S U M Á R I O Ficha Técnica 04 NOTA DE ABERTURA Candidaturas aos Ordem dos Órgãos Regionais e

REVISTA Médicos 06 INFORMAÇÃO Distritais Faleceu figura ímpar da Ano 26 – N.º 113 – Novembro 2010 40 Conselho Regional do Medicina – Jacinto Simões Norte PROPRIEDADE: (1925-2010) 07 Comunicado: Vagas para 54 Conselho Regional do internos na Madeira Centro

08 ELEIÇÕES 2011-2013 70 Conselho Regional do Centro Editor Livreiro da Ordem Candidatura a Presidente Sul dos Médicos, Sociedade Unipessoal, Lda. SEDE: Av. Almirante Gago Coutinho, 151 da Ordem dos Médicos 105 HISTÓRIAS DA HISTÓRIA 1749-084 Lisboa • Tel.: 218 427 100 08 Isabel Caixeiro Vêm aí as comemora- Redacção, Produção ções dos 500 anos do e Serviços de Publicidade: nascimento de Amato Av. Almirante Gago Coutinho, 151 18 Jaime Teixeira Mendes 1749-084 Lisboa Lusitano E-mail: [email protected] 26 José Manuel M. C. Silva Tel.: 218 437 750 – Fax: 218 437 751

Director: 34 Manuel Brito Pedro Nunes

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Vitalidade

Esta edição da ROM inclui os progra- onze no Sul –, multiplica-se o número Sem necessidade de grandes dotes arit- mas de todas as candidaturas que, de de candidatos a cada um dos órgãos méticos, somando as parcelas, atinge- Norte a Sul do continente e das regiões de base distrital (Conselho com cinco se um número de candidatos envolvi- autónomas, vão disputar as eleições, membros; e Mesa da Assembleia com dos que supera os 500! É um sinal de cujo acto de votação presencial é no quatro) e também a membros consul- vitalidade. próximo dia 15 de Dezembro. tivos, que têm assento no Plenário dos Estas eleições exigem uma logística ágil, A face mais visível deste pleito é a dis- Conselhos Regionais. que já começou, com a preparação e puta eleitoral entre quatro conceituados Repare-se que só os membros consul- envio dos votos aos médicos – a maio- médicos pelo lugar de Bastonário, figura tivos, delegados ao Plenário dos Con- ria vota por correspondência – e só que em mãos terá a liderança da Or- selhos Regionais, são quase centena e terminará no apuramento oficial dos dem nos próximos três anos, mas é dig- meia em todo o país. Por exemplo, do resultados, passando pelo acto eleito- no de registo o número de candidatos Distrito Médico de Lisboa-Cidade são ral presencial, que será dia 15 de De- aos mais diversos cargos, o que revela 31, do Distrito Médico da Grande Lis- zembro. de facto sinais de grande envolvimento boa são 19, no Distrito Médico do Por- Há ainda um pormenor que pode impe- dos médicos com a Ordem. to são 36 e no de Coimbra são 14. dir que todos os órgãos não fiquem elei- São três as secções regionais da Or- Registe-se, de resto, neste caso, a exis- tos nesse dia. Como se sabe, no caso da dem e se, no Norte, não haverá combate tência de mais do que uma lista con- eleição do Bastonário, se nenhum dos eleitoral, uma vez que será uma lista a corrente ao sufrágio eleitoral em vári- quatro candidatos obtiver nesta data um concorrer aos órgãos regionais, serão os Distritos Médicos. Por exemplo: em número de votantes que seja superior duas as listas a concorrer ao Conselho Coimbra, duas listas, tal como no Al- ao número de votantes em todos os Regional do Centro e três ao Conselho garve, Lisboa-Cidade e Madeira. O Dis- outros candidatos – isto é, 50% dos vo- Regional do Sul. Só nestes órgãos da trito Médico de Grande Lisboa é o tos mais um – haverá uma segunda vol- cúpula regional estão envolvidos 66 único, no contexto nacional, onde con- ta, marcada para dia 19 de Janeiro, com médicos, mas há ainda as respectivas correrão três listas. os dois candidatos mais votados. candidaturas aos conselhos fiscais (cada Caso único é o do Distrito Médico do Vamos entrar então agora em pleno um com 3 membros) e disciplinares (5) Ribatejo, que não entregou lista den- período eleitoral, com uma Ordem e às assembleias regionais (4) de cada tro do prazo eleitoral estabelecido, viva. Haverá poucas instituições no uma das secções; mais doze elementos, onde as eleições serão mais tarde, já país que envolvam tanta gente, com portanto, por cada uma das listas. no próximo ano, depois de cumpridos todos os órgãos preenchidos. Ao nível dos Distritos Médicos, que são todos os prazos regulamentarmente 22 – cinco no Norte, seis no Centro e estabelecidos. Diamantino Cabanas O dever do bom nome No Verão passado agitaram-se entidades diversas, com ampliação grave e significativa na comunicação social, sobre a aplicação aos Drs. Pedro Nunes e Miguel Leão de uma sanção pecuniária e obrigação de devolução de valores que teriam alegadamente recebido de forma indevida. Diziam as notícias que se tratava de um processo instaurado em Espanha pela Dirección General de Seguros y Fondos de Pensiones (DGSFP) contra os referidos médicos e dirigentes da Ordem por estes terem recebido montantes indevidos na qualidade de membros do Conselho de Administração da seguradora mutualista AMA e violado as leis espanholas que regulam estas sociedades. As reacções a esta informação, que cruzou toda a imprensa portuguesa, foram imediatas e muitas delas especialmente atentatórias do carácter e do bom-nome do Bastonário da Ordem dos Médicos, que procurou esclarecer, sem êxito, que o procedimento da DGSFP não tinha fundamento de facto nem motivação legal. Explicou-se, então, que se havia interposto um recurso contencioso no tribunal competente e que se aguardava uma decisão da jurisdição espanhola. É, pois, da mais elementar justiça noticiar agora que a decisão judicial espanhola já foi proferida tendo dado provimento integral aos recursos dos Drs. Pedro Nunes e Miguel Leão. O Tribunal não deu como provadas as infracções que lhes haviam sido imputadas e anulou todas as sanções e obriga- ções que lhes tinham sido administrativamente impostas, confirmando que a sua conduta não tinha sido ilícita, nem ilegal e não haviam sido pagas quaisquer quantias indevidas. Qualquer cidadão tem direito ao seu bom nome e à sua dignidade e não pode ser condenado na praça pública pela comunicação social, com base numa leitura primária de assuntos que pedem prudência e uma ponderação complexa. É, pois, da mais elementar justiça que esta decisão seja devidamente divulgada, nomeadamente aos médicos, como é o caso.

4 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 INFORMAÇÃO

Faleceu figura ímpar da Medicina Jacinto Simões (1925/2010) Jacinto Simões, destacado médico que se notabilizou também nos campos das letras e da política, morreu no passado dia 7 de Novembro, aos 85 anos de idade. Pioneiro no tratamento da insuficiência renal crónica e professor catedrático, nascera a 1 de Novembro de 1925, em Lisboa, onde se licenciou, em 1949, com 18 valores. José Jacinto de Sousa Gonçalves Si- rentes diversi- mões, enquanto médico, foi uma figu- ficadas, como ra de grande destaque, responsável, no Mário Azeve- nosso país, pelos primeiros tratamen- do Gomes, tos da insuficiência renal, por hemo- Bento de Jesus diálise e por transplante. Nesse cam- Caraça, Antó- po, para além da dimensão clínica da nio Sérgio, Câ- sua actividade, deixou também impor- mara Reis ou tantes artigos e, num dos seus escri- Jaime Corte- tos, publicados em 2004 na Revista Por- são, com quem tuguesa de Nefrologia e Hipertensão, conspira na relata como se desenvolveu a especia- clandestinida- lidade de Nefrologia em Portugal e de. Com alguns como ele próprio deu a primeira lição deles priva teórica sobre insuficiência renal agu- também como da, em 1961, num curso organizado membro do movimento cultural e polí- portância no desenvolvimento da Ne- para internistas pela Sociedade Portu- tico Seara Nova, a que aderiu em 1946. frologia e particularmente do estudo e guesa de Medicina Interna, de que veio Curiosamente, a sua dimensão de médi- tratamento da insuficiência renal, Ja- a ser dirigente destacado. co é de tal ordem reconhecida que, cinto Simões desempenhou também Reconhecido como figura ímpar da Me- mesmo sendo um opositor político, veio funções de Director Clínico do Hospi- dicina, Jacinto Simões herdou de seu pai a ser, no estertor do salazarismo, um dos tal de Santa Cruz, onde, de acordo com o republicanismo e o desejo de in- médicos da equipa multidisciplinar que os relatos, realizou uma obra notável. tervenção política. Está associado, mui- acompanhou António de Oliveira Sala- Médico interessado nas questões téc- to jovem, ao MUD-Juvenil e fez parte da zar, nomeadamente quando houve ne- nicas e éticas, dedicou-se também à Or- Comissão Executiva do MUNAF (Movi- cessidade de o submeter a hemodiálise. dem dos Médicos, onde foi presidente mento de Unidade Nacional Anti-Fascis- De facto, a sua notoriedade vem da da Assembleia Regional do Sul, desde ta), a que pertenceu representando o sec- actividade clínica e foi na carreira mé- 1993 até 2004, e membro da direcção tor dos republicanos independentes. dica que apostou com determinação, do Colégio de Nefrologia, entre Janei- Nesta sua actividade política anti-fas- com ponto de partida nos Hospitais ro de 1982 e Junho de 1984. cista, relaciona-se com figuras de cor- Civis de Lisboa. Para além da sua im- E esta intensa actividade como clínico e a ocupação com a intervenção polí- tica não impediram Jacinto Simões de «A unidade da Medicina resulta essencialmente desenvolver ainda uma actividade lite- rária de mérito. Tem três livros publi- e forçosamente do seu objectivo: o Homem» cados: Latitudes (1999), Recaídas (2001) Jacinto Simões e Poemas Imprevistos (2003). Na sua carreira universitária, Jacinto In Contribuição para a história da Nefrologia em Simões doutorou-se na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade No- Portugal, Revista Portuguesa de Nefrologia e va de Lisboa e aí se jubilou como pro- Hipertensão 2004 fessor catedrático. Diamantino Cabanas

6 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 INFORMAÇÃO

Partilhava o seu caminho com as equipas Embora tenha sido pioneiro do tratamento da insuficiência renal, Jacinto Simões nunca esque- cia a importância das equipas que o acompanhavam. No seu artigo «Contribuição para a história da Nefrologia em Portugal», publicado na Revista Portuguesa de Nefrologia e Hipertensão em 2004, revela bem esse carácter, quando escreve: “Nesta memória do nascimento da Nefrologia em Portugal como disciplina clínica, não posso deixar de falar daquilo que se fez no Centro de Reanimação do Hospital Curry Cabral, mas quero acentuar que nada podia ter sido realizado por um só pessoa. O chefe de serviço não conhecia sequer, de parte alguma, a não ser do próprio serviço, os médicos e enfermeiras que fizeram parte do grupo inicial do Centro de Reanimação. Tinham-se encontrado todos naquela esquina do destino. A única coisa que pôde oferecer-se aos que seguiram este caminho foi a miragem do desconhecido e a oportunidade de aprender.”

Comunicado Vagas para internos na Madeira

Face a notícias recentes sobre um alegado «corte de relações» entre a estrutura da Ordem dos Médicos na Madeira e a sua direcção nacional, importa esclarecer o seguinte:

1. A organização estatutária da Ordem dos Médicos define a existência de um órgão de cúpula, o Conselho Nacional Executivo, que por sua vez é presidido pelo Bastonário, órgão uninominal. 2. Ao nível regional, a Ordem tem três secções – Norte, Centro e Sul – cujos órgãos executivos são os conselhos regionais. Cada uma dessas secções regionais tem a tutela de vários distritos médicos. A Secção Regional do Sul engloba 11 distritos médicos, entre os quais os das regiões autónomas da Madeira e dos Açores.

Sendo assim, o Distrito Médico da Região Autónoma da Madeira depende, em primeira instância, do Conselho Regional do Sul, que por sua vez depende hierarquicamente do Conselho Nacional Executivo, a que preside o Bastonário. É, pois, muito clara a pirâmide de decisão estatutária da Ordem dos Médicos. Neste contexto, um «corte de relações» é um acto completamente estranho ao funcionamento de uma instituição como a Ordem dos Médicos. Tão estranho como seria, por exemplo, um «corte de relações» entre uma delegação regional ou local de um ministério e a sua tutela ou da sucursal local de uma grande empresa com a própria empresa. Assinale-se, de resto, que o próprio presidente do Conselho Médico da Madeira, em entrevista publicada num jornal diário, rectifica que não houve, como naturalmente não poderia haver, qualquer «corte de relações». Quanto à questão das vagas para internos de especialidade este ano não atribuídas aos serviços hospitalares da Madeira, importa também clarificar o seguinte:

1. A Ordem dos Médicos decidiu por unanimidade do Conselho Nacional Executivo, reunido em 7 de Setembro de 2010, não atribuir, em 2011, capacidade formativa para novos internos aos serviços da Região Autónoma da Madeira. 2. Tal decisão baseou-se na mais elementar prudência, dado que informações sucessivamente veiculadas junto da Ordem dos Médicos apontavam para disfunções nos serviços do Centro Hospitalar do Funchal, que careciam de avaliação. 3. Tal avaliação, que a Ordem tentou fazer de forma extraordinária, atempadamente, foi inviabilizada pelo Governo Regional da Madeira que, assim, assume a total responsabilidade pelo ocorrido.

O Presidente da Ordem dos Médicos,

Dr. Pedro M. H. Nunes Lisboa, 15 de Novembro de 2010

Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 7 ELEIÇÕES 2011-2013 Candidatura a Presidente da Ordem dos Médicos – Isabel Caixeiro

POR UMA ORDEM DE RAZÕES

«FIRMEZA • INDEPENDÊNCIA • MODERNIDADE • PARTICIPAÇÃO» www.isabelcaixeiro.bastonaria2010.com reconhecer neste programa de acção dificuldades, anseios e desejos. as razões que me levam a avançar para um projecto desta responsabilidade. O meu trajecto mais recente de dedi- cação às causas da Ordem de todos Como espaço de todos os médicos, a os médicos ilustra também que é pos- OM tem que se assumir como o baluar- sível intervir activamente nas causas Isabel Caixeiro te da defesa de cada médico e da me- comuns de todos nós e, com firmeza, dicina, dos seus valores e tradições seriedade e independência apresentar- Acredito que a participação empenha- milenares, mas também da moderni- me neste momento com a credibilidade da de cada um de nós é a única opção dade, da renovação e da inabalável es- e experiência necessárias à mais ele- para a evolução positiva da sociedade perança no futuro. vada representação médica. e das suas organizações. Defendo uma medicina moderna, cien- Represento um capital de confiança dos Tenho assim a firme convicção de que, tificamente evoluída e independente colegas que nos últimos anos traba- como médicos, temos uma clara res- das pressões da indústria farmacêuti- lharam na Ordem e que, com vitórias ponsabilidade cívica em pugnar por ca. Uma medicina humanizada sem des- e derrotas, permitiram o progresso da uma sociedade defensora da dignida- lumbramentos pela técnica cintilante OM nos últimos anos. de de cada cidadão e que, nos momen- a que, frequentemente, alguns parecem tos de maior fragilidade, proteja e apoie querer reduzir a nobreza dos actos mé- Apresento-me a votos perante todos cada um, consoante as suas necessi- dicos e ofuscar a nossa missão de defe- os médicos com provas dadas de ser dades. sa do cidadão nos momentos mais frá- capaz de liderar uma organização mé- geis da vida. dica. Quer como Presidente da Sec- É na realização deste acto, cívico e ção Regional do Sul, quer como Presi- médico, que decidi candidatar-me ao O meu percurso pessoal e profissio- dente da organização europeia de me- sufrágio directo de todos os médicos nal espelha esta atitude e inconformis- dicina familiar UEMO, julgo sempre me para a todos representar e defender, mo. Creio que represento assim a gran- ter sido reconhecida a capacidade de com o firme propósito e objectivo que de maioria dos médicos. estar à altura dos desafios e de sem- espelha a nossa missão em favor do pre ter prestigiado a profissão médica supremo interesse do doente. Trabalhei na periferia, em extensões e a Ordem dos Médicos. rurais de centros de saúde e num gran- Motivam-me o querer, o saber e o fa- de hospital universitário, participei na É desta forma, comprometida e empe- zer a que me proponho. Quero uma formação dos mais jovens, fiz consul- nhada, com orgulho em ser médica, que Ordem dos Médicos incontornável na tas num pequeno consultório de bair- me apresento neste acto eleitoral. Com afirmação de cada médico e da medi- ro e fui médica do trabalho de gran- total transparência e responsabilidade, cina. Sei que desafios e dificuldades des empresas. Julgo, sem falsa modés- sem filiação partidária ou agência de enfrentamos. Tudo farei para que a tia, que construí ao longo da minha marketing/comunicação que mascarem medicina e o doente sejam primados vida um percurso diverso e enrique- o que sou, que retoquem tacitamente na nossa sociedade. cedor que me habilita a conhecer e o que quero ou que venham a condi- perceber diferentes facetas da profis- cionar aquilo que todos os médicos Acredito que todos os colegas saberão são médica e, como tal, ciente das suas podem esperar de mim. Tenho um ca-

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rácter, um percurso e uma atitude que, to e a minha atitude no combate elei- da na ética médica, centrada no ser ao serviço de ideais médicos, me pro- toral que se aproxima. Haverá discor- humano e apoiada na qualidade do ponho colocar sob escrutínio de to- dâncias, pontos de vista diferentes e exercício profissional. dos os médicos portugueses. projectos distintos. Contudo, não con- tem comigo para estados de alma Proporei um Pacto para a Saúde aos Será também fruto desta dedicação e eleitoralistas, críticas fáceis ou partidos políticos com assento na empenho que, desde a primeira hora destrutivas, propostas oportunis- Assembleia da República, para que seja me estimula e apoia um vasto conjun- tas ou promessas irrealizáveis. desenhada a Carta Nacional de Saú- to de colegas, médicos cujo reconhe- Candidato-me a favor de todos os mé- de, que dê resposta em rede às neces- cimento inter-pares, a nível nacional e dicos portugueses e não contra nin- sidades em saúde de maneira integra- internacional, testemunha a sua dimen- guém. da e coerente (Hospitais, Cuidados de são humana, científica e técnica. Saúde Primários, Saúde Pública, Medi- Nas eleições de 15 de Dezembro cina Legal, Cuidados Continuados e O Programa de Acção que defendo é próximo confrontam-se projectos que, Cuidados Paliativos) e defina uma ver- indissociável de uma empenhada par- em comum, se irão propor a merecer dadeira Política do Medicamento que ticipação activa de todos os colegas a confiança dos médicos portugueses. permita uma real contenção de cus- de diversas gerações, áreas de activi- tos, sem prejudicar o adequado trata- dade e contextos de trabalho. Preten- Existirão porventura ideias e propos- mento dos cidadãos, em vez de confu- do que, independentemente de onde, tas similares porquanto se espera que sos, desarticulados e ineficazes remen- como e de que forma exerce medici- identifiquem as necessidades da medi- dos a que vimos assistindo. na, cada médico se sinta representado cina e dos médicos. e se reveja nas linhas de actuação que Estabelecerei na OM um Observa- apresento e reconheça a sua Ordem Contudo, existirão assinaláveis diferen- tório para as Políticas Públicas de Saú- com uma intervenção firme, sensata e ças em relação ao modo como se apre- de, convidando médicos e personali- digna. sentam, à coerência dos seus protago- dades da sociedade civil de reconhe- nistas, à credibilidade de executar aqui- cido mérito. Estou neste projecto de me propor ser lo a que se propõem ou na capacida- a imagem e porta-voz dos médicos e de de demonstrar obra feita. • Defendo um Serviço Nacional de dos valores da Medicina perante a so- Saúde tendencialmente gratuito no acto ciedade portuguesa, consciente da ár- Estou certa de que este programa de da prestação, como base estruturante dua tarefa que assumo. Esta missão é acção encontrará em cada médico o de cuidados de saúde acessíveis, com tanto mais árdua quanto, no momen- eco mobilizador e participativo que tor- qualidade e equidade, assegurando a to actual, as dificuldades e necessida- nará este projecto na realidade que os liberdade de escolha do médico pelo des crescem de forma exponencial médicos querem encontrar na sua Or- doente, base indispensável de uma re- perante crises, para além da económi- dem dos Médicos no próximo triénio. lação médico-doente esclarecida. ca, que ameaçam pilares fundamentais da coesão da nossa sociedade. Julgo Conto convosco, porque comigo sa- Considero que a sustentabilidade do que, uma vez mais, caberá aos médi- bem desde já que podem contar. SNS é da responsabilidade dos deter- cos assumirem as suas responsabilida- minantes macroeconómicos e da de- des e não permitirem que os governos PROGRAMA DE ACÇÃO cisão política mas também de cada um subordinem os valores dos médicos e de nós, médicos, na correcta utiliza- o interesse dos doentes aos poderes Principais eixos de actuação ção de recursos baseada em critérios económicos. técnicos e éticos, sem sujeição a quais- 1. Reposicionar os valores da Me- quer regras arbitrárias que coarctem Aprendi com o meu pai, médico mili- dicina e do ser humano na socie- os direitos dos doentes. tar, a colocar o interesse dos doentes dade e das instituições à frente dos interes- Cada cidadão tem também a obriga- ses pessoais, a prezar a ética e a leal- • Defendo que a Ordem dos Médi- ção de não usufruir do SNS de modo dade entre colegas em detrimento de cos deve ser parceiro incontornável, abusivo. vaidades e a cultivar respeito pelos que intervindo activamente na definição da discordam de nós. É este o meu regis- política de saúde em Portugal, basea- Organizarei programas de informa-

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ção ao cidadão sobre a correcta utili- Criarei a Comissão Médica para o Par- do Estatuto Disciplinar, para propor ao zação do SNS – deveres e direitos dos lamento, para acompanhar os trabalhos Governo um Estatuto Disciplinar que doentes – em colaboração com asso- legislativos na área da Saúde e servir de permita o exercício eficaz dos poderes ciações de doentes, organizações de plataforma para a apresentação de regulação delegados na OM. voluntariado na saúde e outras asso- proactiva de propostas dos médicos. ciações cívicas, em que se divulgue Serão ponderados, entre outros aspec- como funciona o SNS e os respectivos • Defendo a inviolabilidade da pres- tos, o número de elementos dos Con- custos de forma a adequadamente va- crição médica no interesse da segu- selhos Disciplinares (garantindo pro- lorizar o papel estruturante do SNS e rança do doente e a permanente clari- porcionalidade face ao número de mé- promover a utilização responsável dos ficação das relações dos médicos com dicos inscritos), a possibilidade de apli- recursos por todos os cidadãos. a indústria farmacêutica, impossibilitan- cação de penas de multa que revertam do a persistência de ataques em rela- para o Fundo de Solidariedade, a cria- • Defendo que a qualidade do exer- ção à idoneidade moral e científica dos ção das figuras de suspensão preventi- cício médico nas suas diversas com- médicos. va e restrição ao exercício profissional, ponentes técnico-científicas, éticas e garantindo a segurança do doente. humanas apenas deva ser avaliada Continuarei a opor-me com firmeza inter-pares, através de um rigoroso a qualquer tentativa da Associação • Defendo que a OM assegure a legíti- exercício de auto-regulação a cargo da Nacional de Farmácias de forçar a subs- ma defesa da competência e dignidade OM, independentemente do modelo ou tituição da receita médica na farmácia. do médico, erradicando as injustas acu- local de trabalho: privado, público, so- sações a médicos relativas a Acidentes cial, seguros, indústria farmacêutica, Desenvolverei o Protocolo Ético en- em Saúde, frequentemente rotulados de investigação e desenvolvimento. tre a OM e a Apifarma, com mecanis- erro ou negligência médica. mos expeditos de adequada fiscaliza- Criarei um Departamento de Audito- ção do seu cumprimento e a denúncia Proporei a criação de um Gabinete ria de Qualidade para o exercício mé- de situações que põem em risco a se- de Apoio ao Médico, dotado de uma dico, que estruture e coordene a ava- gurança dos doentes. Linha de Apoio e um Fundo para De- liação de serviços e unidades de saúde, fesa do Médico injustamente acusado no âmbito da idoneidade assistencial nas • Defendo que a OM promova a uti- ou difamado. suas vertentes técnica, científica e ética. lização correcta e segura das novas tecnologias de informação na área mé- • Defendo que cabe à ordem dos Mé- • Defendo a urgência de demonstrar dica, salvaguardando a segurança dos dicos liderar o processo da segurança aos decisores políticos a inutilidade da cidadãos, a protecção dos dados de do doente («Patient Safety»), assegu- multiplicação de estruturas sem qual- saúde e o primado do sigilo profissio- rando o direito dos cidadãos a uma quer competência técnica (como a nal médico. prestação de cuidados de saúde de Entidade Reguladora da Saúde), cujas qualidade e em segurança. actividades se resumem a burocrati- Criarei um Conselho Nacional para zar o sistema ou a multar médicos e as Tecnologias de Informação e e- Criarei uma Comissão para a Segu- hospitais do SNS, consumindo ainda Health, que estabeleça as normas de rança do Doente que elabore, em co- preciosos recursos desviados da boa prática obrigatórias para uma cor- laboração com os Colégios, um Manu- melhoria dos cuidados de saúde. recta e segura utilização destas ferra- al de Segurança do Doente, com nor- mentas, indispensáveis para uma me- mas gerais e específicas aplicadas a Proporei a todos os médicos uma dicina moderna. cada especialidade e local de exercí- Petição à Assembleia da República para cio, a ser implementado progressiva- extinção da ERS. • Defendo, num exercício de trans- mente com a colaboração e parceria parência e modernidade, que as más do Ministério da Saúde. • Defendo a urgência de publicação práticas médicas sejam rápida e ade- da Lei do Acto Médico como salvaguar- quadamente avaliadas e punidas, atra- • Defendo o papel fundamental das da da saúde e segurança dos cidadãos vés da mudança do Estatuto Discipli- Ordens Profissionais na defesa de um e para clarificar os espaços de inter- nar dos Médicos. exercício profissional com indepen- venção e a liderança médica das equi- dência técnica nas diferentes áreas do pas multidisciplinares em saúde. Criarei uma Comissão para a Revisão conhecimento. As Ordens Profissionais

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devem ser repositórios da verdadeira a convidar para este Grupo, de forma vez com o clima de suspeição e dúvi- auto-regulação dos seus membros, com representativa das diferentes sensibili- das infundadas que alguns têm fo- fidelidade a éticas e princípios que não dades médicas, elementos de todas as mentado. mudam ao sabor das modas, das con- listas concorrentes ao sufrágio do pró- veniências político-partidárias ou das ximo 15 de Dezembro. Este deverá ser Farei uma Auditoria externa às con- pressões económicas. um exercício cuidado e exigente, com tas da OM, por concurso público com consciência de ameaças e oportunida- caderno de encargos rigoroso, elabo- Desenvolverei a cooperação com o des decorrentes da pendência de apro- rado por ROC, com acompanhamen- Conselho Nacional das Ordens Pro- vação do Estatuto da OM na Assem- to permanente da aplicação de novos fissionais e uma maior articulação com bleia da República. procedimentos internos rigorosos e as Ordens da área da saúde. harmonizados, uma vez que a Ordem • Defendo e Proporei maior articu- dos Médicos é uma única entidade ju- 2. Uma ORDEM mais Próxima e lação com as Faculdades de Medicina rídica e fiscal. Participativa e Sociedades Científicas, cativando sinergias de todas as instituições para Promoverei um esforço de conten- Acredito que uma permanente pro- o desenvolvimento da Medicina e da ção económica com orçamento parti- ximidade entre a OM e os médicos é qualidade técnico-científica dos médi- cipativo da OM, abrindo a possibilida- possível e sempre desejável. Desde o cos portugueses. de de apresentação de propostas por momento da inscrição de cada médi- médicos e escrutinadas pelo CNE, co na OM, a interactividade estabele- • Defendo e Activarei a coopera- congelamento de quotas no esca- cida definirá uma maior participação ção estratégica da OM com outras lão 2 e redução em 50% nos esca- de todos nos assuntos que aos médi- organizações médicas, como elo im- lões 1 e 3, e ainda aumento de provei- cos dizem respeito. prescindível de aproximação entre to- tos (visitas de idoneidades pagas, ren- dos os médicos e reforço da interven- tabilização de salas). A OM necessita de promover a profis- ção de cada uma, assegurando o res- sionalização, reorganização e articula- peito pela autonomia e responsabili- • Defendo uma melhor e mais mo- ção dos seus diferentes departamen- dades específicas, nomeadamente com derna organização interna, a revisão e tos, garantindo uma melhor alocação sindicatos (SIM e FNAM), associações actualização dos regulamentos da OM, de recursos, ampliando a eficácia da profissionais (APMCG, AMCH, AMSP, maior abertura dos espaços físicos e sua intervenção e respondendo melhor AMPIF, APEGS). descentralização dos debates. às solicitações de cada médico. • Defendo e Proporei a articulação Irei: A Cédula Profissional deve manter-se da OM com Associações de Antigos como o documento basilar da identifi- Alunos das Faculdades de Medicina. - Instituir a figura da Consulta cação do médico, à qual se devem Referendária para as decisões acrescentar novas funcionalidades • Defendo o empenho da OM na di- mais sensíveis ou fracturantes, tecnológicas, que garantam a sua invio- vulgação cultural junto dos médicos e como fórmula democrática de labilidade e permitam a certificação da da sociedade, promovendo iniciativas pronunciamento dos médicos prescrição, o acesso ao processo clíni- desta índole a serem desenvolvidas portugueses. co e a assinatura electrónica. pelos órgãos regionais e distritais. - Estruturar um Departamento • Defendo a actualização do nosso Congregarei as inúmeras actividades de Comunicação profissiona- enquadramento institucional através da dispersas, com a constituição de um lizado, na dependência do CNE, Revisão do Estatuto da OM. Conselho para a Cultura na OM, que que divulgue inter-pares e na entre outros, analise a hipótese da cri- sociedade, o papel, intervenção Desencadearei um processo, lidera- ação de um Museu da Medicina Por- e propostas da OM. do por um dinâmico Grupo de Traba- tuguesa e da História da OM. lho para a Revisão do Estatuto da OM, - Reformular a Revista da Ordem com colegas com reconhecida experi- • Defendo que todos os médicos dos Médicos, como veículo de ência de intervenção na Ordem e na devem conhecer o destino que é da- informação, divulgação e pro- área da saúde. Desde já proponho-me do às suas quotizações e acabar de moção da actividade médica e

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da OM, promovendo o debate - Promover debates regulares Fomentarei a participação dos cole- de diferentes opiniões. sobre Ética Médica e a sua inte- gas mais jovens na construção do fu- gração no exercício médico turo, apoiando as Comissões de Inter- - Reformular o site nacional da quotidiano. nos nos diversos locais de formação. OM, instrumento de excelência na comunicação interna e ex- - Desenvolver modelos de segu- Reforçarei o papel de representação terna da OM, que, em articula- ros, de consultoria fiscal e de do Conselho Nacional dos Médicos ção funcional com os das sec- apoio jurídico adaptados às Internos (CNMI), com a indicação de ções regionais, permitirá maior necessidades dos médicos. um representante junto de cada Colé- interactividade e participação gio de Especialidade e do CNE. dos médicos e tornará a OM 3. Compromisso com os médicos mais presente na actividade quo- mais jovens Fomentarei a criação de Núcleos de tidiana dos médicos (voto elec- Internos em cada especialidade. trónico, inscrição em actividades, O futuro da Ordem dos Médicos e da pagamentos online, participação Medicina exige uma participação cada • Defendo que a investigação básica em fóruns online, actualização vez maior dos colegas mais jovens logo e clínica deve fazer parte do trajecto de dados dos médicos). desde o início da vida profissional. A formativo de qualquer médico. inscrição na OM deve ser encarada - Reavaliar os objectivos e o in- como a oportunidade de intervir acti- Estimularei e apoiarei o doutora- teresse da Acta Médica Portu- vamente, para que cada médico tenha mento em fases precoces da carreira, guesa no contexto das publi- a noção que tem uma quota-parte de acompanhado com a adequada regu- cações científicas médicas ac- responsabilidade quando diz que «a lamentação dos Internos Doutorandos. tuais. Ordem não faz nada». Privilegiarei o acesso a Fundo de - Realizar Presidências Abertas • Defendo que a OM desenvolva um Formação e Investigação a médicos em todas as secções regionais, estudo sério e rigoroso sobre os recur- internos e jovens especialistas. distritos médicos e regiões au- sos humanos médicos, coordenando tónomas, com a organização de dados já obtidos por alguns Colégios • Defendo que a participação cívica semanas temáticas associadas a de Especialidade e promovendo a ac- e associativa deve ser estimulada des- um distrito ou região, levando tualização do registo dos médicos, para de o início do percurso profissional. o conhecimento das realidades ultrapassar as eternas discussões so- locais a todos os colegas e re- bre a falta ou excesso de médicos. Articularei com a Associação Naci- colhendo o seu contributo para onal dos Estudantes de Medicina e pro- as posições nacionais. Oponho-me com firmeza à prolifera- mover a apresentação formal da OM ção de mais faculdades e cursos de Me- aos alunos do 6.º ano de Medicina nas - Elaborar Regulamentos que for- dicina. Exigirei que o número de va- diferentes faculdades. malizem a autonomia de cada gas para Medicina e para as especiali- Distrito Médico das Regiões dades reflicta uma política de âmbito Estimularei a participação dos jovens Autónomas dos Açores e da nacional sustentada em critérios téc- em associações médicas (sindicatos e Madeira, com a participação das nicos e de reais necessidades, contra- sociedades científicas), na OM e em respectivas direcções eleitas, riando impulsos ao sabor de alternân- projectos de índole humanitária. atendendo as suas especifici- cias partidárias, clientelismos populis- dades próprias, quer geográfi- tas ou critérios económicos. Promoverei a criação de Núcleos de cas e culturais, quer pela exis- Apoio aos Médicos no Estrangeiro, aos tência de Serviços Regionais de • Defendo uma formação especializada Médicos Estrangeiros e aos Jovens Es- Saúde autónomos. de qualidade, respeitando escrupulosa- pecialistas, que permitam uma melhor mente os critérios de idoneidade e ca- orientação no início da carreira, divul- - Convocar reuniões regulares e pacidade formativa definidos pelos Co- gando on-line ofertas de trabalho exis- descentralizadas com os Colé- légios de Especialidade e a participação tentes e acompanhando os contratos gios de Especialidade e os Mem- dos colegas em especialização na defini- individuais de trabalho nas suas com- bros Consultivos eleitos. ção do seu próprio percurso formativo. ponentes éticas e deontológicas.

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4. Formação Especializada e De- clínica. Em vez de números, linhas de fundamente e reforce as posi- senvolvimento Profissional Con- produção e meras estatísticas, deve ser ções da Ordem dos Médicos. tínuo respeitada a decisão médica centrada no doente. - Envio dos relatórios das visitas A OM detém indeclináveis responsabi- de verificação para atribuição lidades na especialização e qualificação Farei com que a OM lidere e envolva de idoneidades e capacidades dos médicos. O conhecimento especí- activamente todos os intervenientes formativas, às instituições que fico e único que cada Colégio de Espe- num debate gerador de um novo mo- as solicitam, para possibilitar cialidade possui e a intervenção na for- delo organizativo baseado na decisão correcção das deficiências de- mação dos médicos mais jovens são médica que retome as necessidades e tectadas. mais-valias únicas que a OM coloca ao valores essenciais de um sistema de serviço dos médicos e da sociedade. saúde moderno e eficiente. - Avaliação, por inquérito aos médicos internos, após a con- A evolução da Medicina, da tecnologia • Defendo que os Colégios de Espe- clusão da especialidade, da opi- e da sociedade, a par da mobilidade cialidade e as suas direcções eleitas nião sobre qualidade, estrutu- de profissionais e doentes num mun- entre pares, são reserva de conheci- ra, pontos fortes e fracos do do global, obriga-nos a reflectir sobre mento técnico e do estado da arte em respectivo percurso, integrada a dimensão nacional e europeia dos cada especialidade. Os seus pareceres num processo de melhoria da processos de especialização médica. e propostas, quer na área pericial quer qualidade do Internato Médico. Lançarei com a participação de todos na definição de critérios e da atribui- os médicos, o debate que permita re- ção de idoneidades e capacidades for- - Desenvolvimento, a nível naci- centrar o exercício médico numa vi- mativas, são indispensáveis para o de- onal, do Departamento de For- são holística do ser humano como úni- sempenho, pela OM das funções de mação da OM, que deverá evo- ca forma de não desagregar a prática formação, avaliação e auto-regulação. luir para um Instituto de For- médica na hiper-especialização pulve- O CNE tem um papel fundamental no mação Contínua de forma a rizadora da essência da Medicina. funcionamento harmónico de todas as fomentar a actualização dos especialidades. médicos e a replicar os Cursos • Defendo que a OM é responsável de Orientadores de Formação por que todos os médicos, em parti- • Promoverei medidas para melhorar o para o Internato Médico. cular os mais jovens, tenham forma- funcionamento e estruturação do Depar- ção especializada de qualidade e aces- tamento de Colégios, das quais saliento: - Criação de um Fundo para a so a carreiras médicas que os defen- Formação e a Investigação, fi- dam da pressão económica e dos nú- - Revisão do Regulamento Geral nanciado com as jóias de ins- meros ajustados com estatísticas de dos Colégios, com actualização crição nos colégios de especia- propaganda e privilegiem a evolução e uniformização dos Registos lidade e outros patrocínios técnica e científica, independentemen- dos Colégios. institucionais. te do exercício público ou privado. - Desenvolvimento e actualiza- Proporei abertura de vagas para os Bater-me-ei por uma articulação es- ção periódica de Manuais de Internatos de Medicina do Trabalho e tratégica com os Sindicatos Médicos Boas Práticas, de normas de ori- Medicina Desportiva. que vise a valorização profissional e a entação técnica e terapêutica. defesa de carreiras para todos os mé- 5. Intervenção Internacional dicos como pilares fundamentais da - Actualização da Tabela de No- qualificação médica, do sistema de saú- menclatura e Valor Relativo de Apesar dos diferentes modelos de Siste- de e do Desenvolvimento Profissional Actos Médicos. mas de Saúde na Europa e da subsi- Contínuo de qualidade. diariedade a que obedece a definição das - Possibilidade de apresentação políticas europeias neste âmbito, é cada • Defendo que a gestão empresarial presencial ao CNE das propos- vez mais a nível europeu que são toma- imposta na Saúde tem que ser substi- tas/pareceres elaborados pelos das as decisões que influenciam a nossa tuída por um modelo que privilegie Colégios, dando oportunidade prática diária e a prestação de cuidados uma gestão suportada na governação de debate esclarecedor que de saúde no futuro. Não é mais possível

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presidir a uma organização como a OM serviços de saúde transfronteiriços e de dole social nomeadamente: isolada na realidade regional. recursos humanos da Saúde. - Programa de Apoio Integrado A globalização, a mobilidade de pro- Continuarei a pugnar activamente ao Médico Doente. fissionais e cidadãos, as doenças emer- pela revisão da Directiva 36/2005 so- gentes e o ressurgimento de velhas bre Qualificações Profissionais que - Diagnóstico e prevenção do doenças, as técnicas de gestão de saú- permite o reconhecimento automáti- Burnout nos Médicos, já inicia- de que não conhecem fronteiras e são co das qualificações de médico e de do na Região Sul sob a minha focadas apenas no lucro, obrigam a especialista. presidência. Presidente da OM a conhecer bem a realidade internacional. Empenhar-me-ei para que os tem- - Protocolos com residências as- pos mínimos de formação, há muito sistidas e apoio domiciliário. • Defendo uma forte participação da ultrapassados na maioria dos países, OM na área internacional, fundamenta- sejam substituídos pela estrutura cur- - Apoio a órfãos e viúva(o)s. da na experiência e conhecimentos ad- ricular e competências de cada espe- quiridos ao presidir a uma organização cialidade de modo a permitir um re- - Protocolos para a abertura de médica europeia que representa mais de conhecimento automático de reais qua- creches e infantários, com horá- meio milhão de médicos, e com o traba- lificações profissionais. Na Directiva, as rios alargados e serviço de lho realizado e reconhecido noutras or- especialidades de Oncologia, Genéti- «babysitting», para apoiar os mé- ganizações médicas internacionais. ca Médica e Medicina Geral e Familiar dicos mais jovens quando no também deverão ser incluídas. início da carreira se defrontam Definirei uma estratégia nacional coe- com a dificuldade em compati- sa, com a realização de reuniões perió- No Espaço Lusófono, apoiarei o bilizar o horário das urgências dicas com as delegações da OM às di- desenvolvimento da Comunidade Mé- com a maternidade e a pater- versas organizações médicas e os re- dica de Língua Portuguesa e do seu nidade. presentantes de cada especialidade às Centro de Especialização Pós-gradua- secções mono especializadas da UEMS. da, já reconhecido e financiado pela - Casas do Médico adaptadas às CPLP, e manterei a articulação com as necessidades dos médicos no Promoverei a elaboração de relató- Ordens dos Médicos dos países que todo nacional, à semelhança rios de cada reunião internacional, pa- falam português, como suporte de uma dos projectos já concretizados ra divulgação e acompanhamento do cooperação coordenada que privilegie no Porto e em Sines, mas com trabalho realizado e em curso, com au- a cultura médica lusófona. outros modelos que contem- mento da visibilidade do impacto das plem situações de grande de- intervenções a nível internacional na Reforçarei a intervenção da OM na pendência, no intuito de digni- prática médica quotidiana. Associação Médica Mundial e no ficar os médicos até ao limite Fórum das Associações Médicas com final da existência. Na Europa liderarei a intervenção da a Organização Mundial da Saúde. OM com o objectivo prioritário de in- Estou certa que saberei unir todos fluenciar as políticas de saúde reforçan- 6. Apoio Social aos Médicos os médicos/as em torno da nossa do a participação nas diferentes orga- Ordem e dos valores éticos e cívicos nizações médicas europeias, em que • Defendo que a OM, para além do da Medicina centrada no ser humano. detém actualmente quatro presidênci- seu papel de auto-regulação, tem tam- as (AEMH, CEOM, UEMO e PWG). bém o dever de solidariedade para com Se concorda que a Bastonária deve todos os seus membros, com especial ser firme e independente dos Continuarei a fazer um acompanha- incidência em períodos mais sensíveis poderes políticos e económicos, mas mento próximo e a participar na dis- da vida (doença, acidentes, viuvez, or- sensata e interventiva, vote em cussão das diversas Directivas Euro- fandade). quem demonstra coerência, peias com impacto na saúde nacional e credibilidade e capacidade. na segurança dos cidadãos portugue- Criarei a Comissão de Apoio Social ses e do resto da Europa sobre tempo aos Médicos, que, em conjunto com o Vote Isabel Caixeiro de trabalho, mobilidade de pacientes e Fundo de Solidariedade, coordene o Por uma Ordem dos Médicos forte, de profissionais de saúde, prestação de desenvolvimento de projectos de ín- moderna e participativa.

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LISTA DE MANDATÁRIOS

Mandatário Nacional Paulo Mendo Mandatário Medicina Ind Farmacêutica Ester Freitas Mandatário Norte Agostinho Marques Mandatário Medicina Legal Teresa Magalhães Mandatário Centro António Reis Marques Mandatário Medicina Liberal Pedro Ponce Mandatário Sul Faustino Ferreira Mandatários Medicina Militar Mandatário Açores Rego Costa Exército Esmeraldo Alfarroba Mandatário Terceira Rui Bettencourt Força Aérea Eduardo Santana Mandatário Faial Aida Paiva Marinha Eduardo Teles Martins Mandatário Madeira Manuel França Gomes Mandatário Medicina Trabalho António Sousa Uva Mandatários Distritais Mandatário Médicos Estrangeiros Larisa Berco Aveiro Agostinho Lobo Mandatário Médicos no Estrangeiro Tiago Reis Marques Beja Emília Duro Braga Artur Sousa Basto Mandatário Médicos Internos Bragança Fernando Andrade Mandatário Médicos Internos Nacional Ricardo Mexia Castelo Branco Carlos Leitão Mandatário Médicos Internos Norte Lara Queirós Coimbra Rui Nogueira Mandatário Médicos Internos Sul Hugo Esteves Évora José Correia Mandatário Médicos Seguradoras Rui Aguiar Faro Carlos Larguito Claro Mandatário Saúde Pública Carlos Daniel Pinheiro Lisboa Cidade Caldeira Fradique Grande Lisboa Rui Sobral de Campos Guarda Rui Teixeira COMISSÃO DE HONRA Leiria Dulce Mendes Oeste Pedro Coito Abílio Gomes Jacinto Simões Portalegre Jaime Azedo Adriano Natário João Rodrigues Pena Porto Carlos Magalhães Albino Aroso João Sequeira Carlos Ribatejo José Salgado Alfredo Loureiro Jorge Soares Setúbal Ana Paula Oliveira Amélia Ferreira José Luiz Amaral Viana do Castelo Nelson Rodrigues Ana Aroso José Pedro Moreira da Silva Vila Real Margarida Faria Antero da Palma Carlos Luis Monteiro Viseu Fidalgo Freitas António M. Pereira Coelho Manuel Carrageta António Rendas Maria de Lurdes Levy Mandatário Cuidados Paliativos Isabel Galrriça Neto António Vaz Carneiro Maria Graça Castel-Branco Mandatário Gestão em Saúde João Gamelas Augusta Mota Mário da Silva Moura Bugalho de Almeida Mário Loureiro Mandatário Jovens Especialistas Caldas de Almeida Nuno Cordeiro Ferreira Bernardo Barahona Corrêa Cardoso de Oliveira Paula Branco Mandatário Medicina Desportiva Carvalho Araújo Paulo Ferrinho Bernardo Vasconcelos Ciro Costa Pedro Nunes Cristina Oliveira Pinto Hespanhol Mandatários Medicina Geral e Familiar Daniel Serrão Raul Amaral Marques Mandatário MGF Nacional Isabel Santos Eduardo Pacheco Rosado Pinto Mandatário MGF Norte Jaime Correia de Sousa Fernando José Oliveira Rui Bento Mandatário MGF Centro Elsa Machado Ferraz de Abreu Rui Nunes Mandatário MGF Sul Vítor Ramos Freitas e Costa Serafim Guimarães Germano de Sousa Sollari Allegro Mandatário Medicina Hospitalar Gorjão Clara Walter Osswald Mandatário Hospitalar Nacional Barros Veloso Henrique Lecour Mandatário Hospitalar Centro António Vieira Mandatário Hospitalar Norte Miguel Leão Mandatário Hospitalar Sul Fonseca Ferreira

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Curriculum Vitae

Maria Isabel Agostinho de Sousa Caixeiro

Cédula Profissional nº 19036 Nascida a 28 de Agosto de 1954, no Mindelo Filha de Rafael António de Sousa Caixeiro, médico, e de Maria Leonor Simplício Agostinho de Sousa Caixeiro

Formação Académica • Membro da Delegação Portuguesa da Ordem dos Médi- • Licenciada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médi- cos na Federação Europeia de Médicos Assalariados cas da Universidade Nova de Lisboa, curso de 1977 (FEMS),1999-2004 • Pós-graduação em Saúde Pública e Medicina Tropical do • Representante da Ordem dos Médicos na Associação In- Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Lisboa, 1985 ternacional das Autoridades Reguladoras Médicas (IAMRA) • Curso de Especialização em Medicina do Trabalho da Es- • Membro da Delegação Portuguesa no Comité Permanen- cola Nacional de Saúde Pública, 1996 te de Médicos Europeus (CPME), 1999-2007 • Pós-graduação em Gestão de Unidades de Saúde da Uni- • Membro da Delegação Portuguesa na União Europeia de versidade Católica de Lisboa, 2004 Médicos de Clínica Geral (UEMO),1999-2003 • Membro da Delegação Portuguesa no Conselho Europeu Qualificação Profissional das Ordens dos Médicos (CEOM), 1999-2010 • Especialista em Medicina Geral e Familiar, 1994 • Membro da Delegação Portuguesa na Associação Médica • Especialista em Medicina do Trabalho, 2000 Mundial (WMA), 2006-2009 • Competência em Gestão de Unidades de Saúde, 2004 • Chefe da Delegação Portuguesa à União Europeia de Médicos de Clínica Geral (UEMO), 2000 Trajecto Profissional • Vice-Presidente do Comité de Medicina Preventiva e Am- • Internato Geral no Hospital de Santa Maria, 1978-1980 biente do Comité Permanente dos Médicos Europeus • Serviço Médico à Periferia, Tavira, 1980 (CPME), 2004-2005 • Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital de Santa Ma- • Vice-Presidente da União Europeia de Médicos de Clínica ria, Lisboa, a aguardar acesso à especialidade, 1981-1982 Geral / Médicos de Família (UEMO), 2004-2007 • Prova de Acesso ao Internato Complementar, 1982 • Presidente do Comité Permanente para a Igualdade de • Internato Complementar de Patologia Clínica no Oportunidades da União Europeia de Médicos de Clínica HSM,1982-1985 Geral (UEMO) 2001-2007 • Ingresso na Carreira de Clínica Geral, por opção pessoal, • Consultora da Delegação Portuguesa à Assembleia Geral Centro de Saúde de Loures, 1985 da Organização Mundial de Saúde (OMS), Genebra, 2006- • Assistente de Clínica Geral, Centro de Saúde de Loures, 1993 2008 • Orientadora de Formação do 7.º Programa de Formação • Consultora/Expert da Área Médica da Missão TAIEX da Específica em Exercício, 1994 Comissão Europeia para o reconhecimento das qualifica- • Assistente Graduada de Medicina Geral e Familiar, Centro ções profissionais no âmbito da adesão da Croácia à União de Saúde Loures, 1995 Europeia, Croácia, 2008 • Médica dos Serviços Clínicos da Fundação Calouste • Presidente da União Europeia de Médicos de Clínica Ge- Gulbenkian, 1997-1998 ral/Médicos de Família (UEMO), 2007-2010 • Competência de Formador pelo Sistema Nacional de Certificação Profissional, 2000 Percurso Associativo na Ordem dos Médicos • Formadora do Curso de Orientadores do Internato Médi- • Membro Consultivo do Distrito Médico da Grande Lisboa co do Departamento de Formação da Ordem dos Médi- da Ordem dos Médicos,1996-1998 cos,2001-2007 • Vogal do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médi- • Médica do Trabalho nas OGMA, Auto Europa, Estoril Sol cos, triénio 1999-2001 e Casino Estoril, 1999-2004 • Coordenadora da Comissão de Avaliação dos Cuidados de Saúde do Algarve, 2000-2001 Actividade Internacional • Secretária Adjunta do Conselho Regional Sul da Ordem • Membro da Delegação Portuguesa no Fórum Europeu dos Médicos, triénio 2002-2004 das Associações Médicas Nacionais com a Organização • Presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Mundial de Saúde (EFMA-WHO), 2000-2010 Médicos, 2005-2007 e 2008-2010

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Programa de Acção para o triénio 2010-2013

«In the End, we will remember not the words of our enemies, but the silence of our friends», Martin Luther King, Jr

do se vê pela manhã ao espelho não proponho: a defesa da qualidade da ter vergonha do que vê». Estes con- Medicina; a continuação da defe- ceitos mantêm-se plenos de significa- sa das Carreiras Médicas na pers- do nos dias de hoje em que impera o pectiva técnico-científica; a defe- individualismo e a falta de ética. sa em progresso do Serviço Naci- onal de Saúde (SNS) constitucio- Assim, enveredei pelo caminho mais nal; a defesa dos interesses dos difícil e com menos glamour: o da luta jovens médicos; a reorganização em defesa dos mais fracos e contra as democrática da Ordem; o apoio à injustiças sociais. Medicina liberal e a promoção social e cultural dos médicos. Tudo isto dá a garantia de que não concorro ao cargo de Bastonário da I Ordem dos Médicos para me servir da QUALIDADE DA MEDICINA Ordem mas sim para servir, na Ordem, os médicos, a Medicina e a saúde das «O objectivo dos cuidados de saúde é pre- populações. venir, diagnosticar ou tratar enfermidades e manter e promover a saúde das popula- Razões da candidatura ções. A meta da avaliação da qualidade Jaime Teixeira Mendes em cuidados de saúde é a melhoria contí- A minha candidatura a Presidente da nua da qualidade dos serviços prestada Introdução Ordem dos Médicos começou por ser ao doente e às populações, e dos meios lançada por um grupo aberto de médi- de produzir esses serviços.» (49ª Assem- Os valores da Democracia orientaram cos, o Movimento Alternativo para a bleia Médica Mundial) a minha formação como homem e des- Ordem dos Médicos (MAOM), que em de muito cedo bebi os ideais da Justi- reuniões periódicas, desde há quatro A qualidade é intrínseca ao exer- ça e da Liberdade. anos, estuda e discute os problemas cício da profissão e a Ordem dos que afectam os médicos e a saúde em Médicos deve ser o garante da quali- Ainda conservo um quadro que se Portugal. dade da medicina praticada no nosso encontrava pendurado numa parede país, quer no público quer no privado, do escritório do meu Pai, que o ama- O Movimento tem ainda como objec- actuando com prazos limitados sem- relo dos anos não apagou os dizeres: tivo a busca alargada de uma solução pre que houver denúncia ou suspeitas «Democracia! Imortal! Nunca serás para salvar a Ordem dos Médicos da de má prática, despida de qualquer vencida! / Creio em ti, e esta crença é crise de orientação estratégica em que espírito corporativista. toda a minha fé! / Um ideal como o se tem afundado nos últimos anos. teu não cai nem se intimida / Enquan- O prestígio da profissão médica tem to um Dr. Abílio Mendes, ainda restar A defesa dos valores éticos e deonto- vindo a agravar-se nas últimas décadas. com vida / Enquanto um filho teu ain- lógicos da profissão médica, o direito As causas são multifactoriais, o que não da existir de pé!» constitucional à saúde, a dignificação inocenta a Ordem das suas responsa- das Carreiras Médicas tornou-se tam- bilidades neste processo. Contudo, é Durante a minha infância e adolescên- bém, entre outras razões, a força impul- uma das razões que leva cerca de 40% cia ouvi frases simples, mas de forte sionadora da minha candidatura. dos utentes dos sistemas de saúde a significado, como: «várias cabeças pen- recorrer às chamadas «medicinas alter- sam melhor que uma só», «da discus- É minha profunda convicção que só nativas» ou «doces». Enquanto Presi- são nasce a luz» ou ainda «não há nada uma candidatura de rotura poderá cum- dente da OM darei um combate sem melhor para um homem do que quan- prir os objectivos programáticos que tréguas ao charlatanismo.

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A qualidade da medicina está intima- logia, técnicas de comunicação ou • Sejam ouvidas nas aberturas de mente ligada à organização do tra- de dinâmicas de interacção soci- novas vagas; balho médico, à formação e às al, preparando o jovem para en- • Tenham condições de tra- Carreiras Médicas. frentar a prática clínica e para balho condignas: apoio de melhorar o contacto com os secretariado, de arquivo e jurí- A Medicina encontra-se num momen- doentes. dico, com cedência de um es- to de viragem, o avanço tecnológico paço físico dentro da Ordem; acelerado e por outro lado os limites A criação de especialidades e • Realizem reuniões inter-colégi- da prática clínica exigem que se aban- subespecialidades médicas irá os sempre que necessário, sem done os métodos de trabalho artesa- obedecer a um critério rigoroso ter de pedir autorização ao nais e se equacione uma nova orga- das necessidades do país e não vai CNE, não obstando a presença nização do trabalho médico e da estar sujeita à pressão de lobbies, como de um dos seus membros; governação clínica dos estabelecimen- se tem verificado até agora. • Estabeleçam critérios para tos de saúde com risco do agravamen- criação de novos colégios to da perda de prestígio da profissão. A qualidade da medicina praticada de especialidade, com o co- passa pela formação dos médicos, na nhecimento do plenário O trabalho médico deve organi- qual os Colégios da Especialidade dos colégios, não cedendo a zar-se em equipas multidiscipli- deverão ter um papel fundamental. influência de lobbies, mas tendo nares e de transdisciplinaridade, apenas em vista os ganhos em no sentido que lhe deu Piaget, o que Os Colégios da Especialidade são saúde para o País. não tem acontecido. a razão de ser da Ordem. Efectivamen- te, são eles, através das suas direcções A OM deverá também reactivar o sis- Pelo contrário, a fragmentação dos co- eleitas, que definem os programas de tema de creditação, em colaboração nhecimentos médicos, devido à pletora formação pós graduadas e que verifi- activa com as sociedades médicas, para de especialidades e sub especialidades, cam periodicamente a idoneidade dos todos os eventos científicos. ao não serem integrados em equipas serviços, pugnando pela Qualidade da multidisciplinares, não raras vezes têm Medicina praticada. II originado o aumento dos custos médi- DEFESA DAS CARREIRAS cos sem melhorar o tratamento dos As últimas direcções da OM têm feito MÉDICAS doentes. tudo para a desvalorização destes ór- gãos, assoberbando-os de trabalho ju- «(…) conjugar as necessidades sanitárias Apesar de várias iniciativas em con- rídico-administrativo e tornando-os da população do País, sobretudo as das trário, a formação universitária ainda órgãos meramente consultivos, como regiões mais desfavorecidas com as aspi- privilegia muito o ensino da patologia no passado quando as direcções eram rações da classe médica (…)». (in Relató- orgânica em detrimento de um conhe- nomeadas. rio sobre as Carreiras Médicas, Lisboa, cimento holístico. 1961) É indispensável uma reformulação dos Cabe à direcção da OM, juntamente poderes das direcções dos colégios e A defesa das Carreiras Médicas, numa com os docentes das Faculdades de a criação de condições para que pos- perspectiva técnico-científica é uma Medicina e os Directores de Serviço, sam exercer as suas funções com auto- constante da nossa actuação, sendo a definir a formação perante as modifi- nomia, dignidade e eficácia. Para tal pro- base da organização do trabalho mé- cações da Medicina neste século. Efec- ponho as seguintes medidas: dico a construção de uma hierarquia tivamente, a investigação de ponta, com por competência. o desenvolvimento de novas tecnolo- • Passem a ser verdadeiros gias, vai conduzir-nos à subespeciali- boards proactivos, com le- As Carreiras Médicas são um dos su- zação precoce e à necessidade do tra- gitimidade científica e téc- portes da qualidade, efectividade balho de equipa e de continuidade de nica a nível nacional; e eficiência da prestação de cuida- terapêuticas, centradas no doente e não • Estejam habilitadas a dar dos médicos e a garantia da realização na doença. de forma célere o seu pare- profissional dos médicos. cer técnico e/ou cientifico A Ordem intervirá junto das Fa- junto dos responsáveis do A formação profissional e as Carreiras culdades de Medicina para a me- Ministério, da Direcção Médicas são indissociáveis, a sua defe- lhoria do ensino e para a intro- Geral de Saúde e de outros sa intransigente, modernização e dig- dução de áreas das ciências hu- organismos que intervenham na nificação estarão sempre no centro da manas, como a Sociologia, Psico- área da saúde; nossa acção, única forma de contrari-

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ar a desvalorização da profissão que, Os médicos portugueses são obreiros mente na organização de serviços. em apenas umas décadas, perdeu o seu do SNS e também beneficiários das con- Só o SNS permite dar sentido or- tradicional prestígio. dições de exercício profissional, técni- ganizado, qualificado e útil à com- co e científico. O SNS tem sido o ga- plementaridade do sector privado; A minha candidatura defende: rante da qualidade da medicina e da 7 – O SNS tem virtualidades in- boa prática médica e, como tal, os mé- trínsecas que lhe têm permitido a • A hierarquização dos cuidados dicos têm assumido a sua defesa a par atracção dos profissionais de saú- e dos profissionais por critéri- das populações. O SNS tem possibilita- de, em particular dos médicos. Os os de formação demonstrada; do aos médicos portugueses atingirem ataques e desvirtuamentos recen- • A integração de todos os pro- níveis de excelência comprovada na- tes só reconfirmam este motivo para fissionais na estrutura de car- cional e internacionalmente, permitin- defender o SNS; reiras. As Carreiras Médicas são do a sua realização pessoal e humana. 8 – O SNS nasceu com potenciali- unas e como tal devem ser valo- dades de intervenção dos utentes rizados todos os níveis de forma- Neste contexto, a nossa reflexão con- e dos representantes das popula- ção, a começar pelo internato; junta evidencia 10 razões que justifi- ções que, a serem concretizadas, • A garantia do trabalho em equi- cam a defesa em progresso do SNS. serão o garante da sua continuida- pa e das condições de trabalho de em progresso; médico; 1 – O SNS tem sido uma estrutura 9 – O SNS acolheu e acolhe na sua • A actualização e a estruturação de organização de cuidados de saú- estrutura (com óptimos resultados) das carreiras, conteúdos, níveis de global, integrada e acessível a governação clínica por parte dos e meios de acesso, bem como a correspondendo, no essencial, às médicos ao mesmo tempo partici- avaliação de desempenho ao necessidades de saúde da popula- pada, responsável e efectiva; longo da vida, devem ser uma ção portuguesa; 10 – O SNS tem sido o melhor e preocupação permanente da 2 – O SNS tem sido uma modalida- mais efectivo garante da equidade OM, nomeadamente nos con- de de prestação de cuidados de saú- em saúde, identificando e intervin- teúdos funcionais e na promo- de e de doença efectiva, eficiente e do nos múltiplos factores determi- ção do internato a grau de car- sem alternativa comparativa (em nantes da má saúde e da doença. reira; termos de qualidade global e de • A maior responsabilidade dos jú- custos benefício); A minha candidatura irá assumir cla- ris de concursos, quanto à fun- 3 – O SNS tem ido inexoravelmente ramente a defesa do SNS não só em damentação das suas decisões e a par da organização do trabalho palavras, ou perante factos consuma- o cumprimento dos prazos legais. médico em Carreiras Médicas hie- dos, mas intervindo directamente no rarquizadas, técnica e cientifica- processo. III mente, de forma auto sustentada e A DEFESA EM PROGRESSO com resultados positivos compro- IV DO SERVIÇO NACIONAL vados; A DEFESA DOS INTERESSES DE SAÚDE 4 – O SNS tem assegurado o mais DOS JOVENS MÉDICOS alto nível de diferenciação dos cui- «(…) Porque a saúde não será uma mer- dados médicos e a sua adequação «O médico é por definição um estudante cadoria que se compre e se venda, mas às necessidades reais dos doentes; permanente». (Mendes, A., Notícias Mé- um bem colectivo como o ar e o sol (…)». 5 – O SNS tem tido sempre em dicas, 1986, Ano XV; nº 1 552) (Arnaut, A., Mendes, M., Guerra, M., in perspectiva o desenvolvimento fun- Serviço Nacional de Saúde, ed. Atlântida, damental dos cuidados primários A melhor defesa dos jovens médicos 1979) de saúde e de doença, garantindo passa pela defesa do Serviço Nacional o bem-estar e os ganhos em saúde de Saúde e pelas Carreiras Médicas, O Serviço Nacional de Saúde conti- duradouros das populações; como referido nos pontos anteriores. nua a ser uma medida politicamente 6 – O SNS, na sua perspectiva ho- moderna, socialmente avançada, cien- lística de intervenção (prevenção, O Prof. Miller Guerra e os outros tificamente correcta e com provas da- promoção, tratamento e reabilita- subscritores do Relatório das Carrei- das na efectividade e eficiência dos ção) tem considerado que a saúde ras Médicas, afirmaram nesse sentido, cuidados prestados, em particular, dos está em todas as políticas (econó- que «a formação mais válida é a das ganhos em saúde alcançados. micas, sociais e culturais) e não so- reuniões de serviço, periódicas, em que

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os mais experientes, os colegas com devem ser suficientemente flexíveis para A Ordem deve também participar ac- graus de carreira médica mais eleva- permitir ao jovem médico planear o seu tivamente na abertura de novas vagas dos, ensinam os mais novos». futuro profissional de especialista. Isto propostas pela tutela, assim como na é, pode haver preferências por certas atribuição da idoneidade formativa aos A formação pós graduada, e com mai- áreas da prática clínica ou da investiga- serviços. or enfoque a especialização, constitui ção que um programa de formação rí- um processo complexo na transmis- gido pode coarctar ou obrigar a pro- Deste modo, evitaremos criar especia- são dos mais velhos para os mais no- longar os anos do internato. listas com possíveis deficits formativos vos do saber e do saber fazer, muitas e enviar outros para o sub emprego vezes passado em torno das mesas ope- Devemos também estimular a rotati- ou mesmo o desemprego. ratórias ou durante as conversas nas vidade por outros hospitais nacionais velas, chegando quase a um ritualismo e/ou estrangeiros. Por fim, as comissões de internos nos iniciático que lembra as corporações hospitais devem ser mais activas e vigi- medievais. A formação como especialista lantes no seguimento do processo for- deve ser programada com o tu- mativo dos seus membros. Devem exi- Os problemas, que antigamente se re- tor e o director do serviço sem- gir um limite para as horas de urgên- solviam à mesa do café entre o assisten- pre com o acordo do interno. cia (quatro a seis dias/mês), tempo para te e o interno, não se compadecem com congressos, para formação e investi- a exigência e a mudança dos tempos. As funções e a acreditação dos tuto- gação e o regresso ao tempo de dedi- res, que constituem um dos pilares fun- cação exclusiva, com a respectiva com- A transformação de um licenciado em damentais do processo formativo, de- pensação salarial, durante a formação Medicina num especialista, numa área vem ser objecto de regulamentação. (única forma de realizar um treino ade- de medicina ou de cirurgia, exige hoje Hoje em dia, os tutores são escolhidos quado). um programa de formação que irá cer- pelo director de serviço entre os as- tamente ser regulado em cada país da sistentes graduados, muitos deles nun- Na minha apresentação da candidatu- União Europeia de acordo com direc- ca frequentaram nenhum curso para ra assumi o compromisso de: trizes comunitárias. formador, o que pugno de fundamen- tal, e que a Ordem devia continuar a 1. Dar maior poder aos colégios, Não me vou alongar na formação pré promover e a ministrar. de forma a garantirem a qualidade graduada, não querendo isto dizer que na formação dos internos e a pro- é menos importante na formação do O perfil do tutor deve ser estatuído e cederem a uma avaliação justa; Médico, antes pelo contrário. A peda- uniforme a nível nacional. Entre outras 2. Defender o jovem em formação gogia constatou, com espanto, que os coisas, defendo que o tutor deve, por de toda a prepotência, inclusive melhores alunos não vão ser obriga- exemplo, ter mais de sete anos de servi- dos Directores de Serviço; toriamente os melhores clínicos. ço e serem-lhe atribuídas horas sema- 3. Pugnar por um mapa de vagas nais dedicadas ao ensino do interno. transparente, que não seja feito à Muitos pedagogos apontam para a in- pressa e apenas para tapar deficiên- trodução de novos temas durante a É desejável, como já acontece noutros cias imediatas. formação médica como o saber ouvir países, a realização de encontros na- e comunicar, fornecendo aos estudan- cionais de tutores por áreas de for- Comigo como Bastonário, pela tes conhecimentos sobre dinâmicas de mação (cirurgia, medicina, pediatria, primeira vez, os médicos mais interacção social e de aquisição de etc.) promovidos pelos colégios de es- jovens não só terão uma voz ac- competência em matéria de gestão. pecialidade. tiva, como serão eles os verdadei- Abreviando, o ensino da medicina não ros protagonistas da viragem da pode restringir-se às ciências exactas, O nosso programa dá toda a autono- medicina no século XXI, exigida mas deve incluir outros conhecimen- mia e força às Direcções eleitas dos pelas sucessivas modificações so- tos da área das ciências humanas, como colégios da especialidade para, entre ciais, prestigiando de novo a nos- a sociologia, a economia ou o direito. outras atribuições, concederem anual- sa profissão. mente a nível nacional a idoneidade A minha experiência de vários anos na formativa dos serviços públicos e pri- V direcção do colégio da especialidade vados, vigiando a qualidade da medi- A REORGANIZAÇÃO DEMO- diz-me que os programas de formação cina praticada. CRÁTICA DA ORDEM

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«O mandatário eleito pelos seus conci- e gerais com poderes delibera- A Ordem tem por obrigação defender dadãos por maioria de votos, sobre uma tivos; estes colegas, nomeadamente apoian- questão de princípios, não representa nem • Eleição pelo Plenário dos Colé- do a constituição de Associações de a minoria, nem todas as nuances da mai- gios de representantes ao órgão Médicos de Medicina Liberal, dignifi- oria; nada garante que ele compreendeu nacional (Conselho Nacional); cando a sua missão de assistência à ou não atraiçoará a vontade dos seus elei- • Nomeação de comissões de éti- comunidade. tores». (in «A Democracia», Lima, M., ca, da qualidade da medicina e 1888). ainda de outras para estudo de A medicina convencionada deve con- problemas importantes a colo- tinuar a ser também praticada, no âm- A revisão dos estatutos deve, em li- car à discussão e deliberação bito dos consultórios e policlínicas. nhas gerais, permitir uma Democracia dos médicos; Representativa, Participativa e • Limitação de mandatos para a Eleito Bastonário defenderei, junto das Deliberativa. eleição do Bastonário. seguradoras, o pagamento de um va- lor digno do factor K e pedirei aos co- Nesse sentido, lutarei para que se esta- A Comissão de Revisão de Estatutos légios de especialidade a revisão do beleça um saudável convívio democrá- irá criar um método eleitoral propor- Código Deontológico da Ordem. tico, no respeito pelas minorias e na cional para as direcções dos colégios criação de um estatuto da oposição. que permita a participação de elemen- Oponho-me, desde já, à obriga- Em democracia, a oposição deve ter tos das listas minoritárias. O plenário toriedade dos consultórios adopta- os mesmos meios para chegar aos elei- dos colégios deverá também eleger um rem as novas receitas electrónicas. tores que aqueles que estão no poder. representante para o CNE. VII Eleito Bastonário irei nomear uma co- VI A PROMOÇÃO SOCIAL E missão alargada para a Revisão dos Es- APOIO À MEDICINA LIBERAL CULTURAL DOS MÉDICOS tatutos, na qual os antigos bastonários « O médico que só sabe Medicina, nem e os actuais candidatos serão convi- «uma sociedade que não cuida dos seus Medicina sabe». (Abel Salazar) dados a fim de obter um largo con- curadores é uma sociedade doente» (Men- senso. des, J., in Declaração do candidato a Pre- A promoção social e cultural dos mé- sidente da SRS da OM, 2007) dicos é um dos objectivos desta can- A minha candidatura defende ainda: didatura, que atribui às ciências hu- • Princípios de proporcionalidade A medicina liberal, a chamada medici- manas a mesma importância na medi- na construção de órgãos ple- na de consultório, está a sofrer um ata- cina do que as ciências naturais. nários que permitam a repre- que violento não só por parte dos se- sentação das várias sensibilida- guros como dos hospitais privados e A reflexão do mestre Abel Salazar, nos des médicas, bem como a cons- inclusive dos responsáveis da tutela. anos 30 do século passado – ‘quem só tituição de executivos resultan- sabe Medicina, nem Medicina sabe’ –, tes destes. Este órgão deve ter O papel deste tipo de medicina foi fun- é uma evidência esquecida, despreza- poderes deliberativos gerais e damental na assistência às populações da e muitas vezes negada na prática. deve eleger um pequeno órgão durante muitos anos e aquele que exer- executivo; cia apenas no consultório era, muitas O prestígio da profissão médica tem vin- • Eleição directa, pelos médicos, vezes e injustamente, pouco respeita- do a agravar-se nas últimas décadas. do Bastonário com introdução do pelos médicos hospitalares. Os ser- Contra esse facto, a Ordem nada tem do voto electrónico presencial viços hospitalares nunca souberam feito para o contrariar, embora, em abo- ou no domicilio, por computa- abrir as portas ao convívio com estes no da verdade, não seja só em Portugal. dor, por intermédio de uma cha- colegas que optaram ou foram obriga- ve pessoal, à semelhança do dos a seguir esta via. Assiste-se a uma deserção das profis- que já se faz em muitas socie- sões ligadas à Saúde, devido ao descon- dades científicas internacionais; Embora a maioria não dispusesse de tentamento, à falta de reconhecimento • Garantia da pluralidade, com a meios complementares de diagnósti- social e de realização profissional, à in- existência de um estatuto da co, esses médicos tinham grande expe- suficiente remuneração e aos proble- oposição; riência clínica e humanismo, e tinham, mas de formação, entre outros. Como • Assembleias distritais, regionais e têm, tempo para ouvir os doentes. alertou a Organização Mundial de Saú-

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de, o deficit de recursos humanos em Na política externa, daremos preferên- • Colaboração com a Inspecção- todo o Mundo é um dos grandes pro- cia à relação com os PALOP (Países Geral da Saúde na componen- blemas de saúde à escala global. Africanos de Língua Oficial Portugue- te técnica da acção médica; sa), garantiremos a presença nas orga- • Manutenção e melhoramento do É premente aumentar o prestígio da nizações médicas internacionais, dan- espaço Web, tornando-o mais útil actividade médica. do especial atenção aos países da Co- e acessível para os médicos, per- munidade Europeia. mitindo que o sitio se torne num As medidas a tomar neste capítulo são: espaço de participação activa com • A valorização do potencial so- Finalmente a OM deve estar disponí- discussão de temas e a criação cial da nossa actividade; vel para prestar apoio a todos os mé- de fóruns que os médicos acha- • O enriquecimento cultural dos dicos imigrantes e refugiados, colabo- rem necessários; médicos; rando nos projectos específicos pro- • Reorganização das publicações • O convívio cultural entre pares movidos pelo Alto Comissariado para escritas da Ordem; e outros sectores da sociedade; o Diálogo Intercultural (ACIDI), a Fun- • Realização e publicação obriga- • A fruição do ambiente, da be- dação Calouste Gulbenkian e as Orga- tória, no boletim e no site, de leza e do património nacional nizações Não Governamentais (ONG) um relatório anual de activida- e internacional; especializadas na matéria. des da Ordem; • A solidariedade entre colegas, • Reorganização dos gabinetes de em especial para com os que se IX contabilidade, jurídico e de as- encontram em dificuldades, cri- OUTRAS MEDIDAS sessoria de imprensa da Ordem ando um fundo de entreajuda; dos Médicos. • A criação, nas instalações da «Atrevo-me a dizer que quase tudo deve Ordem em Lisboa, de um Cen- ser mudado na Ordem». (Mendes, J., in Promoção do estatuto do Volun- tro de Convívio e Tertúlia para entrevista à Semana Médica, p. 14, nº tário os médicos seniores, muitas 602) vezes afastados do convívio Os voluntários dão uma inestimável médico. Eleito Bastonário, a mudança será sen- contribuição para o trabalho nos hos- tida além da estratégia nos métodos pitais, permitindo melhorar a qualida- VIII de trabalho, incrementando o traba- de dos serviços e impulsionar activida- REPRESENTAÇÃO EXTERNA lho de equipa, com medidas técnicas des inovadoras. Por outro lado, fazer baseadas na evidência, busca de con- voluntariado possibilita recompensas «A representação externa é o espelho da sensos com auscultação dos médicos pessoais, tais como, a valorização curri- Organização» e promoção das sondagens e do refe- cular, conhecer novas pessoas e apoiar rendo inter-pares. uma causa em que se acredita. Queremos uma Ordem pró-activa e presente na definição das grandes li- Proponho: A OM deverá apoiar os voluntários nhas estratégicas dos diversos órgãos • Auditoria externa às contas da através de acções de formação e pon- deliberativos do Ministério da Saúde. Ordem dos Médicos, uma das do à disposição das diversas ligas dos primeiras medidas necessárias; amigos dos Hospitais, o Know How da Actuaremos com propostas junto ao • Redução do valor das quotas e Ordem. Governo, grupos parlamentares e tri- isenção de pagamento no caso bunais. Iremos colaborar intimamente de obtenção de títulos de es- Comprometo-me igualmente a estudar, com as sociedades médicas, essencial- pecialista por consenso; com a Associação Portuguesa dos Mé- mente por intermédio dos colégios da • Criação de boas condições de dicos de Clínica Geral, a forma de or- especialidade. trabalho, valorizando a saúde ganizar um grupo de especialistas des- dos médicos; tinado a dar resposta, por via electró- Reactivaremos o fórum médico, numa • Organização e agilização dos nica e num prazo útil, a dúvidas sur- estreita cooperação com outras asso- processos com ou sem impli- gidas na consulta pelos médicos nos ciações, incluindo as sindicais. cação disciplinar; Centros de Saúde. • Penalização exemplar e Colaboraremos com as Associações de atempada dos casos disci- Jaime Teixeira Mendes Utentes da Saúde. plinares justificados; Outubro de 2010

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Curriculum Vitae

Jaime Teixeira Mendes Cirurgião Pediatra dava entrada nos hospitais dos EUA e do Canadá), 4 con- Nascido a 2 de Maio de 1943, em Lisboa cursos da carreira hospitalar todos com provas públicas. Residente em Lisboa Casado, 2 filhos e 2 netos ACTIVIDADE CIENTÍFICA Licenciado em Medicina pela Faculdade de Medicina da • Publicou mais de 18 artigos científicos em revistas e jor- Universidade de Lausana, Suíça nais nacionais e estrangeiros e mais de 70 comunicações em reuniões e congressos nacionais e estrangeiros. CARGOS MÉDICOS • Prelector convidado e moderador de cerca de 31 mesas • Estágios nos Hospitais de Lausana e Genebra (Radiologia, redondas em Congressos Neurologia, Cirurgia, Medicina, Ginecologia e Obstetrícia, • Responsável da Organização de vários congressos, fóruns e Dermatologia) e conferências científicas • Assistant Titulaire de Cirurgia pediátrica no Hôpital de L’Enfance, Lausanne ESPECIALIDADES • Assistant Responsable de la Policlinique Chirurgical, no Hôpital • Especialista de Cirurgia Pediátrica pela Ordem dos Médicos de L’Enfance, Lausanne • Especialista em Cirurgia Pediátrica pelo European Board in • Assistant Titulaire de Pediatria no mesmo Hospital. Paediatric Surgery (UEMS) • Assistente Hospitalar de Cirurgia Pediátrica no Hospital • Sub-especialidade em Oncologia Pediátrica (por consenso) de Santa Maria (HSM) • Assistente Hospitalar Graduado no Hospital de Santa Maria ACTIVIDADE DOCENTE e no Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil • Leccionou cirurgia pediátrica, integrada na cadeira de Pe- • Responsável pelo programa de prevenção de acidentes diatria do 6º ano Médico 1986/87 e 94/95 infantil e juvenil, na Divisão de Saúde Materno Infantil e • Leccionou Cirurgia pediátrica ao 3º ano da Escola de Adolescentes da Direcção Geral de Saúde a convite do Enfermagem de S. Vicente de Paula Ministro da Saúde, Prof. Dr. Correia de Campos • Chefe de Serviço de Cirurgia Pediátrica no Departamen- VIDA ASSOCIATIVA to da Criança e da Família do HSM • 1º Presidente da Comissão Pró-Associação dos Estudan- • Serviço militar obrigatório (1975/1976): Participou nas tes Liceais campanhas de dinamização cultural - acção cívica do MFA, • Membro da Direcção da Comissão Pró-Associação (*) dos no distrito de Viseu, dando assistência médico-sanitária às Estudantes da Faculdade de Medicina de Lisboa populações dos concelhos de Sernancelhe e Penedono (Maio • Sócio fundador do Sindicato Médico da Zona Sul a Dezembro de 1975). Trabalhou como alferes miliciano • Membro da Sociedade Portuguesa de Pediatria médico no Hospital Militar Principal e na Casa de Saúde da • Membro da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Pediátrica Família Militar, nas consultas de Pediatria. e Tesoureiro da Direcção no triénio 1993/1995 • Aposentado dos hospitais públicos desde Abril de 2009. • Actualmente exerce clínica livre no consultório e no Hos- CARGOS JÁ DESEMPENHADOS PELO DR. JAIME pital Particular de Lisboa TEIXEIRA MENDES NA ORDEM DOS MÉDICOS • Membro da actual Direcção do Colégio de Cirurgia Pediátrica ACTIVIDADES DE FORMAÇÃO • Membro da Comissão Instaladora da Especialidade de Ci- • Frequentou mais de 16 cursos profissionais no país e no rurgia Pediátrica em1993 (esta comissão teve como incum- estrangeiro. bência preparar o acto eleitoral para a Direcção do Colégio) • Prelector e Coordenador de vários cursos de formação • Membro da 1ª Direcção eleita do Colégio de Especialida- para cirurgiões pediátricos, pediatras e clínicos gerais de de Cirurgia Pediátrica (1994/1996) • Vários Cursos de Formação para profissionais de saúde • Co-redactor e relator do Programa de Formação do In- em prevenção de acidentes para crianças e jovens, no âm- ternato Complementar de Cirurgia Pediátrica bito do XXI Programa de Saúde Operacional. • Presidente da Direcção do Colégio de Especialidade de • Obtenção do Diploma de Gestão em Serviços de Saúde Cirurgia Pediátrica (1997/2000) pela Ordem dos Médicos. • Membro da Direcção do Colégio de Especialidade de Ci- rurgia Pediátrica no triénio (2005/2007) CONCURSOS E EXAMES Durante a sua carreira médica efectuou 4 exames entre os * Anos antes a Associação de Estudantes de Medicina tinha sido proi- quais o doEducational Council for Foreign Medical Graduates (que bida pelo Governo de então

24 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 ELEIÇÕES 2011-2013 Candidatura a Presidente da Ordem dos Médicos – José Manuel M. C. Silva

Defender os Médicos, os Doentes e a Saúde

QUALIDADE – ESTRATÉGIA – DIGNIDADE – RIGOR – FIRMEZA – PROFISSIONALISMO gistralmente resumidos numa frase do guém, pode colaborar proactivamente Prof. Jaime Celestino da Costa, citada na sua resolução, de forma construti- pelo Prof José Fernandes e Fernandes, va, independente e crítica, tornando- num texto sobre «Os Médicos, a Or- se num bastião inexpugnável na defe- dem e a Sociedade», incluído no seu sa da Qualidade da Saúde e da forma- livro «Nó Górdio», «A Ordem serve ção dos Médicos. dois objectivos fundamentais: defender os Médicos da Sociedade e a Socieda- Sinto que a globalidade dos Médicos de dos Médicos». não se resigna e quer uma Ordem di- ferente da actual. Uma Ordem moder- Decorrente desta circunstância, torna- na, organizada, interventiva, pró-acti- se imperioso imprimir um novo rumo, va e independente. Uma Ordem capaz uma nova orientação e uma nova di- de marcar a agenda política da saúde nâmica à Ordem dos Médicos. de forma responsável, competente para José Manuel M. C. Silva fazer face aos desafios do século XXI, Considero que a Ordem dos Médicos habilitada para enfrentar a plétora de Introdução necessita de uma nova liderança. Uma obstáculos e dificuldades que vêm sen- liderança firme, assertiva, independente do progressivamente anunciados e dis- «Só é subjugado quem não sabe e respeitada, porque «o fraco rei faz ponível para colaborar positivamente ou desiste de lutar»! fraca a forte gente» e porque se avi- e sem reservas na resolução dos pro- zinham problemas extraordinariamen- blemas da Saúde em Portugal. Esta frase traduz de forma fiel e íntima o te graves para os Médicos, para os espírito que quero recuperar, cultivar e Doentes e para a Saúde. Os Médicos Neste âmbito não posso deixar de re- transportar para a Ordem dos Médicos. querem mudança serena mas firme e cuar e recordar 1961, em que, sob a decidida, não a apagada e inoperante égide da Ordem dos Médicos e tendo Nos últimos anos, os Médicos e a Or- continuidade! Jorge da Silva Horta, Miller Guerra, dem dos Médicos têm sofrido um mo- Albino Aroso, Mário Mendes e António vimento uniformemente acelerado de A Ordem dos Médicos deve mudar o Galhordas, entre muitos outros, como desvanecimento de dignidade e pres- seu paradigma de organização, de pos- grandes impulsionadores e dinamiza- tígio, fruto de intervenções desgarra- tura e de intervenção, para poder reas- dores, pela primeira vez a ideia e os das, da ausência de qualquer estraté- sumir o papel relevante na sociedade fundamentos de uma reforma profun- gia coerente e da desprestigiante evi- que desejamos que tenha e que nunca da da Saúde e do esboço de um Servi- dência e reconhecimento da sua inca- deveria ter perdido. Actualmente, a Or- ço Nacional de Saúde foram lançados, pacidade de auto-regulação. As con- dem dos Médicos não é respeitada por em Portugal, com o Relatório das Car- sequências são a óbvia diminuição do políticos, cidadãos e doentes, nem se- reiras Médicas. Outros tempos. respeito público e da capacidade de quer pelos próprios médicos. Por isso, influência e intervenção na política da a sua capacidade de intervenção, em Infelizmente, a generalidade dos Mé- saúde. Este é um facto inquestionável termos de influência nas decisões po- dicos habituou-se a ver a Ordem e sentido por todos. São múltiplos os líticas da saúde, está reduzida à sua como uma Instituição cobradora de exemplos, que colocam sérias dificul- expressão mínima. É necessário inflec- quotas (muitos milhões de euros…) dades para o futuro, principalmente tir a condução da Ordem em 180 graus que não assume a plenitude das suas para os mais jovens. e recolocar a Ordem dos Médicos no responsabilidades e obrigações, salva- centro das decisões políticas na saú- guardando-se o trabalho de organi- Na verdade, a Ordem não tem cum- de. A Ordem dos Médicos conhece os zação do Internato Médico e das Es- prido os seus grandes desígnios, ma- problemas da saúde melhor do que nin- pecialidades.

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A Ordem pode e deve servir para profissionais e assumindo sem hesita- da Saúde merecem e necessitam deses- muito mais e é exactamente essa ideia ção ou contemporização a defesa do peradamente de uma Política de Saú- que quero explicitar com o meu pro- direito inalienável ao acesso universal, de estável, coerente e moderna. Con- grama de candidatura. Quando os Mé- socialmente equilibrado e justo e em vém recordar que, estatutariamente, dicos têm um qualquer problema pro- tempo útil de todos os cidadãos, sem entre outras finalidades essenciais, a fissional, raramente se lembram de descriminação de qualquer espécie, à Ordem dos Médicos tem a obrigação recorrer à Ordem, inequívoco sinto- Saúde e a uma moderna Medicina Pre- de «colaborar na política nacional de ma da incapacidade e insuficiências da ventiva, Curativa e de Reabilitação. saúde em todos os aspectos» (artº 6º, Ordem dos Médicos. Seria interessan- DL 282/77). te que, por momentos, os Colegas fi- Daí o meu lema ser, convicta e assumi- zessem um exercício mental de imagi- damente, «Defender os Médicos, Os Para além das ideias e propostas, igual- nar o que poderia conseguir e concre- Doentes e a Saúde», com base numa mente importante é a forma e a garan- tizar uma Ordem que funcionasse efec- série de princípios e valores como tia de cumprimentos desses objectivos. tivamente, que elegesse como primei- QUALIDADE, ESTRATÉGIA, DIGNI- A centelha podemos ir buscá-la ao dis- ra prioridade a defesa dos Médicos, dos DADE, RIGOR, FIRMEZA, PROFIS- curso que a sufragista Emmeline Doentes e da Saúde e que dialogasse SIONALISMO. Pankhurst proferiu nos EUA, em 1913: francamente com as outras organiza- «O mesmo sucede na política. Deveis ções profissionais dos Médicos, nomea- No integral cumprimento desta Mis- fazer o maior ruído possível, deveis ser damente os Sindicatos!... Tanta coisa!!! são, a Ordem dos Médicos, sob minha o mais incómodas possível, deveis ocu- É preciso mudar! orientação, actuará com intransigente par o maior espaço possível na impren- independência na defesa da Ética Mé- sa para que todo o mundo se dê con- Este sentimento generalizado de pre- dica, na propugnação duma rigorosa ta de que estais aí e que não parareis mente renovação e a indesmentível ne- política pública de Saúde centrada na até conseguir os vossos objectivos». cessidade de uma Ordem dos Médicos Qualidade da formação médica e que honre e prossiga a sua própria his- da prática clínica, na garantia duma Um século depois não é necessário re- tória transformaram-se no motor, mo- relação médico-doente persona- correr a manifestações, agitação e sa- tivação e inspiração desta candidatura, lizada e independente, na promo- botagens, mas é essencial manter a das suas propostas e de todos aqueles ção da Governação Clínica, na mesma vontade e determinação, alia- Colegas que a alimentam e apoiam. maximização dos ganhos em Saú- das a inteligência estratégica, capacida- de, na eliminação do desperdício, de e sagacidade diplomática, habilida- O objectivo nuclear talvez se possa na defesa de um Serviço Nacional de de adaptação às ocorrências, liga- resumir numa frase muito simples mas de Saúde eficiente e que cumpra ção à realidade, um bom gabinete de profundamente significativa: os seus desígnios ético-constitucionais comunicação e imprensa e, acima de e na modernização da organiza- tudo, ideias claras, bem definidas, cor- Pugnar para que a Ordem dos ção e gestão do Sistema Nacio- rectamente apresentadas e fundamen- Médicos e a sua liderança sejam nal de Saúde, ao serviço dos Portu- tadas e incansavelmente defendidas. um exemplo para o país e não o gueses e da Saúde. espelho do País. Para a prossecução dos objectivos fun- Pelas suas características e indepen- damentais acima resumidos proponho Nada mais é necessário dizer sobre o dência e na prossecução dos seus mais aos Médicos portugueses um Programa passado, porque esta candidatura é nobres objectivos, a Ordem dos Médi- de Acção baseado em cinco capítulos definitiva e decididamente virada para cos, tal como afirmei e propus publi- principais, que a seguir se desenvolvem. o futuro. camente antes de qualquer outro can- didato a Presidente do CNE, tem con- Para terminar e porque não é demais A Ordem dos Médicos tem de consti- dições únicas e ideais para promover salientá-lo, a minha candidatura apre- tuir-se como uma Instituição Nacional e alimentar um diálogo alargado na senta-se como a candidatura das idei- que represente verdadeira e conse- Sociedade portuguesa e pugnar acti- as (posteriormente reproduzidas nou- quentemente todos os Médicos Portu- vamente por um Pacto da Saúde. tras candidaturas…), da mudança, da gueses, na sua diversidade profissio- Pacto esse que deve comprometer to- renovação, da democratização, da nal, e que assuma a sua Missão de de- dos os partidos políticos, que respeite transparência, da credibilização, do fender e promover a Qualidade e Au- o SNS, a Medicina Liberal e as novas dinamismo, da assertividade. tonomia da Medicina, exigindo as con- formas de gestão da Saúde e garanta dições necessárias a um exercício pro- que o Sistema Nacional de Saúde ser- Com o cargo de Bastonário pre- fissional responsável e moderno, ve de forma adequada os Doentes e o enchido por alguém que interpre- defendendo a Ética e a Deontologia País. Portugal, o SNS e os stakeholders te estes valores que eu e a minha

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equipa personalizamos, ficare- C. Separação clara dos poderes tivas orientações clínicas. Promover mos todos a ganhar, os Médicos, Executivo, Disciplinar e Fiscal na uma participação mais activa, discuti- os Doentes, a Saúde e o País. OM, evitando acumulação de funções da e consequente dos Colégios das e eventuais conflitos de interesse. En- especialidades nos «boards» europeus 1 – Maior e Melhor Organização, quanto os Estatutos não forem revis- respectivos. Funcionalidade, Transparência e tos, assumo o compromisso de, respei- Representatividade da Ordem tando as regras estatutárias, delegar as H. Institucionalização da figura de Pre- dos Médicos (OM) funções de Presidente dos Conselhos sidente da Mesa do Plenário da Disciplinar e Fiscal nacionais e de Pre- Ordem dos Médicos e maior repre- Os Estatutos actuais não asseguram a sidente da Mesa do Plenário. sentatividade do Plenário, nomeada- melhor e mais adequada representa- mente incluindo os Presidentes dos tividade e funcionalidade da OM, difi- D. Garantia de representação do Conselhos Distritais, antigos Presiden- cultando a prossecução eficiente da Conselho Nacional do Médico In- tes do CNE e Presidentes das Secções sua Missão. terno (CNMI), com todos os direitos, Regionais. O Plenário não pode ficar Por isso proponho uma Revisão dos no CNE, que assim passaria a ter onze refém dos ausentes, pelo que devem Estatutos e Regulamentos da Or- elementos permanentes (eventualmen- ser discutidas medidas para auxiliar a dem dos Médicos baseada nos te doze elementos, ou outro montan- existência de quórum, como, por seguintes pontos: te, consoante a solução encontrada exemplo: 1) Reduzir o limiar do quórum para o número e representatividade das para 40%, não podendo funcionar com A. Constituição de um Conselho de Secções Regionais). carácter deliberativo com menos de 1/4 Revisão dos Estatutos, integrando dos representantes de cada Região? Colegas de reconhecido mérito, compe- E. Limitação de Mandatos sucessi- 2) Instituição de membros suplentes tência e idoneidade, assessorado pelo vos em todos os órgãos eleitos a um para substituir atempadamente os fal- Departamento Jurídico e com eventual máximo de dois para os cargos de pre- tosos? 3) Marcação dos Plenários or- consultadoria externa, para, até ao fim sidente de órgão e de três para os res- dinários para todo o triénio, permitin- de 2011, elaborar uma proposta de no- tantes elementos. do o agendamento em devido tempo? vos Estatutos a ser aprovada em Conse- lho Nacional Executivo (CNE) e no Ple- F. Dinamização e agilização dos proce- I. Introdução nos Estatutos dos cargos nário dos Conselhos Regionais e discu- dimentos de auto-regulação e refor- de Secretário-Geral e Tesoureiro tida com a Assembleia da República. ço da acção, independência e consti- do CNE, com voto de qualidade res- tuição dos Conselhos Disciplinares. A pectivamente no Conselho de Secre- B. Discussão e avaliação da opor- eventual criação de mais Regiões, logo tários e Conselho de Tesoureiros e para tunidade de criar mais Secções de mais Conselhos Disciplinares, tam- apoio ao CNE, agilizando as decisões Regionais, permitindo assim assegu- bém melhoraria o funcionamento da de assuntos burocrático-administrati- rar uma maior democraticidade inter- Ordem a este nível. A experiência tem vos e de gestão financeira. na e representatividade mais equilibra- demonstrado que, nas maiores Regi- da da OM. A proposta base, sujeita a ões, o número ideal de elementos dos J. Tornar estatutariamente obrigatória a ampla discussão entre a Classe e refle- Conselhos Disciplinares deverá ser publicação anual do relatório de xão e aprovação em Plenário, seria a cerca de um por cada mil inscritos na contas da Ordem na Revista da de ampliação para cinco Secções Re- respectiva Secção, assunto a ser anali- Ordem, para que todos os Médicos gionais, cada uma com dois repre- sado pelo Conselho de Revisão dos Es- saibam como são gastos os cerca de sentantes no CNE (em média), que se- tatutos. três milhões de euros anuais do orça- riam: Norte, Centro, Sul (Alentejo e mento do CNE e os cerca de seis mi- Algarve), Grande Lisboa e Ilhas (Aço- G. Efectivo Reforço e Dignificação lhões de euros anuais de cobrança de res e Madeira) [a considerar algum fac- da Missão dos Colégios como ór- quotas, sem contabilizar outras fontes tor de ponderação em função do nú- gãos de consulta obrigatória do CNE de rendimento da Ordem. Comigo na mero de médicos por Região, nomea- em questões científicas e do exercício Presidência da Ordem dos Médicos damente atribuindo três representan- profissional, como promotores da Qua- essa divulgação começará de imediato, tes à maior Secção e apenas um à mais lificação da Profissão e como respon- mesmo antes da revisão dos Estatutos. pequena Secção do Continente]. Os sáveis pela definição em cada momen- representantes das Ilhas no CNE se- to do Estado da Arte, na sua área de L. Reformulação dos Conselhos Con- rão um dos Açores e um da Madeira. intervenção, e da emissão das respec- sultivos, actualmente pouco operantes,

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no âmbito da revisão dos Estatutos. cia, qualidade e interesse do British necessariamente incluem a organiza- Medical Journal. ção de: M. Os principais cargos da Ordem dos Médicos deverão poder ser exercidos S. Desenvolver, dinamizar e modernizar • Programas de Educação Médi- a tempo inteiro, com remuneração ade- um verdadeiro Portal da Ordem dos ca Continuada e Desenvolvi- quada (a definir em Plenário). Médicos, moderno, útil, que funcione e mento Profissional, com avalia- onde os Médicos se consigam registar! ção de desempenho dos pro- N. Necessidade de reuniões suplemen- fissionais conforme critérios de- tares do CNE sempre que haja assun- T. Criação de um departamento jurídi- cididos exclusivamente inter- tos ou correspondência com mais de co autónomo, sem qualquer ligação ao pares. dois meses de espera. Conselho Disciplinar, especializado em defesa de processos contra médicos. • Elaboração de um Livro Bran- O. Criação de um mecanismo de des- 2 – Defesa da Qualidade e Valo- co sobre avaliação do desem- tituição do Presidente do CNE por res da Medicina e da Ética e Deon- penho dos Médicos por uma reincidência no incumprimento dos tologia Médicas Comissão Independente mas Estatutos. com participação Médica. A Ordem dos Médicos assume com P. Criar regime de incompatibilidades, clareza e sem equívocos a promoção E. Creditação isenta e rigorosa das nomeadamente impedindo acumula- da Qualidade do Exercício Profissio- acções de formação, de modo a asse- ção de membro do CNE com cargos nal como garantia indispensável do gurar Qualidade e Independência téc- de nomeação governamental directa direito dos Cidadãos à Saúde e à Boa nica. Iniciativas não creditadas pela ou de dirigente sindical. Medicina através das seguintes acções: Ordem não deverão ser curricular- mente valorizadas. Q. Desburocratizar o CNE, nomeada- A. Desenvolver iniciativas consequen- mente pelo funcionamento do Conse- tes, pró-activas, empenhadas e persis- F. Requalificação das Carreiras Mé- lho de Secretários, a fim de ser possí- tentes na publicação de uma Lei do dicas: compete à Ordem dos Médi- vel dedicar mais tempo e atenção à Acto Médico adequada ao tempo cos a liderança do processo de mo- discussão política e estratégica, que de- presente e à evolução da prestação de dernização da formação médica e da verá ser extensiva ao Plenário dos Con- cuidados clínicos. garantia da sua Qualidade. Deve ser selhos Regionais. promovido o debate interno das ques- B. Aceitação e cumprimento das deli- tões suscitadas pela corrente europeia R. Dinamizar e qualificar a Revista da berações dos Sindicatos sobre o perfil de recertificação. Ordem dos Médicos (ROM) para profissional do Médico, nomeadamen- alargar a comunicação com as Secções te «O médico exerce a sua actividade G. Compromisso na aplicação dos DLs Regionais, com incorporação dos seus com plena responsabilidade profissio- 176 e 177 de 2009, relativos às Car- Boletins respectivos, participação ac- nal e autonomia técnico-científica, atra- reiras Médicas, na defesa do direito à tiva dos Colégios, cujos Presidentes fa- vés do exercício correcto das funções eleição do Director Clínico hospitalar rão parte do Conselho Científico da assumidas, coopera com outros profis- e dos ACES, como elementos consulti- Revista, e criação de Secções Especia- sionais cuja acção seja complementar vos, independentes, dos Conselhos de lizadas, entre as quais: à sua e coordena as equipas multi- Administração respectivos, no exercí- - Internacional, para acompanhamen- disciplinares de trabalho constituídas». cio efectivo das funções de auto-regu- to da participação e acção dos seus lação da Profissão Médica e no direito representantes nos fóruns internacio- C. Revisão e Modernização do Estatu- dos Médicos à inviolabilidade da sua nais em que a Ordem participa to Disciplinar dos Médicos e do seu prescrição. - Jurídica, com a publicação regular de Código de Ética, considerando os no- pareceres jurídicos de interesse geral vos desafios dos avanços técnicos da H. Criação dum Fórum Nacional - Científica, da responsabilidade dos Medicina, nomeadamente no que res- para o diálogo entre os Colégios da Colégios. peita à BioMedicina. Especialidade, as Sociedades Científi- O Presidente do CNE não deverá ser cas e as Escolas Médicas para a discus- o Director da ROM, para que esta as- D. Estímulo à adopção de programas são dos Programas de Formação Mé- suma uma linha editorial independen- de Governação Clínica das Institui- dica pré e pós graduada e para a defe- te, tendo como paradigma a polivalên- ções Médicas, públicas e privadas, que sa da Qualidade da Medicina.

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I. Institucionalização de um Conselho tudo técnico independente, com o Go- Indicadores à Saúde das Pessoas», ilus- Nacional de Avaliação da Quali- verno e representantes dos Cidadãos, tram o muito que ainda há por fazer e dade da Medicina, profissionalizado, sobre as futuras necessidades de a necessidade de todos os intervenien- para, a pedido e pró-activamente, pro- Médicos em Portugal e oposição à tes colaborarem, de forma atenta, acti- mover a apreciação das condições do Política de proliferação de Escolas Mé- va e construtiva, na reforma dos CSP. exercício médico e para a implemen- dicas, tendo como objectivo a defesa O ostracismo a que a Ordem dos Mé- tação de um Programa de Monitoriza- da Qualidade da Educação Médica, o dicos votou esta reforma, a mais im- ção e Avaliação da Actuação Profissi- respeito pelos direitos e expectativas portante em curso no país, é absoluta- onal. Deste modo visa assegurar-se o da População e a defesa dos Doentes. mente indesculpável. cumprimento do Dever de Competên- Muitas coisas boas têm sido feitas na cia Médica e de Auto-Regulação da Pro- N. Defesa de exigência e padrões de MGF, mas o que ainda está por fazer é fissão. O Objectivo futuro é seguir o qualidade na gestão do Sistema de Saú- gigantesco e exige a dedicação e pre- bom exemplo dos EUA e avançar para de, Público, Privado e nas Parcerias Pú- ocupação colectiva. É absolutamente uma entidade acreditadora no âmbito blico-Privadas, com rigorosa avaliação essencial que a Ordem confira ao Co- da Ordem dos Médicos, tendo a Joint e divulgação pública de resultados e légio de MGF uma maior preponde- Comission como paradigma. Efectiva- na selecção das Instituições com ca- rância e intervenção, interna e exter- mente, em 1951 o American College pacidade para Formação dos Internos na, em todas as questões relacionadas of Physicians (ACP), a American Hos- mediante garantia pela Ordem da Ido- com os CSP. O Colégio de MGF deixa- pital Association (AHA), a American neidade dos Serviços e da Qualidade rá de sofrer a asfixia que lhe foi im- Medical Association (AMA) e a Cana- da Formação. posta no passado recente e a Ordem, dian Medical Association (CMA) jun- em diálogo franco e aberto com todos taram-se ao American College of O. Fomento de uma política de os stakeholders da área, constituir-se-á Surgeons (ACS) para criar a Joint meritocracia na exigência de Com- como parceiro e perito activo, cons- Commission on Accreditation of petência e da Transparência nas nomea- trutivo, independente e interveniente Hospitals (JCAH), uma organização ções para cargos de gestão, adminis- na Reforma dos Cuidados de Saúde independente, sem fins lucrativos, cujo tração e direcção nas instituições da Primários. Comigo a presidente da primeiro papel era o de colaborar e Saúde. Ordem dos Médicos, o Colégio de MGF disponibilizar acreditação voluntária. assumirá a voz e a defesa pública de P. A Ordem deve assumir-se como um todos os Médicos de Família, satisfei- J. A Ordem deve assumir-se como a parceiro activo e liderante na ela- tos e/ou insatisfeitos. verdadeira e consequente Entidade boração da Política da Saúde adop- A Ordem dos Médicos prestará a mai- Reguladora da Saúde, conforme re- tando um papel activo na defesa dos or atenção à melhoria das condições ferido no ponto anterior, desta forma requisitos indispensáveis para a Qua- de trabalho, à defesa da relação médi- podendo e devendo, de modo persis- lidade do Exercício Profissional em to- co-doente personalizada e independen- tente, determinado e incansável, exigir dos os sectores da actividade médica te, bem como ao Desenvolvimento Pro- sustentada e coerentemente o fim efec- desde os Cuidados de Saúde Primári- fissional Continuado de todos os Mé- tivo da ERS e do inaceitável e injusto os, Cuidados Hospitalares, Cuidados de dicos de Família, que constituem pilar imposto que a alimenta. Reabilitação, Cuidados Continuados, essencial e nuclear de um bom e efec- Rede de Urgências e Emergência, Polí- tivo Serviço Público e/ou Privado de L. Reformulação do Exame de Seriação tica do Medicamento, Gestão Hospita- Saúde. para o acesso à Especialidade e repre- lar, na avaliação técnico-científica e na sentação da OM no processo de defi- defesa da Ética em todos os domínios R. Defesa e empenhamento no aumen- nição do mapa de vagas de Especiali- da Política de Saúde. to da capacidade interventiva dos es- dade. As vagas deverão ser suficientes pecialistas de Saúde Pública no âm- para todos os Médicos que completa- Q. Ao invés do estranho, inaceitável e bito da vigilância epidemiológica e na ram a Educação Pré-Graduada nas Es- total alheamento do passado recente, definição de estratégias de acção so- colas Médicas, desse modo combaten- a Ordem passará a atribuir a máxima bre factores de risco para a saúde co- do a institucionalização de Médicos prioridade à Medicina Geral e Fa- munitária. Também neste pilar nuclear indiferenciados para serviço das institui- miliar. As palavras escritas de um Co- de qualquer sistema público de pre- ções públicas e privadas. lega de MGF, que em Outubro de 2010 venção e saúde o competente Colégio publicou um pertinente artigo no Jor- será chamado a assumir um papel mais M. Colaboração na realização dum es- nal Médico de Família, intitulado «Dos relevante e decisivo.

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S. Colaboração com outras instituições, estreita colaboração com os Colégios G. Reanálise das regras de relacionamen- com o objectivo de definir programas das Especialidades e os Parceiros Ex- to entre a Classe Médica e a Indústria qualificados em áreas de intervenção ternos interessados. Farmacêutica. Reconhecendo a enorme transversal como gestão clínica, inter- importância da Indústria Farmacêutica natos e de gestão de equipas profissio- C. Na defesa dos Médicos, a Ordem na formação Médica pós-graduada, é nais, assim como áreas de interesse para promoverá protocolos para o exercí- essencial aprimorar a transparência des- a protecção da actividade clínica. cio da Solidariedade Social para com sa relação, balizá-la com regras claras e os profissionais mais carenciados e lu- objectivas e implementar novas soluções, T. Promover-se-á, sob os auspícios da tará pela criação de um fundo de pen- evitando situações que podem atingir a Ordem e com um rigoroso método sões voluntário – Fundo de Solida- honorabilidade de toda a Classe. científico, um estudo sobre Burnout riedade Médica – para apoio social dos Médicos, em termos globais, por e económico aos Médicos sempre que H. Nas relações internacionais a Or- especialidade e por escalão etário. necessário. dem deverá privilegiar e intensificar o seu envolvimento e o desenvolvimen- A Ordem dos Médicos pugnará publi- D. Planear e desenvolver um Projec- to da Comunidade Médica de Lín- camente e sem equívocos pela defesa to Financeiro para a Ordem, cri- gua Portuguesa (CMLP) e dar maior dos mais elevados Valores da Profissão ando uma Associação Médica específi- divulgação e alargar a discussão e aná- Médica, da Ética e Deontologia, da ca para a gestão dos recursos financei- lise às suas actividades noutras orga- qualificação profissional dos Médicos ros e imobiliários da Ordem, que deve nizações internacionais. e do Direito à Boa Medicina. ser qualificada e profissionalizada, pres- tando contas anualmente. Como sinal 4 – Institucionalização do Diálo- 3 – Promoção do Diálogo e União da nova transparência da Ordem dos go permanente com os Doentes dos Médicos Portugueses e outros Médicos, o Relatório de Contas do Profissionais da Saúde e Relações CNE passará a ser publicado na É essencial estabelecer um Fórum de Externas. ROM. diálogo permanente com as associa- ções de Doentes para assegurar a de- A Ordem dos Médicos assume como E. Estabelecimento de cooperação e fesa intransigente dos anseios, neces- objectivos primordiais a concretizar diálogo permanentes com as Facul- sidades e direitos dos Doentes que durante a duração do mandato a que dades de Medicina para discussão configuram a Cidadania da Pessoa me candidato os seguintes pontos: dos problemas comuns da Educação Doente. O Presidente da Ordem deve Médica em toda a sua dimensão Pré e assumir-se como defensor duma Me- A. Reactivação do Fórum Médico Pós – graduada e implementação de dicina Científica e duma Gestão da Saú- Nacional e colaboração com os Sindi- programas de Educação e Desenvol- de verdadeiramente centradas no Do- catos e Associações Profissionais, o que vimento Profissional ao longo da vida ente e como paladino da humanização é essencial para a defesa do Exercício activa dos Médicos. Entre outros te- da Saúde, o que só pode fazer-se em Médico, para o fortalecimento da Classe mas, há muito tempo que a Ordem dos interacção constante com os Doentes. Médica como elemento estruturante da Médicos devia ter reunido com as Fa- Neste sentido proponho a criação do Sociedade, para a garantia das condi- culdades de Medicina para análise do Provedor do Doente, personalidade ções técnicas e contratuais adequadas número de vagas e da capacidade não médica de mérito reconhecido que, para a Prática Médica nas instituições formativa das Faculdades. actuando junto do Presidente da Or- públicas e privadas e para assegurar o dem, assegure a defesa dos direitos dos Direito dos Cidadãos à Boa Medicina. F. Fomento do diálogo construtivo e Doentes e que ambos presidam ao Fó- permanente com as Ordens e Associ- rum, o qual deverá reunir regularmente. B. Promoção do dialogo com os re- ações Representativas de todos os Pro- Neste âmbito e em parceria com os presentantes profissionais da Medici- fissionais da Saúde, tendo como ob- Doentes será criada uma estrutura na Privada de modo a assegurar a sua jectivo assegurar a melhor cooperação para receber participações de defesa profissional, pelo que a Ordem entre todos, a promoção da qualidade Médicos relativas a situações em que estimulará a criação duma Associa- dos serviços prestados à população e sejam impostas pela tutela/administra- ção Nacional da Medicina Libe- o Direito à Saúde e à Medicina Curati- ção medidas/restrições que coloquem ral e promoverá a actualização e ela- va de todos os cidadãos portugueses, em causa o Estado da Arte da Medici- boração dum Código de Nomenclatu- sem distinção de raça, credo ou situa- na e a Qualidade dos Cuidados pres- ra e Valorização dos Actos Médicos em ção sócio-económica. tados aos Doentes. Estas medidas são

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intoleráveis, resultam em consequên- procedimentos da Ordem dos Médi- Fica o fortíssimo apelo para uma vi- cias potencialmente graves para os cos, a ser analisada no Plenário dos vência cívica intensa, participada e Doentes e são depois consideradas Conselhos Regionais. esclarecida das próximas eleições da como «Erros Médicos». Em situação li- Ordem dos Médicos. mite a Ordem dos Médicos tomará a Apelo iniciativa de accionar e responsabili- A Ordem dos Médicos, o nosso futu- zar juridicamente os responsáveis por Termino com uma referência ao Ensaio ro, é e será o que quisermos e cons- tais medidas/restrições. No Sistema sobre a Lucidez, de José Saramago. Sem truirmos. Nacional de Saúde todos terão de as- o dramatismo deste magnífico romance, sumir as suas responsabilidades. mas tendo na mente as mensagens ex- Conto com todos vós. No Portal da Ordem dos Médicos será plícitas e implícitas que o laureado es- igualmente criada uma página infor- critor nos transmite, que aconteceria à Nota final mática onde o Doente possa re- Ordem dos Médicos se, inesperadamen- gistar todas as situações que conside- te, mais de 80% dos seus eleitores vo- A minha vontade de fazer mais e melhor rar como insuficiências/deficiências do tasse? Eventualmente também em bran- não se esgota neste programa, que, ape- Sistema Nacional de Saúde, para que co, mas preferencialmente optando en- sar de exaustivo, nunca estará completo. possam ser devidamente analisadas e tre os candidatos existentes. Seguramen- Espero, essencialmente, que dele trans- estudadas pela Ordem dos Médicos. te a Classe Médica daria uma lição de pareça a profunda determinação de tra- grande lucidez, preocupação, unidade balhar por uma Ordem muito diferente, Os interesses dos Médicos e dos Do- e intervenção, fortalecendo-se a si pró- tanto nas palavras como, sobretudo, na entes são comuns: Medicina de Quali- pria e ao Presidente eleito. seriedade, nos actos e na capacidade, ní- dade, Médicos com sólida formação e vel e independência de intervenção. actualização contínuas, Profissionais de Tal como no citado romance, certamen- Saúde em número adequado, motiva- te o poder político olharia para essa O meu percurso nos últimos nove dos e disponíveis, Cuidados de Saúde participação maciça e essa recriada anos, com dezenas de artigos publica- atempados e segundo o estado da arte, Ordem dos Médicos com um justifica- dos sobre política de saúde e múlti- Complementaridade de Sistemas e De- do receio e indisfarçável inquietude, plas intervenções públicas, em momen- fesa à outrance do Direito inalienável mas também com profundo respeito, tos particularmente difíceis, mais do e universal dos Cidadãos à Saúde e atenção e consideração… que quaisquer intervenções ou promes- à Medicina Curativa. sas limitadas ao período eleitoral, é a Perante as constantes ameaças à Qua- melhor garantia de que, em caso de Estes objectivos são fundamentais lidade e Independência de uma Medi- vitória, a minha postura como respon- para a Ordem dos Médicos reafir- cina responsável, consciente e genui- sável da Ordem dos Médicos, traba- mar, perante a opinião pública, o namente centrada no doente, a nossa lhando em conjunto com as Secções Estatuto de Parceiro Social inde- resposta deveria ser como aquela que Regionais e Distritais, com os Conse- pendente, qualificado, rigoroso, aconteceu e que Barack Obama elo- lhos Consultivos, com os Colégios e sério e inultrapassável, uma ver- giou no seu discurso de vitória, em com todas as Organizações e Escolas dadeira referência ética, moral e Chicago, «É a resposta dada… por pes- Médicas, será esclarecida, tecnicamen- científica, e não um mero grupo soas que esperaram três a quatro ho- te fundamentada, independente, deter- organizado de defesa corporativa ras, pela primeira vez na vida, porque minada, ousada e perseverante. com posições cada vez mais frá- acreditaram que, desta vez, isto devia geis e menos consequentes. ser diferente e que a sua voz podia Considero igualmente que o meu per- fazer a diferença.» curso profissional activo e o respeito 5 – Auditoria Externa inter-pares entretanto granjeado, com A nossa voz colectiva pode, deve e fará a realização de centenas de conferên- Face às dúvidas legítimas de muitos a diferença! Nós queremos fazer e va- cias e a publicação de dezenas de arti- Colegas sobre decisões financeiras e mos fazer a diferença! gos científicos, em ambiente nacional económicas da Ordem dos Médicos e internacional, aliado à vasta prática tomadas nos últimos mandatos e com Tal como Winston Churchill afirmou pe- clínica, pedagógica e de serviço de ur- o objectivo de poder assumir integral- rante a Câmara dos Comuns, em 1940, gência e emergência pré-hospitalar, mente todas as minhas futuras respon- «… sem vitória não há sobrevivência. … constituiu uma garantia adicional de sabilidades, caso eleito, pedirei uma ri- Venham, pois, e vamos fazer frente, todos qualidade, capacidade, saber, experiên- gorosa Auditoria Externa às contas e juntos, com as nossas forças unidas.» cia e respeitabilidade.

32 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 ELEIÇÕES 2011-2013 Candidatura a Presidente da Ordem dos Médicos – José Manuel M. C. Silva

Curriculum Vitae

José Manuel Monteiro de Carvalho e Silva

Nascido em Pombal a 18 de Setembro de 1959 de de Lipidologia dos HUC. - Chefe de Equipa na Urgência dos HUC. CARREIRA ACADÉMICA - Vogal da Comissão de Qualidade e Segurança do Ensino Secundário: Em 1976, concluiu o Curso Comple- Doente dos HUC. mentar, no Liceu Nacional José Falcão, com 17 valores (18 Formação complementar: às então «nucleares» para Medicina). - Curso de Iniciação Científica de Jovens Licenciatura: Concluiu os estudos na Faculdade de Medici- Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 3 a 26 de Setem- na de Coimbra, em 1983, com a classificação de Bom com bro de 1975 Distinção (17 valores). - Estatística em Investigação Médica Mestrado em Saúde Ocupacional: Aprovado em 1987 com DATINVEST – Consultores em Investimentos e Organi- a classificação final de Muito Bom. zação Industrial, 1990 Doutoramento: A 9-1-98 foi aprovado por Unanimidade, - Curso de Gestão de Serviços de Saúde Distinção e Louvor nas provas de Doutoramento Académico Centro de Oncologia de Coimbra, IPOFG, Setembro a em Medicina Interna na Faculdade de Medicina de Coimbra. Dezembro de 1995. Ensino Universitário: Fisiologia: De 1986 a 1994 foi, suces- - Curso de Técnicas de Emergência Médica da VMER de Coimbra sivamente, assistente estagiário, assistente e assistente con- INEM, Coimbra, Outubro a Novembro de 1996. vidado. Medicina do Trabalho: De 1989/90 até 1993/94, - Curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores leccionou, no Curso de Pós-Graduação em Medicina do Instituto do Emprego e Formação Profissional, 1997 Trabalho da Faculdade de Medicina de Coimbra, os temas - ATLS Course for doctors relacionados com a fisiologia cardio-respiratória do traba- American College of Surgeons – Sociedade Portuguesa lho. Endocrinologia: Assistente convidado de 1994/95 a de Cirurgia; HUC, 2000. 1997/98. Actualmente cumpre funções como Professor - Curso de Gestão de Unidades de Saúde da Universidade Católica Auxiliar de Medicina Interna da Faculdade de Medicina de Coimbra, 2/10/03 e 5/03/05. Aprovado com Distinção. Coimbra (contratado a 1-2-98). Regente da Cadeira de Clínica Geral da Faculdade de Me- ACTIVIDADE CIENTÍFICA dicina de Coimbra. Primeiro autor ou co-autor em 485 comunicações, 38 Pró-Reitor da Universidade de Coimbra: tomou posse a 18/ posters e 84 artigos científicos, apresentadas ou publicados 12/03, assumindo o pelouro de captação de novos públi- em congressos ou revistas nacionais e internacionais, mo- cos, formação contínua pós-graduada e e-learning. Substi- derou 50 mesas redondas e debates e publicou um livro e tuído a 13/10/04, a seu pedido, para se dedicar às eleições um CD de slides em lipidologia. para a Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos. Recebeu onze prémios de posters e comunicações livres. Orientou diversas Tese de Mestrado e uma Tese de Doutoramento Participou em inúmeros estudos de fase II, fase III e Fase IV com fármacos correctores das dislipidemias. CARREIRA MÉDICA Organizou múltiplas Reuniões, Jornadas e Congressos, com res- - Adquiriu o grau de Assistente Hospitalar de Medicina In- ponsabilidades que variaram de Secretário-Geral a Presidente. terna (AHMI) em 29/01/94, nos Hospitais da Universidade É membro de diversas sociedades científicas nacionais e de Coimbra (HUC), com 19,5 valores. Foi AHMI do quadro internacionais. do Centro de Oncologia de Coimbra de 1-7-95 a 31-1-98. Presidente da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose. A 1-2-98 regressou aos HUC. Actualmente desempenha as funções de Assistente Graduado no Serviço de Medi- INTERVENÇÃO SOCIAL e ASSOCIATIVA cina Interna dos HUC. Teve uma intervenção activa na discussão pública sobre os - Participou em cinco Júris de Exames de Especialidade de riscos da co-incineração. Medicina Interna. Publicou dezenas de artigos sobre questões do meio ambi- - Trabalhou na Viatura Médica de Emergência e Rea- ente e de política de saúde, nomeadamente no Diário de nimação do INEM/HUC, de Dezembro de 1996 a Julho de Coimbra, Diário as Beiras, Público, Sol, Tempo Medicina, 2003, e fez transporte de helicóptero em Santa Comba Dão. Revista da Ordem dos Médicos e Boletim da Secção Regio- - Em Outubro de 2004 foi convidado para ministrar uma nal do Centro da Ordem dos Médicos, alguns com signifi- aula sobre efeitos pleiotrópicos das estatinas na Escola cativa repercussão pública e política. Europeia de Medicina Interna, em Alicante, Espanha. Presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos - Em 16/09/04 tomou posse como Coordenador da Unida- Médicos em dois triénios.

Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 33 ELEIÇÕES 2011-2013 Candidatura a Presidente da Ordem dos Médicos – Manuel Brito

Programa de Candidatura – triénio 2010-2013

Os tempos actuais, com os desafios e parcelares e desarticuladas na área da condicionalismos inéditos que nos im- saúde, surgissem e tivessem o seu de- põem, preocupam-me como cidadão senvolvimento, sem qualquer interven- e particularmente como médico. Esta ção visível da Ordem. A ausência de preocupação foi também uma das ra- um pensamento estruturado ou de zões que pesou de forma essencial na qualquer projecto consistente levou decisão da minha candidatura. certamente a que o poder político ig- Não posso deixar pois de lhe dar o nore sistematicamente a Ordem dos relevo necessário no âmbito deste meu Médicos. O reordenamento das Urgên- programa. Entendo que a Ordem dos cias, a reforma dos Cuidados Primári- Médicos é a única instituição capaz e os, dos Cuidados Continuados, e a vocacionada para regular, colaborar e reestruturação dos Hospitais são dis- vigiar o Poder Político nas decisões so- so um bom o exemplo. Temas essenci- bre a redução das despesas na saúde, ais na reorganização dos serviços de sem que isso ponha em causa a segu- saúde dos quais a Ordem dos Médi- rança dos doentes. E garantindo a to- cos esteve infelizmente arredada. dos os portugueses, que haverá uma Manuel Brito linha clara e bem definida que limitará O recurso a um discurso eminente- até onde poderão ir as tomadas de posi- mente corporativo de alguns dirigen- A – O ENQUADRAMENTO DA ção dos governantes sem prejuízo da tes da Ordem, perdeu de forma caricata MINHA CANDIDATURA Saúde dos Portugueses. e humilhante todo o sentido, quando o próprio Bastonário vem reconhecer A condição de «Ser médico» em 2010 Só uma Ordem credível, coesa, bem publicamente, a incapacidade da Or- não pode ignorar o contexto onde hoje organizada, pró-activa e com sentido dem dos Médicos em exercer as fun- se move a sociedade portuguesa nem de missão, poderá liderar este desafio ções de auto-regulação, delegadas pelo subestimar o momento que a própria difícil, mas ao qual não pode nem deve Estado. Europa atravessa. fugir. A forma desajustada como foi gerida A profunda crise económica e financei- Mas é esta a Ordem que hoje temos? o processo do «Acto Médico», das ra que arrasta consigo uma profunda «Medicinas Alternativas», do «Código instabilidade social e condiciona o frágil Nesta ultima década, a Ordem dos de Ética» das «Carreiras Médicas», da poder político, também ele à beira de Médicos foi seguindo um trajecto pe- «Prescrição por DCI», contribuiu de- uma crise, exige a todos os médicos, para rigosamente descendente. A ausência cisivamente para um desgaste da ima- além da sua condição de cidadãos deste de pensamento estratégico, tanto no gem da classe médica na sociedade e País, uma responsabilidade acrescida. que se refere aos legítimos e naturais a perda da credibilidade perante os interesses dos médicos como no acom- poderes políticos. A intervenção dos médicos, referen- panhar dos desafios de uma Medicina ciada pela sua competência técnica e moderna, levou a Ordem dos Médicos A cultura de uma atitude demasiada tác- por um forte compromisso ético, será a optar por uma postura defensiva pe- tica, privilegiando segredos que vivem e decisiva na salvaguarda do acesso de rante ameaças de outros poderes insti- poluem os gabinetes e os corredores do todos os portugueses aos cuidados de tucionais, nomeadamente os políticos. poder, conduziu a Ordem dos Médicos saúde e às boas práticas clínicas. Este Esta atitude apenas reactiva, tem gera- a um progressivo isolamento em rela- compromisso para com os nossos do- do respostas frágeis, quase sempre in- ção ao exterior e aos olhos de muitos entes e perante a sociedade no geral, consequentes e imediatistas. Médicos. A Ordem ficou mais opaca e tem que estar para além dos constran- cinzenta. Acabou por se fechar sobre si gimentos económicos que já hoje pres- A falta incompreensível na Ordem dos própria. E quando tal acontece, as ins- sionam o quotidiano das nossas insti- Médicos de um núcleo de reflexão es- tituições engordam por dentro e as dis- tuições de saúde e sobre as quais pai- tratégica médica nacional permitiu que putas internas ganham espaço, toman- ra, um pessimismo negro. decisões tecnicamente inconsistentes, do conta do seu quotidiano.

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Foi exactamente neste contexto e no conflitos internos que fracturaram a promessa feita no passado para garan- mandato que agora termina, que sur- Ordem, especialmente neste último tir apoios futuros, nem negociar, em giram duras e frontais acusações por mandato, e que envolvem duas das can- nome de uma estratégia, eventuais parte do Presidente da Secção Regio- didaturas presentes a esta eleição. Che- apoios ou posições não enquadráveis nal do Centro, que abriram um proces- go a estas eleições sem qualquer reser- no programa apresentado. so fracturante interno, e que tocou de va ou ressentimento em relação a qual- forma directa, a figura do próprio Bas- quer colega ou grupo organizado den- O preço que a minha candidatura paga tonário. Como consequência desta cri- tro da classe. Não transporto para o para poder garantir este espaço aber- se intestina, profunda e contundente, próximo mandato nenhum contencio- to e livre de compromissos de basti- a pouca operacionalidade da Ordem so por resolver. dores, reflecte-se na ausência de qual- ficou totalmente bloqueada, a estrutu- É para mim importante poder afirmar quer máquina de apoio. Todo o esfor- ra executiva de topo definitivamente e sentir esta minha condição, pois en- ço da campanha, repousa então sobre partida e o relacionamento entre mé- tendo que uma candidatura só sairá um grupo de colegas e bons amigos, dicos, gravemente comprometido. realmente vencedora, se conseguir li- que tal como eu, querem uma Ordem Este processo fracturante interno, evi- derar um projecto que una todos os diferente, mais arejada e sem gavetas denciou a frágil consistência de uma médicos em vez de os dividir. fechadas. Ordem divida, a ausência de uma lide- rança consensual e a necessidade de 2. É uma candidatura de fora para den- Esta independência, é facilitadora de mais transparência. tro. Uma candidatura que pretende uma verdadeira mudança e protege a Foi o sinal claro e definitivo, que o tra- levar para dentro da Ordem, as vivên- minha convicção de que posso levar a jecto descendente da Ordem dos Mé- cias do quotidiano de muitos colegas Ordem dos Médicos a iniciar um novo dicos nestes últimos anos, chegara ao e das instituições onde trabalham. As ciclo. fim de um ciclo. suas preocupações, expectativas, frus- trações, receios e ambições legitimas D – PROPOSTA DE UM NOVO B – RAZÕES DA MINHA CANDI- de todos os médicos, que a Ordem tem CICLO DATURA ignorado por estar distante ou mesmo ausente. Há três grandes referências que são Candidato-me, porque perante a gran- Quero levar para dentro da Ordem, linhas de orientação para este novo de desilusão e enorme desencanto em a realidade que há muitos anos par- ciclo e que agrupam programas sec- relação à atitude e desempenho da Or- tilho com doentes, médicos e outros toriais que sustentam o seu desenvol- dem por todos constatado, decidi dar profissionais, ao longo de um trajec- vimento, ao longo dos três próximos o meu contributo para liderar um pro- to onde fui Interno, Especialista, Con- anos. jecto para mudar o actual panorama e sultor, Tutor de Internos, Responsá- a representatividade e missão que a Or- vel de uma Unidade Cirúrgica, Di- - Recuperar o prestígio Médico e de- dem dos Médicos deverá ter, por direi- rector de Internato, Director de Ser- fender a Medicina e as boas práticas to próprio, na Sociedade Portuguesa. viço de Urgência, Director Clínico de - Aproximar a Ordem de todos os um Hospital Público e de um Hospi- médicos. A minha candidatura não é um fim em tal Privado, e Membro de um Conse- - Dar sentido a uma Ordem que te- si mesmo. Pretende sim ser um contri- lho de Administração de um Centro nha uma agenda própria, que seja buto importante e um ponto de parti- Hospitalar. interventiva e não apenas reactiva. da para a criação e desenvolvimento de uma nova liderança médica, que se É esta visão, feita de experiência clíni- * Prestígio Médico e Defesa da Medici- projecte com prestígio na nossa socie- ca e de gestão, que será uma mais va- na e das Boas Práticas dade e que dê uma resposta inovado- lia quando a Ordem tiver que defen- ra às variadas questões que se colo- der as boas praticas de uma Medicina O novo ciclo que propomos para a cam hoje à Medicina, à profissão e ao moderna, proteger os doentes e cui- Ordem dos Médicos, assenta numa Sistema de Saúde. dar e restaurar o prestígio tão abala- matriz que eleja como paradigma a de- do dos médicos. fesa da Medicina. Uma Medicina mo- C – O QUE CARACTERIZA E derna, de boas práticas, cada vez mais DISTINGUE A MINHA CANDI- 3. Sem qualquer compromisso prévio, humanizada e acessível a todos os por- DATURA a minha candidatura apenas quer as- tugueses. Só defendendo a Medicina, sumir e cumprir o pensamento e as podemos tratar melhor os nossos 1. Há mais de 12 anos que não ocupo propostas que defendo na minha cam- doentes sem estigma de um corporati- qualquer cargo na Ordem dos Médi- panha e no meu programa. Não tenho vismo primário e devolver o prestígio cos. Não tive qualquer intervenção nos assim que gerir ou suportar qualquer aos médicos.

Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 35 ELEIÇÕES 2011-2013 Candidatura a Presidente da Ordem dos Médicos – Manuel Brito

1 – Formação pré-graduada: defende- 4 – A falta de recursos humanos por mais defensiva com o recurso a meios mos uma aproximação às Universida- demais evidente, deve obrigar a deci- de diagnóstico e terapêutica em ex- des, não só na procura de uma massa sões politicas mais flexíveis e eficazes, cesso. crítica indispensável e até agora, su- repensando com um horizonte de mé- Este comportamento pode condicionar bestimada pela Ordem, como também dio prazo, um problema que é estru- as práticas médicas e consumir recur- permitindo um acompanhamento da tural. sos em demasia. formação dos futuros médicos, nas di- versas Faculdades existentes. Uma 5 – Carreiras Médicas: como trajecto 9 – Linhas de orientação de diagnósti- aproximação que se deve materializar de diferenciação técnico-científica, com co e terapêutica: Patrocinadas pela Or- numa maior colaboração a nível da re- graduação obtida em provas publicas dem dos Médicos e desenvolvidas pelo flexão e decisões de nível pedagógico e sob a responsabilidade da Ordem. Colégios das Especialidades, e em cola- e científico. As Faculdades e os seus cor- Abrangendo o sector público e priva- boração com as Sociedades Científicas, pos docentes são peças essenciais e es- do, as carreiras terão de voltar a ser a ganham particular relevo na actual con- truturais em todo o sistema de saúde e garantia, para o cidadão, da compe- juntura de «cortes cegos» na saúde. a Ordem tudo deve fazer para potenciar tência técnica reconhecida inter-pares. Ainda no âmbito da medicina defensi- essa colaboração e mais valias. va e cruzando a função reguladora da 6 – Governação Clínica: a gestão em O.M., deverá ser colocada a questão 2 – Formação pós-graduada: como saúde é essencialmente um exercício pertinente, de uma legislação que regu- nota de preocupação importante e a de governação clínica. No modelo ac- lamente a Responsabilidade Objectiva. valorizar, registamos a progressiva di- tual, nomeadamente na gestão dos ficuldade em conseguir tutores com a hospitais EPE, assistimos a uma evolu- 10 – Função Reguladora: O Estado de- experiência necessária para garantir ção marcadamente de carácter admi- legou na Ordem dos Médicos a capa- uma boa formação. nistrativo, com a valorização da pro- cidade dos médicos se auto-regularem, Sugerimos uma valorização nos curri- dução. Porém, a organização do sec- reconhecendo assim tratar-se de uma cula da investigação clínica e um apoio tor clínico, não acompanhou este pro- matéria muito sensível e complexa. La- mais consistente ao internato, através cesso e perdeu espaço de intervenção mentavelmente a Ordem não cuidou do Conselho do Médico Interno. e alguma autonomia. Quando se pre- em garantir esta relevante delegação • Apoio a novas áreas de sub-es- tende equacionar uma reforma dos do Estado. Desta função reguladora pecialização que envolvam vá- hospitais, ela deverá incidir essencial- releva-se pela sua importância, para rias especialidades, com a par- mente sobre uma reestruturação da sua doentes e médicos, a função discipli- ticipação dos Colégios das Es- orgânica e da sua actividade clínica. nar que dela deriva. pecialidades; Neste contexto, há que proteger o Há pois que garantir a eficácia deste • Definir de forma clara as regras poder de decisão do médico para que no cumprimento e assegurar esta fun- de idoneidade, adaptando-as possa assumir a sua responsabilidade, ção. É essencial que os processos se- aos tempos actuais de diferen- o que implica o seu envolvimento di- jam analisados e tenham uma decisão ciação e organização de unida- recto na gestão clínica das instituições. em tempo útil. É inaceitável, como foi des de saúde, e aplicando-as de referido a existência de mais de mil forma equivalente ao sector pú- 7 – Colégios das Especialidades: o re- processos acumulados desde 2004. blico e privado; forço da sua autonomia técnica e um A solução poderá passar pela cria- • Iniciar um debate interno so- maior peso das suas decisões, devem ção de uma Estrutura de Apoio aos bre um sistema de actualização ser considerados, pois os Colégios são Conselhos Disciplinares, contratando de conhecimentos que seja o braço armado, da competência téc- médicos que devidamente remunera- consensual e adaptado à reali- nica da Ordem. dos, estivessem disponíveis para as- dade médica nacional. Gerindo a lógica da diferenciação que segurar o funcionamento regular des- não deve pulverizar as Especialidades te órgão. 3 – Medicina Geral e Familiar: As re- existentes, privilegiando o espaço das Para garantir a Transparência neste centes reformas na área dos Cuidados Especialidades estruturantes como a processo, indispensável para que seja Primários devem continuar, serem Medicina Geral e Familiar, Medicina reconhecida a credibilidade deseja- monitorizadas, identificados e ultrapas- Interna, Cirurgia Geral e Pediatria os da, proponho convidar as outras Or- sados os constrangimentos. Colégios devem garantir o equilíbrio dens a abrir um debate, nesta ques- As actuais diferenças entre as diversas desejado. tão tão sensível que também as pre- estruturas que asseguram Cuidados ocupa. Se esta capacidade regulado- Primários devem ser corrigidas e a arti- 8 – Medicina defensiva: o aumento de ra for plenamente exercida a Ordem culação, ainda deficiente e pouco apro- conflitualidade na saúde tem gerado, sairá prestigiada e os médicos mais fundada, com os hospitais, promovida. por parte dos médicos, uma atitude respeitados.

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* Promover a proximidade entre a Or- tentada e credível por parte da Or- d – Rever a Presidência do Conselho dem e os Médicos: dem dos Médicos. Disciplinar e Fiscal, no sentido de reti- Esta estrutura deverá actuar em inte- rar essa função ao Bastonário, tornan- 1 – Um primeiro projecto passa por racção com os Conselhos Consultivos do mais transparente e isenta, a sua uma aproximação às Faculdades, es- já existentes e utilizar as novas tecno- posição; tando a Ordem presente junto dos alu- logias, para reforçar o contacto per- nos, desde do primeiro ano, e com manente com todos os médicos. e – Considerar como pertinente, a cri- acesso, protocolado, a um tempo do ação do cargo de Secretário Geral da horário, para assim poder transmitir 2 – Estatutos: É consensual a necessi- Ordem dos Médicos; não só os valores e princípios subja- dade de uma revisão do actual Estatu- centes aos princípios Hipocráticos, mas to da Ordem. Manifestamente desa- f – Instituir como acto de gestão cor- também dar a conhecer a história, a justado nos dias de hoje, tem-se reve- rente o recurso a auditorias externas. organização, e os projectos da Ordem lado um constrangimento à sua funcio- dos Médicos. Por outro lado, ter a nalidade. 3 – Relação Ordem/Sindicatos: O es- oportunidade de conhecer a sensibili- Consideramos porém excessivo ser o paço de intervenção dos Sindicatos dade dos jovens alunos em relação ao bode expiatório de todas as ineficiên- Médicos e da Ordem está actualmen- ensino, às suas expectativas, o que pen- cias e justificar a falta de iniciativa que te bem definido, necessitando de uma sam do exercício da Medicina e saber marcou a Ordem nos últimos anos. articulação permanente e sinergética, em que é que a Ordem lhes poderá Como linhas de orientação para que institucional. ser útil e ajudar nessa fase da sua vida. o Estatuto corresponda às exigências A importância desse relacionamento No âmbito deste projecto, a Ordem que hoje se colocam à Ordem dos ficou bem explicita na recente fractu- dinamizaria o diálogo com a Associa- Médicos, propomos: ra entre a Ordem e os Sindicatos, veri- ção Nacional de Alunos de Medicina. ficada na negociação das Carreiras Mé- a – Agilização do poder de análise e dicas, fragilizando o poder negocial dos 2 – A Ordem, através dos membros decisão, nomeadamente entre as reu- médicos e comprometendo provavel- dirigentes das suas diversas estruturas niões do Conselho Nacional Executi- mente uma intervenção útil e por cer- (distritais ou regionais), promoverá vo. Neste contexto, sugerimos a cria- to conveniente, da Ordem dos Médi- reuniões de trabalho periódicas com ção de uma estrutura de topo, consti- cos neste processo. o corpo clínico e o concelho de admi- tuída pelo Bastonário e os Presidentes nistração das diferentes Unidades de das diferentes Secções Regionais. Os contratos individuais de trabalho Saúde públicas, privadas e sociais. Permanentemente disponível, este ór- com que os médicos são cada vez mais Este contacto regular, permitirá que gão deverá concertar as posições pú- confrontados, ainda mais reforça a ne- a Ordem se mantenha informada da blicas assumidas pela Ordem, evitan- cessidade absoluta de uma articulação situação vivida pelo sector clínico nes- do que temas eventualmente fractu- próxima entre os Sindicatos e a Or- sas instituições. A presença da Ordem rantes possam isolar a posição do Bas- dem, pois há questões de ordem labo- nas unidades de saúde, deixaria de ser tonário ou dos Conselhos Regionais e ral que devem ser seguidas pelos Sin- entendida como uma visita que só sur- comprometer, em tempo útil, a toma- dicatos e propostas de carácter técni- ge em momentos de grave crise ou da de uma posição. co ou mesmo com implicações éticas, de campanha eleitoral. Por outro lado, Esta solução proposta, deverá permi- que a Ordem deve acompanhar. seria uma oportunidade para a Or- tir que a Ordem fale a uma só voz, dem transmitir informação regular da sem prejuízo do debate interno e que 9 – Relações Internacionais: A partici- sua actividade, agenda e projectos em qualquer intervenção do Bastonário ou pação regular nas organizações médi- curso. das Regionais, ganhe o peso que só cas, nomeadamente europeias e nos uma Ordem unida pode garantir. países de expressão portuguesa, é de * Uma Ordem com Agenda e registar como positiva e deverá ser Interventiva: b – Para proteger a pluralidade nos mantida. órgãos não executivos e assim tradu- Importa, no entanto, dar a conhecer a 1 – Gabinete de Estudos: É necessário zir melhor as sensibilidades manifesta- todos os médicos o trabalho desen- criar uma estrutura que, de forma per- das no acto eleitoral, propomos a sua volvido nessas organizações e qual o manente, reúna um grupo de médicos representação, eventualmente utilizan- seu impacto na classe médica. de perfil reconhecido, para analisar e do o método de Hondt. elaborar propostas técnicas, de acor- E – CONSIDERAÇÕES FINAIS do com uma agenda pré-estabelecida c – Limitação a dois mandatos, para o pelo Conselho Nacional Executivo, ga- Bastonário e Presidentes dos Conse- Este programa de candidatura procu- rantindo desta forma uma actuação sus- lhos Regionais. ra criar as condições necessárias para

Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 37 ELEIÇÕES 2011-2013 Candidatura a Presidente da Ordem dos Médicos – Manuel Brito

um novo ciclo, onde a Ordem dos Mé- nela acreditarem. - Na votação para conseguirmos, to- dicos assuma uma postura pró-activa - Que tenha sentido para o poder dos nós uma Ordem em que todos no processo evolutivo da Medicina nu- politico nela delegar e ouvi-la. acreditemos. ma contextualização histórica, que re- - Que tenha sentido para os portu- - No futuro para construirmos uma centre o movimento médico como fac- gueses em geral a entenderem, aceita- Ordem forte e coesa que garanta o tor determinante na Sociedade de hoje. rem e respeitarem. prestigio de uma classe que há muito Por uma Ordem com Sentido: Para uma Ordem de todos vós e para sente a falta de uma verdadeira - Que tenha sentido para os médicos todos vós. nela participarem. Conto consigo: Ordem dos MÉDICOS - Que tenha sentido para os doentes - Agora para este debate.

Curriculum Vitae

Manuel Veloso de Brito

Nasceu em Coimbra a 10 de Fevereiro 1948 Responsável pela criação da Unidade de Cirurgia Vascular Licenciado pela faculdade de Medicina da Universidade de do CHF Coimbra em 1973 Presidente do Conselho Médico da Ordem dos Médicos Medico Especialista em Cirurgia Geral 1980 Da R.A.M, de 1992 a 1998

Bolseiro em Londres no Hospital St. Mary’s e no Hospital de Representante da Ordem dos Médicos na União Europeia Charing Cross em Cirurgia Vascular de 83/85 dos Médicos Especialistas (UEMS) de 1998 a 2000

Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular Director Clínico do CHF de 2000 a 2206

Consultor de Cirurgia Geral desde 1987 Membro do Conselho de Administração do Centro Hospi- talar de Lisboa Central de 2006 a 2007 Director Clínico do Hosp. Privado (Stª Catarina) Membro do Conselho de Administração do Centro Hospi- Membro Fundador da Sociedade Portuguesa de Angiologia talar de Lisboa Central EPE desde de 2007 e Cirurgia Vascular

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Na actual crise de valores e princípi- ÓRGÃOS REGIONAIS – Lista A os transversal a toda a sociedade por- tuguesa, esta candidatura só faz sen- PROGRAMA DE ACÇÃO tido com base em razões fortes que suportem os seus pilares fundamen- • CONSOLIDAR REFORMAS tais: • PREPARAR MUDANÇAS • Defender a Dignidade dos Médicos e da Medicina. • PROJECTAR O FUTURO • Defender o Direito dos Doentes à Saúde. • Defender a Qualidade e Au- Mandatário Joaquim Germano Pinto Machado Correia Silva tonomia da Medicina e do (Professor Catedrático FMUP/Escola de Ciências da Acto Médico. Saúde da UM) • Defender a Ética e a Deon- Delegado José Nelson Coelho Pereira (Cirurgia Geral) tologia da Profissão Médica. • Defender a Eficácia e Trans- Mesa da Assembleia Regional parência dos Mecanismos Presidente José Pedro da Fonseca Moreira Da Silva de Auto-Regulação Médica. (Imunoalergologia) • Defender e Unir os Médicos. Vice-Presidente José Luís Medina Vieira (Endocrinologia) Secretários Maria Manuela Selores Azevedo Gomes Meirinhos 1. Promover a existência de uma agen- (Dermatologia) da politica activa que englobe to- Raul Jorge Fernandes da Cunha das as matérias essenciais para a Saú- (Medicina Geral e Familiar) de e para os Médicos, e que resulte numa intervenção pública eticamente Conselho Fiscal Regional consistente e adequada, no sentido de António Gouveia Strecht Ribeiro (Medicina Interna) positivamente ajudar a resolver os pro- Edgar Ribeiro Lopes (Anestesiologia) blemas da Saúde em Portugal. Emídio dos Santos Carreiro (Pediatria) 2. Não permitir que a Entidade Re- Conselho Regional guladora da Saúde (ERS) interfira Alberto António Moreira Caldas Afonso (Pediatria) nas competências da Ordem dos Mé- Alberto Augusto Oliveira Pinto Hespanhol (Medicina Geral e Familiar) dicos. Amílcar Manuel Ribeiro Costa Silva (Ortopedia) André Filipe Monteiro Santos Luís (Interno Estomatologia) 3. Defender o Serviço Nacional de António Manuel Ferreira Araújo (Medicina Interna/Oncologia Médica) Saúde na sua determinação constitu- Avelino Manuel Fraga Ferreira (Urologia) cional como base estruturante da or- José António Guimarães Martins Soares (Medicina Geral e Familiar) ganização da Saúde em Portugal. Lu- José Miguel Ribeiro de Castro Guimarães (Urologia) tar pela sua melhoria e eficiência com Manuel Alexandre Guimarães Pais de Figueiredo (Anestesiologia) base: Maria de Lurdes Triana Esteves Gandra (Cirurgia Geral) Maria Marlene Lemos da Silva e Sousa (Medicina Geral e Familiar) - No respeito pelo direito à Saú- de e liberdade de escolha; Conselho Disciplinar Regional - Na qualidade da Medicina, For- Damieta Isabel Figueiredo (Anestesiologia) mação e Investigação Médicas João Francisco Montenegro de Andrade Lima Bernardes (Ginecologia) e Desenvolvimento Profissional Manuel Carlos Costa Carvalho Dias (Medicina Interna) Contínuo. Manuel Rodrigues e Rodrigues (Otorrinolaringologia) Maria de Fátima Soares da Costa Carvalho (Cirurgia Pediátrica) 4. Defender as Carreiras Médicas como suporte absolutamente indispen- ‘Que a ética e qualidade dos actos médicos praticados prevaleça sobre todas as sável do SNS e da qualidade da medi- outras matérias, porque elas dependem mais de nós, médicos, e menos dos cina portuguesa, e pugnar para que a outros.’ qualificação médica e a compe- Miguel Guimarães tência em gestão clínica sejam os

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critérios essenciais para ocupar cargos Comissão de Honra de direcção de serviços, unidades ou Agostinho Guilherme Pinto Andrade (Ortopedia) departamentos. Alexandre Alberto Guerra Sousa Pinto (Medicina Geral e Familiar/ Medicina do Trabalho) 5. Insistir na publicação de uma Lei António Carvalho Almeida Coimbra (Neurologia/Professor de Histologia do Acto Médico, que respeite o Per- e Embriologia FMUP) fil Profissional do Médico definido na António Castro Oliveira Barreto (Ortopedia) legislação sobre as Carreiras Médicas António Franklin Ribeiro Ramos (Anatomia Patológica) e a formulação da União Europeia de António Germano de Pina da Silva Leal (Cirurgia Geral) Médicos Especialistas (UEMS). António José Ferreira Santa Comba (Cirurgia Plástica) António José Matos de Oliveira (Ortopedia) 6. Defender a Receita Médica como António Manuel Pereira Ribeiro (Radiodiagnóstico) acto médico por excelência, baseado António Maria Pinheiro Torres de Meireles (Medicina Interna) na relação única de confiança médi- Bernardo Maria Pereira Teixeira Coelho (Psiquiatria) co-doente e que como tal, não deve Carlos Alberto Silva Vasconcelos (Medicina Interna) ser violada. Carlos Manuel Carvalho Santos (Cirurgia Geral) Daniel dos Santos Pinto Serrão (Anatomia Patológica) 7. Defender o direito dos doentes à Davide Maurício da Costa Carvalho (Endocrinologia) confidencialidade e protecção dos da- Eva de Miranda Xavier (Nefrologia) dos clínicos, designadamente no âmbito Fernando Gabriel Rodrigues da Costa Madureira (Ginecologia/ dos Registos de Saúde Electrónicos. Obstetrícia) Fernando Júlio Carvalho Príncipe (Hematologia Clínica) 8. Defender a complementaridade da Fernando Manuel Mendes Falcão Reis (Oftalmologia) Medicina Privada e Convenciona- Francisco José Pereira Alves (Pneumologia) da no Sistema Nacional de Saúde, que Henrique José Ferreira Gonçalves Lecour de Menezes (Infecciologia) respeite os mesmos princípios e valo- Henrique Manuel da Silva Botelho (Medicina Geral e Familiar) res do SNS. Jorge Daniel Nunes do Couto e Silva (Cirurgia Geral) Jorge Manuel Mergulhão Castro Tavares (Anestesiologia) 9. Promover a Governação Clínica Jorge Pedro Teixeira Gonçalves Pereira (Medicina Nuclear) no Sistema Nacional de Saúde como José Alberto Frey Ramos (Medicina Geral e Familiar) forma de melhorar os índices de ges- José Augusto Fleming Torrinha (Patologia Clínica) tão, qualidade, competência e organi- José Bárbara Branco (Ortopedia) zação dos serviços de saúde. José Carlos Neves da Cunha Areias (Cardiologia Pediátrica) Defender a extinção do controle bio- José Guimarães dos Santos (Cirurgia Geral) métrico digital e adoptar como ferra- José Henrique Dias Pinto de Barros (Gastroenterologia) menta essencial da avaliação da activi- José Luís Dias Delgado (Imunoalergologia) dade médica a qualidade da medicina José Manuel Gomes Lourenço (Ortopedia) praticada e a produtividade clínica, José Miguel Vieira Gomes de Carvalho (Urologia) científica e de gestão, formação e actua- Júlio Guilherme Ferreira Machado Vaz (Psiquiatria) lização médicas. Luís Alberto Martins Gomes Almeida (Ortopedia) Não permitir que os critérios de avali- Luís Filipe dos Reis Martins (Cardiologia) ação do desempenho médico sejam de- Luís Manuel Paiva Gomes Cunha Ribeiro (Imunohemoterapia) cididos por profissionais não médicos, Manuel Alberto Coimbra Sobrinho Simões (Anatomia Patológica) exigindo que esta tarefa seja da respon- Manuel Joaquim da Rocha Moreira (Medicina Interna) sabilidade da OM e em especial dos seus Maria do Carmo Chavez Martins da Cruz (Endocrinologia) Órgãos Técnicos das Especialidades, Marianela Gaioso Henriques Vaz (Imunoalergologia) Sub-Especialidades e Competências. Mário Marques de Oliveira Reis (Urologia) Miguel Jorge Santos de Oliveira Leão (Neurologia/Neurologia Pediátrica/ 10. Defender as condições físicas, téc- Genética) nicas e humanas essenciais para que o Serafim Correia Pinto Guimarães (Farmacologia) exercício da medicina possa ter níveis Valdemar Miguel Botelho Santos Cardoso (Cirurgia Geral) de qualidade referenciáveis. Neste sen- tido promover na OM a definição cor- fissional, tendo em conta o nível de 11. Promover a diferenciação mé- recta dos padrões humanos e téc- diferenciação dos actos médicos e das dica e lutar para que o trabalho de- nicos adequados ao exercício pro- unidades de saúde. senvolvido pelos Colégios de Espe-

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cialidade seja respeitado e reconhecido: 17. Apresentar uma proposta de revisão dos Estatutos da Ordem dos Médicos e dos seus Regulamentos - Na avaliação da qualidade da formação pós-graduada; Internos que permita corrigir situações menos claras e - Na definição de programas de formação revistos e agilizar o funcionamento da Instituição, designadamente no actualizados; que respeita à independência dos poderes executivo, disci- - Na definição das idoneidades e capacidades forma- plinar e fiscal, à melhoria da eficácia da sua função de auto- tivas dos serviços e consequente mapa de vagas de regulação e ao reconhecimento e reforço da importância especialidade; da função dos Colégios de Especialidade e Comissões Téc- - Na implementação de guias de orientação clínica e nicas das Sub- Especialidades e Competências. manuais de boas práticas em parceria com as Socie- dades e Associações Científicas; 18. Dignificar e respeitar o papel dos Conselhos Distritais, - Na definição de grelhas com critérios objectivos por reforçando as suas funções e descentralizando algumas das especialidade para avaliação final do internato médico; actividades da OM. - Nos pareceres técnicos emitidos. 19. Reformar a organização e gestão interna da Or- 12. Monitorizar activamente as condições de funciona- dem dos Médicos com base em auditoria crítica de proces- mento e qualidade dos internatos médicos e da for- sos e procedimentos, já iniciada na SRN, e auditoria finan- mação médica contínua em todas as unidades de saú- ceira caso se revele necessário. Redefinição do organigrama de, através de: funcional da SRN para maior responsabilização de tarefas e atribuição da responsabilidade da Contabilidade da SRN a - Informação obrigatória disponibilizada pelos directo- empresa externa à Instituição. res, orientadores de formação e internos em formação; - Auditorias periódicas realizadas pela OM através dos 20. Criação e desenvolvimento de um gabinete de co- Colégios de Especialidade e Conselho Nacional do municação e informática que integre de forma eficaz a Médico Interno (CNMI). informação em suporte físico e digital, que seja verdadeira- mente uma mais valia para os médicos, a comunidade e o Adicionalmente, defender, em articulação com o CNMI, a sistema nacional de saúde. existência de um Regulamento do Internato Médico que corresponda às expectativas dos jovens médicos e con- 21. Respeitar o direito à diferença de opiniões no seio da Co- sagre mudanças essenciais que melhorem a transparência munidade Médica e da Ordem dos Médicos e aceitar as deci- e a qualidade dos internatos médicos. sões que melhor servem os médicos e os doentes.

13. Participar de forma activa na Reforma dos Cuidados 22. Colaborar de forma activa e positiva com as outras de Saúde Primários, tendo sempre como base indispen- estruturas representativas dos médicos, como os Sindica- sável a relação médico-doente. tos Médicos e as Associações Médicas.

14. Assumir de forma decisiva e consequente a importância 23. Colaborar de forma activa com as Associações de fundamental da Saúde Pública no SNS. Doentes para melhor entender os problemas da saúde em Portugal e poder ter um papel mais relevante na defesa dos 15. Promover a investigação, definição e implementação de direitos dos doentes e da medicina portuguesa. indicadores de qualidade por patologia e especialidade, sub-especialidade ou competência médica, que permitam es- 24. Definir as necessidades de médicos das várias tabelecer critérios de qualidade de base para o ‘soalho da especialidades para os próximos 10 anos, tendo em nossa Casa’ (o ‘tecto’ são naturalmente as ‘guidelines’ defini- conta, entre outros factores, a evolução da idade da popu- das a nível internacional). Este papel é absolutamente essenci- lação e dos métodos diagnósticos e terapêuticos, a variação al para que a Ordem dos Médicos possa com rigor definir da frequência das várias patologias e a distribuição geográ- actividade e serviços médicos com o nível de qualidade abai- fica da população. Este objectivo, no qual os Colégios de xo do qual a medicina não é aceitável. Nesta matéria, os Colé- Especialidade terão um papel determinante, é absolutamente gios da Especialidade, as Comissões Técnicas de Sub-Especia- essencial para que a OM possa definir, com a certeza dos lidade e Competências, e as Sociedades e Associações Cientí- números e estudos realizados, que médicos são necessários ficas terão naturalmente um papel crucial de liderança. para os próximos anos, e assim, defender a qualidade da Educação Médica e o direito dos doentes à Saúde. 16. Promover a revisão do Código Deontológico e do Estatuto Disciplinar dos Médicos e respeitar e aplicar 25. Estabelecer uma relação mais estreita com as Faculda- os mesmos com rigor e justiça. des de Medicina e as Sociedades e Associações Ci-

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entíficas no sentido de aproximar a formação pré-gradu- 31. Manter e desenvolver a actividade cultural e social ada e a formação pós-graduada, pugnando para que todos como forma de aproximar os médicos, os médicos e a soci- os médicos tenham uma formação sólida e uma educação edade, deixando uma marca da nossa visão da cultura e do médica continuada de qualidade inquestionável, assumin- mundo. do em conjunto uma posição clara relativamente às ditas ‘novas Faculdades de Medicina’. 32. Manter a participação na FORNOP, como forma complementar de entender e participar na discussão dos 26. Promover uma acreditação eficaz e credível das activi- problemas da sociedade civil e simultaneamente dar um dades de formação e desenvolvimento profissional contí- contributo positivo para as diferentes alternativas. nuo e contribuir para o desenvolvimento da activida- de de Investigação básica e clínica em colaboração 33. Manter e rever a participação da SRN nas principais reu- com as Faculdades de Medicina, Institutos e Fundações, como niões internacionais em que a Ordem dos Médicos se forma de melhorar a qualidade da medicina. encontra envolvida: Comité Permanente dos Médicos da União Europeia, União Europeia dos Médicos Especialistas 27. Manter e desenvolver áreas de colaboração estra- (UEMS), UEMO, CEOM, FEMS e PWG. Uma organização in- tégica com outras Instituições, designadamente Univer- ternacional que continuará a merecer uma aposta clara da sidades, em matérias transversais a todas as especialidades SRN é a Comunidade Médica de Língua Portuguesa médicas, como por exemplo os cursos de pós-graduação (CMLP), com a qual estão em curso alguns projectos nas em Gestão de Unidades de Saúde e Direito da Medicina, e áreas da formação e desenvolvimento profissional contínuo. cursos de Controle e Melhoria da Qualidade em Unidades de Saúde, Formação de Auditores Clínicos, Formação para Porque acreditamos nos Valores e Princípios de base que Orientadores, Suporte Avançado de Vida, entre outros. devem orientar a nossa forma de estar na sociedade. Porque acreditamos nas Reformas já iniciadas. 28. Garantir um apoio jurídico eficaz e em tempo útil a Porque acreditamos nas Mudanças que são necessárias. todos os médicos da SRN, com base num gabinete jurídico Porque acreditamos no Futuro. especializado em Direito da Medicina. Somos candidatos aos Corpos Gerentes da Secção Regio- 29. Propor a revisão do Regulamento do Fundo de nal do Norte da Ordem dos Médicos. Solidariedade da Ordem dos Médicos no sentido de melhor apoiar e estar mais perto daqueles que têm necessi- Para a defesa e união dos médicos é preciso uma Ordem dade. sólida. Participa neste acto eleitoral. 30. Iniciar o projecto da criação de uma ‘Casa de Apoio Social do Médico’ para o presente e o futuro de Bem hajam por acreditarem em nós. todos os médicos, como uma verdadeira demonstração de solidariedade inter-pares. Lista A

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COMISSÃO CONSULTIVA DA SEGURANÇA SOCIAL Manuel Herculano de Castro Rocha (Pediatria) DOS MÉDICOS Miguel Jorge Santos de Oliveira Ferreira Leão (Neurolo- gia/Neurologia Pediátrica/Genética) Aníbal António Gil de Sousa Justiniano (Cirurgia Geral) Nuno Aires Mota de Mendonça Montenegro (Ginecolo- Maria Isabel Varela da Cunha (Endocrinologia) gia/Obstetrícia) Teresa Maria Salgado de Magalhães (Medicina Legal) COMISSÃO CONSULTIVA DE ACTIVIDADES CULTURAIS E DE LAZER COMISSÃO CONSULTIVA PARA A FORNOP

Amélia Assunção Beira Ricon Ferraz (Ginecologia/Obs- António Tomé da Costa Pereira (Ginecologia/Obstetrícia) tetrícia) Fernando Jorge Freitas Filgueiras (Clínica Geral) António Manuel Bessa Paes Cardoso (Pneumologia) José Manuel Gonçalves de Aguiar (Anestesiologia) António Manuel da Silva Vieira Lopes (Medicina Interna) Ludovino António Fernandes (Ginecologia/Obstetrícia) Bernardino António Ribeiro de Castro (Medicina Inter- Maria Helena Dias Alves (Imunohemoterapia) na) Nuno Eduardo Sevivas Sousa (Ortopedia) Carlos Manuel Moreira Mota Cardoso (Psiquiatria) Ivo Bruno de Oliveira Lopes (Urologia – Interno) COMISSÃO CONSULTIVA DE EXERCÍCIO DA MEDICI- José Manuel Ferraz de Oliveira (Imunoalergologia) NA LIVRE José Miguel Pereira de Jesus (Radiodiagnóstico) Levi Eugénio Ribeiro Guerra (Nefrologia) António Carlos Gonçalves Miranda Rodrigues Manuel Carlos Bandeira Quintas (Medicina Interna) (Radiodiagnóstico) Rodrigo Gouveia Vasconcelos Rodrigues Liberal (Interno António Pedro Pinto Cantista (Medicina Física e Reabili- Medicina Interna) tação) Rui Manuel de Melo Soares da Costa (Cirurgia Geral) Armando Amílcar Pires de Mansilha Rodrigues de Almeida (Cirurgia Vascular) COMISSÃO CONSULTIVA DE ENSINO E EDUCAÇÃO Hernâni Troufa Lencastre (Cirurgia Cardio-Torácica) MÉDICA João Duarte Coelho do Sameiro Espregueira Mendes (Ortopedia) Alberto Manuel Barros da Silva (Ginecologia/Obstetrí- José Manuel Mateus Aparício (Pediatria) cia/Genética) Leonardo José Ferreira Sousa Magalhães (Medicina Geral Dalila Maria Rodrigues Gonçalves Veiga (Interna e Familiar) Anestesiologia) Manuel Laranjeira Gomes (Neurocirurgia) Francisco José dos Santos Botelho (Interno Urologia) Maria Regina Pinto Brito Aguiar Andrade Francisco José Miranda Rodrigues Cruz (Urologia) (Neurofisiologia) Horácio Urgel Silva Monteiro da Costa (Cirurgia Plásti- Ricardo de Carvalho Campos Costa (Radiodiagnóstico) ca) Inês Quelhas Lima Bessa (Interna Cirurgia Geral) COMISSÃO CONSULTIVA PARA A QUALIDADE Jorge Manuel Nunes dos Santos (Cirurgia Geral) Jorge Pires Maciel Barbosa (Cirurgia Geral) Dorinda Inês Marques Lopes (Imunoalergologia) José Agostinho Marques Lopes (Pneumologia) Eurico Fernandes Monteiro (Otorrinolaringologia) Maria da Conceição da Costa Outeirinho (Medicina Geral Fernando Alberto da Conceição Ferreira (Medicina Ge- e Familiar) ral e Familiar) Nuno Jorge Carvalho de Sousa (Neurorradiologia) Isabel Maria Teixeira de Carvalho Pedroto Serafim Manuel da Rocha Guimarães (Ginecologia/ (Gastroenterologia) Obstetrícia) Jorge Manuel Bastos Amil Dias (Pediatria) José Manuel Pedrosa Baptista Lopes (Anatomia Patológica) COMISSÃO CONSULTIVA DE DEONTOLOGIA E ÉTICA Luís Frederico Azevedo Dias Branco Lopes (Interno MÉDICA Urologia) Manuela Baptista Balsinha (Cirurgia Geral) Eduardo Luís Fernandes Ribeiro Breda Maria Augusta Frederico Soares Guerreiro Eckenroth (Otorrinolaringologia) Guimarães (Patologia Clínica) José António Saraiva Ferraz Gonçalves (Medicina Interna) Mário Jorge Dinis Ribeiro (Gastroenterologia) José Maria Ferreira La Fuente Carvalho (Urologia) Rui Miguel Ribeiro Barbosa Farinha (Patologia Clínica)

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COMISSÃO CONSULTIVA PARA AS CARREIRAS MÉDI- COMISSÃO CONSULTIVA PARA O DESENVOLVIMENTO CAS PROFISSIONAL CONTÍNUO

António Fernando Bastos Lima (Neurologia) Abílio Augusto Ferreira (Ginecologia/Obstetrícia) Arnaldo Portas Alves Brito Lhamas (Urologia) António Manuel Machado Henriques Carneiro (Medici- Francisco António Videira Rocha Pinto (Medicina Geral na Interna/Cuidados Intensivos) e Familiar) Carla Cristina Abreu Faria de Freitas Morna Almeida (Me- Joaquim César Ferreira da Silva (Ortopedia) dicina Geral e Familiar) Joaquim Jesus Gonçalves (Ginecologia/Obstetrícia) Carlos Manuel Pires Martins da Silva (Urologia) Jorge Nuno Costa Marvão (Interno Anestesia) Carlos Rodrigo Magalhães Ramalhão (Cardiologia) José Manuel Queimada da Silva Soares (Urologia) José Manuel Lopes Teixeira Amarante (Cirurgia Plástica) Maria de Fátima da Mota Barros Marinho Pina Luís Pedro Machado Osório (Urologia) (Anestesiologia) Pedro Manuel Morais Teixeira (Medicina Interna/Oncologia Maria do Rosário Ferreira Cunha Figueirinhas Costa Médica) (Otorrinolaringologia) Pedro Tiago Sobrinos Guimarães Silva (Ginecologia/ Rui Miguel Lemos Koehler (Pediatria) Obstetrícia) Rui Afonso Moia Pereira Cernadas (Medicina Geral e Fa- COMISSÃO CONSULTIVA PARA AS NOVAS miliar) TECNOLOGIAS NA SAÚDE COMISSÃO CONSULTIVA PARA O EXERCÍCIO TÉCNI- Altamiro Manuel Rodrigues da Costa Pereira (Clínica CO DA MEDICINA Geral) Fernanda Jesuína Rocha Gouveia Pinheiro Pereira Ana Maria de Oliveira Aroso Monteiro (Ginecologia/ (Medicina Geral e Familiar) Obstetrícia) Fernando José Oliveira Lopes (Médico Auditor em António Alberto Malheiro da Fonseca Almeida (Medici- Codificação Clínica) na Geral Familiar/Medicina do Trabalho) Francisco Bernardo Paula Marques da Costa e Almeida António Manuel Moreira Serrano (Medicina Geral Fa- (Ortopedia) miliar/Medicina do Trabalho) Frederico Alexandre Moreira Alves do Carmo Reis Carlos André Norton Mexedo (Anestesiologia) (Urologia) Jorge Manuel Simões Guerra e Paz (Patologia Clínica) Jaime Daniel Pacheco Martinho Vilaça (Cirurgia Geral) José Manuel Carvalho Morais (Patologia Clínica) Joaquim Manuel da Costa Pereira (Cirurgia Geral) Maria Antónia Sampaio Trigo Cabral (Anestesiologia) José Manuel Rodrigues Fonseca (Neurorradiologia) Mário Gomes de Abreu Viana (Psiquiatria) Mário Ferreirinha Caetano Nora (Cirurgia Geral) Paula Maria Tavares Ramôa (Ginecologia/Obstetrícia) Paulo Manuel de Vasconcelos Aguiar Soares (Cirurgia Geral) COMISSÃO CONSULTIVA PARA O MEDICAMENTO Rui Manuel de Melo Vieira Machado (Cirurgia Vascular) Jorge Manuel Silva Junqueira Polónia (Medicina Inter- na/Cardiologia/Farmacologia Clínica) COMISSÃO CONSULTIVA PARA AS RELAÇÕES INTER- José Guilherme Machado Monteiro (Oftalmologia) NACIONAIS José Luís de Almeida (Clínica Geral/Medicina Farmacêu- tica/Farmacologia Clínica) António Jaime Botelho Correia de Sousa (Medicina Geral José Pedro Lopes Nunes (Medicina Interna/Cardiologia/ e Familiar) Farmacologia Clínica) Isabel Maria Sousa Chaves Castro Santos Almeida (Medi- Luís Jorge Santos Grangeia (Medicina Interna) cina Geral e Familiar) José Guimarães dos Santos (Cirurgia Geral) Maria Alberta Coelho de Magalhães (Medicina Geral e Manuel Alexandre Negrais de Pinho Gonçalves Pereira Familiar) (Interno Ortopedia) Maria Luciana Gomes Domingues Couto Carvalho (Me- Mariana Nápoles Tudela Pinho Gomes (Medicina Geral e dicina Geral e Familiar) Familiar) Paulo Jorge da Silva Correia de Sá (Ortopedia) Rui Pedro Rodrigues Gonçalves Veiga (Interno Medicina Rosa Sousa Martins da Rocha Begonha (Medicina Interna) Interna)

Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 45 ELEIÇÕES 2011-2013 Candidatura ao Conselho Regional do Norte

COMISSÃO CONSULTIVA PARA O SERVIÇO NACIONAL Carla Maria Barreto da Silva Sousa Rego (Pediatria) DE SAÚDE Carlos Filipe Pinto Leite de Gonçalves Basto (Medicina Interna) Aníbal António Braga de Albuquerque (Cardiologia) Joana Savva Bordalo e Sá (Interna Oncologia Médica) António Joaquim Freitas de Oliveira e Silva (Medicina João Moreira Pinto (Interno Cirurgia Pediátrica) Interna) José Manuel de Lemos Pavão (Cirurgia Pediátrica) João Manuel de Sousa Almeida (Pneumologia) Vasco Rui da Gama Ribeiro (Cardiologia) Jorge Luís da Costa Catarino (Medicina Geral e Familiar) Luís Manuel Estrela do Carmo Monteiro (Cirurgia Geral) NÚCLEO PARA A REVISÃO DO CNVRAM Maria Cândida Machado Barreira (Saúde Pública) Maria Rosário Dias (Medicina Interna) António Francisco Martingo Serdoura (Ortopedia) Paulo Jorge Barbosa Carvalho (Medicina Interna) Júlio Manuel Afonso Guimarães (Anestesiologia) Paulo Miguel Pereira Sarmento Carvalho (Ginecologia/ Nuno Maria Trigueiros da Silva Cunha (Otorrino- Obstetrícia) laringologia)

COMISSÃO CONSULTIVA PARA PROMOÇÃO DE ACTI- NÚCLEO PARA A REVISÃO DO ESTATUTO VIDADES CIENTÍFICAS Presidentes do CRN António Carlos Megre Eugénio Sarmento (Infecciologia) Dagoberto Marílio Monteiro Moura (Medicina Geral e Carlos Alberto Silva Lopes (Anatomia Patológica) Familiar) Cláudia Raquel Ferrão de Melo (Interna Pediatria) Henrique Manuel da Silva Botelho (Medicina Geral e Fernando Manuel de Castro Poças (Gastroenterologia) Familiar) João Fernando Alturas da Silva (Urologia) José Carlos Neves da Cunha Areias (Cardiologia Luís Filipe Vilela Pereira Macedo (Cardiologia) Pediátrica) Luís Manuel de Lacerda Ferreira do Vale (Pediatria) Luís Manuel Rebelo Ruano (Interno do Ano Comum) PLATAFORMA DE OBSERVAÇÃO E ACOMPANHAMEN- Maria Agostinha Pereira do Souto (Pediatria) TO DA SAÚDE Miguel Nuno Gameiro Mascarenhas Saraiva (Gastroen- terologia) Adalberto Paulo da Fonseca Mendo (Neurorradiologia) Pedro Miguel Alves Moreira Menéres (Oftalmologia) Adriano da Silva Marques Cunha (Medicina Geral e Fa- miliar) NÚCLEO PARA A COOPERAÇÃO COM OS PAÍSES José Augusto Fleming Torrinha (Patologia Clínica) LUSÓFONOS José Castela Torres da Costa (Imunoalergologia) Maria Teresa Gonçalves Bragança Fernandes (Medicina Maria Amélia Duarte Ferreira (Médica Professora da Geral e Familiar) FMUP)

46 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 ELEIÇÕES 2011-2013 Candidatura aos Órgãos Distritais SRN – Braga, Lista A

DISTRITO MÉDICO DE BRAGA Mandatário: Joaquim Germano Pinto Machado Correia Silva (Professor Catedrático FMUP/Escola de Ciências da Saúde da UM) Delegado: Henrique Manuel da Silva Botelho (Medicina Geral e Familiar)

Mesa da Assembleia Distrital Presidente João Fernando Gomes da Costa e Cunha (Pneumologia) Vice-Presidente Narciso Alexandre Fernandes de Oliveira (Medicina Interna) Secretários Maria Teresa Oliveira Nogueira de Lemos (Medicina Geral e Familiar) José Luís Carvalho da Fonseca (Pediatria)

Conselho Distrital Álvaro Pratas Balhau Pereira (Cirurgia Geral) Jaime Franco da Rocha (Neurorradiologia) Lucinda Cerqueira Melo (Medicina Geral e Familiar) Maria Rosa Costa Marques (Medicina Geral e Familiar) Pedro Ricardo Luís Morgado (Clínica Geral)

Membros Consultivos ao Conselho Regional Alberto Jorge Neves Bessa Peixoto (Psiquiatria) Anabela Rodrigues Correia (Imunohemoterapia) António Almeida Miguelote Castro (Medicina Geral e Familiar) António José Matos Marques (Pediatria) Artur José Queirós de Sousa Basto (Dermatologia) Carlos Henrique Calheiros da Silva Moreira (Medicina Interna) Jorge Miguel Amorim Cordeiro (Medicina Geral e Familiar) Serafim China Pereira (Clínica Geral) Esta Lista subscreve o Programa de Acção da Lista candidata aos Órgãos Regionais da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos. Candidatura aos Órgãos Distritais SRN – Bragança, Lista A

DISTRITO MÉDICO DE BRAGANÇA Mandatário: Joaquim Germano Pinto Machado Correia Silva (Professor Catedrático FMUP/Escola de Ciências da Saúde da UM) Delegado: Fernando Ferreira da Silva Andrade (Medicina Geral e Familiar)

Mesa da Assembleia Distrital Presidente António José Pereira de Andrade (Ortopedia) Vice-Presidente Hermínia Júlia Martins Milheiro de Oliveira (Cirurgia Geral) Secretários Rui Manuel Bastos Malgrand Tavares Amaral (Medicina Geral e Familiar) Sílvia Maria Amaral da Costa (Medicina Geral e Familiar)

Conselho Distrital António Óscar Vaz (Pediatria) Eugénia Maria Madureira Parreira (Medicina Interna) Marcelino da Conceição Oliveira Marques Da Silva (Medicina Geral e Familiar) Maria Manuela Sá Ferreira (Pediatria) Maria Teresa Pegado Lobo Barroso Monjardino (Medicina Geral e Familiar)

Membros Consultivos ao Conselho Regional Raul Fernando Louro de Sousa (Medicina Geral e Familiar) Esta Lista subscreve o Programa de Acção da Lista candidata aos Órgãos Regionais da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos.

48 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 ELEIÇÕES 2011-2013 Candidatura aos Órgãos Distritais SRN – Porto, Lista A

DISTRITO MÉDICO DO PORTO Mandatário: Joaquim Germano Pinto Machado Correia Silva (Professor Catedrático FMUP/Escola de Ciências da Saúde da UM) Delegado: José Nelson Coelho Pereira (Cirurgia Geral)

Mesa da Assembleia Distrital Presidente Isabel Maria Amorim Pereira Ramos (Radiodiagnóstico) Vice-Presidente Armando Jorge Mariz Rozeira (Dermatologia) Secretários João Carlos Bessa Cardoso (Medicina Geral e Familiar) Margarida Maria Gomes Mota De Carvalho (Medicina Interna)

Conselho Distrital António Rui Bomba Pais (Medicina Geral e Familiar) Ingride Vanessa Macedo Fernandes da Costa (Interna Medicina Interna) Jorge Manuel Roque Neves dos Santos (Anestesiologia) José Manuel Leite de Castro Fraga (Gastroenterologia) Lara Patrícia Mendes Queirós (Interna Oftalmologia)

Membros Consultivos ao Conselho Regional Alfredo José Correia Loureiro (Nefrologia) José Artur Garcia da Silva (Medicina Geral e Familiar) Alice Soledade Ribeiro Coimbra Peixoto (Imunoaler- José Fernando Santos Almeida (Psiquiatria) gologia) José Luís Costa Lima (Medicina Geral e Familiar) Ana Filipa Martins Ferreira Castro (Interna Oncologia José Manuel Gil Cardoso Soares de Oliveira Médica) (Cirurgia Geral) Ana Paula Tavares Branco (Ginecologia/Obstetrícia) José Manuel Oliveira Teixeira (Ortopedia) António Aires Pereira Marinho (Oftalmologia) Luís Almeida dos Santos (Pediatria) António Carlos Megre Eugénio Sarmento (Infeccio- Manuel Luciano Correia Da Silva (Medicina Geral logia) e Familiar) António Joaquim dos Santos Pereira Sá Marinho Manuel Maia de Oliveira Correia (Cirurgia Plástica) (Medicina Interna) Maria Adelaide do Carmo Fernandes Pinto de Vascon- António José Machado de Faria e Almeida Praça celos (Medicina Física e Reabilitação) (Otorrinolaringologia) Maria Antonieta Antunes Dias (Medicina Geral António José Polónia Coelho da Silva (Cirurgia Geral) e Familiar/Medicina Legal/Medicina Desportiva) António Marques da Silva (Anestesiologia) Maria de Lurdes Costa Barros (Medicina Geral Bela Cristina Delgado Pereira (Cirurgia Geral) e Familiar) Carlos Manuel Vieira de Magalhães (Cirurgia Geral) Maria José Da Silva Antunes Machado Vaz (Patologia Carmen Marisa Marques Gonçalves (Cirurgia Plástica) Clínica) Cláudio Tomés Ramos Rebelo (Ginecologia/ Miguel Joaquim Silva Dias Galaghar (Saúde Pública) Obstetrícia) Nuno Paulo Alegrete da Silva (Ortopedia) Gil Filipe Ramada Faria (Interno Cirurgia Geral) Pedro Alexandre Simões Vendeira (Urologia) Isabel Margarida Moura Mesquita (Interna Cirurgia Raquel Soraia Calisto da Silva Gonçalves (Interna Geral) Medicina Interna) Isabel Maria Marques Aragão Fesch (Anestesiologia) Ricardo Manuel Alves Monteiro Fontes de Carvalho João Geraldo dos Reis Correia Pinto (Estomatologia) (Interno Cardiologia) João Paulo Ferreira Da Silva Oliveira (Nefrologia/ Rui Manuel Lopes Nunes (Otorrinolaringologia/Ética Genética) Médica) John Rodrigues Preto (Cirurgia Geral) Serafim Miguel de Sousa Barreto Guimarães Jorge Madeira de Carmo e Silva (Medicina Geral (Nefrologia) e Familiar) Venceslau José Coelho Pinto Hespanhol (Pneumologia)

Esta Lista subscreve o Programa de Acção da Lista candidata aos Órgãos Regionais da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos.

50 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 ELEIÇÕES 2011-2013 Candidatura aos Órgãos Distritais SRN – Viana do Castelo, Lista A

DISTRITO MÉDICO DE VIANA DO CASTELO

Mandatário: Joaquim Germano Pinto Machado Correia Silva (Professor Catedrático FMUP/ Escola de Ciências da Saúde da UM) Delegado: Jorge Manuel Bastos das Neves (Medicina Geral e Familiar)

Mesa da Assembleia Distrital Presidente Jorge de Sousa da Veiga Torres (Cirurgia Geral) Vice-Presidente Manuel Luís Antunes Belo da Silva (Medicina Interna) Secretários Juan José Gomez Vasquez (Clínica Geral) Luís António Pacheco de Oliveira (Medicina Geral e Familiar)

Conselho Distrital Alberto Jaime Marques Midões (Cirurgia Geral) António Nelson Gomes Rodrigues (Medicina Geral e Familiar) Diana Maria Pereira Gomes da Costa Guerra (Medicina Interna) Lourenço Fernandes Labandeiro (Pediatria) Manuel Gomes Afonso (Saúde Pública)

Membros Consultivos ao Conselho Regional Dulce Helena dos Santos Leal (Medicina Geral e Familiar) Elisabete Fernandes Barbosa (Medicina Geral e Familiar) Pedro Meireles Vieira (Anestesiologia)

RAZÕES DA CANDIDATURA tão do Serviço Nacional de Saúde que fiança, dar verdadeiramente sentido é a base estruturante da organização ao lema: Três Razões fundamentais justificam de saúde em Portugal, onde a maioria a candidatura desta lista para a eleição dos Médicos exerce a sua actividade «Unir para Agir» aos Órgãos Sociais da Ordem dos Mé- profissional. dicos do Distrito de Viana do Castelo. No dia 15 de Dezembro Vote nes- Candidatamo-nos para Promover o ta lista A mais relevante é sem dúvida a De- Diálogo entre os Médicos, num de- fesa da Dignidade dos Médicos e bate vivo e participado, que garanta, da Medicina, da Ética e da Deonto- entre pares, a continua avaliação da PROPOMO-NOS logia desta profissão, mas também a qualidade das práticas, Sem Intromis- Defesa do Direito dos Doentes à sões de Terceiros estranhos à pró- - Concretizada a Aquisição da Se- Saúde, da Promoção da Qualida- pria Ordem dos Médicos, Impedin- de do Distrito Médico de Viana de e Autonomia da Medicina e do do assim todas as Tentativas de Fa- do Castelo importa Realizar Obras Acto Médico, da Defesa da Eficá- zer da Avaliação de Desempenho para melhor funcionalização, criando cia e da Transparência dos Meca- um Processo Politizado e Econo- condições para dignificar e adequar a nismos da Auto-Regulação Médi- micista. um Espaço Vivo e Dinâmico; ca, e provavelmente tão importantes como as razões já apontadas, esta lista Os princípios gerais que suportam esta - No Distrito Médico e ainda benefici- propõe-se Defender e Unir os Mé- candidatura são coincidentes com os ando do novo Espaço-Sede promover dicos em particular no Distrito Médi- propósitos da candidatura de Miguel a Descentralização e Desburocra- co de Viana do Castelo. Guimarães a Presidente do Con- tização das Funções Administra- selho Executivo da Secção Regi- tivas redefinindo novos circuitos de Nos tempos difíceis que vivemos, can- onal do Norte da Ordem dos referência; didatamo-nos também para promover Médicos e merecem, desde já, o a Defesa das Carreiras Médicas, a Apoio desta Lista que se apresenta - Num novo ciclo de gestão Reeleger Competência e Qualificação Mé- aos Médicos do Distrito de Viana do os Delegados nos diversos locais de dicas, seja no Exercício Livre da Me- Castelo empenhada e disponível para, trabalho, nomeadamente Centros de dicina, seja ao mais alto nível da Ges- Merecendo de Novo a Vossa Con- Saúde e Unidades Hospitalares;

Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 51 ELEIÇÕES 2011-2013 Candidatura aos Órgãos Distritais SRN – Viana do Castelo, Lista A

- Manter a Vigilância do Exercício - Manter e Reforçar a Proximida- Ordem dos Advogados, dos Enge- Técnico da Medicina e o cumpri- de com outras Instituições de índole nheiros, dos Economistas e com o mento da Deontologia Médica. Re- Profissional, Sóciocultural e Centro Cultural do Alto Minho, forçar o Apoio do gabinete Jurídi- Desportivas promovendo e apoiando numa afirmação da Universalidade co da Ordem aos médicos do distrito a realização de iniciativas conjuntas do desempenho da Ordem dos Mé- de Viana do Castelo; como aconteceu nas parcerias com a dicos.

Candidatura aos Órgãos Distritais SRN – Vila Real, Lista A

DISTRITO MÉDICO DE VILA REAL

Mandatário: Joaquim Germano Pinto Machado Correia Silva (Professor Catedrático FMUP/ Escola de Ciências da Saúde da UM) Delegado: Mário Augusto Borges Mesquita Montes (Ortopedia)

Mesa da Assembleia Distrital Presidente Manuel Fernandes Pinheiro (Saúde Pública) Vice-Presidente António Manuel Santos Pereira de Oliveira (Cirurgia Geral) Secretários Graça Maria de Carvalho Chaves (Medicina Geral e Familiar) Eurico Jorge dos Santos Cardoso Gaspar (Pediatria)

Conselho Distrital Anabela Martins Morais e Cadavez (Medicina Interna) Carlos Esteves Pintado (Ortopedia) Joaquim Baptista da Fonseca (Clínica Geral) Margarida Andrade Anes Azevedo de Faria (Anestesiologia) Teresa Maria Pinto Furriel Sousa Cruz (Medicina Geral e Familiar)

Membros Consultivos ao Conselho Regional Jorge Mário Magalhães de Souza Cruz (Ortopedia) Rosa de Fátima Dinis Ribeiro (Medicina Geral e Familiar)

Candidatura aos Órgãos Distritais do Distrito Médico de Vila Real da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos Triénio 2011-2013

Na candidatura para o triénio 2005- discussão dos inúmeros problemas que - Dignificar a profissão do médi- 2007 assumimos o compromisso de o médico como profissional e pessoa co; concretizar a criação de um espaço enfrenta todos os dias. - Defender as carreiras médicas; específico para os médicos, Sede do - Contrariar o crescimento da ins- Distrito Médico de Vila Real. Actividades desenvolvidas: tabilidade profissional; - Promover formação actualiza- Este objectivo foi conseguido com a - Curso de Directores de Serviço; da em temas de interesse reco- inauguração da Sede de Vila Real, em - Debates sobre Carreiras Médicas e nhecido; 27 de Novembro de 2007, encon- Gestão de Serviços de Saúde; - Promover eventos sociais e trando-se desde então aberta duas - Encontros e cursos sobre temas cien- lúdicos; vezes por semana com apoio admi- tíficos; - Promover parcerias com outras nistrativo. - Exposição de pintura; associações profissionais de âm- - Eventos sociais; bito cultural, desportivo ou lazer. Foi ainda promovida a sua dinamização - Encontros lúdicos. para que cada vez mais seja um local Contamos com o seu apoio para con- de encontro, informação e formação Mantemos a defesa dos princípios que tinuar a de todos os médicos, aglutinador de nos regem, a saber: Defender e Unir os Médicos

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ÓRGÃOS REGIONAIS – Lista A DEFENDER OS MÉDICOS, OS DOENTES E A SAÚDE COM INDEPENDÊNCIA

Programa de Acção ção Regional do Centro da Ordem dos nal do Centro se pautou pela defesa Médicos (SRC-OM). da verdade e do bom nome e indepen- - Aos Colegas que acham que a Ordem Podemos afirmar que foi um triénio dência da Ordem dos Médicos. Resta não devia existir e que só existe para co- bastante agitado, em que cedo a suces- agora aos órgãos próprios apreciar e brar quotas; são do Bastonário minou a confiança julgar as matérias em causa. mútua necessária para um trabalho - Aos Colegas que acham que a Ordem profícuo do Conselho Nacional Exe- Estas breves notas significam que o tra- nada faz, mas nem sequer fazem a míni- cutivo. balho foi difícil mas que se conseguiu, ma ideia do que é que a Ordem faz; apesar de tudo, defender os objectivos Os episódios estão documentados na definidos no Programa que apresentá- - Aos Colegas que acusam a Ordem de ROM e a responsabilidade dos seus au- mos a sufrágio nas últimas eleições. tudo, até de não fazer aquilo que, esta- tores também, para quem queira jul- tutária e legalmente, lhe está vedado; gar com conhecimento de causa. Não Este triénio, com dois Ministros da Saú- nos referimos, como é óbvio, aos que de, caracterizou-se por constantes avan- - Aos Colegas que acham que a Ordem não querendo conhecer os factos se ços e recuos, num ataque à Ordem e não devia exercer o poder disciplinar pas- apressaram a acusar, e até a mentir, aos Médicos e à sua autonomia indo sando-o para os Tribunais; em órgãos de comunicação que não mesmo até à utilização dos tribunais para os da Ordem. Curiosamente os mes- ameaçar e condicionar a OM na sua in- - Aos Colegas que fazem acusações na mos colegas, agora em lista opositora, dependência. Relembremos alguns: comunicação social mas não participam que não compareceram na Assembleia no seu órgão máximo, a Assembleia Regio- Regional expressamente convocada - Condenação da OM a pagar mais de nal, para os discutir; para tal e que ao anunciarem a sua duas centenas de milhar de euros pelo candidatura na comunicação social se processo levantado pela Autoridade da - Aos Colegas que só se lembram que a mostravam indignados com o «lavar Concorrência contra a Tabela de No- Ordem existe quando há eleições; de roupa suja com que os actuais diri- menclatura e de Valorização dos Actos gentes se digladiam na praça pública» Médicos, estando ainda o CNE a pon- - Aos Colegas que acham que a Ordem (Diário de Coimbra 17/12/09). derar um eventual recurso para o devia fazer muito mais, mas não estão Tribunal Europeu; disponíveis para trabalhar na Ordem; A leitura da documentação disponibi- lizada aos médicos torna claro quem - Ameaça de alterar o nosso Código - Aos Colegas que acompanham a Or- usou a mentira para tentar descredi- Deontológico por via judicial, intenção dem de forma criticamente construtiva; bilizar uma intenção de candidatura a gorada pois a Ordem soube revê-lo e Bastonário por contrariar planos pre- actualizá-lo em tempo útil; - Aos Colegas que sabem exactamente o viamente elaborados. Cedo começaram que significa trabalhar na Ordem; «as alianças» a inquinar o trabalho dum - Não revisão da receita médica exigida colectivo. Quem ler as actas do Conse- pela Ordem, apesar de anúncio públi- - Aos Colegas que acreditam que a Or- lho Nacional Executivo, que são públi- co feito há quase três anos pelo então dem pode continuar a melhorar; cas, poderá apreciar e julgar o compor- Ministro Correia de Campos, no Con- tamento da Secção Regional do Cen- gresso Nacional de Medicina; - Aos Colegas que, apesar de tudo, acham tro, sempre coerente, e que em muitas que a Secção Regional do Centro da Or- ocasiões foi o esteio do seu funciona- - Proposta de definição do Acto Médi- dem está a trabalhar bem, mento. Quem participou nos Plenári- co ... na gaveta ministerial; os dos Conselhos Regionais também A TODOS os Colegas, o pode comprovar. - Criação de novas Faculdades de Me- dicina, com cursos de tipologia discutí- Está a terminar o triénio em que a lis- Pelo nosso lado estamos tranquilos e vel, contrariando a Ordem; ta «Manter o Rumo, Manter a Diferen- plenamente convictos de que a actua- ça» foi responsável pela gestão da Sec- ção dos membros do Conselho Regio- - Publicação de Diploma através do

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qual o Sr. Ministro da Ciência, Tecno- logia e Ensino Superior quer obrigar a Mandatário: Prof. Doutor Adriano Supardo Vaz Serra Ordem a inscrever como médicos os Delegado: Dr. Carlos Abílio da Costa Ferro possuidores dum documento onde está aposto um carimbo garantindo estar Mesa da Assembleia Regional depositada na Direcção-Geral do En- Presidente Profa. Doutora Catarina Isabel Neno Resende de Oliveira sino Superior ou nas Reitorias a certi- Vice-Presidente Dr. Paulo Henrique Lages Coelho dos Santos ficação das licenciaturas, sem o prévio 1º Secretário Dr. João Carlos Araújo Morais reconhecimento da validade e adequa- 2º Secretário Dra Beatriz Gusmão Pinheiro ção dos cursos feito pelas Faculdades de Medicina portuguesas como man- Conselho Regional dava a lei; Dr. Fernando Manuel da Conceição Gomes Dr. José Ávila Rodrigues Costa - Importação de médicos sem qualifi- Dra Maria Teresa Gomes Fernandes Lopes cações adequadas para exercerem em Dra Maria dos Prazeres Gomes Figueiredo Reis Teixeira Francisco Portugal; Dra Ana Sofia Bento de Matos Dr. António Carlos de Paiva Ramalheira - Alteração das condições de obten- Dr. António Manuel Pinto Brochado Moreira de Morais ção da reforma que motivou uma cor- Dr. Bruno Alexandre Paulo dos Santos Almeida rida às aposentações do SNS, aliada à Dr. Jorge Miguel Eva Miguéis oferta dum sector privado florescente Dra Maria Filipa Cabral Antunes de Seabra Pereira e remuneratoriamente mais atractivo; Dra Paula Cristina Aires Coutinho Figueira da Silva

- Não publicação do diploma de ex- Conselho Fiscal tensão do Acordo Colectivo de Traba- Presidente Prof. Doutor José Humberto Santos Paiva de Carvalho lho a todos os médicos; Vogal Dra Ana Maria Amaro Soares Torres de Almeida Vogal Dr. João José Santiago Alves Correia - Bloqueios na chamada Reforma dos Cuidados Primários, que avança lenta- Conselho Disciplinar mente e com uma manifesta tentativa de Dra Almerinda da Purificação Freitas Rodrigues Marques recuperação do controlo centralizador. Dr. Décio Bernardino Pereira de Sousa Dr. José Manuel Morgado Pereira A estas circunstâncias juntam-se o Dr. José Manuel Pacheco Portela desalento e o descrédito com que Dra Maria Zaida Monteiro Pereira Fernandes muitos colegas encaram a chamada «nova gestão», mais preocupada com ção e até tentativas de impedimento Ao candidatarmo-nos ao Conselho «números» do que em tratar doentes da promulgação dos decretos das car- Regional do Centro da Ordem dos Mé- com qualidade, a tempo e a horas. reiras. A actuação dos membros da Sec- dicos pretendemos colocar o nosso ção Regional do Centro foi de grande voluntariado e a nossa experiência ao Com a introdução dos Contratos In- relevância prática no sentido de se ul- serviço dos Médicos, em coerência com dividuais de Trabalho, sujeitos ao Có- trapassar esta situação. a nossa prática de sempre. digo do Trabalho, os médicos vêem os seus lugares nas carreiras extintos A Ordem dos Médicos tem necessaria- A equipa que agora manifesta o firme quando vagam. Foi fundamental, aqui, mente que ter um relevante papel na propósito de se candidatar congrega o papel das duas estruturas sindicais defesa da Qualidade da Medicina, de- quem já tem provas dadas do seu em- ao negociarem a publicação dos dois fendendo assim os portugueses em ge- penho ao longo dos anos, atingindo decretos das carreiras e ao iniciarem ral e os médicos em particular. E maior os desideratos acima referidos e reno- a discussão e aprovação dum ACT. Se- relevância tem este papel quando as- va-se com a responsabilização de mais gundo declarações sindicais, a conti- sistimos, em vários países do espaço jovens. nuação dos trabalhos encontra-se blo- europeu e já também entre nós, a ten- queada no Governo com o importan- tativas de retirar às Ordens dos Médi- Mantemos as razões porque anterior- te capítulo das remunerações. Também cos os poderes que delas fazem a ga- mente nos candidatámos: aqui existiram entraves ao entendimen- rantia dessa Qualidade, que começa na to da Ordem com as estruturas sindi- formação dos futuros médicos e se apro- - Nas palavras, nos actos e nas inter- cais o que levou a atitudes de crispa- funda no exercício da Medicina. venções, a SRC-OM foi e será intran-

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sigentemente INDEPENDENTE de so. Simultaneamente continuaremos - Manteremos o programa de visi- partidos, sindicatos, associações, or- com persistência e tenacidade a lu- tas aos nossos colegas mais ido- ganizações ou grupos de pressão; tar por uma Lei do Acto Médico; sos, os mais esquecidos dos Médi- cos, que nos recordam as suas me- - Continuaremos a ser, sempre que - Pugnaremos para que a defesa da mórias e as raízes da Medicina e a necessário, polémicos, críticos e con- qualidade da prática da medici- quem levaremos as nossas homena- tundentes, para dentro e para fora na esteja sempre presente nas refor- gens, o nosso reconhecimento, a nos- da Classe, num exercício de liberda- mas dos Cuidados Primários e dos sa presença e o nosso carinho; de responsável, mesmo que tenhamos Cuidados Hospitalares numa época que ser incómodos para alguns ou em que a escassez de recursos hu- - Continuaremos a dar apoio aos mé- para alguém. É exactamente assim manos pode levar a «soluções» ina- dicos com dificuldades de saúde atra- que pretendemos continuar a ser, dequadas quer para os doentes, quer vés do PAIM (Programa de Apoio pensadores e actores livres, descom- para os profissionais; Integrado ao Médico), garantindo um prometidos, objectivos e acutilantes. apoio adequado a quem dele neces- Para uma SRC-OM «obediente», - Comprometemo-nos a manter a sita; silenciosa e anódina terão de postura responsável que já evitou escolher outros; graves prejuízos para a Classe Médi- - Prosseguiremos na concretização ca, a paralisação e a descredibilização dessa grande obra que iniciámos e - Enquanto muitos, apesar das suas da própria Ordem. Foi e será esta a que designámos Aldeia do Médico, responsabilidades, se refugiaram em postura que manteremos no futuro, empreendimento regional com pro- estranhos e comprometedores silên- caso sejamos eleitos, respeitando e jecção nacional. Entendemos, contu- cios, estivemos e estaremos critica- trabalhando com lealdade com o do, no actual CR, suspender o con- mente presentes. Enquanto alguns, Bastonário e os outros Conselhos curso internacional de arquitectura sem dizer como, afirmam querer uma Regionais que vierem a ser livremen- tendo em conta não só a proximida- Ordem ainda mais crítica nunca ten- te eleitos pelos médicos; de das eleições de 15 de Dezembro, do a coragem de aparecer em públi- mas também o respeito que nos me- co, nós demos e daremos a cara pe- - Manteremos as «Presidência recem os colegas concorrentes à SRC. los Médicos e pelas nossas convic- Abertas» como mais uma forma de Porém queremos REAFIRMAR ções!; estreita colaboração com os Con- que connosco o processo irá selhos Distritais que deverão as- avançar, como foi o desejo expres- - Defendemos o Serviço Nacional sumir cada vez mais responsabilida- so pela maioria dos colegas em in- de Saúde e não a sua destruição, a des nos seus distritos; quérito e como tem sido o nosso coabitação com a iniciativa privada, constatável empenho; com regras claras e transparentes, a - Optámos, como anteriormente, por igualdade de direitos e deveres no só apresentar lista ao Conselho - Continuaremos a desenvolver uma sistema público e privado e a livre Distrital de Coimbra. O seu entro- actividade cultural e científica, escolha do cidadão. Não aceitaremos samento com o Conselho Regional em colaboração com o Conselho Dis- um SNS desqualificado para os de representou uma enorme mais valia trital de Coimbra e com as activida- menores recursos económicos; para o trabalho da e na Ordem. Fica des dos outros Conselhos Distritais dada a garantia de total colaboração, que sempre apoiaremos e com quem - Combateremos proactivamente, e igual empenho no relacionamento, colaboraremos quando para tal soli- dentro das nossas competências, pela com todas as listas eleitas nos distri- citados. Promoveremos mais e me- qualidade do exercício da me- tos, como comprovadamente tem lhores acções e cursos de forma- dicina não alinhando num silêncio sido a nossa prática. A informati- ção. Continuaremos a dar o nosso colaboracionista dos que, sendo mé- zação das Distritais está quase apoio ao Grupo Coral da SRC-OM dicos, pretendem sacrificá-la aos concluída, sendo os atrasos em duas que com o Maestro Virgílio Caseiro economicismos em moda, em troca delas alheios à nossa vontade e ex- já actuou fora de portas e espera- de umas migalhas de poder. Isto sig- teriores à Ordem. Esta informatiza- mos que esta ideia, que em bom tem- nifica que defendemos uma gestão ção para além de facilitar aos médi- po concretizámos, continue o seu que contrarie o desperdício, que cos o acesso local a documentos irá bom trabalho; optimize os recursos, mas que tenha também permitir uma maior troca de na realidade, e não em expressões informação entre o Conselho Regio- - Continuaremos a estimular e apoi- ocas, o doente no centro do proces- nal e os Conselhos Distritais; ar as iniciativas dos médicos mais jo-

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vens que se têm revelado úteis e im- nutenção da sua inclusão na ROM mente garantindo que a progressão portantes, e de que é exemplo a dependente das garantias que vier- dos médicos nos diversos graus será MOSTREM; mos a ter sobre o futuro da mesma. efectivada pelos seus pares e com o Certo será que incluso ou individua- reconhecimento da Ordem dos Mé- - Continuaremos a colaborar com lizado ele continuará aberto, como dicos. Consequentes com a defesa organizações dos médicos, Sindica- sempre, à colaboração dos médicos; dos médicos e dos doentes seremos tos e Associações Médicas, no âmbi- proactivos, na defesa da qualidade to dum Fórum Regional, visando No âmbito nacional destacamos da medicina, na oposição às pre- apreciar e propor actuações conver- o nosso compromisso em: tensões de utilização de mão de obra gentes para a resolução de proble- indiferenciada e de recurso a inter- mas de âmbito regional no claro res- - Pugnar por uma alteração dos Es- natos «voluntários»; peito das funções de cada estrutura tatutos da Ordem que permita, envolvida; entre outras, a agilização do funcio- - Defender o Serviço Nacional de namento do Conselho Nacional Exe- Saúde como garante constitucional - Procuraremos, cada vez mais, abrir cutivo, a melhoria do funcionamen- fundamental e estruturante do nos- a Ordem aos cidadãos com a con- to dos Conselhos Disciplinares, a so sistema de saúde. cretização de parcerias, sessões pú- correcção de algumas distorções na Por tudo isto propomo-nos defen- blicas de divulgação e outras reali- atribuição de poderes ao Presiden- der inflexivelmente a independência zações. Continuaremos o profícuo te do CNE e uma modificação nas e unidade da Ordem, que preten- relacionamento com as outras atribuições dos Colégios de Especi- demos inclusiva, e continuar a elevá- Ordens, a nível regional; alidade dotando-os de poderes efec- la a um irredutível bastião e parcei- tivos; ro na defesa da verdade e transpa- - Comprometemo-nos a dar uma res- rência na reforma da Saúde, na pre- posta cada vez mais rápida às solici- - Continuar e procurar agilizar a atri- servação do SNS, na manutenção do tações dos médicos, nomeadamente buição de Benefícios do Fundo de acesso universal e socialmente equi- reforçando o Departamento Ju- Solidariedade aos familiares dos librado e justo de todos os cidadãos rídico e criando formas rápidas e colegas falecidos, obra meritória e tão ao SNS e da qualidade da prática expeditas de esclarecimento por via desconhecida dos médicos em geral; médica, pública e privada, na mo- electrónica; dernização e dignificação das Car- - Defender proactivamente a defini- reiras Médicas, na assunção de fun- - Continuaremos a assegurar uma ção legal do Acto Médico, cuja ções de verdadeiro Provedor do gestão transparente e rigorosa inexistência tem levado a situações Doente. dos dinheiros da Ordem; de conflito no exercício face a ou- tras profissões da área da Saúde; Em suma, comprometemo-nos a con- - O Boletim da Secção Regional tinuar a dar o melhor da nossa ex- do Centro continuará a ser publica- - Defender as Carreiras Médicas, periência e das nossas capacidades do e tentaremos dar-lhe um nível su- em articulação com as estruturas re- na defesa e na dignificação do que perior ao que já atingiu, sendo a ma- presentativas dos médicos, nomeada- representa SER MÉDICO.

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ÓRGÃOS REGIONAIS – Lista B A Ordem somos todos

Programa de Acção Desde a fundação do SNS, os médicos to constante do Sistema Nacional de têm sido, duma forma entusiasta e de- Saúde, colaborando na política naci- À Ordem dos Médicos compete: dicada, o seu principal suporte. Têm onal de saúde em todos os aspectos, impedido a sua ruptura: empenhando- nomeadamente no ensino médico e 1. Defender a ética, a deontologia e se nos serviços, suportando ritmos de carreiras médicas. a qualificação profissional médicas, trabalho alucinantes, realizando tare- a fim de assegurar e fazer respeitar fas que tantas vezes não se enquadra- As mudanças bruscas e radicais a que o direito dos utentes a uma medici- riam nas suas funções. temos assistido nos últimos tempos, na qualificada; que colocam em causa as bases estru- Embora se assista à disseminação pro- turais do SNS, impõem aos médicos Vivemos hoje tempos em que se adivi- gressiva de profissionais de outras áreas objectivos inatingíveis e condições de nham profundas transformações da na gestão das unidades de saúde, com o trabalho deploráveis. sociedade. A instabilidade económica afastamento progressivo dos médicos e social necessita de uma Ordem dos mais competentes na respectiva área, dos Esta exacerbação do trabalho, a insen- Médicos consciente e capaz de conser- centros de decisão, é aos médicos que é satez dos objectivos, a anarquia da ges- var os princípios e os valores ances- atribuída, perante a opinião pública, a tão, a falta de clareza das prioridades trais que norteiam a actividade médi- responsabilidade pela ineficiência do sis- estratégicas dentro das unidades de ca desde há séculos: a honradez, a ho- tema, pelo desperdício, pelos erros de saúde, a constante introdução e alte- nestidade, a responsabilidade, a gene- organização e administração. ração de regras administrativas e de rosidade, a nobreza de carácter. normas e procedimentos, a inconsisten- Esta prática tem levado à transforma- te nomeação de chefias e de organi- A prática médica é uma actividade que, ção dos médicos em funcionários passi- gramas funcionais nos serviços, tudo apesar de necessariamente se reger por vos e submissos, através do controlo das isto transforma o SNS numa estrutura regras económicas, tem linhas de con- chefias e «proletarização» do trabalho desmotivadora para os médicos e ge- duta ética próprias. Nos tempos que médico. Temos assistido ao desprezo na radora de desapontamento e frustra- atravessamos, de evidentes dificulda- implementação das carreiras médicas, ao ção para os utentes. des económicas e financeiras do Esta- desinteresse pela formação médica, à do, a Ordem dos Médicos tem uma falta de estímulos pelo mérito ou pela O furor legislativo de revogação e subs- responsabilidade particular na defini- falha, conduzindo à elevada percentagem tituição de leis e diplomas, duma forma ção e controlo do rigor técnico-cientí- de profissionais que se deixaram cair mais ou menos sub-reptícia, vai prepa- fico e deontológico da Medicina em num trabalho rotineiro, sem horizontes rando a introdução duma nova organi- Portugal. nem esperança no futuro, com a zação na saúde, em que o papel do mé- consequente desmotivação, ansiedade dico e das estruturas organizativas que O papel da OM passa sempre por crescente e desconcertante apatia, que apoiam as «velhas» perspectivas de soli- garantir às populações os melhores os leva a abandonar o sistema. dariedade e de humanização do SNS, vão cuidados de saúde, mantendo um sendo substituídas paulatinamente por saber médico moderno e honrando É fundamental o papel da Ordem dos organizações dependentes do Estado, o percurso ascendente da Medicina Médicos no aperfeiçoamento dos con- com uma perspectiva mais economicista, Portuguesa nas últimas décadas, cu- textos organizativos do exercício pro- de que são exemplos a Entidade Regu- jos indicadores, ao contrário de ou- fissional. É necessário devolver o pres- ladora da Saúde ou a Inspecção Geral tros sectores sociais, têm alcançado tígio a uma prática médica competen- de Actividades da Saúde. uma boa prestação no panorama in- te, responsável e empenhada. Para isso, ternacional. a Ordem tem de se impor entre os Cabe à Ordem dos Médicos proceder seus parceiros de gestão em saúde, não ao equilíbrio entre a qualidade da ges- 2. Fomentar e defender os interes- prescindindo das suas funções nem tão e a qualidade da clínica na política ses da profissão médica a todos os abdicando das suas obrigações. da saúde em Portugal. Com uma Or- níveis, nomeadamente no respei- dem dos Médicos fraca, assistimos à tante à promoção sócio-profissional, 3. Promover o desenvolvimento da supremacia da vertente administrati- à segurança social e às relações de cultura médica e concorrer para o va/economicista da saúde em detrimen- trabalho; estabelecimento e aperfeiçoamen- to da qualidade do Acto médico. É, por

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isso, fundamental reforçar a influência Mandatário: Prof. Doutor Américo Manuel da Costa Figueiredo política da Ordem. Para proveito dos Delegado: Prof. Doutor Duarte Nuno Pessoa Vieira profissionais, mas fundamentalmente para proveito dos utentes do SNS. Mesa da Assembleia Regional Presidente Prof. Doutor Joaquim Carlos Neto Murta Por isso, defendemos uma renovação Vice-Presidente Dr. Rui Artur Coutinho da Silva Nogueira profunda no modelo institucional e fun- 1º Secretário Dr. Jorge Humberto Moura Pinto Tomaz cional da Ordem dos Médicos: uma 2º Secretário Dr. Paulo Adalberto Ribeiro de Menezes Antunes Ordem mais adaptada às novas exigên- cias, modernizada nos equipamentos e Conselho Regional funcionalidades, melhorada nas suas Dr. Francisco Agostinho Rôlo Marques de Oliveira competências, com um perfil profissio- Dr. António Manuel da Silva Marques nal nos procedimentos administrativos, Dr. António Augusto de Almeida Vieira é fundamental para cumprir as respon- Dra Carla Sofia Rodrigues Serra sabilidades que lhe são exigidas. Dr. Carlos José Faria Diogo Cortes Dr. Cesário Ilídio Andrade Silva 4. Dar parecer sobre todos os assun- Dr. Francisco José Palma Maio de Matos tos relacionados com o ensino, com Dr. José Guilherme Lopes Rodrigues Tralhão o exercício da medicina e com a or- Dra Isabel Maria dos Santos Luzeiro ganização dos serviços que se ocu- Dr. João Carlos Gomes Silva Ribeiro pem da saúde, sempre que se julgue Dra Paula Cristina Silva Dias Sanches Pinto Alves conveniente fazê-lo, junto das enti- dades oficiais competentes ou quan- do por estas for consultada. Conselho Fiscal Presidente Prof. Doutor José Manuel Borges do Nascimento Costa Compete à Ordem dos Médicos desen- Vogal Dr. Luís Carlos Januário dos Santos volver e avaliar a prática médica a todos Vogal Dr. Mário Manuel Chaves Loureiro os níveis, emitir opinião sobre o ensino pré e pós-graduado da Medicina, na de- Conselho Disciplinar fesa do rigor científico e da sua qualidade Dr. Frederico Fernando Monteiro Marques Valido pela garantia de uma supervisão e credi- Dr. António Maria Vieira Pires tação credíveis das acções de formação. Dr. Carlos Augusto Castelo-Branco Ordens Dr. Júlio Fortunato Marques Soares Leite Esta acção dinamizadora global possi- Dra Rosa Maria Crespo Ramalho Alves bilita não só uma melhoria dos cuida- dos prestados como também um in- cremento significativo no desempenho melhoria de qualidade dos sistemas de culdades de Medicina e nas diversas e confiança das equipas médicas. saúde. Para isso, devem ser assegura- Especialidades. dos, nas condições contratuais dos A acção da Ordem dos Médicos deve médicos, planos de formação contínua, 5. Velar pelo exacto cumprimento da reflectir-se na melhoria contínua dos como forma de actualização regular e lei, do presente Estatuto e respecti- cuidados de saúde, na actualização per- desenvolvimento profissional. vos Regulamentos, nomeadamente manente dos conhecimentos técnico- no que se refere ao título e à profis- científicos e no aperfeiçoamento do Por outro lado, é nossa convicção que são de médico, promovendo proce- papel do médico nos contextos organi- o desemprego médico, previsível com dimento judicial contra quem o use zativos do exercício profissional. a actual política de ingresso nas Fa- ou a exerça ilegalmente. culdades de Medicina, não melhorará Cada vez mais, as deficientes condições a qualidade da prática médica (embo- A Ordem dos Médicos tem como mis- de trabalho em que os médicos reali- ra melhore, de acordo com as regras são a defesa da qualidade de presta- zam a sua actividade condicionam o do mercado, os lucros dos emprega- ção de cuidados de saúde, tanto do erro e a insatisfação profissional. dores) pelo que deve a Ordem pro- ponto de vista individual, como atra- mover o levantamento e avaliação das vés das linhas estratégicas globais da Compete à Ordem, junto das autori- reais necessidades de médicos no País, política de saúde, assente num sistema dades competentes, ser a voz activa e como suporte para a adequação do nacional de saúde que reforce a digni- actuante na promoção e garantia da número de vagas de ingresso nas Fa- dade, a autonomia e consequentemen-

Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 59 ELEIÇÕES 2011-2013 Candidatura ao Conselho Regional do Centro

te a responsabilidade do acto médico. como formandos quer como formado- sionais de saúde sem qualquer con- res. Há que garantir, aos colegas inter- trole de qualidade! Numa altura de mudança pré graduada nos, as melhores condições para a sua imposta pelas regras de Bolonha, exis- formação e motivação, promovendo o Não permitir que qualquer outra enti- tem neste momento médicos licenciados seu envolvimento nas atribuições de dade emita – sem prévia consulta da e médicos com mestrado integrado. Por idoneidades formativas. Ordem – opinião sobre assuntos rela- outro lado, mestres pós Bolonha con- cionados com o ensino pós graduado, correm em vantagem com médicos li- Assistimos hoje, em Portugal, a uma o exercício da medicina ou a organi- cenciados pré Bolonha. Urge criar me- realidade em que o médico licencia- zação dos serviços de saúde é um dos canismos de equivalência a nível de do/especializado vê a sua relação com objectivos fundamentais da Ordem dos contratações e progressão profissional. o doente que o procura, influenciada Médicos, para salvaguarda da saúde das e manipulada, legalmente, por vários populações. A formação profissional contínua é im- outros profissionais (administrador, far- portante na manutenção da qualidade macêutico e outros) enquanto uma mi- Defendemos a necessidade de uma qua- da medicina. Todos os médicos devem ríade de cidadãos, sem formação em lificação profissional médica, para a prá- ser valorizados pelo seu empenho quer Medicina, se apresentam como profis- tica de todo e qualquer Acto Médico.

e Adolescente, publicado em Portugal. lizadas nos textos. O No final do 3º De cariz prático, são abordados, com volume, para além de um índice remis- uma linguagem simples e acessível, e sivo exaustivo (com 24 páginas a três em estilo linguístico uniforme, os tópi- colunas), inclui-se uma parte intitulada cos fundamentais da clínica pediátrica Anexos, onde são apresentados quadros na actualidade, de complexidade vari- complementares dizendo respeito a Livros ável, quer no âmbito do ambulatório, valores de referência sobre parâmetros quer da prática hospitalar. laboratoriais não citados nos diversos Concretizado com a colaboração de capítulos, tabelas de conversão, fórmu- cerca de 170 autores convidados, na las e escalas utilizadas em reanimação, maioria nacionais, o livro é apresenta- assim como informações úteis sobre do- Foi recentemente apresentado na Sala do em três volumes, compreendendo enças infecciosas e Pediatria Social. de Conferências do Hospital de Dona 32 partes e 374 capítulos, o que per- Esta obra (na sua 1ª edição, em versão Estefânia, Lisboa o terceiro e último faz um total de 2072 páginas, em pa- não comercial, patrocinada e distribuí- volume da obra intitulada TRATADO pel de boa qualidade e aspecto atrac- da por Abbott Laboratórios, Lda) tem DE CLÍNICA PEDIÁTRICA cujo edi- tivo. Por razões didácticas, vislumbra- como principais destinatários estudan- tor-coordenador é o médico-pediatra se a intenção do editor-coordenador tes de Medicina e de áreas relacionadas Professor João M. Videira Amaral, Ca- em considerar, para cada nosologia, a com as Ciências da Saúde, internos de tedrático Jubilado da Faculdade de inclusão de alíneas, tais como, «defini- clínica geral e de pediatria, pediatras ge- Ciências Médicas da Universidade ção, importância do problema, aspec- rais, médicos de família, assim como pro- Nova de Lisboa e Director ex-officio tos epidemiológicos, etiopatogénese, fissionais de saúde interessados na Me- da Clínica Universitária de Pediatria manifestações clínicas, diagnóstico, tra- dicina da Criança e do Adolescente. do referido hospital. No prefácio, que tamento, prevenção e prognóstico». De De acordo com as palavras do editor- tem a assinatura do Professor Nuno salientar que os textos são acompanha- coordenador «o conteúdo foi escrito Cordeiro Ferreira (figura de prestígio dos de figuras, quadros, organogramas, em espírito de missão por todos os e decano da Pediatria portuguesa, com fotografias exemplificativas a cores, e autores», esperando-se que possa «con- quem o coordenador-editor trabalhou, aspectos de diversos exames imagio- tribuir para a saúde da criança e ado- quer no Hospital, quer na Universida- lógicos. Toda a iconografia apresenta- lescente, e da comunidade em geral. de) é referido, logo no início: «Há mui- da decorre da experiência dos auto- to que se sentia em Portugal a falta de res e, na sua maioria, fazendo parte do um tratado de clínica pediátrica…» acervo do Núcleo Iconográfico do Hos- De facto, atendendo às características pital de Dona Estefânia. A bibliografia do livro, e à «abrangência com que seleccionada, que encerra cada capí- intencionalmente o livro foi concebi- tulo ou parte, poderá contribuir para do…», parafraseando o editor-coorde- esclarecimento complementar do lei- nador no capítulo inicial de Apresenta- tor interessado. ção, pode considerar-se o primeiro tra- Cada volume é precedido de um glossá- tado devotado à Medicina da Criança rio e de tradução de abreviaturas uti-

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mas de colaboração e de coopera- DISTRITO MÉDICO DE AVEIRO ção interinstitucional, bem como, Mandatário: Dr. Francisco Ferreira Lopes Camões criar sinergias que permitam: Delegado: Dr. Artur Manuel Restani Graça Alves Moreira - Melhorar a acessibilidade dos doen- Mesa da Assembleia Distrital tes aos cuidados médicos de que, efec- Presidente Dr. João Francisco da Paula Terrível tivamente, carecem Vice-Presidente Dr. José António Madail Ratola - Promover e incentivar, em concerta- 1º Secretário Dr. António Luís da Conceição Cardoso ção com entidades representativas de 2º Secretário Dr. António Manuel Frias Coutinho todas as partes, as melhores formas de combate aos constrangimentos concre- Conselho Distrital tos detectados Dra Constança Maria Tipping Bettencourt da Câmara de Miranda - Procurar as melhores soluções, os Dra Maria Elvira de Magalhães Vilela Pires Rito meios tecnológicos mais apropriados Dra Maria João Parracho Vidal e as condições estruturais adequadas Dra Marta Isabel Braz Parada Coutinho de Carvalho para a prática de Medicina de qualida- Dr. Luís Manuel Ferreira Elias Lopes de e excelência, assim colaborando com as instituições dos sectores pú- Membros Consultivos ao Conselho Regional blico, privado e social que a tal se dis- Dr. António Frederico Ramos de Morais Cerveira ponham Dr. António Carlos da Cruz Maia - Colaborar na procura de formas de Dr. Manuel Nunes Simões dos Santos articulação mais eficientes entre Cui- Dra Maria de La Salette Figueiredo de Matos dados Hospitalares, Cuidados Primá- rios, Cuidados Continuados e Saúde A LISTA ao Conselho Pública - Pugnar pela implementação e redi- Distrital da Ordem mensionamento das Unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados dos Médicos Integrados necessárias ao Distrito da Aveiro Propõe como Plano de Acção: 2. Mobilizar para responsabilizar - Protocolar com a Universidade de Aveiro planos que integrem os recur- 1. Sensibilizar para envolver É nosso objectivo colocar o Conse- sos tecnológicos e humanos existen- lho Distrital à disposição dos Médicos, tes e que constituam respostas ade- É nosso propósito promover, in- bem como manter uma estreita e pro- quadas e inovadoras a problemas de centivar e partilhar a organização fícua colaboração com os Conselhos saúde diagnosticados na comunidade de colóquios, conferências, fóruns Regional e Nacional com o intuito de: que mutuamente servimos de debate, reuniões periódicas, exposições, espectáculos e outras - Defender as prerrogativas de cada 4. Prestigiar e reconhecer iniciativas que, pela sua actualida- Médico na defesa do seu estatuto pro- de/visibilidade/qualidade, congre- fissional quando ao serviço de institui- É pois imprescindível assumir guem os Médicos e outros mem- ções públicas ou privadas uma postura concertada, coesa e bros da comunidade em torno: - Promover um relacionamento privilegi- consistente de independência em ado com os diversos interlocutores relação a interesses estranhos à - Do esclarecimento sistemático dos institucionais de forma a defender os nossa autonomia técnica e cien- temas que dizem respeito ao carácter Médicos nos diversos palcos em que hoje tífica, assim como, criar as con- sócio-profissional da sua actividade são agentes, assim como contribuir para dições que permitam a todos os - Da formação e actualização técnicas e cien- o esclarecimento e resolução célere e justa Médicos encararem a sua nobre tíficas, com clara metodologia pedagógica dos problemas com que se deparem profissão, de autêntica servidão - Da arte e da cultura, como veículos - Pugnar pela defesa das Carreiras Mé- humana, sem peias ou medos em civilizacionais ímpares à compreensão dicas e pelo bom nome dos Médicos. relação ao futuro. multifacetada do Homem de hoje. Sempre que possível faremos do espa- 3. Humanizar para dignificar Por isso, é nossa pretensão: ço da Ordem um Centro privilegiado - Contribuir para o justo reconheci- de convívio. É nosso desiderato procurar for- mento do mérito de todos aqueles

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Médicos que se destacaram pela sua o reforço da humanização dos Cuida- 5. Cronograma acção profissional, social ou cultural dos e com ênfase no bem-estar dos - Promover deslocações do Conselho Doentes Elaborado para divulgação, e onde Distrital a diversas Unidades de Saúde - Diligenciar para a criação da Casa conste um balanço anual dos cumpri- do Distrito, com a intenção de dialo- do Médico de Aveiro, em articulação mentos bem como uma análise das gar com os Médicos com vista à sua com as entidades competentes e no condições por resolver. sensibilização e ao seu esclarecimen- garante de uma obra que prestigie os to, mas também para os ouvir de viva Médicos do Distrito, integrando a com- Aveiro, 25 de Outubro 2010 voz num contributo que se quer cons- ponente administrativa, social, científi- trutivo para o prestígio da Classe, para ca e de lazer. A Lista proponente ao Conselho Distrital

Candidatura aos Órgãos Distritais SRC – Castelo Branco, Lista C médica está para além do diagnóstico DISTRITO MÉDICO DE CASTELO BRANCO e tratamento. Delegado: Dr. Álvaro Rascão Ferreira Pinto Quem forma os colegas mais novos? Quem promove a formação médica Mesa da Assembleia Distrital contínua? Quem é que fora do seu Presidente Dr. Francisco Manuel Dias do Coito Elias «horário laboral» promove tantas ac- Vice-Presidente Dr. Manuel Armindo de Oliveira Reis tividades de forma gratuita e não re- 1º Secretário Dr. Luís Manuel Gomes Fernandes conhecida (júris de exames nacionais, 2º Secretário Dr. Pedro Renato Sousa da Silva Vaz referees de artigos científicos, organi- zação e eventos para formação médi- Conselho Distrital ca, cargos nas instituições do estado Dr. Ernesto Fernandes Rocha que não são remunerados...) Dr. Vitor Manuel dos Santos Dr. Eduardo João Abrantes Pereira Manteremos os nossos objectivos: Dr. Jorge Augusto Faria de Vilhena Monteiro Dr. Filipe Reis Antunes 1. Aproximar a Ordem aos colegas em todo o Distrito Membros Consultivos ao Conselho Regional 2. Defender os colegas quando Dr. José Carlos da Fonseca Rua injustiçados Dr. Rui Miguel Alves Filipe 3. Promover cursos e colóquios de in- teresse médico PROGRAMA DE ACÇÃO 4. Fazer chegar aos órgãos mais cen- trais e de execução ideias e progra- «SER MÉDICO» mas de interesse médico 5. Actuaremos de acordo e com o respei- Os actuais elementos que compõe os Nos últimos tempos as bases estrutu- to que o Código Deontológico e os Es- Órgão Distritais de Castelo Branco da rais em que assentava o Serviço Naci- tatutos da ordem exigem e nos honram Ordem dos Médicos apresentaram-se onal de Saúde têm sido delapidadas e 6. Fazer chegar aos órgãos mais cen- a sufrágio em Dezembro de 1998 numa alteradas e desta forma os ideais para trais e de execução ideias e progra- posição de independência face a dife- garantir uma medicina de qualidade mas de interesse médico rentes grupos e correntes existentes são cada vez mais difíceis. 7. Defenderemos a deontologia e ética de na classe médica e fora dela, procuran- O nosso papel como «provedores» dos acordo com o juramento por nós feito do, sobretudo servir os médicos, man- doentes está a ser substituído pela im- 8. Seremos independentes de qualquer tendo-se com esta filosofia. plementação de sistemas que nos levam poder Mantém-se uma equipa diversificada ao funcionalismo. A imagem de um técni- 9. Defenderemos a qualidade do acto com distribuição dos colegas pelo dis- co superior que exerce a sua actividade médico trito médico, pelas diversas especialida- em parâmetros pré estabelecidos não se 10. Estaremos com todos os colegas em des e idades mantendo o espírito de coaduna com a actividade médica. solidariedade sempre que injustiçados entreajuda, lealdade e camaradagem e Este profissional deve exercer a sua 11. Não seremos neutros nem indiferen- a mesma independência norteados ao profissão de forma hipocrática e não de tes aos problemas distritais e ou regio- anterior lema «Pelo Prestígio da Clas- forma hipócrita, como diria um colega nais mantendo sempre um diálogo aberto se, com Solidariedade Médica»: nosso que muito estimo. A actividade e franco com todos os colegas e institui-

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ções de Saúde, procurando gerar e ge- Reconhecendo que estamos inseridos to possamos alterar e melhorar a nos- rir os maiores consenso possíveis. no segundo distrito com a população sa acção e levar a que os órgãos cen- mais idosa do país vamos promover trais criem mais dinamismo, mais for- Vamos continuar a privilegiar o deba- um curso de gerontologia. ça perante o poder central. Indepen- te com os médicos do Distrito sobre Sabemos que estatutariamente pouco dentemente do sentido de voto pedi- todos os assuntos pertinentes da clas- ou nada poderemos fazer mas é verda- mos a todos os colegas que enviem, se, dando oportunidade aos colegas de que esta Ordem Distrital tem esta- por correio, em envelope pré pago, os para manifestarem as suas opiniões e do aberta às inquietações, aos medos boletins de voto, de modo a haver uma de as fazer chegar aos outros órgãos denunciando nos locais próprios. maciça votação. da Ordem, mantendo a recepção aos Para isso é necessário que todos vo- Deste modo mostraremos a todas as clas- colegas mais novos e homenageando tem, que os colegas se aproximem da ses sociais, e políticas, que estamos de os colegas mais velhos. Ordem Distrital para que em conjun- forma activa e atenta neste nosso mister.

Candidatura aos Órgãos Distritais SRC – Coimbra, Lista A PROGRAMA DE ACÇÃO «DEFENDER OS MÉDICOS, OS DOENTES E A SAÚDE COM INDEPENDÊNCIA»

A nossa candidatura ao Distrito Médi- DISTRITO MÉDICO DE COIMBRA co de Coimbra subscreve e partilha Mandatário: Dr. Celso Daniel da Cruz Cruzeiro inteiramente o programa da lista «De- Delegado: Dra Ana Bela Grosso dos Santos Couceiro fender os Médicos, os Doentes e a Saú- de com Independência», que se can- Mesa da Assembleia Distrital didata à Secção Regional do Centro Presidente Prof. Doutor Salvador Manuel Correia Massano Cardoso da Ordem dos Médicos. Vice-Presidente Dra Luísa Maria de Abreu Freire Diogo Matos Nesse programa estão claramente as- 1º Secretário Dra Isabel Maria Gonçalves Costa sumidos os princípios, ideias e com- 2º Secretário Dr. Daniel dos Santos Brito promissos que assumimos com todos os colegas. Conselho Distrital Dr. Amândio José Correia Martins Couceiro Propomo-nos pois unir e dinamizar os Dra Ana Luísa Machado Agudo Simões Mateus Médicos do Distrito Médico de Coimbra Dra Maria Fernanda da Silva Leite Gouvêa em torno desses princípios e programa. Dr. Ricardo Manuel Angélico Faria Gabriel Estes objectivos são vitais num mo- Dra Teresa Paula Lopes Sousa de Santis mento em que o SNS é diariamente sujeito a alterações, não discutidas, não Membros Consultivos ao Conselho Regional planificadas, por ministérios que se fur- Dra Ana Maria Feijão Neves da Silva Gomes tam ao diálogo e que irão utilizar a Dra Ana Sofia Morgadinho Carvalho situação económica para continuar a Dra Andrea Alexandra Guerra Sancho Salgueiro da Costa precarizar e desmantelar o SNS. Prof. Doutor Carlos Alberto Fontes Ribeiro Nos últimos anos o Conselho Regional, Dr. Emanuel San Bento Furtado através das «Presidências Abertas» e em Dr. Fernando Jaime Alves Dias Martinho estreita colaboração com os Conselhos Dra Gisela Margarida Monteiro Dias da Costa Distritais, visitou todos os Distritos da Dr. Gonçalo Jorge Neves de Matos Costa Secção Regional do Centro, com o úni- Dr. José Henrique Dias Pereira co intuito de dialogar e levar a Ordem Prof. Doutor Luiz Miguel de Mendonça Soares Santiago ao encontro dos colegas. Vamos conti- Prof. Doutor Manuel Teixeira Marques Veríssimo nuar este trabalho, procurando o diá- Dra Maria Irene Baptista Martins logo e antecipando soluções. Dra Maria Luísa Serra da Silva Paiva de Carvalho Vamos manter e melhorar um conjunto Dr. Maria da Luz Machado Martins de acções, em que os Médicos partilhem Dra Marília Dias Pereira com a sociedade envolvente a procura Dr. Pedro Edgar Castelejo Rebelo de respostas para os problemas da saú-

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de. Vamos manter e incentivar as par- Em paralelo, os Médicos ou Associa- Muitos de nós têm ao longo de muitos cerias com as autarquias locais, com as ções Médicas vão continuar a ter ao anos dado voluntariamente o melhor, instituições educativas e sociedade ci- seu dispor o CM, para realizações cul- tentando tornar a nossa Ordem a casa vil, com estes mesmos objectivos. turais e científicas, apresentação de li- de todos os Médicos. Vamos manter e valorizar a já existen- vros e actividade do Grupo Coral. Os colegas que se identificam com este te produção cultural a que o Clube Mas, os nossos esforços irão no sen- objectivo, têm neste momento de elei- Médico (CM) nos habituou, com as tido da consolidação das próximas fa- ções a oportunidade de elegerem Con- suas exposições mensais, conferências ses da «Aldeia do Médico», empreen- selhos Distritais, Conselhos Regionais e parcerias culturais, tornando-o cada dimento regional com projecção na- e um Bastonário com experiência, tra- vez mais como um espaço aberto a cional, que irá trazer outra dimensão balho e muitas provas dadas na defesa todos, contribuindo para a dignificação ao trabalho da OM e de toda a classe dos Médicos, dos Doentes e da Saúde e a imagem pública da classe médica. médica. com independência. Candidatura aos Órgãos Distritais SRC – Coimbra, Lista B PROGRAMA DE ACÇÃO À Ordem dos Médicos compete:

1. Defender a ética, a deontologia e A Ordem Somos a qualificação profissional médicas, a fim de assegurar e fazer respeitar Todos o direito dos utentes a uma medici- na qualificada. DISTRITO MÉDICO DE COIMBRA Mandatário: Dr. Alberto Ferreira Seabra Vivemos hoje tempos em que se adivi- Delegado: Dr. João Eloi Gonçalves Pereira de Moura nham profundas transformações da so- ciedade. A instabilidade económica e Mesa da Assembleia Distrital social necessita de uma Ordem dos Mé- Presidente Prof. Doutor Luís Filipe Marreiros Caseiro Alves dicos consciente e capaz de conservar Vice-Presidente Prof. Doutor Carlos Manuel da Silva Robalo Cordeiro os princípios e os valores ancestrais 1º Secretário Dra Dulce Helena Saramago Diogo Cortes que norteiam a actividade médica des- 2º Secretário Dra Liana Maria Matoso de Miranda Negrão de há séculos: a honradez, a honesti- dade, a responsabilidade, a generosi- Conselho Distrital dade, a nobreza de carácter. Dr. Luís Filipe dos Santos Silva A prática médica é uma actividade que, Dr. Luís Manuel Barata Teles apesar de necessariamente se reger por Dr. Luís António Pimenta Trindade regras económicas, tem linhas de con- Dra Alice da Conceição Zamora Luzio duta ética próprias. Nos tempos que Dr. Carlos Alberto Marques Pereira atravessamos, de evidentes dificuldades económicas e financeiras do Estado, a Membros Consultivos ao Conselho Regional Ordem dos Médicos tem uma res- Dra Maria Alice Rego da Silveira e Castro ponsabilidade particular na definição e Dr. Álvaro Luís Portela Simões controlo do rigor técnico -científico e Dr. André Maria Sande Ribeiro Serpa Oliva deontológico da Medicina em Portugal. Dra Branca Isabel Teixeira Pires Pereira O papel da OM passa sempre por ga- Dr. António Camilo de Caldas Pires Pereira Leite rantir às populações os melhores cui- Dr. Carlos Manuel dos Santos Andrade dados de saúde, mantendo um saber Dr. Carlos Aragão Pereira de Athayde médico moderno e honrando o per- Dr. Carlos Alberto Lucas Cabral Janelas curso ascendente da Medicina Portu- Dr. Ciro Magalhães Guedes Costa guesa nas últimas décadas, cujos indi- Dr. Fernando Lopes de Oliveira Loureiro Martins cadores, ao contrário de outros secto- Dr. Frederico Teixeira Gabriel Furriel Dra Maria da Graça Vaz de Carvalho Ribeiro res sociais, têm alcançado uma boa Dr. Horácio António de Jesus Firmino prestação no panorama internacional. Dra Ivone Maria Saavedra Mateus Dias Dr. João Paulo Gaspar de Almeida e Sousa 2. Fomentar e defender os interesses Dr. José Manuel Azenha Tereso da profissão médica a todos os níveis, nomeadamente no respeitante à pro-

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moção sócio-profissional, à segurança nomeadamente no ensino médico e nal nos procedimentos administrativos, social e às relações de trabalho. carreiras médicas. é fundamental para cumprir as respon- sabilidades que lhe são exigidas. Desde a fundação do SNS, os médicos As mudanças bruscas e radicais a que têm sido, duma forma entusiasta e temos assistido nos últimos tempos, 4. Dar parecer sobre todos os assun- dedicada, o seu principal suporte. Têm que colocam em causa as bases estru- tos relacionados com o ensino, com impedido a sua ruptura: empenhando- turais do SNS, impõem aos médicos o exercício da medicina e com a or- se nos serviços, suportando ritmos de objectivos inatingíveis e condições de ganização dos serviços que se ocu- trabalho alucinantes, realizando tare- trabalho deploráveis. pem da saúde, sempre que se julgue fas que tantas vezes não se enquadra- Esta exacerbação do trabalho, a insen- conveniente fazê-lo, junto das enti- riam nas suas funções. satez dos objectivos, a anarquia da ges- dades oficiais competentes ou quan- Embora se assista à disseminação pro- tão, a falta de clareza das prioridades do por estas for consultada. gressiva de profissionais de outras áreas estratégicas dentro das unidades de na gestão das unidades de saúde, com saúde, a constante introdução e alte- Compete à Ordem dos Médicos de- o afastamento progressivo dos médi- ração de regras administrativas e de senvolver e avaliar a prática médica a cos mais competentes na respectiva normas e procedimentos, a inconsis- todos os níveis, emitir opinião sobre o área, dos centros de decisão, é aos mé- tente nomeação de chefias e de organi- ensino pré e pós-graduado da Medici- dicos que é atribuída, perante a opi- gramas funcionais nos serviços, tudo na, na defesa do rigor científico e da nião pública, a responsabilidade pela isto transforma o SNS numa estrutura sua qualidade pela garantia de uma su- ineficiência do sistema, pelo desperdí- desmotivadora para os médicos e ge- pervisão e creditação credíveis das ac- cio, pelos erros de organização e ad- radora de desapontamento e frustra- ções de formação. ministração. ção para os utentes. Esta acção dinamizadora global possi- Esta prática tem levado à transforma- O furor legislativo de revogação e subs- bilita não só uma melhoria dos cuida- ção dos médicos em funcionários pas- tituição de leis e diplomas, duma forma dos prestados como também um in- sivos e submissos, através do controlo mais ou menos sub-reptícia, vai prepa- cremento significativo no desempenho das chefias e «proletarização» do tra- rando a introdução duma nova organi- e confiança das equipas médicas. balho médico. Temos assistido ao des- zação na saúde, em que o papel do mé- A acção da Ordem dos Médicos deve prezo na implementação das carreiras dico e das estruturas organizativas que reflectir-se na melhoria contínua dos médicas, ao desinteresse pela forma- apoiam as «velhas» perspectivas de soli- cuidados de saúde, na actualização ção médica, à falta de estímulos pelo dariedade e de humanização do SNS, vão permanente dos conhecimentos técni- mérito ou pela falha, conduzindo à ele- sendo substituídas paulatinamente por co-científicos e no aperfeiçoamento do vada percentagem de profissionais que organizações dependentes do Estado, papel do médico nos contextos organi- se deixaram cair num trabalho roti- com uma perspectiva mais economicista, zativos do exercício profissional. neiro, sem horizontes nem esperança de que são exemplos a Entidade Regu- Cada vez mais, as deficientes condições no futuro, com a consequente desmoti- ladora da Saúde ou a Inspecção Geral de trabalho em que os médicos reali- vação, ansiedade crescente e descon- de Actividades da Saúde. zam a sua actividade condicionam o certante apatia, que os leva a abando- Cabe à Ordem dos Médicos proceder erro e a insatisfação profissional. nar o sistema. ao equilíbrio entre a qualidade da ges- Compete à Ordem, junto das autori- É fundamental o papel da Ordem dos tão e a qualidade da clínica na política dades competentes, ser a voz activa e Médicos no aperfeiçoamento dos con- da saúde em Portugal. Com uma Or- actuante na promoção e garantia da textos organizativos do exercício pro- dem dos Médicos fraca, assistimos à melhoria de qualidade dos sistemas de fissional. É necessário devolver o pres- supremacia da vertente administrati- saúde. Para isso, devem ser assegura- tígio a uma prática médica competen- va/economicista da saúde em detrimen- dos, nas condições contratuais dos mé- te, responsável e empenhada. Para isso, to da qualidade do Acto médico. É, por dicos, planos de formação contínua, co- a Ordem tem de se impor entre os isso, fundamental reforçar a influência mo forma de actualização regular e seus parceiros de gestão em saúde, não política da Ordem. Para proveito dos desenvolvimento profissional. prescindindo das suas funções nem profissionais, mas fundamentalmente Por outro lado, é nossa convicção que abdicando das suas obrigações. para proveito dos utentes do SNS. o desemprego médico, previsível com Por isso, defendemos uma renovação a actual política de ingresso nas Facul- 3. Promover o desenvolvimento da profunda no modelo institucional e dades de Medicina, não melhorará a cultura médica e concorrer para o funcional da Ordem dos Médicos: uma qualidade da prática médica (embora estabelecimento e aperfeiçoamen- Ordem mais adaptada às novas exigên- melhore, de acordo com as regras do to constante do Sistema Nacional de cias, modernizada nos equipamentos e mercado, os lucros dos empregadores) Saúde, colaborando na política naci- funcionalidades, melhorada nas suas pelo que deve a Ordem promover o onal de saúde em todos os aspectos, competências, com um perfil profissio- levantamento e avaliação das reais ne-

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cessidades de médicos no País, como Numa altura de mudança pré gradua- pecializado vê a sua relação com o do- suporte para a adequação do número da imposta pelas regras de Bolonha, ente que o procura, influenciada e ma- de vagas de ingresso nas Faculdades de existem neste momento médicos licen- nipulada, legalmente, por vários outros Medicina e nas diversas Especialidades. ciados e médicos com mestrado inte- profissionais (administrador, farmacêuti- grado. Por outro lado, mestres pós Bo- co e outros) enquanto uma miríade de 5. Velar pelo exacto cumprimento da lonha concorrem em vantagem com cidadãos, sem formação em Medicina, se lei, do presente Estatuto e respecti- médicos licenciados pré Bolonha. Urge apresentam como profissionais de saú- vos Regulamentos, nomeadamente criar mecanismos de equivalência a de sem qualquer controle de qualidade! no que se refere ao título e à profis- nível de contratações e progressão pro- Não permitir que qualquer outra enti- são de médico, promovendo proce- fissional. dade emita – sem prévia consulta da dimento judicial contra quem o use A formação profissional contínua é im- Ordem – opinião sobre assuntos rela- ou a exerça ilegalmente. portante na manutenção da qualidade cionados com o ensino pós graduado, da medicina. Todos os médicos devem o exercício da medicina ou a organi- A Ordem dos Médicos tem como mis- ser valorizados pelo seu empenho quer zação dos serviços de saúde é um dos são a defesa da qualidade de presta- como formandos quer como formado- objectivos fundamentais da Ordem dos ção de cuidados de saúde, tanto do res. Há que garantir, aos colegas inter- Médicos, para salvaguarda da saúde das ponto de vista individual, como atra- nos, as melhores condições para a sua populações. vés das linhas estratégicas globais da formação e motivação, promovendo o política de saúde, assente num sistema seu envolvimento nas atribuições de Defendemos a necessidade de uma nacional de saúde que reforce a digni- idoneidades formativas. qualificação profissional médica, para dade, a autonomia e consequentemen- Assistimos hoje, em Portugal, a uma re- a prática de todo e qualquer Acto te a responsabilidade do acto médico. alidade em que o médico licenciado/es- Médico.

Candidatura aos Órgãos Distritais SRC – Guarda, Lista B Promover realização de eventos em DISTRITO MÉDICO DE GUARDA comum com outras Ordens, como Delegada: Dra. Ana Maria Rodrigues de Almeida Rocha exemplo a realização em conjunto com a Ordem dos Advogados, conferencis- Mesa da Assembleia Distrital tas: Prof. Dr. Duarte Nuno (preserva- Presidente Dr. Augusto José de Sousa Rente ção da prova pericial no Serviço de Vice-Presidente Dra Maria Eugénia Serra Pereira Urgência), Prof. Dr. Pinto Monteiro (o 1º Secretário Dra Ana Paula Valente da Silva Gonçalves direito a não nascer e a responsabili- 2º Secretário Dr. Tiago Miguel Marques Saraiva dade civil pelo dano de nascer?) Continuação dos contactos com o Conselho Distrital poder político local de que foi exem- Dr. Augusto Manuel de Almeida Lourenço plo a reunião promovida com o Go- Dr. Fernando Manuel Seromenho Sequeira Mendes verno Civil sobre «A Saúde no Distri- Dr. Luís Manuel Marques to da Guarda», que contou com a co- Dr. Manuel Francisco de Almeida Gomes laboração da Universidade da Beira Dr. Ricardo Nuno Calado Cabral de Campos Interior, Instituto Politécnico da Guar- da, Ordem dos Enfermeiros, Secretá- Membros Consultivos ao Conselho Regional rio Geral e Director da Saúde. Dr. Francisco José Fernandes Luís Continuação das acções de laser e PROGRAMA DE ACÇÃO convivio, como: «Venha tomar café con- nosco», «Magusto na Ordem dos Mé- dicos», «Prova de vinho do Dão» ori- Pela Dignidade da entada pelo enólogo Eng. Miguel Oli- veira. classe médica Continuar a abrir a Ordem a todos os colegas, desde os internos aos refor- Continuação do trabalho desenvolvi- das instalações pelo que em breve mados, às outras Ordens e à socieda- do no último triénio poderá ser aprovado o regulamento de em geral. Mais participação pelos médicos para atribuição de alojamento tempo- Por uma Ordem mais participada e Finalmente conseguimos a legalização rário para internos ou outros colegas. pela dignificação da classe médica.

Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 67 ELEIÇÕES 2011-2013 Candidatura aos Órgãos Distritais SRC – Leiria, Lista C

actuais, a OM tem que continuar a lu- DISTRITO MÉDICO DE LEIRIA tar, a ser atenta e actuante na defesa dos Médicos, das Carreiras Médicas e Mandatário: Dr. Belarmino Damião Spencer do Serviço Nacional de Saúde. Delegado: Dr. José Luís de Melo Brandão A OM tem igualmente um papel im- Mesa da Assembleia Distrital portante a desempenhar na unidade Presidente Dra Maria Dulce Geraldes Mendes dos Médicos. Vice-Presidente Dr. António Macedo Mota 1º Secretário Dr. Rui Manuel da Silva Matias QUEREMOS: 2º Secretário Dr. Fernando Gonçalves Travassos - Dinamizar o Distrito Médico de Conselho Distrital Leiria, aproximar os Colegas e me- Dra Ana Maria Rodrigues de Barros lhorar as relações entre as instituições Dr. Célio Ferreira Fernandes de saúde; Dra Maria de Lurdes Rocha -Relançar o gabinete de apoio jurídi- Dr. Rui Manuel Passadouro da Fonseca co, de forma a dar uma resposta Dr. Nuno José Gomes Rama rápida e eficaz às questões que se colocam cada vez com mais fre- Membros Consultivos ao Conselho Regional quência; Dr. Carlos Alberto Faria Ferreira - Manter o ciclo de debates sobre as- Dr. Vítor Manuel Ribeiro de Faria suntos julgados pertinentes; - Dar continuidade às acções de forma- PROGRAMA DE ACÇÃO ção médica contínua; - Manter as realizações de carácter Pelas boas práticas cultural e recreativo;

– defender os médicos REIVINDICAMOS:

O nosso projecto é independente e não A Ordem desempenha um papel ful- - Maior autonomia distrital; associado a outras candidaturas. cral na defesa duma medicina de qua- - Actualização dos limites geográficos lidade, na defesa da independência téc- do distrito médico; A pluralidade e independência da nos- nica, na defesa da deontologia, na regu- - Informação actualizada das decisões sa lista é garante da boa articulação lação do exercício da Medicina. e orientações internas da Ordem dos com a estrutura nacional da Ordem Médicos; dos Médicos. Em tempos conturbados, como são os - Aumento da dotação financeira.

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DISTRITO MÉDICO VISEU PROGRAMA DE ACÇÃO Delegado: Dr. António Francisco Pires Esteves Caldas • Reafirmar a Ordem dos Médicos Mesa da Assembleia Distrital como a Entidade acreditadora, regula- Presidente Dra Rita Maria Ferreira Figueiredo dora e certificadora do exercício da Vice-Presidente Dra Bela Marisa Torres Prata Medicina. 1º Secretário Dra Carla Margarida Alves Lunet 2º Secretário Dra Carla Felisbela de Melo Amaro • Assegurar a qualidade e a continui- dade da formação pré e pós gradua- Conselho Distrital da. Dr. José Pedro Simões Saraiva Dr. António Simões Torres • Valorizar a competência e reforçar a Dr. Américo Jerónimo Taveira da Silva Autonomia dos Médicos. Dr. Jorge Alberto da Silva Dr. António Júlio Simões da Silva Santos • Promover a participação de todos os Médicos nas decisões da Ordem. Membros Consultivos ao Conselho Regional Dr. João Carlos de Almeida Alexandre • Reafirmar a necessidade de uma Sede Dr. Carlos Alberto Leocádio Daniel Distrital Digna, que seja um espaço de Dr. Fernando José de Matos Marques reflexão e debate, bem como, de acti- vidade lúdica e cultural.

CULTURA Regulamento dos Prémios Artísticos 2010 Prémio CELESTINO GOMES – Escultura Prémio REVELAÇÃO

Art.º 1º – O Prémio CELESTINO GOMES destina-se a Aequo, mas podem ser atribuídas duas Menções Honrosas. distinguir obras de Escultura, da autoria de Médicos ou Art.º 9º – Nenhum Artista poderá voltar a ser premiado estudantes de medicina, de nacionalidade portuguesa e nos três anos fiscais seguintes, na mesma modalidade. sócios da SOPEAM. Art.º 10º – O concurso está aberto até 28 de Fevereiro Art.º 2º – Cada concorrente pode concorrer com o má- de 2011 e a apresentação da candidatura deverá ser feita ximo de duas obras. na Ordem dos Médicos, Avenida Gago Coutinho, 151, em Art.º 3º – O Prémio é atribuído de dois em dois anos, Lisboa e ao cuidado da SOPEAM, fazendo referência a alternando com o Prémio Mário Botas de Pintura. qual dos prémios é concorrente. Art.º 4º – O Prémio consiste no Troféu SERPIS e em Diploma. Art.º 11º – Os Prémios serão entregues em Cerimónia So- Art.º 5º – O Prémio é atribuído por um Júri escolhido pela lene, na Ordem dos Médicos, em data e hora a anunciar. Direcção da SOPEAM e será constituído por críticos ou Art.º 12º – A obra a concurso deverá ser entregue na escultores de reconhecida competência e por um membro Ordem dos Médicos, até ao dia 28 de Fevereiro de 2011, da Direcção da SOPEAM que só terá voto de desempate. sendo o concorrente responsável pela entrega, permanên- Art.º 6º – Da decisão do Júri não cabe recurso. cia e levantamento da obra. Art.º 7º – O Prémio poderá não ser atribuído se o Júri Art.º 13º – Esta Sociedade não se responsabiliza por da- entender que nenhuma das obras apresentadas a concur- nos que possam ocorrer. so merece tal distinção. Art.º 14º – Os casos omissos serão resolvidos pela Direc- Art.º 8º – Não é permitida atribuição de Prémios Ex- ção da SOPEAM

Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 69 ELEIÇÕES 2011-2013 Candidatura ao Conselho Regional do Sul

ÓRGÃOS REGIONAIS – Lista A Regenerar a Ordem, Credibilizar os Médicos Mandatário: José Germano Rego de Sousa Delegado da Candidatura: Manuel Garcia Vazquez PROGRAMA DE ACÇÃO Mesa da Assembleia Regional Esta candidatura tem na sua origem uma Presidente António José de Barros Veloso convergência de médicos e das suas idei- Vice-Presidente Maria Isabel Pereira dos Santos as no que diz respeito ao diagnóstico 1º Secretário José Carlos Ferreira Guimarães que fazem da situação do seu órgão re- 2º Secretário Joaquim José Figueiredo Lima presentativo, a Ordem dos Médicos, na dupla vertente de avaliação do funcio- Conselho Fiscal namento interno e do papel que sentem Presidente Manuel Pedro Pereira Dias de Magalhães dever ela assumir perante a sociedade. Vogais Joaquim Pedro Igreja Margalho Carrilho Jorge Natalino Ramos Lima A sua necessidade impôs-se pela cons- tatação que a múltiplos níveis é reco- Conselho Regional nhecida da ineficiência progressiva da António Manuel da Silva Pereira e Coelho Ordem, nomeadamente do órgão a que Catarina Montenegro Carvalhais Baptista de Almeida Abecassis Empis propomos agora candidatar-nos. Dora Susana Lemos Rodrigues da Cruz Sargento Almeida João Pedro Garcia Yglésias de Oliveira Com efeito, a lista vencedora do últi- José Mendonça da Costa mo acto eleitoral para a escolha do Maria Manuela Gomes dos Santos Conselho Regional do Sul e Regiões Maria Teresa Fernandes Ventura Autónomas propôs-se como objecti- Mário João Baptista Nunes de Mourão Gamelas vo de actuação congregar correntes Nuno Gonçalo Madeira de Athayde Banazol de pensamento diversificadas, aparen- Nuno José Farraia e Silva Meireles temente dispostas a eliminar o que as Nuno Manuel da Conceição Diogo separava em favor de uma unidade considerada inadiável. A realidade e os Conselho Disciplinar factos mostraram que, embora assen- Amândio Martins Santana te num programa aliciante, alicerçado Manuel Marçal Fontes Mendes Silva numa leitura precisa e, preconizando Maria Helena de Oliveira Morgado Canada medidas de actuação correctas e apa- Rosa Maria Meunier Gouveia de Jesus rentemente exequíveis, o resultado glo- Rui Carlos Martins Rodrigues Costa bal da prestação do Conselho Regio- nal do Sul no seu domínio específico e como parceiro privilegiado das deci- Há que ter a coragem de assumir que que transparece para o exterior ressalta sões no seio do Conselho Nacional Exe- nós médicos a título individual e, inte- a noção de acentuada perda de capaci- cutivo, ficou aquém da expectativa. grando aos mais diversos níveis de par- dade de intervenção e de realização: ticipação o organismo que nos repre- Na realidade, a incapacidade revelada senta e deve defender, pouco contri- - Os médicos, que nela deviam sentir- por algumas tendências e colegas para buímos para evitar o agravamen- se inseridos e participantes de há mui- colocar os valores colectivos acima dos to de uma situação que, se há três to que têm vindo a revelar uma atitu- projectos e ambições individuais, tra- anos podia ser considerada alta- de de descrença e alheamento. duzida numa disputa interna permanen- mente preocupante, está actual- te, embora não assumida, dominada por mente em risco de implosão. - Os doentes, nossa principal razão de conflitos pessoais não resolvidos, ou ser enquanto profissionais, também se mesmo definitivamente insolúveis, levou- Temos que ser muito objectivos e críti- afigura terem deixado de nos encarar nos à decisão de constituir uma lista cos quanto à quota-parte de responsa- como o seu amparo de eleição, e en- em que a quase totalidade dos seus ele- bilidade que devemos assacar-nos no caram-nos antes como coniventes no mentos fosse alheia a esse clima. contexto actual: da imagem da Ordem seu abandono.

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- Os decisores políticos, quer a nível vés de uma afirmação clara do formações a que necessariamente foi e público, quer privado, cada vez mais respeito pela ética e deontologia, irá sendo submetido nas décadas sub- secundarizam o nosso papel interven- de competência, rigor, profissio- sequentes, vai ter que manter-se como a tivo e, procuram acentuar as nossas nalismo, de um processo de paci- pedra angular da actividade assistencial divisões para mais facilmente reinarem ficação interna, de unificação em e da formação médica continua. num espaço que fomos deixando es- torno de objectivos essenciais, da vaziar e que terceiros se apressaram dignificação nos comportamen- A actividade médica privada irá tam- em ocupar. tos individuais e nas actuações bém subsistir, que mais não seja pela firmes e decididas dos seus ór- defesa do inviolável princípio da livre Muitos de nós acreditam que nem tudo gãos representativos. escolha do médico pelo doente, princí- está perdido e que ainda vale a pena pio que deve tanto quanto possível ser lutar pela reabilitação da classe, par- Mesmo correndo o risco de nos tor- alargado e aplicado a outros sectores. tindo de um processo de REGENE- narmos repetitivos não podemos dei- RAÇÃO da nossa Ordem. xar de uma vez mais apelar à publi- A actividade desenvolvida no âmbito cação urgente da LEI DO ACTO dos grandes projectos assistenciais No concreto sentimos que haveria que MÉDICO, essencial para a defesa dos privados ou público/privados, de na- apostar numa renovação alargada das princípios acima enunciados. tureza predominantemente hospitalar, listas, recorrendo a colegas que, com suportada por poderosos grupos finan- provas dadas ao longo das suas carrei- Também na defesa desses princípios ceiros, tem indiscutíveis virtualidades, ras clínicas, têm estado em permanente reafirmamos que a qualidade da prá- mas pode representar também uma contacto com a realidade assistencial e tica médica nas suas diversas ver- ameaça real à autonomia dos médicos vivido a angústia do dia-a-dia da derro- tentes deva ser avaliada inter-pa- e à sua independência. cada do sistema de saúde em Portugal. res, controlada pela OM num pro- cesso rigoroso de AUTO-REGU- Subscrevemos a necessidade do esta- Algumas das circunstâncias já afloradas, LAÇÃO. belecimento de um PACTO PARA impediram um normal funcionamento do A SAÚDE em conjunto com as Conselho Regional do Sul e, consequen- Para tornar viável esse objectivo con- forças políticas representadas na temente, a avaliação da bondade dos sidera-se indispensável criar um Assembleia da República, tal como projectos então propostos. Retomamo- DEPARTAMENTO de AUDITO- a de definição de uma CARTA NA- los agora convictamente, com a intro- RIA de QUALIDADE para o exer- CIONAL DE SAÚDE e de uma ge- dução de algumas ideias sugeridas pelo cício médico, destinado a avaliar a nuína e realista POLÍTICA DO aprofundamento do diagnóstico e por idoneidade assistencial de serviços e MEDICAMENTO. novos contributos, em particular os su- unidades de saúde nas suas vertentes geridos pelos colegas mais novos, que ética, técnica e científica e realizar a III – OS CUIDADOS DE SAÚDE aderiram a esta lista e ao seu programa. tão persistentemente reclamada REVI- PRIMÁRIOS SÃO DO ESTATUTO DISCIPLI- I – PAPEL DO MÉDICO NA NAR dos MÉDICOS, conduzida por Continuam na nossa óptica a consti- SOCIEDADE PORTUGUESA AC- uma Comissão expressamente consti- tuir o alicerce fundamental da estrutu- TUAL tuída com esse objectivo. ra do Serviço Nacional de Saúde. Al- guns dos aspectos relativos a novas A desvalorização crescente da figura II – A NOSSA VISÃO DO PANO- perspectivas das políticas de saúde do médico a título individual e como RAMA DA SAÚDE EM PORTU- aflorados nos pontos anteriores tive- membro de uma classe, não advém da GAL ram uma repercussão evidente nos cui- inadequação dos nossos valores tradi- dados de saúde primários, nomeada- cionais à realidade presente; pelo con- A estrutura da saúde em Portugal na mente com a introdução inovadora trário, a subordinação da nossa auto- última década, sofreu profundas trans- das Unidades de Saúde Familiares e dos nomia assente nesses princípios, às formações, que, sendo em muitos as- Agrupamentos de Centros de Saúde. imposições vindas de grupos de inte- pectos irreversíveis e enriquecedoras, Constata-se neste momento na sequên- resses que nos são alheios, tem vindo puseram simultaneamente em causa o cia das reformas instituídas, a existên- a arrastar-nos para comportamentos modelo de prática clínica a que a clas- cia de uma desigualdade estrutural, que conducentes a uma degradação pro- se médica e outros estratos profissio- se traduziu também numa desigualda- gressiva, que urge travar e inverter. nais ainda não souberam ajustar-se. de de satisfação.

Há que voltar a credibilizar a fi- O Serviço Nacional de Saúde nos mol- Torna-se urgente efectuar uma ava- gura do médico e da classe, atra- des em que foi concebido, e com as trans- liação rigorosa e objectiva da si-

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tuação, de molde a poder corrigir Neste contexto torna-se urgente Mais preocupante se torna ainda a nossa aquilo que se considere errado, e as- acompanhar o desenvolvimento avaliação negativa, se constatarmos que sim travar a tendência para o abando- do relatório sobre a «ORGANI- ela se acentuou enormemente num no, e devolver o muito que existe de ZAÇÃO INTERNA E A GOVER- período em que por força do «numerus aliciante num sector nuclear na políti- NAÇÃO DOS HOSPITAIS» elabo- clausus» o número de alunos das Fa- ca de saúde. rado pelo grupo de trabalho criado ao culdades de Medicina diminuiu drasti- abrigo do Decreto-Lei 105/2007 de 3 camente o que presumivelmente seria Para isso torna-se também indispen- de Abril. Outra área que merecerá a favorecedor da qualidade do ensino. sável a criação de incentivos, par- nossa intervenção será a reestru- ticularmente para os jovens mé- turação do funcionamento das Se o panorama é sombrio nas Facul- dicos, criando-lhes nomeadamen- urgências hospitalares. dades tradicionais sê-lo-á talvez ainda te a perspectiva de uma carreira mais nas novas faculdades de instala- que se afigura ameaçada. V – DIRECÇÃO E GESTÃO DOS ção recente, com projectos pedagógi- SERVIÇOS DE SAÚDE cos pretensamente inovadores, mas em IV – REFORMA DA ORGANIZA- que a escassez de recursos humanos e ÇÃO HOSPITALAR Se, compreendemos e aceitamos que materiais leva inclusivamente ao recru- a política geral de saúde deva ser defi- tamento de docentes estrangeiros com De importância tão relevante quanto nida globalmente pelos órgãos própri- um quase absoluto desconhecimento a anterior terá quiçá adquirido maior os, para ela reivindicamos também uma das realidades locais. visibilidade a transformação dos hospi- participação dos médicos. tais públicos em EPE que subitamente Numa perspectiva de formação que se veio pôr em causa as Carreiras Médi- Nesta perspectiva, não compreende- inicia com a entrada para as Faculdades cas, um dos grandes pilares do Servi- mos nem aceitamos que no plano das de Medicina haverá que realizar um es- ço Nacional de Saúde. Alguns aspec- instituições possa ser estabelecida forço de aproximação da Ordem com tos da nova estrutura hospitalar sur- uma hierarquização, que conduzida as instâncias universitárias para a defi- gem em grande parte de forma autó- por gestores não médicos, alguns de nição de objectivos comuns, numa fase noma, não por iniciativa política ou reconhecida competência geral e es- tão precoce quanto possível, tendente estatal, mas de grupos económicos não pecífica, dificilmente poderão contu- à criação de sinergias para esse efeito. exclusivamente ligados à saúde. do, apresentar uma sensibilidade, uma forma de liderança e uma vivência dos A formação pós-graduada afigura-se Múltiplas serão as razões que podem problemas específicos que lhes são particularmente ameaçada pelo estado ser invocadas para explicar o fim das inerentes. quase ruinoso das carreiras médicas. Carreiras, mas de entre elas supomos que haverá um consenso fácil de es- Preconizamos um regresso urgente A redução prevista e já reconhecida tabelecer ao redor do processo de dos médicos mais diferenciados à Di- dos estratos médicos intermédios, em contratualização dos médicos desen- recção das unidades e serviços de saú- simultâneo com a retirada por força volvido pela gestão de tipo empresa- de eventualmente através de proces- da idade, da geração ou gerações que rial, contrariando o bem mais exigen- sos eleitorais internos, reconhecendo criaram e desenvolveram as carreiras te e estimulante processo de progres- embora que nos tempos actuais se de- médicas em Portugal é dramático, pelo são por concursos de avaliação do ve exigir também a esses médicos uma desaparecimento substancial dos mé- mérito. formação tão completa quanto possí- dicos orientadores/tutores encarrega- vel na área da gestão. dos do apoio às novas gerações, espe- Naquela que seria a virtualidade mais cialmente quando conjugado com o apontada e louvada da estrutura em- Caberá em grande parte à OM a aumento indiscriminado de vagas para presarial, parece também já não exis- responsabilidade pela organiza- o curso de Medicina. tirem dúvidas: como mecanismo de ra- ção de cursos de formação espe- cionalização económica das institui- cíficos nesta área. Essas carências tornam-se mais pre- ções não só não melhoraram os níveis VI – A FORMAÇÃO MÉDICA mentes pela debandada que se vem do desempenho tradicional, como em constatando dos quadros já diferenci- múltiplos casos acentuaram o descon- Tendo alguns de nós optado pela car- ados das unidades públicas para as trolo económico, retiraram recursos reira médica universitária, não pode- unidades privadas, por vezes arrastan- humanos e técnicos a essas mesmas mos deixar de lançar um olhar parti- do com eles equipas completas. instituições, e reduziram o grau de sa- cularmente crítico e preocupado pe- tisfação do pessoal de saúde e dos las actuais condições do ensino pré- Neste contexto haverá que ter em doentes. graduado. consideração as solicitações cada

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vez mais frequentes para o reco- to para caracterizar a situação deste XI – CONCLUSÃO nhecimento das idoneidades for- ponto de vista. mativas de alguns serviços dos Como quase sempre acontece na ela- novos hospitais privados, num Mas talvez mais grave, por implicar uma boração programática de uma lista processo em que têm um papel intromissão abusiva na independência candidata a um qualquer Conselho Re- de relevo os Colégios das Especi- e autonomia do médico e na singula- gional, dominam na sua apresentação alidades numa acção concertada ridade da relação deste com o seu ao eleitorado potencial os princípios ge- com os organismos oficiais encar- doente, na definição discricionária dos rais, que frequentemente se sobrepõem regados desse fim, nomeadamen- critérios de comparticipação. às suas competências específicas. te a CNIM. IX – ORGANIZAÇÃO INTERNA Compreende-se que assim seja, porque VII – RELAÇÃO COM OS SINDI- em última análise o contributo dado CATOS A Ordem deve ter uma organização pela participação dos elementos dos interna melhor e mais moderna, tor- Conselhos Regionais no Conselho Na- A maioria dos pontos previamente nando-se mais célere e participa- cional Executivo é grandemente res- enunciados e escalpelizados nas suas tiva perante os médicos e a soci- ponsável pela capacidade de actuação, vertentes ética, deontológica e téc- edade, definindo uma estratégia de ou pelo contrário pela ineficiência da nica têm implicações óbvias de na- comunicação exterior dinâmica e Ordem como um todo. tureza laboral, que extravasam a participativa onde o site e os meios competência e os objectivos da Or- próprios de divulgação sejam instru- Contudo, queremos acentuar que para dem e recaem abertamente na esfe- mentos essenciais e de excelência. além desta visão, considerada de primor- ra sindical. Torna-se-nos difícil con- dial importância, os elementos desta lista ceber que possamos fazer valer mui- Ao mesmo tempo deve pugnar pela pretendem manter sempre e em todas as tas das propostas apontadas e corri- boa utilização dos seus fundos, deven- circunstâncias uma estreita relação de pro- gir distorções instaladas sem ter a do ser feito um esforço de conten- ximidade com todos os órgãos da Or- nosso lado como parceiros privilegi- ção económica nos orçamentos dem, naturalmente e antes de mais com ados os Sindicatos actualmente re- deste triénio, por um lado dimi- os da sua área geográfica. Apresentamo- conhecidos. nuindo a despesa e por outro lado nos como os defensores indeclináveis dos congelando as quotas dos médi- seus interesses específicos e como o seu VIII – AS SEGURADORAS cos no escalão 2 e reduzindo as canal de comunicação preferencial com quotas em 50% nos escalões 1 e 3. os órgãos de âmbito nacional. Muito gostaríamos de poder afirmar que as seguradoras e o seu produto X – RELAÇÕES INTERNACIO- Porque desde o início se estabeleceu seguros de saúde representam uma NAIS uma relação preferencial com a Dr.ª mais-valia no panorama do financia- Isabel Caixeiro, candidata a Bas- mento da assistência médica. A mobilidade que se verifica em todos tonária nas próximas eleições, na os ramos da actividade e, nomeada- qual reconhecemos qualidades de ex- Mau grado o entusiasmo por eles des- mente na formação e, posteriormente cepção que seguramente irá pôr ao pertado na população, que em muitas no exercício médico, levam-nos a não serviço da classe médica e da Ordem circunstâncias se sentia desprotegida descurar a nossa representação insti- sua legítima representante, assumimos pela ineficiência de muitos sectores do tucional nos organismos internacionais também esta proximidade a nível SNS, já não existem dúvidas neste mo- onde temos uma presença significati- programático e de actuação. mento quanto à decepção que repre- va nomeadamente a nível de direcção, sentam para quase todos os interve- detendo actualmente quatro presidên- Contudo, queremos aqui deixar bem nientes. cias (AEMH, CEOM, PWG e UEMO). claro que o nosso propósito de servir esta candidatura em particular, e de nela Sem condicionar a nossa perspectiva Há que prestar uma atenção par- investir todo o nosso empenhamento, por uma análise corporativa, afigura- ticular às Directivas Europeias capacidades e disponibilidade, não nos se à partida, que os médicos estarão a com reflexo na Saúde, nomeada- inibirá de colaborar genuína e lealmente ser mais lesados, a vários níveis. Rea- mente as que incidem sobre tem- com listas ou colegas concorrentes, sem listicamente e desde logo em termos po de trabalho, mobilidade de posturas apriorísticas e com um genu- económicos: assistimos a uma depre- pacientes e de profissionais de íno espírito democrático. ciação de tal modo acentuada do va- saúde, prestação de serviços lor dos actos médicos, que se torna transfronteiriços e recursos hu- VAMOS REGENERAR A ORDEM, lícita a aceitação do termo esmagamen- manos. CREDIBILIZAR OS MÉDICOS

Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 73 ELEIÇÕES 2011-2013 Candidatura ao Conselho Regional do Sul

ÓRGÃOS REGIONAIS – Lista B Novos Rumos em tempos de Mudança Mandatário: Rui Simões Bento Delegado da candidatura: Alcides Alves Carvalho

PROGRAMA DE ACÇÃO Mesa da Assembleia Regional A candidatura desta lista à Secção Regio- Presidente Paulo Sérgio de Matos Figueira da Costa nal Sul apresenta-se com uma ideia díficil Vice-Presidente José Manuel Barreto Duarte Esteves mas ambiciosa: reformar a Ordem para 1º Secretário Ana Isabel Gouveia Costa da Fonseca Lopes que se actualize, reforce a capacidade 2º Secretário Maria José da Conceição Pereira Reis interventiva com mais forte ligação aos médicos, através de uma renovação efec- Conselho Fiscal tiva dos candidatos, assente porém na ex- Presidente João Alberto de Almeida Saavedra periência e no saber fazer de parte dos Vogais António Norberto Costa Carregal Queiroz seus membros e numa visão «por den- Manuel Aleixo Coelho Ratão tro» do que é esta instituição grande, pe- sada e difícil. Conselho Regional Álvaro Beleza de Vasconcelos Palavras necessárias Anabela dos Santos Leitão Edson dos Santos Oliveira Fruto da diversificação profissional e Gildásio Martins dos Santos contratual, num quadro de mudanças João Miguel da Conceição Pedro de Deus jurídicas e de tutela, agrega esta lista José António do Nascimento Alves visões plurais que procuram, antes de José Luís Ribeiro Gomes tudo, uma síntese a partir da diversi- Maria de Fátima Rodrigues Clemente Figueira de Araújo dade. Saber convergir sem esmagar as Paulo Aníbal de Oliveira Fidalgo diferenças é pois um princípio estrutu- Paulo Jorge Valejo Coelho rador de um Conselho Regional do Sul Rasiklal Ranchhod que deseja mais Ordem na medicina e maior intervenção na modernização Conselho Disciplinar dos serviços de saúde. Carlos Manuel Teixeira de Melo Sereno Francisco Manuel Canelhas Freire de Andrade Ensaiado há 3 anos como convergên- João José da Silva Furtado cia entre correntes há muito desavindas Manuel Francisco de Freitas e Costa no meio médico, a verdade é que está Maria Manuela Piedade Reis longe de surtir o novo compromisso inter-profissional, nem venceu totalmen- te divisões largamente secundárias. Per- Ao insistir em levar por diante um com- assim como importa promover a aber- mitiu inclusivé tomar a consciência de promisso abrangente como eixo da sua tura a todos os órgãos distritais e à que a integração de correntes plurais renovação, tem hoje esta Lista maior interacção com os colégios de especi- no trabalho da Ordem, então iniciada, consciência de como é crucial aumen- alidade. Importa ainda dinamizar a im- longe de superar automaticamente os tar a transparência dos actos directivos prensa médica convocando à partici- problemas que vinham de trás, exige e dar toda a força ao funcionamento pação os médicos e valorizando todo afinal mais reforma e transformação do escrupulosamente democrático dos o dinanismo profissional e os sucessos que aquela que foi possível apresentar seus órgãos fora de qualquer prática da medicina por forma a projectar ain- ao longo do mandato cessante. A insti- dirigista ou de pequenos comités in- da mais a profissão no concerto de tuição e a sua pesada estrutura revela- formais de decisão. É porventura mais toda a sociedade. ram-se afinal muito mais robustas à premente reorganizar o trabalho direc- acção dos que perfilhavam e perfilham tivo para não o afogar com pesadas Precisamente porque vivemos num um ponto de vista crítico e dos que tarefas administrativas impeditivas de tempo de exigente busca de compro- valorizam o legado da Ordem. se pensar estrategicamente o futuro, missos respeitadores contudo da di-

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versidade, não poderia esta lista dei- légios de Especialidade. Esse papel con- ceitável a desigualdade no aces- xar de vincar a sua autonomia face densa-se na certificação e concessão so dos cidadãos a estes cuidados a todo o processo eleitoral nos restan- dos títulos de habilitação para os graus, com divisão dos médicos quanto tes órgãos da Ordem e em relação às precedentes que se tornaram à pro- às condições de exercício profis- candidaturas a bastonário que se per- gressão na carreira, o que incita ao pri- sional. A Ordem dos Médicos não po- filam. mado do mérito técnico com base no de ficar alheada da existência de cui- reconhecimento inter-pares, condicio- dados primários a duas velocidades e O nosso compromisso é para com os nando de forma importante a consti- deve intervir na requalificação dos colegas do Sul, se bem que a região tuição das hierarquias profissionais. Cuidados Primários no seu todo. Deve seja parte do todo nacional e se ambi- ser nesta altura realizado um balanço cione uma actuação nacional mais co- Trata-se, no próximo mandato, de prio- da Reforma e redesenhá-la de modo a esa da Ordem. A autonomia significa ritariamente concretizar a nova mis- beneficiar todos. Não é aceitável, para apenas trabalhar com os restantes Con- são da Ordem na formação de júris, a Ordem, sobretudo para a defesa dos selhos Regionais e o bastonário que montagem dos regulamentos das pro- interesses dos doentes, que não se ca- vierem a ser eleitos num espírito de vas e na organização das suas épocas minhe para a requalificação de todo o leal cooperação. Para esta lista não há anuais. Para esta Lista, é fulcral desen- sector, não só com desenvolvimento das alternativa à linha de compromis- volver no curto prazo uma ampla aus- USF, mas igualmente com remodelação so plural representado nesta can- cultação e debate em torno da filoso- e requalificação das restantes compo- didatura. Sem abertura e inclusão não fia a adoptar e dos objectivos a alcan- nentes dos Cuidados Primários. haverá caminho para dotar a Ordem çar com o concurso de obtenção do de mais protagonismo e capacidade. título de Consultor. Cabe à Ordem dos Médicos, do mes- Foi hesitante, contudo, o passo que se mo modo, intervir para desenca- deu. Mas foi real, ainda assim, para se É também agora, mais premente, a su- dear um processo reformador iniciar um caminho que não deve re- pervisão dos Colégios na formação pós- nos hospitais. O governo vem-se atra- troceder. Importa agora aprofundá-lo, graduada assente na independência téc- sando no seu compromisso eleitoral pelo contrário, com a experiência for- nica face aos interesses particulares de lançar a reorganização hospitalar e necida por quem em boa medida já influentes na saúde, por forma a alcan- apenas produziu em Junho de 2010, aprendeu os processos internos da çar uma medicina tecnico-cientifica- um documento genérico sem compro- casa, juntamente com uma aposta in- mente evoluída. missos ou propostas concretas, nego- cisiva em novos elementos. A interven- ciáveis ou calendarizáveis. Para esta ção necessária tem de conter porém Constituí sem dúvida uma área a de- Lista é tarefa prioritária dinamizar um um propósito reformador claro: resol- senvolver, em articulação com os Co- consenso nacional na Ordem, e com ver a crise de organização e direcção, légios, a construção de listas de re- os sindicatos, por forma a pressionar da moldura estatutária e superar o quisitos de qualidade para a pres- o establecimento de compromissos amadorismo gestionário, sem o que fi- tação de cuidados de saúde, por concretos, operacionalizáveis desde já, carão os médicos fragilizados no seu especialidade, para melhor habilitar a em torno das seguintes ideias-força: papel de impulsionadores da moder- função regulatória da Ordem sobre- nização da profissão e dos serviços de tudo quando são notórias as falhas da • Procurar estabelecer metas relativas saúde. Entidade Reguladora da Saúde e dos a número e prazos de desenvolvimen- próprios serviços oficiais nestas maté- to para a instituição de programas ino- A Ordem no centro da Auto- rias. vadores e respectivos instrumentos regulação e das Reformas da reguladores. Saúde Contribuir para que a profissão se tor- ne fulcral na organização dos serviços, • Assumir como eixo prioritário o É um notável marco que os médicos do seu desenvolvimento e moderniza- modelo legal de Centros de Respon- conquistassem uma moldura renova- ção, é sem dúvida uma necessidade a sabilidade Integrada, eventualmente da de carreiras em contra-ciclo com que esta Lista procurará dar resposta. ajustado, como base para o lançamen- as crescentes desregulação e suprema- to da reforma. cia do poder económico e administra- São notórias as derivas no processo tivo sobre a profissão. Deu-se a unifi- da reforma dos Cuidados Primários de • Contribuir para a definição dos seus cação do percurso profissional dos Saúde, geradoras de assimetrias nas objectivos, modalidades de integração médicos, independentemente do regi- formas de trabalhar e abandono e atro- multidisciplinar preferencial e as mo- me contratual, e conquistou-se sobre- fiamento da parte da organização dos dalidades de compromisso produtivo tudo um papel fulcral para a auto- cuidados primários que não integrou e de financiamento plurianual a desen- regulação na Ordem assente nos Co- a reforma. Para esta Lista, é ina- volver.

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• Contribuir com propostas para defi- de Budapeste a 3 e 4 de Novembro de das outras profissões de saúde, como nir os mecanismos da sua avaliação 2006 e em Bruxelas a 25 de Abril de de resto se adoptou noutros países. interna e externa, as formas de selec- 2009. ção e recrutamento pluridisciplinar de Reforma dos estatutos para a pessoal, o perfil das lideranças e as ba- Foi já em 1999 o veto presidencial à Ordem avançar ses económicas e técnico-científicas Lei do Acto Médico negociada entre o que enquadrem as propostas e inicia- governo e Ordem dos Médicos de en- Sem a reforma estatutária da Ordem tivas dos grupos. tão e por unanimidade aprovada na dos Médicos não será superado um dos Assembleia da República. Apesar de mais importantes travões à sua moder- • Definir os requisitos que tais candi- recorrente na Ordem e na opinião mé- nização. Para esta Lista, importa sufragar, daturas deverão preencher relativa- dica, a verdade é que não se conseguiu no Sul e depois no país, um novo mo- mente à formação profissional e inves- reerguer o tema na agenda da saúde. delo estatutário ajustado às exigênci- tigação. as de agilidade, pluralidade e demo- A manutenção do asssunto num limbo, cracia que se colocam à Ordem. Se não se podem ignorar as dimensões, não pode deixar de questionar os pró- económica, administrativa e organizativa prios médicos, quanto mais não seja Sem prejuízo de consagrar práticas já da medicina, também é certo que deri- para repensarem o sentido e objecti- em desenvolvimento como é a eleição vas gestionárias e economicistas têm de vos da iniciativa e as incompreensões dos colégios, em precedência e condi- ser contrabalançadas pela voz autori- e mesmo oposição à proposta em sec- ção para a sua nomeação pela Ordem, zada dos médicos. tores da sociedade e do Estado. serão 3 os princípios que nortearão o Conselho Regional Sul nesta matéria: Nos processos de reforma, não é acei- Importa debater se tal lei visa defender tável substituirem-se os ganhos reais sobretudo o perímetro do exercício • O princípio da representação pro- de saúde pela ideia de produção mera- profissional face às profissões conexas porcional no Plenário dos Conselhos mente quantitativa, independentemen- que se sobrepôem à medicina, Regionais de todas as correntes de te de sua pertinência. Assim como não ameaçandoa, ou se a Lei tem por ob- opinião segundo o método de Hondt. se pode aceitar a falta de avaliação de jectivo primeiro defender o cidadão, É um princípio fundamental para esta qualidade da prestação, nem as pro- doente ou em risco, face a prestadores lista que a assembleia magna da Or- duções inadequadamente escrutinadas inqualificados. Prestadores esses não dem possa dar voz a diferentes olha- e desenquadradas do olhar hierárqui- cobertos por regulação transparente e res sobre os caminhos que a Organi- cotécnico e das equipas, sob a tutela sobre os quais a alçada da responsabi- zação deve traçar para si própria e que dos critérios inter-pares. lidade não pode ser devidamente acci- rumos deve seguir. onada por clientes incautos, vítimas de Definição Profissional e Acto dolo ou de publicidade enganosa e que • O princípio da limitação de manda- Médico acabam ofendidos por negligência. tos nos Colégios de Especialidade, Órgãos Regionais, Conselho Nacional «O Acto Médico engloba todas as acções Se um dos principais argumentos para Executivo e no lugar de Presidente da profissionais, isto é, científicas, do ensino, inviabilizar a Lei foi a oposição de pro- Ordem dos Médicos. No exercício pro- treino e educacão, ao nível organizacional, fissões conexas, importa hoje desen- fissional da medicina não deve haver da clínica e prestações medico-técnicas, volver uma negociação, com o Estado lugar à criação de burocracias profis- realizadas para promover a saúde e a e com as outras profissões da saúde, sionais que cristalizem uma divisão de aptidão, prevenir as doenças, fornecer cui- para a uma definição dos actos parce- papéis entre representantes e repre- dados aos doentes, indivíduos, grupos ou lares que complementem, excepcionem sentados, sendo pelo contrário de ge- comunidades, diagnósticas ou terapêuti- e restrinjam a definição genérica da neralizar a todos os médicos, nalguma cas e de reabilitação no quadro de uma medicina no espírito da multidiscipli- fase da sua vida, o dever de assumi- matriz de respeito pelos valores éticos e naridade e do trabalho em equipa. Se rem funções de representação, porém deontológicos. É responsabilidade do mé- um tal processo negocial puder ser não mais do que num período ou pe- dico ou sob a sua directa supervisão ou erguido, será certamente superado um ríodos transitórios de uma vida profis- prescrição.» obstáculo à instituição do Acto Médi- sionalmente activa e absorvente. Por co. Significa isto que a definição de um regra, a proposta que se adianta é a Definição Europeia do Acto Médico Acto Médico, não tem de excluir ne- de limitar os mandatos a 3 – nove anos adoptada pela União Europeia dos nhum território profissionalmente au- de mandato. Médicos Especialistas no seu encon- tónomo, na saúde, mas tem vantagem tro de Munique a 21 e 22 de Outubro em articular-se com definições parce- • O princípio da separação temporal de 2005 e emendada nos encontros lares e articuladas de actos definidores nas eleições dos órgãos da Ordem. Para

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esta Lista, o evolucionismo da vida in- Em segundo lugar, importa difundir no com o pós-graduado, tendo em conta terna da Ordem dos Médicos mostra público a importância que uma Ordem as mutações tecnico-científicas, as ten- como os períodos onde vigoraram can- mais operativa poderá ter para a defe- dências para especialização e segmen- didaturas coesas, do género um bas- sa dos interesses dos cidadãos, na me- tação dos saberes, com necessidade ao tonário, três Conselhos Regionais e dida em que é esse o caminho para mesmo tempo de boa formação geral Conselhos Distritais a ele fiéis, foram mais qualidade na medicina e dos pró- assistida porventura por troncos co- transitórios e não estão mais presen- prios serviços de saúde. muns de formação para as áreas da tes quando se olham os resultados elei- medicina e da cirurgia. torais dos últimos anos. Embora sub- Em terceiro lugar, conduzir com senti- sistam as candidaturas alinhadas, o do de oportunidade o processo e o Para esta Lista, importa conquistar um resultado final tem sido o da formação método de negociação com o Estado. programa de negociação e de auscul- de órgãos plurais sem se impedirem a Para esta lista, nas presentes circuns- tação, com o governo, sobre o débito concertação e a coesão suficientes para tâncias, o caminho mais ágil para se da formação dos novos médicos, bem uma actuação eficaz. Ora, se a plurali- negociar uma tal alteração é fazê-lo como da sua articulação a projecções dade dos órgãos pode significar vitali- com o Ministério da Saúde e desenca- de vagas e de patamares de diferenci- dade importa separar então bem as dear a partir dele, e já com o texto do ação profissional. O débito na forma- funções e o momento que marcam a compromisso definido, a iniciativa do ção de médicos está hoje em franca eleição nacional do presidente daque- governo pedir uma autorização legis- expansão, embora se tema que ao pe- le outro, diferenciado, onde se elejam lativa à Assembleia da República para ríodo precedente de escassez, se siga os órgãos regionais e distritais de mo- legislar. uma plétora sem racionalidade face às do a saírem realçados os projectos es- necessidades efectivas. Neste plano, pecíficos de cada candidatura. A sepa- A Ordem e a Formação Médica cabe à Ordem acautelar as saídas pro- ração de tempos vigora já de resto para prégraduada fissionais e evitar a todo o custo a ge- o período eleitoral dos Colégios de ração de desemprego médico, um des- Especialidade. Assim como faz sentido, para o bem perdício humano e económico, mani- do país, entenderem-se o Ministério da festamente incomportável para o país. Não pode contudo escamotear-se o Saúde e o Ministério do Ensino Supe- Sem dúvida que isso impõe um diálo- facto da revisão estatutária ser um pro- rior em relação ao volume de médicos go directo com as próprias faculdades cesso de soberania reservada do Esta- em formação nas escolas portuguesas de Medicina e para tal, tem esta Lista a do e da Assembleia da República, em e ao conteúdo curricular da sua for- propôr a criação de um conselho concreto. Daqui decorrem inerentes mação, tanto quanto possível na base consultivo entre a Ordem e as Fa- riscos de adulteração da missão e fun- de um referencial objectivo de ratios, culdades de Medicina. ções da Ordem por correntes de opi- faz igualmente sentido que a Ordem nião, existentes no Estado e na socie- procure articular-se com as Faculda- Promoção das melhores práticas dade, favoráveis à estatização das fun- des de Medicina, o Ministério do Ensi- da medicina ções regulatórias e à perda de rele- no Superior e o da Saúde sobre o vância das Ordens. mesmo problema. O avolumar das restrições financeiras e de todo o tipo de preocupações com Para obviar a este risco há que, em A criação inusitada de Faculdades de a racionalidade económica da presta- primeiro lugar, obter uma sólida incli- Medicina com acesso, objectivos e es- ção de cuidados de saúde exige mais nação dos médicos a favor de um dado trutura organizativa de duvidosos pro- do que nunca a definição de uma mol- modelo estatutário, uma vez que a co- pósitos requer uma clara tomada de dura reguladora da segurança e quali- esão profissional tenderá a imprimir posição da Ordem. dade das prestações. É indispensável uma mais forte capacidade negocial definirem-se regras quanto a tempos junto do poder. Isso poderá ser alcan- A Ordem é de facto parceiro deste de atendimento e execução de actos. çado através de uma comissão de re- processo porque também ela adminis- É importante definir os mínimos, de visão estatutária de prestígio, plural, tra internatos, concessão de idoneida- pessoal, equipamentos e instalações, com adequada representação regional, des formativas, e está incumbida na para a prestação de cuidados ao nível a qual apresentará a sua proposta, con- programação de provas de titulação a das urgências e nas diversas valências, duzirá um período de auscultação, sub- vários níveis. Conhecer os projectos sob pena de imperarem a desregulação meterá ao Conselho Nacional Execu- do governo nestas matérias é pois da e a insegurança. É fundamental fomen- tivo a proposta final e delimitará as mais elementar necessidade para a boa tar a qualidade da actividade médica, àreas de controvérsia para permitir gestão dos recursos humanos. É van- ao nível contratual, nas tabelas de con- uma decisão referendária nacional bem tajoso por outro lado dar passos para venções e seguradoras, para que não delimitada e dicotómica. melhor articular o ensino prégraduado se comprometam os direitos dos doen-

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tes pelo contínuo esmagamento dos • Favorecer a intervenção pública da mais amplo acesso dos médicos à preços. Ordem em assuntos que questionem formação e competência em ges- as práticas de membros da classe, com tão, instrumento que pode constituir- Nesse sentido deve a Ordem dina- respeito dos direitos de defesa, pru- se em factor poderoso na reconquista mizar os colégios para passarem a ele- dência na valorização dos contextos, do espaço profissional que é e deve ger prioridades regulatórias com consideração dos meios postos à dis- ser a organização da prestação, a con- emissão de propostas de recomen- posição do médico, mas contrariando tratualização e a definição estratégica dações concretas que sirvam de re- enviesamentos corporativos. do desenvolvimento institucional. ferencial para a actividade regulado- ra da Ordem. Defende esta lista uma nova cultu- Inerentes que são as reformas a uma ra institucional de participação e indústria em constante inovação como Para a Ordem e os seus Colégios de concertação democráticas nas a saúde, importa combater a sua captu- Especialidade, por outro lado, a auto- instituições em oposição à ditadura ra por lógicas excessivas, administra- nomia não se confunde com com- administrativa e financeira hoje em de- tivas e financeiras. As reformas detêm placência em relação a práticas senvolvimento. Evolução em tudo a legitimidade do poder democrático, insuficientes ou não fundamenta- oposta às promessas governamentais mas não podem afrontar os valores da das, ou com desvios injustificados às de autonomia, contratualização e con- medicina, o primado do interesse do recomendações consensualizadas por cessão de incentivos, escandalosamen- doente e da população, antes serão comissões idóneas da profissão. Pelo te desrespeitadas. É absurdo pensar- mais certamente bem sucedidas, na contrário, depende a autonomia da se que uma indústria tão sofisticada se medida em que respeitem estes valo- sujeição às boas práticas e do respeito desenvolva sem forte participação e res. O que se pede à Ordem é um papel para com a excelência, comprometen- negociação internas com a sua base responsável na sua compatibilização. dose esta Lista na dinamização de to- profissional. A defesa dos doentes, da dos os órgãos da Ordem com vista a eficiência médica e a melhoria nos ín- Para esta lista, a verdadeira racionali- aumentar a exigência no exercício pro- dices de saúde, obrigam ao urgente dade económica da saúde só poderá fissional. relançamento da participação da hie- ser alcançada com as melhores práti- rarquia médica e dos profissionais na cas e isso significa promover a quali- Esta lista, no quadro da dispersão e organização dos cuidados, no desen- dade, a pertinência e a máxima efici- incoerência das funções de regulação, volvimento de novas apostas e no es- ência organizativa médica. Do mesmo entre Ministério, autoridades de saúde tabelecimento de metas e planos de modo não pode a Ordem alhear-se da e inspecção dos serviços de saúde, a acção. Mesmo que isso implique uma evolução de políticas conexas com a que acresce a ambiguidade e indefini- oposição aberta à Administração au- prestação de cuidados de saúde, em ção da Entidade Reguladora da Saúde, tista e à máquina opaca de comando concreto a política do medicamento, não pode deixar portanto de promo- do ministério. A Ordem não pode es- onde se deverá incentivar uma polí- ver as funções específicas, inalienáveis, tar alheada do combate necessário pela tica mais racional, no respeito da de autoregulação profissional que ca- devolução à medicina do seu papel centralidade médica na prescrição, fa- bem à Ordem dos Médicos. O poder fulcral na organização da prestação! cilitadora porém de medidas regula- de auto-regulação assume, natural- doras para se generalizarem nas insti- mente, um lugar central no poder dis- Para esta lista, as necessárias, concer- tuições as recomendações consensua- ciplinar. tação, democracia, responsabilização e lizadas de prescrição. autonomia institucionais, só se materi- Esta lista compromete-se a: alizam e tornam credíveis junto dos Formação Médica médicos, através da retoma da elei- • Conceder as melhores condições de ção pela base médica do Direc- A formação médica é estruturante da trabalho aos colégios de especialidade tor Clínico, como membro não exe- profissão, constituindo-se cada vez nas suas funções reguladoras cutivo do Conselho de Administração mais como condição de autonomia e do Hospital. É este o repto que lança- garante da qualidade da medicina. • Conceder as melhores condições ao mos a todos os médicos para com ele trabalho do Conselho Disciplinar se comprometerem, e ao País e ao po- Esta lista bater-se-á para que os mé- der político, para através dele compre- dicos internos das especialidades • Estudar a criação de mecanismos de enderem a causa da modernização do acedam ao melhor treino, indepen- certificação da qualidade de serviços SNS e a re-mobilização da sua impor- dentemente do local onde essa forma- mediante auditorias independentes e tante base profissional. ção é realizada: sector público ou pri- credíveis, accionáveis numa base vo- vado desde que as condições de ido- luntária Neste sentido, promoverá esta Lista o neidade e capacidade formativa sejam

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respeitadas e desde que o Serviço onde lidade física, para atender às exigênci- meritocracia interpares, capaz não só aquela decorre acorra a carreira mé- as próprias de uma formação de qua- de ser reconhecida pelos médicos, mas dica legalmente definida. Para tal deve lidade. Neste domínio importará con- com força para influenciar a constitui- a Ordem contribuir, no âmbito das tinuar a promover as condições de ção das hierarquias nos serviços. Para suas competências e em articulação exercício dos orientadores de forma- a Ordem e para os médicos, a monta- com as estruturas sindicais, para o es- ção, com incentivos ao desempenho e gem de um figurino exigente terá an- tabelecimento de um modelo de car- valorização da sua função, estimulan- tes de tudo por objectivo garantir o reiras médicas sobreponível ao do sec- do o aprofundamento das suas com- futuro da medicina portuguesa, com tor público e empresarial do estado. petências pedagógicas. melhor e mais eficiente serviço aos ci- Idealmente, este direito deveria mate- dadãos. Para que isso seja assegurado, rializar-se na liberdade de escolha do Esta lista procurará promover a todos é agora o momento de se escolher o serviço onde exista capacidade forma- os níveis a formação pós-gradua- caminho, desejavelmente com mais tiva disponível, por ordem de classifi- da e o desenvolvimento profissi- autonomia e maior auto-regulação. cação. É por todas as razões desejável onal contínuo, em colaboração com gerar-se a possibilidade prática de os colégios e associações científicas da Dinamização do associativismo intercomunicabilidade profissional en- especialidade. Neste domínio, deverá médico e convergência entre or- tre o sector 14 público e o privado o a Ordem agir para gerar um mecanis- ganizações médicas que só poderá acontecer no contexto mo de acreditação que valide a forma- de uma moldura de carreiras com re- ção médica pós-graduada, com trans- Esta lista suportará uma estratégia in- conhecimento mútuo através dos títu- parência e independência. Serão de in- clusiva em relação aos médicos e às or- los obtidos. A Ordem não poderá con- centivar iniciativas regulares de forma- ganizações com trabalho na profissão, tinuar a aceitar uma actuação incom- ção a partir dos colégios, com foco na- de índole científica ou sócio-profissional petente dos serviços na definição de turalmente nas valências dos respecti- com os seguintes eixos de acção: mapas de vagas, à última da hora, an- vos internatos, que se prestigiem e se tes se exigindo a definição de um qua- constituam em referencial curricular • Insistir para a retoma de encontros dro plurianual que permita ao interno para os médicos. regulares com os sindicatos médicos, e aos serviços uma definição melhor no sentido de promover uma constan- informada da respectiva estratégia. Para esta lista, a concretização de um te informação e procurar concertar as Deve continuar a ser um esteio da Or- momento de titulação no grau de Con- suas actividades complementares. dem a defesa da função formativa dos sultor, no âmbito do novo diploma das serviços e a verificação da sua idonei- Carreiras Médicas, constituirá não só • Promover a articulação regular de dade e da sua capacidade formativa um tremendo desafio organizativo, mas encontros com as Ordens profissio- por parte dos colégios de especialida- sobretudo um momento de debate na nais da saúde. de. A acção da Ordem deverá pautar- profissão sobre os objectivos a alcan- se pela pressão a favor da profissiona- çar com os requisitos para a obtenção • Dinamizar o Fórum Médico. lização do processo de acesso e ges- desse título. Como compatibilizar um tão dos internatos, conjunta entre a percurso profissional que muitas ve- • Estimular a auscultação regular das Ordem e o Ministério da Saúde, com zes evoluiu para a subespecialização, organizações de prestadores e da Me- dinamização da participação dos colé- com a natureza geral de cada especia- dicina Liberal para defender a profis- gios e maior apoio ao exercício da sua lidade? Que exigência no plano da res- são do colapso dos preços e da sua actividade. Deve ainda pautar-se pela ponsabilidade organizativa dos servi- fixação unilateral pelas entidades profissionalização do internato médi- ços se deve pedir ao candidato, que financiadoras, públicas ou privadas. co em termos de remuneração, dedi- preparação gestionária e organizativa cação e concentração do trabalho na deverá o médico demonstrar e quais • Promover uma auscultação regular formação, acções estas que deverão ser os mecanismos de formação nesta área com médicos das diversas instituições, concertadas entre a Ordem e os Sin- que minimamente sejam colocados à e com os colégios, no sentido de recen- dicatos Médicos. No domínio das con- sua disposição para se preparar? Qual sear os problemas e mobilizar a classe dições do exercício profissional deve- o desenvolvimento e a maturidade no para as tarefas que se colocam. rá a Ordem conceder a maior aten- domínio da investigação científica que ção aos problemas recorrentemente o candidato deverá demonstrar? Sem • Incentivar a participação e a acção reportados de prestação de trabalho mobilizar a classe para o debate em dos órgãos locais, regionais e distritais não adequadamente tutelado, ao ex- torno destes problemas, não será pos- convidando-os a serem parte activa e cesso de carga horária na urgência com sível responder à oportunidade única decisiva na solução dos diferentes pro- óbvios prejuízos na formação contínua que poderá ter sido criada com a nova blemas identificados ao seu nível de na rotina do serviço e com impossibi- lei para desenvolver uma verdadeira influência.

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• Descentralizar a nível distrital as reu- Política Social e Acção Cultural te de receita substancial que importa niões regulares ou extraordinárias do da Ordem administrar de forma transparente. Se Conselho Regional. é verdade que eles se tornaram uma A Ordem não pode ser apenas o es- fonte para desenvolver os apoios soci- • Privilegiar a presença de represen- paço definidor e regulador da profis- ais, foi também neste domínio que se tantes da Ordem em todos os foruns são, antes deve ligar todos os médicos verificaram situações de desconformi- médicos de nível nacional e inter- por laços de interesse comum que dade que afectaram muito a imagem nacional. acentuam a coesão entre colegas. da Ordem a nível nacional. O Conse- lho Regional do Sul deverá actuar para Um Novo Papel para as Distritais Têm crescido os equipamentos e os a imediata regularização contratual e apoios sociais aos médicos de que se funcional destes protocolos, de acor- Esta lista considera prioritário ele- deve realçar o desenvolvimento das do com a lei, e procurar obter uma var o trabalho das secções distritais Casas dos Médicos e as Sedes Distri- mais eficiente cobertura dos riscos a a um maior nível de participação e tais. A questão prioritária nesta altura que os médicos estão sujeitos. protagonismo. Desde logo constitui é a de consolidar a viabilidade econó- importante desígnio para o Conse- mica destes equipamentos para defen- Na sequência das iniciativas que a lho Regional do Sul a chamada a fun- der o equilíbrio das contas da Ordem Ordem vem promovendo para chamar ções mais regulares as Distritais de e assegurar o desenvolvimento sem so- à atenção para as patologias que afec- Lisboa e da Grande Lisboa, secções bressaltos do seu trabalho. Só com mo- tam tanto os Médicos como a restante que representam uma percentagem delos adequados de exploração pode- população, fruto das pressões múlti- elevada de médicos e que não têm rão esses equipamentos permitir à plas a que estão sujeitos no desempe- conseguido ocupar, a não ser de for- Ordem apoiar mais os médicos ou fa- nho da sua actividade, esta Lista com- ma intermitente, um corresponden- miliares dependentes em dificuldades promete-se a fazer avançar o projecto te lugar no associativismo profissio- por motivos de doença, morte ou inca- multidisciplinar do Burn out. É por es- nal muito pela falta de condições téc- pacidade. E desenvolver actividades lú- tarem os médicos em risco de desen- nicas, de espaço físico de organiza- dicas, culturais, turísticas, desportivas volver situações de «burn out», pertur- ção, de secretariado e de assunção e sociais no âmbito da Ordem de bações do comportamento ou de adic- concreta de pelouros. Assim sendo, modo regular e continuado. Entre as ção que a Ordem deve estar habilita- propõe-se uma reorganização onde modalidades a acolher estarão a cele- da para, enquanto entidade regulado- as duas grandes secções de Lisboa e bração de contratos com empresas dos ra da profissão, agir face às situações da Grande Lisboa se tornem respon- quais revertam inequívocos benefícios de doença que originem risco para os sáveis pela dinamização cultural e para os médicos enquanto consumido- doentes, sobretudo com o desenvolvi- associativa da sede da Ordem dos res e que não comprometam a indepen- mento de uma rede de apoio aos cole- Médicos, assumam um papel activo dência e isenção da Ordem enquanto gas doentes, do ponto de vista clínico, nas iniciativas de formação e partici- instituição de utilidade pública, nem a social e jurídico. pem regularmente através dos seus missão social do seu fundo de solida- presidentes nos trabalhos do Con- riedade. Continuará a ser um ponto O apoio jurídico é de resto uma das selho Regional do Sul. de atenção da acção do futuro Conse- missões que a Ordem não pode dei- lho Regional do Sul o apoio, consoante xar de fornecer com apoio processual Implica tal, uma desconcentração de as necessidades e os recursos disponí- aos médicos vítimas de acusações por pelouros, uma efectiva atribuição de veis, a médicos ou familiares depen- má prática ou alvo de calúnias ou recursos por via de um orçamento dentes em dificuldades por motivos de agressões no desempenho da sua pro- inequivocamente desconcentrado doença, morte ou incapacidade. fissão. também para que às novas compe- tências corresponda uma efectiva so- Entre os projectos que importa con- A evolução da prestação de cuidados berania sobre novas disponibildades cretizar é o de utilização da unidade de saúde tem priveligiado sobremanei- financeiras. hoteleira adjacente e já propriedade ra o apetrechamento das grandes su- da Ordem, para apoio aos médicos perfícies hospitalares, quer públicas Da mesma forma, deverá aumentar a que se deslocam a Lisboa. quer privadas, com relativo atrofia- frequência de contactos e de reunião mento da actividade da medicina libe- de coordenação entre o CRS e todas Os protocolos com Seguradoras ser- ral. É contudo na medicina de consul- as Distritais com calendarização de vem para uma mais eficiente cobertu- tório e nas empresas cooperativas de iniciativas concretas, autónomas de ra dos riscos a que os médicos estão médicos que se constrói uma relação todas elas. sujeitos, nomeadamente a responsabi- de proximidade entre médicos e do- lidade civil e vida, e permitem uma fon- entes, e se consegue porventura em

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melhores condições uma atenção mais siasma as novas gerações de portugue- os em software, modalidades de orga- amigável às necessidades do doente, o sas e portugueses. Constitui por outro nização, de articulação em rede, con- que torna este sector de iniciativa lado uma plataforma, ainda que em con- tabilidade, apoios a empresas coope- médica substancialmente insubstituível. dições deveras adversas, para mobili- rativas de médicos no sentido de re- É por isso imperioso requalificar o sec- zar o engenho e a criatividade de inves- dinamizar e prestigiar a oferta da me- tor com mais apoios e no aconselha- tigadores de relevo. A Medicina Por- dicina liberal carecida como está de mento quanto a modalidades de orga- tuguesa vê serem reconhecidos mui- reorganização e re-apetrechamento. nização, actuação em rede, software e tos médicos e instituições como deten- contabilidade. A Ordem não tem, há do um saber e um desempenho ini- Internacional que reconhecêlo, atribuído a necessá- gualáveis, mesmo em comparações in- ria atenção a esta frente e é por isso ternacionais e desperta enorme inte- A Ordem conquistou um importante importante que o futuro Conselho Re- resse no público pela constante ino- papel a nível internacional o que só gional do Sul consiga, no concreto, ge- vação de que é portadora, pela curio- pode traduzir o reconhecimento da rar uma solução que poderá ter a for- sidade por parte da sociedade em re- excelência da medicina portuguesa, da ma de gabinete de estudos, para o lan- lação à medicina, à biologia, e em rela- formação médica e da sua actividade çamento e debate de projectos de ção aos constantes e prodigiosos avan- pelas outras organizações médicas in- requalificação para este sector. ços científicos. ternacionais. Para além disso, o de- senvolvimento da cultura médica de No domínio cultural a Ordem conti- Estes argumentos, são simultaneamen- língua portuguesa levou à criação da nuará a desenvolver importantes co- te a base para a Ordem procurar uma Comunidade Médica de Língua Por- laborações com a Sociedade Portugue- ainda maior afirmação e alcançar mai- tuguesa. sa de História através do seu núcleo or reconhecimento para a nossa pro- de actividades ligado à Biblioteca His- fissão. Perante as dificuldades, não é Pela participação empenhada nas as- tórica da Secção Regional do Sul, onde promover qualquer enconchamento sociações europeias, Portugal detém está depositado o maior acervo de 1as ou elitismo bacoco o que se deve fa- neste momento a Presidência da edições de obras de ficção escritas por zer, mas fomentar uma maior abertura UEMO, a Presidência da CEOM, a Pre- autores médicos. Depois de uma ex- à sociedade, maior exigência profissio- sidência do PWG e a Presidência da periência, bem sucedida mas ainda bas- nal e melhor organização. AEMH. tante insuficiente, com o ciclo de cele- bração centenário do escritor médico Esta lista compromete-se a: Esta lista compromete-se a: Fernando Namora, o futuro Conselho Regional do Sul irá continuar a apoiar • Promover a imagem da Ordem e da • Apoiar as actividades decorrentes dos a SOPEAM (Sociedade Portuguesa de Medicina no contexto da sociedade altos cargos desempenhados a nível Escritores e Artistas Médicos). portuguesa no sentido de aumentar o europeu, pelos nossos colegas. reconhecimento da sua importância e Imagem da Ordem e dos Médicos da importância da saúde nos proces- • Apoiar o trabalho do Departamento sos de decisão política e económica, Internacional da Ordem desenvolven- A Ordem, pelo universo médico que na sociedade e no Estado. do a participação nas organizações reúne, pelas exigências científicas no médicas europeias e mundiais. exercício profisisonal, pelos desafios do • Desenvolver instrumentos de apoio poder político e administrativo, mas científico à profissão, como constitui • Apoiar o desenvolvimento da Comu- igualmente pela pressão concorrencial o acesso em condições vantajosas ao nidade Médica de Língua Portuguesa e com que a medicina liberal, individual cartão de pesquisa bibliográfica, já dis- a apoiar o Instituto de Formação Médi- ou de pequenas empresas, é constan- ponibilizado, susceptível de superar as ca Pós-Graduada em Cabo Verde. temente confrontada, tem necessaria- lacunas reconhecidas nas instituições mente de encetar uma resposta com- do Estado e privadas. Colégios da Especialidade preensiva que promova o papel dos médicos na saúde e no conjunto da • Lançar um debate entre as nossas Para lá do que atrás foi referenciado sociedade. A Ordem deve ambicionar instituições e profissionais mais envol- pretende esta lista desenvolver maio- um maior papel porque a medicina é vidos na investigação sobre o rumo e res contactos com os Colégios de Es- motriz na edificação de um sistema de as necessárias reestruturações a pro- pecialidade através de reuniões regu- saúde que desempenha melhor, no por aos órgãos da Ordem em relação lares com os membros do sul das di- concerto das nações desenvolvidas, do à Acta Médica. recções de forma a proporcionar àque- que a maioria das outras actividades les as melhores condições e maior na nossa sociedade. E mobiliza e entu- • Estudar o lançamento de novos apoi- operacionalidade.

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O grande desafio que se colocará no com os médicos. Para tal serão desig- lismos da falta de quórum que tanto futuro próximo será a adaptação dos nados delegados nos locais de traba- prejudicaram a Ordem num passado colégios à nova realidade das carrei- lho que receberão toda a informação recente. ras médicas e esta lista compromete- das decisões dos orgãos executivos e, se a apresentar propostas que tenham por sua vez, informarão estes dos pro- POR UMA ORDEM INTERVENTIVA em consideração as opiniões dos dife- blemas eventualmente existentes em E PROACTIVA rentes colégios. cada instituição. EM DEFESA DOS VALORES DO Delegados nos locais de trabalho Sendo o Plenário dos Conselhos Regi- EXERCÍCIO MÉDICO e ao Plenário onais o órgão máximo de decisão da Ordem dos Médicos é compromisso PELA CONVERGÊNCIA ENTRE AS É um compromisso desta lista desen- de todos os eleitos por esta lista a sua DIFERENTES ORGANIZAÇÕES MÉ- volver um trabalho de proximidade presença para evitar os condiciona- DICAS

ÓRGÃOS REGIONAIS – Lista C A Alternativa para a Ordem dos Médicos – Vamos por ordem na Ordem

Mandatário: Luís Adriano das Neves Gonçalves Sobrinho PROGRAMA DE ACÇÃO Delegado da Candidatura: João Gama Marques Proença É preciso fazer a rotura necessária, reer- Mesa da Assembleia Regional guer a Ordem dos Médicos e instalar uma Presidente Jorge Rodolfo Gil Guedes Cabral de Campos nova praxis onde os médicos se revejam Vice-Presidente António Machado Saraiva 1º Secretário Francisco Manuel da Costa Domingues Com o objectivo de construir um ver- 2º Secretário Nuno Filipe Ambrósio Lopes dadeiro património de análise e refle- xão escrita com os recursos próprios Conselho Fiscal e em cooperação com o mundo aca- Presidente Joaquim António Pancada Correia démico e da investigação em saúde e Vogais Constança Jordão Madeira Chaveiro Ribeiro em serviços de saúde apresentamos um Maria Gabriela da Silva Fraga Brum conjunto de propostas que, sendo do bastonário Jaime Teixeira Mendes Conselho Regional e de toda a Candidatura «Alter- Álvaro de Ascenção Brás de Almeida nativa para a Ordem dos Médi- António da Assunção Mendes Araújo cos», devem ser consideradas como Carlos José Pereira da Silva Santos projectos a desenvolver e como tal Dionísia Isabel Osório Jara de Carvalho abertos a todos os contributos dos Fernando José Carrilho Ribeiro Leitão médicos. Graciela Lopes Valente Simões Maria Guilhermina Gonçalves Para ultrapassar o actual estrangulamen- Palmira Rodrigues César de Matos Dias to no funcionamento da OM é preciso Pedro Manuel Matos Miguéis promover a unidade na diversidade é Sérgio Morais Ribeiro Silva preciso ter uma visão estratégica para Tiago Augusto Ferreira Baptista os serviços de saúde, é preciso apro- fundar, com base técnico-científica o de- Conselho Disciplinar senvolvimento do SNS, é preciso ligar Antero do Vale Fernandes a OM à Universidade e às associações Henrique Delgado Domingues Martins profissionais e científicas. No fundo, criar Maria dos Anjos Marques de Almeida Santos a unidade na acção em torno de pro- Maria Carolina Mealha Tito de Morais Pereira de Oliveira jectos, sem exclusões e sem dependên- Miroslava Gonçalves Gonçalves cia de interesses menores.

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I – QUALIDADE DA MEDICINA ter de pedir autorização ao CNE, III – DEFESA EM PROGRESSO não obstando a presença de um DO SNS A qualidade é intrínseca ao exer- dos seus membros; cício da profissão e a Ordem dos O Serviço Nacional de Saúde conti- Médicos deve ser o garante da quali- • Estabeleçam critérios para cri- nua a ser uma medida politicamente dade da medicina praticada no nosso ação de novos colégios de espe- moderna, socialmente avançada, cien- país, quer no público quer no privado, cialidade, com o conhecimento tificamente correcta e com provas da- actuando com prazos limitados sem- do plenário dos colégios, não ce- das na efectividade e eficiência dos pre que houver denúncia ou suspeitas dendo a influência de lobbies, mas ten- cuidados prestados, em particular, dos de má prática, despida de qualquer es- do apenas em vista os ganhos em saú- ganhos em saúde alcançados. pírito corporativista. de para o País. 1 – O SNS tem sido uma estrutura de A qualidade da medicina está intima- II – CARREIRAS MÉDICAS organização de cuidados de saúde glo- mente ligada à organização do tra- bal, integrada e acessível correspon- balho médico, à formação e às A defesa das Carreiras Médicas, numa dendo, no essencial, às necessidades Carreiras Médicas. perspectiva técnico-científica, é uma de saúde da população portuguesa; constante da nossa actuação, porque Os Colégios da Especialidade são a consideramos a base da organização 2 – O SNS tem sido uma modalidade a razão de ser da Ordem. Efectivamen- do trabalho médico e o modo mais de prestação de cuidados de saúde e te, são eles, através das suas direcções efectivo de construir uma hierarquia de doença efectiva, macro eficiente e eleitas, que definem os programas de por competência. As Carreiras Médi- sem alternativa comparativa (em ter- formação pós graduadas e que verifi- cas são um dos suportes da qualida- mos de qualidade global e de custos cam periodicamente a idoneidade dos de, da efectividade e da eficiên- benefício); serviços, pugnando pela Qualidade da cia da prestação de cuidados médi- Medicina praticada. cos e a garantia da realização profissi- 3 – O SNS tem ido inexoravelmente a onal dos médicos. par da organização do trabalho médi- É indispensável uma reformulação das co em Carreiras Médicas hierarquiza- responsabilidades das direcções dos A nossa candidatura defende: das, técnica e cientificamente, de for- colégios e a criação de condições para ma auto sustentada e com resultados que possam exercer as suas funções • A hierarquização dos cuidados e dos positivos comprovados; com autonomia, dignidade e eficácia. profissionais por critérios de formação Para tal a Candidatura Alternativa pro- demonstrada; 4 – O SNS tem assegurado o mais alto põe as seguintes medidas: nível de diferenciação dos cuidados • A integração de todos os profissio- médicos e a sua adequação às neces- • Passem a ser verdadeiros boards nais na estrutura de carreiras. As Car- sidades reais dos doentes; proactivos, com legitimidade cien- reiras Médicas são unas e como tal de- tífica e técnica a nível nacional; vem ser valorizados todos os níveis de 5 – O SNS tem tido sempre em pers- formação, a começar pelo internato; pectiva o desenvolvimento fundamen- • Estejam habilitadas a dar de for- tal dos cuidados primários de saúde e ma célere o seu parecer técnico e/ • A garantia do trabalho em equipa e de doença, garantindo o bemestar e ou científico junto dos responsá- das condições de trabalho médico; os ganhos em saúde duradouros das veis do Ministério, da Direcção populações; Geral de Saúde e de outros organis- • A actualização e a estruturação das mos que intervenham na área da saúde; carreiras, conteúdos, níveis e meios de 6 – O SNS, na sua perspectiva holística acesso, bem como a avaliação de de- de intervenção (prevenção, promoção, • Sejam ouvidas nas aberturas de sempenho ao longo da vida, devem ser tratamento e reabilitação) tem consi- novas vagas; uma preocupação permanente da OM, derado que a saúde está em todas as nomeadamente nos conteúdos funci- políticas (económicas, sociais e cultu- • Tenham condições de trabalho onais e na promoção do internato a rais) e não somente na organização de condignas: apoio de secretariado, de grau de carreira; serviços. Só o SNS permite dar senti- arquivo e jurídico, com cedência de do organizado, qualificado e útil à um espaço físico dentro da Ordem; • A maior responsabilidade dos júris complementaridade do sector privado; de concursos, quanto à fundamenta- • Realizem reuniões inter-colégi- ção das suas decisões, e o cumprimen- 7 – O SNS tem virtualidades intrínse- os sempre que necessário, sem to dos prazos legais. cas que lhe têm permitido a atracção

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dos profissionais de saúde, em parti- tram em dificuldades, criando um fun- • Limitação de mandatos para a elei- cular dos médicos. Os ataques e des- do de entreajuda; ção dos dirigentes da OM. virtuamentos recentes só reconfirmam este motivo para defender o SNS; • A criação, nas instalações da Ordem VI – A DEFESA DOS INTERESSES em Lisboa, de um Centro de Convívio e DOS JOVENS MÉDICOS 8 – O SNS nasceu com potencialidades Tertúlia para os médicos seniores, mui- de intervenção dos utentes e dos re- tas vezes afastados do convívio médico. A melhor defesa dos jovens médicos presentantes das populações que, a se- passa pela defesa do Serviço Nacional rem concretizadas, serão o garante da V – A REORGANIZAÇÃO de Saúde e pelas Carreiras Médicas, sua continuidade em progresso; DEMOCRÁTICA DA ORDEM A formação como especialista 9 – O SNS acolheu e acolhe na sua A revisão dos estatutos deve, em li- deve ser programada com o tu- estrutura (com óptimos resultados) a nhas gerais, permitir uma Democracia tor e o director do serviço sem- governação clínica por parte dos mé- Representativa, Participativa e Delibe- pre com o acordo do interno. dicos ao mesmo tempo participada, rativa. Nesse sentido, defendemos que responsável e efectiva; se estabeleça, dentro e fora da OM, A nossa candidatura assume o com- um verdadeiro convívio democrático, promisso: 10 – O SNS tem sido o melhor e mais a criação de um verdadeiro estatuto da efectivo garante da equidade em saú- oposição no respeito pelas minorias. 1. Dar maior poder aos colégios, de de, identificando e intervindo nos múl- forma a garantirem a qualidade na for- tiplos factores determinantes da má A nossa candidatura defende, entre mação dos internos e a procederem a saúde e da doença. outros: uma avaliação justa;

IV – A PROMOÇÃO SOCIAL E • Princípios de proporcionalidade na 2. Defender o jovem em formação de CULTURAL DOS MÉDICOS construção de órgãos plenários que toda a prepotência, inclusive dos Direc- permitam a representação das várias tores de Serviço; A Candidatura alternativa pretende sensibilidades médicas, bem como a contrariar o marasmo cultural e a fal- constituição de executivos resultantes 3. Pugnar por um mapa de vagas trans- ta de convívio que se tem verificado destes. Este órgão deve ter poderes parente, que não seja feito à pressa e na OM. deliberativos gerais e deve eleger um apenas para tapar deficiências imedia- pequeno órgão executivo; tas. É preciso dar vida às instalações da OM com um vasto programa de ani- • Eleição directa, pelos médicos, do VII – REPRESENTAÇÃO EXTERNA mação que traga de novo os médicos Bastonário com introdução do voto à sua associação profissional. electrónico presencial ou no domicí- Queremos uma Ordem pró-activa e lio, por computador, por intermédio de presente na definição das grandes li- A participação cívica e cultural dos uma chave pessoal, à semelhança do nhas estratégicas dos diversos órgãos médicos tem de voltar a ser relevante que já se faz em muitas sociedades ci- deliberativos do Ministério da Saúde. pelo que defendemos: entíficas internacionais; Actuaremos com propostas junto ao • A valorização do potencial social e • Garantia da pluralidade, com a exis- Governo, grupos parlamentares e tri- cívico da nossa associação; tência de um estatuto da oposição; bunais. Iremos colaborar intimamente com as sociedades médicas, essencial- • O enriquecimento cultural dos mé- • Assembleias distritais, regionais e ge- mente por intermédio dos colégios da dicos; rais com poderes deliberativos; especialidade.

• O convívio cultural entre pares e ou- • Eleição pelo Plenário dos Colégios Reactivaremos o fórum médico, numa tros sectores da sociedade; de representantes ao órgão nacional estreita cooperação com outras asso- (Conselho Nacional); ciações, incluindo as sindicais. • A fruição do ambiente, da beleza e do património nacional e internacio- • Nomeação de comissões de ética, da Colaboraremos com as Associações de nal; qualidade da medicina e ainda de ou- Utentes da Saúde. tras para estudo de problemas impor- • A solidariedade entre colegas, em es- tantes a colocar à discussão e delibe- Na política externa, daremos preferên- pecial para com os que se encon- ração dos médicos; cia à relação com os PALOP (Países

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Africanos de Língua Oficial Portugue- • Proposta de redução do valor das para os médicos, permitindo que o sitio sa), garantiremos a presença nas orga- quotas e isenção de pagamento no ca- se torne num espaço de participação ac- nizações médicas internacionais, dan- so de obtenção de títulos de especia- tiva com discussão de temas e a criação do especial atenção aos países da Co- lista por consenso; de fóruns que os médicos acharem ne- munidade Europeia. cessários; • Criação de boas condições de traba- VIII – REORGANIZAÇÃO INTER- lho nas instalações da OM, valorizan- • Reorganização das publicações es- NA DA OM do os seus trabalhadores; critas da Ordem e em especial da Sec- ção Regional do Sul; Na Secção Regional Sul da Ordem dos • Organização e agilização dos proces- Médicos iremos promover uma mu- sos com ou sem implicação discipli- • Realização e publicação obrigató- dança não só de estratégia mas tam- nar; ria, no boletim e no site, de um re- bém nos métodos de trabalho, incre- latório anual de actividades da Or- mentando o trabalho de equipa, a res- • Penalização exemplar e atem- dem; ponsabilização individual, a busca de pada dos casos disciplinares jus- consensos com auscultação dos médi- tificados; • Reorganização dos gabinetes de cos e a promoção de sondagens e do contabilidade, jurídico e de assesso- referendo inter-pares. • Colaboração com a Inspecção-Geral ria de imprensa da Ordem dos Mé- da Saúde na componente técnica da dicos; De imediato avançaremos para: acção médica; • Criação de espaço de trabalho dig- • Auditoria externa às contas regio- • Manutenção e melhoramento do espa- no para os Conselhos Distritais de Lis- nais da Ordem dos Médicos; ço Web, tornando-o mais útil e acessível boa e Grande Lisboa. CULTURA Regulamento dos Prémios Literários 2010 - Prémio ANTÓNIO PATRÍCIO – POESIA - Prémio MARCELINO MESQUITA – TEATRO - Prémio REVELAÇÃO – POESIA E TEATRO Art.º 1º – Os Prémios SOPEAM destinam-se a distinguir entender que nenhuma das obras apresentadas a concur- obras publicadas ou a publicar depois do último concurso so possui valor literário suficiente para ser distinguida. da modalidade, de escritores médicos ou estudantes de me- Art.º 7º – Não é permitida a atribuição de Prémios Ex- dicina, de nacionalidade portuguesa, sócios desta Sociedade. Aequo, podendo ser atribuídas duas Menções Honrosas. Art.º 2º – Cada concorrente poderá concorrer com o Art.º 8º – Nenhum autor poderá voltar a ser premiado máximo de duas obras. nos três anos fiscais seguintes, na mesma modalidade. Art.º 3º – Estes Prémios são bienais, alternando com os Art.º 9º – Os concorrentes entregarão quatro exempla- de Ficção e Ensaio. res identificados da obra a concurso, até ao dia 28 de Art.º 4º – Os Prémios consistem nos troféus SERPIS e Fevereiro de 2011, na sede da Ordem dos Médicos, na Diplomas. Avenida Gago Coutinho, 151, em Lisboa e ao cuidado da Art.º 5º – Os Prémios serão atribuídos por um Júri esco- SOPEAM, com a indicação do Prémio a que concorrem. lhido pela Direcção da SOPEAM que será constituído por Art.º 10º – Das decisões do Júri não cabe qualquer recla- três pessoas de reconhecida competência, duas das quais mação. da área da crítica ou da escrita literárias e uma terceira Art.º 11º – Os casos omissos serão resolvidos pela Direc- escolhida entre os componentes da Direcção da SOPEAM ção da SOPEAM. que presidirá, mas que só terá voto de desempate. Art.º 12º – A entrega dos Prémios será feita em sessão Art.º 6º – Os Prémios podem não ser atribuídos se o Júri solene na Ordem dos Médicos, em data e hora a anunciar.

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fundamental a presença nos órgãos CONSELHO MÉDICO DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES directivos superiores da Ordem e o acesso rápido a estrutura jurídica. Mandatário: Acácio José Cordeiro Delegado da Candidatura: Hermano Chorão de Almeida Lima Faremos o maior esforço para manter a relação com os órgãos governativos Mesa da Assembleia Distrital e legislativos regionais, tentando que Presidente João José Esteves as nossas críticas e comentários não Vice Presidente Rui Manuel Lemos Bettencourt sejam vistas como formas de defesa de 1º Secretário Aida Maria Brandão Paiva São João privilégios corporativos, mas sim como 2º Secretário Maria Amália Neves Carrapa e Bettencourt a tradução de um dever de manter as boas condições da intervenção médi- Conselho Distrital ca e a submissão desta intervenção aos Presidente Jorge Correia dos Santos imperativos legais e deontológicos. Os Vogais Ana Isabel Pacheco Medeiros Amaral equívocos só podem ser desfeitos por Ana Sofia Rego Viveiros diálogo; diálogo a que não nos temos José Carlos Barranha Alves esquivado no passado e que continu- Maria Madalena Bastos Nunes aremos a buscar no futuro. Membros Consultivos do Conselho Regional Desde o início do nosso mandato que, Irene Maria Antunes Pereira de acordo com o que foi dito, iremos Maria Cristina Fraga Gomes Freire de Barros individualizar sectores de actividade, da responsabilidade de membros da di- recção mas participados por colegas PROGRAMA DE ACÇÃO um modelo de funcionamento mais co- com conhecimento e experiência nas legial e com sectores de actividade indi- matérias em causa. O grupo de médicos que agora se pro- vidualizados e distribuídos pelos mem- põe para a direcção do Conselho da bros da direcção. Compreendemos A política de Saúde, as estruturas, a Região Autónoma dos Açores da Or- que este modo de trabalhar venha a organização administrativa destas es- dem dos Médicos, entende primeira- prejudicar a velocidade com que a im- truturas, a metodologia de gestão dos mente que a sua acção seja uma con- prensa procura respostas sobre a po- serviços médicos, tudo, sofreu uma tinuação do trabalho feito nos anos an- sição da Ordem, mas actualmente os profunda alteração nos últimos anos, teriores e em que alguns participaram problemas têm muitas vezes uma com- no plano nacionale no plano regional. de forma activa. No entanto, existem plexidade que obriga a uma refle- Essas mudanças, as quais não foram novas circunstâncias que obrigam a xão conjunta e algumas vezes a uma participadas pelos médicos, e que não um esforço de adaptação; de um modo consulta exterior. nos parecem ter melhorado o funcio- muito especial, há a registar uma pro- namento e mesmo a economia do sis- funda mudança na política de Saúde, e Vamos assumir o compromisso de en- tema, exigem no entanto o nosso mai- na metodologia administrativa, tanto contrar uma maior autonomia para or esforço para conservar as condi- no plano nacional como regional. uma resposta atempada e forte aos ções aceitáveis para que os actos mé- problemas específicos da regionalidade dicos se mantenham na linha exigida Julgamos ser importante a procura de da Saúde Açoriana; a este respeito será pelos nossos princípios civilizacionais.

Envie-nos os seus artigos Para que a revista da Ordem dos Médicos possa ser sempre o espelho da opinião dos profissionais de todo o país, agradecemos a colaboração de todos os médicos que desejem partilhar as suas opiniões, experiências ou ideias com os colegas, através do envio de artigos para publicação na Revista da Ordem dos Médicos. Os artigos devem ser acompanhados de uma fotografia do autor (tipo passe) e poderão ser enviados para os contactos que se encontram na ficha técnica (morada da redação e/ou respectivo e-mail).

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balizam os objectivos principais da DISTRITO MÉDICO DO ALGARVE candidatura: Mandatário: Luís Manuel de Andrade Rodrigues Batalau 1 – Dinamizar a participação das mé- Delegado da Candadidatura:Manuel José Machado Veloso Gomes dicas e dos médicos nas actividades da Ordem. Mesa da Assembleia Distrital Presidente Maria da Assunção Martinez Fernandez Macedo dos Santos 2 – Procurar que os Órgãos da Or- Vice Presidente Horácio Luís Guerreiro dem sejam mais interventivos na Socie- 1º Secretário Ana Cristina Mariano Martins dade. 2º Secretário Ester Maria Coutinho de Albuquerque e Castro Coelho 3 – Contribuir para uma revisão e Conselho Distrital actualização dos Estatutos e Códigos Presidente Ulisses Saturnino Duarte de Brito da Ordem. Vogais Ana Maria Barreto Mendonça Romão de Brito Camacho João Paulo Pestana Fragoso de Almeida 4 – Incentivar a formação continuada João Pedro Rodrigues Ferreira Quaresma de todos os médicos e o desenvolvi- Nuno Filipe da Costa Bernardino Vieira mento da investigação, em colabora- ção com todas as entidades com res- Membros Consultivos do Conselho Regional ponsabilidades nessas áreas. Francisco Daniel Parraga Nuñez João Manuel Fernandes de Brito Camacho 5 – Apoio especial às jovens médicas José Pedro Castro Leão Neves e aos jovens médicos em formação e Maria Helena Boavida Pontes Gonçalves desempenho de funções na região do Paulo Alexandre Miranda Simões Algarve.

6 – Procura incessante pela colabora- ção entre médicas e médicos de todas PROGRAMA DE ACÇÃO as áreas de cuidados de saúde, das várias especialidades, e com outros pro- Protagonizar fissionais de saúde.

7 – Em defesa de uma medicina de a Mudança alta qualidade científica, de nível Eu- ropeu, mais humanizada e com eleva- A lista Protagonizar a mudança can- dependência e capacidade de interven- do sentido ético. didata aos Órgãos do Distrito Médico ção na defesa do desenvolvimento e do Algarve da Ordem dos Médicos reú- actualização do papel da Ordem dos Os candidatos aos Órgãos do Distrito ne médicas e médicos com sensibilida- Médicos na Sociedade. Os seguintes Médico do Algarve, da Ordem dos des diversas, norteados por princípios pontos programáticos, colocados para Médicos, da candidatura Protagonizar de trabalho com competência, com in- discussão no decorrer da campanha, a mudança.

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isso. A nossa realização profissional, e DISTRITO MÉDICO DO ALGARVE a saúde do nosso doente disso depen- dem. Para não falar na saúde e bem- Mandatário: João Carlos Santos da Palma estar de uma região, ou de um país. Delegado da Candidatura: José Henrique Romão Santos Todos sentimos os atropelos que o Mesa da Assembleia Distrital ‘mercado’ da Saúde provoca em quem Presidente João Maria Larguito Claro exerce medicina. Nas instituições pri- Vice Presidente Manuel Henrique Miguel Vicente vadas, como nas instituições públicas 1º Secretário Ana Maria Gonçalves Lares de ‘novo tipo’. Onde os administrado- 2º Secretário Vanessa Alexandra Zacarias Guerreiro res e economistas vêem números, fac- turações, produtividade ou falta dela, Conselho Distrital os médicos vêem doentes, aportando Presidente Eduardo Manuel Brasão Costa a humanização devida ao sistema de Vogais Fernão Vasco Barreira Pimenta de Castro saúde. Jorge Manuel Domingues Salvador Lisete de Jesus Neves de Romão Todos conhecemos a forma discricio- Maria Clara de Sousa Pires nária e aberrante como são encara- dos os médicos com maior diferencia- Membros Consultivos do Conselho Regional ção e responsabilidade. A forma como Álvaro José Alves Pereira se fazem novas contratações, como se Daniel João Freire Cartucho violentam relações de trabalho e se Domingos Amadeu dos Santos Rodrigues provocam assimetrias e soluções de Idalécio Silva Bernardo continuidade no tecido assistencial. Manuel Francisco Ferreira Lourenço Godinho Os médicos sabem que o conceito de PROGRAMA DE ACÇÃO direcção clínica é inseparável do con- ceito de colegialidade institucional. Por uma Medicina Uma direcção clínica deve passar a ser um orgão técnico suportado e reco- Ética e de Qualidade nhecido por um colectivo médico; e a sua função, auditável pela Ordem dos Médicos. O trabalho em equipa, segun- Caro Colega, • A definição e promulgação de acto do uma hierarquia técnica, é a pedra médico. basilar de um qualquer serviço de (saú- Esta candidatura pretende mobilizar os de) acção médica. médicos do distrito na identificação e • A avaliação da qualidade do exercí- utilização dos instrumentos que lhes cio técnico da Medicina. Uma Administração Regional de Saúde não são próprios e caracterizam a sua pro- deve ser só um orgão político. Nem fissão. Os médicos reconhecem o im- • A auto-regulação profissional. um plano de saúde se pode confundir pulso que os seus sindicatos têm im- com interesses alheados de um cor- primido no ordenamento da profissão. Todos sabemos que a defesa da profis- recto exercício da medicina. A Ordem Contudo, o diagnóstico do que nos são médica é também a defesa do do- dos Médicos deverá ter aqui um papel separa e atinge como grupo profissio- ente. A Ordem dos Médicos deve ter executivo e fiscalizador e, não mera- nal precisa ainda, de sair dos corredo- uma responsabilidade exclusiva na ava- mente consultivo, através de um novo res, de ganhar maturidade e de ser afir- liação do acto médico e na fiscaliza- Conselho do Exercício Técnico da mado como um plano de mudança na ção da sua aplicação prática. Medicina, que interaja com os Colé- sociedade. Os médicos não se resig- gios e Sociedades médicas. nam com os contornos com que o É em representação do doente que Estado tenta delimitar a sua profissão. exigimos utilizar os instrumentos da A Ordem deve ver reforçadas as suas Os médicos necessitam de fazer um nossa profissão: uma relação médico- competências, responsabilidades e in- grande esforço de consciencialização, doente qualificada; uma concepção mo- dependência técnicas descentralizadas de iniciarem uma grande mobilização dular técnica do sistema de saúde. no seio do poder político. Esta candi- para exigir consequentemente o que datura distrital propõe-se pugnar pelo lhes é devido: A nossa ética profissional impõe-nos reforço da regulação técnica da Medi-

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cina, junto do Conselho Regional do Sul, É também em nome da auto-regulação temáticas sobre as grandes questões que do Conselho Nacional Executivo e, por profissional que a Ordem dos Médi- dão cor à nossa profissão: a religião, o acréscimo junto do legislador. cos deve manifestar a sua preocupa- jornalismo, as questões médico-legais, o ção com a proliferação desenfreada de papel da formação e da profissão médi- A luta por uma Medicina ética e de cursos de Medicina no país, o que vai ca na Saúde, na região e na nossa vizi- qualidade, em prol dos nossos doen- levar a uma grande instabilidade dos nha Andaluzia, bem como a avaliação tes, está na base da autoregulação jovens médicos, à fragilização da sua regular do estado da Saúde no Algarve, profissional. Essa auto-regulação, contractualidade laboral e, à diminui- promovendo e incentivando estes en- baseada no mérito clínico, técnico e ção da sua qualidade formativa. contros do Barlavento ao Sotavento. científico, só é possível por uma avali- ação inter pares e não qualquer outra. O futuro da profissão médica está em Propomo-nos também dar vida a ou- São necessários mecanismos de causa. Os médicos do Algarve vão ter de tras actividades culturais, que quere- titulação que dotem novamente os ser- exigir e assumir respostas a este desafio. mos construir com todos os médicos viços de uma carreira baseada no mé- Para isso poderão e deverão contar com que nisso encontrem prazer. rito e na competência. esta candidatura aos orgãos distritais da nossa Ordem no próximo triénio. Enquanto não tivermos a nossa Casa A própria auto-regulação profissional do Médico no Algarve, necessidade sen- exige que a formação pós-graduada Este é o nosso (primordial) Plano de tida de todas as candidaturas, propo- seja uma primeira prioridade de cada Acção. mo-nos acolhê-lo e incentivar o usu- serviço. Não há serviço assistencial fruto da sede de todos nós, em Faro. qualificado sem formação médica de Para além deste desígnio propomo-nos qualidade. manter, a espaços regulares, discussões Os candidatos

Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 89 ELEIÇÕES 2011-2013 Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Beja, Lista D

para haver trabalho feito, mas incom- DISTRITO MÉDICO DE BEJA pleta para sentirmos o apelo de terminálo. Mandatário: José Bernardino Martins Cordeiro Vaz Delegado da Candidatura: Jorge Ângelo Ramos dos Santos Assim, propomo-nos, com o contributo de todos : Mesa da Assembleia Distrital Presidente Maurílio Domingos Agostinho Gaspar 1. Cimentar um enriquecido orgulho Vice Presidente Edmundo José Bragança de Sá de ser-se Médico, quer pela divulga- 1º Secretário Maria da Conceição Lopes Baptista Margalha ção das capacidades gerais dos profis- 2º Secretário José Jaime Gaspar Caetano sionais e do seu trabalho, quer pela realização de eventos partilhados pela Conselho Distrital comunidade em que a prática médica Presidente Pedro Camilo de Araújo Lima de Vasconcelos se revele. Vogais António José Maia de Oliveira Edite Maria Spencer Reis 2. Pugnar pelo reconhecimento e va- Emília de Jesus Antunes Ferreira Duro lorização das reais competências Maria Laura da Encarnação Nobre dos Colegas e da boa qualidade dos Caeiro Maia de Oliveira serviços prestados, quer nos Cuidados Hospitalares, quer nos Cuidados Pri- Membro Consultivo do Conselho Regional mários, nomeadamente pela verifica- João Manuel de Lemos Santos ção das habilitações individuais para PROGRAMA DE ACÇÃO o seu exercício. 3. Prosseguir a função moderadora Consolidar em conflitos e de diálogo com tutelas. a Mudança 4. Dinamizar mais Iniciativas Clíni- cas, abordando questões pertinentes A presente Lista representa alguma te em Saúde?»); protagonizou-se o pa- da prática médica, nomeadamente a continuidade do elenco eleito há 3 pel de moderação em problemas veri- Ética e a Deontologia, mas também anos. O trabalho desenvolvido, num ficados (como a obtenção de vaga para de cariz Sócio-Cultural. assinalável ambiente de colaboração, Internato de Pediatria) ou de permitiu alcançarem-se vários dos ob- interlocutores com agentes regionais 5. Visitar os cenários de trabalho jectivos propostos, sob o lema, então da Saúde em questões relevantes; to- dos Colegas do Distrito, atenuan- escolhido, «Mudar: do Saber ao Viver»: maram-se posições públicas sobre do o seu isolamento. matérias vitais, como a desertificação Adquiriu-se a Sede Distrital, inaugu- de quadros médicos no Distrito; orga- 6. Negociar a obtenção de facilida- rada há 1 ano; realizaram-se iniciati- nizaram-se eventos culturais, já na des para os Médicos em instituições e vas de âmbito profissional (debate «Saú- Sede, abertos à população (3 Exposi- serviços, minorando uma parte das de: o Distrito e o Futuro»; sessão ções de Fotografia e 2 de Pintura). difíceis condições que a interioridade «Burnout»; recepção aos novos Inter- Cremos, pois, que a palavra MUDAR impõe, em especial para os Médicos nos; palestra «Erro Médico ou Aciden- terá tido a concretização suficiente recém-instalados.

Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 91 ELEIÇÕES 2011-2013 Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Évora, Lista D

curricular e utilidade prática, em cola- DISTRITO MÉDICO DE ÉVORA boração com entidades idóneas, a exemplo do que foi realizado no triénio Mandatário: José Eduardo Garcia Correia anterior. Apoiar e dinamizar o que con- Delegado da Candidatura: Luis Guilherme Sobreira Leal Pereira tribua para que o médico possa man- ter e desenvolver a sua visão humanista. Mesa da Assembleia Distrital Presidente António Jorge de Paiva Jara 5 – Jovens Médicos Vice Presidente Maria Celeste Estrela Nortadas Alves de Sousa - Defesa e apoio aos jovens médicos 1º Secretário Henrique Augusto Coelho da Rocha na sua integração profissional. Terreiro Galha - Criação de um Gabinete de Apoio 2º Secretário Sandra de Fátima Nunes Leal Borralho ao Interno que o oriente do ponto de vista legislativo. Conselho Distrital - Defesa dos Internatos Médicos como Presidente Ireneia Santos Lino forma de garantir a Qualidade na me- Vogais António Luís Carreira Glórias Ferreira dicina futura. António Maria Ribeiro Soares Pires - A nossa Lista integra um Interno do Ricardo Jorge Oliveira Santos Internato Complementar no Conselho Solange Pereira Gomes Directivo, e vários jovens especialistas e que, também eles, serão garante des- Membros Consultivos do Conselho Regional tes nossos propósitos. Artur Jorge Murta Canha da Silva Fernando Martins de Almeida 6 – Instalações da Ordem dos Mé- dicos PROGRAMA DE ACÇÃO - Garantia do cumprimento das nor- mas éticas e deontológicas. Dinamizar a Sede da Ordem dos Mé- Desde há vários anos que a profissão - Garantia que os doentes tenham dicos em Évora, com as seguintes ini- médica tem estado sujeita a decisões acesso aos tratamentos indicados pe- ciativas: legislativas que interferem, ou procuram las recomendações em vigor. - Exposições de pintura, de fotografia e interferir, no acto médico, condicionando - Crítica a intervenções administrati- outras expressões de Arte – como músi- a nossa actuação e negando os valores vas, em actos diagnósticos ou ca – nomeadamente de artistas médicos. éticos e deontológicos que sempre terapêuticos, que tenham unicamente - Apresentação de conferências e de- nortearam a nossa profissão. Esta inter- uma intenção economicista. bates sobre temas médicos ou não ferência do poder políticolegislativo, além médicos, abertos, com a presença de de colidir com princípios deontológicos, 2 – Carreiras Médicas oradores e convidados, nacionais ou vai minando a relação médico-doente e estrangeiros, de reconhecido mérito. coloca-nos numa posição de funcioná- - Defender as Carreiras Médicas, como rios de um sistema cujos pilares assen- forma de valorização profissional e da 7 – Descentralização da Ordem tam basicamente na economia e na re- melhoria do sistema nacional de saúde. dos Médicos lação da tão apregoada humanização. 3 – Exercício da medicina A exemplo do triénio anterior, propo- A lista que se candidata à Direcção da mos manter a descentralização da Or- Secção Distrital de Évora, a par de ino- - Promover e defender condições dignas dem dos Médicos. Pretendemos conti- vações que achamos necessárias, pre- do exercício profissional dos médicos do nuar a promover reuniões, fora de Évora, tende dar continuidade às acções da Distrito em todos os estabelecimentos de noutras sedes concelhias, e os vários ti- actual Direcção, da qual se candidatam saúde na defesa da liberdade, indepen- pos de iniciativas, anteriormente citadas. connosco vários colegas, sendo nosso dência e autonomia dos médicos. Mandatário o actual Presidente do 8 – Interface com a Ordem do Conselho Distrital. 4 – Formação Pós-Graduada Médicos - Propomos a criação de delegados da Linhas Programáticas Manter um interesse acrescido na For- Ordem dos Médicos a nível da medi- mação Pós-Graduada dos Médicos, cina geral e familiar e da medicina hos- 1 – Acto Médico promovendo cursos ou outras acções pitalar em todos os estabelecimentos - Defesa da qualidade do Acto Médico. de formação de reconhecido valor de saúde do Distrito.

92 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 ELEIÇÕES 2011-2013 Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Grande Lisboa, Lista A

PROGRAMA DE ACÇÃO Regenerar a Ordem, Credibilizar os Médicos

Esta lista subscreve o Programa de Acção da Lista A, candidata aos Órgãos Regionais da Secção Regional do Sul.

DISTRITO MÉDICO DA GRANDE-LISBOA Mandatário: José Germano Rego de Sousa Membros Consultivos do Conselho Regional Delegado da Candadidatura: Ana Maria dos Santos Rodrigues de Mendonça Costa Marina Paula Ferreira Silvestre Bernardo Porral Paes de Vasconcelos Carlos Alberto Ferreira Rodrigues de Oliveira Mesa da Assembleia Distrital Cristina Gomes de Novais Paiva de Mourão Gamelas Presidente Santiago Pedro Magalhães Jervis Gil João Aniceto Jacinto Ponce Helder Joaquim Coelho Viegas Vice-Presidente Fernando Manuel Moreira dos Santos João António da Fonseca Pereira 1º Secretário Graça Maria de Almeida Rodrigues José Augusto Barata 2º Secretário Júlio Manuel Pais Ribeiro Júlio Augusto Gonçalves Guedes Carvalhal Manuel Francisco Milheiro Costa de Sousa Conselho Distrital Manuela Augusta Franco Rijo Agostinho Ripado Presidente Humberto Manuel da Conceição Manuela Augusta Pinto Cardoso de Oliveira Garcia Messias Marcelo dos Santos Fernandes Vogais Augusto João Amoedo Pereira Maria Deolinda Perfeito Brardo Barata Kátia Regina Viegas Cardoso Maria Helena Barbosa da Silva Baptista da Costa Maria Clara Laia Caetano Alves Maria Helena Branco Alves Pereira Fernandes Pais Maria Teresa Coelho da Costa Oliveira Rui Mário Albarran Sobral de Campos Nuno José Teodoro Amaro dos Santos Catorze Nunes Sequeira Aguiar Victor Manuel Borges Ramos

Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 93 ELEIÇÕES 2011-2013 Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Grande-Lisboa, Lista B

PROGRAMA DE ACÇÃO Novos Rumos em tempos de Mudança Esta lista subscreve o Programa de Acção da Lista B, candidata aos Órgãos Regionais da Secção Regional do Sul.

DISTRITO MÉDICO DA GRANDE-LISBOA

Mandatário: Rui Simões Bento Ângela Maria dos Santos Moreira Marques Delegado da Candidatura: Maria Gabriela Onofre António José Simões Marques Alves das Neves Reis Alves Carlos Manuel Nogueira da Canhota Fernando José da Silva Ramalho Gomes Mesa da Assembleia Distrital Gonçalo Mário de Miranda Proença Presidente Jorge Manuel Alves Draper Mineiro João Manuel Andrade Martins Vice-Presidente Isabel Maria Rodrigues do Nascimento José António Almeida Duarte 1º Secretário Beatriz Alda Henriques Costa Neves José Carlos Lopes Martins da Silva 2º Secretário Eusébio Manuel Ferreira Gomes José Manuel Santos Silva Videira e Castro Martins Porto José Miguel Flores Santos Manuel António Mendonça da Costa de Matos Conselho Distrital Manuel Bernardo Clemente Figueira de Araújo Presidente José Daniel Pereira Figueira de Araújo Margarida Cabral Sacadura Faro Vogais Daniel António de Sousa Maria Cecília Craveiro Forte Longo João Nuno André Martins Rossa Maria Isilda Ribeiro Miguel José António de Carvalho Rodrigues Maria José Baptista da Rocha Barros Moisés Carlos Bentes Ruah Naod Berhanu Rebeca Cifuentes Salvadores Membros Consultivos do Conselho Regional Rui Serejo Miranda Julião Ana Filipa Paulo Portugal Deveza

Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Lisboa Cidade, Lista A PROGRAMA DE ACÇÃO Regenerar a Ordem, Credibilizar os Médicos Esta lista subscreve o Programa de Acção da Lista A, candidata aos Órgãos Regionais da Secção Regional do Sul.

DISTRITO MÉDICO DE LISBOA CIDADE Mandatário: José Germano Rego de Sousa 1º Secretário José Carlos Gil de Morais Delegado da Candadidatura: Paulo Fernando Estrela 2º Secretário João Décio Pereira Ferreira Soares Conselho Distrital Mesa da Assembleia Distrital Presidente Luís Afonso Zuquete Dutschmann Presidente Faustino Manuel Leitão Nunes Ferreira Vogais Fernando Jorge Chiotte Tavares Vice Presidente Eduardo Jorge de Sousa Ferreira Fernando Manuel Pimentel dos Marques Santos

94 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 ELEIÇÕES 2011-2013 Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Grande Lisboa, Lista A

Isabel Maria da Cunha Silva Ribeiro Inês Andrade Oliveira Maio José Ezequiel Pereira Barros Luís Pedro Santos de Mendonça Manuel João Fernandes Alberto Membros Consultivos do Conselho Regional Maria Helena Cargaleiro Delgado Figueiredo Lopes Ana Maria de Oliveira Joaquim Maria Manuela Aranha da Cruz António Carlos de Sousa Moeda Maria Margarida Justo Pereira António Maria Trigueiros de Sousa Alvim Maria Teresa de Jesus Vilhena Colaço António Rafael da Silva Pereira Passarinho Paula Maria Broeiro Gonçalves Diogo Silva Gomes Paulo Sarad Oliveira Ratilal Ester Elfride Cruz Ferreira da Silva Moutinho de Freitas Pedro Alexandre Gonçalves Henriques Francisco Alves Carrasquinho Gomes Pedro Ferreira Moniz Pereira Gonçalo dos Santos Costa Queiroz de Sousa Pedro Manuel Ataíde Nogueira Ramos Graça Maria Freitas Olim Marote Pedro Miguel dos Santos Gomes Guilherme Augusto Bento Frazão Ferreira Rudolfo de Almeida Montemor Henrique Manuel Guimarães de Sá Couto Rui Manuel Bello da Silva João Bernardo Barahona Simões Regalo Corrêa Tito Miguel Palmela Leitão José Alberto Noronha Marques Robalo Vítor João Rodrigues Sousa Gabriel José Antunes dos Reis

Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Lisboa Cidade, Lista B PROGRAMA DE ACÇÃO Novos Rumos em tempos de Mudança Esta lista subscreve o Programa de Acção da Lista B, candidata aos Órgãos Regionais da Secção Regional do Sul. DISTRITO MÉDICO DE LISBOA CIDADE Mandatário: Rui Simões Bento Isabel Maria Martins Bento Coelho Delegado da Candidatura: Manuel Joaquim Pereira Joana da Veiga Ferro Jerónimo Antunes dos Santos João António Frazão Rodrigues Branco João Carlos Lopes Simões do Paço Mesa da Assembleia Distrital João Luís Pacheco Pereira Presidente Leopoldo Maria Lemos da Cunha Matos João Luís Raposo d’Almeida Vice Presidente Manuel Tavares Magalhães João Paulo Moreno Rosa Camilo Malta 1º Secretário Joaquim Manuel Leitão Ribeiro Arenga Jorge Paulo de Seabra Roque da Cunha 2º Secretário Maria Teresa Sampaio da Costa Macedo José Eduardo Ferreira Rosado Pinto José Fernando Bento Leitão Conselho Distrital José Manuel Palma dos Reis Presidente Nuno Maria Salema Pereira dos Reis José Neves Paulos Antunes Vogais António Emílio Sampaio Correia Luís Manuel Caetano Paulino Pereira José Luís de Castro de França Dória Maria Clara Pinheiro Capucho Maria da Graça Rocha Oliveira Maria Gabriela da Cruz de Almeida Pedro Manuel Ferreira da Costa Maria Helena Freitas Brazão Sutil Roque Maria Lourdes Silva Tavares Ruela Maria Madalena Cardoso Gonçalves Mourão Membros Consultivos do Conselho Regional de Carvalho Cordeiro Anabela Gabriel Vicente Raimundo Maria Margarida Cardoso Chagas dos Santos Correia Ana Margarida Leitão Ivo da Silva Duarte Silva França Ana Maria Fernandes Serrão Neto Maria Margarida Oliveira Gil Ejárque Albuquerque Carlos Alberto Talhas dos Santos Paulo Jorge Reino dos Santos Felicíssimo Carlos Manuel Correia e França Pedro Alberto Batista Brissos de Sousa Escada Carlos Manuel Pinto Veiga Lopes Pedro José Carreira da Silva Fernando Manuel Palma Martelo Teresa Maria Taylor da Silva Kay

Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 95 ELEIÇÕES 2011-2013 Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Lisboa Cidade, Lista C

PROGRAMA DE ACÇÃO A Alternativa para a Ordem dos Médicos – Vamos pôr ordem na Ordem

Esta lista subscreve o Programa de Acção da Lista C, candidata aos Órgãos Regionais da Secção Regional do Sul.

DISTRITO MÉDICO DE LISBOA CIDADE Mandatário: Luís Adriano das Neves Gonçalves Catarina Bekerman das Neves Carneiro Sobrinho Cristina de Fátima Branco Semedo Delegado da Candidatura: João Gama Marques Eduardo Manuel Vieira Pereira Marques Proença Francisco Casaca Lacão Isabel Maria Pais Camelo Mesa da Assembleia Distrital José António Carreira Alves de Meneses Presidente José Manuel de Paiva Jara José Manuel do Vale Santos Vice Presidente Gustavo Orlando Raposo Rodrigues Manuel António Nisa Pinheiro 1º Secretário Amílcar Araújo e Silva Manuel da Conceição Martins de Almeida 2º Secretário Clara Maria Porfírio Soares Maria Cristina de Salles Viana Ferreira Maria Daniela da Costa Pires Conselho Distrital Maria João Manzano e Silva Presidente António José dos Santos Pinto Saraiva Maria José de Oliveira Soares Lopes Vogais Augusto Manuel Tinoco Goulão Maria Júlia Antunes da Silva Mendes Constâncio Maria Júlia Rebelo Duarte Isabel Anacleto Arroja Maria Laura Ferreira Lourenço Luz Manuel Luís Dominguez Gonçalves Maria Madalena Ravasco Mendes Lopo Tuna Teresa Cristina Ferreira Galhardo Maria Manuela de Matos Oliveira Nuno Miguel Araújo Alves Bentes Membros Consultivos do Conselho Regional Nuno Ricardo Anselmo Lourenço Ana Filipa Gonçalves de Faria Sara Gouveia e Cunha Ana Maria Nunes Brandão Sara Soares Marques Proença António José Morais Valente Teresa Guerreiro Laginha António Manuel Chiado de Andrade Vítor César Pais de Moura Gonçalves António Manuel da Silva Gomes Vítor Jorge Ribeiro Lopes António Manuel Rolão de Albuquerque

Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 97 ELEIÇÕES 2011-2013 Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Madeira, Lista D

pós graduada face ao avanço científi- CONSELHO MÉDICO DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA co e tecnológico, assegurando a com- petência técnica e profissional; Mandatário: José António Neves Sotero Gomes Delegado da Candidatura: Pedro Augusto de Figueiredo da Silva Na criação de protocolos de colabo- da Costa Neves ração com a Universidade da Madeira ou outras Universidades, promoven- Mesa da Assembleia Distrital do a articulação da clínica com a inves- Presidente Maria Amélia Rocha da Silva Duarte tigação e a docência em benefício da Vice Presidente Gil Duarte Freitas Gomes da Silva qualidade na formação; 1º Secretário Duarte Nuno Dória Freitas 2º Secretário Nicodemos Filipe Henriques Cunha Fernandes Na defesa intransigente do melhor tra- tamento dos doentes e da relação de Conselho Distrital confiança absoluta Médico/Doente. O Presidente Maria Henriqueta Vieira Câmara Reynolds acto de prescrição é exclusivo do mé- Vogais José Eduardo Tomás Cunha de Freitas dico, não se podendo admitir que a Manuel Correia Ramos interferência nesta relação, possa pre- Maria Isabel Brazão Lusitano de Freitas judicar o doente; Maria Margarida de Carvalho Machado Gonçalves Tavares da Silva Na resolução ou atenuação do eleva- do número de utentes em situação de Membros Consultivos do Conselho Regional «alta problemática», uma das questões Gonçalo Ribeiro de Andrade Faro da Silva mais sensíveis do Serviço de Saúde da Maria Margarida Mancelos de Ornelas Monteiro Sotero Gomes Região Autónoma da Madeira; Rafael Lourenço Vasconcelos e Castro de Freitas Na reestruturação da convenção, mar- PROGRAMA DE ACÇÃO co histórico na Medicina Regional e Nacional, pelo seu pioneirismo e ac- Queremos Ordem ção benéfica; Na organização de formações em para Trabalhar gestão na área da saúde para que os médicos da RAM possam contribuir de forma eficaz e ponderada para a Defendendo e reafirmando a im- Na dinamização da formação pré e pós melhoria da saúde e do sistema de portância da OM graduada, programando reuniões re- saúde; gulares com a comissão de acompa- Como Organismo que representa To- nhamento do ciclo básico do curso de No diálogo com todos os profissionais dos os Médicos que exercem na Ma- medicina na Universidade da Madeira; de saúde (Enfermeiros, Técnicos, Auxi- deira, com total independência em re- liares) uma vez que uma actuação har- lação aos Órgãos Governativos e à Ad- Na resolução dos conflitos referentes moniosa resulta em evidentes be- ministração Hospitalar, com a missão à idoneidade formativa, envidando to- nefícios para o doente. de defender a boa Praxis, a Ética e a dos os esforços para que esta seja man- Deontologia Médicas; tida e, recuperada a credibilidade da Incentivando a participação acti- nossa instituição e dos seus profissio- va dos Médicos Madeirenses na Como parceiro essencial, interessado nais; vida da Ordem e participante na organização dos Ser- viços de Saúde e no planeamento e No acompanhamento dos jovens mé- Estimulando os Médicos da Madeira a implementação das suas reformas; dicos avaliando, sempre que necessá- frequentar as instalações da Ordem dos Como garante do direito de todos os rio e em articulação com os Colégios Médicos, participando nas reuniões dos Médicos serem tratados com respeito das Especialidades e Direcções dos seus grupos de trabalho e das assem- e consideração; Serviços, as condições em que são bleias, bem como na discussão, vota- efectuados os internatos; ção, requisição e apresentação de mo- Na defesa dos Utentes no seu direito ções e propostas que julgarem conve- inalienável à Saúde; No incentivo à contínua actualização nientes;

98 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 ELEIÇÕES 2011-2013 Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Madeira, Lista D

Convidando-os a solicitar o apoio da necessário), para discussão de temas Medicina de Outros Tempos», «Gran- Ordem dos Médicos da RAM, sempre fundamentais, resposta a perguntas e des Médicos – Pequenos Artistas» e que dele necessitem, para a defesa dos anseios dos Médicos, eventual votação rubricas de interacção com os utentes seus interesses profissionais, garantia de propostas e atitudes a tomar. tipo «cartas do leitor ou consultor». dos seus princípios Éticos e Deonto- lógicos ou dos seus direitos, liberda- Dinamizando, qualificando e di- Reforçando a participação nas es- des e garantias enquanto Médicos de vulgando a Revista «Islenha» truturas Nacionais da Ordem dos pleno direito. Médicos Publicando-a com regularidade e dis- Nomeando elementos em cada estru- ponibilizando-a preferencialmente em Fortalecendo a representatividade da tura (Hospitais e Centros de Saúde) suporte informático. Delegação Regional da Ordem no Con- com capacidade para informar os Médi- selho Nacional Executivo, uma vez que cos acerca dos deveres e direitos que Divulgando o calendário de eventos, se trata de um órgão periférico e com lhes são concedidos pelos estatutos e científicos e outros, regionais, nacio- particularidades específicas. das actividades da Ordem dos Médi- nais e internacionais. cos da RAM. Porque os Médicos da Madeira Convidando Médicos Madeirenses a não se acomodam e querem uma Realizando Assembleias Gerais com escrever artigos com conteúdos diver- Ordem DIFERENTE, DINÂMICA periodicidade anual (e sempre que seja sos de especial interesse, tais como «A E TRANSPARENTE.

Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Madeira, Lista E

PROGRAMA DE ACÇÃO dos, nomeadamente a revisão da con- 1 – REPRESENTAÇÃO DA CLAS- venção, alargamento e obras de bene- SE: Dignificar a profissão de Médico é Porque achamos que atravessamos um ficiação da actual sede, realização de o que qualquer candidatura deve de- momento difícil a nível social e econó- cursos, palestras e conferências, parti- fender. Propomo-nos representar com mico, e que fazemos parte importante cipação na revisão das carreiras médi- a máxima dignidade os cerca de 600 da nossa sociedade, decidimos candi- cas, estando em processo de conclu- Médicos da Região Autónoma da Ma- datarmo-nos às próximas eleições. são a aplicação da convenção. deira.

Pessoalmente era meu intuito fazer Tenho afirmado publicamente e reafir- 2 – CONVENÇÃO: Aplicação da re- apenas um mandato. Entretanto, mui- mo-o que eu e o meu grupo somos visão feita no actual mandato. A revi- tas mudanças aconteceram quer a ní- imparciais, independentes e não liga- são da convenção dos exames com- vel Regional, quer a nível Nacional, no dos a qualquer estrutura político par- plementares foi efectuada. É projecto que diz respeito aos médicos. Foram tidária ou outra. A nossa cor é a ban- deste grupo a aplicabilidade desta re- as mudanças no sector público regio- deira da Ordem dos Médicos. visão aos tempos actuais. Alguns não nal, a entrada em vigor das novas car- eram revistos há cerca de duas déca- reiras médicas, o novo modelo de re- Relativamente à elaboração do progra- das. ceituário, entre outras. ma, este foi cuidadosamente adaptado O actual Conselho Médico da Região à realidade actual, porque apresentam- O Médico tem uma função social. A Autónoma da Madeira foi algumas ve- se muitos desafios pela frente que te- convenção apesar de ter mais de duas zes criticado de ter tido uma actuação mos que estar juntos para os poder décadas achamos que ainda faz senti- de passividade. É completamente fal- vencer. Conto com todos, independen- do em alguns sectores, porque permi- so. Aquilo que fizemos foi resolver em temente se votarem ou não no nosso te a complementaridade ao Serviço pú- local próprio e sem alarmismos, não grupo para nos ajudarem no nosso blico com benefício quer para o pres- expondo em demasia à opinião públi- mandato, caso sejamos eleitos. tador quer para o utente. Vamos con- ca as situações que à Ordem compe- O nosso programa não foi feito ape- tinuar a aposta nesta, porque foi uma te. Provamos nas visitas que fizemos nas por puro eleitoralismo, mas sim inovação a nível do país, ainda que com ao longo do nosso mandato a pratica- naquilo que às competências da Or- alguns percalços ao longo dos anos. mente todos os Serviços. dem dizem respeito. 3 – FORMAÇÃO: Para podermos Os objectivos propostos no actual Desta forma, do nosso programa, cons- enfrentar os novos desafios temos de mandato foram integralmente cumpri- ta: estar preparados cientificamente. É fun-

Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 99 ELEIÇÕES 2011-2013 Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Madeira, Lista E

ção da Ordem dar formação. Vamos, CONSELHO MÉDICO DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA como o temos feito até aqui fomentar esta área. Continuar com os cursos de Mandatário: Carlos Miguel Pestana formação de formadores para internos, Delegado da Candidatura: Maria da Luz Andrade dos Reis Brazão cursos de gestão, entre outros. Mesa da Assembleia Distrital 4 – CONFERÊNCIAS E DEBATES: Presidente Vítor Luís Gaspar Menezes Porque hoje temos uma estrutura físi- Vice Presidente José Manuel Freitas Morna dos Ramos ca condigna, permite-nos idealizar te- 1º Secretário Elizabeth Mendes Brazão Luís mas quer de carácter geral quer de 2º Secretário Miguel Alexandre Costa Reis natureza médica para podermos ser mais interactivos com a sociedade ac- Conselho Distrital tual. Presidente José Manuel Teixeira França Vogais Paula Cristina Santos Pinto 5 – CONSELHO NACIONAL EXE- Pedro Herculano Spínola Faria Rebelo de Freitas CUTIVO: O número de médicos au- Ricardo Jorge Pestana Fernandes mentou substancialmente, mas essen- Roberto Carlos França Dória Martins cialmente por razões político adminis- trativas e geográficas, vamos tentar que Membros Consultivos do Conselho Regional o Conselho Médico da Região esteja Carla Patrícia Sousa Andrade representado no Conselho Nacional Nivaldo Emanuel Ferreira Nunes Executivo. Ricardo Andrade Rodrigues 6 – PROTOCOLOS COM OU- TRAS ORDENS PROFISSIONAIS: os colegas mais novos se sintam inse- ria, para que no futuro se possa fazer Os tempos são difíceis razão pela qual ridos na comunidade médica. praticamente tudo por meios informá- devemos estar unidos para poder ul- ticos. trapassar os obstáculos que possam 9 – CERIMÓNIAS COMEMORA- surgir. Tencionamos fazer protocolos TIVAS: Porque achamos que é um 12 – ACTIVIDADES LÚDICAS: com algumas Ordens, nomeadamente marco importante vamos continuar a Além do trabalho, é também apanágio dos Médicos Dentistas, Farmacêuticos, homenagear os colegas com 25 e 50 deste grupo dinamizar actividades lú- Enfermeiros e Biólogos. anos de inscrição na Ordem dos Mé- dicas e culturais, tais como passeios, dicos. cursos, exposições, etc. 7 – REVISTA: A revista sempre teve dificuldades, quer na execução, quer a 10 – ASSEMBLEIA GERAL ANU- Em traços gerais pretendemos com nível económico vamos tentar mantê- AL: Pretendemos realizar uma assem- este programa estar preparados para la apenas online. Os artigos de carác- bleia-geral extraordinária anual, para os próximos tempos que não serão ter científico poderão ser publicados em conjunto fazermos uma análise re- fáceis. É um programa ambicioso mas na Acta Médica e os de opinião na trospectiva e uma planificação do ano perfeitamente exequível porque con- MEDICOM. seguinte. to com a juventude e capacidade de trabalho da minha equipa 8 – RECEPÇAO AOS NOVOS IN- 11 – INFORMATIZAÇÃO DA OR- TERNOS: Fizemolo este ano e tenci- DEM: Apesar de muito ter sido feito, Juntos vamos conseguir. onamos manter esta iniciativa para que ambicionamos ainda mais nesta maté-

100 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 ELEIÇÕES 2011-2013 Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Oeste, Lista D

sistema equilibrado de prestação de DISTRITO MÉDICO DO OESTE cuidados de saúde Mandatário: Manuel Ferreira Seixas c) a defesa dos médicos, e da qualida- Delegado da Candidatura: Ana Maria Silva da Costa Rosa de do seu exercício profissional, nas relações contratuais estabelecidas, in- Mesa da Assembleia Distrital dividual ou colectivamente, com enti- Presidente António Rafael Nicolau Gomes dades públicas e privadas Vice Presidente Helena Maria Amaral de Almeida 1º Secretário Rui Miguel Alves Garcia d) pugnar junto dos Órgãos Dirigen- 2º Secretário Marinela Rodrigues Aniceto Branco tes Nacionais da Ordem, pelo fim da sobreposição de funções da ERS com Conselho Distrital as da Ordem dos Médicos Presidente Pedro Dinis Madeira Coito Vogais Ana Cristina Martins Teotónio e) a defesa dos doentes e dos médicos António Manuel Pinto Curado no âmbito de reorganização e/ou rees- Isabel Maria de Azevedo Ramos truturação de serviços de saúde no Maria do Rosário Mata Monteiro sector público Membros Consultivos do Conselho Regional f) a defesa da qualidade da formação Ana Maria Pipa de Matos da Costa Monteiro médica, pré e pós-graduada, e o acom- Joana Martins Louro panhamento sistemático da forma e Nuno Lima Santa Clara da Cunha condições concretas em que esta se desenvolve, apoiando, neste sentido, PROGRAMA DE ACÇÃO internos e orientadores de formação «Por uma Ordem g) a colaboração com os Sindicatos Médicos para a resolução de questões em que a Ordem possa intervir positi- mais presente e vamente

Interventiva» h) uma intervenção responsável e sis- temática com vista a restaurar o pres- 1. Na continuidade da opinião expressa doentes, que não se limite a questões tígio dos médicos e das instituições que nas eleições anteriores e promovidas éticas e deontológicas ou ligadas à for- os representam, contrariando, e des- neste mandato, a nossa candidatura mação e reconhecimento de habilita- mentindo de forma objectiva e credível, surge da convicção de que, numa al- ções, mas que se traduza numa pre- sucessivas campanhas demagógicas e tura em que importantes mudanças sença real e interventora em todos os caluniosas de que temos sido alvo ocorrem, e outras se preparam, na área domínios da nossa actividade profissi- da saúde, é possível e necessário que onal. i) defender o direito de livre escolha a Ordem dos Médicos assuma, jun- do médico pelo doente, ultrapassando to de todos nós, um papel de maior 3. No momento presente, pensamos as limitações actualmente inerentes ao proximidade, mais actuante e conse- que a Ordem dos Médicos deverá ter funcionamento do Serviço Nacional de quente, deixando de ser uma entidade por objectivos principais da sua acti- Saúde sentida como distante e ineficaz pela vidade, nomeadamente, os seguintes: maioria dos médicos, que mantêm com j) desenvolver esforços no sentido de a sua Ordem uma relação que se limi- a) a defesa do Serviço Nacional de Saú- apoiar todas as acções conducentes à ta ao pagamento obrigatório de quo- de e das Carreiras Médicas, como ele- aprovação da legislação sobre o Acto tas. mentos fundamentais para a qualida- Médico de da medicina praticada e para a saú- 2. Entendemos que a Ordem dos de dos portugueses 4. Somos uma candidatura de pesso- Médicos, no estrito cumprimento das as coerentemente solidárias em tor- suas disposições estatutárias, pode e b) a valorização do exercício da medi- no de objectivos profissionais, dispos- deve actuar, de forma mais credível e cina privada como sector igualmente tas a dar o contributo do seu traba- visível, na defesa dos médicos e dos imprescindível na construção de um lho, e do seu empenhamento, para as

Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 101 ELEIÇÕES 2011-2013 Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Oeste, Lista D

mudanças que julgamos necessárias cos e os órgãos dirigentes da Ordem, instituições, no sentido de detectar na actividade e orientação da Ordem começando pela publicação das con- eventuais limitações no seu funciona- dos Médicos. tas referentes à presente candidatura mento e na actividade médica, e apre- sentar propostas de melhoria 5. Para além dos aspectos programá- c) acompanhar permanentemente as ticos de princípio já enunciados, pro- eventuais alterações de fundo na es- f) apoiar os médicos e as unidades fun- pomos, como objectivos específicos trutura, funcionamento e natureza dos cionais na implementação de novas téc- para o Distrito Médico do Oeste: serviços, e suas consequências para nicas e metodologias, de acordo com médicos e doentes, nomeadamente os as necessidades dos doentes e o esta- a) prosseguir a revitalização da pre- que integram o Distrito Médico do do da Arte sença e actividade da Ordem no Dis- Oeste trito, proporcionando a comunicação g) defender o sistema de convenções, e troca de experiências entre colegas, d) inventariar em conjunto com os como forma de suprir carências da acti- e que possam contribuir para a melho- colegas que o solicitarem, as carências vidade assistencial ria das condições do seu exercício pro- relativas à prestação de cuidados mé- fissional e para a resolução de proble- dicos nos hospitais e Unidades de Saú- h) desenvolver acções e apresentar mas comuns de dos ACES do Distrito, bem como propostas, no sentido de melhorar a propor soluções comunicação e as formas de trabalho b) pugnar pela transparência e facili- entre os médicos das diferentes car- dade na comunicação entre os médi- e) realizar auditorias aos serviços e às reiras

Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Portalegre, Lista D

de apoio administrativo para muitas das questões que precisamos, e que actu- DISTRITO MÉDICO DE PORTALEGRE almente requerem a nossa deslocação a outras instalações da Ordem dos Mandatário: Fernando António Monteiro de Albuquerque Grilo Médicos. Delegado da Candidatura: Maria Érika Delgado Martinez 3 – Pretendemos dar uma atenção mui- Mesa da Assembleia Distrital to especial aos internos do ano comum Presidente Daniel António de Frias Dias e de especialidade que exerçam a sua Vice Presidente Vítor da Silva actividade no nosso Distrito. Sem in- 1º Secretário Maria Paula Santos e Silva Falcão Moreno Pinheiro ternos, e sem capacidade para os fixar, 2º Secretário Miguel Angel Fernandez Romero o envelhecimento e a perda de com- petências médicas no nosso Distrito Conselho Distrital continuará a ser uma realidade. Presidente António Jaime Correia Azedo Vogais Ausenda Zaida Martins e Belo Martins 4 – Preocupados com a organização Fernando Manuel Pinto de Pádua dos serviços de saúde no nosso Dis- João Fernando Sena Martins Transmontano trito, desencadearemos uma discus- João Manuel Baptista Carvalho são ampla e o mais participada pos- sível por todos os colegas, para que Membro Consultivo do Conselho Regional seja atingida uma plataforma de en- Hugo Chichorro e Silva Capote tendimento, que seja levada em linha de conta pela tutela e por quem tem responsabilidades directas nesta PROGRAMA DE ACÇÃO da Medicina Geral e Familiar ou na Saú- questão. de Pública. 1– Na sequência do último mandato, 5 – Assim que dispusermos da nossa a lista propõese continuar a pugnar 2 – Pretendemos concluir a instalação sede, esta servirá de espaço disponível pela melhoria das condições em que a da sede Distrital da Ordem dos Médi- para albergar exposições, apresentar Medicina é exercida no nosso Distri- cos, processo já iniciado e em fase de obras e promover sessões de discus- to, seja na área hospitalar, seja na área ultimação. Na nossa sede, disporemos são clínica sobre vários temas.

102 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 ELEIÇÕES 2011-2013 Candidatura aos Órgãos Distritais SRS – Setúbal, Lista D

nómico a responsabilidade de criarem DISTRITO MÉDICO DE SETÚBAL as condições propícias não só ao com- bate das doenças, mas também ao bem- Mandatário: Jorge Ribeiro Marques de Freitas estar físico, psicológico e social ou seja Delegado da Candidatura: Mário Duarte Parreira Rosa a garantia dos «prérequisitos para a saúde: paz, habitação, educação, ali- Mesa da Assembleia Distrital mentação, salário, estabilidade do ecos- Presidente Anita Conceição Birrento Vilar sistema, recursos sustentáveis, justiça Vice Presidente Rogério da Conceição Palma Rodrigues social e equidade». 1º Secretário Edgar Ruivo Ferreira Fazem-no por concordarem ainda com 2º Secretário Mário Rui Calado Puga de Brito a Carta de Otava (1986) quando pro- clama que «a saúde é um recurso mai- Conselho Distrital or para o desenvolvimento social, eco- Presidente António Manuel Ferreira Amaral Barros Canelas nómico e pessoal e uma importante Vogais Francisco da Cruz dos Santos dimensão da qualidade de vida». Lina Maria Guarda Não prescindem, por isso, na sua re- Manuel Pedro dos Santos Rodrigues Pereira conhecida condição de actores decisi- Mário Manuel Mendes Tomé Carqueijeiro vos das questões da saúde, de intervir, nos vastos termos em que a lei permi- Membros Consultivos do Conselho Regional te, em todas as situações nas quais a Daniel Pires Paiva Travancinha actividade médica careça de ser regu- Deolinda Maria Gomes Rodrigues da Silva Diniz lada ou perigue a independência do Edison Pedro Alves Dias seu desempenho. Filipe José Lopes Vieira Gonçalves do Seixo Inspirados nos princípios éticos e Francisco Manuel Fernandes de Gouveia deontológicos que juraram cumprir, es- Jorge Manuel Coelho do Espírito Santo tarão particularmente atentos ao cum- Manuel Vicente Lopes Primo primento dos postulados de inspira- Maria da Conceição Martinho Rendeiro ção hipocrática da Declaração de Ge- PROGRAMA DE ACÇÃO nebra da Associação Médica Mundial. Mas não é aceitável que no plano dos princípios a conduta médica seja tão Manifesto aos condicionada e exigente (e ainda bem) e na prática se submeta aos ditames Médicos do Distrito dessa disciplina emergente dita Econo- mia da Saúde, sem que as organizações Médico de Setúbal representativas dos Médicos participem de modo decisivo na definição dos qua- 1 – PREÂMBULO que a profissão médica é desempenha- dros em que a acção se realiza. da, seja no ambiente de mercado Não é aceitável, por exemplo, o me- Colegas, competitivo de cuidados, seja no nosprezo a que são votadas nos Hos- Os signatários, médicos do Distrito Mé- de serviço público de saúde. pitais as hierarquias médicas no que dico de Setúbal, vêm manifestar publi- Assumem-se como paladinos do inte- respeita à definição estratégica de ob- camente a sua disposição de se candi- resse dos doentes e seus agentes a jectivos institucionais bem como à exe- datarem aos corpos dirigentes distritais quem é cometida a função de avaliar cução orçamental. da Ordem dos Médicos e assumirem, as necessidades de saúde, de recomen- Nem se aceita o ambiente de hostilida- no caso de serem eleitos, as responsa- dar pelo seu saber e de prestar com de de diversos matizes que a tutela/ad- bilidades decorrentes do papel decisi- as suas mãos os cuidados de que ca- ministrações tão frequentemente cul- vo, primordial, em que a Ordem está recem para readquirirem aquele bem tivam em relação ao sector clínico e que investida, como garante da prática de mérito inestimável. invariavelmente conduzem a uma hemor- médica conforme aos interesses dos Por partilharem do conceito de que a ragia de recursos com resultados funes- doentes. saúde não é só um estado de ausên- tos a prazo para o SNS e, geralmente, Fazem-no cientes das tremendas difi- cia de doença (OMS) pelo qual como frustrantes para o médico empurrado culdades que hoje caracterizam os en- técnicos informados são particularmen- para o mercado livre da saúde. quadramentos científico, económico, te responsáveis, não podem deixar de A destruição estrutural das instituições político, social e ético-deontológico em endossar aos poderes político e eco- ao invés da positiva mudança e compor-

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tamento organizacional adequados a dar e destes aos Cidadãos e à Sociedade». possibilitado aos médicos atingirem ní- resposta mais efectiva às crescentes e Exemplo a seguir, sem dúvida. veis de excelência, permitindo também diferentes necessidades dos cidadãos, a sua realização profissional e humana. abala não só o SNS como também os 2 – OBJECTIVOS PROGRA- outros dois pilares do Sistema de Saúde, MÁTICOS 5 – Realizar periodicamente Cursos de a saber as Carreiras Médicas e o Inter- Formação Pós -Graduada, bem como nato Médico, momento imprescindível de 1 – Manter e aprofundar uma certa Debates sobre todos os temas que sir- transmissão do saber médico e forma- autonomia relativamente aos órgãos vam o objectivo de informar, de susci- dor de novos profissionais. regionais e nacionais, através da ade- tar a discussão e de aproximar os mé- Presencia-se um processo de degrada- quada e necessária descentralização de dicos entre si, e destes aos Cidadãos e ção visível tanto nas Organizações Hos- algumas decisões que envolvam pro- à Sociedade. pitalares como nos Cuidados de Saú- blemas de índole eminentemente dis- de Primários, apesar de nestes ter pa- trital. 6 – Estabelecer contactos regulares com recido esboçar-se alguma melhoria as instituições prestadoras de cuidados com as medidas reformadoras dos úl- 2 – Trabalhar pela definição legal de Acto de saúde de todo o Distrito Médico. timos anos. Médico, instrumento que permitirá tor- Ciclópicas serão, então, as tarefas que nar claro não só qual é o papel dos 7 – Manter o aperfeiçoamento e actua- esperam quem se propuser intervir médicos, mas também quais são as suas lização do Livro Branco da Saúde do num meio como o da saúde que, para responsabilidades em relação aos do- Distrito Médico. nossa desgraça, mais do que comple- entes com benefícios para todos. xo é caótico. 8 – Prosseguir com a ideia de cons- Mas, num simples exercício racional de 3 – Promover todas as condições para truir uma Casa do Médico no Distrito avaliação das próprias capacidades, que a Ordem dos Médicos intervenha Médico. forças e insuficiências, reconhecem-se de forma mais efectiva nas esferas da múltiplas oportunidades de interven- sua competência. Cientes das responsabilidades e tam- ção, embora de resultado incerto para bém das dificuldades com que nos ire- a classe Médica em face das ameaças 4 – Defender o Serviço Nacional de mos deparar, tudo faremos, porque sistémicas que pairam. Saúde – SNS – porque o mesmo conti- motivados, para honrar o compromis- Antes de elencar um conjunto de te- nua a ser uma medida politicamente so que agora assumimos. E, se for da mas que farão o cerne da actividade moderna, socialmente avançada, cien- vossa vontade, sermos eleitos quere- dos corpos gerentes distritais da OM, tificamente correcta e com provas da- mos ainda afirmar que contamos fica uma palavra de apreço pelo traba- das na efectividade e eficiência dos cui- convosco, com a vossa participação lho desenvolvido pelos órgãos dirigen- dados prestados, e em particular, dos activa ao longo deste triénio durante tes que vão terminar o mandato, pela ganhos em saúde alcançados, porque o qual todos os médicos, do serviço metodologia de trabalho que im- o mesmo tem sido o garante da quali- público ou privado, se confrontarão plementaram num esforço conseguido dade da medicina e da boa prática com novos e decisivos desafios que se de «aproximação dos médicos entre si médica, da equidade em saúde e tem perfilam cada vez de forma mais clara.

Confidencialidade da Informação Clínica e seu Impacto nos Seguros/Plataformas O Instituto de Formação Actuarial irá promover no dia 14 de Dezembro de 2010, uma acção de formação subordina- da ao tema «Confidencialidade da Informação Clínica e Seu Impacto nos Seguros/Plataformas». A acção de formação tem como objectivo proporcionar a aquisição e/ou desenvolvimento de conhecimentos relativos à confidencialidade da informação clínica, focando os aspectos e condicionantes associados à mesma. Quaisquer esclarecimentos relativos ao conteúdo da formação podem ser obtidos por email ([email protected]) ou telefone (21 352 47 19). Especialistas europeus em cirurgia vascular reúnem-se em Portugal Decorreu no dia 19 de Novembro, a Reunião da Comissão Executiva da Secção de Cirurgia Vascular da UEMS (União Europeia de Médicos Especialistas). A reunião teve como principal objectivo a definição de um Curriculum Europeu mínimo para internos da especialidade de Angiologia e Cirurgia Vascular, devido à necessidade de harmonizar e uniformizar conteúdos e competências. Foi ainda discutida a definição de uma estrutura e critérios de avaliação para a atribuição do título europeu de especialista em Cirurgia Vascular, assim como a determinação dos critérios de atribuição de créditos CME (Continuing Medical Education) e o registo europeu de Centros ou Unidades de Angiologia e Cirurgia Vascular com actividade formativa pós-graduada de internos da especialidade.

104 Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 HISTÓRIAS da HISTÓRIA

VÊM AÍ AS COMEMORAÇÕES DOS 500 ANOS DO NASCIMENTO DE AMATO LUSITANO Por volta dos anos 50 frequentava o Grupo dos Modestos, à Rua Gonçalo Cristóvão, no Porto, onde se exibiam actores dramáticos amadores, à moda dos Castelinhos do filme O Pai Tirano. Foi ali, também, que assisti à primeira sessão do 1.º Cine-Clube Português, o Clube Português de Cinematografia, emergente de um grupo de alunos do Liceu Alexandre Herculano.

Que seja por nossa natureza, que seja tro de 2 anos, passam cinco séculos so- do pelo estilo simples e claro, pelo sis- por imposição geográfica que nos ati- bre o seu nascimento. A tal efeméride. tema e regra de exposição. Escritas em ra para os confins da Europa, esta ten- Foi Castelo Branco a cidade que o viu latim, encontram-se traduzidas em 59 dência portuguesa da modéstia atinge nascer em 1511, de origem judaica. Fez línguas. Dominando o grego, o hebrai- aspectos de autêntica heroicidade. De- estudos em Salamanca e, com 18 anos, co, o árabe, o castelhano, o italiano, o fendemos a modéstia como se tratasse regressou a Portugal onde exerceu clí- alemão, o inglês e, naturalmente, o por- de uma glória nacional. nica. Perseguido pela Inquisição, viajou tuguês, Amato dispunha da ferramen- É assim que poucos portugueses co- para Antuérpia em 1534. Dois anos ta fundamental ao estudo nas várias nheciam a obra e o nome de Aristides depois publica a sua primeira obra Index línguas, tornando-se um erudito a to- Sousa Mendes antes de o noticiário in- Diascoridis. Passa a assinar Amato Lusi- dos os níveis. Além da actividade clíni- ternacional consagrar a sua obra e ain- tano. A perseguição de que foi alvo le- ca, foi investigador e descreveu, pela da poucos haverá que saibam quem vou-o a fugir para Ferrara, onde se en- primeira vez, as válvulas da veia ázigos, foi Jaime Cortesão ou qual o arquitec- contra em 1541, sendo ali Professor de abrindo caminho à interpretação da to que sustentou o Mosteiro da Bata- Anatomia, além de atingir elevado pres- função das válvulas venosas. lha. Mesmo entre as classes que se en- tígio como clínico. Inicia a escrita de uma Nas Centúrias não se limita à descri- tendem mais ilustradas, nada se sabe obra que ainda hoje merece, da parte ção das doenças. Além da indicação sobre os nossos maiores homens por- dos estudiosos, trabalhos de natureza curiosa das relações sociais dos doen- que a tal modéstia emprenha o esque- médica, sociológica, psicológica, botâni- tes, segue cada um dos Casos ou Cu- cimento activo, imposto, compulsivo. ca. Convive com as mais destacadas ras, como lhes chama, de um Comen- Como corolário de tal situação, fala-se eminências médicas europeias. Sempre tário, dado elucidativo que permite muito quando alguns mais esclareci- perseguido, de Ferrara vai a Roma em hoje observações de vária natureza. dos lembram que passa o centenário 1547, onde é médico do Papa Júlio III e Seja dito que Amato deixou uma ver- do nascimento de uma personalidade, depois Pesaro em 1555. Por fim, decide são do Juramento Médico que merece agita-se a mole cultural, surgem uns passar ao Império Otomano, estabelecen- ser conhecida. Direi mais: seria digno títulos e parangonas nos jornais, pro- do-se em Ragusa, depois em Salónica onde que as Faculdades de Medicina ou a metem-se festejos principescos e cha- veio a falecer em 1569, vítima da peste. Ordem dos Médicos, em vez de acon- ma-se a esta situação uma efeméride. Pela minha parte, creio firmemente que selharem os jovens médicos a repeti- Chegada a oportunidade, a montanha não é possível traçar um resumo do rem o Juramento Hipocrático, o substi- atira cá para fora um rato. que foi a sua obra, quer como clínico tuíssem pelo Juramento de Amato, este Foi assim no centenário de Camões, quer como escritor e pedagogo. É ne- legitimamente português e, por certo, no centenário do Marquês de Pombal. cessário ler e reler cada página da sua contendo doutrina mais actual. Incluí- Naquele rol de ignorâncias e modés- extensa escrita para fazer uma pálida do na VII Centúria, reza o seguinte: tias cabem, claro está, nomes de médi- ideia do que foi o trabalho deste por- cos e, entre estes, o português mais tuguês e da imensa capacidade men- Juro perante Deus imortal e pelos seus festejado no seu tempo, mais conside- tal, sabedoria e competência de que dez santíssimos sacramentos, dados no rado e respeitado pelos seus pares de se serviu. Cada página das Centúrias, Monte Sinai ao Povo Hebreu, por in- todo o Mundo civilizado: Amato Lusi- num total de sete, ou seja setecentos termédio de Moisés, após o cativeiro tano, de seu nome João Rodrigues Cas- casos clínicos, é um exemplo de estu- no Egipto, que na minha clínica nunca telo Branco. Diga-se para já que, den- do inesgotável, de um sabor requinta- tive mais a peito do que promover que

Revista ORDEM DOS MÉDICOS • Novembro 2010 105 HISTÓRIAS da HISTÓRIA

a Fé intacta das coisas chegasse ao co- Arte Médica; do nos Cadernos Culturais os traba- nhecimento dos vindouros; Fui sempre diligente no estudo e, por tal lhos apresentados, sob a orientação da Nada fingi, acrescentei ou alterei em forma, que nenhuma ocupação ou cir- Dr.ª Maria Adelaide Neto Salvado, e que minha honra ou que não fosse em be- cunstância, por mais urgente que fosse, constituem hoje um espólio notável nefício dos mortais; me desviou da leitura dos bons autores; sobre a obra de Amato Lusitano. Nunca lisonjeei, nem censurei ninguém ou Nem o prejuízo dos interesses parti- Pois bem, queridos amigos e colegas por- fui indulgente com quem quer que fosse culares, nem as viagens por mar, nem tugueses: dentro de 2 anos cumprem-se por motivo de amizades particulares; as minhas pequenas deambulações por 500 anos sobre o nascimento de Amato. Sempre em tudo exigi a verdade; terra, nem por fim o próprio exílio, me É tempo de começarmos a agitar as nos- Se sou perjuro, caia sobre mim a ira abalaram a alma, como convém ao Ho- sas bandeiras em torno deste portugu- do Senhor e de Rafael seu Ministro e mem Sábio; ês, de conhecer a sua obra. ninguém mais tenha confiança no exer- Os discípulos que até hoje tenho tido, A Faculdade de Ciências Médicas em boa cício da minha arte; hora publicou as Centúrias que estão, Quanto a honorários, que se costuma por isso, à disposição de quem as quiser dar aos médicos, também fui sempre ler, apreciar ou produzir matéria de es- parcimonioso no pedir, tendo tratado tudo, iniciando, desde já, a efeméride. muita gente com mediana recompen- Seja-me dado colocar uma questão sa e muita outra gratuitamente. que alguns jovens me têm apresenta- Muitas vezes rejeitei firmemente gran- do: para que serve todo este interesse des salários, tendo sempre mais em pelo passado? Afinal, para o que serve vista que os doentes por minha inter- a História? Vale a pena repetir todos venção recuperassem a saúde do que os desmandos, experiências e aventu- tornar-me mais rico pela sua liberali- ras em que a Humanidade se meteu? dade ou pelos seus dinheiros; A resposta é simples e é a própria Natu- Para tratar os doentes, jamais cuidei reza que no-la dá porque está escrita na de saber se eram hebreus, cristãos, ou Vida. Do que foi o passado, nem tudo sequazes da Lei Maometana; serve para elucidar o presente ou o fu- Nunca provoquei a doença; turo, mas o volume de ocorrências pro- Nos prognósticos sempre disse o veitosas, quanto mais não seja pela ne- que sentia; gativa, é muito grande. A lição da Vida é Não favoreci um farmacêutico mais que, entre a mãe e o filho existem três do que outro, a não ser quando nalgum em grande número e em lugar dos fi- elementos concretos: o útero, a placen- reconhecia, por ventura, mais perícia na lhos, tenho educado, sempre os ensi- ta e o feto. Após o nascimento, o útero é arte e mais bondade no coração, por- nei muito sinceramente a que se inspi- passado, mas um passado que revive por- que então o preferia aos demais; rassem no exemplo dos bons; que pode gerar um novo feto. É, portan- Ao receitar sempre atendi às possibilida- Os meus livros de Medicina nunca os to, um passado útil. A placenta é des- des do doente, usando de relativa pon- publiquei com outra ambição que não truída. É o passado a esquecer. O feto é deração nos medicamentos prescritos; fosse o contribuir de qualquer modo a criança: o presente e o futuro. Mas é Nunca divulguei o segredo a mim con- para a saúde da Humanidade; no útero que reside o passado fecundo fiado; Se o consegui, deixo a resposta ao jul- que se renova. É a História que, a cada Nunca a ninguém propinei poção ve- gamento dos outros, na certeza de que momento, nos ensina sobre o futuro. nenosa; tal foi sempre a minha intenção e o No caso presente, quanta lição se pode Com a minha intervenção nunca foi maior dos meus desejos. retirar dos livros de Amato Lusitano. Há provocado o aborto; que divulgar a sua obra, dar a conhecer Nas minhas consultas e visitas médi- Feito em Salónica, no ano do Mundo o que foi este português do século XVI cas femininas nunca pratiquei a me- 5.319 (1559 da nossa Era). cujos textos são, ainda hoje, lidos com nor torpeza; prazer e proveito. Para que a nossa mo- Em suma, jamais fiz coisa de que se A sua obra tem merecido a atenção déstia ancestral não obrigue a que os envergonhasse um Médico preclaro e cuidada e apaixonada de do Dr. António jovens de hoje caminhem desorientados, egrégio; Salvado e do Dr. António Lourenço desconhecendo valores, anódinos e amar- Sempre tive diante dos olhos, para os Marques, anestesista em Castelo Bran- gos, presos de equívocos e desinteres- imitar, os exemplos de Hipócrates e co, que, de há 22 anos a esta parte, têm ses, culpas que cabem à geração que os Galeno, os Pais da Medicina, não des- dedicado a sua melhor atenção às Jor- criou. Modéstia, sim, mas não tanta! prezando as Obras Monumentais de nadas em louvor de Amato Lusitano e alguns outros excelentes Mestres na da Medicina da Beira Interior, publican- Armando Moreno

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