40 Anos Poderlocal.Pdf
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1 PROGRAMA 21h00 - Intervenção do Presidente da Câmara Municipal de Bragança 21h15 - Cerimónia de homenagem 23h00 - Concerto Comemorativo pela Bribanda - Banda Filarmónica de Bragança [anverso] [verso] Medalha Comemorativa 2 Poder Local Democrático 40 anos ao Serviço das Pessoas Após a Revolução de 25 de Abril de 1974, o poder local sofrera um extraordinário desenvolvimento que atinge o seu auge, a 12 de dezembro de 1976, com as primeiras eleições autárquicas, com os munícipes a exercerem, livremente, nas urnas, o seu direito de voto. As Câmaras Municipais, democraticamente eleitas, passaram a constituir uma emanação autêntica, genuína, da vontade dos habitantes dos Municípios e a disporem de uma ampla autonomia, nomeadamente, a nível patrimonial e financeira, regulamentar, administrativa e autonomia organizativa. Em 1976, Portugal aprova a nova Constituição da República Portuguesa, pilar da democracia. Em Bragança, na sequência das eleições autárquicas, realizadas em 12 de dezembro desse ano, foi eleito, por sufrágio universal, José Luís Pinheiro, como Presidente da Câmara, tendo-se mantido em funções até dezembro de 1989, após reeleições sucessivas. A nível educativo, o concelho evoluiu positivamente com a criação e construção de novas escolas. Em 1976, foi criado o Centro de Bem-Estar Infantil, instituição única na cidade de Bragança, destinada às crianças dos 3 meses aos 3 anos (creche) e dos 3 aos 6 anos (jardim de infância). No ano seguinte, o Colégio do Sagrado Coração de Jesus é autorizado a lecionar o ensino infantil e o Liceu ultrapassa a cifra dos 3 milhares de alunos. Pelo Decreto de Lei n.º 513-T, de 26 de dezembro de 1979, é criado o Instituto Politécnico de Bragança. Na década de 80, foram inauguradas várias escolas, entre elas o Jardim de Infância da Estação ou da Mãe d’ Água (1982), a Escola Preparatória Paulo Quintela (1983), a Escola Primária do Campo Redondo (1984) e muitas outras nas zonas rurais (Zeive, Salsas, …). Em 1988, entra em funcionamento a Escola Secundária Miguel Torga. 3 A melhoria no tecido urbano e rural passou a ser uma prioridade. Nas acessibilidades, com a beneficiação das redes viárias; nos transportes, com a aquisição de autocarros para as linhas urbanas (STUB); no abastecimento de água, com a construção de reservatórios de água. Em 1988, a LAR – Ligações Áreas Regionais inicia uma viagem diária Lisboa – Bragança – Lisboa, numa aeronave de 44 lugares e, no ano de 1999, é inaugurado o troço do IP4 entre Rossas e Bragança. O reforço dos laços de vizinhança com Espanha refletiu-se na geminação de Bragança com a cidade de Zamora, aprovada pela Assembleia Municipal a 19 de janeiro de 1984. A importância do concelho brigantino, para Portugal, verificou-se com a visita do Presidente da República, Dr. Mário Soares, que, no âmbito de uma “Presidência Aberta”, se instalou em Bragança, no Centro Cultural, encerrando a mesma com as Comemorações do oitavo centenário do Primeiro Foral concedido a esta cidade. O dia 17 de dezembro de 1989 fica marcado por novas eleições autárquicas. Tendo, em janeiro de 1990, tomado posse Luís Francisco Mina como Presidente da Câmara Municipal de Bragança, com duas reeleições, terminando o seu mandato após as eleições de 1997. Nesse ano, 1990, a fronteira entre Portugal e Espanha assistia ao retirar da corrente que separava a povoação portuguesa de Rio de Onor e a povoação espanhola de Rihonor. Izeda era elevada a vila e o nosso país aprovava a lei das privatizações. Fundamental para o desenvolvimento urbano foi a aprovação do Plano Diretor Municipal, publicado posteriormente em Diário da República (1995). Em 1991, o crescimento demográfico do concelho era evidente. A cidade atingia os 16 079 habitantes e o concelho os 33 055. Em termos educativos, foi criada a escola de 1.º ciclo Júlio Sá Vargas, da responsabilidade da Santa Casa da Misericórdia; o Instituto Superior de Línguas e Administração ganhou novas instalações; foi protocolada a transferência da Escola Preparatória Augusto Moreno para as atuais instalações, usadas até então pela Escola Superior de Educação de Bragança; entra em funcionamento a Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Bragança; entre outras mudanças correspondentes a uma cidade cada vez mais povoada e moderna. 4 Exemplos dessa mudança positiva foram, ainda, a abertura do Parque de Campismo do Cepo Verde (1993), o surgimento do primeiro hipermercado em Bragança (1994), a aprovação da construção do complexo de piscinas do Clube Académico de Bragança e a reabertura da Pousada de São Bartolomeu (1996). Nas áreas rurais, a aposta continuava a ser nas melhorias higio-sanitárias da população. A valorização do nosso património ganhou especial importância na década de 90 com a classificação, pelo Estado, da Atalaia da Candaira; do Castro e da Ponte de Frieira (1990); das ruínas da Capela da Senhora da Hera; do Pelourinho de Faílde e Carocedo; da igreja de S. Vicente da Aldeia de Veigas (1993); da Igreja de Nossa Senhora da Assunção de Outeiro (1997) como Imóveis de Interesse Público. Em termos de acessibilidades, destaque para a inauguração do troço do IP4 que ligava Bragança a Mirandela, e, na valorização dos laços extra fronteiriços, a aprovação da “Carta de Geminação” da cidade de Bragança com a cidade francesa de Les Pavillons-Sous-Bois. Em janeiro de 1998, na sequência das eleições para as autarquias, então realizadas, passou a exercer as funções de Presidente da Câmara de Bragança António Jorge Nunes, sucessivamente reeleito até às eleições autárquicas de setembro de 2013. É, assim, ao fim de 16 anos interruptos nestas funções, o Presidente da Câmara de Bragança que mais tempo se manteve à frente desta autarquia. Assistiu-se a uma alteração no tecido urbano de Bragança, traduzida no ganho de novas instalações e na expansão urbanística. Os vários equipamentos, com diversos fins, ganharam corpo: Parque Eixo Atlântico (1999); Pousada da Juventude de Bragança (1999); Arquivo Distrital de Bragança (1999); Estação de Tratamento de Águas Residuais em Bragança- ETAR (2000); Museu Doutor Belarmino Afonso (2000); Matadouro de Bragança (2001); Centro Comunitário da Cáritas Diocesana (2001); Cemitério de Santo Condestável, em Bragança, (2001); Cybercentro (2001); Mercado Municipal de Bragança (2002); edifício sede do Centro Regional de Segurança Social de Bragança (2002); Parque de Campismo de Rio de Onor (2003); Teatro Municipal de Bragança (2004); Centro Cultural de Bragança – Biblioteca Municipal e 5 Conservatório de Música (2004); Bragança Shopping (2004); Casa do Lavrador (2004); Praça Camões (2004); Estação Rodoviária (2004); Museu Ibérico da Máscara e do Traje (2007); Centro Ciência Viva (2007); edifício sede da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Bragança – ACISB e da Região de Turismo do Nordeste Transmontano (2007); Centro de Arte Contemporânea Graça Morais (2008); Biblioteca Adriano Moreira (2009); sede Portuguesa da Fundação Rei Afonso Henriques – FRAH (2009); instalações da Obra Social Padre Miguel (2009); Centros Escolares de Santa Maria e da Sé (2010); Escola de Dança, integrada no Conservatório de Música e Dança de Bragança (2012); duas residências estudantis, integradas no projeto “Domus Universitária” (2012); Casa da Cidade – Sede de Associações (2012); Centro de Memória do Forte de S. João de Deus (2013); Edifício sede da Câmara Municipal de Bragança (2013); Recinto de Valorização das Raças Autóctones (2013); entre outros. A valorização dos diversos espaços públicos, na cidade e nas aldeias do concelho, foi tida em conta, com a instalação de diferentes exemplares de arte em espaço público, de distintos artistas de renome. A cidade foi embelezada também, com parques desportivos radicais, infantis e manutenção (3.ª idade), bem como por ciclovias. Também as aldeias foram contempladas com a construção de pavilhões multiusos, entre elas, Rebordãos, Parada, Coelhoso, São Julião de Palácios, São Pedro de Serracenos; centros escolares, como o de Rebordãos e Quintanilha; centros de dia e sedes de Juntas de Freguesia. O espaço rural assistiu, ainda, à construção de parques desportivos, núcleos museológicos e a diferentes melhoramentos, nomeadamente a nível de saneamento, rede de águas, fontes de mergulho e acessibilidades. As preocupações sociais emergiram pela necessidade de dar resposta a diversos problemas locais. Assim, apostou-se na requalificação do bairro social da Mãe D’ Água e no apoio a diversas entidades que apoiam a comunidade local. A necessidade de potenciar a criação de emprego foi considerada através da requalificação da Zona Industrial das Cantarias, da construção da Zona Industrial de Mós/ Sortes, do incentivo à fixação da empresa FAURECIA, entre outras medidas. Com uma cidade em plena expansão, tornou-se necessário atualizar e criar novos planos urbanísticos. Neste contexto, foi aprovado, no ano de 2009, o 6 1.º Plano de Urbanização da Cidade de Bragança; em 2010, foi revisto o Plano Diretor Municipal, tendo em vista a correção de vários problemas e o potenciar dos ativos territoriais, e aprovado o Plano Estratégico da Eco-Cidade. A nível de infraestruturas e acessibilidades, a área urbana ganhou um novo rosto. Diversas ruas foram melhoradas, avenidas foram rasgadas e requalificadas, surgiu a Circular Interior de Bragança e a pista do aeródromo foi ampliada. A necessidade de requalificar o existente, levou à adesão ao PROCOM, com vista à melhoria e requalificação do Centro Histórico, e ao POLIS – Programa de Requalificação Urbana e Valorização Ambiental de Cidades. A cooperação transfronteiriça e transnacional continuou a afirmar-se, cada vez mais, na procura de ligações e relações com outros povos, identidades e conhecimentos. Bragança geminou-se com Bragança Paulista, Brasil (2004); com León, Espanha (2006); com S. Tomé e Príncipe (2008); Bragança do Pará, Brasil (2009). A 29 de setembro de 2013, decorreram as eleições autárquicas, tendo sido eleito Hernâni Dinis Venâncio Dias como Presidente da Câmara Municipal de Bragança. Portugal assistia a um aumento do fluxo turístico e Bragança não podia ficar indiferente à necessidade de captação desse público. A aposta em eventos criativos e agregadores de público tornou-se uma mais-valia.