TITULARES DO MÊS

METODOLOGIA

A seleção das ações é baseada em um critério mais dinâmico, um pouco diferente das nossas demais carteiras recomendadas (que tem uma característica mais estática de posicionamento). Procuramos buscar mais oportunidades de mercado, inclusive as de curtíssimo prazo, observando tendências, movimentos técnicos, momentum dos ativos, eventos, fluxos, além dos fundamentos das empresas.

A Carteira Titulares do Mês da Guide Investimentos é composta dez ações, com peso de 10% da carteira para cada ativo, selecionadas para o período de um mês. Vale mencionar que não levamos em consideração na performance o custo operacional (como corretagem e emolumentos).

Agosto 2019 www.guide.com.br 1 Performance

A Carteira Titulares do Mês encerrou Julho com resultado Performance Agosto positivo, acima da performance do índice de referência (Ibovespa). O mês foi de valorização para os ativos de risco Titulares Peso Variação Contribuição local, marcado pela tramitação, e votação no 1º turno, da 10% 52,27% 5,23% reforma da Previdência na Comissão Especial. Lá fora, VVAR3 ativos de risco também encerraram o mês em alta, diante CYRE3 10% 21,27% 2,13% da expectativa de uma política monetária de maior liquidez B3SA3 10% 12,92% 1,29% por parte dos Bancos Centrais desenvolvidos. ELET3 10% 11,74% 1,17% » Destaque de Alta: Via Varejo ON (VVAR3) ECOR3 10% 9,48% 0,95% Os papéis da Via Varejo foram o principal destaque do SAPR11 10% 8,59% 0,86% mês, em meio a reestruturação da companhia, após IRBR3 10% -3,55% -0,36% recente aquisição de parte do controle da Via Varejo para os Klein. A nova estratégia ainda contempla o foco inicial PETR4 10% -4,85% -0,49% nas lojas físicas - que demandam uma necessidade de BBAS3 10% -8,75% -0,88% capital de giro menor para a operação, além de ser LINX3 10% -9,12% -0,91% possuírem margens melhores que o site – e consolidação da atuação omnichanel. Seguimos otimistas com VVAR3. Performance Histórica Desde o » Destaque de Baixa: Linx ON (LINX3) Mês 2019 Os papéis da Linx foram a principal baixa do portfólio, início reagindo ao quadro de concorrência mais acirrada no Carteira Titulares do Mês 9,0% 20,2% 115,3% segmento de meio de pagamentos (LinxPay), em especial, Ibovespa 0,8% 15,8% 70,2% após divulgação de balanços dos players locais. Ainda Diferença 8,2% 4,3% 45,1% assim, ressaltamos nossa visão positiva para a companhia, Fonte: Bloomberg; BM&FBovespa. Elaboração: Guide Investimentos. que consegue combinar um negócio sólido e resiliente (com baixo turnover, alta taxa de renovação de receita e carteira de clientes robusta) além de possuir soluções únicas de omnichannel.

Agosto

Para Agosto, as atenções se voltam para a votação da 2ª rodada da Reforma da Previdência na Câmara. Espera-se que a votação do texto ocorra até o próximo dia 6 (3ª feira), e depois deverá seguir o trâmite para o Senado. De forma geral, seguimos observando um maior compromisso do Governo para equilibrar suas contas públicas.

Para a carteira, seguimos com a estratégia de manter maior exposição em papéis correlacionados com a atividade doméstica, e papéis que contêm eventos no curto prazo. Seguimos atentos, assim, às perspectivas para as empresas locais e, especialmente, em ativos que podem ainda surpreender de forma positiva nos próximos meses. Algumas empresas seguem melhor preparadas para aproveitar os ventos mais favoráveis deste novo ciclo que vislumbramos. Nomes relacionados às empresas estatais, serviços financeiros, privatizações, além de ativos ligados ao consumo, seguem como nossas principais teses de investimento. É neste contexto que retiramos os papéis da Ecorodovias, Linx, e Via Varejo. Em seus lugares, incluímos os ativos da BRF, CVC, e Rumo.

Vale notar: a expectativa segue positiva para a Renda Variável neste 2S19, em meio: (i) expectativa de melhora gradual da atividade econômica; (ii) maior consenso entre Congresso e Executivo; (iii) ciclo econômico favorável, isto é, capacidade ociosa, juros baixos e inflação ancorada; além (iv) expansão de lucros (maior eficiência e alavancagem operacional) e de múltiplos (queda do prêmio de risco).

Importante: a partir de Setembro deixaremos de divulgar a Carteira Titulares do Mês. Em seu lugar, a carteira Small Caps passará a integrar o portfólio de Carteiras Recomendadas da Guide.

www.guide.com.br Titulares

» As alterações para o mês de Agosto são:

ENTRA SAI BRF ON (BRFS3) Ecorodovias ON (ECOR3) Cemig PN (CMIG4) ON (ELET3) CVC Brasil (CVCB3) Linx ON (LINX3) Rumo ON (RAIL3) Via Varejo ON (VVAR3)

» As ações que integram a carteira Titulares do mês da Guide são:

RAIL3 BBAS3

CMIG4 IRBR3

CYRE3 BRFS3

B3SA3

CVCB3

PETR4 SAPR11

www.guide.com.br Na Defesa

B3 ON (B3SA3)

• A expectativa é que os números operacionais da continuem com um volume mais forte neste 2S19, especialmente de ações (segmento Bovespa) e futuros (segmento BM&F), diante do quadro de taxas de juros mais baixos e momentum positivo para renda variável. Isto é algo que deverá continuar a beneficiar os resultado de B3SA3;

• Estamos observando uma janela bastante positiva do mercado acionário, que tende a favorecer as operações de emissões de ações. Esperamos entre 20-30 novas ofertas (IPO e follow on) nos próximos 12 meses;

• A combinação de negócios com a Cetip criou uma empresa vencedora no longo prazo. Destacamos a diversificação da receita, com fluxo bastante resiliente, com serviços completos de trading, clearing, liquidação, custódia e registro, e posicionamento monopolista em derivativos, ações, renda fixa e produtos de balcão.

IRB Brasil ON (IRBR3)

• Sustentamos nossa recomendação, em função: (i) da sólida estrutura acionária; (ii) posição dominante no mercado de resseguros brasileiros; (iii) forte desempenho no mercado de seguros nos últimos anos; e (iv) níveis confortáveis de liquidez e alavancagem financeira;

• O IRB Brasil tem apresentado números robustos, corroborando com nossa visão positiva para a empresa. Dentre eles: (i) aceleração mais forte dos prêmios, tanto no Brasil como no Exterior (algo que sinaliza ganhos de market share, e efetivação de novos contratos, além da ampliação de participação em contratos existentes); (ii) melhora significativa do índice combinado, evidenciando o bom controle de custos, sinistros e retrocessões; e (iii) índice de sinistralidade em patamares confortáveis, sinalizando a eficiente gestão de riscos e boa precificação de prêmios. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) também tem surpreendido e atingiu 38% no 1T19.

Rumo ON (LINX3)

• Sustentamos como recomendação do ativo: (i) sinalizações de incentivo às concessões por parte do governo; (ii) conclusão da renovação antecipada da Malha Paulista ainda no 2S19; (iii) expectativa de continuidade no ciclo de crescimento nos volumes de grãos nos próximos trimestres; e (iv) potencial de sinergias dos investimentos estratégicos na Malha Sul, Projeto Sorriso e Araucária. Vale ainda comentar que o aumento nos preços dos fretes rodoviários também pode acelerar, e beneficiar, o transporte de grãos via ferrovias;

• A empresa vem entregando resultados robustos, reportando uma forte geração de caixa operacional, com crescimento dos volumes transportados e ganhos de eficiência em sua operação. Acreditamos que essa tendência positiva deve permanecer em 2019. O volume das safras de milho e soja esperado para 2019 segue expressivo, e deverá impulsionar a geração de caixa da empresa, medida pelo EBITDA (vale lembrar: cerca de 80% de sua receita vem de transportes agrícolas).

Sanepar UNIT (SAPR11)

• A expectativa é que a se beneficie nesses próximos trimestres do crescimento do fluxo de caixa livre, em meio as contínuas medidas voltadas para eficiência de custos e maior volume relacionado ao tratamento de esgoto. Isto é algo que deve continuar a impulsionar os dividendos da empresa nos próximos anos. Mais: recentemente, a Agepar autorizou um reajuste tarifário de 12%, mitigando os receios de intervenções políticas na empresa. Caso a Sanepar consiga antecipar o diferimento, deverá melhorar a percepção de risco das ações de SAPR11;

• As discussões envolvendo o Projeto de Lei que reforma o setor de saneamento básico no país, deve destravar valor aos players locais. Afinal, os ajustes aumentam a atratividade do setor, busca uma concorrência mais equilibrada entre empresas privadas e públicas de água e esgoto, as quais geralmente são estaduais, reduzindo os riscos regulatórios.

www.guide.com.br No Meio

Cemig PN (CMIG4)

• A expectativa para os próximos 2 anos é de melhora operacional, e desalavancagem financeira, sob o governo de Zema, em meio a uma gestão mais profissionalizada. Ou seja: tem espaço para valorização do ativo, em nossa visão. Sustentamos nossa recomendação: (i) programa de desinvestimento da Cia; (ii) melhora operacional dos últimos trimestres; e (iii) expectativa de desalavancagem financeira mais acelerada em 2019. A redução nas perdas de energia nas distribuidoras também é algo que deve contribuir para impulsionar a geração de caixa da companhia nos próximos trimestres;

• Dentre a estratégia de desinvestimento da Cemig, ainda destacamos: (i) venda das ações da Light; e (ii) conclusão da venda da fatia da empresa na hidrelétrica de Santo Antônio, em negócio fechado com os chineses da SPIC.

CVC Brasil ON (CVCB3)

• Sustentamos como nossa recomendação: (i) forte performance operacional nos últimos trimestres; e (ii) boa execução do management com as recentes aquisições. Continuamos otimistas quanto às perspectivas de crescimento de reservas no 2S19, com recuperação das viagens domésticas (margens maiores) e aceleração nas reservas corporativas.

• A CVC Brasil é destaque do setor e possui uma posição dominante no segmento de lazer offline. Seguimos otimistas com a estratégia da CVC, que segue em expansão de seu modelo de negócios híbrido (canais integrados com uma plataforma digital e rede de postos de atendimento físicos). A CVC tem apresentado boa performance operacional e ganho de escala, diversificando sua base de consumidores e otimizando suas operações dos canais de venda. Assim, esperamos continuidade do crescimento da CVC ao longo do 2S19, a medida que o consumo se recupere.

Cyela ON (CYRE3)

• Sustentamos nossa recomendação: (1) expectativa de uma recuperação mais acelerada da rentabilidade dos players de construção de média/alta renda, com Cyrela apresentando um valuation atrativo (BF P/VC de 1,8x vs 2,5x de EZTC3; e BF P/L de 20,8x vs 24,5x de EZTC3); e (2) potencial de forte geração de caixa no 2S19, fruto do recente crescimento nos volumes vendidos de estoques e sinais mais animadores com relação aos distratos;

• Seguimos otimistas com a empresa, devido a continuidade do foco do management na geração de caixa operacional, redução do estoque e melhora da eficiência;

• Do lado macro, diante da melhora da economia, espera-se que as menores taxas de juros do financiamento bancário e a melhora da confiança do consumidor, continuem a beneficiar o setor imobiliário.

www.guide.com.br No Ataque

Banco do Brasil ON (BBAS3)

• Seguimos confiantes com BBAS3 no 2S19. Esperamos números mais fortes, em meio: (i) tendência de queda das provisões para perdas de devedores duvidosos e (ii) continuidade das medidas voltadas para o controle de custos e despesas; e (iii) rumores de venda de alguma de suas subsidiárias. Tais fatores devem impulsionar o lucro da companhia em 2019;

• Ressaltamos ainda a forte recuperação de crédito do nos últimos trimestres, surpreendendo o mercado, e sinalizando que deve manter essa taxa de recuperação nos próximos resultados. Os números têm mostrado uma contínua recuperação da qualidade da carteira de crédito, além do eficiente controle das despesas administrativas e crescimento das rendas de tarifas.

BRF ON (BRFS3)

• A gripe suína africana segue como principal trigger para recente valorização do ativo, reflexo do impacto significativo na oferta-demanda de proteína animal e custo de grãos. Vale notar: o frango é um substituto da carne suína, e o maior volume de importação de frangos na China beneficiaria ainda mais a geração de caixa da BRFS3;

• Estamos mais otimistas com a BRF, em meio: (i) avanço do plano de reestruturação operacional da cia; (ii) recente trocas na diretoria da empresa; (iii) continuidade no foco de desalavancagem financeira (isto é, após reestruturação de R$ 4,1 bi via venda de ativos, capital de giro e securitização de recebíveis), melhorando sua estrutura de capital.

• No curto prazo, estamos monitorando os impactos da gripe suína, que seguem melhorando as margens da BRF e poderá inverter marginalmente a tendência de deterioração dos resultados da companhia de proteína animal.

Petrobras PN (PETR4)

• No curto prazo, alguns triggers que sustentam nossa recomendação: (1) continuidade da venda de ativos onshore; (2) avanço do projeto de desinvestimento das refinarias, além (3) dos recursos relacionados à cessão onerosa com a União;

• A Petrobras vem reposicionando seu portfólio em ativos de maior rentabilidade, com foco na desalavancagem financeira da estatal. Além disso, a expectativa de maior volume de produção para este ano, viabilizado pelo ramp-up das plataformas recém-instaladas, deverão impulsionar margens e a geração de caixa operacional da cia em 2019;

• Entre os riscos: (i) queda mais acentuada do preço do barril de petróleo; e (ii) paralização do processo de venda de ativos são fatores que podem pressionar o papel.

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