,SjP,sa-»:,,:,!«.,>»i(,w^>r«:*»«__B,»^Wfís,
M¥í§(ô) Diretor e redator: Ml1 LEÃO. 4-7-1948 CIO Gerente: LEONARDO MARQUES. N.° 3 Secretário: SÉRGIO R. VELLOZO. Ano VIII Vol. IX PREÇO — CrS 2,00 NOTICIA SOBRE MANOEL DA NOBREGA
Acompanhar a vida do Em 1553, vai Nobrega a Três anos depois, a 18 de apóstolo Bra- S. primeiro do Vicente. Naufraga, e é Outubro de 1570, falecia í MagroBt^yj.- -Aai BK;, íi-üáSfe^r-C" , > sil, através da narração salvo indígenas. In- o ilustre Padre, cercado pelos do .KJIEHW.MLia! que dela fazem Anchieta e tema-se no sertão bravio, amor e da veneração de to- fWá ______£*v^Mk^c^«í* & Antônio Franco (os primei- vai erigir, na aldeia de Ma- dos. ros dos seus biógrafos), é niçoba, uma igreja. Junta Testemunha da primeira um verdadeiro encanta- ali um grupo de índios ca- fase da formação do Brssií. 'mB'- "'.Tf-':' mento. rijos, e funda uma Confra- deixou-nos o Padre Manuel VwkVV*/ JBwf Ht ___R_- .*¦ ií j&jfft O Padre Antônio Franco ria do Menino Jesus. da Nobrega, um patrimônio 'Ài\t- . ' ignora qual fosse a cidade Nesse mesmo ano de preciosíssimo: as suas Car- do nascimento de Nobrega. 1533, é investido no cargo tas, o seu Dialogo sôbre a. ;V*-'*_ Sabe. porém, que êle per- de Provincial do Brasil. Conversão do Gentio. As tencia a família que apre- Regressa à Bahia em Cartas são em número de sentava seus indícios de uo- 1556, e ali prossegue com 21. Foram primeiramente breza, pois o seu pai, Bal- os seus exaustivos traba- publicadas nos Anais do Rir. Escultura do Padre Manoel da Nobrega, executada pelo ar- tasar da Nobrega, fôra de- Ihos. de Janeiro, Baltasar da tis*? Francisco Franco, em 1938, a nedido do Padre Serafim por "História sembsrgador, e um seu tio Dois anos depois, estava Silva Lisboa. Mais tarde Leite. Orna o primeiro volume da da Companhia fôra chanceler - mór do intimamente ligado ao novo acolheu-as a Revista do Ins- de Jesus no Brasil", desse eminente historiador (vol. l.v>. Reino. Governador, Mem de Sà, titulo Histórico. Publicadas Como se sabe, até hoje nào se conhece nenhum retrato au- Nasceu êle a 18 de Outu- Com éle obtém novas leis fracionariamente, aqui e têntíco de Nobrega. bro de 1517. favoráveis aos índios. Com ali, tiveram elas uma edi- Em 14 de junho de 154] êle toma parte na luta con- cão, tanto quanto completa, — tomou Nobrega o grau df tra os franceses e contra oa em 1883 edição dirigida M AR IO bacharel em Cânones na tamóios, aliados desses nos- c prefaciada por Vale Ca- S U Universidade de Coimbra, sos inimigos. Juntamente bral. A publicação da Aca- trazendo já cinco anos de cem Anchieta. faz uma vi- rtemia Brasileira é de 1931, PÁGINA 29: Múcio Leão. ² * **n'? Cânones na Universidade de sita de amizade e pacifioj- e representa a segunda edi- ² Notíeim sôbre Manoel di ViiTfl T/fT*ros: Ar- Salamanca. ção aos tamóios. cão da obra completa. Nobrega. ru^'". He Mar'''1 Rp*e; fíi- ² A Nobrega. nnvnis. Tof- Pãcire, concorreu, nesse Em 1559, recebeu Nobre- Trouxe a mais (além das r»ohreza de de GiseMa òo Antônio íily Pereira mesmo ano de 1541, a uma ga uma notícia que, de n^tas de Vale Cabral) os Padre da Costa. cr.Uo, o Diálogos *o Ps-lre Nobresr.i Franco. colegiatura no Mosteiro de surpreendeu mui- PÁGINAS 37. 33 e 39: to: a notícia sôbre a Conversão dos Gen- PAGINA 30: ² Antnineia Santa Cruz. Deu de seu sa- da sua demis- ² Carta da Literatura ião do cargo de Provincial ?)n
ü ^üAà^-j* ¦¦"•ttri-^Sí Página 30 AUTORES E LIVROS Domingo, 4-7-1948 — Vol. IX, n,° 3, CARTA DE NOBREGA AO SEU MESTRE DE COIMBRA, DR. NAVARRO (1549) absteem de matar e de CRAT1A et poi Bomini Nos- matam com grande festa e terram-no em posição de quem quer animal. Nesta terra ai- comer tri Jesu Christi sit semper ajuntamento dos amigos e dos está assentado, em frente lhe guns há que não habitam ca- carne humana; e se algum, o nóbiscum. Amen. que moram por ali perto, e se põem de comer com uma rede sas, mas vivem pelos montes; faz, fica segregado daqui. Pensando eu muitas vezes na deles ficam filhos, os comem, e ai dormem, e dizem que as dão guerra a todos, e de todos Onde quer que vamos somos Isto é o me recebidos com boa ¦ graça que o Senhor me féz, ainda que sejam seus sobri- almas vão pelos montei e ali são temidos. que grande von- a estas terras do nhos e irmãos, declarando as voltam para comer. Têm gran- ocorre sobre a terra e sobre a tade, principalmente pelos me- mandando-me é ninos, aos Brasil, para dar principio ao vezes às próprias mães que só de noção do Demônio e têm gente que a habita e que quais ensinamos. conhecimento e louvor do seu os pais e não a mãe, têm parte dele grande pavor e o encon- coisa muito para lastimar e se Muitos jà fazem as oraçífcâ e santo nome nestas regiões, fico neles. E' esta a coisa mais tram de noite, e por esta causa ter compaixão dessas almas. as ensinam aos outros. Dos espantado de ter sido para esse abominável que existe entre saem com um tiçáo, e isto ê-o Falarei agora da porta que que vemos estarem mais segu- fim eleito, sendo eu a escória eles. Se matam a um na guer- seu defensivo, Nosso Senhor fe dignou de ros, temos batizado umas cem cie toda a Universidade; mas, ra, o partem em pedaços, e de- Sabem do dilúvio de Noé, abrir nestes poucos meses para pessoas pouco mais ou menos: além da divina graça, cuido pois de moqueados os comem, bem que não conforme a ver- escolher dentre eles os que fo- começou isto pelas festas do que o ter sido discípulo da dou- com a mesma solenidade; e tu- dadeira história; pois dizem ram predestinados; porém co- Espírito Santo, que é o tempo trina e da virtude de Vossa do isto fazem com um ódio cor- que todos morreram, exceto meçamos a visitar as suas ai- ordenado pela Igreja, e devem Reverendíssimà e as suas ora- dlal que têm um ao outro, e uma velha que escapou em uma deias, quatro companheiros que haver uns 600 ou 700 cate- ções me impetraram esta mise- nestas duas coisas, isto é, te- árvore. somos, a conversar familiar- cümenos prontos para o batis- ricórdia de Deus, qui potens est rem muitas mulheres e mata- Têm noticia igualmente de mente, e a anunciar-lhes o tei- mo, os quais, estão bem prepa- de lapíãíbus tstts suscitare rem os inimigos, consiste toda S. Tome e de um seu compa- no do Céu, se fizerem aquilo tados em tudo. Abrae; e porém é de razão que a sua honra. São estes os seus nheiro e mostram certos ves- . que lhes ensinarmos; e são ês- E alguns vêm pelos caminhos eu dè contas a Vossa Reveren- desejos, é esta sua felicidade. tfgios em uma rocha, qUe di- tes aqui os nossos bandos. Con- u nosso encontro, perguntando- díssima do que o Senhor co- O que tudo herdaram do pri- zem ser deles, e outros sinais vidamos os meninos a ler e es- nos quando os havemos de ba- meça a obrar nesta sua nova meiro e segundo homem, e em S. Vicente, que é no fim crever e conjuntamente lhes tizar, mostrando grande desejo vinha, a qual talvez queira es- aprenderam daquele «ut Jiomi- desta costa. Dele contam que ensinamos a doutrina cristã e e prometendo viver conforme o tender a rnari usque ad maré, cída erat ab inilio. Náo se guer- lhes dera os alimentos que ain- lhes pregamos para que com a que lhes aconselhamos; costu- et a flumine usque ad términos reiam por avareza, porque nio da hoje usam, que são raizes e mesma arte com que o inimigo mamos batizar marido e mulher orbis ferrarem; para que Vos- possuem de seu mais do que ervas e com isso vivem bem; da natureza venceu o homem , de uma só vez, logo depois ca- sa Reverendíssimà louve por lhes dão a pesca, a caça e o nío obstante dizem mal de seu dizendo: Eritis sicut Dií scien- sando-os, com as admoestaçoes sua parte ao Senhor, a quem fruto que a terra da a todos, companheiro, e náo sei por- tes bonum et malum, com arte daquilo que o verdadeiro ma- so se deve toda a glória e honra. mas somente por ódio e vin- que, senão que, como soube, as igual seja êle vencido, porque trimônio reclama; com o que Depois que partimos de Por- gança, sendo tfio sujeitos à ira frechas que contra êle atira- muito se admiram de como sa- se mostram eles muito conten- tugal, o que foi em 1° de fe- que, se acaso se encontram em vam voltavam sobre si e os bemos ler e escrever e têm tes, prestando-nos muita obe- vereiro de 1549. toda a armada o caminho, logo vão ao pau, à matavam. Muito se admiravam grande inveja e vontade de diência em tudo quanto lhes trouxe-a Deus a salvamento; pedra ou i dentada, e assim de ver o nosso culto e venera- aprender e desejam ser crls- ordenamos. Dentre multas col- sempre com ventos prósperos e comem diversos animais, eomo ção que temos pelas coisas de tãos como nós outros. Mas sò- sas referirei uma que bastante de tal arte que chegamos à pulgas e outros como este, tu- Deus. Entre eles, os que são mente o impede o. muito que me maravilhou, e foi que ensí- Baía de Todos os Santos den- do para vingarem-se do mal amigos vivem em grande con- custa tirar-lhe os maus costu- nando um dia o padre Jofto de tro de 56 diai, sem que sobre- que lhes causam, o que bem córdia e amor, observando bem mes deles, e nisso está hoje Aspilcueta os meninos a ler e viesse nenhum contratempo e deixa ver que náo tomaram aquilo que se diz: Amicorum toda a fadiga.nossa. a fazer o sinal da cruz, e tendo antes com muitos outros fa- ainda aquele conselho evangé- omitia sunt communia. Se um E já por glória do Senhor os ditos meninos certas pedras vores e graças de Deus, que lico de pagar o mal com o bem. deles mata um peixe, todos co- nestas aldeias que visitamos de várias cores nos lábios, que bem mostrava ser sua a obra Quando morre algum deles, en- mem deste e assim de qual- em torno à cidade, muitos se é uso trazer furados, e muito que agora se principiou. estimam, embaraçando as pe- -X.. Desde logo se fêz a paz com dras- de fazer-se o sinal da o Gentlo da terra e se tomou cruz, veio a mãe de um deles conselho sobre onde se funda- e para logo tirou a pedra dos ria a nova cidade, chamada do Cartas Jesuiticas lábios de seu filho e atirou ao Salvador, onde muito ainda telhado; de repente os outros obrou o Senhor, deparando Io- fizeran* o mesmo; e isto foi go muito bom sitio sobre a logo quando começamos de en- praia em local de multas ton- sinar. Outra vez descobriu o tes, entre mar e terra e clr- mesmo Padre em uma aldeia, cundado das águas em torno que cozinhavam o filho de um aos novos muros. Os mesmos inlmlgc, a fim de comerem-no: índios da terra ajudam a fazer e porque fossem repreendidos, as casas e as outras coisas em soubemos mais tarde que o en- r; ferraram e o náo quiseram co- qúefse» queira empregá-los; po- ¦¦ M de-se"já"còntár,|tóí;l»mrcaS. iíno» .vAÚQntyT :-üb «ofoiíjKií r.-ahvüq .wi-io.:.a >il»ÍT-',.¦,!«¦»; J ,?. ¦:¦-- Oli sásV*'sè'Co*è1ta!a'plantart
•BoBri>iKOf:4-T.l»48"VolViXtn.&3. AUTORES. E LIVROS Patina 31 mWÊMmLmmw¥Hsm wmmmmmm mm
e .certo, creio que em todo o quiJ matassem um Cristão da sus Cristo, e que ao deitar e ao com a doutrina a morte, mas o erro e contradizendo por mundo não se nos depara terra armada em que viemos, o que levantar o Invocassem dizendo: se viram em breve desmasca- grande espaço de tempo aquilo tão disposta, para produzir o nos pós em perigo de guerra e Jesus, eu te encomendo a rados, porque logo todos os en- que éle tinha dito: e isto, com fruto como esta, onde vemos no3 acharia, à nossa gente, em minh'alma, e depois que dê.es lermos se curaram. Quis por ajuda de um lingua, que eu altnas perecerem, por se não a ocastáoi desprevenidos e mal me parti, andando pelos canil- ventura o Senhor a estes seus tinha multo bom, o qual falava poder remediá-las: em falta, fortificados em a nova cidade. nhos, notei a alguns que diziam filhos perfilhados em seu san- quanto eu dizia em alta voz vamos lhes acendendo a von- Mas quis o Senhor, que do mal em voz alta o nome de Jesus, gue, provar-lhes desde cedo e e com os sinais do grande sen- tade de ser cristãos, para que sabe tirar o bem, que os mes- como lhes havia eu ensinado, ensinar-lhes que é preciso so- timento que eu mostrava. Fi- se morrerem,, neste comenos, mos índios trouxessem o homi- o que me dava nfio pequena frer e que esta é a meslnha nalmente ficou êle confuso, e enquanto dura o catecismo, dé- cida- e apresentaram-no ao Oo- consolação. E coisa admirável, com que se purgam os eleitos fiz que se desdissesse de quan- les Deus haja misericórdia. vernador: o qua) logo o man- é quanto por sua bondade e do Senhor. Procurei encon- to havia dito e emendasse a Aos que amam a Deus e dese- - dou colocar à boca de uma consolação, o Senhor todos os trar-me com um feiticeiro, o sua vida, e que eu pediria por jamasua glória, não sei como bombarda e foi assim feito em dias nos comunica e ainda mais maior desta terra, ao qual cha- éle a Deus que lhe perdoasse, lhes sofre a paciência de se pedaços: isto pôs grande medo a vanta jadamente aos o u t r ò s mavam todos para os curar em e depois éle mesmo pediu que não embarcarem logo e virem aos outros todos que estavam Irmãos, porque visitam mais suas enfermidades; e lhe per- o batizasse, pois queria ser cris- cavar nesta vinha do Senhor presentes; e os nossos Cristãos vezes aldeias que eu, e mais o guinei em virtude de quem fa- tão, e é agora um dos cate- se abstiveram os es- quo tão espaçosa é, e que tfto de andar pelas merece a sua virtude. zia éle estas coisas e se tinha cúmenos. Vi entre que aldeias, o que foi serviço de comunicação com o Deus que tavam presentes alguns ho- poucos operários possui. Fou- Um dos batizamos velo aqui, Deus, por evitarem os escân- que criou o Céu è a Terra e rei- mens e mulheres como atânl- cas letras bastariam por- a nós, dizendo por acenos e de e não dalos que aos índios davam, nava nos Céus ou acaso se co- tos daquilo que eu falava, das que tudo é papel branco, andando modo que o compreendíamos, de Deus. Estas e outra coisa, senão pelas suas terras. municava com o Demônio que grandezas há que fazer viajamos nós que naquela noite estivera com outras obra o Senhor escrever a, vontade as virtudes Quando outros estava no Inferno? Respondeu- coisas por dá Companhia, nunca nos aban- Deus no Paraíso, com grande me com vergonha ministério ínter maia necessárias e ter zelo em pouca que nosso gentes. donam, e antes nos acompa- alegria; e assim nos vinha con- êle era Deus e tinha nascido Vossa Reverendisslma, seja conhecido o Criador pois, que que nham onde se tar muito contente. Deus e apresentou-me um a tem o zelo da Divina honra, destas suas criaturas. para queira, maravilhados com o que' pre- Uma coisa nos acontecia que quem havia dado a saúde, e nos ajude com as suas orações Estando tudo nestes termos e gamos e escutando com grande multo nos maravilhava a prin- que aquele Deus dos Céus era e escrevendo-nos o que Deus ém tão bom principio, pelos silêncio. cipio e foi que quase todos os seu amigo e lhe aparecia fre- lhe faça sentir. poucos meses que aqui estamos, Dentre outras coisas, recordo- que batizamos, caíram doentes, quentes vezes nas nuvens, nos E assim fico pedindo a bên- esforçou-se o inimigo da natu- me que por melo de um menl- quais do ventre, quais dos olhos, trovões e raios; e assim dizia Ção do Pai e Mestre em Jesus reza humana (como sói sem- no língua eu lhes dizia, uma quais de apostema; e tiveram muitas outras coisas. Esforcei- Cristo Senhor Nosso. pre fazer) em impedir o bom noite em que eu pregava ao ocasião os seus feiticeiros de me vendo tanta blasfêmia em Deste porto e cidade do Sal- sucesso da obra: e assim deter- luar (nao lhes podendo ensinar . dizer que lhes dávamos a doen- reunir. toda a gente, gritando vador, a 10 de Agosto de 1549. minou que a 1 ou 8 léguas da- mais), que tivessem fé em Je- ça com a água do batismo e em altas vozes, mostrando-lhe De V.R.P. servo no Senhor. Bibliografia do Pe. Manoel da PERFIL DE NOBREGA PADRE ANCHIETA castigue pelas blasfêmias que disse contra vós este mal- Nobrega dito". Com que o homem ficou castigado e os mais que o em ² Carta A vida do padre Manoel da Nobrega foi insigne e ouviram, amedrontados e acudia S. Lourenço à pressa datada de Olinda os estava com bonança. aos 1* de setembro de 1S51 tanto mais quanto menos conhecida dos homens, quais que ² Revista èle amava intimamente, desejando e procurando a salva- Tendo avisado por vezes a um clérigo escandaloso, do Instituto sabendo o estar com a oca- Histórico, II, 279. ção de todos sara glória de Deus, que êle, cheio de sen amor, como se não emendasse, padre ' pág. do e sião do sen pecado, se foi à porta da casa, gritando a gran- Foi copiada por Vamha- sobretudo tinha diante dos olhos: para dilatação qual -Lisboa. conhecimento de seu nome, todo o Brasil lhe parecia pouco, des vozes que acudisse gente, que estavam ali crucificando gena em os dois —Carta o qual. como dava pouco de si ao principio, pretendia que a Cristo. Acudiu gente e ficaram tão espantados de alcumas cou- se apartaram e cessou o escândalo. sanam iam em a nau que fosse sua fé pregoada por outras regiões que pareciam dar pecadores que mais de si. Fazendo, grande caso do que tinha entre Era acérrlmo defensor da liberdade dos Brasis, sem que- se perdeu do Bispo, pera porém, algum nisso fosse culpado. Sen- nosso 1556 mãos, nisso se empregava todo. e além do principal, que era rcr emitar i confissão que padre Inácio, em tia sumamente os roubos e assaltos que se faziam neles: ² idem V. 214. a conversão dos Brasis, em particular acudia a todas as ne- com chorava-os, bradava sobre isso publicamente e para reme- ² Cópia de uma carta «ue cessidades espirituais e temporais dos próximos quan- Tamõios, to como sc viu claramente em dar sna vida pela de diar o que podia da sua parte, se meteu com os escreveu ao Cardeal; data- podia, como dito é.para fazer cpm.êjes e,aplacar a. Justa ira Vicente, t.» de muitos, pondo-a nas. mãos dos Támôlos, conriando-)w4tp que pazes da de S, de Deus contra os portugueses, .pelos muitos roubos e. mor- Junho de 1569 «- idem, a Divina Providência tiraria yftsso^para os Portugrués»!*. seguiy.. tes que tinham feito neles. Com este zelo, pregando diante idem, p. 238. Brasis muito fruto que depofc se ».. ,., armada, êle Era de desamparados, fazendo casar muitas orfas aó capitáo-mor Estáclo de Sá e de toda sua «ue ² Carta ao Padre Mes- pai Rio de Janeiro e aplacarem com pe- com esmolas que lhes havia e tirando dentre os Índios ai- exortava a povoarem o tre Simão em 1549, idem, nitência a ira de Deus roubos feitos aos índios da Ba- 42», 433 435. (uns filhos e filhas dos portugueses, que lá andavam perdi- pelos p. e além hia, foram gravíssimos, cativando-os e vendendo-os, ² Informação das terras dos do tempo antigo, e dando-lhes vida, dos pequenos que sete fazia criar virtuosas. trouxe a história dos Gabaonistas, que pediam da (era- ilo Brasil, idem VI, p. 81. que tirava eom tempo e os por pessoas ira de ² Carta Per» Tinha mui especial caridade com os enfermos, acudindo-. ção de Saul, para enforcarem e com isso se aplacar a mandada de "Se agora tomasse, nambuco, em 1549. em que lhes com a pobreza que havia em casa e quando os visita- Deus: concluiu com grande veemência: ladrões salteadores que têm destruído os pobres trata dos gentios, idem, VI, va parecia que se derretia com piedade, principalmente sete destes Brasis. Uma noite, vindo chamar um padre índios da Bahia e de toda a costa, Nosso Senhor se aplacaria pfe 104, para os pobres fazer". ² Carta aos moradores um homem que estava quase morto às estocadas e sem e seria favorável para esta empresa que queremos para repressões desen(anos sa- de s. Vicente, idem, XLHI, fala, êle mesmo lhe foi acudir e fazendo-lhe «*r as tripas Estas e outras semelhantes e ratas, começando o ferido a falar, tomou o padre biam mal aos culpados e cubiçosos, principalmente porque p. 81. que tinha nenhum modo ² Diálogo con- de segredo ao cirurgião e a outro que lho aju- em nenhuma maneira queria consentir em sobre a Juramento salvo nos fossem tomados com v*r«ão do jrentio, idem, dava a curar e logo diante deles o confessou, curando-lhe a de cativeiro dos Brasis, que "Não viveu. E assim dizia muitas vezes: posso acabar XIJII. 2.» narte, p. 133. alma. enquanto êles curavam o corpo, o qual depois guerra Justa uma vez um moço de casa que na vila de com minha ciência e conciência aprovar os remédios que se ² IMv*wl