SERRAS DE IBIAPABA. De Aldeia À Vila De Índios: Vassalagem E Identidade No Ceará Colonial - Século XVIII
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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA LÍGIO JOSÉ DE OLIVEIRA MAIA SERRAS DE IBIAPABA. De aldeia à vila de Índios: Vassalagem e Identidade no Ceará colonial - Século XVIII NITERÓI, 2010 ii LÍGIO JOSÉ DE OLIVEIRA MAIA SERRAS DE IBIAPABA. DE ALDEIA À VILA DE ÍNDIOS: VASSALAGEM E IDENTIDADE NO CEARÁ COLONIAL - SÉCULO XVIII Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do Grau de Doutor em História. Orientadora: PROFª. DRª. MARIA REGINA CELESTINO DE ALMEIDA Niterói, 2010 iii LÍGIO JOSÉ DE OLIVEIRA MAIA SERRAS DE IBIAPABA. DE ALDEIA À VILA DE ÍNDIOS: VASSALAGEM E IDENTIDADE NO CEARÁ COLONIAL - SÉCULO XVIII Aprovada em 12 de Março de 2010. BANCA EXAMINADORA _____________________________________________ Profa. Dra. Maria Regina Celestino de Almeida (Orientadora) Universidade Federal Fluminense – UFF _______________________________________________ Prof. Dr. Eurípedes Antônio Funes Universidade Federal do Ceará – UFC _______________________________________________ Prof. Dr. John Manuel Monteiro Universidade de Campinas – UNICAMP _______________________________________________ Prof. Dr. João Pacheco de Oliveira Filho Museu Nacional – UFRJ _________________________________________ Profa. Dra. Mariza de Carvalho Soares Universidade Federal Fluminense – UFF _______________________________________________ Profa. Dra. Márcia Fernanda Ferreira Malheiros (Suplente) Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ _______________________________________________ Profa. Dra. Elisa Frühauf Garcia (Suplente) Universidade Federal Fluminense – UFF Niterói, 2010 iv AGRADECIMENTOS Agradeço ao CNPq pelo apoio de bolsa de pesquisa que me possibilitou, além da estadia no Rio de Janeiro para conclusão das disciplinas do curso, a oportunidade de trabalhar em diferentes instituições como no Arquivo Nacional, Biblioteca Nacional e Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. À CAPES pela bolsa sanduíche, com a qual pude realizar pesquisas tanto em Portugal quanto na Itália. À professora Drª. Mara Regina Celestino de Almeida pela disponibilidade na orientação e percurso comigo trilhado ao longo dos últimos quatro anos. Sua aceitação, quase imediata, de meu projeto de pesquisa bem como a coordenação de sua disciplina, durante um dos cursos no doutorado, foram momentos especiais de meu trajeto profissional e até pessoal. Ainda nas orientações, devo um agradecimento particular à professora Drª. Ângela Domingues, investigadora do Departamento de Ciências Humanas do IICT (Instituto de Investigação Científica Tropical) e do Centro de História do Além-Mar, da Universidade Nova de Lisboa. Com ela, pude não apenas discutir parte deste trabalho, mas ainda desfrutar de sua afetuosa companhia e sempre disponibilidade diante de algumas demandas surgidas no período de minha estadia em Lisboa. Na UFF, um agradecimento especial a todos os docentes e colegas de curso que comigo compartilharam algumas inquietações durante a pesquisa. Tanto nas disciplinas quanto nos Encontros e Seminários pude constatar a seriedade e a fecundidade das conversas e discussões acadêmicas. Entre os professores, Luciano Figueiredo, Rodrigo Bentes Monteiro e Mariza Soares. A esta última, agradeço ainda pela participação na banca de qualificação e leitura crítica de parte desta tese. Alguns colegas também foram fundamentais pelas discussões acadêmicas ou mesmo pela simples e agradável companhia na “cidade maravilhosa”, entre eles, Ivaldo Marciano, Gabriel Aladren, Pollyanna Mendonça, Carlos Ximendes, Marcelo Cherche, Irenilda Cavalcante e Silvana Jeha. Ainda aos colegas de história indígena, Jóina Borges, Márcia Malheiros, Elisa Garcia, Mariana Dantas e Rafael Ale Rocha. Ao Mário Branco, colega e também pesquisador dos jesuítas no Brasil, meu agradecimento particular pela sua disponibilidade quanto às minhas demandas fora do Rio de Janeiro. Aos baianos, Orahcio e “Niltão”, este último colega de doutorado e meu irmão de convivência e de algumas angústias – entre elas, a de viver fora do Nordeste - minha mais fraterna consideração. Finalmente, meu agradecimento a todos os funcionários do Programa de Pós-graduação em História (UFF), especialmente a Silvana, de quem tive o auxílio imprescindível nas pelejas burocráticas. v No Arquivo Histórico Ultramarino, meus agradecimentos aos funcionários Fernando, Otávio e Mário. Todos mui cordiais e atenciosos. Inesquecíveis serão, por muito tempo, as conversas com Jorge, do setor de digitalização, que com sua arte de contador de histórias, revelou-me algumas peripécias de suas andanças em África ao tempo da ditadura de Salazar e mesmo de suas férias no Brasil. No “fumódromo”, na cantina e na Sala de Brasil, a companhia de José Sintra Martinheira também foi bem esclarecedora para compreender um pouco melhor a imensidão do acervo desta instituição. Não poderia deixar de mencionar ainda à minha gratidão a dois grupos de pesquisadores. O primeiro ligado ao Curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará (UFC) e liderado pela professora Drª. Isabelle Braz Peixoto da Silva, o GEPE (Grupo de Estudos e Pesquisas Étnicas), cujos colegas eu mantive contatos preciosos, particularmente em cursos ministrados por excelentes pesquisadores. Nos Encontros nacionais da ANPUH, o grupo de historiadores ligado ao Simpósio de história indígena sob coordenação geral do Prof. Dr. John Monteiro, também me propiciaram momentos de agradável convívio intelectual e a certeza do desenvolvimento e sofisticação que têm alcançado os estudos acerca dos povos indígenas no Brasil. Na UFC, onde fiz o mestrado, deixei amigos preciosos com quem tenho procurado manter – apesar da distância – certa vinculação acadêmica e pessoal. Entre eles, Mônica Nunes, Eudes Gomes, Lídia Noêmia e Sander Cruz. Ao professor Dr. Eurípedes Funes a minha dívida é ainda maior; com ele aprendi que a expressão “rato de arquivo” é uma analogia feliz – mesmo que não pareça muito agradável – que o historiador deve levar em conta durante seu trabalho de pesquisa para testar quaisquer modelos teóricos. Finalmente, agradeço de todo coração à minha família: minha mãe, Tereza Maia, meus irmãos, Lígia, Lídio e Liege; além de minha companheira, Alana, pois as viagens e as longas estadias, para a conclusão desta tese, significaram uma privação às vezes bastante difícil de todos eles. Ainda no primeiro ano de curso, em 2006, perdi uma pessoa muito importante na minha vida: meu pai, Manoel Nogueira Maia. Esta tese é dedicada a ele. vi “O passado é, por definição, um dado que nada mais modificará. Mas o conhecimento do passado é uma coisa em progresso, que incessantemente se transforma e aperfeiçoa”. Marc Bloch, Apologia da História, ou, O ofício de historiador . vii SUMÁRIO Introdução .............................................................................................................................. 15 Um panorama necessário: situando o objeto........................................................................... 18 A historiografia local............................................................................................................... 23 Serras de Ibiapaba: vassalagem indígena e as fronteiras coloniais...................................... ... 29 O “espetáculo da busca”: o encontro com as fontes coloniais................................................. 38 Parte I – Homens e Espaços: fronteiras e limites na experiência colonial ....................... 44 Capítulo 1 – Índios nas Serras de Ibiapaba ........................................................................ 46 1.1. Os Tupinambá do interior: deslocamentos e fluxos culturais............................... 47 1.2. Antigos donos das Serras...................................................................................... 62 Capítulo 2 – Conquista de terras, conquista de almas ....................................................... 81 2.1. Pecuária no Ceará: caminho do gado, caminho de homens................................. 83 2.2. Experiência indígena na expansão pastoril: as datas de sesmarias....................... 90 2.3. Aldeamentos jesuíticos: da Missio ideal às experiências coloniais.................... 104 2.4. Regulamento das Aldeias: normas para si e para os outros................................ 112 2.4.1. A aldeia como espaço indígena............................................................ 121 Parte II – Aldeia de Ibiapaba: funções e significados ...................................................... 134 Capítulo 3 – Aldeias e missões na capitania do Ceará ..................................................... 136 3.1. A Cruz e a Espada: catequese, violência e rivalidades....................................... 136 3.2. De Missão à Aldeia: os preparativos para uma nova Cristandade..................... 150 Capítulo 4 – Aldeia de Nossa Senhora da Assunção ........................................................ 160 4.1. Espaços de vivências.......................................................................................... 160 4.1.1. O Plano da aldeia................................................................................. 162 4.1.2. A igreja da aldeia de Ibiapaba: centro do contorno urbano................. 167 4.2. O negócio dos jesuítas........................................................................................ 178 4.2.1. As fazendas de gado e as culturas de plantio....................................... 180 4.2.2. O Serviço dos índios...........................................................................