Edição 5024 - 4 de Julho 2014 Suplemento de comércio emoda Este suplemento é parte integrante da edição nº 5024 da Gazeta das Caldas e não pode ser vendido separadamente Espelho meu, espelho meu, há alguém alguém há mais bela mais do que eu? II 4 | Julho | 2014 Elisa Lopes: “nos anos 60 de Lisboa e de Leiria com

Elisa Lopes foi proprietária de uma boutique que existiu na Rua das Montras nos anos 60. Chamava-se Pauísa e o seu espaço físico é o mesmo que hoje alberga a loja Quebra-Mar. Na época, a comerciante e a sua sócia Fernanda Fonseca iam a Lisboa assistir às passagens de modelos, levavam máquina fotográfica e depois mostravam as fotos e davam as dicas necessárias às costureiras que colaboravam com a loja para fazerem as roupas com as últimas tendências da moda. tinha fama de lojas de bom gosto e atraia gente de Leiria e de Lisboa. “Muitas das senhoras que vinham para o Hospital termal, faziam f Ao centro Elisa Lopes e Fernanda Fonseca, em convívio no compras nas Caldas”, disse Elisa Lopes. Gazeta das Caldas propõe então Casino, mais tarde Casa da Cultura uma viagem por outra época, guiada pela mão desta empresária, hoje O que tinham visto e regista- retrosaria) a chapelaria Silva, do era entregue às costureiras a Casa Netas, a Zinália, a Tália reformada, que quando abriu a sua boutique já tinha vivido em Toronto que colaboravam com a loja e ou as sapatarias Felix, Lisboa e trabalhado na área da moda. assim surgiam saias, vestidos e e a Gomes que se situavam casacos. “Só pedíamos dois todas na Rua da Montras. É natural dos Açores, mas Após ter tirado o curso co- perfumes, bijutaria e gravataria grande abertura, já co- ou três modelos de cada Segundo Elisa Lopes, prima- aos seis anos já morava nas mercial na Escola Comercial e de homem. “A Pauísa ainda nhecia os grandes centros peça”, contou a empresária. va-se na localidade por andar Caldas da Rainha. Elisa Maria Industrial (hoje Escola Secun- hoje mantém o mesmo de- comerciais”, recordou. “A maneira de estar den- e vestir bem. “Os cafés das Lopes é filha de um industrial dária Rafael Bordalo Pinheiro), sign dos anos 60”, disse Elisa A empresária aceita fazer so- tro de uma loja era total- Caldas estavam cheios de (o pai tinha uma fábrica de Elisa Maria casa com Figuei- Lopes, referindo-se às grandes ciedade com Fernanda Fonseca, mente diferente do que é senhoras e havia vários malas nos Arneiros) e de uma redo Lopes, cujo pai tinha, montras que dão para a Rua “uma amiga também bastante hoje”, disse Elisa Lopes, expli- eventos sociais e por isso comerciante. A sua mãe geria a meio da Rua das Montras, das Montras e para o Beco ligada à moda” e é com ela que cando que a Pauísa, além das era preciso mudar de roupa uma loja de malas de enxoval uma mercearia-charcutaria. O José Francisco de Sousa. vai a Lisboa ver passagens de sócias-gerentes, tinha duas para se estar bem nessas e de viagem na Praça do Peixe prédio pertence à família e é Quando abre a sua loja, modelos. “Levávamos máqui- funcionárias. Ao contrário iniciativas”, disse. Era nesta e “vendeu muito para os no rés-do chão que vai abrir a Elisa Maria já tinha vivido com nas fotográficas e trazíamos de hoje em que as pessoas época que se viviam os serões emigrantes dessa época”, boutique Pauísa, em 1963. o marido em Toronto (Cana- as últimas tendências para as são “largadas” na maioria das no Casino, onde ao convívio se disse Elisa Lopes, acrescen- A designação homenageia dá) e trabalhado em grandes Caldas e depois mandávamos lojas, “nós dirigíamo-nos juntava a animação musical de tando que também tinha tios as duas filhas da empresária: confecções de vestuário onde confeccionar o que víamos às às pessoas e dávamos a uma orquestra própria. Famosas que eram donos de pastelarias Paula e Elisa.O espaço vai ven- as lojas iam comprar pronto- costureiras e vendíamos na conhecer os novos produ- eram também as festas no na cidade. der vestuário feminino, malas, -a-vestir. “Venho com uma nossa loja”, conta. tos”. Na boutique chegou Lisbonense (hoje Hotel Sana), a existir uma camilha onde entre outras realizações sociais. “servíamos café às nossas Chegavam às Caldas ecos das amigas”, recordou a comer- últimas tendências da moda, ciante. Primava-se então que dos pretos e brancos, da Mary os clientes saíssem satisfeitos Quant, sem esquecer que é nos com as compras e “é isso que anos 60 que surgem os biqui- faz com que a pessoa fique nis, o que era um verdadeiro presa ao comércio”, afirmou. “escândalo” naquela época. A clientela da loja era sobre- “Era habitual alugar casa tudo da classe média-alta, mas para ir para a praia da Foz havia também clientes das do Arelho com a família”, re- aldeias da região e também cordou. Lembrou também como das zonas de Nazaré e de Pe- era habitual, aos domingos, as niche. “Algumas até vinham margens da Lagoa encherem- com os seus fatos tradicio- -se de gente “que vinha das nais, comprar fatos para os aldeias com os farnéis para casamentos pois queriam fazer piqueniques”. do bom e do melhor”, disse Elisa Lopes. “Não se devem fechar Nos anos 60, “havia gente ao trânsito as ruas de Leiria e de Lisboa que do comércio” vinham comprar às Caldas”, afirmou a empresária, acres- Na opinião de Elisa Lopes, as centando que também as se- ruas do centro das Caldas não nhoras que vinham a banhos devem ser fechadas ao trânsi- para o Hospital Termal “com- to, caso contrário teme que o pravam cá, porque nas Cal- comércio esmoreça. “Eu ainda das havia de tudo”. E recor- sou do tempo em que existia dou muitas casas comerciais circulação automóvel na que existiam naquela época Rua das Montras”, disse a como a loja do Monteiro (que f Elisa Maria Lopes (ao centro) com roupa conforme ditava a moda dos anos 60. A ex-comerciante, hoje junto a uma obra daquela ex-comerciante, que considera época, retratada por Ferreira da Silva se dedicava aos tecidos e à III 4 | Julho | 2014 Pub. vinha gente Promoções até 50% no Vivaci prar às Caldas” As promoções de Verão já inva- res filmes ou porque não marcar diram as lojas do centro comercial uma visita à Bertrand e escolher VIVACI Caldas da Rainha. os melhores livros. As lojas de moda e acessórios Ao nível da restauração a esco- apresentam por estes dias promo- lha é muito variada e poderá optar ções que podem chegar aos 50% pela Telepizza, o Gourmet Zone, o de desconto. Ali Baba, o Pateo, Queenmama’s estacionamento na praça “perdeu o comboio” e não se O VIVACI aposta nas grandes pizzas, pastas e saladas, o asiáti- do município, mas há muito comprara o número de pessoas marcas, como as 6 lojas do grupo co Kyodai, o World Sandwich, o que deveria ter sido cons- que hoje quer vir às compras (Pull & Bear, Stradivarius, Lef- Brasileirinho Grill, pelo Joshua’s truído um outro por baixo às Caldas pois há muita oferta ties, Zara Kids, Bershka e ), Shoarma, pastelaria Capricho da Praça da Fruta porque o a surgir nos suas localidades. a Springfield, Brinka, 4 House Doce, Quiosque Delta (junto à Ra- parque da Praça do Peixe é A loja Pauísa existiu até 1970, decoração, MultiOpticas, Sport dio Popular) ou pelo café D’sigual. muito apertado”, diz. altura em que a sócia Fernanda Zone, Lion of Porches, Calzedonia, Brevemente abrirão mais 2 Elisa Lopes acha que a cida- Fonseca se muda para Espanha Intimissimi, HTL Fashion Store, Un- conceitos na restauração do centro de continua a ter “belas” lojas e Elisa Maria, então mãe de três der Blue, Perfumes & Companhia, comercial VIVACI, alargando ainda e marcas, “mas se não arran- filhos, decide não continuar com Pluricosmética ou a Zippy. mais a oferta da restauração. jarem estacionamento, nada a boutique. A vida levou a sua Também muitas das lojas de Outras lojas esperam por si, feito”. E também teme que sem família a morar noutros desti- acessórios de moda apresentam como o Supermercado Pão de investimento na indústria, as nos, devido aos compromissos promoções regulares como a Açúcar, a Radio Popular, a Cabo- pessoas continuem sem poder profissionais do seu marido. Claire’s, Fancy ou a Eureka Shoes. visão, Ourivesaria / Relojoaria Anjo. económico, o que, na sua opi- Hoje está reformada, vive nas Ao nível da cultura e lazer, a Joalheiros, NOS, Vodafone, Meo, nião, “prejudica o comércio”. Caldas da Rainha mas depois de Hipopótamo (junto à Zippy) apre- People’s Phone, Espaço M, Look f Elisa Lopes e um grupo de amigas, muito elegantes, com a roupa Nos anos 60 as pessoas ter fechado a Pauísa, por causa senta uma variada gama de jogos, Hair, PC Teste, 5 à Sec, Erva Benta, e com os penteados da moda dos anos 60 vinham comprar às Caldas dos compromissos profissionais CD’s e DVD’s ideais para a época Reino dos Bichos, Wells, Smille. porque a terra tinha fama “de do marido, viveu noutros países de Verão. A Ale-Hop aposta numa up, Equivalenza, HM Gifts ou a que se começou nas Caldas ao para as lojas. “Acaba-se com ter gente com muito bom como o Brasil e Angola. gama muito diversificada de gifs, Jô Art Nails. contrário: primeiro tínhamos os centros das cidades e gosto, moda, boa qualidade jogos e outras curiosidades. Julho e Agosto são dois dos que arranjar parques de esta- onde é que se larga o car- e disponível para atender Natacha Narciso Para este período de férias po- meses mais animados do VIVACI cionamentos para as pessoas ro?”, questionou-se. “Agora as pessoas”. Hoje, as Caldas [email protected] derá ainda usufruir dos cinemas Caldas da Rainha, com muitas poderem deixar os carros e ir está a ser feito um parque VIVACINE, sempre com os melho- promoções e milhares de visitantes. Pub. IV 4 | Julho | 2014 Consultoria de imagem – Uma área em desenvolvimento

consultoria de ima- O processo de seleção de roupa contemplar uma limpeza e cliente. Mais do que um lado gem é uma área passa a ser feito de um modo organização do guarda-roupa, meramente consumista, estes Blossom Image Consulting sobre a qual se tem assertivo e funcional. que é realizada em casa do serviços procuram elevar o falado muito nos úl- A moda é uma das ferra- cliente. Este serviço além de auto-conhecimento e promover Gostaria de ser consultor de imagem timos tempos. Para mentas que serve de base à ajudar os clientes a organizar e o bem estar geral das pessoas. ou de submeter-se a esses serviços? Amuitas pessoas, o tema ainda consultoria, embora não seja a a selecionar as peças de roupa Considerar que o ato de vestir surge rodeado de mistério. Há única. O consultor trabalha com e acessórios que já têm, ajuda- é uma futilidade é uma ideia quem julgue que se trata de um as proporções da roupa, com as -os a coordenar melhor a roupa, descabida. A roupa é uma se- negócio elitista e de algo exclu- cores e os materiais, o que não o que facilita todo o processo gunda pele para todos e é uma sivamente relacionado com as passa exclusivamente por reco- de escolha para diversas situa- ferramenta de comunicação últimas tendências da moda. A mendar que se sigam as últimas ções. Os novos conjuntos são fortíssima. Controlar as mensa- verdade é que não se trata nem tendências. Para a maior parte fotografados e o cliente recebe gens que se pretendem passar de uma coisa nem de outra. das pessoas, seria impensável e, ainda uma lista de compras com e fazer com que estas joguem a O grande objetivo da con- uma imagem atualizada e bem exemplos de peças que poderá favor de cada cliente é a missão sultoria de imagem é alinhar a ajustada a cada um, não passa adquirir. O aconselhamento tem do consultor de imagem, cujo imagem de cada pessoa com por se ser escravo da moda. sempre em conta o orçamento papel tem vindo a assumir uma o seu estilo de vida, com a sua É por isso importante que os disponível e o gosto de cada importância crescente nos dias personalidade e com os objeti- consultores de imagem tenham pessoa. Já a consultoria de de hoje. vos que definir para si. O papel os conhecimentos técnicos imagem completa consiste num do consultor de imagem consiste necessários para desenvolver processo mais elaborado que Dora Dias na valorização da imagem de um trabalho sólido junto dos contempla um diagnóstico do Fundadora da Blossom cada cliente. O consultor é um seus clientes. estilo de vida e objetivos, visitas Image Consulting A escola de consultoria de de empreendedorismo “A mi- www.blossom.pt profissional que facilita a relação A oferta de serviços aos ní- a casa do cliente para realizar imagem Blossom Image Con- nha marca”, cuja formadora é que cada pessoa estabelece vel da consultoria de imagem a limpeza e organização do sulting foi fundada em Lisboa uma ex aluna da Blossom que com o ato de vestir e, conse- é variada e pode ser mais ou guarda-roupa e ainda inclui um há 5 anos. O seu principal construiu a sua própria marca quentemente, com o seu corpo. menos completa. Pode apenas acompanhamento às compras objetivo é o de formar con- e é uma consultora de imagem personalizado. A maquilhagem é sultores de imagem com os de sucesso. também um complemento para conhecimentos técnicos ne- Além da vertente de forma- o público feminino importante. cessários para desenvolver um ção, a Blossom trabalha junto Assim, a valorização da imagem trabalho sólido junto dos seus de empresas, desenvolvendo do cliente é feita de uma forma clientes. A Blossom propõe ações de formação personali- bastante assertiva e coerente, um curso de 90 horas onde zadas para os seus colabora- procurando simplificar o seu os alunos podem aprender dores. As empresas procuram dia a dia e a sua relação com a todas as técnicas necessárias alinhar a imagem das suas roupa e com o seu corpo. ao desenvolvimento da pro- equipas aos valores que que- Inevitavelmente, a consultoria fissão. O curso pode ser rea- rem transmitir. A formação é de imagem trabalha a auto- lizado em horário pós-laboral, uma das ferramentas chave -estima e o consultor potencia a partir de Setembro ou em para atingir bons resultados. atitudes positivas junto do seu formato intensivo, em datas Contempla os objetivos da personalizadas de acordo com empresa e faz a ponte entre Pub. a disponibilidade dos forman- o estilo de cada colaborador, dos. Esta estrutura permite que ajudando-o a corresponder cheguem até à escola alunos ao dress code esperado, sem vindos de Angola, do Brasil e grandes sacrifícios. de alguns pontos da Europa. A Os clientes particulares tam- vontade de mudar e de seguir bém podem escolher entre os uma profissão relacionada diferentes serviços propostos. com a moda, tem trazido al- O Closet Detox & Restyling é gumas pessoas para a área da um dos mais procurados pelo consultoria de imagem, permi- seu lado prático. A consultoria tindo-lhes a concretização de de imagem completa é outros um projeto de vida há muito dos serviços mais requisitados. adiado. Além do curso de A Blossom realiza ainda ac- consultoria de imagem pessoal ções pontuais de workshops e empresarial, a empresa dis- de maquilhagem para as suas ponibiliza ainda uma formação clientes. em Maquilhagem, um curso de Motivação Pessoal e o curso www.blossom.pt V 4 | Julho | 2014 “Sempre fui criativo, sempre quis ser artista” João Carlos é, aos 37 anos, um dos fotógrafos portugueses de maior expressão internacional no mundo da moda e da publicidade. Criativo e sonhador, continua sempre à procura da melhor fotografia e tem como objectivo ter uma na capa da Vogue ou da Harpers Bazar. Natural de Nova Iorque, mas filho de pais caldenses, diz que sente orgulho de representar Caldas da Rainha pelo mundo e até tem planos para uma obra de homenagem à Rainha D. Leonor.

GAZETA DAS CALDAS - Aos 5 JC - Só fui para Nova Iorque é aquela que ainda não fiz. partilhar este momento único trabalho em publicações de objectivos. Para já, viajar muito. anos de idade pediu a primeira mais tarde. Durante os estudos com a minha mãe e o meu so- prestígio. O menino de 5 anos E ainda falta muita publicação máquina fotográfica aos pais. trabalhei para a Tribuna do Oeste GC - O prémio Hasselblad brinho. Espero poder, talvez um podia imaginar isso? E o que é que gostaria de ter capa, como Isso significa que a fotografia como fotojornalista e fiz pequenos Master é um grande feito. Como dia, fazer alguns projectos com que ainda pode, ou gostaria, a Vogue ou Harpers Bazar. Falta- o fascina desde muito jovem? trabalhos de fotografia. Depois fui foi recebê-lo? a cidade em mente. Por acaso fazer? -me ainda fazer uma exposição JOÃO CARLOS - Sempre fui a uma entrevista para trabalhar JC - Fui muito bom ter recebido tenho uma ideia muito boa, JC - Tenho ainda muito por da minha obra dos últimos 17 criativo, sempre quis ser artista. A como assistente de um fotógrafo um dos maiores prémios internacio- que vai dar algum trabalho, mas fazer, ver e fotografar. O menino anos. Já fiz muitas exposições, minha mãe contou-me que com de publicidade em Lisboa, estive lá nais da minha indústria, é sempre acima de tudo alguns recursos de 5 anos tinha muitos sonhos. mas falta-me aquela exposição. três, quatro anos usava as paredes quase quatro anos, o que me deu bom sermos reconhecidos pelo financeiros. Talvez com os apoios Hoje o homem de 37 continua a de casa para as pinturas, os meus alguma experiência. Passei a tra- nosso trabalho e dedicação. certos consiga deixar uma obra sonhar, mas acima de tudo tenho Joel Ribeiro pais apagavam os desenhos e eu balhar como assistente freelancer minha para a cidade. Pub. fazia outros. A minha avó andava para vários fotógrafos de renome GC - Esse prémio ajudou a GC - E pode adiantar-nos sempre com uma câmara Polaroid internacional. Ainda antes dos impulsionar a carreira do João um pouco do que seria esse e pelos vistos pedi uma câma- meus 24 anos abri o meu primeiro Carlos? projecto? ra à minha mãe pelo Natal. Ela estúdio em Lisboa, a Milkman, com JC - É bom ter título de JC - Um dos projectos que ofereceu-me uma compacta, que outro caldense, o Pedro Davim. Só Mestre, mas na verdade não tenho em mente é fazer uma não tinha flash, e pelo que a minha segui para Nova Iorque aos 30 existem lanternas mágicas. Eu espécie de homenagem à vida da mãe diz eu agradeci e pedi lhe uma anos, já tinha uma carreira com tenho outros prémios ganhos Rainha D. Leonor. Com 10 a 15 câmara a sério. clientes nacionais e internacionais. internacionalmente e contínuo imagens de grande tamanho que a trabalhar todos dias. Nada reflictam a obra que ela deixou, GC - E acabou por receber a GC - Presumo que este seja mudou ao receber nenhum de- tanto o Hospital Termal, como o máquina? um meio no qual não é fácil les, talvez só as minhas próprias que fez pelos mais desfavore- JC - Não me recordo, mas penso entrar. Como foram os primei- exigências e as exigências dos cidos. Seriam imagens com um que a recebi depois, no aniversário ros tempos? meus clientes. look e um feeling dos quadros seguinte. JC - Esta vida é feita de altos e GC - Este ano recebeu tam- do Século XV. baixos. Nunca foi fácil, continua bém a medalha de mérito cul- GC - Estudou no Centro de a não ser, mas adoro o que faço. tural das Caldas da Rainha, GC - Esta profissão permite- Arte e Comunicação Visual de GC - Que tipo de trabalho lhe cidade dos seus pais, onde -lhe viajar bastante. É uma Lisboa. Já tinha definido que dá mais gosto de fazer? cresceu e tem certamente ami- vantagem da profissão, dá para essa era a sua área profissional, JC - O meu trabalho é bastante gos. Como foi também receber aproveitar as viagens? tendo em conta que na fotogra- variado e gosto de tudo o que faço. essa homenagem? JC - Estou a responder a esta fia se pode trabalhar em várias Fotografo moda para revistas e mar- JC - Este prémio, de facto, entrevista da Malásia, onde áreas distintas? cas de roupa e de maquilhagem. foi muito especial. É com muito fui convidado pela Associação JC - Eu estudei no liceu das Para publicidades de todo o tipo de orgulho que represento as Cal- Nacional de Fotografia para dar Caldas em Artes. Depois tirei marcas. Também sou retratista para das pelo mundo. Gostei muito uma série de palestras. Adoro um curso de Pintura no ARCO, revistas e artistas. E ainda tenho os da cerimónia e foi bom poder viajar e, claro, consigo desfrutar em Lisboa, e optei por mudar meus projectos pessoais como “I sempre. Este ano já andei 30 de curso para fotografia. Mudei am Bunny”, “American Circus in vezes de avião e já visitei acima porque estava a experimentar Britain”, ou um filme documental de 50 países na minha vida. técnicas diferentes. Na altura a que estou a produzir há dois anos Viajar é viver. fotografia era simplesmente uma com o Pedro Davim sobre desporto técnica alternativa de expressão. adaptado, chamado “Alive, Indivi- GC - Nos tempos livres, o que dual Able”. gosta de fazer? GC - Depois dos estudos GC - Tem algum trabalho, ou JC - Tempos livres? O que é seguiu para Nova Iorque. Foi uma fotografia em particular, isso? um passo importante para a que o tenha marcado mais? GC - Hoje fotografa para sua carreira? JC - A minha fotografia preferida as marcas de topo, tem o seu VI 4 | Julho | 2014 Designer de moda Blogues de caldense quer prosseguir moda nacionais também ditam estudos em Londres tendências Chama-se André Nobre e está a finalizar o curso de Design de Moda. O caldense esteve na sua terra natal e surpreendeu com a realização de um desfile de moda nocturno, integrado no Caldas Late Night. O autor tem 22 anos, está a terminar a licenciatura e quer prosseguir estudos de moda em Londres. Mesmo que não consiga por agora prosseguir estudos, quer viajar até à capital inglesa a fim de poder ter uma oportunidade no mundo da moda.

parte da moda”, disse o de- inspirou-se nas “senhoras que signer André Nobre à Gazeta perderam os maridos na das Caldas, após a realização guerra” e por isso apresentava Há alguns anos que o sector da meio caminho andado para do desfile. Gente de todas as peças mais clássicas. Na última moda é dos que mais se impõe gastos desnecessários e más idades parou de procurar as colecção, o designer de moda na blogosfera nacional. Há vários compras”, sugere. intervenções artísticas do CLN deu a conhecer 10 coordena- casos de profissionais que se de- Criado mais recentemente, em para assistir ao desfile e mui- dos, mais conceptuais, com dicam em exclusivo aos seus blo- 2009, o Alfaiate Lisboeta (oal- tos acabaram por formar uma roupas inspiradas no movimento gues e ditam algumas tendências. faiatelisboeta.blogspot.pt) tem a “moldura humana” em volta dos hamsters que giram sem As marcas e lojas descobriram o particularidade de ser mantido por desta passarelle urbana para parar nas rodas, mas afinal peso que estes blogues têm sobre um homem. José Cabral apresen- não perder pitada do que criam estes encontram-se fechados os seus clientes e passaram a in- ta no seu blog fotografias que vai os novos designers do curso da nas suas gaiolas. “Com estas vestir financeiramente nesta área. tirando nas ruas de Lisboa, através Covilhã. criações abordo o conceito Em 2013, o Expresso noticiava que do qual apresenta as tendências Viúvas de guerra inspiram de liberdade condicionada e havia blogues de moda que chega- mais modernas. O Alfaiate Lisboe- vam a render 2500 por mês. ta chegou ao formato de livro, em f colecções faço em simultâneo uma criti- André Nobre depois do desfile conta que é no Reino Unido que É que, para além da publicidade 2012, com uma compilação das quer complementar a sua formação “Perguntaram-me várias ca à sociedade actual”, disse o vezes de que lojas seria o jovem criador. O designer ficou directa, muitos posts (os textos melhores imagens. desfile? Tive que reforçar que muito satisfeito com a realização que se colocam num blogue) são Aquele que chegou a ser éramos jovens designers, que do desfile nas Caldas, sobretudo patrocinados e podem chegar a recentemente o blogue nacional as peças eram nossas e que com a larga adesão do público. custar 500 euros. Às mãos destes mais visto - “A Pipoca Mais Doce” queríamos dar a conhecer o “Havia tanta gente interessa- bloguers profissionais, na sua (apipocamaisdoce.sapo.pt) -, tem que estávamos a aprender”, da em ver o desfile que a pas- grande maioria mulheres, chegam vindo a perder audiência, princi- disse André Nobre à Gazeta sarelle até ficou mais curta!”, muitos produtos dos quais podem palmente por causa de algumas das Caldas, acrescentando disse o criador de moda local. usufruir gratuitamente para depois opiniões muito contestadas por que sempre que é possível André Lopes tem como próximo escreverem sobre eles. parte da sua autora, Ana Garcia “tentamos dar a conhecer o objectivo ir para Inglaterra a O Mini-Saia (mini-saia.blogs. Martins é, mas ainda é incontor- nosso trabalho”. O jovem deu fim de tirar o mestrado. Se não sapo.pt) foi criado por Mónica nável no panorama das publica- a conhecer três colecções suas for aceite “vou para Londres Lice, consultora de imagem e ago- ções relacionadas com moda. e duas das suas colegas que ele de qualquer maneira”, diz, ra blogger profissional, em 2006. Este blogue foi criado em convidou para vir até às Caldas. até porque pretende conseguir Este blogue dá destaque às prin- 2004 e o seu sucesso levou a Com o caldense estiveram Ca- emprego na área da moda. cipais tendências, mas também que autora, que era jornalista, promove dicas de beleza. abandonasse a sua profissão f Preparando as modelos para a passarelle urbana tarina Lopes (da Nazaré) e Rita “Quero ir para um sítio onde Enes (dos Açores). haja oportunidades e me Num dos posts mais recentes, e se dedicasse a 100% a este Tem 22 anos e estuda Design desfile de moda que teve lugar, A primeira colecção de André seja possível ser conhecido e Mónica Lice dá alguns conselhos projecto. “A Pipoca Mais Doce” já de Moda na Covilhã, na Uni- à noite, na Rua das Montras. Nobre designava-se Black Neon reconhecido por meio mundo a quem vai fazer compras na é uma marca registada e há um versidade da Beira Interior. O O evento fez parte do Caldas e revelou “as minhas primeiras e o outro”, rematou. época de saldos. “Convém per- conjunto de produtos que foram caldense André Nobre esteve Late Night, iniciativa da escola criações enquanto designer”, ceber bem o que se pretende sendo lançados com este nome. recentemente na sua terra na- de artes caldense “que revela comprar, antes de ‘partir ao contou o autor. A segunda, inti- Natacha Narciso Pedro Antunes tal, com mais duas colegas do tudo o que a ESAD tem para tulada “War Widows Colections”, [email protected] ataque’. Ir para as lojas sem seu curso, para apresentar um mostrar mas de facto falta a uma lista de compras pode ser [email protected]

Pub. VII 4 | Julho | 2014 Em Óbidos nascem sapatos ecológicos Tecidos, pneus de bicicleta reutilizados e cortiça estão na de estrangeiros, que visitam a vila e ficam encantados com base dos sapatos Foot Zero, uma marca que nasceu há estas peças ecológicas. Desde o corte do tecido até os cerca de dois meses em Óbidos e que já não tem mãos a sapatos estarem prontos a calçar, são precisas cerca de medir para as encomendas, tanto de portugueses como 24 horas de trabalho.

f As botas, feitas em tecido reciclado, com cortiça e restos de pneu de bicicleta para fazer o rasto. As de Inverno são f O casal marco Machado e Lídia Vicente com as sabrinas Foot Zero impermeabilizadas Peças únicas em forma de ecológico do que o algodão Nos últimos tempos a aposta ca o artesão, acrescentando Machado, destacando que se Foot Zero poderá procurar na calçado, mas que também são e também antibacteriológico tem incidido na utilização de que estes modelos simbolizam trata de uma forma diferente de loja do Colab, à entrada da vila obras de arte. por vida”, especifica o artesão, tecidos africanos na confecção também o conceito de intercul- trabalhar, inovadora e que difere de Óbidos, mas quem desejar Quem olha para o par de destacando que este tecido das sabrinas e a aceitação tem turalidade que quer imprimir no de tudo o que é feito nesta área. ver o processo de fabrico poderá botas que está em exposição devia ser melhor aproveitado na sido bastante boa. “Actualmen- seu calçado. Os valores oscilam entre os encontrar o casal a trabalhar na em cima da mesa de trabalho confecção de artigos. te não tenho par nenhum Outra das características 40 e os 100 euros. As sabrinas oficina, no andar de baixo. não imagina que elas são com- Depois de adquirido em cru, em exposição pois é feito deste projecto é manter o seu custam 30 euros porque mar- postas por tecido proveniente o linho é tingido com pigmen- por encomenda e vai logo carácter artesanal. “É o sapato cam o arranque da marca. Fátima Ferreira de 25 peças de vestuário, por tação natural, para dar cor ao desaparecendo”, expli- do contra”, como diz Marco Quem quiser ver os produtos [email protected] cortiça e parte de um pneu de tecido. No início usavam o caril Pub. bicicleta. “Esta peça é resulta- ou as amoras silvestres para dar do de uma reutilização total”, as tonalidades pretendidas aos explica Marco Machado que, panos a utilizar no calçado, mas desde que ficou desempregado, deixaram de o fazer pois, com a trabalha no projecto Foot Zero, exposição ao sol, a coloração ia dinamizado pela esposa, Lídia desaparecendo. Vicente. Estes modelos têm também Calçado que é a particularidade de poderem obra de arte ser feitos à mão na sua totali- dade, não despendendo assim O gosto pelo ciclismo e o de energia eléctrica na sua contacto com a natureza levou confecção. o mentor do projecto a apostar Filho e neto de sapateiros, em peças ecológicas que de- Marco Machado aposta na moram, no mínimo, cerca de 24 reutilização de materiais e em horas de trabalho a ser criadas. produtos ecológicos, garantindo “Todas as peças são únicas. assim a originalidade das suas Vendo-as como calçado, mas criações. Na oficina do Colab, para mim são obras de arte”, onde trabalham, nascem agora resume Marco Machado. sobretudo sabrinas, sandálias Os seus primeiros clientes e chinelos porque estamos no foram estrangeiros que, ao visi- Verão. No entanto, também tar Óbidos e ao tomar contacto continuam a fazer botas porque, com a loja, interessaram-se por como são feitas em tecido, são este tipo original de trabalho. O frescas e confortáveis nesta artesão recorda que os primeiros altura do ano. sapatos de pano que vendeu As de Inverno são imper- foram a uma senhora inglesa meabilizadas com um produto e tratava-se de um número feito à base de gordura vegetal, bastante maior que o seu pé. também criado pelo casal. É que a mulher levou-os para Para as suas criações, Marco decoração da sua casa, pois Machado gosta de utilizar o li- faziam lembrar-lhe uns que a nho, por ser um tecido resistente mãe lhe tinha feito, pouco antes e ecológico. “É sete vezes mais de se dar a II Guerra Mundial. VIII 4 | Julho | 2014 1. Costuma ter em conta a no seu vestuário? 2. Andar na moda sai mui 3. Onde costuma comprar

de vestir o que me fica bem, das à minha idade (24 anos) e Sim, gosto de estar na saber conjugar peças e procurar aquilo com que gosto de me também à minha carteira. Uso 1.moda. Aprecio os novos equivalências de preços. Se o ver… Há certas tendências que bastante o preto como cor base cortes e as cores mais em voga mercado apresenta uma oferta acho que não se adaptam… Nem e conjugo com tons alegres que em cada estação. Também vasta e sempre dentro dos mes- à minha bolsa, por exemplo, a moda dita. há sempre novos tons de ma- mos padrões, é uma questão de nem aos meus gostos. Não sou A moda também se reflecte quilhagem e cortes de cabelo procurar a melhor qualidade/ escrava das tendências, até por- na maquilhagem e nos cabelos cada vez que muda a estação preço. Mas volto a repetir, o se- que acho que quem o é acaba e devemos ter tudo em conta do ano e por isso devemos estar gredo está na mistura de peças. por perder a sua originalidade”. de modo a estarmos bem e atentas às novas tendências. As Não tenho lojas fixas, Andar na moda sai muito apresentáveis. raparigas são mais vaidosas e 3.mas variam entre as lo- Carolina Crespo 2.caro? Quando vou sair não dispen- eu já desde pequena que gosto jas normais de centro comercial Manuela Silva Caldas da Rainha Não, não sai muito caro. Mas so um vestido, uma calça justa e de conjugar cores e peças de até a lojas de roupa vintage. Caldas da Rainha muitas vezes aquilo que se com- um sapato alto, um bom decote, roupa. Mais que a loja/marca em si, Sim, costumo. Vejo nas Mais ou menos. Primeiro pra, apesar de estar na moda o cabelo bem arranjado e uma Eu acho que se formos interessa-me o design e a origi- revistas, no instagram e tenho em atenção o meu 1. não tem qualidade. Normalmen- maquilhagem suave. criativos não sai muito nalidade da peça, e se ela tem 1. também no facebook. Tenho 2. gosto e se for de encontro à te aquilo que tem qualidade é Devemos andar e gostar da caro. Quem não tem criativida- um preço acessível e justo. essa atenção porque gosto de moda, óptimo. Posso conjugar. mais caro, embora obviamente moda e é importante saber de, tem que gastar um pouco sentir que a minha roupa é Vou vendo nas revistas, o que isto não seja completamente usá-la para nos sentirmos con- mais para andar bem. Mesmo atual. Mas há roupas que reparo está nas lojas e nos desfiles linear. Muitas vezes paga-se a fortáveis. que a qualidade não seja muita que muitas pessoas usam, mas de moda. marca, e nisso sou 100% con- Pode sair um pouco boa, se me ficar bem, eu acabo que eu não gosto e se assim for, Não, depende do gos- tra… Não compro uma peça por caro, mas se formos por comprar e depois personali- não uso. Já me aconteceu gos- 2. to. Podemos andar na ser da marca X ou Y. Compro criativos conseguimos comprar zo as peças de roupa. Acontece- 2. tar muito de uma tendência, só moda e encontrar coisas em aquilo que me fica bem e que algumas peças mais baratas -me “apaixonar-me” por algumas que depois farto-me porque to- conta. Eu tanto entro numa loja acho que é melhor na relação e ainda assim estar na moda. peças de roupa, sim. das as pessoas parecem iguais”. cara como numa loja barata, qualidade-preço”. Temos que ter em atenção Não tenho sítios espe- Não acho que saia caro, depende do que gosto. Onde costuma comprar pois como há muita guerra de cíficos. Onde gosto das mas também não é as- 3. Aqui nas Caldas prefiro 2. a sua roupa? preços, por vezes, desce a qua- roupa, entro experimento e se sim muito barato. Há quem ande 3. o comércio tradicional Ultimamente não compro… lidade dos materiais. me ficar bem, compro. Tento 3. na moda com 500 euros e Fátima Nunes para comprar roupa. Mas quando compro é sempre Dou muita importância à qua- sobretudo ir às lojas do comér- Chão-da-Parada outras com 100. Depende do nos saldos e um bocado por im- lidade dos tecidos. Uso algodão cio tradicional pois a qualidade que cada pessoa estiver dis- Sim costumo ver o que pulso, quando vejo que a coisa da cabeça aos pés. Tenho ainda é melhor. posta a investir. Mas como as está a ser usado, e tento vale a pena. Mas ultimamente muita atenção ao calçado – 1. modas voltam sempre, se se for adaptar o guarda roupa, mas talvez opte mais pelos centros sempre de marca - pois afinal reciclando peças, como cortar mais importante é vestir roupa comerciais outlet, quando tenho são os nossos pés que suportam tops, cortar calças para fazer prática e confortável, roupa com mesmo que comprar alguma o peso do corpo. calções ou mesmo reutilizarmos a qual me sinto bem. coisa, porque consigo comprar Compro nas lojas do peças antigas dos nossos pais No meu caso sim, por- melhor mais barato”. centro comercial Vivaci conseguimos arranjar coisas 3. que a maior parte das - na Bershka e Stradivarius - pois 2. em conta”. lojas em Caldas não têm o encontro a roupa adequada Gosto sempre mais de número que visto. As que têm para o meu corpo. São as peças comprar nas lojas da os meus números e com artigos Marina Mendes 3. que eu mais gosto, referentes à cidade do que em shoppings”. que gosto são caras. Caldas da Rainha moda juvenil e o preço é tam- Normalmente fora de Tenho em conta que bém acessível. João Rocha Caldas. Aproveito sem- 3. trabalho numa loja nessa Lisboa pre que vou a Lisboa, pois aí 1. área, é importante saber quais Tenho noção das ten- consigo encontrar mais varie- são as tendências das estações. dências de cada estação, dade e dentro dos meus gostos 1. As cores, os materiais, etc. A mas acabo por filtrar muito e com preços que acho serem moda faz parte da minha vida. dessa informação. Acima de mais justos. Há sempre a tendência de Tânia Pina tudo, há que saber adaptar o comprar algo que esteja na Caldas da Rainha que se veste à personalidade moda e que se use durante Sim, tenho em conta a e à estrutura do próprio corpo, aquela estação. moda nas coisas de que e não viver imposto pelas ditas 1. Depende, se formos às eu gosto, que ache interessan- “regras” da moda. Ana Blazquez Pereira marcas sai mais caro. tes como as novas cores e os Para mim essa teoria 2. Caldas da Rainha Mas hoje em dia há várias lojas novos cortes. Tenho sempre em Ana Montês não faz sentido. Mais Sim, mas não excessiva- 2. que vendem artigos com uma atenção as peças mais adequa- Benedita que a criatividade é essencial 1.mente. Gosto, sobretudo, relação qualidade/preço muito IX 4 | Julho | 2014 as tendências da moda ito caro? r a sua roupa?

boa e que estão na moda. modista faleceu, não sigo tanto. te compra num pronto a vestir. mo-nos bem connosco mesmos, soal. O vestuário é uma forma Costumo ir à Mango ou Era uma modista como havia Tenho fatos com dez anos que é andar dentro de um padrão de de nos apresentarmos e expres- 3.Stradivarius. Como não poucos e que hoje, duvido que estão novos e isso perdeu-se. beleza feminina. sarmos, ressaltando a nossa tenho crianças, nem marido, exista. Existem algumas na cida- Ainda tenho uma blusa que Não gosto de vestir uma cor personalidade, que é única. vou só às lojas de roupa de de mas hoje sai muito mais caro. dona Vitória me fez, igual a uma que este ano não se vê, por Sim, contudo o segredo senhora. E compro os acessórios Hoje em dia já há várias pessoas outra que tinha comprado num exemplo. Dentro do meu vestuá- 2.é saber organizar o rou- na Parfois, onde trabalho, clarto. com um curso só relacionado pronto a vestir, já não sei quanto rio e das minhas possibilidades, peiro, criando um guarda roupa com moda, torna-se mais difícil custou mas, mais ou menos, tento estar na moda. inteligente, que inclua sempre definir o conceito, nem me sinto saiu-me por uma terça parte da Uma roupa que eu tenha no peças básicas, clássicas e aces- habilitada para tal. Mas, para que comprei na loja, e essa já guarda-roupa que este ano não sórios. Dispensar o vestuário mim, moda era o gosto de andar foi para o lixo. se use muito, é claro que não que já não serve, substituindo Mariana Borges bem vestida, sem gastar muito. Eu dizia muita vez: com o vou usar. Por exemplo o roxo. o necessário. São Martinho do Porto Encontrei uma boa modista dinheiro de um fato eu visto-me Ou as calças às riscas, tenho Compro o meu vestuário Sim, costumo acompanhar que ia de encontro àquilo que o ano inteiro. umas. Este ano já não se usa no comércio tradicional 3. as tendências nas revistas eu queria. Pode-se andar na moda sem às riscas, pronto, uma pessoa e nas grandes superfícies. Tento 1. de moda e mesmo nas lojas, por- Mas cada pessoa tem a sua gastar muito, sem qualquer tipo arruma. ir ao encontro dos meus gostos que tenho o hábito de ir espreitar técnica, o seu estilo. A título de de sacrifícios. Tenho roupa que passa um pessoais e das minhas possibi- as coleções mesmo que não vá exemplo, eu hoje já não uso A minha modista era ano ou dois que eu não uso. Por lidades financeiras. comprar algo. Mas não sou uma sapatos de salto alto, já não muito boa, de qualquer exemplo, este ano está a ver-se Luísa Pereira 3. pessoa que siga uma tendência Caldas da Rainha gosto de vestidos como gostava, trapinho fazia o que eu lhe outra vez o verde água... Pronto, se não me identificar com o estilo. justamente porque gostava de pedia. Eu via modelos, fazia um uma pessoa veste-se consoante Sim, mas coloco sempre Não acho que saia mui- harmonia com o que calçava. rascunho, mostrava-lhe e depois as tendências.” um cunho pessoal. Nor- to caro. Pelo menos no 1. De vestido, gosto de um sapato entre as duas a gente fazia Sim, hoje em dia sai um 2. malmente vejo as tendências vestuário feminino consegue-se alto, de uma boa mala. coincidir uma coisa com a outra. bocadinho caro, acho da moda, nas lojas físicas e 2. comprar a preços acessíveis, na- A harmonia entre o que ves- Ali onde agora é a EDP havia eu. Antigamente também saía também vejo muito nas lojas quelas lojas que todas as mulhe- timos e os acessórios (colares, ali uma casa de tecidos, que mas hoje sai mais. virtuais, através da Internet. res gostam, como a Zara, Bershka, brincos, sapatos, mala) fazem era o Monteiro, que era uma Acho que a moda virou um Também acompanho pelas Stradivarius, Pull and Bear... parte da moda Uma coisa pede excepção bocadinho um luxo, principal- revistas e em desfiles de moda. Eu prefiro comprar nas outra, roupa pede acessórios. A Goya tinha coisas fan- mente por causa das marcas. Acho que hoje em dia lojas mais pequenas e Mas também existe muita tásticas, lindas lindas lindas. Creio que exageram nos preços 3. nem por isso. Aprovei- Pedro Santos menos conhecidas, aquelas 2. gente hoje que julga que anda Comprei algumas coisas lá, pelo nome que têm e muitas Caldas da Rainha tam-se os saldos e como há que, apesar de venderem mais na moda mas andam-se a pa- como blusas de cerimónias, vezes não se preocupam com muito a tendência dos básicos (t- Nem por isso. Não ligo caro, conseguem ter peças mais vonear, não é moda nenhuma, entre outras coisas. Tenho ideia a qualidade do produto que -shirts ou tops de cores variadas) muito às tendências, originais, que não encontramos acho que nem é nada. de que seria o número um da oferecem.” 1. acaba-se por conseguir comprar simplesmente visto aquilo que em todo o lado. Sim, porque o É capaz de agora sair cidade durante muito tempo. Costumo ir ao comércio em lojas mais baratas, mas que gosto. Cada pessoa tem o seu problema das grandes superfícies muito mais caro, porque Hoje em dia, a Invest, a Ana tradicional mas desde tenham qualidade. 2. 3. estilo e não é uma tendência comerciais é que depois todas não tenho modista que me con- Sousa, são boas marcas. que existe o Vivaci, gosto muito Nas Caldas costumo que a mim me faz escolher o as pessoas vão às mesmas lojas feccione os tecidos. de lá ir e também vou lá com ir à Mango, Lanidor e que vou vestir num certo ano. e vestem-se de forma muito 3. Por exemplo, comprei alguns frequência comprar roupas, é Pull Bear, entre outras. Fora das 2. Sim, sai. Principalmente parecida. Caldas gosto muito de comprar fatos da Ana Sousa, mas saíram prático.” porque as principais marcas que roupa na Zara. muito mais caros. Eu não podia eu gosto, como Lion of Porches Testemunhos recolhidos por: ir a uma loja e comprar todos ou Gant são bastante caras Beatriz Raposo os meses um fato. Mas podia, para conseguir estar sempre a [email protected] todos os meses, comprar um renovar o guarda-roupa. Depois tecido, que nem eram muito as marcas mais baratas não têm Carlos Cipriano [email protected] caros e mandava confeccionar. tanta qualidade. Por isso é que Para já, nem havia outros iguais, prefiro comprar menos, mas ter a Fátima Ferreira é a primeira. Por exemplo, ainda certeza que as roupas me duram [email protected] há dias no almoço dos séniores Ana Ribeiro bastante tempo. uma colega contou-me que es- Caldas da Rainha Prefiro comprar em cen- Isaque Vicente tavam lá dois vestidos iguais ao Sim, costumo porque 3.tros comerciais porque [email protected] dela. Ela teve bom gosto, mas as gosto de andar bem ves- Luísa Santos tenho logo uma grande varie- outras duas também. Aquilo não 1. Tornada Natacha Narciso Deolinda Alves tida, dentro das cores. Gosto dade de escolha dentro de um [email protected] Caldas da Rainha aparecia outros iguais. de conjugar a roupa. Acho que Sim. Tento conciliar as curto espaço. Se puder ir a um Antigamente costumava, E segundo, os tecidos eram seguir a moda é isso mesmo, é 1.tendências actuais pro- shopping outlet, ainda melhor. Pedro Antunes 1.mas desde que a minha muito melhores que hoje a gen- seguirmos os padrões e sentir- postas com o meu gosto pes- [email protected] X 4 | Julho | 2014 Casimiro Silva – um cabeleireiro caldense que venceu no mundo Recordo nos meus anos de criança e jovem de ouvir falar repetidas vezes do Sr. Casimiro Campos Silva, que apesar de ter um salão de cabeleireiro vizinho (na Praça da República), era um distinto cabeleireiro na capital. f Casimiro Campos Silva com a sua mulher Maria Adelaide

Depois era frequente nos pro- A capital francesa era nessa des femininas que visitavam gramas da televisão, ainda a dar os época a Meca da arte dos ca- oficialmente o nossos país”. primeiros passos, mas pelo menos beleireiros, tendo ele aprendido Casimiro Silva tinha também durante uma década da vida da e introduzido em novas dotes para a pintura e desenho, RTP, ser ele o cabeleireiro que técnicas e acompanhando a moda razão pela qual foi autor de várias preparava as cabeças femininas de internacional. obras, que chegou a expor nas muitas das pessoas, especialmente Mário Soares diz que Casimiro Caldas da Rainha num certame artistas, que chegavam aos écrans. Silva em certo momento “num em que ombreou com Leonel Também recordo que, por ve- grande certame de penteado in- Cardoso pai e filho, bem como zes, se falava que também era ternacional arrebata o lugar de com o pintor Carlos Neves. ele o cabeleireiro dos artistas de grande cabeleireiro ao francês No site da Câmara de Lisboa certas filmes portugueses, como da época Alexander, obtendo pode ler-se ainda hoje que Casi- aconteceu em “Os Verdes Anos”, o primeiro prémio, penteando miro Silva é “um dos cabeleirei- filme de Paulo Rocha do início dos uma cabeça feminina ao som ros mais antigos e clássicos do anos 60. Este filme foi marcante de um fado, galardão esse que Chiado, tendo servido as eli- daquela época da cinematografia obviamente honrou o seu país tes de meados do séc. XX, com portuguesa, considerado um dos e as Caldas da Rainha”. salão fundado em 1955, tendo dois filmes que inaugura o período Mais à frente, Mário Soares, de- sido membro da Associação do novo cinema. pois de referir que durante alguns Professional InterCoiffure, Conheci pela mão de Eduardo anos Casimiro Silva chegou a ter sendo um artista que estudou Antão, muito anos mais tarde, na salão em Paris, conta que este foi artes na Escola Rafael Bordalo década de 80, Casimiro Silva, convidado para pentear a princesa Pinheiro nas Caldas. Um au- pessoa de grande elegância e Margarida (irmã da Rainha Isabel) têntico escultor que transpôs simpatia, com quem por várias “aumentando a sua fama e para a arte de cabeleireiro o vezes falei sobre as Caldas e as popularidade”. “esculpir de cabelos”. suas tentativas para criar e animar À sua mão também não esca- Para os caldenses mais jovens uma tertúlia caldense na capital. param a “célebre diva Maria deve parecer estranha esta história Um seu biógrafo local – o cal- Callas”, quando veio uma vez de um caldense que se consegue dense Mário Soares, que publicou cantar a Portugal, bem como guindar a uma posição cimeira Caldas da Rainha vista em cem Amália Rodrigues. Segundo este numa profissão tão especial e que biografias – recorda que Casimiro biógrafo, “nesta sequência de manteve, simultaneamente, nas Silva nasceu nas Caldas da Rainha celebridades, veio a contrair Caldas da Rainha através da sua no seio de uma família local em que uma grande amizade” com prima Estrela, um estabelecimento o pai, João Bento da Silva, já tinha f Casimiro Silva Catherine Deneuve, uma das mais com o mesmo nome e onde as uma barbearia cabeleireiro. Ele fez a importantes actrizes do cinema técnicas ensaiadas e desenvolvi- escola primária superior, um género família Saguer (frequentadores sector tão específico. francês ainda viva. das na capital e mesmo em Paris, de curso que complementava o dos verões caldenses e ligados ao Mas foi o que aconteceu. E da- Um outro acontecimento mun- podiam ser experimentadas. ensino industrial e comercial e que meio artístico e intelectual lisboeta), das as suas capacidades e a forma dano em Portugal traz Casimiro Actualmente este salão ainda o Estado Novo viria a suprimir. facilmente chegou à capital, onde como conquistou uma clientela Silva para estes círculos muito res- existe nas Caldas da Rainha, Dadas as suas faculdades pes- começou a desenvolver a sua distinta e mundana, também lhe tritos, como a tomada de posse do conduzido por colaboradoras que soais e os dotes na área artística actividade profissional. deu a possibilidade de viajar com Presidente da República, Craveiro ficaram dos tempos da prima de e dos penteados femininos, bem Recordemos que se estava nos frequência por toda a Europa, Lopes, em 1951, em que foi “Casi- Casimiro Silva. como da ligação familiar por anos 30 e não era fácil um jovem conhecendo com particular agrado miro Silva o cabeleireiro oficial f Caricatura publicada na Ga- casamento que obteve com a da província impor-se na capital em a moda parisiense. para pentear as individualida- JLAS zeta das Caldas em 12/10/1963

Pub. XI 4 | Julho | 2014 Comércio urbano Caldas da Rainha é uma cidade licenciamento de grandes áreas nização das atividades existentes, primordial investir numa gestão estratégias conjuntas entre as áreas, que ao longo dos tempos termal! A cidade nasceu, cresceu de consumo, as novas formas mas também de forma que surjam profissional da animação, para autarquias das Caldas da Rainha promoveram Caldas da Rainha e desenvolveu-se à volta das suas de consumo ao alcance de um novas empresas, novos negócios, que se produzam 2 ou 3 grandes e de Óbidos. como local de excelência, e ter termas, e todas as suas diversas simples “clique”, às quais temos de inovadoras e criativas ideias que eventos anuais, e se fomentem A realidade económica e so- a capacidade e inteligência para competências foram projetadas juntar a falta de visão política pela sejam diferenciadoras e que fixem uma grande variedade de peque- cial é critica e o futuro é agora, saber unir o saber e a inovação. e estruturadas, tendo por base importância do setor, a inexistên- a massa criativa. nos eventos mensais de qualidade, sendo que o comércio urbano, Não é tempo de ficar a aguardar a importância e a influencia que cia de uma estratégia de cidade, Na situação atual, é necessário adaptados as atividades comer- o comércio de proximidade, são nenhum milagre, sendo antes o a cidade passou a exercer na e a ausência de políticas e planos conjugar esforços, trabalhar co- ciais e as caraterísticas próprias do fundamentais e essenciais para momento exato para agir. A inercia vasta região que a circunda, e na de apoio ao comercio e aos serviços letivamente, criando sinergias e concelho, com especial incidência o futuro da cidade, do concelho, não produz resultados! capacidade de captar e apelar a por parte do governo local nas duas mais-valias que sejam um impor- para a promoção dos produtos pelo que o momento atual não Para reflexão, deixo-vos com atenção de diversos públicos. ultimas décadas, esta a estrangular e tante contributo para o relançar locais e regionais. se compadece mais com ama- uma das conclusões do XII Con- O comércio e os serviços não a aniquilar o comércio de qualidade da cidade comercial, e zona de A situação de excelência e dorismos. gresso do Comercio Urbano, rea- fugiram à regra e continuam a nas Caldas da Rainha. excelência de destino turístico. privilegio que tínhamos perante o Temos de saber aproveitar lizado em Barcelona no passado ter uma oferta destinada a uma O comércio e os serviços como Já não basta simplesmente con- consumidor, simplesmente acabou o Know-how dos excelentes mês de Maio: “O comércio e o população 3 vezes superior à sua fonte de emprego, geradores de tinuar a investir nos fatores com há mais de 10 anos, e tendo o profissionais, das mais diversas turismo são os alicerces do cres- população concelhia, que se cifra riqueza local, intensificadores da impacto direto no comercio, como turismo um contributo essencial cimento económico na Europa, e atualmente em mais de 51.000 qualidade de vida da cidade, con- a limpeza, o estacionamento, a para com o comercio urbano, é precisam do impulso das cidades habitantes. tribuintes ativos da animação da sinalética, os transportes públicos, assim necessário anular os jogos enquanto coração económico da A recessão económica, a aus- cidade e da regeneração urbana, a intervenção de qualidade no e tricas político partidárias, que União Europeia.” teridade e a consequente perda têm de ser encarados e apoiados espaço publico, a segurança, as unicamente interessam aos seus de rendimento das famílias e dos com políticas ativas de incentivos zonas de cargas e descargas, protagonistas, para que sejam Paulo Agostinho consumidores, o desmesurado e apoios que permitam a moder- …, é agora, e mais que nunca, intensificadas as parcerias e as Presidente da ACCCRO

Pub. Casa Felizardo é o importador exclusivo da Bernina Portugal Desde 2010 que a Casa deseja do melhor modo possível. Felizardo é o importador ex- No intuito de divulgar a mar- clusivo da Bernina Portugal. A ca Bernina em Portugal assim conceituada marca de máquinas como de melhorar a experiência de costura tem como base a de tanto os nossos clientes qualidade e precisão suíça por como distribuidores, foi criado o que tanto é reconhecida inter- BERNINA Creative Center nas nacionalmente. Caldas da Rainha. Desde a sua A BERNINA oferece uma vasta abertura, este espaço tem servido gama de máquinas de costura de showroom para as máquinas que vão de encontro às neces- e acessórios da marca assim sidades de cada um. Assim, para como espaço para formação quem deseja iniciar-se na costura dos nossos distribuidores. Para ou para quem costura ocasio- além disso, o Creative Center nalmente, a BERNINA criou uma tem sido palco de inúmeros linha de máquinas mais acessí- workshops com artistas nacionais veis –as Bernette. As máquinas, e internacionais para todos os disponíveis desde 170€, variam interessados. Estes workshops desde uma máquina de costura têm temas variados que vão des- básica até à topo de gama, Chi- de o artesanato ao patchwork. cago 7, que para além de costurar Ainda no mês passado o Bernina também borda automaticamente. Creative Center teve o prazer de Para pessoas cujo objectivo é receber a artista germânica Jutta a criação de peças de artesanato Hellbach. ou vestuário, a Bernina Série 3 A Bernina Portugal estará oferece as melhores soluções presente na FIA – Feira Interna- sendo composta por três máqui- cional de Artesanato - a partir nas – Bernina 330, Bernina 350 de dia 27 de Junho na FIL em SE (edição especial e limitada Lisboa. para patchwork) e Bernina 380 (topo de gama). As máquinas Bernina Série Não hesite em 5 são o upgrade da Série 3 apresentando características visitar-nos! fundamentais para quem deseja desenvolver projectos criativos Facebook : Bernina Portugal; ainda mais ambiciosos. Bernina Creative Center www.bernina.pt/ A linha mais recente e topo de gama Bernina - a Série 7 inclui ca- Contactos: 962324351 racterísticas inovadoras e que lhe ou para casafeli- permitem executar o trabalho que [email protected] XII 4 | Julho | 2014 A moda pode ser muito útil para melhorar a auto-estima e o bem-estar

eja-se ao espelho, humana, também possuímos evidencie o que tem estilos diferentes. Daí poder- de melhor. mos definir estilo como a essên- Disfarce o que não cia de cada pessoa traduzida no gosta em si, mas es- seu modo de vestir. Estilo é o Vsencialmente viva a sua imagem que faz uma pessoa única. Por exterior de uma forma saudável. isso mesmo, o estilo é mais do A palavra “moda” vem do que uma maneira de se vestir: é latim modus, significa “modo”, um modo de ser, de viver e de “maneira”. agir. São suas escolhas particu- É um sistema que acompanha lares, suas referências, desejos, o vestuário e o tempo, que inte- humores. gra o simples uso das roupas no O estilo é fruto do compor- dia-a-dia a um contexto maior, tamento, da postura e, princi- político, social, sociológico. palmente, do exercício de livre Há muito preconceito em arbítrio, dos quais todos somos relação à moda, principalmente dotados. As pessoas mais ma- porque tem um caráter eféme- duras e mais seguras raramente ro e porque tem a ver com a sentem a necessidade de só aparência, supostamente privi- usar roupas da moda. legiando o superficial. A minha principal preocupa- Muitas vezes, a moda tam- ção quando crio uma peça é bém é vista como algo feito para que ela vá proporcionar uma iludir, disfarçar ser alguém que, imagem cuidada, elegante, na verdade não se é. contextualizada, e confortável, Quem a critica dessa forma, física e psicologicamente. certamente desconhece as impli- Estar na moda simplesmente cações sociológicas e psicológicas significa usar uma roupa ape- da moda: coisas simples como f Calções: A peça deste verão, fica a minha visão, um modelo de nas porque todos a usam no f Rendas: Vestido renda e lantejoulas dourado pálido sentir-se bem ao usar determinada inspiração histórica momento. roupa, vulnerável vestindo outra. O que marca realmente uma íntimo, quando ocorre alguma Calções: A peça deste verão, Hoje em dia pode ser uma fer- incompreensão do meio ou Antes mesmo que se pronun- pessoa é o seu estilo, a moda mudança ela é lenta e, normal- fica a minha visão, um modelo ramenta muito útil para melhorar cultura. cie, a sua roupa já disse muito a uniformiza, estilo é aquilo que mente, acompanha a persona- de inspiração histórica. a auto-estima e o bem-estar. Aos poucos, a evolução do seu respeito. nós achamos que é melhor para lidade de cada um. Rendas: Vestido renda e lan- Eu sempre pensei em moda vestuário foi acontecendo... O vestuário revela o que so- nós mesmos; enquanto a moda Na minha opinião, o estilo tejoulas dourado pálido. como uma forma de terapia, Atualmente tratar de moda mos ou desejamos ser. Por isso é aquilo que uns determinam influencia muito mais o mundo na medida em que desempe- implica lidar com elementos é tão importante cada um vestir que é melhor para os outros, da moda do que o contrário. Pedro Batim nha um papel - as pessoas mais complexos, especialmente a sua própria linguagem, a sua mas de uma forma generalizada; As tendências de moda são vestem-se para desempenhar quando combinados. Conjuga- própria identidade. Ter pleno do- depois compete-nos a nós ou retiradas de vivências dos es- diversos papéis na sociedade. mos valores como imagem, au- mínio sobre esse vocabulário é pedirmos opinião a profissio- tilistas e inspiradas em locais, Para mim é imprescindível que to-estima, estética, padrões de algo que nos favorece, inclusive nais para que nos ajudarem a pessoas, folclores e regiões. quando se veste ,se sinta bem beleza, inovações tecnológicas porque experimentamos sempre escolher o que se adapta melhor A moda tem a responsabili- consigo. (como os tecidos inteligentes: um certo desconforto quando ao nosso biótipo, cor de pele, dade de ditar o que estará nas No fundo estatisticamente, lidam com troca de calor, man- vamos encontrar o outro. No profissão, etc... lojas, enquanto o estilo avisa à apenas 3% da população de um tendo o corpo quente no frio e fundo, sabemos que seremos O estilo é determinado por moda o que ela deve colocar país é que realmente veste e vice-versa, ou evitam até a cria- julgados pela maneira como nos uma colecção de factores, como nas mesmas , ou seja, o que será compreende os fenómenos da ção de bactérias), top models, apresentamos. crenças, valores, estado civil, aceite por certos públicos, em moda e consegue interpretá-los moda de rua, tribos, criatividade, profissão, entre outros, com a certas épocas ou locais. de forma livre. Os restantes 97% talento, enfim... O que é o estilo? predominância da influência acabam por vestir-se segundo Nada é eterno na moda. de personalidade na hora de Deixo agora algumas su- códigos sociais, por receio de Talvez seja isso que a torna tão No vestuário, como em todas se vestir. Por se tratar de algo gestões. fascinante. as outras formas de expressão

Pub. XIII 4 | Julho | 2014 A Arte Nova das Caldas da Rainha inspirou a minha última criação OurSoul

aldas… Cidade minha vivência, um projeto novo brisa, na esperança de o papel Um convite de uma grande de muita vontade, criatividade, Rainha inspiraram as cores que me viu crescer. levou-me a estar mais próximo certo encontrar… E assim surgiu amiga de longa data que desde esforço e sonho e agora quer da coleção em composições de Cidade que na sua das minhas origens, da minha …OurSoul. Três mulheres, três logo me agarrou pelo conceito vestir toda a nossa gente e a tons em pinturas de assimetria, rega de cor e arte, infância, dos meus valores, da almas uniram-se para fazer que desvendou, pela vontade outra gente do mundo, do uni- em linhas fluidas e ondulantes me deu de beber a minha terra, do meu Portugal. A nascer a marca em criatividade, de querer criar surpresa, pelo verso, que se quiser conquistar de alegria. Acessórios foram Ccada ideia que brotou…Cidade minha alma voava na procura de personalidade, sucesso e noto- brinde que representava ao por estas auras transparentes e criados no tempero certo do que floriu meus sonhos e deu um poiso de sonho para tocar. riedade, no alcance da poção amor e valor de cada alma iridescentes. vidro com o ferro, com raízes esperança e garra para nunca A minha tinta pairava à solta na para chegar ao coração. portuguesa. OurSoul surgiu OurSoul é uma marca de nas bases da estética da Arte os perder. calçado puramente portugue- Nova pelo uso da junção destes Meu coração que se aloja sa, que nasce da vontade da dois materiais com um toque nas Caldas da Rainha sente- fundadora de imprimir a alma que pretende a valorização -se aconchegado pelas raízes portuguesa no calçado contem- do trabalho artesanal. Os que o entrelaçaram, pela família porâneo. A OurSoul pretende volumes e formas dos azulejos mágica que com seu amor o levar de Torres Novas ao mundo foram retratados em sandálias, confecionaram e rechearam… o que Portugal possui de melhor: em saliências suculentas repe- Pelos corações que calor eva- um calçado casual chic que tem tidas e sedutivas. Os desenhos poraram, os amigos verdadeiros como inspiração principal o ADN das cerâmicas e dos padrões que em lacre de doçura e ajuda português e cuja nota domi- da azulejaria dos edifícios fize- no seu fundo se derreteram e nante é o detalhe. No conceito ram nascer pequenas relíquias para sempre se entregaram. OurSoul transparecem a cultura femininas. Terra que me deu e serpen- e história lusitanas e emerge Os desenhos transformaram- teou de pura arte, nas suas o espírito guerreiro, modesto -se em sapatos de desejo e ondas de floridos cerâmicos, e alegre que caracteriza este chegou o momento…O relógio na sua miscelânea de gente povo. Esta marca reflete, por- da praça colorida da vida assiste da terra e do campo, na sua tanto, a alma de ser português ao movimento lento do ponteiro pintura de cidade com fruta e e materializa-se em calçado mágico, que os vai fazer voar… e legume numa composição em moderno e inovador. depois irá deslumbrar quem os pura criatividade, no seu mar A primeira coleção da Our- querer agarrar…Our Soul! em rebelde euforia da Foz ou Soul é inspirada na calçada na calmaria da Lagoa de Óbidos maravilhosa portuguesa e nos Rita Bonaparte num momento a sós. azulejos e cerâmica da Arte Site Our Soul : www.oursoul.pt Cada momento vivido, um Nova Portuguesa. Como dire- Facebok: www.face- book.com/oursoul.pt azulejo de cores brilhantes de tora criativa da marca criei todo Youtube: https://www.youtube. lembranças vibrantes… o conceito ao nível do design da com/watch?v=yiO_iUydw4U Caldas da Rainha é uma colecção, inspiração e todos os das minhas musas, a inspira- seus ínfimos detalhes. Na pes- ção em fonte… Sua história, quisa para elaboração das linhas sua Rainha, sua geometria, e temas da coleção, as Caldas sua Arte Nova, sua praça da da Rainha e suas recordações fruta bonita… Sua envolvência surgiram no meu caminho no me rodeou no meu crescer e objetivo de querer surpreender até hoje me inspirou em tantos nas nossas criações. projetos que fiz nascer. A essência ornamental flo- A vida levou-me para longe… rista, naturalista e curvilínea Mas comigo trago o passado, o dos pormenores das cerâmicas presente e neste instante sinto dos seus belos edifícios e seus todo aquele pequeno detalhe azulejos desenharam formas, de cor, arte, mar que a terra do detalhes e compuseram-se em meu coração me deu, sem eu exclusivos padrões. pedir de presente. As cores dos Azulejos da Nesta fase madura e feliz da Arte nova das Caldas da XIV 4 | Julho | 2014 Dhoti – A roupa feita à mão pela mãe da Ema Fazer roupa diferente para criança, através do modelo ou pelo tecido utilizado, é a proposta da Dhoti, a marca criada por Sara Gerardo, uma designer gráfica residente em Leiria, mas com uma ligação emocional ao Oeste. Actualmente trabalha em Óbidos, no Colab, onde é possível também encontrar algumas das suas criações.

houve mesmo colecções, com com padrões típicos de Angola um investimento significativo e Moçambique). “A ideia é em tecidos. Com a vinda para o que a roupa seja diferente, Colab, em Óbidos, começou a ter pelo modelo ou pelo tecido mais trabalho na área do design utilizado”, conta a responsável, gráfico, optando por deixar de especificando que as peças de fazer as colecções e passar a Verão são em algodão, ou com funcionar apenas por encomen- composições maioritariamente da. Actualmente tem algum stock desse tecido, enquanto que no das peças que vai fazendo e das Inverno predominam as fazen- criações que vai experimentando. das, por serem mais quentes. “As pessoas gostam, é um A roupa abrange a faixa etária bocado o valorizar uma peça entre os zero e os quatro anos de roupa que é diferente e que mas, por vezes, há mães que f A designer gráfica Sara Gerardo junto das suas criações na loja sabem que ninguém vai ter têm duas filhas, uma delas com do Colab, em Óbidos igual”, diz Sara Gerardo. mais idade, e pedem-lhe para fazer um tamanho um pouco Quando a Ema nasceu, há três As primeiras fotos que postou Padrões tipicamente maior e Sara Gerardo acede. O facto de apenas se dedicar anos, Sara Gerardo sentiu a nos- no facebook suscitaram muitos portugueses talgia de não ter roupas antigas, comentários, e até encomendas, a tamanhos pequenos também tem a ver com o investimento de primas ou das tias, para vestir das amigas. Nascia assim a Dhoti, As principais características feito e o custo final. De acordo à bebé. Lembrou-se então que em finais de 2011. da Dhoti são os padrões tipi- com a empresária, os tamanhos em menina via a mãe costurar e Sara Gerardo começou a fa- camente portugueses, como grandes acarretam mais custos, decidiu aprender a coser à máqui- zer roupa por encomenda e em o xadrez e as pintinhas, e as nomeadamente com o tecido, e na para fazer roupas para a filha. 2012, na Primavera e Inverno, capolanas africanas (tecido depois já será mais difícil de se Pub. comercializarem. O nome da marca foi ditado pelo primeiro – e durante algum tempo único – modelo de calça que fazia, e que na Índia é apeli- dado de Dhoti paints. A ideia sub- jacente é a da roupa feita à mão pela mãe da Ema, conferindo-lhe uma característica mais emocio- nal, pois foi com o nascimento da filha que tudo começou. Actualmente o top das vendas nas meninas são as calças Dhoti originais e o vestido Pinafore, um género de vestido avental, podendo alguns ser reversíveis. Nos rapazes o modelo preferido são as calças ao estilo Harem. As peças de Verão rondam entre os 22 e os 28 euros, enquanto que as de Inverno já andam à volta dos 30 euros. A roupa feita à mão por Sara Gerardo é procurada essen- cialmente por jovens mães e, sobretudo, por pessoas ligadas à área do design. “Também há muita procura por parte das avós, com a nostalgia das ex- -colónias, de reconhecer as capolanas e acharem muito giro e colorido para as suas netas”, acrescenta. As roupas estão à venda na loja do Cola e por encomenda via facebook em www.face- book.com/dhotihandmade. O futuro da mãe de Ema vai passar pelo design gráfico e a criação de novas peças de roupa, mantendo sempre a ori- ginalidade que as caracterizam.

Fátima Ferreira f Algumas das peças criadas pela mãe da Ema, que se destinam [email protected] a crianças até aos quatro anos XV 4 | Julho | 2014 Grupo Vieira Gonçalves Pub. − Há 38 anos que o nosso lema é servir

No sábado de 5 de Julho de um leque de opções neste sector, 1976, surge a loja POPSTOP, que que tanto tem contribuído para nascida praticamente do nada, distinguir e prestigiar o comércio abriu as suas por- tas ao público com três produtos bem definidos: calças, ca- misas e malhas. A escolha minuciosa destes artigos, onde imperava a moda, qualidade e bom gos- to, vendidos a preço justo, foi o grande impulsionador tradicional da nossa cidade. para o Grupo Vieira Gonçalves Há 38 anos que o nosso lema que desde então começou a é servir. crescer. Surgiu então depois a Só assim temos conseguido NOBELA, para senhora, a BBA e manter a fidelização dos nossos ALCOFA, para bebé, criança, juvenil e pré- -mamã e a D’ARCOS sapataria, que é ac- tualmente uma loja especializada em moda para noivos, acompanhantes e outras ocasiões. Mais tarde surge a SUBLI- ME, com lingerie unissexo, vista por muitos como a me- lhor loja de lingerie do país, pela beleza, requinte e diversida- de dos seus artigos. Posteriormente sur- ge a EXECUTIVA e a D’ARCOS SPORT, substituindo a BBA e ALCOFA, e a SALSA, porque por muito que se invista na moda, nem tudo está feito por muito tempo e é preciso estarmos atentos à evolução dos tempos. Estas seis lojas fa- zem do Grupo Vieira Gonçalves um pon- to de referência na moda Caldense, onde os seus clientes, a quem deixamos um proprietários e colaboradores imenso obrigado. com muito trabalho e dedicação oferecem às Caldas da Rainha Joaquim Vieira Gonçalves MODA Substantivo feminino, maneira de viver e de se vestir em determinada época; seguir a moda; estilo prevalecente e passageiro de comportamento, vestuário ou apresentação em geral; tendência; voga.

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