Assembléia Legislativa do Estado do

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA, DESPORTO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

SUBCOMISSÃO DA UERGS

Relatório Final

Porto Alegre, 16 de julho de 2008. 2

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 4

1. COMPOSIÇÃO DA SUBCOMISSÃO DA UERGS 6

2. ANTECEDENTES 7

3. OBJETIVOS 9

4. INSTALAÇÃO E ENCERRAMENTO 10

5. MÉTODO DE TRABALHO 11

6. HISTÓRICO DA UERGS 12

6.1. Mudanças administrativas e estatutárias 13

7. ESTRUTURA ATUAL 16

8. REUNIÕES NAS UNIDADES 19

8.1 21

8.2 Guaíba 23

8.3 25

8.4 Tapes 27

8.5 29

8.6 São Francisco de Paula 31

8.7 Bento Gonçalves 33

8.8 34

8.9 37

8.10 São Luiz Gonzaga 38

8.11 Ibirubá 40

8.12 Cruz Alta 42

8.13 44

.14 45

3

8.15 46

8.16 47

8.17 49

9. CONSTATAÇÕES GERAIS 50

9.1 Encerramento do semestre 2008/1 e início do semestre 2008/2 53

9.2 Resultados positivos 55

10. ENCAMINHAMENTOS 57

10.1 Instalação e atividades dos Comitês Regionais 57

10.2 Comitê Estadual 59

10.3 Dia Estadual de Sensibilização e Apoio à UERGS 60

11. PROPOSTAS DA SUBCOMISSÃO 63

11.1 Diretrizes para revitalizar a UERGS 63

12. ANEXOS 68

12.1 Legislação

12.2 Orçamento da UERGS

12.3 Correspondências recebidas pela Subcomissão

12.4 Carta ao Povo Gaúcho e Abaixo-assinado

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APRESENTAÇÃO

É com satisfação que apresentamos o Relatório Final do trabalho realizado pela Subcomissão da UERGS. Foi um período de 120 dias, com intenso trabalho e dedicação. Fizemos a opção de percorrer diferentes cidades e regiões do Estado onde se encontram as unidades da UERGS para ouvir os estudantes, professores, pais de alunos, lideranças comunitárias, autoridades municipais e regionais e o povo em geral, para conhecer a real situação em que se encontra a nossa Universidade Estadual.

Foi uma experiência muito rica poder dialogar com os atuais sujeitos desta história e perceber o significado e a importância desta Instituição na formação de profissionais, segundo as demandas específicas ao desenvolvimento de cada região do Estado.

Nesse trabalho fomos identificados por lideranças que visitamos como A Caravana da Esperança na Luta em Defesa da UERGS. Isto porque tínhamos como objetivo articular a esperança das pessoas, desafiando e motivando o povo a organizar-se para lutar em defesa desse patrimônio pertencente ao povo gaúcho: a UERGS.

Este relatório quer ser mais um instrumento que certamente irá contribuir na continuidade da reflexão sobre a universidade pública, democrática, autônoma e de qualidade para o desenvolvimento econômico do nosso Estado, com a formação de professores para a rede de ensino básico.

Agradecemos aos deputados Ivar Pavan, Adão Villaverde, Miki Breier, Francisco Appio, Ronaldo Zülke, José Sperotto e Tarcísio Zimmermann por suas presenças em reuniões nos municípios.

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Nossos agradecimentos também a todas as pessoas que carinhosamente nos acolheram em suas localidades, na ocasião das nossas visitas; aos que se empenharam na organização e na divulgação das nossas reuniões; à equipe de assessoria da Comissão de Educação, Cultura, Ciência, Desporto e Tecnologia da Assembléia Legislativa do RS; enfim, a todas aquelas pessoas que participaram dos debates, expondo suas opiniões, manifestando interesse pela UERGS.

A todos e a todas, um grande abraço.

Deputada Marisa Formolo , Relatora da Subcomissão .

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1. COMPOSIÇÃO DA SUBCOMISSÃO DA UERGS

Deputada Marisa Formolo (PT) – Relatora

Deputado Ivar Pavan (PT)

Deputado Adão Villaverde (PT)

Deputado Daniel Bordignon (PT)

Deputado Kalil Sehbe (PDT)

Deputado Miki Breier (PSB)

Deputado Sandro Boka (PMDB)

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2. ANTECEDENTES

Desde o início de 2007, a Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia (CECDCT) da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul foi procurada por comunidades acadêmicas de várias unidades da UERGS, que buscavam apoio em função da crise que aquela universidade vinha enfrentando nos últimos anos.

Assim, realizou-se, no primeiro semestre de 2007, uma audiência pública da CECDCT, por requerimento da deputada Leila Fetter (PP), na qual foi criado um grupo de trabalho que, por vários motivos, não teve continuidade. Quando a Comissão entrou em contato com a UERGS, recebeu a informação de que era da competência da Reitoria solucionar os problemas da Universidade.

Com isso, a pedido do Senador Paulo Paim (PT), foi realizada, no segundo semestre do mesmo ano, a primeira audiência pública conjunta com a Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado e a CECDCT. Participaram os Senadores Cristovam Buarque (PDT), Paulo Paim (PT) e Sérgio Zambiasi (PTB), os quais assumiram o compromisso de apresentar uma emenda ao Orçamento da União, garantindo recursos para a UERGS no ano de 2008.

Esta emenda foi apresentada, com valor aprovado em torno de R$7,5 milhões. Até o final do trabalho da Subcomissão, os recursos ainda não haviam sido enviados para o Estado por falta de projetos, cuja responsabilidade de elaboração é da Reitoria da UERGS.

No ano de 2008, as demandas sobre a UERGS continuaram chegando à CECDCT, uma vez que a crise foi-se agravando cada vez mais.

Dentre as principais razões que justificaram a instalação desta

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subcomissão, destacam-se:

• A grande aprovação local e regional da Universidade nos municípios onde se encontram as unidades, tendo-se em vista sua importância no desenvolvimento regional, pelos resultados obtidos até então;

• As constantes reivindicações e denúncias da comunidade gaúcha sobre o sucateamento da UERGS;

• A não-priorização da UERGS como política educacional de desenvolvimento do Estado pelo atual governo do RS;

• A falta de articulação entre as diferentes organizações da sociedade para cobrar do governo estadual medidas políticas e administrativas em favor da UERGS;

• As irregularidades no funcionamento da UERGS, como a não-implementação do estatuto definitivo, não observado pela Reitoria;

• A situação dos servidores: salários congelados, quadro reduzido e não-realização de novos concursos;

• As duas audiências públicas realizadas pela CECDCT no ano de 2007 sem obtermos avanços e respostas significativas, por parte da Reitoria e do governo do Estado, para superar a situação de crise na qual vive a UERGS;

• Com a previsão do término dos contratos emergenciais de mais de 50% dos professores, prevista por lei, a CECDCT procurou intervir junto ao Ministério Público e à Casa Civil para buscar soluções, sem ter obtido resposta.

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3. OBJETIVOS

• Revitalizar a UERGS através do envolvimento da comunidade acadêmica e da sociedade gaúcha.

• Fortalecer a organização da comunidade gaúcha na luta em defesa da UERGS, a partir de organizações já existentes (ADUERGS, SINPRO, diretórios acadêmicos, prefeituras, comunidades escolares de cada núcleo, CUT, CPERS, UNE, UGES...), dos pais e mães de alunos, e contribuir na criação de comissões de trabalho em cada núcleo da UERGS;

• Cobrar do governo estadual o cumprimento de suas obrigações (realização de vestibulares, contratação e novos concursos para professores, execução de obras aprovadas nas unidades de Guaíba e Caxias do Sul);

• Defender e garantir os direitos dos estudantes na continuidade dos cursos existentes, diante da demissão dos professores na grande maioria das unidades e da falta de novos concursados para substituir os demitidos;

• Elaborar um diagnóstico sobre a real situação da UERGS, a partir de cada núcleo, com propostas para solucionar os problemas;

• Apresentar diretrizes de revitalização da UERGS como resultado do diagnóstico e das sugestões apresentadas nas audiências públicas e reuniões que ocorreram antes do processo de trabalho da Subcomissão.

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4. INSTALAÇÃO E ENCERRAMENTO

A Subcomissão da UERGS foi instalada em 18 de março de 2008, na sala Salzano Vieira da Cunha, em reunião da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembléia Legislativa.

As atividades da Subcomissão foram encerradas regimentalmente no dia 16 de julho de 2008, com a entrega deste relatório.

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5. MÉTODO DE TRABALHO

O trabalho foi desenvolvido com a participação popular, assim como se deu o processo inicial de criação da UERGS. A subcomissão ouviu a comunidade acadêmica e regional e acolheu as denúncias da sociedade gaúcha sobre a política de desmonte da UERGS dos últimos governos do Estado. Sistematizaram-se propostas de solução aos problemas apresentados. A Assembléia Legislativa foi um espaço de expressão dessa articulação.

Etapas do trabalho da subcomissão:

1º. Reunião com entidades e representações da comunidade acadêmica, onde foi definido um calendário de reuniões nas sete regionais da UERGS;

2º. Reuniões em 17 unidades da UERGS, nas diferentes regiões do Estado, alcançando-se mais de 1.100 pessoas. Em cada unidade, foi criado um Comitê Local Pró-UERGS.

3º. Reunião com as representações dos Comitês formados em cada unidade, onde definimos a formação do Comitê Estadual Pró- UERGS e as estratégias de mobilização.

4º. Ato público no Teatro Dante Barone, com a participação de 500 pessoas, alunos e professores representantes de 20 unidades da Universidade. Presentes o deputado Alceu Moreira, presidente da Casa, parlamentares, prefeitos, vereadores de vários municípios e entidades apoiadoras (CUT, SINPRO, UNE, UGES e CPERS).

5º. Uma comissão fez a entrega da “Carta ao Povo Gaúcho” ao secretário da Casa Civil, à secretária da Educação e ao Reitor.

6º. Para o encerramento das atividades, em 15 de julho de 2008 foi realizada uma reunião da Subcomissão da UERGS, com a apresentação do Relatório Final.

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6. HISTÓRICO DA UERGS

A UERGS foi criada com a missão de dinamizar o desenvolvimento econômico, social e cultural, reduzindo as desigualdades regionais de nosso Estado.

Foi concebida como uma das Instituições de Ensino Superior (IES) que inovaram no Sistema de Gestão Institucional, quer seja na constituição de sua estrutura administrativa (multi-campi ), quer seja na democratização do acesso, que avança para a discussão de cotas, incorporando novos conceitos para os que historicamente estiveram excluídos por questões financeiras. Inovou, também, em sua gestão pedagógica: ao invés de suas unidades acadêmicas serem definidas por ramos de conhecimento especializados, sua estrutura organiza-se por áreas de trabalho definidas segundo problemas a serem enfrentados, seja na pesquisa ou na extensão.

Sua proposta foi elaborada com a sociedade gaúcha em cinqüenta audiências públicas, realizadas nas 22 regiões do Orçamento Participativo, nos anos de 2000 e 2001. Foi definida como a segunda prioridade temática na área da Educação no Orçamento Participativo de 2001.

Como parte da tramitação do processo legislativo, a proposta foi debatida e recebeu apoio em plenárias realizadas pelo Fórum Democrático, instituído pela Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul na ocasião, percorrendo todo o interior do Estado. Somando-se o conjunto dos fóruns – Orçamento Participativo e o Fórum Democrático - mais de 500 mil pessoas participaram deste debate.

Em 28 de junho de 2001, o parlamento gaúcho aprovou por unanimidade o projeto de lei - PL 01/01, de iniciativa do Executivo Estadual, que veio a ser promulgado em 10 de julho de 2001 (Lei

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11.646).

A UERGS inicialmente dispunha de cursos em 29 cidades de 22 regiões do Rio Grande do Sul. Em março de 2002, iniciaram dez cursos em 18 municípios, abrangendo 16 regiões dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento – Coredes. Em agosto de 2002, outros três municípios passaram a sediar novos cursos. E, para março de 2003, havia a previsão de outras oito localidades.

6.1 Mudanças administrativas e estatutárias

O artigo 20, parágrafo 2º da lei que criou a UERGS, determina que:

“Esta lei será regulamentada por decreto, no prazo de 90 dias, que instituirá uma comissão técnica responsável pela elaboração de Estatuto e estrutura provisórios da UERGS.”

Ainda, a mesma lei, o artigo 23 afirma que a universidade:

“... terá o prazo de três anos para a elaboração de seu Estatuto e de seu Regimento- Geral definitivos.”

O Governo que se instalou no Rio Grande do Sul, no período de janeiro 2003 a dezembro de 2006 deu início às alterações na UERGS:

• Destituiu a Reitoria pro tempore que estava implantando a IES e nomeou uma nova Reitoria;

• Suspendeu as novas unidades que estavam previstas;

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• Revogou, de forma no mínimo discutível, o Estatuto que vigia e instituiu novo estatuto;

• Desconstituiu o Conselho e deu uma nova formatação, extinguindo, inclusive, a participação de movimentos sociais organizados;

• Este Conselho veio a tomar posse apenas em 20-10-2004.

• Esse novo estatuto alterou os objetivos da universidade, as áreas nas quais estavam vinculados os cursos, a forma de concessão de bolsas para alunos, dentre outros aspectos.

• Um dos pontos revogados foi a possibilidade do Reitor praticar atos, em circunstâncias especiais, ad referendum dos órgãos competentes. Foi um descuido grave, que pôs em xeque a validade e a legalidade dos cursos criados e de outros alterados pela administração, tendo-se em vista que foram criados em julho e só passaram pelo referendum do Conselho da Universidade em 6-11-2004, quando da sua primeira reunião, após a posse, ficando assim essa criação à margem da legislação. Isto decorreu em pronunciamento do Conselho Estadual de Educação, face a riscos no reconhecimento e na diplomação dos cursos;

• O novo Estatuto revogou o artigo que estabelecia o prazo de três anos para o mandato da Reitoria pro tempore ;

• Apesar de afirmar o reconhecimento desse prazo em documento entregue à CECDCT, em audiência ocorrida no mês de abril de 2003, na verdade foi eliminado o prazo para que seja feita a eleição direta e uninominal prevista no artigo 9º da Lei de criação;

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• Atos repetidos de descaso e a descontinuidade do processo acadêmico e de gestão da Universidade pelo governo que se instalou em janeiro de 2007, têm suscitado demandas na Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembléia Legislativa. Isso a levou a realizar, no ano de 2007, duas Audiências Públicas, uma delas inclusive em conjunto com a Comissão de Educação do Senado Federal, com a presença dos senadores Paulo Paim (PT), Sérgio Zambiasi (PTB) e Cristovam Buarque (PDT).

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7. ESTRUTURA ATUAL

A estrutura administrativa da UERGS está centralizada na sede estadual da Reitoria, em , localizada na Rua 7 de setembro, 1156, Centro da capital. Hoje a universidade conta com 23 unidades, distribuídas em sete regiões do Estado (http://www.uergs.edu.br).

Possui 18 cursos em andamento, com 2.430 alunos. Até dezembro de 2007, a UERGS formou 2.153 alunos.

Inicialmente a UERGS estabeleceu convênios com cinco instituições, das quais restam hoje três: FUNDARTE, UFRGS e UNIJUI. Esses convênios estão em fase de encerramento, sem perspectivas de renovação.

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As unidades de Alegrete, Erechim, Ibirubá e São Borja encerrarão seus cursos até o final do primeiro semestre de 2009, caso não haja vestibular em 2008.

A tabela abaixo apresenta os atuais cursos das unidades:

Área das Ciências Humanas

Curso Cidades

Curso de Administração: Sistemas e Porto Alegre Serviços de Saúde

Curso de Pedagogia – Anos Iniciais Bagé, Cidreira, São Francisco de Paula do Ensino Fundamental: Crianças, Jovens e Adultos

Graduação em Artes Visuais: Montenegro Licenciatura (4)

Graduação em Dança: Montenegro Licenciatura (4)

Graduação em Teatro: Licenciatura (4) Montenegro

Graduação em Música: Licenciatura (4) Montenegro

Área das Ciências da Vida e do Meio Ambiente

Curso Cidades

Curso Superior de Tecnologia em Três Passos, Caxias do Sul, Cachoeira Agropecuária: Agroindústria do Sul, Cruz Alta, Encantado, , Ibirubá, Sananduva, Santana do Livramento, São Luiz Gonzaga

Curso Superior de Tecnologia em Erechim Meio Ambiente

Curso Superior de Tecnologia em Bagé, Frederico Westphalen, Santana Agropecuária: Fruticultura do Livramento, Vacaria

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Curso Superior de Tecnologia em Santa Cruz do Sul Agropecuária: Horticultura

Curso Superior de Tecnologia em Alegrete, Cachoeira do Sul, São Borja , Agropecuária: Sistemas de Produção São Luiz Gonzaga, Vacaria

Curso Superior de Tecnologia em Tapes Recursos Pesqueiros: Produção de Pescados

Curso Supe rior de Tecnologia em Bagé Agropecuária: Silvicultura

Curso de Graduação de Ciências Cidreira Bioló gicas:ênfases Biologia Marinha e Costeira e, Gestão Ambiental Marinha e Costeira (3)

Curso Superior de Tecnologia em São Francisco de Paula, Tapes Gestão Ambiental

Química Industrial de Alimentos (2) Santa Rosa

Área das Ciências Exatas e Engenharias

Curso Cidades

Curso Superior de Tecnologia em Novo Hamburgo Automação Industrial

Engenharia de Bioprocessos e Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Novo Biotecnologia Hamburgo, Santa Cruz do Sul, Santana do Livramento

Engenharia em Energia e Novo Hamburgo Desenvolvimento Sustentável

Engenharia de Sistemas Digitais Guaíba

Engenharia Mecânica (2)

Fonte : www.uergs.edu.br

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8. REUNIÕES NAS UNIDADES

A Subcomissão, através das visitas e reuniões realizadas no Estado, constatou a gravidade da crise e o desmantelamento da UERGS, impulsionando a mobilização em sua defesa pela formação de comitês locais e de uma coordenação estadual. A seguir, destacam-se manifestações de participantes dessas reuniões, que exemplificam tanto a voz de autoridades como da comunidade acadêmica sobre a incidência direta do desmonte da universidade na vida das pessoas e no desenvolvimento dos municípios.

Nessas reuniões participaram prefeitos, vereadores, professores, alunos, lideranças sindicais e religiosas. Enfim, uma participação bastante eclética do ponto de vista das forças vivas de cada comunidade.

As manifestações indicam a maneira como a situação geral da instituição aparece, concretamente, nas particularidades de cada unidade, tanto em termos de dificuldades como de mobilização.

Lamentamos não haver conseguido agenda para visitação de todas as unidades, uma vez que a Subcomissão possuía um prazo regimental rígido para realizar suas atividades.

Em cada reunião, foi formado um comitê com uma coordenação e data de reunião para encaminhamentos e atividades locais. O item seguinte detalhará as informações sobre cada unidade.

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A tabela abaixo apresenta o cronograma realizado de reuniões da Subcomissão nas unidades:

Unidade Data Local Horário Deputado

CAXIAS DO SUL 28/03 Câmara de Vereadores 15h Marisa Formolo

GUAÍBA 04/04 CTG – Gomes Jardim 09h Adão Villaverde Marisa Formolo NOVO HAMBURGO 14/04 Câmara de Vereadores 19h e Ronaldo Zülke TAPES 15/04 Câmara de Vereadores 19h Marisa Formolo

SANTA CRUZ 16/04 Sind. Emp. Comércio 19h Marisa Formolo

SÃO FRANCISCO DE 17/04 Escola José de Alencar 19h Marisa Formolo PAULA

E. E. Gen. Bento BENTO GONÇALVES 23/04 19h Marisa Formolo Gonçalves

ERECHIM 24/04 Câmara de Vereadores 19h Ivar Pavan

SANANDUVA 25/04 Casa da Cultura 09h Ivar Pavan

SÃO LUIZ GONZAGA 29/04 Câmara de Vereadores 19h Marisa Formolo

IBIRUBÁ 09/05 Câmara de Vereadores 14h Marisa Formolo

CRUZ ALTA 09/05 Câmara de Vereadores 19h Marisa Formolo

CIDREIRA 13/05 Câmara de Vereadores 19h Miki Breier

CACHOEIRA DO SUL 26/05 Pavilhão da Fenarroz 14h Assessoria Marisa Formolo VACARIA 12/06 Salão da Catedral 19h e Francisco Appio SANTANA DO 19/06 Sede do CPERS 19h Assessoria LIVRAMENTO

ALEGRETE 20/06 Câmara de Vereadores 10h Assessoria

Fonte: Assessoria da Subcomissão da UERGS

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8.1 Caxias do Sul

Em Caxias do Sul, a mobilização em defesa da Universidade Estadual iniciou ainda antes da instalação da Subcomissão da UERGS. No dia 27 de fevereiro de 2008, a CECDCT realizou uma audiência pública na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul para tratar das demandas da educação na região. Um dos encaminhamentos desta audiência foi o de convocar uma reunião pública para tratar do tema da UERGS.

Esta reunião aconteceu em 14 de março de 2008, com a participação de quarenta pessoas, coordenada pela deputada Marisa Formolo, e com a presença de vereadores, entidades sindicais, pastorais, associações de bairros, professores, CPERS e alunos.

O principal problema da unidade de Caxias do Sul era a falta de professores. Dos seis atuantes na unidade, apenas um era efetivo, o qual estava em licença para aperfeiçoamento de seus estudos no exterior. Os demais estavam concluindo seus contratos emergenciais em 30 de abril, ficando, assim, a unidade sem professores. Também foi constatado que a Reitoria da Universidade ainda não tinha viabilizado a construção da obra de reforma do prédio da unidade, cujos recursos (R$ 130 mil reais) tinham sido doados pela prefeitura de Caxias do Sul, ainda no final de 2006.

Foi encaminhada uma reunião com a Secretária de Educação do Estado, realizada em maio, com a presença do Reitor Carlos Alberto Martins Callegaro. Também foi definido que, em 28-03-2008 o Comitê Pró-UERGS estaria promovendo um ato público em frente a sede da Unidade de Caxias do Sul. Formou-se o Comitê Pró-UERGS de Caxias do Sul, tendo como representantes a professora Silvana Pirolli e o vereador Edson da Rosa.

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“É necessário fazer ações organizadas. Para o governo, a UERGS parece ser uma batata quente que ninguém quer pegar ”. Vereador Edson da Rosa

Ato público do comitê Pró-UERGS, em 28-03-08, em frente à sede da unidade de Caxias do Sul.

“Gostaria de ver a UERGS mais forte do de quando entrei”. Andréia – ex-estudante da UERGS

“É uma tristeza saber que não houve interesse em consolidar a UERGS”. Padre Roque Grazziotin

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8.2 Guaíba

Reunião em 04 de abril, no CTG Gomes Jardim, de Guaíba, coordenada pelo deputado Adão Villaverde. Participaram cerca de oitenta pessoas, dentre as quais o prefeito municipal Manoel Stringhini; a Secretaria Municipal de Educação de Guaíba; o coordenador do Curso de Engenharia em Sistemas Digitais, professor Rafael Ávila; o diretor-presidente do CEITEC – Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada; o diretor do SINPRO, Amarildo Cenci; o diretor da Escola Estadual de Ensino Profissional, Dr. Sólon Tavares; e o professor Rodrigo Warzak. Também participaram professores e a totalidade dos alunos da unidade.

Um dos principais problemas era a falta de professores. Dos doze professores, seis estavam com seus contratos emergenciais por concluir em 30 de abril. Outro problema era a precariedade da instalação da unidade, que se encontrava nos antigos pavilhões do DAER. Também foi destacada a falta de equipamentos no laboratório, que, pelas características do curso, deveriam ser investimentos prioritários da universidade. A preocupação com a realização de vestibular em 2008 foi expressa por toda a comunidade de Guaíba. A unidade foi contemplada com verbas da Financiadora de Estudos e Projetos num valor de R$184,5 mil reais para ampliação de infra- estrutura e remodelação da unidade. Já se passara um ano e até aquele momento a Reitoria da UERGS não tinha viabilizado a obra.

No final da reunião, foi formado o Comitê Local Pró-UERGS, ao qual foram atribuídos dois compromissos: elaborar um projeto de ação para demonstrar a importância da UERGS para Guaíba e agendar uma audiência com a Casa Civil. Esta audiência foi realizada em julho de 2008, ocasião em que as autoridades do município (prefeito, presidente da Câmara de Vereadores), juntamente com o

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deputado José Sperotto e representantes da unidade apresentaram o projeto ao Chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel. Foram indicados como representantes deste comitê a professora Tânia Cabral e o estudante Fabio Link, aluno da UERGS.

Reunião no CTG Gomes Jardim – Guaíba.

“A UERGS deve ter vida própria, autonomia.” Amarildo Cenci – Diretor do SINPRO

“A UERGS é fruto de uma luta; ela só vai existir, avançar e se consolidar com a luta. Depende da união de cada um de nós.” Mateus Fiorentini – Presidente da UNE

“É pior do que se possa imaginar. Estamos com diversas disciplinas suspensas, sem previsão de início, por falta de professor. Das 52 contratações, Guaíba não foi contemplada com nenhuma.” Professor Pilatto

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8.3 Novo Hamburgo

Reunião em 14 de abril, na Câmara de Vereadores, coordenada pela deputada Marisa Formolo e com a presença dos deputados Ronaldo Zülke e Tarcísio Zimmermann (federal). Participaram, também, a Coordenação da unidade de Novo Hamburgo; o diretor do SINPRO, professor Amarildo Cenci; os vereadores Betinho e Anita; e o diretor do Centro de Profissionalização Fundação Liberato. Ao todo, reuniram-se aproximadamente 75 pessoas, dentre professores, conselheiros tutelares, alunos, entidades, diretores de escolas e pais de alunos.

Os problemas levantados pela comunidade local foram referentes à falta de estrutura física da unidade, como, por exemplo, paredes e telhado em precárias condições. Outro problema era a falta de professores. Dos dezenove professores, treze estavam com contratos emergenciais em fase de conclusão, sem perspectiva de substituição.

Um destaque importante foi a participação do Centro de Profissionalização Fundação Liberato, que cedia professores e local para o funcionamento da unidade. Grande parte dos estudantes da UERGS era oriunda desta Escola.

No final da reunião, foi formado o Comitê Local Pró-UERGS, e indicados como representantes a vereadora Anita, os alunos Patrícia, Maurício, Tiago, Fernanda, Beto Castelhano e Éder Knast.

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Composição da mesa da reunião na Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo

“As pessoas não sabem que tem uma universidade pública em Novo Hamburgo.” C oordenador da unidade

“Necessitamos de espaço físico próprio para a UERGS; temos salas em péssimas condições.” Patrícia – estudante da UERGS

“Não só o Estado, mas a prefeitura também tem de cumprir um papel importante, com investimento na UERGS, a exemplo de outros municípios, como Vacaria”. Maurício – estudante da UERGS

“Os cursos são pioneiros e inovadores no Brasil; precisamos articular as forças entre comunidade, docentes, região e poder público”. Beto Castelhano – professor

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8.4 Tapes

Reunião em 15 de abril de 2008, na Câmara de Vereadores, coordenada pela deputada Marisa Formolo. Participaram: o diretor do SINPRO, professor Amarildo Cenci; o secretário de Meio Ambiente de Camaquã, Enrique Roberto; o prefeito de Sentinela do Sul, Marcus Vinícius; a Secretaria de Educação de Tapes; e o estudante Rafael Fernandes, membro do CONSUN da UERGS.

Aproximadamente 150 pessoas estiveram presentes, dentre vereadores, membros de partidos políticos, professores, alunos da UERGS e de ensino médio, além de representantes de entidades em geral.

Destacou-se, em primeiro lugar, a importância da Universidade Estadual para o desenvolvimento da região.

Os problemas destacados foram: precariedade da localização da biblioteca; perspectiva de falta de professores, pois dos quinze professores, nove estavam terminando seus contratos emergenciais; e a preocupação com a falta de confirmação do vestibular em 2008.

Ao final, foi formado o Comitê Local Pró-UERGS e designados como responsáveis: professor José Marques e estudante Rafael Fernandes, membro do CONSUN.

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“A UERGS é importante para toda a região; é importante dialogar, debater com todos os setores da sociedade: são parceiros e estão engajados na luta.” Enrique Roberto – Secretário do Meio Ambiente de Camaquã

“Os prefeitos gastam mais em educação do que o estabelecido por lei, o que não tem acontecido na esfera estadual e nacional.” Marcus Vinícius – Prefeito de Sentinela do Sul

“Depois de dois anos, foi realizado o vestibular em Tapes. Os quinze municípios que estão sem há dois anos, não têm perspectiva de tê-lo, no meio do ano. O espírito da UERGS é emblemático com relação ao seu futuro.” Rafael Fernandes – estudante

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8.5 Santa Cruz do Sul

Reunião em 16 de abril de 2008, na sede do Sindicato dos Comerciários de Santa Cruz do Sul, coordenada pela deputada Marisa Formolo. Participaram: a secretária de Educação do município, Ivone Maria Kirst; o presidente da Câmara de vereadores de Santa Cruz do Sul, vereador Ildo Ney Kaspary; o coordenador da unidade da UERGS de Santa Cruz do Sul, professor José Antônio Schmitz; o representante do CPERS, Renato José de Araújo; o coordenador da unidade da UERGS de Cachoeira do Sul, Celson Roberto Canto Silva, além de estudantes, professores, pais e mães de alunos.

Os problemas mais apontados foram: a recomposição do quadro de funcionários e docentes de modo a possibilitar o oferecimento de vestibulares regulares para os cursos de tecnologia em agropecuária: horticultura e engenharia de bioprocessos e biotecnologia; a infra-estrutura deficiente para o funcionamento dos cursos; a precariedade da biblioteca e dos equipamentos de informática; a falta de um local definitivo para o funcionamento da unidade.

Foi formado o Comitê Local Pró-UERGS, e indicados como responsáveis o estudante José Antonio Schimitz e a professora Magnólia da Silva.

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“A crise de recursos humanos, financeiros, de estrutura e de funcionamento é grande; devemos valorizar a nomeação dos concursados e pressionar o governo para que ele cumpra o Estatuto, realize concursos e chame os concursados, para que, no segundo semestre, tenham-se os vestibulares. ” Celson – Professor coordenador da Unidade de Cachoeira do Sul)

Deputada Marisa Formolo (PT) coordenando os trabalhos da reunião, na sede do Sindicato dos Comerciários – Santa Cruz do Sul

“Temos que nos unir aos estudantes de Cachoeira e lutarmos juntos.” Telmo - estudante da unidade de Santa Cruz do Sul

“Cada ação feita em cada unidade tem dado algum resultado. Temos de nos ‘antenar’ para estreitar relações regionais, para brigar com o verdadeiro inimigo.” Evandro – estudante de Cachoeira do Sul

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8.6 São Francisco de Paula

Reunião em 17 de abril de 2008, na unidade da UERGS de São Francisco de Paula, que é a Escola Estadual José de Alencar. A coordenação da reunião foi da deputada Marisa Formolo. Estiverem presentes: o prefeito Décio Antônio Colla; a secretária de Educação, Márcia Carvalho; os vereadores Marco Fernando dos Reis e Glaiton Tizatto da Silva; e mais cerca de 70 pessoas, dentre professores, alunos da escola de ensino médio e da UERGS.

Os principais problemas apontados na reunião foram: Dos oito professores, cinco estavam com seus contratos emergenciais por terminar em 30 de abril de 2008; não houve programação prévia para a realização do vestibular, prejudicando divulgação e a participação da comunidade; falta de pesquisa e de atividades de extensão na unidade; precárias condições do laboratório de informática; falta de professores com formação específica.

Concluindo a reunião, foi formado o Comitê Local Pró-UERGS e designados seus representantes: a Secretária de Educação do município, Márcia Carvalho, a servidora pública Márcia Maziero e os estudantes da UERGS, Fernando dos Santos e Damiane Boziki.

“A cada ano, diminui o número de alunos no núcleo de São Francisco de Paula. A unidade tem potencial para 360 alunos e está com 78; atualmente faltam professores e temos aulas com professores habilitados para outras cadeiras que não são as nossas”. Daiane – estudante e membro do diretório acadêmico da unidade

“Esta é uma oportunidade para São Francisco de Paula refletir sobre a importância da UERGS para nós.

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Os dois cursos atuais são resultados de muita mobilização. Nosso apelo é de luta para não deixarmos a UERGS sair do município, e por sua ampliação. Precisamos de manutenção nos laboratórios.” Márcia Carvalho – Secretária de Educação

“Quando os alunos vão pra rua é porque algo não está bem. (referindo-se às mobilizações dos alunos da UERGS em 2007, nas quais tem participado) . Temos que afirmar que a UERGS é importante para São Francisco de Paula e para o RS.” Vereador

Marco Fernando dos Reis)

Participantes da reunião da Subcomissão da UERGS na sede da unidade de São Francisco de Paula. “Em São Francisco de Paula temos uma jóia que é a UERGS, e não podemos perdê-la. Hoje temos que ser construtores, abrir caminhos, e para isso é necessário se ter boas escolas, universidades. Dentro de nossos corações temos que ter a força para lutar e conquistar nossos direitos. Vimos pela primeira vez que o filho do pequeno agricultor pôde estudar numa universidade aqui em São Francisco de Paula, e de graça. A educação é extremamente importante, é um direito que todo o povo tem. E os soldados, guerreiros para assegurar esse direito, são vocês jovens.” Prefeito Décio Antônio Colla

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8.7 Bento Gonçalves

Reunião em 23 de abril de 2008 na unidade, localizada na Escola Estadual Marechal Bento Gonçalves. Foi coordenada pela deputada Marisa Formolo. Participaram o vice-prefeito, Jauri da Silveira Peixoto; o coordenador do curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia da UERGS, professor Eraldo Makrakis; a representante do Diretório Acadêmico, Francine Zanatta; lideranças sindicais e partidárias, alunos e professores, com participação de aproximadamente 25 pessoas.

Os principais problemas levantados da UERGS como um todo e da unidade em Bento Gonçalves, foram: descontinuidade da oferta de concursos vestibulares; instabilidade do quadro de docentes; deficiências de infra-estrutura para atender adequadamente ao Curso de as Engenharias de Bioprocessos e de Biotecnologia; desligamento de funcionários (agentes administrativos e auxiliares de serviços gerais) da Instituição; ausência de vagas em concursos públicos para profissionais efetivos do quadro de apoio: bibliotecários, laboratoristas, dentre outros. No final, foi formado o Comitê Local Pró-UERGS e definidos como responsáveis o vice-prefeito Jauri Peixoto, e a estudante Francine Zanata.

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8.8 Erechim

Reunião em 24 de abril de 2008, na Câmara de Vereadores, coordenada pelo presidente da Câmara, vereador Anacleto Zanela, com a participação de 180 pessoas da região, dentre as quais: os deputados Ivar Pavan e Marisa Formolo; a secretária de Educação de Erechim, Neiva Baidek; o presidente da FETRAF/Sul, Altemir Tortelli; o prefeito de São Valentim, Sérgio Arim; a secretária de Educação de São Valentim, Lourdes Deboni; o representante do Seminário Diocesano Nossa Senhora de Fátima de Erechim, Atílio Ecco; o representante da CORLAC, Gervásio Plucinski; secretários de outros municípios da região; a representante do SINPRO, Alcione Roani; dirigentes de cooperativas, Pastoral da Criança, vereadores, diretores de escola, professores e alunos da UERGS, movimentos e sindicatos.

Destacaram-se como principais problemas da unidade: a ausência de vestibular nos últimos anos, sendo que a última turma estaria concluindo o curso no final do primeiro semestre de 2009. Caso não haja vestibular em 2008, a unidade estará encerrando suas atividades; a pouca divulgação da UERGS em Erechim; a deficiência de professores, pois quatro dos seis docentes tinham seus contratos emergenciais por concluir em 30 de abril.

Um ponto positivo destacado foi a participação da comunidade do Bairro São Cristóvão, que cedeu o espaço da Escola para o funcionamento da unidade.

Foram definidos os seguintes encaminhamentos: confecção de material para divulgar a UERGS; fazer uma grande mobilização em Porto Alegre; realizar campanhas de comunicação na cidade e região; manifestação pública e por escrito de todas as entidades em defesa

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da UERGS; realizar concursos nas prefeituras da região voltados para os formados na UERGS.

No final, foi formado o Comitê Local Pró-UERGS, e definido como responsável o vereador Anacleto Zanela.

“Destaco a participação do bairro São Cristóvão, que cedeu o espaço da Escola para o funcionamento da UERGS aqui na região. Hoje, é uma das unidades, com o maior número de candidatos a vestibular. Está com duas turmas e, em julho de 2009, concluírá todos os cursos.” Vereador Anacleto Zanela – presidente da Câmara

“Lamento o fato de estarmos debatendo sobre a UERGS, que foi uma decisão do povo gaúcho. Foi só trocar de governo que começou o desmonte. Daqui a seis dias, 50% dos professores têm de sair da sala de aula. Temos muitos desempregados por falta de qualificação, e o governo do Estado fecha cursos da UERGS, não investindo na universidade. O prejuízo será da sociedade. ” Deputado Ivar Pavan

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“Nosso primeiro desafio é informar a sociedade gaúcha sobre o que está acontecendo. Nosso governo estadual não tem a educação como prioridade. A UERGS está morrendo por falta de investimento. Aos alunos, resta entrar com ação civil pública onde as aulas ficarão comprometidas.” Deputada Marisa Formolo

“Os professores afirmaram que a universidade não é de um governo, mas do povo. Por isso, temos de lutar por ela. Os cursos de tecnólogos são novas formas de cursos superiores, adaptados à realidade com a base local. Em Erechim, temos uma história de debates e conquistas. Porque não agora, com a UERGS? A Secretaria de Educação está à disposição para apoiar a luta pela UERGS”. Relatório da Assessoria

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8.9 Sananduva

Reunião em 25 de abril, na Casa da Cultura, com a participação de quarenta pessoas, dentre eles: vereadores; professores; representante do Centro Acadêmico da UERGS; Secretarias da Educação dos municípios de São José do Ouro, , Sananduva e ; prefeitos de Sananduva e Caseiros; presidente do COREDE Nordeste; presidente da Cooperativa Agrícola de Sananduva; representante da Diocese de Vacaria; presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Sananduva e da Fetraf/Sul.

A reunião, coordenada pelo deputado Ivar Pavan, teve como destaques o reconhecimento da importância da UERGS para a região; a falta de articulação entre os municípios; a falta de entrosamento entre o coordenador da unidade e o poder público municipal; a preocupação do prefeito de Sananduva com o investimento feito pelo município e a insegurança com a falta de vestibular; até 30 de maio, dos cinco professores que estavam atuando na unidade, três estavam concluindo seus contratos emergenciais, restando apenas dois professores na unidade; falta de um laboratório.

“A FETRAF está muito preocupada com esta situação, por isso o tema está na sua pauta de luta. Se tivemos pressão social quando criamos a UERGS, o mesmo temos que ter agora, para salvá-la” Vera Lúcia Fracasso - FETRAF/SUL

No encerramento, foi formado o Comitê Local Pró-UERGS, com os representantes: Ilton Nunes, membro do COREDE/Nordeste, e Brandina Esperança Comel, pelo Diretório Acadêmico da unidade.

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8.10 São Luiz Gonzaga

Reunião em 29 de maio de 2008, na Câmara de Vereadores, coordenada pela vereadora Eni Araújo Malgarin (Xuxu).

Participaram setenta pessoas, dentre elas: a deputada Marisa Formolo, vereadores, coordenadora da unidade, alunos, professores, dirigentes sindicais, lideranças comunitárias.

Os principais problemas levantados foram: precariedade da estrutura física da unidade, que se encontra na Escola Cruzeiro do Sul; falta de vestibular; falta de laboratório. Destaca-se que São Luiz Gonzaga é uma das poucas unidades em que os professores, na sua totalidade, são efetivos.

Os encaminhamentos definidos na reunião foram: cobrança imediata das verbas destinadas para melhorar as estruturas da UERGS; instalação do pólo regional de tecnologia na UERGS; novos cursos superiores (arte) na região; cobrar dos candidatos a prefeitos o apoio na luta pela UERGS; integrar a unidade às demais unidades da região de do estado.

Foi formado o Comitê Local Pró-UERGS, tendo como responsável a vereadora Eni Araújo Malgarin.

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“Os professores são mágicos pelo que fazem com a pouca estrutura que têm. Graças ao currículo do curso realizado, consegui trabalho e desempenho profissional.” Jairo – ex-aluno

“Os alunos estão apreensivos com a situação. A UERGS tem um papel importante na região, mas está esquecida. Há problemas de infra-estrutura, falta laboratório na unidade. A unidade está disposta a entrar na luta pela UERGS.” Aluno do Centro Acadêmico

“Na estrutura física, o espaço é dividido com a Escola Cruzeiro do Sul. Perspectivas: que aconteça vestibular em 2008, curso pós- graduação, programa de formação pedagógica. ” Profª. Fernanda – coordenadora da unidade

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8.11 Ibirubá

Reunião em 09 de maio de 2008, na Câmara de Vereadores, coordenada pela deputada Marisa Formolo e com a participação de mais de 120 pessoas, dentre elas: o prefeito Mauri Eduardo de Barros Heinrich; presidente da Câmara Municipal de Tapera, vereador Adelar Antônio Tatto; presidente da Câmara Municipal de Ibirubá, vereador Albino Valdir Severo; Promotora de Justiça Marisaura Inês Raber; coordenador da unidade, professor Paulo Afonso; vereadores, diretores de escolas, estudantes, professores, alunos e ex-alunos da UERGS.

Os problemas destacados foram: apenas uma turma de 24 alunos desempenhava as atividades acadêmicas, com previsão de formatura no final de 2009; a necessidade da realização de concurso vestibular; dos três professores, um tinha contrato emergencial, com término no dia 30 de abril; o grande investimento do poder público municipal na infra-estrutura da unidade e a expectativa da prefeitura na realização de vestibular em 2008, o que não aconteceu até a conclusão dos trabalhos desta subcomissão.

Encerrando a reunião, foi formado o Comitê Local Pró-UERGS, tendo como responsáveis: a professora Jussara Rodrigues e o presidente da Câmara Municipal de Ibirubá, vereador Albino Valdir Severo.

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”Manifesto meu apoio e confirmo a boa relação que sempre teve o município com a unidade e com o governo estadual, que se comprometeu a realizar vestibular em 2008. ” Prefeito de Ibirubá

“A Promotora de Justiça ressaltou a importância da UERGS. Citou o exemplo de sua ex-empregada doméstica que, formada na UERGS, hoje trabalha na empresa Parmalat, de Cruz Alta. ” Relatório da Assessoria

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8.12 Cruz Alta

Reunião em 09 de maio de 2008, na Câmara de Vereadores, coordenada pela deputada Marisa Formolo. Participaram o secretário do Desenvolvimento de Cruz Alta; a coordenadora da unidade, professora Cristina Ribas dos Santos; vereadores, pais de alunos, e professores, totalizando 20 pessoas.

Os problemas destacados foram: dificuldade de mobilização da comunidade, sendo que a UERGS era pouco divulgada na cidade e região.; destacou-se que a maioria dos professores da unidade de Cruz Alta era efetiva, não tendo carência de corpo docente.

“Um vereador discordou do diagnóstico apresentado e defendeu a UERGS da forma como vinha sendo gerida e administrada. Afirmou que ‘o governo iria reestruturar, incentivar, ampliar a UERGS. Era uma das meninas dos olhos da governadora’. Mas foi fortemente questionado pelos demais participantes.(...) A coordenadora da unidade convidou a comunidade a participar mais da UERGS, apontando que as questões sociais estavam sendo deixadas de lado, e que mais da metade dos alunos eram da área rural, de famílias pobres; que o quadro funcional fixo levava a UERGS adiante; ‘temos que trabalhar a autonomia da universidade e

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para isso precisamos concurso público, para ter o número efetivo suficiente para poder eleger o reitor’. Lembrou que os mais interessados deveriam ser os alunos, que não estavam presentes no debate; e que ‘estamos debatendo aquilo que foi o sonho da juventude, e que está sendo sucateado’. Disse que a unidade vinha de um passado no qual, com o apoio da comunidade, conseguira reverter um sucateamento anterior; que não podia-se esquecer que precisavam de mais concursos, vestibulares, alunos”. Relatório da Assessoria

No final, foi formado o Comitê Local Pró-UERGS sendo definidos como responsáveis: Elza Gonçalves, do gabinete do vereador Alex, e o professor Bertoldo Fagundes.

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8.13 Cidreira

Reunião em 13 de maio de 2008, na Câmara Municipal, coordenada pelo deputado Miki Breier, com a participação de quase cem pessoas, dentre elas: o prefeito, a secretária de educação, vereadores, alunos, professores e lideranças comunitárias.

Os aspectos destacados foram: o grande investimento do poder municipal, com a construção do prédio e, com isso, a expectativa da continuidade dos cursos, com novos vestibulares; a UERGS tornara- se um ponto de referência na região.

“Até hoje o município não mediu esforços para apoiar a UERGS. Falta o governo do Estado fazer sua parte. Dar a segurança de que haverá continuidade nos cursos com qualidade e bons profissionais. Os vereadores estão preocupados e o executivo também. Agora o município não tem condições de tocar uma universidade. Dessa reunião tem que sair algo de bom, queremos saber o que vai ser feito desta universidade no município.” Vereador Ricardo

“A unidade não é de Cidreira, mas da região. Educação é qualidade de ensino, e é por isso que o município está investindo nisso. Quem menos recebe nesse país (as prefeituras) são as que mais tem que fazer.” Roberto César Pires Camargo – prefeito municipal

Formou-se o comitê local Pró-UERGS, tendo como representantes: a estudante Liziane Barbosa, o professor Ronaldo Machado da Silva e o líder comunitário Moisés Ubiratan Nunes (Luli).

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8.14 Cachoeira do Sul

Reunião em 26 de maio, no Pavilhão da Fenarroz. Participaram o secretário da Agricultura de Cachoeira do Sul, Antonio Wilson Correia da Silva; o coordenador da unidade, professor Celson Silva; organizações de ensino da região e a assessoria da Subcomissão.

Silva considerou importante a presença do secretário de Agricultura de Cachoeira do Sul na reunião, "justamente para que se saiba que existe uma integração com o poder público local e com a comunidade”.

O secretário da Agricultura afirmou que "recentemente tivemos um avanço nas conversações com a prefeitura para uma ajuda à UERGS, especificamente no que se refere à infra-estrutura da instituição”. Disse que fora possível passar a limpo algumas situações existentes entre a UERGS e os municípios. "Eu vejo, como secretário de Agricultura, que este é um excelente momento para examinarmos, desde a parte curricular, as obrigações e contrapartidas dos municípios, obrigações e direitos do Estado, formação do corpo docente e diretivo da instituição”. Afirmou que o fortalecimento da instituição era o único caminho para fixar o homem no campo.

Formou-se o Comitê Local Pró-UERGS, cujo responsável ficou sendo o coordenador da unidade, professor Celson Silva.

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8.15 Vacaria

Reunião em 12 de junho, no salão da Paróquia da Catedral Nossa Senhora da Oliveira, coordenada pela deputada Marisa Formolo. Esteve presente o deputado Francisco Appio; a secretária de Educação, Gilvana Baldin; o Monsenhor Germano Pagno, vigário da paróquia; professores e alunos da UERGS, num total de 60 pessoas.

As questões destacadas foram: falta de professores, pois dos onze docentes, sete tinham concluído seus contratos emergenciais; turmas que estavam programando sua formatura para setembro de 2008 viram seus planos comprometidos pela descontinuidade da UERGS; o investimento realizado pelo poder municipal na infra- estrutura da unidade criara a expectativa de retorno por parte da UERGS, o que não acontecera.

Ao final, formou-se o Comitê Local Pró-UERGS e definiram-se como responsáveis: o secretário de Agricultura, Eloi Poltronieri; a secretária de Educação, Gilvana Baldin e o estudante Fábio Guilherme, representando o Diretório Acadêmico.

“Todos sabem das dificuldades que estamos enfrentando, de falta de professores, cursos incompletos, etc. E que os deputados são a força que têm para apoiar a luta em defesa da UERGS. Este é o momento de união para a luta por esta causa.” Estudantes da unidade de Vacaria

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8.16 Santana do Livramento

Reunião em 19 de junho de 2008, na Sede do CPERS, coordenada pela assessoria da Subcomissão. Participaram quarenta pessoas, dentre direções de partidos e sindicatos, movimentos comunitários, diretores de escolas, professores e estudantes de educação básica, coordenação, professores, alunos e ex-alunos da UERGS.

Os principais problemas destacados foram: a UERGS ainda não criara raízes porque ainda não se tornara referência na sociedade; a constatação de que a unidade encerraria suas atividades no final do ano de 2008 se nada fosse feito; relato de professores e alunos das dificuldades por terem falta de recursos materiais e humanos na unidade; dos treze docentes da unidade, sete tinham concluído seus contratos emergenciais no dia 30 de abril.

Foram definidos como encaminhamentos: reivindicar a realização de concursos e vestibulares; divulgar mais a universidade; reunião para organização de atos em defesa da UERGS.

“A UERGS viera para contribuir no desenvolvimento da região, mas estava sendo esquecida; a mão-de-obra formada e qualificada na região estava migrando para a Serra. Destacada a importância de se levar o debate para as regiões e dar publicidade de seu conteúdo. A educação era a base do desenvolvimento de uma região, e era para isso que a UERGS fora demandada pela população como prioridade nas assembléias do Orçamento Participativo de 2000; quando fora criada,

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formando-se uma grande unidade dos partidos e movimentos sociais.”

“A UERGS ainda não criara raízes porque ainda não se tornara referência na sociedade;Conclusões: a preocupação com a política implementada pelo Governo do Estado; a constatação de que a unidade encerraria suas atividades no final do ano de 2008, se nada fosse feito; relato de professores e alunos das dificuldades por terem falta de recursos materiais e humanos na unidade.”. Relatório da Assessoria da Subcomissão

Formou-se o Comitê Local Pró-UERGS, definindo-se como responsáveis: o jornalista Dagberto Reis e o professor Glauber Lima.

Sede da unidade da UERGS em Santana do Livramento.

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8.17 Alegrete

Reunião em 20 de junho, na Câmara Municipal, com a participação de representantes da Secretaria de Educação e Cultura do Município; da Comissão de Educação e Cultura da Câmara de Vereadores; da professora Roseli de Mello Farias, coordenadora da unidade; do estudante Antonio Rodrigues Petterle, representante do centro acadêmico da unidade, além de vereadores, professores, direção de escolas e professores de educação básica.

A unidade está ocupando um espaço cedido pelo DAER, reestruturado com ajuda do município; havia demanda de mão-de- obra especializada frente aos novos investimentos que estavam surgindo na região.

No final, foram definidos como representantes do Comitê Local Pró-UERGS o vereador Sandro Guterres Barúa e o estudante Antonio Rodrigues Petterle, do Diretório Acadêmico da unidade.

Assessores da Subcomissão da UERGS com participantes na reunião de Alegrete.

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9. CONSTATAÇÕES GERAIS

Através das visitas realizadas, pode-se constatar que o projeto original da UERGS, implantado no governo Olívio Dutra, vem sendo alterado desde o início do governo de Germano Rigotto e, no governo de Yeda Crusius, vem sofrendo um conjunto de medidas que estão provocando uma alteração da proposta inicial e ameaçando a própria existência da Universidade. Na análise dos fatos percebemos diferentes indicadores que, no mínimo, preocupam a sociedade gaúcha. Constatamos:

• A UERGS é um projeto político em descontinuidade: após o primeiro ano de sua criação, com a mudança do governo, o projeto que estava em processo de implantação passou por alterações em função de uma visão diferente de universidade.

• A UERGS é pouco conhecida nas comunidades regionais: a universidade e sua situação não têm sido divulgadas nos municípios e regiões.

• A falta de um calendário fixo de vestibular para todas as unidades impede a sociedade de saber quando ocorrerão os exames, prejudicando o processo de inscrição e preparação para o sucesso dos candidatos.

• Problemas de infra-estrutura: a maioria das unidades vive, hoje, uma grande carência de condições físicas e humanas para desempenhar seu trabalho. Faltam professores, funcionários, bibliotecas, equipamentos, laboratórios, salas de aula, sedes próprias. Essas são algumas deficiências constatadas na maioria das unidades.

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• Desperdício de dinheiro público: com a descontinuidade pela não-realização de vestibulares, estudantes repetentes formam turmas de poucos alunos, com professores que poderiam ser aproveitados em turmas maiores. Há turmas com dois a cinco alunos, com uma relação custo/benefício injustificável na realidade do Estado.

• Poderes públicos municipais que fizeram grandes investimentos nas estruturas das unidades, com a promessa da Reitoria de realização de vestibulares contínuos e de fortalecimento da UERGS, estão vendo seus esforços pouco reconhecidos ou inviabilizados.

• Os salários dos servidores da UERGS estão congelados desde 2001.

• O governo, através da Reitoria, não aceitou entrar com pedido de prorrogação de contratos emergenciais na Assembléia Legislativa e não realizou concurso para substituição dos demitidos. Esta possibilidade foi acertada com o Ministério Público Estadual, que não provocaria nova ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade). A governadora preferiu comprometer o programa do semestre letivo, com a demissão dos 101 professores concluída em 30-04-2008.

• A carência de professores efetivos e a não-contratação de todos os concursados comprometeram a continuidade e a qualidade do primeiro semestre de 2008. Conforme o quadro a seguir, 101 professores concursados concluíram seus contratos emergenciais em 30 de abril de 2008.

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PÓLO Nº DE PROFESSORES

EMERGENCIAL EFETIVO

ALEGRETE 4 2

BAGÉ 8 5

BENTO GONÇALVES 7 3

CACHOEIRA DO SUL 0 6

CAXIAS DO SUL 5 1

CIDREIRA 2 3

CRUZ ALTA 2 6

ENCANTADO 5 5

ERECHIM 4 2

FREDERICO WESTPHALEN 2 1

GUAÍBA 6 6

IBIRUBÁ 1 2

NOVO HAMBURGO 13 6

PORTO ALEGRE 5 7

SANANDUVA 3 2

SANTA CRUZ DO SUL 1 5

SANTANA DO LIVRAMENTO 7 6

SÃO BORJA 5 1

SÃO FRANCISCO DE PAULA 5 3

SÃO LUIZ GONZAGA 0 6

TAPES 9 6

TRÊS PASSOS 0 2

VACARIA 7 4

TOTAL 101 90 Dados fornecidos pela Reitoria da UERGS em março de 2008.

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9.1 Encerramento do semestre 2008/1 e início do semestre 2008/2

A subcomissão obteve, ao final de seus trabalhos, informações sobre a situação de quatro unidades na transição de semestres letivos de 2008.

Na unidade de Três Passos, o segundo semestre iniciará com uma disciplina "concentrada" (duas semanas), e depois, em princípio, não haverá professores. A coordenadora de unidade já procedeu a solicitação, porém não obteve retorno, até o encerramento desta subcomissão.

Na unidade de Guaíba, das disciplinas oferecidas no primeiro semestre, (cerca de quarenta), seis não foram realizadas por falta de professores. Dos seis professores contratados emergencialmente e demitidos em abril, nenhum foi reposto. O quadro de professores na unidade é metade do que era no início do ano. Além disso, um professor concursado pediu demissão e também não foi substituído. A única aprovada no concurso passou a ocupar um cargo em comissão na Reitoria, e cumpre apenas 4h em sala de aula. Para 2008/2 a situação será muito pior que 2008/1. São 22 disciplinas sem professor. A turma que se formaria ao final do ano não poderá fazê-lo por não haver professor disponível. O ânimo dos alunos e mestres está péssimo.

Há, também, a ameaça real do não reconhecimento do curso, pois o Conselho Estadual de Educação condicionou o reconhecimento definitivo a melhorias na Unidade, que, até o momento, não aconteceram. As obras, que deveriam ser realizadas com o dinheiro do CT-INFRA (projetos de Pesquisa), não foram realizadas.

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Não houve incremento no acervo da biblioteca. O banheiro que despencara no início do ano, ainda estava interditado. Quando o Conselho emitiu este parecer, a unidade tinha treze professores; hoje tem sete. Apesar de tudo isso, foi realizado vestibular para 2008/2.

Em Tapes, por outro lado, o primeiro semestre de 2008 foi encerrado apenas com um ligeiro atraso no calendário. Há onze professores concursados vinculados àquela unidade. A formatura da primeira turma do curso de Gestão Ambiental ocorrerá dentro do cronograma estabelecido.

Na unidade de Bento Gonçalves, ofereceram-se apenas duas disciplinas para os acadêmicos do 5° semestre do curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia. Foram elas: Fenômenos de Transporte 1 e Termodinâmica aplicada à Biotecnologia 1. O motivo foi a falta de professores. Isso impossibilita os alunos de cursar três disciplinas no semestre 2008/2: Fenômenos do Transporte 2, Termodinâmica aplicada a Biotecnologia 2, e Engenharia das Reações Químicas e Bioquímicas, pois essas necessitam pré- requisitos que não foram anteriormente oferecidos.

Além disso, ocorreu o "condensamento" do semestre para o aproveitamento dos professores que estavam saindo em maio de 2008, devido ao término do contrato. As disciplinas que durariam de março a julho, por exemplo, duraram apenas de março ao final de abril, pois os professores saíram em maio. Apesar disso, foram concluídas tais disciplinas na "correria", e não com calma, como em um semestre regular.

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9.2 Resultados positivos

A Subcomissão constatou muitos resultados positivos, que levaram a um amplo reconhecimento da importância desta universidade, com seus cursos específicos voltados para o desenvolvimento regional. Alguns exemplos podem ser destacados, ilustrativamente:

• A situação da empregada doméstica de Ibirubá, que, ao cursar faculdade, passou a assumir cargos de chefia em empresas de grande porte na sua região.

• A estudante de Ibirubá que depois de formada assumiu a administração da propriedade de seus pais, com experiências reconhecidas em nível internacional.

• Os jovens formados em Sananduva que passaram a assumir cargos de destaque em uma central de cooperativas, qualificando sua administração.

• Estudantes de Guaíba que deram continuidade aos estudos em nível de mestrado na UFRGS, necessários na área de informática para o RS. Outros, ainda, da mesma unidade, criaram empresas próprias, que hoje estão em destaque no mercado gaúcho ou assumiram cargos em empresas no exterior.

• Em Caxias do Sul constata-se uma demanda de profissionais na área da alimentação.

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Em todas as unidades, foi reconhecido o trabalho da Subcomissão em incentivar a organização para a mobilização em defesa da UERGS. A presença dos deputados foi valorizada pelas comunidades e autoridades locais, aproximando o Parlamento da comunidade gaúcha.

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10. ENCAMINHAMENTOS

10.1. Instalação e atividades dos Comitês Locais

Ao visitar os municípios onde se encontram as unidades da Universidade, a Subcomissão da UERGS procurou ouvir todos os segmentos da sociedade preocupados com a crise da entidade e dispostos a unirem-se na busca de respostas aos problemas que atingem hoje cada unidade e o conjunto da UERGS. Como encaminhamento em todas as dezessete unidades, a formação de um Comitê Local, responsável por dar continuidade ao debate, e que estaria promovendo atividades locais e regionais para divulgar as informações e sensibilizar a sociedade. No período entre as reuniões e o Ato Público realizado em 30 de junho na Assembléia Legislativa, a maioria dos comitês realizou um grande número de atividades que caracterizaram a continuidade e o fortalecimento da mobilização. O Comitê de Santa Cruz do Sul, por exemplo, inicialmente buscou o seu fortalecimento interno, conseguindo o apoio de 22 entidades locais e regionais. O mesmo aconteceu com São Luiz Gonzaga e Guaíba, que sensibilizaram o setor da indústria e comércio, o poder municipal e, juntos, programaram atividades significativas. Da mesma forma, a audiência do comitê de Guaíba com o Chefe da Casa Civil, e do comitê de Caxias do Sul com a secretária estadual de Educação e o Reitor da UERGS, para tratar especificamente da situação das suas unidades. Para sensibilizar as comunidades locais e regionais, os comitês também promoveram diferentes atividades, a exemplo de São Francisco de Paula, que na Festa Nacional do Pinhão distribuiu mudas de araucária com um cartão falando da preservação da araucária e sobre a UERGS; o Comitê de Erechim que produziu material de

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divulgação (camisetas, panfletos...), realizou pedágio solidário, fez panfletagem nas principais ruas da cidade e abaixo-assinado nas escolas; de Santa Cruz do Sul que promoveu ato público na Praça Central, fazendo também um abaixo-assinado, no qual o prefeito, hoje atual Chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel, também assinou. O Comitê de Sananduva mobilizou-se com as prefeituras da região, sindicatos, secretários de educação e vereadores para coletar assinaturas no abaixo-assinado. Fez panfletagem na cidade, elaborou um informativo sobre o que era a UERGS e o distribuiu nos dez municípios da região. Outro aspecto importante a destacar nesse processo de mobilização foi o envolvimento da grande maioria dos prefeitos e vereadores dos municípios e regiões da UERGS. Destacamos particularmente as Câmaras de Vereadores que abriram suas portas para ser o local de encontro e reuniões dos comitês. Dentre outras, citamos o exemplo de Guaíba, Cidreira, Novo Hamburgo, São Luiz Gonzaga, Ibirubá, Alegrete, Tapes, Caxias do Sul e Erechim, onde o presidente da Câmara assumiu a coordenação do Comitê e esteve presente em todas as atividades de mobilização. Fez parte desta mobilização também a elaboração de documentos de apoio por parte de instituições públicas enviados à Subcomissão da UERGS, Reitoria e autoridades do Estado, a exemplo dos prefeitos de Ibirubá, Rosário do Sul, Erechim, São Luiz Gonzaga, da Associação Comercial e Industrial de São Luiz Gonzaga, do Instituto Estadual de Educação Visconde de Taunay e da prefeitura de Iraí, da Escola Fundamental Bom Pastor e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, do Instituto Estadual de Educação Padre Vitório e da Prefeitura de Planalto, da Emater, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Prefeito de Frederico Westphalen, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de , da Secretaria Municipal de Educação, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, da

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Escola Estadual de Ensino Médio 20 de Setembro de Caiçara, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, da Secretaria Municipal de Agricultura, da Escola Estadual de Ensino Médio e da Associação dos Professores de São Gabriel, do Círculo de Pais e Mestres e do Conselho Escolar da Escola Estadual de Ensino Médio São Gabriel, de , do prefeito e presidente do COREDE Celeiro, da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, da Escola Estadual de Educação Básica Professora Cléia Salete Dalberto, do Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar e da Emater de . Todos esses documentos fazem parte do anexo deste relatório.

10.2 Comitê Estadual

Na continuidade deste processo de mobilização, depois de formados os comitês regionais com suas atividades próprias, realizou- se um encontro estadual com os coordenadores dos comitês formados até aquele momento, em 02 de junho de 2008, na Assembléia Legislativa. Objetivou-se partilhar informações e formar o Comitê Estadual em Defesa da UERGS. Representantes de 15 unidades estiveram presentes, os quais saíram do encontro com o desafio de mobilizar os municípios e regiões em preparação ao Dia Estadual de Luta em Defesa da Universidade, que aconteceu em 30 de junho.

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10.3 Dia Estadual de Sensibilização e Apoio à UERGS

A principal atividade que marcou a data de 30 de junho de 2008 como “Dia Estadual de Sensibilização e Apoio à UERGS” foi o Ato Público realizado no Teatro Dante Barone da Assembléia Legislativa. Participaram caravanas e representantes de vinte unidades, somando mais de quinhentas pessoas, incluindo-se alunos, professores, pais e mães de alunos, prefeitos, vereadores, dirigentes sindicais, líderes de movimentos sociais, especialmente do movimento estudantil.

As manifestações dos participantes basearam-se nos relatos sobre a situação de cada unidade e em reflexões sobre os problemas que a comunidade acadêmica vem enfrentando e, principalmente, nas iniciativas tomadas em termos de mobilizações regionais para a continuidade e revitalização da UERGS.

O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Alceu Moreira, esteve presente e destacou a importância da UERGS no desenvolvimento do estado, afirmando seu compromisso de buscar, junto a governadora, o apoio necessário para a solução dos problemas.

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Após a finalização da primeira parte do ato, os participantes dirigiram-se até a frente do Palácio , onde ocorreria uma audiência na Chefia da Casa Civil. Lá, foram informados de que a entrada seria pela porta lateral. Entretanto, ao tentarem acompanhar a deputada Marisa Formolo e o Comitê Estadual, a Brigada Militar agiu, impedindo os estudantes de se aproximarem, empurrando-os para longe da entrada. O ato culminou com uma audiência na Casa Civil, onde participaram os representantes do Comitê Estadual em Defesa da UERGS, o Reitor Carlos Alberto Callegaro, a secretária-adjunta da Educação do Estado, Salete Cadore, e o Chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel. Naquela oportunidade, a deputada Marisa Formolo, em nome dos representantes do Comitê, entregou aos presentes a “Carta ao Povo Gaúcho”, com as principais reivindicações da mobilização (o texto encontra-se nos anexos).

Na continuidade do processo de mobilização, os participantes do Ato Público assumiram o compromisso de, ao voltarem para suas regiões, trabalharem na coleta de assinaturas do Abaixo-assinado em

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Defesa da UERGS . As folhas com as assinaturas deveriam ser enviadas à Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia até 15 de outubro de 2008. Também foi elaborado um cartaz, reproduzido abaixo, e entregue aos participantes, com o objetivo de divulgar o trabalho de mobilização por uma Universidade pública, democrática, autônoma e de qualidade para o desenvolvimento do RS.

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11. PROPOSTAS DA SUBCOMISSÃO

O trabalho da Subcomissão permitiu-nos recuperar e debater o projeto original para o qual fora criada a Universidade Estadual; realizar um diagnóstico da realidade atual da instituição; incentivar a constituição de um movimento no estado de mobilização na defesa da UERGS; sentir, pelo relato dos seus protagonistas em todas as unidades, a importância que a Universidade ocupa no desenvolvimento econômico e social do estado. E, fundamentalmente, com isso, ao concluirmos nosso trabalho, propormos, na continuidade do debate, através da articulação do Comitê Estadual e de Comitês Locais, algumas Diretrizes de revitalização, que aqui descrevemos como contribuição que fazemos ao governo do Estado e à Reitoria da Universidade, para que possam acolher e implementar. A Subcomissão propõe que a Assembléia Legislativa assuma o compromisso de apoiar esse movimento e apresenta a proposta de suas diretrizes.

11.1 Diretrizes para revitalizar a UERGS

Cabe à Reitoria definir o Plano Estratégico da UERGS, atentando para as diretrizes sugeridas neste relatório:

• Missão da UERGS : Resgatar a Universidade para o desenvolvimento regional, com ensino, pesquisa e extensão. Na justificativa da lei destaca-se como papel da UERGS: impulsionar o desenvolvimento regional por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, destinados à resolução dos problemas regionais. Para se constituir como Universidade, a UERGS não pode ser reduzida a um Centro de Educação Tecnológica. Para que a Universidade cumpra a missão de ser um instrumento

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para o desenvolvimento, não pode atuar somente no ensino. Precisa desenvolver a pesquisa e a extensão. Precisa desenvolver e articular as ações de pesquisa desenvolvidas por outros órgãos estaduais, a exemplo da FAPERGS, CIENTEC, CEITEC, FEE, FEPAGRO, IRGA, FEPPS.

• Estrutura : Retomar e fortalecer a proposta original dos sete Centros, como pólos de referência para a articulação das unidades. Estes Centros Regionais trabalharão de forma articulada com os municípios na discussão da implantação dos cursos, a partir da vocação econômica e social de cada região. Os Centros cumprem também o papel de estruturar e otimizar os recursos humanos e materiais (encontro dos professores, estrutura física, laboratórios, bibliotecas, etc.). Sugere-se também a utilização e aproveitamento de espaços físicos (prédios de fundações e outros) do Estado que se encontram ociosos, para serem utilizados pela UERGS, evitando gastos com locações para a Universidade.

• Atribuições : Definir atribuições e implementar uma articulação entre os Centros Regionais, a Reitoria e as Pró-Reitorias da Universidade. Instâncias de discussão, deliberação, responsabilidades na implementação e avaliação. Normatizar a estrutura e dinâmica de funcionamento da Universidade, garantindo instâncias e fluxos orgânicos para o seu bom andamento.

• Cursos : A extinção, manutenção ou criação de novos cursos devem ser discutidas e definidas com as comunidades locais, como fruto de um amplo debate regional. Por exemplo, o foco para os cursos do centro da região norte poderia ser voltado à agricultura familiar. E, assim, em cada outra região. A previsão

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e a oferta de cursos devem ser de forma a não possibilitar as chamadas “pendências”, o que implica em assegurar o direito à educação dos estudantes e para que os professores não acabem ministrando aulas para dois, três, quatro alunos, como está acontecendo atualmente em algumas unidades.

• Planejamento : Para garantir um processo de continuidade e estabilidade, a Universidade terá que elaborar um planejamento institucional e político-pedagógico de curto, médio e longo prazo.

• Acesso : Para democratizar o acesso à UERGS, é preciso estruturar a Universidade com um quadro de pessoal estável, conforme assegura a Lei de Criação da UERGS, em seu artigo 17, o que implica necessariamente na realização de concurso público para professores e funcionários, necessários para o pleno funcionamento da Instituição. Assegurar que a Reitoria e os coordenadores regionais sejam eleitos pela Comunidade Universitária, conforme o artigo 10 da mesma Lei; e oferecer de forma regular o vestibular, para oportunizar o ingresso de novos estudantes em todos os cursos oferecidos. E por fim, retomar o CONSUN original, que está previsto no Estatuto da Universidade.

• Financiamento : Para buscar a autonomia da Universidade é necessário garantir uma previsão de recursos orçamentários regulares destinados à manutenção e ao desenvolvimento da UERGS, conforme estabelece o artigo 1° da Lei de Criação da Universidade.

• Vinculação da UERGS : Para destacar a importância da UERGS no projeto de desenvolvimento do estado e para otimizar

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recursos financeiros e contar com a experiência e o conhecimento acumulado nas diversas fundações de pesquisa e extensão do estado, a universidade continuará vinculada à Secretaria de Educação, devendo estar permanentemente integrada à Secretaria de Ciência e Tecnologia no desenvolvimento de seu projeto político pedagógico.

A subcomissão considera, também, as sugestões para a criação da Universidade Estadual elaboradas pelo ex-deputado Victor Faccioni em 1998, enviadas aos governadores da época, Antonio Brito e Germano Rigotto, constantes no anexo 12.3.

Por fim, para revitalizar a UERGS, é necessário mobilizar a sociedade, e o Governo estar convencido de sua importância. Por isso, fica como resultado do trabalho da Subcomissão, além de todas essas considerações, a continuidade da mobilização da sociedade gaúcha, que, através dos Comitês Locais e Estadual, está realizando a coleta de assinaturas em defesa deste patrimônio do povo gaúcho e que continuará pressionando as autoridades responsáveis para que uma UERGS fortalecida e autônoma se torne realidade.

É o Relatório.

Porto Alegre, 16 de julho de 2008.

Deputada Marisa Formolo – Relatora

Deputado Ivar Pavan Deputado Adão Villaverde

Deputado Daniel Bordignon Deputado Kalil Sehbe

Deputado Miki Breier Deputado Sandro Boka

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Mesa Diretora da Assembléia Legislativa do Estado do RS

Presidente: Dep. Alceu Moreira (PMDB) 1º Vice-Presidente: Dep. Cássia Carpes (PTB) 2º Vice-Presidente: Dep. Gerson Burmann (PDT) 1º Secretário: Dep. Ivar Pavan (PT) 2º Secretário: Dep. Paulo Brum (PSDB) 3º Secretário: Dep. Mano Changes (PP) 4º Secretário: Dep. Carlos Gomes (PPS)

1º Suplente: Dep. Raul Carrion (PCdoB) 2º Suplente: Dep. Miki Breier (PSB) 3º Suplente: Dep. Marquinho Lang (DEM) 4º Suplente: Dep. Alberto Oliveira (PMDB)

Composição da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia

Presidente : Dep. Marisa Formolo (PT) Vice-Presidente : Dep. Daniel Bordignon (PT)

Deputados Titulares: Deputados Suplentes: Stela Farias (PT) Adão Villaverde (PT) Edson Brum (PMDB) Ivar Pavan (PT) Sandro Boka (PMDB) Gilberto Capoani (PMDB) Frederico Antunes (PP) Nélson Härter (PMDB) Mano Changes (PP) Jerônimo Goergen (PP) Kalil Sehbe (PDT) Marco Peixoto (PP) Iradir Pietroski (PTB) Gilmar Sossella (PDT) José Sperotto (DEM) Nelson Marchezan Jr. (PSDB) Paulo Borges (DEM) Cassiá Carpes (PTB) Miki Breier (PSB) Marquinho Lang (DEM) Heitor Schuch (PSB)

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12. ANEXOS

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12.1 Legislação

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12.2 Orçamento da UERGS

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12.3 Correspondências recebidas pela Subcomissão

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12.4 Carta ao Povo Gaúcho e Abaixo-assinado