PREFEITURA MUNICIPAL DE CHAPADINHA

Secretaria Municipal de Saúde - SEMUS

RELATÓRIO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE CHAPADINHA – PMSB: relatório síntese

Chapadinha 2015 PREFEITURA MUNICIPAL DE CHAPADINHA

Secretaria Municipal de Saúde - SEMUS

RELATÓRIO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE CHAPADINHA – PMSB: relatório síntese

Relatório do Plano Municipal de Saneamento Básico de Chapadinha – PMSB (relatório síntese) apresentado ao Comitê Coordenador para subsidiar as ações de planejamento e elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico.

Chapadinha 2015 Prefeitura Municipal de Chapadinha Endereço do contratante: Av. Presidente Vargas Nº 310, Centro Chapadinha MA CEP 65500-000

Gestão Ambiental Projetos e Consultoria Ltda. Endereço da contratada: Rua Maria Pandu, 8 - Olho de Porco Raposa/MA CEP 65138-000

Chapadinha. Prefeitura Municipal de Chapadinha. Secretaria Municipal de Saúde.

Relatório do Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB de Chapadinha– MA: relatório síntese / Secretaria Municipal de Saúde. – Chapadinha, MA: Prefeitura Municipal de Chapadinha, 2014.

137 f. : il.

1. Política 2. Planejamento urbano 3. Saneamento 4. Relatório I. Título

CDU 332.021:628 (047.3)

EQUIPE TÉCNICA

José Pereira de |Alencar Químico Industrial – Esp. em Gestão e Manejo Ambiental na Agroindústria Anderson Pires Ferreira Biólogo, Mestre em Biodiversidade e Especialista em Gestão Ambiental Telma Costa Thomé Administradora, Especialista em Gestão Pública e Planejamento Estratégico José Renato Marques Borralho Junior Eng. Agrônomo Mestre em Agroecologia - Especialista em Engenharia Ambiental Marcio Costa Fernandes Vaz dos Santos Biólogo, PhD em Ciências Ambientais Valéria Galdino Silva e Silva Engenheira Ambiental Yury Maciel Couto Engenheiro Ambiental Carlos Borromeu de Passos Vale Geólogo Samme Sraya Oliveira Santos Produtora de Eventos

LISTA DE MAPA

Mapa 1 - Em vermelho, a localização do Município de Chapadinha no Estado do Maranhão ...... 21 Mapa 2 - Imagem de Satélite com os limites do município de Chapadinha e a área achurada em branco correspondente a Zona Urbana ...... 22 Mapa 3 - Mapa Hidrográfico e de Relevo do Município de Chapadinha ...... 24 Mapa 4 - Situação do município de Chapadinha no contexto das sub-bacias hidrográficas do rio Munim. A maior parte do território municipal está inserida na sub-bacia principal do rio Munim...... 26 Mapa 5 - Infraestrutura Municipal ...... 55 Mapa 6 - Mapeamento das áreas habitadas e padrões de urbanização da sede do município de Chapadinha ...... 56 Mapa 7 - Relevo e abastecimento hídrico ...... 57 Mapa 8 - Situação do município de Chapadinha no contexto das sub-bacias hidrográficas do rio Munim ...... 81 Mapa 9 - Modelo Digital de Terreno (MDT) para o município de Chapadinha e entorno ...... 82

LISTA DE FOTOS

Foto 1 - Unidade de Saúde Básica em Chapadinha ...... 33 Foto 2 - Hospital Antônio Pontes de Aguiar – HAPA ...... 34 Foto 3 - Olaria em Chapadinha...... 42 Foto 4 - Entrada do lixão municipal ...... 69 Foto 5 - Balança do Lixão Municipal danificada ...... 70 Foto 6 - Deposição do lixo sem recobrimento ...... 70 Foto 7 - Material selecionado por catadores no lixão ...... 71 Foto 8 - Caminhão de transporte dos resíduos sólidos coletados no município ...... 72 Foto 9 - serviço de coleta de resíduos sólidos do município...... 74

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - População por sexo na zona urbana e rural ...... 28 Gráfico 2 - Evolução populacional de 1991 a 2010 ...... 28 Gráfico 3 - Pirâmide etária de Chapadinha ...... 29 Gráfico 4 - Número de casos de AIDS registrados no município de 1990 a 2012..... 36 Gráfico 5 - Número de casos de doenças transmitidas por insetos vetores em Chapadinha ...... 37 Gráfico 6 - Taxa de mortalidade de crianças em Chapadinha ...... 38 Gráfico 7 - Imunizações em crianças menores de 1 ano ...... 39 Gráfico 8 - Número de imunizações no período de 2010 a 2014 ...... 39 Gráfico 9 - Balanço entre receitas e despesas de Chapadinha-MA ...... 44 Gráfico 10 - Participação dos setores no PIB de Chapadinha em relação ao Maranhão e ao Brasil ...... 46 Gráfico 11 - IDHM dos municípios da Região do Munim ...... 46

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Coordenadas geográficas do município de Chapadinha – MA ...... 20

Quadro 2 - Frequência de coleta por bairro em Chapadinha/MA ...... 73

Quadro 3 - Ações de aprimoramento do serviço de gerenciamento de resíduos sólidos ...... 97

Quadro 4 - Ações do programa de obras para os serviços de esgotamento sanitário ...... 102

Quadro 4 - Ações do programa de obras para os serviços de esgotamento sanitário (cont.) . 103

Quadro 5 - Ações do programa de obras para os serviços de drenagem urbana ...... 103

Quadro 6 - Ações do programa de obras para os serviços de manejo de resíduos sólidos ..... 104

Quadro 7 - Ações do programa de obras para os serviços de abastecimento de água ...... 106

Quadro 8 - Investimentos necessários no sistema de esgotamento sanitário ...... 108

Quadro 9 - Investimentos necessários no sistema de drenagem urbana ...... 109

Quadro 10 - Investimentos necessários no sistema de manejo de resíduos sólidos ...... 110

Quadro 11 - Estimativa de investimentos necessários no sistema de abastecimento d’água . 111

Quadro 12 - Investimentos necessários no programa de melhoria de qualidade da gestão .... 112

Quadro 13 - Plano de contingência para os serviços de esgotamento sanitário ...... 114

Quadro 14 - Plano de contingência para os serviços de limpeza urbana ...... 115

Quadro 15 - Plano de contingência dos serviços de drenagem urbana ...... 116

Quadro 16 - Principais atores, atividades e componentes do serviço de esgotamento sanitário ...... 118

Quadro 17 - Principais atores, atividades e componentes do serviço de drenagem urbana ... 119

Quadro 18 - Principais atores, atividades e componentes do serviço de manejo de resíduos sólidos ...... 120

Quadro 19 - Indicadores, metas e objetivos para monitoramento dos serviços de abastecimento de água ...... 121

Quadra 20 - Resumo do abastecimento de água por meio de poços “artesianos” localizados na área urbana administrados pela Prefeitura Municipal de Chapadinha...... 128

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Áreas de bacias hidrográficas no território municipal de Chapadinha .... 25 Tabela 2 - Taxa de Crescimento da População de Chapadinha obtida pelos dados censitários do IBGE de 1991 a 2010 ...... 31 Tabela 3 - Estimativa populacional para o município de Chapadinha em 20 anos ... 32 Tabela 4 - Número de estabelecimentos de saúde no município de Chapadinha ..... 33 Tabela 5 - Indicadores de Saúde dos municípios da região do Alto Munim segundo DATASUS ...... 35 Tabela 6 - Fecundidade das mulheres de Chapadinha ...... 40 Tabela 7 - Número de famílias e pessoas atendidas no PACS e PSF nos últimos 4 anos ...... 41 Tabela 8 - Produção por hectare dos principais produtos cultivados em Chapadinha ...... 43 Tabela 9 - Principais rebanhos em Chapadinha ...... 43 Tabela 10 - Índice de Qualificação da Mão de Obra e Produtividade (IQMP), emprego, salário e consumo de energia em Chapadinha-MA ...... 45 Tabela 11 - Produto Interno Bruto (PIB) de Chapadinha ...... 45 Tabela 12 - INF para os municípios da Região do Alto Munim ...... 48 Tabela 13 - INS para os municípios da Região do Alto Munim ...... 50 Tabela 14 - INE para os municípios da Região do Alto Munim ...... 52 Tabela 15 - Máquinas e equipamentos de coleta ...... 74 Tabela 16 - Consumo per capita de água no município de Chapadinha e geração de efluentes ...... 86 Tabela 17 - Previsão de consumo para os próximos 20 anos ...... 91 Tabela 18 - Previsão de geração de resíduos sólidos pela população nos próximos 20 anos ...... 95 SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO ...... 11 2 INTRODUÇÃO ...... 12 3 METODOLOGIA ...... 14 4 ASPECTOS LEGAIS ...... 15 4.1 Legislação em âmbito federal ...... 15 4.2 Legislação em âmbito estadual ...... 16 4.3 Legislação em âmbito municipal ...... 17 5 Aspectos institucionais e econômicos ...... 18 5.1 Formato institucional dos serviços de saneamento de Chapadinha ...... 19 5.2 Caracterização dos indicadores econômicos ...... 19 6 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DOS SISTEMAS DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS ...... 20 6.1 Caracterização geral do município de Chapadinha ...... 20 6.1.1 Localização ...... 20 6.1.2 Recursos hídricos ...... 23 6.1.4 Aspectos demográficos ...... 27 6.1.5 Saúde ...... 32 6.1.6 Aspectos institucionais e econômicos ...... 41 6.2 Sistema de abastecimento de água ...... 58 6.2.1 Descrição geral do sistema de abastecimento de água de Chapadinha ...... 58 6.2.2 Caracterização da cobertura dos serviços ...... 59 6.2.3 Avaliação do consumo de água ...... 60 6.2.4 Qualidade da água tratada ...... 60 6.2.5 Identificação do potencial de fontes hídricas para o abastecimento ...... 63 6.3 Sistema de esgotamento sanitário ...... 65 6.3.1 Descrição do sistema de esgotamento sanitário ...... 65 6.3.3 Análise da prestação do serviço de esgotamento sanitário ...... 66 6.3.4 Identificação de áreas de risco de contaminação por esgotos ...... 66 6.3.5 Descrição dos planos e projetos e das obras em andamento ...... 67 6.3.6 Avaliação conclusiva da condição e capacidade do sistema e da qualidade da prestação do serviço de esgotamento sanitário ...... 67 6.4 Limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos ...... 67 6.4.1 Características gerais do serviço de limpeza urbana ...... 67 6.4.2 Coleta e transporte do resíduo sólido urbano ...... 71 6.4.3 Serviços de varrição e capina ...... 75 6.4.4 Resíduos da construção civil e de demolição 75 6.4.5 Resíduos do serviço de saúde 75 6.4.6 Destino final dos resíduos sólidos 75 6.4.7 Coleta seletiva 76 6.4.8 Avaliação conclusiva da condição e capacidade do sistema e da qualidade da prestação do serviço de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos 76 6.5 Drenagem urbana e manejo de águas pluviais 77 7 PROGNÓSTICO COM CENÁRIOS DE METAS E DEMANDAS E ESTUDOS DE ALTERNATIVAS TÉCNICAS ...... 80 7.1 Cenários de metas e demandas ...... 80 7.1.1 Metodologia para definição dos cenários ...... 83 7.1.2 Cenários de referência para o serviço de abastecimento de água ...... 83 7.1.3 Cenários de referência para o serviço de abastecimento de esgotamento sanitário ...... 85 7.1.4 Cenário de referência para o serviço de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos ...... 87 7.1.5 Cenário de referência para o serviço de drenagem urbana e manejo de águas pluviais ...... 88 7.2 Alternativas dos sistemas que atendam as metas e demandas ...... 89 7.2.1 Alternativas para o abastecimento de água ...... 89 7.2.2 Alternativas para o esgotamento sanitário ...... 93 7.2.3 Alternativas para a limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos ...... 94 7.2.4 Alternativas para a drenagem urbana e manejo das águas pluviais ...... 99 8 PLANO DE METAS, PROGRAMA DE OBRAS E AÇÕES, CRONOGRAMA DE INVESTIMENTOS E AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS ...... 101 8.1 Plano de metas definitivo ...... 101 8.2 Programa de obras e ações ...... 102 8.3 Programa e cronograma de investimentos ...... 107 9 PROGRAMA PARAEMERGÊNCIA E CONTIGÊNCIAS ...... 114 10 MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA AVALIAÇÃO DAS METAS E AÇÕES PROGRAMADAS ...... 117 10.1 Índice de universalização dos Serviços de Abastecimento de Água...... 121 10.2 Índice de fornecimento de água de qualidade e em quantidade de forma contínua para toda a população do município de Chapadinha (%)...... 122 10.3Índice de reclamações por intermitência...... 123 10.4 Indicadores Técnicos, Operacionais e Financeiros Referentes ao Sistema de Abastecimento de Água do Munícipio de Chapadinha...... 124 11 DIRETRIZES PARA INSTITUCIONALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS ..... 128 11.1 Diretrizes para a revisão do plano municipal de saneamento básico ...... 123 REFERÊNCIAS ...... 133 EQUIPE TÉCNICA ...... 136

11

1 APRESENTAÇÃO

O Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) vem atender aos requisitos da Lei Federal nº 11.445/07, que se constitui de uma ferramenta indispensável para otimizar o planejamento e gestão e alcançar a melhoria das condições sanitárias e ambientais do município e, por consequência, da qualidade de vida da população. No Diagnóstico (Produto II), foram realizados estudos que levantaram as características socioeconômicas, de infraestrutura e administrativas do município e a demanda nos sistemas de abastecimento de água, esgoto, drenagem pluvial e coleta de resíduos no horizonte de planejamento, analisando a capacidade de oferta, qualidade e reservação destes sistemas. O Produto III apresentou o planejamento dos recursos humanos, financeiros, naturais, materiais e tecnológicos necessários à universalização, dentro de um contexto de eficiência, com minimização de perdas, desperdícios e a ampliação da infraestrutura e da qualidade nos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem pluvial, coleta e destinação de resíduos sólidos no município de Chapadinha. O Produto IV apresentou os Programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e as metas do PMSB, apresentados no Produto III. O Produto V apresentou os mecanismos que visam garantir a transparência e a ampla divulgação das informações do saneamento básico à população do município, através das metas, ações e resultados propostos no horizonte de 20 anos. O Produto VI consiste de síntese contextualizada dos dados apresentados no Produto II (Diagnóstico) e Produto IV (Plano de Metas). A sua elaboração foi feita a partir da seleção dos principais aspectos ambientais e socioeconômicos do diagnóstico municipal e contextualização dos mesmos para os cenários de metas de curto, médio e longo prazo.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 12

2 INTRODUÇÃO

As proposições dos mecanismos e procedimentos de controle social e dos instrumentos para o monitoramento e avaliação sistemática da eficiência e efetividade das ações programadas do PMSB de Chapadinha foram sugeridas levando-se em consideração o cenário escolhido e discutido como ideal para o município, apresentado no Produto III. Mais especificamente, um cenário ideal é aquele que considera os padrões espaciais de ocupação de uso e urbanização; deficiências de recursos econômicos e logística; e capacidade de investimento e gestão do poder executivo municipal. O presente plano é indiscutivelmente um instrumento de planejamento estratégico, e como tal deve obedecer seus princípios de formulação, avaliação e monitoramento de diretrizes e metas, e estabelecimento de índices para avaliação do sucesso das metas propostas. O processo de planejamento estratégico se inicia com a elaboração de diagnósticos e cenários que fundamentarão propostas realistas em sintonia com as capacidades municipais de gestão. Essa etapa é crucial, uma vez que cada município apresenta uma realidade única oriunda de combinação de seu estágio de desenvolvimento socioeconômico e disponibilidade de recursos naturais. Por mais bem fundamentados que sejam os diagnósticos e cenários, estes ainda têm de ser traduzidos em diretrizes (objetivos) e metas. Sem essa etapa, o planejamento reduz-se a uma identificação de problemas e desafios sem proposição de ações concretas. Importante também observar que as diretrizes e metas têm de ser exequíveis, e não podem ser consideradas mera formalidade para atendimento de exigências burocráticas. A próxima etapa de um processo de planejamento estratégico completo é a avaliação do sucesso em atingir as metas estabelecidas. A complexidade de cenários e a deficiência de bancos de dados primários e específicos para a realidade municipal fazem com que as metas sejam geralmente avaliadas com auxílio de indicadores e índices. Indicadores são aqui conceituados como variáveis que agregam grande potencial de síntese. A combinação de indicadores produz índices que na realidade são equações que adotam premissas sobre a relação de indicadores e seu potencial (peso) em influenciar o cenário desejado. ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 13

Finalmente, e não menos importante é o empoderamento da sociedade civil organizada e poder público municipal em todo o processo de elaboração e implementação de planejamento estratégico. Por mais esclarecido e bem elaborado que seja um plano, ele ainda é um produto de uma equipe que não é necessariamente representativa de todas as nuances e características da sociedade do município de Chapadinha, O empoderamento, portanto, para ser realmente eficiente, tem de ocorrer em todas as fases da elaboração do plano de saneamento, e posteriormente, durante sua execução. A base do empoderamento é o Grupo de Trabalho constituído de representantes da sociedade civil organizada e poder público municipal. A criação do Grupo de Trabalho ocorreu na primeira etapa de elaboração do plano de saneamento, sendo este o responsável executivo pela organização de reuniões, de bases e análise críticas de cenários, diretrizes e metas. O fortalecimento do empoderamento é feito através de diretrizes específicas de comunicação social e capacitação de recursos humanos, assim como ações de institucionalização das informações e análises do plano de saneamento.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 14

3 METODOLOGIA

O produto VI consiste de síntese contextualizante dos dados apresentados no Produto II (Diagnóstico) e Produto IV (Plano de Metas). A sua elaboração foi realizada a partir da seleção dos principais aspectos ambientais e socioeconômicos do diagnóstico municipal e contextualização dos mesmos para os cenários de metas de curto, médio e longo prazo.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 15

4 ASPECTOS LEGAIS

O PMSB pode potencialmente ter comprometida a sua capacidade de execução e implementação a partir de conflitos com normas ambientais e urbanísticas. Nos itens a seguir serão discutidos potenciais conflitos com normas federais, estaduais e municipais. As legislações serão apresentadas a seguir com breve comentário sobre seu potencial gerador de conflito.

4.1 Legislação em âmbito federal

No âmbito federal são legislações de interesse direto o Novo Código Florestal de 2012; a Portaria 1.141 de 1987 Ministério Aeronáutica; as resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) 274, 302, 307, 308, 357 e 430. O Novo Código Florestal (Lei Federal nº 12.651 de 2012) reiterou a competência federal para a determinação do status de Áreas de Preservação Permanente (APP), e eliminou a possibilidade de que tais áreas sejam definidas pelo plano diretor municipal. São mantidas as faixas de recuo horizontais a partir do curso principal de cursos de água perenes e intermitentes, e estas permanecem com status de áreas de uso direto proibido (BRASIL, 2012). Apesar de obras públicas de saneamento estarem isentas da proibição de uso direto das APP sesta isenção tem de ser requerida junto ao órgão licenciador mediante argumentação de que a obra é de interesse social. As Resoluções do CONAMA que dizem respeito à gestão de recursos hídricos e qualidade de água potencialmente podem restringir as opções de captação e lançamento de efluentes em corpos hídricos. As principais normas referentes à gestão de recursos hídricos são a resolução 274, de 2000 que estabelece regras para o monitoramento de balneabilidade; a Resolução 302, de 2002 que estabelece critérios para a delimitação de APPs no entorno de reservatórios artificiais; e as Resoluções 357, de 2005 e 430, de 2011 que fixam parâmetros para a classificação de corpos de água e índices de qualidade de água. As Resoluções CONAMA com influência direta sobre a gestão de resíduos sólidos são as Resoluções 308, de 2002 que estabelece critérios para o licenciamento ambiental de ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 16

sistemas de disposição final dos resíduos sólidos urbanos gerados em municípios de pequeno porte; a Resolução 307, também de 2002, que fixa diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. Ambas as normas terão influência direta sobre as diretrizes e metas da gestão municipal de resíduos sólidos. Não menos importante é a Portaria 1141, de 1987 elaborada pelo Ministério da Aeronáutica que dispõe sobre as zonas de proteção de aeródromos, entre outras providências, que estabelece raio mínimo de 20 km para implantação de aterros sanitários no entorno de aeroportos (BRASIL, 1987).

4.2 Legislação em âmbito estadual

A legislação ambiental estadual de interesse direto é aquela associada com a criação e operação de unidades de conservação e a gestão de recursos hídricos. Nesta categoria se incluem normas de hierarquia distinta, tais como Decretos, Portarias e Resoluções. O município de Chapadinha não apresenta território incluído em unidades de conservação estaduais ou federais. No campo da gestão de recursos hídricos, a principal norma estadual é o Decreto nº 27.845 de 2011 que regulamenta a Lei nº 8.149, de 15 de junho de 2004, que institui a Política Estadual de Recursos Hídricos, o Sistema de Gerenciamento Integrado de Recursos Hídricos, com relação às águas superficiais. O potencial de conflito com o PMSB está diretamente associado com a responsabilidade executiva estadual para a outorga de captação de água e lançamento de efluentes. Os procedimentos necessários para a concessão de outorgas estão especificados na Portaria nº 105 de 2011 da Secretaria de Meio Ambiente. Normas adicionais de especial interesse para o PMSB são a Resolução nº 2 do Conselho Estadual de Recursos Hídricos (COERH), que estabelece os critérios para a instalação de comitês de bacia e o Decreto Estadual nº 28.008 de 2012 que regulamenta a Lei nº 8.149, de 15 de junho de 2004 com relação às águas subterrâneas.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 17

4.3 Legislação em âmbito municipal

São aqui consideradas estratégicas a Lei Orgânica do Município, o Plano Diretor – Lei nº 1041/2006 e a Lei de Zoneamento Municipal - Lei nº 1068/2010 e suas atualizações. A lei orgânica será importante, contudo, em questões de definição da desapropriação de áreas necessárias à instalação da rede de saneamento básico. As normas que mais afetam diretamente o PMSB são aquelas que estabelecem restrições para o uso e ocupação do solo municipal. As instalações de apoio à gestão de resíduos sólidos, por exemplo, não poderão ser instaladas em áreas rurais e somente em áreas industriais.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 18

5 ASPECTOS INSTITUCIONAIS E ECONÔMICOS

O PMSB é em essência um instrumento de planejamento estratégico caracterizado por várias etapas, se iniciando com diagnósticos e cenários, seguidos pelo estabelecimento de diretrizes (objetivos) e metas, e proposição de instrumentos e indicadores para a avaliação de resultados e desenvolvimento de ajustes e correções de metas e diretrizes. O sucesso do planejamento estratégico não decorrerá automaticamente da execução das etapas acima citadas. Faz-se também necessário que o planejamento estratégico incorpore aspectos da realidade institucionais e socioeconômicas municipais. Os principais desafios logísticos para a implantação de um plano de saneamento básico efetivo são os mesmos que afetariam a capacidade de desenvolvimento econômico regional. Mais especificamente a infraestrutura viária e a rede de energia elétrica. Em um segundo plano estariam os padrões espaciais de distribuição e densidade populacional que determinarão o volume de investimentos necessários para o fornecimento de saneamento básico para toda a população Em um terceiro plano está a disponibilidade de recursos hídricos de superfície, que representam os volumes hídricos de menor custo de exploração. Em caso de baixa disponibilidade, a exploração de água subterrânea passa a ser a principal opção. De especial importância são os desafios representados pela desigual distribuição populacional no território municipal, que apresenta mais de 200 povoados distribuídos em 3.247 km2 de área. A maior densidade populacional, considerando a localização da sede e maior número de povoados, do município é observada em sua porção central, ao longo da sub-bacia do Munim, principalmente ao longo das margens do rio e dos vales. A explicação para o fato está que a região apresenta as altitudes mais baixas (entre 40 a 50m) e oferta hídrica, o que facilita as condições de colonização e moradia. A região norte e centro-sul do município apresentam as maiores altitudes, sendo o topo das chapadas, em função da sua deficiência em recursos hídricos de superfície, são menos habitados.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 19

5.1 Formato institucional dos serviços de saneamento de Chapadinha

Os serviços de saneamento prestados atualmente no Município, sob concessão, estão sendo realizados pela Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA), entretanto, considerando o custo do serviço, os impactos deste sobre o valor da tarifa, além da qualidade do serviço prestado ao cidadão, registramos a possibilidade de decisão estratégica do poder executivo municipal, de conhecer as opções do setor privado para prestação do serviço de saneamento total ou parcial, ponderando as especificidades geopolíticas da região, e os critérios de preço e qualidade supramencionados, e na forma de contratação previsto em Lei.

5.2 Caracterização dos indicadores econômicos

A dinâmica populacional foi estudada a partir de dados secundários e primários. No primeiro caso foram utilizados os dados censitários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para os anos de 1991, 2000, 2010. Os dados censitários para o município de Chapadinha não estão disponíveis por setor censitário, existindo somente subtotais para as zonas rurais e urbanas. Os indicadores quantitativos para o sistema de abastecimento de água estão divididos em dois grupos. Aqueles que utilizam informações de bancos de dados públicos e que são adotados regularmente em índices, são aqui denominados de oficiais. Os indicadores desenvolvidos a partir de banco de dados primários, organizados para fins específicos do plano de saneamento de Chapadinha, são utilizados para elaborar índices não convencionais. Os principais índices oficiais aqui desenvolvidos são o de universalização de serviços de abastecimento de água e o índice de fornecimento de qualidade e quantidade de água. Também foi elaborado o índice de reclamações por intermitência de abastecimento de água. Os principais índices não convencionais desenvolvidos para o presente plano são disponibilidade hídrica a partir de corpos de água superficial; influência da infraestrutura viária municipal na eficiência da coleta de resíduos sólidos; nível de informalidade da zona urbana como fator de comprometimento de diretrizes e metas do plano de saneamento; inferência de faixa de renda por domicilio a partir de sua área edificada.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 20

6 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DOS SISTEMAS DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS

6.1 Caracterização geral do município de Chapadinha

6.1.1 Localização

O município de Chapadinha possui uma área de 3.247,383km2 (mapa 1) e está localizado na Mesorregião do Leste Maranhenses e na Microrregião de mesmo nome, que abrange os municípios de: Chapadinha, São Benedito do Rio Preto, Buriti, , Milagres do Maranhão, , , Belágua e . A distância terrestre até a capital do estado é de 254 km. Os limites da cidade são com os municípios de: , Mata Roma, Urbano Santos, São Benedito do Rio preto, , Codó, , Coelho Neto e Buriti (mapa 2 e quadro 1).

Quadro 1 - Coordenadas geográficas do município de Chapadinha – MA

Latitude: -3.7405 Longitude: -43.3593

3° 44′ 26″ Sul 43° 21′ 33″ Oeste

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 21

Mapa 1 - Em vermelho, a localização do Município de Chapadinha no Estado do Maranhão

Fonte: Wikipédia (2014)

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 22

Mapa 2 - Imagem de Satélite com os limites do município de Chapadinha e a área achurada em branco correspondente a Zona Urbana

Fonte: Gestão Ambiental, em 2015

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 23

6.1.2 Recursos hídricos

O Maranhão é o único estado do Nordeste que menos se identifica com as características hidrológicas da região, pois não há estiagem e nem escassez de recursos hídricos, tanto superficiais como subterrâneos, em seu território. É detentor de uma invejável rede de drenagem com, pelo menos, dez bacias hidrográficas perenes. Podem ser assim individualizadas: Bacia do rio Mearim, Bacia do rio Gurupi, Bacia do rio Itapecuru, Bacia do rio Grajaú, Bacia do rio Turiaçu, Bacia do rio Munim, Bacia do rio Maracaçumé-Tromaí, Bacia do rio Uru-Pericumã-Aurá, Bacia do rio Parnaíba-Balsas, Bacia do rio Tocantins, além de outras pequenas bacias. Suas principais vertentes hidrográficas são: a Chapada das Mangabeiras, a Chapada do Azeitão, a Serra das Crueiras, a Serra do Gurupi e a Serra do Tiracambu. As bacias hidrográficas são subdivididas em sub-bacias e microbacias. Elas constituem divisões das águas, feitas pela natureza, sendo o relevo responsável pela divisão territorial de cada bacia, que é formada por um rio principal e seus afluentes. O município de Chapadinha pertence à bacia hidrográfica do rio Munim o qual drena sua área (mapa 3). Esse rio tem como afluente pela margem esquerda o rio Preto e pela margem direita o rio Iguará. Estes drenam os terrenos da Bacia Sedimentar do Parnaíba, onde é comum a ocorrência de falhas e/ou fraturas que controlam os cursos dos principais rios da região. A área de abrangência do rio Munim localiza-se na porção nordeste do estado do Maranhão,estendendo-se por aproximadamente 15.800km². Durante o seu percurso das nascentes, no município de até a sua foz na baía de São José, percorre aproximadamente 275km, drenando as áreas de 20 municípios dentre eles, Chapadinha, , e Axixá e já se misturando às águas salgadas no município de Icatu. Limita- se com as seguintes bacias fluviais: Periá e Preguiças (N e NE); Parnaíba (S, SE e E); e Itapecuru (NW, SW e S).

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 24

Mapa 3 - Mapa Hidrográfico e de Relevo do Município de Chapadinha

Fonte: Gestão Ambiental, em 2015 ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 25

O rio Preto nasce na localidade Saquinho, no município de Buriti, servindo de divisa entre os municípios de Anapurus, Mata Roma e Chapadinha, desaguando no rio Munim. O rio Iguará nasce no município de Aldeias Altas e também serve de divisa entre os municípios de Chapadinha e Timbiras, desaguando no rio Munim pouco depois de Vargem Grande. Além do rio Munim, drena a área do município de Chapadinha o rio Iguará e os riachos São Joaquim, do Limão, do Capinzal, Jenipapo, Bom Jesus, Guaraná, do Saco, Capinzal, Alto Alegre, Boqueirão, Curralinho, do Piancó, do Centro Velho, da Água Fria, da Prata, Feio, da Onça, dentre outros. O mapa 4 delimita as principais sub-bacias hidrográficas municipais, mais especificamente as dos rios Preto, Munim e Iguará. A tabela 1 mostra que a sub-bacia do rio Munim é a que ocupa a maior área (quase 70% do território municipal).

Tabela 1 - Áreas de bacias hidrográficas no território municipal de Chapadinha

PORCENTAGEM DO ÁREA EM SUB-BACIA TERRITÓRIO TERRITÓRIO HIDROGRÁFICA MUNICIPAL MUNICIPAL (ha) (%) RIO PRETO 48.264 14,9 RIO MUNIM 226.233 69,6 RIO IGUARÁ 50.173 15,5 Total 324.670 100,0

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 26

Mapa 4 - Situação do município de Chapadinha no contexto das sub-bacias hidrográficas do rio Munim. A maior parte do território municipal está inserida na sub-bacia principal do rio Munim.

Fonte: Gestão Ambiental, em 2015 ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 27

O estado do Maranhão está quase totalmente inserido na Bacia Sedimentar do Parnaíba, considerada uma das mais importantes províncias hidrogeológicas do país. Trata-sede bacia do tipo intracratônica, com arcabouço geométrico influenciado por feições estruturais de seu embasamento, o que lhe impõe uma estrutura tectônica em geral simples, com atitude monoclinal das camadas que mergulham suavemente das bordas para o seu interior. O município de Chapadinha apresenta um domínio hidrogeológico: o aqüífero poroso ou intergranular, relacionado aos sedimentos consolidados das formações Motuca (P3m), Codó (K1c), Itapecuru (K12it) e do Grupo Barreiras (ENb); e pelos sedimentos inconsolidados dos Depósitos Clúvio-Eluviais (NQc) e pelos Depósitos Aluvionares (Q2a). Durante os trabalhos de campo foram cadastrados um total de 157 pontos d’água, sendo 156 poços tubulares (99,36%) e 1 poço amazonas (0,64%).

6.1.4 Aspectos demográficos

Em 1991 a população de Chapadinha era de 56.862 habitantes, sendo que 28.694 residentes na Zona Urbana e 28.168 na Zona Rural. Neste ano, a densidade demográfica era de 18,5hab/km2 (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2011a). Nove anos depois, a sua população total, no entanto aumentou em 8%, especialmente na área urbana que alcançou o percentual de 22,9% em relação a 1991, enquanto a população rural diminuiu cerca 13,8% (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2011a), demonstrando um grande êxodo da população para zona urbana. A cidade se torna um atrativo para a mão de obra rural, que são deslocados para prestação de serviços e outras atividades, relacionadas à comercialização de produtos regionais. Dados do último censo demográfico, de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2011a), apontam que a população de Chapadinha era de 73.350 pessoas, com previsão de crescimento estimada para 76.972 pessoas em 2014. A Zona Urbana continua a ser a mais habitada, com 52.883 habitantes (gráfico 1) e a Zona Rural continua a declinar, com 20.467 residentes. O gráfico 2 mostra a evolução populacional de 1991 a 2010.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 28

Gráfico 1 - População por sexo na zona urbana e rural

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2011a)

Gráfico 2 - Evolução populacional de 1991 a 2010

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2011b)

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 29

Em 2010 o município apresentava uma densidade demográfica de 22,59hab/km2 e predominância de uma população jovem (gráfico 3).

Gráfico 3 - Pirâmide etária de Chapadinha

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2011b)

A região Nordeste tem experimentado um constante desenvolvimento econômico dos seus estados, mas, ainda apresenta uma parte das cidades mais pobres do país. Nesse cenário, existem cidades como Chapadinha que estão em plena ascensão econômica, com uma população predominantemente urbana desde a década de 90 e taxa de crescimento vegetaivo equilabrada, assim como na zona rural, que mostra decréscimo na população, provavelmente atribuídos ao êxodo rural. O cenário populacional do município Chapadinha, de acordo com o Censo 2010 conta com a seguinte distribuição do contingente populacional no espaço: População urbana com 52.882 habitantes e população rural com 20.468 habitantes, marco do qual desenvolveremos os cenários para definição de objetivos e metas visando a universalização do saneamento básicos nos eixos de Resíduos Sólidos, Drenagem Pluvial, Esgotamento Sanitário e Abastecimento de Água (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2011a).

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 30

O fator populacional, em sua tendência de evolução ao longo do tempo, é o mais importante fator de mensuração para as premissas que darão origem aos cenários de saneamento básico no horizonte de 20 anos, conforme Termo de Referência, sendo consideradas de alta relevância o impacto desse fator na quantificação e qualificação dos objetivos e metas supramencionados. Ainda no tema, além dos dados do censo, uma variável concorre para maior refinamento dessa projeção, são as tendências históricas de crescimento. Neste quesito, Chapadinha apresenta um crescimento urbano acentuado devido a cadeia produtiva gerada com o agronegócio, especificamente o cultivo da soja, que impulsiona o comércio local juntamente com as olarias. a) Taxas de crescimento populacional Considerando uma taxa média de crescimento total da população de 4% ao ano a partir de 2011, obtida através da avaliação das taxas de fecundidade e mortalidade do município neste período e do observado pelo IBGE entre 1991 e 2010 (tabela 2), que engloba os últimos três grandes censos do país, observou-se uma uniformidade na taxa de crescimento da população na Zona Urbana e o decréscimo da população na Zona Rural. Esta inversão de crescimento deve- se, em parte, ao êxodo rural, em que a população residente no campo migra para cidade em busca de melhores condições de vida, à medida que a economia do município cresce. Outro fator de grande relevância para o aumento da população urbana, foi o forte desenvolvimento do agronegócio à partir da década de 90, com a chegada da soja, que trouxe desenvolvimento econômico para região. Atualmente, a cidade vive uma expansão do agronegócio na zona rural, com reflexos no desenvolvimento do comércio e poder aquisitivo na sede, que vem contribuindo para o aumento populacional na zona urbana. Por possuir uma população urbana predominante desde a década de 90, a tendência da população de Chapadinha é manter seu crescimento vegetativo na zona urbana e a população rural continuar a decrescer. O agronegócio tende a continuar atraindo investimentos que também irão contribuir para a manutenção da taxa de crescimento populacional acima da média do nordeste e do Brasil. Importante salientar que para este Plano de Saneamento, considera-se o cenário com maior crescimento populacional devido o planejamento para os projetos e captação de recursos serem a longo prazo, o que dá

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 31

segurança na confecção dos projetos básicos das obras de saneamento que atenderão a população.

Tabela 2 - Taxa de Crescimento da População de Chapadinha obtida pelos dados censitários do IBGE de 1991 a 2010

INTERVALO Z.URBANA Z. RURAL POP. TOTAL 1991-2000 3% -2% 1% 2000-2007 X X 2% 2007-2010 X X 4% 2000-2010 4% -2% 2% 2010-2014 X X 3% Os espaços com X são dados não levantados no censo e o período de 2010 a 2014 é uma estimativa feita pelo IBGE Fonte: Utilizou-se como base os dados do Censo Demográfico do IBGE de 1991 a 2014

A estimativa do IBGE para população de Chapadinha em 2014 mostra um decréscimo na taxa anual de crescimento de 4% para 3% (tabela 2). Este dado pode ser indicativo de uma tendência a diminuição do crescimento vegetativo da população, com as taxas de mortalidade e fecundidade se estabilizando, mas como é uma estimativa, adota-se para este estudo os dados dos censos demográficos e levando em consideração o cenário presente e futuro do município. b) Projeção populacional para o município de Chapadinha Diante do exposto acima, utilizando taxas de crescimento para as Zonas Urbana e Rural de 4% e -2%, respectivamente, também conforme os últimos dados censitários que fazem a contagem para as duas zonas, a tabela 3 a seguir mostra a evolução da população de Chapadinha em um horizonte de 20 anos, considerando os marcos 2019 (curto prazo), 2023 (médio prazo) e 2035 (longo prazo).

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 32

Tabela 3 - Estimativa populacional para o município de Chapadinha em 20 anos

ANO Z. URBANA Z. RURAL POPULAÇÃO TOTAL 2015 64.338 18.522 82.860 2016 66.911 18.151 85.062 2017 69.587 17.787 87.374 2018 72.370 17.431 89.801 2019 75.264 17.082 92.346 2020 78.274 16.740 95.014 2021 81.404 16.405 97.809 2022 84.660 16.076 100.736 2023 88.046 15.754 103.800 2024 91.567 15.438 107.005 2025 95.229 15.121 110.350 2026 99.038 14.818 113.856 2027 102.999 15.521 118.520 2028 107.118 15.210 122.328 2029 111.402 14.905 126.307 2030 115.858 14.606 130.464 2031 120.492 14.313 134.805 2032 125.311 14.026 139.337 2033 130.323 13.745 144.068 2034 135.535 13.470 149.005 2035 140.956 13.200 154.156 Fonte: Utilizou-se como base os dados do Censo Demográfico do IBGE de 1991, 2000 e 2010

6.1.5 Saúde

Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde do Brasil (CNES), existem 59 estabelecimentos de saúde em Chapadinha (tabela 4), destes, 1 é privado. Os 39 leitos para internação contabilizados no município se encontram na rede pública de atendimento. Apesar do número de estabelecimentos, a maioria atende apenas aos serviços básicos de saúde (foto 1), tendo como pólo de saúde municipal o Hospital Antônio Pontes de Aguiar (HAPA) (foto 2), que sofre com problemas como a superlotação, por já não conseguir atender toda a demanda do município. Encontra-se em construção o Hospital Geral de Chapadinha, que terá 50 leitos e atendimento para várias especialidades médicas. Apesar dos problemas no sistema de saúde, o a expectativa de vida em Chapadinha é de 71,21 anos, próxima da média nacional, que é de 73,8 anos (BRASIL, 2015).

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 33

Tabela 4 - Número de estabelecimentos de saúde no município de Chapadinha

ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE NÚMERO Academia de saúde 1 Centro de atenção psicossocial 1 Centro de Saúde/Unidade Básica de Saúde 23 Clínica Especializada/Ambulatório Especializado 3 Consultório 13 Farmácia 1 Hospital geral 2 Laboratório de Saúde Publica 1 Posto de Saúde 7 Secretaria de Saúde 1 Unidade de Serviço de Apoio de Diagnose e Terapia 6 TOTAL 59 Fonte: Brasil (2015)

Foto 1 - Unidade de Saúde Básica em Chapadinha

Fonte: Borralho Junior, em 2014 ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 34

Foto 2 - Hospital Antônio Pontes de Aguiar – HAPA

Fonte: Pires Ferreira, em 2015

Em comparação com outros municípios, na região do Alto Munim, Chapadinha apresenta baixos indicadores de saúde, conforme tabela 5.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 35

Tabela 5 - Indicadores de Saúde dos municípios da região do Alto Munim segundo DATASUS

Município INS Doses de Número de Número de Número de Taxa de Óbitos por sintomas, vacinas Unidades Básicas Taxa de Taxa de Taxa de Taxa de médicos para Leitos para incidência de sinais e afecções mal aplicadas em de saúde para mortalidade mortalidade detecção de incidência de cada 1000 cada 1000 Leishmaniose definidos em relação ao relação a cada 1000 materna infantil hanseníase Tuberculose habitantes habitantes Visceral total de óbitos (%) população (%) habitantes

07 Regiões do alto Munim 0,479 0,3 0,4 0,2 0,3 160,7 14,2 25,9 4,2 22,2 1,8 Afonso Cunha 0,496 0,3 124,9 0,0 0,5 1 1 0,0 0,0 0,0 50,0 Anapurus 0,601 0,3 110,2 1,2 0,4 0 3 20,7 0,0 13,8 0,0 Belágua 0,576 0,4 95,7 3,0 0,4 0 5 0,0 0,0 14,3 0,0 Buriti 0,517 0,2 99,0 1,3 0,5 1 13 18,2 7,3 14,6 0,9 Chapadinha 0,462 0,3 87,4 2,8 0,3 2 22 33,3 6,7 37,3 1,1 Mata Roma 0,503 0,2 82,3 1,8 0,4 1 2 6,4 6,4 19,2 0,0 São Benedito do Rio Preto 0,448 0,2 87,1 1,4 0,1 0 5 22,2 0,0 5,6 0,0 Urbano Santos 0,503 0,3 119,0 2,8 0,2 2 11 43,4 0,0 11,8 0,0 Fonte: Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (2014)

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 36

O Município teve de 1990 a 2012, 37 casos de AIDS diagnosticados, destes, 14 femininos e 23 masculinos (gráfico 4). Em 2012, do número total de casos de AIDS, 20% eram jovens de 15 a 24 anos, enquanto que as mulheres representavam 40% dos casos.

Gráfico 4 - Número de casos de AIDS registrados no município de 1990 a 2012

Fonte: Serviço Social da Indústria (2013)

Algumas doenças são transmitidas por insetos, chamados vetores, como as espécies que transmitem malária, febre amarela, leishmaniose, dengue, dentre outras doenças. Em Chapadinha, entre 2001 e 2012, houve 682 casos de doenças transmitidas por mosquitos (gráfico 5), dentre os quais 2 casos confirmados de malária, nenhum caso confirmado de febre amarela, 819 casos confirmados de leishmaniose e 680 notificações de dengue.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 37

Gráfico 5 - Número de casos de doenças transmitidas por insetos vetores em Chapadinha

Fonte: Serviço Social da Indústria (2013)

A taxa de mortalidade de crianças menores de 5 anos, em 2001, era de 19,2 óbitos a cada mil nascidos vivos. Em 2013, este percentual passou para 22,5 óbitos a cada mil nascidos vivos (gráfico 6), representando aumento de 17,6% da mortalidade. O número total de óbitos de crianças menores de 5 anos no município, de 2001 a 2013, foi 561. A taxa de mortalidade de crianças menores de um ano para o Município, estimada a partir dos dados do Censo 2010, é de 11,1 óbitos a cada mil crianças menores de um ano (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2011a).

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 38

Gráfico 6 - Taxa de mortalidade de crianças em Chapadinha

Fonte: Serviço Social da Indústria (2013)

A imunização é considerada uma das ações que contribuem para a redução da mortalidade infantil. Em 2013, 93,1% das crianças menores de 1 ano estavam com a carteira de vacinação em dia (gráfico 7).

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 39

Gráfico 7 - Imunizações em crianças menores de 1 ano

Fonte: Serviço Social da Indústria (2013)

No período de 2010 a 2014 foram aplicadas 425.398 imunizações (gráfico 8).

Gráfico 8 - Número de imunizações no período de 2010 a 2014

Imunizações

160000 140000 120000 100000 80000 60000 40000 20000 0 2010 2011 2012 2013 2014

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 40

A fecundidade é maior entre as mulheres na zona rural e com baixa instrução educacional, assim como o número de filhos tidos por elas (tabela 6). Este quadro reflete uma realidade de grande parte do Brasil, que está diretamente ligado ao nível de educação e planejamento familiar.

Tabela 6 - Fecundidade das mulheres de Chapadinha

CLASSE NÚMERO Mulheres de 10 anos ou mais de idade que tiveram filhos 17.573 Mulheres Urbanas de 10 anos ou mais de idade que tiveram filhos 13.164 Mulheres Rurais de 10 anos ou mais de idade que tiveram filhos 4.409 Mulheres de 10 anos ou mais de idade que tiveram filhos - Sem instrução e fundamental incompleto 11.750 Mulheres de 10 anos ou mais de idade que tiveram filhos - Fundamental completo e médio incompleto 2.219 Mulheres de 10 anos ou mais de idade que tiveram filhos - Médio completo e superior incompleto 2.984 Mulheres de 10 anos ou mais de idade que tiveram filhos - Superior completo 611 Mulheres de 10 anos ou mais de idade que tiveram filhos - Não determinado 10 Filhos tidos nascidos vivos pelas mulheres de 10 anos ou mais de idade 67.918 Filhos tidos nascidos vivos pelas mulheres brancas de 10 anos ou mais de idade 15.178 Filhos tidos nascidos vivos pelas mulheres pretas de 10 anos ou mais de idade 4.678 Filhos tidos nascidos vivos pelas mulheres amarelas de 10 anos ou mais de idade 1.264 Filhos tidos nascidos vivos pelas mulheres pardas de 10 anos ou mais de idade 46.797 Filhos tidos nascidos vivos pelas mulheres indígenas de 10 anos ou mais de idade 0 Mulheres de 10 anos ou mais de idade que tiveram filhos nascidos vivos 10.578 Mulheres de 10 anos ou mais de idade, casadas, que tiveram filhos nascidos vivos 5.003 Mulheres de 10 anos ou mais de idade, desquitadas ou separadas judicialmente, que tiveram filhos nascidos vivos 154 Mulheres de 10 anos ou mais de idade, divorciadas, que tiveram filhos nascidos vivos 148 Mulheres de 10 anos ou mais de idade, viúvas, que tiveram filhos nascidos vivos 1.325 Mulheres de 10 anos ou mais de idade, solteiras, que tiveram filhos nascidos vivos 3.948 Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2011a)

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 41

Na atenção à saúde básica, merece destaque o Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e o Programa Saúde na Família (PSF), com grande abrangência no município, conforme tabela 7:

Tabela 7 - Número de famílias e pessoas atendidas no PACS e PSF nos últimos 4 anos

Ano Nº Famílias Nº Pessoas 2010 16393 68170 2011 16582 68196 2012 16720 67854 2013 16957 66756 2014 17010 66779 Fonte: DATASUS

6.1.6 Aspectos institucionais e econômicos

a) Caracterização dos indicadores econômicos Atualmente, tem como grande atividade agrícola a plantação de soja, com crescente ampliação dos plantios de eucaliptos para atender a fábrica de paletes da Suzano em instalação no município. Sua economia é predominantemente baseada no setor de comércio e serviços, sendo incipiente a indústria (basicamente concentrada na construção civil, olarias (foto 3), e também metalurgia). No passado a exploração do extrativismo de babaçu levou muita renda a este município que era um dos maiores produtores do estado do Maranhão.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 42

Foto 3 - Olaria em Chapadinha

Fonte: Pires Ferreira, em 2014

O Censo Agropecuário de 2006 aponta a mandioca, melancia, arroz, milho e soja como os principais produtos (tabela 8) da agricultura em Chapadinha (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2006). Importante salientar que o Eucalipto se destaca como monocultura permanente.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 43

Tabela 8 - Produção por hectare dos principais produtos cultivados em Chapadinha

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2014)

Quanto a pecuária, destaque para criação de gado, suínos e caprinos, assim como a produção de galinhas (tabela 9).

Tabela 9 - Principais rebanhos em Chapadinha

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2013a)

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 44

Quanto ao equilíbrio entre as receitas e despesas orçamentárias, Chapadinha, assim como o Maranhão e Brasil, ainda apresenta déficit nesta balança, tendo mais despesas do que receitas (gráfico 9).

Gráfico 9 - Balanço entre receitas e despesas de Chapadinha-MA

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2015)

No Estado do Maranhão, a proporção de pessoas com renda domiciliar per capita de até R$ 140,00 passou de 62,9%, em 2000, para 40,8% em 2010 (PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO, 2011). Apesar de uma população de aproximadamente 75.000 habitantes, ainda há o predomínio de empregos informais no município, sendo que a grande maioria desses empregados são colaboradores da Administração Pública de Chapadinha e recebem de 1 a 2 salários (tabela 10).

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 45

Tabela 10 - Índice de Qualificação da Mão de Obra e Produtividade (IQMP), emprego, salário e consumo de energia em Chapadinha-MA

Fonte: Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômico e Cartográficos (2014)

O município de Chapadinha possui produto interno bruto (PIB) de 409.530 mil reais e PIB per capita de 5.448 reais (tabela 11 e gráfico 10).

Tabela 11 - Produto Interno Bruto (PIB) de Chapadinha

Participação Valor (R$) Valor adicionado bruto da agropecuária a preços correntes 105.660 Valor adicionado bruto da indústria a preços correntes 36.986 Valor adicionado bruto dos serviços a preços correntes 251.977 Impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes 14.906 PIB a preços correntes 409.530 PIB per capita a preços correntes 5.448,26 Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2013b)

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 46

Gráfico 10 - Participação dos setores no PIB de Chapadinha em relação ao Maranhão e ao Brasil

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2013b)

Chapadinha apresenta o melhor índice de desenvolvimento humano municipal (IDHM) da Região do Alto Munim (gráfico 11), com 0,604, ocupando a 51ª posição no estado.

Gráfico 11 - IDHM dos municípios da Região do Munim

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2011b)

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 47

O Índice de GINI, que mede a desigualdade social no município de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 0 maior a igualdade na divisão da renda, tem o valor de 0,604, que deixa o município na posição 51º no Estado (RELATÓRIO DINÂMICOS, 2014). O Índice de Nível Infraestrutura (INF), leva em consideração 9 componentes, dentre eles: Consumo de energia elétrica, número de estabelecimentos comerciais e abastecimento de água. Chapadinha está acima da média da Região do Alto Munim quanto ao INF (tabela 12) (INSTITUTO MARANHENSE DE ESTUDOS SOCIOECONÔMICO E CARTOGRÁFICOS, 2014).

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 48

Tabela 12 - INF para os municípios da Região do Alto Munim

Fonte: Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômico e Cartográficos (2014)

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 49

Outro indicador avaliado pelo Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômico e Cartográficos (2014) é o Índice de Nível de Saúde (INS), que leva em consideração 10 componentes que medem a Estrutura e Situação da saúde no município. O primeiro representa a capacidade do município em ofertar o serviço de saúde e compreende os seguintes componentes: Número de médicos por habitante; doses de vacinas aplicadas por habitante; número de leitos por habitante e número de unidades básicas de saúde por habitante. O segundo representa os resultados dos serviços ofertados e compreende os seguintes componentes: Razão de mortalidade materna; taxa de mortalidade infantil; taxa de detecção de hanseníase; taxa de incidência de leishmaniose visceral; taxa de incidência de tuberculose e número de óbitos por causas mal definidas. A cidade de Chapadinha ocupa penúltimo lugar levando em consideração o melhor INS da região do Alto Munim (tabela 13).

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 50

Tabela 13 - INS para os municípios da Região do Alto Munim

Fonte: Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômico e Cartográficos (2014)

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 51

Indicadores educacionais são desejáveis por permitirem o monitoramento do sistema de ensino dos Municípios, dos Estados e do País. Sua importância pauta na oportunidade de diagnóstico e norteamento de ações políticas focalizadas na melhoria do sistema educacional. O Índice de Nível de Educação (INE) é composto por onze componentes e é dividido em dois aspectos: Estrutura e Situação, onde o primeiro representa a capacidade do município em ofertar o serviço de educação e o segundo representa os resultados dos serviços ofertados. O município de Chapadinha apresenta o sexto melhor INE para região dos Lençóis, com 0,491 (tabela 14) (INSTITUTO MARANHENSE DE ESTUDOS SOCIOECONÔMICO E CARTOGRÁFICOS, 2014).

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 52

Tabela 14 - INE para os municípios da Região do Alto Munim

Fonte: Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômico e Cartográficos (2014)

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 53

a) Dinâmica urbana Chapadinha é a sede e maior área urbana do município. A navegabilidade restrita do rio Munim à montante de São Benedito do Rio Preto fez com que o acesso por terra (viário) fosse a principal forma de ligação do município com as sedes municipais regionais e a cidade de São Luís. A localização da sede no divisor de água das sub-bacias dos rios Preto e Munim reflete essa dependência do transporte terrestre, Os desafios de gestão de saneamento básico Chapadinha podem ser classificados em diferentes escalas. A seguir identificaremos os principais desafios em macro, média e micro escala. Na escala macro temos os problemas de execução de políticas públicas de saneamento básico e resíduos sólidos. Um sofisticado sistema de leis e normas fundamenta as políticas públicas brasileiras de programas de saneamento básico, que incluem a gestão de resíduos líquidos e sólidos. A implementação dessas políticas é comprometida, contudo, pelas deficiências das administrações federal, estaduais e municipais em recursos financeiros e humanos. Na escala média temos como principal problema o alto índice de área urbana informal da maioria das cidades brasileiras, caracterizada por baixa padronização de infraestrutura viária, de saneamento básico, serviços e lazer. Considerando que a eficiência de serviços de coleta e transporte de resíduos sólidos e líquidos das fontes geradoras até aterros sanitários e estações de tratamento de esgotos é diretamente afetada pela urbanização informal, cidades que apresentam altas porcentagens de urbanização informal enfrentarão problemas maiores de execução de seus programas de saneamento básico. Na escala micro temos como principal desafio o baixo nível de informação da população local em relação ao correto destino de resíduos sólidos e sobre a importância de prevenção da poluição de corpos hídricos de superfície e subterrâneos. Na maioria das cidades do interior maranhense o lixo é depositado ao longo das principais rodovias de acesso às cidades, logo na sua entrada principal; e os esgotos são lançados in natura nos cursos de água. Padrão semelhante pode ser observado na maioria da área urbana de Chapadinha.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 54

b) Desafios logísticos Os principais desafios logísticos para a implantação de um plano de saneamento básico efetivo são os mesmos que afetariam a capacidade de desenvolvimento econômico regional. Mais especificamente a infraestrutura viária e a rede de energia elétrica. Considerando as grandes dimensões municipais, a deficiência de sistema viário e a distribuição espacial da população que tem o seu segmento rural bem distribuído em mais de 578 povoados (mapa 5). Em um segundo plano estariam os padrões espaciais de distribuição e densidade populacional que determinarão o volume de investimentos necessários para o fornecimento de saneamento básico para toda a população (mapa 6). Em um terceiro plano está a disponibilidade de recursos hídricos de superfície, que representam os volumes hídricos de menor custo de exploração. Em caso de baixa disponibilidade, a exploração de água subterrânea passa a ser a principal opção. A situação topográfica da sede municipal, em altitude média acima de 100 metros, torna economicamente inviável o bombeamento através de elevatórias de água do rio Munim que corta o município em altitude média de 40m (mapa 7). Embora hoje em dia já sejam utilizadas águas subterrâneas para abastecimento da população, há um terrível problema de contaminação do lençol freático, conferindo à água captada dos poços, características de comprometimento da potabilidade destas águas, especialmente por colimetria, que afeta diretamente a população que a utiliza em seus mais diversos usos. Assim, para a continuidade do uso destas águas, serão necessárias novas e urgentes medidas de controle das águas, antes da distribuição, até que se escolha uma melhor alternativa de abastecimento, quer por novos poços, quer, principalmente, pelo diagnóstico das origens das contaminações e proposições de medidas de controle e mitigação destas.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 55

Mapa 5 - Infraestrutura Municipal

Fonte: Gestão Ambiental, 2015

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 56

Mapa 6 - Mapeamento das áreas habitadas e padrões de urbanização da sede do município de Chapadinha

Fonte: Gestão Ambiental, 2015, a partir de fotos aéreas e imagens satélite de alta resolução

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 57

Mapa 7 - Relevo e abastecimento hídrico

Fonte: Gestão Ambiental, 2015

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 58

6.2 Sistema de abastecimento de água

O Sistema de Abastecimento de Água tem como objetivo disponibilizar água potável aos consumidores, atendendo requisitos recomendados, com garantia de quantidade e qualidade. O sistema público de abastecimento de água é constituído por uma captação de água superficial, tubulações, estação de tratamento, reservatórios, equipamentos e demais instalações destinadas ao fornecimento de água potável. A represa Itamacaoca contribui com 53% do total de volume de água dependendo da estação (seca ou chuvosa). A complementação, outros 43%, do abastecimento é feita por quatro poços artesianos que contribuem durante 24 horas por dia. O restante da zona urbana é abastecido por cerca de 50 poços espalhados em diversos bairros/centro operacionalizados e custeados pela Prefeitura Municipal. A zona rural é abastecida por cerca de 80 poços tubulares profundos e rasos, sem tratamento, administrados e custeados pelo poder público municipal, sendo completado por poços cacimbões sem controle ou tratamento sendo administrados por particulares.

6.2.1 Descrição geral do sistema de abastecimento de água de Chapadinha

A Estação de Tratamento de Água (ETA) iniciou suas operações na década de 1980, após a captação na represa Itamacaoca. O município de Chapadinha conta atualmente com uma ETA para tratamento apenas da água da Represa, operada pela CAEMA, que é a responsável por abastecer parte da zona urbana. A zona rural dispõe de outros sistemas de abastecimento como poços tubulares, cisternas ou até mesmo captação direta em mananciais próximos as residências sem passar pelo sistema de tratamento público. O Sistema de distribuição de Água de Chapadinha distribui atualmente 4.884m3/dia, sendo 2.580 da Represa que corresponde a 53% do total e 2304 dos 4poços que corresponde a 47% do total. Este sistema liga o ponto de captação na Represa até a ETA e da ETA para os pontos de consumo no município através de tubulações com extensão de 2817 metros.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 59

A Serviços Geológicos do Brasil (CPRM) relatou em seu diagnóstico que em Chapadinha existe um total de 157 poços. Estes estão concentrados na sede e na porção central do município. Importante observar que os poços cadastrados no levantamento da CPRM incluem poços não instalados, paralisados ou abandonados. Os operacionais totalizariam 125 em todo o município.

6.2.2 Caracterização da cobertura dos serviços

CAEMA registrou 7.798 ligações ativas na rede de água encanada. A média de fornecimento de água é de 215m³/h e existe também na zona rural, um sistema de abastecimento através de uma grande quantidade de poços e cacimbões. Além de verificar dados fornecidos pela CAEMA e Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), foi realizado um levantamento in loco, no qual foi possível comprovar que o município é abastecido principalmente pela rede pública gerenciada pela CAEMA, que representa, mais da metade da população. Quanto às demais fontes de abastecimento do município, o poço artesiano e outros não foram especificados pela população durante o questionário, embora existam. As outras formas de abastecimento não foram relatadas pela população, tais como cisterna, cacimba e caminhão pipa. Segundo a CAEMA, em 2013 foi identificado em torno de 700 pontos de vazamento no sistema abastecimento de água. Com isso, estima-se que Chapadinha deve ter em torno de 50,0% de perda no sistema, que pode ter como causas principais vazamentos em tubulações e quantidade de residências não contabilizadas por falta de hidrômetro ou por ligações que não são controladas pela CAEMA. As residências abastecidas pelos poços tubulares (50) gerenciados pela Prefeitura, tem um índice de perdas de difícil quantificação, uma vez que a operação deles e feita de forma irregular e inconstante pela população de cada bairro. Em Chapadinha a quantidade de hidrômetros instalados é de 30,97%, considerado baixo e que traz problemas na arrecadação e no controle e manutenção das ligações.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 60

6.2.3 Avaliação do consumo de água

O Sistema de distribuição de Água de Chapadinha distribui atualmente 4.884m3/dia, sendo 2.580 da Represa que corresponde a 53% do total e 2304 dos 4 poços que corresponde a 47% do total. Este sistema liga o ponto de captação na Represa até a ETA e da ETA para os pontos de consumo no município através de tubulações com extensão de 2817 metros. A distribuição atende a 7.798 ligações ativas, havendo um déficit de 964m3/dia, conforme mostrado a seguir: 7.798 x 5 pessoas/residência x 0,15m3/dia (consumo individual) = 5.848m3/dia 7.798 x 5pessoas/resid. = 38.990 pessoas: 65.000 (população urbana) = 60% (população atendida pela Caema).

6.2.4 Qualidade da água tratada

Em Chapadinha/MA, toda a população rural é abastecida por água subterrânea, enquanto que a população urbana é abastecida com água fornecida pela Caema, proveniente de poços tubulares nos bairros periféricos e da Represa, sob administração municipal, destacando que 70% da água consumida é de origem subterrânea. Estes poços captam a água subterrânea a uma profundidade entre 80 a 365 metros, mas nem sempre são observadas as distâncias mínimas recomendadas das fontes poluidoras, que podem conter coliformes termotolerantes, substâncias tóxicas, como resíduos de postos de gasolina, etc. O monitoramento da qualidade das águas subterrâneas do município se deu pelo fato de grande parte da população ser abastecida com água proveniente de poços tubulares profundos, uma vez que o rio Munim, principal fonte de captação superficial, fica a uma distância de 15km o que dificulta e encarece a adução desta água para distribuição na zona urbana. Face a isto e, em atendimento ao Termo de Referência para elaboração do PMSB do município, mandamos coletar e analisar águas subterrâneas de 5 poços em 4 de fevereiro de 2015 e recebemos análises de mais 54poços realizados pela Prefeitura de Chapadinha, entre ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 61

julho de 2014 e fevereiro de 2015, através do Centro de Saúde Benu Mendes que mais adiante passamos a fazer a análise crítica dos mesmos, todos baseados na Portaria 2914/2011 do Ministério da Saúde que dispõe sobre os procedimentos de controle e da vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. As características físico-químicas dos 5 poços de Chapadinhas, analisados para estes parâmetros são: turbidez baixa, temperatura de pH uniformes, este último ligeiramente ácido e presença de ferro além do limite permitido em apenas uma amostra. O levantamento (coleta) para os poços feito pela Prefeitura foram realizados entre julho de 2014 e fevereiro de 2015. Já os 5 poços realizados pela Consultoria, ocorreu num único evento em fevereiro de 2015, apenas para diagnosticar o atual status da qualidade da água destes poços que deixaram de ser feitos pela Prefeitura. A investigação realizada nos 5 poços, indica, como pode ser visto mais adiante, alterações (parâmetros fora do padrão), em Ferro Total no Poço da Rua do Sol. Nos demais poços (4), exceto o Poço Mercadinho Municipal – Centro Travessa 15 de Novembro e o Campo Velho – Rua Antônio Sérgio Oliveira, que apresentam presença de Bactérias Heterotróficas, embora dentro do padrão permitido, todos os demais, apresentaram valores fora dos Padrões/Limite para Coliformes Totais, Escherichia Coli e Bactérias Heterotróficas. Outro aspecto importante a ser considerado é a concentração de Cloretos que se encontra bem abaixo do limite aceitável em todos os pontos, ou seja, a água tem baixa concentração de sal o que pode ser corroborado com os valores de sulfato, condutividade e dureza que além de apresentarem valores bem abaixo do permitido, tem mostrado praticamente uniforme nos 5 poços no período amostrado. Os demais poços/pontos avaliados pela Prefeitura somam um total de 54 assim distribuídos: 29 na zona urbana e 24 na área rural. Dos 29 da zona urbana, 14 apresentaram resultados satisfatórios para exames bacteriológicos e 15 apresentaram resultados não satisfatórios pois continham Coliformes Totais e Escherichia Coli. Apenas 1 (Poço Japão) apresentou Coliformes Fecais. Dos 24 da zona rural 9 apresentaram resultados satisfatórios para exames bacteriológicos e 16, dentre estes 2 são poços freático raso e cacimbão (Povoado Morro da Cruz e Povoado Baturité), apresentaram resultados não satisfatórios pois continham Coliformes ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 62

Totais e Escherichia Coli, embora 3 não tenham apresentado Escherichia Coli. Nenhum Poço apresentou Coliformes Fecais. A avaliação dos resultados obtidos nos monitoramentos das águas subterrâneas tanto as realizadas pela Prefeitura entre julho de 2014 e Fevereiro de 2015 para microbiologia, quanto as realizadas em Fevereiro de 2015 por Laboratório contratado pela Consultoria, comparada com os padrões estabelecidos pela Portaria 2914/2011 de 12/12/11 mostrou para os parâmetros físico-químicos, que o Ferro Total no Poço da Rua do Sol foi único parâmetro que apresentou resultado fora do Limite permitido. Para os microbiológicos, nos 5 Poços realizados em Fev/15, os parâmetros Coliformes Totais, Escherichia Coli e Bactéria Heterotróficas apresentaram resultados fora do Padrão estabelecido pela legislação nos Poços Vila Izamana, Rua do Sol e Santinha Dutra. Nos demais pontos, aqueles que foram avaliados entre julho/14 e fev/2015 num total de 54 distribuídos: 29 na zona urbana e 24 na área rural, os resultados foram os seguintes: Dos 29 poços da zona urbana, 14 apresentaram resultados satisfatórios para exames bacteriológicos e 15 apresentaram resultados não satisfatórios pois continham Coliformes Totais e Escherichia Coli. Apenas 1 (Poço Japão) apresentou Coliformes Fecais. Dos 24 da zona rural 9 apresentaram resultados satisfatórios para exames bacteriológicos e 16, dentre estes 2 são poços freático raso e cacimbão (Povoado Morro da Cruz e Povoado Baturité), apresentaram resultados não satisfatórios pois continham Coliformes Totais e Escherichia Coli, embora 3 não tenham apresentado Escherichia Coli. Nenhum Poço apresentou Coliformes Fecais. Há contaminação de aproximadamente 53% dos poços artesianos da zona urbana e 64% dos poços artesianos da zona rural de Chapadinha. Fontes de contaminação fecal em água devido à atividade humana devem ser estritamente controladas, por se tratar de água para consumo humano de toda uma cidade de qualquer poder aquisitivo e residentes nos mais diversos setores. Além do mais estas águas abastecem além de condomínios residenciais, clínicas e outras instituições de saúde, que por certo estão utilizando estas águas contaminadas colocando em risco a saúde do indivíduo que a consome.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 63

Cabe aos órgãos fiscalizadores e gestores de recursos hídricos monitoramento periódico da qualidade e quantidade das águas subterrâneas. Deve ser realizado imediatamente pela Prefeitura, um diagnóstico completo de todo o município com referência aos poços contaminados para verificar a origem destas contaminações e tomadas medidas de reparo e controle para eliminar tais fontes de contaminação.

6.2.5 Identificação do potencial de fontes hídricas para o abastecimento

A situação topográfica da sede municipal, em altitude média acima de 100m, torna economicamente inviável o bombeamento através de elevatórias de água do rio Munim que corta o município em altitude média de 40m. Resta a opção de ampliar em número e volume a capacidade de armazenamento de água superficial em reservatórios artificiais. Contudo, a própria altitude da sede, e sua localização em divisor de água restringem a disponibilidade de sítios com capacidade de armazenamento significativa. Quanto às águas subterrâneas que abastecem a área urbana, a sugestão é que seja implementada uma ETA, que deverá receber as águas dos 4 poços, trata-la e depois então efetuar a distribuição da água com qualidade, até que seja implementado um Programa para Diagnosticar a origem dos despejos que estão a contaminar estas águas e apresentar propostas para sua eliminação na origem. Em síntese as opções para o abastecimento de água no município de Chapadinha são: a) ZONA RURAL - Em curto prazo, garantir a qualidade de abastecimento de água e saneamento nos sistemas fragmentados por povoados e aglomerados urbanos; - Em médio prazo viabilizar a instalação de sistemas independentes nos povoados de maior população; - Em longo prazo seriam desenvolvidas soluções específicas considerando as melhores relações de benefício e custo.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 64

b) ZONA URBANA - Em curto prazo, garantir a qualidade da água fornecida pelo sistema de poços e realizar levantamento cadastral de poços operados por particulares; - Ampliar sistema de reservatórios para armazenar água bombeada de poços e assim diminuir o ritmo de bombeamento, trata-la e somente depois, distribuir; - Reativar poços inoperantes com bombeamento de volume reduzidos; - Em médio prazo incentivar a ampliação de áreas verdes e livres no espaço urbano para ampliar capacidade de infiltração; - Ampliar o número e volume de reservatórios artificiais e diminuir a dependência em água subterrânea; - Implantar e operacionalizar, Programa para Diagnosticar a origem da contaminação dos atuais poços e propor medidas corretivas e de controle. - Em longo prazo, desenvolver políticas de reciclagem de água e utilização de água bruta para irrigação e atividades industriais; - Implantar Políticas de combate ao desperdício; - Perfuração de poços artesianos, de maior vazão, quando corrigido o problema de contaminação.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 65

6.3 Sistema de esgotamento sanitário

6.3.1 Descrição do sistema de esgotamento sanitário

O município de Chapadinha não possui um sistema de escoamento superficial dos efluentes domésticos e pluviais uma vez que são lançados em áreas livres, públicas e particulares. As residências, prédios públicos e privados dispõe de um sistema de esgotamento sanitário precário, pois os efluentes são lançados em fossas sépticas, sumidouros ou mananciais próximos com isso contamina solo, águas superficiais e subterrâneas. A zona rural de Chapadinha não possui um sistema público de coleta e tratamento de esgoto. O tratamento das comunidades rurais é exclusivamente domiciliar, através de fossas sépticas, sumidouros e similares existentes nos terrenos das construções. Chapadinha apresenta sérios problemas com relação ao esgoto doméstico e águas servidas, pois existem muitas ligações clandestinas de sumidouros diretamente na rede de drenagem da área urbana. O poder público não dispõe de um método para coibir estas ações, vindo a prejudicar toda a população. É elevado o número de residências sem esgotamento adequado, com lançamento direto na rede pluvial, na rua e ainda diretamente no terreno, indicando a fragilidade do sistema de saúde pública frente à precariedade do sistema de esgotamento sanitário. A falta de tratamento de esgoto sanitário causa baixa Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (uma série de metas socioeconômicas que os países da Organização das Nações Unidas - ONU). Além disso, a ausência de tratamento de esgoto traz doenças que afetam pessoas de todas as idades, mas as crianças são as mais prejudicadas. Estas doenças são causadas principalmente por microrganismos patogênicos de origem entérica, animal ou humana, presentes em água contaminada. Doenças causadas pela falta de tratamento de Esgoto Sanitário: febre tifoide, cólera, hepatite A amebíase, giardíase, leptospiroses.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 66

6.3.3 Análise da prestação do serviço de esgotamento sanitário

No caso de adoção e/ou permanência da utilização da solução individual de tratamento de esgotos, a população deverá receber orientação técnica acerca dos métodos construtivos, dimensionamento, operação e manutenção do sistema de tratamento individual de esgotos sanitários, por meio de material informativo a ser distribuído pela prestadora de serviços de água e esgotos sanitários em conjunto com a Prefeitura Municipal e Sociedade Civil. A partir daí as metas progressivas de implantação da infraestrutura será definida, observada a sustentabilidade econômica e financeira do sistema.

6.3.4 Identificação de áreas de risco de contaminação por esgotos

Em virtude da ausência de um sistema de esgotamento sanitário adequado no município e da grande utilização de águas subterrâneas para o abastecimento da população, a destinação inadequada dos esgotos pode afetar a qualidade do solo e das águas superficiais e subterrâneas podendo comprometer o abastecimento da população urbana e rural do município. Em levantamento e avaliação da qualidade da água do município já se verificou que mais da metade dos poços que abastecem a população já estão contaminados, contaminação esta que possivelmente tem como fonte principal a infiltração de efluentes oriundos de fossas sumidouros e despejo in natura em vias e córregos espalhados no município. Para que se possa evitar a contaminação de todos os poços e remediar a situação dos já contaminados sugere-se que seja feito um monitoramento permanente da qualidade de águas de todos os poços utilizados no abastecimento da população e um levantamento de todas as possíveis fontes de contaminação de águas existentes no município para que se possa solucioná- las em ações posteriores.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 67

6.3.5 Descrição dos planos e projetos e das obras em andamento

Atualmente, a população dispõe apenas das fossas sumidouros como forma de destinação final dos efluentes líquidos. Haja vista, as obras referentes ao sistema de esgotamento sanitário no município deverão se ater inicialmente a realização de projeto básico de implantação do sistema na zona urbana e rural do município, buscando atingir as metas progressivas de implantação da infraestrutura, observada a sustentabilidade econômica e financeira do sistema, conforme indicado a seguir: a) Atingir 100% o índice de atendimento com rede coletora de esgoto da sede até o ano 2030; b) Manter em 100% o índice de atendimento com rede coletora de esgoto até o ano 2035; c) Atingir 100% o atendimento por soluções individuais nas regiões da zona rural do município até o ano de 2025; d) Atingir 100% o atendimento por soluções por soluções em banheiro seco na zona rural de Chapadinha até o ano de 2020.

6.3.6 Avaliação conclusiva da condição e capacidade do sistema e da qualidade da prestação do serviço de esgotamento sanitário

Atualmente não existe sistema de esgotamento sanitário que atenda a população de forma adequada.

6.4 Limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos

6.4.1 Características gerais do serviço de limpeza urbana

Os serviços de transporte e a destinação final de resíduos em Chapadinha são realizados pela Secretaria de Infraestrutura Limpeza Pública, que dividiu a cidade de Chapadinha - MA em setores e desenvolveu uma programação semanal específica, que define os dias da semana com que ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 68

a coleta deve ser realizada. Os setores são compreendidos por um conjunto de bairros/locais e na sua estrutura, não são considerados fatores sociais, culturais ou econômicos, e sim, apenas características importantes para a logística de coleta. Existem 19 setores diferentes que compreendem toda a zona urbana da cidade. O recolhimento dos resíduos sólidos nestes setores consiste na coleta porta-a-porta, por caminhão compactador, sem discriminação de resíduos úmidos e resíduos secos. A frequência de coleta é em função da geração. Os Resíduo Sólido Urbano (RSU) e Resíduo Sólido Sanitário (RSS) coletados são transportados para o Aterro da cidade de Chapadinha, situado a, aproximadamente, 8km do Centro da cidade (figura 1). Aliada a esta problemática, a administração pública do município, não possui um Plano de Gerenciamento dos Resíduos da Construção Civil (RCC), o que vem causando uma degradação da área urbana em função da disposição irregular em terrenos baldios.

Figura 1 - Localização do Lixão em relação ao conjunto residencial mais próximo e ao aeroporto municipal

Fonte: Google Earth

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 69

O sistema de coleta de resíduos urbanos de Chapadinha gerencia mensalmente 918 toneladas e grande parte desse lixo gerado é composto por plástico e com o nível muito superior a todos os outros tipos de resíduo. O sistema de gerenciamento de resíduos perigoso como o lixo hospitalar está recebendo a mesma destinação do lixo comum, segue direto para o Lixão, assim como os resíduos de construção civil e as podas de árvores e jardinagem. Além de a destinação inadequada do lixo hospitalar e urbano são queimados, e fumaça e o particulado gerado afeta a população que vive no entorno. A operação do lixão é realizada pela prefeitura do município, apresentando problemas desde a chegada dos veículos de coleta no lixão, onde não são registrados os horários de cada entrada, desconhecendo-se assim a natureza, o peso e a procedência dos resíduos coletados (fotos 4 e 5). A deposição dos resíduos se dá de forma totalmente desordenada sobre a superfície do terreno sem qualquer tipo de impermeabilização ou preparo para coleta do chorume resultante da decomposição do lixo. Não há recobrimento dos resíduos com terreno natural, compactação do material coletado, nem segregação por natureza dos mesmos, além daquela realizada pelos catadores presentes no perímetro interno do Lixão (fotos 6 e 7).

Foto 4 - Entrada do lixão municipal

Fonte: Borralho Junior, 2014 ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 70

Foto 5 - Balança do Lixão Municipal danificada

Fonte: Borralho Junior, 2014

Foto 6 - Deposição do lixo sem recobrimento

Fonte: Borralho Junior, 2014 ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 71

Foto 7 - Material selecionado por catadores no lixão

Fonte: Borralho Junior, 2014

Identificou-se, nas vistorias realizadas no lixão, a presença de catadores que segregam os materiais que apresentam algum valor comercial, sobretudo metal e plástico. Os resíduos segregados são acondicionados em grandes sacos plásticos ou ráfia quando embalagens plásticas, latas metálicas ou separados em pilhas no caso de materiais com maiores volumes (cadeiras plásticas, peças metálicas, etc.).

6.4.2 Coleta e transporte do resíduo sólido urbano

A prestação dos serviços de coleta, transporte e tratamento dos resíduos é responsabilidade das prefeituras municipais. No município de Chapadinha-MA este serviço público é realizado pela própria Prefeitura, sendo coletados, transportados e dispostos além dos resíduos comuns, o resultado de podas e resíduos de construção e demolição (RCD). Os resíduos perigosos (hospitalares) também são destinados ao lixão como observado nas vistorias realizadas no lixão.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 72

De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, o Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos realizado em 2013 verificou que Chapadinha com uma população de 76.217 habitantes (54.949 sendo urbana), apenas 45.730 habitantes são atendidos pelo sistema de coleta de resíduos sólidos. Os resíduos sólidos precisam ser transportados mecanicamente, do ponto de geração ao destino final. Caracterizam-se pelo envolvimento dos cidadãos, que devem acondicioná-los adequadamente e apresenta-los em dias, horários preestabelecidos pela Secretaria responsável (foto 8).

Foto 8 - Caminhão de transporte dos resíduos sólidos coletados no município

Fonte: Borralho Junior, 2014

De acordo com informações coletadas in loco no município, a coleta de resíduos é realizada diariamente, havendo alternância entre os bairros da sede do município por dia e turno, conforme discriminado no quadro 2.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 73

Quadro 2 - Frequência de coleta por bairro em Chapadinha/MA

ROTEIRO DE COLETA LOCALIDADE DOMINGO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SABADO

Centro x x x x x x

Bairro: Corrente Campo Velho x x x São José Bairro: Aparecida Terra Dura x x x Catepila Areal Bairro: Mutirão x x Santa Luiza Bairro: Terra Dura x x Catepila Bairro: Vila Izamara Novo x Barreiro Vila Nota 10 Bairro: Mil Casas x x Bairro: Alto Fogozo Novo Castelo Coabe x Bairro: Formigão x x Bairro: Recanto dos Passaros x Bairro: Amorim x Fonte: Prefeitura Municipal de Chapadinha, em 2014

O sistema de coleta de resíduos urbanos de Chapadinha gerencia mensalmente 918 toneladas e grande parte desse lixo gerado é composto por plástico e com o nível muito superior a todos os outros tipos de resíduo. A zona rural do município não é atendida por coleta, sendo comum a adoção da prática de queima e/ou disposição a céu aberto dos resíduos domiciliares.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 74

a) Veículos utilizados para coleta e transporte A seguir apresentamos a tabela 15 com o resumo dos veículos e número de funcionários envolvidos nos serviços de coleta dos resíduos sólidos no município de Chapadinha e imagens do serviço (foto 9).

Tabela 15 - Máquinas e equipamentos de coleta

Resumo Máquinas/Equipamentos Caçamba 04 Caminhão compactador 01 Veículo compacto com gaiola 01 TOTAL 6 Número de funcionários envolvidos na coleta 30 Fonte: Equipe PMSB – Resíduos sólidos

Foto 9 - serviço de coleta de resíduos sólidos do município.

Fonte: Gestão Ambiental, 2014

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 75

6.4.3 Serviços de varrição e capina

A demanda pelos serviços de varrição e capina é relativamente reduzida em função da pouco extensa área urbana formal. As equipes que atuam nesses serviços não apresentam uma metodologia padronizada de atuação com dias, horários e itinerários padronizados.

6.4.4 Resíduos da construção civil e de demolição

Os RCD não são objeto de coleta específica. A instalação de um centro de coleta e processamento de RCD ser instalado na zona urbana, uma vez que não apresentaria riscos ao tráfego aeroviário (não lida com material orgânico e não atrairia aves).

6.4.5 Resíduos do serviço de saúde

A questão dos resíduos dos serviços de saúde é um problema que requer solução emergencial uma vez que resíduos estão sendo levados para o lixão, onde são dispostos em uma área juntamente com o lixo comum e incinerados ao ar livre. A incineração sem critérios de resíduos hospitalares resulta no lançando de gases comprovadamente perigosos para a saúde pública, sendo potencialmente cancerígenos e o alto nível de toxicidade das cinzas pós-queima (ou escoria).

6.4.6 Destino final dos resíduos sólidos

Os resíduos sólidos do município são destinados de maneira inadequada a um lixão conforme exposto anteriormente. A construção de um aterro sanitário ou transbordo com possibilidade de transporte do resíduo sólido para o aterro de condições controladas mais próximo ao município é uma importante opção para uma melhor gestão de resíduos em Chapadinha. Outra alternativa seria a contratação da Central de Gerenciamento Ambiental de Titara em operação no município de Rosário/MA. ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 76

A viabilidade econômica da supracitada alternativa só pode verificada após a elaboração de um projeto executivo de um aterro sanitário a fim de possibilitar uma análise comparativa dos custos entre as duas opções (aterro próprio ou aterro de Titara em Rosário).

6.4.7 Coleta seletiva

Em Chapadinha verifica-se que não existe coleta seletiva. A coleta de resíduos recicláveis pelos catadores não se dá de maneira continuada, ocorrendo em períodos alternados. São coletados, ferro, plástico, pneus etc. Os resíduos de ferro são comercializados em um ferro velho na cidade e revendido para fora e transportados por veículos que fazem o carregamento em assim que a material disponível. Os pneus são comercializados para as olarias no município, onde são queimados nos fornos de produção de cerâmicas. Elementos de vidro e papel não são segregados devido à ausência de um comprador para resíduos com as características no município.

6.4.8 Avaliação conclusiva da condição e capacidade do sistema e da qualidade da prestação do serviço de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos

Resumidamente, o município de Chapadinha não possui aterro sanitário. Todos os resíduos coletados são dispostos em terreno sem infraestrutura sanitária adequada denominado lixão e localizado à cerca de 8kmdo centro da cidade e 12km da pista de pouso (aeroporto) de Chapadinha. A prestação dos serviços de coleta, transporte e tratamento dos resíduos é responsabilidade das prefeituras municipais. No município de Chapadinha (MA) este serviço público é realizado pela própria prefeitura, sendo coletados, transportados e dispostos além dos resíduos comuns, o resultado de podas e RCD. Os resíduos perigosos (hospitalares) também são destinados às mesmas baias de destinação do resíduo comum. A zona rural do município não é atendida por coleta, sendo comum a adoção da prática de queima e/ou disposição a céu aberto dos resíduos domiciliares.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 77

A questão dos resíduos dos serviços de saúde é um problema que requer solução emergencial uma vez que resíduos estão sendo levados para o lixão, onde são dispostos em uma área separada do lixo comum e incinerados ao ar livre. Os RCD não são objeto de coleta específica. A instalação de um centro de coleta e processamento de RCD ser instalado na zona urbana, uma vez que não apresentaria riscos ao tráfego aeroviário (não lida com material orgânico e não atrairia aves). Os resíduos sólidos do município são destinados de maneira inadequada a um lixão conforme exposto anteriormente. A construção de um aterro sanitário /transbordo ou transporte para aterro controlado industrial mais próximo no município é uma importante opção para uma melhor gestão de resíduos em Chapadinha.

6.5 Drenagem urbana e manejo de águas pluviais

O sistema de drenagem urbana faz parte do conjunto de melhoramentos públicos existentes em uma área urbana, quais sejam: redes de abastecimento de água, de coleta de esgotos sanitários e resíduos sólidos, cabos de transmissão de energia, de serviços de comunicação, além da iluminação pública, pavimentação de ruas, guias e passeios, parques, áreas de recreação e lazer (SÃO PAULO, 2012). Quando o sistema de drenagem não é considerado desde o início da formulação do planejamento urbano, é bastante provável que esse sistema, ao ser projetado, revele-se ao mesmo tempo de alto custo e ineficiente. Em relação aos outros melhoramentos urbanos, o sistema de drenagem tem uma particularidade: o escoamento de águas pluviais sempre ocorrerá independentemente de existir ou não sistema de drenagem adequado. A qualidade desse sistema é que determinará se os benefícios ou prejuízos à população serão maiores ou menores. Chapadinha não dispõe de um sistema de escoamento de águas pluviais e com isso causa alagamento e diversas vias, proliferação de doenças, água parada. A administração pública deverá planejar para próximos anos o investimento neste sistema de drenagem. Com isso melhorar o escoamento das águas pluviais e melhorar a qualidade de vida da população. ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 78

O sistema tradicional de drenagem urbana deve ser considerado como composto por dois sistemas distintos, que necessitam ser planejados e projetados sob critérios diferenciados: o sistema inicial de drenagem, ou microdrenagem, composto pelos pavimentos das ruas, guias, sarjetas, bocas de lobo, rede de galerias de águas pluviais e, também, canais de pequenas dimensões, dimensionados para o escoamento de vazões de 2 a 10 anos de período de retorno; e o sistema de macrodrenagem, constituídos, em geral, por canais (abertos ou de contorno fechado) de maiores dimensões, projetados para vazões de 25 a 100 anos de período de retorno (SÃO PAULO, 1999). A quase completa ausência de infraestrutura de drenagem urbana na cidade de Chapadinha deve ser interpretada em um contexto mais amplo, além da clássica constatação de que essa ausência é mais um exemplo de incompetência da gestão municipal.

6.5.1 Avaliação conclusiva da condição e capacidade do sistema e da qualidade da prestaçãodo serviço de drenagem urbana e manejo das águas pluviais

Diferentemente da maioria das sedes municipais maranhense, geralmente instaladas em planícies fluviais ou aluvionais que apresentam maior disponibilidade hídrica, a cidade de Chapadinha está localizada em divisor de água entre as bacias dos rios Iguará e Preto. Esta posição geográfica especial faz com que a zona urbana apresente peculiaridades importantes para a gestão da drenagem urbana, mais especificamente: a) Sub-bacias de drenagem de pequenas dimensões que não desenvolvem volume de escoamento superficial significativo durante episódios de chuvas intensas; b) Ausência de rede de drenagem com talvegues diminuindo a probabilidade de cheias por barramento voluntário ou involuntário de drenagem superficial. Essa característica de relevo é de especial importância no contexto de áreas urbanas brasileiras, nas quais predomina a urbanização informal, que muitas vezes edifica em talvegues, ou os transforma em depósito de lixo. Neste contexto, as guias (sarjetas) das vias pavimentadas possivelmente seriam suficientes para lidar com volumes de escoamento superficial associados com episódios de ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 79

chuvas intensas. Esta constatação não de ser encarada como uma justificativa para a ausência de infraestrutura de drenagem urbana, mas sim que a gestão do escoamento superficial poderia ser feita de maneira mais simplificada do que na maioria das sedes municipais maranhenses.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 80

7 PROGNÓSTICO COM CENÁRIOS DE METAS E DEMANDAS E ESTUDOS DE ALTERNATIVAS TÉCNICAS

7.1 Cenários de metas e demandas

Os mapas 8 e 9 permitem visualizar as três regiões fisiográficas propostas para o município de Chapadinha. Os principais povoados, obtidos da base cartográfica IBGE, estão superpostos à carta imagem. A região fisiográfica mais extensa é a concentração de topos de chapada e tabuleiros nas porções sul e sudeste do município com altitudes entre 100 e 200metros. A segunda região fisiográfica em importância é constituída pelos talvegues dos rios perenes (Munim, Preto e Iguará). É nesta que está concentrada a maior parte da população rural, possivelmente pelas melhores condições de disponibilidade hídrica. A terceira região fisiográfica é formada pelos tabuleiros e chapadas de altitude intermediária que ocorrem na porção norte do município. São as áreas menos populosas.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 81

Mapa 8 - Situação do município de Chapadinha no contexto das sub-bacias hidrográficas do rio Munim

Nota: A maior parte do território municipal está inserida na sub-bacia principal do rio Munim Fonte: Gestão Ambiental, 2015 ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 82

Mapa 9 - Modelo Digital de Terreno (MDT) para o município de Chapadinha e entorno

Fonte: Elaborado a partir dos dados SRTM-NASA pela Gestão Ambiental, 2015 ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 83

7.1.1 Metodologia para definição dos cenários

As propostas apresentadas no prognóstico baseiam-se no estudo da situação atual dos sistemas descritos na caracterização do município e diagnóstico de Chapadinha, levando em conta o crescimento populacional e as demandas futuras para um horizonte de 20 anos. A equipe Técnica avaliou e julgou conveniente, ao invés de criar vários cenários, em diversas etapas cronológicas para o período de 20 anos, desenvolver modelos conceituais de referência para diversos tópicos considerados estratégicos para elaboração dos prognósticos dos quatro eixos norteadores do PMSB, ou seja, água, esgoto, lixo e drenagem.

7.1.2 Cenários de referência para o serviço de abastecimento de água

O município de Chapadinha pertence à bacia hidrográfica do rio Munim o qual drena sua área. Esse rio tem como afluente pela margem esquerda o rio Preto e pela margem direita o rio Iguará. Estes drenam os terrenos da Bacia Sedimentar do Parnaíba, onde é comum a ocorrência de falhas e/ou fraturas que controlam os cursos dos principais rios da região. A área de abrangência do rio Munim localiza-se na porção nordeste do estado do Maranhão, estendendo-se por aproximadamente 15.800km². Durante o seu percurso das nascentes, no município de Aldeias Altas até a sua foz na baía de São José, percorre aproximadamente 275km, drenando as áreas de 20 municípios dentre eles, Chapadinha, Nina Rodrigues, Morros e Axixá e já se misturando às águas salgadas no município de Icatu. Limita-se com as seguintes bacias fluviais: Piriá e Preguiças (N e NE); Parnaíba (S, SE e E); e Itapecuru (NW, SW e S). O município de Chapadinha apresenta um domínio hidrogeológico: o aqüífero poroso ou intergranular, relacionado aos sedimentos consolidados das formações Motuca

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 84

(P3m), Codó (K1c), Itapecuru (K12it) e do Grupo Barreiras (ENb); e pelos sedimentos inconsolidados dos Depósitos Clúvio-Eluviais (NQc) e pelos Depósitos Aluvionares (Q2a). Durante os trabalhos de campo foram cadastrados um total de 157 pontos d’água, sendo 156 poços tubulares (99,36%) e 1 poço amazonas (0,64%). O município de Chapadinha conta atualmente com uma ETA para tratamento apenas da água da Represa, operada pela CAEMA, é a responsável por abastecer parte da zona urbana. A zona rural dispõe de outros sistemas de abastecimento como poços tubulares, cisternas ou até mesmo captação direta em mananciais próximos as residências sem passar pelo sistema de tratamento público. O abastecimento do município é feito atualmente da seguinte forma: a) A represa Itamacaoca contribui com o volume que varia entre 180 a 250m3/h dependendo da estação (seca ou chuvosa). Hoje está contribuindo com 215m 3/h durante 12 horas por dia entre as 6 e 18 horas; b) Quatro poços artesianos que contribuem com 96m3/h durante 24 horas por dia. Os poços são: Poço Subestação Cemar com 20,0m3/h; Poço do Areal (Creche Luiz Rocha Junior) com 11,0m3/h; Poço do Posto de Saúde do Bairro Campo Velho com 24,0m3/h e Poço do Escritório da Caema com 41,0m3/h; c) O restante da zona urbana é abastecido por cerca de 50 poços espalhados em diversos bairros/centro operacionalizados e custeados pela Prefeitura Municipal; A zona rural é abastecida por cerca de 80 poços tubulares profundos e rasos, sem tratamento, administrados e custeados pelo poder público municipal, sendo completado por poços cacimbões sem controle ou tratamento sendo administrados por particulares. CAEMA registrou 7.798 ligações ativas na rede de água encanada. A média de fornecimento de água é de 215 m³/h e existe também na zona rural, um sistema de abastecimento através de uma grande quantidade de poços e cacimbões. A distribuição atende a 7.798 ligações ativas, havendo um déficit de 964m3/dia, conforme mostrado a seguir: 7.798 x 5 pessoas/residência x 0,15m3/dia (consumo individual) = 5.848m3/dia

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 85

7.798 x 5 pessoas/resid. = 38.990 pessoas: 65.000 (população urbana) = 60% (população atendida pela Caema).

7.1.3 Cenários de referência para o serviço de abastecimento de esgotamento sanitário

O município de Chapadinha não possui um sistema de escoamento superficial dos efluentes domésticos e pluviais uma vez que são lançados em áreas livres, públicas e particulares. As residências, prédios públicos e privados dispõe de um sistema de esgotamento sanitário precário, pois os efluentes são lançados em fossa sépticos, sumidouros ou mananciais próximos com isso contamina solo, águas superficiais e subterrâneas. Além de contemplar esta deficiência, deve-se prever o atendimento da demanda futura tendo em vista o aumento da população e, consequentemente, dos efluentes gerados, conforme apresentado na tabela 16: O produto II apresentando anteriormente foi possível identificar o déficit atual do sistema de disposição e demanda futura, tendo e vista o aumento da população. Segue na tabela 16, o consumo per capita de água para Chapadinha e a geração de efluentes:

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 86

Tabela 16 - Consumo per capita de água no município de Chapadinha e geração de efluentes

Geração de Efluente ANO POPULAÇÃO TOTAL (l/s) 2015 82.860 191,81 2016 85.062 196,90 2017 87.374 202,25 2018 89.801 207,87 2019 92.346 213,76 2020 95.014 219,94 2021 97.809 226,41 2022 100.736 233,19 2023 103.800 240,28 2024 107.005 247,70 2025 110.350 255,44 2026 113.856 263,56 2027 118.520 274,35 2028 122.328 283,17 2029 126.307 292,38 2030 130.464 302,00 2031 134.805 312,05 2032 139.337 322,54 2033 144.068 333,49 2034 149.005 344,92 2035 154.156 356,84

Taxa de consumo per capita (l/hab/dia): 200 Abreviaturas: Q = vazão média diária Q1 = vazão máxima diária Q2 = vazão máxima horária Coeficiente de retorno – 80%; Coeficientes de reforço: K1 = 1,20; K2 =1,50 Taxa de vazão de infiltração: 0,0001 L/s.m

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 87

No caso de adoção e/ou permanência da utilização da solução individual de tratamento de esgotos, a população deverá receber orientação técnica acerca dos métodos construtivos, dimensionamento, operação e manutenção do sistema de tratamento individual de esgotos sanitários, por meio de material informativo a ser distribuído pela prestadora de serviços de água e esgotos sanitários em conjunto com a Prefeitura Municipal e Sociedade Civil. A partir daí as metas progressivas de implantação da infraestrutura será definida, observada a sustentabilidade econômica e financeira do sistema, conforme indicado a seguir: a) Atingir 100% o índice de atendimento com rede coletora de esgoto da sede até o ano 2030; b) Manter em 100% o índice de atendimento com rede coletora de esgoto até o ano 2035; c) Atingir 100% o atendimento por soluções individuais nas regiões de zona ruraldo município até o ano de 2025; d) Atingir 100% o atendimento por soluções por soluções em banheiro seco na zona rural de chapadinha até o ano de 2020.

7.1.4 Cenário de referência para o serviço de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos

Para muitos municípios brasileiros de pequeno e médio porte a deficiência na gestão de resíduos está diretamente associada às limitações de recursos humanos e financeiros e também a uma tradição cultural de não considerar uma política de gestão de resíduos como prioritária. Em geral, a não priorização da correta gestão de resíduos pelo poder público municipal faz com que se acumulem passivos que tornam as soluções sustentáveis cada vez mais caras e desafiadoras, até o ponto em que o problema atinge os estágios de intratável e insolúvel. Uma solução comumente adotada é fazer com que a população reconheça o problema como da sociedade e não apenas como um problema “de governo”, que poderia ser solucionado apenas com mais verbas, equipamentos e funcionários. O município de Chapadinha já deu os primeiros passos para a inclusão social no processo de gestão de resíduos. A prefeitura municipal licitou a elaboração do Plano de

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 88

Saneamento Básico e participou ativamente das etapas de mobilização de segmentos da sociedade civil e de divulgação de informações à comunidade. O município também carece de destinação de resíduos urbanos de Classe 1 (perigosos) e Classe 2(não perigosos). Os exemplos mais comuns no município para cada uma das classes estão listados abaixo, com breves comentários: Classe 1 - Perigosos Óleo usado que são gerados em oficinas, postos de combustíveis; Óleo de cozinha – gerados por restaurantes. Tem alto potencial para compor um projeto educacional e de renda para fabricação de sabão caseiro, por exemplo; Resíduos ambulatoriais. Um grande problema da cidade hoje, pois estão sendo lançados no lixão da cidade. A destinação adequada deve ser incineração ou autoclave. Lâmpadas usadas; Pilhas e baterias; Resíduos de agrotóxicos; Resíduos eletroeletrônicos. Classe 2 -Não Perigosos Lixo comum orgânico. Pode ser significativamente reduzido com a construção de um sistema de compostagem; Plástico, papel, metal e vidros. Resíduos de alto potencial de reciclagem pela cooperativa de catadores; Resíduo de varrição e podagem. Podem ser inseridos no processo de compostagem.

7.1.5 Cenário de referência para o serviço de drenagem urbana e manejo de águas pluviais

O prognostico elaborado foi com informações repassadas pela prefeitura municipal e verificações in loco. E se constatou que Chapadinha não dispõe de um sistema de escoamento de águas pluviais e com isso causa alagamento em diversas vias, proliferação de doenças, água parada. A administração pública deverá planejar para próximos anos o investimento neste sistema de drenagem. Com isso melhorar o escoamento das águas pluviais e melhorar a qualidade de vida da população.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 89

Para o sistema de microdrenagem, diante da falta de informações estruturadas em cadastro desse sistema, o Plano Municipal de Saneamento Básico indica soluções de âmbito geral, priorizando a implantação do sistema de drenagem no município. As principais ações de caráter emergencial são: a) Adoção das premissas para elaboração de projeto básico de pavimentação viária e de manejo de águas pluviais; b) Verificação e análise de projetos de pavimentação e/ou loteamentos, estrutura de inspeção e manutenção dos elementos constituintes dos microdrenos; c) Monitoramento de chuvas e registro de eventos críticos. d) Elaborar todo sistema de drenagem e pavimentação do município.

7.2 Alternativas dos sistemas que atendam as metas e demandas

Ainda no prognóstico, Chapadinha foi dividida em três Regiões distintas propostas para o município de Chapadinha. Os principais povoados, obtidos da base cartográfica IBGE, estão superpostos à carta imagem. A região fisiográfica mais extensa é a concentração de topos de chapada e tabuleiros nas porções sul e sudeste do município com altitudes entre 100 e 200 metros. A segunda região fisiográfica em importância é constituída pelos talvegues dos rios perenes (Munim, Preto e Iguará). É nesta que está concentrada a maior parte da população rural, possivelmente pelas melhores condições de disponibilidade hídrica. A terceira região fisiográfica é formada pelos tabuleiros e chapadas de altitude intermediária que ocorrem na porção norte do município. São as áreas menos populosas.

7.2.1 Alternativas para o abastecimento de água

Apenas parte da extensa rede de drenagem municipal apresenta cursos de água perenes, fato comum em ambiente de clima tropical sazonalmente seco. O lençol freático (água subterrânea mais próxima da superfície) nas sub-bacias de drenagem de pequenas dimensões não é suficiente para manter escoamento superficial permanente durante a estação seca. ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 90

O abastecimento tradicional da zona rural tem sido feito através da captação de águas superficiais e cacimbões, e em plano secundário por poços gerenciados pela Prefeitura ou CAEMA. Tal modelo, soluciona em curto prazo a questão do abastecimento hídrico para a população, mas fragmenta por demais o sistema de gestão e a garantia de um controle da qualidade de água A intermitência ou efemeridade da maioria dos cursos de água municipais dificulta a implantação de sistema único de distribuição para todo o município a partir de um único reservatório ou curso de água municipal Na escala urbana e rural o principal desafio é a redução da dependência nos recursos hídricos subterrâneos, que hoje abastecem mais de 70% da população através de 157 poços. Os principais parâmetros que intervém no cálculo da demanda são: a população do setor de abastecimento, os consumos per capita, o índice de abastecimento, os coeficientes sazonais K1 e K2 e os índices de perdas físicas do sistema. A demanda de produção de água foi definida a partir dos parâmetros de consumo médio per capita. Como critério de dimensionamento utilizou-se um consumo per capita de 106,43 l/hab.dia, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (2012) que representa a média dos últimos dez anos e coeficiente K1 (Coeficiente do dia de maior consumo K1 = 1,2) e K2 (Coeficiente da hora de maior consumo K2 = 1,5). Dados do cálculo: Dado as características da região, clima e população da cidade, foram adotados os seguintes parâmetros: a) Quota “per - capita”: q=106,43 l/hab. x dia b) Coeficiente de variação de vazão do dia de maior consumo: K1=1,2 c) Coeficiente de variação de vazão da hora de maior consumo: k2=1,5 d) Perda total no Sistema: Início de plano = 62,91%; Fim de plano = 20%. Os cálculos obtidos estão no Quadro de Quantificação de Demanda de Vazão média anual q:

(200L/hab. x dia) x 45 000 hab. q = 86 400 seg./dia ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 91

Vazão total (Levam em conta os coeficientes do dia e hora de maior consumo) Expresso por: qt= q x k1 x k2 Em L/s. Durante a realização do estudo de demanda populacional usou-se informações da população atual e perspectiva de aumento para os próximos 20 anos, tabela 17.

Tabela 17 - Previsão de consumo para os próximos 20 anos

Previsão de Consumo da Zona Urbana para próximos 20 anos

ANO POPULAÇÃO DEMANDA K1 DEMANDA K2 DEMANDA K1 e URBANA (l/s) (l/s) K2 (l/s) 2015 82.860 191,81 230,17 287,71 2016 85.062 196,90 236,28 295,35 2017 87.374 202,25 242,71 303,38 2018 89.801 207,87 249,45 311,81 2019 92.346 213,76 256,52 320,65 2020 95.014 219,94 263,93 329,91 2021 97.809 226,41 271,69 339,61 2022 100.736 233,19 279,82 349,78 2023 103.800 240,28 288,33 360,42 2024 107.005 247,70 297,24 371,55 2025 110.350 255,44 306,53 383,16 2026 113.856 263,56 316,27 395,33 2027 118.520 274,35 329,22 411,53 2028 122.328 283,17 339,80 424,75 2029 126.307 292,38 350,85 438,57 2030 130.464 302,00 362,40 453,00 2031 134.805 312,05 374,46 468,07 2032 139.337 322,54 387,05 483,81 2033 144.068 333,49 400,19 500,24 2034 149.005 344,92 413,90 517,38 2035 154.156 356,84 428,21 535,26

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 92

De acordo com das tabelas de consumo é possível observa a existência de um déficit no sistema de abastecimento de água do Município na Zona Urbana, uma vez que atualmente a Estação de Tratamento de Água de Chapadinha tem uma capacidade água tratada. Considerando o nível de perda na distribuição de 62% o sistema já apresenta uma defasagem para o ano corrente e com cenários negativos para os próximos 20 anos (caso não sejam ampliados). Além disso, a captação via poços artesianos para o abastecimento de água na Zona Rural e urbana do Município, não é suficiente para atender 100% desta população. Os índices de perdas utilizados iniciam com valores similares aos declarados para o ano de 2013 (62%) e conclui para o horizonte de planejamento de longo prazo em 2034 (20%). A meta de atingir 20% em redução de perdas se deve as seguintes propostas de melhorias nos sistemas de abastecimento de água. a) Alternativas para o abastecimento Zona Urbana - Programa de Redução de Perdas - Projeto de implantação e Substituição de Hidrômetros antigos - Programa de Educação Ambiental e Sanitária - Programa de monitoramento da Qualidade da Água - Monitoramento e análise da água periodicamente - Programa de Implantação do Sistema de Informações de Saneamento Básico - Controle de perdas no sistema de água - Manter e melhorar a infraestrutura existente - Necessidade de instalação de reservatórios da água das chuvas - Perfuração de novos poços e desativação de poços cacimbão - Campanhas educativas para o consumo consciente da água Zona Rural - Melhoria e manutenção da infraestrutura existente - Ampliação da rede de distribuição e captação - Perfurar e equipar novos poços - Monitoramento e Análise da água periodicamente ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 93

- Represamento de pontos próximos aos mananciais para abastecer nas áreas com condições favoráveis a este sistema. - Construção de reservatórios para armazenamento de água da chuva - Campanhas educativas para o consumo consciente da água; - Desenvolver melhoria continua dos sistemas.

7.2.2 Alternativas para o esgotamento sanitário

a) Zona rural A zona rural de Chapadinha não possui um sistema público de coleta e tratamento de esgoto. O tratamento das comunidades rurais é exclusivamente domiciliar, através de fossas sépticas, sumidouros e similares existentes nos terrenos das construções. Dada as características da região com povoados e unidades isoladas distantes quilômetros de concentrações urbanas, a adoção de uma solução conjunta convencional com rede coletora composta de coletores primários, secundários, troncos, interceptores e emissários, elevatórias e estação de tratamento mostra-se inviável devido ao elevado custo decorrente da relação baixa densidade demográfica e grandes distâncias entre as unidades habitacionais ou concentrações urbanas existentes. A adoção de soluções individuais de tratamento como sistema composto de tanque séptico, filtro anaeróbio e sumidouro pode se mostrar interessante para unidades que disponham de abastecimento canalizado de água. No caso da ausência do abastecimento d´água contínuo, pode-se adotar soluções alternativas para tratamento de dejetos como a unidade de tratamento individual denominada banheiro seco. Esta solução ainda oferece a possibilidade de uso dos dejetos tratados nas culturas agrícolas de subsistência b) Zona Urbana Chapadinha apresenta sérios problemas com relação ao esgoto doméstico e águas servidas, pois existem muitas ligações clandestinas de sumidouros diretamente na rede de drenagem da área urbana. O poder público não dispõe de um método para coibir estas ações, vindo a prejudicar toda a população. É elevado o número de residências sem esgotamento ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 94

adequado, com lançamento direto na rede pluvial, na rua e ainda diretamente no terreno, indicando a fragilidade do sistema de saúde pública frente à precariedade do sistema de esgotamento sanitário. A falta de tratamento de esgoto sanitário causa baixa IDH, que um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (uma série de metas socioeconômicas que os países da ONU). Além disso a ausência de tratamento de esgoto traz doenças que afetam pessoas de todas as idades, mas as crianças são as mais prejudicadas. Estas doenças são causadas principalmente por microrganismos patogênicos de origem entérica, animal ou humana, presentes em água contaminada. Doenças causadas pela falta de tratamento de Esgoto Sanitário: febre tifoide, cólera, hepatite A amebíase, giardíase, leptospiroses. Considerando a inexistência de um projeto para o sistema esgotamento sanitário, na sede do município. Verifica-se que a melhor opção para a zona rural do município é investir na implementação da rede de esgotamento sanitário a fim de viabilizar a operação do sistema. O investimento na implantação da rede coletora mostra-se como melhor alternativa para essa região, tendo em vista fatores característicos como maiores índices de urbanização/densidade demográfica e a possibilidade de construção de ETE nas proximidades.

7.2.3 Alternativas para a limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos

Considerações iniciais Caso a opção de destinação de resíduos para o Aterro de Titara considerada no item 6.4.6, deve-se prever a implantação de estações de transbordo para viabilizar eficiência para transporte ao destino final no município de Rosário. Deve-se desconsiderar a possibilidade de aterro sanitário consorciado com municípios vizinhos em função da dificuldade em garantir um volume mínimo de resíduos para uma operação economicamente viável. Esta dificuldade reside basicamente nas distâncias envolvidas, deficiência de infraestrutura viária e incertezas políticas associadas a um consórcio diretamente dependente de frágeis alianças políticas municipais e estaduais. O Diagnóstico apresentado anteriormente (Produto II) foi realizado com intuito de avaliar e propor melhorias no modelo de gestão. Foram realizados estudos populacionais e ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 95

demanda para melhorar o sistema de gerenciamento de resíduos sólidos. O produto II apresentando anteriormente foi possível identificar o déficit atual do sistema de manejo de resíduos sólidos e demanda futura, tendo e vista o aumento da população. Segue abaixo tabela 18 com previsão de geração de resíduos sólidos pela população por ano:

Tabela 18 - Previsão de geração de resíduos sólidos pela população nos próximos 20 anos

ANO POPULAÇÃO TOTAL GERAÇÃO DE RESÍDUO ton/ano 2015 82.860 24195,1 2016 85.062 24838,1 2017 87.374 25513,2 2018 89.801 26221,9 2019 92.346 26965,0 2020 95.014 27744,1 2021 97.809 28560,2 2022 100.736 29414,9 2023 103.800 30309,6 2024 107.005 31245,5 2025 110.350 32222,2 2026 113.856 33246,0 2027 118.520 34607,8 2028 122.328 35719,8 2029 126.307 36881,6 2030 130.464 38095,5 2031 134.805 39363,1 2032 139.337 40686,4 2033 144.068 42067,9 2034 149.005 43509,5 2035 154.156 45013,6

Para chegar nesses valores foi levado em consideração que cada habitante gera 0,8 kg de resíduos por dia.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 96

De acordo com a tabela 18, a demanda a semelhança dos os serviços de limpeza e manejo de resíduos sólidos são crescentemente demandados com o incremento da população urbana. As soluções para a questão dos resíduos sólidos devem ser contempladas no Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do município de Chapadinha. Conforme pôde ser observado no Diagnóstico dos Sistemas, o município de Chapadinha apresenta um índice de cobertura de coleta de resíduos de 95% da população urbana, com uma geração média em torno de 67 ton/dia de resíduos sólidos domiciliares, comerciais e públicos, resultando num per capita equivalente a 0,8kg/hab.dia. A Prefeitura terceiriza 100% da coleta, sendo a fiscalização dos serviços a sua principal atuação do setor de limpeza pública municipal. Como o sistema atual não existe uma integração, o município tem um grande custo neste gerenciamento. Para garantir eficiente na execução do plano o Município de Chapadinha deverá implantar um sistema integrado de gerenciamento de todo o resíduo sólido urbano existente, reestruturação, melhoria e/ou adequação do lixão existente atualmente para recebimento e transbordo dos resíduos sólidos com finalidade de transporte para o aterro controlado mais próximo, em questão o aterro industrial Titara. Dentre as ações necessárias para o atendimento às metas estabelecidas, a Prefeitura Municipal deverá impor junto às empresas contratadas para execução da coleta, uma revisão do planejamento da coleta doméstica a fim de compatibilizar a estrutura existente com a demanda e qualidade do serviço, assim como avaliação de áreas que demandem maior frequência de coleta (quadro 3).

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 97

Quadro 3 - Ações de aprimoramento do serviço de gerenciamento de resíduos sólidos

SUGESTÕES AÇÕES A coleta seletiva e a reciclagem de resíduos são soluções desejáveis, por permitirem a redução do Orientação para separação volume de lixo para disposição final. O fundamento da na origem dos lixos seco e coleta seletiva é a separação, pela população, dos úmido materiais recicláveis (papéis, vidros, plásticos e metais, os chamados de lixos seco) do restante do lixo (compostos orgânicos, chamados de lixo úmido). Promoção de reforço de Para denúncias sobre descarte irregular de lixo ou fiscalização e estímulo para entulho, a Prefeitura pode instituir um programa de denúncia anônima de ligue-denúncias. Assim a própria população poderá descartes irregulares denunciar irregularidades que ocorrem na sua região Os resíduos da construção civil são compostos principalmente por materiais de demolições, restos de obras, solos de escavações diversas. O entulho é Orientação para separação geralmente um material inerte, passível de dos entulhos na origem reaproveitamento, porém geralmente contém uma vasta para melhorar a eficiência gama de materiais que podem lhe conferir toxicidade, com do reaproveitamento destaque para os restos de tintas, de solventes, peças de amianto e metais diversos, cujos componentes podem ser reutilizados caso o material seja disposto adequadamente.

Os resíduos recicláveis deverão ser estocados e enviados periodicamente para processamento junto às entidades responsáveis pela coleta seletiva a ser implantada na sede do município. Os resíduos hospitalares, bem como as pilhas e baterias, quando gerados deverão ser segregados em local protegido e daí transportados para tratamento adequado na sede do ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 98

município. Os resíduos remanescentes deverão ser destinados para transbordo e destinação final no aterro industrial Titara ou aterro sanitário consorciado regional. Os resíduos hospitalares, bem como as pilhas e baterias, resíduos eletroeletrônicos, quando gerados deverão ser segregados em local protegido e em seguida transportados para tratamento adequado mais próximo da sede do município. Os resíduos remanescentes deverão ser destinados ao lixão para transbordo e destinação final no aterro industrial Titara. Em atendimento à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi instituída pela Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010 regulamentada pelo Decreto nº 7.404 de 23 de dezembro de 2010, deve- se prever no município de Chapadinha a implementação de conceitos inerentes à esta política como: a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, a logística reversa e o acordo setorial. A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos é o [...] conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei (BRASIL, 2010, não paginado). A logística reversa é [...] instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação [...] (BRASIL, 2010, não paginado). Acordo setorial é um “ato de natureza contratual firmado entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto” (BRASIL, 2010, não paginado). Por permitir grande participação social, o Acordo Setorial tem sido privilegiado pelo Comitê Orientador como instrumento preferencial para a implantação de logística reversa. A sede do município de Chapadinha apresenta o maior volume de resíduos das três regiões contempladas devido a maior densidade populacional e ao maior grau de urbanização. Deve-se prever a aquisição de um maior número de caminhões compactadores ampliando-se a área de abrangência da coleta a fim de evitar acúmulo de resíduos nas vias

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 99

urbanas, ou o despejo inadequado em fundo de vales, terrenos baldios ou mesmo corpos hídricos. A implementação de um programa de educação ambiental com foco no gerenciamento adequado de resíduos sólidos é imprescindível para se alcançar melhores resultados. Os resíduos hospitalares ao invés de queimados dentro do perímetro interno do lixão devem passar por um pré-tratamento, objetivando a eliminação de patógenos e segredados em área específica dentro do futuro aterro sanitário. A geração de resíduos recicláveis demanda por um programa de coleta seletiva objetivando a redução dos resíduos destinados ao aterro e a geração de renda para os trabalhadores, usualmente organizados em cooperativa, que segregam e processam o material a ser reciclado. Os resíduos como pilhas e baterias devem ser coletados separadamente e direcionadas para empresas, preferencialmente seus fabricantes, especializadas em sua reciclagem. O lixão existente com coordenadas Universal Transversa de Mercator (UTM): 678733.38 E 9594558.49 deve ser desativado e ou adequado para a transbordo e transporte do resíduo ao destino final adequado e os locais de despejo irregular dispersos no município deverão ser abandonados com o devido redirecionamento para o aterro a ser implantado e/ou contratado.

7.2.4 Alternativas para a drenagem urbana e manejo das águas pluviais

O prognostico elaborado foi com informações repassadas pela prefeitura municipal e verificações in loco. E se constatou que Chapadinha não dispõe de um sistema de escoamento de águas pluviais e com isso causa alagamento em diversas vias, proliferação de doenças, água parada. A administração pública deverá planejar para próximos anos o investimento neste sistema de drenagem. Com isso melhorar o escoamento das águas pluviais e melhorar a qualidade de vida da população. Para o sistema de microdrenagem, diante da falta de informações estruturadas em cadastro desse sistema, o Plano Municipal de Saneamento Básico indica soluções de âmbito

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 100

geral, priorizando a implantação do sistema de drenagem no município. As principais ações de caráter emergencial são: a) Adoção das premissas para elaboração de projeto básico de pavimentação viária e de manejo de águas pluviais; b) Verificação e análise de projetos de pavimentação e/ou loteamentos, estrutura de inspeção e manutenção dos elementos constituintes dos microdrenos; c) Monitoramento de chuvas e registro de eventos críticos. d) Elaborar todo sistema de drenagem e pavimentação do município.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 101

8 PLANO DE METAS, PROGRAMA DE OBRAS E AÇÕES, CRONOGRAMA DE INVESTIMENTOS E AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS

8.1 Plano de metas definitivo

a) Esgotamento sanitário Atingir 100% o índice de atendimento com rede coletora de esgoto da sede até o ano 2035; Manter em 100% o índice de atendimento com rede coletora de esgoto até o ano 2035; Atingir 100% o atendimento por soluções individuais, implantação de banheiros secos, na zona rural do município até o ano de 2035; b) Drenagem urbana Mapear os pontos críticos nos acessos aos povoados da zona rural até o ano de 2016; Promover a manutenção e limpeza de bocas de lobos e galerias de águas pluviais até o ano de 2016; Elaborar projeto atualizado do sistema de drenagem urbana do município visando promover a implantação do sistema até 2016; Estabelecer a programação de obras do sistema de drenagem urbana e buscar fonte de recursos para a execução das obras até o ano de 2018; Executar os serviços de engenharia definidos na programação de obras na sede do município até o ano de 2025; Executar os serviços de engenharia definidos na programação de obras na região da zona rural do município até o ano de 2030; c) Resíduos sólidos Garantir a oferta de serviços de coleta, tratamento e destinação final de resíduos sólidos à 100,00 % da população da sede municipal até o ano de 2020; Implantação da coleta seletiva de lixo na sede do município até o ano de 2020, buscando aumentar a vida útil do aterro sanitário a ser implantado; Implementar programa de compostagem de resíduos orgânicos nos povoados do município até o ano de 2025; d) Abastecimento de água ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 102

As melhorias no sistema incluem todas as medidas estruturais descritas previamente, como a ampliação na captação e distribuição de água, as adequações dos reservatórios para garantir oferta de água adequadas. Além disso, os sistemas de abastecimento de água já implantados necessitam também de melhorias. Algumas tubulações, por exemplo, já se encontram com sua vida útil ultrapassada, com possibilidade de possíveis rompimentos, extravasamento e outros problemas associados ao uso constante da rede. Essas metas deverão ser de curto prazo, pois o índice de atendimento de água de Chapadinha se encontra, atualmente, em torno de 65% na zona urbana, segundo dados fornecidos pela Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão, em 2013.

8.2 Programa de obras e ações

a) Esgotamento sanitário

Quadro 4 - Ações do programa de obras para os serviços de esgotamento sanitário

Período Imediatos Curto Médio ou Longo prazo prazo - prazo - emergenci - entre 13 a Ações do Programa entre 4 a 8 entre 9 a ais - até 3 20 anos anos 12 anos anos Projetar sistema individual de Tratamento de esgotos sanitários para os povoados localizados nas regiões da zona rural. Revisão do projeto de esgotamento sanitário existente na sede do município Elaborar os projetos executivos para áreas não atendidas ou de ampliação e orçar em caráter definitivo os investimentos necessários para atingir da meta. Estabelecer a programação de obras do sistema de esgotamento sanitário e buscar fonte de recursos para a execução dos serviços.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 103

Quadro 4 - Ações do programa de obras para os serviços de esgotamento sanitário (cont.)

Período Imediatos Curto Médio ou Longo prazo prazo - prazo - emergenci - entre 13 a Ações do Programa entre 4 a 8 entre 9 a ais - até 3 20 anos anos 12 anos anos Implantação de soluções individuais de tratamento nas regiões da zona rural Implantação do programa de banheiro seco nos imóveis localizados na zona rural do município Programa de Educação Socioambiental Executar obras relativas aos projetos executivos para áreas não atendidas ou de ampliação e orçar em caráter definitivo os investimentos necessários para atingir da meta.

b) Drenagem urbana

Quadro 5 - Ações do programa de obras para os serviços de drenagem urbana

Período Imediatos Curto Médio Longo ou prazo – prazo – prazo – emergenci Ações do Programa entre 4 a entre 9 a entre 13 a ais – até 3 8 anos 12 anos 20 anos anos Adoção das premissas para elaboração de projeto básico de pavimentação viária e de manejo de águas pluviais; Verificação e análise de projetos de pavimentação e/ou loteamentos, estrutura de inspeção e manutenção dos elementos constituintes dos microdrenos;

Mapeamento de pontos críticos nos acessos aos povoados da zona rural e monitoramento de chuvas e registros de eventos críticos;

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 104

Quadro 5 - Ações do programa de obras para os serviços de drenagem urbana (cont.)

Período Imediatos Curto Médio Longo ou prazo – prazo – prazo – emergenci Ações do Programa entre 4 a entre 9 a entre 13 a ais – até 3 8 anos 12 anos 20 anos anos Estabelecer a programação de obras do sistema de drenagem urbana e buscar fonte de recursos para a execução das obras Elaborar todo sistema de drenagem e pavimentação do município Executar os serviços de engenharia definidos na programação de obras na sede do município; Executar os serviços de engenharia definidos na programação de obras na região da zona rural.

c) Resíduos sólidos

Quadro 6 - Ações do programa de obras para os serviços de manejo de resíduos sólidos

Curto Médio Longo Imediatos ou Período prazo - prazo - prazo - emergenciais entre 4 a entre 9 a entre 13 a -até 3 anos Ações do Programa 8 anos 12 anos 20 anos Orientação para separação na origem dos lixos seco e úmido Promoção de reforço de fiscalização e estímulo para denúncia anônima de descartes irregulares Orientação para separação dos entulhos na origem para melhorar a eficiência do reaproveitamento Elaborar projeto atualizado de coleta e destinação de resíduos para o município de Chapadinha Elaborar projeto de coleta seletiva para a sede e povoados do município Elaborar projeto e buscar meios para compostagem nos povoados do município Implementar projeto atualizado de coleta de resíduos sólidos

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 105

Quadro 6 - Ações do programa de obras para os serviços de manejo de resíduos sólidos (cont.)

Curto Médio Longo Imediatos ou Período prazo - prazo - prazo - emergenciais entre 4 a entre 9 a entre 13 a -até 3 anos Ações do Programa 8 anos 12 anos 20 anos Buscar recursos para viabiliza a execução dos projetos de coleta e destinação de resíduos, coleta seletiva e compostagem de resíduos orgânicos. Implantar projeto de coleta seletiva para a sede e

povoados do município Implantar projeto de compostagem nos povoados do

município Construir e pôr em operação aterro sanitário de resíduos sólidos a se localizar na região de chapada de Chapadinha

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 106

d) Abastecimento de água

Quadro 7 - Ações do programa de obras para os serviços de abastecimento de água

PROPOSTA DESCRIÇÃO 2015 2017 2020 2025 2035 O Plano de Controle de Perdas deverá ser elaborado de forma a diagnosticar as Elaborar plano de controle de condições atuais e as principais deficiências das unidades do sistema de abastecimento 50 100 100 100 100 perdas de água, além de orientar as intervenções necessárias e os investimentos para o alcance do objetivo (%).

Planejamento, melhorias, Elaborar estudos e projetos de engenharia, melhorar o desempenho ampliação e modernização do operacional, ampliar as unidades do sistema de água e modernizar 40 80 100 100 100 sistema de água e melhorar o nível de eficiência operacional (%). Expansão e/ou instalação de nova ETA para tratamento água Projeto de ampliação do Sistema de Abastecimento de Água - ETA (%) 0 30 70 100 100 superficial e/ou subterrânea. Rede de distribuição e substituição Projeto de Ampliação e melhoria dos Setores de Distribuição, através readequações das 10 30 60 90 100 da antiga elevatórias e dos reservatórios (%).

Reservação de água das chuvas Reservar água para períodos de estiagem 40 70 80 90 100

Perfuração de novos poços Atender 100% do município onde não for possível levar água do sistema ETA. 20 30 60 80 100

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 107

e) Programa de Melhoria da Qualidade na Gestão O Programa de Melhoria da Qualidade na Gestão assume caráter estratégico no âmbito municipal, na medida em que procura implementar e institucionalizar boas práticas de gestão. Para tal, será necessário garantir que os processos de trabalho estejam com a maior eficiência e eficácia, bem como assegurar a infraestrutura necessária ao seu funcionamento e desenvolvimento. Nas estratégias de implementação dos Programas deverão ser observados os fundamentos da Qualidade na Gestão Pública. A vontade e o compromisso dos prestadores de serviços ou mesmo servidores municipais são fatores importantes para o sucesso do Programa, em particular daqueles que ocupam cargos no nível estratégico da instituição, embora a metodologia de trabalho deva contemplar o envolvimento de todos, independentemente de nível, cargo ou função, em prol do aperfeiçoamento contínuo e alcance dos resultados, com vistas à satisfação dos usuários internos e externos. O Programa é orientado pelos fundamentos da qualidade e por princípios norteadores das ações dele decorrentes e, estruturado de tal forma que agrega os projetos destacados para a efetiva melhoria da qualidade.

8.3 Programa e cronograma de investimentos

a) Esgotamento sanitário A seguir serão apresentados no quadro 8 os dados de estimativas referentes aos investimentos necessários para a melhoria do sistema de esgotamento sanitário do município de Chapadinha.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 108

Quadro 8 - Investimentos necessários no sistema de esgotamento sanitário

Tipo de Intervenção / Obras Principais Custo Investimento Anual Locais Prazo de Implantação Planejadas Estimado (R$) Estimado (R$) Sistema de Elaboração do projeto Curto prazo - de 01 a Esgotos do Sistema de Esgotos 3.000.000,00 750.000,00 04 anos Sanitários Sanitários Povoados Implementar programa Curto prazo - de 01 a localizados voltado para construção 3.000.000,00 750.000,00 04 anos na Zona de unidades de rural tratamento individual Elaboração de projeto Curto prazo – de 01 a Sede do base da rede de esgoto na 10.000.000,00 2.500.000,00 04 anos município sede do município Povoados Implantação de soluções Médio prazo – de 04 a localizados individuais de tratamento 12.000.000,00 1.500.000,00 08 anos na zona nas regiões da zona rural Rural e Urbana Implementar programa de soluções banheiro Povoados seco nos imóveis Médio prazo – de 04 a localizados localizados nas regiões 2.000.000,00 250.000,00 08 anos na zona mais afastadas que não rural disponham de sistema distribuição canalizada de água Médio prazo – de 04 a Sede do Implantação da rede de 6.000.000,00 750.000,00 08 anos município esgoto no município Implantação de programa se Ligue na Rede, com o objetivo de orientar a Longo prazo – 08 a 20 Sede do população quanto à 120.000,00 6.000,00 anos município necessidade do uso correto da rede coletora de esgotos. b) Drenagem urbana A seguir serão apresentados no quadro 9 os dados de estimativas referentes aos investimentos necessários para a melhoria do sistema de drenagem urbana do município de Chapadinha.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 109

Quadro 9 - Investimentos necessários no sistema de drenagem urbana

Tipo de Investimento Intervenção / Obras Principais Custo Locais Anual Estimado Prazo de Planejadas Estimado (R$ (R$) Implantação Elaboração de projeto base Curto prazo – 01 Sede do 90.000,00 de drenagem urbana da 22.500,00 a 04 anos município sede do município Implantação e operação de Longo prazo – 08 Sede do programa de limpeza de 500.000,00 25.000,00 a 20 anos município bocas de lobos e galerias de águas pluviais Levantamento dos locais Curto prazo – 01 Zona rural do com acesso prejudicado 75.000,00 18.750,00 a 04 anos município em períodos de chuva Médio prazo – 04 Sede do Implantação do sistema de 2.000.000,00 250.000,00 a 08 anos município drenagem urbana Implantação de obras de Povoados arte (pontes, passagens e Médio prazo – 04 localizados na bueiros) em locais com 2.500.000,00 312.500,00 a 08 anos zona rural acesso prejudicado em períodos de chuva

c) Resíduos sólidos A seguir serão apresentados no quadro 10 os dados de estimativas referentes aos investimentos necessários para a melhoria do sistema de manejo de resíduos sólidos do município de Chapadinha.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 110

Quadro 10 - Investimentos necessários no sistema de manejo de resíduos sólidos

Tipo de Custo Investimento Intervenção / Locais Obras Principais Planejadas Estimado Anual Prazo de (R$) Estimado (R$) Implantação Adequação do aterro sanitário Médio prazo – 04 Povoado da para transbordo de resíduo para 3.200.000,00 400.000,00 a 08 anos zona rural destinação final em aterro controlado Aquisição de caminhões Médio prazo – 04 Sede do coletores incrementar o serviço 1.000.000,00 125.000,00 a 08 anos município de coleta na sede do município Construção de central de Periferia da triagem para resíduos Longo prazo – 08 Sede do recicláveis na periferia da sede 800.000,00 40.000,00 a 20 anos município do município a fim de beneficiar o resíduo reciclável coletado Implantação de unidade de armazenado de resíduo hospitalar, pilhas e baterias, Longo prazo – 08 Povoado da área resíduos eletroeletrônicos, óleo 1.000.000,00 50.000,00 a 20 anos de chapada usado em geral dentro da área de transbordo para destinação adequada Construção de unidades de Longo prazo – 08 Povoado da compostagem nos povoados da 2.500.000,00 125.000,00 a 20 anos zona rural zona rural.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 111

d) Abastecimento de água A seguir serão apresentados no quadro 11 os dados de estimativas referentes aos investimentos necessários para a melhoria do sistema de abastecimento de água do município de Chapadinha.

Quadro 11 - Estimativa de investimentos necessários no sistema de abastecimento d’água

Descrição Custo de Implantação Zona Urbana Sistema de Produção ETA R$ 60.000.000,00 Estudos e Projetos R$ 1.000.000,00 Estação de Tratamento R$ 50.000.000,00 Estação elevatória R$ 5.000.000,00 Linha de Recalque R$ 15.000.00,00 Reservatórios R$ 100.200,00 Redes de distribuição R$ 200.100,99 Zona Rural Poços artesianos R$ 11.000.000,00 Redes de Distribuição R$ 1.000.000,00 Ligações Domiciliares R$ 5.000.000,00 Recalque R$ 3.000.000,00

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 112

e) Programa de melhoria na qualidade da gestão

Quadro 12 - Investimentos necessários no programa de melhoria de qualidade da gestão

CUSTOS RESPONSÁVEL ITEM PRAZO ATIVIDADE OBJETIVOS (APROXIMA PELA ATIVIDADE DO) Debater as informações do Plano e da Política Reuniões de Municipal de planejamento e de Saneamento Básico ajustes técnicos para Prefeitura Municipal, entre os atores 3 meses revisão e Secretaria de Saúde, R$ 3.500,00 envolvidos no consolidação do Meio Ambiente e Obras saneamento Programa. municipal;

Incrementar as ações propostas pelo programa. Criar um planejamento para Elaboração e que a população na execução do Plano Zona Rural e Urbana de Comunicação Prefeitura Municipal, e os entes envolvidos 6 meses Social para divulgar Secretaria de Saúde, R$ 15.000,00 no Saneamento o Plano Municipal Meio Ambiente e Obras possam se informar de Saneamento sobre o status do Instituciona Básico. l Saneamento Básico municipal. Criar um Plano Criação do Plano de amplo para Formação e promover a Prefeitura Municipal e Capacitação de capacitação dos Empresas contratadas 3 meses R$ 5.000,00 Recursos Humanos recursos humanos para executar os serviços nos eixos de que atua nos setores de saneamento. saneamento. do saneamento municipal. Disponibilizar de forma objetiva e com linguagem acessível Implementação do a população e Prefeitura Municipal e Sistema Municipal interessados, as Empresas contratadas 6 meses de Informações R$ 30.000,00 informações que já para executar os serviços sobre o Saneamento foram e estão sendo de saneamento Básico. obtidas sobre o saneamento municipal.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 113

CUSTOS RESPONSÁVEL ITEM PRAZO ATIVIDADE OBJETIVOS (APROXIMA PELA ATIVIDADE DO) Criar através de Lei Municipal e Reunião de regulamentar por informações para 6 meses Portaria o Ente Prefeitura Municipal R$ 3.500,00 implantação da regulador do Regulação. Saneamento Municipal. Criar, através da Política Municipal Prefeitura Municipal, Criação do de Saneamento Secretaria de Saúde e 6 meses organismo de Básico, o Conselho R$ 6.000,00 Secretaria de Meio Controle Social. Municipal de Ambiente. Saneamento para o controle social. Custo Total do Programa R$ 63.000,00

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 114

9 PROGRAMA PARAEMERGÊNCIA E CONTIGÊNCIAS

A seguir apresentam-se os quadros 13 a 15 dos programas de emergência e contingências para os quatro eixos dos serviços de saneamento básico do município de Chapadinha.

Quadro 13 - Plano de contingência para os serviços de esgotamento sanitário

Ocorrência Origem Plano de Contingências Comunicação à operadora em exercício de energia Interrupção no fornecimento de energia elétrica elétrica nas instalações Paralisação da ETE Comunicação aos órgãos de controle ambiental Danificação de equipamentos Comunicação à Polícia Instalação de eletromecânicos / estruturas equipamentos reserva Ações de vandalismo Reparo das instalações danificadas Comunicação à Operadora em exercício de Interrupção no fornecimento de energia energia elétrica elétrica nas instalações de bombeamento Extravasamentos de esgotos em Comunicação aos órgãos de controle ambiental Danificação de equipamentos estações elevatórias Comunicação à Polícia Instalação de eletromecânicos / estruturas equipamentos reserva Ações de vandalismo Reparo das instalações danificadas Desmoronamentos de taludes / paredes de Rompimento de linhas de recalque, canais Comunicação aos órgãos de controle ambiental coletores tronco, interceptores e Erosões de fundos de vale Reparo das instalações danificadas emissários Rompimento de travessias Lançamento indevido de águas pluviais em Comunicação à vigilância sanitária Ocorrência de retorno de esgotos redes coletoras de esgoto Execução dos trabalhos de limpeza em imóveis Obstruções em coletores de esgoto Reparo das instalações danificadas

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 115

Quadro 14 - Plano de contingência para os serviços de limpeza urbana

Ocorrência Origem Plano de Contingências  Negociação com os trabalhadores;  Mutirão com funcionários Paralisação dos serviços de municipais que possam efetuar o varrição manual serviço;  Contratação emergencial de empresas terceirizadas;  Greves de pequena duração; Paralisação dos serviços de  Alteração na programação dos  Paralisações por tempo limpeza pós feiras livres serviços; indeterminado. Paralisação dos serviços de manutenção de vias e  Limpeza dos dispositivos logradouros  Manutenção da limpeza, Paralisação dos serviços de independente da região ter limpeza dos dispositivos de inundado ou não. drenagem (bocas de lobo e galerias)  Acionamento de equipes de plantão para remoção e liberação da via (caso haja acidente de  Quedas de árvores; Greves de trânsito);

pequena duração;  Acionar os órgãos e entidades Paralisação dos serviços de  Paralisações por tempo responsáveis pelo tráfego; manutenção de áreas verdes indeterminado  Em casos com vítimas, acionar o Corpo de Bombeiros e, em último caso, acionar a Defesa Civil local ou regional. Serviços

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 116

Quadro 15 - Plano de contingência dos serviços de drenagem urbana

Ocorrência Origem Plano de Contingências  Greves de pequena duração;  Negociação com os trabalhadores; Paralisação dos serviços de  Paralisações por tempo  Contratação emergencial de coleta domiciliar indeterminado. empresas terceirizadas.  Desvalorização do preço de  Mobilização de equipes municipais Paralisação do serviço de pré- venda dos materiais recicláveis de outros setores beneficiamento e/ou tratamento no mercado  Contratação de empresa dos resíduos sólidos  Instabilidade do mercado de especializada prestadora de serviço domiciliares compostagem da matéria em regime emergencial orgânica  Contratação emergencial de empresas terceirizadas;  Enviar os resíduos para outra unidade similar existente na região;  Caso ocorra, estancar o vazamento de chorume e transferi-lo para uma  Greves de pequena duração; ETE;  Paralisações por tempo  Acionar a órgão indeterminado; competente/prefeitura e Corpo de Paralisação dos serviços de  Ocorrências que requerem Bombeiros, caso haja explosão ou operação do aterro sanitário maiores cuidados; incêndio;  Demora na obtenção das  Avisar a órgão licenças para elevação e/ou competente/prefeitura caso haja ampliação do aterro. ruptura de taludes e bermas;  Seguir orientação do Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas do órgão competente/prefeitura, se houver contaminação da área.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 117

10 MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA AVALIAÇÃO DAS METAS E AÇÕES PROGRAMADAS

A aplicação efetiva da metodologia definida somente será possível durante a implementação do presente PMSB, com suas ações e intervenções previstas e organizadas em componentes que serão empreendidos pelas entidades identificadas. Objetivando melhor detalhar os procedimentos a serem adotados, apresentam-se quadros específicos para os serviços de esgotamento sanitário, resíduos sólidos e drenagem urbana que apresentam uma listagem inicial das componentes principais envolvidas na administração dos sistemas (intervenção, operação e regulação), bem como dos atores envolvidos, dos objetivos principais e uma recomendação preliminar a respeito dos itens de acompanhamento e os indicadores para monitoramento. Os itens de acompanhamento (IA) estão lincados aos procedimentos executivos, aprovação dos projetos e implantação das obras, bem como aos procedimentos operacionais e de manutenção, que podem indicar a necessidade de medidas corretivas e de otimização, tanto em termos de prestação adequada dos serviços quanto em termos da sustentabilidade econômico-financeira do empreendimento. Os indicadores de monitoramento serão importantes ferramentas para o alcance das metas estabelecidas no PMSB em termos de cobertura e qualidade (indicadores primários), bem como em relação às avaliações esporádicas em relação a alguns resultados de interesse (indicadores complementares). A seguir apresenta-se a listagem dos componentes principais, atores, atividades e itens de acompanhamento para monitoramento dos serviços de esgotos do PMSB (quadro 16).

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 118

Quadro 16 - Principais atores, atividades e componentes do serviço de esgotamento sanitário

Componentes Atividades Principais- Atores Previstos Itens de Acompanhamento (IA) Principais Intervenção/Operação A elaboração dos A aprovação dos projetos em órgãos projetos executivos competentes A elaboração dos relatórios para A obtenção da licença prévia, de Empresas licenciamento instalação e operação. Construção e/ou contratadas ambiental ampliação da Operadores de A construção da A implantação das obras previstas no infraestrutura dos sistemas Órgãos de infraestrutura dos cronograma, para cada etapa da sistemas de esgotos meio ambiente sistemas, conforme construção/ampliação, como extensão da Entidades das PMs cronograma de rede de coleta, ETEs e outras obras. A implantação dos equipamentos em A instalação de unidades dos sistemas, para cada etapa da equipamentos construção/ampliação SAAEs Operação e A fiscalização e acompanhamento das Concessionária A prestação Manutenção dos manutenções efetuadas em equipamentos estadual adequada e contínua serviços de água e principais dos sistemas, evitando-se Operadores dos serviços esgotos descontinuidades de operação. privados A viabilização econômico-financeira do A viabilização do empreendimento, tendo como resultado empreendimento em tarifas médias adequadas e despesas de SAAEs relação aos serviços operação por m³ faturado (esgoto) Operação e Concessionária prestados compatíveis com a sustentabilidade dos Manutenção dos estadual sistemas. serviços de esgotos Operadores O pronto (cont) privados (cont restabelecimento O pronto restabelecimento no caso de dos serviços de interrupções na coleta e tratamento de operação e esgotos manutenção - A verificação e o acompanhamento a) monitoramento contínuo dos seguintes da prestação indicadores primários (IM): adequada dos - Cobertura de coleta de esgotos; serviços - Cobertura do tratamento de esgotos; - A verificação e o - Qualidade do esgoto tratado. Monitoramento e ações acompanhamento b) monitoramento ocasional dos seguintes Agências para regulação dos das tarifas de água indicadores complementares (IM); reguladoras locais serviços prestados e esgotos, em - Interrupções do tratamento de Secretaria de Saúde níveis justificados esgotos; - A verificação e - Despesas de exploração dos serviços oacompanhamento por m³ faturado (esgoto); dos avanços na - Extensão de rede de esgotos por eficiência dos ligação; sistemas de água e - Grau de endividamento da empresa esgotos

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 119

A seguir apresenta-se a listagem dos componentes principais, atores, objetivos e indicadores para monitoramento dos serviços de drenagem dos PMSB (quadros 17 a 19).

Quadro 17 - Principais atores, atividades e componentes do serviço de drenagem urbana

Componentes Principais- Atividades Itens de Acompanhamento Atores Previstos Intervenção/Operação Principais (IA) Serviço de verificação e análise Projetos executivos de projetos de pavimentação Avanços na microdrenagem Empresas e/ou loteamentos em pontos de alagamento e contratadas Licenciamento Licença prévia e de instalação na infraestrutura regional Entidades das PMs ambiental para macrodrenagem e Órgãos de meio Adequação e/ou Indicadores para cada etapa de controle de cheias ambiente novas infraestruturas ajuste/construção das em pontos de micro infraestruturas de micro e e de macrodrenagem macrodrenagem Microdrenagem: - Padrões de projeto viário e de drenagem pluvial; - Extensão de galerias e número de bocas de lobo limpas em relação ao total; - Monitoramento de chuva, níveis de impermeabilização do solo e registro de incidentes  Redução do em microdrenagem; número de pontos - Estrutura para inspeção e e recorrência de manutenção de sistemas de Departamentos de Planejamento urbano, alagamentos nas microdrenagem. Secretarias monitoramento e avanços áreas urbanas - Macrodrenagem: Municipais de na infraestrutura de micro e  Instalação e Obras e de - Existência de plano diretor de de macrodrenagem operação adequada Planejamento drenagem, com tópico sobre de obras para uso e ocupação do solo; macrodrenagem e - Monitoramento de cursos controle de cheias d’água (nível e vazão) e registro de incidentes associados à macrodrenagem; - Número de córregos operados e dragados e de barragens operadas para contenção de cheias; - Modelos de simulação hidrológica e de vazões em cursos d’água.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 120

Quadro 18 - Principais atores, atividades e componentes do serviço de manejo de resíduos sólidos

Componentes Principais- Atores Previstos Atividades Principais Itens de Acompanhamento Intervenção/Operação (IA) Aprovação dos projetos pelas Projetos executivos PMs e pela SSRH Licenciamento Licença prévia e de instalação ambiental Avanços em procedimentos Ampliação e/ou Empresas e equipamentos para coleta construção de nova contratadas Implantação das e transporte e na infraestrutura de Operadores de unidades/centrais previstas, implantação e/ou ampliação aterros sanitários, de sistemas Órgãos de para cada etapa, atendendo ao dos aterros sanitários para inertes e de central de meio ambiente cronograma do Plano disposição final de resíduos tratamento de resíduos Entidades das PMs sólidos de saúde Aquisição de caminhões, Aquisição e instalação tratores e equipamentos de equipamentos necessários para cada uma das unidades/centrais previstas - Indicador do serviço de varrição das vias e calçadas - Indicador do serviço de coleta regular - Indicador da destinação final dos resíduos sólidos - Prestação adequada - Indicador de saturação do dos serviços Departamentos de tratamento e disposição - Viabilidade na Secretarias final de resíduos sólidos prestação dos Municipais - Indicadores dos serviços de serviços Operadores dos coleta seletiva - Operação e Monitoramento e ações para sistemas de - Indicadores do manutenção regular regulação dos serviços limpeza locais reaproveitamento dos - Planejamento e prestados Operadores das resíduos sólidos avanços na unidades de domésticos eficiência e eficácia disposição final - Indicadores do manejo e dos serviços de Eventuais agências destinação dos resíduos coleta e disposição reguladoras sólidos de serviços de final de resíduos saúde sólidos - Indicador de reaproveitamento dos resíduos sólidos inertes - Indicador da destinação final dos resíduos sólidos inertes

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 121

Quadro 19 - Indicadores, metas e objetivos para monitoramento dos serviços de abastecimento de água

Indicador Objetivos e Metas Índice de universalização dos Serviços de Abastecimento de Água (%) - 1 Número de domicílios urbanos atendidos por rede de distribuição / Número total

de domicílios urbanos e rurais Índice de fornecimento água de qualidade e em quantidade de forma contínua para toda a população do município de Chapadinha (%) - Número 2 de análises de coliformes totais na água em desacordo com o padrão de potabilidade (Portaria nº 518/04) no ano / Número de análises de coliformes totais realizadas Índice de reclamações por intermitência (%) - Quantidade de reclamações 3 relativas a falta de água no período de referência / Número de economias ativas de água [nº/1000 economias]

10.1 Índice de universalização dos Serviços de Abastecimento de Água

Número de domicílios urbanos e rurais atendidos pelo sistema de abastecimento e distribuição / Número total de domicílios urbanos e rurais. a) Sistema de quantificação Número de domicílios urbanos e rurais atendidos pelo sistema de abastecimento – informações disponibilizadas pelas Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA) e Prefeitura, quantidade de residências urbana e rural abastecida pelo sistema. (A) Número total de domicílios urbanos e rurais – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) disponibilizará quantidade de municípios urbanos e rurais. (B) Equação Índice de universalização dos Serviços de Abastecimento de Água = (A/B)*100 b) Validação dos dados

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 122

O total de economias considerado na avaliação será fornecido pelo cadastro do Prestador, o qual deverá ser georeferenciado e estar atualizado e validado pelo Regulador. Já a estimativa dos domicílios totais será encargo do Regulador, que consolidará os dados do IBGE. c) Periodicidade da avaliação: A avaliação da meta será anual considerando de janeiro a dezembro de cada ano. d) Andamento das ações programadas para a meta: O acompanhamento irá ocorrer trimestralmente de acordo com o cronograma de obras e ações: - Obras de expansão das redes distribuidoras de água; - Ação para garantia da quantidade de água ofertada, com obras de ampliação do sistema produtor em compatibilidade com o crescimento da demanda e redução de perdas de água.

10.2 Índice de fornecimento de água de qualidade e em quantidade de forma contínua para toda a população do município de Chapadinha (%)

Número de análises de coliformes totais e escherichia coli na água em desacordo com o padrão de potabilidade (Portaria nº 2914/11) no ano / Número de análises de coliformes totais e escherichia coli realizadas. Número de domicílios abastecimento por região. a) Sistema de quantificação Número de análises de coliformes totais e escherichia coli na água em desacordo com o padrão de potabilidade (Portaria nº 2914/11) no ano - Quantidade total anual de amostras coletadas nas unidades de tratamento e na rede de distribuição de água, para aferição do teor de coliformes totais, cujo resultado da análise ficou fora do padrão determinado pela Portaria serão disponibilizadas pela CAEMA. (A) Número de análises de coliformes totais realizadas: CAEMA irá disponibilizar a quantidade total anual de amostras coletadas nas unidades de tratamento e no sistema de distribuição de água para a aferição do teor de coliformes totais (B) Número de domicílios abastecimento por região: CAEMA irá informa a quantidade de domicílios abastecimento na zona urbana e rural. (C) Equação: Índice de atendimento aos padrões de potabilidade = (A/C)*100

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 123

b) Validação dos dados: O regulador deverá enviar os boletins, que poderá eventualmente realizar análises de contraprova em laboratórios credenciados. c) Periodicidade da avaliação: A avaliação da meta será semestral, como dados em cada semestre do ano corrente. d) Andamento das ações programadas para a meta: O acompanhamento irá ocorrer semestralmente de acordo com o cronograma de obras e ações: - Condições laboratoriais do Prestador ou de seus credenciados; - Ações de ajustes do tratamento.

10.3Índice de reclamações por intermitência

Quantidade de reclamações relativas à falta de água no período de referência / Número de economias ativas de água [nº/1000 economias]. a) Sistema de quantificação Quantidade de reclamações relativas à falta de água no período de referência – relatórios de reclamação anual serão de responsabilidade da CAEMA. (Q) Número de economias ativas de água – informações de responsabilidade da CAEMA. (A) Equação Índice de reclamações = Q/A

b) Validação dos dados O sistema de registro deverá ser validado a partir do relatório de Pesquisas de Satisfação junto aos Usuários e do Plano de Melhorias de Atendimento aos Usuários emitido pela CAEMA. c) Periodicidade da avaliação: A avaliação da meta será semestral, como dados em cada semestre do ano corrente. d) Andamento das ações programadas para a meta:

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 124

O alcance da meta será monitorado a partir do acompanhamento semestral do cronograma de obras e ações relativas à meta, que são: - Programa de redução de perdas; - Obras de ampliação do sistema produtor; - Obras de ampliação da macro distribuição; - Ações de eficácia no sistema de atendimento ao público.

10.4Indicadores Técnicos, Operacionais e Financeiros Referentes ao Sistema de Abastecimento de Água do Munícipio de Chapadinha Em seguida apresenta-se um quadro resumo com os indicadores técnicos, financeiros e operacionais referentes ao sistema de abastecimento de água do município de Chapadinha referentes ao ano base de 2014, fornecidos pela Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão – CAEMA, atual concessionária detentora dos direito de uso e distribuição dos recursos hídricos do município. No que diz respeito aos poços administrados pela Prefeitura Municipal de Chapadinha apresenta-se um quadro resumo com as informações referentes ao número de poços, profundidade média, número de famílias atendidas e quantitativo médio de volume (m3) bombeado por dia. Segue ainda um quadro financeiro resumido, Quadro 20.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 125

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 126

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 127

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 128

Quadro 20: Resumo do abastecimento de água por meio de poços “artesianos” localizados na área urbana administrados pela Prefeitura Municipal de Chapadinha. Bairro Prof. Poço Nº de famílias Volume de água (m) diário (m³) 01 Vila Isamara 102 300 100 02 Limoeiro 96 100 80 03 Tijela 96 100 60 04 Bairro Novo 96 200 50 05 Fonte do Mato 92 150 40 06 Campo Velho (subestação) 86 300 180 07 Aldeia-Pedreira 102 150 90 08 Campo Velho (Praça) 98 200 60 09 Campo Velho (Posto de Saúde) 90 200 70 10 Campo Velho 85 150 150 11 Boa Vista (Brasiliano) 95 100 90 12 Mutirão (Campo de Futebol) 102 120 40 13 Mutirão 95 120 90 14 Boa Vista (Alvorada) 95 50 40 15 Alto Fogoso 90 100 80 16 Novo Castelo 95 200 90 17 Novo Castelo 90 150 100 18 São José 110 300 150 19 Santinha Dutra 85 100 150 20 Areal 95 200 80 21 Sebastião Almeida 95 100 80 22 Cohab 90 200 90 23 Rocha Júnior 95 50 40 24 Vila Barreira 108 50 60 25 Aparecida 112 300 120 26 Caterpillar 154 200 180 27 Caterpillar 108 250 180 28 Caterpillar 96 150 170 Total 2.753 m 4.590 Famílias (Média 91.071 L/dia

RESUMO DE PRODUÇÃO DE ÁGUA

1 – Quantidade de poços: 28 2 – Profundidade média: 98,32 m 3 – Produção média diária: 91.071 L/dia (poço) 4 – Produção total diária: 2.550.000 L/dia 5 – Consumo percapta dia: 91,07 L/dia 6 – População atendida: 28.000 pessoas (40 % da população urbana)

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 129

RESUMO FINANCEIRO MENSAL

1 – Pessoal (02 pessoas) R$ 4.920,00 2 – Peças de reposição R$ 6.000,00 (Manutenção elétrica de 15% das bombas/mês 04 bombas x R$ 1.500,00) 3 – Energia elétrica R$ 28.000,00 (28 quadros de comandos/mês: consumo médio de energia por poços R$ 1.000,00) Total 38.920,00

11 DIRETRIZES PARA INSTITUCIONALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS

Na definição de diretrizes para institucionalização de normas municipais para planejamento, regulação e fiscalização dos serviços de saneamento, deve-se definir aspectos prioritários e abordagens próprias aos interesses municipais específicos. O estabelecimento de metas e seus respectivos indicadores resulta em um continuado processo de negociação e ponderação, para que ocorram avanços factíveis sob a ótica do município de Chapadinha, de um lado, em termos executivos, de operação e manutenção, de expansão e de modernização dos sistemas, e de outro, sob a regulação, fiscalização e bom atendimento aos consumidores. Sob tais diretrizes, quer sejam para planejamento ou para regulação e fiscalização, para que ocorra uma consistente institucionalização de normas municipais, deverão ser oportunamente investigados os seguintes dispositivos legais vigentes: a) No caso de departamentos responsáveis pela operação de serviços de água, esgotos, resíduos sólidos e drenagem, a legislação municipal que estabeleceu as respectivas atribuições e competências, incluindo a devida regulamentação mediante decretos municipais, normas e resoluções das secretarias às quais estejam vinculados; b) No caso de autarquias, empresas públicas ou de economia mista que operam os sistemas de saneamento, os estatutos jurídicos que devem ser aprovados por decretos, onde constam encargos e atribuições; c) Os convênios a serem celebrados com a prefeitura de Chapadinha devem constar as divisões de encargos e atribuições dos agentes envolvidos; ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 130

Para todos os dispositivos legais que foram mencionados, caberá, então, verificar se constam adequadamente e de forma consistente o atendimento às diretrizes que foram dispostas para que o município passe a atuar mais fortemente sobre o planejamento e sobre a regulação e fiscalização de serviços de saneamento. Pode-se prever a ocorrências de propostas de ajustes e/ou complementação da legislação, de estatutos e/ou de normas e resoluções vigentes, sempre sob a ótica de elevar a presença e as manifestações dos agentes envolvidos na aplicação do PMSB junto à prestação e regulação de serviços de água, esgotos, resíduos sólidos e drenagem. Considerando as expectativas de avanços no setor saneamento, os agentes responsáveis pela implementação do PMSB além de manifestar aspectos e interesses próprios, desde a etapa de planejamento deverão assumir encargos relacionados à regulação e fiscalização dos serviços. Deve-se também prever a estruturação de espaços com vistas a favorecer a transparência social e vigilância a ser exercida por representantes da sociedade civil. O Município de Chapadinha precisa integrar-se com os demais agentes regionais, estaduais e federais objetivando a participação na definição de políticas de saneamento que extrapolam os limites municipais (a exemplo dos Comitês de Bacias Hidrográficas) e integrar seu Plano às metas mais amplas traçadas, bem como para obter melhores condições técnicas, políticas e financeiras para implementar as obras, intervenções e ações necessárias para a prestação dos serviços de forma a mais eficiente e módica possível, com benefício direto à população usuária dos serviços. A supracitada mobilização passa necessariamente pela designação e cobrança de resultados dos agentes municipais que se responsabilizarão pelos contatos com os demais agentes, internos e externos, visando à integração do município de Chapadinha nos âmbitos regional, estadual e federal.

11.1 Diretrizes para a Revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico

A importância do saneamento ambiental envolve o conjunto de ações técnicas e socioeconômicas, entendidas fundamentalmente como de saúde pública, tendo por objetivo ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 131

alcançar níveis crescentes de salubridade ambiental, compreendendo o abastecimento de água em quantidade e dentro dos padrões de potabilidade vigentes, o manejo de esgotos sanitários, de águas pluviais, de resíduos sólidos e emissões atmosféricas, o controle ambiental de vetores e reservatórios de doenças, a promoção sanitária e o controle ambiental do uso e ocupação do solo e prevenção e controle do excesso de ruídos, tendo como finalidade promover e melhorar as condições de vida urbana e rural. Para garantir a efetividade do planejamento e das ações programadas no PMSB, é necessária à sua revisão a cada 4 anos, atentando sempre para as mudanças na legislação e infraestrutura municipal e fazendo o feedback com a execução das atividades programadas pelo PMSB ao logo do período passado. - Respectivo plano; - Estabelecimento das funções e normas de regulação, fiscalização e avaliação; - Definição do modelo para a prestação dos serviços; - Fixação dos direitos e deveres dos usuários, inclusive quanto ao atendimento essencial à saúde pública; - Estabelecimento dos mecanismos de controle social e do sistema de informação; - Dentre outras definições. a) Objetivo - Revisar o embasamento técnico e o conteúdo programático do PMSB a cada 4 anos b) Atividades Prioritárias - Reunir o Grupo de Trabalho para construir e gerir o calendário de revisão do Plano, avaliando a necessidade ou não de contratação de consultoria especializada para auxiliar no processo; - Realizar reuniões técnicas, com os profissionais das áreas e órgãos afins, integrantes ou não do Grupo de Trabalho, para avaliar as ações do PMSB nos 4 anos que passaram; - Levar ao conhecimento da população o que foi levantado, através de Conferências, e através do debate, permitir que esta traga mais informações e ajude a compor o novo cenário de execução do Plano de Saneamento;

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 132

- Elaborar Relatório técnico com as mudanças estabelecidas no PMSB para os próximos anos, dentro do horizonte de 20 anos estabelecido, fazendo menção ao que foi mudado e justificando tecnicamente. - Dar publicidade ao material através do Sistema de Informação e das Diretrizes do Plano de Comunicação Social. - Levantamento de informações secundárias sobre os indicadores sanitários, epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos da área de trabalho; - Diagnóstico do andamento do Sistemas de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário e os seus impactos nas condições de vida da população; - Estudo Populacional atualizada e demanda futura; - Análise de demandas necessárias para atender ao crescimento vegetativo; - Apresentação de proposições, objetivos e metas para os Sistemas de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário; - Estudo de Viabilidade Econômico-Financeira dos sistemas. O PMSB de Chapadinha foi desenvolvido considerando-se um horizonte de planejamento de 20 anos projetados, com revisões periódicas de 4 em 4 anos.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 133

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Brasília, DF, 2010. Disponível em: . Acesso em: 10 dez. 2014.

BRASIL. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Disponível em: . Acesso em: 10 dez. 2014.

BRASIL. Ministério da Aeronáutica. Portaria nº 1.141, de 8 de dezembro de 1987. Dispõe sobre Zonas de Proteção e Aprova o Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromos, o Plano Básico de Zoneamento de Ruído, o Plano Básico de Zona de Proteção de Helipontos e o Plano de Zona de Proteção de Auxílios à Navegação Aérea e dá outras providências. Disponível em: . Acesso em: 12 dez. 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde: Chapadinha. 2015. Disponível em: . Acesso em: 10 mar. 2015.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo 2010. Rio de Janeiro, 2011a. Disponível em: . Acesso em: 10 jun. 2014.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Chapadinha: produto interno bruto dos municípios. 2013b. Disponível em: . Acesso em: 10 jun. 2014.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Efetivo dos rebanhos, por tipo de rebanho (série encerrada). 2013a. Disponível em: . Acesso em: 10 jun. 2014.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Efetivo dos rebanhos, por tipo de rebanho (série encerrada). 2014b. Disponível em:

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 134

. Acesso em: 10 jun. 2014.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Maranhão: : censo agropecuário. 2006. Disponível em: . Acesso em: 10 jun. 2014.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Maranhão: chapadinha: infográficos: evolução populacional e pirâmide etária. 2011b. Disponível em: . Acesso em: 19 jun. 2014.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Maranhão: Chapadinha: infográficos: despesas e receitas orçamentárias. Disponível em: . Acesso em: 10 jun. 2014.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Maranhão: índice de desenvolvimento humano municipal. 2011c. Disponível em: . Acesso em: 19 jun. 2014.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Rendimento médio da produção da lavoura temporária. 2014. Disponível em: . Acesso em: 10 jun. 2014.

INSTITUTO MARANHENSE DE ESTUDOS SOCIOECONÔMICO E CARTOGRÁFICOS. Índice de Desenvolvimento Municipal IDM: ano 2012. Índice de Desenvolvimento Municipal, São Luís, v. 4, p. 1-119, 2014. Disponível em: . Acesso em: 15 jan. 2015.

PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO. Atlas do Desenvolvimento Humano: Maranhão. 2011. Disponível em: . Acesso em: 10 jun. 2015.

RELATÓRIOS DINÂMICOS. Chapadinha: perfil municipal. 2014. Disponível em: . Acesso em: 10 jun. 2015.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 135

RELATÓRIOS DINÂMICOS. Combater a aids, a malária e outras doenças. 2013. Disponível em: . Acesso em: 10 jun. 2015.

SÃO PAULO. Prefeitura Municipal. Diretrizes básicas para projetos de drenagem urbana no município de São Paulo. São Paulo, 1999. Disponível em: . Acesso em: 10 maio 2015.

SÃO PAULO. Prefeitura Municipal. Manual de drenagem e manejo de aguas pluviais: gerenciamento do sistema de drenagem urbana. São Paulo, 2012. v. 1. Disponível em: . Acesso em: 10 maio 2015.

SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE SANEAMENTO. SNIS: série histórica. 2012. Disponível em: . Acesso em: 15 dez. 2014.

WIKIPÉDIA. Chapadinha. 2014. Disponível em: . Acesso em: 10 set. 2014.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 136

EQUIPE TÉCNICA

José Renato Marques Borralho Junior Eng. Agrônomo Mestre em Agroecologia - Especialista em Engenharia Ambiental CREA: 8917D/MA

José Pereira de Alencar Químico Industrial – Esp. em Gestão e Manejo Ambiental na Agroindústria CRQ 11200021 – 11ª REGIÃO

Anderson Pires Ferreira Biólogo - CRBio 77596/05D

Telma Costa Thome Administradora, Especialista em Gestão Pública e Planejamento Estratégico

Marcio Costa Fernandes Vaz dos Santos Biólogo, PhD em Ciências Ambientais

Valéria Galdino Silva e Silva Engenheira Ambiental

Yury Maciel Couto Engenheiro Ambiental

SammeSraya Oliveira Santos Produtora de Eventos ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br

ESTADO DO MARANHÃO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CHAPADINHA

CHAPADINHA -MA

MINUTA DE LEI PARA PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO CHAPADINHA – MA

CHAPADINHA 2015

2

JUSTIFICATIVA

A universalização do acesso ao saneamento básico, com quantidade, igualdade, continuidade e controle social é um desafio que o poder público municipal, como titular destes serviços, deve encarar como um dos mais significativos. Nesse sentido, o Plano Municipal de Saneamento Básico se constitui em importante ferramenta de planejamento e gestão para alcançar a melhoria das condições sanitárias e ambientais do município e, consequentemente, da qualidade de vida da população.

O Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) é o resultado de um conjunto de estudos que objetivou conhecer a situação atual do município de Chapadinha e planejar as ações e alternativas para a universalização dos serviços públicos de saneamento, resultando na promoção do saneamento, da saúde pública e do meio ambiente. Trata-se de um instrumento estratégico de planejamento e gestão participativa, o qual visa atender ao que determina os preceitos da Lei 11.445/2007.

Soma-se ao exposto a exigência do Plano como condição de validade dos contratos que tenham por objeto a prestação de serviços públicos de saneamento básico, assegurando, com isso, a adequada cobertura e qualidade dos serviços prestados. Cabe destacar, também, a determinação do Decreto no. 7217/2010, artigo 26, parágrafo 4º, que vincula a existência do Plano de Saneamento Básico, elaborado pelo titular dos serviços, segundo os preceitos estabelecidos na Lei 11.445/2007, como condição de acesso, a partir de 2014, a recursos orçamentários da União ou recursos de financiamentos geridos ou administrados por órgão ou entidade da administração pública federal, quando destinados a serviços de saneamento básico.

3

PROJETO DE LEI N° / 2015

Institui o Plano Municipal de saneamento Básico, instrumento da Política Municipal de Saneamento Básico do Município de CHAPADINHA e dá outras providências.

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

DO OBJETO E DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Art. 1°. Esta Lei institui a Política Municipal de Saneamento Básico.

Parágrafo Primeiro. Estão sujeitos às disposições desta Lei todos os órgãos e entidades do Município, bem como os demais agentes públicos ou privados que desenvolvam serviços e ações de saneamento básico no âmbito do território do Município de CHAPADINHA, Estado do Maranhão.

Parágrafo segundo: O Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) deve abranger todo o território (urbano e rural) do Município de CHAPADINHA/MA e contemplar os quatro componentes do saneamento básico, que compreende o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais abastecimento de água e esgotamento sanitário.

4

I DAS DEFINIÇÕES

Art. 2°. Para os efeitos desta Lei, consideram-se:

I - Serviços públicos de saneamento básico: conjunto dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, de abastecimento de água, de esgotamento sanitário e de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, incluídas as respectivas infraestruturas e instalações operacionais vinculadas a cada um destes serviços;

II - Universalização: ampliação progressiva do acesso ao saneamento básico de todos os domicílios e edificações urbanas permanentes onde houver atividades humanas continuadas;

III - Prestação de serviço público de saneamento básico: atividade, acompanhada ou não de execução de obra, com objetivo de permitir aos usuários acesso a serviço público de saneamento básico com características e padrões de qualidade determinados pela legislação, planejamento ou regulação;

IV - Planejamento: as atividades atinentes à identificação, qualificação, quantificação, organização e orientação de todas as ações, públicas e privadas, por meio das quais o serviço público deve ser prestado ou colocado à disposição dos cidadãos de forma adequada;

V - Regulação: todo e qualquer ato que discipline ou organize determinado serviço público, incluindo suas características, padrões de qualidade, impacto socioambiental, direitos e obrigações dos usuários e dos responsáveis por sua oferta ou prestação, bem como a política de cobrança pela prestação ou disposição do serviço, inclusive as condições e processos para a fixação, revisão e reajuste do valor de taxas e tarifas e outros preços públicos;

VI - Normas administrativas de regulação: as instituídas pelo Chefe do Poder Executivo por meio de decreto e outros instrumentos jurídico-administrativos e as editadas por meio de resolução por órgão ou entidade de regulação do Município ou a que este tenha delegado competências para esse fim;

VII - Fiscalização: atividades de acompanhamento, monitoramento, controle ou avaliação, no sentido de garantir o cumprimento de normas e regulamentos editados pelo poder público e a utilização, efetiva ou potencial, do serviço público;

VIII - Órgão ou entidade de regulação ou regulador: autarquia ou agência reguladora, consórcio público, autoridade regulatória, ente regulador, ou qualquer outro órgão ou entidade de direito público, inclusive organismo colegiado instituído pelo Município, ou contratada para esta finalidade dentro dos limites da unidade da federação que possua competências próprias de natureza regulatória, independência decisória e não acumule funções de prestador dos serviços regulados;

IX - Titular dos serviços públicos de saneamento básico: o Município de CHAPADINHA; 5

X - Prestador de serviço público: o órgão ou entidade, inclusive empresa: a) do Município, ao qual a lei tenha atribuído competência de prestar serviço público; ou b) a que o titular tenha delegado a prestação dos serviços por meio de contrato;

XI - Controle social: conjunto de mecanismos e procedimentos que garantem à sociedade informações, representações técnicas e participação nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos de saneamento básico;

XII - Gestão associada: associação voluntária de entes federados, por convênio de cooperação ou consórcio público, conforme disposto no art. 241 da Constituição Federal;

XIII - Prestação regionalizada: realizada diretamente por consórcio público, por meio de delegação coletiva outorgada por consórcio público, ou por meio de convênio de cooperação entre titulares do serviço, em que um único prestador atende a dois ou mais titulares, com uniformidade de fiscalização e regulação dos serviços, inclusive de sua remuneração, e com compatibilidade de planejamento;

XIV - Subsídios: instrumento econômico de política social para viabilizar manutenção e continuidade de serviço público com objetivo de universalizar acesso ao saneamento básico, especialmente para populações e localidades de baixa renda;

XV - Subsídios diretos: quando destinados diretamente a determinados usuários;

XVI - Subsídios indiretos: quando destinados indistintamente aos usuários por meio do prestador do serviço público;

XVII - Subsídios internos: aqueles que se processam internamente ao sistema de cobrança pela prestação ou disposição dos serviços de saneamento básico no âmbito territorial de cada titular;

XVIII - Subsídios entre localidades: aqueles que se processam mediante transferências ou compensações entre localidades, de recursos gerados ou vinculados aos respectivos serviços, nas hipóteses de gestão associada e prestação regional;

XIX - Subsídios tarifários: quando integrarem a estrutura tarifária;

XX - Subsídios fiscais: quando decorrerem da alocação de recursos orçamentários, inclusive por meio de subvenções;

XXI - Aviso: informação dirigida a usuário determinado pelo prestador dos serviços, com comprovação de recebimento, que tenha como objetivo notificar qualquer ocorrência de seu interesse;

XXII - Comunicação: informação dirigida a usuários e ao regulador, inclusive por meio de veiculação em mídia impressa ou eletrônica;

6

XXIII - Água potável: água para consumo humano cujos parâmetros microbiológicos, físicos e químicos atendam ao padrão de potabilidade estabelecido pelas normas do Ministério da Saúde;

XXIV - Soluções individuais: quaisquer soluções alternativas aos serviços públicos de saneamento básico que atendam a apenas um usuário, inclusive condomínio privado constituído conforme a Lei federal n° 4.591, de 16 de dezembro de 1964, desde que implantadas e operadas diretamente ou sob sua responsabilidade e risco;

XXV - Edificação permanente urbana: construção de caráter não transitório destinada a abrigar qualquer atividade humana ou econômica;

XXVI - Ligação predial: ramal de interligação da rede de distribuição de água, de coleta de esgotos ou de drenagem pluvial, independente de sua localização, até o ponto de entrada da instalação predial; e

XXVII - Delegação onerosa de serviço público: a que inclui qualquer modalidade ou espécie de pagamento ou de benefício econômico ao titular, com ônus sobre a prestação do serviço público, pela outorga do direito de sua exploração econômica ou pelo uso de bens e instalações reversíveis a ele vinculadas, exceto no caso de ressarcimento ou assunção de eventuais obrigações de responsabilidade do titular, contraídas em função do serviço.

§ 1°. Não constituem serviços públicos de saneamento básico:

I - As ações de saneamento básico executadas por meio de soluções individuais, desde que o usuário não dependa compulsoriamente de terceiros para operar os serviços, sem prejuízo do cumprimento das normas sanitárias e ambientais pertinentes, inclusive as que tratam da qualidade da água para consumo humano;

II - As ações e serviços de saneamento básico de responsabilidade privada, incluído o manejo de resíduos de responsabilidade do gerador e o manejo de águas pluviais de responsabilidade dos proprietários, titulares do domínio útil ou possuidores a qualquer título de imóveis urbanos; e

III - Os recursos hídricos, cuja utilização na prestação de serviços públicos de saneamento básico, inclusive para disposição ou diluição de esgotos e outros resíduos líquidos, é sujeita à outorga de direito de uso, nos termos da Lei Federal nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997, de seus regulamentos, e da Lei Estadual nº 6.381, de 2001.

§ 2°. São considerados serviços públicos e ficam sujeitos às disposições desta Lei, de seus regulamentos e das normas de regulação:

I - Os serviços de saneamento básico, ou atividades a eles vinculadas, cuja prestação o Município autorizar para cooperativas ou associações organizadas por usuários sediados na sede do mesmo, em bairros isolados da sede, em distritos ou em vilas e povoados rurais, onde o prestador não esteja autorizado ou obrigado a atuar, ou onde outras formas de prestação apresentem custos de operação e manutenção incompatíveis com a capacidade de pagamento dos usuários; e 7

II - A fossa séptica e outras soluções individuais de esgotamento sanitário, cuja operação esteja sob a responsabilidade do prestador deste serviço público.

§ 3°. Para os fins do inciso X do caput, consideram-se também prestadoras do serviço público de manejo de resíduos sólidos as associações ou cooperativas, formadas por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo Poder Público como catadores de materiais recicláveis, autorizadas ou contratadas para a execução da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis.

DA POLÍTICA MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 3°. Os serviços públicos de saneamento básico possuem caráter essencial, competindo ao Poder Público Municipal o seu provimento integral e a garantia do acesso universal a todos os cidadãos, independentemente de suas condições sociais e capacidade econômica.

Art. 4°. A Política Municipal de Saneamento Básico observará os seguintes princípios:

I - Universalização do acesso aos serviços no menor prazo possível e garantia de sua permanência;

II - Integralidade, compreendida como o conjunto dos componentes em todas as atividades de cada um dos diversos serviços de saneamento básico, propiciando à população o acesso à conformidade de suas necessidades e maximizando a eficácia das ações e resultados;

III - Equidade, entendida como a garantia de fruição em igual nível de qualidade dos benefícios pretendidos ou ofertados, sem qualquer tipo de discriminação ou restrição de caráter social ou econômico, salvo os que visem priorizar o atendimento da população de menor renda ou em situação de riscos sanitários ou ambientais;

IV - Regularidade, concretizada pela prestação dos serviços, sempre de acordo coma respectiva regulação e outras normas aplicáveis;

V - Continuidade, consistente na obrigação de prestar os serviços públicos sem interrupções, salvo nas hipóteses previstas nas normas de regulação e nos instrumentos contratuais, nos casos de serviços delegados a terceiros;

VI - Eficiência, compreendendo a prestação dos serviços de forma racional e quantitativa e qualitativamente adequada, conforme as necessidades dos usuários e com a imposição do menor encargo socioambiental e econômico possível;

8

VII - Segurança, consistente na garantia de que os serviços sejam prestados dentro dos padrões de qualidade operacionais e sanitários estabelecidos, com o menor risco possível para os usuários, os trabalhadores que os prestam e à população em geral;

VIII - Atualidade, compreendendo a modernidade das técnicas, dos equipamentos e das instalações e sua conservação, bem como a melhoria contínua dos serviços, observadas a racionalidade e eficiência econômica, a capacidade de pagamento dos usuários e a adoção de soluções graduais e progressivas, quando necessário;

IX - Cortesia, traduzida no atendimento aos cidadãos de forma correta e educada, em tempo adequado e disposição de todas as informações referentes aos serviços de interesse dos usuários e da coletividade;

X - Modicidade dos custos para os usuários, mediante a instituição de taxas, tarifas e outros preços públicos cujos valores sejam limitados aos efetivos custos da prestação ou disposição dos serviços em condições de máxima eficiência econômica;

XI - Eficiência e sustentabilidade, mediante adoção de mecanismos e instrumentos que garantam a efetividade da gestão dos serviços e a eficácia duradoura das ações de saneamento básico, nos aspectos jurídico-institucionais, econômicos, sociais, ambientais, administrativos e operacionais;

XII - Intersetorialidade, mediante articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental, de recursos hídricos, de promoção da saúde e outras de relevante interesse social, voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para as quais o saneamento básico seja fator determinante ou relevante;

XIII – Transparência das ações mediante a utilização de sistemas de levantamento e divulgação de informações, mecanismos de participação social e processos decisórios institucionalizados;

XIV - Cooperação com os demais entes da Federação mediante participação em soluções de gestão associada de serviços de saneamento básico e a promoção de ações que contribuam para a melhoria das condições de salubridade ambiental;

XV - Participação da sociedade na formulação e implementação das políticas e no planejamento, regulação, fiscalização e avaliação da prestação dos serviços por meio de instrumentos e mecanismos de controle social;

XVI - Promoção da educação sanitária e ambiental, fomentando os hábitos higiênicos, o uso sustentável dos recursos naturais, a redução de desperdícios e a correta utilização dos serviços, observado o disposto na Lei n° 9.795, de 27 de abril de 1999;

XVII - Promoção e proteção da saúde, mediante ações preventivas de doenças relacionadas à falta, ao uso incorreto ou à inadequação dos serviços públicos de saneamento básico, observadas as normas do Sistema Único de Saúde (SUS);

XVIII - Preservação e conservação do meio ambiente, mediante ações orientadas para a utilização dos recursos naturais de forma sustentável e a reversão da degradação 9 ambiental, observadas as normas ambientais e de recursos hídricos e as disposições do plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica em que se situa o Município;

XVIX - Promoção do direito à cidade;

XX - Conformidade do planejamento e da execução dos serviços com as exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor;

XXI - Respeito às identidades culturais das comunidades, às diversidades locais e regionais e a flexibilidade na implementação e na execução das ações de saneamento básico;

XXII - Promoção e defesa da saúde e segurança do trabalhador nas atividades relacionadas aos serviços;

XXIII - Respeito e promoção dos direitos básicos dos usuários e dos cidadãos;

XXIV - Fomento da pesquisa científica e tecnológica e a difusão dos conhecimentos de interesse para o saneamento básico, com ênfase no desenvolvimento de tecnologias apropriadas; e

XXVI – Promoção de ações e garantia dos meios necessários para o atendimento da população rural dispersa com serviços de saneamento básico, mediante soluções adequadas e compatíveis com as respectivas situações geográficas e ambientais, e condições econômicas e sociais.

§ 1°. O serviço público de saneamento básico será considerado universalizado no Município quando assegurar, no mínimo, o atendimento das necessidades básicas vitais, sanitárias e higiênicas de todas as pessoas, independentemente de sua condição socioeconômica, em todas as edificações permanentes urbanas independentemente de sua situação fundiária, inclusive local de trabalho e de convivência social da sede municipal e dos atuais e futuros distritos, vilas e povoados, de modo ambientalmente sustentável e de forma adequada às condições locais.

§ 2°. Excluem-se do disposto no § 1° as edificações localizadas em áreas cuja permanência ocasione risco à vida ou à integridade física e em áreas de proteção ambiental permanente, particularmente as faixas de preservação dos cursos d’água, cuja desocupação seja determinada pelas autoridades competentes ou por decisão judicial.

§ 3°. A universalização do saneamento básico e a salubridade ambiental poderão ser alcançadas gradualmente, conforme metas estabelecidas no plano municipal de saneamento.

Parágrafo Único: Serão considerados e atendidos todos os princípios e objetivos estabelecidos pela Lei Federal nº 12.305, de 2010, que regulamento a Política Nacional 10 de Resíduos Sólidos, bem como aqueles estabelecidos pela Lei nº 7.731, de 2013, que dispõe sobre a Política Estadual de Saneamento Básico.

DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO BÁSICO

Dos Serviços Públicos de Abastecimento de Água

Art. 5°. Considera-se serviço público de abastecimento de água o seu fornecimento por meio de rede pública de distribuição e ligação predial, incluídos os instrumentos de medição, bem como, quando vinculadas a esta finalidade, as seguintes atividades:

I - Reservação de água bruta;

II - Captação de água bruta;

III - Adução de água bruta;

IV - Tratamento de água;

V - Adução de água tratada; e

VI - Reservação de água tratada.

Parágrafo único. O sistema público de abastecimento de água é composto pelo conjunto de infraestruturas, obras civis, materiais, equipamentos e demais instalações, destinado à produção e à distribuição canalizada de água potável, sob a responsabilidade do Poder Público.

Art. 6°. A gestão dos serviços públicos de abastecimento de água observará também as seguintes diretrizes:

I - Abastecimento público de água tratada prioritário para o consumo humano e a higiene nos domicílios residenciais, nos locais de trabalho e de convivência social, e secundário para utilização como insumo ou matéria prima para atividades econômicas e para o desenvolvimento de atividades recreativas ou de lazer;

II - Garantia do abastecimento em quantidade suficiente para promover a saúde pública e com qualidade compatível com as normas, critérios e padrões de potabilidade estabelecidos conforme o previsto na norma federal vigente e nas condições previstas no regulamento desta Lei;

III - Promoção e incentivo à preservação, à proteção e à recuperação dos mananciais, ao uso racional da água, à redução das perdas no sistema público e nas edificações atendidas e à minimização dos desperdícios; e 11

IV - Promoção das ações de educação sanitária e ambiental, especialmente o uso sustentável e racional da água e a correta utilização das instalações prediais de água.

§ 1°. A prestação dos serviços públicos de abastecimento de água deverá obedecer ao princípio da continuidade, podendo ser interrompida pelo prestador somente nas hipóteses de:

I - Situações que possam afetar a segurança de pessoas e bens, especialmente as de emergência e as que coloquem em risco a saúde da população ou de trabalhadores dos serviços de saneamento básico;

II - Manipulação indevida da ligação predial, inclusive medidor, ou de qualquer outro componente da rede pública por parte do usuário;

III - Necessidade de efetuar reparos, modificações ou melhorias nos sistemas por meio de interrupções programadas; ou

IV - Após aviso ao usuário, com comprovação do recebimento e antecedência mínima de trinta dias da data prevista para a suspensão, nos seguintes casos: a) negativa do usuário em permitir a instalação de dispositivo de medição da água consumida;

b) inadimplemento pelo usuário do pagamento devido pela prestação do serviço de abastecimento de água; c) construção em situação irregular perante o órgão municipal competente, desde que desocupada; d) interdição judicial; e) imóvel demolido ou abandonado sem utilização aparente;

§ 2°. As interrupções programadas serão previamente comunicadas ao regulador e aos usuários no prazo estabelecido na norma de regulação não inferior a quarenta e oito horas.

§ 3°. A interrupção ou a restrição do fornecimento de água por inadimplência, a estabelecimentos de saúde, a instituições educacionais e de internação coletiva de pessoas e a usuário residencial de baixa renda beneficiário de tarifa social, deverá obedecer a prazos e critérios que preservem condições essenciais de saúde das pessoas atingidas, observado o inciso II do caput deste artigo e o regulamento desta Lei.

§ 4°. A adoção de regime de racionamento pelo prestador, por período contínuo superior a 15 (quinze) dias, depende de prévia autorização do Poder Executivo, baseada em 12 manifestação do órgão ou entidade de regulação, que lhe fixará prazo e condições, observadas as normas relacionadas aos recursos hídricos.

Art. 7°. O fornecimento de água para consumo humano e higiene pessoal e doméstica deverá observar os parâmetros e padrões de potabilidade, bem como os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

§ 1°. A responsabilidade do prestador dos serviços públicos sobre o controle da qualidade da água não prejudica a vigilância da qualidade da água para consumo humano por parte da autoridade de saúde pública.

§ 2°. O prestador de serviços de abastecimento de água deve informar e orientar a população sobre os procedimentos a serem adotados em caso de situações de emergência que ofereçam risco à saúde pública, atendidas as orientações fixadas pela autoridade competente.

Art. 8°. Excetuados os casos previstos no regulamento desta Lei e conforme norma do órgão ou entidade de regulação, toda edificação permanente urbana deverá ser conectada à rede pública de abastecimento de água nos logradouros em que o serviço esteja disponível.

§ 1°. Na ausência de redes públicas de abastecimento de água, serão admitidas soluções individuais, observadas as normas de regulação do serviço e as relativas às políticas ambiental, sanitária e de recursos hídricos.

§ 2°. Salvo as situações excepcionais, disciplinadas pelo regulamento desta Lei e pelas normas administrativas de regulação, todas as ligações prediais de água deverão ser dotadas de hidrômetros, para controle do consumo e para cálculo da cobrança, inclusive do serviço de esgotamento sanitário.

§ 3°. Os imóveis que utilizarem soluções individuais de abastecimento de água, exclusiva ou conjuntamente com o serviço público, e que estiverem ligados ao sistema público de esgotamento sanitário, ficam obrigados a instalar hidrômetros nas respectivas fontes.

§ 4°. O condomínio residencial ou misto, cuja construção seja iniciada a partir da publicação desta Lei, deverá instalar hidrômetros individuais nas unidades autônomas que o compõem, para efeito de rateio das despesas de água fornecida e de utilização do serviço de esgoto, sem prejuízo da responsabilidade de sua administração pelo pagamento integral dos serviços prestados ao condomínio, mediante documento único de cobrança.

13

§ 5°. Na hipótese do parágrafo 4°, e nos termos das normas administrativas de regulação, o prestador dos serviços poderá cadastrar individualmente as unidades autônomas e emitir contas individuais ou “borderô” de rateio da conta geral do condomínio, para que a administração do mesmo possa efetuar a cobrança dos respectivos condôminos de forma mais justa.

Art. 9°. A instalação hidráulica predial ligada à rede pública de abastecimento de água não poderá ser alimentada por outras fontes, sujeitando-se o infrator às penalidades e sanções previstas nesta Lei, na legislação e nas normas de regulação específicas, inclusive a responsabilização civil no caso de contaminação da água da rede pública ou do próprio usuário.

§ 1°. Entende-se como instalação hidráulica predial mencionada no caput a rede ou tubulação desde o ponto de ligação de água da prestadora até o reservatório de água do usuário, inclusive este.

§ 2°. Sem prejuízo do disposto no caput, serão admitidas instalações hidráulicas prediais para aproveitamento da água de chuva ou para reuso de águas servidas ou de efluentes de esgotos tratados, observadas as normas pertinentes.

Dos Serviços Públicos de Esgotamento Sanitário

Art. 10. Consideram-se serviços públicos de esgotamento sanitário os serviços constituídos por uma ou mais das seguintes atividades:

I - Coleta e afastamento dos esgotos sanitários por meio de rede pública, inclusive a ligação predial;

II - Quando sob responsabilidade do prestador público deste serviço, a coleta e transporte, por meio de veículos automotores apropriados, de: efluentes e lodos gerados por soluções individuais de tratamento de esgotos sanitários, inclusive fossas sépticas; chorume gerado por unidades tratamento de resíduos sólidos integrantes do respectivo serviço público e de soluções individuais, quando destinado ao tratamento em unidade do serviço de esgotamento sanitário;

III- Tratamento dos esgotos sanitários; e

IV - Disposição final dos efluentes e dos lodos originários da operação de unidades de tratamento, inclusive soluções individuais.

§ 1°. O sistema público de esgotamento sanitário é composto pelo conjunto de infraestruturas, obras civis, materiais, equipamentos e demais instalações, destinado à coleta, afastamento, transporte, tratamento e disposição final dos esgotos sanitários e dos lodos gerados nas unidades de tratamento, sob a responsabilidade do Poder Público. 14

§ 2°. Para os fins deste artigo, também são considerados como esgotos sanitários os efluentes industriais cujas características sejam semelhantes às do esgoto doméstico.

Art. 11. A gestão dos serviços públicos de esgotamento sanitário observará ainda as seguintes diretrizes:

I - Adoção de solução adequada para a coleta, o transporte, o tratamento e a disposição final dos esgotos sanitários, visando promover a saúde pública e prevenir a poluição das águas superficiais e subterrâneas, do solo e do ar;

II - Promoção do desenvolvimento e adoção de tecnologias apropriadas, seguras e ambientalmente adequadas de esgotamento sanitário, para o atendimento de domicílios localizados em situações especiais, especialmente em áreas com urbanização precária e bairros isolados, vilas e povoados rurais com ocupação dispersa;

III - Incentivo ao reuso da água, inclusive a originada do processo de tratamento, e à eficiência energética, nas diferentes etapas do sistema de esgotamento, observadas as normas de saúde pública e de proteção ambiental;

IV - Promoção de ações de educação sanitária e ambiental sobre a correta utilização das instalações prediais de esgoto e dos sistemas de esgotamento e o adequado manejo dos esgotos sanitários, principalmente nas soluções individuais, incluídos os procedimentos para evitar a contaminação dos solos, das águas e das lavouras.

§ 1°. Excetuados os casos previstos no regulamento desta Lei e conforme norma do órgão regulador, toda edificação permanente urbana deverá ser conectada à rede pública de esgotamento sanitário nos logradouros em que o serviço esteja disponível.

§ 2°. Na ausência de redes públicas de esgotamento sanitário, serão admitidas soluções individuais, observadas as normas editadas pelo órgão regulador e pelos órgãos responsáveis pelas políticas ambiental, sanitária e de recursos hídricos.

§ 3°. A prestação dos serviços públicos de esgotamento sanitário deverá obedecer ao princípio da continuidade, vedada a interrupção ou restrição física do acesso aos serviços em decorrência de inadimplência do usuário, sem prejuízo das ações de cobrança administrativa ou judicial.

§ 4°. O Plano Municipal de Saneamento Básico deverá prever as ações e o órgão regulador deverá disciplinar os procedimentos para resolução ou mitigação dos efeitos de situações emergenciais ou contingenciais relacionadas à operação dos sistemas de esgotamento sanitário que possam afetar a continuidade dos serviços ou causar riscos sanitários. 15

Dos Serviços Públicos de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos

Art. 12. Consideram-se serviços públicos de manejo de resíduos sólidos urbanos as atividades de coleta e transbordo, transporte, triagem para fins de reutilização ou reciclagem, tratamento, inclusive por compostagem, e disposição final dos:

I - Resíduos domésticos;

II - Resíduos originários de atividades comerciais, industriais e de serviços, em quantidade e qualidade similares às dos resíduos domésticos, os quais, conforme as normas de regulação específicas sejam consideradas resíduos sólidos urbanos, desde que tais resíduos não sejam de responsabilidade de seu gerador nos termos da norma legal ou administrativa, de decisão judicial ou de termo de ajustamento de conduta; e

III - Resíduos originários dos serviços públicos de limpeza urbana, tais como: a) varrição, capina, roçada, poda de árvores e atividades correlatas em vias e logradouros públicos;

b) asseio de logradouros, instalações e equipamentos públicos; c) raspagem e remoção de terra, areia e quaisquer materiais depositados pelas águas pluviais em logradouros públicos; d) desobstrução e limpeza de bueiros, bocas de lobo e correlatos; e e) limpeza de logradouros públicos onde se realizem feiras públicas e outros eventos públicos de acesso aberto à comunidade.

§ 1º. O sistema público de manejo de resíduos sólidos urbanos é composto pelo conjunto de infraestruturas, obras civis, materiais, máquinas, equipamentos, veículos e demais componentes, destinado à coleta, transbordo, transporte, triagem, tratamento, inclusive por compostagem, e disposição final dos resíduos caracterizados neste artigo, sob a responsabilidade do Poder Público.

§ 2º. Os resíduos originados de capina, roçada, poda de árvores e atividades correlatas realizadas em terrenos particulares são de responsabilidade exclusiva do seu gerador, conforme previsto no Código de Postura do Município, regido pela Lei nº, de.Art. 13 A gestão dos serviços públicos de manejo dos resíduos sólidos observará também as seguintes diretrizes:

16

I - Adoção do manejo planejado, integrado e diferenciado dos resíduos sólidos urbanos, com ênfase na utilização de tecnologias limpas e sustentáveis, visando promover a saúde pública e prevenir a poluição das águas superficiais e subterrâneas, do solo e do ar;

II - Incentivo e promoção: a) da não geração, redução, separação dos resíduos na fonte geradora para as coletas seletivas, reutilização, reciclagem, inclusive por compostagem, e aproveitamento energético do biogás, objetivando a utilização adequada dos recursos naturais e a sustentabilidade ambiental e econômica; b) da inserção social dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações de gestão, mediante apoio à sua organização em associações ou cooperativas de trabalho e prioridade na contratação destas para a prestação dos serviços de coleta seletiva, processamento e comercialização desses materiais, no município de CHAPADINHA no decorrer do ano de 2016; c) da remediação da área onde atualmente se encontra o lixão de CHAPADINHA, darecuperação de áreas degradadas ou contaminadas devido à disposição inadequada dos resíduos sólidos; da adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços geradores de resíduos; d) das ações de criação e fortalecimento de mercados locais de comercialização ou consumo de materiais reutilizáveis, recicláveis ou reciclados, dentro dos parâmetros estabelecidos pelo sistema de logística reversa;

III - Aplicação da educação sanitária e ambiental formal, específica ao ensino fundamental, enquanto matéria transversal a ser adotada dentro da matriz pedagógica utilizada nas escolas municipais de ensino fundamental, bem como a promoção de ações continuadas de educação sanitária e ambiental, especialmente dirigidas para: a) a difusão das informações necessárias à correta utilização dos serviços, especialmente os dias, os horários das coletas e as regras para embalagem e apresentação dos resíduos a serem coletados; b) a adoção de hábitos higiênicos relacionados ao manejo adequado dos resíduos sólidos; c) a orientação para o consumo preferencial de produtos originados de materiais reutilizáveis ou recicláveis; e d) a disseminação de informações sobre as questões ambientais relacionadas ao manejo dos resíduos sólidos e sobre os procedimentos para evitar desperdícios.

IV - Estudo e definição de alternativas tecnológicas sustentáveis para a correta gestão dos resíduos sólidos adequadas à realidade local de CHAPADINHA: a) adoção do aterro sanitário enquanto solução tecnológica de destinação final dos rejeitos, com sua vida útil de até 20 anos;

17 b) implantação adequada do conjunto de componentes pertinentes ao aterro sanitário, a saber: (i) implantação de células do aterro; (ii) instalação do galpão de triagem para separação dos resíduos de acordo com sua natureza e destinação; (iii) sistema viário; e (iv) modelo administrativo-institucional de gestão do aterro. c) separação rigorosa de resíduos sólidos passíveis de reciclagem, a serem armazenados no galpão de triagem, e os rejeitos a serem destinados às células do aterro, como princípio fundamental de gestão do mesmo; d) definição criteriosa das rotas de limpeza urbana, obedecendo ao modelo local de coleta seletiva porta-a-porta; e) optar, quando viável e essencial, por alternativas de consorciamento com municípios vizinhos para destino final dos resíduos sólidos, quando da implantação e gestão de aterro sanitário regional, em conformidade com o estudo de regionalização existente na Política Estadual de Resíduos Sólidos.

§ 1°. É vedada a interrupção de serviço de coleta em decorrência de inadimplência do usuário residencial, sem prejuízo das ações de cobrança administrativa ou judicial, exigindo-se a comunicação prévia quando alteradas as condições de sua prestação.

§ 2°. O Plano Municipal de Saneamento Básico deverá conter prescrições para manejo dos resíduos sólidos urbanos referidos no art. 12, bem como dos resíduos originários de construção e demolição, dos serviços de saúde e demais resíduos de responsabilidade dos geradores, observadas as normas da Lei federal n° 12.305, de 02 de agosto de 2010.

Dos Serviços Públicos de Manejo de Águas Pluviais Urbanas

Art. 14. Consideram-se serviços públicos de manejo das águas pluviais urbanas os constituídos por uma ou mais das seguintes atividades:

I - Drenagem urbana;

II - Adução ou transporte de águas pluviais urbanas por meio de dutos e canais;

III - Detenção ou retenção de águas pluviais urbanas para amortecimento de vazões de cheias ou aproveitamento, inclusive como elemento urbanístico; e

IV - Tratamento e aproveitamento ou disposição final de águas pluviais urbanas. Parágrafo único. O sistema público de manejo das águas pluviais urbanas é composto pelo conjunto de infraestruturas, obras civis, materiais, equipamentos e demais instalações, destinado à drenagem, adução ou transporte, detenção ou retenção, tratamento, aproveitamento e disposição final das águas pluviais urbanas, sob a responsabilidade do Poder Público.

18

Art. 15. A gestão dos serviços públicos de manejo das águas pluviais observará também as seguintes diretrizes:

I - Integração das ações de planejamento, de implantação e de operação do sistema de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas com as do sistema de esgotamento sanitário, visando racionalizar a gestão destes serviços;

II - Adoção de soluções e ações adequadas de drenagem e de manejo das águas pluviais urbanas visando promover a saúde, a segurança dos cidadãos e do patrimônio público e privado e reduzir os prejuízos econômicos decorrentes de inundações e de outros eventos relacionados;

III - Desenvolvimento de mecanismos e instrumentos de prevenção, minimização e gerenciamento de enchentes, e redução ou mitigação dos impactos dos lançamentos na quantidade e qualidade da água à jusante da bacia hidrográfica urbana;

IV - Incentivo à valorização, à preservação, à recuperação e ao uso adequado do sistema natural de drenagem do sítio urbano, em particular dos seus cursos d’água, com ações que priorizem: a) o equacionamento de situações que envolvam riscos à vida, à saúde pública ou perdas materiais; b) as alternativas de tratamento de fundos de vale de menor impacto ambiental, inclusive a recuperação e proteção das áreas de preservação permanente e o tratamento urbanístico e paisagístico das áreas remanescentes; c) a redução de áreas impermeáveis nas vias e logradouros e nas propriedades públicas e privadas; d) O equacionamento dos impactos negativos na qualidade das águas dos corpos receptores em decorrência de lançamentos de esgotos sanitários e de outros efluentes líquidos no sistema público de manejo de águas pluviais; e) A inibição de lançamentos ou deposição de resíduos sólidos de qualquer natureza, inclusive por assoreamento, no sistema público de manejo de águas pluviais;

V - Adoção de medidas, inclusive de benefício ou de ônus financeiro, de incentivo à adoção de mecanismos de detenção ou retenção de águas pluviais urbanas para amortecimento de vazões de cheias ou aproveitamento das águas pluviais pelos proprietários, titulares do domínio útil ou possuidores a qualquer título de imóveis urbanos; e

VI - Promoção das ações de educação sanitária e ambiental como instrumento de conscientização da população sobre a importância da preservação e ampliação das áreas permeáveis e o correto manejo das águas pluviais.

19

Art. 16. São de responsabilidade dos proprietários, titulares do domínio útil ou possuidores a qualquer título de imóveis urbanos, inclusive condomínios privados verticais ou horizontais, as soluções individuais de manejo de águas pluviais vinculadas a quaisquer das atividades referidas no art. 14 desta Lei, observadas as normas e códigos de posturas pertinentes e a regulação específica.

DO EXERCÍCIO DA TITULARIDADE

Art. 17. Compete ao Município a organização, o planejamento, a regulação, a fiscalização e a prestação dos serviços públicos de saneamento básico de interesse local.

§ 1°. Consideram-se de interesse local todos os serviços públicos de saneamento básico ou suas atividades elencadas nos artigos 5°, 10, 12 e 14 desta Lei, cujas infraestruturas ou operação atendam exclusivamente ao Município, independentemente da localização territorial destas infraestruturas.

§ 2°. Os serviços públicos de saneamento básico de titularidade municipal serão prestados, preferencialmente, por órgão ou entidade da Administração direta ou indireta do Município, devidamente organizados e estruturados para este fim.

§ 3°. No exercício de suas competências constitucionais o Município poderá delegar atividades administrativas de organização, de regulação e de fiscalização, bem como, mediante contrato, a prestação integral ou parcial de serviços públicos de saneamento básico de sua titularidade, observadas as disposições desta Lei e a legislação pertinente a cada caso, particularmente Lei Federal n° 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, a Lei federal n° 11.079, de 30 de dezembro de 2004, e a Lei Federal n° 11.107, de 06 de abril de 2005.

§ 4°. São condições de validade dos contratos que tenham por objeto a prestação de serviços públicos de saneamento básico o cumprimento das diretrizes previstas no art. 11, da Lei federal n° 11.445, de 2007 e, no que couberem, as disposições desta Lei.

§ 5°. O Executivo Municipal poderá, ouvido o órgão regulador, intervir e retomar a prestação dos serviços delegados nas hipóteses previstas nas normas legais, regulamentares ou contratuais.

§ 6°. Fica proibida, sob pena de nulidade, qualquer modalidade e forma de delegação onerosa da prestação integral ou de quaisquer atividades dos serviços públicos municipais de saneamento básico referidos no § 1° deste artigo.

20

DOS INSTRUMENTOS

Art. 18. A Política Municipal de Saneamento Básico será executada por intermédio dos seguintes instrumentos:

I - Plano Municipal de Saneamento Básico;

II - Controle Social;

III - Sistema Municipal de Gestão do Saneamento Básico - SMSB; e

IV - Legislação, regulamentos, normas administrativas de regulação, contratos e outros instrumentos jurídicos relacionados aos serviços púbicos de saneamento básico.

Do Plano Municipal de Saneamento Básico

Art. 19. Fica instituído o Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB, instrumento de planejamento que tem por objetivos:

I - Diagnosticar e avaliar a situação do saneamento básico no âmbito do Município e suas interfaces locais e regionais, nos aspectos jurídico-constitucionais, administrativos, econômicos, sociais e técnico-operacionais, bem como seus reflexos na saúde pública e ambientais;

II - Estabelecer os objetivos e metas de curto, médio e longo prazo para a gestão dos serviços;

III - Definir os programas, projetos e ações necessárias para o cumprimento dos objetivos e metas, incluídas as ações para emergências e contingências, as respectivas fontes de financiamento e as condições de sustentabilidade técnica e econômica dos serviços; e

IV - Estabelecer os mecanismos e procedimentos para o monitoramento e avaliação sistemática da execução do PMSB e da eficiência e eficácia das ações programadas.

§ 1°. O PMSB deverá abranger os serviços de abastecimento de água, de esgotamento sanitário, de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, podendo o Executivo Municipal, a seu critério, elaborar planos específicos para um ou mais desses serviços, desde que sejam posteriormente compatibilizados e consolidados no PMSB.

§ 2°. O PMSB ou os planos específicos poderão ser elaborados diretamente pelo Município ou por intermédio de consórcio público intermunicipal do qual participe, inclusive de forma conjunta com os demais municípios consorciados ou de forma integrada com o respectivo Plano Regional de Saneamento Básico, devendo, em qualquer hipótese, ser:

21

I - Elaborados ou revisados para horizontes contínuos de pelo menos vinte anos;

II - Revisados no máximo a cada quatro anos, preferencialmente em períodos coincidentes com a vigência dos planos plurianuais;

III - monitorados e avaliados sistematicamente pelos organismos de regulação e de controle social.

§ 3°. O disposto no plano de saneamento básico é vinculante para o Poder Público Municipal e serão inválidas as normas de regulação ou os termos contratuais de delegação que com ele conflitem.

§ 4°. A delegação integral ou parcial de qualquer um dos serviços de saneamento básico definidos nesta Lei observará o disposto no PMSB ou no respectivo plano específico.

§ 5°. No caso de serviços prestados mediante contrato, as disposições do PMSB, de eventual plano específico de serviço ou de suas revisões, quando posteriores à contratação, somente serão eficazes em relação ao prestador mediante a preservação do equilíbrio econômico-financeiro, que poderá ser feita mediante revisão tarifária ou aditamento das condições contratuais.

Art. 20. A elaboração e as revisões do PMSB ou dos planos específicos deverão efetivar- se de forma a garantir a ampla participação das comunidades, dos movimentos e das entidades da sociedade civil, por meio de procedimento que, no mínimo, deverá prever fases de:

I - Divulgação das propostas, em conjunto com os estudos que os fundamentarem;

II - Recebimento de sugestões e críticas por meio de consulta ou audiência pública;e

III - Análise e manifestação do Órgão Regulador.

Parágrafo único. A divulgação das propostas do PMSB ou dos planos específicos e dos estudos que as fundamentarem dar-se-á por meio da disponibilização integral de seu teor a todos os interessados, inclusive por meio da rede mundial de computadores - internet e por audiência pública.

Art. 21. Após aprovação nas instâncias do Sistema Municipal de Gestão do Saneamento Básico, a homologação do PMSB, inclusive a consolidação dos planos específicos ou de suas revisões, far-se-á mediante (lei ou decreto do Poder Executivo – conforme a respectiva LOM).

Parágrafo único. As disposições do PMSB entram em vigor com a publicação do ato de homologação, exceto as de caráter financeiro, que produzirão efeitos somente a partir do dia primeiro do exercício seguinte ao da publicação. 22

Art. 22. O Executivo Municipal regulamentará os processos de elaboração e revisão do PMSB ou dos planos específicos, observados os objetivos e demais requisitos previstos nesta Lei e no art. 19, da Lei federal n° 11.445, de 2007.

Do Controle Social

Art. 23. As atividades de planejamento, regulação e prestação dos serviços de saneamento básico estão sujeitas ao controle social, especialmente:

I - Os atos, regulamentos, normas ou resoluções emitidas pelo órgão regulador que não tenham sido submetidos à consulta pública, garantido prazo mínimo de quinze dias para divulgação das propostas e apresentação de críticas e sugestões;

II - A instituição e as revisões de tarifas e taxas e outros preços públicos sem a prévia manifestação do órgão regulador e sem a realização de consulta pública;

III - PMSB ou planos específicos e suas revisões elaborados sem o cumprimento das fases previstas no art. 20 desta Lei; e

IV - Os contratos de delegação da prestação de serviços cujas minutas não tenham sido submetidas à apreciação do órgão regulador e à audiência ou consulta pública.

§ 1°. O controle social dos serviços públicos de saneamento básico será exercido mediante, entre outros, os seguintes mecanismos:

I - Debates e audiências públicas;

II - Consultas públicas;

III - Conferências de políticas públicas; e

IV - Participação em órgãos colegiados de caráter consultivo ou deliberativo na formulação da política municipal de saneamento básico, no seu planejamento e avaliação e representação no organismo de regulação e fiscalização.

§ 2°. As audiências públicas mencionadas no inciso I do § 1° devem se realizar de modo a possibilitar o acesso da população, podendo ser realizadas de forma regionalizada.

§ 3°. As consultas públicas devem ser promovidas de forma a possibilitar que qualquer do povo, independentemente de interesse, tenha acesso às propostas e estudos e possa se manifestar por meio de críticas e sugestões a propostas do Poder Público, devendo tais manifestações ser adequadamente respondidas.

23

Art. 24. São assegurados aos usuários de serviços públicos de saneamento básico:

I - Conhecimento dos seus direitos e deveres e das penalidades a que podem estar sujeitos, nos termos desta Lei, do seu regulamento e demais normas aplicáveis;

II - Acesso: a) a informações de interesse individual ou coletivo sobre os serviços prestados; b) aos regulamentos e manuais técnicos de prestação dos serviços elaborados ou aprovados pelo organismo regulador; e c) a relatórios regulares de monitoramento e avaliação da prestação dos serviços editados pelo organismo regulador e fiscalizador.

Parágrafo único. O documento de cobrança pela prestação ou disposição de serviços de saneamento básico observará modelo instituído ou aprovado pelo organismo regulador e deverá:

I - Explicitar de forma clara e objetiva os serviços e outros encargos cobrados e os respectivos valores, conforme definidos pela regulação, visando o perfeito entendimento e o controle direto pelo usuário final; e

II - Conter informações sobre a qualidade da água entregue aos consumidores, em cumprimento ao disposto no inciso I do art. 5°, do Anexo do Decreto federal n° 5.440, de 4 de maio de 2005.

Do Sistema Municipal de Gestão do Saneamento Básico

Art. 24. O Sistema Municipal de Gestão do Saneamento Básico – SMSB, coordenado pelo Prefeito Municipal, é composto dos seguintes organismos e agentes institucionais:

I - Conselho Municipal da Cidade;

II - Órgão Regulador;

III - Prestadores dos serviços;

IV - Secretarias municipais com atuação em áreas afins ao saneamento básico.

Do Conselho Municipal da Cidade

24

Art. 25. Ao Conselho Municipal da Cidade, órgão colegiado consultivo e deliberativo das políticas urbanas do Município e integrante do SMSB, será assegurada competência relativa ao saneamento básico para manifestar-se sobre:

I - Propostas de revisões de taxas, tarifas e outros preços públicos formuladas pelo órgão regulador;

II - O PMSB ou os planos específicos e suas revisões; e

III - propostas de normas legais e administrativas de regulação dos serviços.

§ 1°. Será assegurada representação no Conselho Municipal da Cidade, mediante adequação de sua composição:

I - Dos prestadores de serviços públicos de saneamento básico;

II - Dos segmentos de usuários dos serviços de saneamento básico; e

III - De entidades técnicas relacionadas ao setor de saneamento básico e de organismos de defesa do consumidor com atuação no âmbito do Município.

§ 2° É assegurado ao Conselho Municipal da Cidade, no exercício de suas atribuições, o acesso a quaisquer documentos e informações produzidos pelos organismos de regulação e fiscalização e pelos prestadores dos serviços municipais de saneamento básico com o objetivo de subsidiar suas decisões.

Do Órgão de Regulação

Art. 26. Compete ao Executivo Municipal o exercício das atividades administrativas de regulação, inclusive organização, e de fiscalização dos serviços de saneamento básico, que poderão ser executadas:

I - Diretamente, por órgão ou entidade da Administração Municipal, inclusive consórcio público do qual o Município participe; ou

II - Mediante delegação, por meio de convênio de cooperação, a órgão ou entidade de outro ente da Federação ou a consórcio público do qual não participe, constituído dentro do limite do respectivo Estado, instituído para gestão associada de serviços públicos.

§ 1°. Optando o Executivo Municipal pelo exercício das atividades administrativas de regulação e fiscalização dos serviços por intermédio de Consórcio Público do qual participe ou por entidade reguladora de outro ente federado, deverá ser estabelecido em instrumento de convênio administrativo apropriado o prazo de outorga, a forma de atuação e a abrangência das atividades a ser desempenhadas pelas partes envolvidas. 25

§ 2°. Os termos e condições do instrumento de que trata o § 1° observarão as disposições desta Lei, do seu regulamento (e do contrato de consórcio público resultante da ratificação do Protocolo de Intenções de sua constituição, que deverá ser aprovado por Lei municipal para ratificação do protocolo. Art. 26. As atividades administrativas de regulação e de fiscalização dos serviços públicos de saneamento básico será exercida pelo Executivo Municipal.

Parágrafo único. Sem prejuízo de suas competências o executivo poderá obter apoio técnico de instituições públicas de regulação ou de entidades de ensino e pesquisa para as atividades administrativas de regulação e fiscalização dos serviços, mediante termo de cooperação específico, que explicitará o prazo e a forma de atuação, as atividades a serem desempenhadas pelas partes e demais condições.

Subseção III

Dos Prestadores dos Serviços

Art. 27. Os serviços públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário serão prestados pela CAEMA- Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão, empresa pública estadual e Prefeitura Municipal.

Parágrafo único: sendo, no futuro, encerrado o contrato com a atual empresa de abastecimento de água e esgotamento sanitário, ficara valendo as mesmas regras estabelecidas nesta lei.

Art. 28. O Executivo Municipal deverá instituir e gerir, diretamente ou por intermédio do órgão regulador, o Sistema Municipal de Informações em Saneamento Básico -SIMISA, com os objetivos de:

I - Coletar e sistematizar dados relativos às condições da prestação dos serviços públicos de saneamento básico;

II - Disponibilizar estatísticas, indicadores e outras informações relevantes para o monitoramento e avaliação sistemática dos serviços;

III - cumprir com a obrigação prevista no art. 9°, inciso VI, da Lei n° 11.445, de 2007.

§ 1°. O SIMISA poderá ser instituído como sistema autônomo ou como módulo integrante de sistema de informações gerais do Município ou órgão regulador.

§ 2°. As informações do SIMISA serão públicas cabendo ao seu gestor disponibiliza-las, preferencialmente, no sítio que mantiver na internet ou por qualquer meio que permita o acesso a todos, independentemente de manifestação de interesse. 26

DOS ASPECTOS ECONÔMICOS E FINANCEIROS

Seção I

Da Política de Cobrança

Art. 28. Os serviços públicos de saneamento básico terão sua sustentabilidade econômico- financeira assegurada, sempre que possível, mediante remuneração que permita a recuperação dos custos econômicos dos serviços prestados em regime de eficiência.

§ 1°. A instituição de taxas ou tarifas e outros preços públicos para remuneração dos serviços de saneamento básico observará as seguintes diretrizes:

I - Prioridade para atendimento das funções essenciais relacionadas à saúde pública;

II - Ampliação do acesso dos cidadãos e localidades de baixa renda aos serviços;

III - geração dos recursos necessários para realização dos investimentos, visando o cumprimento das metas e objetivos do planejamento;

IV - Inibição do consumo supérfluo e do desperdício de recursos;

V - Recuperação dos custos incorridos na prestação do serviço, inclusive despesas de capital, em regime de eficiência;

VI - Remuneração adequada do capital investido pelos prestadores dos serviços contratados, ou com recursos rotativos;

VII - Estímulo ao uso de tecnologias modernas e eficientes, compatíveis com os níveis exigidos de qualidade, continuidade e segurança na prestação dos serviços; e

VIII - Incentivo à eficiência dos prestadores dos serviços.

§2°. Poderão ser adotados subsídios tarifários e não tarifários para usuários determinados ou para sistemas isolados de saneamento básico no âmbito municipal sem escala econômica suficiente ou cujos usuários não tenham capacidade de pagamento para cobrir o custo integral dos serviços, bem como para viabilizar a conexão, inclusive a extradomiciliar, dos usuários de baixa renda.

§ 3°. O sistema de remuneração e de cobrança dos serviços poderá levar em consideração os seguintes fatores:

I - Capacidade de pagamento dos usuários;

27

II - Quantidade mínima de consumo ou de utilização do serviço, visando à garantia de objetivos sociais, como a preservação da saúde pública, o adequado atendimento dos usuários de menor renda e a proteção do meio ambiente;

III - Custo mínimo necessário para disponibilidade do serviço em quantidade e qualidade adequadas;

IV - Categorias de usuários, distribuídas por faixas ou quantidades crescentes de utilização ou de consumo;

V - Ciclos significativos de aumento da demanda dos serviços, em períodos distintos;

VI - Padrões de uso ou de qualidade definidos pela regulação.

§ 4°. Conforme disposições do regulamento desta Lei e das normas de regulação, grandes usuários dos serviços poderão negociar suas tarifas ou preços públicos com o prestador dos serviços, mediante contrato específico, ouvido previamente o órgão regulador, e desde que:

I - As condições contratuais não prejudiquem o atendimento dos usuários preferenciais;

II - Os preços contratados sejam superiores à tarifa média de equilíbrio econômico financeiro dos serviços; e

III - No caso do abastecimento de água, haja disponibilidade hídrica e capacidade operacional do sistema.

Subseção I

Dos Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário

Art. 29. Os serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitários serão remunerados mediante a cobrança de:

I - Tarifas, pela prestação dos serviços de fornecimento de água e de coleta e tratamento de esgotos para os imóveis ligados às respectivas redes públicas e em situação ativa, que poderão ser estabelecidas para cada um dos serviços ou para ambos conjuntamente;

II - Preços públicos específicos, pela execução de serviços técnicos e administrativos, complementares ou vinculados a estes serviços, os quais serão definidos e disciplinados no regulamento desta Lei e nas normas técnicas de regulação;

III - Taxas, pela disposição dos serviços de fornecimento de água ou de coleta e tratamento de esgotos para os imóveis, edificados ou não, não ligados às respectivas redes públicas, ou cujos usuários estejam na situação de inativos, conforme definido em regulamento dos serviços.

28

§ 1°. As tarifas pela prestação dos serviços de abastecimento de água serão calculadas com base no volume consumido de água e poderão ser progressivas, em razão do consumo.

§ 2°. O volume de água fornecido deve ser aferido por meio de hidrômetro, exceto nos casos em que isto não seja tecnicamente possível, nas ligações temporárias e em outras situações especiais de abastecimento definidas no regulamento dos serviços;

§ 3°. As tarifas de fornecimento de água para ligações residenciais sem hidrômetro serão fixadas com base:

I - Em quantidade mínima de consumo ou de utilização do serviço para o atendimento das necessidades sanitárias básicas dos usuários de menor renda; ou

II - Em volume presumido contratado nos demais casos.

Art. 30. As tarifas pela prestação dos serviços de esgotamento sanitário serão calculadas com base no volume de água fornecido pelo sistema público, inclusive nos casos de ligações sem hidrômetros, acrescido do volume de água medido ou estimado proveniente de solução individual, se existente.

§ 1°. As tarifas dos serviços de esgotamento sanitário dos imóveis residenciais não atendidos pelo serviço público de abastecimento de água serão calculadas com base:

I - Em quantidade mínima de utilização do serviço para o atendimento das necessidades sanitárias básicas dos usuários de menor renda; ou

II - Em volume presumido contratado nos demais casos.

§ 2°. Para os grandes usuários dos serviços, de qualquer categoria, que utilizam água como insumo, em processos operacionais, em atividades que não geram efluentes de esgotos ou que possuam soluções de reuso da água, as tarifas pela utilização dos serviços de esgotamento sanitário poderão ser calculadas com base em volumes definidos por meio de laudo técnico anual aprovado pela empresa prestadora dos serviços de água esgotamento sanitário, nas condições estabelecidas em contrato e conforme as normas técnicas de regulação aprovadas pelo Órgão Regulador.

Dos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos

Art. 31. Os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos serão remunerados mediante a cobrança de:

29

I - Taxas, que terão como fato gerador a utilização efetiva ou potencial dos serviços convencionais de coleta domiciliar, inclusive transporte e transbordo, e de tratamento e disposição final de resíduos domésticos ou equiparados postos à disposição pelo Poder Público Municipal;

II - Tarifas ou preços públicos específicos, pela prestação mediante contrato de serviços especiais de coleta, inclusive transporte e transbordo, e de tratamento e disposição final de resíduos domésticos ou equiparados e de resíduos especiais;

III - Preços públicos específicos, pela prestação de outros serviços de manejo de resíduos sólidos e serviços de limpeza de logradouros públicos em eventos de responsabilidade privada, quando contratados com o prestador público.

§ 1°. A remuneração pela prestação de serviço público de manejo de resíduos sólidos urbanos deverá considerar a adequada destinação dos resíduos coletados e poderá considerar:

I - O nível de renda da população da área atendida;

II - As características dos lotes urbanos e áreas neles edificadas;

III - O peso ou volume médio coletado por habitante ou por domicílio; e

IV - Mecanismos econômicos de incentivo à minimização da geração de resíduos, à coleta seletiva, reutilização e reciclagem, inclusive por compostagem, e ao aproveitamento energético do biogás.

§ 2°. Os serviços regulares de coleta seletiva de materiais recicláveis ou reaproveitáveis serão subsidiados (ou não serão cobrados) para os usuários que aderirem a programas específicos instituídos pelo Município para este fim, na forma do disposto em regulamento e nas normas técnicas específicas de regulação.

Dos Serviços de Drenagem e Manejo de águas Pluviais Urbanas

Art. 32. Os serviços de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas poderão ser remunerados mediante a cobrança de tributos, inclusive taxas, em conformidade com o regime de prestação do serviço ou de suas atividades.

§ 1°. Caso a gestão dos serviços de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas seja integrada com os serviços de esgotamento sanitário, poderá ser adotado sistema integrado de remuneração destes serviços, mediante regime de tarifas, conforme o regulamento específico destes serviços.

30

§ 2°. No caso de instituição de taxa para a remuneração dos serviços referidos no caput deste artigo, a mesma terá como fato gerador a utilização efetiva ou potencial das infraestruturas públicas do sistema de drenagem e manejo de águas pluviais, mantidas pelo Poder Público municipal e postas à disposição do proprietário, titular do domínio útil ou possuidor a qualquer título de imóvel, edificado ou não, situado em vias ou logradouros públicos urbanos.

Art. 33. Qualquer forma de remuneração pela prestação do serviço público de manejo de águas pluviais urbanas que venha a ser instituída pelo Município deverá levar em conta, em cada lote urbano, o percentual de área impermeabilizada e a existência de dispositivos de amortecimento ou de retenção da água pluvial, bem como poderá considerar:

I - Nível de renda da população da área atendida; e

II - Características dos lotes urbanos e as áreas que podem ser neles edificadas.

Das Taxas, Tarifas e Outros Preços Públicos

Art. 34. As taxas, tarifas e outros preços públicos pela prestação ou disposição dos serviços públicos de saneamento básico terão seus valores fixados com base no custo econômico, garantido aos entes responsáveis pela prestação dos serviços, sempre que possível, a recuperação integral dos custos incorridos, inclusive despesas de capital e remuneração adequada dos investimentos realizados.

§ 1°. Os prestadores dos serviços públicos de saneamento básico não poderão conceder isenção ou redução de taxas, contribuições de melhoria, tarifas ou outros preços públicos por eles praticados, ou a dispensa de multa e de encargos acessórios pelo atraso ou falta dos respectivos pagamentos, inclusive a órgãos ou entidades da administração pública estadual e federal.

§ 2. Observados o regulamento desta Lei e as normas administrativas de regulação dos serviços, ficam excluídos do disposto no § 1° os seguintes casos:

I - Isenção ou descontos concedidos aos usuários beneficiários de programas e subsídios sociais, conforme as normas legais e de regulação específicas;

II - Redução de valores motivada por revisões de cobranças dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário decorrentes de: a) erro de medição; b) defeito do hidrômetro comprovado mediante aferição em laboratório do prestador de serviço de águas e esgotamento sanitário, ou de instituição credenciada pelo mesmo, ou por meio de equipamento móvel apropriado certificado pelo Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro);

31 c) ocorrências de vazamentos ocultos de água nas instalações prediais situadas após o hidrômetro, comprovadas, em vistoria realizada pelo prestador por sua iniciativa ou por solicitação do usuário, ou comprovadas por este, no caso de omissão, falha ou resultado inconclusivo do prestador; d) mudança de categoria, grupo ou classe de usuário, ou por inclusão do mesmo em programa de subsídio social;

Das Disposições Gerais

Art. 35. As taxas, tarifas e outros preços públicos serão fixados de forma clara e objetiva e deverão ser tornados públicos com antecedência mínima de trinta dias com relação à sua vigência, inclusive os reajustes e as revisões, observadas para as taxas as normas legais específicas.

Parágrafo único. No ato de fixação ou de revisão das taxas incidentes sobre os serviços públicos de saneamento básico, os valores unitários da respectiva estrutura de cobrança, apurados conforme as diretrizes do art. 45 desta Lei e seus regulamentos poderão ser convertidos e expressos *em Unidades Fiscais do Município (UFM) (se o município adotar).

Art. 36. As taxas e tarifas poderão ser diferenciadas segundo as categorias de usuários, faixas ou quantidades crescentes de utilização ou de consumo, ciclos de demanda, e finalidade ou padrões de uso ou de qualidade dos serviços ofertados definidos pela regulação e contratos, assegurando-se o subsídio dos usuários de maior para os de menor renda.

§ 1°. A estrutura do sistema de cobrança observará a distribuição das taxas ou tarifas conforme os critérios definidos no caput, de modo que o respectivo valor médio obtido possibilite o equilíbrio econômico-financeiro da prestação dos serviços, em regime de eficiência.

§ 2°. Para efeito de enquadramento da estrutura de cobrança, os usuários serão classificados, nas seguintes categorias: residencial, comercial, industrial e pública, as quais poderão ser subdivididas em grupos, de acordo com as características socioeconômicas, de demanda ou de uso, sendo vedada, dentro de um mesmo grupo, a discriminação de usuários que tenham as mesmas condições de utilização dos serviços.

Do Custo Econômico dos Serviços

32

Art. 37. O custo dos serviços, a ser computado na determinação da taxa ou tarifa, deve ser o mínimo necessário à adequada prestação dos serviços e à sua viabilização econômico-financeira.

§ 1°. Para os efeitos do disposto no caput, na composição do custo econômico dos serviços poderão ser considerados os seguintes elementos:

I - Despesas correntes ou de exploração correspondentes a todas as despesas administrativas, de operação e manutenção, comerciais, fiscais e tributárias;

II - Despesas com o serviço da dívida, correspondentes a amortizações, juros e outros encargos financeiros de empréstimos para investimentos;

III - Despesas de capital relativas a investimentos, inclusive contrapartidas a empréstimos, realizadas com recursos provenientes de receitas próprias;

IV - Despesas patrimoniais de depreciação ou de amortização de investimentos vinculados aos serviços de saneamento básico relativos a: a) ativos imobilizados, intangíveis e diferidos existentes na data base de implantação do regime de custos de que trata este artigo, tendo como base os valores dos respectivos saldos líquidos contábeis, descontadas as depreciações e amortizações, ou apurados em laudo técnico de avaliação contemporânea, se inexistentes os registros contábeis patrimoniais, ou se estes forem inconsistentes ou monetariamente desatualizados; b) ativos imobilizados e intangíveis realizados com recursos não onerosos de qualquer fonte, ou obtidos mediante doações;

V - Provisões de perdas líquidas no exercício financeiro com devedores duvidosos;

VI - Remuneração adequada dos investimentos realizados com capital próprio tendo como base o saldo líquido contábil ou os valores apurados conforme a alínea “a” do inciso

IV deste parágrafo, a qual deverá ser no mínimo igual à taxa de inflação estimada para o período de vigência das taxas e tarifas, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), publicado pelo IBGE;

§ 2°. Alternativamente às parcelas de amortizações de empréstimos e às despesas de capital previstas nos incisos II e III do § 1°, a regulação poderá considerar na composição do custo dos serviços as cotas de depreciação ou de amortização dos respectivos investimentos.

§ 3°. As disposições deste artigo deverão ser disciplinadas no regulamento desta Lei e em normas técnicas do órgão regulador dos serviços.

33

Dos Reajustes e Revisões das Taxas e Tarifas e Outros Preços Públicos

Art. 38. As taxas e tarifas poderão ser atualizadas ou revistas periodicamente, em intervalos mínimos de doze meses, observadas as disposições desta Lei e, no caso de serviços delegados, os contratos e os seus instrumentos de regulação específica.

Art. 39. Os reajustes dos valores monetários de taxas, tarifas e outros preços públicos dos serviços de saneamento básico prestados diretamente por órgão ou entidade do Município, têm como finalidade a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro de sua prestação ou disposição, e deverão ser aprovados e publicados até 30 (trinta) dias antes de sua vigência, exceto nos anos em que ocorrer suas revisões, tendo como fator de reajuste a variação acumulada do IPCA apurada pelo IBGE nos doze meses anteriores, observando-se para as taxas o disposto no parágrafo único do art. 35 desta Lei.

Parágrafo único. Os reajustes serão processados e aprovados previamente pelo órgão regulador dos serviços e serão efetivados mediante ato do Executivo Municipal.

Art. 40. As revisões compreenderão a reavaliação das condições da prestação e seus reflexos nos custos dos serviços e nas respectivas taxas, tarifas e de outros preços públicos praticados, que poderão ter os seus valores aumentados ou diminuídos, e poderão ser:

I - Periódicas, em intervalos de pelo menos quatro anos, preferencialmente coincidentes com as revisões do PMSB, objetivando a recomposição do equilíbrio econômico- financeiro dos serviços e a apuração e distribuição com os usuários dos ganhos de eficiência, de produtividade ou decorrentes de externalidades; ou

II - Extraordinárias, quando se verificar a ocorrência de situações fora do controle do prestador dos serviços e que afetem suas condições econômico-financeiras, entre outras:

• fatos não previstos em normas de regulação ou em contratos;

• fenômenos da natureza ou ambientais;

• fatos do príncipe, entre outros, a instituição ou aumentos extraordinários de tributos, encargos sociais, trabalhistas e fiscais;

• aumentos extraordinários de tarifas ou preços públicos regulados ou de preços de mercado de serviços e insumos utilizados nos serviços de saneamento básico.

§ 1°. As revisões de taxas, tarifas e outros preços públicos terão suas pautas definidas e processos conduzidos pelo órgão regulador, ouvidos os prestadores dos serviços, os demais órgãos e entidades municipais interessados e os usuários, e os seus resultados serão submetidos à apreciação do Conselho Municipal da Cidade (ou outro que exerça função de controle social) e a consulta pública.

34

§ 2°. Os processos de revisões poderão estabelecer mecanismos econômicos de indução à eficiência na prestação e, particularmente, no caso de serviços delegados a terceiros, à antecipação de metas de expansão e de qualidade dos serviços, podendo ser adotados para esse fim fatores de produtividade e indicadores de qualidade referenciados a outros prestadores do setor ou a padrões técnicos consagrados e amplamente reconhecidos.

§ 3°. Observado o disposto no § 4° deste artigo, as revisões de taxas, tarifas e outros preços públicos que resultarem em alteração da estrutura de cobrança ou em alteração dos respectivos valores, para mais ou para menos, serão efetivadas, após sua aprovação pelo órgão regulador, mediante ato do Executivo Municipal.

§ 4°. O aumento superior à variação do IPCA, apurada no período revisional, dos valores das taxas dos serviços públicos de saneamento básico resultantes de revisões, será submetido à aprovação prévia do Legislativo Municipal, nos termos da legislação vigente.

Subseção IV

Do Lançamento e da Cobrança

Art. 41. O lançamento de taxas, contribuições de melhoria, tarifas e outros preços públicos devidos pela disposição ou prestação dos serviços públicos de saneamento básico e respectiva arrecadação poderão ser efetuados separadamente ou em conjunto, mediante documento único de cobrança, para os serviços cuja prestação estiver sob responsabilidade de um único órgão ou entidade ou de diferentes órgãos ou entidades por meio de acordos firmados entre eles.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica a serviços delegados a terceiros mediante contrato, que somente poderão efetuar o lançamento e arrecadação das suas respectivas tarifas e preços públicos.

Da Penalidade por Atraso ou Falta de Pagamento

Art. 42. O atraso ou a falta de pagamento dos débitos relativos à prestação ou disposição dos serviços de saneamento básico sujeitará o usuário ao pagamento de multa de 2% (dois por cento) calculada sobre o respectivo valor, além de juros moratórios de 1% (um por cento) ao mês, mais atualização monetária correspondente à variação do IPCA.

Do Regime Contábil Patrimonial

Art. 43. Independente que quem as tenha adquirido ou construído, as infraestruturas e outros bens vinculados aos serviços públicos de saneamento básico constituem 35 patrimônio público do Município, afetados aos órgãos ou entidades municipais responsáveis pela sua gestão, e são impenhoráveis e inalienáveis sem prévia autorização legislativa, exceto materiais inservíveis e bens móveis obsoletos ou improdutivos.

Art. 44. Os valores investidos em bens reversíveis pelos prestadores dos serviços contratados sob qualquer forma de delegação, apurados e registrados conforme a legislação e as normas contábeis brasileiras constituirão créditos perante o Município, a serem recuperados mediante exploração dos serviços, nos termos contratuais e dos demais instrumentos de regulação.

§ 1°. Não gerarão crédito perante o titular os investimentos feitos sem ônus para o prestador contratado, tais como os decorrentes de exigência legal aplicável à implantação de empreendimentos imobiliários, os provenientes de subvenções ou transferências fiscais voluntárias e as doações.

§ 2°. Os investimentos realizados, os valores amortizados, a depreciação e os respectivos saldos serão anualmente auditados e certificados pelo órgão regulador.

§ 3°. Os créditos decorrentes de investimentos devidamente certificados poderão constituir garantia de empréstimos, destinados exclusivamente a investimentos nos sistemas de saneamento objeto do respectivo contrato.

§ 4°. Salvo nos casos de serviços contratados sob o regime da Lei federal n° 8.666, de 1993, os prestadores contratados, organizados sob a forma de empresa regida pelo direito privado, deverão constituir empresa subsidiária de propósito específico para a prestação dos serviços delegados pelo Município a qual terá contabilidade própria e segregada de outras atividades exercidas pelos seus controladores.

DAS DIRETRIZES PARA A REGULAÇÃO E

FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS

Dos Objetivos da Regulação

Art. 45. São objetivos gerais da regulação:

I - Estabelecer padrões e normas para a adequada prestação dos serviços e para a satisfação dos usuários;

36

II - Garantir o cumprimento das condições, objetivos e metas estabelecidas; e

III - prevenir e limitar o abuso de atos discricionários pelos gestores municipais e o abuso do poder econômico de eventuais prestadores dos serviços contratados, ressalvada a competência dos órgãos integrantes do sistema nacional de defesa da concorrência.

IV - Definir tarifas que assegurem tanto o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos como a modicidade tarifária, mediante mecanismos que induzam à eficiência e eficácia dos serviços, e que permitam a apropriação social dos ganhos de produtividade;

V - Proceder ao reajuste das tarifas e taxas da prestação dos serviços de saneamento básico.

Art. 46. Em caso de gestão associada ou prestação regionalizada dos serviços, os titulares poderão adotar os mesmos critérios econômicos, sociais e técnicos da regulação em toda a área de abrangência da associação ou da prestação.

Art. 47. Os prestadores de serviços públicos de saneamento básico deverão fornecer ao órgão regulador todos os dados e informações necessários para o desempenho de suas atividades.

Parágrafo único. Incluem-se entre os dados e informações a que se refere o caput aqueles produzidos por empresas ou profissionais contratados para executar serviços ou fornecer materiais e equipamentos específicos.

Da Publicidade dos Atos de Regulação

Art. 48. Deverá ser assegurada publicidade aos relatórios, estudos, decisões e instrumentos equivalentes que se refiram à regulação ou à fiscalização dos serviços, bem como aos direitos e deveres dos usuários e prestadores, a eles podendo ter acesso qualquer cidadão, independentemente da existência de interesse direto.

§ 1°. Excluem-se do disposto no caput os documentos considerados sigilosos em razão de interesse público relevante, mediante prévia e motivada decisão do órgão regulador.

§ 2°. A publicidade a que se refere o caput deverá se efetivar, preferencialmente, por meio de sítio mantido na internet.

37

DOS DIREITOS E OBRIGAÇÕES

DOS USUÁRIOS

Art. 49. Sem prejuízo do disposto na Lei federal n° 8.078, de 11 de setembro de 1990, são direitos dos usuários efetivos ou potenciais dos serviços de saneamento básico:

I - Garantia do acesso a serviços, em quantidade suficiente para o atendimento de suas necessidades e com qualidade adequada aos requisitos sanitários e ambientais;

II - Receber do regulador e do prestador informações necessárias para a defesa de seus interesses individuais ou coletivos;

III - Recorrer, nas instâncias administrativas, de decisões e atos do prestador que afetem seus interesses, inclusive cobranças consideradas indevidas;

IV - Ter acesso a informações sobre a prestação dos serviços, inclusive as produzidas pelo regulador ou sob seu domínio;

V - Participar de consultas e audiências públicas e atos públicos realizado pelo órgão regulador e de outros mecanismos e formas de controle social da gestão dos serviços;

VI - Fiscalizar permanentemente, como cidadão e usuário, as atividades do prestador dos serviços e a atuação do órgão regulador.

Art. 50. Constituem-se obrigações dos usuários efetivos ou potenciais e dos proprietários, titulares do domínio útil ou possuidores a qualquer título de imóveis beneficiários dos serviços de saneamento básico:

I - Cumprir e fazer cumprir as disposições legais, os regulamentos e as normas administrativas de regulação dos serviços;

II - Zelar pela preservação da qualidade e da integridade dos bens públicos por meio dos quais lhes são prestados os serviços;

III - Pagar em dia as taxas, tarifas e outros preços públicos decorrentes da disposição e prestação dos serviços;

IV - Levar ao conhecimento do prestador e do regulador as eventuais irregularidades na prestação dos serviços de que tenha conhecimento;

V - Cumprir os códigos e posturas municipais, estaduais e federais, relativos às questões sanitárias, a edificações e ao uso dos equipamentos públicos afetados pelos serviços de saneamento básico;

VI - Executar, por intermédio do prestador, as ligações do imóvel de sua propriedade ou domínio às redes públicas de abastecimento de água e de coleta de esgotos, nos logradouros dotados destes serviços, nos termos desta Lei e seus regulamentos.

38

VII - Responder, civil e criminalmente, pelos danos que, direta ou indiretamente, causar às instalações dos sistemas públicos de saneamento básico;

VIII - Permitir o acesso do prestador e dos agentes fiscais às instalações hidros sanitárias do imóvel, para inspeções relacionadas à utilização dos serviços de saneamento básico, observado o direito à privacidade;

IX - Utilizar corretamente e com racionalidade os serviços colocados à sua disposição, evitando desperdícios e uso inadequado dos equipamentos e instalações;

X - Comunicar quaisquer mudanças das condições de uso ou de ocupação dos imóveis de sua propriedade ou domínio;

XI - Responder pelos débitos relativos aos serviços de saneamento básico de que for usuário, ou, solidariamente, por débitos relativos ao imóvel de locação do qual for proprietário, titular do domínio útil, possuidor a qualquer título ou usufrutuário.

DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

Das Infrações

Art. 51. Sem prejuízo das demais disposições desta Lei e das normas de posturas pertinentes, as seguintes ocorrências constituem infrações dos usuários efetivos ou potenciais dos serviços:

I - Intervenção de qualquer modo nas instalações dos sistemas públicos de saneamento básico;

II - Violação ou retirada de hidrômetros, de limitador de vazão ou do lacre de suspensão do fornecimento de água da ligação predial;

III - Utilização da ligação predial de esgoto para esgotamento conjunto de outro imóvel sem autorização e cadastramento junto ao prestador do serviço;

IV - Lançamento de águas pluviais ou de esgoto não doméstico de característica incompatível nas instalações de esgotamento sanitário;

V - Ligações prediais clandestinas de água ou de esgotos sanitários nas respectivas redes públicas;

VI - Disposição de recipientes de resíduos sólidos domiciliares para coleta no passeio, na via pública ou em qualquer outro local destinado à coleta fora dos dias e horários estabelecidos;

VII - Disposição de resíduos sólidos de qualquer espécie, acondicionados ou não, em qualquer local não autorizado, particularmente, via pública, terrenos públicos ou 39 privados, cursos d’água, áreas de várzea, poços e cacimbas, mananciais e respectivas áreas de drenagem;

VIII - lançamento de esgotos sanitários diretamente na via pública, em terrenos lindeiras ou em qualquer outro local público ou privado, ou a sua disposição inadequada no solo ou em corpos de água sem o devido tratamento;

IX - Incineração a céu aberto, de forma sistemática, de resíduos domésticos ou de outras origens em qualquer local público ou privado urbano, inclusive no próprio terreno, ou a adoção da incineração como forma de destinação final dos resíduos através de dispositivos não licenciados pelo órgão ambiental;

X - Contaminação do sistema público de abastecimento de água através de interconexão de outras fontes com a instalação hidráulica predial ou por qualquer outro meio.

§ 1°. A notificação espontânea da situação infracional ao prestador do serviço ou ao órgão fiscalizador permitirá ao usuário, quando cabível, obter prazo razoável para correção da irregularidade, durante o qual ficará suspensa sua autuação, sem prejuízo de outras medidas legais e da reparação de danos eventualmente causados às infraestruturas do serviço público, a terceiros ou à saúde pública.

§ 2°. Responderá pelas infrações quem por qualquer modo as cometer, concorrer para sua prática, ou delas se beneficiar.

Art. 52. As infrações previstas no art. 51 desta Lei, disciplinadas nos regulamentos e normas administrativas de regulação dela decorrentes, serão classificadas em leves, graves e gravíssimas, levando-se em conta:

I - A intensidade do dano, efetivo ou potencial;

II - As circunstâncias atenuantes ou agravantes;

III - Os antecedentes do infrator.

§ 1°. Constituem circunstâncias atenuantes para o infrator:

I - Ter bons antecedentes com relação à utilização dos serviços de saneamento básico e ao cumprimento dos códigos de posturas aplicáveis;

II - Ter o usuário, de modo efetivo e comprovado: a) Procurando evitar ou atenuar as consequências danosas do fato, ato ou omissão; b) Comunicado, em tempo hábil, o prestador do serviço ou o órgão de regulação e fiscalização sobre ocorrências de situações motivadoras das infrações;

40

III - ser o infrator primário e a falta cometida não provocar consequências graves para a prestação do serviço ou suas infraestruturas ou para a saúde pública;

IV - Omissão ou atraso do prestador na execução de medidas ou no atendimento de solicitação do usuário que poderiam evitar a situação infracional.

§ 2°. Constituem circunstâncias agravantes para o infrator:

I - Reincidência ou prática sistemática no cometimento de infrações;

II - Prestar informações inverídicas, alterar dados técnicos ou documentos;

III - Ludibriar os agentes fiscalizadores nos atos de vistoria ou fiscalização;

IV - Deixar de comunicar de imediato, ao prestador do serviço ou ao órgão de regulação e fiscalização, ocorrências de sua responsabilidade que coloquem em risco a saúde ou a vida de terceiros ou a prestação do serviço e suas infraestruturas;

V - Ter a infração consequências graves para a prestação do serviço ou suas infraestruturas ou para a saúde pública;

VI - Deixar de atender, de forma reiterada, exigências normativas e notificações do prestador do serviço ou da fiscalização;

VII - Adulterar ou intervir no hidrômetro com o fito de obter vantagem na medição do consumo de água;

VIII - Praticar qualquer infração prevista no art. 58 durante a vigência de medidas de emergência disciplinadas conforme o art. 61, ambos desta Lei;

Seção II

Das Penalidades

Art. 53. A pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, que infringir qualquer dispositivo desta Lei, ficará sujeita às seguintes penalidades, nos termos dos regulamentos e normas administrativas de regulação, independente de outras medidas legais e de eventual responsabilização civil ou criminal por danos diretos e indiretos causados ao sistema público e a terceiros:

I - Advertência por escrito, em que o infrator será notificado para fazer cessar a irregularidade, sob pena de imposição das demais sanções previstas neste artigo;

II - Multa de xx () a xxxx () Unidades Fiscais do Município (se houver);

41

III - Suspensão total ou parcial das atividades, até a correção das irregularidades, quando aplicável;

IV - Perda ou restrição de benefícios sociais concedidos, atinentes aos serviços públicos de saneamento básico;

V - Embargo ou demolição da obra ou atividade motivadora da infração, quando aplicável;

§ 1°. A multa prevista no inciso II do caput deste artigo será: a) aplicada em dobro nas situações agravantes previstas nos incisos I, V e VII, do §2°, art. 51 desta Lei; b) acrescida de. (50%)...nas demais situações agravantes previstas no § 2°, do art. 51 desta Lei; c) reduzida em … (50%) nas situações atenuantes previstas no § 1°, do art. 51 desta Lei, ou quando se tratar de usuário beneficiário de tarifa social;

2°. Das penalidades previstas neste artigo caberá recurso junto ao órgão regulador, que deverá ser protocolado no prazo de dez dias a contar da data da notificação.

§ 3°. Os recursos provenientes da arrecadação das multas previstas neste artigo constituirão receita do Fundo Municipal de SANEAMENTO BÁSICO-FMSB, que deverá ser instituído por lei.

TÍTULO III

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 54. Fica o Poder Executivo autorizado a instituir medidas de emergência em situações críticas que possam afetar a continuidade ou qualidade da prestação dos serviços públicos de saneamento básico ou iminente risco para vidas humanas ou para a saúde pública relacionado aos mesmos.

Parágrafo único - As medidas de emergência de que trata este artigo vigorarão por prazo determinado, e serão estabelecidas conforme a gravidade de cada situação e pelo tempo necessário para saná-las satisfatoriamente.

Art. 55. No que não conflitarem com as disposições desta Lei, aplicam-se aos serviços de saneamento básico as demais normas legais do Município, especialmente as legislações tributária, de uso e ocupação do solo, de obras, sanitária e ambiental.

Art. 56. Até que seja regulamentada e implantada a política de cobrança pela disposição e prestação dos serviços de saneamento básico prevista nesta Lei, permanecem em vigor as atuais taxas, tarifas e outros preços públicos praticados.

42

Parágrafo único- Aplica-se às atuais taxas, tarifas e outros preços públicos os critérios de reajuste previstos no art. 47 desta lei.

Art. 57. Nos casos omissos, deverão prevalecer a Lei Federal 11.447/07 e o Decreto Regulamentador 7.217/10.

Art. 58. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrários.

Gabinete do Prefeito Municipal de CHAPADINHA, Estado do Maranhão, em __de ______de 2015.

______Prefeita Municipal de CHAPADINHA.