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M¥í§(ô) Diretor e redator: Ml1 LEÃO. 4-7-1948 CIO Gerente: LEONARDO MARQUES. N.° 3 Secretário: SÉRGIO R. VELLOZO. Ano VIII Vol. IX PREÇO — CrS 2,00 NOTICIA SOBRE MANOEL DA NOBREGA

Acompanhar a vida do Em 1553, vai Nobrega a Três anos depois, a 18 de apóstolo Bra- S. primeiro do Vicente. Naufraga, e é Outubro de 1570, falecia í MagroBt^yj.- -Aai BK;, íi-üáSfe^r-C" , > sil, através da narração salvo indígenas. In- o ilustre Padre, cercado pelos do .KJIEHW.MLia! que dela fazem Anchieta e tema-se no sertão bravio, amor e da veneração de to- fWá ______£*v^Mk^c^«í* & Antônio Franco (os primei- vai erigir, na aldeia de Ma- dos. ros dos seus biógrafos), é niçoba, uma igreja. Junta Testemunha da primeira um verdadeiro encanta- ali um grupo de índios ca- fase da formação do Brssií. 'mB'- "'.Tf-':' mento. rijos, e funda uma Confra- deixou-nos o Padre Manuel VwkVV*/ JBwf Ht ___R_- .*¦ ií j&jfft O Padre Antônio Franco ria do Menino Jesus. da Nobrega, um patrimônio 'Ài\t- . ' ignora qual fosse a cidade Nesse mesmo ano de preciosíssimo: as suas Car- do nascimento de Nobrega. 1533, é investido no cargo tas, o seu Dialogo sôbre a. ;V*-'*_ Sabe. porém, que êle per- de Provincial do Brasil. Conversão do Gentio. As tencia a família que apre- Regressa à Bahia em Cartas são em número de sentava seus indícios de uo- 1556, e ali prossegue com 21. Foram primeiramente breza, pois o seu pai, Bal- os seus exaustivos traba- publicadas nos Anais do Rir. Escultura do Padre Manoel da Nobrega, executada pelo ar- tasar da Nobrega, fôra de- Ihos. de Janeiro, Baltasar da tis*? Francisco Franco, em 1938, a nedido do Padre Serafim por "História sembsrgador, e um seu tio Dois anos depois, estava Silva Lisboa. Mais tarde Leite. Orna o primeiro volume da da Companhia fôra chanceler - mór do intimamente ligado ao novo acolheu-as a Revista do Ins- de Jesus no Brasil", desse eminente historiador (vol. l.v>. Reino. Governador, Mem de Sà, titulo Histórico. Publicadas Como se sabe, até hoje nào se conhece nenhum retrato au- Nasceu êle a 18 de Outu- Com éle obtém novas leis fracionariamente, aqui e têntíco de Nobrega. bro de 1517. favoráveis aos índios. Com ali, tiveram elas uma edi- Em 14 de junho de 154] êle toma parte na luta con- cão, tanto quanto completa, — tomou Nobrega o grau df tra os franceses e contra oa em 1883 edição dirigida M AR IO bacharel em Cânones na tamóios, aliados desses nos- c prefaciada por Vale Ca- S U Universidade de Coimbra, sos inimigos. Juntamente bral. A publicação da Aca- trazendo já cinco anos de cem Anchieta. faz uma vi- rtemia Brasileira é de 1931, PÁGINA 29: Múcio Leão. ²* **n'? Cânones na Universidade de sita de amizade e pacifioj- e representa a segunda edi- ²Notíeim sôbre Manoel di ViiTfl T/fT*ros: Ar- Salamanca. ção aos tamóios. cão da obra completa. Nobrega. ru^'". He Mar'''1 Rp*e; fíi- ²A Nobrega. nnvnis. Tof- Pãcire, concorreu, nesse Em 1559, recebeu Nobre- Trouxe a mais (além das r»ohreza de de GiseMa òo Antônio íily Pereira mesmo ano de 1541, a uma ga uma notícia que, de n^tas de Vale Cabral) os Padre da Costa. cr.Uo, o Diálogos *o Ps-lre Nobresr.i Franco. colegiatura no Mosteiro de surpreendeu mui- PÁGINAS 37. 33 e 39: to: a notícia sôbre a Conversão dos Gen- PAGINA 30: ²Antnineia Santa Cruz. Deu de seu sa- da sua demis- ²Carta da Literatura ião do cargo de Provincial ?)nstud^ biográfico do de Nobrega ao seu Brasileira Centemporâ- ber provas fulgeiitissimas. mestra Coimbra, du Brasil, com a nomeação Padre Antônio Franco acer- de Dr. nea. Primeira série — Mas havia, no um Navarro pleito, do seu substituto — o Pa- ca de Nobrega, e notas de (1549). Antologia da Poesia — candidato de muito PAGINA 31: maior dro Luiz dá Graça. o aNnlização de Rodolfo Gar XXXI — Nilo Bruzzi. Qual ²Bibliografia rio Padre prestigio político do que motivo de tal destituição? cia. ²Nilo Bruzzi (nota bio- éle. O Manoel da Nobrega. Padre Nobrega foi Lainez, Geral da Compa- ²Perfil de Nobrega, oelo gráfica). preterido... tíbia, ter agido as- ²Bibliografia de Nilo A essa parece Padre José de Anchieta. preterição, atri- sim em virtude do Álbum de Bruzzi. huem os precá- PAGINA 32: "Dona biógrafos a deci- rio estado de saúde de No- ²Pórtico ile Lua". são -¦- Coisas 'To Brasil, nelo tomada por Nobrega do bro^a. Guigr.ord ²Elogio da Noite. entrar Padre Nanoel da Ne- para a Companhia Entregou êle o seu careo. O primeiro desenho desse ²Mal interior. de Jesus. Fosse ou não brega. ²Velho mas continuou, sem vacila- esplêndido álbum (publicado ²Trecho dc uma carta romântico. fosse esse o motivo da de- de ²A ções. a trabalhar em seu em nosso n.c 1, a 6 ju- 10 Padre Si- Voz amiga. cisão — a verdade c a Ie- de Nobri» ²Uma que, maravilhoso apostolado. nho passado), saiu com mão Rodrisues. canção de Mineiro. em 21 novembro de 1544, Beco da Sombra. ²A de Em 1564 esteve de novo genda de PÁGINA 33: angustia de D. Juan. vestia éle a roupeta de San- nn , a con- Aquele desenho, porém, tem ²Padre ²Românticos. Antônio Nobrega como to Inácio. víte de Estacio de Sá, e to- o titulo de Bairro de escritor. ²Nenia. da Sombra é o ²Almas Cinco anos depois, partia mou nas lutas se Dias: o Beco ²Cronologia dn Literatu- gêmeas. parte que damos hoje (pâg. 40). ²Fortuna. para-o Brasil o primeiro travaram até a morte dês- que rr Brasileira. Governador Geral, Tome de Como sabem os leitores da ²Felicidade. "Sousa. se esforçado Capitão. Tor- 34 35: Nobrepi veio com primeira fase de Autores e Li- PAGINAS e ²Poente. nou a S. Vicente. Mas no- ²Restantes, de Adelmar êle. Chegou à Bahia aos 20 vros, esse álbum consta de ²Pagão, vãmente voltou ao Rio, afim Tavares, Manoel Mon- de março daquele ano, duas dezenas de desenhos, alu- ²Marguerite Gautier. de tratar da fundarão de á antiga Ouro Pre- teiro, Moreira Cardoso, acompanhado dos Padres sívos todos ²Jesiís. um colégio. Cedeu-lhe Mem aos artistas e Carlos Estevão e Leonardo Nunes, João de to. tão querida (Silvei- ²Ünica. de Sá o lugar que êle acha- dos brasileiros. ra Carvalho (reprodu- Aspicuelta Navarro e An- poetas ²Desalento,, va conveniente para o esta- Em n"meros sucessivos, e tó- ção integral da edição tonio Pires, e dos irmãos ²Notivago. beleeimento; e desse colégio da a vez que tivermos o espaço original). ²Flor Vicente Rodflguss Diògo "Descantes"'. ternura. e foi Nobrega nomeado Di- suficiente, daremos os deseitóos ²Nota sobre ².I',rilim Jacome. Logo começou o de Alhambra. retor. do grande artista patrício. PAGINA 36: ²Triste seu incansável apostolado "Descan- consolo. ²Os poetas de ²Esperança. de civilização. Com os seus tes". Notas sôbre Adel- ²Dedicatória. companheiros, êle constrói, E LIVROS mar Tavares, Carlos Es- ²Um Nilo suas mãos, AUTORES autógrafo de com as próprias tevão, Manoel Monteiro, Bruzzi: o soneto "Única". as casas em que há de mo- Moreira Cardoso e Sil- ²Autores e Livros, os o seus assinantes por rar. Toma a si ensinar veira Carvalho. Austregesilo de Athaide. artigos da doutrina cristã "Autores ²Curso 'ii Jornalismo. ²Francisco Todo aquele que tomar uma assinatura de e Alves. aos selvagens. Prega a su- Ética, História p Legisla- PAGINA 40: pressão da antropofagia. Livros" se tornará concurrento, em 31 de Dezembro próxi- çao jornalística. 3.° ²Álbum de Guismard. — Cliama ao seio da Igreja os mo, a uma coleção dos oito volumes da primeira fase dessa ponto. Relações da Mo- N.° 2 — Beco da Som- meninos. Batiza os ral com a Literatura. bra. que de 1941 a Marco de 1945). Essa coleção aceitam o batismo. Comba- publicação (Agosto te os ancestrais usos barba- completa custa hoje, quando raramente aparece, cinco ou ros da feitiçaria... seis mil cruzeiros Em 1551 vai a Pernam- bucot onde igualmente inau- apostóli- gura os trabalhos "Autores FADRE ANTÔNIO FRANCO cos. E' forçado, porém, a re- Um fasciculo de e Livros" vendia-se a cm- ds gressar à Bahia, afim cjuenla centavos1, na fase em que essa publicação era o suple- Nii matéria de sua pobreza traa dre Simão de Vasconcelos na pri- novamente defender os ín- "A o nosso padre Stnião de Vtiscon- melra parte da Historia da nossü, mento literário de Manhã". A coleção completa de celos na Bahia va- dios, ameaçados pela cupi- que não tendo Província do Brasil e o santo'Relação "Autores e Livros", de Agosto de 1941 a Março de 194S, ficou muitas vezes camisa que vestir e ráo José de Anchieta na dez des colonizadores. "cento sucedendo nesse tempo vir a nossa dos princípios dao.uela provncia, E' nessa ocasião qua No- representada fe cinqüenta fascículos, o que. ao casa o Governador Mem dè Só, o cujo traslado trazido a este Reino por Ferafio Cartíím, temes brega so dirige co Rei D. padre Nobrega punha no pescoço pelo padre da ocasião, daria um total de 75 cruzeiros. Essa co- um lenço, com dissimulava a em o nosso cartório de Coimbra, uoau III. e me pede que preço que onde também há muitas cartas do hojo rarissimamente aparece, falta de camisa, e costumava cha- crie uma diocese no Bra- leção, entretanto, quando mar por graça a este lenço a sna padre Nobrega, que escrevia a esta hipocrisia. As alfaias do seu uso Provncia das coisas do Brasil. De sil. O pedido é atendido, e atinge ao custo de cinco e seis mil cruzeiros. todos estes documentos me apro- "Autores todas eram a mesma pobreza. Em vem para a nossa terra o coleção de e Livros'*, que estará tudo foi este santo Padre homem veitei para esta narração. 8 qual Faça a sua é só um como índice de quão primeiro Bispo — D. Pe- grande. Sua vida escrevem muitos um trabalho destinado à maior valorização. autores, nosso (Cont. na pág. 3B> dro Fernandes Sardinha. guardando e em especial o pa-

ü ^üAà^-j* ¦¦"•ttri-^Sí Página 30 AUTORES E LIVROS Domingo, 4-7-1948 — Vol. IX, n,° 3, CARTA DE NOBREGA AO SEU MESTRE DE COIMBRA, DR. NAVARRO (1549) absteem de matar e de CRAT1A et poi Bomini Nos- matam com grande festa e terram-no em posição de quem quer animal. Nesta terra ai- comer tri Jesu Christi sit semper ajuntamento dos amigos e dos está assentado, em frente lhe guns há que não habitam ca- carne humana; e se algum, o nóbiscum. Amen. que moram por ali perto, e se põem de comer com uma rede sas, mas vivem pelos montes; faz, fica segregado daqui. Pensando eu muitas vezes na deles ficam filhos, os comem, e ai dormem, e dizem que as dão guerra a todos, e de todos Onde quer que vamos somos Isto é o me recebidos com boa ¦ graça que o Senhor me féz, ainda que sejam seus sobri- almas vão pelos montei e ali são temidos. que grande von- a estas terras do nhos e irmãos, declarando as voltam para comer. Têm gran- ocorre sobre a terra e sobre a tade, principalmente pelos me- mandando-me é ninos, aos Brasil, para dar principio ao vezes às próprias mães que só de noção do Demônio e têm gente que a habita e que quais ensinamos. conhecimento e louvor do seu os pais e não a mãe, têm parte dele grande pavor e o encon- coisa muito para lastimar e se Muitos jà fazem as oraçífcâ e santo nome nestas regiões, fico neles. E' esta a coisa mais tram de noite, e por esta causa ter compaixão dessas almas. as ensinam aos outros. Dos espantado de ter sido para esse abominável que existe entre saem com um tiçáo, e isto ê-o Falarei agora da porta que que vemos estarem mais segu- fim eleito, sendo eu a escória eles. Se matam a um na guer- seu defensivo, Nosso Senhor fe dignou de ros, temos batizado umas cem cie toda a Universidade; mas, ra, o partem em pedaços, e de- Sabem do dilúvio de Noé, abrir nestes poucos meses para pessoas pouco mais ou menos: além da divina graça, cuido pois de moqueados os comem, bem que não conforme a ver- escolher dentre eles os que fo- começou isto pelas festas do que o ter sido discípulo da dou- com a mesma solenidade; e tu- dadeira história; pois dizem ram predestinados; porém co- Espírito Santo, que é o tempo trina e da virtude de Vossa do isto fazem com um ódio cor- que todos morreram, exceto meçamos a visitar as suas ai- ordenado pela Igreja, e devem Reverendíssimà e as suas ora- dlal que têm um ao outro, e uma velha que escapou em uma deias, quatro companheiros que haver uns 600 ou 700 cate- ções me impetraram esta mise- nestas duas coisas, isto é, te- árvore. somos, a conversar familiar- cümenos prontos para o batis- ricórdia de Deus, qui potens est rem muitas mulheres e mata- Têm noticia igualmente de mente, e a anunciar-lhes o tei- mo, os quais, estão bem prepa- de lapíãíbus tstts suscitare rem os inimigos, consiste toda S. Tome e de um seu compa- no do Céu, se fizerem aquilo tados em tudo. Abrae; e porém é de razão que a sua honra. São estes os seus nheiro e mostram certos ves- . que lhes ensinarmos; e são ês- E alguns vêm pelos caminhos eu dè contas a Vossa Reveren- desejos, é esta sua felicidade. tfgios em uma rocha, qUe di- tes aqui os nossos bandos. Con- u nosso encontro, perguntando- díssima do que o Senhor co- O que tudo herdaram do pri- zem ser deles, e outros sinais vidamos os meninos a ler e es- nos quando os havemos de ba- meça a obrar nesta sua nova meiro e segundo homem, e em S. Vicente, que é no fim crever e conjuntamente lhes tizar, mostrando grande desejo vinha, a qual talvez queira es- aprenderam daquele «ut Jiomi- desta costa. Dele contam que ensinamos a doutrina cristã e e prometendo viver conforme o tender a rnari usque ad maré, cída erat ab inilio. Náo se guer- lhes dera os alimentos que ain- lhes pregamos para que com a que lhes aconselhamos; costu- et a flumine usque ad términos reiam por avareza, porque nio da hoje usam, que são raizes e mesma arte com que o inimigo mamos batizar marido e mulher orbis ferrarem; para que Vos- possuem de seu mais do que ervas e com isso vivem bem; da natureza venceu o homem , de uma só vez, logo depois ca- sa Reverendíssimà louve por lhes dão a pesca, a caça e o nío obstante dizem mal de seu dizendo: Eritis sicut Dií scien- sando-os, com as admoestaçoes sua parte ao Senhor, a quem fruto que a terra da a todos, companheiro, e náo sei por- tes bonum et malum, com arte daquilo que o verdadeiro ma- so se deve toda a glória e honra. mas somente por ódio e vin- que, senão que, como soube, as igual seja êle vencido, porque trimônio reclama; com o que Depois que partimos de Por- gança, sendo tfio sujeitos à ira frechas que contra êle atira- muito se admiram de como sa- se mostram eles muito conten- tugal, o que foi em 1° de fe- que, se acaso se encontram em vam voltavam sobre si e os bemos ler e escrever e têm tes, prestando-nos muita obe- vereiro de 1549. toda a armada o caminho, logo vão ao pau, à matavam. Muito se admiravam grande inveja e vontade de diência em tudo quanto lhes trouxe-a Deus a salvamento; pedra ou i dentada, e assim de ver o nosso culto e venera- aprender e desejam ser crls- ordenamos. Dentre multas col- sempre com ventos prósperos e comem diversos animais, eomo ção que temos pelas coisas de tãos como nós outros. Mas sò- sas referirei uma que bastante de tal arte que chegamos à pulgas e outros como este, tu- Deus. Entre eles, os que são mente o impede o. muito que me maravilhou, e foi que ensí- Baía de Todos os Santos den- do para vingarem-se do mal amigos vivem em grande con- custa tirar-lhe os maus costu- nando um dia o padre Jofto de tro de 56 diai, sem que sobre- que lhes causam, o que bem córdia e amor, observando bem mes deles, e nisso está hoje Aspilcueta os meninos a ler e viesse nenhum contratempo e deixa ver que náo tomaram aquilo que se diz: Amicorum toda a fadiga.nossa. a fazer o sinal da cruz, e tendo antes com muitos outros fa- ainda aquele conselho evangé- omitia sunt communia. Se um E já por glória do Senhor os ditos meninos certas pedras vores e graças de Deus, que lico de pagar o mal com o bem. deles mata um peixe, todos co- nestas aldeias que visitamos de várias cores nos lábios, que bem mostrava ser sua a obra Quando morre algum deles, en- mem deste e assim de qual- em torno à cidade, muitos se é uso trazer furados, e muito que agora se principiou. estimam, embaraçando as pe- -X.. Desde logo se fêz a paz com dras- de fazer-se o sinal da o Gentlo da terra e se tomou cruz, veio a mãe de um deles conselho sobre onde se funda- e para logo tirou a pedra dos ria a nova cidade, chamada do Cartas Jesuiticas lábios de seu filho e atirou ao Salvador, onde muito ainda telhado; de repente os outros obrou o Senhor, deparando Io- fizeran* o mesmo; e isto foi go muito bom sitio sobre a logo quando começamos de en- praia em local de multas ton- sinar. Outra vez descobriu o tes, entre mar e terra e clr- mesmo Padre em uma aldeia, cundado das águas em torno que cozinhavam o filho de um aos novos muros. Os mesmos inlmlgc, a fim de comerem-no: índios da terra ajudam a fazer e porque fossem repreendidos, as casas e as outras coisas em soubemos mais tarde que o en- r; ferraram e o náo quiseram co- qúefse» queira empregá-los; po- ¦¦ M de-se"já"còntár,|tóí;l»mrcaS. iíno» .vAÚQntyT :-üb «ofoiíjKií r.-ahvüq .wi-io.:.a >il»ÍT-',.¦,!«¦»; J ,?. ¦:¦-- Oli sásV*'sè'Co*è1ta!a'plantartBDIA,7* res simplesmente como con- riarem um contimrio Ba tuer- cubinas. ra, cioróseram-no íor ajgum aiO DE JANEIBO De multas partes somos cha- tempo, dão-lhe Rir múllieres mattos, para irtnos ensinar, às tlim &> * .¥**& FRONTE8FICIO DAS CASTAS DO BRASIL, dc BUaoel da Nobreg», edição da Aca- coisas de Deus e nio sua* Sai* demia Brasileira dè Letras, IMI. podemos • guardem, depoi» do que o chegar, porque somos poucos: a^WfjMW

•BoBri>iKOf:4-T.l»48"VolViXtn.&3. AUTORES. E LIVROS Patina 31 mWÊMmLmmw¥Hsm wmmmmmm mm

e .certo, creio que em todo o quiJ matassem um Cristão da sus Cristo, e que ao deitar e ao com a doutrina a morte, mas o erro e contradizendo por mundo não se nos depara terra armada em que viemos, o que levantar o Invocassem dizendo: se viram em breve desmasca- grande espaço de tempo aquilo tão disposta, para produzir o nos pós em perigo de guerra e Jesus, eu te encomendo a rados, porque logo todos os en- que éle tinha dito: e isto, com fruto como esta, onde vemos no3 acharia, à nossa gente, em minh'alma, e depois que dê.es lermos se curaram. Quis por ajuda de um lingua, que eu altnas perecerem, por se não a ocastáoi desprevenidos e mal me parti, andando pelos canil- ventura o Senhor a estes seus tinha multo bom, o qual falava poder remediá-las: em falta, fortificados em a nova cidade. nhos, notei a alguns que diziam filhos perfilhados em seu san- quanto eu dizia em alta voz vamos lhes acendendo a von- Mas quis o Senhor, que do mal em voz alta o nome de Jesus, gue, provar-lhes desde cedo e e com os sinais do grande sen- tade de ser cristãos, para que sabe tirar o bem, que os mes- como lhes havia eu ensinado, ensinar-lhes que é preciso so- timento que eu mostrava. Fi- se morrerem,, neste comenos, mos índios trouxessem o homi- o que me dava nfio pequena frer e que esta é a meslnha nalmente ficou êle confuso, e enquanto dura o catecismo, dé- cida- e apresentaram-no ao Oo- consolação. E coisa admirável, com que se purgam os eleitos fiz que se desdissesse de quan- les Deus haja misericórdia. vernador: o qua) logo o man- é quanto por sua bondade e do Senhor. Procurei encon- to havia dito e emendasse a Aos que amam a Deus e dese- - dou colocar à boca de uma consolação, o Senhor todos os trar-me com um feiticeiro, o sua vida, e que eu pediria por jamasua glória, não sei como bombarda e foi assim feito em dias nos comunica e ainda mais maior desta terra, ao qual cha- éle a Deus que lhe perdoasse, lhes sofre a paciência de se pedaços: isto pôs grande medo a vanta jadamente aos o u t r ò s mavam todos para os curar em e depois éle mesmo pediu que não embarcarem logo e virem aos outros todos que estavam Irmãos, porque visitam mais suas enfermidades; e lhe per- o batizasse, pois queria ser cris- cavar nesta vinha do Senhor presentes; e os nossos Cristãos vezes aldeias que eu, e mais o guinei em virtude de quem fa- tão, e é agora um dos cate- se abstiveram os es- quo tão espaçosa é, e que tfto de andar pelas merece a sua virtude. zia éle estas coisas e se tinha cúmenos. Vi entre que aldeias, o que foi serviço de comunicação com o Deus que tavam presentes alguns ho- poucos operários possui. Fou- Um dos batizamos velo aqui, Deus, por evitarem os escân- que criou o Céu è a Terra e rei- mens e mulheres como atânl- cas letras bastariam por- a nós, dizendo por acenos e de e não dalos que aos índios davam, nava nos Céus ou acaso se co- tos daquilo que eu falava, das que tudo é papel branco, andando modo que o compreendíamos, de Deus. Estas e outra coisa, senão pelas suas terras. municava com o Demônio que grandezas há que fazer viajamos nós que naquela noite estivera com outras obra o Senhor escrever a, vontade as virtudes Quando outros estava no Inferno? Respondeu- coisas por dá Companhia, nunca nos aban- Deus no Paraíso, com grande me com vergonha ministério ínter maia necessárias e ter zelo em pouca que nosso gentes. donam, e antes nos acompa- alegria; e assim nos vinha con- êle era Deus e tinha nascido Vossa Reverendisslma, seja conhecido o Criador pois, que que nham onde se tar muito contente. Deus e apresentou-me um a tem o zelo da Divina honra, destas suas criaturas. para queira, maravilhados com o que' pre- Uma coisa nos acontecia que quem havia dado a saúde, e nos ajude com as suas orações Estando tudo nestes termos e gamos e escutando com grande multo nos maravilhava a prin- que aquele Deus dos Céus era e escrevendo-nos o que Deus ém tão bom principio, pelos silêncio. cipio e foi que quase todos os seu amigo e lhe aparecia fre- lhe faça sentir. poucos meses que aqui estamos, Dentre outras coisas, recordo- que batizamos, caíram doentes, quentes vezes nas nuvens, nos E assim fico pedindo a bên- esforçou-se o inimigo da natu- me que por melo de um menl- quais do ventre, quais dos olhos, trovões e raios; e assim dizia Ção do Pai e Mestre em Jesus reza humana (como sói sem- no língua eu lhes dizia, uma quais de apostema; e tiveram muitas outras coisas. Esforcei- Cristo Senhor Nosso. pre fazer) em impedir o bom noite em que eu pregava ao ocasião os seus feiticeiros de me vendo tanta blasfêmia em Deste porto e cidade do Sal- sucesso da obra: e assim deter- luar (nao lhes podendo ensinar . dizer que lhes dávamos a doen- reunir. toda a gente, gritando vador, a 10 de Agosto de 1549. minou que a 1 ou 8 léguas da- mais), que tivessem fé em Je- ça com a água do batismo e em altas vozes, mostrando-lhe De V.R.P. servo no Senhor. Bibliografia do Pe. Manoel da PERFIL DE NOBREGA PADRE ANCHIETA castigue pelas blasfêmias que disse contra vós este mal- Nobrega dito". Com que o homem ficou castigado e os mais que o em ²Carta A vida do padre Manoel da Nobrega foi insigne e ouviram, amedrontados e acudia S. Lourenço à pressa datada de Olinda os estava com bonança. aos 1* de setembro de 1S51 tanto mais quanto menos conhecida dos homens, quais que ²Revista èle amava intimamente, desejando e procurando a salva- Tendo avisado por vezes a um clérigo escandaloso, do Instituto sabendo o estar com a oca- Histórico, II, 279. ção de todos sara glória de Deus, que êle, cheio de sen amor, como se não emendasse, padre ' pág. do e sião do sen pecado, se foi à porta da casa, gritando a gran- Foi copiada por Vamha- sobretudo tinha diante dos olhos: para dilatação qual -Lisboa. conhecimento de seu nome, todo o Brasil lhe parecia pouco, des vozes que acudisse gente, que estavam ali crucificando gena em os dois —Carta o qual. como dava pouco de si ao principio, pretendia que a Cristo. Acudiu gente e ficaram tão espantados de alcumas cou- se apartaram e cessou o escândalo. sanam iam em a nau que fosse sua fé pregoada por outras regiões que pareciam dar pecadores que mais de si. Fazendo, grande caso do que tinha entre Era acérrlmo defensor da liberdade dos Brasis, sem que- se perdeu do Bispo, pera porém, algum nisso fosse culpado. Sen- nosso 1556 mãos, nisso se empregava todo. e além do principal, que era rcr emitar i confissão que padre Inácio, em tia sumamente os roubos e assaltos que se faziam neles: ²idem V. 214. a conversão dos Brasis, em particular acudia a todas as ne- com chorava-os, bradava sobre isso publicamente e para reme- ²Cópia de uma carta «ue cessidades espirituais e temporais dos próximos quan- Tamõios, to como sc viu claramente em dar sna vida pela de diar o que podia da sua parte, se meteu com os escreveu ao Cardeal; data- podia, como dito é.para fazer cpm.êjes e,aplacar a. Justa ira Vicente, t.» de muitos, pondo-a nas. mãos dos Támôlos, conriando-)w4tp que pazes da de S, de Deus contra os portugueses, .pelos muitos roubos e. mor- Junho de 1569 «- idem, a Divina Providência tiraria yftsso^para os Portugrués»!*. seguiy.. tes que tinham feito neles. Com este zelo, pregando diante idem, p. 238. Brasis muito fruto que depofc se ».. ,., armada, êle Era de desamparados, fazendo casar muitas orfas aó capitáo-mor Estáclo de Sá e de toda sua «ue ²Carta ao Padre Mes- pai Rio de Janeiro e aplacarem com pe- com esmolas que lhes havia e tirando dentre os Índios ai- exortava a povoarem o tre Simão em 1549, idem, nitência a ira de Deus roubos feitos aos índios da Ba- 42», 433 435. (uns filhos e filhas dos portugueses, que lá andavam perdi- pelos p. e além hia, foram gravíssimos, cativando-os e vendendo-os, ²Informação das terras dos do tempo antigo, e dando-lhes vida, dos pequenos que sete fazia criar virtuosas. trouxe a história dos Gabaonistas, que pediam da (era- ilo Brasil, idem VI, p. 81. que tirava eom tempo e os por pessoas ira de ²Carta Per» Tinha mui especial caridade com os enfermos, acudindo-. ção de Saul, para enforcarem e com isso se aplacar a mandada de "Se agora tomasse, nambuco, em 1549. em que lhes com a pobreza que havia em casa e quando os visita- Deus: concluiu com grande veemência: ladrões salteadores que têm destruído os pobres trata dos gentios, idem, VI, va parecia que se derretia com piedade, principalmente sete destes Brasis. Uma noite, vindo chamar um padre índios da Bahia e de toda a costa, Nosso Senhor se aplacaria pfe 104, para os pobres fazer". ²Carta aos moradores um homem que estava quase morto às estocadas e sem e seria favorável para esta empresa que queremos para repressões desen(anos sa- de s. Vicente, idem, XLHI, fala, êle mesmo lhe foi acudir e fazendo-lhe «*r as tripas Estas e outras semelhantes e ratas, começando o ferido a falar, tomou o padre biam mal aos culpados e cubiçosos, principalmente porque p. 81. que tinha nenhum modo ²Diálogo con- de segredo ao cirurgião e a outro que lho aju- em nenhuma maneira queria consentir em sobre a Juramento salvo nos fossem tomados com v*r«ão do jrentio, idem, dava a curar e logo diante deles o confessou, curando-lhe a de cativeiro dos Brasis, que "Não viveu. E assim dizia muitas vezes: posso acabar XIJII. 2.» narte, p. 133. alma. enquanto êles curavam o corpo, o qual depois guerra Justa uma vez um moço de casa que na vila de com minha ciência e conciência aprovar os remédios que se ²IMv*wl __¦ a publicação da CroMlofi» começou: "Apesar de S. Lourenço", Ouviu o padre«saindo- i. tendas dos colégios, por serem-boa» da Igreja, sobre o «oal da LUeruai» BruUtlr», tmbeino: - escrita «m*«s> •¦¦»«Wínelardo do camarote a repreendeu asperamente, falando-lhe por ta; era moitas, vezes afrontado-por. palavraa-e. «ueiaaraatc-tMã muito Mos. êle deixava passar, semne- nOMO pala. dnd« o aoo .«« U00. evteusdo-seaoSanto_>postodejo«lws,lliedme:''B«idlto posta de feitos qae •-, «Ha.-aiS/ka,,^CSdUHIia.¦ •¦"'até ¦'¦"oa ". Senhor S. Lourenço; rogai a Dens que nã»nas (Continua na página 33)¦ a «MÍ:a»bl>ie'v - ¦>¦'" "'¦: -¦'¦ sejais.vós, ,,.. ,..'iiWÜ' íIJJ tJ.ÍÍ,'¦>*.*'¦'.¦ Ni" . i' '*¦. Página 32 AUTORES E LIVROS Domingo, 4-7-1948 —Vol. IX, n.° 3. Coisas do Brasil Treáode uma carta de líárep ''Visitando estas aldeias Padre Manoel da Nobrega o ncontrei um menino dc ires ou quatro anos, que Nesta terra, todos ou a Vossa Reverendíssima fa- A graça c o amor etern-i de Jesus Cristo Senhor Nosso seja sc;ii- alguns o tendo tirado aos ad- maior parte dos homens, ça encomendar isto a Deus pre cm ajuda e favor nosso. Amcn. versários queriam matar e têm n conciência uesada oor pelos Padres e Irmãos, con- Pela a muis da Bahia escrevi acerca de nessas ocupações nesta comer, coisa na verdade causa cios escravos que pos- seguindo também de Sua terra e de quanto se serve o Senhor Deus dos filhos de V»ssa é jigna de grande lastima, e suem contra a razão, além Alteza que ponha aqui Kcverentlíssinia que aqui estão. Açora, passarei .adiante. PartíEtó ão dificil fazer o resga- de que muitos, que eram qualquer ordem convenien- ns naus da Bahi.i, fiquei com os Irmãcs dois mzscs ou mais, tem- e com esta geração de Tu- resgatados aos pais não se te. Seria ainda muito a pro- l-o .iue foi distribuído deste modo. liniquins como nunca se isentam, mas ao contrário posito e de grande provei- ficam escravos astucia to, haver licença da Sé O padre Navarro estava (como ainda está) em suas aldeias, poderi aimaginar, de modo pela empregam com eles e Apostólica fazer-se re- pregando aos grandes e ensinando a ler e a fazer oi ações aos mo não nos foi oossivel re- que para a no 'nsvê-lo. isso há que pos- e outras coisas pequenos c ajudando se afervorarem amar de Deus e no,<&- mas pnr prsmi de por poucos gulamento st-jo alçuns homens catecúmenos, entre ai- sam sor absorvidos, não necessárias sobre a restitui- do batismo e os quais Deus, do tal <*nrtp obrei eme o com muita instância. Esperamos todas as vias -nnsetnii querendo abster-se de ial ção dos ditos escravos sal- guns pedem por hatisá—ln e a ™t- fazer-lhes deixar os muitos maus costumes que têm, e desejamos orisão. pecado nem ie vender um toados, porque já passaram tros que haviam na nisto congregar tados cs que se batizam apartados dos mais, ,e por isso nnra o mesmo fim, Visitan- n outro, posto que a terceiros, e sobre os sa- os repreenda, dizen- ordenamos que Diogo Alvares fique entre eles como pai e gover- lo os visinhos des- muito lários que lhes devem e sô- povos « não ven- narior, estando em bons créditos e multo na graça deles todos." ¦a terra, confessei a mui- ác que pai pode bro outras coisas injustas, der o filho, salvo em extre- Ainda não cumprir esta intenção, pela se ter úi- os e grande fruto ^e fez. pelo que não se pode mais podemos norque muitos deixaram os ma necessidade, como per- roptituir aos mesmos e coi- morada com receio de guerra, pois «certo é que alguns povos de os * um em ">ecados o tomaram mu* mitem as leis imperiais, ,e sn*- iguais todos os dias mais longe têm em muito ódio Cristãos escravo que por que sublevado «heres as concubinas ou as nesta opinião tenho contra r-eo<\tecem, amor das outro tempo fôra cristão Xtm a maior parte deles, dl- por zendo o matar a todos ou fazê-los es- abandonaram, posto quo «n- mim o povo e também os (mi- bom expediente seria que Governador os quer cravos, nós os enganar,,* a todos .ver re r-stes se vêem muitos -^onfessores daqui e assim r ¦ -*> ' ivéssemos da Sé Após- ,e que procuramps queremos *em mortos, e ver mortos, e .que é fazer-se «ma cs- cristãos que estão aqui no Sptanaz íe todo ore- tv:„. a faculdade de absol- batlzar-se pessoa ¦ías -i««-ta cravo das Cristãos e outras coisas semelhantes; Brasil, os auais têm não nó fls fli-""1* maneiça vor consolar muitas almas. juntamente çom o êle ainda fizeram e não há mui- uma concubina. mas muitas e muito dificil e tirar este i '..ximé não havendo aqui pnsaão «s aecadores portugueses, -.m os homens to tempo mataram em uma aldeia ,o filho de um Cristão nas- casa, fazendo batisar abuso. r>orci"o Bispo ou Vigário Geral, que não acham cido de uma Negra «da terra, ,o que trouxe multo ressentimento auitas escravas sob o pre- que aaui vêm bem tenhamos esneran- iutro modo senão viver do que ao Governador, e pensamos «Me será origem de um bom cutito fxto de bom zelo e para se ça de que o haja em breve. ¦-mancebar com elas, cuidan- trabalho dos escravos, que e dc grande exemplo aos outros Gentios, e talvez pòr medo se Deus punira «ne rns ve- do o fazem tanto vivem To que por isso não seja pc- nescam e vão buscar-lhes o «nue convertam mais depreasa «ue por amor; "ado. a riba de tal edificação corrompidos nas costumes e apartados da verdade. e de par com estes i>limentoKtsnto os domina tm *-i*>con a coi- ç\o\p dÍ7*»*í*! Ol't estão alguns religiosos que preguiça e são dados wisrí»*i»at!'r^ id *st Fizemos construir em lugar mais conveniente uma igerja onde "aem vícios diver- desiH<-rftt. no mesmo erro de mo- sas sensuais e hnmim nnujt, o "5o ^ue vp- os Cristãos ouvem missa e junto uma casa onde o irmão Vírsnte ¦o nem curam de estar existe que podemos dizer: sos e nha na*-T «""ionpcer. no»4- Rodrigues e Slmão Gonçalves ensinam os meninos, e os ria, lugar, ssgundo o Omnes commixti sunt inter excomungados, possuindo oue a terra é senão entre a cidade e a aldeia ao pé de um um ^entes ditos escravos. pobre, muito e conveniente et didicerunt opera nara rdrancar ns ovelhas parecer de todos os Irmãos, a propósito para Pois que nenhum escru- colégio, como escrevi a Vossa Reverendíssima. corum. deseaminhadas do rebanho se fazer um já nulo fazem os sacerdotes *esú« Muitos cristãos, por serem de Cristo, <• ainda oue Os meninos cristãos e igualmente as mulheres sabem já muito nobres com cíaquí, 6 melhor remédio se têm casado muitas M anuí. a»»** «ou- bem fazer as orações e assim os filhos tios catecúmenos, os quais is negras da terra, mas bas- destas coisas seria que o Rei ou Anm si»»* ftv ,*•¦•«• oviH. ta- não batizaremos senão quando «esteja a terra mais .pacifica. antes outros tencionam vo!- mandasse inquisidores em outra casa liber- men opportet illas adduce- f> padre Antônio Pires está na cidade «ne ar ao Reino e não quere* comissários para fazer hos- menos re ut sit unus Pastor er temi», ,e cura do .ensino da doutrina crista e dos pobres nos ¦cos absolvê-los (ainda que tar os escravos, ao envergonha a e obri- unum ovile et recpmtrant pitais, e di< missa e confessa, de medo que nos enham filhos) por se terem os que são salteados inteligente trabalhar na vinha os cris- cum Abraham, Isaac et Ia- todos nós com ser muito çm .do casado em Portugal e antes gá-los a ficar com Cristo. larguem os cob in regno coelocum si Senhor ¦*-" «n* procurar sofrer por amor de nuito os repreendemos nas tãos até que alguns somos muito rodes e mal exerci- do Gentio multi fllii Regini Na lingua deste país Médicas. Se El-Rei deter- maus costumes quiden. Navarro tem -especial de N'wso e a nossa se indignos faciunt. E se, tados, mas o padre graça penhor nina aumentar o povo nes» já batisado que andando aldeias dos Negros, em poucos deles entretanto meus nesta parte, porque pelas sas regiões, é necessário que Companhia houvesse por peca- se entende eles e na mesma na dos não se nuder introduzir dias que aqui estamos, tom 'Senhorprega venham para se casar aqui cuidado, amestrando-os tudo Nosso lhe ou nada aqui a eclesiástica, lingua e finalmente em parece «ue pirata muitas órfãs e quaisquer Fé. da qual pouco justiça mais 'ajudar as almas. A sexta-feira em casa deveria ao menos Sua Alte- favor c graça para poder mulheres ainda que sejam podem aprender disciplina, cota muitos da terra e e antes vivem 2a a esses amançeba- quando fazemos a juntamente erradas, pois também aqui dos senhores conter a Paixão de ainda êle se reúne a sem conheci- dos. sob as que me- depois da predica sobre Cristo, iá várias sortes de homens, como Gentios, penas ora uni, ora outro -lugar da cidade.e à mento algum de Deus. E recém, e com maior razão nós, nos outros dias visita norque os bons e ricos darão faz cantar aos meninos o«.«ões Uks cn- com esta base isto se alcançaria, como dis- noite ainda certas «Ue :) dote às órfãs. E desta poderemos lingua deles, em lugar de certas canções lascivas a igreja do Se- se, mandando cá mu- sinou em sua srte assás se previne a oca- principiar .Rara usavam. Remetendo-me aos Irmã», .não nhor na capital, onde se ca- lheres, e tão mau exemplo e diabólicas que dantes sião do pecado e a multidão escreverei muitas coisas aqui obra o Senhor por meio deles íe aumentará em serviço de e viveriam do Gen- que _sariam junto se.deixaria de dar aos e. são, todavia, bastantes. Deus. nós cristãos. tios vêm coisas. que 5 que estas Náo calarei, porém, esta que eu vi: » filho do senhor de uma aqui tudo se- "in Recebemos aldeia que estava extremis", de modo que estavam todas deses- nos haveis escrito, gundo perados de que voltasse à vida e o pai ,chorava-o já., vendo que FAC-SIMILES isto é, duas caixas com os nem raesinhas nem encantamentos ou feitiços davam proveito; sa - livros e ornamentos para as bendo o que, o padre Navarro foi vê-lo e achando-o no meio da- igrejas, os auais eram mui- quelas feitiçarias, começou de o repreender e tirou-o dali para fora, a to necessários, porque com pedindo ao pai do mancebo que conviesse em deixá-lo batizar, c ajuda do Senhor se farão que só pusesse a esperança em Jesus Cristo, o qual podia curar o igrejas em muitos lugares, seu filho. Quizera mos que nos man- Suspeitando o Negro que o Padre antes viera ajudá-lo a mor- dasseis mais algumas cam- rer, como lhe haviam dito os feiticeiros, não quis estar por nada painhas pequenas e grandes e pôs-se a fazer mofa. e igualmente cálices, ainda E assim o Padre procurou-me para perguntar se podia batizar rtvnncd da^nobrtea. que sejam de metal, não po- sem consentimento do pai, e porque São Tomaz diz que não so ^ clendo mais ser, e tudo o que deve deixar de fazê-lo quando de antemão se emprega diligência é preciso para a missa, em fazer que conslnta, tal como fez coin muitas e mui eficazes como o vinho c farinha, exortações, e assim foi batizado e aprauve dspois ao Senhor res- mas acima de tudo, muitos tituir-lhe a saúde com muita edificação dos outros e grande Irmãos para plantarem esta crédito do padre Navarro; de maneira que todos se querem ba- De Olinda, a 14 de Setembro ch 1551. nova vinha do Senhor. tizar e aprendem a doutrina e o mesmo Chefe com toda a aldeia Esperamos também res- nada fazem senão o que lhes manda o Padre, e porque dantes posta de Vossa Reverendís- costumavam por pouca coisa matarem-se uns aos outros e co- sima para começar o cole- inerem carne humana, ao encontrar o Padre em qualquer casa, gio do Salvador na Baía. logo se excusam dizendo que não mataram pessoa alguma c muito no qual não tanto gastare- menos da gente em cujo lugar êle está. Em outra aldeia de Cris- mos como pensais, porém tãos que tínhamos batizados um dia os Gentios comeram uma com cem crusados se pode- perna de um Inimigo que tinham trazido da guerra, mas secreta- rão fazer moradias de taipa mente e sem fazer as festas do costume; e porque nunca o soube»- que bastem para principiar. sem as c porque aí se achava uma mullier cristã, foi esta muito (Carta, do Brasil, i. 109) espancada pelo marido, o qual veio a ter conosco, oxcusan-lo-se com declarar que não comia carne humana. Fiz por esta razão congregar os Cristãos todos nara exortá-los a abandonar esses oos- tumes tão brutais, e porque muito se envergonhava aquela mulher de vir à nossa presença, serviu isto de edificante exemplo. ei U* «gc . k *\>. Autores Quando alguns enfermam mandam-nos chamar para que lhes \ 3- ^ yy demos remédio c desta sorte muitos têm recobrado a saúde por graça de Deus, pelo que muito se tem neles aumentado a Fé e Livros cristã. O padre Leonardo Nunes fêz muito fruto em Ilhéus, junta- mente com o irmão Diogo Jácome, não só em mas em 1." FASE prédicas, ensinar aos meninos. No dia de Todos os Santos partimos, Coleção completa, muito eles e eu, com a armada que veto visitar a costa, e chegando a bem conservada — Preço Ilhéus encontrámos o irmão Diogo Jácome doente de febre, mas ligeiramente, depois pôde rehaver a saúd epor de Deus. módico graça Daí seguimos até à fortaleza e guarnição de Porto Seguro,.onde achamos toda a terra revirada por muitas inimizados que ai ha- Informações à R. Cago via, e quis o Senhor que por tais voltas conhecêssemos todos, que êle veio trazer a à terra, muitos se reconciliaram Coutinho, 94, ap. 102. para paz porque com seus inimigos, perdoando todas as injúrias. Aqui ficaram o Da Bahia, o 5 dt Julho de 1559. Tei. 25-6S12 padre Leonardo e irmão Diogo Jácome, buscando acrescer o fruto Das 12,30 às 13,30 e à noite nas almas, começado antes por alguns Padres Espanhóis, como já Fac-símiles de -Manoel da Nobrega. Encontram-se na edi- escrevi .a Vossa Reverendíssima. "Cartas cão «Ias do Brasil", dada pela Academia em 1931. Para S. Vicente foram-se dez on doze com o padre Leonardo, Domingo, 4-7-1948 —Vol. IX n.° 3. AUTORES E LIVROS Página 33 Cronologia da Literatura ao Padre.Simão Rodrigues Brasi leira

1500 — Carta de Pero Vaz 1601 — E' publicada (1601- vão da Madre do Deus «ão i»o3eK4ü ir mais por ser a embarcação pequena, Quando vier de Caminha, datada 1040) a Relação do Luz. o Governador mandaremos os outros. Neste cnmenos fará "Deste o padre Porto Seguro, naufrágio que fez Jor- 1(332 — Nascimento de Do- Leonardo algum fruto e sabe Vossa Reverendíssima êle é forte Vossa Ilha que da de Vera ge Coelho, vindo de mingos Barbosa. na pregação, e quando vamos juntos os dois, éle me parece o meu Cruz, hoje, sexta-feira, Pernambuco, cm a nau — Aarão e eia o seu Moisés. primeiro dia de Maio Santo Antônio, em o 1633 Data conjetural üo VlQg tãos c se jüeisam arrastar para a Fé, conquanto não sejam indu- Fernão Cardim. B'crnão Cardim (27-1). cedo. do lidos pclv» Cristãos qui1 aqui vêm coin o exemplo su com a pa- 1564 — Nascimento de Vi- 1628— Data conjetural , lavra ao conhecimento de Deus, mas Fran- 1646— Nascimento de Sal- antes os chamam cães c cente do Salvador. nascimento de y fazem-lhes iodo o mal. E toda intenção que trazem é de os en- cisco de Sousa, autor .'¦ vador de Mesquita. ganar, de os roubar, e por isso permitem que vivam como Gentios 1570— Falecimento de do "Oriente Conquis- ,i 1649— Nascismento d e sem a ciência da lei e têm praticado muitos desacatos e assassínlos, Manoel da Nobrega tado".| Frei José da Nativida- de sorte mais males fazem vident obsequium se (18-10). que quanto proes- Nascimento dei de (19-3). tare Deo e assim é de todo nesta terra o zelo c a caridade 1629— perdido 1571— Data conjetural do Eusebio de Matos. ¦ para com as almas tanta ama o Senhor. 1650— Nascimento de João que nascimento de Frei ²Nascimento em Lis- 1 — E daí vem o pouco crédito os Cristãos entre os Antonio Andreoni que gozam Paulo da Trindade. dé 1 Gentios, os quais não estimam mesmo nada, senão vituperam aos boa de Alexandre Antonil, au- que de primeiro chamavam santos e tinham em muita veneração 1576 — Publicação da His- Gusmão, (14-8), S ²Ano conjetural do tor da História do nascimento de Diogo e ^á tudet d que se lhes diz acreditam ser manha ou engano e tória d a Província - £¦ tomam à má parte, fcsses e outros grandes males fizeram os Cris- Santa Cruz, a que vui- Predestinado P e r e |j Garson Tinoco. tães com u máu exemplo de vida e a pouca verdade nas palavras garmente chamamos grino.|; ²Nascimento de Ina- e novas c-ueldades e abominações nas obras. Os Gentios desejam Brasil, de Pero de Ma- 1630— Data conjetural do cio Ramos. -- mr.ha o comércio dos Cristãos pela mercãncla que fazem entre si galhães de Candavo. nascimento de Cristo- (Continua) do ferio e disto nascem da destes tantas coisas ilícitas e parte 15SG — Nascimento de Ma- exorbitantes que nun^a as poderei escrever, e não dor pequena noel de Moraes (4-12). sinto naJma, ma.ximé considerando cm quanta ignorância vivem aqueles paiires gentios e que pedem o pão de Deus e da santa Fé, 1595 — Aparece em Coim- sem haver qui frangat eis. bra a Arte da Grama- tica da Língua mais Bra- ',"'"" usada na costa do sil, de Anchieta. PERFIL DE NOBREZA 1586 — Falecimento de ürmAmWXiV. Jorge de Albuquerque (Continuação da 31) página Coelho (data conjetu- íihum sentimento, com muita dns prosseguindo paz a justiça ral de Pereira da Cos- colégios e orando irsjiiriadores tratanclo-os com mui- pelos e ta). to amor; em fazer com o governador Mem de Sá, que usasse cie força eom os índios da Bahia para sc ajuntarem em al- 1597 Falecimento de dei eis grandes e igrejas para ouvirem a palavra de Deus, con- José de Anchieta (9- tra o parecer e vontade de todos os moradores, o qual depois 6). se estendeu por toda a costa, que foi meio único de salvação de tantas aimas e propagação da Fé, e na constância da po- voação cío Pio de Janeiro, que a experiência tem mostrado O PADRE NOBREGA, por êle movido com o espirito de Deus e puro zelo de seu serviço e snlvação dus almas. COMO ESCRITOR Para essas coisas procurava o remédio com Deus por João contímiq oração c dns reis, principalmente d'El-Rei D. Como escritor, o Padre o Terceiro, e de sua mulher P. Catarina, por cartas, e El- Nobrega é claro, objetivo, a Rei lh* escrevia mui familiarmente, encomendando-lhe realista. Não era outro o do conversação dos geiHios e o mais tocante ao bom governo seu intuito, quando escre- uma Brasil e que o avisasse de tudo, e assim mais faziam por via, senão o de dar conta informações carta do padre Nobrega que por muitas outras das tarefas de que se havia e instrumentos. desincumbido. Sua literatu- mal For este seu grande zelo e constância era dos aue ra é toda de catas, e pou- viviam murmurado, perseguido e tido por tirano, e algumas co distariam essas cartas de veies afrontado com palavras, em ausência e presença dos relatórios um fun- o que pessoas ainda baixas e vis. Em um certo tempo, porque cionário cuidadoso e exato um caso padre estranhava muito em particular e em público dos nossos dias remetesse feio de um poderoso e então Ouvidor da Capitania, que tinha seus superiores. de aos tomado a mulher a um pobre, comparando-o com o caso suspeita e indícios que se lhe Contudo, êle se encon- Herodeti. houve muito provável "Eu, maquinava a morte, e assim dizia éle aos Irmãos: se tra em um mundo novo e e em qualquer ij^Ofei 7f houver de ser mártir, há de ser à mão de nossos portugueses tudo o que conta, sobre esse j cristãos e nãn dos Brasis. mundo ainda virgem é dig- lugar emIfiRti^w^É Com tudo isso, a todos acudia em suas necessidades, no de interesse. Não im- havia mister sua ajuda. Entre estes, (oi o sobredito porta não haja em seu es- qaundo de estiver estando preso e indo-lhe já o padre de San- pírito aquele encanto que S^^^^JI poderoso, que. Sa, tos nara S. Vicente, despedido do governador Mem de poesia que, mesmo nas pá- fulge, tan- se embarcara e o deixava por alguns easos em poder do ginas de prosa, que Anchieta. Capitão da terra, de que êle, com razão, multo se temia, mo- ta vez, no doce tornou de caminho e acabou com o Oo- vido de compaixão, Como seja, No- íhe desse remédio, que depois de sua Partida quer que vernador que brega é um acabado espê- lhe ficava senão ser muito vèxado do Capitão . nenhum lho da vida moral e da vida E LIVROS espiritual da colônia. Por NOTA SOBRE AUTORES êle sabemos, melhor do que Piosseguindo na execução do nosso plano, daremos no próxi- outro infor- de Anchieta. Nos íasciculos por qualquer mo numero a parte referente a José mante, era a situação os cronistas dos nossos qual que se vão seguir a Anchieta, aparecerão mulheres e a dos meni- Gandavo, Gabriel Soares de das primeiros tempos: Fernão Cardim, no Brasil nascente; o camoneano autor da nos por Souza; e, com eles. Bento Teixeira, êle sabemos como é que Prosopopéa.. aqui foram sendo organiza- antigos autores, vamos apresentando os poetas Ao lado desses dos os estudos; por éie sa- vivos - os podem figurar na Antolosia du Li- e prosadores que bemos infinitas coisas acer- teratura Brasileira Contemporânea, os que apenas se vão estrean- ca deste periodo que se do Nas da Antologia da Literatura Brasileira Contem- SÂLUTARIS páginas e descrito em suas pági- já incluímos Valfredo Martins e Nilo Bruzzi, poetas, acha WHISKY COM SÂLUTARIS, UMA BEBIDA DELICIOSA poranêa, isto é. o dos meiados Graclliano Ramos, Virio nos fasciculos mais próximos nas, prosador. XVI. Aususto Meyer, Gilberto Amado, José Lins do Rego, etc. do século Bégtoa 34 AUTORES E LIVROS Domfawy4.^t94e^Va^3X^H/»a. 1 BESCANTES "Preciso » "Quem cega (uma vez, na feira, falar-te. Espero De tua voe o trinado Contemplando as suas águas ouvindo; Dizia um cego, a cantar) Que tu venhas hoje aqui". Vivo em tAda parte DESCANTES A saudade vem-me então. *»Eu E assim, sonhando acordado Máguas Só vè na própria cegueira também falar-te quero: Este livrinho, ó Caplbaribe de Eu estou dormindo. gentilis- Dentro do meu coração! Aquilo que o fez cegar". Sem falta irei", respondi. penso que d^ias patrícias, foi feito especialmente a vossa Já disse um em serenos para Moreira Cardoso Se assim c, fica sabendo, Fui... Nlo falei, nem falaste. poeta, delicada cestinha de costu- Meu Impossível desejo: E ainda hoje estou pra saber Versos, doridos, tristonhos, ip'. é nosso ds me chamaste. a mágua se toma menos o presente Mente, vlolio, como eu minto; Cíguel, os teus olhos vendo, Porque foi que Que maio... o é eu tinha a dizer. Naquele que sofre cm sonhos. Não gemas—guarda o sentir. Pois outra coisa não vejo. E que que Porque sabiamos qu= Bu. como tu, também sinto, Adelmar Tavares Flora, todoç, os anos, por Mas vivo sempre a sorrir. Carlos Estevam Silveira Carvalho este mês suavíssimo de ro- "cu ses e de preces, costuma Adelmar Tavares Adoro a Virgem Maria: Do que amantes hão contado Pobre, dc quem diz: tive a ler: andar enfeitando os prados Maria ensinou-me Nlo se duvide, porque Um sonho ardente e mur- e os caníeirinhos, afim de De há muito que anda essa Outra roubou-me a alegria, Olhares de namorado tchou*'... morrer. que vos não faltem flore*» [gente. E tu me fazes Vêm coisas que ninguém vê. Mas ai!, daquele que vive pera a vossa devoção nem No vil manejo da intriga, De um tempo que Ji passou!... os vossos cabelos — nós, por A falar constantemente Manoel Monteiro Moreira Cardoso isto, tivemos inveja de Fio- Desse afeto que nos liga. Carloa Estevam Outrora quando eu vivia Rlb amigo, peregrino, Tivemos inveja e. Mas se esse amor grande e Indiferente ao amor, Ào vê-la, em vistoso templo, porque me feria Onde vais com tuas águas? ds outro mimo não dispu- [santo A dor tanto Fazendo o Pelo-sinal, com a dor. Talvez ao mesmo destino lêssemos, fizemos estes ver- Não vai ofender ninguém. Que me acostumei Fui imitar-lhe o exemplo: te ame Onde vou com minhas máguas. mal. pos vós, ó adoráveis Que mal faz que eu Ficou me querendo para Mas hoje—é surpreendente!— creaturas. [tanto?... tem?.., Vivendo amado por ti, Tu°deploras e eu deploro a ser Dai. assim, a mais cart- Que tu me queiras, que Costuma-te jocundo, Sofro muito, Nosso passado sombrio; nio desesperes! a tro- Justamente Coração, naosa acolhida estas Carlos Estevam Porque nunca mais sofri... Tu choras, rio, se eu choro; Has dt; viver neste mundo vinhas escritas sem preo- E ris também sc me rio. Sem entender as mulheres. ríioacão de arte, tecidas pels Quando após ao nascimento. Silveira Carvalho fantasia de cinco mpíritos Teus olhos se descerraram, Adelmar Tavares Manoel Monteiro simples, que fazem versos, Duas estrelas faltaram espera não é santo araam cs luares e as flores Quem "Nem tem No manto do Armamento. eu tanto te esperei toda flor perfume'' Tenho, a lembrar os dispersos - acima dos luares, das fio- Pois bem) assim, de esperar-te tanto. (Diz o povo e dí-lo Castelos que outrora ergui. res e dos versos, dedicam á Que amor sem ciúme Manoel Monteiro Desesperado fiquei. Mas ter A pasta cheia de versos vossa beleza e à vossa gra- £ coisa que ninguém tem. E os versos cheios de ti. -i o it.bIs sincero dos cu.1- Qusm ama para dar provas. Moreira Cardoso Deve três coisas cumprir, Carlos Estevam Silveira Carvalho Ficorr. aí os DESCANTES. Tocar violão, fazer trovas Filha, não sabes, de inveja -,:,ra nasci, a vossa cestinha de E. havendo luar, nâo dormir. Como me queimo e incendeio. Um só desejo na vida Eu. como triste nogua .-•tura. encantadoras patrí- Ao ver beijares na igreja Eu sinto me perseguir: Mirei-me no espelho, cora mágua, 'iss. unra a vossa cestinha Porque na trova innocente O Cristo que tens ao seio... É nos teus braços, querida, E sempre me vi me vi. cio costura... Que tanto agrada à mulher. Pousar a fronte e dormir. Pois sempre triste A gente conta o que sente. P'ra ter-te um beijo querido, . A diz o que quer... desisto) vida nos escombros Mirei-me em tudo; e o que fiz, Aos que tem a alma doente gente (Desta idéia não Pois da Eu ter sofrido Minha esperança me diz: Me deu pezares aos molhos: Receito que todos devam quizera «eus Silveira Carvalho Con» sofreu Jesus Cristo. Há de cair de teus ombros Mas fui mirar-me em Cintar. n'um pinho gemente. {olhos Trevas de Carlos Estevam. Este manto de infeliz. De tan*o amar-te, Maria Adelmar Tavares E logo me vi feliz. comporto este amor. Adelmar Tavares Já não Manoel Monteiro Tão é minha alegria Morei» Cardo» grande alguém dissesse eu queria Que invejo os que teem dor!... Que A escravidão não faz medo. Quem esse* descantes leu Porque é que Nosso Senhor Há de ter sobejas provas Ao lado de uma legria Escravo me considero Quem vôa mais alto, venho Moreira Cardoso bom, não Ds que a trova nâo morreu Planta sempre um dissabor? E acho tão que quero Ver, passarinho, e tu vens: Monteiro faz trovas. Trêse de Maio tão cedo... Se eu, com as penas que tenho; Pctrçue "Mãos frias—coração quente; Carlos Estevam Si tu, com as penas que tens. Mãos frio. Monteiro Cardoso quentes—coração Silveira Carvalho Diz o adágio prudente, Fiz inveja a muita gente Adelmar Tavares Grave, solene e sombrio. Ao escutã-lo em caminho No dia em que andei comtigo... Por mais que tentes, Senhora, Pe3a farr.a que êle tem Até um lirio innocente Tirar-me sempre a esperança. Tristezas que em mim se Destas palavras fulgentes [encerram I2ii-.se logo: é Carvalhinho, rias: Mostrou-s? meu Inimigo. Mais a paixão me devora a ninguém. Zu tenho a prova.—náo mais me lança. Que com o riso se unificam, Sf.T. perguntar —As são tão E tormentos tuas mãos quentes! ao teu seio. São males que não me aterram, —As mãos sào tão Seguindo junto Manoel Monteiro minhas sem véu. amor me inspira São magues que fortificam!... [frias!... Vendo teu rosto Pois este que Julguei-me um santo em £ cova, mal comparando, ii: espantoso [passeio tanto mais se liie tira E eu amo os meus dissabores, por deirais Adelmar Tavares Que Vir. caso Cão singular Pelas estradas do céu. Tanto maior vai ficando. Idolatro o meu tormento, Cardoso Pois quem causa minhas dores 2Lis um poeta é um cofre, trevas faz de encantar» Meu coração Manoel Monteiro Moreira Cardoso Vale bem meu sofrimento. Q'.1: Onde minha alma, gemendo. Guarda as máguas que ai- Carlos Estevam caminhos A chamar-me não te afoités: Cartas Estevam [guém sofre Quando por esses "Ateu"—amada de almas suaves Maria, E as máguas que vou sofrendo Andam noivos Sntre nós foi resolvido Que inveja sentem as aves?!... Que eu reso, todas ai r.Di.es, Fui confessar-me e na grade eu apresente Adelmar; O me dizes de dia, Que Carlos Estevam Quanto assunto têm os ni- que Ccntei meus crimes eo teu, Mss êlte é tào conhecido... [nhos!... Se é bonita... disse o frade: ?íra cu? o apresentar? Adelmar Tavares Vivo ausente de Palmare3, E rindo me absolveu. onde nasci; Silveira Carvalho Silveira Carvalho Feliz terra Eu lá não senti pezares, Teus olhos, meu liem amado. Manoel Monteiro a fera agonia Vim padecer foi aqui. Do amor São dois lagos ds ternura, Obriga, a quem tem amor. São dois cofres onde o fado Santo Antônio foi tentado Nos olhos não tenho pranto. A ver na dôr—alegria*. Collocou minha ventura; Quando pelo mundo andou ESCANTES dôr. Lucilia o pranto levou, E a ver n'alegria, Mas resistiu ao pecado. Pela morta chorei tanto São dois pequenos espelhos Morreu, foi ao céu, gosou... no amor tudo se regre, Musa d3s olhos brilhantes Que a pobre fonte secou. Que Feitos de luz e negrores, Senhora dos versos meus Pois só uma alma amorosa Onde se mira. de joelhos, Se Isto hoje fosse, santinha. Níío despreses meus descanias Manoel Monteiro Pode ver a dòr, alegre, Minha alma doida de amores. Se êle te visse, garanto ventura, dolorosa. Qv.» cs meus descantes sãc E a Que entre os santos da folhinha [teus !... Disse, olhando o céu tui-queza: Carlos Estevam Nlo haveria este santo. "Porque o sol está longe Moreira Cardoso Carlos Estevam (assim?" Loiro Cristo, antes do monte Silveira Carvalho Vinhas. Voitei-me... Sur- Já não me queixo, Dolores, Do Calvário, que me acena, aYxlío surgiu entre flores. [preza! Das máguas de tantos anos; Fazei roçar minha fronte Que calor em teus olhares!... Tudo ri r.o mês de Maio: Vi o sol junto de mim. Não há prazeres, sem dores, A trança de Magdalena. Em teus lábios, que vulcão!... Sò eu. Senhora, desmaio E enganos sem desenganos. Porém, para meus pezares, Feia caminho das dores. Silveira Carvalha Manoel Monteiro Que gelo em teu coração!... Adelmar Tavares Suporte negro cilicio, Quando tu choras me espanco Se escuto gorgeios suaves, Moreira Cardoso Mss nâo conto meu desgaste £ cs meus olhos se enchem Que tens nos olhos a noite. Se fito o céu—vasta umbella— Que, pelos traços do rosto (dágua! Disseram-me c eu protestei, Vendo astros e ouvindo as Que no meu peito se açoite -ToSos Ierão meu suplício. Vem á magua de teu pranto E, se há quem provar se afoite. [aves, Todo este afeto, senhora! -Não vem teu pranto da mágua. De novo protestarei! Lembro a voz e os olhos delia. Teu sorriso é como a aurora; Manoel Monteir*» Teus olhos são como à noite. No coração, disse um santo. As provas chovam aos molhos. E essas lembranças fatais Dt-us! Senhor de astros e Origens a mágua tem. A crer ninguém me conduz... Não sei como arrefecê-las! Quando eu morrer entre maré?, Se vem da mágua o teu pranto Se tens à noite nos olhos Deus! apagai as estrelas... [abraUra Dd mtKtij supremo dono. Tua mágua donde vem?!... De c n ie é que sai tanta luz?... Ohf aves, não canteis mais... P'ra alcançar o Paraíso, Pci-que fizestes luares, Me amortalhem no teu riso. 3 porque nos destes sono? Moreira Cardoso Carlos Estevam Silveira Carvalha Me sepultem nos* teus olhos. Silveira Carvalho Can'o... e abre-se a janela, Quem ama, no pensamento, O pezar tem tal voragem Adelmar Tavares E aparece a Imagem tua... Tem coisas, doidlce até: Que o prazer nio tem valor ¦ —Meu O ilo Cteprbarlbe Deus, que coisa t-fto bela: Já qufe. em certo momento, Não sendo mais que a passagem Um problema me censor***. que * rio do meu pais, Um lírio fitanto à lua!... Ser a Unha de um crbchet. De uma dor para outra dôr. Mas nlo lhe dou sohtçto: íjuando a-*» luares se exhlbè Como escrereate teu nome ôt»mpte ir.*» faz infeliz. Adelmar Tavart-i Maaael Montei**» Mereira Cudw» Dentro do meu ccraçieT-!...

^.^.;%:..,__^^._^w.te^.**-.*..*~--*-j^i„.^-,^ •*- |3toWilBg»^s^I948 VbE 0^ iii» 3. AUTORB9 E LIVROS PAlina 35 »ISCA 1 TES .... Gaita Esterm Silveira CanalhaTens a írien da lua. ._ Manoel Monteiro Os corações namorados Vem aos meus braçaa abertos. Nasci, Devem a lu» evitar; por desdita minha! AMmar Tavares Idelel Desce do teu quinto- andar, B nascendo um cháletstnho Sio táãto mais desgraçados Vi-me sé; Ds ,¦ Que os anjoa do céu. espaartos Tttmel proporçíís tio pequenas; Quando mais lindo o luar!... entio por madrinha Andorinhas das alturas a doía corações Procuram te namorar. Nossa Senhora Que apenas do 6. Queadejals por sobre mim Pudesse servir de ninho. Moreira Cardoso Dc onde vindes tã> escu.as, De ternas flores mimosas E em vez de ter alegrias. Porque sois negras assim?!... Ergui-o em men e; < Tinha a existência Terno leito vou faser, Immcrso em e, perdida... prazer profundo, ¦D*3 se achar concluído, Dcsenganou-me o doutor; Embora possa er.*r-; as rosas Sou um novo já qual Messias: Ai! andorinhas serenas, Vi meu trabalho Mas devo de novo a vida Teu corpinho se esc-aider. Moro no oco do mundo. perdido: Vindes, bem sei, donde venho, Não tinha espaço pra dois.,. Ao rsmédia deste amor. Pois se tendes negras penas, Monteiro Moreira Cardoso Y*Manoel Penas bom n:gras eu tenho. Silveira Carvalho Adelmar Tavares ",.a .Já houve uni tempo rlsonllo Ao ver-vos fico perdido Carlos Estevam Tuas me Oh! C?3gEm que eu tanto £an:aslava, Olhos assassinos, pupilas dão Noites de lua cheia, maus... Cruéis dúvidas; e ao tê-las Oh! Noites cíieias Que até parecia u.t. sonho Sinto o corpo amortecido de lua, ¦'¦•iíO Pobre não sou, que a pobreza Não sei se. olhos são estrelas Se a vossa luz incendeia dia em que eu nij senhava... —Fcfcrc de 40 graus. Nào pertence ao trovador: Ou se estrelas olhos são. Que os meus descantes destrua. Fazer trovas é riqueza Silveira Carvalho Adelmar Tavares Dada por Nosso Senhor. Moreira Cardoso Eu s!nío que morro breve, -•;£ . Não tendo sal, a comida "Sonhei Para que deixá-los ficar?!... comMgo''—disseste, Maavel Monteiro O povo, com grande empenho, Noites brancas, côr de neve, Yj-ÀN&ò presta a qualquer pessoa; E eu; com tristeza, Precisa ter sal a vida. te digx Diz, adorada Celína, Transformai-os em luar! Prsi Que grande mal me fizeste Se vou á missa,—é esquisito! Que eu dentro dos olhos tenho que a vida seja bôa. Dizendo: sc-ihei comtigo!... Só sendo proposital, A imagem de uma menina. Carlos Estevam ;Y.~Sc o nosso é salgado, Mal me ajoelho e te fio' pranto Sim, minha flor, nSo faz mal; se sonhaste O padre fecha o mlssal... Mas não faz admirar... Somos cinco retirantes j?HNosso pranto Comigo e vens SBQuem nunca tiver chorado me contar, Ss és da minha alma os Pelas estradas reais! Não £ que, decerto, delxaste Isto já me causa alarde, [refolhos Pobres dos nissos descantes, presta, pois r.ãj tem sal. De algumas n?ites sonhar. Terá ódio o padre a mim? Ccmo podlas deixar Decantes pobres demais!... Ou sou cu De refletir-te em meus olhos? Moreira que chego tarde Cardoso Carlos Estevam E a missa é curtinha assim? Manoel Monteiro Adelmar Tavares coração tem \.ivO loucura Aprendi, cheio Silveira Carvalho O ha: o luar Querem que eu viva sorrindo Como é que foste dormir? noas paraíso +Despreza quem procura, O ab.: d*; meu amor Não sei, tão grande Desejo igual tenho eu, Pra que dei?:A-los ficar?!... gnProcura não nos parece quem quer. Na corta de teu sorriso. A tristeza que padeço, Mas não. pode viver rindo E vou vol:ar sem te ouvir? Se a tristeza me entristece Quem de rir Já se esqueceu!... ~y:/Adclnur Tavares Manoaal Monteiro Ou se à tristeza entristeço!... Desperta... Eu trouxe um Carlos Estevam [versinhos f.'f*De uma geniil feiticeira Para cantar ao teu lado: Amor ! Ironia... Moreira Cardoso |9BOs sapatínhos achei perfeito Meu sofre calado Recardações, retalhinhos, -aE neles, brlr.;aai;'ra, Quem Jai viu amor perfeito? peito por Nun:a chorou nam g.-meu Do teu, do nosso passado... ¦''.''¦Meu nome escrito deixei. Se um dia canta no peito, Pra ver se bem me querias Faz-njs chorar noutro dia. Desfolhei um malmequer; Pois se o fizer, desgraçado Sua fortuna Silveira Carvalho

,: :-ii^^j!í~^.^£^^ . .. - ¦ :¦¦-.. --r^*:—!^»*!'*:.^" — LIVROS Dominga 4-7-1948 Vol. IX, n,° 3. Página 36 AUTORES E ífflr de DESCANTES A VIDA DOS LIVROS Informação sobre os autores Mário Sete — Arruar — Através de suas observações e do Stias reminiscências pes- Criminal — Aulas na História pitoresca i!o Reciíe Noite cheia de estrelas — Versos Dc Direito — do- Faculdade do Estado do Rio mitigo — Coleção Brasii que soais, será fácil a quem o ²Rio — 1923. acer- ADELMAR Noite cheia de estrelas. Luz dos 1939. nõo conhecemos — Livraria sejar traçar um estudo meus olhos (Míriam! — Poesias. Editora da Casa cio Estudante ca das condições de vida e de V.,6 pá-Jilias. Emprõs:'». Gr:i'.U'rl de Per TAVARES e Cia. — do Brasil — Rio dc Janeiro, progresso da capital Editora Paulo Pongettí Estevão último meio Atlelmar Tavares è filho cie Fran- Rio, 1928. Carlos 1948. nambuco, no cisca Tavaras da Silva Cavalcanti Trovas —- Coletânea de Poemas Do sr. Mário Sete seria século. Amor organizada sob a dlre- Carlos Estevão de Oliveira nas- e úe D, Maria Cândida Tavares, de — for- 16 Feve- cão de Renato Travassos Edi- ceu em Pernambuco e ali se lícito disermos, parafraseando Obesrvador meticuloso, ha- Nasiceu r.o , em de — — d. cm 1907. reíro de 1838. e com um mês de tiora Guanabara Rio s. mou em Direito tuna frase célebre, qu;) èlc â do romance, enluarano — Versos. bituado prática idade foi levado para Goiana, em O Caminho ' Indo para o Pará, foi diretor tio traz uma no cora- companhia de suei família.. Teve 1932... Museu Goeldl, um rios institutos província o sr. M:irio Sete aqui deixou — Versos aos sete anos o primeiro profes- O Caminho enluarado. científicos mais importantes do ção. E eü.-ü província é o seu fixados todos os aspectos da- sc: Duarte, mais ²Nova edição aumentada, 142 Faleceu enr*Junho de 194G. Cândido que — Edi- Brasil. Pernambuco: ou para melhor quela que já tem sido tantas tarde voltou a ser seu mestre. Na páginas Irmãos Pongetti — tores — Rio — 1937. Escreveu, além de Descantes: nos exprimirmos é a capi- vezes, chamada Veneza Ame- escola do Professor Honorto Mon- — Tercei- teiro fez os estudos primários, e O caminho enluarado Cantigas — O Norte — 7-7-1921. tal pernambucana, o seu Re- ricana. A paisagem e a gen- ra edição aumentada — 142 pa- no Colégio de Francisco Araújo Histórico do Museu Pa- cife. e a arquite- Flifco — ambos em Goiânia — fez "inas — Livraria Editora Freitas Resumo te. os costumes os secundários, Mudou-se então Bastos — Rio-S. Paulo. raense Emilio Goeldi — Rev. do Pernambuco sua signi- tura, as igrejas e as institui- — 166 p, — tem para o Recife, e matriculou-se. Poesias escolhidas os mev-s de transporte Editora Zelio Valverte. — Rio Eat. Hist. e Art. Nacional, n.° 2. ficação especial na. semântica çBes. interno no Instituto Ginasíal Per- A cerâmica de Santarém — Idem, — o i: u&mbucauo. de Cândido Duarte. ²1946. brasileira, fato que não sabe- e or, veículos tudo que Fei quando cursava o Instituto mos se foi registrado por Recife, aqui está relembrado Pernambucano revê- PROSA já Ginasíal que algum de nossos filólogos. Fi» e fotografado. lou sua vocação poética, fazendo discursos. do Grêmio Lir-erário Vir- Trabalhos literários, MANOEL MONTEIRO no adagiário e parte etc: gura gaúcho, Faltou alguma coisa, é cia gínío Marques e publicando em conferências, "A — tem ali o sentido de coisa boa ro. Entre os tipos populares, Palavra" o jornalzinho dos — Tip. do Manoel Monteiro nasceu em Per- alunos ti.> estabelecimento — seus Trovas e trovadores nambuco e se formou em Direito o querida, de ideal, de felici- do começo des- Comércio — Rio — por exemplo, primeiros trabalhos. Durante o Jornal do pela Faculdade daquele Estado, dade, de talvez... — o sr. tio 1910. paraíso, te século tipos que curso acadêmico foi redator — Rio — em 1907, — 'Jornal Pequeno", de Tome G1D- A poesia das violas — Está nos seus pernam- Mário Sete viu e conheceu 1921., ¦ falto algum: falta o chamado A linda mentira — Rio — 1926. bucos, diz o gaúcho querendo 1'r.i 1903 era bacharel pela Fa- A luz do altar — Rio — 1926. MOREIRA CARDOSO significar alguém nada Bochecha, que era um diver- de Direito do Recife, e se na Facul- que culdade Falando aos Bacharéis, em felicidade. limpnto das famílias: falta o transferia nara o Rio no ano se- dade do Estado do Rio — 1940. José Maria Moreira Cardoso nas- — Torre em famigerado Simonetti, que era guinte. Em Agosto de 1910 ingres- A angustia de ceu no Zumbi, (Recife) E' — está-se vendo — uma sava na Justiça como promotor conferência na Academia Brasi- 20 de Março de 1987. o divertimento dos estudante: público da capital federal. Em lelrn de Letras — 1941. humanlda- frase criada em outros tem- Casa Julia. de Re- _ Concluiu o curso de da oorta da ;p;3 era nomeado curador Pela união da família literária do des em 1905 e se matriculou na Fa- pos, levada na saudade dos síduos e Testamentos; em 1931 Brasil — Revista da Academia do Recife. Foi Falta, também, no estudo Des- — culdade de Direito bacharéis, do Recife que emi- Curador de Órfãos; em 1940, ²PasckUlO 175 (19361. - então colaborador do "Diário de acerca da Companhia', dos esr-oargador. E' professor da Fa- "Provincia". aos Pampas, onde Palavras sobre o jubileu de Afon- Pernambuco", da da gravam par Recife. Olinda e c-j.ciade de Direito do. Estado do — — 113. do "Almanaque iam ser e advogados. Ferros Carris de Di- so Celso 1931 Fascículo Revista Moderna, juizes Rio, onde rege a cadeira Celso — Palavras úe de Pernambuco", da "Provincia do Beboribe. uma ciiicunstância reito Pena!. De 1925 a 1930, ocupou Sõbte Afonso A frase ficou, e é ainda hoje sandade — Anaes da Academia Pará". muito curiosa, que não sabe- c cargo de advogado do Banco do — 1938. de uso corrente. como Brasileira de Letras aos 22 anos, em 29 de peculiar àquela 3rasll, tendo tomado parte, Dias — Anaes da Faleceu mos se foi representante dessa instituição, no Sobre Gonçalves — Abril de 1907, quando cursava o Esse paraíso, que Pernam- ou vinte Academia Brasileira de Letras Residia na emnresa: as quinzp Conselho Superior de Comércio e 3.° ano de Direito. buco é na frase dos gaúchos, Compa- Indústria, De 1927 a 1930 perten- 1938. mesma casa em que nascera. locomotivas daquela — à é-o também no coração de — ceu ao Conselho dos Patrimônios Festa da Primavera Palavras um nhia tinham nomes nomes — Além de Descantes, deixou tio Ministério da Justiça, tendo Arvore Idem. idem. livro de versos inédito, intitulado certos pernambucanos. de Insarc*; ou de virtudes nli o Esme- Justiça — Oração de pos- substituido professor Poesia e — Naturesa. E'-o em primeiro lugar, no morais! Havia a locomotiva raldino Bandeira. se no Tribunal de Apelação "Brasil"^ S' da Academia Brasileira de Le- Anais de 1940 — vol, 60. E mais: coração de Mário Sete. "América", a a cadeira n.° ll. — Ação e Poe- "Recife", trás, onde ocupa a Lúcio de Mendonça — 'Verme. — O norte — 13-5-920. Arruar é uma crônica viva. "Pernambuco", a a patrono Fagundes Varela, tendo sía, na Academia Brasileira O Uandolin — Idem — 20-5-920 "Encruzilhada", "Olinda", ali substituído João Luiz Alves. 1943, cheia de saudade, cheia de a Pertence ao Instituto da Ordem amor, acerca daquela adorável "Beberibe". "Belém"...: Br&- JURÍDICOS: a a dos Advogados, à Sociedade TRABALHOS Ilo poema íntimo - Idem - 10-6-20. cidade e pitores- de Criminologla, a Comis- — — provinciana c também a locomotiva Si3íira Trovas Idem 30-9-920. dos fins havia são Brasileira de Cooperação Inte- O Automóvel perante a Justiça ca, que foi o Recife, "Perseverança"... E esta' .lectual do Itamaratl. Criminal — Coní. no Palácio da do século Recife — — passado,'ou última (que era uma virtude E* atualmente 1948 presi- Polícia em 1914. da da segun- dente da Academia Brasileira de SILVEIRA CARVALHO primeira possuía apito mais Sobre a História do Fideicomisso. da. década cio século atual poderosa), Letras.—¦' Fernandes da Silveira vigoroso, mais imperativo do Escreveu; (Arquivo Judiciário, volume 81). Antônio Tudo aqui está fixado — por Do homicídio eutanásico ou su- Carvalho nasceu no Recife, a 16 as outras! POESIA; — 1881. Formou-se em é um que plicado —' O mês judiciário de Agosto de um cronista que poeta, — — vol. I, n.° l. Direito, pela Faculdade do Recife. é um; sociólogo, c é um eco- Sào anotações nrovavelmen- Decantes Trovas. Recife no e ISO? — um livro hoje rarís- — em 1907. Era desembargador infantis — des- £' Do delito do automóvel Aluda Rio Grande do Sul. Faleceu em iVomistà...i to um pouco iimo, e foi feito em colaboração nas linhas de observação do de 1943. sas norém lim bom filho -ísr-id-intes Adelmar Tavc.- — -Revista Porto Alegre, em Abril Porque, embora não so quo ;:*íl05 Cod. de 1390 Foren- de Pernambuco, um bom ci- 2-ç-s. Carlos Estevam," Manoel se" — vol. ST — 1941. Além de Descantes. deixou alguns apresente com nenhum desses Monteir-j, Moreira Cardoso e Si'.- — trabalhos esparsos, como: dadüo do Recife nunca mais ¦¦ Carvalho. Elogio de um Patrono Oscar títulos, o sr. Mário Sete., de ;ira — Trovas — O Norte — 8-7-920 — esquece. Registrando-as aauí, Luz dos m eus olhos (Miriam i. Macedo Soares Na Sociedade todos eles pôde participar. Verso. — Rio 1911. úe Crlmlnologia em 1938. 30-9-920. oferecemos margem a que Má- rio Sete as recolha, se assim o entender, a mna segunda Curso àz Jornai is m o edição do seu poético Arruar. _ Gisekla Joffily Pereira da Costa — Onnvi.tts. — A E LEGISLAÇÃO JORNALÍSTICA Prefácio de Gilberto Freyre. capa dc Lula Cardoso — Re- cife. 194.7. MUCIO LEÃO livro de evocação Eteo- os deuses imortais. Nasci- E' outro S.» PONTO .no Brasil, para.o estudo da Jocasta. Seus filhos de d. Gisel- manhã, tocava a ci- pernambucana .o FTeJa-çoes da Moral com li qual. nao existe bibliogra- cies. Polinicio, Ismenia e do pela da Costa. — à tarde ria Joffilv Pereira Literatura ih., matéria que nós mes- Antigona. A luta de tara ao meio dia e iâ roubava o do vaquei- No que para estes Por três motivos — a mos vamos dia a dia cons- Etoocles e Polinicio: o ti- gado prefácio a Hei- versos escreveu. Gilberto conveniência dos alunos, traindo em nossas aulas. rano Creon. Exaltação da ro Apoio". (Hino mes). Frevre recorda a circunstân- •Jre assim terão com certe- figura simbólica de Anti- Virgílio. O fundo moral cia do sor d. Giselda neta do 2?. (é claro que condensa- Sesue, pois. o sumário gona. • dois historiadores ilustres — cias), eis matérias dadas em dr. 3." aula. A história de Agamenon, de sua obra: moral na Di- Irinen Joffilv. o autor da His- classe, o desenvolvi- 3.° ponto. — Rela- rei de Argos. Sacrifício de O elemento para Lusia- tórii da Paraíba, e,Pereira da mento das me falta ções d* Moral com a Li" Ifigênia. Regresso de Aga- vina Comédia, nos quais é. sem contestação, e:m absoluto o tempo; a mi- teratura. menon com Cassandra. São das, no Dom Quichote, Costa, que nomes mais altos d& nha conveniência, Duas teses para a lição dc assassinados êle e Cassan- Dois grandes poetas dos um dos própria histórica e folclórica srõrccarregado de trabalhos hoie: dra. por Clitenestra e seu temas morais, um na Anti- cultura como — Toda criação literá- amante. Egisto. Orestes. cuidado, o outro na Idade de Pernambuco. ;i= responsabilidade, — me encontro; a conveniên- ria tem como substância auxiliado por sua irmã Moderna Plutarco e Sha- Canaviais é uma coletânea cia dos leitores comuns. um conflito ou pelo menos Elertra, mata Clitenestra e kespeare. de poemas modernos, impreg- da segunda tese que naturalmente não se uma situação moral: Egisto. As Erinias. Ores- Defesa nados da cor local pernam- írrleressam pelas preleções — Só os indivíduos tes é julgado nelo tribunal enunciada: v>ncnnn. d" perfume, e do sa- referentes ao assunto jor- providos de grande caráter Ho AreoDago. em Atenas. Oninião de Bnerne sobre bor peculiar àquela região. — voto de « *»cti|o. Opinião de João nslístico resolvi dar, de acham-se aptos à criação E' absolvido pelo Per-oMifm -se facilmente, Vai depois, com o Ribeiro. hoje por diante, apenas as de uma grande obra literá- Minerva. duas influências np esDÍrito amigo Pilades. a Auli- Não confundir o Rrande súmulas das aulas que for ria*. seu da ooetisa (sem falar é claro, trazer de volta rnriHer. o ue é anto à cria- proferindo no Curso de Demonstração da primei- da, afim de n»"» influências mais remotas, Diana e Ifi- rfín ^a oUrn Hp arte, com a Jornalismo. ra tese: a estátm de e iá transnostas a região com rn»»*f( virtude cristã. O rn- para Peço aos meus alunos dês- Fundo moral das lendas gênia. Electra caso-se Hf> inconsciente, dos seus doi-; ráter rnn«úste na afirm^fião íí2 Curso que considerem as nnp formam a Uiada e a Pilades. -'•o** fipimr» r"feridos); são ? d<^ esnírto Hr mdi"idu«lidade. Cer- duas aulas publicadas nos Od'ssea. Comparação influência de Gilberto Freyr» O ó"e Paris. «reto oom o espírito #*>. Is- vrrites. Camões, certos es- ns. 1 e 2 de AUTORES E julgamento e a de Asoenso Ferreira. LIVROS, o elas de fato Alguns heróis da Iliada. ra<-*L O incesto ^e Edioo e rrUores in^lesp^. -nomo By- que recebeu ela o üí-o: não trabalhos acabados Aínx quo prgueu o punho n ^-s fMiins de Lot. O ?**•- rnn. Wilde, Swlft. Frei Do socíóIopo pmor assuntos rernambu- om definitivos acerca do mntra cs deuses. O sábio rrifírio d" Ifigênia e o de T m.- rie Souci *• P-^m Fran- aos -Mnl-1. rano=. amor à naispgem. ao ConceUo e da Evolução da Nestor. figura rie ronselhei- T«-*i"f>. Oin**',^eniiênciat: dn í.»^--, Hjn-.» .*n fs,. o -¦" —.-ii- recorte, à côr de tudo o que c Moral; tão somente " do moralista. — A cada um deles, nos povo* ohMq Branco p Eça porém de Ascenso Fei- ¦ esboços, simples esquemas Vckra. qu" os conceberam, d" Queiroz. Pernambuco; -^--'i- iei'»i recebeu certo pitoresco. íiracr.dos para trabalhos ul- O grande sentido moral Am"r dn fír"2o pela Fvnrnolos b-""'-'l"iros; Rnv "MMn * coHn às vf?.""--. certa ífiiores. E' assim que as *•* obt-a dos trágicos gregos. tira. Uli^es. Herm°s. Rivhosa e Eucliries da cm-T-.. sn»il malícia, do estão cheios Ti considero e seria estulta ío- Definição da nersonalidade criru entro um filho Cunha. que ladrão, rouba- seus locais. lice querer dar-lhes outro de cada um deles. e eloqüente, A reação contra o meio c poemas He aqui mérito. Se as publiquei, foi Alguns assuntos predile- dor de bois. condutor so- n vida oode ser também nor Excusamo-nos de lazer com o pensamento nos alu- tos dos tráficos gregos. nhos. iluminador da Noite, omissão e renúncia, quando transcrições, porque preten- Edipo, de- nos e levado pela conside- A história de que guarda de portas, e que se trata de um espírito ti- demos, em um dos nossos pró- manifes- ração de que se trata de mata Laio, o próprio pai, e via prontamente mido. Entre nós: Machado ximos números, dar uma se- matéria inteiramente nova comete o incesto com a mãe, tar ilustres trabalhos entre de Assis. leção de trabalhos da poetisa •fita-Prò^iy í^tjiiswfi^ Domingo, 4-7-1948 — Vol, IX, n.° 3. AUTORES E LIVROS Página 37 ANTOLOGIA DA LITERATURA BRASILEIRA Primeira Série -- Antologia da Poesia -XXXI -NILO BRUZZI

Nota Biográfica Bibliografia de "Diário ' Nilo de Freitas Bruzzi de Minas" (Belo Nilo Bruzzi Mmm\ lk nasceu em Pomba, Minas Horizonte), etc. Foi dele- ²Luar de Verona — Gerais, a 21 de Novembro gado de policia em Jaguarí, Versos — Rio,. 1920. ²O — de 1897. e é filho de Agos- hoje Cananducaia, Sul de Antunes Contos tinho Osório Bruzzi a d, — Rio — 1920. Minas (1923); Cidade do ²As as Nephtalina de Freitas de rosto belo e Bruz- Prata (Triângulo Mineiro); dc beleza na alma — 1925 rm zi. Fez os estudos secun- consultor jurídico do Esta- ²O Boêmio — 1925. dários na Caraça e se for- do do Espirito Santo, pro- ²Livro de amor — mou em direito pela Facul- fessor de Instrução Moral Tip. Besnard Freres — dade Livre do Rio de Ja- c Cívica do Ginásio do Es- Rio, 1926. 58 páginas. Santo, ²Literatura histórica — ;;;".'''.fl^Rl\mm%'^9fmW¦"^i neiro, pírito de Vitória : mmmV.- em 1919. Quando es- (1925); advogado em São 1930. '"3*Í3ati tudante do primeiro ano, Paulo (1928): promotóí pú- São quatro teses, çlabo- Y*' iniciou seu tirocinio jorna- blico de Cachoeiro do Ita- radas para o concurso de iístico. Foi cronista pemirim, no Espirito San- Literatura do Ginásio de parla- to Vitória Santo). mentar de "A Notícia", "A (1930); promotor públi- (Espirito "Rio-Jornal", "Boa co de Vitória, procurador —i Dona Lua — A Noite Época", geral do Estado, chefe de Editora, Rio, 1938, 155 Noite"; redator de "A Noi- policia, professor cátedra- páginas. te"; redator-chefe do "Es- tico de Literatura Brasilei- Encerra Dona Lua e Li- ^___rt______^__P*v3í(S^'«^« tado" (de Niterói); redator ra e das Línguas Latinas vro de Amor. do Ginásio do Espírito ²Aspectos -da Poesia ''-¦'¦> ~ "Praça jmm\^r* ¦jf W mWl^ "A da Agricultura do Estado República. Desde então se Cidade do Prata" ¦» 3. fer Página 38 AUTORES :E LIVROS _¦ ANTOLOGIA OA LITERATURA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA -NILO Primeira Série -- Antoloqia do Poesia -— XXXI BRUZZI 'iS&J*. t Í3T E, numa sede de paixão insana, isso, sigo o. meu fado. Por Felicidade Cego e humilhado, aceita outra qualquer, amando, sendo amado, Vou Mas sem íntimo ardor, de alma profana. Vou cantigas, espalhando, Porque a alma nem acordará sequer... Ora sorrindo ou chorando... Você tendo uma casa pequenina, das Alterbsas Pelo alpendre subindo a trepadeira, Mineiro E vão passando assim, uma por uma, Evoco a terra das rosas,.. Dentro da casa um riso de menina ²Eis a felicidade verdadeira... Mulheres e mulheres, como vieram, Sem depois despertar saudade alguma... No lá no fundo, uma piscina, A angustia de D. Juan quintal, Triste E em roda da piscina, em brincadeira. de quem como eu vê que, infeliz, Dois .sadios em surdina. Teve todas aquelas que o quiseram, Se ainda o vibrasse e ainda voz eu tivesse. garotos que, peito Dão banhos na ehocadeira... Mas nunca teve Aquela que êle quis!... Eu cantaria o amor ideal por que morri... galinha de essência de uma prece, Aroma piedade, A tarde, o Sol tombando vier, Eu cantaria o Céu, cantava a ti... quando porque Meu amigo terá de tudo a paga: Desalento ²Vè á mesa os três filhos e a mulher... Ponte das ilusões de quem cedo padece, me inspirou, mas «ue nunca escrevi. De que me vale esse esplendor de glória. Versos que Pobre de mim, sem filhos, como Job Devia ter composto a canção que dissesse Essa ilusão de uma batalha ganha, Vejo a ventura alheia... E a minha chag O amor que eu esperei, o amor por que sofri... Se n'alma tenho aquela mesma história Cresce no coração... Sou quase só.-.. Aquela história dolorosa e estranha!... Busquei nos corações, um por um conquistados, E depois da conquista, à noite abandonados, Poente Inda a trago no seio e na memória, A sombra.que somente existia no teu... Inda me punge aquela dor tamanha, E em meu olhar cintila a merencórla Se ainda voz eu tivesse, uma canção diria Envelhecer... Sentir que a vida muda Luz do passado que os meus olhos banha. Para alentar assim minha melancolia... Quando é o coração que se entristece... — — O grande amor da vida eu calei foi sò caeu. Sentir que a voz aos poucos se avetuda Meu sofrimento espiritual aumenta, E o sonho, como o sol, não mais aquece ¦• Min'ànsta de subir inda persiste, Mín'alma continua na tormenta... Românticos Envelhecer... O anelo se transmuda Da ânsia incontida para a suave prece... Ai como tenho o coração cansado! Para o coração não mais se.iluda, Sinto-me cada vez ficar mais triste, Sonhamos tanta eousa inutilmente! que A renuncia, deixa, esquece... Sinto-me cada vez mais desgraçado... Tantos sonhos tivemos, tanto anelo... gente tlor de uma ardente A oculta paixão Perto de nós a eterna mocidade Nasceu no parque azul do meu castelo... Passa buscando tudo o que guisemos Notivago Outr'ora, no esplendor da mesma idade... Vimos, como num lírio vago e albente, branco e virglneo, tudo belo... Tudo E silenciosamente compreendemos Curvo, seguindo o meu destino incerto, E a alma daquele amor, perfume e orienta, Na busca alheia da felicidade, Caminho, a noite, como um vagabundo... Teve a clntilacào do sete-estrêlo... Que apenas somos nós que envelhecemos. Busto o astro do. Céu negro e profundo E ausculo o-coração negro e deserto... Amor — que foi o Cântico dos Cânticos Dos nossos lindos corações românticos. Paga o Na treva sepulcral que envolve o mundo Banhados pela luz da mocidade... Grito a mim mesmo que o meu fim é perra, Mas com meu me desperto triste e mansa. Quis o destino que eu nascesse em dia o grito apenas Hoje existe em minh'alma E os meus olhos de lágrimas inundo... Como que um resto apenas de esperança Dominado por astros imperfeitos, ê Saudade... E eu fiquei dessa forma na agonia Que, às vezes, desconfio que O silêncio envenena os meus enganos Dos meus pecados e dos meus defeitos... E a dor me invade e me aniquila a vida N e n i a Ora me exalta a fúria, a rebeldia, Que eu tanto amei nos meus primeiros anos... Contra os homens de espíritos estreitos, Ora mimYalma, langorosa e. fria, — ¦¦*¦*..-...- , Ah.-pobre.'-vida!-O.coração>-me diz "Senhor cruz dff meu Calvário, meu Deus. a Desce aos abismos dos insatisfeitos... Que a ventura melhor e mais querida O fei amargo da adversidade, Foi aquela que eu tive e que eu nio quis... Esse tédio brutal, extraordinário, E assim, vivo na terra abandonada! das coisas e sutil me invade, Que vem Parto as imagens que guardei sonhando E espinhos minha estrada... Flor Ternura Tudo isso eu chamo contas do rosário planto pela Da vida.,." vou seguindo como um deus raivoso: falei naquela idade Mas Assim — Beijando as bocas me vão buscando Busquei na vida um grande amor, no entanto, alegre e vário que Em que feliz o amor E arrastando meu tédio como um gozo... Outra coisa não vi senão tristezas. Emocionou a minha mocidade... E diante de continuas incertezas Inutilmente derramei meu pranto. Muitos sóis depois disso jà morreram. Marguerite Gautier ¦m. Muitas suadades fundas me pungiram MimYalma transformou-se em Campo Santo E milhões de roseiras feneceram... De ilusões, de ãe melhor prazeres, grandezas Mulher não houve que soubesse ficaram no leito das devesas tanto me Que E agora, se ainda moço me maldisse. Prender-me quanto prendias... atravessei — meu Deus! — cheio de espanto. — de certo Que Não sei diga — as expressões fugiram Amavas-me pois, parece. que nunca o teu amor dizias... Do meu triste começo de velhice... Aos outros Hoje, vencido como um deus sem crentes, Como um fauno soturno, nas correntes agora desaparece Lembro-te que Vejo as ninfas do sonho envelhecidas... Teu lindo corpo pelas noites frias... Almas gêmeas Tosses... E o teu olhar mais anoitece... E' morreu comigo a Flor Ternura. O' meu cipreste frágil de outros dias! que Almas há trabalhadas de ternura. Colhida pel i mão da desventura vertidas... Feitas, talhe por talhe, para o afeto. Disseste-me hoje. entre as hemoptises: E afogada nas lágrimas Recortadas iguais para a ventura — "Devo-te os meus momentos mais felizes, E aproximadas por amor secreto... Meu triste poeta e amigo..." E não me oihaste, Jardim de Alhambra Pensamentos e anelos. na urdidura Porque perceberias que eu somente Da vida contingente e no discreto Sonhava em ti, fragílima e doente, Este é o de Llndaraxa erguido - Emaranhar do sonho e da doçura, Uma camélia caindo, aos da haste... jardim poucos, No Alhambra misterioso do meu sonho!... São nessas almas como um só projeto... Ora o vereis festivo, ora trtetor.ho, Mas vao seguindo, sempre separadas, Jesus Ora desfeito e murcho, ora florido. Perdidamente, tristes, desgraçadas Por deshumano convencionalIsmo... Sois, vós, lindas sultanas, que suponho, Subiste a encosta, amargurado e triste. Ides colher as rosas que divido Levando a cruz sôbre os pesados ombros... E, em sua fonte de alabastro, o olvido... E entre o tumulto diário da existência, ²Que foi a vida sofreste e viste? que Nas' vossas mãos estes rosais eu ponho!... Quando se encontram, ficam, em consciência. Uma Babel de dores e de escombros... Como um abismo diante de outro abismo... Mas não desçais do Toucador da Rainha Continuaste subindo e conseguiste Para correr as alamedas quietas Chegar ao topo, sufocando assombros... Tortura Deste jardim que aos poucos se definha. ²Que foi que, olhando o Mundo, tu sentiste? : E' noite e chove. Do meu ²Uma f quarto ouvindo Babel de dores e de escombros... Cuidado! Não turbeis a vossa calma! O barulho.das águas na folhagem. Há muita dor no coração dos poetas! Penso, nas mãos a fronte comprimindo: E morreste, afinal, sem um gemido. "Como Há muita angustia dentro da mlnh'alma! — teria sido a sua viagem?... Lançando o teu olhar brando e piedoso Aos homens que te acharam fementido... Esqueceu-se de mim nüo mais sentindo Meu triste olhar buscando a sua imagem, Poste bom-sendo forte e homem divino. Triste consolo Ou teria chorado, pressentindo —E' por isso, Jesus, que espero, ansioso Minha angústia na angústia da paisagem? Misericórdia o meu destino... para Os meus versos de amor! Fi-los pensando Em quem jamais pensou na minha vida, Terei sido tuna sombra fenecida, Nessa estranha mulher desconhecida Ou meu olhar será na sua vida Única Que eu nunca vi sorrindo nem me olhando.. A saudade que, eterna, se lie antolha !" No turbilhão da vida quotidiana -Nesta linda mulher apetecida Continua a chover... Tal como as rosas Há sempre um rosto oculto de mulher..-. Que num silêncio triste venho amando, ,.-¦¦¦• Se desfolham na chuva, silenciosas, Há no tumulto da existência humana Nessa fria criatura que anda erguida A minha mocidade se destelha... Alguém que a gente quis e mie ainda quer Nos meus versos de amor, me desprezando Domingo, 4-7-1948 — Vol. IX, n.° 3. AUTORES E LIVROS Página 39 ANTOLOGIA DA LITERATURA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA Primeiro Série -- Antologia dc Poesia -- XXXI - NILO BRUZZ1

Mas um consolo eu tenho intimamente: Olhando a noite erguer seu doirado turbante, Se estes versos sinceros arrancaram E* que ela nunca pensará sequer, Estrelas a doirar ò imenso solidéu, Uma lágrima trêmula, sentida, Què foi na vida de um Poeta ardente, Senti no meu desejo ardente e alucinante Desses teus olhos que jamais me olharam. Que um dia vais me vir como um sonho do céu. O Sonho, o Amor, tudo o que é belo enfim, Se a leitura acabaste aborrecida Porque a vitória de qualquer mulher Andas, certo, na tetra à procura do amor! É não séntiste a dor que eles cantaram, E' ser amada desta forma assim... Vivo como £e vive, à espera de uma sombra Terei de novo, então, outsra ferida: Que toma forma humana e tem vida é calor.,. ²Os meus versos de nmor náo te fftí&ram. Esperança Hás de vir como vém a esperança do amor, Mas se ao contrário, tu vibraste ansioss, Chegando mansa e linda à procura da alfombra O peito opressp, pálida, nervosa, Onde o meu coiiro espera o teu corpo ainda em flor. E compreendeste este amargor profune^ Da praia, olhando o mar, uma vela distante Passou, branca e enfurnada, apontando no céu.. Que te contei amarguradamente, Lembrei-me de você, minha perdida amante, Dedicatória Compensado estará meu sonho ardente; Que apenas vejo em sonho encoberta num véu. Pago estarei, por toda a minha vida, ²Serei o triste mais feliz do mund...

* FRANCISCO ALVES Transcorre este ano o zer, o dia do seu ípJecimer.ío, centenário de Francisco Alves, o qual ocorreu a 28. de jur.-.o o livreiro que tantos serviços de 1917. prestou ao nosso pais, o gran- • de amigo e benfeitor da Aca- A' frente de sua livraria, e:- demía Brasileira de Letras. teve Fi-ancisco Alves em pe:- manente Pará comemorar a data, a contacto'Vultos com os ms,is «K^.i/CtitXrrl*. ítmmt **rZ4-n,d\_ Academia fez manhã no eminentes literários do r^ 4/o~ «7.V-BS*s-ô9i-j5iàu8-<"nl(nos7. fundado, 1855,. fie que tinha em a "Awes Livraria Alves, à fUa Gonífai- c|flè Mactítót SWíes lo- vtos Dias. Em 1897, Francisco grou identificar. Haverá outros, S**l;' AlVes transferiu a livraria, da talvez, -que, Inaís tartie, pesqu1.- nia Gonçalves Dias para a do zadores hOVos hão -'de rêve.a:. Ouvidor. Por carta imperial de 4 'Hvirôs &>t/ÍL. TjtAètJí OtJL*jJhttt>t *$>>&. o 28 ile julho de 1883, naturali- Dos escritos- em toco "/-jove ^r^r^àAjxx*^ sara-se êle cidadão brasileiro òu eni parte por FYèncisco Ái- nKitv-K-c*. Ali trabalhou, sem descanso e ves potíe levaatar-se, desde já. jUliJ? jí#i»*ÍU. iit -d .. sem tréguas, até por assim di- uma pequena informação que y«. $*$/v fera a'seguinte: Com o pseudônimo de Gz> NOTA SOBRE... tftermcão Prado: (Cont. da pág. 35) ²trechos 'D-^>cántt^t :sk*\i dos autores cia:- editar os que sícOs, «dotados pelo Governo nenhum deles o tenha conse- para os exames gerais-de'pre-t, guiilo.-Com paratôriós ém. 1887. S.Q edição, 'Tavares, autorização dc Adelmar 1895. damos hoje-a repro- ²Principios decomposição, "finlca", Autógrafo de Nilo Bruzzi. O soneto nue Alberto dc Oliveira costumava ilizer dução Integra! do delicioso can- (descrições, narrações, cartas, "Ünica" "Onico". cicnsiroslhho dos trovadóres 'programa qúe não era — era etc.) segundo o co pernambucanos. Governo. Nossa reprodução fica sendo, Cofti o pseudônimo de F. áe A POBREZA... assim, a segunda edíçB? .Ms Oliveira: AUTORES E LIVROS Descantes. Faltam-lhe, é Claro, — Método do Dr. F. Ahn porei (Cont. da pág. 29) in- antigos, concorrendo tu- os retratos dós cinVo poetas, apréftdir o francês. Em 1940 es- Aparece com existência Jornais n-aa or«'\ sema- do nio si uina melhor grande foi o padre Manuel da Nó- quasi adolecintes. ta obra estava em sua 50.* cá.- dependente ém caderno para brega. Não o compreensão da vida espiritual aquela primeira edição. çSo. A editora pos-lhe no nal a revista literária :que Quero acabar com um paritgrafo nos foi a reproduz — su- do Brasil como ainda o de unia carta do Ihnáo Ambrósto possível frontespteio o nome Fran- sr. MuciO Leio criou como para de tais retratos, motivos de domingo em um seu enriquecimento. Pois que Plfèa sobre o qUe lhe dissera certo por <#séo de Oliveira. plemento homem que lhe trouxera .carta do técnicos. dos nossos matutinos, há cer- desses valores nao se tinha Francisco Alves, além cio Padre Nobrega, quando assistia em Em compensação, acrescenta- manual ca de oito anos. mala sequer longínqua noticia. 3. Vitènte. que certo me ftt de- francês, adotou ao por- da ini- voçfto a primeira vez, que 0 11. é mõs a èss* nossa reedição um ttfgt.es os manuais do Dr. Aha Consistia a novidade * * • o seguinte: "Quem me estes dias elemento novo — apresentar em ca- e píectoslsèfm-*., para o inglês e o itp.Mano ciativa em passados deu a carta, do Padre, em nao existe na ediçüo nrl- o estudo comple- Vi-me em nio pequena difi- me manda Ir à Bahia, é uma qúe aquele já com mais de trinta da número que as notjcias bio — biblio- um autor ou de umas- culdade, hi alguns anos, quan- pessoa devota e conversava com ginal, edições, este com mais de no- to de Padres mlstlcaiftente. dos cinco autores u> sunto de literatura, de tal mo- do o famoso publicista amer!- os Quis-me gráficas ve.i me Informar dele da vtda dos Irmftos DeMaiUés. ²Dicionário Portu- do ao fim de algum tem- cano Henry Mencken, pediu e Padlres. E contou-ma êle de ma- Prático qúe, lhe indicasse uma revista Alves este po, passara a constituir abun- que nelraéom nio ser mut retórico, guis-Francês. fez literária, cóm a qual pudesse que eu desejei mais, que o ouvi- zem alguma festa deitam-lhe su- trabalho ém colaboração com dante e auspiciosa contribuição fâm a êle contar que escrever e mo de laranja: a farinha vem-lhe conhecimento e divulga- se familiarizar cóm os nossos O seu sócio de Paris, Juilo Mon- para o que éle'por me disse. Eu lhe pergun- de longe, primeiro é podre que co- o cão de muitos autores e obras autores e as suas obras tava sua maneira de vida e mida. Se com isto visseis sua àfa- teiro Aillaud (este usava confessar-lhe UUdaae, ilegria úe-J Monteiro) e iam sendo esquecidos Ou Tive de que #Je me.' contou sua' maneira de Mp,rltu«rt cari- pseudônimo que nfio então nada que morte; disse-me que os Irmftos dsde dentro e fora de casa; se J. Benollel. na sua época nao tiveram o possuíamos vidas vissela Seus compridos caminhos tivesse cunho especializado, no eram umas mortes vivas ou Com o de F. ãe relevo que mereciam. mortas, Disse-merò Padre, Be vis- com poucos alfQfges e borsotètas. pseudônimo * • • gênero de tantas que existem sets os'Pádíés-qúe andam em Sao porque a sua mula nio pode eom o.-. no seu Vicente'por esses mates e campos. «les ainda que Vtólos: o passar dos ²Gramática âa l{ngua Por- O caracterizava taiüWm pais. que Já hoje eom "Autores e Li- Se vlsseia o Nobrega que * o seu xtos, mtoÉóàM, lsinas, matos sem ca- tugnêsa, de Pacheco Júnior e o trabalho e! lhe dava Impor- ' Superior, veríels um homem que o minho, füHitai, stdn nos (tapovoa- espjrito vròs estamos em condições de nfto pãtece e mn homem de en- dós, os perigos das onças e bichos, Lameira de Andrade. 4." edição táncia era o JüdiciosO verdadeiro de e ossos; um rosto e bichos suspiram mais F. de O. — nomes, o cri- proporcionar um gonços e pele que por aumentada por da escolha dos brasileira de cera antafrels, ainda que multo earfte humúa que lobos por eor- 1913." e a vantagem curso de literatura e cheio de riso; uns delròs: o euldMo'de risltar agora terio da critica ou fora do Bra- alegre sempre 'outros Com o ãe 1. 6e originais. aos que dentro olhos •úmidos, com um vestido â uns e agora a Irmlos, pseudônimo das pesquisas ter úma Idéia o.foi alguma têm ratre ot índio» tio Oliveira:i casos, o autor re- sll, queiram pre- que Mo-es sabeis se que pottot an algum da sua extensão e quali- hora, Ms «Knlçoa. ntolaadM toftge uns dos Outros e que êle ²Atttu de Ortografia. K uma aparecia eom ufha fírca que Cisa do sol. Seu comer sao suspiros. tüáto Mrta eeotn tanto se rlade. -peta que série, e nela teve a colaboração ninguém lhe supusera antes, "de*mu Mber, UJrHuuu eonMMlo esAMU, o t*ts*. voa VirtíU quto DE ATHAVDE «.««•"« P»U ¦ mt «Ma «sr* W» «Ma ei lenu «o louco Oo ale .mio Monteiro Aillaud. graças preditólittite » recon»- AU8TREQEBILO "Diário infiéis nas obras mar e rogariels a Deus vos foram mais tarce (Transcrito do da Cristãos, mala que Esses atlas truçfio da suft personalidade ar- que eles. Para sustentar o corpo, flsesse companheiro dos trabalhos, Olavo Freire e L. Noiteú, de 25 de junho de de Guiné é «certo ser das revistos por tistlca, feito através de Invés- seu manjar é abóboras pois que o quereis Schwalback. tigaçòes em- livros olvidados e 184»). cosidas em água e quando lhe fa- consolações e da glória." Domingo, 4-7-1948 — Vol. IX, n,° 3, Página 40 AUTORES E LIVROS ÁLBUM DE GUIGNARD 'X-Xi\/X-~~mm

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