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revista da área metropolitana de lisboa 1º semestre 2010

ENTREVISTA Ao presidente da Junta metropolitana de Lisboa Mobilidade Destaque os desafios da e transportes mobilidade na aml PATRIMÓNIO na área festival dE BD metropolitana da Festa brava de lisboa na moita

alcochete . almada . amadora . barreiro. . lisboa . loures. mafra . MOITA. montijo . odivelas . oeiras . palmela . seixal . sesimbra . setúbal . . vila franca de xira Municípios editorial que constituem a Área Metropolitana Vencer juntos de Lisboa as dificuldades e construir juntos o futuro

Alcochete Loures Palmela Carlos Humberto de Carvalho Largo S.João Baptista Praça da Liberdade, 4 Largo do Município Presidente da JML 2894-001 ALCOCHETE 2674-501 Loures 2954-001 PALMELA Tel.21 234 86 00 . Fax 21 234 86 90 Tel. 21 982 98 00 . Fax 21 982 00 84 Tel. 21 233 66 00 . Fax 21 233 66 59 www.cm-alcochete.pt www.cm-loures.pt www.cm-palmela.pt

Almada Mafra Seixal Largo Luis de Camões Praça do Município Rua Fernando de Sousa, nº2 2800-158 ALMADA 2644-001 MAFRA 2840-515 SEIXAL Tel. 21 272 40 00 . Fax 21 272 45 55 Tel. 261 810 100 . Fax 261 810 130 Tel. 21 227 57 00 . Fax 21 227 57 01 www.cm-almada.pt www.cm-mafra.pt www.cm-seixal.pt

Amadora Moita Sesimbra Av.Movimento das Forças Armadas Praça da República Rua da República, 3 2700-595 AMADORA 2840-422 MOITA 2970-741 SESIMBRA No início do mandato decorrente das eleições autárquicas do ano para corrigir possíveis desajustamentos e evitar, nuns casos a con- Tel. 21 436 90 00 . Fax 21 492 20 82 Tel. 21 280 67 00 . Fax 21 280 10 08 Tel. 21 228 85 00 . Fax 21 228 85 26 passado, uma das primeiras questões práticas que se nos colocam, corrência entre operadores no mesmo espaço, noutros a ausência de www. cm-amadora.pt www.cm-moita.pt www.cm-sesimbra.pt enquanto titulares dos órgãos dirigentes da Área Metropolitana de resposta adequada às necessidades dos utentes. É esta a vocação da Barreiro Montijo Setúbal Lisboa, tem a ver com a mobilidade e os transportes. É por este mo- Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa, uma antiga rei- Rua Miguel Bombarda Rua Manuel N. Nunes Almeida Praça do Bocage tivo que o tema escolhido para o trabalho de Destaque da presente vindicação das suas Autarquias, agora finalmente formalizada. 2830-355 BARREIRO 2870-352 MONTIJO 2900-276 SETÚBAL Tel. 21 206 80 00 . Fax 21 206 80 01 Tel. 21 232 76 00 . Fax 21 232 76 08 Tel. 265 541 500 . Fax 265 541 621 edição da Metrópoles - que passa a sair com periodicidade semes- Ambas as questões nos reconduzem a outra matéria de fundo, que www.cm-barreiro.pt www.mun-montijo.pt www.mun-setubal.pt tral - é o da Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa. é a necessidade de um poder Regional com legitimidade democráti- Bastaria recordar o processo conturbado que levou à aprovação dos ca própria, dotado de competências claras e de meios eficazes para Cascais Odivelas Sintra grandes projectos estruturantes para o futuro da AML - o Novo Ae- funcionar entre o poder Central e os poderes Autárquicos. Notícias Praça 5 de Outubro Rua Guilherme Gomes Fernandes Largo Dr. Virgílio Horta 2754-501 CASCAIS 2675-372 ODIVELAS 2714-501 SINTRA roporto de Lisboa na margem sul, a linha de Alta Velocidade Lisboa- muito recentes mostram que esta matéria volta, pela sua própria Tel. 21 482 50 00 . Fax 21 482 50 30 Tel. 21 932 00 00 . Fax 21 934 43 93 Tel. 21 923 85 00 . Fax 21 923 86 57 Madrid, a terceira travessia do Tejo no corredor Chelas-Barreiro e a natureza, a tomar o foco da atenção política, revelando a similitude www.cm-cascais.pt www.cm-odivelas.pt www.cm-sintra.pt nova Plataforma Logística prevista para a zona do Poceirão. Estes dos problemas que se põem às duas grandes Áreas Metropolitanas Lisboa Oeiras Vila Franca de Xira quatro grandes investimentos completam-se, concordam entre si e constituídas, a de Lisboa e a do . Praça do Município Largo Marquês de Pombal Praça Afonso de Albuquerque, 2 são indispensáveis, tanto ao desenvolvimento coerente das duas A difícil conjuntura financeira que vivemos, bem como as incerte- 1100-365 LISBOA 2784-501 OEIRAS 2600-093 V.FRANCA de XIRA Tel. 21 322 70 00 . Fax 21 322 70 08 Tel. 21 440 83 00 Fax 21 440 87 12 Tel. 263 280 480 . Fax 263 276 002 margens da Área Metropolitana de Lisboa, como da modernização zas do futuro próximo, não devem ser usadas para pôr em causa www.cm-lisboa.pt www.cm-oeiras.pt www.cm-vfxira.pt do País no seu todo. Esta posição, reafirmada pela Junta Metropoli- os grandes projectos comuns - que ultrapassam mesmo as nossas tana no princípio de Junho, responde à eventual tentação de voltar diferenças político-partidárias. Pelo contrário, devem ser a oportu- a pô-los em causa. nidade de um trabalho de concertação e consulta a todos os níveis A par deste processo, é evidente a urgência de se fazer uma avalia- e entre todos os poderes envolvidos, na convicção de que seremos ção bem fundamentada e um planeamento conjunto do sistema de capazes, tanto de ultrapassar essas dificuldades, como de cons- transportes públicos no território da Área Metropolitana de Lisboa, truir juntos esse futuro. SUMÁRIO

Editorial 3

Breves 6 Notícias dos concelhos da AML permanentes Colaboradores Entrevista 12 Presidente da Junta Metropolitana de LIsboa

Produção Editorial e Produção Editorial de Gráfica Choque Letras, AML SemESTRE 18 Realidade económico-social de Área Metropolitana de Lisboa

12 48 Destaque 22 Mobilidade e Transportes na Área Metropolitana de Lisboa

PME’S INOVAÇÃO 44 Ginásio Vivafit Mariana Coelho Mariana Editorial Coordenação Património 48 Festival de BD da Amadora Sofia Sofia Cid Festa Brava na Moita Área Metropolitana de Lisboa, Rua Carlos Mayer, Mayer, Carlos Rua Lisboa, de Metropolitana Área Propriedade e Redacção Beato Luís Criativo Director

Fundos comunitários 60 Modernização do Parque Escolar

Directora Executiva Directora IMAGENS METROPOLITANAS 64 Luísa Flores

Cultura 70 22 74 Jornais e Jornalistas da República

Gostos 74 Mais do que espetadas e filetes de espada Diapositivo, Vivafit, Hugo Lima, RAVE, Câmaras de Almada, Barreiro, Lisboa, Loures, Moita, Odivelas e Odivelas Oeiras Moita, Loures, Lisboa, Barreiro, de Câmaras Lima, Almada, RAVE, Hugo Vivafit, Diapositivo, Fotografia na Madeira

Aromas 78 Os vinhos da Madeira

Aconteceu 82 Orquestras Sinfónicas Juvenis

44 78 METRÓPOLES 1º SEMESTRE 2010 METRÓPOLES FICHA TÉCNICA . Directores Carlos Humberto de Ministro dos Santos Carvalho, Carlos Teixeira, José Miguel Dentinho e Silas de Dentinho Oliveira José Miguel Redacção Publicações. Semestral (cartonista) exemplares 5000 Pimentel Tiragem: Rui (aromas), Martins nº195580/03 legal Paulo João Depósito (gostos), Ramos - 7021 Lopes David ISSN:1645 (cultura), gratuita Distribuição Valdemar [email protected] António E-mail: 577 428 218 - Fax: 570 428 218 Tel.: LISBOA 1700-102 nº2, r/c,

4.5 MTPAML BREVES

JUNTA alcochete consumo de produtos hortofru- maras Municipais de Almada e de e Recreio Interactivo, o Espaço de mento relativo à candidatura RE- ram sobre o tema proposto, . Ribeira dos Mochos tícolas, o Município de Alcochete Lisboa e o Santuário, ascendeu a Recreio Infantil e Juvenil e dois PARA – Regeneração Programada o seminário distribuiu-se em Foi inaugurado o Parque Urbano . Conhecer as crianças METROPOLITANA aderiu ao Regime de Fruta Esco- quase 180 mil euros e permitiu a Circuitos Pedonais Multifunções. da Área Ribeirinha de Alburrica. vários painéis: “Os Desafios da da Ribeira dos Mochos, um es- A Câmara Municipal de Alcochete lar, instituído pela UE e implemen- substituição de toda a cablagem e Para Carlos Humberto Carvalho, Descentralização”, “Avaliação e paço integrado na Rede Ecoló- DE LISBOA celebrou um protocolo com a Abri- tado pelo Ministério da Educação, parte eléctrica da iluminação an- . Parque Urbano de Neudel presidente do Município, “foi dado Acompanhamento”, “Gestão de gica Nacional que envolve uma go, a Fundação do Gil e o Centro através do fornecimento semanal terior, bem como a instalação de mais um passo no sentido de va- Recursos” e “Do que falamos das principais linhas de água do de Investigação em Serviço Social de 1.646 peças de fruta (maçâs luzes novas. A nova iluminação lorizar Alburrica e Barreiro Antigo, quando falamos em Descentra- concelho de Cascais. Com uma e Intervenção Social, para a imple- Área Metropolitana de Lisboa e pêras) aos 823 alunos que fre- apresenta três tonalidades, com zonas emblemáticas e de refe- lização?”. área aproximada de 41 mil m2, a promove Seminário sobre mentação de um Centro de Inves- quentam as seis escolas do 1º o pedestal a ter luz mais branca, rência para os barreirenses”. Ribeira dos Mochos é uma zona “Novo Modelo de Organização tigação no âmbito dos estudos ciclo do Ensino Básico. O Regime as abóbadas uma luz azulada e de grande valor natural e um im- dos Serviços das Autarquias da criança em risco. Para além de Fruta Escolar visa incentivar a figura do Cristo Rei em tons de . Novo equipamento educativo CASCAIS portante corredor ecológico que Locais” da área da investigação, a Abrigo o consumo de hortofrutícolas ao amarelo. As fachadas da capela Após obras de reconstrução e promove a biodiversidade. Para Investigação apresenta ainda co- longo da v ida das crianças, contri- estão agora iluminadas com lâm- adaptação a 1º ciclo, que impli- além da requalificação da malha mo objectivos gerais a criação de buir para a redução da obesidade padas led. caram um investimento de cerca ecológica, este novo espaço de uma biblioteca e de uma base de e de outras doenças relacionadas de 1 milhão e 700 mil euros, (dos lazer integrado em meio urbano dados especializadas nesta te- com maus hábitos alimentares. . Cacilhas pedonalizada quais 750 mil correspondem a oferece um parque infantil, uma O Executivo Municipal aprovou mática e a promoção de acções A Rua Cândido dos Reis, em Caci- comparticipação do QREN), foi pista de aventura, um parque de a minuta do protocolo a celebrar de formação e de seminários re- lhas, vai ficar pedonalizada, tendo inaugurada a Escola Básica do 1º merendas e um serviço de cafe- lacionados com o tema. Esta enti- com a empresa Alpabrantes para alMADA como principais objectivos contri- ciclo com Jardim-de-infância Pro- taria. dade funcionará provisoriamente a concretização do Parque Urba- . Costa da Caparica buir para a promoção do turismo fessor José Joaquim Rita Seixas. na Escola Conde Ferreira, em Al- no do Neudel, na Damaia. A im- As monitorizações efectuadas nesta zona, melhorar as condi- A nova escola vai acolher 180 alu- cochete, num espaço cedido pela plementar numa área de cerca de nos dos estabelecimentos de en- LISBOA desde 2008 às linhas de inter- ções do comércio e restauração sete hectares, este equipamento Câmara Municipal. sino básico do 1º ciclo nº 1 e nº 2 . Novo hospital venção nas praias da Costa da e requalificar o centro histórico de lazer tem previsto um edifício . Requalificação do Barreiro. A partir de Setembro Localizado em Alcabideche, foi . Feira dos Produtos da Terra Caparica, revelam a existência de de Cacilhas. Esta obra municipal multifunções; espaços destina- de espaços verdes de 2010, este estabelecimento de já inaugurado o novo hospital A Área Metropolitana de Lisboa, acumulação de areia nas zonas enquadra-se numa das candida- dos a jogos; zonas de estar; um Com a duração de quatro meses, a ensino vai também contar com de Cascais, que resulta de uma em colaboração com a BDO e a submersas junto às praias, cum- turas da autarquia ao QREN e tem quiosque de apoio e vários equi- autarquia lisboeta iniciou o projec- duas salas de pré-escolar para parceria público-privada entre CSA-sociedade de advogados, prindo assim a sua função de pro- um investimento previsto de 500 pamentos lúdicos. O investimen- to de requalificação da placa cen- cerca de 50 crianças. o grupo Hospitais Privados de RL, promoveu, no passado dia teger a costa, e fazendo com que a mil euros. No âmbito da interven- to total, suportado pelo urbaniza- tral da Praça de Londres, através Portugal e o Estado. A unidade 15 de Abril, um Seminário sobre rebentação ocorra mais longe da ção, que deverá arrancar no início dor, é de cerca de dois milhões de da plantação de novas árvores, o “Novo Modelo de Organização linha de praia. De acordo com os do próximo ano, será renovado o euros. . Poder local descentralizado hospitalar dispõe de 160 médi- da implementação de relvados e dos Serviços das Autarquias técnicos do INAG, está garantida a mobiliário urbano, colocada cal- cos, capacidade de internamen- mobiliário urbano, bem como da to para 277 camas, duas novas Locais”, dirigido a eleitos locais qualidade da areia, verificando-se çada portuguesa em forma de on- . Bairros críticos reestruturação dos pavimentos especialidades: urologia e psi- e dirigentes dos Municípios da também a acumulação de 90 mil das, e instalado um novo sistema No âmbito do Programa de Inter- e da renovação da iluminação. 3 quiatria. Os serviços prestados Área Metropolitana de Lisboa. m de areia na área abrangida, de recolha de lixo. venção da Operação Cova da Mou- Por outro lado, foi reaberto o Jar- pelo novo hospital abrangem Este seminário realizou-se no tornando desnecessário o enchi- ra, o Executivo Municipal aprovou dim França Borges, no Príncipe A autarquia promoveu, recente- cerca 300 mil pessoas dos con- contexto da publicação do mento artificial das praias duran- a abertura de um Concurso Públi- Real, alvo de importantes obras mente, no Mercado Municipal, celhos de Cascais e Sintra. DL305/2009, de 23 de Outubro, te este ano. aMADORA co Internacional para a Aquisição de requalificação, que incluiu a a I Feira dos Produtos da Terra, que veio estabelecer um novo . Parque central dos Serviços de Elaboração do Pla- recuperação dos pavimentos, a uma iniciativa que tem como regime jurídico da organização . Cristo Rei Aberto ao público desde 1985, o no de Pormenor da Cova da Moura, . Desenvolvimento desportivo plantação de novas árvores, a objectivo dinamizar o comércio dos serviços das autarquias lo- Parque Central da Amadora sofreu cujo valor base é de 410 mil euros. A Câmara Municipal de Cascais substituição da iluminação públi- e a produção biológica local, cais, pretendendo dotá-los de importantes melhoramentos, pro- O procedimento aprovado pela au- assinou os Contratos-Programa ca, a introdução de mobiliário ur- visando a aproximação entre Organizado pela Câmara Munici- condições para o cumprimento porcionando aos seus visitantes tarquia visa viabilizar a intervenção de Desenvolvimento Desportivo bano e a recuperação do parque produtores e consumidores do pal do Barreiro, decorreu recen- adequado do seu amplo leque um novo conceito de equipa- urbanística naquele bairro crítico, com as associações concelhias infantil. Concelho. Com base na adopção temente, no Auditório Municipal de atribuições. mento de lazer. O actual parque permitindo a sua transformação que promovem ao longo do ano de medidas agro-ambientais, Augusto Cabrita, um seminário tem uma extensão de 65 mil m2, numa zona urbanisticamente qua- um vasto conjunto de activida- . Parque Urbano Oeste grande parte das explorações subordinado ao tema “Poder resultantes da junção de duas lificada e legal. des de interesse municipal de Abriu ao público a terceira e última agrícolas de Alcochete, que se Local Democrático – Descen- zonas (a do lago e do polidespor- natureza desportiva e recreati- fase do Parque Urbano Oeste, no dedicam à horticultura e à flori- tralização de Competências tivo), através de uma alameda va. As associações signatárias Alto do Lumiar, cuja construção cultura, valorizaram a comercia- nas Juntas de Freguesia”, que pedonal que veio substituir a Rua BARREIRO actuam em áreas tão diversas foi promovida pela SGAL, para a lização dos produtos, tornando contou com a participação do dos Bombeiros Voluntários. Para . Regeneração de Alburrica Secretário de Estado da Admi- como, por exemplo, o râguebi, Câmara Municipal. Este novo es- a sua actividade mais rentável. No encerramento das celebra- ções dos 50 anos do Cristo Rei, foi além do Centro de Interpretação A Câmara Municipal do Barreiro nistração Local, José Junquei- futebol, equitação adaptada, paço verde ocupa um total de 19 . Regime de fruta escolar inaugurada a nova iluminação do Ambiental, os jovens visitantes e os oito parceiros que integram ro. Na presença de um elevado badminton, ginástica, hóquei hectares, 8 dos quais concluídos No sentido de incentivar as fa- Santuário. O investimento, repar- têm acesso a três dos principais o protocolo de parceria local, as- número de autarcas de várias em patins, esgrima, petanca ou na presente fase, que correspon- mílias a adoptarem hábitos de tido em partes iguais entre as Câ- equipamentos: o Espaço de Jogo sinaram o protocolo de financia- regiões do país, que intervie- atletismo. dem aos planos de água e ponte

6.7 MTPAML BREVES BREVES

jardim. Do projecto para o Parque tura e découpage e formação em MAFRA convívio com chá, são as propos- recebeu o Prémio Vieira, atribuído residência transitória dos jovens. ODIVELAS ção do trajecto pedonal entre a Urbano Oeste constam ainda um estética geriátrica para os profis- tas da autarquia mafrense para anualmente pelo Centro Univer- O Centro Social de São Pedro, por Rua do Funchal e a Praça S. João. . Arte no Palácio de Mafra . Mais escolas edifício de apoio com cafetaria e sionais interessados em traba- a actividade “Chá das 5”, que de- sitário Padre António Vieira, para sua vez, compromete-se a desen- Esta obra tem por objectivo a re- O reforço da aposta no acesso um SkatePark, cujos projectos se lhar com a população idosa das correm até Novembro, no Museu destacar uma personalidade no volver com os habitantes da casa, qualificação do trajecto pedonal à escola vai ser uma realidade encontram em desenvolvimento instituições do Concelho. Municipal Prof. Raul de Almeida, campo dos direitos humanos, um projecto de vida, que vise a indicado no âmbito do Projecto em três localidades do Concelho, pela SGAL. em Mafra. As inscrições são gra- do diálogo intercultural e inter- sua autonomia, possibilitando ao Pedibus, desenvolvido pela Câ- após o lançamento da 1ª pedra tuitas, mediante marcação prévia religioso. O projecto “Tasse” re- mesmo tempo a sua integração mara Municipal de Odivelas com . Canto de leitura em Olival Basto, Pontinha e Odive- . Frente ribeirinha A EB1/JI de Lousa abriu as portas em “Inscrições online”, e as ses- sulta da candidatura ao Programa social e saída da residência. a Escola Básica do 1º Ciclo Mello las. No primeiro caso, terá lugar a Falcão, e compreende o rebaixa- à nova biblioteca, a 40ª no Con- sões limitadas a 25 participantes Escolhas 3ª Geração e tem vindo construção de três salas de aula mento de passeios e pintura de celho de Loures, que contou com por edição. a ser desenvolvido na Quinta da . Matriz energética de jardim-de-infância na EB1/JI, novas passagens de peões e/ ou uma dotação de 12.500 euros, Fonte da Prata, em Alhos Vedros, traduzindo-se num investimento deslocação das já existentes. no âmbito de uma candidatura à . desde Setembro de 2006, com a de 1 milhão e 200 mil euros. No MOITA finalidade de promover o suces- Rede de Bibliotecas Escolares, a caso da EB1 do Vale Grande, as . Plano director municipal so escolar e a inserção na vida que se associou a Câmara Munici- A autarquia organizou o projecto obras a realizar destinam-se a OEIRAS Entrou em vigor o novo Plano Di- activa de crianças, adolescentes pal com uma verba de 1.468 eu- “Arte no Palácio Nacional de Ma- dotar o equipamento escolar com . Academia Carlos Queiroz rector Municipal da Moita (PDM), e jovens adultos, entre os 8 e os ros. O novo equipamento, apadri- fra”, dirigido a todos os interessa- duas salas de actividades no JI, um instrumento de gestão im- 24 anos. nhado pelo poeta e letrista José dos em pintura e desenho. Tendo um novo centro de recursos no prescindível para o desenvolvi- Fanha, reúne 1.200 obras e várias como cenário de fundo o Palácio 1º ciclo e refeitório comum. Em mento do Município, onde estão . Apoio associativo Odivelas, a autarquia cedeu, em publicações, entre revistas, CDs, Nacional de Mafra e o seu vasto A Câmara Municipal de Lisboa e a equacionadas as dinâmicas da A Câmara Municipal da Moita direito de superfície, uma parcela Administração do Porto de Lisboa DVDs, VHS e jogos. património, este projecto levou os actividade económica, social, cul- atribuiu recentemente apoios de 5.492 m2 na Ribeirada, à Asso- formalizaram a transferência para participantes a criarem as suas tural e educativa, num quadro de financeiros à Associação de Pára- Foi apresentada, recentemente, ciação João de Deus, para a cons- o domínio público de 30 hectares obras pictóricas, partindo de mo- transformação do Concelho. Com quedistas do Sul, à Sociedade no Auditório da Galeria Municipal, trução de uma nova escola, com de áreas sem utilização portuária . Desenvolver o turismo delos como a grande colecção de a entrada em vigor do PDM serão Filarmónica Estrela Moitense e a Matriz Energética para os con- as valências de creche, jardim-de- da Frente Ribeirinha, que esta- estatuária italiana e as pinturas criadas novas áreas de instala- ao Clube Recreativo do Palhei- celhos do Barreiro, Moita, Montijo -infância e 1º ciclo. vam sob tutela da administração que se encontram dentro do Palá- ção de actividade económica na e Alcochete, uma iniciativa pro- portuária. O município vai tomar cio, originalmente concebidas por rão, dando continuidade à sua envolvente ao nó IC32, na Moita, política de apoio ao movimento movida pela S. Energia, Agência . Quiosque de leitura posse da envolvente da Torre de grandes pintores como Masucci, A academia fundada pelo selec- na Fonte da Prata Sul, em Alhos Regional de Energia. A Matriz Foi inaugurado, no Jardim da Belém, da zona do Padrão dos Vieira Lusitano ou Domingos Se- associativo desportivo do Conce- cionador nacional português, em Vedros, e ampliada a Zona Indus- Energética tem como objectivo Música, o novo Quiosque de Lei- Descobrimentos, Cordoaria/Jun- queira. lho da Moita. A primeira daquelas Oeiras, conta já com 320 alunos trial da Quinta dos Machados, permitir uma análise quantitativa tura, um espaço de cultura que queira, Cais do Sodré, Ribeira das entidades recebeu uma verba de com idades compreendidas entre em Alhos Vedros. No âmbito da dos consumos energéticos nos funciona como uma extensão Naus e Matinha, encerrando um . Programas de Verão 4.500 euros para um torneio de os cinco e os dezasseis anos, dos revisão efectuada, procedeu-se, paraquedismo. À Estrela Moiten- quatro concelhos, assim como da Biblioteca Municipal D. Dinis processo iniciado há dois anos. A Durante o período das férias esco- e que coloca à disposição dos quais 40 são meninas. A Football também, há desafectação de se foi atribuído um subsídio de permitir a identificação dos secto- decisão implicará o pagamento à lares, a Câmara Municipal organiza utentes daquele jardim cerca de By Carlos Queiroz desenvolve, “corredores” na Reserva Ecológi- 750 euros para comparticipação res de actividade prioritários em autoridade portuária no valor de A Entidade Regional de Turismo vários projectos de ocupação dos 300 livros. Este novo projecto entre outros programas próprios, ca Nacional nos Brejos e na Barra nas despesas do GIMNOMOITA. termos de aplicação de medidas 14,5 milhões de euros como com- de Lisboa e Vale do Tejo apresen- tempos livres dos munícipes dos de proximidade, leitura e cultura, um projecto em parceria com o Cheia, sem comprometer a impor- Idêntica quantia recebeu o Clube que se traduzam na poupança e pensação pelos investimentos tou no Palácio do Correio-Mor, 3 aos 23 anos. Até Setembro, as está aberto ao público de 3ª a 6ª Manchester United. No plano so- realizados naqueles terrenos. tante função agrícola e ecológica Recreativo do Palheirão, para pro- conservação de energia. em Loures, as linhas orientado- propostas passam pelo desporto, feira, das 10h30 às 12h30, e das cial, a parceria com a Câmara Mu- dos solos. mover o Campo de Verão de Mini- ras para a elaboração do Plano cultura, animação e experiências 13h30 às 17h30. Aos Sábados, o nicipal de Oeiras tem permitido a basquetebol. . Homenagem a Jorge Peixinho de Marketing Estratégico para o no “mundo do trabalho”. Para as horário é das 09h30 às 12h30. operacionalização de inúmeras LOURES . Projecto “Tasse” premiado No âmbito das comemorações posicionamento do turismo na crianças são organizados os pro- acções de responsabilidade social . Oficina social jectos “Academia Divertida/ Activi- dos 70 anos do nascimento do região. No decorrer da cerimónia . Obras na Pontinha junto de escolas e entidades de Foi recentemente inaugurada a dades nas Interrupções Lectivas”, MONTIJO Maestro Jorge Peixinho, um dos foram celebrados acordos de par- solidariedade social, bem como a Oficina Social da Apelação, nas “Férias Vivas” e “Pequenos Pinto- . Casa para jovens mais importantes compositores co-organização de eventos de ca- ceria turística com os municípios instalações do Centro Comunitá- res”, enquanto que para os jovens A Câmara Municipal do Monti- do século XX, a Câmara Municipal riz lúdico-desportivo. de Loures, Amadora e Vila Franca rio da Apelação, Bairro da Quinta as alternativas são os “Jovens em jo aprovou um protocolo com o de Montijo promoveu a exibição de Xira. Os acordos contemplam, da Fonte. A Câmara Municipal de Acção na Autarquia”, “Jovens Vi- Centro Social de S. Pedro do Afon- de duas exposições dedicadas ao . Plataforma das Fontainhas Loures, que apoia o projecto em- além da participação dos municí- gilantes do Património” e “Jovens soeiro, com a duração de cinco compositor montijense, conside- Prosseguem os trabalhos de re- preendido por uma comerciante pios na elaboração do Plano, a si- Arqueólogos”. anos, com vista à integração de rado “o pai da vanguarda musical qualificação da plataforma das da freguesia, disponibiliza as re- nalização turística, base de dados jovens em fase de transição para portuguesa”. No Museu Municipal Fontainhas, em Paço de Arcos, feridas instalações para a Oficina da oferta e dos recursos turísti- . Chá das 5 a fase adulta, mas, ainda, sem do Montijo foi possível visitar a que visam a recuperação paisa- Social desenvolver as suas activi- cos regionais, instrumentos de Uma visita guiada à exposição condições de autonomização. No exposição “Jorge Peixinho – Vida gística de uma área de mais de dades nas melhores condições. gestão territorial, edições, forma- “Homenagem a Mestre José Fran- A irmã Rita Cortez da Congrega- âmbito do protocolo, a autarquia e Obra” e, no Cine-Teatro Joaquim 30 mil m2, num investimento Para além do ateliê de patchwork, ção, rede de apoio ao empresário co”, uma sessão de contos tradi- ção das Escravas do Sagrado Co- compromete-se a ceder uma ha- d`Almeida, a mostra de pintura A Freguesia da Pontinha está a ser municipal que ascende a 220 mil a Oficina dispõe de ateliê de pin- e acções promocionais. cionais por António Fontinha e um ração de Jesus, em Alhos Vedros, bitação no Bairro do Esteval, para de São Nunes, “In Memoriam”. alvo da empreitada de requalifica- euros. A obra em curso assenta

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na construção de um solário ver- tal para a qualidade, segurança e e Sesimbra, que actualmente SESIMBRA . Requalificação do Largo ção da Zona Ribeirinha, adjudica- o Concelho de Sintra, com o ob- 1.857.061,96 Euros, incluindo a de sobranceiro à praia de Paço modernização, de acordo com os apenas dispõem do Hospital do Município do por 3,2 milhões de euros, foi jectivo de garantir as ligações de aquisição de equipamento e mo- de Arcos, de percursos pedonais usos e valências que actualmen- Garcia da Horta, em Almada. O . Promoção turística O Largo do Município vai receber apresentado aos operadores do tráfego entre a A16 (nó de Sintra) biliário. Este novo estabelecimen- complementares ao passeio ma- te comporta. futuro hospital será uma unida- um conjunto de intervenções, espaço. A iniciativa contempla o e os aglomerados urbanos de Ou- to de ensino tem uma área total rítimo e de zonas de lazer infor- de de excelência, direccionada incluindo a reinstalação da fonte aumento da área de venda para ressa e Algueirão, melhorando as de construção de 2.801,35 m2, mal, sempre em harmonia com o . Juventude para a prestação de cuidados removida nos anos 40, que pre- 558 m2, a ampliação do edifício, acessibilidades e o desconges- que potenciam doze salas de aula espaço envolvente. Foi inaugurado o Centro de Re- de ambulatório. tendem devolver-lhe a identidade com a criação de um novo espaço tionamento do trânsito na área destinadas ao 1º Ciclo do Ensino cursos para a Juventude da e vivência que o caracterizaram que englobará um cais de descar- da Portela de Sintra. O traçado Básico e quatro salas de educa- . Excelência em comunicação Quinta do Anjo, enquadrado na . Informação geográfica durante séculos. O projecto vai ga de mercadoria, uma área de desenvolve-se por uma extensão ção pré-escolar, com capacidade A Câmara Municipal de Oeiras foi estratégia de investimento da A autarquia passou a disponi- privilegiar a circulação pedonal, frio, zonas de apoio e a criação de um quilómetro, compreenden- total para cerca de 400 crianças. distinguida com o Grande Prémio minimizando o impacte automó- de uma nova área multifuncional. do uma passagem inferior sobre a autarquia na rede concelhia de bilizar uma nova aplicação no . Apoio aos bombeiros APCE (Associação Portuguesa vel no núcleo urbano. Ao nível da O projecto é comparticipado por linha de caminho-de-ferro. equipamentos para a juventude, site SIG (Sistema de Informa- A Câmara Municipal de Vila Franca de Comunicação de Empresas), que integra já os Centros de Re- ção Geográfica), que permite iluminação vão também ser intro- fundos europeus, em cerca de . Casa amiga de Xira deliberou proceder à atri- Excelência em Comunicação, na cursos de Palmela e Pinhal Novo disponibilizar aos munícipes e duzidas medidas inovadoras que um milhão de euros, no âmbito Sesimbra está a traçar um plano buição de uma comparticipação categoria de publicação exter- e o Centro Municipal de Juventu- visitantes várias informações valorizam os edifícios e os ele- do QREN. estratégico de desenvolvimento no valor de 649.779,81 euros à na, com o trabalho “Oeiras em de. Este novo equipamento, lo- referentes ao planeamento das mentos que compõem a praça. A turístico, que pretende as esta- intervenção está inserida no Pro- Associação Humanitária dos Bom- Revista”. A autarquia foi ainda calizado na antiga Escola Básica actividades de limpeza urbana, . Jardim da Algodeia das de turistas no Concelho. O grama Integrado de Valorização beiros Voluntários de Castanheira agraciada com quatro menções de Quinta do Anjo 2, representa recolha de resíduos sólidos ur- A redução de custos, numa pou- grande objectivo é, segundo o da Frente Marítima de Sesimbra. do Ribatejo, para a construção do honrosas com: “Campanha de um investimento no valor de banos e pontos de reciclagem pança energética até 60%, é um presidente da Câmara Munici- novo quartel daquela corporação. Comunicação institucional “Oei- 164.645 euros. O espaço dispõe em toda a área do município. dos objectivos prosseguidos pela pal, Augusto Pólvora, “valorizar Este apoio surge na sequência ras Somos Todos – 250 anos de de zona multimédia, espaço de Este espaço tem uma vertente SETÚBAL Câmara Municipal de Setúbal com os aspectos positivos do mar de do Plano Estratégico de Respon- Oeiras”; Blogue de Comunicação leitura, área de estudo, espaço interactiva, onde, através do a inauguração da iluminação LED Sesimbra, com duas costas dis- . Arbitragem de litígios sabilidade Social celebrado entre “Oeiras a Ler”; Melhor capa com UNIVA e zona de apoio aos utiliza- preenchimento de um formu- no Jardim da Algodeia. O novo tintas: uma do Atlântico e outra a autarquia e a ABERTIS, SA e “Oeiras em Revista” de Agosto de dores do equipamento. lário, se pode deixar sugestões sistema de iluminação, um inves- enquadra-se na permanente co- mais calma, da costa da Arrábi- 2009; e Responsabilidade His- ou reclamações sobre o Planea- timento na ordem dos 15 mil eu- laboração entre o município e os da”. O plano estratégico inclui ros, além da poupança na factura Foi inaugurada a Casa Amiga, um tórica e Memória Empresarial – . Reuniões on-line mento de Limpeza Urbana. Corpos de Bombeiros Voluntários actividades náuticas, a valoriza- energética do Município, permite espaço de acolhimento cedido Expo Celebrar Oeiras. As reuniões públicas da Câmara pela autarquia, para doentes es- do Concelho. ção do Parque Natural da Arrá- aumentar os níveis de segurança Municipal passaram a ser trans- trangeiros e acompanhantes no . Pinte a sua casa bida e das matas de Sesimbra, do espaço verde intervencionado. mitidas em directo pela Internet. Concelho de Sintra, resultante de . Tarrafal – memórias a remodelação da marginal e da O Jardim da Algodeia vai ainda ser PALMELA Para a presidente da autarquia, um protocolo celebrado entre o fortaleza de Santiago, a melhoria reforçado com novas torres de Ana Teresa Vicente, esta é “uma Alto Comissariado para a Imigra- . Cine-Teatro S. João dos acessos à lagoa de Albufeira iluminação LED, um investimento forma de tornar o trabalho dos ção e Diálogo Intercultural (ACI- e intervenções no Meco. na ordem dos 5 mil euros. órgãos autárquicos mais próxi- DI), Instituto da Segurança Social Os litígios civis, comerciais e admi- mo das pessoas”. Esta é apenas . Iluminação pública (ISS), a “Ser Alternativa” – Asso- nistrativos passaram a ser resol- mais uma forma de apelar à par- A Avenida da Liberdade e o Largo SINTRA ciação de Apoio Social e a Câma- vidos de forma mais célere e com ra de Sintra, em Junho de 2009. ticipação dos munícipes na vida 5 de Outubro, em Sesimbra, a . Monserrate renasce menos custos, com a criação do Este programa de apoio social é pública, na linha de outra medida Avenida Humberto Delgado, na A música regressou ao Palácio de primeiro pólo no País, do Centro de promovido pelo ISS e ACIDI com o tomada pelo Executivo, como o Quinta do Conde, e no Jardim de Monserrate, em Sintra, proprieda- veículo de atendimento muni- Arbitragem de Litígios (CAL), em objectivo de apoiar cidadãos que Santana, são algumas das zonas Setúbal, nas instalações da dele- de da empresa pública Parques cipal que se desloca às zonas A Câmara Municipal do Seixal necessitem de tratamento em para onde está prevista a insta- gação local da Ordem dos Advoga- de Sintra Monte da Lua, após tra- Até 29 de Agosto, no Museu do mais distantes e rurais do Con- está a desenvolver o programa Portugal, ao abrigo de acordos lação, a título experimental, de dos, constituindo uma alternativa balhos de restauro dos principais Neo-Realismo, está patente a celho para ajudar os munícipes a Pinte a Sua Casa, que tem como de cooperação de permanência iluminação LED – componentes aos tribunais comuns. Para o efei- espaços no valor de 1,15 milhões exposição documental “Tarrafal Reabriu ao público o Cine-Teatro resolver questões camarárias. objectivo promover a pintura temporária para cidadãos prove- semicondutores que transfor- to foi assinado um protocolo entre de euros. A segunda fase de re- – Memória do Campo de Concen- S. João, um equipamento cultu- exterior de edifícios nos núcle- nientes de Cabo Verde, São Tomé mam corrente eléctrica em luz o Conselho Distrital de Lisboa da qualificação daquele monumento tração do Tarrafal”, da responsabi- ral com 57 anos de existência, e Príncipe, Moçambique, Angola e os urbanos antigos de Amora, monocromática - em substi- Ordem dos Advogados, o Conselho do século XIX foi comparticipada lidade da Fundação Mário Soares que se encontrava encerrado SEIXAL Guiné-Bissau. Arrentela, Paio Pires e Seixal. tuição das lâmpadas de vapor Distrital de Évora e o Agrupamento em 650 mil euros pelo EEA-Grants e da Fundação Amílcar Cabral. A para a execução de obras de re- . Hospital do Seixal Este projecto tem como des- de sódio, usadas actualmente. de Delegações de Setúbal e Alcá- (mecanismo financeiro do espa- exposição constitui um legado cuperação, que representou um Foi publicado no Diário da Repú- tinatários os proprietários ou Estas medidas destinam-se a cer do Sal, com o patrocínio da au- ço económico europeu). vila franca de xira histórico da maior importância, investimento municipal no valor blica o anúncio da abertura do arrendatários que pretendam melhorar a eficiência energética tarquia setubalense. . Mais educação centrada num local – Tarafal – na de 1 milhão e 20 mil euros. A concurso público internacional pintar o exterior dos edifícios e fazem parte de um conjunto de . Túnel Cavaleira/Ouressa A Presidente da Câmara Municipal então colónia de Cabo Verde, onde intervenção incidiu na vertente para o novo hospital do Seixal, onde residam ou dos quais se- projectos que integram a candi- . Mercado do Livramento No âmbito das comemorações de Vila Franca de Xira, Maria da muitos portugueses opositores restauro e conservação dos ele- que deve estar a funcionar em jam proprietários, ficando a au- datura apresentada pela Agência O projecto de requalificação e do Dia do Município, a Câmara de Luz Rosinha, inaugurou a Esco- ao regime, entre 1936 e 1974, mentos de interesse artístico e 2012. A unidade vai servir os tarquia de fornecer os materiais de Energia e Ambiente da Arrábi- modernização do Mercado do Li- Sintra inaugurou o novo túnel Ca- la EB 1 nº 2 /JI nº 4 da Quinta da conheceram condições de vida patrimonial e na própria infra- cerca de 400 mil habitantes dos de pintura necessários ao trata- da ao Plano de Eficiência no Con- vramento, um dos projectos do valeira/Ouressa, uma via de cara- Vala, em Alverca do Ribatejo, que infra-humanas de existência du- estrutura do edifício, fundamen- concelhos de Almada, Seixal mento das fachadas. sumo 2011-2012. Programa Integrado de Valoriza- cterísticas estruturantes para representou um investimento de rante o Estado Novo.

10.11 MTPAML Entrevista

Colocámos ao Presidente da Junta Metropolitana de Lisboa, reeleito São necessárias verdadeiras para o seu cargo na sequência das eleições autárquicas de Outubro do ano passado, um conjunto de cinco questões sobre os desafios autarquias metropolitanas, com um que se põem ao mandato agora iniciado. Segue-se o texto desta en- quadro de competências próprias trevista. e recursos financeiros

Metrópoles - A situação de que partimos, após as eleições autár- quicas do ano passado, já estava condicionada pelo novo regime jurídico e pela redução da receita atribuída às Áreas Metropolita- nas no Orçamento do Estado. É agora agravada pela conjuntura de crise internacional e pelas medidas com que o Poder Central lhe procura fazer frente. Que expectativas podemos ter, para este A Junta Metropolitana já teve oportunidade de sensibilizar o Se- mandato 2009-2013? nhor Secretário de Estado da Administração Local e os Grupos Parlamentares para as vantagens de se iniciar um processo le- Carlos Humberto de Carvalho - Os anos de 2007 e 2008 foram gislativo que altere a Lei 46/2008, de 27 de Agosto, no sentido de marcados pela discussão e análise do novo regime jurídico das a compatibilizar com as sobreditas dificuldades e preocupações áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, formalmente publica- - não tendo havido, até à data, qualquer resposta por parte do Go- do na Lei n.º 46/2008, de 27 de Agosto. Na realidade, este debate verno. não ficou encerrado, pois a Junta Metropolitana tomou uma posi- ção clara, considerando que o modelo aprovado continua a sofrer de inúmeras insuficiências. Para os autarcas da Junta Metropoli- tana, a publicação deste novo regime jurídico voltou a colocar em cima da mesa, com toda a clareza, a necessidade de uma nova instância política de âmbito metropolitano, dotada de legitimida- de própria e apetrechada de meios de intervenção eficazes, ou seja, de verdadeiras autarquias metropolitanas, com um quadro de competências próprias, de cariz metropolitano e meios de con- cretização, nomeadamente recursos financeiros, o que não acon- tece, de todo, com esta lei. Aliás, no que se refere aos recursos financeiros, a AML foi afecta- da também por uma redução dos meios financeiros, actualmente transferidos do Orçamento do Estado. Na realidade, o Orçamento do Estado já desde 2009 reduziu em mais de 750.000€ as trans- ferências para a Área Metropolitana de Lisboa, o que corresponde a uma diminuição de mais de um terço das receitas da entidade. Regionalização Ora, tendo em conta que, na prática, o financiamento da AML pro- vém essencialmente das transferências do orçamento do Estado, que têm vindo a ser reduzidas, e das contribuições dos Municípios, principal desafio que na conjuntura que vivemos têm dificuldade em aumentarem as suas quotas de participação na Área Metropolitana de Lisboa, esta deste mandato drástica perda de capacidade financeira afecta, de forma significati- Carlos Humberto de Carvalho, presidente da Junta Metropolitana de Lisboa vamente negativa, a capacidade de a AML assegurar todas as suas atribuições e competências, obrigando a diminuir a actividade em áreas de relevante interesse metropolitano.

12.13 MTPAML Entrevista entrevista

Metrópoles - Notícias recentes parecem pôr em causa a execu- O Novo Aeroporto, a linha de Alta ção, nos prazos previstos, de três projectos com grande impacto Velocidade e a Terceira Travessia na Área Metropolitana de Lisboa: o novo Aeroporto, o TGV Lisboa- Madrid e a terceira travessia do Tejo. Ora, a última reunião da Junta do Tejo são estruturantes do território Metropolitana de Lisboa reafirmou, por unanimidade, a importân- da AML e indispensáveis Imagem cedida pela RAVE pela cedida Imagem cia destas obras. Que se lhe oferece dizer sobre esta matéria? à modernização do País

Carlos Humberto de Carvalho -A Junta Metropolitana tem acom- panhado os processos relacionados com esses projectos que, em 2008, foram considerados investimentos fortemente estruturado- Todavia, em Maio de 2010 a Junta Metropolitana de Lisboa foi sur- res da Área Metropolitana de Lisboa em termos territoriais, econó- preendida por uma comunicação pública do Primeiro-Ministro da micos e de mobilidade, como é o caso não só do Novo Aeroporto de República Portuguesa, anunciando o adiamento dos investimentos Lisboa (NAL), da Rede Ferroviária de Alta Velocidade e da Nova Tra- públicos que ainda não estão adjudicados - Novo Aeroporto de Lis- vessia do Tejo, mas também das Plataformas Logísticas. Não foi por boa (NAL) e Nova Travessia do Tejo - de modo a acelerar a consolida- acaso que a decisão de investimento nesses projectos despoletou ção das finanças públicas. Posteriormente foi assinado o contrato o processo de alteração do PROT-AML. de adjudicação do troço ferroviário de alta velocidade Poceirão-Caia, que faz parte da futura linha de alta velocidade Lisboa-Madrid. Tendo em conta que a conjuntura financeira que se vive a nível nacio- nal e internacional pode exigir alteração de calendários relativamente a alguns projectos, não faz qualquer sentido que ponha em causa a sua execução, sobretudo a Nova Travessia do Tejo - a ligação Chelas- Barreiro - que não pode ser vista como um projecto autónomo, pois é uma componente essencial tanto para a ligação do TGV do Poceirão a Lisboa, como para o acesso ao Novo Aeroporto de Lisboa. Foi nesse sentido que a JML, a 7 de Junho, deliberou por unanimida- de reiterar que o Novo Aeroporto de Lisboa, a linha de Alta Velocidade Lisboa-Madrid e a Terceira Travessia do Tejo são infra-estruturas estru- turantes do território da Área Metropolitana de Lisboa, coerentes entre si e absolutamente indispensáveis à modernização do País, tendo-se dado conhecimento dessa deliberação ao Presidente da República, ao Presidente da Assembleia da República, ao Governo, aos Grupos Parla- mentares, à Assembleia Metropolitana, às Câmaras e Assembleias Mu- nicipais da AML, bem como aos Presidentes dos Partidos Políticos.

Metrópoles -Encontra-se em apreciação a proposta técnica fi- nal de alteração ao Plano Regional de Ordenamento do Território (PROT-AML). Há razões para esperar que o Governo tenha, de facto, em conta as preocupações que lhe foram comunicadas, há pouco mais de um ano, pela Junta Metropolitana de Lisboa?

Carlos Humberto de Carvalho - A JML acompanhou, desde o início, o processo de revisão do PROT, tendo manifestado, também desde o início, as suas profundas reservas relativamente ao calendário e Simulação visual da Terceira Travessia do Tejo – vista da Ponte 25 de Abril à metodologia de alteração do PROT-AML. Isto, porque pretendemos

14.15 MTPAML Entrevista Entrevista

Há uma clara necessidade de um poder intermédio entre o Central e o Local em matéria de transportes

elaborar um PROT verdadeiramente útil para o desenvolvimento Carlos Humberto de Carvalho - A Autoridade Metropolitana de Trans- Lisboa? E que eventuais correcções lhe parece necessário fazer sustentável do território metropolitano e consequente melhoria da portes de Lisboa já vinha sendo reivindicada há muito pelos Muni- ao seu estatuto? qualidade de vida das populações. cípios da AML. Na realidade, há uma clara necessidade de um poder Em Dezembro, quando nos foi apresentada a proposta final do PROT, intermédio entre o central e o local, em matéria de transportes. A Carlos Humberto de Carvalho - O principal desafio é, de facto, a re- solicitámos a suspensão dos prazos, porque considerámos que ain- mobilidade urbana tem crescido de forma exponencial nas últimas gionalização. É bom não esquecer que nestes 3,4% do território de da não tinha havido a necessária discussão de nível político e que décadas, especialmente nas áreas metropolitanas, em consequên- Portugal Continental que são a Área Metropolitana de Lisboa, vive a proposta configurava uma colagem de vários estudos efectuados, cia do seu desenvolvimento económico, social e urbanístico. 28% sua população. E estas grandes aglomerações metropolitanas em vários casos, num nível teórico, sem terem sido suficientemen- A Junta Metropolitana acompanhou a par e passo o debate sobre o são de forma cada vez mais intensa o cenário onde se concentram te articulados para produzirem um plano coerente. novo regime jurídico das Autoridades Metropolitanas de Transpor- as grandes questões sociais, onde riqueza e poder económico coe- Foi-nos apresentada uma nova proposta de PROT agora em Junho, tes, sempre firme na afirmação da necessidade de garantir a repre- xistem com a exclusão social, o desemprego e a marginalidade. numa reunião onde esteve presente a Secretária de Estado do Or- sentatividade do poder local e metropolitano, o financiamento do Em 2006, num estudo promovido pela CCDR-LVT contabilizaram-se denamento do Território e das Cidades, que evoluiu bastante em re- sistema e um modelo de autoridade capaz de gerar uma mobilidade nada mais nada menos que 180 entidades públicas com actuação lação ao documento inicial, e de forma positiva, quer pela incorpo- urbana sustentável, em prol de uma melhor qualidade de vida dos na Área Metropolitana de Lisboa, em áreas como o desenvolvimento ração de algumas das inúmeras preocupações evidenciadas pelos cidadãos que vivem e trabalham na Área Metropolitana de Lisboa. regional, a administração do território, o turismo, etc... municípios, quer pela estrutura do próprio documento. Aguardamos o desenvolvimento do trabalho da recentemente em- Ora, não podemos ter entidades, com atribuições cruzadas e inevita- De facto, uma das principais questões que se coloca neste documento possada AMTL, na expectativa de que possam ser minorados os velmente confusas, sem uma definição de hierarquias e de priorida- é que o PROT não deve revestir uma forma de Macro Plano de Urbaniza- constrangimentos existentes ao nível dos transportes metropoli- des de competências. Nem tão pouco podemos manter um labirinto ção: deve definir orientações e não regras concretas que regulamen- tanos e se encontrem soluções que possam responder, adequada- de tutelas cruzadas, procedimentos complexos, pesados e arrasta- tem a classificação, qualificação e parametrização dos usos do solo. mente, às necessidades de reorganização e articulação das várias dos que demoram anos a tomar decisões, desgastam a paciência dos Por outro lado, o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territo- componentes do sistema de mobilidade, de promoção da utilização cidadãos e degradam a imagem da Administração Pública. rial, de acordo com a própria Lei de Bases, estipula que os PROT’s de- do transporte público em meio urbano e de articulação do sistema- Ou seja: é urgente desde já modificar radicalmente os instrumentos finem a estratégia regional de desenvolvimento territorial, integrando de mobilidade com os instrumentos de gestão territorial. legais que não têm permitido às Áreas Metropolitanas ter um âmbi- as opções estabelecidas a nível nacional e considerando as estratégias to efectivamente regional e responder aos problemas que não têm municipais de desenvolvimento local. Ora esta integração ou avaliação Metrópoles - Que outros grandes desafios podem ser definidos dimensão nacional, mas são insusceptíveis de resolução à escala concisa das opções estratégicas de cada município não se encontra para este mandato dos órgãos dirigentes da Área Metropolitana de local. vertida no relatório da Proposta, o que poderá induzir a desconformida- des com as estratégias delineadas por cada executivo municipal. Finalmente, também não podemos deixar de defender que a delimita- ção da Rede Ecológica Metropolitana tem de ser elaborada no âmbito dos Planos Municipais de Ordenamento do Território e qualquer monito- rização posterior deve ser feita com base nesta delimitação municipal. As grandes aglomerações metropolitanas são o cenário onde se concentram as grandes questões sociais, Metrópoles - O tema de Destaque desta edição da Metrópoles é a Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa. Qual lhe pare- onde riqueza e poder económico coexistem com a exclusão, ce ser a questão prioritária, nesta matéria? o desemprego e a marginalidade

16.17 MTPAML AML Semestre AML Semestre

Neste momento, já está disponível, na página electrónica da Área Me- actualizada, de modo a acompanhar o regular funcionamento das acti- Conhecer a realidade tropolitana de Lisboa (http://www.aml.pt), um espaço dedicado às vidades do Observatório. actividades do ODES-AML, com a finalidade de se constituir a interface Estão igualmente disponíveis relatórios, onde é feita uma breve carac- externa do Observatório com os Municípios, empresas e cidadãos, e terização e evolução da Área Metropolitana de Lisboa, tendo como base económico-social dar a conhecer as actividades desenvolvidas e os estudos realizados, os indicadores recolhidos. documentação diversa e alguma bibliografia. Existe, ainda, a possibilidade de ser feito o registo online para recepção da Newsletter do ODES-AML, cujo principal objectivo é levar ao conhe- da Área Metropolitana Também é já possível consultar, através de um motor de pesquisa, um cimento dos utilizadores os mais recentes desenvolvimentos e actua- conjunto bastante alargado de dados estatísticos. Esta Base de Dados lizações, para que possa assumir, de alguma forma, papel de fonte de disponibiliza vários indicadores relevantes (demografia, emprego, saú- conhecimento para todos os que se interessam pelas matérias nela de Lisboa de, educação, cultura, território, entre outros) e será constantemente versadas.

Desde há uns anos que, através do contacto com os municípios, uni- promover acções e iniciativas que, de certa forma, contribuam para o versidades e outras entidades, se vinha sentindo a necessidade de se desenvolvimento sustentável da AML. criar uma estrutura de âmbito metropolitano que proporcionasse uma Numa fase posterior, deverá prestar apoio à difusão de ideias inova- visão de conjunto da realidade económico-social da Área Metropolita- doras que se transformem em propostas pioneiras e competitivas, na de Lisboa. contribuindo, assim, para a dinamização económica e social e para Foi assim que, em 2008, sob a coordenação científica do Professor o reforço do desenvolvimento e capacidade de concorrência a nível Doutor José António Girão, e com co-financiamento do FEDER, no europeu e mundial. âmbito de uma candidatura à tipologia de projecto “Capacitação Ins- O Observatório está, então, a ser implementado, segundo os seguin- titucional” do POR Lisboa, começaram a ser concebidas e criadas as tes eixos/ fases: bases para o Observatório de Desenvolvimento Económico e Social da Área Metropolitana de Lisboa (ODES-AML), enquanto estrutura per- manente de recolha, compilação, tratamento, produção e difusão de informação e do conhecimento nestas áreas. O ODES-AML procura traduzir a realidade económica e social da AML, enquanto base que permita superar os desafios que se colocam à mo- dernidade e à sustentabilidade da AML, num esforço de convergência com os modelos de competitividade a nível global. Tem como missão acompanhar e analisar o desenvolvimento econó- mico e social da Área Metropolitana de Lisboa, coligindo informação de suporte à tomada de decisão política, e procedendo à sua divul- gação. Pretende-se que o Observatório tenha um efeito catalisador, através da divulgação e transferência de informação que permita uma gestão sustentável da região e potencie alterações nos indicadores relaciona- dos com o desenvolvimento económico e social da região, que, apesar do seu dinamismo, apresenta indicadores que traduzem fragilidades e inadequações. Tem ainda, claramente, uma vertente prática voltada para a acção. Por um lado, de forma indutora, identificando políticas e desenvolvendo programas, mecanismos e procedimentos que promovam a atractivi- dade da região. Por outro, procura pautar a sua actuação no sentido de

18.19 MTPAML AML Semestre AML Semestre

Um Futuro Mais Sustentável Estas duas áreas emergentes vêm dotar e reforçar o Observatório de Neste momento, em colaboração com o Departamento de Ciências e uma maior actualidade e utilidade na monitorização do desenvolvi- Engenharia do Ambiente da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Uni- mento sustentável da Área Metropolitana de Lisboa em todas as suas versidade Nova de Lisboa, o observatório irá incorporar a dimensão vertentes: ambiental, económica, social e governança. ambiental e de governança, as quais integram duas novas vertentes Este Observatório permitirá olhar atentamente para os aspectos mais relacionadas com a implementação de uma Agenda 21 Metropolitana críticos da região e conhecer as suas dinâmicas, ou seja, os factores e com a criação da Universidade para a Sustentabilidade Metropolita- de desenvolvimento sustentável indispensáveis para a coesão eco- na que visa a formação e educação para a sustentabilidade. nómica e social e a protecção ambiental, de modo a permitir que haja uma visão de conjunto da AML, e criar um instrumento suplementar de apoio à decisão, sempre que, no exercício das suas competências respectivas, as várias entidades tomem medidas ou definam acções nestas ma- térias.

Área Metropolitana de Lisboa Rua Carlos Mayer, nº 2 – R/C 1700-102 Lisboa

Tel: 218 428 570 [email protected]

20.21 MTPAML DESTAQUE | Sistema metropolitano de transportes de Lisboa

tana de Lisboa ao Governo Central. Delas se e à representatividade dos Municípios e da tados diversos tipos de serviços especiais dá um resumo na rubrica sobre o novo regi- própria JML. Foram também expressas dú- dinamizadores de mobilidade, orientados me jurídico das Autoridades Metropolitanas vidas sobre a definição do financiamento do no sentido da solução de carências que de Transportes, incluída no balanço do man- sistema de transportes. não seriam inteiramente preenchidas pelos Mobilidade e transportes dato de 2005-2009 da Junta Metropolitana A presente edição da Metrópoles dedica a esta transportes públicos colectivos - nome- de Lisboa, publicado na edição da Metrópo- instituição a sua reportagem de Destaque, adamente nos bairros históricos, na liga- na área metropolitana les nº 27, do terceiro trimestre de 2009. com entrevistas ou depoimentos de várias ção entre freguesias ou noutros casos em Concretamente, a JML manifestou reservas das personalidades envolvidas neste proces- que se procura um serviço de proximidade em relação à estrutura de competências fi- so, começando pelo Presidente do Conselho destinado a cidadãos mais idosos ou ca- de lisboa nalmente adoptada, com as limitações que Executivo da AMTL, Engº Carlos Correia. renciados (ou, no outro extremo etário, às coloca à efectiva capacidade de intervenção É também apresentado o exemplo de seis deslocações diárias de crianças e jovens da Autoridade Metropolitana de Transportes Municípios da AML que têm já implemen- em idade escolar).

OS TITULARES DOS ORGÃOS DA AMTL Composição do Conselho Geral Designados pela Administração Central do Estado: Dr. Luís Ribeiro, Subdirector Geral da Direcção Geral do Tesouro e Finanças Eng.º Paulo Marques Augusto, Presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária Eng.º António Fonseca Ferreira, Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo Eng.º Eduardo Borges Pires, assessor do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações Dr. António Crisóstomo Teixeira, Presidente do Conselho Directivo do Instituto da Mobilidade e Transportes Terrestres, IMTT, I.P. Eng.º Luís Filipe Pardal, Presidente do Conselho de Administração da Rede Ferroviária Nacional, Refer, E.P.E Eng.º António Guilhermino Rodrigues, Presidente do Conselho de Administração da ANA, Aeroportos de Portugal, SA Eng.º Alberto Conde Moreno, Presidente do Conselho Directivo do Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias, IP Dr.ª Maria Eugénia de Almeida Santos, Directora Geral da Direcção Geral das Autarquias Locais Designados pela Administração Local do Estado, através da Junta Metropolitana de Lisboa: Dr.ª Madalena Castro, Vereadora da Câmara Municipal de Oeiras Dr. António Capucho, Presidente da Câmara Municipal de Cascais Dr. Fernando Seara, Presidente da Câmara Municipal de Sintra Eng.º Gabriel Oliveira, Vereador da Câmara Municipal da Amadora Carlos Humberto Carvalho, Presidente da Câmara Municipal do Barreiro Arq.º Augusto Pólvora, Presidente da Câmara Municipal de Sesimbra Dr. José Gonçalves, Vereador da Câmara Municipal de Almada Dr. António Costa, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa – eleito Pres. do Conselho Geral da Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa Composição do Conselho Executivo Nomeados pelo Governo Eng.º Carlos Correia, Presidente do Conselho Executivo Dr.ª Maria Isabel Vicente, Vogal do Conselho Executivo A Autoridade Metropolitana de Transportes de 268/2003), teve a sua primeira reunião O processo da sua constituição foi longo e Vogal do Conselho Executivo (por designar) Lisboa é uma reivindicação antiga, mas uma re- do Conselho Geral há pouco mais de um elaborado, e reflecte algumas diferenças de Nomeados pela Junta Metropolitana de Lisboa alidade recente na vida dos Municípios da AML. ano, em 25 de Junho de 2009, ficando entendimento quanto à sua verdadeira natu- Formalmente instituída pela Lei nº 1/2009, de nomeados os titulares dos seus diversos reza e necessidades, as quais foram em de- Eng.º Joaquim Manuel da Fonseca Matias, Vogal do Conselho Executivo 5 de Janeiro (que revogava o Decreto-Lei nº órgãos sociais. vido tempo expressas pela Junta Metropoli- Dr. José Augusto Borges Neves, Vogal do Conselho Executivo

22.23 MTPAML DESTAQUE | ENTREVISTA Melhorar oferta para aumentar a competitividade Carlos Correia Presidente do CE da AMTL

O presidente da Autoridade Metropolitana de mos de planeamento, organização e ges- near, de forma integrada e coordenada, as eficiência do funcionamento do sistema de físicos e de horários, e a oferecer serviços Outro aspecto importante, é a informação ao Transportes de Lisboa (AMTL), Carlos Correia, diz tão de transportes na Área Metropolitana questões relacionadas com mobilidade. Estas transportes na AML? integrados. público do sistema de transportes, que não é que a organização que dirige vai implementar um de Lisboa? não se cingem exclusivamente ao sistema de O que acontece agora, em muitos casos, é que integrada e coerente, porque cada empresa estudo que sirva de base para definir uma rede transportes, alargando-se a tudo o que com Carlos Correia - Têm sido feitos investimen- cada um faz o seu planeamento. Mas, depois, produz apenas a que diz respeito aos seus estruturante do sistema de transportes da Área Carlos Correia - Por lei, a AMTL tem com- ele se relaciona. tos significativos no hardware do sistema de a interligação dos serviços prestados às pes- próprios serviços. Metropolitana de Lisboa (AML). Deverá contribuir petências em termos de coordenação e No fundo, a ideia é que a Autoridade Metropo- transportes da Área Metropolitana de Lisboa, soas, em termos do sistema de transportes, É preciso dar a conhecer às pessoas o sistema para aumentar a competitividade do sistema, regulação do sistema de transportes da litana não pense o sistema de transportes ou seja, em infra-estruturas e material circu- para irem do ponto A ao B, da sua origem ao de transportes e transmitir a informação que através da oferta de transportes com elevada Área Metropolitana de Lisboa. Nós contra- exclusivamente concentrada naquilo que está lante. seu destino, falha. elas precisam, de facto, quando a ele recorrem. regularidade e fiabilidade, levando as pessoas a tualizamos todas as obrigações de serviço directamente relacionado com ele, mas inclua Agora, a questão fundamental é pensar em De facto, os transbordos são penalizantes aderir à sua utilização. Vai ser necessário simpli- público, para que este esteja devidamente tudo o resto: as vertentes de ordenamento do termos de software do sistema de transpor- em demasia. Por isso, é preciso que haja uma Metrópoles - Para que a AMTL consiga desen- ficar o actual tarifário de transportes, estendê-lo planeado, coordenado e sirva melhor as ne- território ambientais e energéticas. É esta a tes, ou seja, na integração tarifária e na intra coordenação e integração física e tarifária do volver um trabalho eficaz precisa de assegu- a toda a AML e melhorar o serviço prestado aos cessidades de deslocação da população da base para o sistema de mobilidade ser planea- e intermodalidade. sistema de transportes. Estas são as grandes rar financiamentos sustentados também no clientes, tanto em termos da informação presta- Área Metropolitana de Lisboa. do e que permitirá que todas as acções sejam Nós temos um sistema tarifário demasiada- prioridades. tempo. Quais são as suas fontes de receita? da, como de horários e de interligação entre os convergentes, para se poder chegar a um siste- mente confuso, o que constitui um óbice à utili- Estamos a dialogar com todos os operadores, vários modos. Carlos Correia explica o que está a Metrópoles - Qual é a importância, para a ma de mobilidade mais sustentável em termos zação do sistema de transportes. É necessário no sentido de promover a intermodalidade Carlos Correia - Actualmente as fontes de fi- ser feito para que isso aconteça. região, do trabalho da AMTL? económico-financeiros, sociais e ambientais. simplificá-lo e alargá-lo à totalidade de AML. e melhoria da coordenação do sistema de nanciamento do sistema de transportes são No que diz respeito à intra e intermodalidade, transportes. E estamos a actuar sobre a sim- fundamentalmente da administração central. Metrópoles - Qual é o papel da Autoridade Me- Carlos Correia - Pela primeira vez foi criada Metrópoles - Quais são as condições essen- é preciso pôr os operadores a coordenar en- plificação e alargamento do sistema tarifário Quer por via de indemnizações compensató- tropolitana dos Transportes de Lisboa em ter- uma entidade que permite, de facto, pla- ciais para assegurar a operacionalidade e tre si os serviços de transporte, em termos a toda a Área Metropolitana de Lisboa. rias, dotações de capital para as empresas de

24.25 MTPAML DESTAQUE | ENTREVISTA

centros comerciais, poderem contribuir desenvolvido um conjunto de acções coe- Também é preciso não esquecer que, quan- muito importantes, desenvolvidos ao ní- cos e individuais e estacionamento. Tudo isto para terem estas mais-valias. rente e integrado que terá, de facto, impacto do planeamos redes, queremos melhorar os vel da administração local. Um deles tem relacionado, de forma lógica, com a evolução da Será todo este conjunto de soluções que ire- junto da população. Queremos cativar novos serviços. É algo que tem custos e é preciso a ver com planos de deslocações urbanas ocupação do território e a localização dos gran- mos colocar em cima da mesa ao Conselho utilizadores, levando-os a experimentar e saber quais são os montantes acrescidos nos concelhos de Odivelas e Loures, na des pólos geradores e detractores de tráfego. Geral da Autoridade Metropolitana dos Trans- dando-lhes condições para que gostem de que estamos a impor ao sistema por essa margem norte do Tejo, e no Barreiro, Moi- Vamos ainda fazer um benchmark internacional portes, onde está representada a adminis- usar o transporte público. melhoria. ta, Seixal, Sesimbra e Palmela, na margem dos instrumentos de contratualização das prin- tração central e local, à Junta Metropolitana No âmbito da contratualização tarifária, o sul. Queremos, através deles, constituir cipais cidades europeias. Com a emergência do de Lisboa (JML) e à Secretaria de Estado Metrópoles - Qual é a filosofia por detrás da nosso projecto olha para o sistema com uma experiências piloto para estabelecer con- novo regulamento comunitário, que nos dá um de Transportes, de modo a serem criadas elaboração Plano de Acção para 2010? Quais lógica de simplificação e alargamento da sua tratos programa com as administrações período transitório máximo de dez anos, temos de condições para o futuro financiamento do são os principais objectivos da sua concre- espacialidade a toda a Área Metropolitana de local e central, e que as acções previstas começar a preparar a contratualização das redes sistema de transportes. Alguma coisa terá tização? Lisboa. No primeiro aspecto, queremos con- neles sejam devidamente calendarizadas, por concurso público internacional. É, por isso, que de ser feita. vergir para o passe intermodal, eliminando contratualizadas e identificadas as fontes queremos analisar a forma como as diferentes ca- Carlos Correia - Nós estruturámos o nosso progressivamente o sistema de passes de financiamento. pitais europeias resolveram o problema. Metrópoles - A eficácia do trabalho da AMTL plano de actividades basicamente em função combinados. Como é evidente, terá de con- O outro projecto que iremos apoiar tem Sabemos que não há uma contratualização pa- depende também do seu relacionamento de três vectores fundamentais: a integração tinuar a haver passes da rede de operadores a ver com o sistema de park & ride que drão. Mas como essas cidades já passaram pelo com as empresas de transporte que ope- administrativa, tarifária e modal. e bilhetes individuais, mas queremos repen- está a ser desenvolvido pela Câmara de processo, queremos identificar as dificuldades ram na AML e da adesão destas. O que é A consolidação é o principal vector da integra- sá-lo, simplificá-lo e torná-lo fácil para ser Lisboa. Visa, basicamente, o pagamento que enfrentaram e a forma como puseram as que se tem passado neste âmbito? ção administrativa, principalmente este ano, usado pelas pessoas. do estacionamento através do suporte coisas a funcionar. Ao termos esse registo de com a entrada em velocidade de cruzeiro da Não vai ser fácil a tarefa, porque temos dos transportes públicos. boas práticas, ficamos com uma base mais só- Carlos Correia - Temos feito algumas reu- AMTL. Para além disso, vamos tratar, no nosso quase 20 anos de estruturação do sistema Vão iniciar-se, este ano, um conjunto de lida para optarmos pela melhor solução para a niões com operadores de transportes e a plano de actividades, das questões já faladas actual. E não queremos que os utilizadores acções de médio prazo relacionadas com Área Metropolitana de Lisboa. capitais públicos, quer por indemnizações com- Junta Metropolitana de Lisboa, parceiro do financiamento dos transportes e da própria e as empresas sejam penalizados, nem au- uma campanha de promoção e divulga- pensatórias às empresas privadas. Mas isto importante para o desenvolvimento do Autoridade Metropolitana dos Transportes. mentar os encargos da administração com ção do sistema de transportes. Também tem-se revelado insuficiente. trabalho da AMTL. Ela criou, inclusive, um Temos autonomia administrativa, financeira o sistema. É uma equação difícil, mas estou está prevista a realização do Inquérito A lacuna do sistema de transportes da AML anda grupo com os 18 vereadores da mobilida- e patrimonial, e vamos garanti-la asseguran- convencido que chegaremos lá. Geral à Mobilidade na AML, que queremos na ordem dos 100 milhões de euros anuais. Por de da Área Metropolitana de Lisboa para do 2/3 do financiamento através de receitas Iniciámos conversas com a e o Me- estender à Azambuja. Para isso já tive- isso, a AMTL está a realizar um estudo que visa pensar sobre estas questões. Já reunimos próprias. Mas isso é uma questão menor den- tro Sul do Tejo, para a sua integração no sis- mos conversações com o Instituto Nacio- identificar, quantificar e propor cenários para o e estamos a trabalhar em conjunto, para tro do tema mais genérico do financiamento tema de passes intermodal. Estamos, junta- nal de Estatística (INE). Ficou combinado seu financiamento. que as soluções que desenvolvemos sejam do sistema metropolitano de transportes. mente com a CP, a estudar a reformulação do prepararmos este ano todas as acções Há fontes directas e indirectas possíveis. Entre coordenadas e tenham a concordância da Estamos a estudá-lo e a propor medidas para seu sistema tarifário. necessárias ao inquérito, para que seja as primeiras, para além do tarifário do sistema administração local. o seu financiamento, no âmbito da contratua- Ao nível da integração modal, vamos lançar realizado pelo INE em 2011, logo após os de transportes, que já existe, há o imposto sobre Temos tido, com as empresas de transpor- lização das obrigações de serviço público. um estudo para a definição de uma rede Censos. os produtos petrolíferos, a taxa regional sobre a tes, reuniões regulares para lhes transmitir Está a ser desenvolvido um estudo pela estruturante do sistema de transportes da O Inquérito Geral à Mobilidade na AML é um venda de produtos petrolíferos, as portagens e quais são as intenções das AMTL e quais Universidade Católica, para avaliar a fun- AML, devidamente articulada com o sistema instrumento fundamental, porque permi- o estacionamento. São questões em aberto. os caminhos que pretendemos seguir, para ção custo de produção de transporte na metropolitano de interfaces, que aumente, te conhecer a forma como as pessoas se No que respeita às fontes de financiamento que se preparem para colaborar connosco. AML. Actualmente não sabemos quanto de facto, a competitividade do sistema me- deslocam e as suas motivações para o fa- indirectas, existe a possibilidade de haver uma Refiro-me, concretamente, a aspectos rela- custa produzir um lugar / quilómetro num tropolitano de transportes. zerem, elementos essenciais para melho- taxa municipal de transportes, como acontece cionados com a contratualização e as ques- autocarro, metro, eléctrico ou comboio. Por É preciso que tenha uma coluna vertebral rar o rendimento dos transportes. em Paris, por exemplo, onde as empresas a par- tões tarifárias. isso, estamos a tentar identificar e avaliar que permita uma oferta de transportes com Vamos lançar um concurso público inter- tir de uma determinada dimensão, no caso, 10 Temos também contactos com os operado- o que influencia este custo e a forma como elevada regularidade e fiabilidade, para levar nacional para a elaboração do plano de colaboradores, são obrigadas a comprar passes res e autarquias, no âmbito das acções que ele é influenciado. Isto tem como objectivo as pessoas a aderir à sua utilização. O nosso deslocações urbanas da AML, onde serão para os seus funcionários. Há, também, a hipó- estamos a preparar para a Semana da Mo- a negociação da contratualização das obri- grande objectivo é aumentar a procura do estabelecidas as directrizes para o siste- tese de pólos geradores de deslocação servidos bilidade, que vai ocorrer na terceira semana gações de serviço público e das indemniza- sistema metropolitano de transportes. ma de mobilidade da Área Metropolitana directamente pelo sistema de transporte, como de Setembro. Como resultado disso, irá ser ções compensatórias. Estamos actualmente a apoiar dois projectos de Lisboa ao nível dos transportes públi-

26.27 MTPAML DESTAQUE | Sistema metropolitano de transportes de Lisboa

Autoridade Metropolitana 4. Adequação do tarifário da CP Lisboa ao sistema do passe intermodal, com o objectivo de: • Definir um zonamento com zonas de dimensões próximas e sempre que possível coincidentes com os limites das coroas tarifárias do passe intermodal; de Transportes de Lisboa ( AMTL) • Estabelecer um tarifário por zonas independentemente da linha ou percurso.

5. Integração do Metro Sul do Tejo e Fertagus no sistema do passe intermodal, com o objectivo de: • Aumentar a mobilidade na margem sul do Tejo integrando todos os modos de transporte e as interfaces junto das estações; Plano de Actividades 2010 • Estabelecer um zonamento até Setúbal e preferencialmente coincidente com os limites das coroas tarifárias do passe intermodal; As actividades da AMTL incidem sobre três vectores fundamentais de actuação: • Definir preços dos títulos de transporte que não penalizem os actuais utilizadores destes modos de transporte.

A. Integração Administrativa - consolidação da lei 1/2009, de 5 de Janeiro, quer ao nível das competências, quer ao nível do financia- C. Integração Modal: mento da AMTL. 6. Sistema Metropolitano de Interfaces e dos grandes eixos de transportes, aproveitando a fase de revisão dos Planos Directores B. Integração Tarifária – actualmente o sistema tarifário da área metropolitana de Lisboa é muito complexo, está desajustado da reali- Municipais para haver uma coordenação metropolitana na definição do sistema, com o objectivo de: dade e é um óbice à utilização do transporte colectivo. • Promover a intra e intermodalidade das redes de transporte colectivo; • Aumentar a coordenação entre os diversos modos de transporte e diminuir as penalizações associadas aos transbordos; C. Integração Modal - fomentar a integração e coordenação dos transportes. • Estabelecer um sistema de interfaces de nível metropolitano; • Coordenar com estudos da CM Lisboa: interfaces e park&ride; Acções de Curto Prazo previstas: • Diminuir tempos de percurso e aumentar a regularidade e fiabilidade do transporte colectivo, estabelecendo uma rede de transporte Ao nível da: em sítio próprio articulando as interfaces e os principais pólos geradores da AML.

A. Integração Administrativa: 7. Apoio técnico e financeiro aos Municípios para a elaboração dos Planos de Deslocações Urbanas (PDU’s), interfaces e park&ride, 1. Financiamento do Sistema de Transportes, com o objectivo de: com os seguintes objectivos: • Assegurar em 2011, o estatuto de autonomia administrativa e financeira da AMTL (n.º 1 do artigo 2º da Lei 1/2009), garantindo 2/3 • Elaboração dos PDU’s – através de uma linha de apoio às Câmaras Municipais para a elaboração deste tipo de estudos, estabelecida de receitas próprias no orçamento de funcionamento; no PIDDAC; • Identificar fontes de financiamento alternativas, que permitam atenuar gradual e progressivamente gapo de financiamento do sistema; • Estudo de interfaces - apoio ao estudo da CM Lisboa, articulando com o estudo do sistema metropolitano de interfaces e dos grandes • Permitir a contratualização futura das Obrigações de Serviço Público (OSP). eixos de transportes da AMTL; • Park&Ride - colaboração com CM Lisboa para o desenvolvimento do sistema de park&ride, integrando o estacionamento com a bilhé- B. Integração Tarifária: tica do transporte colectivo. 2. Extensão do sistema do passe intermodal à totalidade da área metropolitana de Lisboa, com o objectivo de: • Aumentar a procura no sistema de transportes colectivos; 8. Campanha de divulgação do transporte colectivo, com o objectivo de: • Aumentar a mobilidade sem aumento de custos para os utilizadores; • Divulgar o sistema de transportes da área metropolitana de Lisboa junto dos utilizadores do transporte individual; • Estender o sistema tarifário à totalidade da área metropolitana de Lisboa; • Distribuir mapas de rede, horários e tarifário; • Integrar todos os modos de transporte e as interfaces no novo sistema tarifário; • Promover a experimentação do sistema de transporte colectivo; • Sustentar o novo sistema tarifário nos passes intermodais (redefinir o zonamento - coroas ou coroas/sectores – e redefinir as moda- • Articular acções com os operadores de transporte colectivo, Transporlis e Câmaras Municipais da Área Metropolitana de Lisboa. lidades - número de viagens e limite temporal).

3.Função de Custo-Produção de transportes, com o objectivo de: Acções de Médio Prazo • Estimar de funções custo para as várias redes de transporte público urbano (metropolitano/ferroviário, rodoviário/eléctrico e flu- 1. Preparação do Inquérito à Mobilidade da Área Metropolitana de Lisboa, a realizar pelo Instituto Nacional de Estatística em 2011. vial) na área metropolitana de Lisboa; 2. Início do PDU da área metropolitana de Lisboa, incluindo conta pública de deslocações de passageiros. • Identificar, para cada rede de transporte, dos seus outputs, dos factores de produção e seus respectivos preços – apurar quanto 3. Plano Operacional de Transportes (POT) – que permitirá o estabelecimento dos contratos-programa com a administração central custa produzir uma determinada unidade de transporte e quais os factores que influenciam o custo de produção; e com a administração local. • Obter valores de referência para planear redes e serviços (por ex.:, saber o custo do reforço de uma oferta) e para contratualização 4. Benchmarking sobre processos de contratação de OSP em Autoridades de cidades europeias. das OSP (para aferir da razoabilidade dos custos apresentados pelos concorrentes, aquando da contratualização).

28.29 MTPAML DESTAQUE | OPINISistemaÃO | metropolitanoCASCAIS de transportes de Lisboa

desenvolvimento económico e de qualidade debatem-se hoje com graves constrangi- também nosso entendimento que, relativa- de vida da população. mentos financeiros, que foram agravados mente ao passe social intermodal, este não Na 2ª reunião deste Grupo, a AMT apresentou o primeiro pela Lei das Finanças Locais e mais deverá ser alvo de eventual limitação, quer seu Plano de Actividades para o presente ano, recentemente pelas medidas complementa- no que diz respeito ao número de viagens, tendo este sido considerado muito relevante res ao PEC. Assim, consideramos fundamen- quer à sua limitação temporal, considerando Vereador Joaquim Santos e ambicioso, onde foi manifestada a disponi- tal que o Estado Central mantenha e reforce que a atractividade do transporte colectivo e Coordenador do Grupo de Vereadores da Mobilidade e Transportes da AML bilidade de todos os Municípios para uma co- os níveis de investimento no sector, e que a mobilidade sustentável nas áreas metro- laboração estreita com esta Autoridade, para o se consigam encontrar algumas fontes de politanas devem passar pelo incentivo da cumprimento dos objectivos traçados. financiamento alternativas, que permitam utilização diversificada do transporte públi- Para além da identificação das necessidades atenuar gradual e progressivamente o gap co, não se devendo limitar às deslocações O passe social globais de mobilidade, a aferir através da re- de financiamento do sistema de transpor- pendulares casa/trabalho. Nesse sentido, alização de um inquérito geral à mobilidade tes, mas de forma a não onerar as popula- apoiamos as propostas da AMT de reforço da a concretizar em 2011, e do planeamento ções da AML. importância deste passe no contexto do sis- deve ser alargado a todos das respostas a essas necessidades em Um outro aspecto muito importante é a de- tema de transportes, e da sua função social, termos do serviço público de transportes, signada Integração Tarifária, que virá clari- enquanto instrumento essencial de melho- os operadores da AML consideramos que outra das questões cen- ficar e unificar o sistema tarifário na AML, ria da mobilidade e transportes na AML. trais da missão da AMT será a resolução, de sendo fundamental que esta integração Em conclusão, as Autarquias da AML estão forma equilibrada, da problemática do finan- eleja como objectivo primeiro o alargamen- uma vez mais reunidas com o objectivo de e não limitar-se às deslocações ciamento global do sistema de transportes. to do passe social intermodal a todos os melhor servir as nossas populações, es- De facto, o actual contexto de crise económi- operadores e a todo o território da AML, ga- tando convictos que poderemos contribuir pendulares casa/trabalho ca e social não aconselha que mais custos rantindo a universalidade da sua utilização. para uma melhor mobilidade ao serviço das sejam imputados às populações, quer aos Assim, consideramos como muito positiva a pessoas, disponibilizando-nos para, com a utentes dos serviços públicos de transporte, proposta da AMT de integração dos operado- nossa acção junto da AMT, ajudar a construir quer aos munícipes, devendo ser encontra- res Fertagus e MST no sistema do passe so- um melhor sistema de transportes na AML, das formas alternativas de financiamento. cial intermodal, conferindo mais justiça aos que dê resposta ao direito à mobilidade das É por todos unanimemente reconhecido que o operadores, e não ao modelo desejável de objectivo de a Junta Metropolitana de Lis- De igual modo, as próprias Autarquias Locais utentes dos transportes da margem sul. É populações. sistema de transportes públicos que serve a complementaridade de modos de transpor- boa (JML) e os Municípios que a integram Área Metropolitana de Lisboa (AML) se encon- te, tendo como objectivo servir os utentes. constituírem um sólido apoio da AMT para o tra desarticulado, não servindo as populações Esta Autoridade foi criada na sua forma cumprimento dos seus objectivos, resolveu C. M. Almada M. C. de forma conveniente. Esta ideia é não só par- actual pela Lei 1/2009 de 5 de Janeiro e constituir-se o Grupo de Vereadores da Mo- tilhada pelos autarcas, mas também pelas en- iniciou o seu trabalho com o objectivo de bilidade e Transportes da AML. No entanto, tidades governamentais que coordenam todo o em cerca de 3-4 anos conseguir alcançar seria desejável que se dessem passos segu- processo, pelos diversos operadores e princi- a integração do Sistema Público de Trans- ros para a concretização de uma verdadeira palmente pelos utentes, aqueles a quem este portes e colocá-lo ao serviço das pessoas. Autarquia Metropolitana, que viria resolver sistema deveria em primeiro lugar servir. É naturalmente um objectivo muito ambi- muitos dos problemas de articulação regio- As Autarquias da AML há muito que vinham rei- cioso e que, a concretizar-se, irá constituir nal, como no caso presente. vindicando a criação de uma Autoridade Metropo- uma enorme mais valia na vida das popu- Este Grupo tem como função fornecer ele- litana de Transportes (AMT) que pudesse desen- lações da AML, e uma nova etapa na mobi- mentos que sustentem as decisões da JML volver uma política coordenada de mobilidade e lidade metropolitana. sobre esta temática, assim como contribuir transportes, e ser a solução para o problema de As Autarquias e os seus eleitos conhecem para o desenvolvimento da Região Metro- não existir um verdadeiro sistema de transpor- com profundidade os problemas, os an- politana como Cidade-Região, através de tes integrado, que tem posto em causa o direito seios e as necessidades das populações um modelo integrado de funcionamento da à mobilidade das populações. De facto, ao que dos seus Concelhos, nomeadamente na Mobilidade e Transportes centrado nos valo- hoje assistimos é à concorrência entre os vários área da mobilidade e transportes. Com o res sociais e humanos, enquanto factor de

30.31 MTPAML DESTAQUE | OPINISistemaÃO | metropolitanoCASCAIS de transportes de Lisboa Câmara Municipal de Almada O serviço Flexibus foi inaugurado com um mês de utilização grátis

Os dois mini-autocarros eléctricos do novo servi- O Flexibus circula nos dias úteis, entre as na Loja do Munícipe, no Parque de Estaciona- ço Flexibus, destinados a circular nas ruas mais sete da manhã e as sete da tarde, e aos sá- mento da Av. D. Afonso Henriques e nas Juntas antigas das freguesias de Cacilhas e Almada, en- bados das oito da manhã até à uma da tarde. de Freguesia de Almada e de Cacilhas. traram em funcionamento no dia 5 de Julho, com A partir do princípio de Agosto, o transporte Outra novidade é a natureza das viaturas, de viagens gratuitas durante todo este mês. será pago, mas com uma tarifa especial, de tracção exclusivamente eléctrica, o que as tor- Trata-se de um sistema de mobilidade inclusiva baixo custo, especialmente vocacionada na não poluentes e praticamente silenciosas. destinado prioritariamente à população sénior e para os mais idosos e os mais jovens (dois Estes mini-autocarros têm lugar para 27 pas- aos mais jovens, na zona histórica de Cacilhas e euros por um título quinzenal, três se for sageiros e mais um espaço para uma cadeira Almada, chegando a locais menos servidos pelos mensal). Estes bilhetes poderão ser adqui- de rodas. O intervalo de passagem entre cada transportes públicos já existentes. A intenção é ridos na empresa municipal ECALMA (na rua um e o próximo será, em princípio, de cerca de melhorar o acesso aos equipamentos sociais, Sociedade Filarmónica Incrível Almadense), 20 minutos. escolas, zonas comerciais e parques de estacio- namento, bem como a outros meios de trans- porte públicos. Há um percurso identificado por uma lista verde pintada no pavimento, mas está previsto que se possam fazer pequenos desvios a pedido dos utentes, para chegar a alguma das Instituições Particulares de Solidariedade Social situadas na área. A novidade principal é que não há paragens fixas de saída, detendo-se a viatura a pedido do utente no local da sua conveniência. A entrada de pas- sageiros é feita em “pontos de encontro” já devi- damente assinalados; mas nesta fase inicial, em que se procura habituar a população à presença do novo serviço, tem ainda sido possível levantar o braço, em qualquer ponto do trajecto, e ser aí recolhido.

32.33 MTPAML DESTAQUE | Sistema metropolitano de transportes de Lisboa Câmara Municipal do Barreiro Grande diversidade de projectos para uma mobilidade sustentável

À semelhança do que se tem registado noutros mização da utilização de todos os modos bilidades à estação ferroviária de Coina. aos projectos preconizados para o espaço concelhos, ao longo das últimas décadas, tam- de transporte, de uma forma integrada e •No sub-projecto FLEXIS (Serviços Flexí- concelhio do Barreiro e território envolven- bém o Barreiro tem sofrido uma evolução ne- em articulação/coordenação com o mode- veis para o Sul da Europa,) que decorreu te, dos quais se destacam o Novo Aeropor- gativa nos seus padrões de mobilidade, cada lo de desenvolvimento territorial. Para tal, no âmbito da OQR MARE, do qual resultou to de Lisboa, a Terceira Travessia do Tejo, a vez mais marcada pela utilização e dependên- o Município do Barreiro tem promovido a a divulgação e promoção de iniciativas de Circular Regional Interna da Península de cia do transporte individual em detrimento do sua participação em alguns projectos que deslocação em carpooling, por intermédio Setúbal/IC32, a Ligação Rodoviária Barrei- colectivo. Foi sentida a necessidade de con- visam promover maior sustentabilidade de uma plataforma digital de acesso públi- ro-Seixal, a Extensão do Metro Sul do Tejo, trariar esta conjuntura, sendo fundamental ao sistema de mobilidade e transportes, co (http://www.carpool.com.pt/). a Revisão do Plano Director Municipal do repensar o sistema numa perspectiva de opti- nomeadamente: •No Projecto da Linha Azul, o qual surge na Barreiro, o Projecto do Arco Ribeirinho Sul e •No sub-projecto TRAMO (Transporte Res- sequência de uma candidatura dos Servi- a Implementação do Plano de Urbanização ponsável, Acções de Mobilidade e Orde- ços Municipalizados dos Transportes Co- do Território da Quimiparque e Área Envol- namento), que decorreu no âmbito da lectivos do Barreiro ao QREN. Este pretende vente, os quais incidirão directamente ou Operação Quadro Regional (OQR) “MARE proporcionar à população formas alternati- terão uma influência significativa na rede o fomento de uma mobilidade ao serviço do cicleta no sistema de deslocações urbanas, – Mobilidade e Acessibilidade Metropo- vas de mobilidade colectiva (uma espécie de acessibilidades, mobilidade e transpor- desenvolvimento sustentável, reorientando reforçando a sua utilização em deslocações litana nas Regiões do Sul da Europa”, do de “táxi colectivo” mas com horário e per- tes deste município. as decisões sobre intervenções no territó- de curtas distâncias e integrando-a no siste- qual resultou a elaboração do “Manual curso fixos). Face às referidas dinâmicas viárias, urbanís- rio ao nível da ocupação e usos do solo e da ma de transportes públicos colectivos. de Metodologias e Boas Práticas para a •No Projecto PICAV (Personal Intelligent City ticas e territoriais programadas, o Município rede de transportes. - O Projecto “A pé para a Escola – Gestão da Elaboração de um Plano de Mobilidade Accessible Vehicle System), no âmbito do do Barreiro, em conjunto com os Municípios Por fim, há que salientar que o Município do Mobilidade em Comunidades Escolares”. Sustentável”. 7.º Programa Quadro, que inclui o desenvol- da Moita, Palmela, Seixal e Sesimbra, decidi- Barreiro encontra-se também a desenvolver Este projecto tem como objectivo promover •No sub-projecto ACFER (Acessibilidade às vimento de um automóvel eléctrico adapta- ram elaborar o “Plano de Mobilidade e Trans- e a colaborar em projectos relativos aos mo- a sensibilização e mudança comportamen- Estações Ferroviárias), que decorreu no do para pessoas com mobilidade reduzida. portes Intermunicipal para a Área de Influ- dos de transportes suaves, nomeadamente: tal dos alunos de uma comunidade escolar âmbito da referida OQR MARE, do qual re- A aposta em projectos que promovam a ência da Terceira Travessia do Tejo (Margem - A “Rede de Percursos Cicláveis do Município e contribuir, através de medidas de gestão sultou a construção de uma rotunda com mobilidade sustentável no Município do Sul)”. Este plano deverá ser um documento do Barreiro”. Decidiu-se criar esta rede com da mobilidade, para aumentar as desloca- o objectivo melhorar a ligação das acessi- Barreiro torna-se ainda mais crucial face estratégico e operacional que contribua para o objectivo de promover a integração da bi- ções a pé dos alunos.

34.35 MTPAML DESTAQUE | Sistema metropolitano de transportes de Lisboa

cias. Foram abrangidas três escolas básicas, Câmara Municipal de Lisboa Mestre Querubim Lapa, Mestre Arnaldo Lou- ro e a de São Sebastião da Pedreira; o projec- to irá sendo avaliado e ajustado à medida Facilitar os pequenos trajectos que se for estendendo a outras escolas até ao ano lectivo de 2011-2012, altura em que se prevê sirva todas as escolas do Ensino e levar crianças à escola Básico tuteladas pela autarquia. Este sistema consiste em concentrar as crianças (até um máximo de 12) em locais em tudo semelhantes a paragens de auto- carro, a uma distância máxima de seis minu- tos a pé do local de habitação, onde são re- colhidas por mini-autocarros e levadas até à escola, acompanhadas por um vigilante. No regresso são trazidas aos mesmos locais, onde só são deixadas se aí estiver o encar- regado de educação, caso contrário voltando para a escola, que contactará o referido en- carregado de educação. A frota inicial des- Constituído por uma frota de 22 mini-autocarros, 300 metros, o que também não se adequa Vermelha, Bela Flor, Marvila, Campo de Ouri- tinada a este agrupamento de escolas é de o serviço Lx Porta-a-Porta foi criado pela CML ao serviço dos táxis. que, Bairro Alto, Pena, Alfama /Castelo e Bica. oito mini-autocarros. em 2004, a partir de solicitações da população O Projecto LX Porta-a-Porta recebeu o diplo- Foi lançado, no ano lectivo findo, o projecto- Outro serviço original de acesso acompa- e para resolver necessidades de transporte em ma do Concurso Nacional de Boas Práticas piloto do serviço denominado Alfacinhas, nhado dos alunos às escolas é o PediBus, bairros históricos de difícil acesso. É um servi- Locais para o Desenvolvimento Sustentável que se destina ao transporte de crianças que funciona como um “autocarro humano” ço gratuito, prestado por viaturas de pequena 2006. Os percursos que existem actual- para as escolas do Ensino Básico, a partir de gratuito. Neste caso, as crianças, acompa- dimensão, equipadas com plataforma elevató- mente servem os bairros de Lumiar /Cruz um ponto muito próximo das suas residên- nhadas por um ou mais adultos (familiares ria para pessoas em cadeira de rodas, além de dos alunos em sistema de rotatividade), se- cadeiras para crianças; todas têm, também, um guem a pé até à escola, segundo um trajecto degrau eléctrico que facilita o acesso. com paragens pré-definidas. Este serviço destina-se prioritariamente a re- Este conceito já era aplicado em diversas ci- formados, a pessoas carenciadas e às crian- dades noutros países. Em Lisboa, as primei- ças que vão ou voltam da escola. Permite aos ras experiências de PediBus realizaram-se mais idosos saírem dos bairros onde, em mui- em 2005 e 2007, e a partir delas a CML pro- tos casos, vivem isolados, para chegarem aos curou transmitir o conhecimento adquirido a estabelecimentos ou serviços de que tenham outros Municípios, tanto na Área Metropoli- necessidade. tana de Lisboa como no resto do País. Essas O serviço Lx Porta-a-Porta não se sobrepõe primeiras acções-piloto incidiram em dois ao sistema público de transportes, antes pro- bairros, o de Alvalade e o de Campo de Ou- cura articular-se com ele. Por um lado, porque rique, criando-se circuitos de PediBus para as suas viaturas fazem percursos locais, pré- as escolas EB1 Sto. António, EB1 Fernando definidos, não cobertos pelos transportes Pessoa e EB1 Ressano Garcia. Mais recen- públicos colectivos; por outro, porque esses temente, o Bairro da Encarnação considera percursos dos munícipes não ultrapassam os igualmente iniciar o seu próprio PediBus.

36.37 MTPAML DESTAQUE | Sistema metropolitano de transportes de Lisboa Câmara Municipal de Loures Três anos de boa experiência do projecto de mobilidade Rodinhas

O Município de Loures tem vindo a desenvol- roviário existente, foram criados os ser- Merece particular destaque a possibilidade Procurando estimular o prazer pela leitura, ver projectos na área da mobilidade sustentá- viços Rodinhas, que se articulam com as de entrada e saída de passageiros fora das aliado à utilização dos transportes públi- vel, nomeadamente o Rodinhas e “A pé para estações da CP em Moscavide, Sacavém e paragens convencionais, nas partes do per- cos, foi desenvolvido o projecto “Rodinhas a Escola”, promovidos, respectivamente, pelo Bobadela, integradas nas linhas urbanas curso designadas por “Linha Azul”. a Ler”, pelo Clube Secreto de Leitores do Programa Operacional Regional de Lisboa e da Azambuja e de Sintra, bem como na A procura média mensal e a corresponden- Agrupamento de Escolas Portela e Mosca- pelo Programa Gulbenkian Ambiente. (regional). O Rodinhas de te taxa de ocupação dos veículos é em cada vide, em articulação com a C. M. Loures; Respondendo ao apelo do PROT-AML para uma Moscavide / Portela articulará com a fu- um dos percursos a seguinte: Moscavide / para o efeito foram colocadas estantes maior integração intermodal de transportes tura estação de Metro de Moscavide, que Portela - 22.804 passageiros e 68% de com livros em duas paragens do Rodinhas públicos de passageiros com o sistema fer- se insere na Linha Vermelha. Os quatro ocupação; Sacavém - 15.132 passageiros Moscavide / Portela e nos autocarros deste percursos já existentes são Moscavide / e 82% de ocupação; Camarate - 12.521 pas- serviço, para utilização dos utentes. Portela, Sacavém, Camarate e Bobadela sageiros e 71% de ocupação; Bobadela / S. O projecto “A pé para a Escola – Gestão da / S. João da Talha. João da Talha - 4.942 utilizadores e 26% de Mobilidade em Comunidades Escolares”, Adicionalmente, estes serviços assegu- ocupação. coordenado pelo Centro de Estudos de So- ram ainda deslocações de proximidade e Estes serviços transportaram um total de ciologia da Universidade Nova de Lisboa, sumir maiores proporções, condicionando do conceito PediBus, que promove a forma- têm vindo a sofrer ajustamentos de modo 1.444.914 passageiros desde 1 de Agosto pretende criar um modelo de intervenção a gestão da mobilidade e do espaço público ção de grupos de crianças “conduzidos” a a servir os melhores interesses dos mu- de 2007 até 30 de Abril de 2010. Os servi- social pela sensibilização de uma comuni- junto às entradas das escolas, com as con- pé por pais em percursos pré-definidos, nícipes. Os veículos utilizados cobram ços Rodinhas – Linha Azul de Loures são dade escolar relativamente ao modo de se sequentes implicações ao nível da seguran- para desenvolver uma maior autonomia uma tarifa económica e possuem lotação referidos no “Manual de Boas Práticas para deslocar de casa para a escola. ça rodoviária, ambiente, mas sobretudo na relativamente às deslocações diárias dos limitada - o que facilita as desloca- uma Mobilidade Sustentável” elaborado em Nos últimos anos constatou-se a massifica- saúde e desenvolvimento das crianças. alunos entre a casa e a escola, sem esque- ções urbanas em percursos de 2010 e coordenado pela Agência Portugue- ção do uso do automóvel no transporte das No Município de Loures, o projecto está a cer os benefícios ao nível da promoção da extensão reduzida - compen- sa do Ambiente, no âmbito da promoção crianças para a escola, em detrimento do ser implementado nas Escolas EB1/JI do saúde, do potenciar a orientação no espaço sando com um número elevado dos transportes públicos colectivos para modo pedonal. A tomada/largada de alunos Fanqueiro, da Flamenga e de Sacavém, ten- público, da segurança rodoviária, da sus- de frequências de passagem. uma mobilidade sustentável. nas escolas pelos seus pais tem vindo a as- do como um dos objectivos a dinamização tentabilidade e da cidadania.

38.39 MTPAML DESTAQUE | Sistema metropolitano de transportes de Lisboa

O Voltas funciona aos dias úteis das oito da Câmara Municipal de Odivelas manhã até às nove da noite. Cerca de metade do seu itinerário é denominado “linha azul”, sendo sinalizada por uma faixa azul pintada no Libertar do automóvel o centro pavimento de rodagem. Nos troços assim iden- tificados não existem paragens fixas nem ho- rários tabelados, bastando, para entrar ou sair histórico e facilitar as “Voltas” do autocarro, manifestar a intenção ao con- dutor. Estas zonas de “linha azul” são as que apresentam trânsito condicionado e onde se dos mais velhos e mais novos pretende que o autocarro conviva com o peão, nomeadamente o núcleo histórico antigo e zo- nas de comércio e serviços intensos. centro histórico, valorizando assim, estetica e passageiros, registando, ultimamente, uma As duas viaturas afectas a este serviço têm socialmente, este espaço nobre do concelho. média de 14 mil passageiros por mês. capacidade para 15 passageiros sentados e 6 Naturalmente, haverá sempre circulação auto- Outro serviço recentemente implementado foi em pé, sendo disponibilizadas pela Rodoviária móvel de residentes, veículos de emergência e o PediFalcão (o nome que tomou, neste caso de Lisboa. de serviço de cargas e descargas, mas a velo- concreto, o conceito do PediBus, já conhecido Com a implementação deste projecto, a Câ- cidades muito condicionadas, que nesta zona na Europa e posto em prática em vários dos mara Municipal pretende, no futuro, retirar serão de 30 km/h. nossos concelhos). Este PediFalcão teve o seu o trânsito automóvel daquela zona e cobri-la Desde a sua entrada em funcionamento, em percurso inaugural em 25 de Janeiro de 2010 apenas com o transporte colectivo. Trata-se de 11 de Maio de 2009, e até Abril do corrente ano, e serve o núcleo urbano da Pontinha, na envol- privilegiar o modo de deslocação pedonal no o serviço Voltas já transportou mais de 53 mil vente à Escola Básica do 1º Ciclo Mello Falcão.

O serviço de transporte público urbano Vol- tas, inaugurado em Maio do ano passado, visa criar melhores condições de mobilidade para a população no centro histórico de Odivelas, tendo especialmente em conta os munícipes séniores, os de mais baixos rendimentos e os estudantes. Outro objectivo é garantir melhor acessibilidade aos principais equipamentos de utilização colectiva, como a estação do Metro, o Centro de Saúde, estabelecimentos de ensino e zonas importantes de comércio e serviços. A experiência destes catorze meses revela que a carreira urbana Voltas está a dar res- posta às necessidades de transporte público no centro histórico. Além de colmatar as ca- rências que havia para as pequenas deslo- cações do quotidiano, trouxe ganhos de mo- bilidade aos mais velhos, sobretudo aos que têm dificuldade em se deslocar, mesmo nas pequenas distâncias.

40.41 MTPAML DESTAQUE | Sistema metropolitano de transportes de Lisboa Câmara Municipal de Oeiras Soluções pioneiras de mobilidade e investimento nas deslocações entre freguesias vizinhas

O Oeiras COMBUS nasceu de uma parceria entre definidos itinerários que servem os princi- çado em 2007 nas freguesias de Carnaxide, De facto, apesar de ser um transporte pas- Igualmente prevista está a ligação ao Con- chamada”, o que se traduz numa eleva- o Município e a empresa VIMECA, tendo como pais pontos de interesse para a vida quoti- Linda-a-Velha e Queijas, tendo, até 2009, sível de ser utilizado por todas as pessoas, celho de Sintra, na zona do Cacém, naquela da flexibilidade da sua oferta. Por último, pressuposto a criação de uma rede de carrei- diana intra-freguesia como o Centro de Saú- sido progressivamente alargado às restan- tem uma particular atenção para com os que será a primeira ligação entre as linhas o seu carácter não poluente, confirmado ras urbanas complementares à oferta de trans- de, as zonas comerciais locais, as Escolas, tes sete freguesias do Concelho. cidadãos de menores rendimentos. Assim, ferroviárias de Sintra e Cascais num meio pela Certificação ISO 14001:2004, aponta porte colectivo já existente. Com o objectivo as farmácias ou a Junta de Freguesia. O principal factor de diferenciação deste ser- os munícipes com rendimentos mensais de transporte colectivo não rodoviário. a direcção que no futuro os transportes de aumentar a mobilidade local e potenciar as Com um investimento que já ultrapassou o viço é a criação de tarifários especiais adap- inferiores ao salário mínimo nacional estão Com frequências aproximadas de quatro colectivos urbanos terão necessariamente deslocações entre freguesias vizinhas, foram milhão de euros, o Oeiras COMBUS foi lan- tados às necessidades sociais dos utentes. isentos de pagamento. Por outro lado, verifi- minutos, pode igualmente ser utilizado “à de trilhar. ca-se uma forte procura entre os munícipes seniores que utilizam o Oeiras COMBUS nas suas deslocações diárias. Com graus de procura diferenciados de fre- guesia para freguesia, o Oeiras COMBUS tem sido um factor impulsionador da mobilidade local no Concelho, tendo em 2009 transpor- tado mais de 200.000 passageiros. Cronologicamente anterior, no que se refe- re à entrada em funcionamento, mas tec- nologicamente mais avançado, o Sistema Automático de Transporte Urbano de Oeiras (SATU-Oeiras) reflecte o pioneirismo do Mu- nicípio. Este transporte inovador circula em sítio próprio e, actualmente, possibilita a li- gação entre a Estação de Caminho-de-Ferro de Paço de Arcos e o Parque dos Poetas. Futuramente, o SATU-Oeiras servirá os Par- ques Empresariais Lagoas Park e Taguspark, potenciando a sua procura.

42.43 MTPAML PME’S INOVAÇÃO PME’S INOVAÇÃO

DESPORTO NO FEMININO Sete anos após Constance e Pedro Ruiz terem lançado o conceito de fitness, destinado ao público feminino, há mais de uma centena de ginásios da marca a funcionar em Portugal e Espanha

Tudo começou quando Constance Ruiz, profissional norte-americana quais em sistema de franchise, algumas unidades em Espanha e está Mãos à obra Mas, como é evidente, o conceito tinha de ser divulgado. Por isso, estive- que apoiou o desenvolvimento da área do fitness nos primeiros Hol- a dar os primeiros passos na Índia. Hoje, Constance Ruiz, presidente do Quando chegaram a Portugal, puseram mãos à obra. Tiraram um cur- ram presentes em feiras do sector e fizeram acções de relações públicas. mes Place em Portugal, desafiou o marido com um novo conceito des- Vivafit, acredita que o sucesso da empresa se deve muito ao seu conhe- so com Casey Conrad, especialista na área de venda de fitness nos Quase dois anos mais tarde, em Dezembro de 2003, abriu o primeiro fran- te tipo de actividade, já generalizado nos Estados Unidos mas ainda cimento do sector do fitness e à capacidade empresarial do marido. Estados Unidos, procuraram um espaço para o primeiro ginásio e pre- chise em Massamá, zona “habitada por uma classe média endinheirada, não divulgado em Portugal. Pedro Ruiz, empresário com interesses O Grupo Vivafit foi a marca nacional pioneira na introdução, em Por- pararam os colaboradores necessários. onde os dois membros dos casais trabalham, e fazia sentido uma oferta em sectores diversificados, vislumbrou logo o potencial do negócio tugal, do conceito de ginásio só para mulheres. Lidera actualmente O primeiro Vivafit foi aberto em Janeiro 2002, nas instalações do Lago deste tipo, até porque não havia nada similar”, diz Pedro Ruiz. e contactou primeiro a cadeia Curves para requisitar o seu master este segmento, com uma quota de mais de 67% do mercado. O seu de Windsurf de Oeiras. Não foi a melhor escolha, como os proprie- franchise, para fornecer serviços a franshisados desta marca em volume de negócios em 2009 foi de 18,5 milhões de euros, valor que tários da empresa iriam constatar passado algum tempo, por estar Crescimento acelerado Portugal. Depois o casal decidiu prosseguir sozinho o seu percurso, se deverá elevar para 22 milhões este ano. afastado de potenciais clientes. Mas serviu como teste de lançamen- O segundo dos seus cinco ginásios próprios foi inaugurado em Alma- por acreditar nas suas capacidades para criar e fazer crescer um ne- Após a tomada de decisão de se iniciarem na actividade a solo, Constance to do conceito Vivafit, e de aprendizagem em termos de marketing e da em Janeiro de 2004. A partir daí houve como uma explosão, que gócio deste tipo. e Pedro Ruiz deslocaram-se aos Estados Unidos para visitarem ginásios serviço aos clientes, para encontrar a melhor forma de o negócio fun- levou à abertura de 113 estabelecimentos, até hoje, dois deles em Es- com o conceito que pensavam implementar. O destino levou-os a uma pe- cionar, mesmo ali, num local afastado como aquele. Foi esse um dos panha. O Vivafit oferece soluções defitness a pessoas que procuram Sistema de franchise quena aldeia da Florida, onde o estabelecimento que procuravam estava factores “que deu confiança aos investidores para considerarem que receber os benefícios de um programa de exercício regular, através Tinham razão. Sete anos após a abertura do primeiro ginásio Vivafit, o a fechar. Como os seus proprietários queriam vender os equipamentos, os ginásios poderiam funcionar em qualquer lado”, diz Pedro Ruiz, di- de aulas de trinta minutos que conjugam os efeitos aeróbico e de grupo fundado por Constance e Pedro Ruiz tem mais de uma centena adquiriram-nos, deixando-os num armazém local por terem avião marca- rector geral do Vivafit, acrescentando que, desde o início, pretendiam resistência das máquinas, montadas alternadamente num “circuito” de estabelecimentos abertos em território nacional, a maior para dos do para o dia seguinte. Mas já não podiam voltar atrás. implementar um franchise. que tem se ser percorrido pelas participantes.

44.45 MTPAML PME’S INOVAÇÃO PME’S INOVÇÃO

Originalmente concebidas para serem utilizadas para reabilitação, as importadas dos Estados Unidos, mas hoje são fabricadas em Portugal as línguas da empresa. Com a diversificação de mercados e aumento máquinas hidráulicas do Vivafit oferecem, às utentes, um movimen- pela Miralago, empresa nacional que produz equipamentos de fitness. de número de ginásios, é essencial que a informação, tal como as ac- to duplo concêntrico, sem a resistência “negativa” das máquinas de Hoje o Grupo Vivafit continua a crescer, mas a ritmo mais baixo. A pers- ções de marketing, cheguem até franchisados, monitores, clientes, pesos e cargas, o que lhes permite não ficarem com ácido láctico nos pectiva é abrir mais 11 ginásios em Portugal e um em Espanha. e seja facilmente perceptível. seus músculos. Evitam, assim, as dores musculares tradicionalmen- Pedro Ruiz diz que a capacidade nacional para este tipo de estabeleci- Pedro Ruiz não quer crescer demasiado depressa lá fora. Este ano já está te associadas ao exercício e continuam a voltar e ter resultados. mentos está quase preenchida. Por isso, está a olhar para o mercado a avançar um master franchise na Índia. Para o ano, serão mais dois ou externo e a preparar novos caminhos de expansão. Para além de estar três noutros mercados. Apesar de aparecerem vários interessados todos Formato de aulas a dar os primeiros passos na Índia, mostra-se atento ao mercado sul- os dias, de há dois anos para cá, só agora é que fecharam o primeiro con- As participantes avançam nas máquinas sequencialmente, manten- americano e expressa, com entusiasmo, a sua visão de ver milhares trato, com a Índia. do uma média de 30 segundos de intervalo. Dependendo do formato de Vivafit abertos em vários pontos do planeta. Mas não quer que isso Para o director geral da Vivafit, é importante seleccionar as empresas que da aula, são usados diferentes aparelhos de velocidade e resistência aconteça a qualquer preço, porque é necessário salvaguardar a ima- detém o master franchise para determinado mercado. “Eles têm de ser para proporcionar variedade, desafio e melhoria da condição física. gem da marca e todo o conceito que a sustenta. melhores que nós em tudo”, salienta. No fundo, é a forma de assegurar a Durante todo o dia, as aulas são dadas por instrutoras que ensinam, imagem de qualidade da marca e a durabilidade do projecto. Até 2014, a motivam e apoiam as utentes. Mercado externo Vivafit pretende ter consolidada uma rede com cerca de 150 ginásios em Para além de ser detentor do conceito, o Vivafit fornece as máquinas Uma das suas bases é a comunicação. Por isso, a Vivafit está a estu- Portugal, 250 em Espanha e cinco master franchises na Europa, América que equipam os ginásios da marca aos franchisados. Inicialmente eram dar mercados que se expressem em português, espanhol ou inglês, Central e do Sul e Médio Oriente.

46.47 MTPAML turismo E LAZER

PATRIMÓNIO

O próximo Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora (FIBDA) realiza-se entre os dias 22 de Outubro e 7 de Novembro. À se- melhança das edições anteriores, esta 21ª edição do evento organiza Concursos de BD e de Cartoon, este ano com a República como seu tema central, em ano de comemoração dos 100 Anos da sua implan- tação em Portugal. O FIBDA é o evento do género mais duradouro e de maior dimensão em Portugal. Acolheu, ao longo das duas últimas décadas, autores, editoras, fanzines, livrarias e muitos projectos ligados à banda dese- nhada, com muitos graus de mediatização. E, é claro, muitas pessoas, gente que gosta de banda desenhada e tem, ali, uma forma de poder estar próxima dos autores desta arte, que tem como heróis nomes tão mediáticos como Astérix e Obélix, Lucky Luke e os Dalton, Corto Maltese, Tintim, Blake e Mortimer, entre muitos outros. Para Nelson Dona, director do evento, “a organização do festival tem sido um trabalho de compatibilização entre os objectivos de promoção artística e encontrar os meios para o fazer”. O sucesso da organização pode ser atestado pelo facto de a FIBDA marcar hoje o calendário de banda desenhada internacional e ser um dos eventos culturais mais importantes a decorrer em Portugal, não só pela sua dimensão e qua- lidade artística, mas também pela sua longevidade e regularidade. A existência do festival faz com que se fale de banda desenhada no nos- Nelson Dona, so país, pelo menos durante o período em que decorre o evento. director do Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora Hugo Lima Hugo

O Festival Internacional de Banda Desenhada DA AMADORA Revelou autores desconhecidos, trouxe a Portugal os heróis mais mediáticos e coloca todos os anos o termo BD na boca dos portugueses. O Festival Internacio- nal de Banda Desenhada da Amadora faz 21 anos

48.49 MTPAML PATRIMÓNIO PATRIMÓNIO Hugo Lima

Os primeiros passos uma aposta muito segura”, diz Sara Figueiredo Costa, coordenadora A primeira edição do festival decorreu em 1990, numa iniciativa da do Almanaque dos XX anos do FIBDA. Câmara Municipal da Amadora. Foi um certame marcado pela pre- De um pequeno espaço de exposições, o festival cresceu até ocupar sença de autores portugueses. Mas Lucky Luke e o seu autor, Morris, uma área muito mais vasta, com várias actividades a desenvolver-se estiveram em grande destaque no evento, com um protagonismo que em paralelo. Houve muitos debates, conferências, lançamentos edi- levantou alguma polémica em relação à atenção dada aos autores toriais, workshops e várias outras actividades associadas. portugueses, mas que não desviou o Festival dos seus verdadeiros As filas de pessoas para aceder às mesas para os autores presen- propósitos, bem expressos no texto do vereador do pelouro da cul- tes autografarem das suas obras foram-se alongando com o passar tura inserto no desdobrável que servia de catálogo à exposição: “À dos anos, tanto para alguns autores portugueses como estrangeiros. Amadora cabe agora contribuir para o alargamento da influência da Cresceram também as exposições, alargando-se a latitudes onde a B.D. em Portugal”. banda desenhada não é conhecida, e não só do público português. Foi Nessa altura, o mercado de banda desenhada tinha um espaço dimi- o caso da BD africana, da América Latina, da Finlândia ou da Coreia, que nuto, marcado essencialmente pela pujança editorial da Meribérica- teve, pela primeira vez, obras expostas fora do seu país de origem. -Liber. A herança de um passado glorioso, alimentado por publicações Da fase inicial em que havia uma exclusividade, quase total, de auto- periódicas que deram a ler uma produção fortíssima, que associou res portugueses, o festival passou para uma outra mais cosmopolita, a banda desenhada a suplementos de algumas publicações periódi- em que se passaram a juntar nele autores de outros países e conti- cas e revistas juvenis, como o Tintim, fazia-se sentir. Por isso, “a ideia nentes, disponíveis para o contacto com os leitores e conversa sobre de fazer um festival que se tornasse um evento duradouro, capaz de o seu trabalho. Esta evolução positiva do certame fez com que o in- atrair investimentos e muito público, não parecia necessariamente vestimento municipal nele tivesse também crescido.

50.51 MTPAML PATRIMÓNIO PATRIMÓNIO

Um evento universal O FIBDA passou a ser organizado noutros espaços, e o trabalho com as escolas assumiu uma importância incontornável, criando siner- gias que contribuem para a formação de novos públicos. O Festival de Banda Desenhada da Amadora já esteve na Galeria Municipal, Fórum Luís de Camões, na estação de metro Amadora-Este, na Escola Inter- cultural ou na Fábrica da Cultura, levando as pessoas a apreciar esta arte em vários pontos do concelho. Por outro lado, “fruto de parcerias estabelecidas ao longo do tempo com muitas instituições, festivais e museus de todo o mundo, a vinda de exposições estrangeiras à Amadora é feita por permuta, o que permite apresentar autores portu- gueses em locais tão importantes como Angoulême, Paris, Bruxelas, Hong Kong ou Piracicaba no Estado brasileiro de São Paulo”, diz Nel- son Dona. Até agora, foi aos grandes festivais que coube o papel mais visível de divulgação, exposição e promoção da banda desenhada. O FIDBA tem mostrado, ao grande público, trabalhos de autores de vocação comer- cial notória, onde se incluem desde séries históricas assinadas pelos grandes mestres até aos fenómenos editoriais dos grandes centros de produção e autores menos conhecidos. É um equilíbrio que vai garantindo vários pontos de interesse para um público diversificado. Hugo Lima Por isso, é natural a apetência do público pelo festival, por uma arte com apreciadores de todas as idades. E o próximo é já em Outubro.

52.53 MTPAML PATRIMÓNIO turismoPATRIM e LAÓZNIOER

A valentia das gentes da Moita, a sua ligação à festa brava, os glo- riosos momentos vividos na antiga Praça da Caldeira e na arena da Praça Daniel do Nascimento, são dados inequívocos de que esta é uma terra de gente aficcionada. É uma história que se escreve há três séculos, mais precisamente desde 1721, ano de que é conhecido o primeiro registo de festejos taurinos no concelho da Moita, por ocasião da festa religiosa em honra de Nossa Senhora do Rosário, na freguesia do Gaio - Rosário. Os registos ligados à Festa em honra de Nossa Senhora da Boa Via- gem, na Moita, datam de 1835 e 1836 e mencionam as corridas de toiros realizadas no decurso das festas locais, em duas tardes do mês de Setembro. As largadas de toiros realizadas, actualmente, na avenida Dr. Teófilo Braga, um dos eventos mais atractivos de todas as festas, também têm a sua história. Inicialmente eram largados toiros na Praça da Caldeira, no final de cada corrida, para os curiosos. Mas quando de- correu a inauguração da Praça Daniel do Nascimento, a largada de toiros na avenida proporcionou tamanho divertimento às pessoas que acabou por se tornar num evento obrigatório das festividades. As entradas de toiros estavam ligadas ao antigo maneio do trans- porte de gado do pasto para as praças de toiros. Com o evoluir do transporte rodoviário, as entradas passaram a ser organizadas de forma bem diferente, com a criação de “mangas” próximas dos locais das largadas, que permitem a passagem dos animais pelas ruas da vila para contentamento das centenas de pessoas que não perdem uma entrada de toiros.

A Praça da Caldeira A autenticidade e a tradição da Festa Brava fez crescer, ao longo de décadas, o número de aficcionados e determinou a necessidade de profissionalizar os eventos realizados, numa perspectiva evidente de exploração económica do espectáculo. Assim é criada na Moita, em 1871, a Sociedade Tauromáquica “Renascença”, que viria a cons- truir a Praça baptizada com os nomes de Praça da Caldeira ou de Nossa Senhora da Boa Viagem, com capacidade para 4 mil pessoas. A Festa Brava NA moita Entre 1872 e 1947, a Praça da Caldeira cumpriu 75 anos ao serviço da festa brava, interrompidos por uma vistoria que detectou carên- O amor à Festa Brava vivida na Moita, uma história com 300 anos, está testemu- cias ao nível das condições de segurança. À época, a relevância nhado em poemas, fados, nas pinturas de casas e nas embarcações tradicionais assumida pela tauromaquia nas festas determinou que, em 1948 e 49, e na sequência do encerramento da Praça, não se realizassem do Tejo. Partilhar esta entrega apaixonada e aficcionada é uma experiência ines- as Festas em honra de Nossa Senhora da Boa Viagem. Um novo mo- quecível vimento é então criado para a construção de uma outra praça de toiros, constituindo-se a Sociedade Moitense de Tauromaquia, pro- prietária da actual praça de toiros, que tomou a denominação

54.55 MTPAML PATRIMÓNIO PATRIMÓNIO

de Daniel do Nascimento, bandarilheiro de reconhecido prestígio nascido na Moita, que foi inaugurada a 16 de Julho de 1950. Ao longo destes anos, a Moita tem consolidado uma posição cimeira no panorama tauromáquico, acolhendo a mais importante Feira Tau- rina de Portugal, que se realiza em Setembro, aquando das Festas em honra de Nossa Senhora da Boa Viagem. Pela arena da Praça de Toiros Daniel do Nascimento têm passado todos os grandes nomes do toureio nacional e internacional, uma praça de primeira categoria que assinala este ano 60 anos de existência. As festividades e os eventos tauromáquicos foram ganhando noto- riedade, com o passar dos anos, atraindo cada vez mais amigos e forasteiros. Hoje, as festas, em especial a que decorre em Honra de Nossa Senhora da Boa Viagem, são um ponto de encontro, amizade e convívio, em torno das quais foram sendo criadas novas dinâmicas. A “Tarde do Fogareiro” é um exemplo recente e uma iniciativa que reúne milhares de pessoas na tarde de sexta-feira da festa de Se- tembro. Esta foi a forma encontrada pelos aficcionados, que partici- pam nas largadas ao final da manhã, de darem continuidade à festa sentados à volta da mesa, em plena avenida, a degustarem um bom prato de carnes grelhadas no fogareiro, num ambiente onde reina a animação e a confraternização, e que atrai cada vez mais gente. Curioso é, igualmente, o facto de existirem muitos fogareiros em toda a avenida que, no meio das largadas, e presos às árvores com sistemas manuais criativos que permitem elevá-los, vão afagando os estômagos dos mais afoitos e curiosos.

56.57 MTPAML PATRIMÓNIO PATRIMÓNIO

ga, na Moita; as largadas em Sarilhos Pequenos, em Alhos Vedros e na Barra Cheia. Na freguesia do Gaio-Rosário, entre os meses de Junho e Agosto têm lugar ao fim-de-semana as largadas na praia do Rosário, em que o espaço da largada está delimitado entre o areal e a água. A Feira Taurina, em Setembro, continua a ser a mais impor- tante do País e é o momento alto do calendário taurino. A cultura e tradição taurina constituem um atractivo importante para a dinamização do turismo e da actividade comercial local, seja pelos milhares de aficcionados que passam pela avenida para as- sistirem a uma largada de toiros, seja pelos que elegem a Praça Da- niel do Nascimento como palco de excelência na agenda dos muitos espectáculos taurinos que se realizam no país. O amor à Festa Brava vivida na Moita, testemunhado em poemas, fa- dos, nas pinturas de casas e nas embarcações tradicionais do Tejo, é merecedor de uma visita ao concelho para sentir o pulsar de uma população que, de uma forma ou de outra, está sempre ligada à Fes- ta. Partilhar esta entrega apaixonada e aficcionada é uma experiência inesquecível, que vale a pena viver num concelho que aposta no bem- -estar à beira Tejo, na preservação da sua cultura, tradições, patrimó- nio histórico e natural, num melhor ambiente e onde a qualidade de vida é uma realidade.

Toureio apeado A pega de toiros A tradição tauromáquica na Moita é mais vincada no toureio apeado, De regresso aos toiros, falta mencionar os “últimos românticos da arte onde se destaca o nome de António do Carmo Costa, o primei- festa”, como são denominados por alguns autores, ou os “jovens ro matador de toiros da terra com alternativa tirada no México em moços de forcado da terra”, como são caracterizados em docu- 1984. Desde essa data, e fruto do trabalho realizado pela Escola de mentos mais antigos, que simbolizam toda a garra e coragem que Toureio da Moita no final da década de 90, três jovens novilheiros é necessária para enfrentar o toiro, desafiando-o para um corpo conseguiram alcançar a alternativa como matadores de toiros: Luis a corpo. A forcadagem é uma tradição genuinamente portuguesa Vital “Procuna”, Nuno Filipe “Velasquez” e Sérgio dos Santos “Parri- e encontra na Moita, apelidada por alguns críticos como a Sevilha ta”, e cerca de uma dezena seguiu a carreira de bandarilheiro. portuguesa, figuras célebres na arte de pegar toiros. Um dos mo- O toureio a cavalo também tem a sua história no concelho, com vá- mentos mais emotivos de uma corrida à portuguesa é o momento rios cavaleiros amadores a abrilhantarem algumas das praças mais da pega, da união entre o homem e o toiro, entre a coragem e a importantes do país. No entanto, nenhum deles concretizou a sua bravura, em que se desafia a vida por amor à arte de pegar toiros. alternativa. Mas a ligação ao cavalo e à arte equestre não é restrita É uma arte centenária na Moita, com primeiro registo de um grupo ao toureio a cavalo. de “moços de forcado da terra” datado de 6 de Agosto de 1905. No concelho da Moita, a actividade ocupa lugar de destaque com Há, hoje, dois grupos no activo: o Grupo de Forcados Amadores da diversificadas iniciativas, entre as quais se destacam a Romaria Moita e o Grupo de Forcados Amadores do Aposento da Moita. Reú- a Cavalo Moita – Viana do Alentejo, que decorre no último fim-de- nem dezenas de jovens audaciosos, onde impera o espírito de grupo -semana de Abril e a Feira Equestre, que ocorre no segundo fim-de- e camaradagem, que preserva e dá continuidade a uma tradição en- -semana de Julho. Por outro lado, existem diversas associações e raizada na nossa cultura. grupos ligados à actividade equestre que dinamizam os seus pró- Da agenda de eventos ligados à Festa Brava destaca-se a Feira de prios eventos, com um número crescente de adeptos. Maio, com as corridas e as largadas de toiros na Avenida Teófilo Bra-

58.59 MTPAML Fundos Comunitários Fundos Comunitários

Ao abrigo do contrato assinado entre a Autoridade de Gestão Modernização do PORLisboa e a AML, foram definidas, nos termos do Decre- to-lei nº 312/2007, de 17 de Setembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei nº 74/2008, de 22 de Abril, as competências do Parque Escolar da Área Metropolitana de Lisboa como organismo intermédio da Área Metropolitana do PORLisboa, designadamente: a) Assegurar que são cumpridas as condições necessárias de Lisboa de cobertura orçamental das operações b) Assegurar a organização dos processos de candidatura de operações ao financiamento pelo POR Lisboa

c) Garantir o cumprimento dos normativos aplicáveis nos do- mínios da concorrência, da contratação pública, dos auxílios estatais, do ambiente e da igualdade de oportunidades ­• Mobiliário escolar, material didáctico e equipamento informático d) Assegurar a conformidade dos contratos de financiamen- No âmbito do QREN 2007-2013, a Autoridade de Gestão do Programa No que concerne a Modernização do Parque Escolar da Área Metro- destinado a apetrechar as novas salas de aula e outros equipa- to das operações apoiadas com decisão de financiamento Operacional Regional de Lisboa celebrou um Contrato de Delegação politana de Lisboa (1º Ciclo do Ensino Básico e Pré-Escolar), foram mentos necessários ao funcionamento de espaços específicos e respeito pelos normativos aplicáveis de Competências sem Subvenção Global com a Área Metropolitana aprovadas pelo PORLisboa quarenta e seis operações de projectos resultantes da construção ou ampliação de estabelecimentos do de Lisboa, a quem delegou competências na gestão e acompanha- infra-estruturais de raiz e de remodelação/ampliação de equi- 1º ciclo do ensino básico e da educação pré-escolar; e) Verificar que foram fornecidos os produtos e os serviços mento de duas tipologias de projecto: a Requalificação da Rede Es- pamentos, integrados no Eixo Prioritário III “Coesão Social” deste ­­• Eliminação dos regimes de funcionamento duplos; financiados colar do 1º Ciclo do Ensino Básico e da Educação Pré-Escolar e o programa operacional regional, que concorre para a promoção do ­• Progressiva suspensão do funcionamento das Escolas do 1º Ciclo Sistema de Apoio à Modernização administrativa (SAMA). desenvolvimento da Região de Lisboa e para a coesão nacional. do Ensino Básico de reduzidas dimensões, designadamente as f) Verificar a elegibilidade das despesas, identificando e jus- escolas com menos de 20 alunos; tificando a natureza e o montante das despesas elegíveis Estes projectos configuram objectivos de melhoramento e alarga- ­­• Eliminação de edifícios de construção precária, nomeadamente e não elegíveis previstas nas candidaturas mento da Rede Escolar do 1º Ciclo do Ensino Básico e da Educação pavilhões pré-fabricados. g) Assegurar que as despesas declaradas pelos beneficiários Pré-Escolar, com vista a satisfazer as necessidades da população e para as operações foram efectuadas no cumprimento das re- a atenuar as carências deste tipo de infra-estruturas diagnosticadas As obras de construção/ampliação/requalificação das escolas, gras comunitárias e nacionais, podendo promover a realiza- nas cartas educativas dos concelhos do território da AML, em virtude com enfoque na modernização do parque, concentram os seus ção de verificação de operações por amostragem, de acordo do aumento do crescimento demográfico que se tem vindo a acentu- objectivos na qualificação de espaços educativos, onde se possa com as regras comunitárias e nacionais de execução ar ao longo da última década nas áreas metropolitanas do país. de forma efectiva abrir a escola à comunidade e conferir a estes As obras de remodelação e construção dos novos edifícios visam espaços segurança. A acessibilidade e inclusão para pessoas com h) Assegurar que os beneficiários e outros organismos a modernização do parque, promovendo a utilização de edifícios deficiência, contemplando igualmente soluções duradouras, foram abrangidos pela execução das operações mantêm um escolares dotados de elevada qualidade arquitectónica e funcio- previstas quer na inovação arquitectónica dos equipamentos, quer sistema contabilístico separado ou um código contabi- nal que possibilitem um eficaz reordenamento da rede educativa no reforço dos equipamentos tecnológicos. No plano da construção lístico adequado para todas as transacções relacionadas e contribuam para a melhoria da qualidade das aprendizagens dos foram, ainda, previstos mecanismos de eficiência energética, como com a operação sem prejuízo das normas contabilísticas alunos, e tendo como objectivos centrais: a colocação de painéis solares, de modo a que os custos de gestão nacionais ­• Construção/ampliação/requalificação de escolas básicas que in- e de manutenção sejam mais reduzidos. i) Assegurar a recolha de dados físicos, financeiros e esta- tegrem, preferencialmente, o 1º Ciclo e a Educação Pré-Escolar, Os projectos de modernização corresponderam a um esforço finan- tísticos sobre a execução para a elaboração dos indicado- na perspectiva da criação de Centros Escolares; ceiro, por parte dos Municípios, na ordem dos 102.992.107,74€, res de acompanhamento e para os estudos de avaliação- € ­• Arranjos exteriores dentro do perímetro dos estabelecimentos do dos quais 26.564.376,55 são financiados pelos fundos comuni- estratégica e operacional. 1º ciclo do ensino básico e da educação pré-escolar a construir/ tários FEDER. Neste momento, a execução global desta tipologia de ampliar/requalificar; projecto encontra-se na ordem dos 54%.

60.61 MTPAML Fundos Comunitários Fundos Comunitários

Operações aprovadas - Modernização do Parque Educativo - 1º Ciclo do Ensino Básico e Pré-escolar QREN - PORLisboa Investimento Investimento Elegível Financiamento FEDER Escola Básica Mina Município da Amadora €2.909.806,88 €1.200.000,00 €600.000,00 Designação das Operações Beneficiário Total Aprovado Aprovado Remodelação e Ampliação da Município de Vila Franca EB1 / JI nº 3 da Póvoa de Sto. Município de Odivelas €1.402.965,45 €840.795,66 €420.397,83 EB1/JI de Alverca (Malva Rosa) €2.000.000,00 €1.600.000,00 €800.000,00 de Xira Adrião Escola 1º ciclo + Jardim-de- Escola EB1_JI do Porto Município de Sesimbra €2.065.000,00 €1.500.000,00 €750.000,00 Município de Odivelas €2.737.105,52 €1.600.000,00 €800.000,00 -Infância do Pinhal General Pinheiro - Odivelas Escola do 1º CEB nº 3 de Birre Município de Cascais €1.062.850,83 €629.600,00 €314.800,00 Construção e Apetrechamento da Escola Básica do 1º Ciclo Município de Almada €2.142.880,19 €1.280.035,00 €640.017,50 EB1/JI Pinhal de Frades Município do Seixal €930.162,31 €453.346,26 €226.673,13 com Jardim-de-Infância Vale Figueira nº 1 Escola Básica de Vila Chã Município da Amadora €3.091.946,44 €1.585.479,96 €792.739,98 Construção e Apetrechamento EBI 2.3 Luísa Todi Município de Setúbal €2.385.186,84 €1.353.999,15 €676.999,58 da Escola Básica do 1º Ciclo Município de Almada €2.189.548,87 €1.305.049,30 €652.524,65 Escola Básica 1 de Varge com Jardim-de-Infância Município de Sintra €2.126.375,54 €1.468.125,00 €734.062,50 Mondar Almada nº 2 Escola Básica do 1º Ciclo do Construção e Apetrechamento Ensino Básico com Jardim-de- da Escola Básica do 1º Ciclo Município de Palmela €2.529.925,06 €1.600.000,00 €800.000,00 Município de Almada €1.485.602,27 €541.076,65 €270.538,32 -Infância em Val’ Flores. Pinhal com Jardim-de-Infância Novo Trafaria nº 2 Escola Básica do 1º Ciclo de Ampliação e Requalificação da Município de Palmela €1.995.312,37 €1.300.000,00 €650.000,00 Município do Montijo €509.880,88 €316.642,17 €158.321,08 Pinhal Novo 2 EB1/JI do Afonsoeiro Jardim-de-infância da EB/JI Município de Vila Franca Município da Moita €711.094,56 €357.439,00 €178.719,50 EB1 Dr. Sousa Martins €1.391.715,25 €1.198.524,60 €599.262,30 nº1 da Moita (Palheirão) de Xira Município de Vila Franca Construção e Apetrechamento EB1/JI de Vialonga €2.501.128,78 €1.333.493,80 €666.746,90 da Escola Básica do 1º Ciclo com Município de Almada €2.440.513,00 €1.293.783,00 €646.891,50 de Xira Jardim-de-Infância Pragal nº2 Construção e Apetrechamento 2ª Fase da EB1 nº 9 de da EB1/JI da Quinta das Mós Município de Loures €2.811.675,06 €1.343.508,66 €671.754,33 Município de Odivelas €1.777.824,76 €894.858,22 €447.429,11 Odivelas - Arroja (Loures) Remodelação e ampliação Construção e Apetrechamento da EB1 nº 3 de Loures para Município de Loures €1.420.278,00 €1.166.928,00 €583.464,00 da EB1/JI da Quinta do Município de Loures €2.837.029,50 €1.355.423,10 €677.711,55 integração do JI do Fanqueiro Conventinho (Loures) Antiga Escola Mendonça EB1/JI da Quinta do Batateiro Município do Seixal €3.792.735,00 €1.575.600,00 €787.800,00 Município do Barreiro €1.466.563,37 €1.456.173,16 €728.086,58 Furtado - Centro Escolar EB1/JI de Linda-a-Velha, Centro Escolar do Bairro do Biblioteca Municipal, Município de Lisboa €2.080.000,00 €1.600.000,00 €800.000,00 Município de Oeiras €6.340.328,27 €1.600.000,00 €800.000,00 Armador (Zona M de Chelas) Jardim Público e Parque de Estacionamento Subterrâneo EB1/JI da Penalva Município do Barreiro €830.728,14 €472.980,00 €236.490,00 Ampliação/Remodelação da EB1/JI de Nun’Álvares Município do Seixal €1.487.649,10 €1.152.900,00 €576.450,00 EB1 das Laranjeiras nº 120 e JI Município de Lisboa €2.481.382,83 €987.975,02 €493.987,51 Escola Básica Integrada do do Bairro de S. João Município de Palmela €629.878,15 €629.878,15 €314.939,08 Poceirão Município de Vila Franca EB 1 nº 1 da Póvoa da Stª Iria €2.034.671,65 €773.016,75 €386.508,38 Escola do 1º CEB nº 3 de de Xira Município de Cascais €3.215.195,00 €1.092.436,10 €546.218,05 Alcabideche Escola Básica do 1º Ciclo nº Município de Lisboa €3.885.000,00 €1.600.000,00 €800.000,00 Escola do 1º CEB nº2 de São 167 (Bairro Padre Cruz) Município de Cascais €1.843.990,00 €729.722,04 €364.861,02 Domingos de Rana Construção de EB1/ Escola do 1ºCEB nº2 e Jardim- JI Milharado - Quinta do Município de Mafra €5.380.287,07 €1.229.472,07 €614.736,04 Município de Cascais €1.014.385,20 €496.400,00 €248.200,00 -de-Infância da Galiza Munhoz Escola 1º ciclo +Jardim-de- Centro Escolar da Quebrada Município de Alcochete €3.486.268,00 €1.512.955,29 €756.477,64 Município de Sesimbra €2.525.560,00 €1.600.000,00 €800.000,00 -Infância Sampaio Núcleo de Ensino Básico 1 do Município de Alcochete €1.980.478,32 €941.711,48 €470.855,74 Construção da EB1/JI da Centro Escolar de S. Francisco Município do Seixal €2.669.148,93 €1.427.608,60 €713.804,30 Quinta dos Franceses Ampliação da EB1 Nº2 do Município de Montijo €261.081,90 €251.781,90 €125.890,95 Construção e Apetrechamento Montijo - Bº do Mouco da Escola Básica do 1º Ciclo Centro Escolar de Caneças Município de Almada €2.004.762,17 €1.280.035,00 €640.017,50 Município de Odivelas €2.109.600,00 €1.600.000,00 €800.000,00 com Jardim-de-Infância Costa (EB1/JI) de Caparica nº 2 TOTAL €102.992.107,74 €53.128.753,09 €26.564.376,55 Escola Básica da Brejoeira Município de Setúbal €4.016.606,28 €1.600.000,00 €800.000,00

62.63 MTPAML IMAGENS METROPOLITANAS IMAGENS METROPOLITANAS Luísa Flores O seu sentir e o seu conhecimento das vivências de toda a Área Metropolitana de Lisboa, da beleza dos seus recantos, do pulsar das suas pessoas, revelam a humanidade particular de quem sabe parar para olhar e escutar

Começou por trabalhar em fotografia no atelier do Arquitecto Francis- onde permaneceu entre 1975 e 1981. Dedica-se sobretudo à fotogra- co da Conceição Silva, em 1968 e foi assistente do fotógrafo Sérgio fia publicitária e de arquitectura e tem colaborado regularmente em Guimarães. diversas publicações, como a Casa & Decoração, Teleculinária, Caras Frequentou o curso de Educação Visual da Sociedade Nacional de Be- Decoração e revista Metrópoles, entre outras, para além de ter ilus- las Artes de Lisboa. Mais tarde, trabalhou como free lancer no Brasil, trado diversos livros de culinária.

Festa do Desporto AML 2008 Sintra 1998

64.65 MTPAML IMAGENS METROPOLITANAS IMAGENS METROPOLITANAS

Prédio em obras Lisboa 2007 Sarilhos Pequenos 2002

66.67 MTPAML IMAGENS METROPOLITANAS

Parque das Nações Lisboa 2007 Cascais 2009

68.69 MTPAML CULTURA

A causa da República tem marcos históricos que a imprensa acompa- direcção de Magalhães Lima prosseguia uma intensa actividade polí- Jornais nha, noticia e comenta através de jornalistas em tempo inteiro, ou de tica, iniciada em quando frequentava a Universidade e onde intelectuais e políticos que colaboram nos órgãos de informação. A concluiu o curso de Direito. Presença vigorosa, durante 50 anos, personalidade emblemática de Henriques Nogueira e, anos depois, de Magalhães Lima afirmou-se, entre grandes aplausos e grandes con- E Jornalistas da república Latino Coelho e Teófilo Braga, inserem-se nas origens. A imprensa de- testações, não só na comunicação social mas em todas as tribunas São fonte imprescindível de elementos para fazer a história das ideias, sempenhou papel fundamental na doutrinação do ideário da Repúbli- nacionais e internacionais que defendem a República. Exerceu, tam- ca, na organização do partido, no relato bém, o mais longo pontificado de grão- das mentalidades, da profunda intervenção da República para a mudança e, de conferências, de comícios e de inter- -mestre da Maçonaria Portuguesa. ao mesmo tempo, para reflectir nos graves erros cometidos venções parlamentares, na preparação Por ocasião do Ultimatum de 1890, sur- do movimento e no decurso da própria giu em Lisboa A Pátria, sob a direcção António Valdemar revolução. de Higínio de Sousa. Teve duração efé- Jornalista No Dicionário do Jornalismo, de A. X. da mera mas insere-se numa das primei- Silva Pereira, que acompanha a evolu- ras organizações da Carbonária (estru- ção da história da Imprensa desde o sé- tura secreta sem ligações orgânicas à culo XVII até 1889, data da morte do Rei maçonaria, embora tenha colaborado D. Luís, existe uma inventariação consi- com o então Grande Oriente Lusitano derada tanto quanto possível exaustiva. Unido, para implantação da República). O ano de 1848 indica o aparecimento, Higínio de Sousa, que era médico, reu- em Lisboa, do primeiro título, seguindo- niu outros médicos que viriam a distin- -se A República, 1870 (Lisboa); A Repú- guir-se na política, como Eusébio Leão, blica, 1873 (Porto); A República, 1873 primeiro governador civil de Lisboa, em (S. Miguel, Açores); A República, 1874 5 de Outubro de 1910. (Lisboa); A República, 1880 (Lisboa). Mas irrupção do jornalismo Republica- O Dicionário de Silva Pereira acrescen- no em todo o país verifica-se na tran- ta, neste contexto: A República Federal, sição do século XIX para o século XX, 1869 (Lisboa); A República Federal, quando se acentuam os combates à

1880, (S. Miguel, Açores); República Magalhães Lima, num desenho de Rafael Bordalo Pinheiro monarquia. Limitando-nos a mencio- Portuguesa, 1882 (Lisboa); República nar jornais diários de Lisboa – mas de Portuguesa, 1873 (Coimbra) e, ainda, o Republicano, 1848 (Lisboa); indiscutível projecção nacional – podemos citar O Mundo, de França O Republicano, 1869 (Lisboa); O Republicano, 1880 (Lisboa); O Repu- Borges, Mayer Garção e Luís Derouet; A Vanguarda, de Alves Correia e blicano, 1880 (Porto); O Republicano, 1881, e O Republicano, 1880 Heliodoro Salgado (fundador de uma das Carbonárias) e, mais tarde, (Lisboa), que dará lugar ao Radical. Este último exemplo leva-nos a de Magalhães Lima; A Lucta, de Brito Camacho; A República, de Artur salientar muitas outras publicações republicanas com outros títulos. Leitão; o Radical, de Marinha de Campos; O País, de Meira e Sousa, Uma análise dos jornais e revistas que se empenharam na causa da com ligação directa à Carbonária de Luz de Almeida, e que acolheu República permite estabelecer várias fases distintas: dos primórdios textos incendiários do jovem Aquilino Ribeiro; A Capital, de Manuel de 1848 até 1876, data da fundação do primeiro Partido Republicano; Guimarães, Jorge de Abreu e Avelino de Almeida, anteriormente re- de 1880, comemorações do terceiro centenário de Camões, a 1890, dactor do Século e autor de um dos mais contundentes panfletos Ultimatum e reestruturação do Partido Republicano; de 1891, revolu- anti-clericais - A Lanterna. Há outras referências obrigatórias, como a ção Republicana do 31 de Janeiro no Porto, até 1908, fim da ditadura Alma Nacional dirigida por António José de Almeida. Ainda estudante de João Franco; de 1 de Fevereiro de 1908, regicídio, até 5 de Outubro de Medicina, em Coimbra, na altura do Ultimatum, António José de de 1910, quando da proclamação da República. Almeida publicou o artigo Bragança, o último. Foi condenado a prisão, O Século, que apareceu em 1881 com Magalhães Lima como redactor uma das primeiras condenações por delito de Imprensa. Também principal, foi o primeiro grande quotidiano que serviu a propaganda avultam os jornais e revistas de caricaturas e cartoons entre as quais Republicana, até se transformar num jornal de informação geral. A A Paródia, de Rafael Bordalo Pinheiro. CULTURA CULTURA

Machado Santos, ao proceder a uma caracterização dos orgãos de Estas palavras proféticas foram escritas em 2 de Agosto de 1910. comunicação social e ao analisar o impacto na opinião pública du- Dois meses depois houve a revolução e a proclamação da República. rante a revolução do 5 de Outubro de 1910, observou: “O jornal da Sobre esses acontecimentos, que provocaram mudanças irreversí- manhã, O Mundo, dava notícia dos acontecimentos, exagerando-os, veis na sociedade portuguesa, assistiu-se a novos hábitos de pensar o que não prejudicava o movimento”. A Lucta, na segunda página, e agir. João Chagas voltou a formular mais outro aviso ao País para publicava um artigo minúsculo intitulado: Ordem Pública – Tropas que se acautelasse do perigo que antes denunciara. Em 22 de De- na rua- O que há? zembro de 1910 escrevia: “Quem ignorar que, em Portugal, foi procla- O jornal da tarde, O Paiz, que às 4 horas já se encontrava à venda nas mada a República e lançar mão de qualquer jornal monárquico, ficará ruas, dava notícia de grandes vitórias do lado dos revolucionários e imaginando que, neste País, houve apenas uma mudança de ministé- incitava o povo à revolta. Efectivamente, quando este jornal saiu da rio e que esse ministério está, como sempre, sendo combatido pela máquina, ganhavam os revolucionários o primeiro e o mais importante oposição. Mais nada! Deu-se aqui um verdadeiro cataclismo. Caiu, dos combates da Rotunda, mas, enquanto se imprimia, ninguém podia numa manhã, uma tradição de sete séculos, sacudida por um estre- cantar vitória. O jornal da noite, A Capital, dava notícias entusiásticas mecimento social que só tem equivalente num tremor de terra. Rolou sobre a revolução, o que sempre animava os tímidos a virem colabo- por terra um trono, sob uma chuva de granadas, e um rei espavorido rar connosco. Se a revolta fosse sufocada O Mundo e A Capital seriam tomou o caminho do exílio num batel de pescadores. Tudo o que fazia suspensos; O Paiz suprimido e o seu director Meira e Souza, teriam a a sua omnipotência caiu com ele e foi subvertida a corte, a nobreza, o mesma sorte dos revolucionários. Quanto à Lucta, nada sofreria. Atra- governo, o parlamento, o seu palácio, a sua guarda. A sua realeza era vessaria o período de repressão e do novo engrandecimento do poder um poder feudal. Caiu como uma Bastilha. A sua Monarquia foi ven- real, com a mesma paz e sossego com que atravessou toda a existên- cida pela força das armas e todo o orgulho, todo a petulância do seu cia ministerial de João Franco. Ficaria o único orgão do desbaratado domínio da véspera passaram a chamar-se derrota, fuga, banimento, Partido Republicano, a única voz que, na imprensa, pediria misericórdia humilhação, adversidade, infortúnio.” para os vencidos (A Revolução Portuguesa, págs. 170 e 171). João Chagas acentuava ainda: “A revolução, que em Portugal era es- No mesmo relato, Machado Santos pormenoriza a crescente repu- perada como um dies irae, foi um idílio. A revolução esqueceu tudo, blicanização nas periferias de Lisboa, concelhos limítrofes e muitos perseguições, exílios, deportações, cárceres. Triunfante, a revolução, outros, à excepção dos da Beira Baixa: “A organização revolucionária Meira e Souza director de O Paiz, o jornal mais vinculado à Carbonária João Chagas, o panfletário das Cartas Políticas num grande élan de fraternidade, estendeu as mãos, abriu os braços estendia-se a todo o continente do reino.(...) Comités locais, subordi- aos seus algozes e convidou-os, por sua vez, a esquecer. Na manhã nados a comités superiores, tinham ordens para sublevar as povoa- vamente alargado, o caminho de ferro, no seu funcionamento diário, “Em que consiste então - prosseguia João Chagas - a minha apreen- de 5 de Outubro vi o povo, radiante, aplaudir, às mãos ambas, a Guar- ções no mesmo dia e hora em que a revolução começasse em Lisboa. tornava muito mais rápidas e eficazes as comunicações efectuadas são? Em saber que o que põe em perigo a República de amanhã é a da Municipal que fora entregar as espingardas fumegantes de o ter (...) Candido dos Reis dizia que, se o movimento fosse vitorioso em a partir de Lisboa. Estas circunstâncias – associadas aos primórdios Monarquia de hoje. O mal de hoje pode ainda ser o mal de amanhã e a combatido. A revolução foi então sublime”. Lisboa, toda a província aderia imediatamente. Era e foi certo. Mas a do automóvel e ao desenvolvimento do telegrafo e do telefone – aju- Monarquia, morrendo, pode transmitir a sua peçonha ao corpo virginal Todos estes jornais, ou muitos deles, desapareceram com o 5 de Alta Venda da Carbonária tinha em vista, no caso de um insucesso, na dam a compreender a instauração da República, em Loures, a 4 de da República. Os Republicanos é que hão-de construir o estado de ama- Outubro de 1910 e a fragmentação do Partido Republicano em 1911, capital, continuar o movimento na província. Para bater a província, Outubro de 1910, um dia antes da vitória revolucionária e da procla- nhã. Só eles o poderão salvar, com o espírito de defesa das novas ins- mas foram grandes escolas de jornalismo. Através deles, podemos a monarquia teria de desguarnecer a cidade, e então esta levantar- mação oficial em Lisboa. tituições que só eles possuem. A República poderia ser igualmente dos recolher elementos para fazer a história das ideias, das mentalidades, -se-ia de novo.(...) A Carbonária cedeu aos desejos do Almirante.(...) A Todavia, uma das mais significativas contribuições do jornalismo monárquicos se a Monarquia, entre nós, não quisesse dizer desgraça da profunda cooperação da República para a mudança e, ao mesmo província armou-se à sua custa e de lá veio também uma boa parte do para mobilização da República assinala-se, entre 1908 e 1910, com pública. Se não tivesse esta significação, eles seriam cidadãos que tempo, para reflectir nos graves erros cometidos e que, em 1926, ar- dinheiro com que o Directório adquiriu o armamento para Lisboa”(A as Cartas Políticas de João Chagas, que se impõem pelo vigor pan- passam a servir a Pátria à sombra de uma bandeira diferente. Assim rastaram o país para a ditadura militar e para a ditadura de Salazar e Revolução Portuguesa, págs. 145 a 148). fletário e recorte literário. Chagas, durante 20 anos, conheceu as en- não! Assim são autores de grandes de Marcelo Caetano. A liberdade política e social só em 25 de Abril Os jornais e revistas que mencionamos (O Mundo, A Vanguarda, A grenagens do sistema. Tinha a convicção de que, mais cedo ou mais males nacionais e não podem ter a de 1974 voltará a ser restituída aos portu- Lucta, A República, o Radical, O Paiz , A Capital, a Alma Nacional, A tarde, a República estaria vitoriosa. Mas, a 2 de Agosto de 1910, nas pretensão de os reparar. A palavra gueses. Paródia e outras publicações humorísticas) eram lidos com voracida- Cartas Políticas vaticinava: “A preocupação dos Republicanos é fazer República em Portugal anda estri- de, muitas vezes, no próprio dia. Os primeiros transportes colectivos a República. A minha já não é essa. A minha é salvá-la. Feita já ela tamente associada à palavra Jus- de Lisboa e arredores, em 1838, tinham carruagens que, para além está. Está feita nos corações. O mais difícil é enraizá-la, amanhã. A tiça. O predomínio dos monár- da cidade, já abrangiam Oeiras e Cascais, Amadora e Sintra, Loures República encontra-se no estado ideológico. Os Portugueses amam- quicos dentro da República seria e Mafra. Introduzido no fontismo, em Outubro de 1856, e progressi- -na porque a idealizam.” subversão de toda a Justiça.”

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Ao falarmos de gastronomia madeirense, do que primeiro nos lem- bramos é das espetadas de carne de vaca, dos bifes de atum, dos filetes de peixe espada preto, localmente conhecidos apenas por filetes de espada, e das lapas grelhadas. Estes são os pratos que encontramos em todos os restaurantes da Madeira. A propósito, se ainda não visitaram esta ilha de flora luxuriante e subtropical é altura de o fazerem. Ficarão encantados com as paisagens e contri- buirão, com a vossa presença, para ajudar a Madeira a recuperar da catástrofe que a atingiu este Inverno.

Uma oferta variada Voltemos, porém, ao tema desta crónica, os comeres madeirenses, que, não sendo particularmente ricos, dada a exiguidade de maté- rias-primas à disposição das cozinheiras e cozinheiros, sobretudo se falamos de peixes e de carnes, são sempre muito saborosos. A ilha é pequena, os solos férteis não são muito extensos e os fundos do mar são rochosos. Ainda assim, devido ao clima subtropical, a Madeira, nos domínios hortícola e frutícola, é senhora de uma ofer- ta variada. Basta uma visita ao colorido e movimentado Mercado dos Madeira Lavradores, no Funchal, para se ficar com uma ideia da riqueza da ilha em tais domínios. Nos restaurantes, como já escrevi, há uma espécie de monocultura mais do que espetadas das lapas grelhadas com alho, manteiga e um nada de malagueta, dos bifes de atum, dos filetes de espada, em geral acompanhados e filetes de espada pelas excelentes bananas da Madeira, e das espetadas de carne de vaca, que agora quase nunca nos chegam à mesa em pau de lou- David Lopes Ramos Jornalista reiro, como era uso no restaurante As Vides, no Estreito de Câmara de Lobos. Aqui era-nos dada a possibilidade de cortarmos a carne, a temperarmos, a enfiarmos no pau de loureiro, encarregando-se depois, os da casa, de a assar sobre brasas da queima de poda das videiras. E havia também a oferta de fígado de vaca, que era tem- perado e assado da mesma forma que as espetadas clássicas. Que bom que era!

Atum salpresado Como nos restaurantes o panorama é, em geral, este, foi em casa de amigos que tive oportunidade de provar os petiscos madeirenses mais originais e interessantes do ponto de vista gastronómico. São comeres de uma rusticidade marcada, energéticos. Por exemplo, o atum salpresado: o peixe é previamente salgado e temperado com orégãos, sendo, depois de demolhado, cozido em água abundante. É acompanhado com maçaroca de milho, feijão tenro (na vagem), batata comum (na Madeira chamada semilha), batata-doce (apenas batata para os madeirenses), cebola, tudo cozido em água com sal.

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Tempera-se com azeite e vinagre ou com uma vinagreta. Prato das A carne de vinha d’alhos é servida muito quente, acompanhada pelo festas de São João, come-se também no almoço de Sexta-Feira San- menos com batata cozida. Digo pelo menos, pois há quem a sirva com ta. Este é o tipo de prato que não se encontra nos restaurantes.Tive rodelas de batata-doce, milho frito à moda da Madeira (parente próxi- também oportunidade de provar o gaiado (um tunídeo de pequenas mo da polente italiana, só que se deixa arrefecer, corta-se aos cubos e dimensões) seco, que se encontra à venda no Mercado dos Lavra- frita-se), inhame e cebolinhas de escabeche. A carne de vinha d’alhos dores, que se come normalmente de escabeche e se encontra, em é servida sobre as fatias de pão de trigo fritas. É um prato e tanto! alguns restaurantes, como entrada, e nas tabernas como petisco. Para um petisqueiro que tenha amigos madeirenses ou conheça al- A sopa de trigo, um caldo grosso muito apetitoso, que, além do tri- guns sítios no Funchal, Câmara de Lobos e Caniçal, por exemplo, uma go, leva feijão seco, carne de porco com gordura, batata, abóbora e refeição pode começar por uns caramujos (familiares dos burriés) batata-doce é outro prato pouco visto. cozidos, mais umas lapas grelhadas e umas castanhetas (uns peixi- Um outro petisco que comi numa casa particular no Machico foi o bucho nhos parecidos com as douradinhas minorcas, mas de sabor diferen- de porco recheado. Prato da matança. Come-se fresco. Recheado com te) muito bem fritas. Depois, avancemos para coisas mais sérias. A febra de porco cortadinha, salsa, cebola, alho, colorau, pimenta da terra saber: cavalas com molho de vilão. Cavalas muito frescas de tamanho (uma espécie de massa de pimentão mas picante), que lhe dá um quei- médio. Depois de limpas, são temperadas com sal e fritam-se, se pos- moso agradável, e arroz, come-se acompanhado pelo originalíssimo sível, em azeite bem quente. De seguida, a parte da gordura da fritura bolo do caco, de sabor delicadíssimo, por se acrescentar à massa nor- junta-se alho esmagado, segurelha, orégãos, salsa, pimenta da terra, mal de pão de trigo, puré de batata-doce. É também acompanhamento vinho branco, vinagre e rectifica-se o sal em caso de necessidade. adequado para as espetadas de carne de vaca e há quem se perca por Deixa-se apurar o molho. Logo que esteja no ponto, regam-se as cava- ele, acabado de fazer, ainda quentinho, com manteiga. las com ele. Só escapam as espinhas, garanto. Termine-se com uma espetada ou a carne de vinha d’alhos. E depois, para ajudar à diges- Carne de vinha d’alhos tão, fruta fresca, pois há muita, variada e muito boa na Madeira. Outro prato ligado matança do porco na Madeira é a mais divulgada carne de vinha d’alhos, havendo restaurantes que a têm nas suas Saboroso entretenimento ementas. É feita com lombo e com carne da barriga do bácoro. Corta- A concluir, enuncio o receituário madeirense recolhido por Maria de -se a carne em cubos e põe-se a marinar numa quantidade generosa Lourdes Modesto na sua obra Cozinha Tradicional Portuguesa (Edi- de vinho branco e vinagre, mais sal, louro e pimenta da terra. O tempo torial Verbo, 1ª edição Novembro de 1982). Sopas são três: caldo da marinada pode variar entre um e três dias. Depois, coze-se a carne (caldo de carne); sopa de moganga (abóbora); sopa de trigo. Acom- na marinada, mas deixando-se firme ao dente. Atingido este grau de panhamentos são cinco: açorda madeirense; cebolinhas de escabe- cozedura, deixa-se arrefecer o molho. Com a gordura coalhada, frita- che; inhame cozido; milho cozido e milho frito. Pratos de peixe são se nela a carne e umas quantas fatais de pão de trigo, previamente 10: caldeira; atum salpresado ou atum de São João; atum assado; molhadas, mas não durante muito tempo, no molho de cozer a carne. atum de escabeche; bifes de atum; bacalhau rápido; bacalhau de S. Martinho; cavalas com molho de vilão; cavalas salgadas; espada de vinhalhos, vinha-d’alhos ou vinho e alhos. Pratos de carne são sete: cozido à madeirense; carne de vinha-d’alhos; carne assada; carne assada no forno; cabeça de porco fumada; sangue de porco guisa- do e sarapatel. Curioso que a espetada de carne de vaca não seja incluída. Saladas são duas: de papaia e maracujá e de fruta de Ve- rão. Duas receitas de pão: pão de casa ou de família e bolo do caco. Receitas de doces são 13: pudim de papaia; pudim de veludo ou pu- dim de ovos; bolo de família; bolo de família do Natal; bolo podre da Madeira; bolo preto; bolo de mel da Madeira; broas da Madeira; broas de mel; fartos de batata-doce; queijadas da Madeira; panquecas de abóbora; recheios de batata-doce. Não é muito? Não será. Mas dá para um saboroso e belo entretenimento.

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Quando os portugueses chegaram à Madeira, a floresta já lá estava. E A vinha, essa, foi sendo plantada onde era possível, aqui à beira-mar, lá continua, soberba, tranquila, majestática. A floresta laurissilva ou, ali em zonas de altitude, tendo-se concluído que algumas variedades para ser mais correcto, a laurissilva (uma vez que a palavra significa se davam melhor que outras com os ares marítimos. Consta que as «floresta de lauráceas»), corresponde à floresta primitiva que forra primeiras vides de Malvasia teriam seguido para a ilha ainda no séc. de forma compacta algumas encostas escarpadas da ilha. Por via de XV, transportadas de Creta. À Malvasia foram-se juntando as varieda- uma virtual inacessibilidade, a floresta chegou intacta à actualidade des que existiam também no Continente e que mostraram melhor e é, talvez a par do Vinho da Madeira, uma das grandes atracções da adaptação ao clima; curiosamente, duas variedades de Malvasia - a ilha. As uvas, ao contrário da laurissilva – onde pontificam o til, o lou- Malvasia Fina que localmente passou a ser conhecida por Boal e a reiro e o vinhático – foram levadas para lá pelos colonos que invadi- Malvasia Cândida que acabou por ficar conhecida apenas por Malva- Da laurissilva ram a ilha após a descoberta, no séc. XV. A ilha, de origem vulcânica, sia – e o Sercial, o Verdelho, o Terrantez. Também, em menor propor- estaria à época totalmente coberta de vegetação e o espaço agrícola ção, o Moscatel, o Bastardo e, em Porto Santo, o Listrão. foi conquistado a pulso à floresta. Hoje, percorrer a pé os trilhos que O Vinho da Madeira tal como hoje o conhecemos – um vinho generoso, aos frasqueiras nos afundam na mata e nos fazem sentir pequenos e frágeis (os pas- com uma graduação à volta dos 20º e que recebe um álcool para pa- seios são literalmente impróprios para quem tiver vertigens), esses rar a fermentação - tem (para não variar...) mão inglesa. As principais um mundo trilhos revelam-nos também o trabalho faraónico da construção das empresas do sector estavam nas mãos de famílias inglesas e foram levadas por onde corre a água que desce das montanhas para as elas que, ao exportar o vinho para as colónias da América Central (as zonas habitadas mais perto do mar; túneis imensos e escuros que chamadas Índias Ocidentais) perceberam que o vinho que regressava por descobrir na madeira desafiam a claustrofobia, escarpas de centenas de metros de altura, vinha muito melhor – mais escuro mas também mais rico e saboroso A Madeira é muito mais do que o Funchal e o Vinho da Madeira muito mais aqui e ali sem protecção, derrocadas frequentes em que literalmente - por ter passado os calores do Equador. Chegou-se assim à conclu- do que aquilo que se serve ao turista. Saiba porquê a «encosta vem abaixo» e tudo arrasta, tudo isto é belo e tudo isto são que o calor faria bem aos vinhos e foi desta maneira que nasceu é, além de muito perigoso, verdadeiramente desconhecido da quase a ideia de colocar os tonéis nos sótãos dos armazéns, situados no João Paulo Martins totalidade dos portugueses. Funchal, para poderem apanhar o calor ambiente e assim reproduzir, Jornalista

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tanto quanto possível, os efeitos que os barris tinham quando viaja- vinhos correntes que se servem ao turista no início das refeições e só no fim no caso do Sercial, por essa razão o mais seco de todos. No de conseguir que a saúde do vinho não fique prejudicada. A dificuldade, vam nos barcos transatlânticos. que custam pouco dinheiro por garrafa. Apesar do enófilo apreciador entanto, é o envelhecimento que lhes traz carácter e distinção. no entanto, estende-se também ao consumo. O Sercial, por exemplo, é A história deste vinho tem, no entanto, muitas vicissitudes e as cas- gostar de falar no Boal, no Sercial, no Verdelho, na Malvasia e no Ter- Como atrás disse, é o calor que acelera a cor e o envelhecimento e tão seco que dificilmente liga com comida e é também difícil de beber tas plantadas na ilha são apenas uma delas. É que a filoxera e as rantez, a verdade é que essas variedades hoje representam quase arredonda o vinho. Para os vinhos correntes, esse envelhecimento é a solo; pode tentar com queijos ou a acompanhar um consomé. O Ver- dificuldades de granjeio de vinhas em cima do mar foram levando a nada do que se produz e são, justificadamente, guardadas para os «apressado» por um processo conhecido por estufagem, em que os delho, que é meio-seco, pode ser um bom parceiro para saladas onde que os produtores tentassem descobrir variedades que dessem mais vinhos mais caros. vinhos são colocados em cubas e o vinho é aquecido até cerca de 50º além de vegetais entrem carnes fumadas, como peito de pato fumado. produção, menos trabalho e a mesma (ou mais) rentabilidade. Foi as- de temperatura, conseguindo-se em 3 meses de aquecimento, um O Boal, meio-doce, é provavelmente o mais apreciado, muitas vezes sim que lentamente, mas de forma continuada, foram introduzidas Produzir pouco e esperar muito envelhecimento semelhante ao que se conseguiria em 3 anos de es- bebido a solo ou a acompanhar o tradicional bolo de mel da ilha; já o as variedades híbridas, mais conhecidas por «uva americana» e que, A Madeira Wine Company, onde estão reunidas várias empresas, to- tágio natural em tonéis. Já para os melhores vinhos o envelhecimen- Malvasia, muito doce, é claramente um vinho que se basta a si próprio não pertencendo à família da Vitis Vinifera, não são autorizadas para das de origem inglesa, como a Blandy, a Cossart Gordon, a Miles e to é feito naturalmente (começa-se no sótão e depois, por gravidade, mas que também pode ser ligado a sobremesas não muito doces como a produção de vinho. Tal não impediu que o Jacquet e outras varieda- a Leacock, recebe uvas de mais de 1000 pequenos produtores es- os vinhos vão passando para os andares imediatamente abaixo, ter- leite-creme ou arroz doce. A temperatura de serviço é importante por- des produtoras de vinho americano deixassem de ser introduzidas, palhados pela ilha. Francisco Albuquerque, enólogo da empresa, para minando o envelhecimento ao nível do rés-do-chão. Os melhores, os que só frescos devem ser apreciados. Desta forma, pôr a garrafa no frio uma vez que resistem a todas as intempéries, não são atreitas a do- explicar a pouca produção que existe de algumas das castas nobres, Frasqueira, passam 20 anos no casco e só depois são engarrafados; é prática obrigatória, seja na garrafa original seja num decanter. enças como o míldio e oídio, produzem muito e dão pouco trabalho. deu-nos como exemplo um produtor que vinha trazer a produção de têm direito a ostentar na garrafa a casta e o ano de colheita. Esses Os vinhos são muito aromáticos e deixam um perfume subtil numa Há menos de meia dúzia de anos ainda havia cerca de 1000 ha de Terrantez e era...Uma cesta que trazia no braço! O trabalho da Madei- são, de longe os melhores Madeira que se podem beber. sala onde se deixou a garrafa aberta. Os melhores são vinhos dos vinha americana plantada, o que dá bem a noção da importância dos ra Wine (e dos outros operadores da ilha) é, no que respeita a estas deuses que, para sorte dos mortais, ainda se conseguem adquirir, híbridos, face aos 400 ha de vitis vinifera que existem na ilha. Para castas nobres, um autêntico puzzle, uma vez que para se fazer uma Conservar e beber não só nas próprias empresas da ilha, com sala de visitas no Funchal, além dos híbridos foi também introduzida uma outra variedade do cuba são precisos os fornecimentos de uma quantidade enorme de O Madeira é um vinho difícil, com uma elevadíssima acidez e esta carac- como também em leilão onde, frequentemente aparecem vinhos do Continente, a Tinta Negra, ou Negra Mole, aquela que hoje é a mais pequeníssimos produtores. Uma canseira, como se imagina. terística tem dois efeitos: um é preservar o vinho quase eternamente séc. XIX e primeira metade do séc. XX. Um regalo para o palato a um representativa casta plantada na ilha, utilizada em todas as catego- Estes vinhos, generosos, têm sempre álcool adicionado que pára a (ainda se bebem vinhos do séc. XVIII), e outro é...Estragar as rolhas. custo muitas vezes fortemente convidativo. Não bebe um bom Madei- rias do Madeira mas com maior incidência nas entradas de gama, nos fermentação, mais cedo no caso da Malvasia (por isso é mais doce) e Por esta razão as garrafas têm de ser guardadas em pé, única forma ra? Mas que falta de gosto, digo eu...

80.81 MTPAML AconteceU

área METROPOLITANA DE LISBOA promove apresentação de Orquestras Sinfónicas Juvenis

A Área Metropolitana de Lisboa, as Câmaras Municipais de Amadora, crianças, provenientes de diversas escolas básicas da Área Metropo- Loures, Oeiras, Sesimbra, Sintra e Vila Franca de Xira e a Escola de litana de Lisboa, subiram ao palco para interpretar um reportório que Música do Conservatório Nacional organizaram, no passado dia 16 de incluiu obras de diferentes níveis de aprendizagem. Maio, o concerto “Primavera das Orquestras Sinfónicas Juvenis”, que As orquestras “Geração”, “Bora Nessa” e “Geração Dolce Vita”, que ac- decorreu na Aula Magna da Universidade de Lisboa. tuaram nessa ocasião, são financiadas, respectivamente, pela Área O espectáculo apresentou, pela primeira vez ao público, todas as or- Metropolitana de Lisboa e seis dos seus Municípios: Amadora, Lou- questras juvenis que têm vindo a trabalhar pela metodologia do «Sis- res, Oeiras, Sesimbra, Sintra e Vila Franca de Xira (no âmbito de uma tema de Orquestras Infantis e Juvenis da Venezuela». Cerca de 500 candidatura conjunta apresentada ao PORLisboa-QREN pela AML), e pelo Governo Civil de Lisboa, pelas Fundações PT e EDP e pelo grupo privado Chamartin Dolce Vita. O Ministério da Educação exarou em Agosto último um despacho em que assume a responsabilidade pela sustentabilidade ao nível dos recursos humanos (professores de música), co-responsabilizando-se também pela monitorização e avaliação do programa, o que permite uma estabili- dade acrescida, sobretudo no que concerne à fixação do corpo docente. Sob orientação pedagógica da Associação de Amigos da Escola de Música do Conservatório Nacional, as várias orquestras “Geração” da candidatura conjunta acolhem cerca de 300 crianças e jovens com di- ficuldades de integração social e educativa do 1º Ciclo, provenientes de bairros sociais problemáticos, nomeadamente: • O bairro do Zambujal, Freguesia da Buraca, município da Amadora • O bairro da Quinta da Fonte, Freguesia da Apelação, município de Loures • O agrupamento de Escolas de Carnaxide (EBI Sophia de Mello Brey- ner e EB1/JI Amélia Vieira Luís), município de Oeiras • O bairro da Boa Água, Freguesia Quinta do Conde, município de Se- simbra • O bairro da Cavaleira e do Agrupamento de Escolas do Algueirão, município de Sintra • O agrupamento de Escolas da Vialonga, município de Vila Franca de Xira.

82.83 MTPAML Área Metropolitana de Lisboa

Alcochete Almada Amadora Barreiro Cascais Lisboa Loures Mafra Moita PORTUGAL Montijo Odivelas Oeiras Palmela Seixal Sesimbra Setúbal Sintra Vila Franca de Xira

Rua Carlos Mayer, 2 - R/C • 1700-102 LISBOA Telef.: 351-21 842 85 70 • Fax: 351-21 842 85 77 http://www.aml.pt • e-mail: [email protected]