalidade das instituições a concentrar as suas operações nos mercados domésticos e nos principais bancos.

A descida das taxas de juro do mercado bancário, associada à progressiva normalização do sentimento em relação ao risco por parte dos investidores, e a algum optimismo quanto às perspectivas de retoma, conduziram, ao longo de 2009, a uma expressiva recuperação das cotações das acções de muitas empresas, nos diversos sectores de actividade. Os principais índices bolsistas registaram assim subidas muito significativas, embora ficando ainda bastante abaixo dos picos que haviam atingido antes da crise, movimento que igualmente se verificou no índice PSI- 20 da bolsa portuguesa, que subiu 39,9%, ao longo de 2009, em relação ao final de 2008.

O impacto adverso da crise nas receitas dos Estados, e o aumento da despesa, quer na componente automática – onde sobressai o subsídio de desemprego - quer na componente discricionária - em que se inserem as medidas de apoio aos bancos nos casos que implicaram efectivo dispêndio de fundos e as de estímulo fiscal à economia - está a pressionar enormemente as finanças públicas da generalidade dos países.

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O défice das contas públicas em 2009 ultrapassou os 10% do PIB num conjunto alargado de países, em que se incluem os EUA, o Reino Unido e o Japão e, no seio da Zona Euro, a Irlanda e a Grécia. É no entanto de referir que outros países se aproximam de níveis comparáveis de défice público e que praticamente em todos se verifica um agravamento nas contas do Estado em relação à situação de 2008, ano em que já se notava deterioração significativa face a 2007.

Neste contexto de crise internacional, a economia portuguesa, que mesmo anteriormente à crise já vinha registando níveis de crescimento muito modestos, sofreu em 2009 uma queda pronunciada, que se traduziu num decréscimo do PIB, em relação a 2008, de 2,7%, decréscimo que só encontra paralelo em 1975.

Com efeito, a economia portuguesa ressentiu-se fortemente da queda muito pronunciada das exportações, quer de mercadorias quer de serviços, que em conjunto decaíram 12,5% em termos reais, com impacto negativo substancial no nível de actividade, já grandemente deprimido devido à contracção no sector da construção, e dos sectores a ele ligados, que sofreram o embate inicial da crise.

Assistiu-se assim a uma forte retracção, de 11,7%, no investimento, que resultou quer do investimento empresarial – que aprofundou a evolução já negativa de outros anos -, quer do habitacional, e o próprio consumo privado, em anos anteriores o principal sustentáculo da actividade económica, registou uma evolução negativa (variação de -0,9% em relação a 2008).

Neste quadro, o desemprego tem vindo a aumentar consideravelmente, atingindo no final de 2009 já cerca de 525 mil pessoas, colocando a taxa de desemprego em 9,3%, nesta altura uma das mais elevadas da Zona Euro, embora significativamente inferior à que se observa em Espanha. Note-se que, até há alguns anos atrás, a taxa de desemprego em era uma das mais baixas da Zona Euro.

Em contrapartida, à semelhança do ocorrido noutros países, e na Zona Euro em geral, a inflação contraiu-se consideravelmente, vindo a ser mesmo negativa no conjunto do ano (-0,9%), face ao nível de 2,7% observado em 2008. Perspectiva-se para 2010 o regresso a uma situação de inflação positiva, que de acordo com as previsões actuais rondará os 0,7%.

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Também como noutros países, as contas públicas foram pressionadas pela queda das receitas provocada pela diminuição da actividade, que por outro lado fez subir as despesas da segurança social – em especial o subsídio de desemprego. Assim, apesar de os gastos do Estado expressamente dirigidos ao combate à crise terem tido menor expressão do que noutros países, o défice público em 2009 acabou por atingir 9,3% do PIB. Ainda no terceiro trimestre, a estimativa do Governo apontava para um défice de 5,9%, mas a generalidade dos analistas já antevia um défice mais expressivo para o conjunto do ano.

Finalmente note-se que o défice da economia portuguesa face ao exterior se atenuou, embora mantendo-se elevado (8,2% do PIB), pois apesar da redução das exportações, as importações também caíram, devido ao menor nível de actividade, e além disso Portugal beneficiou da baixa do preço do petróleo.

Prevê-se para a economia portuguesa uma ligeira recuperação em 2010, com o PIB a crescer 0,7%, mas esta previsão está naturalmente afectada por um considerável grau de incerteza, estando em especial dependente do comportamento das exportações e do consumo privado, e de uma evolução menos negativa do investimento.

MERCADO BANCÁRIO

Naturalmente, a situação do mercado bancário não poderia ficar imune à conjuntura económica e financeira global.

A descida acentuada das taxas euribor está a penalizar de sobremaneira a margem financeira das instituições, em especial nos casos em que os financiamentos concedidos indexados às taxas euribor detêm peso elevado nas carteiras, já que o custo médio dos recursos de clientes, que constitui em todas as instituições a componente de base do seu funding , desceu muito menos que a remuneração dos activos. Isto porque, por um lado, as taxas dos depósitos não descem abaixo de determinados níveis

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 Juntos somos mais fortes. CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA Relatório e Contas 2009 mínimos e, por outro, porque a concorrência entre as instituições pela captação de recursos, que se mantém muito viva, esbate, no tocante ao seu custo médio, o efeito da descida das taxas Euribor.

Nível de Taxas de Juro Médias No Sistema Bancário

2004 2005 2006 2007 2008 2008 2009 2009 'pp Dez Dez Dez Dez Jun Dez Jun Nov Nov09-Dez08

Depósitos até 2 anos 2,04 2,06 2,72 3,58 3,72 3,99 2,38 1,92 -2,07

Crédito a empresas * 4,31 4,41 5,39 6,15 6,29 6,14 4,02 3,43 -2,71

Crédito à habitação 3,78 3,73 4,79 5,51 5,63 5,86 3,08 2,07 -3,79

Crédito pessoal 7,60 7,68 8,07 8,75 8,98 9,03 7,98 7,48 -1,55 (consumo…)

* Sociedades não financeiras

Fonte: Banco de Portugal, Indicadores de Conjuntura, Jan/2010

Não surpreende pois que a descida da taxa média dos depósitos, embora significativa em si mesma, não tenha acompanhado em 2009 a baixa das taxas euribor em termos comparáveis ao que tem ocorrido nas taxas médias do crédito, tanto mais que também se verifica uma preferência dos depositantes por depósitos de prazos mais longos, nesta conjuntura de taxas baixas.

Assim, entre Dezembro de 2008 e Novembro de 2009, o nível médio das taxas de juro nos depósitos até 2 anos baixou de 3,99% para 1,92% (-2,07 pp), quando a euribor, nesse período (considerando, a título ilustrativo a euribor a 6 meses), se reduziu em 2,38 pp, passando de 3,37% em Dezembro de 2008 para 0,99% em Novembro de 2009.

No mesmo período, a descida nas taxas médias do crédito foi consideravelmente mais vincada, de 6,14% para apenas 3,43% no crédito a empresas (-2.71 pp) e de 5,86% para 2,07% no crédito à habitação (- 3,79%), sendo a descida mais moderada apenas no caso do crédito pessoal a particulares (de 9,03% para 7,48%, ou seja, -1,55 pp). A descida na taxa média do crédito à habitação é particularmente forte e explica-se, naturalmente, pelo facto de, na esmagadora maioria, os contratos respectivos, de longa duração, se encontrarem rigidamente indexados à euribor a 6 meses.

A desfavorável conjuntura macroeconómica conduz por outro lado a que não existam condições propícias para a expansão do negócio bancário na vertente creditícia, uma vez que o abaixamento no nível de

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 Juntos somos mais fortes. CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA Relatório e Contas 2009 actividade origina uma retracção da procura por parte das empresas, verificando-se também menor procura dos particulares, em virtude dos baixos níveis de confiança.

A este efeito do lado da procura, associa-se, do lado da oferta, uma maior selectividade e rigor na concessão por parte dos bancos, dadas as profundas alterações no ambiente de negócio, que originam um agravamento dos riscos, e também em consequência das restrições de balanço em algumas instituições, por razões de liquidez ou de solvabilidade.

Evolução dos Agregados de Crédito Variação homóloga em % *

2004 2005 2006 2007 2008 2008 2009 Dez Dez Dez Dez Jun Dez Nov

Crédito a Empresas ** 2,5 5,0 7,1 11,2 12,3 10,5 2,6 Crédito à Habitação 10,5 11,1 9,9 8,5 7,1 4,3 2,5

Crédito pessoal 4,4 4,5 10,1 11,3 10,6 6,2 1,8 (consumo,…)

* Com base nos saldos médios ajustados de operações de titularização ** Sociedades não financeiras Fonte: Banco de Portugal, Indicadores de Conjuntura, Jan/2010

Observa-se assim que o saldo do crédito a empresas no conjunto do sistema bancário, que ainda em Junho de 2008 apresentava um crescimento de 12,3% sobre o mês homólogo do ano transacto, cresceu apenas 2,6% em Novembro de 2009, o que traduz uma redução muito substancial em termos de crédito novo, que se foi acentuando de modo manifesto ao longo da segunda metade do ano. A desaceleração mais acentuada tem-se, porém, no crédito a particulares, com o crédito à habitação a evidenciar em Novembro de 2009 um crescimento de apenas 2,5% (em termos de saldo) e o crescimento do crédito pessoal, em que se inclui o crédito ao consumo, a ficar em apenas 1,8%. Esta situação contrasta de modo bem marcante com o que se verificava antes do início da crise, em que quer o crédito à habitação, quer o crédito ao consumo, apresentavam taxas de expansão da ordem de 10% em termos homólogos.

No que se refere aos depósitos de particulares e de empresas (i.e., sociedades não financeiras), depois de um crescimento significativo, que em termos homólogos atingiu 5,9% no caso das empresas e 9,8% nos particulares, entre Junho de 2008 e Junho de 2009, evidenciaram na parte final do ano uma quase estagnação. Este comportamento explica-se pelo facto de as aplicações alternativas aos depósitos tradicionais – fundos de investimento e seguros de capitalização – terem de novo ganho, ao longo de 2009, interesse junto do público aforrador, devido à remuneração cada vez mais baixa dos depósitos e à

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 Juntos somos mais fortes. CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA Relatório e Contas 2009 maior estabilidade e recuperação nos mercados financeiros, com impacto nas expectativas dos investidores.

Noutro plano, o impacto da crise económica está a manifestar-se, em termos bastante impressivos, na evolução do crédito mal parado, que, no conjunto do sistema bancário, se elevou de 1,7% em Dezembro de 2007 para 4,5% em Novembro último no segmento empresarial, e nos particulares subiu, no mesmo período, de 1,5% para 1,8% no crédito à habitação, e de 3,5% para 6,9% no crédito ao consumo.

No segmento de particulares, no período referido, o crescimento do crédito mal parado em valor absoluto atingiu quase 570 milhões de euros no crédito ao consumo, e 663 milhões no crédito à habitação.

No segmento empresarial, o aumento do crédito mal parado foi particularmente importante nas actividades ligadas ao imobiliário, em que passou de 254 milhões de euros em Dezembro de 2007 – representava apenas 0,7% do valor total da carteira – para 1.535 milhões no passado mês de Novembro (3,7% da carteira). O aumento do crédito vencido neste sector, desde Dezembro de 2007, totaliza quase 1.281 milhões de euros, ou seja, 1/3 do incremento total do crédito vencido de empresas registado pelo conjunto dos bancos neste período. Globalmente, o acréscimo do crédito vencido no segmento empresarial atingiu, em valor absoluto, cerca de 3.825 milhões de euros! Encontravam-se com crédito vencido cerca de 20% das empresas, cujas dificuldades se repercutem, naturalmente, sobre outras por via dos atrasos nos pagamentos entre si, facto agravado pela demora que o próprio Estado regista nas liquidações aos seus fornecedores.

O GRUPO CRÉDITO AGRICOLA - EVOLUÇÃO E PERSPECTIVAS

O Crédito Agrícola registou ao longo dos últimos anos uma evolução bastante favorável em todos os aspectos da sua actividade, que se traduziu num considerável reforço da sua solidez financeira e em melhorias visíveis no plano operativo, na modernização da sua imagem e na notoriedade do Grupo.

Apesar da actual crise económica e financeira internacional, que faz sentir os seus efeitos desde meados de 2007, o Crédito Agrícola, globalmente, realizou ainda resultados positivos muito expressivos quer

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 Juntos somos mais fortes. CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA Relatório e Contas 2009 nesse ano quer já em 2008, totalizando cerca de 240 milhões de euros, dando continuidade à evolução muito favorável que vinha registando.

Entretanto, com o aprofundamento da crise, e sobretudo como consequência da política monetária do BCE, fazendo descer as taxas euribor para níveis mínimos extremos, os resultados sofreram no corrente exercício uma contracção, em consequência do estreitamento da margem financeira, mantendo-se porém amplamente positivos, na ordem de 55 milhões de euros. Com efeito, uma parte muito importante – mais de 70%, da carteira de crédito das Caixas encontra-se indexada às taxas euribor, pelo que a descida destas taxas originou uma substancial redução nos proveitos gerados pela carteira de crédito, num contexto em que os custos dos recursos se mantêm pressionados.

Note-se que os lucros do Crédito Agrícola, dada a sua natureza de instituição bancária cooperativa, se destinam quase totalmente ao reforço da sua situação líquida, que nesta altura já ultrapassa os 1.000 milhões de euros. Com o reforço da sua situação líquida, o Grupo incrementa a sua robustez, aumentando simultaneamente a capacidade das Caixas para agirem como alavancas financeiras no desenvolvimento sócio-económico das suas regiões.

Este contínuo reforço dos capitais próprios, a par com a manutenção de uma postura de prudência na expansão do negócio, traduziu-se na incessante melhoria, ao longo dos últimos anos, do rácio de solvabilidade do Grupo. Assim o Crédito Agrícola é, presentemente, o grupo financeiro com o valor mais elevado neste rácio chave, quer em termos do seu valor global (13%) quer na componente respeitante aos fundos próprios de base (11,9%), estando os respectivos níveis muito acima dos mínimos definidos ou recomendados pelo Banco de Portugal.

Entretanto, o activo líquido total do Grupo é já, por sua vez, de 12, 6 mil milhões de euros, com o crédito a perfazer 8,8 mil milhões, para um valor total dos depósitos de 9,8 mil milhões.

O rácio crédito/depósitos do Crédito Agrícola, espelha igualmente uma gestão muito prudente do Grupo no tocante à liquidez, que o coloca em situação privilegiada, e praticamente única, no sistema financeiro nacional, ao deter uma posição interbancária líquida credora, perante outros bancos de primeira linha,

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 Juntos somos mais fortes. CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA Relatório e Contas 2009 que hoje se aproxima dos 2.000 milhões de euros (mercado monetário e títulos de dívida emitidos por outras instituições).

Deste modo, após mais de dois anos de crise económica e financeira global, o Crédito Agrícola não teve necessidade – e continua a não ter – de recorrer a qualquer das medidas especiais de apoio aos bancos decididas pelo Governo, face à perturbação nos mercados financeiros.

Comparando a situação do Grupo com a de outros bancos com peso relevante no mercado, constatamos que o Crédito Agrícola tem apresentado posição bastante favorável em termos de rentabilidade, eficiência, solvabilidade e liquidez, sendo também de destacar a sua posição nos índices de reclamações de clientes, de longe os mais baixos da banca portuguesa - como aliás também sucede com os bancos cooperativos de outros países europeus, como é reconhecido num recente estudo internacional citado na revista britânica “The Economist”. Apenas no crédito vencido, o Grupo aparece ainda em posição menos favorável, embora tendo registado, nos últimos anos, uma aproximação significativa à média do sector. No contexto da actual crise, aliás, o crédito vencido no Crédito Agrícola tem aumentado menos que no conjunto do sector bancário.

Posicionamento do Crédito Agrícola face ao sector Indicadores de desempenho

Rácio de transformação 87% 1º (o melhor) Rácio de eficiência 49,8% 2º melhor Rentabilidade do activo 1,0% 2º melhor Solvabilidade Tier1 12,0% 1º (o melhor) Rentab. dos capitais próprios 12,2% 4º melhor

Índices de reclamações: - Depósitos 15º (o melhor) - Crédito à habitação 14º (2º melhor) - Cheques 13º (o melhor)

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A evolução do negócio do Grupo fez-se acompanhar da expansão gradual e ponderada da sua rede, a qual actualmente totaliza já 681 agências, mantendo-se como uma das maiores redes bancárias a nível nacional. À excepção da Região Autónoma da Madeira, o Crédito Agrícola está presente em todo o território nacional, chegando a sua rede, em alguns distritos, a perfazer mais de 30% da rede bancária total aí implantada. Como é, porém, sabido, o Crédito Agrícola tem ainda reduzida presença nos grandes centros de Lisboa e Porto, o que diminui o seu peso global a nível nacional, tendo porém a Caixa Central, como entidade do Grupo que cobre esses centros, iniciado recentemente a expansão da sua rede, o que prosseguirá quando a melhoria do ambiente económico geral criar condições propícias para o efeito.

Para além das Caixas Agrícolas e da Caixa Central, que entre si formam o SICAM, o Crédito Agrícola integra ainda um conjunto de empresas especializadas, nas áreas de seguros, da gestão de activos e de consultadoria. Merece destaque, neste contexto, a importância já adquirida pela actividade seguradora do Grupo, distinguindo-se as duas companhias – a CA Vida e a CA Seguros –, quer pela evolução dos seus indicadores económicos e financeiros quer pela crescente qualidade do serviço. Tal conduziu ao reconhecimento da CA Seguros, em 2009, como a melhor seguradora de ramos reais em Portugal no seu segmento dimensional, galardão que obteve pelo segundo ano consecutivo. A CA Vida fora igualmente distinguida, noutro ano, com o prémio da melhor seguradora do ramo vida no nosso país em termos absolutos.

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INDICADORES DE EVOLUÇÃO DO CRÉDITO AGRÍCOLA (SICAM)

Evolução do Activo Líquido e dos Depósitos de Clientes

14.000

12.000

10.000

8.000

6.000

4.000 Valores em milhões de euros de milhões em Valores 2.000

0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Set-09 Ano

Activo Líquido Depósitos de Clientes

Evolução da Situação Líquida

1.200

1.000

800

600

400

Valores em Milhões de euros de Milhões em Valores 200

0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Set-09 Ano

Situação Líquida

ANALISE DA ACTIVIDADE DA NOSSA CAIXA

Iniciámos o ano de 2009 na expectativa de que todos os objectivos definidos no plano de actividades e orçamento fossem atingidos, infelizmente tal não foi conseguido, devido essencialmente à conjuntura desfavorável dos mercados financeiros e da economia mundial a que já amplamente nos referimos e na qual, infelizmente, o nosso país também se vê envolvido.

Nas condições actuais do mercado bancário, em que os principais bancos mantêm a necessidade de reforçar a sua liquidez, enfrentámos ao longo do ano, uma forte concorrência quer na captação de recursos quer nas operações activas, perante níveis de taxas absurdas para a conjuntura actual, o que veio a reflectir-se na margem financeira e fortemente nos nossos resultados líquidos. Temos consciência

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 Juntos somos mais fortes. CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA Relatório e Contas 2009 de que esta postura ainda se irá manter por mais algum tempo, provavelmente ao longo de todo o ano de 2010, pelo que teremos de continuar a defender a nossa carteira de produtos passivos.

As perspectivas de crescimento da actividade e rentabilidade da nossa Caixa para o próximo ano continuam condicionadas pela conjuntura de crise económica e financeira e pelo impacto no mercado bancário da política monetária do BCE de resposta a essa crise, que para nós, Crédito Agrícola é um factor totalmente exógeno.

Embora seja de contar que o crédito mal parado possa ainda aumentar, como normalmente ocorre em situações de recessão económica, a esperada subida das taxas euribor em 2010, mesmo que moderada, criará certamente condições para a melhoria da margem financeira e dos resultados.

Ainda nesta área, a crise económica e financeira que atravessamos, obriga-nos a ter uma postura mais selectiva e de contenção na politica creditícia, não descurando contudo as oportunidades de crédito que poderemos aproveitar, procurando aferir no contexto da actual crise o menor risco possível, dado que a sensibilidade das diferentes empresas e sectores à recessão económica não é, obviamente, homogénea.

Apesar de ser desejável aumentar o nosso rácio de transformação dos recursos captados em crédito, temos de manter uma posição cuidada e algo retraída dados os factores e condicionalismos do mercado. Todos sabemos que actualmente há empresas em que o risco é significativamente mais elevado do que há alguns meses atrás. No que concerne aos particulares, a nossa selectividade coloca-se ao nível do risco da instabilidade de emprego.

É também de considerar em 2010 o contributo que advirá da expansão dos proveitos de comissões decorrentes da venda cruzada, nomeadamente de seguros e fundos de investimento, o qual já foi relevante quer em 2008 quer em 2009, sobretudo no tocante aos seguros, mas mantém significativo potencial de crescimento.

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No dia 23 de Novembro 2009 concretizou-se oficialmente a fusão da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale do Dão, CRL, com a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Sátão e Vila Nova de Paiva, CRL. Desta fusão resultou a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale do Dão e Alto Vouga, CRL, com sede na cidade de Mangualde.

Esta fusão foi um acto voluntário pelo qual as Caixas Agrícolas uniram as suas forças, capacidades, fundos e quadros, a fim de formarem, com os associados e clientes de ambas, uma única entidade jurídica, economicamente mais forte.

Com esta fusão, ficou constituída na região uma Instituição Bancária do Ramo Cooperativo mais sólida, dinâmica, e capaz de defender os interesses de todos os seus clientes, tornando – se em simultâneo um dos motores de apoio ao desenvolvimento das populações e actividades empresariais dos 4 concelhos da sua actual área de intervenção (Mangualde, Penalva do Castelo, Sátão e Vila Nova de Paiva), para além de ser uma das Caixas de Crédito Agrícola de referência no seio do Grupo CA.

Considerando toda a envolvente que afectou a nossa actividade em 2009, e como é visível neste relatório, à data de 31 Dezembro, a nossa Instituição detinha os seguintes indicadores:

220 Milhões Euros de volume de negócios e 13.918 Clientes activos; 5.563 Associados activos; 26 Empregados, 6 Agências – Mangualde; Chãs de Tavares e Penalva do Castelo, Sátão, Vila Nova de Paiva e Ferreira de Aves. Activo Liquido de 122 Milhões de Euros; 56 Milhões Euros de crédito concedido; 112,9 Milhões Euros de recursos captados ( depósitos e produtos fora de balanço); Capitais próprios - 13 Milhões Euros.

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Devido às alterações ocorridas recentemente ao Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo que alargou a actividade bancária das CCAM’s, foi também alterado o seu modelo de governação, daí as eleições ocorridas em 29 de Dezembro último cuja posse ocorreu no passado dia 11 de Janeiro de 2010. Relativamente ao exercício findo, apontamos seguidamente alguns dos principais indicadores que caracterizam a evolução e desempenho da actividade quer do Balanço, quer actividades fora do Balanço, da Caixa de Credito Agrícola Mútuo do Vale do Dão e Alto Vouga, isto sem prejuízo do relatório e contas já discutido e aprovado em A.G. de 29 de Dezembro onde foram aprovadas as contas individuais da ex- CCAM de Sátão e Vila Nova de Paiva.

Indicadores:

Rácios Normativos para o Sicam vs CCAM do Vale do Dão e Alto Vouga Unidade: €uro Variação período Rácio Orientação 2008-12-31 2009-10-31 2009-11-30 2009-12-31 homologo Crédito Vencido Líquido/Crédito Total Líquido ” 3% 2,05 % 1,89 % 2,06 % 1,98 % -3,41 % Crédito Vencido Bruto há + 90 dias/Crédito Total ” 5% 3,19 % 2,49 % 2,38 % 2,46 % -22,88 % Rácio de Eficiência < 55% 53,81 % 65,72 % 97,82 % 95,33 % 77,16 % Produtividade: ª Activo Líquido/Nº Empregados > € 2.500.000 4.454.779 € 4.593.088 € 4.608.397 € 4.696.539 € 5,43 % ª Produto Bancário/Nº Empregados > € 90.000 154.808 € 121.218 € 45.653 € 53.847 € -65,22 % Comissões Líquidas/Produto Bancário > 12% 16,20 % 20,81 % 25,30 % 26,61 % 64,26 % Garantias obtidas para o crédito concedido Reais > 50% 80,94 % 81,71 % 81,28 % 81,31 % 0,46 % Rácio de Transformação < 70% 52,89 % 53,73 % 53,77 % 52,80 % -0,17 %

(*) - Valor referente ao último reporte disponível nesse período

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Indicadores de Estrutura Saldo em Fim de Período unidade: €uro Variação período Rubrica 2008-12-31 2009-10-31 2009-11-30 2009-12-31 homologo Disponibilidades e Aplicações 56.593.986 € 57.198.552 € 57.351.997 € 59.307.996 € 4,80 % Crédito a Clientes (Bruto) 53.287.483 € 56.097.989 € 56.410.308 € 56.488.325 € 6,01 % Provisões/Imparidades Acumuladas p/ Crédito 1.377.960 € 1.752.277 € 1.760.306 € 1.644.250 € 19,32 % Crédito Total Líquido 51.540.238 € 53.959.222 € 54.264.550 € 54.458.109 € 5,66 % Total Crédito Vencido 1.997.566 € 1.782.165 € 1.887.912 € 1.735.079 € -13,14 % Provisões/Imparidades Acumuladas p/ Crédito Vencido 943.432 € 763.001 € 768.138 € 658.066 € -30,25 % Crédito Vencido + 90 Dias 1.699.188 € 1.396.865 € 1.342.055 € 1.390.914 € -18,14 % Grau de Cobertura do C.V. por Provisões 47,23 % 42,81 % 40,69 % 37,93 % -19,69 % Crédito Vencido + 90 Dias / Total Crédito Vencido 85,06 % 78,38 % 71,09 % 80,16 % -5,76 % Activos Não Correntes Detidos p/ Venda (Bruto) 1.727.395 € 2.574.717 € 2.574.717 € 2.574.717 € 49,05 % Provisões e Imparidades Acum. 107.932 € 389.479 € 389.479 € 389.479 € 260,86 % Activos Não Correntes Detidos p/ Venda (Liq.) 1.619.463 € 2.185.238 € 2.185.238 € 2.185.238 € 34,94 % Total Activo Líquido 115.824.265 € 119.420.306 € 119.818.344 € 122.110.022 € 5,43 % Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 101.557.578 € 104.848.026 € 105.333.049 € 107.329.299 € 5,68 % Outros Passivos Subordinados 0 € 0 € 0 € 0 € 0,00 % Situação Liquida 12.771.547 € 13.014.661 € 12.873.242 € 12.977.837 € 1,62 % Passivo + Situação Líquida 115.824.265 € 119.420.306 € 119.818.344 € 122.110.022 € 5,43 % Fundos Próprios Totais (*) 10.815.736 € 11.729.894 € 11.729.894 € 11.843.747 € 9,50 %

Justificação da evolução do Rácio de Transformação Variação Mensal unidade: €uro Variação período Rubrica 2008-12-31 2009-10-31 2009-11-30 2009-12-31 homologo Depósitos 2.065.901 € -55.707 € 509.617 € 2.066.410 € 0,02 % Crédito -1.239.649 € 621.594 € 312.318 € 78.016 € -106,29 % Saldo do Mês 3.305.550 € -677.301 € 197.299 € 1.988.394 €

Indicadores de Rendibilidade unidade: €uro Ren Méd. Caixas Rácio 2008-12-31 2009-10-31 2009-11-30 2009-12-31 Agrícolas Rent. Mg Financeira = Mg. Financeira / Activo Líquido 2,96 % 1,62 % 0,72 % 0,87 % 2,43 % Rent. Mg Complementar = Mg. Complementar / Activo Líquido 0,59 % 0,47 % 0,23 % 0,32 % 0,69 % Rent. Produto Bancário = Prod. Bancário / Activo Líquido Médio 3,65 % 2,24 % 0,93 % 1,18 % 3,25 % Custos com Pessoal / Activo Líquido 1,01 % 0,77 % 0,50 % 0,61 % 1,11 % F.S.Terceiros / Activo Líquido 0,76 % 0,59 % 0,32 % 0,41 % 0,92 % Rent. do Activo = Res. Exercício / Activo Líquido Médio (ROA) 1,03 % 0,16 % -0,02 % 0,09 % 0,39 %

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Agências: Sátão; Penalva do Castelo; Vila Nova de Paiva; Chãs de Tavares e Ferreira de Aves.

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Demonstração de Resultados Saldo em Fim de Período unidade: €uro Variação período Rubrica 2008-12-31 2009-10-31 2009-11-30 2009-12-31 homologo Juros de Crédito * 3.722.468 € 2.487.114 € 1.272.030 € 1.487.890 € -60,03 % Juros de Aplicações Caixa Central * 2.128.652 € 985.079 € 569.699 € 638.617 € -70,00 % Juros de Recursos de Clientes * 2.630.733 € 1.594.247 € 1.016.055 € 1.108.183 € -57,88 % Margem Financeira 3.261.273 € 1.891.503 € 839.795 € 1.032.927 € -68,33 % Saldo de Comissões 651.855 € 546.669 € 275.237 € 372.523 € -42,85 % Outros Resultados de Exploração 100.532 € 182.478 € -32.876 € -15.720 € -115,64 % Produto Bancário 4.025.010 € 2.626.390 € 1.088.079 € 1.400.047 € -65,22 % Custos com Pessoal 1.182.949 € 937.876 € 616.272 € 759.903 € -35,76 % Com serviços (711) 776.326 € 624.533 € 333.906 € 427.177 € -44,97 % Com fornecimentos (710) 105.892 € 81.166 € 48.589 € 74.436 € -29,71 % Com avenças e honorários (71180) 29.549 € 26.260 € 11.790 € 19.336 € -34,56 % Gastos Gerais Administrativos 882.218 € 705.699 € 382.496 € 501.614 € -43,14 % Custos de Funcionamento 2.065.167 € 1.643.575 € 998.768 € 1.261.517 € -38,91 % Resultado Bruto de Exploração 1.859.266 € 900.339 € 23.713 € 65.379 € -96,48 % Provisões e Imparidades 455.350 € 667.932 € 45.609 € -1.508 € -100,33 % Resultado Líquido 1.136.474 € 191.158 € -19.053 € 102.459 € -90,98 % x * Pró Memória x Nota: Margem Financeira inclui outras rubricas não evidenciadas no quadro

Justificação da Evolução da Margem Taxas em Fim de Período unidade: €uro Tx Média Caixas Rubrica 2009-09-30 2009-10-31 2009-11-30 2009-12-31 Agrícolas A – Taxa Média dos Activos Taxa Média Crédito em Situação Regular 7,63 % 7,49 % 3,71 % 3,70 % 4,13 % Taxa Média Aplicações B – Taxa Média de Recursos 2,54 % 2,42 % 1,11 % 1,02 % 1,29 % Taxa Média Depósitos à Ordem 0,12 % 0,14 % 0,08 % 0,08 % 0,22 % Taxa Média Depósitos a Prazo 4,63 % 4,55 % 2,11 % 1,95 % 2,15 % Taxa Média Depósitos Poupança 2,48 % 2,27 % 1,02 % 0,93 % 1,21 % SPREAD (A-B) 5,09 % 5,07 % 2,60 % 2,68 % 2,84 % Nota : As taxas indicadas têm por base dados fornecidos pela CA serviços/DAD/Núcleo de Informação de Gestão

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Demonstração de Resultados Variação Mensal unidade: €uro Variação período Rubrica 2008-12-31 2009-10-31 2009-11-30 2009-12-31 homologo Juros de Crédito * 386.934 € 183.980 € -1.215.084 € 215.860 € -44,21 % Juros de Aplicações Caixa Central * 188.931 € 65.388 € -415.380 € 68.918 € -63,52 % Juros de Recursos de Clientes * 232.746 € 109.574 € -578.192 € 92.128 € -60,42 % Margem Financeira * 345.642 € 140.395 € -1.051.708 € 193.132 € -44,12 % Saldo de Comissões 78.684 € 60.823 € -271.432 € 97.286 € 23,64 % Outros Resultados de Exploração 33.785 € -2.700 € -215.354 € 17.156 € -49,22 % Produto Bancário 462.021 € 198.916 € -1.538.310 € 311.967 € -32,48 % Custos com Pessoal 183.147 € 97.051 € -321.604 € 143.630 € -21,58 % Com serviços (711) 91.271 € 72.247 € -290.626 € 93.271 € 2,19 % Com fornecimentos (710) 15.101 € 7.352 € -32.576 € 25.846 € 71,15 % Com avenças e honorários (71180) 2.850 € 2.196 € -14.470 € 7.546 € 164,77 % Gastos Gerais Administrativos 106.372 € 79.599 € -323.203 € 119.118 € 11,98 % Custos de Funcionamento 289.520 € 176.650 € -644.807 € 262.749 € -9,25 % Resultado Bruto de Exploração 145.249 € 14.893 € -876.625 € 41.666 € -71,31 % Provisões e Imparidades -111.940 € 40.768 € -622.323 € -47.118 € -57,91 % Resultado Líquido 225.189 € -24.469 € -210.212 € 121.512 € -46,04 % x * Pró Memória x Nota: Margem Financeira inclui outras rubricas não evidenciadas no quadro

Taxas Médias das Novas Operações unidade: €uro Tx Média Caixas Rubrica 2009-09-30 2009-10-31 2009-11-30 2009-12-31 Agrícolas A – Taxa Média dos Activos 5,72% 6,55% Taxa Média Crédito Vivo 12,08 % 11,47 % 7,00 % 5,72 % 6,55 % Taxa Média Aplicações B – Taxa Média de Recursos 3,06 % 2,75 % 1,75 % 1,67 % 1,85 % Taxa Média Depósitos à Ordem 0,09 % 0,00 % 0,04 % 0,00 % 0,20 % Taxa Média Depósitos a Prazo 3,31 % 3,20 % 1,94 % 1,82 % 2,01 % Taxa Média Depósitos Poupança 2,03 % 1,90 % 0,79 % 0,67 % 1,39 % SPREAD (A-B) 9,02 % 8,72 % 5,25 % 4,05 % 4,70 % Nota : As taxas indicadas têm por base dados fornecidos pela CA serviços/DAD/Núcleo de Informação de Gestão

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Como se pode facilmente verificar dos quadros anteriores e apesar das dificuldades enumeradas, ainda assim no ano de 2009 houve um crescimento global do negócio.

O Activo Líquido na nossa Caixa registou um crescimento 5,43%, atingindo em 31 de Dezembro os 122 M€. Quanto à sua evolução, destaca-se o aumento do peso da carteira de crédito sobre clientes e das aplicações na Caixa Central.

No que concerne à captação de depósitos totais foi evidenciando no referido exercício por um crescimento de 5,68 %, o que nas circunstâncias referidas é significativo (+ 5,8 M€).

Simultaneamente, também se verificou um acréscimo na rubrica de crédito concedido total de mais 6,01% face ao fecho do ano de 2008. Esta evolução, embora menor do que o desejável, deriva essencialmente da quebra na procura de crédito e dos critérios mais apertados na análise e avaliação do risco tal como já referido anteriormente.

A Carteira de Crédito Concedido a clientes, era composta da seguinte forma: Crédito sobre clientes (Balanço): 56,4 M€, sendo em regime de Contrato de Agência com a Caixa Central (extra balanço): 2,4 M€ , o que perfaz uma carteira total de 58,8 M€ . Como já referido, o panorama recessivo da actividade económica cria condicionantes adversas para o negócio bancário e agrava os factores de risco, propiciando a deterioração da qualidade da carteira de crédito e aumento dos riscos de incumprimento, aconselhando naturalmente prudência e rigor acrescidos na análise, selecção e gestão do crédito concedido.

O Crédito vencido há mais de 90 dias e em contencioso tem merecido a nossa particular atenção e preocupação na sua recuperação. Em 2009 essa recuperação representou em termos líquidos 22,8 %, registando o rácio à data 2,46% do crédito total. A lentidão com que os processos se arrastam em tribunal, que não é novidade para ninguém e tem sido uma preocupação constante para nós, dado que com o andar dos tempos, os activos dos devedores deterioram-se e as dividas têm assim cada vez mais possibilidades de insucesso de cobrança. Temos procurado como alternativa e sempre que possível, efectuar acordos de pagamento judicial, nos moldes legalmente aceites, resolvendo assim o que os meios judicias tardam em decidir. Ao decréscimo da carteira, correspondeu também o abatimento ao activo de parte de crédito totalmente provisionado, mas cujas acções judiciais continuam activas.

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Agências: Sátão; Penalva do Castelo; Vila Nova de Paiva; Chãs de Tavares e Ferreira de Aves.

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A aplicação de excedentes, exclusivas na Caixa Central por imperativo legal e que representavam em 31 de Dezembro 59,3 M€, são outro factor que também se vem reflectir negativamente na nossa rendibilidade.

O Rácio de transformação em 31 Dezembro era de 52,80 %, tendo nós aqui margem ainda de crescimento em situação de conjuntura favorável de mais 20% .

Os Capitais Próprios de 12,9 M€ cresceram 1,62 % relativamente ao ano anterior representando cerca de 10,56 % do Activo Liquido. Para este crescimento contribuiu não só a entrada de novos associados como os resultados do exercício de 2008.

O Rácio de Solvabilidade “TIER I” situava-se no final do ano nos 28,69 %.

À actividade de negócio atrás mencionada, temos a acrescentar ainda os recursos captados extra balanço.

Assim os Fundos de Investimento tiveram um acréscimo de 250 % em relação ao ano anterior, registando em 31 de Dezembro um saldo de 2,1 M€, sendo a maior fatia a representada pelos fundos de obrigações. Este acréscimo resulta essencialmente da rendibilidade vs grau de risco destes produtos, face aos tradicionais depósitos a prazo.

A comercialização de Seguros do ramo Vida, evoluiu a níveis idênticos aos de anos anteriores tendo sido vendidas 311 novas apólices fazendo crescer a carteira para as 2.165 apólices que reapresentavam em 31 de Dezembro 1.269.000,00 euros de prémios, ficando um pouco aquém das nossas previsões orçamentadas.

Nos Seguros dos ramos Reais, incluindo o seguro de colheitas a particulares, registou-se em 2009 um aumento dos prémios comerciais cobrados líquidos de 4% (125.748€ distribuído por 1.003 apólices), perfazendo um total acumulado de 515.423 euros, sendo segmentados pelos ramos automóvel (39%), habitação (21%), acidentes de trabalho (15%), acidentes pessoais (12%) e outros ramos (13%).

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Outros: Depósitos em moeda estrangeira 0,5 M€; Leasing 0,4 M€ distribuídos por 27 contratos, Actividade Bolsista saldo da carteira a 31 Dezembro 2009 - 1,3 M€ distribuído por um universo de 20 clientes.

OUTRAS ACTIVIDADES

Ao longo de 2009, desenvolveram-se outras actividades, merecendo destaque particular:

A continua formação e desenvolvimento de competências técnicas dos nossos profissionais, em estreita colaboração com o Centro de Formação do Grupo CA e o Instituto de Formação Bancária.

Manutenção do apoio aos nossos agricultores na elaboração de projectos agrícolas e candidaturas ás diversas ajudas ao rendimento, em colaboração com a CONFAGRI.

Participação em diversas acções de representação e inter-cooperação com outras congéneres nacionais e internacionais.

Apoio monetário através de publicidade, a algumas actividades culturais, desportivas, feiras e outros eventos locais, promovidas por organismos da nossa área de acção social.

Patrocínio para diversas viagens de estudo de alguns alunos das Escolas que connosco têm protocolo de parceria.

Distribuição dos prémios designado “Prémio Aluno Excelência do CA” referente aos ano lectivo 2008/2009 aos dois melhores alunos dos 9º ano dos Agrupamento de Escolas Gomes Eanes de Azurara e Agrupamento de Escolas Ana de Castro Osório e Agrupamento de Escolas de Penalva do Castelo (EB2,3 da Ínsua) e aos dois melhores alunos do 12º ano da Escola Secundária Felismina Alcântara.

Entrega de equipamentos a diversas entidades e uma ambulância aos Bombeiros de Mangualde.

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RESULTADOS Confrontados com a concorrência cada vez mais agressiva, uma conjuntura económica bastante desfavorável, a diminuição nas margens de intermediação a intensificarem-se (a titulo de exemplo a taxa euribor a 3M em 2007 era de 5%, quando em 31 Dezembro 2009 era de 0,71%), a diminuta remuneração dos nossos excedentes, somente através de uma gestão cuidada foi possível gerar os resultados apresentados (total de 269.712,50 euros, dos quais 167.252,96€ referentes ás contas à data de 25 de Novembro da ex – Caixa de Sátão e Vila Nova de Paiva e já por nós aprovadas em Dezembro e 102.459,54€ referente à consolidação a 31 Dezembro das duas ex- Instituições), que em relação às nossas expectativas ficaram bastante aquém do orçamentado.

PROPOSTA DA DIRECÇÃO PARA APLICAÇÃO DOS RESULTADOS

Tendo em conta as disposições legais, e o previsto nos artigos 33º e 34º dos Estatutos, o Conselho de Administração, submete à aprovação pela Assembleia Geral, a seguinte proposta de aplicação e distribuição dos resultados líquidos do exercício do ano de 2009, no valor já referido de € 102.459, 54:

Para cobertura de Resultados Transitados* 22.124,76 € Para Reserva Legal 20.500,00 € Para Reserva para Formação e Educação Cooperativa 500,00 € Para Reserva de Mutualismo 500,00 € Para outras Reservas - reserva para remuneracao de titulos capital 20.500,00 € Para Reserva Especial 38.334,78 € * Impacto da contabilização da IAS 19 - Beneficios aos Empregados (Fundo Pensões, SAMS e Prémio Antiguidade).Notas 36 e 50 anexo.

O Conselho de Administração propõe ainda:

Que, da Reserva Especial, agora constituída por 172.220,39 euros, seja transferido o montante de 172.000,00 euros a distribuir da seguinte forma: a) - Distribuir aos associados activos com capital social igual ou superior a 500 euros, a partir de 06 de Abril de 2010, 1 (um) novo título de capital social no valor nominal de € 5, por cada 50 (cinquenta) títulos (€250) já detidos e totalmente realizados em 31 de Dezembro de 2009, proporcionalmente à data da sua realização e com arredondamento por defeito. b) – Incorporação do valor remanescente após a distribuição proposta nas alíneas anteriores, em aumento do Capital Social, com títulos atribuídos à própria Caixa.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao terminar, o Conselho de Administração deseja expressar o seu agradecimento aos associados e clientes, pela contínua preferência pelos nossos serviços, numa demonstração clara da confiança que depositam na gestão levada a efeito, e que em muito contribuíram para os resultados alcançados.

Agradecer às autoridades de supervisão, aos serviços públicos da nossa área social, a todas as entidades civis e oficiais à Fenacam, Caixa Central, Caixas Agrícolas, Confagri e Empresas do Grupo que, nos diversos domínios, nos prestaram a sua colaboração e apoio.

Aos membros dos órgão sociais que exerceram antes da fusão os seus cargos nas duas Instituições e que entretanto cessaram a suas funções, o nosso mais profundo agradecimento pela colaboração que deram em prol da nossa Caixa.

Também uma palavra, que é devida, de muito apreço para a nossa equipa de profissionais que, ao longo do ano souberam mais uma vez enfrentar com dinamismo e competência os diversos desafios que se lhes foram deparando.

Finalmente, um voto de pesar e de sentida homenagem por todos os nossos estimados clientes e associados falecidos.

Mangualde, 11 de Fevereiro de 2010 O Conselho de Administração,

José António de Morais Sarmento Moniz (Dr) – Presidente Vítor Manuel Coutinho Lopes Gomes – Administrador executivo Marciano Balula dos Santos – Administrador Alfredo Ribeiro Poças – Administrador João Coelho – Administrador executivo António de Gouveia Rodrigues – Administrador João Barbosa Monteiro – Administrador

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 Contas

Vale do Dão e Alto Vouga

I – Demonstrações Financeiras.

Relatório e Contas Exercício de 2009

 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA, C.R.L.

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008

(Montantes expressos em Euros)

2009 2008 Provisões, ACTIVO Notas Activo Bruto imparidade e Activo líquido Activo líquido amortizações

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 5 948.720,73 - 948.720,73 756.483,03 Disponibilidades em outras instituições de crédito 6 333.870,56 - 333.870,56 1.644.300,99 Activos financeiros detidos para negociação 7 1.572,25 - 1.572,25 2.085,25 Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 8 ---- Activos financeiros disponíveis para venda 9 463.443,64 - 463.443,64 568.838,89 Aplicações em instituições de crédito 10 58.025.404,76 - 58.025.404,76 54.193.202,78 Crédito a clientes 11 56.521.665,09 (1.644.250,77) 54.877.414,32 52.018.840,61 Investimentos detidos até à maturidade 12 ---- Activos com acordo de recompra 13 ---- Derivados de cobertura 14 ---- Activos não correntes detidos para venda 15 2.574.717,12 (389.479,12) 2.185.238,00 1.619.463,00 Propriedades de investimento 16 ---- Outros activos tangíveis 17 3.077.789,00 (1.019.052,12) 2.058.736,88 2.084.483,38 Activos intangíveis 18 161.477,78 (161.477,78) -- Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 19 1.540.859,19 - 1.540.859,19 1.540.859,19 Activos por impostos correntes 20 137.679,22 - 137.679,22 160.911,38 Activos por impostos diferidos 20 341.762,83 - 341.762,83 301.732,15 Outros activos 21 1.195.320,38 - 1.195.320,38 932.864,53

Total do Activo 125.324.282,55 (3.214.259,79) 122.110.022,76 115.824.065,18

PASSIVO E CAPITAL Notas 2009 2008

Recursos de bancos centrais 22 - - Passivos financeiros detidos para negociação 23 1.572,25 2.085,25 Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 24 - - Recursos de outras instituições de crédito 25 117.442,16 1.602,98 Recursos de clientes e outros empréstimos 26 107.329.299,59 101.557.578,60 Responsabilidades representadas por títulos 27 - - Passivos financeiros associados a activos transferidos 28 - - Derivados de cobertura 14 - - Passivos não correntes detidos para venda 29 - - Provisões 30 453.680,49 454.047,69 Passivos por impostos correntes 20 - - Passivos por impostos diferidos 20 15.164,94 13.037,58 Instrumentos representativos de capital 31 - - Outros passivos subordinados 32 - - Outros passivos 33 1.215.025,63 1.024.165,88 Total do Passivo 109.132.185,06 103.052.517,98

Capital 35 10.546.645,00 9.755.880,00 Prémios de emissão 35 - - Outros instrumentos de capital 36 - - Reservas de reavaliação 36 194.422,35 197.154,59 Outras reservas e resultados transitados 36 2.134.310,81 1.682.038,46 Lucro do exercício 36 102.459,54 1.136.474,15 Dividendos antecipados Total do Capital 12.977.837,70 12.771.547,20

Total do Passivo e do Capital 122.110.022,76 115.824.065,18

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

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DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008

(Montantes expressos em Euros)

RUBRICA Notas 2009 2008

Juros e rendimentos similares 37 + 2.141.432,10 5.892.159,44 Juros e encargos similares 38 - 1.108.504,79 2.630.886,33

Margem financeira ...... 1.032.927,31 3.261.273,11

Rendimentos de instrumentos de capital 39 + 1,00 353,00 Rendimentos de serviços e comissões 40 + 433.155,49 746.130,33 Encargos com serviços e comissões 41 - 60.631,94 94.274,61 Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 42 + -- Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 43 + -- Resultados de reavaliação cambial 44 + 10.315,52 10.996,59 Resultados de alienação de outros activos 45 + -- Outros resultados de exploração 46 + (15.720,01) 100.532,45

Produto bancário ...... 1.400.047,37 4.025.010,87

Custos com o pessoal 47 - 759.903,39 1.182.949,05 Gastos gerais administrativos 48 - 501.614,50 882.218,42 Amortizações do exercício 17 e 18 - 73.149,51 100.577,34 Provisões líquidas de reposições e anulações 30 - (5.982,75) 80.522,23 Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) 30 - 4.473,90 370.797,81 Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 30 - -- Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 30 - - 4.030,00

Resultado antes de impostos ...... 66.888,82 1.403.916,02

Impostos correntes 20 - 2.332,60 315.392,38 Impostos diferidos 20 - (37.903,32) (47.950,51)

Resultado após impostos ...... 102.459,54 1.136.474,15 do qual: Result. Liq. Após impostos de operações descontinuadas --

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

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DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008

(Montantes expressos em Euros)

2009 2008

Fluxos de caixa das actividades operacionais Recebimentos de juros e comissões 2.574.587,59 6.638.289,77 Pagamentos de juros e comissões ( 1.169.136,73) (2.725.160,94) Pagamentos ao pessoal e fornecedores ( 1.232.488,89) (2.031.134,47) Contribuições para o fundo de pensões (29.029,00) (34.033,00) (Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento 35.570,72 (267.441,87) Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional (5.404,49) 111.529,04 Resultados operacionais antes das alterações nos activos operacionais 174.099,20 1.692.048,53

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais: Activos financeiros detido para negociação e outros activos ao justo valor ( 513,00) 2.085,25 Activos disponíveis para venda (105.395,25) (823.032,51) Aplicações em instituições de crédito 3.832.201,98 7.144.877,76 Créditos a clientes 2.857.432,06 2.640.262,38 Investimentos detidos até à maturidade - - Derivados de cobertura - - Activos não correntes detidos para venda 565.775,0 0 311.410,00 Outros activos 279.254,3 7 262.179,30 ( ... ) - - 7.428.755,16 9.537.782,18 Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais: Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura ( 513,00) 2.085,25 Recursos de outras instituições de crédito 115.839,1 8 (14.366,05) Recursos de clientes e outros empréstimos 5.771.720,99 8.711.536,00 Outros passivos 192.987,11 (157.093,16) ( ... ) - - 6.080.034,28 8.542.162,04

Caixa líquida das actividades operacionais (1.174.621,68) 696.428,39

Fluxos de caixa de actividades de investimento Variação de activos tangíveis e intangíveis 47.403,01 94.393,36 Recebimento de dividendos (1,00) (353,00) Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas - 431.514,84 ( ... ) - - Caixa líquida das actividades de investimento 47.402,01 525.555,20

Fluxos de caixa das actividades de financiamento Aumento de capital 790.765,0 0 810.990,00 Diminuição de capital - - Pagamento de dividendos - - Variação de passivos subordinados - - Reservas (686.934,04) (846.886,00) ( ... ) - - Caixa líquida das actividades de financiamento 103.830,9 6 (35.896,00)

Aumento / (Diminuição) líquida de caixa e seus equivalentes (1.118.192,73) 134.977,19

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 2.400.784,00 2.265.807,00

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 1.282.591,27 2.400.784,19

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

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DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008

(Montantes expressos em Euros)

Outras Reservas e resultados transitados Prémios Reservas de Outras Resultados Resultado do IAS/IFRS Capital de emissão reavaliação reservas transitados Total exercício Total

Saldos em 31 de Dezembro de 2008 9.755.880,00 0,00 197.154,59 1.703.981,71 (21.943,25) 1.682.038,46 1.136.474,15 12.771.547,20

Impacto da adopção das NCA: Activos tangíveis e imparidade IAS 16 e 36 ------Activos intangíveis IAS 38 ------Responsabilidades com pensões IAS 19 - - - - (7.238,00) (7.238,00) - (7.238,00) Prémio de antiguidade IAS 19 ------Encargos com saúde IAS 19 - - - - (17.619,00) (17.619,00) - (17.619,00) Impostos diferidos IAS 12 ------Provisões IAS 37 ------Activos detidos para venda IFRS 5 ------Aplicação do IAS 32 e IAS 39: Títulos de capital ------Diferimento de comissões associadas a operações de crédito ------Reavaliação de instrumentos financeiros derivados De cobertura ------De negociação ------Impacto na valorização dos elementos cobertos por derivados de cobertura ------Mais valias potenciais ------Reconhecimento de títulos detidos até à maturidade ao custo amortizado ------Aplicação do resultado do exercício de 2008: Transferência para reservas 829.330 - - 285.200,90 21.943,25 307.144,15 (1.136.474,15) - Distribuição de dividendos ------Remuneração de Capital ------Transferência de Reserva Reavaliação - - (2.732,24) - 2.732,24 2.732,24 - - Impacto Correcção Impostos Diferidos 2008 ------Aumento de capital 148.080,00 ------148.080,00 Reembolso de capital (186.645,00) ------(186.645,00) Resultado líquido em 2009 - - - 167.252,96 - 167.252,96 102.459,54 269.712,50

Saldos em 31 de Dezembro de 2009 10.546.645,00 0,00 194.422,35 2.156.435,57 (22.124,76) 2.134.310,81 102.459,54 12.977.837,70

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

 Modelo I Inventário de títulos em base individual Data: 31-12-2009 Instituição: CCAM do Vale do Dão e Alto Vouga - 3060 Unidade: Euros

Categoria de Cotado/ Mercado Activo Código do Tipo de País do Valor Critério Valor de Montante % de participação Operações Não organizado Cotação Quantidade Valias (+ / -) Correcções de valor Observações Instrução n.º título emitente emitente nominal valorimétrico Balanço vencido especiais cotado relevante Natureza e espécie 23/2004 Direitos (1) (2) (3) (4) (S/N) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) Imparidade Outras Capital (12) (13) de voto

Instrumentos de dívida De dívida pública ... De outros emissores públicos ... De outros emissores Adquiridos no âmbito de operações de titularização Equiparados a first loss position ... Outros ... Outros Dívida não subordinada ... Dívida subordinada Títulos de Investimento CCCAM/2005 AFDV -- IC PRT N 204 100,00 CH 20.400,00 Títulos de Investimento CCCAM/2006 AFDV -- IC PRT N 316 500,00 CH 158.000,00 Títulos de Investimento CCCAM/2007 - 1ª AFDV -- IC PRT N 204 500,00 CH 102.000,00 Títulos de Investimento CCCAM/2007 - 2ª AFDV -- IC PRT N 607 300,00 CH 182.100,00 Total 1.331 462.500,00

Instrumentos de capital CCCAM-Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, CRL IFAEC -- IC PRT N 301.724 5,00 CH 1.508.620,00 FENACAM IFAEC -- OUT PRT N 9 5,00 CH 44,98 Total 301.733 1.508.664,98

Outros CA INFORMÁTICA IFAEC -- OUT PRT N 3.185 4,99 CH 15.893,15 CA SEGUROS IFAEC -- S PRT N 10 5,00 CH 57,84 CA VIDA IFAEC -- S PRT N 3.000 5,00 CH 16.243,22 Total 6.195 32.194,21

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

 Vale do Dão e Alto Vouga

II – Anexo às Demonstrações Financeiras.

Relatório e Contas Exercício de 2009

 Vale do Dão e Alto Vouga

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Vale do Dão e Alto Vouga, C.R.L.

Anexo às demonstrações financeiras do exercício de 2009 (Valores expressos em euros)

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Vale do Dão e Alto Vouga, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAMVDAV) é uma instituição de crédito constituída em 24 de Março de 1979 sob a forma de cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A Caixa faz parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2009 a Caixa opera através da sua sede, situada na Avenida da Liberdade, 62/64, em Mangualde e com uma rede de distribuição, inicialmente composta por três agências, actualmente alargada para seis agências, por inerência da fusão por incorporação da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Sátão e Vila Nova de Paiva na Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Vale do Dão, com alteração da denominação social para Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Vale do Dão e Alto Vouga, concretizada em 23 de Novembro de 2009, cuja área de actuação abrange os concelhos de Mangualde, Penalva do Castelo, Sátão e Vila Nova de Paiva, no distrito de . No seguimento da fusão por incorporação atrás mencionada, a comparabilidade da evolução económico-financeira (demonstração de resultados) encontra-se limitada, na medida em que no exercício de 2009 o resultado liquido da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Sátão e Vila Nova de Paiva foi incorporado na data da concretização da fusão contabilística (25 de Novembro de 2009) tendo sido reconhecido em resultados transitados da CCAMVDAV.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação das contas As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal. As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a: i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões;

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ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior; iii) Provisionamento do crédito e contas a receber – mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga; iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais – valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”. v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19. Decorrente da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito à “IAS 19 – Benefícios dos empregados”, foi registado em 1 de Janeiro de 2007 o valor dos ajustamentos de transição referentes a 31 de Dezembro de 2006. De acordo com o Aviso nº 12/2005, de 30 de Dezembro, o acréscimo de responsabilidades decorrente da alteração da tábua de mortalidade em data posterior a 1 de Janeiro de 2005 pode ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos). De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, o aumento de responsabilidades com o Fundo de Pensões, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2011 (5 anos). Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, as responsabilidades com o SAMS, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos). Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente. Foi decisão da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008. As demonstrações financeiras da Caixa em 31 de Dezembro de 2009, estão pendentes de aprovação pelos correspondentes órgãos sociais. No entanto, é convicção do Conselho de Administração da Caixa que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas. Adicionalmente em 2009, a Caixa adoptou a IAS 1 (alterada) – Apresentação das demonstrações financeiras, a IFRS 8 – Segmentos Operacionais, a IAS 23, "Custos de empréstimos obtidos" e a IAS 32 (alterada) – Instrumentos financeiros (Apresentação). Estas normas de aplicação obrigatória com referência a 1 de Janeiro de 2009, tiveram impacto ao nível das divulgações não tendo tido qualquer efeito nas Demonstrações Financeiras da Caixa. A preparação das demonstrações financeiras anuais de acordo com as NCA's requer que a Direcção/Conselho de Administração formule julgamentos, estimativas e pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e o valor dos activos, passivos, proveitos e custos. As estimativas e pressupostos associados são baseados na experiência histórica e noutros factores considerados razoáveis de acordo com as circunstâncias e formam a base para os

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 Vale do Dão e Alto Vouga julgamentos sobre os valores dos activos e passivos cuja valorização não é evidente através de outras fontes. As Demonstrações Financeiras da Caixa foram aprovadas em reunião da Direcção/Conselho de Administração. 2.2. Comparabilidade da informação

2.2.1 Fusão a 25 de Novembro No seguimento da fusão por incorporação atrás mencionada, a comparabilidade da evolução económico-financeira (demonstração de resultados) encontra-se limitada, na medida em que no exercício de 2009 o resultado líquido da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Sátão e Vila Nova de Paiva foi incorporado na data da concretização da fusão contabilística (25 de Novembro de 2009) tendo sido reconhecido em resultados transitados da CCAMVDAV. Assim, a demonstração de resultados inclui em 2009 os rendimentos e gastos referentes a 12 meses da Caixa do Vale do Dão e da Caixa de Sátão e Vila Nova de Paiva após 25 de Novembro de 2009. Esta situação repercute-se também ao nível da demonstração dos Fluxos de Caixa de 2009. O balanço, a demonstração de resultados e a demonstração dos fluxos de caixa, apresentados para efeitos comparativos, por opção da gestão, incluem os valores de 2008 referentes às duas Caixas agregadas. Na demonstração de alterações no capital próprio os valores referentes a 2008 são também apresentados de forma agregada.

2.2.2 Normativo contabilístico aplicável e alterações

Conforme permitido pelo Aviso nº 1/2005, a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo bem as Caixas do crédito Agrícola Mútuo do SICAM elaboraram até 31 de Dezembro de 2006 as suas demonstrações financeiras, em base individual, em conformidade com as normas constantes da instrução nº4/96. Em 2007 a Caixa apresentou pela primeira vez as suas demonstrações financeiras de acordo com as NCA. a) Normas, alterações e interpretações eficazes em ou após 1 de Janeiro de 2009 As normas, alterações e interpretações, que entraram em vigor em 2009, são as seguintes: x IAS 1 (revista), "Apresentação das demonstrações financeiras"; x IAS 23, "Custos de empréstimos obtidos"; x Emendas à IFRS 7, "Instrumentos Financeiros: Divulgações" e x IFRS 8, "Segmentos Operacionais". Estas normas de aplicação obrigatória com referência a 1 de Janeiro de 2009, tiveram impacto ao nível das divulgações não tendo tido qualquer efeito nas Demonstrações Financeiras da Caixa. b) As normas e interpretações emitidas, mas ainda não eficazes: As normas e interpretações que foram emitidas e são obrigatórias para períodos contabilísticos que comecem em ou após 1 de Janeiro de 2010, ou em períodos posteriores, não se esperam que sejam relevantes para a Caixa. c) Adopção antecipada das normas A Caixa não adoptou antecipadamente novas normas ou emendas em 2009. 2.3. Resumo das principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes: a) Especialização dos exercícios

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A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios (regime de acréscimo) em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os gastos e rendimentos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento. b) Transacções em moeda estrangeira Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao câmbio de "fixing" da data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal. Os rendimentos e gastos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial. Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são registadas na posição cambial. c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma. As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas por imparidade. As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto no IAS 21. d) Crédito e outros valores a receber Conforme descrito na Nota 2.1 estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os rendimentos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e gastos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva. Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. Garantias prestadas, compromissos irrevogáveis e passivos contingentes As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros ganhos registados em resultados ao longo da vida das operações. Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de crédito

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De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as provisões para riscos de crédito. A Caixa aplica nas suas contas individuais as NCA’s pelo que, de acordo com o definido nos nº2 e 3 do Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal, a valorimetria e provisionamento do crédito concedido mantém o regime definido pelas regras do Banco de Portugal aplicado pela Caixa nos exercícios anteriores, como se segue: i) Provisão para crédito e juros vencidos Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento.

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 Vale do Dão e Alto Vouga ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes: - As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições: x Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; x Estarem em incumprimento há mais de: 9 seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; 9 doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a dez anos; 9 vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos. Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações. - Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos. iii) Provisão para risco país Destina-se a fazer face aos problemas de realização dos activos financeiros e extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco pelo Banco de Portugal, qualquer que seja o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com excepção: - Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na moeda desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa moeda; - Das participações financeiras; - Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de risco, desde que estabelecidas em Estados membros da União Europeia; - Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo 15º do Aviso nº 3/95, desde que a garantia abranja o risco de transferência; - Das operações de financiamento de comércio externo de curto-prazo, que cumpram as condições definidas pelo Banco de Portugal. As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens fixadas em Instruções e Cartas Circulares do Banco de Portugal, que classificam os países e territórios segundo grupos de risco. iv) Provisão para riscos gerais de crédito Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados.

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Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales: - 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidade não possa ser determinada; - 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário; - 1% no que se refere ao restante crédito concedido. A Caixa avalia regularmente da existência objectiva de imparidade da sua carteira de crédito. Deste modo verifica se as provisões anteriormente referidas são suficientes para cobrir o risco de incobrabilidade. Em caso de insuficiência é reforçada a provisão para riscos gerais de crédito. Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo. A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”. e) Outros activos e passivos financeiros Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor. i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos financeiros detidos para negociação Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica de activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica de passivos financeiros detidos para negociação. Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados. Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados. Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

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O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em mercados activos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”. Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado. O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa é estimado com base no montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes. ii) Activos financeiros disponíveis para venda Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou como empréstimos e contas a receber. Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo de aquisição. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição. iii) Investimentos a deter até à maturidade Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, sendo do interesse da Caixa mantê-los até ao seu reembolso. Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. iv) Empréstimos e contas a receber De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito. São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias

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de activos financeiros. No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequentemente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco no país. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial. v) Operações de venda com acordo de recompra Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respectivos juros. vi) Outros passivos financeiros Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado. Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM). Em 2009, a Caixa não possuía empréstimos subordinados concedidos pelo Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, a descrever na nota 32. vii) Imparidade em activos financeiros A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d). Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados. Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade. Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados. No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos

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resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados. No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados. f) Derivados e contabilidade de cobertura Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nocional. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado: x Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros transaccionados em mercados organizados); x Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções. Derivados embutidos Os instrumentos financeiros derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do contrato de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que: x As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente relacionados com o contrato de base, conforme definido na Norma IAS 39; e x A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo valor, com as variações no justo valor reflectidas em resultados. Derivados de cobertura Tratam-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição a um determinado risco inerente à actividade da Caixa. A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39. Para todas as relações de cobertura, a Caixa prepara no início da operação documentação formal, que inclui os seguintes aspectos: x Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação de cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas; x Descrição do(s) risco(s) coberto(s); x Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura; x Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização. Mensalmente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do

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elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospectivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura. Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, a Caixa reflecte igualmente no resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto. O impacto destas valorizações é reflectido em rubricas de “Resultados em activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. No caso de derivados que tenham associada uma componente de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos liquidados são reflectidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”, da demonstração de resultados. As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e passivo, respectivamente, em rubricas específicas. As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas onde se encontram registados esses activos e passivos. Derivados de Negociação São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a Norma IAS 39, incluindo: x Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura; x Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao abrigo da Norma IAS 39; x Derivados contratados com o objectivo de “trading”. Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Activos financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respectivamente. g) Propriedades de investimento Correspondem a imóveis detidos pela Caixa com o objectivo de obtenção de rendimentos através do arrendamento e/ou da sua valorização. As propriedades de investimento são registadas ao justo valor, determinado anualmente com base em avaliações de peritos. As variações no justo valor são reflectidas em resultados e os imóveis não são sujeitos a amortizações.

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h) Outros activos tangíveis Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas. A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem: Anos de Vida útil Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 4 a 10 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4 As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento. Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade. Activos intangíveis Esta rubrica compreende essencialmente gastos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos. i) Activos não correntes disponíveis para venda Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos: x A probabilidade de ocorrência da venda é elevada; x O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual; x Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar num espaço temporal curto após a classificação do activo nesta rubrica. Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações.

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j) Provisões Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a riscos gerais de crédito, riscos fiscais, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 30). k) Benefícios de empregados A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV. Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, S.A.. De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas: x Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades; x Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões. Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte: x Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total; x Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado. Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes

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efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, S.A. para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. l) Impostos sobre os lucros A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC). O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações: x Diferenças temporárias resultantes de goodwill; x Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável; x Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível. Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício. m) Locação financeira Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do

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plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros. n) Eventos subsequentes Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras, se materiais.

3. INTRODUÇÃO DAS NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS

A aplicação das Normas de Contabilidade Ajustadas nas demonstrações financeiras de 2009 teve um impacto global negativo nos capitais próprios da Caixa no montante de 24.857,00 Euros, em relação ao valor apresentado nas últimas demonstrações financeiras resultante do seguinte efeito: Benefícios aos empregados (IAS 19) O Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite aumentar o número de anos em que se pode diferir os impactos de transição em mais 3 anos em todos os pressupostos, com excepção em relação ao impacto de transição das responsabilidades com prémios de antiguidade, que foram registadas em 2007 a 100 % do seu valor. Acresce o facto de o Fundo de Pensões passar a suportar os encargos com SAMS relativos a reformados.

4. RELATO POR SEGMENTOS

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a totalidade dos elementos do balanço e da demonstração dos resultados da Caixa resultaram de operações efectuadas em Portugal. Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, não se verifica segmentação dos resultados da Caixa por linhas de negócio, sendo a Banca Comercial a única actividade dominante. A Caixa possui apenas um segmento dado que não está organizada de forma a separar na sua actividade, a área de retalho e a área de corporate e empresas pelo que optou por não apresentar quadro discriminativo.

5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2009 2008

Caixa

Moedas Nacionais 774.517,34 642.116,58

Moedas estrangeiras 174.203,39 112.293,59

Depósitos à Ordem no Banco de Portugal - 2.072,86

Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro --

Juros a receber - -

TOTAL 948.720,73 756.483,03

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6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2009 2008

Disponibilidades em Instituições de Crédito no País: Depósitos à ordem 436,31 1.346.763,34 Cheques a cobrar 333.320,90 297.176,48 Outras disponibilidades -- Juros a receber 113,35 361,17 Disponibilidades em Instituições de Crédito no Estrangeiro - -

TOTAL 333.870,56 1.644.300,99

7. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2009 2008

Activos Financeiros detidos para negociação: Instrumentos derivados com justo valor positivo 1.572,25 2.085,25

TOTAL 1.572,25 2.085,25

8. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Não aplicável.

9. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2009 2008

Títulos

Emitidos por residentes

Instrumentos de dívida 463.443,64 568.838,89 Instrumentos de capital - -

Outros - -

Emitidos por não residentes

Instrumentos de dívida - - Instrumentos de capital - -

Outros - -

Crédito e outros valores a receber --

Imparidade - -

TOTAL 463.443,64 568.838,89

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10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2009 2008

Aplicações em Instituições de Crédito no País

No Banco de Portugal - -

Em outras instituições de crédito:

Depósitos 58.025.404,76 54.193.202,78

Aplicações em Instituições de Crédito no Estrangeiro

Bancos Centrais - - Em outras instituições de crédito - - Correcções de valor de activos que sejam objecto de operações de cobertura - -

Provisões - -

TOTAL 58.025.404,76 54.193.202,78

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

2009 2008

Até três meses 41.844.458,59 42.519.489,96

Entre três meses e um ano 14.800.090,70 11.145.671,98

Entre um ano e três anos 1.145.287,46 -

Entre três e cinco anos --

Mais de cinco anos - -

Juros a receber 235.568,01 528.040,84

TOTAL 58.025.404,76 54.193.202,78

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11. CRÉDITO A CLIENTES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2009 2008

Crédito interno

Empresas e administrações públicas 13.421.128,69 12.360.107,53

Particulares 41.332.117,34 38.917.805,93

Crédito ao exterior

Empresas e administrações públicas - -

Particulares - 12.003,18 Juros a receber 155.497,89 233.075,89 Comissões associadas ao custo amortizado

Despesas com encargo diferido - -

Receitas com rendimento diferido (122.157,84) (123.757,98)

Total do crédito não vencido 54.908.743,92 51.522.992,53

Total do crédito e juros vencidos 1.735.079,01 1.997.566,54

Provisões Para crédito e juros vencidos (658.066,27) (943.432,52)

Para crédito de cobrança duvidosa (986.184,50) (434.527,96)

TOTAL 54.877.414,32 52.018.840,61

Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de 403.680,49 Euros e 390.047,69 Euros, respectivamente, registada na rubrica “Provisões” do passivo (Nota 30). Registada na mesma rubrica e com a mesma finalidade, constituiu uma provisão livre no valor de 64.000,00 euros a 31 de Dezembro de 2008, cujo saldo a 31 de Dezembro de 2009 era de 50.000,00 euros. Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura:

2009 2008

Até três meses 2.608.574,46 2.080.435,06

Entre três meses e um ano 3.673.237,00 4.165.000,89

Entre um ano e cinco anos 7.430.556,64 7.624.487,94

Mais de cinco anos 40.791.274,82 37.118.892,39

Duração indeterminada 2.076.177,19 2.444.638,25

TOTAL 56.579.820,11 53.433.454,53

12. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE

Não aplicável.

13. ACTIVOS COM ACORDO DE RECOMPRA

Não aplicável.

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14. DERIVADOS DE COBERTURA

Não aplicável.

15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

2009 2008

Activos não correntes detidos para venda:

Imóveis 2.574.717,12 1.727.395,11

Imparidade:

Imóveis (389.479,12) (107.932,11)

TOTAL 2.185.238,00 1.619.463,00

O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2009 e 2008 pode ser apresentado da seguinte forma:

Valor

Activos não correntes detidos para venda em 31 de Dezembro de 2007 (Liquido) 1.312.083,00

Imóveis 1.415.985,11 Imparidade (103.902,11) Aquisições 500.400,00

Alienações (188.990,00)

Dotações de Imparidade (4.030,00)

Activos não correntes detidos para venda em 31 de Dezembro de 2008 (Liquido) 1.619.463,00

Imóveis 1.727.395,11 Imparidade (107.932,11)

Aquisições 952.322,01

Alienações (105.000,00)

Dotações de Imparidade (281.547,01) Activos não correntes detidos para venda em 31 de Dezembro de 2009 (Liquido) 2.185.238,00

16. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

Não aplicável.

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17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2009 e 2008 foi o seguinte:

31/12/2008 31/12/2009 Amortiz Alienações DESCRIÇÃO Aquisições Transf. Imparid. Reg. Amortiz. exercício Abates Valor Bruto Imparid. Valor Líquido Acumuladas

Imóveis: De serviço próprio:

Terrenos 259.959,94 ------259.959,94

Edifícios 1.191.670,75 392.208,07 - - - 17.316,36 - - - 782.146,32

Outros 849.135,69 90.138,89 - 15.782,14 7.247,46 - - - 767.531,48 Obras imóveis 5.459,53 5.351,25 - - 108,28 - - - - arrendados Outros imóveis 18.100,59 9.020,56 - - 890,20 - - - 8.189,83

Equipamento:

Mobiliário e material 186.678,97 110.332,41 - - 12.774,48 - - - 63.572,08 Máquinas e 76.772,98 61.559,83 - 13.514,53 3.864,17 - - - 24.863,51 ferramentas Equipamento 61.901,61 61.412,21 - - 99,54 - - - 389,86 informático Instalações interiores 90.057,59 34.185,00 - - 7.228,17 - - - 48.644,42

Material de transporte 159.222,57 88.913,24 - 40.050,00 16.658,03 - - 35.250,00 58.451,30 Equipamento 115.088,34 76.285,59 - 860,30 5.602,17 - - - 34.060,88 segurança Outro equipamento 25.978,46 16.282,55 - 2.592,00 1.360,65 - - - 10.927,26 Equipamento em ------locação financeira Outros activos 213,01 213,01 ------tangíveis Activos tangíveis em ------curso

TOTAIS 3.040.240,03 945.902,61 - 72.798,97 - 73.149,51 - - 35.250,00 2.058.736,88

18. ACTIVOS INTANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante os exercícios de 2009 e 2008 foi o seguinte:

31/12/2008 Alienaçõe 31/12/2009 Amortiz Regulari DESCRIÇÃO Aquisições Transf. Imparid. s Amortiz. exercício z. Valor Bruto Imparid. Abates Valor Líquido Acumuladas

Sistemas de 161.477,78 161.477,78 - - - tratamento automático de dados (software)

Outros activos - - - - - intangíveis

Activos intangíveis em - - - - - curso

TOTAIS 161.477,78 161.477,78 ------

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19. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a rubrica “investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos” tem a seguinte composição e os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas, a 31/12/2009 podem ser resumidos da seguinte forma:

31 de Dezembro de 2009 31-12-2008 Empresa Activo* Situação* Resultado* Líquido Líquida Líquido Participação Imparidade Valor Liquido Valor Liquido

CA Informática 36.667.697 5.352.412 711.780 15.893,15 - 15.893,15 15.893,15

CA Seguros 149.586.674 26.574.472 2.564.498 57,84 - 57,84 57,84

CA Vida 797.607.681 43.198.647 6.015.353 16.243,22 - 16.243,22 16.243,22

FENACAM 9.591.823 3.443.949 277.143 44,98 - 44,98 44,98

Caixa Central 4.668.955.420 149.061.056 1.236.674 1.508.620,00 - 1.508.620,00 1.508.620,00

TOTAL 1.540.859,19 - 1.540.859,19 1.540.859,19 * Informação provisória.

20. ACTIVOS POR IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 eram os seguintes:

2009 2008

Activos por impostos diferidos:

Por diferenças temporárias 341.762,83 301.732,15

Por prejuízos fiscais reportáveis --

Passivos por impostos diferidos: Por diferenças temporárias (15.164,94) (13.037,58)

TOTAL 326.597,89 288.694,57

Activos por impostos correntes:

Pagamentos por conta - -

Outros - -

Imposto sobre o rendimento a recuperar 137.679,22 160.911,38 Passivos por impostos correntes:

Imposto sobre o rendimento a pagar - -

TOTAL 137.679,22 160.911,38

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Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

2009 2008

Impostos correntes 2.332,60 315.392,38

Impostos diferidos:

Registo e reversão de diferenças temporárias (37.903,32) (47.950,51)

Prejuízos fiscais reportáveis --

Total de impostos reconhecidos em resultados (35.570,72) 267.441,87

Lucro antes de impostos 66.888,82 1.403.916,02

Carga fiscal 0 % 19,05 %

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2006 a 2009 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções. Contudo, na opinião da Direcção da Caixa, não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2009.

21. OUTROS ACTIVOS

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

OUTROS ACTIVOS 2009 2008

Devedores e outras aplicações:

Devedores por bonificações a receber 226.147,03 228.430,13

Outros devedores diversos 487.643,25 235.363,15 Outros activos: Outros metais preciosos, numismática e medalhística 4.431,89 4.431,89

Rendimentos a receber:

Outros juros e rendimentos similares 136,27 -

Outros rendimentos a receber 1.376,27 1.366,61

Despesas com encargo diferido: Fundo de pensões 37.000,00 44.238,00

Seguros 2.420,30 6.976,29

Outras despesas SAMS 123.332,00 140.951,00

Empresas do Grupo 650,99 1.231,91 Outras 1.339,60 1.007,40

Responsabilidades com pensões e outros benefícios: -- Outras contas de regularização 310.842,78 268.868,15

TOTAL 1.195.320,38 932.864,53

22. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS

Não aplicável.

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23. PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2009 2008

Passivos Financeiros de negociação: Instrumentos derivados com justo valor negativo 1.572,25 2.085,25

TOTAL 1.572,25 2.085,25

24. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Não aplicável.

25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2009 2008

Recursos de instituições de crédito no País:

Depósitos à ordem – CCAM’s 20.833,60 1.602,79

Juros a pagar – D. Ordem – CCAM’s 0,24 0,19 Outros recursos:

Descobertos de disponibilidades – CCCAM 96.524,87 - Juros a pagar – Descobertos na CCCAM 83,45 -

TOTAL 117.442,16 1.602,98

26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2009 2008

Depósitos:

À Ordem 27.071.707,93 23.357.740,61 A Prazo 31.635.792,66 30.043.044,31

De poupança 48.261.311,20 47.350.072,92

Outros recursos de clientes: Cheques e ordens a pagar 5.295,69 5.295,69

Outros 1.615,30 4.009,49

Juros a pagar 353.576,81 797.415,58

TOTAL 107.329.299,59 101.557.578,60

Relatório e Contas Exercício de 2009

 Vale do Dão e Alto Vouga

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:

2009 2008

Até três meses 68.347.862,56 64.379.586,97

Entre três meses e um ano 33.793.683,26 31.499.959,56

Entre um ano e três anos 4.533.630,05 4.591.249,83

Entre três e cinco anos 293.635,92 280.061,48

Mais de cinco anos --

TOTAL 106.968.811,79 100.750.857,84

27. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS

Não aplicável.

28. PASSIVOS FINANCEIROS ASSOCIADOS A ACTIVOS TRANSFERIDOS

Não aplicável.

29. PASSIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Não aplicável.

30. PROVISÕES E IMPARIDADE

O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercícios de 2009 e 2008 foi o seguinte:

Saldos em 31 2009 Saldos em 31 de Dezembro de Dezembro de 2008 Reposições e Transf. (+/- de 2009 Reforços Utilizações anulações ) Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito: Créditos de cobrança duvidosa 987.968,23 33.365,92 35.149,65 - - 986.184,50

Crédito e juros vencidos 735.508,52 206.833,73 200.576,10 83.699,88 - 658.066,27

Risco-país ------

Provisões:

Riscos gerais de crédito 395.663,24 27.150,93 19.133,68 - - 403.680,49

Outros riscos e encargos ------

Para Imobilizações financeiras ------

Riscos bancários gerais ------

Imparidade

Imparidade de outros activos financeiros ------

Imparidade em activos não financeiros 389.479,12 - - - - 389.479,12

Imparidade de outros activos ------

Outras 64.000,00 - 14.000,00 - - 50.000,00

TOTAL 2.572.619,11 267.350,58 268.859,43 83.699,88 - 2.487.410,38

Relatório e Contas Exercício de 2009

 Vale do Dão e Alto Vouga

31. INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL

Não aplicável.

32. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS

Não aplicável.

33. OUTROS PASSIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição: 2009 2008

Credores e outros recursos:

Recursos diversos 500.321,41 219.999,02 Sector Público Administrativo

Imposto sobre o valor acrescentado 4.295,14 2.403,61 Retenção de impostos na fonte 46.904,56 64.964,65

Contribuições para a Segurança Social 16.997,71 18.744,27

Cobranças por conta de terceiros 1.178,96 4.689,27

Contribuições para outros sistemas de saúde 3.808,49 4.053,53

Credores diversos 49.129,19 40.151,25

Encargos a pagar: Por gastos com pessoal

- Órgãos de Gestão/ Fiscalização 2.250,00 -

- Provisão para férias e subsídio de férias 153.364,00 175.622,16

- Prémio de antiguidade 153.155,00 143.750,00 Outros 10.552,41 11.629,54

Receitas com rendimento diferido: Comissões por garantias prestadas 5.240,62 5.793,61

Responsabilidades com pensões e outros benefícios: 123.441,40 95.447,40

Outras contas de regularização:

Operações passivas a regularizar 1.284,51 0,18

Caixa - 3.687,96

Compensação 59.719,96 46.258,11 Meios electrónicos de pagamento 81.790,44 79.998,45

Efeitos 1.591,82 1.554,08 Operações a regularizar – Sistemas informáticos 0,01 1,12

Outras operações internas - 105.417,67

TOTAL 1.215.025,63 1.024.165,88

Relatório e Contas Exercício de 2009

 Vale do Dão e Alto Vouga

34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe: 2009 2008

Garantias prestadas e outros passivos eventuais:

Garantias e avales prestados 1.846.572,57 2.199.163,54

Créditos documentários abertos - - Compromissos perante terceiros:

Linhas de crédito irrevogáveis 1.738.788,40 2.055.582,94

Responsabilidades por prestação de serviços:

De depósito e guarda de valores 60.514,51 62.363,90 Valores recebidos para cobrança 252.946,50 241.123,08

TOTAL 3.898.821,98 4.558.233,46

No âmbito da sua actividade normal a Caixa oferece determinados produtos financeiros que tradicionalmente incluem instrumentos relacionados com crédito registados em contas extrapatrimoniais e cujos riscos não se encontram portanto reflectidos totalmente ou em parte nas demonstrações financeiras. As garantias e avales prestados podem dizer respeito a operações relacionadas ou não com crédito, em que a Caixa presta uma garantia em relação a crédito concedido a um cliente por uma entidade terceira. De acordo com as suas características específicas, espera-se que algumas destas garantias expirem sem terem sido exigidas, pelo que estas operações não representam necessariamente fluxos de caixa de saída. As cartas de crédito e créditos documentários abertos destinam-se particularmente a garantir pagamentos a entidades terceiras no âmbito de transacções comerciais com o estrangeiro, financiando o envio das mercadorias adquiridas. Desta forma o risco de crédito destas transacções encontra-se limitado uma vez que se encontram colateralizadas pelas mercadorias enviadas e são geralmente de curta duração. Os compromissos irrevogáveis constituem partes não utilizadas de facilidades de crédito concedidas a clientes empresas e particulares. Muitas destas operações têm uma duração fixa e uma taxa de juro variável, pelo que o risco de crédito e de taxa de juro é limitado. Os instrumentos financeiros contabilizados como Garantias e outros compromissos estão sujeitos aos mesmos procedimentos de aprovação e controlo aplicados à carteira de crédito nomeadamente quanto à avaliação da adequação das provisões constituídas tal como descrito na política contabilística. A exposição máxima de crédito é representada pelo valor nominal que poderia ser perdido relativo aos passivos contingentes e outros compromissos assumidos pela Caixa na eventualidade de incumprimento pelas respectivas contrapartes, sem ter em consideração potenciais recuperações de crédito ou colaterais. Em virtude da natureza destas operações conforme acima descrito não se prevêem quaisquer perdas materiais nestas operações.

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 Vale do Dão e Alto Vouga

35. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a estrutura dos títulos de capital de valor nominal igual a 5,00 euros cada da Caixa é a seguinte:

2009 2008

Nº títulos % Nº títulos %

CCAMVDAV – títulos próprios 1.328.701 63,00 1.187.556 60,87

Restantes sócios diversos 780.628 37,00 763.620 39,14

TOTAL 2.109.329 100,00 1.951.176 100,00

36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

2009 2008

Reservas de reavaliação:

Reservas resultantes da valorização ao justo valor --

Reservas de reavaliação do imobilizado 194.422,35 197.154,59 Reservas por impostos diferidos - -

De activos financeiros disponíveis para venda --

194.422,35 197.154,59

Outros instrumentos de capital: Reserva Legal 1.828.447,57 1.569.796,97

Outras reservas 327.988,00 134.184,74

Resultados transitados (22.124,76) (21.943,25)

2.134.310,81 1.682.038,46

Lucro do exercício 102.459,54 1.136.474,15

TOTAL 2.431.192,70 3.015.667,20

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante. Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.

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 Vale do Dão e Alto Vouga

37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2009 2008

Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito:

Disponibilidades sobre instituições de crédito no país 773,65 4.353,81

Juros de aplicações em instituições de crédito:

Aplicações em instituições de crédito no país 637.844,26 2.124.298,50

Juros de crédito a clientes:

Crédito não representado por valores mobiliários

Crédito interno Empresas e administração públicas

- Desconto e outros créditos titulados por efeitos 19.079,97 29.976,46 - Empréstimos 256.693,15 636.468,39

- Créditos em conta corrente 55.179,42 134.572,81

- Descobertos em depósitos à ordem 34.033,35 52.160,26 Particulares - Habitação 596.061,75 1.529.875,02

- Consumo 47.425,31 160.757,08

- Outras finalidades 401.828,80 986.298,44

Crédito ao exterior

Particulares

- Outras finalidades - 1.489,52 Juros de crédito vencido 77.588,83 190.870,39

Juros e rendimentos similares de outros activos financeiros Juros títulos de investimento subordinados 14.923,61 41.038,76

Outros juros e rendimentos similares --

TOTAL 2.141.432,10 5.892.159,44

38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2009 2008

Juros de recursos de outras instituições de crédito no país 320,85 152,90

Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 1.107.136,30 2.630.089,87 Outros juros e encargos similares 1.047,64 643,56

TOTAL 1.108.504,79 2.630.886,33

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39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2009 2008

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos:

Investimento em filiais no país 1,00 353,00

TOTAL 1,00 353,00

40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2009 2008

Por garantias prestadas 19.613,80 36.196,01

Por compromissos assumidos perante terceiros 11.868,35 23.029,23 Por serviços prestados 289.416,36 468.733,15

Outras comissões recebidas 112.256,98 218.171,94

TOTAL 433.155,49 746.130,33

41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2009 2008

Por serviços bancários prestados por terceiros 48.424,78 87.019,61

Outras comissões pagas 12.207,16 7.255,00

TOTAL 60.631,94 94.274,61

42. RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Não aplicável.

43. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Não aplicável.

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44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2009 2008

Operações cambiais à vista:

Perdas em diferenças cambiais 2.252,29 9.245,89

Ganhos em diferenças cambiais 12.567,81 20.242,48

TOTAL 10.315,52 10.996,59

45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS

Não aplicável.

46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO

Estas rubricas têm a seguinte composição:

2009 2008

Outros ganhos e rendimentos operacionais:

Reembolso de despesas 12.577,95 19.884,75

Recuperação de créditos, juros e despesas 57.801,38 197.057,97

Rendimentos da prestação de serviços diversos 8.217,66 85.034,12 Outros 10.006,38 13.873,95

Outros encargos e gastos operacionais: Quotizações e donativos 17.540,80 34.533,72

Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo 71.319,00 139.644,00

Outros encargos e gastos operacionais 8.286,92 37.296,36

Outros impostos: Impostos indirectos 3.115,86 1.636,60

Impostos directos 4.060,80 2.207,66

TOTAL (15.720,01) 100.532,45

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47. CUSTOS COM PESSOAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2009 2008

Salários e vencimentos:

Órgãos de Gestão e Fiscalização 16.977,00 15.901,20

Empregados 582.018,98 912.060,07

Encargos sociais obrigatórios:

Encargos relativos a remunerações 124.889,17 200.500,80

Fundos de pensões 29.029,00 34.033,00

Outros encargos sociais obrigatórios 4.970,18 13.293,34 Outros custos com pessoal:

Formação CAM 2.019,06 7.160,64

TOTAL 759.903,39 1.182.949,05

O número médio de colaboradores da Caixa em 2009 e 2008 apresenta a seguinte composição:

2009 2008

Direcção Executiva 2 2

Chefias intermédias 5 5

Quadros técnicos 4 4

Comerciais 4 4

Administrativos / Assistentes de Clientes 11 11

Outros 3 3

TOTAL 29 29

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48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2009 2008

Com fornecimentos:

Água energia e combustíveis 22.497,37 37.221,29

Material de consumo corrente 40.160,69 53.391,81

Publicações 384,95 2.659,86

Material de higiene e limpeza 775,46 1.038,47

Outros fornecimentos de terceiros 10.618,41 11.580,58

Com serviços: Rendas e alugueres 1.067,56 41.222,73

Comunicações 44.966,14 82.070,74 Deslocações, estadas e representação 15.353,54 67.433,22

Publicidade e edição de publicações 38.852,79 59.607,40

Conservação e reparação 10.850,37 22.883,63 Transportes 5.293,95 7.253,05 Formação de pessoal 878,61 6.274,63

Seguros 8.007,45 16.240,88

Serviços especializados:

- Avenças e honorários 19.336,29 29.549,24

- Judiciais, contencioso e notariado 3.297,77 25.511,43

- Informática 218.027,82 321.822,72 - Segurança e vigilância 3.424,27 5.980,08

- Limpeza 10.433,16 12.985,93 - Bancos de dados 1.957,32 2.535,00

- Outros serviços especializados:

. Estudos e consultas - 3.025,00

. Consultores e auditores externos 5.977,60 - . Tratamento de valores - 26,98

. SIBS 20.039,37 31.522,97

. Avaliadores externos 9.682,50 19.555,01

- Outros serviços de terceiros

. Compensação 7.054,16 17.543,04 . Outros serviços 2.276,63 3.222,23 - Gastos gerais administrativos de exercícios anteriores 400,32 60,50

TOTAL 501.614,50 882.218,42

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 Vale do Dão e Alto Vouga

49. ENTIDADES RELACIONADAS

Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas e com outras empresas do Grupo CA. Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas:

2009 2008

Outras Outras Associadas Coligadas empresas do Associadas Coligadas empresas Grupo CA do Grupo CA Activos:

Disponibilidades outras Instituições Crédito - - 333.871 - - 1.644.301

Activos financeiros disponíveis para venda - - 463.444 - - 568.839

Aplicações em Instituições de Crédito - - 58.025.405 - - 54.193.203

Outros activos - 48.057 42.872 - 40.887 46.391

Passivos:

Recursos de outras Instituições de Crédito 117.442 - - 1.603 - -

Outros passivos 18.026 10.275 4.836 5.974 3.486 15.990

Custos:

Juros e encargos similares - 321 13 - 140

Encargos com serviços e comissões - - 29.215 - - 42.078

Gastos gerais administrativos 47.164 242.597 3.394 35.472 419.074 4.269

Proveitos:

Juros e rendimentos similares - - 638.618 - - 2.169.691

Rendimentos de instrumentos de capital - 1 - - 353 -

Rendimentos de serviços e comissões - 77.965 11.977 - 37.127 18.483

Outros resultados de exploração 1.232 - 51.374 1.610 As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas.

50. PENSÕES DE REFORMA

De acordo com o IAS 19, os pressupostos actuariais de cálculo das responsabilidades com o complemento de pensões são mais conservadores do que os usados no PCSB, pelo que, com a adopção das NCA’s, verificou-se a necessidade de registar um passivo correspondente à parcela de responsabilidades não cobertas pela quota parte do valor dos activos do Fundo. Adicionalmente, com o IAS 19, surgiu a necessidade de registar como passivo as responsabilidades pela obrigação de pagar prémios de antiguidade e de incorrer em encargos com o SAMS. a) Apuramento do impacto de adopção das NCA’s a 1/01/2007 Decorrente da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito à “IAS 19 – Benefícios dos empregados”, foi registado em 1 de Janeiro de 2007 o valor dos ajustamentos de transição referentes a 31 de Dezembro de 2006.

Relatório e Contas Exercício de 2009

 Vale do Dão e Alto Vouga

Em 1 de Janeiro de 2007, o valor actual das responsabilidades com complementos de pensões de reforma, prémio de antiguidade e SAMS e respectivas coberturas, em NCA’s foram as seguintes:

1-01-2007 Fundo de pensões A.1. Responsabilidades PCSB 15.236 A.2. Impacto da transição para IAS 19: 66.741 A.2.1. Tábua de mortalidade 4.269 A.2.2. Pressupostos financeiros 62.472 A.3. Responsabilidades IAS 19 (A.1. + A.2.) 81.977 A.4. Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2006 17.938 A. Insuficiência de cobertura pelo Fundo de Pensões (A.3. – A.4.) 64.039

1-01-2007 Encargos com saúde (SAMS):

B.1. Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 184.999 B.2. Com licenças sem vencimento - B.3. Com pré-reformados - B.4. Com pensões em pagamento - B. Total 184.999

1-01-2007 Prémio de antiguidade: C.1. Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 141.841 C.2. Com licenças sem vencimento - C. Total 141.841

De acordo com o Aviso nº 12/2005, de 30 de Dezembro, o acréscimo de responsabilidades decorrente da alteração da tábua de mortalidade em data posterior a 1 de Janeiro de 2005 pode ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos).

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, o aumento de responsabilidades com o Fundo de Pensões, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2011 (5 anos).

Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, as responsabilidades com o SAMS, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos).

Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente.

Foi decisão da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008.

Relatório e Contas Exercício de 2009

 Vale do Dão e Alto Vouga

Assim, em 31-12-2007 o valor por reconhecer em resultados transitados, que deriva dos impactos da adopção do IAS 19, e o número de anos pelos quais agora serão reconhecidos em resultados transitados, é como segue:

Nº anos Data limite de 31-12-2007 a diferir diferimento A.2.1.2007 Alteração da tábua de mortalidade 3.659 9 anos 2016 A.2.2.2007 Alteração dos pressupostos financeiros 49.978 7 anos 2014 A.2.3.2007 Excesso de cobertura em PCSB 2.162 7 anos 2014 B.2007 Encargos com saúde (SAMS) 158.570 9 anos 2016

Reconhecimento anual nos resultados transitados: 31-12-2009

A.2.1.2009 Alteração da tábua de mortalidade 407 A.2.2.2009 Alteração dos pressupostos financeiros 7.140 A.2.3.2009 Excesso de cobertura em PCSB 309 B.2009 Encargos com saúde (SAMS) 17.619 2009 TOTAL 25.475 b) Registo do impacto do movimento do Fundo de Pensões e do custo com o SAMS e Prémios de antiguidade a 31/12/2009 Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM VALE DO DÃO E ALTO VOUGA com referência a 31 de Dezembro de 2009 e de 2008 foram os seguintes: 31/12/2009 31/12/2008 Pressupostos financeiros: Taxa de desconto 5,5% 5,5% Taxa de rendimento 5,52% 4,5% Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios 3% 3% Taxa de crescimento das pensões 2% 2%

Pressupostos demográficos Tábua de mortalidade TV – 88/90 TV – 88/90 Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80 Idade de reforma 65 65 “Projected Unit “Projected Unit Método de avaliação Credit” Credit”

Em 31 de Dezembro de 2009, o valor actual das responsabilidades com complemento de pensões de reforma e respectiva cobertura, são as seguintes:

31-12-2009

F.2009 Valor actual das Responsabilidades por serviços passados 360.373

F.1. Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 338.474

F.2. Com licenças sem vencimento -

F.3. Com pré-reformados -

F.4. Com pensões em pagamento 21.899

Relatório e Contas Exercício de 2009

 Vale do Dão e Alto Vouga

O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência referente à CCAM VALE DO DÃO E ALTO VOUGA é o que a seguir se apresenta:

G.1. + Custo do serviço corrente 20.036

G.2. + Custo dos juros 19.001

G.3. - Rendimento esperado dos activos do Fundo de Pensões 11.094

G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas actuariais -20.023

G.5. + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas -

G.6. = Acréscimo anual de responsabilidades 7.920

O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM VALE DO DÃO E ALTO VOUGA foi o seguinte:

A.4.2008 (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2008 200.166

H.1. (+) Contribuições efectuadas 7.220

H.1.1. Pela CCAM VALE DO DÃO E ALTO VOUGA 1.035

H.1.2. Pelos empregados 6.185

H.2. (+) Rendimento dos activos do Fundo de Pensões (liquido) 13.890

H.3. (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 355

H.3.1. Por reformas antecipadas -

H.3.2. Outros 355

H.4. (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 779

H.5.2009 (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2009 220.142

H.6. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2009 (H.5.2009 – A.4.2008) 19.976

O movimento ocorrido durante o exercício de 2009 relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte:

F.2008 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2008 339.696

G.1. (+) Custo do serviço corrente 20.036

G.2. (+) Custo dos juros 19.001

G.4.1. (+/-) (Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades -17.227

G.5. (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas -

H.3. (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 355

H.3.1. Por reformas antecipadas -

H.3.2. Outros 355

H.4. (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 779

F.2009 (=) Responsabilidades totais em 31-12-2009 360.373

K. Variação nas responsabilidades em 2009 (F.2009 – F.2008) 20.677

O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2009, de acordo com o Aviso 4/2005 do Banco de Portugal, era o seguinte:

F. Valor actual das responsabilidades com serviços passados 360.373

I.1. Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2009 133.141

I.2. Responsabilidades por serviços passados (Aviso 4/2005) 216.965

I.3. Nível de cobertura (Aviso 4/2005) (%) 101

Relatório e Contas Exercício de 2009

 Vale do Dão e Alto Vouga

Os ganhos e perdas decorrentes de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados no que se refere às responsabilidades e ao rendimento esperado dos fundos de pensões, bem como os resultantes de alterações de pressupostos actuariais, são diferidos numa rubrica de activo ou passivo (“corredor”), até ao limite de 10% do valor actual das responsabilidades por serviços passados ou do valor dos fundos de pensões, dos dois o maior, reportados ao final do ano corrente. Caso os ganhos e perdas actuariais excedam o valor do corredor, deverá ser reconhecido em resultados, no mínimo, um montante correspondente ao referido excesso dividido pelo diferencial entre a idade média dos colaboradores no activo e a idade normal de reforma considerada no estudo actuarial. Em 31-12-2009 a decomposição do corredor é a seguinte:

J.2009 Corredor 2009 36.037

G.4.2008 (Saldo) (+) Desvios actuariais por amortizar em 31-12-2008 54.606 J.2008 (Ganhos) e perdas actuariais dentro do corredor 33.969 J.1.2008 (Ganhos) e perdas actuariais fora do corredor 20.637 J.3.2009 (-) Amortização de desvios actuariais em 2009 1.086

G.4.Ano (+/-) Desvios actuariais gerados em 2009 -20.023 G.4.2.Ano Desvio financeiro [(Ganho)/Perda] -2.796 G.4.1.Ano Desvio actuarial [(Ganho)/Perda] -17.227 (=) Desvios actuariais por amortizar em 31-12-2009 G.4.2009 (Saldo) 33.497 (G.4.2008 – J.3.2009 + G.4.Ano)

J.Dentro_2009 Ganhos e perdas actuariais dentro do corredor em 31-12-2009 33.497

J.Fora_2009 Ganhos e perdas actuariais fora do corredor em 31-12-2009 -

J.2. Tempo de serviço médio futuro dos activos do fundo 19

J.3.2009 Amortização dos desvios em 2009 1.086

A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com trabalhadores no activo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:

Prémio de Antiguidade 31-12-2008

N.1.2008 Com trabalhadores no activo 143.750

N.2.2008 Com licenças sem vencimento -

N.2008 Total 143.750

Prémio de Antiguidade 31-12-2009

N.1.2009 Com trabalhadores no activo 153.155

N.2.2009 Com licenças sem vencimento -

N.2009 Total 153.155

Prémio de Antiguidade Variação

O.1. Com trabalhadores no activo 9.405

O.2. Com licenças sem vencimento -

O. Com licenças sem vencimento 9.405

Relatório e Contas Exercício de 2009

 Vale do Dão e Alto Vouga

51. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A GESTÃO DE RISCOS EM INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Risco de crédito Risco de crédito corresponde a perdas financeiras decorrentes do incumprimento das contrapartes com as quais são celebrados os instrumentos financeiros. Exposição máxima ao risco de crédito Em 31 de Dezembro de 2009, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumento financeiro, excluindo os títulos em carteira, pode ser resumida como segue:

Tipo de instrumento financeiro Valor Bruto Imparidade Valor líquido

Patrimoniais:

Crédito a clientes 56.521.665,09 1.644.250,77 54.877.414,32

Derivados de cobertura - - -

Disponibilidades em outras instituições de crédito 333.870,.56 - 333.870,56

Aplicações em instituições de crédito 58.025.404,76 - 58.025.404,76

114.880.940,41 1.644.250,77 113.236.689,64

Extra patrimoniais:

Garantias prestadas 1.846.572,57 17.715,71 1.828.856,86

Compromissos irrevogáveis 1.738.788,40 37.016,24 1.701.772,16

3.585.360,97 54.731,95 3.530.629,02

Risco cambial Em 31 de Dezembro de 2009, o risco cambial existente é de valor muito reduzido ou mesmo nulo. Risco de mercado Risco de mercado corresponde ao risco de variação do justo valor ou dos cash-flows dos instrumentos financeiros em função de alterações nos preços de mercado, incluindo: x risco cambial x risco de taxa de juro x outro risco de preço. Este risco está associado a variações ao nível dos preços de mercados (excluindo as variações associadas ao risco cambial ou ao risco de taxa de juro) resultantes de variações em factores específicos de cada instrumento financeiro ou de factores que afectem todos os instrumentos financeiros similares transaccionados no mercado. Análise de sensibilidade O risco de mercado da Caixa é avaliado com base na metodologia do “Value-at-Risk” (VaR), sendo este indicador utilizado na gestão da exposição aos riscos gerados pelos instrumentos financeiros.

O Responsável pela Contabilidade, O Conselho de Administração, Marcelo Luís da Costa Almeida (Dr.) José António de Morais Sarmento Moniz (Dr.) – Presidente TOC N.º 4704. Vítor Manuel Coutinho Lopes Gomes – Administrador Executivo Marciano Balula dos Santos – Administrador Alfredo Ribeiro Poças – Administrador João Coelho – Administrador Executivo António de Gouveia Rodrigues – Administrador João Barbosa Monteiro – Administrador

Relatório e Contas Exercício de 2009



Movimento de Associados Juntos somos mais fortes. CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA Relatório e Contas 2009

Movimento Associativo no ano de 2009 Sócios existentes em 31 de Dezembro de 2008 ...... 5.584 Sócios admitidos durante o ano de 2009 ...... 81 Soma ...... 5.665

Sócios Falecidos 8

Sócios Exonerados (Art. 13 Estatutos) 48

Sócios Excluídos ( Art. 14 Estatutos) 0

Sócios Existentes em 31 de Dezembro de 2009 5.609

CCAM do Vale do Dão e Alto Vouga Sede: Mangualde – Av. da Liberdade, 62/64 – 3530 -113 Mangualde E-mail: [email protected]

Agências: Sátão; Penalva do Castelo; Vila Nova de Paiva; Chãs de Tavares e Ferreira de Aves.

 Parecer do Conselho Fiscal Juntos somos mais fortes. CCAM DO VALE DO DÃO E ALTO VOUGA Relatório e Contas 2009

Parecer do Conselho Fiscal

No cumprimento das suas obrigações estatutárias, o Conselho Fiscal reuniu para apreciar, discutir e emitir o seu parecer sobre o Relatório, Balanço, Contas e mapas anexos ás mesmas relativos ao exercício de 2009, apresentado pelo Conselho de Administração, bem como sobre a proposta de Distribuição de Resultados. Estiveram presentes, para além dos representantes do Conselho de Administração, todos os membros do Conselho Fiscal que analisaram os elementos apresentados, considerando que espelham com fidelidade e consistência a situação patrimonial da Caixa Agrícola, realçando a cuidadosa gestão desenvolvida, e considerando ainda bastante elucidativos todos os elementos que lhe foram apresentados. O Conselho Fiscal também reuniu com o Revisor Oficial de Contas, que emitiu a competente certificação legal relativa ao exercício de 2009, sem reservas. Assim, compete-nos referir o seguinte: O Relatório de Gestão, Balanço, Contas, mapas anexos e Resultados apresentados, são suficientemente esclarecedores da situação da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Vale do Dão e Alto Vouga, evidenciando os aspectos mais relevantes. Tendo em conta o que se deixou relatado, somos de parecer que a Assembleia Geral APROVE: a) - O Relatório, Balanço e Contas do Exercício de 2009, bem como os mapas a ele anexos; b) – A distribuição dos resultados de exercício conforme proposto pelo Conselho de Administração.

Mangualde, 01 de Março de 2010 O Conselho Fiscal,

José Abrantes Marques – Presidente; César Augusto A Morais; José Luís Ferreira dos Santos (Prof.), José Manuel Amado Magalhães (Dr.); Joaquim de Jesus Lopes – Vogais.

CCAM do Vale do Dão e Alto Vouga Sede: Mangualde – Av. da Liberdade, 62/64 – 3530 -113 Mangualde E-mail: [email protected]

Agências: Sátão; Penalva do Castelo; Vila Nova de Paiva; Chãs de Tavares e Ferreira de Aves.

 Certificação Legal das Contas CertificaçãoȱLegalȱdasȱContasȱ ȱ ȱ Introduçãoȱ ȱ 1ȱ ExaminámosȱasȱdemonstraçõesȱfinanceirasȱdaȱCaixaȱdeȱCréditoȱAgrícolaȱMútuoȱ deȱ Valeȱ doȱ Dãoȱ eȱ Altoȱ Vouga,ȱ C.R.L.ȱ asȱ quaisȱ compreendemȱ oȱ Balançoȱ emȱ 31ȱ deȱ Dezembroȱ deȱ 2009ȱ (queȱ evidenciaȱ umȱ totalȱ deȱ 122.110.023ȱ eurosȱ eȱ umȱ totalȱ deȱ capitalȱ próprioȱ deȱ 12.977.838ȱ euros,ȱ incluindoȱ umȱ resultadoȱ líquidoȱ deȱ 102.460ȱ euros),ȱ aȱ DemonstraçãoȱdosȱResultados,ȱaȱDemonstraçãoȱdasȱAlteraçõesȱnosȱCapitaisȱPrópriosȱeȱaȱ DemonstraçãoȱdosȱFluxosȱdeȱCaixaȱdoȱexercícioȱfindoȱnaquelaȱdata,ȱeȱoȱcorrespondenteȱ Anexo.ȱ ȱ Responsabilidadesȱ ȱ 2ȱ ÉȱdaȱresponsabilidadeȱdaȱDirecçãoȱaȱpreparaçãoȱdeȱdemonstraçõesȱfinanceirasȱqueȱ apresentemȱdeȱformaȱverdadeiraȱeȱapropriadaȱaȱposiçãoȱfinanceiraȱdaȱCaixa,ȱoȱresultadoȱ dasȱsuasȱoperações,ȱosȱfluxosȱdeȱcaixaȱeȱasȱalteraçõesȱnosȱcapitaisȱpróprios,ȱbemȱcomoȱaȱ adopçãoȱdeȱpolíticasȱeȱcritériosȱcontabilísticosȱadequadosȱeȱaȱmanutençãoȱdeȱumȱsistemaȱ deȱcontroloȱinternoȱapropriado.ȱ ȱ 3ȱ Aȱ nossaȱ responsabilidadeȱ consisteȱ emȱ expressarȱ umaȱ opiniãoȱ profissionalȱ eȱ independente,ȱbaseadaȱnoȱnossoȱexameȱdaquelasȱdemonstraçõesȱfinanceiras.ȱ ȱ Âmbitoȱ ȱ 4ȱ OȱexameȱaȱqueȱprocedemosȱfoiȱefectuadoȱdeȱacordoȱcomȱasȱNormasȱTécnicasȱeȱasȱ Directrizesȱ deȱ Revisão/Auditoriaȱ daȱ Ordemȱ dosȱ Revisoresȱ Oficiaisȱ deȱ Contas,ȱ asȱ quaisȱ exigemȱ queȱ oȱ mesmoȱ sejaȱ planeadoȱ eȱ executadoȱ comȱ oȱ objectivoȱ deȱ obterȱ umȱ grauȱ deȱ segurançaȱ aceitávelȱ sobreȱ seȱ asȱ demonstraçõesȱ financeirasȱ nãoȱ contêmȱ distorçõesȱ materialmenteȱrelevantes.ȱParaȱtantoȱoȱreferidoȱexameȱincluiu:ȱ(i)ȱaȱverificação,ȱnumaȱbaseȱ deȱ amostragem,ȱ doȱ suporteȱ dasȱ quantiasȱ eȱ divulgaçõesȱ constantesȱ dasȱ demonstraçõesȱ financeirasȱ eȱ aȱ avaliaçãoȱ dasȱ estimativas,ȱ baseadasȱ emȱ juízosȱ eȱ critériosȱ definidosȱ pelaȱ Direcção,ȱ utilizadasȱ naȱ suaȱ preparação;ȱ (ii)ȱ aȱ apreciaçãoȱ sobreȱ seȱ sãoȱ adequadasȱ asȱ políticasȱcontabilísticasȱadoptadasȱeȱaȱsuaȱdivulgação,ȱtendoȱemȱcontaȱasȱcircunstâncias;ȱ (iii)ȱaȱverificaçãoȱdaȱaplicabilidadeȱdoȱprincípioȱdaȱcontinuidade;ȱeȱ(iv)ȱaȱapreciaçãoȱsobreȱ seȱéȱadequada,ȱemȱtermosȱglobais,ȱaȱapresentaçãoȱdasȱdemonstraçõesȱfinanceiras.ȱ ȱ 5ȱ Oȱ nossoȱ exameȱ abrangeuȱ tambémȱ aȱ verificaçãoȱ daȱ concordânciaȱ daȱ informaçãoȱ financeiraȱconstanteȱdoȱrelatórioȱdeȱgestãoȱcomȱasȱdemonstraçõesȱfinanceiras.ȱ

Esteves,ȱPinhoȱ&ȱAssociados,ȱSROC,ȱLda.ȱ–ȱwww.bkrȬep.comȱ ContribuinteȱeȱMatrículaȱnaȱConservatóriaȱdoȱRegistoȱComercialȱdaȱMaiaȱnºȱ507ȱ111ȱ931ȱȬȱCapitalȱSocialȱ20ȱ000ȱeurosȱȱ InscritaȱnaȱOrdemȱdosȱRevisoresȱOficiaisȱdeȱContasȱsobȱoȱnºȱ192ȱ AnȱindependentȱmemberȱofȱBKRȱInternationalȱ–ȱinȱprincipalȱcitiesȱworldwideȱ–ȱwww.bkr.comȱ CaixaȱdeȱCréditoȱAgrícolaȱMútuoȱdeȱValeȱdoȱDãoȱeȱAltoȱVouga,ȱC.R.L. ȱ 6ȱ Entendemosȱ queȱ oȱ exameȱ efectuadoȱ proporcionaȱ umaȱ baseȱ aceitávelȱ paraȱ aȱ expressãoȱdaȱnossaȱopinião.ȱ ȱ Opiniãoȱ ȱ 7ȱ Emȱ nossaȱ opinião,ȱ asȱ referidasȱ demonstraçõesȱ financeirasȱ apresentamȱ deȱ formaȱ verdadeiraȱ eȱ apropriada,ȱ emȱ todosȱ osȱ aspectosȱ materialmenteȱ relevantes,ȱ aȱ posiçãoȱ financeiraȱdaȱCaixaȱdeȱCréditoȱAgrícolaȱMútuoȱdeȱValeȱdoȱDãoȱeȱAltoȱVouga,ȱC.R.L.,ȱemȱ 31ȱdeȱDezembroȱdeȱ2009,ȱoȱresultadoȱdasȱsuasȱoperações,ȱosȱfluxosȱdeȱcaixaȱeȱasȱalteraçõesȱ nosȱcapitaisȱprópriosȱnoȱexercícioȱfindoȱnaquelaȱdata,ȱemȱconformidadeȱcomȱasȱnormasȱ contabilísticasȱajustadasȱdefinidasȱpeloȱBancoȱdeȱPortugal.ȱ ȱ Ênfaseȱ ȱ 8ȱ Semȱafectarȱaȱopiniãoȱexpressaȱnoȱparágrafoȱanterior,ȱchamamosȱaȱatençãoȱparaȱoȱ factoȱde,ȱconformeȱdivulgadoȱnasȱnotasȱ1ȱeȱ2.2.1ȱdoȱanexoȱàsȱdemonstraçõesȱfinanceiras,ȱ terȱocorridoȱnoȱexercícioȱumaȱfusãoȱporȱincorporaçãoȱdaȱCaixaȱdeȱCréditoȱAgrícolaȱMútuoȱ deȱ Sátãoȱ eȱVilaȱ Novaȱ deȱ Paiva,ȱ C.R.L.ȱ naȱ Caixaȱ deȱ Créditoȱ Agrícolaȱ Mútuoȱ deȱ Valeȱ doȱ Dão,ȱC.R.L.ȱPorȱopçãoȱdaȱgestãoȱo balanço,ȱasȱdemonstraçõesȱdeȱresultadosȱeȱdosȱfluxosȱ deȱcaixa,ȱbemȱcomoȱaȱdemonstraçãoȱdeȱalteraçõesȱnoȱcapitalȱpróprio,ȱapresentadosȱparaȱ efeitosȱcomparativos,ȱeȱoȱcorrespondenteȱanexo,ȱincluíramȱosȱvaloresȱdeȱ2008ȱreferentesȱàsȱ duasȱCaixasȱagregadas.ȱÉȱdeȱreferirȱqueȱoȱexercícioȱdeȱ2009ȱéȱoȱprimeiroȱemȱqueȱaȱCaixaȱéȱ objectoȱ deȱ revisãoȱ legalȱ deȱ contas.,ȱ peloȱ queȱ oȱ nossoȱ exameȱ nãoȱ abrangeuȱ osȱ valoresȱ relativosȱ aoȱ exercícioȱ deȱ 2008,ȱ osȱ quaisȱ sãoȱ apresentadosȱ paraȱ efeitosȱ meramenteȱ comparativos.ȱ ȱ ȱ Maia,ȱ16ȱdeȱMarçoȱdeȱ2010ȱ ȱ ȱ Esteves,ȱPinhoȱ&ȱAssociados,ȱSROC,ȱLda.ȱȱ Representadaȱpor:ȱ ȱ ȱ ȱ RuiȱManuelȱCorreiaȱdeȱPinho,ȱROCȱ

(2)ȱ