RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMA PROJETO SOLARIUS Município: Mata Verde/MG

Empreendedor: Zeus Granitos Extração Comércio Importação e Exportação Ltda

Município: Gouveia/MG Setembro / 2018

ZEUS GRANITOS EXTRAÇÃO COMÉRCIO IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA – EMPREENDIMENTO (PROJETO SOLARIUS) RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL- RIMA

SUMÁRIO 1 - APRESENTAÇÃO ...... 4 2 – SOBRE O RIMA ...... 5 3 – EMPRESA RESPONSÁVEL PELO ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA ...... 7 4 – EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL ...... 7 5 – DADOS DO EMPREENDEDOR ...... 9 6 – DADOS DO EMPREENDIMENTO ...... 10

6.1. OBJETIVO DA EMPRESA ...... 10 7 - CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ...... 11

7.1. DESCRIÇÃO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DO PROJETO SOLARIUS ...... 11 7.1.1 Área diretamente afetada ...... 11 7.1.2 Área de influência direta - AID ...... 16 7.1.3 Área de influência indireta – AII ...... 17 7.1.4 Área de influência do meio socioeconômico ...... 18

7.2. TIPO DE ATIVIDADE EXERCIDA PELO EMPREENDIMENTO ...... 18

7.3. PROCESSO DO LICENCIAMENTO MINERAL - DNPM 832.998/2002 ...... 19

7.4. COMO É REALIZADO O MANEJO MINERÁRIO ...... 20 8. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO ...... 21

8.1. ASPECTOS CLIMÁTICOS ...... 21

8.2. GEOLOGIA REGIONAL ...... 22

8.3. GEOMORFOLOGIA REGIONAL E DA ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA ...... 24

8.4. CONTEXTO HIDROGEOLÓGICO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA ...... 25

8.5. HIDROGRAFIA REGIONAL ...... 26

8.6. PEDOLOGIA REGIONAL ...... 27 9 - DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO BIÓTICO ...... 28 2 9.1. FLORA REGIONAL ...... 28 9.1.1 Avaliação das espécies encontradas frente às áreas prioritárias para a conservação da flora ...... 29 9.1.2. Inserção em unidade de conservação federal/estadual e municipal ...... 30

9.2. FAUNA REGIONAL ...... 30 9.2.1. Resultados do estudo da Herpetofauna ...... 30 9.2.2. Resultados do estudo da avifauna ...... 34 9.2.3. Resultados do estudo da Mastofauna ...... 42 10. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO SOCIOECONÔMICO ...... 45

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10.1. OBJETIVO DO DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO ...... 45

10.2. DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA ...... 45

10.3. DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO DO MUNICÍPIO DE MATA VERDE/MG ...... 46 11. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS...... 50 12. PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL ...... 53

12.1 DESCRIÇÃO SUCINTA DE PROGRAMAS AMBIENTAIS RELACIONADOS COM O MEIO FÍSICO ...... 53 12.1.1 Programa de recuperação de áreas degradadas e contenção de processos erosivos 53 12.1.2 Programa de conservação da água e do solo ...... 53 12.1.3 Programa de redução do volume da pilha de rejeito/estéril ...... 53 12.1.4 Programa de controle de efluentes líquidos e oleosos associado a um programa de gerenciamento de resíduos sólidos ...... 53

12.2 PROGRAMAS AMBIENTAIS RELACIONADOS COM O MEIO BIÓTICO ...... 54 12.2.1 Programa de monitoramento da avifauna ...... 54 12.2.2 Programa de monitoramento da herpetofauna ...... 54 12.2.3 Programa de monitoramento da mastofauna ...... 54 12.2.4 Programa de monitoramento da flora ...... 54

12.3 PROGRAMAS AMBIENTAIS RELACIONADOS COM MEIO SOCIOECONÔMICO ...... 55 12.3.1 Programa de educação ambiental ...... 55

3

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1. APRESENTAÇÃO aproximadamente 20 km da malha urbana do município de Mata Verde/.

Introdução

Para a instalação de empreendimentos com potencial de gerar alterações

ambientais, como por exemplo, indústrias, minerações, barragens, usinas, entre outros, a Legislação Federal brasileira, através das resoluções do CONAMA n° 01/86 e n° 237/97, exige a elaboração de um Estudo de Impacto Ambiental e de seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA). Estes estudos são realizados para que o Estado, através do órgão ambiental competente, possa avaliar a viabilidade ambiental do projeto e conceder a Licença Ambiental.

Portanto o respectivo relatório apresentará, de forma simples e em linguagem direta, os resultados do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) elaborado para regularização do empreendimento minerário “Projeto Solarius”, o qual está sob a responsabilidade da empresa Zeus Granitos Extração Comércio Importação e Exportação Ltda.

Localização

O empreendimento minerário (projeto Solarius) encontra-se localizado na região nordeste do estado de minas Gerais, no vale do rio , precisamente na fazenda Bom Jardim, a qual está inserida a

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2. SOBRE O RIMA

Segundo a legislação ambiental vigente (CONAMA 001/86) “o RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada a sua compreensão. As informações devem ser traduzidas em linguagem acessível, ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual, de modo que se possam entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as consequências ambientais de sua implementação.

O relatório de impacto ambiental - RIMA refletirá as conclusões do estudo de impacto ambiental e deverá conter, segundo a legislação, no mínimo:

 Os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade com as políticas setoriais, planos e programas governamentais;  A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais, especificando para cada um deles, nas fases de construção e operação a área de influência, as matérias primas, e mão-de-obra, as fontes de energia, os processos e técnica operacionais, os prováveis efluentes, emissões, resíduos de energia, os empregos diretos e indiretos a serem gerados;  Síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambiental da área de influenciado projeto;

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 Descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e operação da atividade, considerando o projeto, suas alternativas, os

horizontes de tempo de incidência dos impactos e indicando os métodos, técnicas e critérios adotados para sua identificação,

quantificação e interpretação;  Caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência, comparando as diferentes situações da adoção do projeto e suas alternativas, bem como com a hipótese de sua não realização;  Descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em

relação aos impactos negativos, mencionando aqueles que não puderam ser evitados, e o grau de alteração esperado;  Programas de acompanhamento e monitoramento dos impactos;

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3. EMPRESA RESPONSÁVEL PELO ESTUDO DE 4. EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL IMPACTO AMBIENTAL - EIA

Nome: Cledson Jones Barbosa Ribeiro A elaboração do Estudo de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório Registro CREA/MG -176.958 de Impacto Ambiental (RIMA) é responsabilidade da Nativa Serviços Profissional: Ambientais LTDA., empresa constituída em 2007 e que presta serviços na Formação: Engenheiro Ambiental área de consultoria, engenharia de meio ambiente e Licenciamento Função no Projeto Coordenador do EIA e elaboração dos mapas temáticos Cultural (Patrimônio Arqueológico). A NATIVA tem sua sede no município Solarius: e imagens aéreas de Curvelo, Minas Gerais. Nome: Ricardo de Souza Santana Razão Social Nativa Serviços Ambientais Ltda. Registro CRBio: 44729/04-D CNPJ 09.466.493/0001-24 Profissional: CREA 41.998 Formação: Biólogo, Mestrado. CTF IBAMA: 800732/2009 Função no Projeto Responsável pelos Diagnósticos da Mastofauna. Solarius: Endereço para Av. Integração, Nº. 43, Centro, Curvelo – MG CEP correspondência 35790-000 Endereço Filial Patos Ed. Dr. João Borges Rua Major Gote, nº 585, sala Nome: Roberto Dayrell Ribeiro da Glória de Minas 603, 6º andar Centro Patos de Minas CEP 38700- Registro CREA MG/TO: 95.668 107. Profissional: Formação: Engenheiro . Website: www.nativameioambiente.com.br Telefone para contato (38)3722-3295 Função no Projeto Responsável pelos Diagnósticos da Vegetação/Estudo Responsável para Ricardo de Souza Santana e/ou Roberto Dayrell Solarius: técnico de alternativa locacional e plano de controle contato Ribeiro da Glória ambiental

E-mail [email protected] Nome: Adriano Marques de Souza Registro 37451/04-D

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Profissional: Solarius: Formação: Biólogo, Mestrado Função no Projeto Coordenador e Responsável pelo Diagnóstico da Nome: Sabrina Marcelino de Sousa Solarius: Herpetofauna Formação: Letras e Administração, Especialista em Estudos Ambientais. Nome: Eduardo de Carvalho Dutra Função no Projeto Auxiliar do Diagnóstico Socioeconômico. Registro CRBio: 093164/04 Solarius: Profissional: Formação: Biólogo Nome: Dilson Dutra Função no Projeto Diagnóstico Avifauna Formação: Técnico em Meio Ambiente Solarius: Função no Projeto Integrante da Equipe de Inventário Florestal e Solarius: Prospecção Espeleológica Nome: Dra. Cristiane Castañeda Registro CREA: 61.700/D Nome: Ricardo de Oliveira Profissional: Formação: Geóloga, PhD Formação: Técnico em Meio Ambiente Função no Projeto Responsável pelo diagnóstico do meio físico e Função no Projeto Integrante da Equipe de Inventário Florestal e Solarius: espeleologia Solarius: Prospecção Espeleológica Nome: Angélica Tatiana Estevam Registro CREA: 156.658/D Nome: Fernanda Lima Profissional: Formação: Ciências Contábeis Formação: Geógrafa Função no Projeto Integrante da Equipe de Análise Documental Função no Projeto Diagnóstico do meio físico (solos e Geomorfologia) Solarius: Solarius: Nome: Renata Diniz Nome Márcia Alkmim Formação: Bióloga e Estudante de Direito Formação: Letras, Profissional Master em Estudos Culturais Função no Projeto Integrante da Equipe de Análise Documental Função no Projeto Estudos do meio socioeconômico e Cultural Solarius:

8 Sede: Av. Integração, Nº. 43, centro, Curvelo – MG – CEP 35790-000 Filial: Rua Major Gote, Nº 585, sala 603, 6º andar, centro, Patos de Minas - CEP 38700-107 www.nativameioambiente.com.br (38)3722-3295

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Nome: Anna Karolinne Santos Formação: Estudante de Engenharia Ambiental Função no Projeto Estagiária Solarius:

Nome: Barbara Oliveira Formação: Estudante de Ciências Biológicas Função no Projeto Auxílio em Campo nos levantamentos de Avifauna Solarius:

Nome: Henrique Kiefer Vilhena Ramos A seguir será apresentado um quadro com dados gerais do Formação: Estudante de Biologia empreendedor. Função no Projeto Auxílio em Campo nos levantamentos de Herpetofauna

Solarius: QUADRO 1 - Dados gerais do empreendedor Nome e ração social Zeus Granitos Extração Comércio Importação e Exportação Ltda CNPJ 05.864.802/0001-63 5. DADOS DO EMPREENDEDOR A-02-06-2 - Lavra a céu aberto com ou sem Empresa Responsável pelo Empreendimento Atividade efetiva do tratamento, rochas ornamentais e de empreendimento Revestimento

A-05-04-6 - Pilha de rejeito/estéril de rochas A empresa responsável pelo (projeto Solarius) é A Zeus Granitos Extração ornamentais e de revestimento Comércio Importação e Exportação Ltda, a qual atua com atividade Endereço da empresa Avenida Luiz Tanure, Nº. 917, Centro, Medina/MG voltada a extração mineral com objetivo de atender à demanda de CEP: 39.620-000 mercado externo com a produção de granito exótico. Telefone: (33) 3753 2986

E-mail: zeus@zeusmineração.com.br

9 Sede: Av. Integração, Nº. 43, centro, Curvelo – MG – CEP 35790-000 Filial: Rua Major Gote, Nº 585, sala 603, 6º andar, centro, Patos de Minas - CEP 38700-107 www.nativameioambiente.com.br (38)3722-3295

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Responsável legal pelo Marcos Del Carlos Ferraz Cacique DNPM 832.998/2002 empreendimento Processo técnico 21158/2005

Classe do Classe: 4 6. DADOS DO EMPREENDIMENTO empreendimento conforme a DN 217 QUADRO 2- Dados gerais do empreendimento Tipo de regularização Modalidade LAC (LIC+LO) Nome e ração social Zeus Granitos Extração Comércio Critério locacional 02 Importação e Exportação Ltda Substancia mineral Granito CNPJ 05.864.802/0003-25 extraída contato Uilton A-02-06-2 - Lavra a céu aberto com ou sem Telefone (015) 999495485 Atividade efetiva do tratamento, rochas ornamentais e de empreendimento Revestimento e-mail [email protected] A-05-04-6 - Pilha de rejeito/estéril de rochas ornamentais e de revestimento 6.1. Objetivo da empresa Telefone: (33) 3753 2986

E-mail: zeus@zeusmineração.com.br Como qualquer outra empresa do ramo de extração mineral, a empresa Responsável legal pelo Marcos Del Carlos Ferraz Cacique Zeus Granitos Extração Comércio Importação e Exportação Ltda, pretende empreendimento Nome do projeto Projeto Solarius com esse projeto regularizar a situação atual do empreendimento (projeto Coordenada Geográfica X: 317550.00 m E Solarius), no intuito de atender as exigências previstas na legislação central do Projeto Solarius Y: 8253800.00 m S ambiental vigente, para continuar atendendo à demanda de mercado Fuso 24L UTM WSG84 externo e interno de rochas ornamentais e de revestimento. Portanto o Área solicitada para 18,9154hectares objetivo desse estudo é apresentar um diagnóstico ambiental e propor regularização ambiental medidas ambientais para reduzir ou mitigar os impactos advindos da Localização da área Fazenda Bom Jardim, Zona rural do município solicitada para de Mata Verde/MG exploração mineral do projeto Solarius. regularização do projeto

Solarius FCEI referência R135217/2018 Nº FOBI 0535080/2018 A

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7. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

7.1. Descrição das áreas de influência do projeto Solarius

7.1.1. Área diretamente afetada

A área diretamente afetada - ADA corresponde aos terrenos a serem ocupados pelo empreendimento, ou seja, àqueles que foram antropizados ou utilizados para a implantação e operação das estruturas atuais que compõem o projeto Solarius.

Neste sentindo a ADA foi demarcada levando em consideração todos os pontos que foram ou serão atingidos pela atividade de extração mineral. Portanto ADA delimitada para o projeto Solarius é formada por 18,9154 hectares, conforme o mapa apresentando o limite territorial da ADA do projeto Solarius.

Vale ressaltar que parte dessa área é formada por fragmentos de vegetação (porção sul), os quais não serão removidos sem autorização do órgão competente.

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Uso e ocupação do solo na ADA do projeto Solarius

A ADA delimitada para o projeto Solarius é formada por 18,9154 hectare, a qual e composta por frente de , pilha de estéril, praça de blocos, dentre outras, conforme detalhado no quadro a seguir.

QUADRO 3 - Uso e ocupação do solo da ADA proposta para o projeto Solarius Nome Área (ha) Área alterada 7,3785 ha Frente lavra 01 2,7739 ha Frente lavra 02 2,9626 ha Área para ampliação frente lavra 01 2,9862 ha Área para ampliação da pilha de 0,8743 ha rejeito Pilha de estéril 0,6257 ha Praça de blocos 0,8118 ha Alojamento 0,5024 ha Total 18,9154 ha

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7.1.1.1 Frente lavra (projeto Solarius)

A empresa Zeus Granitos Extração Comercio Importação e Exportação Ltda, é responsável pelo empreendimento minerário (projeto Solarius), o qual é formado por duas frentes de lavras, as quais estão inseridas sobre o DNPM nº. 832.998/2002. O empreendedor pretende operar após concessão da licença ambiental com capacidade de produção anual bruta estimada em 10.800 m3/ano.

QUADRO 4 - Produção estimado do projeto Solarius Material Produção Massa Produção Produção anual anual (m3) específica (ton) mensal (ton) (ton) Minério 5400 1.163,25 13.959 (blocos) Estéril 5.400 2,585 t/m³ 1.163,25 13.959 Total 10.800 2.326,50 27.918

QUADRO 5 – Frentes de lavras existentes no empreendimento projeto Solarius Nome DNPM Situação Área (ha)

Frente de lavra I Atividades 2,7739 ha 832.998/2002 suspensas Frente lavra II 2,9626 ha

Total 5,7365 ha

Área solicitada para ampliação da frente de lavra I

A frente lavra I do (projeto Solarius) tende a evoluir no sentindo nordeste do empreendimento em questão. Vale ressaltar que a área disponível para

13 Sede: Av. Integração, Nº. 43, centro, Curvelo – MG – CEP 35790-000 Filial: Rua Major Gote, Nº 585, sala 603, 6º andar, centro, Patos de Minas - CEP 38700-107 www.nativameioambiente.com.br (38)3722-3295

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ampliação equivale a 2,9862 hectare. A referida área está sendo requerida 7.1.1.2 Pilha de rejeito/estéril

para aumentar área de exploração do material. Atualmente o empreendimento minerário (projeto Solarius) é composto por

apenas uma pilha de rejeito/estéril, ou depósito controlado de rejeito com área equivalente a 0,6257 hectares, conforme a imagem a seguir:

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Áreas solicitada para ampliação da pilha de rejeito/estéril (projeto Solarius)

A área solicitada para ampliação da pilha de rejeito/estéril do empreendimento minerário (projeto Solarius) é composta por 0,8443 hectares, conforme apresentado na imagem a seguir:

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7.1.1.3 Estruturas de apoio Neste sentido considerou-se como a área diretamente afetada os limites

territoriais do imóvel rural, no intuito de promover o controle ambiental do A local onde foi instalado as estruturas de apoio como o local. (alojamento/vestiário/refeitório possui uma área equivalente a 0,5024 hectares, conforme a imagem a seguir:

7.1.2 Área de influência direta - AID

A de influência direta - AID corresponde a área geográfica a ser afetada pelos impactos indiretos, ou seja, impactos secundários decorrentes dos impactos de primeira ordem (diretos) do empreendimento projeto Solarius.

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7.1.3 Área de influência indireta – AII

No momento da elaboração das simulações para definição da área de influência indireta, foram abordados os seguintes temas:

- Paisagem;

- Ruídos;

- Efeitos atmosféricos;

- Micro bacia hidrográfica;

- Aspecto cênico.

Assim, os limites descritos da Área influência Indireta - AII foram definidos de acordo com a micro bacias que compõem a bacia hidrográfica Rio Jequitinhonha, além dos locais onde o empreendimento possa ser visto, uma vez que haverá impacto visual, provocado com alteração da paisagem. Para definição da AII levou em consideração ainda os impactos relativos a ruídos provocados com operação do referido empreendimento.

Portando a seguir será apresentada a poligonal da área de influência indireta – AII do projeto Solarius, conforme mapa o abaixo.

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7.1.4 Área de influência do meio socioeconômico

De acordo com o TR, em relação ao meio socioeconômico a investigação deve levar em conta os conceitos:

Área de influência direta - AID-mse: compreende, além da própria área diretamente afetada com relação aos meios físico e biótico, as áreas das localidades urbanas - vilas, povoados, etc, próximas da área de inserção da propriedade.

Área de influência indireta - AII-mse: compreende obrigatoriamente o município em cujo território se insere a AID/mse, podendo incorporar outros municípios que porventura recebam impactos diretos ou indiretos da propriedade.

A seguir será apresentado um mapa indicando a localização da ADA do projeto Solarius dentro dos limites territoriais do município de Mata Verde/MG. É importante ressaltar que o empreendimento está aproximadamente 20 km distancia da sede do referido município.

Dessa forma, de acordo com o TR da SUPRAM, toda a área onde o

empreendimento está estruturado será considerado AID para o 7.2. Tipo de atividade exercida pelo empreendimento diagnóstico socioeconômico. Outro objeto de estudo será a sede do município de Mata Verde como AII, por ser o município onde está O empreendimento em questão exerce atividade de mineração de rocha localizado o projeto Solarius, o qual possui atividade de extração mineral. ornamental, sendo que o material a ser lavrado é o granito, que será

18 Sede: Av. Integração, Nº. 43, centro, Curvelo – MG – CEP 35790-000 Filial: Rua Major Gote, Nº 585, sala 603, 6º andar, centro, Patos de Minas - CEP 38700-107 www.nativameioambiente.com.br (38)3722-3295

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extraído e vendido em forma de blocos nas próprias frentes de lavra. Estes blocos serão posteriormente desdobrados em chapas, utilizadas na construção civil como revestimento, piso, bancadas, mesas, etc. A seguir será apresentado um quadro com informações sobre as atividades previstas no empreendimento.

QUADRO 6 – Atividade do empreendimento conforme DN Copam nº 217 , de 06 de dezembro de 2017 Atividade Principal Código-DN- Unidade Quantidade 74/2004 (X) Rochas ornamentais e Produção 10.800m³/ano de revestimento A-02-06-2 Bruta em m³/ano ( x ) Pilhas de rejeito/estéril Área útil em 1,5 ha A-05-04-5 ha

7.3. Processo do licenciamento mineral - DNPM 832.998/2002

De acordo com dados extraídos do Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM, as frentes de lavra que compõem o empreendimento projeto Solarius encontram-se inseridas dentro dos limites territoriais estabelecidos pela poligonal registrada sob o número de DNPM 832.998/2002. No entanto as demais estruturas apoio (pilha estéril, praça de blocos, alojamento, etc) estão inseridas nos DNPM(s) 830.271.2003 e 830.228/2003, conforme apresentado nos mapas a seguir

QUADRO 7 – Dados básicos do processo DNPM 832.998/2002 Processo DNPM 832.998/2002 Área (ha) 497,59 hectares Fase atual Requerimento de lavra

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O processo de extração de granitos, começa nas jazidas, ou seja, reservas naturais de imensas montanhas rochosas, onde são encontradas estas qualidades de pedras em sua forma natural. Os blocos de granitos são extraídos através de cortes realizados com fios diamantados e ferramental que fatiam o material em forma de blocos, formando bancadas variando de 2m a 10m de altura, dependendo do tipo e qualidade de material a ser extraído.

Em resumo o manejo de uma rocha ornamental é realizado lentamente, em etapa para reduzir a perda de material e garantir a qualidade do produto final. Após o desmonte da rocha ocorre a separação dos blocos que será armazenado de acordo com a qualidade do material em praça formadas conforme indicado na imagem a seguir.

O desmonte da cobertura e o carregamento, incluindo o material rejeitado, QUADRO 8 - Coordenadas geográficas da poligonal do DNPM Latitude Longitude será feito por intermédio de uma pá mecânica e eventualmente por -15°47'17''765 -40°43'12''531 escavadeira. -15°46'22''888 -40°43'12''531 -15°46'22''882 -40°41'33''422 -15°47'17''427 -40°41'33''414 O material será disposto sob a forma de pilha ascendente, de preferência -15°47'17''427 -40°41'33''818 com o material terroso mais na superfície da pilha, servindo para diminuir -15°47'17''759 -40°41'33''817 -15°47'17''765 -40°43'12''531 os vazios entre os blocos, criando uma superfície passível de ser vegetada. 7.4. Como é realizado o manejo minerário

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A relação estéril/minério (rocha granítica aproveitável) é considerada igual 8. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO a 4/1; incluindo no estéril a cobertura de solo e rocha decomposta, juntamente com a rocha lavrada e descartada por não atender às 8.1. Aspectos climáticos exigências do mercado. A geração média de estéril e rejeito, considerando a lavra de um total de 2500m³/mês e uma recuperação da ordem de 30%, Variáveis Atmosféricas é prevista em um volume aproximado de 500m³/mês de rocha “in situ”. Os dados de precipitação e temperatura média da estação climatológica de , série histórica de 1991 a 2013, foram tratados e empregados na elaboração do climograma regional o qual representa a caracterização climática da área de inserção do empreendimento, apresentando a distribuição pluviométrica e de temperatura média ao longo do ano, conforme demonstrado no gráfico a seguir

Gráfico 1 - Climograma da Estação de Pedra Azul.

Fonte: INMET (1991-2016)

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Gráfico 2 - Temperaturas Mínima, Máxima e Média na estação de Pedra Azul GRÁFICO 4 - VELOCIDADE DO VENTO NA ESTAÇÃO DE PEDRA AZUL.

Fonte: INMET (1991-2016)

Fonte: INMET (1991-2013) 8.2. Geologia regional Gráfico 3 - Correlação entre precipitação, evaporação e umidade relativa do ar na Estação de Pedra Azul. A área de inserção do empreendimento situa-se próxima ao limite geopolítico entre os estados de Minas Gerais e Bahia que em escala regional está inserida na Província Mantiqueira, especificamente, no domínio externo do Orógeno Araçuaí-Rio Doce que se encontra confinado entre o Terreno Itapetinga, Bloco Gavião e Arco Bloco Jequié na Bahia e o Complexo Jequitinhonha, a sul, em Minas Gerais, conforme figura a seguir.

Fonte: INMET (1991-2016)

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A imagem acima apresenta a visão geral das áreas de influência com solos espessos mais avermelhados e afloramentos graníticos na média/alta vertente dos morros.

Neste domínio estão expostas rochas metassedimentares neoproterozóicas representados por litotipos da Formação Ribeirão da Folha do Grupo Macaúbas intrudidos por suítes magmáticas sin- a tardi-orogênicas e anorogênicas (SOUZA et al, 2004).

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8.3. Geomorfologia regional e da área de influência indireta

A região de inserção do empreendimento (projeto Solarius) está inserida, geomorfologicamente, na unidade planaltos dissecados do centro-sul e do leste de Minas Gerais, modelada sobre o Complexo Granítico-Gnáissico, conforme o mapeamento geomorfológico de Minas Gerais (CETEC, 1982). A seguir uma imagem do relevo regional em colinas convexizadas

A seguir será apresentado o mapa hipsométrico e declividade da região de inserção do empreendimento projeto Solarius.

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Folha, outro sistema fraturado conformado pelo granito e, em ambos, um sistema poroso balizado pelas coberturas recentes e subordinado aos demais.

8.4. Contexto hidrogeológico das áreas de influência

O potencial hidrogeológico das áreas de influência compreende três sistemas de aquíferos pendentes os quais estão associados a um sistema fraturado desenvolvido pelos litotipos xistosos da Formação Ribeirão da

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8.5. Hidrografia regional

As áreas de influência encontram-se inseridas na bacia hidrográfica do rio Jequitinhonha, especificamente na subbacia do rio Panela, afluente da margem esquerda deste rio, num trecho que abrange o córrego Banquinho. Esses cursos de água compõem a unidade de planejamento e gestão do Médio/Baixo Jequitinhonha. A seguir uma imagem do córrego Banquinho.

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8.6. Pedologia regional

Segundo o mapeamento de solos regional UFV et al. (2010) a distribuição pedológica na Área de Influência Indireta (AII) do empreendimento abrange a unidade de mapeamento de solo LAd7.

A área de influência indireta - AII do empreendimento é abrangida em sua totalidade pela referida unidade (LAd7), a qual compreende LATOSSOLO AMARELO Distrófico húmico associado à LATOSSOLO VERMELHO- AMARELO e CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico típico, conforme as imagens a seguir.

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9. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO BIÓTICO

9.1. Flora regional

Na área do empreendimento foram identificados os Biomas Cerrado e Mata Atlântica, representado pela fitofisionomia da Floresta Estacional Semidecidual montana e sub montana de acordo com Zoneamento Econômico Ecológico de Minas Gerais.

Além disso, formações antrópicas também foram identificadas, como áreas de mineração, áreas de pastagens, cultivos agrícolas, estradas, entre outros, conforme imagem a seguir.

A seguir é apresentado o mapa da vegetação ocorrente na região do empreendimento

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9.1.1 Avaliação das espécies encontradas frente às áreas prioritárias para a conservação da flora

De acordo com dados do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE-MG), bem como a Fundação Biodiversitas, o projeto Solarius está situado na área 29, a qual é classificada (categoria extrema) como prioritária para conservação da flora.

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9.1.2. Inserção em unidade de conservação federal/estadual e municipal 9.2. Fauna regional

Em relação a Unidades de Conservação (UC’s), pode se dizer que o 9.2.1. Resultados do estudo da Herpetofauna empreendimento minerário (Projeto Solarius) não se encontra inserido em nenhuma unidade de conservação ou zona de amortecimento. Anfíbios e répteis são, particularmente, considerados espécies indicadoras, em potencial, de qualidade ambiental por possuírem estreita relação com seus respectivos habitats, sendo importante o conhecimento dessa biodiversidade para avaliar o estado de conservação de seus ambientes.

Os anfíbios são organismos altamente susceptíveis aos efeitos da perda de habitat bem como contaminações, principalmente devido às características específicas de sua biologia, como o ciclo de vida bifásico, a dependência de condições de umidade para a reprodução, pele altamente permeável, o padrão de desenvolvimento embrionário, aspectos da biologia populacional e interações complexas com a comunidade em que se inserem. (BARINAGA, 1990; PHILLIPS, 1990; BLAUSTEIN & WAKE, 1994; UETANABARO et al., 2008).

A Mata Atlântica abriga uma das maiores diversidades de anfíbios do mundo, com espécies endêmicas e com o maior número de espécies ameaçadas do Brasil. (SUBIRÁ et al., 2012; HADDAD et al., 2013) A anurofauna do domínio da Mata Atlântica pode ser considerada pouco conhecida, visto que a velocidade de destruição do bioma tem sido muito

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maior do que a possibilidade de coleta de dados por ecólogos e zoólogos. (POMBAL JR., 1997). Os lagartos constituem um dos grupos mais ricos e diversos entre os No que se refere ao cerrado, são conhecidas, pelo menos, 150 espécies répteis. A riqueza do grupo e a extensão geográfica de sua área de de anfíbios e aproximadamente 28% dessas espécies são endêmicas distribuição nos neotrópicos são bastante expressivas. Só no Brasil, já desse bioma. (KLINK & MACHADO 2005). Poucos trabalhos tratam das foram registradas mais de 241 espécies de lagartos abrangendo um total taxocenoses de anuros do cerrado, destacando-se aqueles desenvolvidos de dez famílias diferentes. A importância dessa classe é tão significativa na Serra da Canastra, no município de João Pinheiro e na Serra do Cipó que estudiosos se têm esforçado para atribuir aos lacertílios o devido (MG). (ETEROVICK & SAZIMA ,2004; SILVEIRA 2006). reconhecimento como organismos modelo para a ecologia (HUEY et. al, 1983; VITT & PIANKA, 1994). Apesar do alto número de espécies, é importante ressaltar que populações de répteis estão decrescendo e, assim como os anfíbios,demonstram um declínio global na biodiversidade. (POUGH et al., 2003)

Polychrus acutirostris Spix, 1825 Ameiva ameiva (Linnaeus, 1758)

Nas últimas três décadas, herpetólogos de todo o mundo registraram declínios em populações de anfíbios (PHILLIPS, 1990; ETEROVICK et al., 2005). Esse declínio ou extinção das populações pode ocorrer devido a Hypsiboas crepitans (Wied-Neuwied, Leptodactylus latrans (Steffen, 1815) uma interação entre efeitos locais e fatores globais. Na Mata Atlântica, por 1824)

exemplo, tal efeito já foi registrado em algumas regiões como Boracéia e Serra do Japi, em São Paulo, e Santa Tereza, no Espírito Santo. (HEYER Por meio de dados primários se registrou uma comunidade et al., 1988; WEYGOLDT, 1989; HADDAD & SAZIMA, 1992; ETEROVICK herpetofaunística formada por (18) dezoito espécies sendo que (11) onze et al., 2005) são anfíbios anuros e, (7) sete, répteis squamata. Para os anfíbios foram

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registradas (3) três famílias: Bufonidae, Hylidae e Leptodactylidae. Para Tipo Classificaç Categoria répteis, registraram-se (6) seis famílias: Dipsadidae, Viperidae, Nome de Méto ão de Ameaça Táxon popular Regist do M B IUC Amb Dist Tropiduridae, Gekkonidae, Teiidae e Polychrotidae. Em virtude da ro G R N Hypsiboas TCS, LP,A ausência de corpos d´água significativos na ADA e entorno não foram Perereca- F F albopunctatus (Spix, V,Voc BA,Z L,P, CE LC carneiro P P registradas espécies de quelônios e crocodilianos na área. 1824) O AD TCS, LP,A Hypsiboas faber (Wied- Sapo F F V,Voc BA,Z L,P, CE LC Neuwied, 1821) Martelo P P QUADRO 9 - Lista de répteis e anfíbios para a área do empreendimento O AD Perereca Scinax fuscovarius (A. BA,Z LP,P F F Tipo Classificaç Categoria de V,Voc C LC Lutz, 1925) O ,AD P P Nome de Méto ão de Ameaça banheiro Táxon popular Regist do M B IUC Amb Dist Leptodactylidae ro G R N Rã Leptodactylus fuscus BA,Z LP,A F F AMPHIBIA assobiador Voc,V CE LC (Schneider, 1799) O L P P ANURA a Leptodactylus latrans Rã BA,Z LP,A F F Bufonidae Voc,V CE LC TCS, (Steffen, 1815) manteiga O L P P Rhinella mirandaribeiroi Sapo CR,L F F V, Voc BA,Z CE LC TCS, LP,A (Gallardo, 1965) rugoso P P P Physalaemus cuvieri Rã- CE/ F F O, AE V,Voc BA,Z L,P, LC Fitzinger, 1826 cachorro MT P P Hylidae O AD MG, TCS, REPTILIA Hypsiboas crepitans CR,L F F Perereca V,Voc BA,Z CE LC SQUAMATA/SAURIA (Wied-Neuwied, 1824) P,P, P P O AD Polychrotidae MG, TCS, Dendropsophus TCS, Lagarto AB,A F F Pererequin CR,L F F Polychrus acutirostris V BA, CE LC branneri (Cochran, V,Voc BA,Z CE LC preguiça F P P ha P,P, P P Spix, 1825 AE 1948) O AD Gekkonidae MG, Hemidactylus mabouia TCS, Dendropsophus TCS, AB,A F F Perereca CR,L F F (Moreau de Jonnes, Lagartixa V BA, CE LC elegans (Wied- V,Voc BA,Z CE LC F P P de moldura P,P, P P 1818) AE Neuwied, 1824) O AD Tropiduridae MG, TCS, TCS, Dendropsophus CR,L CE/ F F AB,A F F Perereca V,Voc BA,Z LC Tropidurus itambere Calango V BA, CE LC minutus (Peters, 1872) P,P, MT P P F P P O Rodrigues, 1987 AE AD Teiidae

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Tipo Classificaç Categoria Nome de Méto ão de Ameaça Táxon popular Regist do M B IUC Amb Dist ro G R N Ameiva ameiva AF, MT, F F Calango V BA LC (Linnaeus, 1758) MG CE P P Salvator merianae AF, MT, F F Teiu V BA,E LC Duméril & Bibron, 1839 MG CE P P SQUAMATA/OPHIDIA Viperidae Crotalus durissus AB,A F F Cascavel V BA,E CE LC Linnaeus, 1758 F P P Dipsadidae Oxyrhopus trigeminus TCS, AB,A F F Duméril, Bibron e Coral falsa V CE LC BA F P P Duméril, 1854

Foi identificado alguma espécie rara, endêmica e ameaçada de extinção, relacionadas com a Herpetofauna?

Não foram registradas espécies ameaçadas de extinção, endêmicas, carentes de dados científicos e/ou com algum grau de ameaça nas listas estadual, nacional e global de espécies ameaçadas.

O empreendimento encontra-se inserido em área prioritária para a conservação da herpetofauna?

De acordo com as informações do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE-MG), Fundação Biodiversitas e do Sistema de Informação Ambiental de Minas Gerais (SIAM-MG), o empreendimento está situado em área de importância muito alta para a conservação da herpetofauna (área 4 – Médio Jequitinhonha), conforme mapa a seguir.

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Consideração final A área de estudo está inserida na transição entre dois biomas: Cerrado e Floresta Atlântica, sendo que as fitofisionomias mais marcantes para a Conclui-se que o estudo foi eficiente para diagnóstico da comunidade Avifauna são: Campos Rupestres, Cerrado Sensu Strictu e a Floresta herpetofaunística local com predomínio de espécies típicas dos biomas Estacional Semidecidual. A Mata Atlântica é o segundo bioma brasileiro Mata Atlântica e Cerrado sendo a maioria com ampla distribuição com maior riqueza de aves com cerca de 1020 espécies, sendo que 188 geográfica podendo ocorrer também em outros biomas. A maioria são endêmicas do bioma e 112 espécies estão inseridas em categorias de apresenta, também, hábitos generalistas e comuns em ambientes com ameaça, o que corresponde a 63% do total das espécies de aves diferentes graus de antropização. ameaçadas no Brasil. (MARINI & GARCIA, 2005)

No Cerrado são encontradas um total de 837 espécies de aves, 36 9.2.2. Resultados do estudo da avifauna espécies endêmicas e 48 espécies de aves inseridas em categoria de

ameaça, sendo o segundo colocado em número de espécies de aves As aves possuem taxonomia bem estabelecida e muitas espécies ameaçadas no território brasileiro. (MARINI & GARCIA, 2005) apresentam comportamento bastante conspícuo. Por estarem presentes

em todos os biomas e ocuparem uma grande diversidade de nichos Os campos rupestres, embora atualmente considerados como uma ecológicos, são consideradas excelentes indicadoras da diversidade dos tipologia do Cerrado, podem abrigar espécies de aves de outros biomas ecossistemas. (VIELLIARD et al. 2010) como da Mata Atlântica; em determinados locais é inclusive avaliado como

ecótone. Tanto o Cerrado quanto a Mata Atlântica são biomas prioritário Minas Gerais está entre os estados brasileiros com maior biodiversidade para a conservação da biodiversidade, sendo considerados “hot spots” faunística, abrigando aproximadamente 780 espécies de aves. mundiais. (MITTERMEIER et al., 1999). (MACHADO et al., 2008) A distribuição do estado dentro do continente brasileiro abrange três grandes biomas Brasileiros (Cerrado, Floresta Atlântica e Caatinga) e inúmeras fisionomias ambientais (Campos Rupestres, Florestas secas, Florestas úmidas entre outras). (AZEVEDO & MACHADO, 2008)

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Depen Alim d. Táxons Nome popular Status enta Flores ção tal Penelope obscura Temminck, 1815 jacuguaçu R F 3 Cathartiformes Seebohm, 1890 Cathartidae Lafresnaye, 1839 urubu-de-cabeça- Cathartes aura (Linnaeus, 1758) R C 1 vermelha urubu-de-cabeça- Capsiemps flaveola Colaptes melanochlorus Cathartes aura (Linnaeus, 1758) R C 1 vermelha

Coragyps atratus (Bechstein, 1793) urubu R C 1 Dados primários e análises Accipitriformes Bonaparte, 1831 Accipitridae Vigors, 1824

Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) gavião-carijó R I/C 1 Após a realização do inventariamento em campanhas sazonais registrou- Heterospizias meridionalis (Latham, R C 1 se, para a área do empreendimento, uma comunidade avifaunística 1790) gavião-caboclo Gruiformes Bonaparte, 1854 composta por 114 espécies de aves distribuídas em 38 famílias. A tabela Rallidae Rafinesque, 1815 abaixo mostra os detalhes sobre guilda trófica, dependência florestal bem Mustelirallus albicollis (Vieillot, 1819) sanã-carijó R O 2 como o status de conservação das aves registradas nesse estudo. Pardirallus nigricans (Vieillot, 1819) saracura-sanã R O 2 Charadriiformes Huxley, 1867 QUADRO 10 - Total de espécies registradas durante o estudo Charadrii Huxley, 1867 Depen Alim d. Charadriidae Leach, 1820 Táxons Nome popular Status enta Flores ção Vanellus chilensis (Molina, 1782) quero-quero R O 1 tal Columbiformes Latham, 1790 Tinamiformes Huxley, 1872 Columbidae Leach, 1820 Tinamidae Gray, 1840 Columbina talpacoti (Temminck, R G 1 Crypturellus tataupa (Temminck, 1810) rolinha 1815) inambu-chintã R O 1 Columbina squammata (Lesson, R G 1 Galliformes Linnaeus, 1758 1831) fogo-apagou Cracidae Rafinesque, 1815 Columbina picui (Temminck, 1813) rolinha-picuí R G 1

35 Sede: Av. Integração, Nº. 43, centro, Curvelo – MG – CEP 35790-000 Filial: Rua Major Gote, Nº 585, sala 603, 6º andar, centro, Patos de Minas - CEP 38700-107 www.nativameioambiente.com.br (38)3722-3295

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Depen Depen Alim Alim d. d. Táxons Nome popular Status enta Táxons Nome popular Status enta Flores Flores ção ção tal tal Patagioenas picazuro (Temminck, sobre-cinzento R G/F 2 1813) asa-branca Patagioenas cayennensis Trochilidae Vigors, 1825 R G/F 2 (Bonnaterre, 1792) pomba-galega Phaethornithinae Jardine, 1833 Patagioenas plumbea (Vieillot, 1818) pomba-amargosa R G/F 3 Phaethornis pretrei (Lesson & rabo-branco- R Delattre, 1839) acanelado N 2 Leptotila verreauxi (Bonaparte, 1855) juriti-pupu R G/F 2 Leptotila rufaxilla (Richard & Bernard, juriti-de-testa- Trochilinae Vigors, 1825 R G/F 3 1792) branca Eupetomena macroura (Gmelin, R N 1 1788) beija-flor-tesoura Cuculiformes Wagler, 1830 beija-flor-de- Amazilia lactea (Lesson, 1832) R N 2 Cuculidae Leach, 1820 peito-azul Cuculinae Leach, 1820 Trogoniformes A. O. U., 1886 Piaya cayana (Linnaeus, 1766) alma-de-gato R I 2 Trogonidae Lesson, 1828 Crotophaginae Swainson, 1837 Trogon surrucura Vieillot, 1817 surucuá-variado R I 3 Crotophaga ani Linnaeus, 1758 anu-preto R I/C 1 Galbuliformes Fürbringer, 1888 Guira guira (Gmelin, 1788) anu-branco R I/C 1 Galbulidae Vigors, 1825 Taperinae Verheyen, 1956 Galbula ruficauda Cuvier, 1816 ariramba R I 2 Tapera naevia (Linnaeus, 1766) saci R I 3 Bucconidae Horsfield, 1821 Strigiformes Wagler, 1830 Nystalus chacuru (Vieillot, 1816) joão-bobo R I/C 2 chora-chuva- Strigidae Leach, 1820 Monasa nigrifrons (Spix, 1824) preto R I/C 2 Glaucidium brasilianum (Gmelin, R I/C 2 1788) caburé Piciformes Meyer & Wolf, 1810 Athene cunicularia (Molina, 1782) coruja-buraqueira R I/C 1 Picidae Leach, 1820 picapauzinho- Caprimulgiformes Ridgway, 1881 Picumnus cirratus Temminck, 1825 R barrado I 2 Caprimulgidae Vigors, 1825 Veniliornis passerinus (Linnaeus, pica-pau- R Nyctidromus albicollis (Gmelin, 1789) bacurau R I 2 1766) pequeno I 2 Colaptes melanochloros (Gmelin, pica-pau-verde- R Apodiformes Peters, 1940 1788) barrado I 2 Apodidae Olphe-Galliard, 1887 Cariamiformes Fürbringer, 1888 Chaetura cinereiventris Sclater, 1862 andorinhão-de- R I 1

36 Sede: Av. Integração, Nº. 43, centro, Curvelo – MG – CEP 35790-000 Filial: Rua Major Gote, Nº 585, sala 603, 6º andar, centro, Patos de Minas - CEP 38700-107 www.nativameioambiente.com.br (38)3722-3295

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Depen Depen Alim Alim d. d. Táxons Nome popular Status enta Táxons Nome popular Status enta Flores Flores ção ção tal tal Cariamidae Bonaparte, 1850 Furnarioidea Gray, 1840 Cariama cristata (Linnaeus, 1766) seriema R I/C 1 Xenopidae Bonaparte, 1854 Falconiformes Bonaparte, 1831 Xenops rutilans Temminck, 1821 bico-virado-carijó R I 2 Falconidae Leach, 1820 Furnariidae Gray, 1840 Caracara plancus (Miller, 1777) carcará R C 1 Furnariinae Gray, 1840 casaca-de-couro- Milvago chimachima (Vieillot, 1816) carrapateiro R I/C 1 Furnarius leucopus Swainson, 1838 amarelo R I 2 Psittaciformes Wagler, 1830 Furnarius rufus (Gmelin, 1788) joão-de-barro R I 1 Psittacidae Rafinesque, 1815 Philydorinae Sclater & Salvin, 1873 Psittacara leucophthalmus (Statius R Muller, 1776) periquitão F 1 Clibanornis rectirostris (Wied, 1831) cisqueiro-do-rio R I 3 -da- Synallaxiinae De Selys- Eupsittula cactorum (Kuhl, 1820) caatinga R, E F 1 Longchamps, 1839 (1836) Forpus xanthopterygius (Spix, 1824) tuim R F 1 Phacellodomus rufifrons (Wied, 1821) joão-de-pau R I 2 Passeriformes Linnaeus, 1758 Synallaxis frontalis Pelzeln, 1859 petrim R I 3 Tyranni Wetmore & Miller, 1926 Synallaxis albescens (Temminck, 1823) uí-pi R I 1 Thamnophilida Patterson, 1987 Tyrannides Wetmore & Miller, 1926 Thamnophilidae Swainson, 1824 Tyrannida Wetmore & Miller, 1926 Thamnophilinae Swainson, 1824 Pipridae Rafinesque, 1815 Thamnophilus pelzelni Hellmayr, 1924 choca-do-planalto R, E I 3 Ilicurinae Prum, 1992 Thamnophilus caerulescens Vieillot, Chiroxiphia caudata (Shaw & Nodder, R I 3 R, MA O 3 1816 choca-da-mata 1793) tangará papa-taoca-do- Pyriglena leucoptera (Vieillot, 1818) R, MA I 3 Tyrannoidea Vigors, 1825 sul Conopophagidae Sclater & Salvin, Rhynchocyclidae Berlepsch, 1907 1873 Rhynchocyclinae Berlepsch, 1907 Conopophaga lineata (Wied, 1831) chupa-dente R I 3 bico-chato- Tolmomyias flaviventris (Wied, 1831) R I 3 Furnariida Sibley, Ahlquist & amarelo Monroe, 1988 Todirostrinae Tello, Moyle, Marchese & Cracraft, 2009

37 Sede: Av. Integração, Nº. 43, centro, Curvelo – MG – CEP 35790-000 Filial: Rua Major Gote, Nº 585, sala 603, 6º andar, centro, Patos de Minas - CEP 38700-107 www.nativameioambiente.com.br (38)3722-3295

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Depen Depen Alim Alim d. d. Táxons Nome popular Status enta Táxons Nome popular Status enta Flores Flores ção ção tal tal Todirostrum poliocephalum (Wied, R, E, MA I 2 Tyrannus melancholicus Vieillot, 1819 suiriri R I 1 1831) teque-teque Poecilotriccus plumbeiceps Empidonomus varius (Vieillot, 1818) peitica R, Mi O 2 R I 3 (Lafresnaye, 1846) tororó Fluvicolinae Swainson, 1832 Hemitriccus diops (Temminck, 1822) olho-falso R, MA I 3 Myiophobus fasciatus (Statius Muller, R Tyrannidae Vigors, 1825 1776) filipe I 2 lavadeira- Fluvicola nengeta (Linnaeus, 1766) R I 1 Elaeniinae Cabanis & Heine, 1860 mascarada Euscarthmus meloryphus Wied, 1831 barulhento R I 2 Passeri Linnaeus, 1758 Camptostoma obsoletum (Temminck, R I 1 Corvida Wagler 1830 1824) risadinha guaracava-de- Vireonidae Swainson, 1837 Elaenia flavogaster (Thunberg, 1822) R O 2 barriga-amarela Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789) pitiguari R I 2 guaracava- Hylophilus amaurocephalus vite-vite-de-olho- Elaenia spectabilis Pelzeln, 1868 R, E grande R O 2 (Nordmann, 1835) cinza I 2 Elaenia chiriquensis Lawrence, 1865 chibum R O 2 Passerida Linnaeus, 1758 guaracava-de- Myiopagis viridicata (Vieillot, 1817) R I 3 crista-alaranjada Hirundinidae Rafinesque, 1815 Capsiempis flaveola (Lichtenstein, marianinha- Pygochelidon cyanoleuca (Vieillot, andorinha- R I 2 R I 1 1823) amarela 1817) pequena-de-casa Phyllomyias fasciatus (Thunberg, Stelgidopteryx ruficollis (Vieillot, andorinha- R I 2 R 1822) piolhinho 1817) serradora I 1 andorinha-do- Tyranninae Vigors, 1825 Progne tapera (Vieillot, 1817) R campo I 1 maria-cavaleira- Myiarchus tyrannulus (Statius Muller, de-rabo- R Troglodytidae Swainson, 1831 1776) Troglodytes musculus Naumann, enferrujado I 2 R Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1823 corruíra I 1 R Pheugopedius genibarbis (Swainson, garrinchão-pai- 1766) bem-te-vi O 1 R 1838) avô I 3 Machetornis rixosa (Vieillot, 1819) suiriri-cavaleiro R I 1 Megarynchus pitangua (Linnaeus, Polioptilidae Baird, 1858 R balança-rabo-de- 1766) neinei O 2 Polioptila plumbea (Gmelin, 1788) bentevizinho-de- chapéu-preto R I 2 Myiozetetes similis (Spix, 1825) penacho- R Turdidae Rafinesque, 1815 vermelho O 1 Turdus leucomelas Vieillot, 1818 sabiá-branco R O 2

38 Sede: Av. Integração, Nº. 43, centro, Curvelo – MG – CEP 35790-000 Filial: Rua Major Gote, Nº 585, sala 603, 6º andar, centro, Patos de Minas - CEP 38700-107 www.nativameioambiente.com.br (38)3722-3295

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Depen Depen Alim Alim d. d. Táxons Nome popular Status enta Táxons Nome popular Status enta Flores Flores ção ção tal tal Turdus amaurochalinus Cabanis, R Nemosiinae Bonaparte, 1854 1850 sabiá-poca O 2 Compsothraupis loricata R, E O 3 Turdus albicollis Vieillot, 1818 sabiá-coleira R O 3 (Lichtenstein, 1819) tiê-caburé Mimidae Bonaparte, 1853 Diglossinae Sclater, 1875 Mimus saturninus (Lichtenstein, R Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766) canário-da-terra R G 1 1823) sabiá-do-campo O 1 Passerellidae Cabanis & Heine, Hemithraupinae Sundevall, 1872 1850 Hemithraupis ruficapilla (Vieillot, R, E, MA O 3 Zonotrichia capensis (Statius Muller, 1818) saíra-ferrugem R 1776) tico-tico O 1 Tachyphoninae Bonaparte, 1853 tico-tico-do- Ammodramus humeralis (Bosc, 1792) R campo G 1 Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766) tiziu R G 1 Coryphospingus pileatus (Wied, Parulidae Wetmore, Friedmann, Lincoln, Miller, Peters, van R O 2 Rossem, Van Tyne & Zimmer 1947 1821) tico-tico-rei-cinza Geothlypis aequinoctialis (Gmelin, Dacninae Sundevall, 1836 1789) pia-cobra R I 2 Tersina viridis (Illiger, 1811) R Basileuterus culicivorus (Deppe, saí-andorinha O 2 R 1830) pula-pula I 3 Dacnis cayana (Linnaeus, 1766) saí-azul R O 2 Myiothlypis flaveola Baird, 1865 canário-do-mato R I 3 Coerebinae d'Orbigny & Lafresnaye, 1838 Icteridae Vigors, 1825 Coereba flaveola (Linnaeus, 1758) cambacica R N 2 Icterus jamacaii (Gmelin, 1788) corrupião R, E O 1 Sporophilinae Ridgway, 1901 Gnorimopsar chopi (Vieillot, 1819) pássaro-preto R O 1 R asa-de-telha- Sporophila nigricollis (Vieillot, 1823) baiano G 1 Agelaioides fringillarius (Spix, 1824) R, E papa-capim-de- pálido O 1 Sporophila ardesiaca (Dubois, 1894) 1 costas-cinzas R G Molothrus bonariensis (Gmelin, 1789) R chupim O 1 Sporophila angolensis (Linnaeus, R, CR 2 Thraupidae Cabanis, 1847 1766) curió (MG) G Thraupinae Cabanis, 1847 Embirizoidinae Burns, Shultz, Title, Mason, Barker, Klicka, Lanyon & Lovette, 2014 Paroaria dominicana (Linnaeus, cardeal-do- Emberizoides herbicola (Vieillot, canário-do- R, E O 1 R 1758) nordeste 1817) campo O 1 Tangara sayaca (Linnaeus, 1766) sanhaço-cinzento R O 2 Saltatorinae Bonaparte, 1853 Tangara cayana (Linnaeus, 1766) saíra-amarela R O 1 Saltator similis d'Orbigny & R O 2 Lafresnaye, 1837 trinca-ferro

39 Sede: Av. Integração, Nº. 43, centro, Curvelo – MG – CEP 35790-000 Filial: Rua Major Gote, Nº 585, sala 603, 6º andar, centro, Patos de Minas - CEP 38700-107 www.nativameioambiente.com.br (38)3722-3295

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Depen mais ameaçados pelo desmatamento, comércio ilegal de animais Alim d. Táxons Nome popular Status enta Flores silvestres e a caça predatória. ção tal Cardinalidae Ridgway, 1901 Dentre as aves diagnosticadas ressalta-se o registro do curió (Sporophila Cyanoloxia brissonii (Lichtenstein, R O 2 1823) azulão angolensis) que é considerado como criticamente ameaçado de extinção Fringillidae Leach, 1820 no estado de Minas Gerais e merece atenção especial. Encontra-se R Euphonia chlorotica (Linnaeus, 1766) fim-fim O 2 distribuído em quase todo território nacional, da Região Amazônica ao Rio

Grande do Sul, passando por estados da região Centro-Oeste. Encontrado também em quase todos os países da América do Sul, com exceção do Chile.

Muito procurado como pássaro de gaiola (Sick 1997). Esta é considerada a principal ameaça e causa de seu desaparecimento das regiões mais habitadas do país (Machado 1998).

Progne tapera Nystalus chacuru

Foi identificado alguma espécie rara, endêmica e ameaçada de extinção, relacionadas com a Avifauna?

Para a avaliação do status de conservação das espécies registradas frente às listas estaduais e nacional de espécies ameaçadas foram utilizados como referências a Deliberação Normativa COPAM n° 147, de 30 de abril de 2010 (nível estadual), a lista das espécies da Fauna Brasileira

Ameaçadas de Extinção (MMA, 2014 e 2016) (nível nacional) e os dados Sporophila angolensis

da The IUCN Red List (IUCN, 2017). As aves estão entre os vertebrados

40 Sede: Av. Integração, Nº. 43, centro, Curvelo – MG – CEP 35790-000 Filial: Rua Major Gote, Nº 585, sala 603, 6º andar, centro, Patos de Minas - CEP 38700-107 www.nativameioambiente.com.br (38)3722-3295

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Tangara sayaca Todirostrum poliocephalum

Hemithraupis ruficapilla Heterospizias meridionalis

Avaliação das espécies encontradas frente as áreas prioritárias para a conservação

De acordo com as informações do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE-MG), Fundação Biodiversitas e do Sistema de Informação Ambiental de Minas Gerais (SIAM-MG), o empreendimento está situado próximo de uma área considerada como de importância extrema para a conservação da avifauna. (30 – região de Bandeira), conforme mapa a seguir.

41 Sede: Av. Integração, Nº. 43, centro, Curvelo – MG – CEP 35790-000 Filial: Rua Major Gote, Nº 585, sala 603, 6º andar, centro, Patos de Minas - CEP 38700-107 www.nativameioambiente.com.br (38)3722-3295

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Considerações finais Myers et al., 2000). Em virtude de sua notável riqueza biológica, alto nível de degradação e ameaça, foi indicada como um dos 25 “Hotspots” da O estudo foi eficiente para diagnóstico de uma parcela significativa da biodiversidade na terra (ou regiões quentes, as quais merecem especial avifauna local que é formada, predominantemente, por espécies atenção sob uma ótica conservacionista). É um dos maiores centros de generalistas típicas de áreas abertas/antropizadas sendo que nas áreas biodiversidade do planeta com alta taxa de endemismos (Bibby et al., com vegetação mais densa se registrou aves consideradas como mais 1992; Myers et al., 2000), possui 261 espécies de mamíferos, sendo 73 especialistas de habitat e até ameaçadas de extinção. As áreas com endêmicas (Mittermeier et al., 1999) e, também, a segunda maior floresta disponibilidade de vegetação mais densa (notoriamente nos fragmentos de pluvial tropical do continente americano. mata) houve uma maior diversidade de espécies possivelmente pela maior disponibilidade de microambientes que favorecem os mais variados modos O Cerrado é o terceiro bioma em número de espécies de mamíferos (n = de forrageio bem como locais para nidificação. 195), sendo 18 endêmicas, perdendo somente para a Amazônia (n = 311) e Floresta Atlântica (n = 250) (MMA, 2008 e 2014). A maioria das espécies 9.2.3. Resultados do estudo da Mastofauna registradas é de pequenos mamíferos, sendo também os mais abundantes (Machado et al. 2004, Mares et al., 1986). O Cerrado também é importante O estado de Minas Gerais apresenta uma rica mastofauna com 238 para os grandes mamíferos de ampla distribuição na América do Sul espécies, das quais cerca de 19% (45 espécies) estão presentes na Lista como, por exemplo, o lobo guará, tamanduá-bandeira, tatu-canastra, anta, de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção do Estado. (FUNDAÇÃO veado-campeiro e várias espécies de felinos, como a onça-pintada, a BIODIVERSITAS, 2007). Essa alta riqueza de espécies deve-se, em sussuarana, a jaguatirica e o jaguarundi. (MITTERMEIER et al., 2004) grande parte, à diversidade de ecossistemas encontrados no Estado, suas diferentes comunidades biológicas, paisagens e domínios biogeográficos, Entre os mamíferos não-voadores de pequeno porte cerca de 23 espécies bem como suas áreas de contato entre três importantes biomas de marsupiais e 57 espécies de roedores podem ser encontradas na Mata brasileiros, Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga. Atlântica, das quais 39% e 53% respectivamente, são endêmicas. (PARESQUE et al., 2004). De de modo geral, são biologicamente A Mata Atlântica é um dos biomas mais ameaçados (Brown & Brown, equipados para viver em climas quentes e frios; em campos, brejos e 1992) e já perdeu mais de 93% de sua área (Mittermeier et al., 1999; matas; em regiões pedregosas e cultivadas, apresentando inúmeras

42 Sede: Av. Integração, Nº. 43, centro, Curvelo – MG – CEP 35790-000 Filial: Rua Major Gote, Nº 585, sala 603, 6º andar, centro, Patos de Minas - CEP 38700-107 www.nativameioambiente.com.br (38)3722-3295

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adaptações que lhes confere uma notável importância ecológica. (COSTA Xenarthra Dasypodida Dasypus Tatu- Baixo e novemcint galinha risco et al., 1981). Porém, muitos estudos têm mostrado que a presença us humana e suas atividades em áreas habitadas por mamíferos de pequeno Xenarthra Myrmecopha Myrmeco Taman VU VU VU gidae phaga duá porte têm gerado perturbações sobre estes animais e suas comunidades. tridactyla bandei ra (BARROS-BATTESTI et al., 2000; D’ANDREA et al., 1999; D’ANDREA et al., 2007; GENTILE & FERNANDEZ, 1999; GENTILE et al., 2000; OLIFIERS et al., 2005). Logomorp Leporidae Sylvilagus Tapeti Baixo ha brasiliensi risco s Dados primários e análises Carnivora Canidae Cerdocyo Raposi Menor n thous nha do preocup campo ação Os estudos realizados nas áreas influência do empreendimento (projeto Carnivora Canidae Chrysocy Lobo- VU VU VU on guara Solarius) da Zeus Granitos registraram 9 espécies de mamíferos de médio brachyuru s e grande porte. A composição faunística encontra-se descrita no quadro a Artiodactyl Cervidae Mazama Veado- Dados seguir. a american mateir insuficie a o ntes Rodentia Dasyproctid Dasyproct cutia Dados QUADRO 11 - Espécies registradas na área de estudo e o nível de ameaça ae a aguti Insuficie Ordem Família Espécie Nome MMA Nível *Catego ntes popula 444/2 de ria Status de Ameaça (MG=COPAM, 2010; BR= Brasil= MMA, 2014 e IUCN, 2014): r 014 Ameaç de FP= fora de perigo; LC= pouco preocupante; NT= quase ameaçada; DD= dados ada ameaça insuficientes; LR = baixo risco. MG (IUCN) COPA M Foram registradas pegadas de Myrmecophaga trydactyla, registro 147/20 fotográfico de Cerdocyon thous e Mazama americana, espécie recorrente 10 na região. Embora M. trydactyla não seja alvo prioritário de caça, ainda Didelphim Didelphidae Didelphis Gamba Baixo orphia albiventris risco existe possibilidade de risco por caçadores. Além disso, foi diagnosticado Xenarthra Dasypodida Euphractu Tatu- Baixo em campo que as estradas de acesso ao imóvel, tanto as estradas e s peludo risco sexcintus

43 Sede: Av. Integração, Nº. 43, centro, Curvelo – MG – CEP 35790-000 Filial: Rua Major Gote, Nº 585, sala 603, 6º andar, centro, Patos de Minas - CEP 38700-107 www.nativameioambiente.com.br (38)3722-3295

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internas quanto as externas, são acessos para diversas imóveis rurais na região do empreendimento da Zeus Granitos.

Pegada de Myrmecophaga

Foi identificado alguma espécie rara, endêmica e ameaçada de extinção, relacionadas com a Mastofauna? Myrmecophaga trydactyla

Contudo provavelmente o baixo de registro da fauna na fazenda em Não foram registradas espécies ameaçadas de extinção, endêmicas, comparação ao contexto geral da mastofauna do cerrado está carentes de dados científicos e/ou com algum grau de ameaça nas listas correlacionado ao fator antrópico, associado a presença humana que estadual, nacional e global de espécies ameaçadas. utilizam áreas próximas a vegetação nativa ou até mesmo áreas que normalmente seriam utilizadas pela fauna para deslocamento. Desta O empreendimento encontra-se inserido em área prioritária para a conservação da Mastofauna? forma, espécies que seriam comuns da área de vegetação nativa em estágio avançado de regeneração, não foram encontradas nesse local, De acordo com as informações do Zoneamento Ecológico Econômico como felinos e carnívoros. Essas espécies normalmente evitam áreas de (ZEE-MG), Fundação Biodiversitas e do Sistema de Informação Ambiental, adensamento populacional, e como o empreendimento está muito próximo a área alvo deste estudo está fora de área considerada como prioritária da comunidade de Mato Escuro, esse fator pode estar associado ao baixo para conservação da mastofauna número desses registros de espécies de carnívoros e felinos na área.

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10. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO SOCIOECONÔMICO

10.1. Objetivo do diagnóstico socioeconômico

Apresentar o diagnóstico dos aspectos socioeconômicos e culturais em relação à área sob influência indireta - AII, e influência direta – AID, consideradas como tal no âmbito do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental – EIA/RIMA.

10.2. Definição das áreas de influência

De acordo com o TR, em relação ao meio socioeconômico a investigação deve levar em conta os conceitos:

Área de Influência Direta - AID-mse: compreende, além da própria área diretamente afetada com relação aos meios físico e biótico, as áreas das localidades urbanas - vilas, povoados, etc. - próximas da área de inserção da propriedade.

Área de Influência Indireta - AII-mse: compreende obrigatoriamente o município em cujo território se insere a AID/mse, podendo incorporar outros municípios que porventura recebam impactos diretos ou indiretos da propriedade.

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10.3. Diagnóstico socioeconômico do município de Mata Verde/MG

Formação administrativa Mata Verde/MG

Distrito criado com a denominação Mata Verde, ex-povoado, pela Lei nº 1039, de 12-12-1953, criado com terras desmembradas do distrito de Bandeira, subordinado ao município de Almenara. Elevado à categoria de município com a denominação de Mata Verde, pela Lei Estadual nº 10704, de 27-04-1992, desmembrado de Almenara. Sede no antigo distrito de Mata Verde. Constituído do distrito sede. Instalado em 01-01-1993. Em divisão territorial datada de 1995, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Crescimento da população

Dados do IBGE revelam que, em 1996, o município de Mata Verde detinha uma população total de 6.375 habitantes. No ano de 2000, a população era de 7.085, e em 2010, registrou-se uma população total de 7.874 habitantes.

Evolução da infraestrutura do município

De acordo com os dados da Fundação João Pinheiro, contata-se que a infraestrutura do município desenvolveu bastante nas últimas décadas, conforme indicado no gráfico abaixo.

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Gráfico 5 - Evolução dos índices habitacionais Educação

O nível educacional de uma determinada população pode ser caracterizado pelo número de alunos matriculados e número de unidades de ensino e docentes. O conhecimento de indicadores sobre o nível educacional permite dimensionar a situação de desenvolvimento educacional da população da AII; contribuir para a análise dos fatores condicionantes da situação de vida e de saúde, utilizando o indicador como “Proxy” (software de controle de dados) da condição socioeconômica da população; subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas públicas de saúde e de educação. Fonte: PNUD, Ipea e FJP

Gráfico 6 - Fluxo escolar por faixa etária no município de Mata Verde

Foto 1 – Situação das ruas do município

PNUD, Ipea e FJP

47 Sede: Av. Integração, Nº. 43, centro, Curvelo – MG – CEP 35790-000 Filial: Rua Major Gote, Nº 585, sala 603, 6º andar, centro, Patos de Minas - CEP 38700-107 www.nativameioambiente.com.br (38)3722-3295

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Trabalho sendo 2 para atendimento à zona urbana e 1 para atendimento da zona rural. Cada PSF do Centro é composto por uma equipe de profissionais Entre 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais formada por 1 médico, 1 enfermeiro, 1 técnico de enfermagem, 7 agentes (ou seja, o percentual dessa população que era economicamente ativa) de saúde, 1 dentista, 1 auxiliar bucal. Além desses profissionais, há os passou de 61,71% em 2000 para 58,63% em 2010. Ao mesmo tempo, sua motoristas e pessoal de serviços gerais. taxa de desocupação (ou seja, o percentual da população economicamente ativa que estava desocupada) passou de 4,22% em 2000 para 6,85% em 2010.

Gráfico 7 - Composição da população de 18 anos ou mais de idade – 2010

Entrada do Centro de Saúde de Mata Verde

Renda – PIB

De acordo com os dados oficiais do IBGE e da Fundação João Pinheiro, o Produto Interno Bruto – PIB somava, em 1999, R$ 10.216 reais no Fonte: PNUD, Ipea e FJP município de Mata Verde; em 2007 ele passou para R$ 24.008; e em 2012 Saúde pulou para R$ 45.823 reais, correspondendo respectivamente a 0,01%, 0,01% e 0,01 % do PIB no estado. Nota-se que não houve nenhuma De acordo com dados do IBGE (2009), o município de Mata Verde possui alteração na taxa de participação do PIB do município no PIB do estado de um centro de saúde. O Centro de Saúde de Mata Verde abriga 3 PSFs, Minas Gerais entre 1999 e 2012

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QUADRO 12 - Produto Interno Bruto (PIB) a preços correntes (reais) do município Ano Unidade da federação e 1999 2007 2010 2012 município Minas Gerais 89.789.782 241.293.054 351.380.905 403.551.317

Mata Verde 10.216 24.008 36.165 45.823

Fonte: IBGE (2013)

Patrimônio cultural do município Mata Verde Rua do barracão enfeitada

O município de Mata Verde detém um patrimônio cultural o qual é mantido e nutrido pela população. As festas religiosas são as manifestações em destaque na cultura do município. As mais tradicionais são a Festa de Folia de Reis, Festa de São João e Festa da Padroeira da cidade.

Potencial social regional

De acordos com dados extraído do Zoneamento Ecológico Econômico de Minas gerais – ZEE/MG, o potencial social do município de Mata Verde é

Barracão da Festa de São João caracterizado como muito precário, conforme o mapa a seguir

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11. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

A avaliação e a mensuração dos impactos ambientais identificados e caracterizados no EIA foram baseadas nas metodologias descritas por LEOPOLD ET AL (1979) e adaptadas pela NATIVA Serviços Ambientais (2010). Para esta mensuração foram incluídos os efeitos ambientais já diagnosticados na magnitude dos impactos ambientais, a saber: Alto, Moderada e Baixo, aqui considerado como níveis, 3, 2, 1 respectivamente, conforme figura abaixo.

Conceito de Impacto ambiental

De acordo com essa Resolução, o conceito de impacto ambiental é: qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: I – a saúde, a segurança e o bem-estar da população; II – as atividades sociais e econômicas; III – a biota; IV – as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; V – a qualidade dos recursos ambientais.

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Listagem dos impactos ambientais N° Impacto Medida/Ações frentes de lavras;

Com base no diagnóstico ambiental desenvolvido para cada meio descrito -Inclusão de Treinamentos operacionais dos trabalhadores na utilização do Kit de e na caracterização ambiental do empreendimento apresentado no EIA, foi emergência (Retirada do óleo e solo elaborada uma listagem preliminar de impactos para cada grupo temático contaminado).

estabelecida pela equipe técnica de coordenadores de cada meio e pela

coordenação geral do EIA.

3 - Programa de controle de efluentes líquidos e oleosos associando a um No quadro a seguir são apresentados os impactos ambientais provocados Alterações da qualidade das programa de gerenciamento de resíduos com implantação e operação do empreendimento. águas superficiais sólidos;

- Utilização de fossa séptica e filtro anaeróbio; N° Impacto Medida/Ações Meio físico - Utilização de banheiros móveis;

1 - Programa de Recuperação de Áreas - Implantação e manutenção dos Alteração da Paisagem Degradadas e Contenção de Processos sistemas de coleta dos efluentes e Natural Erosivos direcionamento para uma Caixa separadora de água e óleo; - Programa de Redução do volume da pilha de estéril/rejeito - Utilização de caminhão oficina para manutenção de máquinas danificadas 2 - Programa de Recuperação de Áreas nas frentes de trabalhos. Degradadas e Contenção de Processos Erosivos; 4 Geração de materiais - Programa de Recuperação das Áreas carreáveis e assoreamento Degradadas e Contenção dos Processos Alterações das propriedades - Programa de controle de efluentes de cursos d’água Erosivos; do solo líquidos e oleosos associando a um programa de gerenciamento de resíduos - Utilização de blocos inservíveis nas sólidos; bordas da drenagens efêmeras e cursos d’águas naturais; - Utilização de fossa séptica e filtro anaeróbio; - Implantação sistema drenagem pluviais.

- Utilização de banheiros móveis nas 5 Potencial alteração da - Programa de controle de efluentes

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N° Impacto Medida/Ações N° Impacto Medida/Ações qualidade das águas líquidos e oleosos associando a um subterrâneas programa de gerenciamento de resíduos 10 - Adoção de práticas de Educação sólidos; Ambiental para que os funcionários e empreiteiros tenham noção da real - Utilização de banheiros móveis nas periculosidade de todos os componentes frentes de lavras; da herpetofauna presentes na área e, o mais importante, o papel de cada - Sistema de coleta dos efluentes espécie na manutenção do ecossistema oleosos interligados a uma Caixa separadora de água e óleo. - Programa de Educação Ambiental;

6 - Umectação das vias vicinais que Aumento da probabilidade - Instalação de placas nas bordas das compõem ADA; 11 de atropelamento da fauna vias orientando o transido;

Alteração da qualidade do - Manutenção preventiva dos motores - Instalar quebra mola nos corredores os ar das máquinas e equipamento, no intuito fragmentos separados pelas vias de de controlar e emissão de particulados acesso; para atmosfera. - Programa de Monitoramento de Fauna 7 - Monitoramento dos níveis de ruídos no Alteração do nível de empreendimento; Meio Socioeconômico pressão sonora 12 Risco a saúde dos - Fornecimento e monitoramento do uso - Manutenção preventiva dos motores trabalhadores de EPI’s; das maquinas e equipamento, no intuito

de evitar emissão de ruídos - Adotar os requisitos previsto no PPRA e desnecessários. PCMSO elaborado para o

empreendimento. Meio Biótico

8 Perda diversidade da flora e - Programa de Monitoramento da flora e 13 Aumento da probabilidade - Programa de educação ambiental fauna; Fauna do número de acidentes 9 Afugentamento da fauna - Programa de Monitoramento da Fauna com veículos 14 Aumento do conhecimento - - Programa de Educação Ambiental técnico-científico

15 Arrecadação de tributos - - Realização de palestra e encontros para conscientização de todos os funcionários envolvidos na jazida, sobre ações e atitudes que devem ser tomadas Aumento de acidentes com caso ocorra encontros ou acidentes com animais peçonhentos; estes animais.

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12. PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL chuva são potencializados pela topografia ondulada e pelos declives acentuados. Por isso a manutenção desses sistemas são muitos 12.1 Descrição sucinta de programas ambientais relacionados com o importantes uma vez que eles atuam de forma preventiva contra meio físico assoreamento dos cursos d’águas locais, além de mitigar os processos degradação do solo. 12.1.1 Programa de recuperação de áreas degradadas e contenção de processos erosivos 12.1.3 Programa de redução do volume da pilha de rejeito/estéril

Objetivos Objetivo

As alterações impostas ao meio ambiente pela implantação, operação do Este programa tem como objetivo geral propor medidas técnicas de âmbito empreendimento em questão envolverão impactos sobre a vegetação, a minerário para reduzir o tamanho dos blocos de rejeito de granito, bem flora, a fauna, os recursos hídricos e os modos de vida da população como utilizar blocos inservíveis como barreiras em pontos específicos, próxima muitas vezes de magnitudes elevadas. como borda de curso d’água e APP. Também nesse programa, utilizando a mesma temática de controle e estabilização da pilha de rejeito/estéril, 12.1.2 Programa de conservação da água e do solo propõem-se a instalação de blocos inservíveis nas pilhas, aumentando a

estabilidade e reduzindo o risco de ruptura da mesma. Objetivos

12.1.4 Programa de controle de efluentes líquidos e oleosos associado a A operação de conservação de solo e água consiste na construção e um programa de gerenciamento de resíduos sólidos manutenção de camalhões e bacias contenção, nas áreas onde há interferência da exploração, estradas de acesso e/ou em pontos onde há Objetivo processo erosivos provocados pelas águas pluviais. É objetivo do referido programa o gerenciamento de resíduos sólidos e Os sistemas de drenagens pluviais têm como objetivo evitar/minimizar efluentes líquidos e oleosos é minimizar os riscos de contaminação da erosão hídricas nas estradas e locais onde os escoamentos das águas da água e do solo, dentre outros relacionados a qualidade ambiental, saúde e

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segurança dos envolvidos nas atividades do empreendimento, além de proporcionar: O objetivo do monitoramento de herpetofauna é identificar áreas de interesse para a conservação da herpetofauna e monitorar os efeitos das  O gerenciamento de resíduos sólidos deve contemplar tanto o atividades florestais em relação a essas áreas e propor medidas de manuseio quanto a classificação, segregação, quantificação, controle. armazenamento temporário, transporte (interno e externo) e disposição final, de todo resíduo gerado no referido 12.2.3 Programa de monitoramento da mastofauna

empreendimento; Objetivo  O gerenciamento de efluentes líquidos compreende os sistemas

de coleta, armazenamento e destinação final de efluentes oleosos, Monitorar a mastofauna em áreas selecionadas da área de influência bem como os efluentes sanitários e os gerados no direta do empreendimento, verificando padrões de distribuição sazonal em refeitório/cozinha; habitats sensíveis a influência antrópica, visando identificar ações de

mitigação e seu aperfeiçoamento para medidas de manejo e conservação 12.2 Programas ambientais relacionados com o meio biótico das espécies.

12.2.4 Programa de monitoramento da flora 12.2.1 Programa de monitoramento da avifauna

Objetivo Monitorar a avifauna terrestre em áreas selecionadas da área de influência

direta do empreendimento, verificando padrões de distribuição sazonal em Este programa foi proposto levando em consideração que o habitats sensíveis a influência antrópica, visando identificar ações de empreendimento está inserido em áreas prioritárias para conservação da mitigação e seu aperfeiçoamento para medidas de manejo e conservação flora, classificada com a categoria (EXTREMA). Este tem como objetivo das espécies. geral propor medidas técnicas de âmbito conservacionista, que sejam

capazes de restaurar a vegetação regional. 12.2.2 Programa de monitoramento da herpetofauna

Objetivo

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12.3 Programas ambientais relacionados com meio socioeconômico

12.3.1 Programa de educação ambiental

Objetivo

O objetivo geral do Programa de Educação Ambiental é promover a conscientização do comportamento dos funcionários da empresa e das pessoas envolvidas direta e indiretamente com o empreendimento minerário, além de fomentar:

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