FUNDO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA SOCIAL

Relatório 2017

- Divisão de Educação e Ação Social -

Relatório Fundo Municipal de Emergência Social 2017

Índice

1. Introdução 3 2. Comissões Sociais de Freguesia 4 2.1 Entidades parceiras das CSF em 2017 4 2.2 Reuniões realizadas pelas CSF em 2017 5 2.3 Atendimento Social Integrado 7 3. Entidades gestoras do FMES em 2017 8 4. Beneficiários do FMES 9 6. Metodologia para a atribuição dos apoios do FMES 9 5. Dotação financeira do FMES 2017 10 7. FMES 2017 – Análise aos dados 10 7.1 Valor total transferido para cada CSF em 2017 10 7.2 N.º de apoios concretizados em 2017 11 7.3 Valor total dos apoios concretizados em 2017 12 7.4 N.º de apoios por tipologia em 2017 14 7.5 N.º de agregados familiares apoiados em 2017 14 7.6 N.º de elementos que constituem os agreg. familiares apoiados em 2017 16 7.7 Rendimentos dos agregados familiares apoiados em 2017 16 7.8 N.º de agregados familiares constituídos apenas por pessoas com 65 ou mais anos apoiados em 2017 18 7.9 N.º de agregados familiares com crianças apoiados em 2017 19 8. FMES 2017 – Taxa de Execução 20 9. Conclusão 21

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1. Introdução

O sistema de ação social tem como objetivos fundamentais, entre outros, a prevenção e reparação de situações de carência e desigualdade socioeconómica, bem como a proteção dos grupos mais vulneráveis.

As situações de desemprego, doença ou outra, impeditivas de auferir rendimentos que permitam aos agregados familiares fazer face às necessidades mais básicas do quotidiano, agravam as situações de exclusão social e vulnerabilidade, acarretando graves carências para o respetivo agregado familiar.

As Comissões Sociais de Freguesia (CSF), em funcionamento no Município de , têm vindo a reforçar, ao longo do tempo, a sua importância como estruturas de apoio para o desenvolvimento social das respetivas freguesias.

As CSF, desde 2015, que são os pilares da implementação e da consolidação das políticas sociais, na área da ação social, da Autarquia.

As CSF têm sido muito importantes para assegurar uma colaboração eficiente e capaz entre as várias entidades envolvidas na implementação do instrumento de apoio financeiro, Fundo Municipal de Emergência Social (FMES) 1, o qual visa assegurar as condições mínimas de vida com dignidade dos agregados familiares mais vulneráveis melhorando a sua qualidade de vida, nomeadamente ao nível da alimentação, saúde, água, eletricidade, gás, habitação (rendas, equipamentos, entre outros), educação e outras situações em que estejam em causa as condições mínimas de sobrevivência dos indivíduos e/ou agregados familiares.

À semelhança dos anos anteriores foram celebrados protocolos para o ano de 2017 com as entidades sem fins lucrativos identificadas em sede de reunião de cada uma das 18 CSF.

1 Secção I do Capítulo II do Regulamento n.º 1120/2016, publicado no Diário da República, 2ª serie, n.º 247 de 27 de dezembro de 2016.

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2. Comissões Sociais de Freguesia

2.1 Entidades parceiras das CSF em 2017

Cada CSF, de acordo com o art. 20º, alínea d), do Decreto-lei nº 115/2006 de 14 de Junho, deve promover mecanismos de rentabilização dos recursos existentes na freguesia devendo para tal identificar os recursos de todas as entidades, quer sejam ou não parceiras da CSF.

As entidades que integram as 18 CSF em funcionamento no Concelho de Coimbra participam nas CSF com o intuito de planear de forma integrada e participada a implementação de medidas e de iniciativas, com vista a uma maior eficácia das respostas sociais de forma a combater e erradicar a pobreza e a exclusão social.

Gráfico 1: Nº. de entidades parceiras em cada CSF no ano de 2017.

Conforme se constata no gráfico 1, em dezembro de 2017 encontravam-se envolvidas 316 entidades (serviços públicos: emprego, segurança social, saúde, educação; entidades sem fins lucrativos: IPSS, ONG’S, organizações não governamentais, associações de desenvolvimento local, associações humanitárias, associações culturais, recreativas, desportivas grupos comunitários, entre outros) nas 18 CSF constituídas.

Destacam-se as seguintes CSF: • Sto. António dos Olivais: 38 entidades. • UF de Coimbra e UF de e S. Paulo de Frades: 33 entidades. • UF de e : 20 entidades.

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2.2 Reuniões realizadas pelas CSF em 2017

As CSF do Concelho de Coimbra assentam a sua metodologia de trabalho na realização de reuniões de trabalho efetuadas pelas duas estruturas constituídas em cada CSF: Núcleo Executivo e Plenário.

O Núcleo Executivo da CSF tem como principais competências: • Executar as deliberações tomadas nas reuniões. • Dinamizar o Atendimento Social Integrado na CSF. • Sinalizar as situações mais graves de pobreza e exclusão social existentes na freguesia e definir propostas de atuação a partir dos seus recursos, mediante a participação de entidades representadas ou não na comissão. • Estimular a colaboração ativa de outras entidades públicas ou privadas da área geográfica da CSF. • Assegurar a coordenação técnica das ações realizadas no âmbito da CSF. • Elaborar proposta do plano de ação anual.

Gráfico 2: Nº. de reuniões realizadas pelos Núcleos Executivos em cada CSF no ano de 2017.

De acordo com o gráfico 2 podemos verificar no ano de 2017 decorreram 175 reuniões de Núcleo Executivo nas 18 CSF constituídas.

Destaca-se que, regra geral, as reuniões do Núcleo Executivo em cada CSF decorrem com a periodicidade mensal, no entanto por questões de organização interna de cada CSF tal periodicidade pode não acontecer em algumas CSF.

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As principais competências do Plenário da CSF assentam no seguinte: • Aprovar o seu regulamento interno. • Sinalizar, ao Núcleo Executivo, as situações mais graves de pobreza e exclusão social existentes na freguesia. • Encaminhar para o Conselho Local de Acão Social de Coimbra os problemas que excedam a capacidade dos recursos da freguesia, propondo as soluções que tiverem por adequadas. • Promover mecanismos de rentabilização dos recursos existentes na Freguesia. • Promover a articulação progressiva da intervenção social dos agentes da freguesia. • Dinamizar a adesão de novos membros para a CSF.

Gráfico 3: Nº. de reuniões realizadas pelos Plenários em cada CSF no ano de 2017.

Conforme se verifica no gráfio 3, durante o ano de 2017 ocorreram 37 reuniões de Plenário nas 18 CSF constituídas.

Destacam-se as seguintes CSF: • CSF de : 8 reuniões. • CSF da UF de Eiras e S. Paulo de Frades: 7 reuniões. • CSF da UF de S. Martinho do Bispo e : 6 reuniões. Realça-se que as reuniões do Plenário em cada CSF decorrem, regra geral, com a periodicidade semestral, no entanto por questões de organização interna de cada CSF tal periodicidade pode não acontecer em algumas CSF.

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2.3 Atendimento Social Integrado

Cada CSF, de acordo com o art. 20º alínea b) e g) do Decreto-lei nº 115/2006 de 14 de Junho, deve sinalizar as situações mais graves de pobreza e exclusão social existentes na freguesia e definir propostas de atuação a partir dos seus recursos, mediante a participação de entidades representadas ou não na CSF e deve recolher a informação relativa aos problemas identificados no local e promover a participação da população e agentes da freguesia para que se procurem conjuntamente soluções para os mesmos.

No ano de 2014, a Câmara Municipal de Coimbra, no sentido de promover um melhor funcionamento das Comissões Sociais de Freguesia, criou a figura de Técnica/o de Referência para acompanhamento ao funcionamento das 18 CSF constituídas no Concelho de Coimbra.

Como complemento ao trabalho desenvolvido pelas CSF, foi implementado o Atendimento Social Integrado, que consiste na disponibilização de recursos humanos, por parte da Câmara Municipal de Coimbra, que efetuam atendimento social periodicamente nos locais designados por cada CSF.

Gráfico 4: Nº. de atendimentos em cada CSF no ano de 2017.

Durante o ano de 2017 foram realizados , de acordo com o gráfico 4, 891 atendimentos pelas Técnicas/os da Câmara Municipal de Coimbra nas 18 CSF constituídas, realçando-se as seguintes CSF: • UF de Eiras e S. Paulo de Frades: 246 atendimentos. • UF de e : 148 entidades. • UF de : 113 atendimentos.

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3. Entidades gestoras do FMES em 2017

No ano de 2017, as entidades com a responsabilidade da gestão e disponibilização das verbas para as situações aprovadas em sede de reunião das CSF, foram as seguintes:

Tabela 1: Entidades gestoras do FMES em cada CSF no ano de 2017.

CSF Entidade gestora Almalaguês Centro Paroquial Bem-estar Social Almalaguês Centro de Bem-Estar Social de Brasfemes Celium IPSS Cernache Instituto Inácio Loyola - Colégio Imaculada Conceição Santo António dos Olivais Cáritas Diocesana de Coimbra São João do Campo Centro Social Paroquial de S. João do Campo São Silvestre Centro Social Cultural e Recreativo de Quimbres Torres do Mondego Centro Social Torres do Mondego UF Centro Social e Desportivo de Sant'Ana UF e Antanhol Centro Social Nossa Senhora da Alegria UF Coimbra Casa de Repouso de Coimbra UF Eiras e São Paulo de Frades Asso. Social Cultural Recreativa de S. Paulo de Frades UF Santa Clara e Castelo Viegas Fundação Bissaya Barreto UF S. Martinho de Árvore e Grupo Sócio-Cultural Desp. de S. Martinho de Árvore UF S. Martinho do Bispo e Ribeira de Centro Sócio-Cultural Polivalente de S. Martinho Frades UF e Botão Centro de Apoio Social de Souselas UF , e Centro Social e Paroquial de Taveiro UF e Centro de Solidariedade Social de Adémia

De acordo com a cláusula 6.ª dos protocolos assinados entre a Câmara Municipal de Coimbra e as entidades gestoras do FMES para 2017, as obrigações das entidades gestoras consistiam no seguinte: a) A gestão cuidada, criteriosa e eficiente do FMES, em articulação com a Comissão Social de Freguesia (CSF); b) Disponibilizar aos beneficiários as verbas aprovadas pela CSF; c) Registar em processo destinado para o efeito todos os apoios prestados no âmbito do FMES; d) Remeter à Câmara Municipal, de acordo com a alínea d), do Artigo 8º, do Regulamento Municipal Para Atribuição de Apoios na Área Social o relatório dos apoios concedidos no âmbito do FMES.

Relativamente às obrigações da Câmara Municipal de Coimbra, e de acordo com a cláusula 5.ª dos protocolos já mencionados, estas compreendiam nas seguintes:

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a) Acompanhar e avaliar a implementação do presente Protocolo; b) Entregar a verba inicial para a entidade gestora no mês de assinatura do Protocolo, no valor de 2.000,00€; c) As verbas do FMES para 2017 serão disponibilizadas de acordo com o número 4), do Artigo 5º, do Regulamento Municipal Para Atribuição de Apoios na Área Social. d) Colaborar com cada entidade gestora no acompanhamento e na atribuição dos apoios aos beneficiários, de modo a contribuir para a eficácia do FMES; e) Disponibilizar recursos humanos ao Atendimento Social Integrado na Freguesia/União de Freguesias, para acompanhamento técnico e auxílio à decisão dos apoios a conceder pela Comissão Social de Freguesia; f) Divulgar o FMES junto da comunidade, nomeadamente junto das entidades do Município de Coimbra que prestam atendimento social.

4. Beneficiários do FMES

O FMES, de acordo com a cláusula 4.ª dos protocolos, visa apoiar cidadãos, residentes na Freguesia/União de Freguesias em situação de comprovada carência social e económica que, por falta de meios, estão impossibilitados de ter acesso a bens, serviços e a condições básicas fundamentais.

O FMES visa, ainda, assegurar as condições mínimas de qualidade de vida, designadamente em termos de alimentação, saúde, água, eletricidade, gás, habitação - rendas e pequenos arranjos que não careçam de licenciamento -, educação e outros casos em que estejam em causa condições de subsistência dos indivíduos e/ou agregados familiares.

Os beneficiários do FMES são previamente identificados no âmbito do Atendimento Social Integrado efetuado na Freguesia/União de Freguesias, e são avaliados, posteriormente, pela CSF.

5. Metodologia para atribuição dos apoios do FMES

Os indivíduos e/ou agregados familiares são previamente identificados, sinalizados e diagnosticados no âmbito do Atendimento Social Integrado, efetuado na Freguesia da sua área de residência e/ou nas instalações das entidades parceiras pertencentes ao Núcleo Executivo da CSF.

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Posteriormente as situações são avaliadas em sede de reunião do Núcleo Executivo da CSF, sendo estas encaminhadas para outras respostas/serviços de outras entidades e/ou para apoio financeiro através do FMES.

O processo de apoio conclui-se com a entidade gestora a disponibilizar, aos beneficiários, as verbas aprovadas em sede de reunião do Núcleo Executivo da CSF.

6. Dotação financeira do FMES 2017

O FMES foi disponibilizado pela Câmara Municipal de Coimbra às 18 entidades sem fins lucrativos, indicadas em sede de reunião da CSF, tendo estas sido responsáveis pela gestão e disponibilização das verbas para as situações aprovadas.

Em 2017, a dotação financeira para o FMES nas Grandes Opções do Plano da Câmara Municipal de Coimbra foi de 100.000,00€, tendo sido transferidos para as entidades o valor total de 99.500,00€.

7. FMES 2017 - Análise aos dados

7.1 Valor total transferido para cada CSF em 2017.

Decorrente do envio dos relatórios, enviados pelas entidades gestoras, ao longo do ano de 2017, é possível analisar os mesmos e, deste modo, obter informações que possibilitaram verificar a eficácia e a eficiência do FMES durante o ano de 2017.

Tabela 2: Valor total (€) transferido para cada CSF em 2017. CSF Entidade Gestora do FES Transferido Almalaguês Centro Paroquial de Bem Estar Social de 5.000,00 € Almalaguês Brasfemes Centro de Bem Estar Social de Brasfemes 4.500,00 € Ceira Celium 3.750,00 € Cernache Colegio Imaculada Conceição 4.750,00 € Santo António dos Olivas Cáritas Diocesana de Coimbra 8.000,00 € São João do Campo Centro Social Paroquial de S. João do 4.500,00 € Campo São Silvestre Centro Social Cultural e Recreativo de 4.750,00 € Quimbres

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Torres do Mondego Centro Social Torres do Mondego 5.000,00 € UF Antuzede e Vil de Matos Centro Social e Desportivo de Sant'Ana - 4.500,00 € Vil de Matos UF Assafarge e Antanhol Centro Nossa Senhora da Alegria 3.750,00 € UF Coimbra Casa de Repouso de Coimbra 8.000,00 € UF Eiras e São Paulo de Frades Asso. Socio-Cultural e Recreativa de S. 8.000,00 € Paulo de Frades UF Santa Clara e Castelo Viegas Fundação Bissaya Barreto 8.000,00 € UF S. Martinho de Árvore e Grupo Socio-Cultural e Desp. de S. 6.000,00 € Lamarosa Martinho de Arvore UF S. Martinho do Bispo e Centro Sócio-Cultural Polivalente de S. 7.000,00 € Ribeira de Frades Martinho UF Souselas e Botão Centro de Apoio Social de Souselas 6.000,00 € UF Taveiro, Ameal e Arzila Centro Social e Paroquial de Taveiro 4.000,00 € UF Trouxemil e Torre de Vilela Centro de Solidariedade Social de Adémia 4.000,00 € TOTAL 99.500,00 €

Da análise à tabela 2 é de destacar que 5 CSF receberam valores mais elevados (8.000,00€) que as restantes, designadamente: • Santo António dos Olivais. • UF de Coimbra. • UF de Eiras e S. Paulo de Frades. • UF de Santa Clara e Castelo Viegas.

A decisão dos valores atribuídos, deveu-se fundamentalmente à dimensão geográfica e populacional das freguesias, taxa de execução do FMES nas respetivas tranches anuais, entre outros critérios que foram considerados pertinentes para atribuição da verba.

De realçar que de acordo com a tabela 3, entre 2015 e 2017, a Câmara Municipal de Coimbra aumentou a verba no FMES em 32%.

Tabela 3: Evolução do valor (€) do FMES entre 2015 e 2017. Ano Valores disponibilizados para o FMES pela CMC 2015 68.000,00€ 2016 93.000,00€ 2017 100.000,00€

7.2 N.º de apoios concretizados em 2017

Em 2017, foram concretizados 497 apoios a agregados familiares residentes no Concelho de Coimbra.

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Gráfico 5: Nº. de apoios concretizados em 2017 em cada CSF

47 46 44 41 35 33 27 28 30 25 22 25 16 19 16 19 14 10

Conforme o gráfico 5, que representa o número total de apoios efetuados pelo FMES em cada uma das 18 CSF, verifica-se que as 4 CSF que concretizaram mais apoios são: • CSF de Torres do Mondego – 47 apoios • CSF da UF de Santa Clara e Castelo Viegas - 46 apoios. • CSF de Ceira - 44 apoios. • CSF de UF Taveiro, Ameal e Arzila - 41 apoios.

Relativamente aos anos anteriores constata-se na tabela 4 que o n.º de apoios concretizados nas 18 CSF nos 3 últimos anos, o ano de 2017 foi o mais elevado (Nº. = 497).

Tabela 4: Evolução do n.º de apoios concretizados entre 2015 e 2017. Ano Número de apoios concretizados 2015 481 2016 477 2017 497

7.3 Valor total dos apoios concretizados em 2017

No que diz respeito ao valor total de apoios concedidos, dos 99.500,00€ transferidos, foram aplicados pelas 18 CSF no ano de 2017o valor de 77.585,21€.

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Gráfico 6: Valor total apoiado (€) por cada CSF em 2017.

Conforme evidenciado no gráfico nº. 6, as 4 CSF que concederem os valores mais elevados de apoios foram: • CSF da UF de Santa Clara e Castelo Viegas – 8.198,55€. • CSF de Santo António dos Olivais – 8.158,78€ • CSF da UF de Eiras e São Paulo de Frades – 6.487,15€. • CSF da UF de São Martinho do Bispo e Ribeira de Frades – 6.418,50€.

Comparativamente aos anos anteriores verifica-se que apesar de o ano de 2017 apresentar o n.º mais elevado de apoios realizados (N.º = 497), o valor dos mesmos foi ligeiramente inferior ao ano de 2016 (menos 1.206,17€) para um total de 477 apoios concretizados em 2016.

Tabela5: Evolução do valor (€) dos apoios atribuídos entre 2015 e 2017.

Ano Valor dos apoios atribuídos 2015 60.189,38€ 2016 78.791,38€ 2017 77.585,21€

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7.4 Nº. de apoios por tipologia em 2017.

Gráfico 7: Nº. de apoios por tipologia em 2017 em cada CSF

Como se observa no gráfico n.º 7, no que concerne à tipologia de apoios concedidos, destacam-se as seguintes: • Alimentação: 181 apoios (36%). • Habitação (rendas): 128 apoios (26%). • Habitação (luz, água, gás): 87 apoios (17%).

De referir que a tipologia da saúde também obteve especial atenção por parte das CSF que atribuíram um total de 68 apoios, correspondendo a 17% do total dos apoios concedidos em 2017.

7.5 Nº. de agregados familiares apoiados em 2017.

Em 2017 foram concretizados 497 apoios os quais beneficiaram 398 agregados familiares residentes no Concelho de Coimbra.

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Estes dados indicam que em 2017, 21,1% dos agregados familiares foram apoiados 2 ou mais vezes .

Gráfico 8: Nº. de agregados familiares apoiados em 2017 em cada CSF-

De acordo com o gráfico n.º 8 destacaram-se 6 CSF no ano 2017 no n.º de agregados familiares apoiados, a saber: • CSF de Ceira: 44 agregados familiares. • CSF da UF Taveiro, Ameal e arzila: 38 agregados familiares. • CSF de Santo António dos Olivais:35 agregados familiares. • CSF da UF Coimbra: 32 agregados familiares. • CSF da UF de Santa Clara e Castelo Viegas: 30 agregados familiares • CSF da UF de Eiras e São Paulo de Frades: 28 agregados familiares.

Comparativamente aos anos anteriores verificou-se um decréscimo do n.º de agregados familiares apoiados pelo FMES, contrapondo com o n.º de apoios concedidos.

Tabela 6: Evolução do número de agregados familiares apoiados entre 2015 e 2017.

Ano N.º de agregados familiares apoiados 2015 Dados indisponíveis 2016 421 2017 398

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7.6 Nº. de elementos que constituem os agregados familiares apoiados em 2017.

A caraterização dos agregados familiares apoiados ao longo do ano de 2017 é considerada muito importante, pois acredita-se que esta caracterização irá possibilitar a definição de eventuais ações e atividades especificamente dirigidas para os agregados familiares que recorrem ao FMES para colmatar pontualmente algumas necessidades mais básicas.

Gráfico n.º 9: N.º de elementos que constituem os agregados familiares apoiados em 2017.

Com se verifica no gráfico n.º 9 foram os agregados familiares constituídos por 1 pessoa, ou seja isolados, os mais apoiados com 33% (N.º = 130) . De realçar que 8% dos agregados familiares (N.º = 33) são constituídos por 5 ou mais pessoas.

7.7 Rendimentos dos agregados familiares apoiados em 2017.

Tal como referido no item anterior também a proveniência dos rendimentos é um dado muito relevante para a definição de eventuais intervenções com os agregados familiares.

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Gráfico 10: Rendimentos dos agregados familiares apoiados em 2017.

107 81 70 42 23 12 16 4 10 5 9 6 2 9

No que concerne à proveniência de rendimentos dos agregados familiares, é de destacar um elevado número de apoios (N.º=258, correspondendo a 52% do total dos apoios efetuados) de agregados familiares com uma única fonte de rendimento , nomeadamente: • Pensão de apenas uma pessoa, tais como velhice, invalidez, sobrevivência, entre outras (N.º=107 correspondendo 21% do total de apoios concedidos).

• Rendimento Social de Inserção (N.º=81, correspondendo a 16% do total de apoios efetuados).

• Salário de apenas uma pessoa, podendo este corresponder a vencimentos com ou sem vínculo laboral, a tempo completo ou parcial, entre outros (N.º=70, correspondendo a 14% do total de processos de apoio).

De salientar ainda que 42 processos de apoio correspondiam a agregados familiares sem qualquer fonte de rendimento (8% do total dos apoios concedidos).

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7.8 N.º de agregados familiares constituídos apenas por pessoas com 65 ou mais anos apoiados em 2017.

Gráfico 11: Nº. de agregados familiares constituídos apenas por pessoas com 65 ou mais anos apoiados em 2017.

De salientar que pela análise do gráfico 11, que durante o ano de 2017 foram apoiados 54 agregados familiares constituídos apenas por pessoas com 65 ou mais anos, correspondendo a 14% do total dos agregados apoiados.

Destacam-se as seguintes CSF com maior número de apoios: • CSF da UF de Taveiro, Ameal e Arzila: 12 agregados familiares apoiados • CSF de Torres do Mondego: 7 agregados familiares apoiados. • CSF de Almalaguês: 7 agregados familiares apoiados.

Por outro lado, verificou-se que as CSF, sem apoios a este tipo de agregados familiares, foram: CSF da UF de S. Martinho de Árvore e Lamarosa e CSF da UF ed Trouxemil e Torre de Vilela.

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7.9 Nº. de agregados familiares apoiados em 2017 com crianças.

Gráfico 12: Nº. de agregados familiares com crianças apoiados em 2017

Constata-se através da observação do gráfico 12, que durante o ano de 2017 foram apoiados 140 agregados familiares com crianças, correspondendo a 36% do total dos agregados apoiados. As CSF com maior número de apoios a agregados familiares com crianças foram: • CSF de Ceira e CSF da UF de Eiras e S. Paulo de Frades: 15 agregados familiares apoiados. • CSF da UF Coimbra e CSF da UF de Santa Clara e Castelo Viegas: 13 agregados familiares apoiados. • CSF da UF de Taveiro, Ameal e Arzila: 11 agregados familiares apoiados.

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8. FMES 2017 – Taxa de Execução

Relativamente a este item do presente relatório, é de referir que muito embora algumas CSF apresentem Taxas de Execução (%) diversas, estas informaram a Câmara Municipal de Coimbra que existiam processos de apoio a decorrer, aprovados pela CSF mas ainda não disponibilizados aos agregados familiares, pelo que se estes fossem contemplados nos Relatórios de Apoios Concedidos a Taxa de Execução da sua CSF situar-se-ia nos 100%.

De destacar ainda que 2 CSF registaram as Taxas de Execução superiores a 100%, nomeadamente: • CSF da UF de Sto. António dos Olivais: 102%. • CSF da UF de Santa Clara e Castelo Viegas: 102%.

As Taxas de Execução nestas 2 CSF ultrapassam os 100% devido ao facto de ter transitado saldo do ano anterior (2016) do FMES para 2017.

De salientar que, quer por falta de documentação, quer pela especificidade do apoio a conceder, alguns processos de apoio que se encontravam a decorrer no final de 2017, aprovados pela CSF mas ainda não disponibilizados aos agregados familiares, não foram contemplados nos Relatórios de Apoios Concedidos, enviados pelas 18 CSF e aprovados pelos respetivos Núcleos Executivos.

Neste sentido considerou-se uma Taxa de Execução Global do FMES em 2017 de 100%.

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9. Conclusão

A política social do Município de Coimbra tem assentado nos últimos anos em grande medida na intervenção das CSF, como anteriormente já foi referido, e o estabelecimento do Fundo Municipal de Emergência Social na área territorial de cada Freguesia do Município de Coimbra, veio a revelar-se um instrumento ativo no combate à pobreza e exclusão social em cada um desses territórios.

É de realçar o empenho de todos os parceiros das diferentes CSF que foram um pilar ao desenvolvimento de estratégias para abordar os diversos problemas sociais com que se defrontaram.

As dinâmicas que se têm vindo a consolidar têm-se revelado imprescindíveis, sendo fundamentais para que as problemáticas sociais que surjam nos diversos territórios concelhios possam ser colmatadas, evitando a duplicação de respostas e fazendo uso racional e criterioso dos dinheiros públicos.

Por fim, salientam-se alguns dados sobre o funcionamento das CSF e a aplicação do FMES durante o ano de 2017, nas 18 CSF do Concelho de Coimbra : • Em dezembro de 2017 encontravam-se envolvidas 316 entidades nas 18 CSF. • Decorreram 175 reuniões de Núcleo Executivo nas 18 CSF. • Ocorreram 37 reuniões de Plenário nas 18 CSF. • Foram realizados 891 atendimentos pelas Técnicas/os da Câmara Municipal de Coimbra nas 18 CSF. • A dotação financeira para o FMES foi de 100.000,00€, tendo sido transferido para as entidades o valor total de 99.500,00€. • Foram concretizados 497 apoios a agregados familiares residentes no Concelho de Coimbra. • Dos 99.500,00€ transferidos, foram aplicados pelas 18 CSF o valor de 77.585,21€. • No que concerne à tipologia de apoios concedidos, destacam-se as seguintes: Alimentação: 181 apoios (36% do total dos apoios) e Habitação (rendas): 128 apoios (26% do total de apoios).

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• Dos 497 apoios concretizados, beneficiaram 398 agregados familiares residentes no Concelho de Coimbra, 21% dos agregados familiares foram apoiados 2 ou mais vezes. • Foram os agregados familiares constituídos por 1 pessoa, ou seja isolados, os mais apoiados com 33% (N.º = 130). • Relativamente à proveniência de rendimentos dos agregados familiares apoiados em 2017, é de destacar um elevado número de apoios (N.º=258, correspondendo a 52% do total dos apoios efetuados) a agregados familiares com uma única fonte de rendimento. • Foram apoiados 54 agregados familiares constituídos apenas por pessoas com 65 ou mais anos, correspondendo a 14% do total dos agregados apoiados. • Foram apoiados 140 agregados familiares com crianças, correspondendo a 36% do total dos agregados apoiados.

Como já referido anteriormente, à data do envio do último relatório relativo a 2017, existiam processos de apoio pendentes em diversas CSF, pelo que se estes fossem contemplados nos Relatórios de Apoios Concedidos a Taxa de Execução situar-se-ia próxima dos 100%.

Assim, e pela apresentação dos dados constantes neste relatório, conclui-se que o FMES em 2017 revelou-se, mais uma vez, uma medida de apoio social de elevada importância na proteção de indivíduos e/ou agregados familiares, de estratos sociais em situação de comprovada carência social e económica que, por falta de meios, estão impossibilitados de ter acesso a bens, serviços e a condições básicas fundamentais, que lhes assegurem as condições mínimas de vida com dignidade e que promovam a melhoria da sua qualidade de vida.

Coimbra, 12 de março de 2018 Jorge Ferreira Luís Filipe Silva

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