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PREFEITURA MUNICIPAL DE MONTE BELO DO SUL

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

Plano Municipal de Educação 2014-2024

Monte Belo do Sul, Maio de 2015

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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E DESPORTO

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...... 5 2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO ...... 6 2.1 HISTÓRICO E CARACTERÍSTICAS DO MUNICÍPIO ...... 6 3. SÍMBOLOS MUNICIPAIS ...... 9

3.1 BRASÃO DE MONTE BELO DO SUL ...... 12 3.2BANDEIRA MUNICIPAL ...... 12 4. ASPECTOS GEOGRÁFICOS DO MUNICÍPIO ...... 13 4.1 LOCALIZAÇÃO ...... 13 4.2 MAPA MONTE BELO DO SUL ...... 13 4.3. HIDROGRAFIA ...... 13 4.4 CLIMA ...... 13 4.5 VEGETAÇÃO ...... 14 4.6 TOPOGRAFIA ...... 14 4.7 POPULAÇÃO ...... 14 4.8 ÁREA TOTAL DO MUNICÍPIO ...... 14 5. COMUNIDADES ...... 14 6. PRINCIPAIS ATIVIDADES ECONÔMICAS ...... 15 7. ASPECTOS EDUCACIONAIS ...... 16 7.1 HISTÓRIA ...... 16 7.2 ESCOLAS E PROFESSORES ...... 16 7.2.1 Linha Zamith – Capela Santo Isidoro: Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Tiradentes ...... 16 7.2.2 Linha Fernandes Lima: Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Olavo Bilac ...... 17 7.2.3 Linha Alcântara – Capela São Pedro: Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Machado de Assis ...... 17 7.2.4 Capela Nossa Senhora de Caravágio: Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Osvaldo Cruz ...... 17 7.2.5 Linha Armênio – Capela Nossa Senhora Das Graças: Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Joaquim Murtinho ...... 18 7.2.6 Capela do Rosário: Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Edília A. C. Piovesana ...... 18 7.2.7 Linha Argemiro – Capela São José: Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Gaspar Martins ...... 18 7.2.8 Capela São Marcos: Escola Municipal de Ensino Fundamental José Bonifácio ...... 19 7.2.9 Linha 80 da Leopoldina - Capela Santo Antônio: Escola Municipal de 1º Grau Vidal de Negreiros ...... 19 7.2.10 Linha 100 da Leopoldina - Capela São Miguel: Escola Municipal de 1º Grau Elvira Romagna Dendena ...... 19 7.2.11 Linha Pederneira – Capela Nossa Senhora de Fátima: Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Quintino Bocaiúva ...... 19 7.2.12 Linha Segunda Seção de Santa Bárbara - Capela da Saúde: Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Roman Ross ...... 20 7.2.13 Capela Santa Bárbara: Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Carlos Gomes ...... 20

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7.2.14 Linha Colussi - Capela Nossa Senhora do Bom Conselho: Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Lino Colussi ...... 20 7.2.15 Linha Argemiro - Capela Santa Rita: Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Cruzeiro do Sul ...... 21 7.2.16 Monte Belo do Sul - Sede ...... 21 7.3 SITUAÇÃO ATUAL ...... 23 8. ASPECTOS CULTURAIS E ESPORTIVOS ...... 27 9. EDUCAÇÃO BÁSICA ...... 28 9.1EDUCAÇÃO INFANTIL ...... 29 9.1.1 Diagnóstico ...... 29 9.1.2 Situação Escolar ...... 31 9.1.3 Diretrizes ...... 31 9.2 ENSINO FUNDAMENTAL ...... 32 9.2.1 Diagnóstico ...... 32 9.2.2 Situação Escolar ...... 34 9.2.3 Diretrizes ...... 36 9.3 ENSINO MÉDIO ...... 38 9.3.1 Diagnóstico ...... 38 9.3.2 Diretrizes ...... 40 9.4 EDUCAÇÃO SUPERIOR ...... 41 10. MODALIDADES DE ENSINO ...... 42 10.1. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ...... 42 10.1.1 Diagnóstico ...... 42 10.1.2 Diretrizes ...... 42 10.2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS ...... 44 10.3 EDUCAÇÃO ESPECIAL ...... 45 10.3.1 Diagnóstico ...... 45 10.3.2 Diretrizes ...... 46 10.4 EDUCAÇÃO INTEGRAL ...... 47 10.4.1 Diagnóstico ...... 47 10.4.2 Diretrizes ...... 48 11. TEMAS RELEVANTES ...... 49 11.1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL ...... 49 11.1.1 Diretrizes ...... 49 11.2 MUSICALIDADE ...... 50 11.2.1 Diretrizes ...... 50 12. MAGISTÉRIO DA EDUCAÇÃO BÁSICA ...... 52 12.1 FORMAÇÃO DE PROFESSORES E VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO .... 52 12.1.1 Diagnóstico ...... 52 12.1.2 Diretrizes ...... 53 13. FINANCIAMENTO E GESTÃO ...... 55 13.1. DIAGNÓSTICO ...... 55 14. METAS E ESTRATÉGIAS ...... 56 14.1 META 1 ...... 56 14.2 META 2 ...... 57 14.3 META 3 ...... 59 14.4 META 4 ...... 60 14.5 META 5 ...... 61 15.6 META 6 ...... 62 14.7 META 7 ...... 62

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14.8 META 8 ...... 63 14.9 META 9 ...... 64 14.10. META 10 ...... 65 14.11 META 11 ...... 66 14.12 META 12 ...... 67 14.13 META 13 ...... 68 14.14 META 14 ...... 68 14.15 META 15 ...... 69 14.16 META 16 ...... 69 14.17 META 17 ...... 70 15. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PME ...... 71 16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...... 72 ANEXO 1 – MAPA DO MUNICÍPIO ...... 74 ANEXO II – QUADRO DEMOSTRATIVO DAS ESCOLAS EM 2014 ...... 76

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1. INTRODUÇÃO

O Plano Municipal de Educação - PME é um documento que visa contemplar os anseios da sociedade, e está embasado em sua história cultural e na busca de uma sociedade mais igualitária, garantindo seus direitos, preceituada pela Constituição Federal de 1988, em seus artigos 205, 206 incisos I a VIII e 208 incisos I a VII, parágrafos 1º, 2º e 3º e na Lei de Diretrizes de Bases da Educação Nacional - LDB nº 9.394/96. Considerando a necessidade do estabelecimento de registros da intenção política no âmbito educacional, em termos de aporte de recursos financeiros, nos limites e capacidades para responder ao desafio de oferecer uma educação de qualidade, o PME constitui um instrumento de planejamento visando às diretrizes previstas nos objetivos educacionais para atingir as metas estabelecidas. O Plano Municipal de Educação objetiva proporcionar educação com qualidade e responsabilidade social, diminuindo as desigualdades sociais e culturais, erradicar o analfabetismo, ampliar o nível de escolaridade da população e propiciar a qualificação para o trabalho. Em síntese, o Plano Municipal de Educação, define as diretrizes para a gestão municipal, bem como, as metas para cada nível e modalidade de ensino atendido pelo poder público municipal, visando à formação, à valorização do magistério e aos demais profissionais da educação. Consiste no propósito do Poder Público em desenvolver um conjunto de estratégias com as quais responderá as demandas educacionais. O Plano Municipal de Educação (PME) não é um plano da Rede de Ensino Municipal, mas um plano de Educação do Município. Este plano está integrado ao Plano Estadual de Educação e ao Plano Nacional de Educação (PNE), porém mais integrado ainda, à realidade, à vocação, às políticas públicas do município e sua proposta de desenvolvimento é que determina as metas e as estratégias de suas ações na educação escolar. Sabe-se que pensar, planejar e promover a educação é acreditar que ela possa fazer acontecer as transformações necessárias para que todos possam usufruir de uma sociedade mais justa, solidária e humana.

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Este Plano Municipal de Educação é o resultado de uma ação conjunta com a participação efetiva de toda comunidade montebelense. Um plano construído pela sociedade e para a sociedade. Um trabalho realizado com dedicação e amor por parte de todos aqueles que sabem da necessidade que se tem de garantir uma vida com qualidade para todos os munícipes desta cidade. Constituíram subsídios para a preparação desse documento, estudos, pesquisas, avaliações internas e externas, contatos, reuniões e tomadas de decisão.

2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO

2.1 HISTÓRICO E CARACTERÍSTICAS DO MUNICÍPIO

A vocação para o Mundo do Vinho é uma decorrência da história do município. Suas origens estão no processo de colonização da região da Serra Gaúcha, iniciado em 1875, com o estabelecimento da Colônia Dona Isabel, mediante a atração e fixação de um grande contingente de imigrantes italianos, oriundos especialmente das províncias do norte da Itália.

Monte Belo do Sul iniciou com a ocupação de oito assentamentos, denominados desde então de Linhas: Leopoldina, Zamith, Fernandes Lima, Pederneiras, Alcântara, Armênio, Argemiro e 2ª. Secção de Santa Bárbara.

O território foi colonizado exclusivamente por imigrantes italianos, 416 famílias, que chegaram a partir de 1877, provenientes de Friuli, Lombardia, Udine, Mantova, Cremona, Veneza, Vicenza, Treviso, Bergamo, Modena, Beluno, e outras, o que confere ao município característica cultural única.

Em 1884, a Colônia de Dona Isabel foi elevada a categoria de povoação comum, passou a constituir o 4º Distrito de São João de Montenegro. Com a emancipação política em 1890, junto com a vizinha Colônia de Conde D’Eu, formaram o município de Bento Gonçalves.

Monte Belo do Sul foi distrito de Bento Gonçalves até conquistar em 1992 sua própria emancipação.

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Ao longo do tempo teve as seguintes denominações: Linha Zamith, foi um nome relacionado ao francês em decorrência dos padres capuchinhos que por primeiro atenderam a nossa paróquia. De 1898 a 1945 denominou-se Montebello, em função da localização geográfica da sede e do então distrito. De 1945 a 1949 denominou-se Caturetã, o qual, em linguagem indígena, significa Povoado Bonito. No período de 1949 e 1992, denominou-se Monte Belo e, em 20 de março de 1992 foi emancipado pela Lei 9564/92, e passou a chamar – se Monte Belo do Sul. A família Franzoni foi pioneira na elaboração de vinhos e sucos na região, fábrica de queijos, frigoríficos e casa de comércio. As famílias Salvador, Possuelo e Casonatto fundaram as primeiras casas de pouso. Em 24 de abril de 1898, a pedido do padre José Picolli instalaram-se as Irmãs do Imaculado Coração de Maria, que deram origem a Escola Sagrada Família. A primeira estrada oficial para Bento Gonçalves foi aberta em 1926. Em 1940, iniciaram-se as atividades do Grupo Escolar Afrânio de Mello Franco. Por esta paróquia passaram vários padres, mas o que permaneceu maior tempo foi o Pe. José Ferlin (36 anos de Paróquia). Foi ele o idealizador da construção da Igreja Matriz São Francisco de Assis. Inaugurada em 17 de janeiro de 1965, após nove anos em construção. Os sinos da Igreja foram adquiridos em Padova, no ano de 1920 e são denominados: Belina, Becker e Scalabrina. De longe dá para ver Monte Belo do Sul, atravessando o Vale dos Vinhedos. Ainda em Bento Gonçalves, já é possível avistar o pequeno município, um par de torres com 65 metros de altura encarregando-se de sinalizar ao forasteiro que a cidade está próxima. As torres imponentes e todo o prédio da Igreja São Francisco de Assis destoam das casas modestas, que nunca passam de dois andares. As estradas que levam ao interior do município passam por dezenas de capitéis invariavelmente enfeitados com flores naturais e por capelas bem cuidadas. Quem olhar atentamente pode perceber no altar dessas igrejinhas alguma estátua de madeira, quase oculta entre imagens de gesso. São obras de artistas anônimos, possivelmente agricultores

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que aproveitam as horas de descanso para manifestar sua fé e seu talento herdados dos imigrantes. Além das capelas e dos capitéis, a zona rural de Monte Belo reserva mais: a cultura dos camponeses que ainda sobrevive em velhas máquinas de plantar milho, nos largos chapéus de palha e nos cestos de vime que desfilam sob os parreirais quando é época de colheita. Os vales e colinas cobertos de matas e pinheirais que os imigrantes italianos encontraram quando chegaram, estão hoje cobertos de tapetes de parreirais. São mais de 2500 hectares, dos quais 45% são de uvas viníferas e uma produção média anual de 35 a 40 milhões de quilos. O município, que serviu de cenário para a gravação da novela Esperança (Capítulos finais), guarda ainda viva as marcas da imigração, seja pelo elemento humano, gastronomia, usos e costumes, construções antigas em pedra e madeira, igrejas e capitéis e festas populares. Serviu ainda de cenário para os filmes Saneamento Básico e O Filme da Minha Vida. As belezas naturais completam o cenário deste pequeno pedaço da Itália no Brasil. O município está estruturado de forma organizada e atualmente conta com escolas equipadas, sociedades esportivas e culturais, agências bancárias, posto de combustíveis, hotel, cartório, casas de comércio (lojas, mercados, farmácias), indústrias. A administração municipal se dá através da Prefeitura Municipal, instalada em prédio histórico datado de 1906, que abrigou a antiga Escola Sagrada Família da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria. A saúde pública municipal é atendida através dos serviços da Unidade Básica de Saúde. A educação em Monte Belo do Sul é motivo de orgulho; as duas escolas municipais, Escola Municipal de Ensino Fundamental Caminhos do Aprender (Berçário, Educação Infantil ao 5º Ano) e Escola Municipal de Ensino Fundamental Roman Ross (Séries Iniciais ao 9º ano), juntamente com a Escola Estadual de Ensino Médio Pedro Migliorini (Ensino Fundamental – Séries Finais e Ensino Médio), atendem aos alunos do município com comprometimento e seriedade, formando cidadãos comprometidos com o futuro de sua terra. Jovem enquanto município (22 anos de emancipação), porém com uma rica história de 140 anos.

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3. SÍMBOLOS MUNICIPAIS

HINO A MONTE BELO DO SUL

Letra:Padre Ulderico Dalló Música: Frei Nicolau Lucian

Arranjos: Grupo Vicentino

Refrão: O descendente do herói pioneiro Monte Belo do Sul junto ao céu azul Fez de Monte Belo um jardim florido Levanta hoje a taça espumante Onde junto ao trigo, a soja e o milho Sobre a montanha como um castelo A parreira é um bem agradecido. Erguido em memória do . Refrão

O imigrante desbravou a história Monte Belo, és a imagem forte Que festejamos neste centenário Na imponente igreja refletida Feito de trabalho e de esperança Enfrentando a luta com coragem Com a fé de quem reza seu rosário. De quem deu sentido à própria vida.

Refrão O descendente do herói pioneiro Fez de Monte Belo um jardim florido Tempo de Vindima, tempo de colheita Onde junto ao trigo, a soja e o milho O Brasil inteiro com vinho te saúda A parreira é um bem agradecido Orgulhosamente és ó Monte Belo A Brasileira a Capital da Uva.

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3.1 BRASÃO DE MONTE BELO DO SUL

3.2 BANDEIRA MUNICIPAL

A Bandeira Municipal tem como cores oficiais o verde, o branco e o vermelho. Compor-se-á de três panos, tendo como inspiração o formato da Bandeira do e as cores da Bandeira da Itália, representando:  o verde, a pujança da agricultura, as matas, a ecologia;  o branco, a fraternidade, a harmonia e mensagem de paz na comunidade;

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 o vermelho, simbolizando a dedicação, o amor pátrio, a audácia e a coragem;

4. ASPECTOS GEOGRÁFICOS DO MUNICÍPIO

4.1 LOCALIZAÇÃO O município de Monte Belo do Sul, emancipado pela Lei 9564 de 20 de março de 1992, está localizado no Planalto da Serra Geral, Encosta Superior do Nordeste, distanciando-se da capital do Estado, , 143 Km. Sua área é de 69 km², sendo 98% na zona rural. Possui 2766 habitantes, sendo 21,6% na zona urbana e 78,4% na zona rural. O município limita-se com os municípios:  Norte: Cotiporã  Sul e Leste: Bento Gonçalves  Oeste: Santa Tereza

4.2 MAPA MONTE BELO DO SUL Mapa com as capelas do munícipio bem como a localização do mesmo, estão representados no Anexo 1.

4.3. HIDROGRAFIA Monte Belo do Sul é banhado ao Norte por inúmeros arroios: Arroio São Pedro, Arroio Armênio e Arroio São Marcos, que deságuam no Rio das Antas, na comunidade Bom Conselho. Destacam-se também os Arroios 80 e 100 da Leopoldina que deságuam no Rio , em Santa Tereza. O Rio das Antas é o limite natural ao Norte do município.

4.4 CLIMA Caracteriza-se por mudanças rápidas, em conseqüência de sua topografia. Podem ocorrer num curto espaço de tempo calor, frio, chuvas ou vento forte. Apresenta temperaturas variando entre –1°C e 32°C a temperatura média é de 20°C.

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É classificado como temperado. Durante o ano, as chuvas são freqüentes. No inverno, com as baixas temperaturas, ocorrem geadas e algumas vezes neve. É freqüente a ocorrência de neblina.

4.5 VEGETAÇÃO As riquezas vegetais constituem-se de mata nativa, com alguns exemplos típicos: Cedros, Angicos, Eucaliptos, Araucárias.

4.6 TOPOGRAFIA O relevo de Monte Belo do Sul apresenta-se acidentado, com grande número de serras, vales, arroios e riachos. Essas elevações situam-se na Extremidade norte do Rio das Antas. A altitude média é de 640 metros. O solo apresenta-se areno- argiloso, próprio para a agricultura.

4.7 POPULAÇÃO  População total (hab.): 2670  População urbana (hab.): 21,6%  População rural (hab.): 78,4%

4.8 ÁREA TOTAL DO MUNICÍPIO  Área total em km²: 69, 5981

5. COMUNIDADES

O município está dividido em sede mais quinze comunidades identificadas pelas capelas.

1 Fonte: Departamento de Engenharia/Prefeitura Municipal e Dados do IBGE

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Nome da Comunidade Distância da Sede do Município Paróquia São Francisco de Assis Sede Capela Santo Isidoro 4 km Capela São Paulo 3,9km Capela do Rosário 4 km Capela das Graças 6,1 km Capela Santa Rita 4 km Capela São Marcos 6,3 km Capela São José 8,9 km Capela São Miguel 5,3 km Capela Santa Bárbara 7.5 km Capela Bom Conselho 14,2 km Capela Santo Antônio 3,6 km Capela Nossa Senhora de Fátima 4 km Capela Nossa Senhora da Saúde 6,4 km Capela São Pedro 4,5 km Capela Nossa Senhora do 7,8 km Caravággio

6. PRINCIPAIS ATIVIDADES ECONÔMICAS

A agricultura é a principal atividade desenvolvida, especialmente voltada ao cultivo da uva, representando 74,6% da economia. A produção de vinhos contribui com 11,3%. Serviços e comércio somam 14,1%.

O município apresenta, portanto, perfil rural predominante; tem no Mundo do Vinho, com a viticultura, sua vocação especial, dependendo quase que totalmente do comportamento do setor.

 Agricultura (Viticultura) - 74,6%  Indústria (Vinho, predominante) - 11,3%  Comércio - 7,3%

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 Serviços - 6,8%

7. ASPECTOS EDUCACIONAIS

7.1 HISTÓRIA

Baseado em relatos de professores mais antigos em 1899 a Escola Sagrada Família começou a funcionar com 30 alunos. Em 1990 já possuía 60 alunos. Em 1906, com a ajuda do Pe. Henrique Pretti foi construído o novo prédio. Em 1936, para fazer frente a crise econômica, a escola recebeu veranistas. Em 1961 começaram a ser ministrados cursos diversos. Em 1989 a Escola Sagrada Família cessou as atividades. Em vista disso, os espaços escolares eram em moradias particulares, em capelas e em salões comunitários. Sendo mais tarde, construído de forma geral, com uma sala, ou ainda, um anexo à moradia do professor. Em 1940, instalou-se no município o Grupo Escolar Afrânio de Mello Franco e posteriormente, em 1964, foi fundado o Ginásio Comercial Monte Belo, que mais tarde chamou-se Escola Cenecista Monte Belo (5ª a 8ª séries). Em 1990, passou a ser Escola Estadual de Ensino Fundamental Pedro Migliorini, atual Escola Estadual de Ensino Médio Pedro Migliorini. Posteriormente, as escolas que eram pequenas moradias ou salas, transformaram-se em pequenos prédios escolares nas comunidades.

7.2 ESCOLAS E PROFESSORES Os professores exerciam um papel muito importante na comunidade. Além do trabalho de sala de aula, ajudavam na organização de missas, festas e outras atividades da comunidade. Por isso, vale a pena lembrarmos quem foram os primeiros professores de cada comunidade:

7.2.1 Linha Zamith – Capela Santo Isidoro: Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Tiradentes

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Alice Periolo foi a primeira professora da comunidade, que a princípio lecionava numa casa de família. Em torno de 1942, os pais da comunidade construíram uma escola que passou a chamar-se Escola Tiradentes.

7.2.2 Linha Fernandes Lima: Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Olavo Bilac A primeira professora da localidade foi Itália Ré, que iniciou a alfabetização, exercendo sua atividade na casa de Luis Viel, pois não havia uma escola ainda. A escola foi criada pelo decreto de três de março de 1941, onde lecionaram as seguintes professoras Regina Dinon, Erci Fabris, Edilia Consoli, Sueli Grasseli, Alice Navarini, Deysi Mejolaro, Neiva Andrizzi, Ivete Perin, Benilde Capeletto, Lurdes Tasca e Vilma Romio.

7.2.3 Linha Alcântara – Capela São Pedro: Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Machado de Assis

A escola foi construída em 1950, criada pelo Decreto nº 05 de 11 de setembro de 1952, próximo ao cemitério da comunidade, sendo a primeira professora Edília Consoli Piovesana. Em 20 de março de 1984, foi construído um novo prédio escolar de alvenaria, próximo ao centro comunitário

7.2.4 Capela Nossa Senhora de Caravágio: Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Osvaldo Cruz

- A primeira escola foi construída em 1922, no local onde hoje está o salão, sendo os primeiros professores, Felina Abreu, José Cavaleri, Natalia Abreu e José Rossatto. No começo as aulas eram dadas em casas particulares onde as crianças escreviam em pedras ou tabuinhas, usando penas e uma tinta vermelha. Mais tarde, foi construído um novo prédio escolar em frente a Igreja de Nossa Senhora de Caravágio.

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7.2.5 Linha Armênio – Capela Nossa Senhora Das Graças: Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Joaquim Murtinho

A escola foi fundada em 1904 com 30 alunos. Era de madeira e construída na propriedade de Celestin Maynes. Recebeu o nome de Joaquim Murtinho, em homenagem a um médico e político. O primeiro professor foi o Sr. Aquiles Marcon, que dava aulas particulares em idioma italiano e morava na própria escola. As professoras que por ali passaram foram: Ória Benincá, Angelina Consoli, Ida Mensh, Clarice Gracia, Áurea Sartori, Alcides Fingher, José Cavaleri. A primeira professora a ensinar em Língua Portuguesa foi Ida Mensh.

7.2.6 Capela do Rosário: Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Edília A. C. Piovesana

A primeira professora da localidade foi Graciosa Dinon que lecionava na casa de Paulo Celso. Após, as atividades escolares foram realizadas em outras casas de famílias. Mais tarde foi construída uma escola de madeira próximo ao salão comunitário denominada Clemente Pinto. Em 1979, foi construído um novo prédio de alvenaria e a Escola passou a denominar-se Edília A. C. Piovesana. Após, também trabalharam na comunidade as professoras Arcida Marcolin Echer, Delfina Consoli Panizzi, Edilia Piovesana.

7.2.7 Linha Argemiro – Capela São José: Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Gaspar Martins

As atividades escolares iniciaram na casa da família de Rafael Fantin, por volta de 1945. Após alguns anos, foi doado um terreno por Santo Fantin para a construção do atual prédio escolar. As primeiras professoras da localidade foram : Dorvalina Leite Comel, Graciosa Dinon, Amélia Giordani e Luisa Ferlin.

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7.2.8 Capela São Marcos: Escola Municipal de Ensino Fundamental José Bonifácio

Leonardo Santin, em 15 de março de 1941, cedeu as próprias dependências da casa para o funcionamento da Escola José Bonifácio. Em 1947, a escola começou a funcionar em prédio próprio. As primeiras professoras da localidade foram: Graciosa Dinon, Delfina Consoli, Eleonora Etelvina Raimundi, Edeília Ceriotti, Pierina Dinon, Fausta Panizzi e José Batistella.

7.2.9 Linha 80 da Leopoldina - Capela Santo Antônio: Escola Municipal de 1º Grau Vidal de Negreiros

Em 1950, iniciou o funcionamento da escola na igreja, tendo como professora Vilma Valério. Em 1953, foi construído o prédio da escola Vidal de Negreiros e a professora foi Terezinha Conti. Em 1978, foi construído o atual prédio da Escola Vidal de Negreiros, ampliado em 2005 para melhor atender a comunidade, devido a nucleação.

7.2.10 Linha 100 da Leopoldina - Capela São Miguel: Escola Municipal de 1º Grau Elvira Romagna Dendena

A primeira professora da localidade foi Flordalice Brandelli e Alexandre Castelli. O nome da Escola era 60ª Aula Municipal, construída por José Dendena, Guilherme e Umberto Rossetti. Possuía 16 alunos. Apenas 03 matriculados: João Berselli, Lidovino Cavalleri e Batista Dallé. Elvira Dendena foi professora que marcou a vida desta comunidade.

7.2.11 Linha Pederneira – Capela Nossa Senhora de Fátima: Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Quintino Bocaiúva

As primeiras atividades escolares foram desenvolvidas na casa de Abramo Panizzi, sendo a primeira professora a Sra. Idília Albanese de Marco.

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Por volta de 1944, a primeira escola funcionava na propriedade de Alberto Cavalleri. Em 1980, foi construída a escola atual, sendo o terreno doado por Hernesto Canossa.

7.2.12 Linha Segunda Seção de Santa Bárbara - Capela da Saúde: Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Roman Ross

Por volta do ano de 1910, começou a funcionar em nossa localidade a primeira Escola. Era um prédio de madeira, situava-se nas terras de Sr. Antônio Bergamini, hoje pertencentes a Cini Vivan e Cia Ltda. O professor Agostinho Brun morava nesta localidade, na casa que hoje pertence a Dona Isolina Filipon. As primeiras aulas ministradas eram em italiano. Após, lecionaram a professora Maria Reali, o Sr. José Batisttella, João Antonio Fávero. No ano de 1945, devido as péssimas condições do casarão a mesma passou a funcionar na residência do Sr. Telvino Roman. Funcionou na mesma até que a prefeitura comprou um terreno e casa do Sr. Dionísio Dinon. No ano de 1965 foi construída a atual escola na administração do Sr. Milton Rosa. Foi inaugurada no dia 09 de novembro de 1968 pelo prefeito Milton Rosa.

7.2.13 Capela Santa Bárbara: Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Carlos Gomes

As primeiras professoras da localidade foram Maria Lando, Maria Troian, João Picinatto e Oria Sartor Benincá. Em 1968 Angelo Zanesco doou a terra para construir a escola de madeira, substituída em 1988 por uma de alvenaria.

7.2.14 Linha Colussi - Capela Nossa Senhora do Bom Conselho: Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Lino Colussi

Carolina Tesser foi a primeira professora da comunidade. Inicialmente, as atividades escolares eram realizadas em uma sala da residência do Sr. Lino Colussi. Em 1936, foi construído um prédio de madeira nas proximidades, sob a denominação Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Bartolomeu de Gusmão, que

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mais tarde foi transportado para próximo do salão comunitário, onde hoje está a atual escola, em virtude da passagem da Linha Férrea na comunidade. Em 1979, foi construída uma nova escola de alvenaria, passando a chamar-se Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Lino Colussi, em homenagem a família que fez a doação do terreno.

7.2.15 Linha Argemiro - Capela Santa Rita: Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Cruzeiro do Sul

A escola iniciou suas atividades em 1956 na residência de Aldovino Razador. No ano de 1957, começou a funcionar em prédio próprio. As primeiras professoras foram Nelsa Superti, Arsida Eccher e Déia Tofolli.

7.2.16 Monte Belo do Sul - Sede

A primeira professora pública da localidade foi Ieda Mensh. Em 1940 foi fundado o Grupo Escolar Afrânio de Mello Franco por onde passaram, dentre outros, as professoras: Ibraina Ramos, Valentina Valter Giacomeli. Em 28 de agosto de 1946, tendo á frente o padre José Ferlin, Dr. Antonio Ilso Giordani, Luiz Albanese, Amélio Bergamini, Luiz Manzoni, Juracy Passos Manzoni, Elpídio Felix Beltrami, Arlindo Berselli, Primo Agosto Consoli, foi fundado o ginásio Comercial Monte Belo, da Campanha Nacional de Educandários Gratuitos- CNEC. O primeiro presidente do setor local foi Luiz Albanese e o primeiro diretor da Escola foi o Dr. Antônio Ilso Giordani. Os primeiros professores foram: Antonio Giordani, Lauidice Giordani, Lenite Zanesco, Valter Bruschi, Miriam Cristófoli, Darci Barbieri, Laudo Prates, Flavio Vasconcelos, Rubens Lahude, Pe. Felix Bridi. Mais tarde a escola passou a chamar- se Escola Cenecista Monte Belo – 5° a 8° série – da CNEC (Campanha Nacional das Escolas da Comunidade). A partir de 1999 funciona como Escola Estadual de Ensino Médio Pedro Migliorini.

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QUADRO DEMONSTRATIVO DAS ESCOLAS – 1992 ANO DA EMANCIPAÇÃP POLÍTICA

NOME DA ESCOLA ENDEREÇO/LINHA

Esc. Mun. 1º G. Inc. Quintino Bocaiúva Pederneira

Esc. Mun. 1º G. Inc. Prof. Edilia Antonia Armênio Alta Consoli Piovesana

Esc. Mun. 1º G. Inc. Fun. Carlos Gomes Sta. Bárbara

Esc. Mun. 1º G. Inc. Cruzeiro do Sul Santa Rita (Magnan)

Esc. Mun. de 1º G. Inc. Elvira Romagna Dendena 100 da Leopoldina

Argemiro Alta Esc. Mun. de 1º G.Inc. Gaspar Martins (São José)

Armênio Baixa Esc. Mun. de 1º G. Inc Joaquim Murtinho (Capela Graças)

Argemiro Baixa Esc. Mun. de 1º G. Inc. José Bonifácio (São Marcos)

Esc. Mun. de 1º G. Inc. Lino Colussi Colussi

Esc. Mun. De 1º G. Inc.Vidal de Negreiros 80 da Leopoldina

Esc. Mun. de 1º G.Inc. Machado de Assis São Pedro

Esc. Mun. de 1º G. Inc. Olavo Bilac Fernandes Lima

Alcântara Esc. Mun. de 1º G. Inc. Osvaldo Cruz (Caravágio)

Sta. Bárbara Esc. Mun. de 1º G. Inc. Roman Ross (N.Sra. Saúde)

Zamith Esc. Mun. de 1º G. Inc. Tiradentes (Santo Isidoro)

No Anexo II este representada à situação atualizada das escolas.

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Em 2004 e 2005, foram desativadas algumas escolas, e criados os três núcleos atuais que iniciaram seus trabalhos no ano de 2005, exceto a Escola Municipal de Ensino Fundamental Cruzeiro do Sul, que cessou suas atividades no ano de 2002.

7.3 SITUAÇÃO ATUAL Atualmente o município conta com os seguintes núcleos escolares:

Escolas Municipais 02 Escolas Estaduais 01

 EMEF Roman Ross: atende alunos do Ensino Fundamental de 9 anos.  EMEF Caminhos do Aprender: Atende crianças de Berçário (04 meses) ao 5º ano do Ensino Fundamental de 9 anos.  EEEM Pedro Migliorini, atende alunos do Ensino Fundamental- séries finais e Ensino Médio.

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Linha do Tempo Marcos Educacionais do Município de Monte Belo do Sul

1877 1898 1899 1904 1910 1922 1936 1940 1941 1ª Escola Escola Instalação das Registo da Municipal Instalações Municipal Criadas Irmãs do 1ª Escola nas Linha Escola Escola de 1º Grau Escolas Imaculado terras de Armênio Municipal de Municipal de Incompleto Grupo Municipais Coração de Início da Luis Baixa, Escola 1º Grau 1º Grau Bartolomeu Escolar de Iº Grau Maria, que Colonização Simonetto, Municipal de Incompleto Incompleto de Afranio de Incompleto deram origem Escola 1º Grau Roman Ross, Municipal Gusmão, em Mello Franco Olavo Bilac a Escola Sagrada Incompleto prédio de Osvaldo Cruz 1979 passa a e José Sagrada Família Joaquim madeira denominar-se Bonifácio Família Murtinho Lino Colussi Município de Monte Belo do Sul

Linha do Tempo Marcos Educacionais do Município de Monte Belo do Sul

1942 1944 1945 1950 1953 1956 1964 1968 1978 Fundando Ginásio Criada Comercial Criada Escola Criada Escola Criada Escola Criada Escola Criada Escola Criada Escola Escola Criada Escola Monte Belo - Municipal de Municipal de Municipal de Municipal de Municipal de Municipal de Municipal de Municipal de Iº CNEC (Em 1º Grau 1º Grau 1º Grau 1º Grau 1º Grau 1º Grau 1º Grau Grau 1979 passa a Incompleto Incompleto Incompleto Incompleto Incompleto Incompleto Incompleto Incompleto denominar-se Quintino Gaspar Machado Vidal Cruzeiro do Carlos Elvira Tiradentes Escola Bocaiúva Martins de Assis de Negreiros Sul Gomes Romagna Cenecista Dendena Monte Belo - 5ª a 8ª série)

Município de Monte Belo do Sul

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Marcos Educacionais Monte Belo do Sul

1979 1990 1992 1999 2001 2005 2007 2009 2010 2013 2014

Criada Escola EMEI Início Pavimen- Municipal Antiga Cantinho da constru- tação de Iº Escola Em da Alegria ção da pátio Escola 1ª Grau Cenecista decorrência passa Quadra EMEF Estadual Bibliote- Creche Incomplet passa Emanci- Ampliação do Projeto a Escola coberta Caminhos Pedro ca Pública Municipal o Edília denomi- pação da Escola Nucleação Municipal EMEF do Migliorini Muni- e Escola Piovesan nar-se Política Municipal de várias escolas de Roman Aprender passa a cipal de a. Escola do Ensino são extintas e Ensino Ross e pintura ministrar Antô- Educação (Anterior Estadual Municí- Fundamental os alunos Fundamental EMEF o nio Infantil a de 1º pio Roman Ross transferidos Caminhos do Roman Ensino Giordani Cantinho esta data Grau para escolas Aprender Ross Médio da Alegria denomina Pedro pólo va-se Migliorini Clemente Pinto)

Município de Monte Belo do Sul

8. ASPECTOS CULTURAIS E ESPORTIVOS

Monte Belo do Sul, berço da Imigração Italiana no Rio Grande do Sul, cultua suas tradições italianas por meio de festas, grupos de dança, grupos de filó, estudos da Língua Italiana, entre outras atividades. A história do Município se inicia com a chegada dos imigrantes italianos no ano de 1877. Enquanto a Itália vivia um período de crise, nossas terras eram revestidas de mata, onde o milho foi um dos alimentos do imigrante nos primeiros tempos. Nos primórdios, chegaram aqui as primeiras famílias: Armanini, Zancanella e Bazanella, provenientes de Udine, Montova, Cremona, Veneza, Vicenza, Treviso, Bergamo, Modena e Beluno. O município tem como eventos principais a Festa de Abertura da Vindima, o Dia do Vinho, Campeonatos de Futebol e Bochas e tem instituído por lei, o prato típico – a polenta. Estes eventos tem a finalidade a valorização e divulgação da arte, tradição e cultura, bem como a promoção do intercâmbio cultural entre as diversas regiões e no país. O Centro de Tradições Italianas (CTI) de Monte Belo do Sul, foi fundado em dois de fevereiro de 1995, com o objetivo de resgatar as tradições da cultura dos imigrantes italianos, repassá-las aos descendentes de forma a manter viva a nossa história e cuidar do acervo cultural do município. O Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Sopro do Minuano fundado em vinte de abril de 1998, contou inicialmente com oitenta e quatro associados. Participa de competições regionais e estaduais. Mesmo sendo uma região tipicamente italiana o sentimento do gaúcho se faz presente. As igrejas e as imagens sacras representam a reconstrução da vida longe de casa, baseada na fé e na religiosidade de um povo. A expressão religiosa é demonstrada em suas manifestações cotidianas e festivas. A riqueza cultural religiosa é impressionante, podemos destacar a quantidade de capitéis e capelas, que representam um número expressivo. Como representação maior da fé, a Igreja Matriz São Francisco de Assis foi criada em doze de março de 1889 e seu padroeiro é festejado no dia quatro de outubro, anualmente.

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No município também acontece a Romaria a Nossa Senhora do Caravággio no dia vinte e seis de maio de todos os anos, na localidade da Linha Alcântara. Além da Religião Católica outros credos são praticados no município. Anualmente no mês de fevereiro é realizada missa em homenagem ao Padre José Ferlin, protagonista na construção da Igreja Matriz tendo sido para os moradores um exemplo de fé e luta deixando sua marca na história do Município. A Secretaria da Educação e Desporto tem realizado, anualmente, campeonatos municipais de futebol nas categorias adulto masculino. A partir do ano de 2009, iniciou-se o Campeonato Municipal de Bochas Modelo 48, contando com a participação das comunidades do Município. No ano de 2011 o Campeonato de Bochas Feminino também tem início envolvendo as mulheres de todas as comunidades, sendo esta uma oportunidade de lazer. Posteriormente em 2013, para maior envolvimento da população acontece o I Torneio de Casais Bochas Modelo 48, tendo continuidade nos anos seguintes. O Projeto Escolinha de Futebol, desenvolve a atividade da prática do Futebol com crianças e adolescentes do Município, na faixa etária dos 6 aos 16 anos, visando o desenvolvimento da capacidade motora, intelectual, emocional e cultural. As atividades do projeto são desenvolvidas no Estádio Municipal, bem como estimula a participação destes alunos em campeonatos e jogos amistosos em outros municípios da região. O Município desenvolve o projeto “Canto e Dança, Monte Belo Encanta” que tem como objetivo, proporcionar aos jovens, crianças e adultos, do nosso Município, a oportunidade de desenvolverem suas habilidades na potencialização de talentos, construção de capacidades artísticas, ampliação da diversidade cultural, visando o fortalecimento da identidade cultural.

9. EDUCAÇÃO BÁSICA A Educação Básica é o primeiro nível do ensino escolar no país e compreende três etapas: a Educação Infantil (para crianças de zero a cinco anos), o Ensino Fundamental (para alunos de seis a quatorze anos) e o Ensino Médio (para alunos de quinze a dezessete anos). Ao longo desse percurso, crianças e adolescentes devem receber a formação comum indispensável para o exercício da cidadania, como aponta a Lei de Diretrizes

29 e Bases da Educação. Também é um objetivo da Educação Básica fornecer os meios para que os estudantes progridam no trabalho e em estudos posteriores, sejam eles no ensino superior ou em outras modalidades educativas. Na cidade de Monte Belo do Sul, atualmente o Sistema Municipal de Ensino atende a Educação Infantil e o Ensino Fundamental.

9.1 EDUCAÇÃO INFANTIL 9.1.1 Diagnóstico

A Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, ajuda no desenvolvimento físico, psicológico, intelectual e social da criança, complementando a ação da família e da comunidade. É oferecida gratuitamente em creches ou instituições equivalentes para crianças de 0 - 3 anos de idade e, posteriormente, em pré-escolas para crianças de 4 a 5 anos, que conforme alteração da CF de 1988, art. 208, inciso I: “educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) ”. De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, organizado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), as creches e pré-escolas devem educar, cuidar e proporcionar brincadeiras, contribuindo para o desenvolvimento da personalidade, da linguagem e para a inclusão social da criança. Atividades como brincar, contar histórias, oficinas de desenho, pintura e música, além de cuidados com o corpo, são recomendadas para crianças que frequentam a escola nesta etapa. Somente com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação em 1996 que a Educação Infantil aparece como dever do Estado e responsabilidade dos Municípios. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) foi um dos elementos que fortaleceu a política educacional quanto à Educação Infantil: Art. 29. A Educação Infantil, primeira etapa da educação Básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus

30 aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. A expansão da Educação Infantil no Brasil tem ocorrido de forma crescente nas últimas décadas, acompanhando a intensificação da participação da mulher no mercado de trabalho e as mudanças na organização e estrutura das famílias. A sociedade também está mais consciente da importância das experiências da primeira infância, o que motiva demandas por uma educação institucional para crianças de zero a cinco anos. A criança passou a ser vista como um ser criativo que tem a participação ativa na construção de seu conhecimento. As preocupações com a infância abrem novas possibilidades e um novo caminho para repensar as intenções pedagógicas e sociais, no sentido de dar resposta às expectativas infantis, apontando para novas tendências e desafios educacionais. As crianças pequenas precisam dos adultos a fim de que possam ter seus direitos assegurados, a partir das questões que se evidenciam, em vista disso está despontando, atualmente, uma pedagogia da educação infantil que respeite a criança como cidadã e a coloque no centro do processo educacional. É primordial que na primeira etapa da educação básica (definida pela LDB 9394/96), os educadores proporcionem às crianças atividades que desenvolvam suas potencialidades no aspecto cognitivo, afetivo, psicomotor e social. Ela é um sujeito social e histórico que está inserido em uma sociedade na qual partilha de uma determinada cultura. É profundamente marcada pelo meio social que se desenvolve, mas também contribui com ele. Um desafio se coloca para o professor de Educação Infantil: um novo olhar sensível e reflexivo sobre a criança, procurando compreender e aceitar os sinais que manifesta e que comunica a respeito do que é e espera do adulto. Cabe ao educador proporcionar atividades prazerosas favorecendo as interações, respeitando acima de tudo o desenvolvimento de cada criança, que acontecerá de forma natural e gradativa. Por fim, é muito importante as famílias trabalhadoras poderem contar com uma instituição para que seus filhos pequenos sejam atendidos de forma integral, onde além dos cuidados básicos como alimentação higiene, repouso, carinho e atenção; as crianças recebam educação e estímulos apropriados ao seu desenvolvimento integral.

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No município de Monte Belo do Sul cada vez mais existe a procura e a conscientização da sociedade sobre a importância do ingresso das crianças pequenas nas creches e pré-escolas. O atendimento às crianças de Educação Infantil se dá em Escolas de Educação Infantil contemplando crianças de 0 a 3 anos (creche) e crianças de 4 e 5 anos ( pré-escola). Assim, através dos objetivos e metas deste Plano Municipal de Educação, será possível criar ações para qualificar cada vez mais o atendimento na Educação Infantil. Em 2014 iniciaram-se as atividades em turno integral para as turmas da Educação Infantil – Pré-Escola (Jardim I e Jardim II).

9.1.2 Situação Escolar

EDUCAÇÃO INFANTIL Nº DE ALUNOS DA REDE MUNICIPAL ANO MATRÍCULA MATRÍCULA EVADIDOS INICIAL FINAL 2010 62 65 - 2011 54 59 - 2012 75 78 - 2013 66 75 - 2014 81 85 -

Fonte: Secretaria Municipal de Educação e Desporto

9.1.3 Diretrizes

O atendimento oferecido na Educação Infantil será em conformidade com a Política Educacional reestruturada a partir de estudos e avaliações com base nos Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil, nos Parâmetros Básicos de Infraestrutura para Instituições de Educação Infantil e nos critérios para um atendimento que respeite os direitos fundamentais das crianças;

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 A Educação Infantil que é oferecida em creches e pré-escolas deve estar pautada pela indissociabilidade entre o cuidar e o educar, e não pode e nem deve estar desassociada da família e da comunidade;

 A expansão da oferta pública de Educação Infantil de qualidade, procurando- se garantir atendimento nas áreas de maior necessidade e provendo-as com recursos técnicos e pedagógicos necessários;

 A expansão da oferta pública de Educação Infantil em período integral terá como prioridade o atendimento aos filhos de mães que trabalham cujas famílias tenham menor renda per capita e as crianças em situação de risco, com carências nutricionais e vulnerabilidade social;

 As Escolas de Educação Infantil deverão elaborar/reelaborar, com toda sua equipe escolar, o Plano de Gestão do estabelecimento de ensino, pautando- se pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, bem como pelas Diretrizes Curriculares Municipais para a Educação da Infância e pelas Matrizes Curriculares Municipais para a Educação Básica;

 O processo pedagógico deve considerar as crianças em sua totalidade, observando suas especificidades, as diferenças entre elas e sua forma privilegiada de conhecer o mundo por meio do brincar;

 A formação mínima dos profissionais e professores que atuam nesse nível de ensino deverá atender ao previsto na LDB, e também lhes será proporcionada a formação;

9.2 - ENSINO FUNDAMENTAL

9.2.1 Diagnóstico

Como nível de ensino de matrícula obrigatória no País, o Ensino Fundamental, ao ter ampliada sua duração de oito para nove anos, trouxe para essa etapa da educação básica um novo contingente de crianças. Ainda que algumas das

33 crianças de seis anos frequentassem instituições pré-escolares, a incorporação desse segmento do Ensino Fundamental impõe desafios, sobretudo pedagógicos, para a área educacional. É preciso pensar numa prática que considere a criança como eixo do processo e leve em conta as diferentes dimensões de sua formação. Uma prática educativa comprometida com o desenvolvimento da linguagem escrita não se restringe à elaboração de atividades e situações de aprendizagem dirigidas aos alunos. Além disso, é preciso superar a fragmentação dessas atividades de ensino no contexto educativo. Para se assegurar aos aprendizes o pleno desenvolvimento de suas potencialidades, é fundamental, dentre outros aspectos, que a ação educativa se baseie em uma orientação teórico-metodológica, que se definam os objetivos de ensino, a organização do trabalho pedagógico, o tipo de abordagem que se quer dar ao conhecimento e, por fim, que se considere a realidade sociocultural dos alunos e o contexto da escola. Vale ressaltar, ainda, que, para uma proposta de ensino se tornar um referencial e se materializar em uma prática de ensino adequada, ela deverá ser validada e reconstruída a partir do conhecimento que se tem das crianças e também das interações que se estabelecem entre os participantes do grupo escolar e deles com os objetos do conhecimento. Dessa forma, a avaliação e o planejamento são fatores determinantes para a consolidação desta prática. A avaliação diagnóstica é um procedimento de ensino a ser adotado com o objetivo de se estabelecerem relações entre a proposta de ensino, o perfil pedagógico da turma e as necessidades de aprendizagem específicas de cada aluno. O planejamento pedagógico, por sua vez, como projeto de trabalho do professor, só se torna efetivo se elaborado a partir da articulação entre a proposta de ensino e os sujeitos da aprendizagem. Uma prática de ensino consistente tem em sua conformação esse conjunto de elementos bem definidos e pressupõe uma construção singular de cada professor com seu grupo de alunos, ao mesmo tempo em que requer um trabalho coletivo envolvendo todo o corpo docente e os demais profissionais na sua elaboração. Essa construção cotidiana da prática educativa exige dos seus profissionais a capacidade de fazer escolhas, criar, recriar, pesquisar, experimentar e avaliar constantemente suas opções. Em outras palavras, somente uma prática pedagógica autônoma

34 garante as condições para o exercício profissional competente e para a construção de uma educação comprometida com a qualidade referenciada socialmente. Na data em que o município emancipou-se politicamente haviam 16 escolas, que atendiam alunos da Educação Infantil a 5ª série (até 2003). Com o passar dos anos, em decorrência do Projeto de Nucleação da Rede Municipal, a maior parte das Escolas foi desativada. Atualmente temos duas Escola Municipais e a Escola Estadual Pedro Migliorini que também atende alunos do Ensino Fundamental. Todas as crianças do Município, em idade escolar, estão matriculadas nas Escolas, garantindo assim o acesso e a permanência na mesma. Os projetos e oficinas desenvolvidos nas escolas, como: dança, música, banda, flauta e xadrez desencadeiam no aluno habilidades que auxiliam no seu crescimento como ser humano e promovem sua auto-realização. Verifica-se que no município de Monte Belo do Sul, existem vagas para atender a demanda do Ensino Fundamental, e recursos necessários para o desenvolvimento das atividades escolares. Há a necessidade de adequar os espaços físicos das escolas para práticas esportivas, culturais e artísticas, mais do que nunca necessárias ao desenvolvimento integral dos educandos.

9.2.2 SITUAÇÃO ESCOLAR ENSINO FUNDAMENTAL Nº DE ALUNOS DA REDE MUNICIPAL ANO MATRÍCULA MATRÍCULA REPROVADOS EVADIDOS INICIAL FINAL 2010 129 129 11 1 2011 117 116 2 2 2012 148 138 2 1 2013 144 138 2 - 2014 170 143 1 - Fonte: Secretaria Municipal de Educação e Desporto.

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Nº DE ALUNOS DA REDE ESTADUAL ANO MATRÍCULA MATRÍCULA REPROVADOS EVADIDOS INICIAL FINAL 2010 126 149 8 - 2011 128 143 9 1 2012 90 113 - 4 2013 88 97 - - 2014 68 82 - 2 Fonte: Escola Estadual de Ensino Médio Pedro Migliorini.

TAXAS DE APROVAÇÃO, REPROVAÇÃO E EVASÃO REDE MUNICIPAL – Ensino Fundamental 2010-2014 SITUAÇÃO TOTAL ÍNDICE (%) APROVADOS 642 96,7% EVADIDOS 04 0,6% REPROVADOS 18 2,7% TOTAL: 664 100% Fonte: Secretaria Municipal de Educação e Desporto.

TAXAS DE APROVAÇÃO, REPROVAÇÃO E EVASÃO REDE ESTADUAL – Ensino Fundamental 2010-2014

SITUAÇÃO TOTAL ÍNDICE (%) APROVADOS 560 95,4% EVADIDOS 7 1,2% REPROVADOS 17 2,9% TOTAL: 584 100%

Fonte: Escola Estadual de Ensino Médio Pedro Migliorini

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TAXAS DE APROVAÇÃO, REPROVAÇÃO E EVASÃO DO MUNICÍPIO 2010 - 2024 SITUAÇÃO TOTAL ÍNDICE (%) APROVADOS 1.202 96,3% EVADIDOS 11 0,9% REPROVADOS 35 2,8% TOTAL: 1.248 100%

TAXAS DE EVASÃO E REPROVAÇÃO REDE MUNICIPAL – Ensino Fundamental 2014 SITUAÇÃO TOTAL ÍNDICE (%) APROVADOS 142 99,3% EVADIDOS - - REPROVADOS 1 0,7% TOTAL: 143 100%

TAXAS DE EVASÃO E REPROVAÇÃO REDE ESTADUAL – Ensino Fundamental 2014 SITUAÇÃO TOTAL ÍNDICE (%) APROVADOS 80 97,5% EVADIDOS 2 2,5% REPROVADOS - - TOTAL: 82 100%

9.2.3 Diretrizes As Diretrizes para o Ensino Fundamental têm respaldo nas determinações da Constituição Federal, na LDB (9394/96) e nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, Resolução CNE/CEB nº 7, de 14 de dezembro de 2010. Nos dois primeiros anos de vigência deste Plano, o Ensino Fundamental deverá garantir o acesso, a permanência e a qualidade de ensino para todas as

37 crianças na escola, tendo os seguintes princípios como norteadores da sua ação pedagógica: a) A autonomia, a responsabilidade, a solidariedade, respeito ao bem comum e a ética; b) Princípios políticos dos direitos e deveres da cidadania, da criticidade, e respeito à ordem democrática; c) Princípios estéticos da sensibilidade, criatividade e diversidade nas manifestações artísticas e culturais. Estes princípios para serem desenvolvidos deverão perpassar pela relação indissociável entre o conhecimento, a linguagem e o afeto, elementos imprescindíveis nos processos de ensino e aprendizagem, cujo diálogo é o fundamento do ato de educar, concretizado nas relações entre as gerações, seja entre os alunos ou entre os próprios professores. É notório que o baixo desempenho dos alunos está relacionado a vários aspectos: metodologia inadequada adotada pelos professores, má formação dos profissionais, falta de estrutura das unidades escolares, escassez de material didático, questões sociais e econômicas, problemas de desestruturação familiar, bem como fragilidade da gestão escolar. Diante disso, faz-se necessária uma escola que repense sua função social, sua concepção de educação, sociedade e sujeito, via construção e consolidação do Projeto Político Pedagógico. Quando se pensa em qualidade de ensino não se pode esquecer a importância do Projeto Político Pedagógico, pensado, planejado, elaborado e executado de forma coletiva na Unidade Escolar. O Projeto Político Pedagógico configura-se num instrumento capaz de estabelecer a integração escola e família, e o coordenador pedagógico é peça fundamental nesta relação dialógica dentro da unidade escolar, auxiliando o gestor na elaboração e consolidação deste projeto. É importante conceber a escola como espaço de convivência e diálogo cultural, respeitando as formas de ser e modos de conviver dos atores educacionais, garantindo uma concepção de ensino e aprendizagem, alicerçada nos quatro pilares previstos para a educação do século XXI, que são: aprender a ser, aprender a

38 aprender, aprender a fazer e aprender a conviver, numa perspectiva de escola inclusiva e participativa. Uma possibilidade de garantir a formação integral do indivíduo, sem perder de vista os quatro pilares previstos para o século XXI, é através da ampliação da jornada escolar para turno integral. O atendimento em tempo integral poderá oportunizar ao aluno, além da orientação do cumprimento das atividades escolares, a prática de atividades físicas, artísticas e recreativas, bem como a oportunidade de usufruir de uma alimentação saudável, balanceada e adequada. Outro aspecto a ser levado em consideração para a qualidade do ensino é a formação inicial e continuada do professor que deve fortalecer a ação educativa na escola e contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, humana e igualitária. Deve-se assegurar, também, a melhoria da infraestrutura das unidades escolares, contemplando desde a construção física, com adaptações adequadas para pessoas com deficiência, até espaços especializados para as atividades artísticas, culturais, esportivas, recreativas e aquisição de equipamentos e mobiliários pedagógicos.

9.3 ENSINO MÉDIO 9.3.1 Diagnóstico A oferta do Ensino Médio no Município de Monte Belo do Sul é proporcionada através da Rede Estadual de Ensino, sendo que esta funciona nos turnos da manhã e noite. O número de alunos atendidos desde a implantação, 1999 até 2015, é de 2053. Com relação aos alunos, a falta de significado do ensino pode ser apontada como um dos fatores que favorecem a evasão, porém a sistemática educacional foi reorganizada desde 2012, com a introdução do Ensino Médio Politécnico, dando, de fato correlação com a realidade e modificando as estatísticas. E, se por um lado o mercado de trabalho exige a conclusão como fator mínimo de empregabilidade, por outro lado, concluir o Ensino Médio não garante esta mesma empregabilidade e nem a formação adequada para o mercado de trabalho.

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Conforme a LDB, o Ensino Médio, etapa final da educação básica, deve ser ministrado em três anos, com as seguintes finalidades: “a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, a preparação básica para o trabalho e cidadania, o aprimoramento do educando como pessoa humana e a compreensão dos fundamentos científicos e tecnológicos dos processos produtivos”. Além dessas finalidades, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (Resolução 03/98) estabelecem fundamentos estéticos, políticos e éticos: Estética da Sensibilidade, Política da Igualdade e Ética da Identidade. “Com base nesses fundamentos, o Ensino Médio desenvolve-se assegurando os princípios de identidade, diversidade, autonomia, interdisciplinaridade e contextualização nas atividades do ensino e da aprendizagem”. Por outro lado, a população de Monte Belo do Sul abriga famílias advindas de diversos municípios do Rio Grande do Sul e de outros Estados, onde as mesmas não permanecem por muito tempo no Município, gerando assim, transferências. QUADRO DEMONSTRATIVO – ENSINO MÉDIO REDE ESTADUAL ANO Nº DE ALUNOS ALUNOS ALUNOS ALUNOS ALUNOS REPROVADOS APROVADOS EVADIDOS TRANSFERIDOS 2010 93 8 73 09 03 2011 88 12 62 8 6 2012 85 3 73 6 3 2013 85 1 70 8 6 2014 86 1 74 04 7

TAXAS DE EVASÃO E REPROVAÇÃO REDE ESTADUAL – Ensino Médio (2010 a 2014) SITUAÇÃO TOTAL ÍNDICE (%) APROVADOS 352 85,4% EVADIDOS 35 8,5% REPROVADOS 25 6,1% TOTAL: 412 100%

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9.3.2 Diretrizes

Avaliando as estatísticas relacionadas a demanda de oferta de vagas no Ensino Médio, conclui-se que o índice de abandono e reprovação vem diminuindo nos últimos anos, diante das estratégias propostas pelo ensino médio politécnico, as quais tornaram a aprendizagem mais significativa para o educando, aprimorando também espaços e materiais pedagógicos. Um Ensino Médio qualificado necessita de ações pedagógicas para que os alunos encontrem significado na sua aprendizagem. Além dos aspectos já abordados, é necessário oferecer formação continuada para atender as necessidades educacionais, visando a valorização do professor. Esta formação vem acontecendo nos últimos anos através de recursos repassados pelo governo do estado para a formação de professores e da participação no PNEM (Plano Nacional de Ensino Médio). A Escola conta também com alunos trabalhadores, o que acarreta problemas com horário, necessitando mudança de turno, transporte, alimentação. A proposta pedagógica do educandário deve se adequar a essa realidade específica, oferecendo opções de aprendizagem que favoreçam a inclusão dos alunos trabalhadores, evitando assim seu abandono. Em tempos de inclusão, é fundamental que a Escola esteja aberta, viável e equipada pedagogicamente para cumprir esta tarefa que é, também, de toda a sociedade. Sabe-se, porém, que o Ensino Médio enfrenta o desafio da dualidade entre orientar para o universo profissional ou para o acadêmico, entre optar por objetivos humanistas ou economicista. O certo é que a escola média precisa ofertar um ensino de qualidade, propiciando a aprendizagem de competências de caráter geral, preparando jovens e adultos para os desafios da modernidade, com mais aptidão para assimilar mudanças, mais autônomos em suas escolhas, jovens e adultos que respeitem as diferenças e superem a segmentação social.

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Assim, o Ensino Médio deverá propiciar aquisição de competências relacionadas ao pleno exercício da cidadania e da inserção produtiva: auto aprendizagem; percepção da dinâmica social e capacidade para nela intervir; compreensão dos processos produtivos; capacidade de observar, interpretar e tomar decisões; domínio de aptidões básicas de linguagens, comunicação, abstração; habilidades para incorporar valores éticos de solidariedade, cooperação e respeito às individualidades como mecanismo que favoreça o desenvolvimento pleno dos alunos e amplie as suas capacidades de forma a combater a dualização da sociedade. O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) é um instrumento para avaliar a qualidade do Ensino Médio no Brasil, oferecendo um parâmetro nacional com o objetivo de auxiliar professores, diretores e demais dirigentes educacionais na identificação de deficiências e boas práticas no âmbito da escola. Os resultados demonstram desempenho crescente dos alunos no que concerne à aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de competências básicas e habilidades necessárias ao exercício da cidadania.

9.4 EDUCAÇÃO SUPERIOR Considerando o princípio da educação superior, que engloba o tripé ensino, pesquisa e extensão, esse nível de educação deve garantir a formação de profissionais capazes de compreenderem, investigarem, reconstruírem e aplicarem os conhecimentos necessários para o desenvolvimento da cidade e do país. Destacando-se a importância da formação nesse nível de ensino para o trabalho na Educação Básica, deve-se primar pela garantia de uma formação superior de professores, considerando: - a formação pedagógica dos futuros professores visando uma educação integral e interdisciplinar e não apenas em áreas específicas; - envolvimento dos estudantes, futuros professores e profissionais da educação básica nas discussões sobre a educação superior, promovendo uma maior aproximação entre a universidade e a escola pública. O município de Monte Belo do Sul não possui universidades, mas oferece transporte escolar, conforme a Lei Municipal nº 926/2009 de 02 de setembro de 2009

42 aos interessados em cursar o Ensino Superior em outros municípios e cursos profissionalizantes, especificados em lei.

10. MODALIDADES DE ENSINO

10.1. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 10.1.1 Diagnóstico A Educação de Jovens e Adultos como oferta de modalidade de ensino, é algo novo nos Sistemas Municipais de Educação. É na Constituição de 1988, em disposições transitórias, que a lei incumbe os municípios e, supletivamente, os Estados e a União, de prover cursos presenciais para jovens e adultos. A LDB nº 9.394/96, na seção dedicada à educação básica de jovens e adultos, reafirma o direito destes a um ensino básico adequado às suas condições, e o dever público de oferece-lo gratuitamente, na forma de cursos e exames supletivos . Em décadas passadas, a Educação de Jovens e Adultos sempre foi marcada pela realização de programas de caráter compensatório que não tinha espaço garantido nos sistemas oficiais de ensino. Foram campanhas, movimentos planos, cruzadas, etc., que visavam a atender e sanar as exigências do mercado em expansão. Entretanto, só nas últimas duas décadas 90/2000 é que as Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação de Jovens e Adultos, resolução CNE/CEB nº 1/2000, definem a EJA como modalidade da Educação Básica e como direito do cidadão, afastando-se da ideias de “compensação, suprimento” e assumindo a de “reparação e equidade e qualificação” o que representa uma conquista e um avanço.

10.1.2 Diretrizes

A Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade da Educação Básica, com finalidades e funções específicas, constante da estrutura de educação nacional. Representa um resgate da dívida social para os que não tiveram acesso à escola ou se afastaram dela, bem como àqueles que não obtiveram respostas às suas necessidades no tempo determinado pelo ensino regular, portanto, de alguma forma, foram excluídos do sistema formal de ensino. Está garantida como direito público subjetivo na Constituição Federal, em seu artigo 208, parágrafo 1º.

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De acordo com a Legislação Nacional (Resolução CNE nº 11/2000) e Estadual (Resolução CEED nº 250/1999), para ingresso no Ensino Fundamental a idade mínima é de 15 anos. Faz-se necessário pensar nas particularidades que envolvem o trabalho com os alunos jovens e adultos, partindo-se do pressuposto de que a grande maioria são trabalhadores, que vêm diretamente do trabalho para a escola, propiciando que este possa estar em melhores condições para participar das aulas. Outro aspecto a ser considerado diz respeito aos alunos com algum tipo de necessidade especial, o que exige atendimento adequado, tanto no que se refere ao material didático- pedagógico, quanto à capacitação dos professores, o que é de fundamental importância. Levando em consideração que a maior parte dos alunos da EJA estão inseridos na realidade do trabalho, sua escolarização precisa contribuir para que ele esteja preparado para enfrentar os crescentes desafios que a sociedade atual apresenta, de forma a conseguir buscar alternativas de sobrevivência, dentro do seu contexto social e das possibilidades encontradas. Considerando a dimensão, a importância e as especificidades do trabalho na Educação de Jovens e Adultos, é imprescindível que os professores e demais trabalhadores nessa área tenham formação permanente e continuada garantida, através das próprias instituições que ofereçam essa modalidade, sejam elas públicas ou privadas. Na perspectiva da inclusão social, não é possível contar apenas com ações educativas. A EJA precisa estar articulada com outras políticas, como a cultural, de gênero, de geração de trabalho e renda e outras, a fim de que os sujeitos possam exercer plenamente seus direitos, ter acesso aos bens culturais e desenvolver alguma atividade produtiva. Dessa forma, estabelecer interfaces com a educação profissional, movimentos relacionados às lutas das mulheres, dos jovens, dos negros, dos idosos, do educando com necessidades educativas especiais é de fundamental importância. Assim sendo, a educação requer execução e avaliação, exigindo professor com formação para esta especificidade e garantia de atualização permanente. Neste amplo contexto, as metas que se seguem são fundamentais para o atendimento das

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reais necessidades apresentadas pela população atendida pela Educação de Jovens e Adultos.

QUADRO DEMONSTRATIVO - EJA ÍNDICE ALUNOS Nº DE ALUNOS ALUNOS ALUNOS DE ANO TRANSFERI- ALUNOS REPROVADOS APROVADOS EVADIDOS EVASÃO DOS (%) 2006 27 - 21 6 - 22,2% 2007 22 - 14 8 - 36,4% 2008 21 - 13 8 - 38% FONTE: EEEM Pedro Migliorini

10.2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS

10.2.1 Diagnóstico

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional prevê em seu art.80 que o Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis de modalidade de ensino e educação continuada. A contribuição da educação a distância é relevante quando analisamos o crescimento dos índices de conclusão de ensino fundamental e médio com a oferta de formação equivalente à distância ou semipresencial, para as pessoas (jovens e adultos) que não tiveram oportunidade de fazê-lo em tempo hábil ou em idade própria. O Ministério da Educação vem priorizando a atualização e o aperfeiçoamento de professores para esse nível de ensino. A TV Escola revela-se como importante instrumento de orientação, utilizando a TV, vídeo, computadores, como instrumentos pedagógicos de grande relevância para o enriquecimento curricular. O Ministério da Educação, a União e ou Estados são parceiros necessários para o desenvolvimento da informática nas escolas de ensino fundamental e médio. O desafio de educar e educar-se a distância é grande, por este motivo o MEC estabelece Referenciais de Qualidade de Ensino a Distância para a autorização de cursos de graduação a distância. Seu objetivo é orientar

45 alunos, professores, técnicos e gestores de instituições de ensino superior que podem usufruir dessa forma de educação ainda pouco explorada no Brasil e empenhar-se por maior qualidade em seus processos e produtos. O futuro no município de Monte Belo do Sul, através da Educação a Distância, bem como em todo o Brasil, é garantir através desta educação, que é uma oportunidade a mais de aperfeiçoamento e de divulgação dos conhecimentos culturais, científicos, tecnológicos e profissionais, sem exclusões, nas comunidades e ambientes em que vivem. O Programa Plataforma Freire, criado pelo Ministério da Educação, coloca em prática o Plano Nacional de Formação de professores da Educação Básica e oportuniza aos professores, tanto para os que já têm curso superior, e dando preferência para os que não têm, cursarem uma licenciatura, além de oferecer cursos de formação continuada nas diversas áreas do conhecimento. A Secretaria de Educação Municipal já conta com professores inscritos para cursarem uma nova faculdade dentro deste programa.

10.3 Educação Especial

10.3.1 Diagnóstico

A Constituição Federal, garante aos portadores de necessidade especial o direito de acesso ao ensino regular, conforme o artigo 208, inciso III. complementação ao atendimento Educacional Especializado às Pessoas Portadoras de Deficiência, podemos citar que mais recentemente a Deliberação CEE 68/2007, em seu art. 1, assegura a educação das pessoas com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino. A LDB 9.394/96, define a Educação Especial como uma modalidade de educação escolar que perpassa numa ação transversal em todos os níveis: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio bem como as demais modalidades. A difusão de teorias e práticas pedagógicas e sociais da educação inclusiva visam atender o acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um.

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Modalidade de ensino oferecida preferencialmente na Rede Regular de Ensino, em todos os níveis, etapas e modalidades da educação para pessoas com necessidades educacionais especiais, ou seja, portadoras de deficiências visuais, auditivas, físicas, mentais e múltiplas, e portadoras de altas habilidades/superdotadas, de condutas típicas e de outras necessidades educativas especiais. A inclusão é um processo complexo e gradativo, em que a maior barreira, ainda é o preconceito sobre a diversidade. Neste sentido, ações que orientem a aceitação do outro como um ser humano, precisam ser refletidas e difundidas. Os portadores de necessidades especiais necessitam de cuidados educacionais diferenciados, cuidados que precisam ser conhecidos pelos professores, que por sua vez devam atuar de forma a diminuir as diferenças, orientando e respeitando os limites de cada indivíduo, numa sala de ensino regular. No município de Monte Belo do Sul o ingresso de alunos com necessidades educacionais especiais é nas classes regulares de ensino, que oferecem na própria rede oficinas de informática, música. Além das oficinas, estes alunos contam com atendimento Psicológico, Fonoaudiológico e Nutricional. Os Currículos das Escolas vêm se adaptando às mudanças que se fazem necessárias ao progresso e evolução destes alunos. Também estamos aguardando, através do Ministério da Educação, a implantação de Sala de Recursos Multifuncionais nas Escolas de Educação Básica da Rede Pública, atendendo o sistema educacional especializado aos alunos incluídos nas classes comuns do Ensino Regular.

10.3.2 Diretrizes Pautando-se na proposta de educação inclusiva, a oferta de educação especial é dever do Estado e está expressa na Constituição Federal de 1988, que preceitua que a educação é direito de todos e assegura o acesso ao ensino regular às pessoas com deficiência (art. 208, III). A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN, 9394/96) vem reiterar esse direito, afirmando que a educação especial necessita ser vista como uma modalidade de ensino, perdendo, assim, a função de substituta da escola regular, devendo ser “oferecida preferencialmente na rede regular de ensino”

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(LDBEN, 1996, art. Com esta mudança, todas as pessoas com ou sem deficiência devem frequentar a escola do ensino regular e não mais as classes ou escolas especiais, e, à medida que necessitarem, devem ter atendimento especializado na própria instituição escolar. No que se refere às escolas especiais, a partir do que é proposto pelo Plano Nacional da Educação deverão redimensionar seu atendimento para prestarem apoio aos programas de inclusão. A Educação Especial deverá, também, ser promovida no âmbito municipal da educação, a fim de garantir vagas no ensino regular para alunos e alunas com diferentes tipos de deficiência, proporcionando aos mesmos o acesso nos diversos níveis e modalidades educacionais. O Município pode assumir um papel bastante significativo na expansão do atendimento às pessoas com deficiência, possibilitando-lhes não só o acesso, mas também a permanência dos mesmos no espaço escolar. A intervenção educacional deve se dar o mais cedo possível para produzir resultados mais eficazes no desenvolvimento dos alunos. Por isso é imprescindível que a inserção dos mesmos nas escolas aconteça desde a educação infantil, inclusive com ações preventivas. Nessa direção, a formação de redes de cooperação entre os segmentos da educação, saúde, trabalho, desenvolvimento social é primordial na consecução de ações voltadas para o desenvolvimento e aprendizagem de crianças, jovens, adultos e idosos com deficiência. Tais proposições favorecerão a organização de escolas que oportunizem conviver com as diferenças, respeitando-se as potencialidades de todos os alunos e alunas.

10.4 EDUCAÇÃO INTEGRAL 10.4.1 Diagnóstico

A educação é por definição integral na medida em que atende a todas as dimensões do desenvolvimento humano e se dá como processo ao longo de toda a vida. Assim, educação integral não é uma modalidade de educação, mas sua própria definição; A concepção de educação integral evidencia a exigência, a pressão e a luta constante pela democratização da educação, para uma escola universal de qualidade, que considere o acesso a todos os recursos culturais, às mais

48 diversificadas metodologias dos processos de ensino e de aprendizagem e, também, à utilização das novas tecnologias como respeito à condição humana e sua respectiva dignidade. O contexto sócio-político exige, cada vez mais, a ampliação de oportunidades educacionais, permitindo que as urgências prementes sejam compartilhadas por todos em um mesmo espaço, que possibilite trocar experiências, confrontar conceitos e discutir temas comuns. Entendida como formação plena do ser humano, amplia o conceito de educação, abrindo espaço para o envolvimento e responsabilidade de toda a sociedade. Na perspectiva de compreensão humana como ser dimensional, a educação deve responder a uma multiplicidade de exigências do próprio indivíduo e do contexto em que vive. O desenvolvimento integral do educando deve pautar-se em uma proposta pedagógica que leve em consideração as peculiaridades do desenvolvimento humano. O currículo deve ser entendido como eixo organizador e dinamizador de ações desenvolvidas de forma interdisciplinar e contextualizada. Será integrado de modo que o horário das disciplinas da base comum e das disciplinas diversificadas seja organizado simultaneamente em cada período, constituindo uma unidade de atividade curricular integrada e organizada a partir do Projeto Político Pedagógico. A escola pretendida pelo Programa Ensino Integral põe em relevo, para além de conteúdos acadêmicos, conteúdos socioculturais e a possibilidade de vivências direcionadas à qualidade de vida, ao exercício da convivência solidária, à leitura e interpretação do mundo em sua constante transformação. O município implantou o turno integral a partir de 2015 na Educação Infantil, com a turma de Pré-Escola (Jardim II). Também atua com o Programa Mais Educação, em contraturno, nas duas escolas da rede municipal de ensino.

10.4.2 Diretrizes

Diante do compromisso, vem implantando uma política educacional que redefine o papel da escola, concebendo-a como instituição democrática, inclusiva, com a responsabilidade de promover a permanência e o sucesso de toda sua

49 população estudantil. Para isso, propõe novas ações que contribuem para a inclusão social possibilitando sua plena formação como cidadãos. O processo de institucionalização da esfera pública foi estabelecido por meio das relações da política constitucional e parlamentar, do estabelecimento dos direitos e do sistema judicial, até o ponto em que a esfera pública tornou-se um princípio organizacional do ordenamento político democrático. A institucionalização da aprendizagem, por meio da escola, acompanhou esse mesmo processo e fornece, até hoje, o legado das ideias que podem estimular uma concepção de cidadania que tem como dimensão central a participação decisória nas esferas dos poderes instituídos e desempenhar um papel social crítico por meio dos rituais de ensino e de aprendizagem. Face às características e aos desafios da contemporaneidade, as funções, historicamente definidas para cada uma das instituições socializadoras – entre elas a escola –, também se modificaram e exigem novas configurações, o que implica agregar novos conceitos e assumir novas posturas, mais dialógicas e articuladas, determinando novos acordos entre essas instituições.

11. TEMAS RELEVANTES 11.1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL 11.1.1 Diretrizes A Constituição Estadual, em seu artigo 251, determina que “todos têm direito ao meio ambiente, ecologicamente equilibrado, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo, preservá-lo e restaurá-lo para as presentes e futuras gerações, cabendo a todos exigir do Poder Público a adoção de medidas nesse sentido”. O parágrafo 1º, inciso IV, como forma de “assegurar a efetividade desse direito.” Já a Lei Federal 9.795, de 27 de abril de 1999, regulamentada pelo Decreto 4.281, de 25 de junho de 2002, e a Lei Estadual 11.730, de 09 de janeiro de 2002, instituem, respectivamente, as políticas nacional e estadual de educação ambiental. Reforçando as disposições legais já existentes e considerando outros aspectos, igualmente importantes, são estabelecidas como diretrizes a serem consideradas em qualquer planejamento de ensino no Rio Grande do Sul a construção de uma

50 cultura ambiental e a mudança de paradigmas, hábitos e atitudes que passam por um processo contínuo e permanente de sensibilização e de conscientização do indivíduo na escola e fora dela, em processos formais e não formais. É necessário que as questões relativas à problemática ambiental sejam trabalhadas sob um enfoque humanista, holístico, sistêmico, gerencial e democrático. Deve ser compreendida e deve ser desenvolvida como uma prática educativa contínua, permanente e transdisciplinar, em todos os níveis e modalidades de ensino. É de fundamental importância que cursos de formação, capacitação e atualização de profissionais, em todas as áreas, tenham inserida a dimensão ambiental em seus programas, considerando as características locais e regionais. Igualmente, importantes são os estudos, as pesquisas, as experiências voltadas ao desenvolvimento de metodologias para a inserção da dimensão ambiental em todos os processos educativos, numa perspectiva transdisciplinar. Parcerias interinstitucionais são alternativas que tornam possível o desenvolvimento de projetos e eventos de educação ambiental voltados à formação e à atualização de educadores, demais profissionais e agentes sociais e comunitários, oriundos da sociedade civil organizada. O conhecimento não pode ser construído isolado da realidade sócio histórica, pois a vida no espaço e no tempo resulta das relações de causa e efeito. Deve ser sustentado pelos quatro pilares da educação: a) aprender a Conhecer as noções básicas relacionadas ao ambiente; b) aprender a Fazer, através do desenvolvimento de ações pedagógicas; c) aprender a Conviver, discutindo e elaborando propostas coletivas; 91 d) aprender a Ser na sensibilização, na cooperação, na solidariedade e na participação. Esses pilares da aprendizagem orientarão uma educação inclusiva de qualidade, partindo-se de uma análise das causas reais que interferem nos ecossistemas, direcionando as possíveis soluções dos problemas socioambientais para a implantação de ações concretas com posicionamento crítico para o exercício da cidadania.

11.2 MUSICALIDADE 11.2.1 Diretrizes

A ludicidade é uma forma prazerosa de fazer a aprendizagem acontecer, fortalecendo este princípio a Lei nº 11.769 de 18 de agosto de 2008 estabelece a

51 obrigatoriedade do ensino de música nas escolas de educação básica. A aprovação da Lei foi sem dúvida uma grande conquista para a área de educação musical no País. Todavia, há também grandes desafios que precisam ser enfrentados para que possamos, de fato, ter propostas consistentes de ensino de música nas escolas. Muito além de formar músicos profissionais ou especialistas na área, a Educação Musical auxilia no desenvolvimento cultural e psicomotor, estimula o contato com diferentes linguagens, contribui para a sociabilidade e democratiza o acesso à arte. A música não deve ser necessariamente uma disciplina exclusiva. Ela pode integrar o ensino de arte. "Antigamente, música era uma disciplina. Hoje, ela é apenas uma das linguagens da disciplina chamada artes, que pode englobar ainda artes plásticas e cênicas. A imaginação criadora permite ao ser humano conceber situações, fatos, ideias, e sentimentos que se realizam como imagens internas a partir da musicalidade. É essa capacidade de formar imagens que torna possível a evolução do ser humano; visualizar situações que não existem, mas que podem vir a existir, abre acesso a possibilidade que estão além da experiência imediata. A emoção é movimento, a imaginação da forma e densidade a experiência de perceber, sentir e pensar, criando imagens internas que combinam para representar essa experiência. A flexibilidade é o atributo da atividade imaginativa, pois é o que permite exercitar inúmeras composições, para investigar possibilidades e não apenas reproduzir relações conhecidas. A aprendizagem musical envolve um conjunto de diferentes conhecimentos, que visam à criação de significações, exercitando fundamentalmente a constante possibilidade de transformação do ser humano. Além disso encara como produção de significações que se transformam no tempo e no espaço permitindo contextualizar a época em que se vive na sua relação com os demais. Assim, aprender com sentido e prazer está associado a compreensão mais clara daquilo que é ensinado formulando propostas bem estruturadas para que a liberdade de criação possa ser alcança pela consciência dos limites.

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12. MAGISTÉRIO DA EDUCAÇÃO BÁSICA 12.1 FORMAÇÃO DE PROFESSORES E VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO 12.1.1 Diagnóstico

Devido à evolução científica e tecnológica dos nossos dias, e talvez por causa dela, a crescente consciência das responsabilidades que como profissional, o professor assume perante a sociedade, faz-se necessário a valorização do professor, vinculada a uma política educacional que implica na formação profissional inicial, nas condições de trabalho, no salário, na carreira e na formação continuada. Para perspectivar o atendimento às necessidades de um profissional inteligente e criativo, teórico e prático em contextos escolares instáveis, indeterminados e complexos, é imprescindível valorizar este professor não pelo quanto ele ensina, mas sobretudo por ser aquele que facilita a aprendizagem ajudando a aprender.

Situação Funcional - Educação Infantil Nº DE PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL Ano Educandários Docentes 2010 2 2011 2 2012 2 2013 2 2014 2 Fonte: Secretaria Municipal de Educação e Desporto Situação Funcional - Ensino Fundamental Nº DE PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL Ano Educandários Docentes 2010 2 27 2011 2 26 2012 2 28 2013 2 28 2014 2 29 Fonte: Secretaria Municipal de Educação e Desporto

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Situação Funcional - Ensino Fundamental Nº DE PROFESSORES DA REDE ESTADUAL Ano Educandários Docentes 2010 01 11 2011 01 10 2012 01 09 2013 01 08 2014 01 08 Fonte: Escola Estadual de Ensino Médio Pedro Migliorini

Situação Funcional - Ensino Médio Nº DE PROFESSORES DA REDE ESTADUAL Ano Educandários Docentes 2010 01 21 2011 01 22 2012 01 22 2013 01 20 2014 01 18 Fonte: Escola Estadual de Ensino Médio Pedro Migliorini

12.1.2 Diretrizes

O município de Monte Belo do Sul apresenta 90% de seu quadro de professores qualificados com nível superior e pós graduação, cabe dedicar-se intensamente na formação continuada para manter e assegurar o nível de qualidade de seus profissionais. A educação deve ser considerada uma prioridade estratégica para um projeto de desenvolvimento que favoreça a superação das desigualdades e a efetiva inclusão social, devendo ser assumida como uma responsabilidade do Estado e da sociedade, visando a garantir o acesso, a permanência e o êxito do estudante. Assim, uma vez fortalecida na sua expansão, como também na sua qualidade, a educação constitui-se um forte alicerce da rede de proteção social.

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A vinculação constitucional de recursos à manutenção e desenvolvimento do ensino assegura a alocação de recursos segundo as necessidades e compromissos de cada sistema que é expresso pelo número de matrículas e um valor mínimo definido por aluno, nacionalmente, por ano, fundamentado na equidade. Desta forma, há um estímulo para a universalização do ensino. Entretanto, é preciso que, além da abrangência em termos quantitativos, se assegure a adequação da aprendizagem a um padrão mínimo de qualidade (art. 211, & 4º, ADCT), o que, inclusive, está definido em termos precisos na LDB (art. 4º, IX) como “...a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo ensino aprendizagem”; conceito de custo-aluno- qualidade, mediante o qual, o valor definido por aluno é fundamentado, também, em indicadores de qualidade. As políticas que associam a renda mínima à educação, mostram-se como instrumentos eficazes de melhoria da qualidade do ensino. Esta constatação reforça o raciocínio de que o financiamento da educação deve ser tratado, não como um problema econômico, mas como um direito, como um valor em si, requisito para o exercício pleno da cidadania, para o desenvolvimento humano e para a melhoria da qualidade de vida da população. Em consonância com essas políticas, é de fundamental importância investimento em elementos essenciais do processo educacional, quais sejam: a valorização dos profissionais da educação e a profissionalização da gestão escolar. É imprescindível o engajamento, nesse sentido, de entidades e órgãos responsáveis, tanto em nível público quanto privado, na implementação de políticas de investimento que garantam a adequada valorização do profissional da educação, aliado ao desenvolvimento de ações que assegurem a eficiência e eficácia da gestão, visando à melhoria do desempenho da educação, para cumprimento do seu papel social de atendimento às demandas políticas e sociais da sociedade, com efetividade e relevância.

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13. FINANCIAMENTO E GESTÃO 13.1. DIAGNÓSTICO

Conforme previsto na Constituição Federal de 1988, a Emenda Constitucional, nº 14, a Lei 9 394/96 (LDB), o Plano Nacional de Educação (Lei 10.172), Lei Orgânica do Município, e o Parecer 26/97 do Conselho Nacional da Educação que interpreta os artigos da LDB sobre o financiamento da educação, temos a dizer que o Município atende em sua Rede Municipal de Ensino, os seguintes níveis e modalidades de ensino:

Número de alunos da Rede Municipal de Ensino

ANO 2010 2011 2012 2013 2014

Ensino Fundamental 129 116 138 138 143

Educ. Infantil 62 54 78 75 85

EJA 0 0 0 0 0

Total 191 170 156 213 223

Número de alunos da Rede Estadual de Ensino

ANO 2010 2011 2012 2013 2014

Ensino Fundamental 149 143 113 97 82

Ensino Médio 93 88 85 85 86

Total 243 231 198 182 168

Relacionamos abaixo as metas, objetivos e recursos com os quais a Secretaria Municipal de Educação e Desporto de Monte Belo do Sul atende as modalidades e níveis de ensino.

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14. METAS E ESTRATÉGIAS

14.1 META 1 Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PME.

14.1.1 Tornar a Escola de Educação Infantil Caminhos do Aprender exclusiva, em turno integral para atender a demanda, intensificando a busca por recursos para a construção de um prédio apropriado. 14.1.2 Condições para a inclusão das crianças com deficiência, com apoio de especialistas e cuidadores, definindo o número máximo de alunos por sala, móvel, mobiliário, matérias pedagógico adequado, espaço físico acessível, orientação e alimentação. 14.1.3 Criar a Escola de Pais, através de parcerias com a Assistência Social e Saúde, a fim de promover maior conscientização quanto aos direitos e deveres, às necessidades físicas, psicológicas e sociais da faixa etária em questão, fortalecendo o vínculo escola-família. 14.1.4 Expandir o atendimento da rede pública de educação infantil segundo o padrão nacional de qualidade, considerando as peculiaridades locais; 14.1.5 Realizar, anualmente, em parceria com a Secretaria de Saúde e com a Secretaria de Assistência Social, levantamento da demanda da população de até 03 (três) anos, como forma de planejar a oferta e verificar o atendimento da demanda manifesta. 14.1.5 Proporcionar, através de benefícios concedidos pelo Plano de Ações Articuladas (PAR), a melhoria da qualidade do atendimento na educação infantil no que se refere à acessibilidade, bem como sua expansão com a construção e ampliação de escolas por meio de programa nacional e aquisição de equipamentos e materiais didáticos e pedagógicos. 14.1.6 Estabelecer condições para a contratação de professores em nível superior, com habilitação específica, programas permanentes de formação continuada e qualificação, de modo a garantir a elaboração de currículos e

57 propostas pedagógicas capazes de incorporar os avanços ligados ao processo de ensino-aprendizagem e teorias educacionais no atendimento da população de 0 (zero) a 5 (cinco) anos. 14.1.7 Proporcionar o acesso à educação infantil e a oferta do atendimento educacional especializado complementar o atendimento especializado e suplementar aos (as) alunos (as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, assegurando a transversalidade da educação especial nessa etapa da educação básica; 14.1.8 Implementar, em caráter complementar, programas e projetos de orientação e apoio às famílias, por meio da articulação das áreas da educação, saúde e assistência social, com foco no desenvolvimento integral das crianças de 0 (zero) a 5 (cinco) anos de idade. 14.1.9. Preservar as especificidades da educação infantil na organização da rede escolar, garantindo o atendimento da criança de até 4 (quatro) anos atendendo a parâmetros nacionais de qualidade, e a articulação com a etapa escolar seguinte, visando o ingresso do (a) aluno (a) de 6 (seis) anos de idade no ensino fundamental. 14.1.10 Promover ações de sensibilização das famílias em relação a importância da educação infantil, fortalecendo o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanência das crianças na mesma, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento e Ação Social e Secretaria de Saúde. 14.1.11 Garantir o acesso à educação infantil em tempo integral. 14.1.15 Realizar parcerias das instituições de Ensino Superior com seus profissionais, através de estágios, por exemplo, para auxiliar profissional de Educação Infantil. 14.1.16 Garantir junto à União, recursos para desenvolver projetos e/ou programas suplementares de alimentação escolar, material didático e assistência à saúde, que atendam às necessidades da Clientela.

14.2 META 2 Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PME.

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14.2.1 Disponibilizar materiais didáticos para articular as especificidades para educação especial. 14.2.2. Manter e ampliar as atividades extracurriculares (oficinas), com profissionais habilitados, bem como atividades esportivas. Oferecer apoio pedagógico em turno contrário até o 5º ano do ensino fundamental. 14.2.3 Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso, da permanência e do aproveitamento escolar dos beneficiários de programas de transferência de renda, bem como das situações de discriminação, preconceitos e violências nas escolas, garantindo ao estabelecimento condições adequadas para o sucesso escolar dos (as) alunos (as), em cooperação com as famílias e com órgãos públicos de assistência social, Secretaria de Saúde e de proteção à infância, adolescência e juventude. 14.2.4. Desenvolver tecnologias pedagógicas que combinem, de maneira articulada, a organização do tempo e das atividades didáticas entre a escola e o ambiente comunitário, considerando as especificidades da educação especial; 14.2.5 Disciplinar a organização flexível do trabalho pedagógico, incluindo adequação do calendário escolar de acordo com a realidade local, identidade cultural e calendário escolar estadual. 14.2.6 Promover a relação das escolas com instituições e movimentos culturais, a fim de garantir a oferta regular de atividades culturais para a livre fruição dos (as) alunos (as) dentro e fora dos espaços escolares, assegurando ainda que as escolas se tornem pólos de criação e difusão cultural. 14.2.7 Possibilitar a construção, reforma e manutenção de escolas, através de parcerias com a União, de forma a atender toda a demanda e a criação de novos espaços de prática esportiva e cultural. 14.2.8 Criar e implementar plano ou programa de recuperação da distorção idade/série, de forma que os alunos possam estudar na série recomendada a sua idade, sem perda da qualidade do ensino.

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14.3 META 3 Universalizar até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final da vigência deste PME, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento).

14.3.1 Promover a realização de projetos escolares, culturais e desportivos direcionados ao ensino médio; 14.3.2 Incentivar a participação de 100% do alunos do terceiro ano do ensino médio, no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) 14.3.3 Proporcionar transporte para os alunos do ensino médio inclusive aos alunos que se dirigem a outras cidades para cursar ensino técnico profissional. 14.3.4 Conjugar esforços, junto ao governo do estado, para aquisição de equipamentos e laboratórios, para a manutenção e elevação da qualidade de ensino. 14.3.5 Constituir parcerias junto ao estado para a formação continuada de professores, ao longo da vigência do PME. 14.3.6 Promover para os discentes, através da disponibilização de transporte, a realização do exame nacional do Ensino Médio – ENEM. 14.3.7 Fomentar a criação de rede de proteção contra formas de exclusão, motivadas por discriminação racial, por orientação sexual ou outra forma de preconceito, através de parceria institucional. 14.3.8 Buscar junto ao estado e a União parcerias para implantação, no município, de ensino médio integrado a educação profissional técnica. 14.3.9 Buscar a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos que abandonaram o ensino fundamental e incentivar seu retorno a sala de aula. 14.3.10 Estabelecer parcerias entre comunidade e escola para o fortalecimento da identidade dos grupos, promovendo abertura dos espaços para cultura e lazer. 14.3.11 Promover seminários, encontros de discussão que abordem temas relacionados à questão da vida do adolescente: drogas, sexualidade, gravidez na adolescência.

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14.3.12 Melhorar o aproveitamento dos alunos de Ensino Médio, de forma a atingir níveis satisfatórios de desempenho, definidos e avaliados pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB), pelo Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e pelos Sistemas de Avaliação que venham a ser implantados nos Estados. 14.3.13 Fomentar ações para garantir a oferta diurna e noturna, suficiente para garantir o atendimento dos alunos que trabalham, de acordo as necessidades. 14.3.15 Apoiar e incentivar as organizações estudantis, como espaço de participação e exercício da cidadania.

14.4 META 4 Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos, o atendimento escolar aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, na rede regular de ensino.

14.4.1 Articular as secretarias da: Educação, Saúde e Assistência Social. 14.4.2 Ofertar formação continuada para profissionais que acompanham alunos com necessidades especiais na rede regular de ensino. 14.4.3 Realizar, em conjunto com a Secretaria de Assistência Social e a Secretaria de Saúde, levantamento de pessoas com idade de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, até o segundo ano de vigência do plano. 14.4.4 Buscar recursos para adequação do espaço físico das escolas, de forma que sejam acessíveis aos alunos(as) com deficiência; 14.4.5 Buscar recursos para garantir a oferta do atendimento educacional especializado complementar a todos os (as) alunos(as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública de educação básica, conforme necessidade identificada por meio de diagnóstico. 14.4.6 Incentivar a educação inclusiva, promovendo a articulação pedagógica entre o ensino regular e o atendimento educacional especializado.

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14.4.7 Possibilitar, em parceria com a Secretaria de Saúde, o diagnóstico de alunos(as), com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, que já estão em sala de aula. 14.4.8 Estimular a formação de profissionais que atuam na sala de aula para o melhor atendimento dos alunos(as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

14.5 META 5 Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até os 8 (oito) anos de idade, durante os primeiros 5 (cinco) anos de vigência do PME; no máximo, até os 7 (sete) anos de idade, do sexto ao nono ano de vigência do PME; e até o final dos 6 (seis) anos de idade, a partir do décimo ano de vigência do PME.

14.5.1 Fazer estatísticas anuais de alunos que não atingem a alfabetização na idade certa e reduzir, taxa de reprovação no 3º ano; 14.5.2 Utilizar instrumentos de avaliação nacional e complementar com adaptações da realidade do nosso município; Apoiar o resgate da cultura Italiana que deu origem a este município, criando instrumentos que considerem essa identidade cultural. 14.5.4 Manter e aperfeiçoar medidas pedagógicas para alfabetizar todos os alunos e alunas, com 6 (seis) anos de idade, a partir do final da vigência deste PME. 14.5.5 Elaborar e implementar, a nível municipal, instrumentos de avaliação específicos para aferir a alfabetização das crianças. 14.5.6 Estimular o desenvolvimento de inovação das práticas pedagógicas que assegurem a alfabetização e favoreçam a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos (as) alunos(as), consideradas as diversas abordagens metodológicas e sua efetividade. 14.5.7 Estabelecer e manter condições para a habilitação de professores(as) de alfabetização de crianças, promovendo cursos de formação continuada com o intuito de oferecer o conhecimento de novas tecnologias educacionais e práticas pedagógicas inovadoras. 14.5.8 Manter programas que facilitem a aprendizagem dos professores. 14.5.9 Ampliar parceria inter setoriais para fomentar a identidade cultural.

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15.6 META 6 Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e por cento) dos (as) alunos (as) da educação básica.

14.6.1 Oferecer educação em tempo integral para 50% dos alunos das escolas municipais. 14.6.2 Promover a oferta de educação em tempo integral para a educação básica, por meio de atividades de acompanhamento pedagógico e multidisciplinares, inclusive culturais e esportivas, de forma que o tempo de permanência dos (as) alunos (as) na escola ou sob sua responsabilidade, passe a ser igual ou superior a 7 (sete) horas diárias durante todo o ano letivo. 14.6.3 Articular, a longo prazo em regime de colaboração, ampliação e reestruturação das escolas públicas, por meio da instalação de quadras poliesportivas, laboratórios, espaços para atividades culturais, bibliotecas, auditórios, cozinhas, refeitórios, banheiros e outros equipamentos, bem como de produção de material didático e de formação de recursos humanos para a educação integral. 14.6.4 Fomentar a articulação da escola com os diferentes espaços educativos, culturais e esportivos, e equipamentos públicos como centro cultural, biblioteca e praças. 14.6.5 Buscar a contratação de profissionais de forma a atender a demanda de educação integral implantada no município.

14.7 META 7 Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as médias nacionais para o IDEB.

14.7.1 Chegar ao final do decênio com média para o IDEB 7,0 nos anos iniciais. 14.7.2 Alavancar o processo de alcançar médias maiores para o IDEB.

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14.7.3 Manter o transporte escolar gratuito, para todos os estudantes do município. 14.7.4 Garantir nos currículos escolares conteúdos sobre a história afro brasileira, valorizando as diversidades existentes no município. 14.7.5 Buscar através dos Planos de Ações Articuladas (PAR) o cumprimento às metas de qualidade estabelecidas para a educação básica pública e às estratégias de apoio técnico e financeiro voltadas à melhoria da gestão educacional, à formação de professores e profissionais de serviços e apoio escolar, à ampliação e ao desenvolvimento de recursos pedagógicos e à melhoria e expansão da infraestrutura física da rede escolar. 14.7.6 Incentivar a prática de ações pedagógicas adequadas a realidade de cada unidade escolar. 14.7.7 Modernizar o laboratório de informática na rede municipal. 14.7.8 Articular políticas de combate à violência na escola, inclusive pelo desenvolvimento de ações destinadas à capacitação de educadores (as) favorecendo a adoção das providências adequadas que promovam a construção de cultura de paz e ambiente escolar dotado de segurança para a comunidade, através de ações conjuntas com as secretarias de assistência social e da saúde. 14.7.9 Promover a articulação dos programas da área da educação com os de outras áreas como saúde, trabalho e emprego, assistência social, esporte, cultura, como condição para a melhoria da qualidade educacional. 14.7.10 Universalizar, mediante articulação entre os órgãos responsáveis pelas áreas da saúde e da educação, o atendimento aos (às) estudantes da rede escolar pública de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde. 14.7.11 Fortalecer o acompanhamento familiar e possibilitar sua participação efetiva nas decisões tomadas no âmbito escolar. 14.7.12 promover a participação dos alunos do ensino médio em projetos escolares municipais extra-classe como, gincanas, olimpíadas, palestras etc.

14.8 META 8 Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar no mínimo 12 (doze) anos de estudo no último

64 ano, de vigência deste Plano para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

14.8.1 Fomentar matrículas na EJA para alunos com defasagem na idade e aprendizagem. 14.8.2 Estimular a criação do programa de educação de jovens e adultos para os segmentos populacionais, que estejam fora da escola e com defasagem idade-série, associada a outras estratégias que garantam a continuidade da escolarização, após a alfabetização inicial, até o final da vigência do plano. 14.8.3 Buscar oferta gratuita de educação profissional técnica por parte das entidades privadas de serviço social e de forma concomitante ao ensino ofertado na rede escolar pública para os segmentos populacionais considerados. 14.8.4 Promover, em parceria com as áreas de saúde e assistência social, o acompanhamento e o monitoramento de acesso à escola, específicos para os segmentos populacionais considerados e identificar motivos de ausência e baixa frequência, de maneira a estimular a ampliação do atendimento desses (as) estudantes na rede pública regular de ensino. 14.8.5 Promover busca ativa de jovens fora da escola pertencentes aos segmentos populacionais considerados, em parceria com as áreas de assistência social e saúde. 14.8.6 Ofertar transporte escolar gratuito.

14.9 META 9 Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (setenta por cento) e até o final da vigência deste plano, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

14.9.1 Erradicar o analfabetismo e reduzir o analfabetismo funcional em 80%, até o final de vigência do PME.

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14.9.2 Fomentar a oferta gratuita da educação de jovens e adultos a todos os que não tiveram acesso à educação básica na idade própria. 14.9.3 Realizar avaliação, por meio de exames específicos, que permita aferir o grau de alfabetização de jovens e adultos com mais de 15 (quinze) anos de idade. 14.9.4 Oferecer transporte escolar para alunos do campo acima de 18 anos para frequentar a Educação de Jovens e Adultos, oferecida na zona urbana, em turno noturno. 14.9.5 Assegurar atendimento especializado na educação de jovens e adultos, para alunos com necessidades especiais, acompanhado de profissionais capacitados para orientar as deficiências, incluindo o material didático-pedagógico e formação continuada ao professor. 14.9.6 Apoiar a oferta de informática educacional aos alunos de educação de jovens e adultos na rede pública de ensino. 14.9.7 Articular a política da educação de jovens e adultos à política cultural, de maneira que seus participantes sejam beneficiados de ações que permitam ampliar seus horizontes culturais. 14.9.8 Proceder, em parceria estado e município um mapeamento da população analfabeta, por meio do censo educacional, visando localizar tal população e encaminhá-la a programas de Educação de Jovens e Adultos.

14.10. META 10 Incentivar, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, na forma integrada à educação profissional no ensino fundamental e médio. Incentivar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, inclusive de EJA de modo a atingir a meta nacional

14.10.1 Oferecer oportunidade de realização de curso profissionalizante. 14.10.2 Fomentar o programa nacional, estadual ou municipal de educação de jovens e adultos voltado à conclusão do ensino fundamental e à formação profissional inicial, de forma a estimular a conclusão da educação básica; 14.10.3 Buscar em regime de colaboração com o estado e a União, as matrículas na educação de jovens e adultos, de modo a articular a formação inicial e

66 continuada de trabalhadores com a educação profissional, objetivando a elevação do nível de escolaridade do trabalhador. 14.10.4 Aderir a programa nacional de reestruturação e aquisição de equipamentos voltados à expansão e à melhoria da rede física de escolas públicas que venham a atuar na educação de jovens e adultos integrada à educação profissional, garantindo acessibilidade à pessoa com deficiência. 14.10.5 Disponibilizar transporte para alunos que residam na zona rural. 14.10.6 Oferecer transporte escolar gratuito para alunos do Ensino Médio que se dirigirem a outras cidades para ensino profissionalizante ou técnico. 14.10.7 Fomentar junto ao poder estadual e federal a implantação expansão da oferta de educação profissional técnica de nível médio no município ou na região em parceria com o municípios circunvizinhos. 14.10.8 Estimular a implantação e expansão de oportunidades de estágio na educação profissional técnica de nível médio e do ensino médio regular, preservando-se seu caráter pedagógico integrado ao itinerário formativo do aluno, visando a formação de qualificações próprias da atividade profissional, à contextualização curricular. 14.10.9 Realizar adesões aos programas governamentais e federais de assistência estudantil, visando garantir as condições necessárias à permanência dos(as) estudantes e à conclusão dos cursos técnicos de nível médio.

14.11 META 11 Incentivar o cumprimento da meta do PNE de modo a elevar a taxa bruta de matrícula no ensino superior disponibilizando meios de acesso à população.

14.11.1 Manter a oferta de estágio como parte da formação na educação superior. 14.11.2 Manter a oferta de condições de acessibilidade nas instituições de educação superior, na forma da legislação. 14.11.3 Buscar a oferta de disciplinas de graduação em nosso município, através da UAB.

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14.11.4 Fomentar por meio de programas especiais, as políticas de inclusão e de assistência estudantil para alunos de instituições públicas de educação superior, de modo a ampliar as taxas de acesso à educação superior de estudantes egressos da escola pública. 14.11.5 Buscar meios de incentivar os alunos a realizarem processos seletivos de inclusão em cursos superiores como, vestibular e Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM. 14.11.6 Ampliar a oferta de transporte gratuito. 14.11.7 Buscar junto a instituições de ensino superior a implantação de cursos de graduação através da UAB.

14.12 META 12 Garantir, em regime de colaboração entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, no prazo de vigência deste PNE, a política nacional de formação e valorização dos profissionais de educação, assegurando que todos os professores da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento de atuação.

14.12.1 Incentivar os educadores do município buscarem maior qualificação profissional. 14.12.2 Mapear as áreas de profissionais de educação no município. 14.12.3 Buscar programas de formação continuada, de forma a estimular o aperfeiçoamento do conhecimento docente. 14.12.4 Trazer para o município, em colaboração com órgão competente, polo de formação em nível superior (UAB). 14.12.5 Reorganizar as políticas municipais de formação de professores da educação básica, definindo diretrizes municipais, áreas prioritárias e instituições formadoras, até o final da vigência deste plano. 14.12.6 Reformular plano de carreira para os (as) profissionais do magistério da rede pública. 14.12.7 Realizar concurso público, cuja exigência de formação constada em edital, seja a equivalente à área de atuação.

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14.12.8 Oferecer professor substituto às escolas que possuem professores em formação continuada. 14.12.9 Valorizar os educadores de acordo com seu nível de especialização, respeitando o estabelecido no Plano de Carreira e Vencimento dos Servidores do Magistério Público Municipal e no Estatuto do Magistério Público.

14.13 META 13

Formar em nível de pós-graduação 50% dos professores da educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.

14.13.1 Incentivar os educadores do município buscar maior qualificação profissional. 14.13.2 Estruturar a rede pública de educação , de modo que pelo menos 90% (noventa por cento) dos respectivos profissionais do magistério sejam ocupantes de cargos de provimento efetivo e estejam em exercício nas redes escolares a que se encontram vinculados. 14.13.3 Manter o acompanhamento ao professor iniciante, supervisionado por profissional com experiência de ensino, a fim de fundamentar, com base em avaliação documentada, a decisão pela efetivação do (a) professor (a) ao final do estágio probatório; 14.13.4 Favorecer a existência de comissões permanentes de profissionais da educação para subsidiar os órgãos competentes na reestruturação e implementação dos planos de carreira.

14.14 META 14 Valorizar o magistério das redes públicas da educação básica, a fim de aproximar o rendimento médio do(as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o sexto ano de vigência deste PNE.

14.14.1 Acompanhar a valorização dos profissionais de Educação.

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14.14.2 Manter no âmbito das escolas públicas, Conselhos Escolares consultivos e deliberativos para que a gestão escolar seja realizada de forma participativa; 14.14.3 Buscar a implantação do plano de carreira de mais profissionais de educação.

14.15 META 15 Manter o plano de Carreira dos membros do Magistério, valorizando os profissionais e seguindo as normativas da legislação federal.

14.15.1 Garantir o aperfeiçoamento da gestão educacional, para que os recursos sejam bem geridos. 14.15.2 Viabilizar incentivos e investimentos de instituições não governamentais, executando projetos pedagógicos e ampliando a receita educacional do município.

14.16 META 16 Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.

14.16.1 Oportunizar formação continuada para gestores. 14.16.2 Ampliar a atuação do C.P.M e Conselhos Escolares, através de formação. 14.16.3 Construir mecanismos de avaliação interna e externa para a educação básica, propiciando a participação de todos os segmentos da comunidade escolar, com a finalidade de levantar subsídios para a promoção de melhorias e auxiliar a escola nas questões administrativas, pedagógicas e financeiras, considerando as diretrizes curriculares nacionais em cada etapa e modalidade.

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14.16.4 Instituir, através de ato legal, a partir da aprovação deste PME, o fórum municipal de educação, permanente, com o objetivo de monitorar e avaliar as metas deste plano, efetivando o acompanhamento da execução do PME. 14.16.5 Desenvolver políticas de formação de equipes diretivas, qualificando sua atuação na dimensão político pedagógica, administrativa e financeira, promovendo encontros semestrais e sempre que necessário. 14.16.6 Fortalecer ações conjuntas, garantindo o acesso e permanência do aluno na escola, inclusive realizando o recenseamento e a chamada publica na educação obrigatória, conforme legislação vigente.

14.17 META 17 Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do País no 5o (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.

14.17.1 Busca de recursos financeiros junto a órgãos federais, estaduais e privados para garantir a qualidade da educação. 14.17.2 Aplicação em educação acima de 25% previstos na Constituição. 14.17.3 Proporcionar formação para professores e gestores sobre a aplicabilidade dos recursos e verbas. 14.17.4 Aperfeiçoar e ampliar mecanismos de acompanhamento da arrecadação e de contribuição do salário educação, possibilitando que os conselhos municipais de educação possam exercer sua função de fiscalização e de controle social na aplicação adequada dos recursos destinados à educação. 14.17.5 Ampliar investimentos para poder atingir as metas do Plano Nacional de Educação no prazo estabelecido. 14.17.6 Implementar o “Custo Aluno Inicial” e “Custo Aluno Qualidade” para o financiamento da educação de todas etapas e modalidades da educação básica, a partir do cálculo e do acompanhamento regular dos indicadores e equipamentos necessários ao ensino e em aquisição de material didático-escolar, alimentação e transporte escolar, até o 5º ano

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15. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PME O Plano Municipal de Educação é documento que norteia os rumos da educação para os próximos dez anos. É de grande importância, sendo necessária sua avaliação e revisão em momentos oportunos. Por ter um período de validade relativamente grande, muito pode acontecer no município por isso, avalia-se o PME a cada 2 (dois) anos e realiza-se as alterações necessárias para que as metas previstas neste documento sejam cumpridas até o fim de sua vigência. A avaliação será através de: • Levantamento de dados estatísticos em sites oficiais; • Levantamento de dados na Secretaria de Educação e Desporto; • A avaliação deverá ser quantitativa e qualitativa; Diante do exposto cabe salientar que o grupo avaliador deverá ser composto por membros de setores ligados direta e indiretamente a educação, são eles: • Representante dos professores; • Representante dos alunos; • Representante dos diretores; • Representante do executivo municipal; • Representante do legislativo municipal; • Representante do Conselho Tutelar; • Representante do Conselho Municipal de Educação. O grupo avaliador deverá, após a análise dos resultados obtidos, redigir um relatório que deverá ser entregue a Secretaria Municipal de Educação e Desporto, a Câmara Municipal de Vereadores e ao Conselho Municipal de Educação, para que as medidas necessárias para o cumprimento do estabelecido no PME sejam tomadas.

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16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei 9424/96 de 24 de dezembro de 1996. Dispõe sobre o fundo de manutenção e Desenvolvimento de Ensino Fundamental e da Valorização do Magistério, na forma prevista no art. 60, par. 7°, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias a dá outras providências. Disponível em http://www.mec.gov.br/cne/pdf.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Texto Constitucional de 5 de outubro de 1988, consolidado pela Subsecretaria de Edições Técnicas do Senado Federal, com as alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais n° 01/92 a 27/2000 e pelas Emendas Constitucionais n° 01 a 06/94. Brasília: Senado Federal, 1988.

BRASIL. Lei 8069 de 13 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, e dá outras providências. Disponível em http://planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm

BRASIL, Lei 9394/96 de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em http://mec.gov.br/legis/pdf/ LDB.pdf.

BRASIL. Lei 10.172/01 de 9 de janeiro de 2001. Aprova o Plano Nacional de educação e dá outras providências. Disponível em http: /www.mec.gov.br/acs/pdf/pne.pdf.

CAMPANHOLO, Ivana Coelho. [et al.] Monte Belo do Sul Constrói sua História. Porto Alegre: Evangraf, 1996.

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Resolução n. 02/98 de 7 de abril de 1998. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Disponível em http//www.mec.gov.br/cne/pdf/CEB0298.pdf.

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Parâmetros Curriculares Nacionais. Disponível em

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. Plano Nacional de Formação de Professores – Plataforma Freire. Disponível em http://freire mec.gov.

MONTE BELO DO SUL, Lei Municipal nº 789 de 16 de maio de 2007. Conselho Municipal de Acompanhamento do Ensino Fundamental e Controle Social do FUNDEB.

MONTE BELO DO SUL, Lei Municipal nº 355 de 02 de março de 2001. Conselho Municipal de Alimentação Escolar.

MONTE BELO DO SUL, Lei Municipal nº 039/93 de 26 de maio de 1993. Conselho Municipal de Educação de Monte Belo do Sul.

MONTE BELO DO SUL, Lei Municipal nº 582/2004 de 07 de abril de 2004. Conselho Municipal da Criança e do Adolescente.

RAZADOR, Leonir Olimpio. Povoadores e História de Monte Belo do Sul. Porto Alegre: EST Edições, 2005.

Outras fontes: Secretaria Municipal de Educação e Desporto, Prefeitura Municipal, Escolas Municipais e Escola Estadual de Ensino Médio Pedro Migliorini

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ANEXO 1 – MAPA DO MUNICÍPIO

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ANEXO II – QUADRO DEMOSTRATIVO DAS ESCOLAS EM 2014

QUADRO DEMONSTRATIVO DAS ESCOLAS – 2014 NOME DA ESCOLA ENDEREÇO/LINHA OBSERVAÇÃO Atividades cessadas Esc. Mun. Ens. Fun. Quintino Pederneira em 01/03/2005 Bocaiúva INATIVA Atividades cessadas Esc. Mun. Ens. Fun. Prof. Edilia Armênio Alta em 01/03/2005 Antonia C. Piovesana INATIVA Atividades cessadas Esc. Mun. Ens. Fun. Carlos Sta. Bárbara em 01/03/2005 Gomes INATIVA Atividades cessadas Esc. Mun. Ens. Fun. Cruzeiro do Argemiro (Magnan) em 31/12/2002 Sul INATIVA Atividades cessadas Esc. Mun. Ens. Fun. Elvira 100 da Leopoldina em 01/03/2005 Romagna Dendena INATIVA Atividades cessadas Esc. Mun. Ens. Fun. Gaspar Argemiro Alta em 01/03/2005 Martins (São José) INATIVA Atividades cessadas Esc. Mun. Ens. Fun. Joaquim Armênio Baixa em 01/03/2005 Murtinho (Capela Graças) INATIVA Atividades cessadas Esc. Mun. Ens. Fun. José Argemiro Baixa em 01/03/2005 Bonifácio (São Marcos) INATIVA Atividades cessadas Esc. Mun. Ens. Fun. Machado São Pedro em 01/03/2010 de Assis INATIVA

Esc. Mun. Ens. Fun. Olavo Bilac Fernandes Lima Atividades cessadas

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em 01/03/2005 INATIVA Atividades cessadas Esc. Mun. Ens. Fun. Osvaldo Alcântara em 01/03/2005 Cruz (Caravágio) INATIVA Esc. Mun. Ens. Fun. Roman Sta. Bárbara ATIVA Ross (N.Sra. Saúde) Zamith Esc. Mun. Ens. Fun. Tiradentes INATIVA 01/03/2005 (Santo Isidoro) Atividades cessadas Esc. Mun. Ens. Fun. Lino Colussi em 01/03/2005 Colussi INATIVA Atividades cessadas Esc. Mun. Ens. Fun. Vidal de em 01/03/2009 80 da Leopoldina Negreiros INATIVA

Esc. Mun. De Ens. Fun. Sede ATIVA Caminhos do Aprender Esc. Est. de Ens. Médio Pedro Sede ATIVA Migliorini