A Segurança Energética: O Caso De São Tomé E Príncipe
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A Segurança Energética: o caso de São Tomé e Príncipe. Forças, fraquezas, oportunidades e ameaças da exploração dos recursos energéticos não renováveis Jaylson Quaresma Dias da Graça Orientador: Professor Auxiliar Doutor Pedro Miguel Moreira da Fonseca Dissertação de Mestrado em Estratégia LISBOA, 2016 Nota: Esta Dissertação não foi redigida segundo as normas vigentes no Acordo Ortográfico de 1990. II Índice ÍNDICE DE FIGURAS ………….……………………………………………………………..….V AGRADECIMENTOS……………………………………………………………………….…….VI GLOSSÁRIO…………………………………………………………………………………….....VII RESUMO…………………………………………………………………………………..……....X ABSTRACT…………………………………………………………………………………..……XI INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………………….13 Nota Metodológica………………………………………………………………………..17 Operacionalização de conceitos…………………………………………………………..18 CAPÍTULO I- A SEGURANÇA ENERGÉTICA E O GOLFO DA GUINÉ: 1- O que é a Segurança Energética?.................................................................................23 2–A temática a nível mundial…………………………………………………………….26 3- O continente africano…………………………………………………………………..41 3.1- O Golfo da Guiné e as suas potencialidades……………………………….46 CAPÍTULO II- SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE, RECURSOS E SEGURANÇA ENERGÉTICA: 1-Quadro Geofísico……………………………………………………………………….53 2-Síntese Histórica 2.1-Período Colonial………………………………………………………...…..54 2.2-Período Pós-Colonial………………………………………………………..59 3-STP no mercado energético mundial 3.1- A ANP-STP………………………………………………………………...66 3.2- A operações Onshore………………………………………………………68 3.3- A Convenção de Abuja e as Zonas de Exploração Conjunta ……………..70 3.4- As Concessões Offshore…………………………………………………...73 3.5- A AOSIS e a CPLP……………………………………….………………..77 CAPÍTULO III- FORÇAS, FRAQUEZAS, OPORTUNIDADES E AMEÇAS DA EXPLORAÇÃO DOS RECURSOS ENERGÉTICOS NÃO RENOVÁVEIS. 1- Oportunidades (Opportunities)………..……………………………….………………82 2- Forças (Strengths)..…………………………………………………….......................83 3- Fraquezas (Weaknesses)………………………………….……………..…………….84 III 4- Ameaças (Threats)……………………………………………………………………85 5- Análise SWOT: Oportunidades, forças, fraquezas e ameaças ……………………….86 CONCLUSÃO…………………………………………………………………………….………88 BIBLIOGRAFIA………………………………………………………………………………….97 IV ÍNDICE DE FIGURAS E TABELAS Fig.1- Preço do petróleo entre 1861-2015……………………………………...35. Fig.2- Produção de petróleo por região (barris diários)………………………..39. Fig.3- Produção petrolífera na África subsaariana……………………………...45. Fig.4- Estados pertencentes a CGG, delimitados a amarelo…………………….50. Fig.5- Mapa de STP……………………………………………………………..52. Fig.6- Divida pública STP 2009-2013, percentagem PIB ……………………...63. Fig.7- Produção de electricidade na CPLP……………………………………...65. Fig.8- Orçamento da ADC………………………………………………………72. Fig.9- ZEE de STP……………………………………………………………...74. Fig.10- Conta corrente petróleo STP…………………………………………...76. Fig.11- Ciclo Análise SWOT…………………………………………………...81. Fig.12- IDE, Inward e Outward STP (2008-2012)……….............................82. Fig.13- Manuel Pinto da Costa e os camaradas de luta………………………...96. Tabela 1- Análise SWOT de São Tomé e Príncipe……………………………..87. V AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar, gostaria de agradecer à minha família, não só pela força transmitida durante este longo processo, mas essencialmente por acreditar nas minhas potencialidades, incitando o melhor de mim desde novo. Uma palavra de apreço aos meus amigos, que despoletaram ao longo dos anos a curiosidade, a alegria, a fantasia e o sorriso. Como também ao Professor Pedro Fonseca, o meu orientador, por todas as correcções e sugestões, que ajudaram-me a compreender de melhor forma esta complexa temática. Ao ISCSP, organização que acolheu-me durante 5 anos. E por STP, país maravilhoso que viu-me nascer! VI GLOSSÁRIO ADC- Autoridade de Desenvolvimento Conjunto. AMI- Assistência Médica Internacional. ANP-STP- Agência Nacional de Petróleos de São Tomé e Príncipe AOSIS- Alliance of Small Islands States. BM- Banco Mundial. CECA- Comunidade Europeia do Carvão e do Aço. CEE- Comunidade Económica Europeia. CEDEAO- Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental CEEAC- Comunidade Económica dos Estados da África Central. CGG- Comissão do Golfo da Guiné. CMC- Conselho Ministerial Conjunto. CPLP- Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. CPP- Contrato de Partilha de Produção. CSNU- Conselho de Segurança das Nações Unidas. EM- Estados Membros. EMAE- Empresa de Água e Electricidade. ENAPORT- Empresa Nacional dos Portos. EUA- Estados Unidos da América EURATOM-European Atomic Energy Community. EUR- Euro. FMI- Fundo Monetário Internacional. FRELIMO- Frente de Libertação de Moçambique. VII FNLA- Frente Nacional de Libertação de Angola. GM- Guerra Mundial. GRDSTP- Governo da República Democrática de São Tomé e Príncipe. IAEA-International Atomic Energy Agency. IDH- Índice de Desenvolvimento Humano. ITIE- Iniciativa para Transparência das Indústrias Extrativas. IEA- International Energy Agency. MNA- Movimento dos Não-Alinhados. Mb/d- Milhões de barris por dia. MPLA- Movimento Popular de Libertação de Angola. MLSTP- Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe. NATO- North Atlantic Treaty Organization. OCDE- Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico. OHI- Organização Hidrográfica Internacional. ONG’s- Organizações Não-Governamentais. ONU- Organização das Nações Unidas. OPEP- Organização dos Países Exportadores de Petróleo. PAIGC- Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde. PALOP- Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. PGS- Petroleum Geo-Services. PIB- Produto Interno Bruto. PIEVD- Pequenas Ilhas-Estado em Vias de Desenvolvimento. PNUD- Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. VIII RDC- República Democrática do Congo. RDSTP- República Democrática de São Tomé e Príncipe. RFA- República Federal da Alemanha. RNB- Rendimento Nacional Bruto. SADC- Southern African Development Community. STP- São Tomé e Príncipe. UA – União Africana. UNITA- União Nacional para a Independência Total de Angola. UE- União Europeia. URSS- União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. USA-United States of America. USD- United States dollar. ZDC- Zona de Desenvolvimento Conjunto. ZEE- Zona Económica Exclusiva. ZOPACAS- Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul. IX RESUMO Estudamos a Segurança Energética nesta análise, uma das mais importantes temáticas do nosso tempo. Onde um mercado energético anárquico, neste momento marcado pelo baixo preço do petróleo, beneficia os consumidores. A IEA vem realizando um ‘hard-balancing’ versus a OPEP, organização de produtores que conseguiu efectuar dois choques petrolíferos na década de 1970. Estes choques alteraram o status quo do mercado energético levando a diversificação da produção mundial e a estabilização de reservas estratégicas por parte dos consumidores. Uma das regiões que beneficiou desta deslocalização foi o Golfo da Guiné, onde a produção offshore vai pondo-o no Golden Triangle, países como a Nigéria, Angola, Gabão, Guiné Equatorial e outros, vão aproveitando este destaque. Neste grupo tenta incluir-se STP, que sendo detentor de uma posição privilegiada neste hotspot mundial, é levado para esse jogo na formação da CGG. O arquipélago foi uma colónia portuguesa por mais de 500 anos, mas após a descolonização tem atravessado uma instabilidade política que não tem permitido um melhor aproveitamento das suas potencialidades. Até então nenhum governo conseguiu terminar um mandato. O sector petrolífero esteve parado no país até à assinatura de um tratado com a Nigéria em 2001, que firmaria uma ZDC e consequente Autoridade Conjunta. Ao delimitar as suas fronteiras marítimas, e a ANP-STP, o país consegue assinar 6 Contratos de Partilha de Produção na sua ZEE, ficando com 10-15 % da produção. O país quer assim realizar uma transição energética, alterando também a base da sua economia. Porém, os bónus de assinatura realizaram poucas alterações políticas, económicas, sociais e tecnológicas no arquipélago, continuando o mesmo com uma balança comercial negativa. Garantindo a sua Segurança Energética este Estado fragilizado terá maior facilidade de desenvolver-se. Palavras-Chave: Segurança Energética; Poder; Recursos fósseis; Royalty X ABSTRACT We studied the Energy Security in this analysis, one of the most important themes of our time. Where an anarchic energy market, marked by the low oil prices, benefits the consumers. The IEA have been performing a ‘hard-balancing' versus OPEC, the producer organization which make two oil shocks in the 1970s. Those shocks have changed the status quo of the energy market, leading to the diversification of world production and stabilization of strategic reserves by the consumers. One of the regions that benefited from this relocation was the Gulf of Guinea, where offshore production puts it on the Golden Triangle, where countries such as Nigeria, Angola, Gabon, Equatorial Guinea and others are highlighting with this advantage. This group tries to include STP, which has a privileged position in this hotspot, being taken for this game in the formation of GGC. The archipelago was a Portuguese colony for over 500 years, but after decolonization has crossed a political instability that hasn’t allowed a better use of its potential. Until now no government managed to finish one term. The oil sector was stopped in the country until the treaty with Nigeria in 2001 creating one JDZ and consequent Joint Authority. But the signing bonus made few political, economic, social and technological changes in the archipelago, continuing the same with a negative trade balance. By ensuring its energy security this weakened