Secretaria de Estado de Meio Ambiente Programa Estadual de Zoneamento Ecológico‑E­ conômico do

Livro Temático | Vol. 5 Coleção Temática do ZEE

ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA E A ECONOMIA DO ACRE

ZONEAMENTO ECOLÓGICO‑ECONÔMICO DO ACRE FASE II - ESCALA 1:250.000

Rio Branco ­‑ Acre 2011 Livro Temático | Vol. 5 GESTÃO 2007 – 2010 COLEÇÃO TEMÁTICA DO ZEE Luiz Inácio Lula da Silva Presidente da República ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA E A ECONOMIA DO ACRE Izabella Teixeira Ministra do Meio Ambiente ©2011 SEMA Arnóbio Marques de Almeida Júnior Governador do Estado do Acre ORGANIZAÇÃO DA PUBLICAÇÃO Diagramação e Arte Final MX Design Carlos César Correia de Messias Magaly da Fonseca S. T. Medeiros Vice-Governador do Estado Diretora Executiva/SEMA Impressão Conceição Marques de Souza Gráfica Globo Coordenadora do Departamento de Gestão Territorial e Ambiental / SEMA

Edson Alves de Araújo Marcus Alexandre Médice Aguiar Técnico/SEAP Fábio Vaz de Lima Diretor­‑Geral do Departamento Estadual de Estradas de Coordernado da Área de Desenvolviemto Sustentável Átila de Araújo Magalhães Rodagem, Hidrovias e Infra­‑Estrutura Aeroportuária Técnico/SEMA Gilberto do Carmo Lopes Siqueira Paulo Roberto Viana de Araújo Secretário de Estado de Planejamento Diretor­‑Presidente Instituto de Defesa Agropecuaria e Florestal Eufran Ferreira do Amaral Secretário de Estado de Meio Ambiente Cassiano Figueira Marques de Oliveira Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Secretário de Estado de Esporte, Turismo e Lazer Cleísa Brasil da Cunha Cartaxo Diretora­‑Presidente do Instituto de Meio Ambiente do Acre A187a Acre (Estado). Secretaria de Meio Ambiente. Aníbal Diniz Secretário de Estado de Comunicação Aspectos socioeconômicos: população e as condições de Felismar Mesquita Moreira Diretor­‑Presidente do Instituto de Terras do Acre vida, infraestrutura e a economia do Acre / Programa Estadual de Eduardo Nunes Vieira Secretário de Infraestrutura, Obras Públicas e Habitação Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado do Acre. – Rio Branco: Carlos Ovídio Duarte da Rocha SEMA Acre, 2011. Secretário de Estado de Floresta Petrônio Aparecido Chaves Antunes 191 p. : il. color. – (Coleção Temática do ZEE, ISBN 978-85- Diretor do Departamento de Águas e Saneamento 60678-09-9; v. 5) Nilton Luiz Cosson Mota Secretário de Estado de Extensão Agroflorestal Laura Keiko Sakai Okamura e Produção Familiar Secretária de Estado de Desenvolvimento ISBN 978-85-60678-17-4 para Segurança Social Mauro Jorge Ribeiro Secretário de Estado de Agropecuária 1. Zoneamento – Acre (Estado). 2. Acre (Estado) – Aspectos Daniel Queiroz de Sant’ana Diretor­‑Presidente da Fundação de Cultura e Comunicação socioeconômicos. I. Título. II. Série. João César Dotto Elias Mansour Diretor‑Pr­ esidente da Fundação de Tecnologia do Estado do Acre CDD 333.731798112 (21. ed.) Mâncio Lima Cordeiro Secretário de Estado de Gestão Administrativa Roberto Barros dos Santos Procurador Geral do Estado Ficha elaborada por Riquelma de Sousa de Jesus – CRB 1/2349 Ilmara Rodrigues Lima Diretora‑Pr­ esidente da Companhia de Habitação do Acre Maria Corrêa da Silva Secretária de Estado de Educação Carlos Alberto Ferreira de Araújo Secretário de Estado de Articulação Institucional Osvaldo de Souza Leal Júnior Secretário de Estado de Saúde Irailton Lima de Souza Diretor‑Pr­ esidente do Instituto Estadual de Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na: Mâncio Lima Cordeiro Desenvolvimento de Educação Profissional Secretário de Estado de Fazenda Secretaria de Estado de Meio Ambiente – SEMA Dom Moacir Grechi Rua Benjamin Constant, 856 – Centro | CEP. 69900-160 - Rio Branco – Acre – Brasil Márcia Regina de Sousa Pereira Francisco da Silva Pinhanta Fone: 55 (0xx68) 3224-3990/7129/8786 | Fone Fax: 55 (0xx68) 3223-3447 Secretária de Estado de Segurança Pública Assessor Especial dos Povos Indígenas E-mail: [email protected] Nilson Gomes Bardales ­‑ SEMA Comissão Editorial 2007-2010 GESTÃO 2011 – 2014 Renata Gomes de Abreu ­‑ SEMA Presidente: Eufran Ferreira do Amaral ­‑ SEMA Roberto de Alcântara Tavares ­‑ SEMA Vice­‑Presidente: Edson Alves de Araújo ­‑ SEMA/SEAP Dilma Vana Rousseff Rosana Cavalcante dos Santos ­‑ SEMA Presidente da República Sara Maria Viana Melo ­‑ SEMA

Izabella Teixeira Membros Ministra do Meio Ambiente Adriano Alex do Santos e Rosário ­‑ SEMA Revisores Antônio Wilian Flores de Melo ­‑ UFAC ESTRUTURA FUNDIÁRIA DO ESTADO DO ACRE Sebastião Afonso Viana Macedo Neves Átila de Araújo Magalhães ­‑ SEMA Jurandir Pinheiro de Oliveira Filho, Geógrafo | SEMA Governador do Estado do Acre Carlos Edegard de Deus ­‑ Biblioteca da Floresta Carlos César Correia de Messias Claudenir Maria Ferreira da Rocha ­‑ SEMA POPULAÇÕES E CONDIÇÕES DE VIDA Vice-Governador do Estado Conceição Marques de Souza ­‑ SEMA Corbiniano Silva, Doutorando em Engenharia Civil | Jakeline Bezerra Pinheiro ­‑ SEMA IGEO/UFRJ

José Fernandes do Regô Leonildo Rosas Rodrigues Janaina Silva de Almeida ­‑ SEMA Secretário de Estado de Articulação Institucional Secretário de Estado de Comunicação Judson Ferreira Valentim ­‑ EMBRAPA­‑Acre INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA Jurandir Pinheiro de Oliveira Filho ­‑ SEMA Magaly da Fonseca e Silva Taveira Medeiros, M.Sc. em Márcia Regina de Souza Pereira Ilmara Rodrigues Lima Secretária de Estado de Governo Secretária de Estado de Esporte, Turismo e Lazer Magaly da Fonseca S. T. Medeiros ­‑ SEPLAN/EAB Desenvolvimento e Meio Ambiente | SEMA Sebastião Fernando Ferreira Lima Maria Aparecida de O. Azevedo Lopes ­‑ SEMA Márcio Veríssimo Carvalho Dantas Diretor-Presidente do Instituto de Meio Ambiente do Acre Marília Lima Guerreiro ­‑ SEMA ECONOMIA Secretário de Estado de Planejamento Eufran Ferreira do Amaral Marta Nogueiro de Azevedo ‑­ SEMA Magaly da Fonseca e Silva Taveira Medeiros, M.Sc. em Mâncio Lima Cordeiro Diretor-Presidente do Instituto de Mudanças Climáticas e Mónica Julissa De Los Rios de Leal ‑­ SEMA Desenvolvimento e Meio Ambiente | SEMA Secretário de Estado de Fazenda Políticas Ambientais Sustentáveis

Flora Valladares Coelho Felismar Mesquita Moreira Secretária de Estado de Gestão Administrativa Diretor-Presidente do Instit uto de Terras do Acre

Luiz Augusto Ribeiro do Vale Carlos Edegard de Deus Diretor-Presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Secretário de Estado de Meio Ambiente Florestal

Lourival Marques de Oliveira Filho Luiz Augusto Azevedo Secretário de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Diretor-Presidente da Fundação de Tecnologia do Estado Familiar do Acre

João Paulo Santos Mastrangelo Irailton Lima de Souza Secretário de Estado de Floresta Diretor-Presidente do Instituto Estadual de Desenvolvimen‑ to de Educação Profissional Dom Moacir Grechi Mauro Jorge Ribeiro Secretário de Estado de Agropecuária Carlos Alberto Santiago de Melo Diretor-Presidente da Companhia de Habitação do Acre

Daniel Queiroz de Sant’ana Marcus Alexandre Médice Aguiar Secretário de Estado de Educação Diretor-Presidente do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem, Hidrovias e Infraestrutura Aeroportuária Suely de Souza Melo da Costa Secretária de Estado de Saúde Gildo César Rocha Pinto Diretor-Presidente do Departamento Estadual de Pavimen‑ Ildor Reni Graebner tação e Saneamento Secretária de Estado de Segurança Pública Dircinei Francisco Lima de Souza Antônio Torres Diretor-Presidente da Fundação de Cultura e Comunicação Elias Mansour Secretário de Estado de Desenvolvimento para Segurança Social Rodrigues Fernandes das Neves Procurador Geral do Estado Wolvenar Camargo Filho Secretário de Estado de Infraestrutura e Obras Públicas Sumário Apresentação

Capítulo 1. Estrutura Fundiária do Estado do Acre...... 14 Geral 1. INTRODUÇÃO...... 14 2. A DIVISÃO POLÍTICA DO ESTADO...... 15 3. AS MUDANÇAS DOS LIMITES DO TERRITÓRIO ACREANO...... 17 4. A SITUAÇÃO ATUAL DAS TERRAS DO ACRE...... 19 4.1. Os projetos de Assentamentos ...... 22 O Zoneamento Ecológico‑Econômico­ A presente Coleção do ZEE Fase II é di‑ 4.1.1. Projetos de Assentamento - PA ...... 23 (ZEE) tem como atribuição fornecer subsí‑ vidida em Livros Temáticos, compostos de 4.1.2. Projetos de Assentamento Dirigido -PAD...... 25 dios para orientar as políticas públicas re‑ vários artigos específicos que permitem a 4.1.3. Projeto de Assentamento Rápido - PAR...... 26 lacionadas ao planejamento, uso e ocupação visão de temas como: Concepção filosófica 4.1.4. Projeto de Assentamento Agro-Extrativista - PAE...... 27 do território, considerando as potencialida‑ e metodológica da construção do ZEE; Ge‑ 4.1.5. Projeto de Desenvolvimento Sustentável - PDS...... 28 des e limitações do meio físico, biótico e so‑ ologia, geomorfologia e Solos do Acre; A 4.1.6. Projeto de Assentamento Agroflorestal - PAF...... 29 cioeconômico, tendo como eixo norteador os biodiversidade do Acre; Os ambientes do 4.1.7. Projeto Casulo - PCA ...... 30 princípios do Desenvolvimento Sustentável. Acre e a Vulnerabilidade Ambiental; Situa‑ 4.1.8. Projeto Estadual Pólo Agroflorestal - PE ...... 30 É uma ferramenta essencial para a definição ção Fundiária e Conflitos; Aspectos socio‑ 4.2. As Áreas Naturais Protegidas...... 35 de estratégias compartilhadas de gestão do econômicos; Uso dos Recursos Naturais; 4.2.1 As Unidades de Conservação ...... 37 território entre governo e sociedade. Memória, Identidades e Territorialidade; 4.2.2. Areas Verdes ...... 43 No território acreano, a elaboração par‑ As Cidades e as fronteiras; Aspectos Polí‑ 4.2.3. As Terras Indígenas ...... 45 ticipativa do ZEE envolveu estudos sobre tico e Institucional e a percepção social; A 5. Considerações Finais...... 63 sistemas ambientais, potencialidades e limi‑ Gestão Territorial do Acre e outros temas tações para o uso sustentável dos recursos a serem inseridos no decorrer do processo Capítulo 2. POPULAÇÃO E CONDIÇÕES DE VIDA...... 67 naturais, relações entre a sociedade e o meio de implementação do ZEE, se mostrando 1. INTRODUÇÃO...... 67 ambiente e identificação de cenários, de uma coleção aberta para novas atualiza‑ 2. A EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO DO ACRE...... 68 modo a subsidiar a gestão do território no ções e temas. 3. A DINÂMICA DEMOGRÁFICA NO ACRE...... 70 presente e no futuro, num grande pacto de Com essa iniciativa o Governo do Estado 3. 1. Regional Baixo Acre...... 77 construção da sustentabilidade a partir de do Acre busca reafirmar seu compromisso 3. 2. Regional Alto Acre...... 79 uma economia de base florestal com foco na com um futuro do Acre e da Amazônia, cons‑ 3. 3. Regional Purus...... 81 melhoria de qualidade de vida da população. truído por todos e pautado no conhecimen‑ 3. 4. Regional Tarauacá/Envira...... 82 O Zoneamento Ecológico‑Econômico­ do to da realidade, no planejamento das ações 3. 5. Regional do Juruá...... 83 Acre Fase II – Escala 1:250.000 foi elabora‑ e na permanente ampliação dos benefícios 4. INDICADORES SOCIAIS DO ESTADO DO ACRE...... 89 do a partir da contribuição de inúmeros es‑ do desenvolvimento sustentável para toda a 4. 1. Trabalho e Rendimento ...... 89 pecialistas, em diferentes campos do conhe‑ sociedade. É a Florestania que vai além da 4. 2. Educação...... 91 cimento cujos subsídios foram incorporados cidadania dos povos da floresta. É o embasa‑ 4. 3. Domicílios...... 94 ao Documento Síntese. São estudos inéditos, mento cultural de um projeto de desenvol‑ 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...... 98 elaborados especificamente para subsidiar vimento sustentável que deseja colaborar e nas decisões a serem tomadas sobre o ter‑ ter a cooperação de parceiros para constru‑ Capítulo 3. INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA...... 100 ritório do Acre. ção da Sociedade do Século XXI. 1. INTRODUÇÃO...... 100 Tornar acessíveis, na íntegra, os estudos É uma pequena contribuição de quem 2. TRANSPORTES NO ESTADO DO ACRE...... 100 temáticos do ZEE é o objetivo da Coleção do está vencendo uma realidade desfavorável 2.1. Subsistema Rodoviário...... 103 ZEE Fase II. O tema interessa não somente de conservar a floresta e criar esperança 2.2. A Situação das Rodovias Federais...... 104 àqueles que estudam a realidade acreana para seus povos. Muito ainda há por se fazer 2.3. A Situação das Rodovias Estaduais...... 107 ou amazônica, mas também aos que vêem o neste varadouro da sustentabilidade, porém 2.4. A Situação das Rodovias Municipais...... 108 zoneamento como instrumento estratégico o conhecimento do território é a base para 2.5. Subsistema Aeroviário...... 109 primordial de ordenamento do espaço, dos tornar realidade o sonho de viver em um 2.6. Subsistema Hidroviário...... 112 recursos e das atividades econômicas. mundo sustentável. 2.7. Armazenagem...... 113 3. A ENERGIA NO ESTADO DO ACRE...... 114 3.1. O Parque Gerador de Energia Elétrica...... 114 3.2. O Sistema de Transmissão de Energia Elétrica...... 115 Apresentação 3.3. O Mercado de Energia Elétrica ...... 116 3.4. O Potencial Energético do Estado...... 124 3.5. A Oferta de Energia Elétrica no Estado...... 124 3.6. A Estratégia para Atendimento em todo o Acre...... 126 4. A COMUNICAÇÃO NO ACRE...... 127 Profundas são as raízes de identificação mações, em níveis globais e nacionais, de 4.1. Telefonia, Fixa, Móvel e Internet...... 127 da população do Acre com sua terra e as li‑ tal forma que novos desafios aportam em 4.2. A Radiodifusão Sonora...... 128 ções de sua história. De fato, a ocupação do terras acreanas. 4.3. Televisão...... 132 solo acreano foi fruto de uma longa e por O crescimento e diversificação da econo‑ 4.4. Imprensa...... 134 vezes dolorosa jornada, marcada por hero‑ mia, a mobilidade social e a elevação da ren‑ 4.5. Serviço Postal...... 135 ísmo, tragédia, opressão, resignação e resis‑ da, o avanço da produção agropecuária vis 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...... 136 tência. Os sobreviventes foram os viventes a vis as exigências do desenvolvimento sus‑ que emergiram dessa saga e que plasmaram, tentável e, não menos importante, o conjun‑ Capítulo 4. ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL FLORESTAL DO ACRE...... 139 em gerações sucessivas, uma sociedade ini‑ to de obras de infra-estrutura em diversas 1. INTRODUÇÃO...... 139 cialmente extrativista, onde prosperou um regiões do País, são alguns dos processos e 2. O SISTEMA ECONÔMICO ESTADUAL...... 141 forte sentimento de apego àquela terra e a fenômenos que permeiam os debates e al‑ 2.1. O Produto Interno Bruto...... 141 um conjunto de valores estruturantes, emo‑ ternativas atuais em toda a Amazônia. 2.2. Valor Bruto da Produção...... 152 cionais e inevitavelmente contraditórios. Neste sentido, o planejamento e orde‑ 2.3. Setor Primário, Secundário e Terciário...... 153 Desse modo, quando a partir dos anos namento territorial e o desenvolvimento de 2.4. Contas externas...... 167 70 do século passado, a Amazônia Ociden‑ estratégias de uso e conservação dos recur‑ 3. O POTENCIAL FLORESTAL MADEIREIRO...... 168 tal foi exposta à voraz abertura econômi‑ sos naturais, demandam novas e detalhadas 11 3.1. O Suprimento Madeireiro...... 169 ca e demográfica da fronteira agrícola em informações que retratem a situação da so‑ 3.2. Fontes de Suprimento...... 172 movimento, os acontecimentos registrados ciedade e da população do Acre. A etapa 3.3. Composição do Volume...... 176 no Acre foram radicalmente distintos dos do Zoneamento Ecológico e Econômico do 3.4. Fontes Potenciais de Suprimento...... 180 observados em outras áreas da Amazônia. Estado que ora vem à luz, enfatiza a situação 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS...... 183 Em contextos conflitantes, o sentimento e socioeconômica e oferece elementos indis‑

a identidade acreana, tornados vontade e pensáveis para que se pense e se aja sobre DO ACRE. E A ECONOMIA

Capítulo 5. Referência...... 184 consciência, foram capazes de impor limites essa realidade em transformação. 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO à expansão dessa nova ocupação. Os indicativos são consideravelmente ní‑ Nos últimos anos, o Acre tem combinado tidos nos capítulos, escritos por verdadeiros modelos de exploração econômica da terra, especialistas regionais. procurando estimular vocações de diversi‑ Assim, o detalhamento e diagnóstico ini‑ ficação agrícola, tecnificação da pecuária e cial da estrutura agrária e do processo fun‑ sustentabilidade no extrativismo. Tais mo‑ diário no Estado, tendo como pano de fun‑ delos buscam conciliar desenvolvimento do a questão fundiária no País, oferece um com conservação e estariam, no imaginá‑ elenco de procedimentos que podem contri‑ rio local, consonantes com os sentimentos buir para a resolução de impasses e confli‑ historicamente construídos pela população tos relacionados à posse, domínio e ações acreana. Informações provenientes das fa‑ institucionais. Trata-se de um diagnóstico

ses iniciais do Programa de Zoneamento que precede as efetivas ações necessárias INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS Ecológico e Econômico do Acre foram fontes de ordenamento territorial. valiosas para os níveis de detalhamento exi‑ O capítulo sobre população e indicadores gidos por projetos com essa visão integrada sociais esmiuça a dinâmica demográfica e as dos modelos de exploração. condições de vida, assinalando e destacando Contudo, os últimos anos têm sido tam‑ os movimentos espaciais e sócio-econômi‑ bém pródigos em demonstrações de que a cos recentes. Enfatiza a redistribuição popu‑ realidade social, econômica e demográfica lacional no território, as áreas de crescimen‑ vem sofrendo rápidas e intensas transfor‑ to recente e as tendências de intensificação da concentração populacional em torno de Rio movimentação econômica, social e demo‑ Branco. De certo modo, antecipa o significado gráfica, é tratada em relação às condições dos recém divulgados resultados preliminares atuais, dos projetos em andamento e das do Censo Demográfico 2010, na medida em perspectivas futuras. Os sistemas modais, que a população acreana teve um significativo em sua integração, são essenciais para o incremento na comparação da década, atin‑ desenvolvimento sustentável e equilibrado gindo a 732 mil pessoas em 2010. das diversas regiões do Estado e o relatório Esses números sugerem que, além do pontua fortemente essa perspectiva. crescimento interno, existe um saldo migra‑ A análise da economia, sob a ótica da sus‑ tório positivo no Estado, fruto de correntes tentabilidade, está centrada nas característi‑ migratórias específicas de UF´s da Região cas e potencialidades do sistema produtivo Norte e de outras regiões. A capital, Rio espacialmente distribuído. Nesse ponto, são Branco, chegou a 336 mil habitantes, com grandes as potencialidades, mas igualmen‑ uma taxa de crescimento anual próxima a te fundamentais as necessidades de avalia‑ 3% na década. Ou seja, a evolução demográ‑ ção, intervenção e correção de estratégias fica no Acre e a redistribuição espacial da para atender o desenvolvimento desejável e população, apontadas no relatório, são indí‑ as demandas de uma população em cres‑ cios de novas e crescentes demandas locali‑ cimento com suas aspirações culturais, so‑ zadas, do ponto de vista sócio-econômico e ciais e econômicas. de infra-estrutura básica e institucional. Em suma, o Zoneamento Ecológico e Eco‑ Os indicadores sociais do Estado, des‑ nômico do Estado do Acre é um instrumento tacados de forma minuciosa, revelam um primordial para a compreensão dos novos 12 quadro de progressão, principalmente no tempos, das particularidades e potenciali‑

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 desempenho educacional, mas ainda eviden‑ dades de seu território, das características ciam a persistência de carências históricas e necessidades da população e dos objetivos que afetam toda a Amazônia. estratégicos de planejamento de uma so‑ A infraestrutura de transportes e comu‑ ciedade e economia menos desigual e mais nicações, gargalo permanente na fluidez da harmonicamente desenvolvida.

Luiz Antonio Pinto de Oliveira

COORDENAÇÃO DE POPULAÇÃO E INDICADORES SOCIAIS DO IBGE Livro Temático | Volume 5 Coleção Temática do ZEE

Aspecto Socioeconômico: População e as Condições de Vida, Infraestrutura e a Economia do Acre

Capítulo Estrutura Fundiária do Estado do Acre 1 Estrutura Fundiária do Estado Com a chegada dos novos proprietários, as 2. A DIVISÃO POLÍTICA DO terras foram mudando sua lógica e ficando ESTADO mais valorizadas, provocando, assim, uma do Acre corrida ao reconhecimento da titulação. O Estado do Acre, localizado no extremo No período de 1976 a 1985 o Governo sudoeste da Região Norte, está inserido na bb Texto: Almaisa Rosangela Pereira Wolstein (In Memorian) 1 Federal, através do INCRA (Instituto Nacio‑ área da Amazônia Legal Brasileira e possui

Estrutura Fundiária do Estado Eliani Maciel Lima2 nal de Colonização e Reforma Agrária), deu uma superfície territorial de 164.221,36 Francisco José Nascimento3 início a um processo massivo de discrimina‑ Km2. Limita-se com a República do Peru, ção das terras no Estado do Acre, cujo ob‑ com uma extensão de 1.200.986 metros e jetivo era diferenciar as terras públicas das com a República da Bolívia com 594.189 particulares, controlando a ação nociva dos metros. A capital, no Município de Rio Bran‑ especuladores e grileiros. co, tem uma área de 8.831,43 km2, o que Na prática, somente com o advento da representa 5,38% da área total do Estado e 1. INTRODUÇÃO Exposição de Motivos nº 77 de 10 de outu‑ uma população de 290.639 mil habitantes. bro de 1978 (referente a Norma do INCRA A superfície territorial que forma o Esta‑ sobre a regularização de terras federais), do do Acre foi incorporada ao Brasil em 17 questão fundiária no Estado do do uso da terra, onde grande parte dos se‑ no rol das Hipóteses de Convalidação, foi de novembro de 1903, por força do Trata‑ Acre Acre é bastante complexa devi‑ ringais foram transferidos das comunidades possível reconhecer o domínio sobre a pos‑ do de Petrópolis, foi fixado a Administração do a fatores históricos que levou extrativistas, para as mãos de pessoas e gru‑ se mansa e pacífica, independente de docu‑ Provisória do Território do Acre através do Estrutura Fundiária do Estado Fundiária Estrutura Acre o Tratado de Petrópolis (1903) a pos de empresários residentes fora do Esta‑ mentação de dominialidade da terra. Decreto Legislativo nº. 1.181, de 25 de fe‑ Areconhecer os títulos expedidos pelos Go‑ do. Estes empresários chegavam ao Estado No final da década de 70, utilizando o vereiro de 1904, havendo sido elevado à ca‑ 14 vernos do Amazonas, Republica da Bolívia, com objetivos e propostas diferenciadas, procedimento de desapropriação para fins tegoria de Estado em 15 de junho de 1962, 15

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 ex-Estado Independente do Acre e, final‑ distorcendo o conceito de sustentabilidade de Reforma Agrária, foram criados os pri‑ através da Lei Federal nº. 4.070. mente, o reconhecimento pelo atual Estado, extrativista e ambiental. Este processo oca‑ meiros Projetos de Assentamentos Dirigidos A questão fundiária ainda é bastante a partir de 1962. sionou a expulsão de muitos seringueiros (PAD): PAD Pedro Peixoto e Boa Esperança, complexa devido a fatores históricos, sendo Também a economia extrativista difun‑ de suas colocações, promovendo um grande marco da colonização oficial da Amazônia reconhecidos os títulos expedidos pelos Go‑ diu a noção de que o valor não estava na êxodo rural em nosso Estado. ao longo da BR 364. Nesse período o INCRA vernos do Amazonas, República da Bolívia,

terra, mas, no número de seringueiras dis‑ A “corrida às terras baratas” promoveu discriminou aproximadamente, dois terços do Peru e ex-Estado Independente do Acre. DO ACRE. E A ECONOMIA

persas na mata. Nesse contexto, a delimita‑ uma grande procura por áreas extrativis‑ das terras acreanas, contudo, a falta de or‑ A base cartográfica da divisão política 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO ção da área se dava pelo número de “Estra‑ tas, determinando a forma de sua utilização. denamento fundiário perdurou em todo o atual do Estado do Acre foi elaborada a par‑ da de Seringa”, não havendo, possivelmente, Parte das terras permaneceu totalmente im‑ Estado, inclusive nas áreas discriminadas. tir da rede hidrográfica, principalmente dos nem interesse e condições de demarcar as produtiva, como mera reserva de valor para Os seringueiros só tiveram sua forma Rios Acre, Iaco, Purus, Envira, Tarauacá e Ju‑ propriedades que ganhavam proporções na a especulação imobiliária, e a outra parte foi diferenciada de apropriação do espaço, ruá. Nesse cenário, o Estado foi dividido em presunção “ad corpus” de aquisição. utilizada para a pecuária. É importante des‑ reconhecido na década de 80, através cinco Regionais de Desenvolvimento: Alto A necessidade de regularização legal das tacar que o processo de agregação do valor de grandes esforços, esses trabalhado‑ Acre, Baixo Acre, Purus, Tarauacá-Envira e propriedades só foi verificada quando o Go‑ da terra seguia um caminho inverso aque‑ res obtiveram apoio nacional e inter‑ Juruá (ZEE, 2000) e distribuídos os municí‑ verno Federal estimulou a reorganização do le estabelecido na formação dos seringais, nacional dos movimentos que aponta‑ pios da seguinte forma (Figura 1): espaço econômico com o propósito de “mo‑ não havia mais interesse nas seringueiras, vam à necessidade da manutenção dos aa Regional do Baixo Acre compreendendo dernizar” a efetiva “integração” da Amazônia nas castanheiras, mas sim, na “terra” para a recursos naturais. os Municípios de Acrelândia, Bujari, Ca‑ ao Território Nacional. O Governo Federal formação de pastagem e a implantação de Em 2001, foi criado o Instituto de Ter‑ pixaba, Plácido de Castro, , Rio

criou, então, mecanismo de atração de ca‑ grandes propriedades de produção pecuária ras do Acre – ITERACRE com a finalidade de Branco e ; INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS pitais do centro sul do País. Na nova situa‑ de grande porte. apoiar o Governo Federal e Estadual na cria‑ aa Regional de Desenvolvimento do Alto ção, a terra assumiu efetivamente o caráter Com o fim do aviamento, com o extrati‑ ção de novas áreas de interesse público tais Acre compreendendo os Municípios de de mercadoria. vismo em crise e sem crédito disponível, os como as Unidades de Conservação (Uso Sus‑ , Brasiléia, Epitaciolândia, Em meados da década de 70, iniciou-se seringalistas foram induzidos a vender suas tentável e Proteção Integral), Projetos de As‑ e ; efetivamente o processo de transformação terras por preços extremamente baixos. sentamentos e Terras Indígenas, bem como aa Regional de Desenvolvimento do Pu‑ na regularização, ordenação e reordenação rus compreendendo os Municípios de 1 Engenheira Agrônoma | INCRA. 2 Engenheira Agrônoma e Mestre em Planejamento e Gestão Ambiental | INCRA/ICMBio. fundiária rural e mediação de conflitos pela , e 3 Bacharelado e Licenciatura em História | INCRA. posse da terra ;

Acre

E A ECONOMIA DO ACRE. DO ECONOMIA A E 16

Estrutura Fundiária do Estado do do Estado do Fundiária Estrutura

ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA INFRAESTRUTURA VIDA, DE CONDIÇÕES AS E POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 VOLUME | TEMÁTICO LIVRO

Figura 01. Mapa Político do Estado do Acre com os novos limites Municipais e a inclusão da Nova Linha Cunha Gomes. Fonte: Base de dados geográficos do ZEE/ AC, Fase II, 2006. a a 5 Art. 27 da Resolução n0 86, de 28 de novembro de 1990 – Regimento Interno da Assembléia Legislativa doEstado Acre. 5 Art.27 da Resoluçãon086, de28novembro Internoda Assembléia Legislativa de1990–Regimento aprovado osnovos perímetros atravéssido deLeisOrdinárias. tendo plebiscitária, consulta prévia sem emancipação de meses oito decorridos alterados foram originais limites os 1991, de lândia, Porto Acre, Bujari, Santa Rosa do Purus, Jordão, , , com base na Lei Complementar nº 35 Acre- Capixaba, Epitaciolândia, de municípios dos criação da depois mesmo 1992, Em plebiscito. de processo de através população a prévia consulta sem intermunicipais limites seus em modificações várias realizou já anos, seus dos longo ao Acre, do Estado O 4 DO TERRITÓRIO ACREANO 3. ASMUDANÇAS DOSLIMITES 415 n0 Originária Civil Ação da através Federal, Tribunal Supremo pelo lavrado Acórdão do comprimento do nas constantes base coordenadas com delineada está Amazonas, do Estado o e Acre do Estado o entre visa anexado aoBrasil. foi acreano território o quando XX, século do início o desde remota que necessidade uma configuram Acre do Estado do nicipais intermu‑ e interestaduais limites dos exata fotogramétrico. Neste sentido, foi estabele‑ foi sentido, Neste fotogramétrico. geodésicos cálculos de através coordenada sua de determinação a cabendo terreno, no representação sem abstratos, são odésica tada geodésia. sub Brasil internacional limite Abunã, Rio do curso o Beni odésia Ge‑ Linha da trecho pelo definida foi dônia via), comosualinhadivisória(ACRE, 2000). Bolí‑ a com fronteira nossa de demarcação de resultante ser (por passa, onde por tados comum que consta na legislação dos três Es‑ ência dos Rios Beni e Mamoré. É o elemento conflu‑ a javari Rio do cabeceira a desde vai que extensa, reta uma como mapas nos ce apare‑ que geodésica grande uma É (1903). Petrópolis de Tratado do data origem cuja Beni de teriormente Acre, Amazonas e Rondônia denominada an‑ do Estados os separa que legal limite sica, de 1996. a a Walter Alves. eRodrigues Porto Thaumaturgo, Marechal Lima, cio Mân‑ Sul, do Cruzeiro de Municípios os Reg Feijó, JordãoeTarauacá e; cá Reg A configuração cartográfica da nova di‑ danova cartográfica configuração A fixação da decorrentes problemas Os Os pontos extremos do segmento de ge‑ de segmento do extremos pontos Os Ron‑ e Acre do Estado o entre divisa A A divisa é considerada uma Linha Geodé‑ - - bacias dos rios Ituxi e Abunã com a ci‑ a com Abunã e Ituxi rios dos bacias 2, Distrito Federal, de 04 de Dezembro de 04 de Federal, Distrito 2, - - Envira, abrangendo os Municípios de Municípios os abrangendo Envira, Bolívia, e o cruzamento do divisor das oa d Dsnovmno o Juruá, do Desenvolvimento de ional ional de Desenvolvimento do Taraua‑ - aai ete itreã com interseção a entre Javari, - aai o Javari ou Javari, 4 - Beni, os EstadosdeRondôniaeAmazonas contra 415, nº. sob autuada Federal bunal ria, de cunho demarcatório, no Supremo Tri‑ insatisfeito, ajuizou uma Ação Cível Originá‑ Acre, do Estado o 1990, em IBGE do técnico nico téc‑ serviços dos e interessados Estados dos representantes por integrada tripartite são comis‑ por realizados geodésicos e gráficos carto‑ levantamentos conforme Rondônia, e Amazonas do Estado o com Acre do tado homologaram e reconheceu Assim solução. de pendentes notadamente, na Amazônia Legal e em áreas territoriais, unidades novas a relativos jetos antepro‑ e nacional território o sobre tudos Comissão com a finalidade de apresentar es‑ Disposição uma constituiu de Transitório, Ato Constitucional um de através 1988, transportes sãomaisfavoráveis. de condições as onde municípios dis‑ ou tritos próximos, mais locais nos resolvidas e tratadas socioeconômicas relações suas como bem fixadas, são naturalidades suas verdade, Na modificações. várias sofreu já nas, tanto que esse limite, ao longo dos anos, pertenciam ao Estado do Acre ou do Amazo‑ se oficialmente sabiam não hoje até mítrofe li‑ faixa da populações as imprecisão, dessa decorrência em e, provisória, considerada nida ainda por Plácido de Castro, sempre foi defi‑ foi quando desde Gomes, Cunha Linha ordenadas dospontosextremos. co‑ de cálculos permitiram que marcos cido de Geografia e Estatística eEstatística de Geografia Tribunal Federal. Supremo pelo definidas alterações as apresentados com foram já Amazonas, e Acre do Estados os entre limites os qual, no sil, novoBra‑ o do divulgou mapa IBGE o 2006, de maio em E, 1996. de Dezembro de 4 de 415 nº Originária Civil Ação da através STF, pelo lavrado Acórdão do comprimento do constantes ordenadas co‑ nas base com delineada foi Amazonas o e Acre do Estado o entre divisa nova da ne o ã cmrmno o parecer do cumprimento não ao Ante em promulgada Federal Constituição A pela demarcado Amazonas do Estado O Desta forma, a configuração cartográfica cartográfica configuração a forma, Desta - seilzds o nttt Brasileiro Instituto do especializados - se os limites à época do Es‑ do época à limites os se - , itio Federal Distrito 2, - IBGE. 5 . - se

LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 17 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA Estrutura Fundiária do Estado do E A ECONOMIA DO ACRE. Acre Outro ponto trabalhado em relação à os 22 municípios acreanos, com base em comerciais, turísticas, educacional e o in‑ 4. A SITUAÇÃO ATUAL DAS situação fundiária do Estado foi á revisão consensos recolhidos em discussão com as tercâmbio entre os municípios facilitando TERRAS DO ACRE dos limites intermunicipais acreanos, visto autoridades municipais e representantes da dessa forma a vivencia social, econômica e que essa situação de imprecisão dos limites sociedade civil organizada de todas as regi‑ cultural das comunidades residentes, tanto O Estado do Acre, atualmente, apresenta entre as jurisdições causava transtornos, ões do Estado do Acre. aquelas que vivem em áreas centrais, como 55,65% de suas terras destinadas aos Pro‑ relevantes quanto à autonomia e/ou sobe‑ O novo desenho dos territórios munici‑ também, em área de indefinição fronteiriça. jetos de Assentamentos e as Áreas Naturais rania das administrações municipais. Desta pais teve como objetivo facilitar as inter‑ Com base neste produto houve algumas al‑ Protegidas (Unidades de Conservação e Ter‑

Estrutura Fundiária do Estado forma, a Comissão Parlamentar de Inquéri‑ -relações voltadas às atividades administra‑ terações nas superfícies e delimitações das ras Indígenas). to, revisou e definiu os novos limites para tivas, técnicas, sociais, culturais, religiosas, Regionais de Desenvolvimento e nas inser‑ As Unidades de Conservação de Proteção ções de seus municípios. Integral e de Uso Sustentável representam Tabela 01. Áreas dos Territórios Municipais, por Regional, antes e depois da inclusão do novo limite A imperfeição dos limites intermunici‑ 31,10% das terras do Estado, sendo de âm‑ da Linha Cunha Gomes, Estado do Acre, 2006 pais acreanos, juntamente com as dificulda‑ bito Federal, Estadual e Municipal, situação Diferença da % do População des de acesso fluvial e terrestre, dificultava bastante representativa para o Estado em Regional Município Área Antiga1 (ha) Área Nova2 (ha) Antiga e Nova Estado Estimada 2007 Área (ha) sobremaneira a ocupação em áreas centrais termos de conservação e preservação do dos territórios das unidades municipais mais meio ambiente. Assis Brasil 165.930,00 497.663,26 3,03 331.733,26 5.351 distantes, nos altos rios, bem como atuação As Terras Indígenas totalizam 14,55% do Brasiléia 435.640,00 391.827,62 2,39 -43.812,38 19.065 da administração municipal especialmente Estado, onde a maioria já está regularizada, Alto Acre Epitaciolândia 165.930,00 165.504,42 1,01 -425,58 13.434 nas áreas de educação e saúde. fator de grande importância no reconheci‑ Acre Xapurí 472.360,00 534.695,24 3,26 62.335,24 14.314 A Comissão Parlamentar de Inquérito mento dos seus direitos sobre as terras que para a Redefinição dos Limites Intermunici‑ tradicionalmente ocupam, em sua organiza‑ Sub-total 1.239.860,00 1.589.690,54 9,69 349.830,54 52.164 do Estado Fundiária Estrutura Acre pais, em sua conclusão sugeriu a definição ção social, costumes, línguas, crenças e tra‑ Acrelândia e regularização dos perímetros urbanos e dições, ou seja, para a preservação da raça 18 Bujari 339.790,00 303.728,82 1,85 -36.061,18 6.543 rurais das sedes municipais e dos limites in‑ indígena, sendo ainda, fator importante para 19

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 Capixaba 174.000,00 169.649,98 1,03 -4.350,01 8.446 termunicipais e, alteração dos limites inter‑ a conservação ambiental estadual. Plácido de Castro 205.560,00 194.526,28 1,18 -11.033,72 17.258 municipais aprovados, constando plantas e Os Assentamentos Rurais representam Baixo Acre Porto Acre 292.300,00 260.887,80 1,59 -31.412,20 13.716 memoriais descritivos aprovados. 10,4% das terras do Estado, destacan‑

Rio Branco 996.240,00 883.143,74 5,38 -113.096,26 290.639 Mapas e Memoriais Descritivos de cada do que, 2,95% destas constituem-se de Município foram elaborados, com base nas Projetos diferenciados, cujas atividades Senador Guio‑ mard 180.640,00 232.063,35 1,41 51.423,35 18.863 sugestões da citada Comissão Parlamentar produtivas básicas são o extrativismo, DO ACRE. E A ECONOMIA

Sub-total 2.349.500,00 2.225.377,92 13,54 -124.122,07 366.985 de Inquérito, obedecendo às devidas altera‑ sistemas agroflorestais e o manejo flores‑ 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO

Manuel Urbano 947.720,00 1.063.529,94 6,48 115.809,94 7.148 ções dos limites intermunicipais aprovados. tal, os quais, também, contribuem com a Na Tabela 1, é possível observar a divisão conservação ambiental do Estado. Esses Santa Rosa do Purus 604.970,00 614.026,44 3,74 9.056,44 3.948 Purus política atual, especificando as áreas de cada projetos são reflexos dos “empates” reali‑ Sena Madureira 2.529.670,00 2.373.174,43 14,45 -156.495,57 34.230 município, (antiga e atual), percentual da zados pelos movimentos de resistência e

Sub-total 4.082.360,00 4.050.730,81 24,67 -31.629,19 45.326 área de cada município em relação à área to‑ do tipo de desenvolvimento desejável para tal do Estado e a população estimada. Estes a região amazônica. Feijó 2.271.260,00 2.796.380,27 17,03 525.120,27 31.288 dados têm como base a nova divisão territo‑ Os Projetos de Assentamentos, em mo‑ Jordão 669.550,00 536.064,01 3,26 -133.485,99 6.059 Tarauacá- rial do Estado (Nova Linha Cunha Gomes). dalidade, cuja maioria é de Projetos de As‑ Envira Tarauacá 1.612.050,00 2.019.897,09 12,30 407.847,09 32.171 Com a inclusão de 1.228.936,0500 hectares sentamento Dirigido (PAD), criados, na sua Sub-total 4.552.860,00 5.352.341,37 32,59 799.481,37 69.518 (CPI dos Limites – ITERACRE), com a inser‑ grande maioria, entre 1977 e 1982, tem Cruzeiro do Sul 788.150,00 881.636,74 5,37 93.486,74 73.948 ção da nova Linha Cunha Gomes (aproxima‑ como atividade produtiva básica a agricul‑

Mâncio Lima 469.220,00 550.223,04 3,35 81.003,04 13.785 do Acórdão 1.204.273,00 hectares), com tura e ocupam 7,66% das terras do Estado. INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS exceção dos Municípios de Brasiléia, Epita‑ Segundo Lima (2005), as regionais de Marechal Thau‑ 770.060,00 819.027,41 4,99 48.967,41 13.061 ciolândia, Bujari, Capixaba, Plácido de Cas‑ desenvolvimento Alto Acre e Baixo Acre, Juruá maturgo tro, Porto Acre, Rio Branco, Sena Madureira, apresentam maior freqüência de Projetos Porto Walter 609.340,00 645.313,64 3,93 35.973,64 8.170 Jordão e Rodrigues Alves, os demais tiveram de Assentamento, 57% dos P.A, os maiores Rodrigues Alves 331.850,00 307.794,58 1,87 -24.055,42 12.428 acréscimo de tamanho em sua área oficial. centros urbanos e também os maiores la‑ Sub-total 2.968.620,00 3.203.995,41 19,51 235.375,41 121.392 Em relação às Regionais de Desenvolvimen‑ tifúndios sendo também servidas de estra‑ Total 15.193.200,00 16.422.136,05 100 1.228.936,06 655.385 to, apenas o Baixo Acre diminuiu o tamanho das pavimentadas, ou não, que permitem Fonte: ZEE, 2000; ITERACRE, 2006; IBGE/AC/Contagem Populacional, 2007. da área (Tabela 1). o acesso durante praticamente o ano todo. 1 Limite da Antiga Linha Cunha Gomes 2 Redefinições dos Limites Municipais com a Nova Linha Cunha Gomes

Acre

E A ECONOMIA DO ACRE. DO ECONOMIA A E 20

Estrutura Fundiária do Estado do do Estado do Fundiária Estrutura

ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA INFRAESTRUTURA VIDA, DE CONDIÇÕES AS E POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 VOLUME | TEMÁTICO LIVRO

Figura 02. Mapa Situação Fundiária do Estado do Acre, 2006. Fonte: Base de dados geográficos do ZEE/AC, Fase II, 2006. rurais sob o domínio de particulares de domínio o sob rurais imóveis Os superfície. sua de 1,27% tituem cons‑ Titular) a e titulados (Lotes minicais Fonte: Sema,IBAMA,ITERACRE, INCRA,2006 9. 8 7. 6. Tabela 02. tinadas des‑ não Públicas Terras as que, enquanto estadual, superfície da 2,50% representam as demais áreas. não se ter condições técnicas de se mensurar a área real, para efeito de calculo, os valores foram obtidos através da dedução de todas lvnaa , lbrd mp cm me‑ com mapa elaborado e, levantada é registro de cobertura sem área, cria‑ Esta do. oficialmente é projeto emite o posse, se na INCRA o quando e prossegue desapropriação A registro. de cobertura sem área identificada seja procedimento, odurante desapropriado sendo esteja que imóvel um de acontecer podendo síveis, to, aumentooudiminuiçãodasáreas. portan‑ ocorrendo, os dados reais obtidos, com coincide parcial), ou (total marcação de‑ a realizado quando criado, foi projeto o qual na base com imóvel, do matricula a área oficial do assentamento, constante na sempre Nem Assentamentos. de jetos rios quanto à dimensão das áreas dos Pro‑ e que estão localizados nosProjetosdeAssentamentos enasÁreasdeProteção UsoSustentáveis.e queestãolocalizados particulares, entre os intervalos até 50,00 ha, 50,1 a 100,00 e 15% no intervalo de 101,00 a 500,00 ha, imóveis cadastrado no SNCR área real existem sob o domínio particular, superposição portanto, de para dados, não foram existir extraídas 70% das propriedades . Algumas propriedades não particulares estão georeferênciadas, sendo assim, não se afirmarpode com absoluta certeza quanto de Terras do originadas da deslocamento nova Linha Cunha Gomes e áreas que ainda não foram discriminadas (terras devolutas). Por Judicial.Terras porseremdedifícilacesso Arrecadadas,semdestinação, Imóveis nãoreconhecidospelasComissõesEspeciaisdeDiscriminaçãodoINCRA esugeridasaação Terras DominiciasEstaduais(Lotes Tituladosea As situações são as mais variadas pos‑ variadas mais as são situações As necessá‑ são esclarecimentos Alguns Discriminação em Terras As Terras emDiscriminaçãosubjudice1 7 Unidade deConservação Integral Terras PúblicasnãoDestinadas2 representam 0,18%. As Terras Do‑ Terras As 0,18%. representam Terras aserem Discriminadas3 Áreas deDomínioParticular4 Unidade deUsosustentável Projetos deAssentamentos

Situação A Área Total doEstado Terras Indígenas Denominação Subtotal Subtotal Titular) tual dasTerras doEstadoAcre, 2006 sub judice sub 8 . com‑ Quan 6

Várias 4.086 7.544 107 156 16 30 3 5 9 - t áreas a serem discriminadas serem a áreas preendem 30,75% das terras do Estado. E as incorpora cria casos, alguns em da destinação, sua a dada é qual nome a União, em registrada seja área a que tem somente, quando, administrativa, arrecadação a da solicita‑ é seguida Em desapropriação. de processo do dissociado descritivo, morial Programa deReformaAgrária–SIPRA. Programa do Informação de Sistema no alteração à município. Após este procedimento, é feito do Imóvel de Registros de Cartório ao vel doimó‑ matrícula da ratificação de dido pe‑ o encaminha e descritivo memorial e marcação, o INCRA elabora um novo mapa de‑ a toda de conclusão a após situações, to jáexistente. a situaçãoatualdasterrasdoEstadoAcre. do Estado. terras das 44,35% somam denominações estas Juntas estadual. superfície da 9,65% idade Quando acontece qualquer uma dessas uma qualquer acontece Quando Na Figura 2 e Tabela 2, é possível visualizar - se a área, em questão, ao proje‑ ao questão, em área, a se 9.139.106,0000 1.641.158,0000 1.563.769,0000 3.544.067,0000 2.390.112,0000 16.422.136,00 7.283.030,00 1.584.157,00 5.050.388,00 410.866,00 209.270,00 28.949,00 Área (ha) - e sneç jdca para judicial sentença a se - se um novo projeto ou projeto novo um se 9 representam % doEs 100,00 55,65 44,35 21,58 14,55 30,75 9,99 9,51 9,65 0,18 2,50 1,27 t ado

LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 21 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA Estrutura Fundiária do Estado do E A ECONOMIA DO ACRE. Acre Atualmente, existem inúmeros projetos cula) informados pela Instituição. Contudo, O Ministério do Meio Ambiente – MMA tinado a agricultores familiares, com vistas que se encontram nesta situação, com suas os projetos criados a partir da Lei Federal nº e o Ministério do Desenvolvimento Agrá‑ a sua inserção no processo produtivo e sua áreas a serem ratificadas, o que tem trazi‑ 10.267, de 28 de agosto de 2001, estão sen‑ rio – MDA (Portaria Interministerial nº integração na comunidade local e regional”. do enormes transtornos, porque o órgão do demarcados dentro dos preceitos legais 088/1999), por efeito da Agenda Positiva Esta categoria é direcionada à agricultu‑ trabalha com duas variantes, a área cons‑ da Lei em vigor, ou seja, georrefenciadas de para a Amazônia Legal e, posteriormente da ra intensiva em áreas abertas, tendo como tante como a oficial e, a área real que foi acordo com o Sistema Geodésico Brasileiro. Medida Provisória nº 2.166-67/2001, que público alvo o trabalhador rural sem-terra. a demarcada. alterou o Art.37 § 6o do Código Florestal, A obtenção atual do “domínio da terra” é o

Estrutura Fundiária do Estado Além disso, ainda existem situações 4.1 Os Projetos de Assentamentos10 foi proibida a obtenção de terras e implan‑ Título Definitivo, porém no Plano Regional onde os projetos são criados com base em tação de Assentamentos Rurais em áreas de de Reforma Agrária [2004-2007] – Progra‑ uma determinada área e a demarcação das Os Assentamentos Rurais representam cobertura florestal primária, exceto nos ca‑ ma de Reforma Agrária para o Desenvolvi‑ parcelas não é realizada em sua totalida‑ 10,4% das terras do Estado do Acre, distribu‑ sos em que as terras se destinem à criação mento Sustentável do Acre existe a proposta de, ficando ainda área remanescente para ídos em Assentamentos Rurais em diferentes de Projetos de Assentamentos que não exi‑ para que nos futuros Projetos a serem ins‑ futuros fracionamentos. modalidades, distribuídos em Projetos de As‑ gissem corte raso da vegetação. talados, o “domínio de uso da terra” passe Outro problema é que muitos projetos sentamentos (PA), Projetos de Assentamento Assim, para incorporar terras ao Pro‑ a ser a “Concessão de Uso” (INCRA, 2004). que ainda não foram demarcados, foram di‑ Dirigido (PAD), Projetos de Assentamento Rá‑ grama de Reforma Agrária sem que isto se Implantada a partir de 1987, esta moda‑ gitalizados com base nos mapas fundiários pido (PAR), Projetos de Assentamento Agroex‑ traduzisse em pressão sobre a floresta, aten‑ lidade obedece às linhas de ações e diretri‑ analógicos, esta situação também tem pre‑ trativista (PAE), Projeto de Desenvolvimento dendo à demanda de terras existente na re‑ zes do I Plano Nacional de Reforma Agrária, judicado, porque não se têm as definições Sustentável (PDS), Projetos de Assentamento gião, a qual nem sempre vêm de populações voltadas para a co-participação das Institui‑ Acre exatas de suas localizações. Florestal (PAF), Projetos Estadual Pólo Agro‑ tradicionais, o INCRA, criou a modalidade ções públicas (Federal, Estadual e Munici‑ As áreas dos projetos de assentamentos florestal (PE) e Projetos Casulo (PCA). A área de Projeto de Desenvolvimento Sustentável pal), estabelecendo diretrizes e alternativas Estrutura Fundiária do Estado Fundiária Estrutura Acre demarcadas e não georrefenciadas de acor‑ total ocupada, por cada modalidade de as‑ (PDS), voltado para atender a demanda de visando à adequação do uso da terra a sua do com o Sistema Geodésico Brasileiro, não sentamento do INCRA, no Acre é descrita na terras por populações tradicionais ou não função social e econômica (ACRE, 2000). 22 coincidem com os valores oficiais (de matrí‑ Tabela 3. tradicionais, desde que estas assumissem As áreas são demarcadas em unidades 23

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 o compromisso de trabalhar a terra utili‑ produtivas (parcelamento individual), sendo Tabela 03. Área total dos Assentamentos Rurais do Acre e tamanho da área por modalidade zando técnicas ecologicamente adequadas. que o tamanho destas parcelas é planejado CATEGORIA ÁREA TOTAL Posteriormente, foi criada a modalidade em conformidade com os preceitos de ‘pro‑ PAE 294.864,5193 Projeto de Assentamento Florestal (PAF), priedade familiar’, e, com as especificações para incorporar com maior intensidade a de ‘módulo rural’, havendo ainda a preocu‑

PA 625.528,4059 concepção de uso sustentável dos recursos pação de se estabelecer parâmetros que es‑ DO ACRE. E A ECONOMIA

PDS 192.649,5825 naturais no processo de Reforma Agrária, tejam definidos para o município, como: a 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO representando a adoção do Manejo Flo‑ disponibilidade de terras, a localização e a PAF 101.353,0000 restal como atividade produtiva básica de forma de exploração e as normas ambien‑

CATEGORIA ÁREA TOTAL assentamentos rurais. tais vigentes no Estado e no Município. Os Assentamentos Rurais aqui deta‑ Foram implantados no Estado do PAD 576.583,0701 lhados destacam a definição de cada mo‑ Acre, até 2006, 71 (setenta e um) Pro‑ dalidade, quanto ao histórico, conceito jetos de Assentamento, numa área de PE 6.143,9492 e característica. (625.528,4059) hectares, com capacida‑ de para o assentamento de 12.524 famí‑ PCA 2.923,0067 4.1.1. Projeto de Assentamento - PA lias, havendo sido formalizados 11.982 PAR 48.214,0000 assentados (Tabela 4), representando um A modalidade “Projeto de Assentamento percentual de 86,67% da capacidade dos

ÁREA TOTAL 1.848.259,5337 – PA” está conceituada no Plano Regional de projetos, existindo uma disponibilidade INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS Fonte: Identificação dos Projetos de Reforma Agrária – Tipo, distância Plano de ação qualificado para Regu‑ Reforma Agrária [2004-2005]: Programa de de vagas para o assentamento de 1.575 larização Ambiental em Assentamentos de Reforma Agrária no Estado do Acre-INCRA/JUL/2010. Reforma Agrária para o Desenvolvimento novas famílias, ou seja, 13,33% da capaci‑ Sustentável do Acre, como “ação da reforma dade de assentamento dos projetos estão 10 A Instrução Normativa/INCRA nº. 15, de 30 de março de 2004, que normatiza o Processo de Implantação e agrária sob a forma de assentamento des‑ ainda disponíveis. Desenvolvimento de Projetos de Assentamentos de Reforma Agrária, em seu Artigo 3º, Item 3, conceitua Projeto de Assentamento, como um conjunto de ações, em área destinada à reforma agrária, planejada de natureza disciplinar e multisetorial integradas ao desenvolvimento territorial e regional, definidas, com base em diagnósticos precisos do público beneficiário e das áreas a serem trabalhadas, orientadas para utilização racional dos espaços físicos e dos recursos naturais existentes, objetivando a implementação dos sistemas de vivencia e produção sustentável, na pers- pectiva do cumprimento da função social da terra e da produção econômica, social e cultural do trabalhador rural e de seus familiares. Esclarece que os “beneficiários da reforma agrária” são candidatos selecionados, por critérios definidos na legislação agrária, regulamentada por normas internas do INCRA, pertencentes ou não a acampamentos rurais, havendo a necessidade de realizar seu cadastro junto ao INCRA, por iniciativa própria. Tabela 04. Projetos de Assentamentos – PA no Estado do Acre, por Município, tamanho de área, Capacidade Área do Projeto Famílias Capacidade de Assentamento e Famílias Assentadas Nº Projetos (PA) Município de familia (INCRA) Assentadas Área do Projeto Capacidade de Famílias Assentados Nº Projetos (PA) Município (INCRA) fam. Assentadas 45 Joaquim de Matos Sena Madureira 5.239,6581 166 159 01 São João do Balanceio Acrelândia 18.247,4600 244 241 46 João Batista Sena Madureira 3.158,0000 101 100 02 Stº Antonio do Peixoto Acrelândia 15.142,6371 212 206 47 Amena Feijó 1.9000,0000 19 19 03 Cumaru Acrelândia 5.970,3891 81 81 48 Envira Feijó 5.762,2931 239 219 04 Orion Acrelândia 16.899,0500 321 319 49 Berlim Recreio Feijó 24.415,1647 519 512 Estrutura Fundiária do Estado 05 Porto Luiz II Acrelândia 9.930,8800 190 143 50 Novo Destino Tarauacá 27.749,4696 360 325 06 California Acrelândia 5.825,9316 100 99 51 Tarauacá Tarauacá 13.093,2578 294 285 07 Espinhara Bujari 1.700,0000 31 29 52 Taquari Tarauacá 56.950,8525 142 135 08 Espinhara II Bujari 6.206,2600 167 166 53 Tracuá Cruzeiro do Sul 5.029,5775 100 7 09 Uirapuru Bujari 1.500,0000 43 43 54 Narciso Assunção Cruzeiro do Sul 4.306,2059 102 102 10 Luz da Vida Bujari 380,0000 23 19 55 Pedro Firmino Cruzeiro do Sul 6.405,4103 80 78 11 Bujari Bujari 2.422,8062 100 100 56 Uruburetama Cruzeiro do Sul 1.287,2591 30 20 12 Triunfo Plácido de Castro 12.349,0920 307 272 57 Miritizal Cruzeiro do Sul 5.064,2896 170 170 58 Rio Azul Mâncio Lima 2.993,0381 54 54 13 Caquetá Porto Acre 17.631,9230 611 610 59 São Domingos Mâncio Lima 1.665,6013 149 149 14 Porto Acre Porto Acre 2.093,0838 42 42

Acre 60 Amônia Mal.Thaumaturgo 26.000,0000 224 212 15 Tocantins Porto Acre 24.386,0548 489 482 61 Vitória Porto Walter 1.193,1105 31 31 16 Porto Alonso Porto Acre 9.126,4351 166 163 62 São Pedro Rodrigues Alves 25.151,2763 340 336 do Estado Fundiária Estrutura Acre 17 Bandeirante Porto Acre 3.346,0049 200 200 63 Pavão Rodrigues Alves 5.276,4316 63 63 18 Figueira Rio Branco 25.567,3805 354 353 64 Nova Cintra Rodrigues Alves 1.438,7262 59 59 24 19 Vista Alegre Rio Branco 947,1034 35 35 25

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 65 Iucatan Rodrigues Alves 873,2792 41 41 20 Carão Rio Branco 11.161,3480 270 265 66 Paraná dos Mouras Rodrigues Alves 22.500,0000 479 475 21 Benfica Rio Branco 6.827,0000 496 494 67 Treze de Maio Rodrigues Alves 3.221,0000 150 149 22 Colibri Rio Branco 1.356,0000 48 48 68 Porfírio Ponciano Rodrigues Alves 990,0000 50 50 23 Baixa Verde Rio Branco 4.807,8832 167 162 69 Arco-Iris Rodrigues Alves 1.684,0104 73 71 24 Boa Água Rio Branco 4.122,8222 151 147

70 João Ademir Rodrigues Alves 534,7985 32 32 DO ACRE. E A ECONOMIA 25 Gal. Moreno Maia Rio Branco 20.684,8374 500 487 71 Alberto Santiago Rodrigues Alves 2.160,0000 50 47

26 Itamaraty Rio Branco 8.736,1382 187 146 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO TOTAL - 625.528,4059 (12524) (11982) 27 Barro Alto Rio Branco 6.018,6895 185 169 Fonte: Identificação dos Projetos de Reforma Agrária – Tipo, distância Plano de ação qualificado para Regu‑ Senador 28 Limeira 1.783,5942 180 178 larização Ambiental em Assentamentos de Reforma Agrária no Estado do Acre-INCRA/JUL/2010 e Anuário Guiomard Acre-SEPLAN 2009. Senador 29 Petrolina 3.190,5900 85 84 Guiomard 4.1.2. Projeto de Assentamento Dirigi- dirigida para os centros urbanos, em 30 Paraguassu Assis Brasil 3.406,9520 98 98 do – PAD conseqüência da falta de oportunidade 31 Três Meninas Brasiléia 1.520,0000 61 59 de emprego no campo (INCRA, 1999). 32 Pão de Açúcar Brasiléia 6.279,4411 123 121 O Projeto de Assentamento Dirigido – Previa-se, ainda, a diversificação da pro‑ 33 Princeza Brasiléia 1.315,0000 30 21 PAD foi criado a partir da década de 70, dução regional, com conseqüente efeito 34 Fortaleza Brasiléia 1.000,0000 40 25 com o objetivo de cumprir as determina‑ multiplicador sobre a economia regional 35 São Gabriel Capixaba 10.170,2372 162 162 ções do Estatuto da Terra, quanto ao as‑ e municipal. A introdução do sistema

36 Alcobrás Capixaba 7.690,8508 443 433 sentamento de pequenos e médios agricul‑ cooperativo na produção e formação de INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS 37 Zaqueu Machado Capixaba 3.768,7337 236 235 tores, em regime de propriedade familiar. comunidade de exploração, como tam‑ 38 Tupã Xapuri 6.134,5260 146 142 Nessa proposta de modalidade de Assen‑ bém, a introdução de culturas adaptadas 39 Nazaré Manoel Urbano 8.006,7177 157 156 tamento existia a preocupação de elevar à região. 40 Liberdade Manoel Urbano 27.393,0000 505 433 o nível de vida da população beneficiada, O PAD recebia famílias de agricultores 41 Castelo Manoel Urbano 668,0889 33 32 através da organização como ‘comunidade da região e de migrantes de diversas re‑ 42 Santa Rosa Sta Rosa do Purus 37.460,0000 100 100 social economicamente ativa’, capaz de giões do País, que buscassem uma opor‑ 43 Favo de Mel Sena Madureira 9.796,3267 180 175 participar do processo produtivo, tam‑ tunidade de acesso a terra. Citamos como 44 Oriente Sena Madureira 5.650,0000 108 107 bém objetivava, reduzir a pressão social exemplo o contingente populacional de Tabela 06. Projetos de Assentamento Rápido - PAR no Estado do Acre, por Município, tamanho de imigrantes, principalmente dos Estados do seringais foram transformados em áreas área, Capacidade de Assentamento e Famílias Assentadas Paraná e Mato Grosso do Sul que na déca‑ de reforma agrária, sendo loteado em par‑ Capacidade de Famílias da de 1980, foram cadastrados e selecio‑ celas individualizadas, limitadas, em torno Nº Projetos (PAR) Município Área ZEE II (ha)* Assentamento Assentadas nados para os Projetos de Reforma Agrária de 100 hectares, valor referenciado ao 01 Aleluia Manoel Urbano 13.299,1600 274 72 no Estado do Acre. Essas famílias foram módulo fiscal.

conduzidas principalmente para os Proje‑ O Estado do Acre, até 2006, tinha 05 02 Mário Lobão Sena Madureira 58.157,6000 440 263 tos de Assentamentos Dirigidos Pedro Pei‑ (cinco) Projetos de Assentamento Dirigidos,

Estrutura Fundiária do Estado xoto, Humaitá, Quixadá e Santa Luzia. ocupando uma área de 767.029,91 hecta‑ TOTAL 71.456,7600 714 335 Os Municípios sede desses projetos res, para uma capacidade de 10.043 famílias Fonte: INCRA/SR.14/AC – 2005. *Dados de área obtida do Geoprocessamento do ZEE II ajustado pela base cartográfica oficial do Estado do sofreram intensos impactos durante o (Tabela 5). No entanto, foram formalmente Acre – 1:100.000. processo de incorporação do Estado à assentadas 7.867 famílias, representando fronteira agrícola. Neste cenário, pode‑ 78,33% da capacidade total de assentamen‑ 4.1.4. Projeto de Assentamento Agro- com potencial extrativista, ocupadas por po‑ mos destacar os Municípios de Rio Bran‑ to, havendo a disponibilidade para novas Extrativista – PAE pulações tradicionais, como seringueiros ou co, Plácido de Castro, Senador Guiomard, ocupações de 2.182 famílias, representando ribeirinhos11 . Brasiléia e Cruzeiro do Sul, onde muitos um percentual de 21,67%. A criação dos Projetos de Assentamento A obtenção do domínio da terra nesta Agroextrativista tem contribuído de forma modalidade de Assentamento dar-se-á me‑ Tabela 05. Projetos de Assentamento Dirigidos -PAD no Estado do Acre, por Município, tamanho de primorosa para uma Reforma Agrária dife‑ diante a “Concessão de Uso”, em regime, se‑ área, Capacidade de Assentamento e Famílias Assentadas renciada na Amazônia, respeitando e resga‑ gundo a forma decidida pelas comunidades

Acre Capacidade de Famílias Nº Projetos (PAD) Município Área ZEE II (ha)* tando a forma e o modelo de ocupação das concessionárias: associativistas, condomi‑ Assentamento Assentadas populações tradicionais, introduzindo siste‑ niais ou cooperativistas, sempre respeitan‑ Estrutura Fundiária do Estado Fundiária Estrutura Acre 01 Humaitá Porto Acre 62.930,2500 951 917 ma de manejos florestal e de recuperação de do as várias formas de ocupações sociais. áreas abertas (INCRA, 1996). De acordo com o trabalho publicado pela 02 Peixoto Senador Guiomard 337.358,1800 4.587 4.432 26 Esta modalidade de assentamento foi Diretoria de Assentamento, em setembro 27

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 03 Quixadá Brasiléia 50.421,7400 1.032 998 criada através da Portaria/INCRA/nº. 627 de 1996, intitulado ‘Conceito e Metodolo‑ de 30 de julho de 1987, chamado de ‘Proje‑ gia para a Implantação dos Assentamen‑ 04 Boa Esperança Sena Madureira 82.801,0200 2.756 856 to de Assentamento Extrativista’, destinado tos Agro-Extrativistas’, cada PAE necessita a populações tradicionais. Esse tipo de as‑ elaborar seu Plano de Utilização da área, 05 Santa Luzia Cruzeiro do Sul 64.733,9400 717 664 sentamento visa à exploração de áreas com com regulamento elaborado pelos morado‑

TOTAL - 598.245,1300 10.043 7.867 potencialidades predominantemente extra‑ res e aprovado pelo INCRA que lhe confere DO ACRE. E A ECONOMIA

Fonte: INCRA/SR.14/AC – 2005. tivas, através de atividades economicamente sustentabilidade jurídica. 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO *Dados de área obtida do Geoprocessamento do ZEE II ajustado pela base cartográfica oficial do Estado do viáveis, socialmente justas e ecologicamente Somente após a criação do PAE e a re‑ Acre – 1:100.000. sustentáveis, além da produção agrícola vol‑ gularização dos moradores, a comunidade tada para a subsistência da família. de forma organizada inicia então o processo 4.1.3. Projeto de Assentamento Rápido Atualmente, com a Nova Linha Cunha Por intermédio da Portaria/INCRA/nº. de elaboração do ‘Plano de Utilização’, onde – PAR Gomes, os Projetos de Assentamentos Rá‑ 268 de 23 de outubro de 1996, sua deno‑ deve conter as regras básicas do uso racio‑ pidos Antimary e Campinarana, pertencem minação foi alterada para ‘Projeto de As‑ nal e de forma sustentável da terra, direitos O Projeto de Assentamento Rápido obje‑ ao Estado do Amazonas e são gerenciados sentamento Agro-Extrativista’, como uma e deveres dos assentados. tivou dar continuidade às ações de Reforma através da Superintendência Regional do IN‑ opção natural às áreas dotadas de riquezas No Estado do Acre foram implantados, até Agrária no Estado do Acre. Em 1982 foram CRA no Amazonas. Apenas os PARs Aleluia extrativistas, com finalidade de preservar 2006, 11 (onze) Projetos de Assentamento criados 04 (quatro) Projetos de Assenta‑ e Mario Lobão pertencem à Superintendên‑ o meio ambiente, o respeito às populações Agroextrativista, abrangendo uma área de mento Rápido, PAR Antimary, Campinarana, cia Regional do INCRA no Acre - SR.14/AC, tradicionais organizadas e o interesse no 267.699,3000 hectares, com capacidade

Aleluia e Mário Lobão. Estes projetos visa‑ localizados no Município de Manoel Urba‑ desenvolvimento sustentável. Estes proje‑ para o assentamento de 1.229 famílias, tendo INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS vam à regularização e ocupação de “áreas no e Sena Madureira, respectivamente, e tos têm na exploração agroextrativista sua sido assentadas 971 famílias, representando devolutas” que foram arrecadadas na Faixa juntos, possuem uma área de 71.456,76 principal base econômica, interagindo com 79% da área total dos projetos, existindo uma de Fronteira do Estado do Acre. O reconhe‑ hectares e uma capacidade para 714 as‑ o interesse ecológico e a valorização da or‑ disponibilidade para novos assentamentos cimento do “domínio da terra” inicialmente sentados, embora sua ocupação seja ape‑ ganização social. São implantados em áreas de 258 famílias, ou seja, 21% (Tabela 7). era através de Autorização de Ocupação nas de 335 famílias, representa 46,91% da (AO) e, num processo rápido, as parcelas capacidade de assentamento dos projetos, eram “demarcadas” e de imediato recebiam podendo assentar, ainda, 379 novas famí‑ 11Plano Regional de Reforma Agrária [2004 – 2007]: Programa de Reforma Agrária para o Desenvolvi- o Título Definitivo Rural (TDR). lias (Tabela 6). mento Sustentável do Acre. Tabela 07. Projetos de Assentamento Agro-Extrativista - PAE no Estado do Acre, por Município, Tabela 08. Projetos de Desenvolvimento Sustentável - PDS no Estado do Acre, por Município, ta‑ tamanho de área, Capacidade de Assentamento e Famílias Assentadas manho de área, Capacidade de Assentamento e Famílias Assentadas Capacidade de Famílias Capacidade de Famílias Nº Projetos (PAE) Município Área ZEE II (ha)* Nº Projetos Município Área ZEE II (ha)* Assentamento Assentadas Assentamento Assentadas 01 PDS Porto Luiz I Acrelândia 9.924,9100 300 233 01 Porto Dias Acrelândia 24.300,9500 98 98 02 PDS Nova Esperança Porto Acre 3.140,0000 60 32 02 Canary Bujari 9.292,7800 27 20 03 PDS Bonal Senador Guiomard 10.443,4100 200 40 03 Limoeiro Bujari 10.158,6600 37 16 04 PDS Jamil Jereissati Cruzeiro do Sul 42.806,6000 300 282

Estrutura Fundiária do Estado 04 Barreiro Porto Acre 8.053,2600 20 - 05 Santa Quitéria Brasiléia 25.781,0500 242 221 05 Francisco Pimentel Cruzeiro do Sul 3.726,6000 250 73 06 Remanso Capixaba 43.342,6500 189 170 06 São Salvador Mâncio Lima 52.309,8700 250 158 07 Chico Mendes Epitaciolândia 23.806,2400 87 84 TOTAL - 122.341,3900 1.360 818 Fonte: INCRA/SR.14/AC – 2005. 08 Porto Rico Epitaciolândia 7.872,9700 73 68 *Dados de área obtida do Geoprocessamento do ZEE II, ajustados pela base cartográfica oficial do Estado do 09 Equador Epitaciolândia 7.854,6100 36 35 Acre – 1:100.000. 10 Riozinho Sena Madureira 29.413,7400 120 63 4.1.6. Projeto de Assentamento Agro- gral dos recursos florestais são: madeira, 11 Cruzeiro do Vale Porto Walter 77.822,3900 300 196 florestal – PAF essências medicinais, plantas ornamen‑ TOTAL - 267.699,3000 1.229 971 tais, óleos vegetais, látex, resinas, gomas, Fonte: INCRA/SR.14/AC – 2005. Modalidade de Assentamento criada taninos, frutos, sementes, corantes, mate‑

Acre *Dados de área obtida do Geoprocessamento do ZEE II ajustado pela base cartográfica oficial do Estado do Acre – 1:100.000. através da Portaria/INCRA/nº. 1.141 de 19 rial para artesanato (cipós, raízes, talas) e de dezembro de 2003, destinada às áreas fauna, além dos serviços de preservação Estrutura Fundiária do Estado Fundiária Estrutura Acre com aptidão para a produção florestal fami‑ da biodiversidade, de resgate do gás car‑ 4.1.5. Projeto de Desenvolvimento Sus- se ecológico de recomposição do potencial liar comunitária e sustentável, que visam de‑ bônico e aproveitamento de outras poten‑ 28 tentável – PDS original da área12. senvolver o manejo florestal de uso múltiplo cialidades de baixo impacto sobre o meio 29

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 A destinação da área é efetuada me‑ em base familiar. ambiente, como a exploração do ecoturis‑ Modalidade de Assentamento criado pela diante Concessão Real de Uso, em regime A portaria estabelece que a criação des‑ mo, geração de informações e suprimento Portaria/INCRA/nº. 477 de 04 de novembro comunial, segundo a forma decidida pelas ta modalidade de assentamento, somente, de materiais genéticos para o desenvolvi‑ de 1999, de interesse social e ecológico, comunidades concessionárias: associativis‑ ocorrerá em área de domínio da União, Es‑ mento da biotecnologia.14 destinada às populações que baseiam sua tas, condominiais ou cooperativistas, sob a tado ou Município, que apresente aptidão Em casos de existência de áreas signi‑

subsistência no extrativismo, na agricultu‑ responsabilidade das Organizações Rurais para manejo florestal de uso múltiplo. O ficativas já convertidas para outras ativi‑ DO ACRE. E A ECONOMIA

ra familiar e em outras atividades de baixo de Moradores – ORM’s, com anuência do público alvo são trabalhadores rurais sem‑ dades produtivas poderá haver reflores‑ 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO impacto ambiental. órgão ambiental do INCRA e dos parceiros. -terra e populações tradicionais. tamento com espécies nativas da região, A Portaria/INCRA/P/nº.1.032, de 25 de Implantado o PDS, é elaborado o PDA – O diferencial dessa modalidade está na sendo permitida a atividade agrícola e outubro de 2000, aprova a Metodologia Plano de Desenvolvimento Sustentável do viabilidade econômica com sustentabili‑ pecuária de pequeno porte em até 5% da para a Implantação de Projetos de Desen‑ Assentamento, com a participação das famí‑ dade ambiental, na produção madeireira área de cada módulo.15 volvimento Sustentável, como uma modali‑ lias assentadas, onde deverá está contido a e não-madeireira no manejo florestal de A destinação das áreas para estes pro‑ dade de Projeto de Assentamento de inte‑ elaboração de um Plano de Utilização, nos uso múltiplo e na integração dos recursos jetos ocorrerá mediante o Termo de Con‑ resse sócio-econômico ambiental, destinado moldes do aprovado para os PAEs. da floresta.13 Os Assentamentos Florestais cessão de Uso, em regime comunial, se‑ às populações que já desenvolvem ou que Foram criados 06 (seis) Projetos de De‑ baseiam-se, sobretudo, no extrativismo ma‑ gundo a forma decidida pela comunidade venham a desenvolver atividades de bai‑ senvolvimento Sustentável, ocupando uma deireiro, de óleos comestíveis e combus‑ concessionária: associativista, condomi‑ xo impacto ambiental, baseado na aptidão área de 122.341,3900 hectares, possuindo tíveis, no cultivo de polpas de frutas e de nial ou cooperativa. da área. a capacidade para o assentamento de 1.360 ervas medicinais. Existem 03 (três) Projetos de Assenta‑

Os fundamentos do PDS têm como base o famílias, havendo sido formalizados 818 Devido a seu elevado potencial para mento Florestal, numa área de 90.934,5000 INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS atendimento das especificidades regionais, assentamentos, o que representa 60,14% geração de renda, o Manejo Extensivo de hectares, com capacidade de assentamento o interesse ecológico, além do social, a va‑ da capacidade de assentamento, existindo Fauna Silvestre, deverá ser uma priorida‑ para 400 (quatrocentas) famílias, tendo sido lorização da organização social, do trabalho assim a disponibilidade para o assentamen‑ de assumida pelas instituições envolvidas assentadas 258 famílias (Tabela 9), o que e gestão comunitária, a concessão de uso da to de 542 novas famílias, o que representa com a criação dos PAFs. representa 64,54% da capacidade de ocupa‑ terra por período determinado, para explo‑ 39,86% da capacidade de ocupação dos pro‑ Os produtos passíveis de obtenção com ção, havendo assim, disponibilidade para o ração individual ou condominial e o interes‑ jetos (Tabela 8). o manejo florestal de uso múltiplo e inte‑ assentamento de 112 novas famílias.

12 Metodologia para Implantação dos Projetos de Desenvolvimento Sustentável - PDS. 13 Programa Regional de Reforma Agrária [2004 – 2007] Programa de Reforma Agrária Para o Desen- volvimento Sustentável do Acre. 14 Procedimento Metodológico para a Criação de Projetos de Assentamento Florestal no Âmbito do PNRA. 15 Idem. Tabela 09. Projetos de Assentamento Florestal - PAF no Estado do Acre, por Município, tamanho de planejamento físico da área, havendo sem‑ dos Créditos de Instalações, destinados aos área, Capacidade de Assentamento e Famílias Assentadas. pre a necessidade de observar a hidrogra‑ assentamentos criados pelo INCRA e aque‑ Capacidade de Famílias Nº Projetos (PAF) Município Área ZEE II (ha)* fia, o relevo e a capacidade de uso da terra, les administrados por outras Instituições Assentamento Assentadas fatores importantes para garantir a aptidão Governamentais, reconhecidos pelo INCRA, 01 Providencia Capital Sena Madureira 32.753,9900 150 131 agroflorestal das terras, assim como as va‑ como também, o direito de participar do 02 Valencia Sena Madureira 20.637,9700 100 47 riações de forma e tamanho das parcelas. Programa de Fortalecimento da Agricultura 03 Havaí Rodrigues Alves 37.542,5400 150 80 Com base na Instrução Normativa nº. 2, Familiar - PRONAF. TOTAL - 90.934,5000 400 258 Estrutura Fundiária do Estado de 20 de março de 2001, Art. 6º, Parágrafo Foram implantados 12 (doze) Projetos Fonte: INCRA/SR.14/AC – 2005. *Dados de área obtida do Geoprocessamento do ZEE II ajustado pela base cartográfica oficial do Estado do Único, que delega competência aos Supe‑ Estaduais Pólos Agroflorestais, até 2006, Acre – 1:100.000. rintendentes Regionais do INCRA para re‑ nos Municípios de Brasiléia, Bujari, Cruzeiro conhecer como projeto de reforma agrária, do Sul, Epitaciolândia, Feijó, Mâncio Lima, 4.1.7. Projeto Casulo – PCA 11 novas famílias. Ou seja, 7,43% da capaci‑ os projetos de assentamentos criados no Porto Acre, Rio Branco, Rodrigues Alves e dade esta disponível. Posteriormente, foram âmbito das administrações públicas estadu‑ Xapuri. Para a implantação destes Projetos Criado em 1997, é uma modalidade des‑ criados mais 02(dois) Projetos Casulos no ais e municipais, o Superintendente Regio‑ foram destinados 3.608,3800 hectares, para centralizada de Assentamento criado por Município de Rio Branco, O PCA Benfica e nal do INCRA do Acre, através de Portarias uma capacidade de assentamento de 464 fa‑ meio de convênio do INCRA com as Prefei‑ o PCA Custódio Freire, acrescentando uma individualizadas, reconheceu a modalidade mílias (Tabela 11). Neste cenário foram as‑ turas Municipais. Destina-se à exploração área de 205,75 hectares à agricultura fami‑ Projeto Estadual Pólo Agroflorestal, como sentadas 417 famílias, ou seja, 89,87% da agropecuária. É instalado em áreas de tran‑ liar, no entorno da cidade e aumentando a integrantes do Programa de Reforma Agrá‑ capacidade de ocupação dos projetos, exis‑ Acre sição, no entorno de núcleos urbanos.16 capacidade de assentamento em 67 famílias. ria, entretanto, a esfera de responsabilidade tindo ainda a disponibilidade para 47 novas Objetiva a geração de emprego e ren‑ continua sendo do Governo do Estado. famílias, o que significa que 10,13% da ca‑ Estrutura Fundiária do Estado Fundiária Estrutura Acre da. O aproveitamento da mão-de-obra não‑ 4.1.8. Projeto Estadual Pólo Agroflo- A partir deste reconhecimento, os assen‑ pacidade de assentamento disponível. -qualificada para o mercado de trabalho, restal – PE tados foram homologados pelo Sistema de Em 2010, de acordo com o INCRA, exis‑ 30 a integração competitiva da agricultura Informação do Programa de Reforma Agrá‑ tiam no Acre 135 Assentamentos implanta‑ 31

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 familiar no mercado consumidor e a des‑ Modalidade de Assentamento alternati‑ ria – SIPRA e declarados como beneficiários dos, conforme a tabela 12. centralização das ações do poder públi‑ vo, localizado em áreas para-rurais também Tabela 11. Projetos Estaduais Pólo Agroflorestal -PE do Estado do Acre, por Município, tamanho de co, através de parcerias entre Prefeituras conhecidas como áreas de cinturões verdes, área, Capacidade de Assentamento e Famílias Assentadas, até 2006 Tabela 10. Projeto Casulo - PCA do Estado do Acre, por Município, tamanho de área, Capacidade Área ZEE II Capacidade de Famílias Nº Projetos (PE) Município (ha)* Assentamento Assentadas

de Assentamento e Famílias Assentadas, em 2006 DO ACRE. E A ECONOMIA Capacidade de Famílias 01 Polo Agroflorestal Brasiléia Brasiléia 539,0400 75 66

Nº Projetos (PCA) Município Área ZEE II (ha)* 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO Assentamento Assentadas 02 Polo Agroflorestal Dom Moacir Bujari 320,4900 53 52 01 Hélio Pimenta Rio Branco 138,88 34 33 03 Polo Agroflorestal Cruzeiro do Cruzeiro do Sul 319,9300 41 35 02 Geraldo Mesquita Rio Branco 222,98 54 48 Sul 03 Geraldo Fleming Rio Branco 323,30 60 56 04 Polo Agroflorestal Epitaciolândia Epitaciolândia 130,0200 16 09 TOTAL - 685,16 148 137 Fonte: INCRA/SR.14/AC – 2005. 05 Polo Agroflorestal Feijó Feijó 234,1300 19 18 *Dados de área obtida do Geoprocessamento do ZEE II ajustado pela base cartográfica oficial do Estado do 06 Polo Agroflorestal Mancio Lima Mâncio Lima 375,29 35 30 Acre – 1:100.000. 07 Polo Agroflorestal Leiteiro de Porto Acre 205,3700 19 19 Municipais, Instituições Governamentais e objetivando o estabelecimento de famílias Porto Acre Não Governamentais. de origem rural, ex-seringueiros e ex-agri‑ 08 Polo Agroflorestal Wilson Rio Branco 300,5800 58 58 Foram criados, até 2006, 03 (três) Proje‑ cultores, que se encontram na periferia das Pinheiro

17 INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS tos Casulo: Geraldo Mesquita (1993), Hélio cidades, fora do mercado de trabalho. Es‑ 09 Polo Agroflorestal Rodrigues Rodrigues Alves 255,83 40 24 Pimenta (1995) e Geraldo Fleming (2000), tes projetos são implantados em áreas com Alves todos no Município de Rio Branco, ocupando coberturas vegetais alteradas, fracionadas 10 Polo Agroflorestal Eliais Moreira Sena Madureira 338,20 45 44 uma área de 685,1600 hectares (Tabela 10). em pequenas unidades produtivas, cujos di‑ 11 Polo Agroflorestal Xapuri I Xapuri 358,0700 28 27 Os PCAs possuem capacidades de assen‑ mensionamentos das parcelas não poderão tamentos de 148 famílias, porém, foram ser inferiores às frações mínimas de parce‑ 12 Polo Agroflorestal Xapuri II Xapuri 231,4300 35 35 assentadas 137 famílias, correspondendo a lamentos dos municípios. TOTAL GERAL - 3.608,38 464 417 92,57% da capacidade de ocupação, haven‑ Por se tratar de assentamento em peque‑ Fonte: INCRA/ 2005. do disponibilidade ainda para assentar mais nas unidades familiares, é fundamental o *Dados de área obtida do Geoprocessamento do ZEE II ajustado pela base cartográfica oficial do Estado do Acre – 1:100.000. 16 INCRA. Projeto Casulo – Geração de Emprego e Renda na Periferia dos Núcleos Urbanos. 17 Zoneamento Ecológico-Economico - I Fase: Estrutura Fundiária do Estado do Acre. Tabela 12. Assentamentos Rurais no Estado do Acre, por Município, tamanho de área e capacidade Nº Cruzeiro do Sul - Projetos Área ZEE (ha)* Capacidade de Fam. Assentadas de famílias assentadas, no período de 2010 37 PDS Jamil Jereissati 42.656,5657 520 Capacidade de Familia Nº Municípios Área ZEE (ha)* Assentadas 38 PDS Francisco Pimentel 55.150,0000 171 Acrelândia ( 9 Projetos ) 393.200,5910 6.373 39 PAF Recanto 15.170,0000 70 1 PAD Padre Peixoto 296.243,8722 4.727 40 PA Urubumetama 1.287,2600 30 2 PAE Porto Dias 24.348,9300 98 41 PA Miritizal 5.064,2896 170 3 PA São João do Balanceio 17.797,4041 244 Epitaciolândia ( 4 Projetos ) 39.844,7024 205 Estrutura Fundiária do Estado 4 PA Stº Antº do Peixoto 15.142,6371 212 42 PAE Chico Mendes 24.098,6100 87 5 PA Cumaru 5.970,3991 81 43 PAE Porto Rico 7.858,4200 73 6 PA Orion 16.329,0378 321 44 PAE Equador 7.757,7200 36 7 PA Porto Luiz II 2.036,0000 190 45 PE Polo Agroflorestal Epitaciolândia 129,9535 9 8 PDS Porto Luiz I 9.506,3875 400 Feijó ( 4 Projetos ) 32.177,3232 801

9 PA Califórnia 5.825,9316 100 46 PA Amena 1.849,9200 19 Assis Brasil ( 1 Projeto ) 3.406,9520 98 47 PA Envira 5.659,0000 239 48 PE Polo Agroflorestal Feijó 99,8654 24 10 PA Paraguassu 3.406,9520 98 49 PA Berlim Recreio 24.415,1647 519 Brasiléia ( 8 Projetos ) 134.547,5888 1.734

Acre Jordão ( 1 Projeto ) 2.107,9000 120 11 PAD Quixadá 76.741,3720 1.032 50 PCA Casulo Jordão 2.107,9000 120 12 PAE Santa Quitéria 43.858,9100 300 Estrutura Fundiária do Estado Fundiária Estrutura Acre Mâncio Lima ( 4 Projetos ) 32.820,0411 488 13 PA Três Meninas 1.520,0000 61 51 PA Rio Azul 2.993,0381 54 14 PA Pão de Açúcar 6.279,4411 123 32 52 PA São Domingos 1.665,6013 149 33 15 PA Princesa 1.315,0000 30 E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 53 PDS São Salvador 27.830,0000 250 16 PE Polo Agroflorestal Brasileia 520,6115 74 54 PE Polo Agroflorestal Mâncio Lima 331,4017 35 17 PA Fortaleza 1.000,0000 40 Manoel Urbano ( 4 Projetos ) 54.367,8066 969 18 PDS Porto Carlos 3.312,2521 74 55 PAR Aleluia 18.300,0000 274 Bujari ( 8 Projetos ) 31.521,1787 481 56 PA Nazaré 8.006,7177 157 19 PA Espinhara 1.700,0000 31 DO ACRE. E A ECONOMIA 57 PA Liberdade 27.393,0000 505 20 PAE Canary 8.053,0000 27 LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO 58 PA Castelo 668,0889 33 21 PAE Limoeiro 11.150,0000 37 Mal.Thaumaturgo ( 1 Projeto) 26.000,0000 224 22 PA Espinhara II 5.985,6400 167 59 PA Amônia 26.000,0000 224 23 PE Polo Agroflorestal Dom Moacir 329,7371 53 Plácido de Castro ( 2 Projetos ) 12.505,8165 346 24 PA Uirapuru 1.500,0000 43 60 PA Triunfo 12.349,0920 307 25 PAE Luz da Vida 380,0000 23 61 PE Polo Agroflorestal Plácido de Castro 156,7245 39 26 PA Bujari 2.422,8062 100 Porto Acre ( 9 Projetos ) 130.870,5024 2.559 Capixaba ( 5 Projetos ) 65.112,5996 1.060 62 PAD Humaitá 61.179,0000 951 27 PAE Remanso 43.228,1758 189 63 PA Caquetá 17.631,9230 611 28 PA São Gabriel 10.170,2372 162 64 PA Porto Acre 2.093,0838 42 29 PA Alcobrás 7.690,8508 443

65 PA Tocantins 24.386,0548 489 INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS 30 PA Zaqueu Machado 3.768,7337 236 66 PA Porto Alonso 9.126,4351 166 31 PE Polo Agroflorestal de Capixaba 254,6021 30 67 PE Polo Leiteiro de Porto Acre 207,5421 20 Cruzeiro do Sul ( 10 Projetos ) 197.598,6060 2.532 68 PDS Nova Esperança 3.140,0000 60 32 PAD Santa Luzia 62.267,9094 898 69 PA Bandeirante 3.346,0049 200 33 PA Tracuá 5.029,5775 100 70 PAE Barreiros 9.760,4587 20 34 PA Narciso Assunção 4.306,2059 102 Porto Walter ( 4 Projetos ) 88.461,7859 486 35 PA Pedro Firmino 6.405,4103 80 71 PA Vitória 497,0000 31 36 PE Polo Agroflorestal Cruzeiro do Sul 261,4185 41 Por to Walter ( 4 Projetos ) 88.461,7859 486 Nº Sena Madureira - Projetos Área ZEE (ha)* Capacidade de Fam. Assentadas 72 PAE Cruzeiro do Vale 76.900,0000 220 113 PA João Batista 3.158,0000 101 73 PDS Minas 2.900,0000 85 114 PDS Ivo Neves 3.352,0000 105 74 PAE Triunfo/Porongaba 7.468,6754 150 115 PDS Wilson Lopes 15.826,0000 315 Rio Branco ( 15 Projetos ) 96.271,0531 2.810 116 PDS Geraldo Fernandes 1.929,00000 63 75 PA Figueira 25.567,3805 354 117 PDS Lídia Craveiro 804,0000 26 76 PA Vista Alegre 947,1034 35 118 PE Polo Agroflorestal Elias Moreira 200,2396 17 Estrutura Fundiária do Estado 77 PA Carão 11.161,3480 263 119 PE Polo Agroflorestal Boa Vista 1.977,0145 15 78 PA Benfica 6.827,0000 496 Senador Guiomard ( 4 Projetos ) 16.551,2842 618 79 PA Colibri 1.356,0000 48 120 PA Limeira 1.783,5942 180 80 PA Baixa Verde 4.807,8832 167 121 PA Petrolina 3.190,5900 85 81 PA Boa Água 4.122,8222 151 122 PDS Bonal 10.447,8000 203 82 PA Gal. Moreno Maia 20.684,8374 500 123 PDS Polo Pirã-de-Rã 1.129,3000 150 83 PCA Casulo Hélio Pimenta 138,4742 34 Tarauacá ( 5 Projetos ) 9.868,7065 866 84 PCA Casulo Geraldo Fleming 299,9500 60 124 PA Novo Destino 27.749,4696 360 85 PE Polo Agroflorestal Wilson Pinheiro 382,9093 58 125 PA Tarauacá 13.093,2578 294

Acre 86 PCA Casulo Geraldo Mesquita 213,2400 54 126 PA Taquari 56.950,8525 565 87 PA Itamaraty 8.736,1382 187 127 PE Polo Agroflorestal Tarauacá 143,1266 30 Estrutura Fundiária do Estado Fundiária Estrutura Acre 88 PDS Nova Baixa Verde 5.007,2772 211 128 PDS Sete Lagoas 750,0000 40 89 PA Barro Alto 6.018,6895 185 Xapuri ( 7 Projetos ) 15.776,1196 455 34 Rodrigues Alves ( 12 Projetos ) 98.076,9596 1.527 129 PA Tupã 6.134,5260 146 35

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 90 PA São Pedro 25.151,2763 340 130 PE Polo Agroflorestal Xapuri I 342,4940 31 91 PA Pavão 5.276,4316 63 131 PE Polo Agroflorestal Xapuri II 226,6571 35 92 PA Nova Cintra 1.438,7262 59 132 PDS Polo Recanto do Equador 2.000,0000 67 93 PA Iucatan 873,2792 41 133 PDS Floresta 6.909,0000 125 94 PA Paraná dos Mouras 22.500,0000 479 134 PCA Polo Hortifrutigranjeiro União 63,4425 26 E A ECONOMIA DO ACRE. E A ECONOMIA 95 PA Treze de Maio 3.221,0000 150 135 PCA Polo Hortifrutigranjeiro Sibéria 100,0000 25 LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO 96 PA Porfírio Ponciano 990,0000 50 Fonte: Sistema de Implantação de Projetos de Assentamentos (SIPRA, 2010). 97 PE Polo Agroflorestal Rodrigues Alves 247,4374 40 98 PA Arco-Iris 1.684,0104 73 4.2. As Áreas Naturais Protegidas Sistema Estadual de Áreas Naturais Pro‑ 99 PA Havai 34.000,0000 150 tegidas do Estado do Acre – SEANP/AC, 100 PA João Ademir 534,7985 32 Para a eficiência de um Sistema de Áre‑ composto pelo conjunto de UC Estadual e 101 PA Alberto Santiago 2.160,0000 50 as Protegidas, é necessário haver, como Municipal. As UCs Federais e as Terras In‑ parte integrante deste, além das Unidades dígenas (T.I) são reconhecidas pelo SEANP Sta Rosa do Purus ( 1 Projeto ) 37.460,0000 100 de Conservação - UCs stricto sensu (SNUC, (Figura 3). 102 PA Santa Rosa 37.460,0000 100 2000), outros espaços especialmente pro‑ As Áreas Naturais Protegidas do Acre Sena Madureira ( 16 Projetos ) 240.894,0165 2.984 tegidos, como: Terra Indígens, Áreas de são constituídas por Unidades de Conser‑ 103 PAR Mário Lobão 29.914,0000 440 Preservação Permanente (APP), Reserva vação e Terras Indígenas, representando

104 PAD Boa Esperança 80.150,9465 1.076 Legal (RL), Terra de Quilombola, Zona 45,66% das terras do Estado, sendo 31,10% INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS 105 PAE Riozinho 30.381,6168 77 Costeira e Marinha que funcionem como de Unidades de Conservação (9,52% de Uni‑ 106 PA Favo de Mel 9.796,3267 180 elementos de conectividade entre as áreas dades de Conservação de Proteção Integral 107 PA Oriente 5.650,0000 108 de entorno das UCs (PNAP/MMA, 2006). e 21,58% de Uso Sustentável) e 14,55% de 108 PE Polo Agroflorestal Sena Madureira 332,2143 45 A Lei Estadual nº 1.426, de 27 de de‑ Terras Indígenas (Tabela 13) (LACERDA et zembro de 2001, Seção II, Art. 14 criou o al., 2006). 109 PA Joaquim de Matos 5.239,6581 166 110 PAF Providência/Capital 32.000,0000 150 112 PAF Valência 20.183,0000 100

Acre

E A ECONOMIA DO ACRE. DO ECONOMIA A E 36

Estrutura Fundiária do Estado do do Estado do Fundiária Estrutura

ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA INFRAESTRUTURA VIDA, DE CONDIÇÕES AS E POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 VOLUME | TEMÁTICO LIVRO

Figura 03. Mapa do Sistema Estadual de Áreas Naturais Protegidas, Estado do Acre, 2006. Fonte: Base de dados geográficos do ZEE/AC, Fase II, 2006. Tabela 13. cesso deretificação doDecreto deCriação. * Algumasáreas daUCsforam demarcadaseapresentaram alterações nosperímetros eáreas eestãoempro‑ 4.2.1. AsUnidadesdeConservação e Pbio cm beio d conservação de objetivos com Público, der Po‑ pelo instituídas legalmente naturais relevantes, características com risdicionais, ju‑ águas as incluindo ambientais, recursos seus e territorial espaço como conceituadas Fonte: Sema/AC, IBAMA,ITERACRE (2006) As Unidades de Conservações – UCs estão Área deRelevante Interesse Ecológico SeringalNova Esperança

Ár Área deProteção AmbientalRaimundoIrineuSerra Ár eas Naturais Protegidas doEstadoAcre, 2006 I II - ea deProteção AmbientalIgarapé SãoFrancisco - UnidadesdeConservação dePro Área deProteção AmbientalLagodoAmapá UnidadesdeConservação deUsoSus Reserva Extrativista RiozinhodaLiberdade Reserva Extrativista Cazumbá Floresta NacionalSantaRosa doPurus T T Reserva Extrativista Alto Tarauacá Reserva Extrativista ChicoMendes P o o Floresta NacionalSãoFrancisco Floresta EstadualRioLiberdade Reserva Extrativista Alto Juruá arque NacionalSerra doDivisor Floresta EstadualRioGregório Floresta EstadualdoAntimary t t al deÁreas Na al deUnidadesConservação Estação Ecológica RioAcre Parque EstadualChandless Floresta NacionalMacauã Floresta EstadualMogno Ár III ea -

T T err Ca Sub Sub o t t as Indígenas al doEs egoria -T -T t o o urais Pro t t al al t ado t - t egidas Iracema eção In t en t t egr ável ção egestãodasUnidades deConservação. implanta‑ criação, a para normas e critérios estabelece e SNUC, – Natureza da servação titui o Sistema Nacional de Unidades de Con‑ 9.985, de 18 de Julho de 2000). Esta Lei ins‑ no Federal (Lei proteção de adequadas tias garan‑ aplicam se qual ao administração, de especial regime sob definidos, limites e al 16.422.136 Ár 1.563.769 .9.1 14,55 31,10 2.390.112 5.107.836 .9.4 45,66 7.497.948 .4.6 21,58 3.544.067 784.079 151.199 930.203 538.492 695.303 320.118 733.680 152.575 177.047 143.897 216.062 84.387 30.004 19.139 45.639 77.303 a(a*%doEs ea (ha)* 2.576 5.224 909

4,77 0,92 5,66 0,01 9,52 3,28 0,02 0,51 4,23 1,95 4,47 0,03 0,18 0,12 0,93 1,08 0,28 0,47 0,88 1,32

t ado

LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 37 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA Estrutura Fundiária do Estado do E A ECONOMIA DO ACRE. Acre De acordo com as definições do SNUC, as ruparí (Feijó), RESEX Rio Crôa (Cruzeiro do trativista corresponder à linha divisória da de sobreposição com a T.I Jaminawa do Unidades de Conservações se dividem em Sul), Expansão do Parque Nacional da Serra Gleba Chandlless, que deu origem ao Par‑ Envira; h) FLONA São Francisco - redução dois grupos, com características específicas: do Divisor (Mâncio Lima), REBIO Campina‑ que Estadual; e) RESEX Riozinho da Liber‑ apresentada deu-se em função de erro na Unidades de Proteções Integrais e Unidades ranas do Guajará (AC/AM - Cruzeiro do Sul, dade – redução da área devido a ajustes plotagem do memorial descritivo no ZEE/ de Usos Sustentáveis. Mâncio Lima e Guajará), REBIO Tabocal do no georeferenciamento; f) FLONA Macauã AC; i) F.E. Rio Liberdade - redução da área As Unidades de Proteções Integrais abri‑ Pouini (AC/AM - Manuel Urbano e Pauini), - aumento de área devido a ajustes no ge‑ para maior detalhamento dos rios; j) F.E gam as categorias: Estação Ecológica, Reser‑ UC Riozinho do Rôla (Rio Branco), UC Japiim oreferenciamento; g) FLONA Santa Rosa Antimary – valor real após demarcação

Estrutura Fundiária do Estado va Biológica, Parque Nacional, Monumento (Mâncio Lima), 3 Parques no Vale do Rio do Purus – redução da área, em função oficial (LACERDA et al., 2006). Natural e Refúgio da Vida Silvestre. As Uni‑ Acre (Municípios de Porto Acre, Epitaciolân‑ Tabela 14. Comparação dos dados das áreas Oficiais, Reais e do Geoprocessamento do ZEE II em dades de Usos Sustentáveis objetivam com‑ dia e Rio Branco). Os processos de criação relação às UC’s do Estado do Acre, 2010 patibilizar a conservação da natureza com o das RESEXs, REBIOs e Expansão da Serra do Unidades de Conservação de Proteção Área Oficial Área Real uso sustentável de parcela dos seus recursos Divisor tramitam no IBAMA; as UCs do Riozi‑ Diferença (ha) % Geo ZEE II18 Integral (ha) (ha) naturais, agrupando as Áreas de Proteções nho do Rôla no Zoneamento Econômico Am‑ PARNA Serra do Divisor 843.012 784.079 -58.933 -7,52 782.942 Ambientais, Áreas de Relevantes Interes‑ biental e Social de Rio Branco - ZEAS; as UCs ESEC Rio Acre 77.500 84.387 6.887 8,16 84.387 ses Ecológicos, Floresta Nacional, Reserva Japiim e das Regionais do Alto e Baixo Acre P.E. Chandless 695.303 695.303 0 0,00 693.093 Extrativista, Reserva de Fauna, Reserva de na SEMA (LACERDA et al., 2006). Sub-Total 1.615.815 1.563.769 -52.046 0,65 1.560.422 Desenvolvimento Sustentável e Reserva Par‑ Assim, de acordo com as diretrizes do Unidades de Conservação de Uso ticular do Patrimônio Natural. As Unidades ZEE Fase I, essas regiões estão sendo consi‑

Acre Sustentável desses dois grupos quando criadas pelo Es‑ deradas como prioritárias para detalhamen‑ APA Igarapé São Francisco 30.004 30.004 0 0,00 28.841 tado ou Município são denominadas Estadu‑ to dos estudos sócio-ambientais com vistos APA Lago do Amapá 5.224 5.224 0 0,00 5.211 do Estado Fundiária Estrutura Acre al e Municipais, respectivamente. à preservação, tanto pelo seu valor biológi‑ APA Raimundo Irineu Serra 909 909 0 0,00 843 De acordo com os indicativos do ZEE co, como pelo grau de desmatamento e de ARIE Seringal Nova Esperança 2.576 2.576 0 0,00 2.529 38 (2000), algumas áreas apresentaram carac‑ ameaças (proximidade dos eixos de desen‑ 39 ARIE Japiim-Pentecoste 25.750 25.750 0 0,00 25.750 E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 terísticas que as habilitaram como prioritá‑ volvimento) e pelas demandas das popula‑ RESEX Alto Juruá 506.186 538.492 32.306 6,00 529.449 rias para a criação de Unidades de Conser‑ ções tradicionais a que estão susceptíveis. vação (UCs) no Estado do Acre. No período Os números apresentados na Tabela 14 RESEX Chico Mendes 970.570 930.203 -40.367 -4,34 930.985 de 2000 a 2006 foi criado o Parque Estadu‑ relativos às Áreas Naturais Protegidas fo‑ RESEX Alto Tarauacá 151.199 151.199 0 0,00 151.846 al Chandless, as Florestas Estaduais - Mog‑ ram atualizados de acordo com a situação RESEX Cazumbá-Iracema 750.795 733.680 -17.187 -2,34 732.406

no, Rio Liberdade e Rio Gregório, as Áreas real, baseada nos estudos de demarcação RESEX Riozinho da Liberdade 325.602 320.118 -5.484 -1,71 320.893 DO ACRE. E A ECONOMIA FLONA Macauã 173.475 177.047 3.572 2,02 176.956

de Proteções Ambientais - Lago do Amapá, realizados ou das diferenças detectadas en‑ 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO São Francisco e Raimundo Irineu Serra, as tre o número oficial do Decreto de Criação e FLONA Santa Rosa do Purus 230.257 152.575 -77.682 -50,91 152.575 Florestas Nacionais - Santa Rosa do Purus aqueles obtidos a partir do georreferencia‑ FLONA São Francisco 21.600 19.139 -2.461 -12,86 19.129 e São Francisco, as Reservas Extrativistas - mento dos polígonos na base cartográfica F.E do Antimary 47.064 45.638,57 -1.425 -3,12 46.911 Alto Tarauacá, Cazumbá-Iracema e Riozinho do geoprocessamento do ZEE/AC II, na esca‑ F.E Mogno 143.897 143.897 0 0,00 141.022 da Liberdade. Com a criação destas áreas, la de 1:100.000. A seguir apresentam-se os F.E Rio Liberdade 126.360 77.303,10 -49.057 -63,46 122.530 houve um aumento de 2.545.413 hectares motivos destas alterações: a) PARNA Serra F.E Rio Gregório 216.062 216.062 0 0,00 213.533 de Unidades de Conservações, representan‑ do Divisor - a redução da área foi objeto de Sub-Total 3.727.530 3.569.817 -157.785 -130,73 3.601.409 do um incremento de 105,84% (Lacerda et decisão judicial em reconhecimento da Ter‑ Total 5.343.345 5.133.514 -209.831 -130 5.161.831 al., 2006). ra Indígena Nawa, faltando demarcar a Ter‑ Fonte: Acre, 2006 Outras áreas vêm sendo pretendidas ra para alterar o Decreto do Parque; b) ESEC para criação de UCs, seguindo as diretrizes Rio Acre – ajuste no georreferenciamento Na comparação entre os dados consi‑ especificadas a seguir são aquelas que

do Seminário de Macapá (1999), Workshop em função dos limites com a Terra Indíge‑ derados reais e utilizados neste trabalho, se enquadram dentro deste critério: APA INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS da Biodiversidade (2000), ZEE/AC (2000) na Mamoadate, resultando em aumento de com os do geoprocessamento do ZEE/AC, Igarapé São Francisco (3.88%), APA Rai‑ e demandas da Sociedade. Algumas destas área; c) RESEX Alto Juruá, Chico Mendes e Fase II, observa-se que a diferença pode mundo Irineu Serra (7,26%), ARIE Seringal áreas já se encontram em processo inicial Alto Tarauacá - concluíram sua demarcação esta relacionada a erro na composição Nova Esperança (1,82%), RESEX Alto Juruá de criação, com a realização dos estudos de e atualmente preparam os processos para do memorial descritivo da área ou algu‑ (1,68%), F.E Mogno (2%), F.E Rio Liberdade identificação, seguindo as orientações do retificação do Decreto de Criação; d) RESEX ma sobreposição com outra categoria de (3,03%) e F.E Rio Gregório (1,17%). Esses SNUC (2000): RESEX Mari-Floresta (Municí‑ Cazumbá-Iracema - redução de área no ge‑ UCs. Neste sentido consideramos aquelas dados deverão se adequar à base cartográ‑ pio de Porto Acre), RESEX Yaco (Sena Madu‑ oreferenciamento dos polígonos, devido à diferenças acima de 1%, para efeito de fica oficial do Estado (1:100.000) (LACER‑ reira), RESEX Curralinho (Feijó), RESEX Ju‑ linha que faz o limite oeste da Reserva Ex‑ registro e posterior verificação. As áreas DA et al., 2006).

18 Dados do Geoprocessamento do ZEE II ajustado pela base cartográfica oficial do Estado do Acre. Tabela 15. Dados sobre a Esfera Administrativa, Município Sede, Decreto de Criação e População Como diretriz, recomenda-se aos Órgãos ção, por compor o corredor ecológico de áreas das UCs de Proteção Integral. Acre, 2006 Gestores das Unidades de Conservação que naturais, protegidas, do Estado, e por apresen‑ ESFERA DECRETO DE Nº FAMÍLIA apresentaram diferença de áreas, em relação tar alta biodiversidade. A gestão desta Unida‑ No UC MUNICIPIO SEDE ADMINISTRATIVA CRIAÇÃO RESIDENTE* aos seus Decretos de Criação, a realização da de deve respeitar a integração dos ecossiste‑ demarcação destas áreas e início do processo mas naturais da região, criado com o objetivo Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, 97.839 de retificação dos respectivos Decretos (LA‑ de promover a conservação da Floresta Ama‑ 1 PARNA Serra do Divisor Federal 570 Porto Walter e Marechal (16.06.1989) CERDA et al., 2006). zônica, através da participação comunitária e Thaumaturgo

Estrutura Fundiária do Estado da cooperação entre as diferentes Instituições Santa Rosa do Purus, 10.670 Unidades de Proteção Integral Governamentais e Não Governamentais pre‑ 2 P.E. Chandless Estadual Manoel Urbano e Sena 14 (02.09.2004) vistos em Plano de Manejo. O órgão gestor Madureira 86.061 Os “Parques Nacionais” pertencem ao gru‑ é a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e 3 ESEC Rio Acre Federal Assis Brasil 0 (02.06.1981) po de Unidades de Conservação – UCs de Pro‑ Recursos Naturais – SEMA/AC pertencente à Fonte: INCRA/SR.14/AC -2005;SEMA/AC, IBAMA/MMA, ITERACRE (2006). teção Integral, cujo objetivo é a preservação esfera Estadual. Com uma área de 695.303,00 * Estimativa de ecossistema natural de grande relevância hectares o Parque possui uma população resi‑ ecológica e beleza cênica, possibilitando a dente de 14 famílias. Unidades de Uso Sustentável taduais do Acre - Diretrizes Operacionais realização de pesquisa científica e o desenvol‑ Ainda no grupo das Unidades de Conserva‑ Básicas, a criação desta modalidade de uso vimento de atividades de educação e interpre‑ ção de Proteção Integral o Acre sedia a cate‑ O Estado do Acre apresenta atualmen‑ dos recursos naturais é um dos eixos prin‑ tação ambiental, a recreação em contato com a goria “Estação Ecológica” – ESEC, cujo objetivo te as seguintes categorias de Unidades de cipais da política de Desenvolvimento Sus‑ Acre natureza e o turismo ecológico (Art. 11 da Lei no é preservar a natureza e realizar pesquisas Conservação de Uso Sustentável: Florestas tentável da Economia Florestal do Estado 9.985/2000 - SNUC) desde que estejam regula‑ científicas. As ESECs são de posse e de domí‑ Nacionais – FLONA’s e Florestas Estaduais do Acre. Estrutura Fundiária do Estado Fundiária Estrutura Acre mentadas pelo Plano de Manejo da Unidade, de nio público, sendo que as áreas particulares – F.E, Reservas Extrativistas – RESEX’s, Área Por ser Unidade de Uso Sustentável, per‑ acordo com as normas estabelecidas pelo órgão incluídas em seus limites serão desapropria‑ de Relevante Interesse Ecológico – ARIE e mite que a população residente ou interes‑ 40 responsável por sua gestão, e aquelas previstas das, de acordo com o que dispõe a Lei (art. 9º Área de Proteção Ambiental – APA Estadual sada utilize os recursos naturais de forma 41

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 em regulamento. São áreas de posse e domínios da Lei no 9.985/2000 - SNUC). Nas ‘Estações e Municipal. racional, de acordo com as recomendações públicos, sendo que as áreas particulares inclu‑ Ecológicas’ só poderão ocorrer alterações dos As Florestas Nacionais são áreas com previstas no Plano de Manejo. Esse grupo ídas em seus limites serão desapropriadas, de ecossistemas nos casos de: medidas que visem coberturas florestais de espécies predomi‑ objetiva garantir o uso racional e sustenta‑ acordo com o que dispõe a Lei. Quando criados à restauração de ecossistemas modificados; nantemente nativas e têm como objetivo do dos recursos florestais do Estado; o su‑ pelo Estado ou Município, serão denominados, manejo de espécies com o fim de preservar a principal o uso múltiplo sustentável dos prir a matéria prima; combater a grilagem

respectivamente, Parque Estadual e Parque diversidade biológica; coleta de componentes recursos florestais e a pesquisa científica, de terras públicas, além de aumentar o con‑ DO ACRE. E A ECONOMIA

Natural Municipal. do ecossistema com finalidades de pesquisas com ênfase em métodos para a exploração trole e o retorno social da atividade flores‑ 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO O Parque Nacional - PARNA da Serra do Divi‑ científicas – cujo impacto sobre o ambiente sustentável de florestas nativas (Art. 17 da tal. A destinação da área é feita mediante sor foi criado através do Decreto nº 97.839/89, seja maior do que aquele causado pela sim‑ Lei no 9.985/2000). Como área de Uso Sus‑ Concessão de Uso, em regime comunial, se‑ com a finalidade de proteger e preservar amos‑ ples observação ou pela coleta controlada de tentável, pode ser admitida a permanência gundo a forma decidida pelas comunidades tras dos ecossistemas existentes, assegurando componentes dos ecossistemas, em uma área de populações tradicionais que a habitam concessionárias: associativista, condominial a preservação de seus recursos naturais e pro‑ correspondente a, no máximo, três por cento quando de sua criação, em conformidade ou cooperativista. A esfera de gestão é da porcionando a oportunidade – controlada – da extensão total da Unidade até o limite de com o disposto em regulamento e no Plano Secretaria de Estado da Floresta – SEF. para uso público, educação e pesquisa cientifica. um mil e quinhentos hectares. A Estação Eco‑ de Manejo da Unidade. Considerando por analogia, a Portaria In‑ Mesmo pertencendo à categoria de Proteção In‑ lógica Rio Acre pertencente à esfera Federal, foi No Estado do Acre foram criadas três terministerial nº 13, de 19 de setembro de tegral, dentro do Parque, existe uma população criada com a finalidade de desenvolver projetos Florestas Nacionais (Macauã, São Francis‑ 2002, que reconhece as populações extrati‑ residente de 570 famílias, fato ocorrido por ter de pesquisa, preservar as nascentes do Rio Acre co e Santa Rosa do Purus), ocupando uma vistas das Reservas Extrativistas como bene‑ sido criado sem a realização de estudo prelimi‑ e o ecossistema local. Esta Estação está locali‑ área de 348.761,0000 hectares, havendo ficiárias do Programa Nacional de Reforma

nar que pudesse identificar a existência de qual‑ zada no Município de Assis Brasil e possui uma sido cadastrado 40 famílias residentes. Agrária (PNRA), a Superintendência Regio‑ INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS quer tipo de ocupação na área. O Parque possui área de 84.387,0000 hectares. O órgão gestor é o Instituto Brasileiro de nal do INCRA no Acre, através de Portarias uma área de 784.079,0000 hectares. O órgão A Tabela 15 apresenta a esfera responsável Meio Ambiente e Recursos Naturais Reno‑ Individualizadas, reconhece as atividades gestor é o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente pela gestão da Unidade que estabelece normas váveis – IBAMA pertencente à esfera Fede‑ desenvolvidas pelas populações moradoras e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA per‑ específicas, regulamentando a ocupação e ral. E, quatro Florestas Estaduais: Antima‑ das Florestas Estaduais do Mogno (Porta‑ tencente à esfera Federal. o uso dos recursos naturais através do seu ry, Rio Gregório, Mogno e Rio Liberdade, as ria/INCRA/SR.14/AC/Nº 009, de 28.04.05); Um segundo Parque existente no Estado Plano de Manejo, Localização, a Lei de quais ocupam uma área de 482.901,0000 do Rio Gregório (Portaria/INCRA/SR.14/ do Acre é o Parque Estadual – P.E Chandless, criação e a População existente nas UCs hectares, com um total de 191 famílias. De AC/Nº 010, de 28.04.05) e do Rio Liberda‑ considerado de alta prioridade para conserva‑ de Proteção Integral do Estado do Acre. acordo com o Programa de Florestas Es‑ de (Portaria/INCRA/SR.14/AC/Nº 011, de 12.05.05), como atividade de um Projeto de Fortalecimento da Agricultura Fami‑ vés do Sistema Nacional de Informação da APA Municipal (Raimundo Irineu Serra), to‑ Agro-Extrativista. Neste contexto determi‑ liar - PRONAF; oferecer alternativas para Reforma – SIPRA deverá continuar até a talizando uma área de 36.137,0000 hecta‑ na a Divisão de Suporte Operacional que aumentar a renda dos beneficiários; aper‑ regularização de todos os residentes das res e 4.507 famílias. registre todas as informações referentes às feiçoar a capacidade de produção, co‑ Reservas Extrativistas. A RESEX Riozinho A Tabela 16 apresenta a esfera respon‑ populações das Florestas referenciadas no mercialização dos produtos extrativos e da Liberdade também será incluída no sável pela gestão da Unidade que estabelece Sistema de Informações de Projetos de Re‑ fortalecer os movimentos sociais e as as‑ Programa de Reforma Agrária, para que normas especificas regulamentando a ocu‑ forma Agrária - SIPRA, como beneficiários sociações comunitárias. Neste sentido, foi as famílias residentes sejam beneficiadas pação e o uso dos recursos naturais através

Estrutura Fundiária do Estado da Reforma Agrária. publicada, em 19 de setembro de 2002, a com o PRONAF e com os Créditos de Ins‑ do seu Plano de Manejo, Localização, a Lei Esta determinação trouxe como benefí‑ Portaria Interministerial nº 13 que objeti‑ talações (Portaria Interministerial Nº 13, de criação e a População existente nas UCs cio às populações das florestas estaduais, o va reconhecer as populações extrativistas de 10.09.2002). Esfera Federal cujo órgão de Uso Sustentável do Estado do Acre. acesso às linhas de ‘Créditos de Instalações’ tradicionais das RESEX’s, como beneficiá‑ gestor é o IBAMA. concedidas aos assentados do Programa de rios do Plano Nacional de Reforma Agrária Já a Área de Relevante Interesse Ecoló‑ 4.2.2. Áreas Verdes Reforma Agrária, como também, aos recur‑ – PNRA, obedecendo aos procedimentos gico – ARIE como Unidade de Uso Sustentá‑ sos do Programa Nacional de Fortalecimen‑ operacionais adotados pelo INCRA e IBAMA. vel, subtende-se: ‘área em geral de pequena Para atenuar qualquer alteração ao to da Agricultura Familiar - PRONAF. Com base na Norma de Execução nº 40 extensão (sempre inferior a 5.000 hectares), meio ambiente causado pelo homem, que O grupo de UCs de Uso Sustentável Re‑ de 30 de março de 2004, em seu Art. 1º que com pouca ou nenhuma ocupação humana, possa afetar o bem-estar da população e servas Extrativistas – RESEXs são áreas regulamenta a concessão, aplicação e pres‑ com características naturais extraordinárias a qualidade dos recursos ambientais, são utilizadas por populações extrativistas tra‑ tação de contas do Crédito de Instalação ou que abrigam exemplares raros da biota criadas pelo poder público municipal, Áre‑ Acre dicionais, cujas subsistências baseiam-se no nos Projetos de Assentamentos criados regional, e tem como objetivo manter os as Verdes Urbanas, com conceitos e defini‑ extrativismo, na agricultura e na criação de pelo INCRA e naqueles administrados por ecossistemas naturais de importância regio‑ ções diferenciadas como: Espaço Livre, Ar‑ Estrutura Fundiária do Estado Fundiária Estrutura Acre animais de pequeno porte, (Art. 18 da Lei outras Instituições Governamentais - reco‑ nal ou local e regular o uso admissível des‑ borização Urbana, Área Livre, Área Aberta no 9.985/2000) fazendo parte do Sistema nhecidos pelo INCRA, através de Portaria, sas áreas, de modo a compatibilizá-lo com e Parques Urbanos. 42 Nacional de Unidades de Conservação re‑ os moradores das RESEX`s foram declara‑ os objetivos de conservação da natureza’ Conceitua-se ‘Parque’, como uma área 43

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 gulamentada pelo Decreto nº 98.897, de dos como beneficiários do Programa de (Art. 16 da Lei no 9.985/2000 - SNUC). As verde protegida pelo Poder Público Mu‑ 30/01/90. Reforma Agrária, considerados assentados ARIE`s são constituídas por terras públicas nicipal onde está localizado. Os Parques São áreas de domínio público de uso con‑ do INCRA, homologados no Sistema de In‑ ou privadas, respeitados os limites constitu‑ são elementos indispensáveis a uma ci‑ cedido às populações extrativistas tradicio‑ formação do Programa de Reforma Agrá‑ cionais, podendo ser estabelecidas normas e dade preocupada em proporcionar uma nais, regulamentadas através de Contrato de ria – SIPRA, com direito pleno a concessão restrições para a utilização de uma proprie‑ melhor qualidade de vida aos seus mora‑

Concessão Real de Uso, assinado com enti‑ dos ‘Créditos de Instalações’, como tam‑ dade privada, localizada em uma Área de Re‑ dores. Neste contexto apresentamos duas DO ACRE. E A ECONOMIA 19

dades representativas dos moradores. bém dos recursos do Programa Nacional levante Interesse Ecológico. categorias de Parques: 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO A criação das Reservas Extrativistas de Fortalecimento da Agricultura Familiar Com base nestes objetivos, foi criada pelo 1. Parque Urbano - é uma área verde visa conservar os recursos naturais me‑ – PRONAF. IBAMA a Área de Relevante Interesse Ecoló‑ localizada dentro da cidade, onde indústrias diante a sua exploração sustentável e Com o objetivo de garantir a explora‑ gico do Seringal Nova Esperança, localizada e residências são proibidas, e os estabeleci‑ garantir a terra às famílias tradicionais ção auto-sustentável e a conservação dos no Município de Xapurí, Estado do Acre, mentos comerciais são restritos, propicia la‑ que ali residem, permitindo que conti‑ recursos naturais renováveis – tradicional‑ com uma dimensão de 2.576,0000 hectares zer e recreação à população, podendo incluir, nuem vivendo das atividades econômicas mente utilizados pela população extrativis‑ e uma ocupação de 24 famílias. centros educativos, museus, jardins botânicos, tradicionalmente desenvolvidas. ta -, foram criados no Estado do Acre, cinco As Áreas de Proteção Ambiental - APA entre outros. Nas áreas de usos sustentáveis, foram Reservas Extrativistas: Alto Juruá, Chico (Art. 15 da Lei no 9.985/2000 - SNUC) 2. Parque Natural - é uma área natural, reconhecidos como beneficiários das Uni‑ Mendes, Alto Tarauacá, Cazumbá-Iracema são em geral extensas, com certo grau de fora de uma área urbana, protegida por lei, dades de Conservações, as populações tra‑ e Riozinho da Liberdade, abrangendo uma ocupação humana, constituídas por terras sendo proibidas instalações de edificações dicionais – que habitavam a área quando de área de 2.673.692,00 hectares, com um públicas ou privadas, dotadas de atributos residenciais e industriais, restritas a nativos

sua criação - em conformidade com o dis‑ contingente populacional de 3.351 famí‑ abióticos, bióticos, estéticos ou culturais, es‑ que já habitavam a área ou existem com INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS posto em regulamento e no Plano de Mane‑ lias. As Reservas Extrativistas Alto Juruá, pecialmente, importantes para a qualidade restrições. Objetiva a preservação da flora e jo da Unidade. Cazumbá-Iracema, Alto Tarauacá e Chico de vida e o bem-estar das populações hu‑ da fauna local. Considerando que a RESEX é uma for‑ Mendes, figuraram na lista de famílias as‑ manas, com objetivos básicos de proteger a Os Parques Naturais, além de ofere‑ ma inovadora de Unidade de Conservação sentadas da Superintendência Regional diversidade biológica, disciplinar o processo cerem opções de pesquisas na área aca‑ e ocupação da Amazônia, há necessidade do INCRA no Acre. Esclarecendo que já de ocupação e assegurar a sustentabilidade dêmica, de esporte e lazer à população, de: criar mecanismos efetivos que asse‑ foram cadastrados e reconhecidos como do uso dos recursos naturais. O Estado do também podem servir como um local de gurem a inclusão das populações extrati‑ assentados da reforma agrária 2.288 fa‑ Acre apresenta duas APAs Estaduais (Igara‑ recreação (trilha para passeios ecológicos, vistas tradicionais no Programa Nacional mílias. O processo de cadastramento atra‑ pé São Francisco e Lago do Amapá) e uma pista para caminhadas, corridas de pedes‑

19 Wikipedia- A enciclopedia livre- Http://pt.wikipedia.org/wiki/parque-urbano Tabela 16. Dados sobre a Esfera Administrativa, Município Sede, Decreto de Criação e População das UCs de Uso Sustentável. Acre, 2009 4.2.3. As Terras Indígenas a) A Terra Indígena Alto Tarauacá, locali‑ zada nos Municípios de Jordão e Feijó, ESFERA Nº FAMÍLIA Nº UC MUNICIPIO SEDE DECRETO DE CRIAÇÃO ADMINISTRATIVA RESIDENTE* Os direitos das populações indígenas encontra-se demarcada e homologada, são reconhecidos na Constituição Federal portanto a situação jurídica ainda não 1 FLONA Macauã Federal Sena Madureira 96.189 (21.06.1988) 10 de 1988 e pelo Estatuto do Índio – Lei Nº. está concluída, sendo ainda necessário 2 FLONA São Francisco Federal Sena Madureira S/N (07.08.2001) 9 6.001, de 19 de dezembro de 1973, que o cadastro e registro na Secretaria de Pa‑ FLONA Santa Rosa Santa Rosa do Purus 3 Federal S/N (07.08.2001) 21 dispõe sobre as relações do Estado e da trimônio da União -SPU e nos Cartórios do Pur s e Feijó Estrutura Fundiária do Estado sociedade brasileira com os indios. de Registros de Imóveis, dos respectivos 4 F.E. Antimay Estadual Bujari 617 (28/04/1999) 30 A Constituição de 1988, em seu Arti‑ municípios de localização ; 5 F.E. Rio Liberdade Estadual Tarauacá 9.716 (06/03/2004) 45 go 231, modificada em 1994, reconhece b) A Terra Indigena Arara do Igarapé Hu‑ 6 F.E. Mogno Estadual Tarauacá 9.717(09/03/2004) 79 os índios, sua organização social, costu‑ maitá, localizada no munícipio de Porto 7 F.E.l Rio Gregório Estadual Tarauacá 9.718 (09/03/2004) 37 mes, línguas, crenças e tradições, e os Walter, foi declarada e demarcada, sen‑ Assis Brasil, Brasiléia, direitos originários sobre as terras que do necessária para a complementação Capixaba, Rio Branco, 8 RESEX Chico Mendes Federal Xapurí e Sena 99.144 (12.03.1990) 1.800 tradicionalmente ocupam, competindo do processo de regularização fundiária, Madureira à União demarcá-las, protegê-las e fazer a assinatura do decreto de homologação RESEX Cazumbá- Sena Madureira e 9 Iracema Federal Manoel Urbano S/N (19.09.2002) 262 respeitar todos os seus bens. Também de sua demarcação e o cadastro e regis‑ 10 RESEX Alto Tarauacá Federal Tarauacá e Jordão S/N (08.11.2000) 250 assegura a posse permanente das ter‑ tro na Secretaria de Patrimônio da União Cruzeiro do Sul, Mal. ras tradicionalmente ocupadas, dá aos -SPU e no Cartório de Registro de Imovel, Acre RESEX Riozinho Thaumaturgo, Porto índios o usufruto exclusivo das rique‑ do muncípio de localização. 11 Liberdade Federal Walter, Tarauacá e S/N (17.02.2005) 177 Ipixunas-AM zas do solo, dos rios e dos lagos exis‑ c) A Terra Indígena Kaxinawa do Seringal Estrutura Fundiária do Estado Fundiária Estrutura Acre Marechal tentes nestas terras; estabelece que só Independência, localizada no Município 12 RESEX Alto Juruá Federal Thaumaturgo e 98.863 (23.01.1990) 850 poderão ser exploradas sob autorização do Jordão, é uma terra dominial indíge‑ 44 Cruzeiro do Sul 45 13 ARIE Nova Esperança Federal Epitaciolândia S/N (20.08.1999) 24 do Congresso Nacional – são considera‑ na, por ter sido adquirida através do sis‑ E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 das “inalienáveis” e constituem “reservas tema de compra direta entre 1993/94, 14 ARIE Japiim- Estadual Mâncio Lima 4.365(06/07/2009) 18 Pentecoste exclusivas” dos índios que as habitarem através da Associação dos Seringueiros 15 APA São Francisco Estadual Rio Branco e Bujari 12.310 (14.07.2005) 4.227 – e proíbe, expressamente, forçar o des‑ Kaxinawa do Rio Jordão, portanto, de 16 APA Lago do Amapá Estadual Rio Branco 13.531 (26.12.2005) 130 locamento de grupos indígenas de suas propriedade coletiva do povo Kaxinawa. terras tradicionais .20 Esta área foi demarcada pelo Governo 17 APA Raimundo Irineu Municipal Rio Branco 500 (07.06.2005) 150 Serra Com o objetivo de garantir o cum‑ do Estado do Acre. Para a conclusão do DO ACRE. E A ECONOMIA Fonte: INCRA/SR.14/AC -2005;SEMA/AC (2010), IBAMA/MMA, ITERACRE (2006).

primento dos direitos das populações processo de regularização fundiária, faz‑ 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO * Estimativa indígenas, nos últimos 30 anos, foram -se necessário o registro no Cartório de reconhecidas no Estado do Acre pelo Registro de Imóvel, do municipio de lo‑ tres, locais para passeios de bicicletas, sendo quatro da esfera Municipal (Horto Governo Federal 30 (trinta) Terras In‑ calização; áreas para piqueniques), podendo ainda Florestal, Parque Urbano Capitão Ciríaco, digenas (TI), destinadas a 14 (quatorze) d) As Terras Indígenas Arara do Rio Amô‑ tornar-se um local de atração turística Parque Ambiental Chico Mendes, Parque povos, com uma superficie em torno de nia (Mal. Thaumaturgo), Kaxinawá do da cidade. Natural do Seringueiro) e uma da esfera 2.390.112,2600 hectares, abrangendo Seringal Curralinho (Feijó), Manchineri O Estado do Acre apresenta uma área Federal (Parque Zoobotânico - UFAC) (Ta‑ um contigente populacional estimado do Seringal Guanabara (Assis Brasil), de 217,6000 hectares de áreas verdes, bela 17). em 12.720 pessoas. Jaminawa do Guajará (Sena Madurei‑ No entanto, das 34 (trinta e quatro) ra) e Nawa (Mancio Lima) são áreas Tabela 17. Áreas Verdes existentes no Estado do Acre, 2006 Terras Indígenas atualmente reconheci‑ reconhecidas pela FUNAI como terras Nº UNIDADE MUNICÍPIO ANO DE CRIAÇÃO AREA (ha) das no Estado do Acre, 24 (vinte e quatro) ocupadas por populações indígenas,

1 Horto Florestal de Rio Branco Rio Branco 1974 17,0000 encontram-se plenamente regularizadas, porém não regularizadas, encontram‑ INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS 2 Parque Urbano Capitão Ciríaco Rio Branco 1994 4,6000 ou seja, demarcadas’, homologadas e re‑ -se em processo de identificação. Para gistradas na Secretaria de Patrimônio da tanto, foram instituídas através de 3 Parque Ambiental Chico Mendes Rio Branco 1996 52,0000 União –SPU e nos Cartórios de Registros Portarias, Grupos Técnicos para pro‑ 4 Parque Zoobotânico Rio Branco 1979 100,0000 de Imóveis dos respectivos municípios cederem estudos de identificação e 5 Parque Natural Municipal do Seringueiro Plácido de Castro 1992 44,0000 de localização, procedimento que conclui delimitação. TOTAL GERAL - - 217,6000 todo o processo jurídico de reconhecimen‑ e) A Terra Indígena Jaminawá do Rio Fonte: SEMA/IMAC, Prefeitura Municipal de Rio Branco (2006). to de Terras Indigenas. Contudo, faz-se ne‑ Caeté (Sena Madureira), está incluí‑ cessário alguns esclarecimentos a seguir:21 da na listagem oficial da Diretoria

20 LECLERC, J. Brasil Política Lingüística para as Populações Autóctones. 21 Idem Tabela 18. Diagnóstico das Terras Indigenas do Estado do Acre, 2006 de Assuntos Fundiários, como Ter‑ 1. Sobre o tamanho da área reconhecida TERRA SITUAÇÃO ra a Identificar. A FUNAI reconhece pela Comissão Especial de 2.000 hectares; Nº ETNIA MUNICÍPIO ÁREA (Ha) POP. INDIGENA FUNDIÁRIA a existência da ocupação indígena 2. Sobre as condições propostas pela Comis‑ Demarcada, nestas localidades, mas ainda não são, para que o proprietário cancelasse Kaxinawá Santa Rosa do homologada e iniciou os procedimentos de identi‑ o registro imobiliário e o INCRA pudesse 01 Alto Purus / Kulina / Purus / Manoel 263.129,8100 1.860 Registrada no SPU ficação e deliminatação. expedir o TDR; Jaminawa Urbano em 30.08.2002 f) A Terra Indígena Riozinho do Alto 3. Sobre a liberação de áreas destina‑ 78.512,5800 Demarcada, Estrutura Fundiária do Estado Envira (Xinane Velho), localiada no das à regularização dos ocupantes Cabeceira do Rio Assis Brasil / Sena homologada e 02 Jaminawa 238 Municipio de Feijó, está relacionada – embora o imóvel apresentasse um Acre Madureira Registrada no SPU como área identificada, porém, ainda encadeamento normal; em 23.07.1999 não foi regularizada. 4. Sobre a proporcionalidade de reconhe‑ Cruzeiro do Sul 404 Demarcada, cimento, quando o imóvel proposto era homologada e 03 Campinas / Katurina Katurina 32.623,6400 Áreas Discriminadas fracionado, tendo em vista que cada parte Registrada no SPU era reconhecida proporcionalmente ao ta‑ Tarauacá em 16.09.1999 O objetivo da ação discriminatória é se‑ manho da área de origem; Kulina Demarcada, parar as terras devolutas (Art. 1º da Lei nº 5. Sobre o reconhecimento do imóvel e homologada e 04 Jaminawá / Envira Feijó 80.618,0000 111 6.383, de 1976) ou as terras de domínio do pretenso proprietário, por motivos Registrada no SPU público (Art. 1º da Lei nº 3.081, de 1956) de inventários ou mesmo de registro Ashaninka em 05.08.2003 Acre das de domínio particular. Nela, cabe aos em Cartório; Demarcada, Jaminawá / Arara do Jaminawá / Marechal homologada e pretensos proprietários de terras contidas 6. Sobre o reconhecimento da área passível 05 28.926,0000 196 Rio Bagé Arara Thaumaturgo Registrada no SPU do Estado Fundiária Estrutura Acre nos limites da área discriminada, demons‑ de regularização, levando em conta que em 08.09.1999 trar a origem de seus títulos para prova do o remanescente deveria ser arrecadado Demarcada, 46 domínio particular. A ação discriminatória (600 módulos). Jaminawá do homologada e 47 06 Jaminawá Cruzeiro do Sul 25.651,6200 210 E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 é de competência do poder Público Federal Estes fatos muito contribuíram para que Igarapé Preto Registrada no SPU (quando em faixa de fronteira) ou dos Estados não houvesse a arrecadação de diversas áre‑ em 22.04.1999 Feijó/ Jordão (Tabela 19). Este procedimento pode ser de as excedentes, principalmente, nos casos de Demarcada, Kampa / Isolado do Ashaninka / homologada e caráter administrativo ou judicial. É adminis‑ liberação das áreas para os ocupantes, fican‑ 07 232.795,0000 483 Rio Envira Isolados Registrada no SPU trativo, quando sobre a área discriminada não do os mesmos sem a devida legitimação de em 13.09.1999 E A ECONOMIA DO ACRE. E A ECONOMIA incidem documentos de propriedade de ter‑ suas posses. Demarcada,

ceiros e judicial, quando incidem documentos A Comissão Especial, também, delibera as Kampa do Rio Marechal homologada e 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO 08 Ashaninka 87.205,4000 450 de propriedades de terceiros de origem duvi‑ áreas a serem excluídas do processo discrimi‑ Amônia Thaumaturgo Registrada no SPU dosa. É pertinente esclarecer que a ação dis‑ natório, que são os imóveis dispensados no em 23.11.1995 criminatória sempre se inicia por via adminis‑ procedimento discriminatório, por se trata‑ Demarcada, Kampa do Igarapé homologada e trativa. Este processo pode ser Ed itálico (por rem de bens públicos destinados à segurança, 09 Ashaninka Jordão 21.987,0000 21 Primavera Registrada no SPU meio de edital) ou sumário (sem necessidade preservação ambiental e reservas indígenas. em 10.04.2002 22 de edital). Com base na Lei nº 6.383 de 09 Quanto aos imóveis não reconhecidos pe‑ Feijó-AC Demarcada, de dezembro de 1976, no período de 1976 a las Comissões Especiais, alguns tiveram par‑ Shanenawa / homologada e 10 Katurina / Kaxinawa 23.474,0400 708 1985, foram instalados no Estado do Acre 44 tes reconhecidas nos bojos das discriminató‑ Kaxinawa Registrada no SPU (quarenta e quatro) procedimentos discrimi‑ rias, mas não acordados pelos proprietários e em 08.09.1999 Demarcada, natórios através de Comissões Especiais – CE, a não habilitação dos pretensos proprietários, Kaxinawá / Ashaninka Marechal homologada e envolvendo uma área de aproximadamente no prazo estipulado em Edital. Estes fatos le‑ 11 Ashaninka do Rio 31.277,0000 400 Kaxinawá Thaumaturgo Registrada no SPU 5.575.837,0000 hectares, cujos resultados varam os Presidentes das Comissões a con‑ Breu INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS em 19.07.2002 23 foram os seguintes: cluírem os processos, sugerindo o encaminha‑ Demarcada, Inicialmente, foram reconhecidas aproxi‑ mento para a esfera judicial. homologada e madamente 2.245.234 hectares, sendo que Para melhor entendimento, demonstrare‑ Registrada no SPU Kaxinawá da Colônia em 15.04.1996. (Em nem todas as áreas receberam o Título de Re‑ mos na Tabela 20, alguns exemplos de imóveis 12 Kaxinawá Tarauacá 105,1700 70 conhecimento de Domínio (TDR), por haver que não foram reconhecidos pelas Comissões 27 2002 o Estado do Acre adquiriu duas divergência de opiniões em alguns pontos, Especiais, durante o processo discriminató‑ glebas de 63 e 94 a saber: rio e sugeridos a ação judicial. ha, falta regularizar.

22 Resumo das Atividades do INCRA – 1970/1984. Principais Ações. Ações Fundiárias 23 Informativo: Mauro Heliodoro dos Santos. CREA N° 79394-D/SP – INCRA/SR.14/AC.2005. TERRA SITUAÇÃO TERRA SITUAÇÃO Nº ETNIA MUNICÍPIO ÁREA (Ha) POP. Nº ETNIA MUNICÍPIO ÁREA (Ha) POP. INDIGENA FUNDIÁRIA INDIGENA FUNDIÁRIA Arara / Nukini 28 Nawa / Jaminawá / Mâncio Lima 60.000,00 258 Em Identificação Demarcada, Kaxinauwá / Igarapé homologada e Nawá 13 Kaxinawá Tarauacá/ Feijó 12.317,8900 531 Registrada no SPU do Caucho Riozinho do Alto Declarada – em 25.06.1998 Ashaninka e Feijó/ Santa Rosa 29 Envira (Xiname 260.970,00 15 Portaria nº 794 de Isolados do Purus

Estrutura Fundiária do Estado Demarcada, Velha) 19.04.2007 Kaxinawá do Baixo homologada e 14 Kaxinawá Jordão 8.726,0000 203 Rio Jordão Registrada no SPU Em identificação. em 14.03.2002 Constituição do GT Jaminawá do Rio 30 Jaminawa Sena Madureira 9.878,48 66 – Portaria nº 964, Demarcada, Caeté Kaxinawá do Praia homologada e de 05 de outubro e 15 Kaxinawá Tarauacá 60.698,0000 485 do Carapanã Registrada no SPU 2007. em 02.06.2002 Demarcada, Arara (Arara / Kaxinawá do Rio Kaxinawá / homologada e Santa Rosa / Demarcada - 16 Tarauacá 127.383,5600 287 Humaitá Kulina Registrada no SPU Amawaka, / Marechal Portaria nº 2986, de 31 Arara do Rio Amônia - 278 em 21.11.1996 Konibo, Kampa, Thaumaturgo 8 de setembro de Demarcada, Txama / 2009 Kaxinawá do Rio homologada e 17 Kaxinawá Jordão 87.293,8000 920 Kaxinawá Registrada no SPU Acre Jordão em 29.04.1996 Kaxinawá do 32 Kaxinawá Feijó - 89 Em Identificação Demarcada, Seringal Curralinho Kaxinawá Nova homologada e do Estado Fundiária Estrutura Acre 18 Kaxinawá Feijó 27.533,4000 247 Olinda Registrada no SPU Manchineri do Assis Brasil/ Sena 33 Manchineri - 92 Em Identificação em 30.08.2002 Seringal Guanabara Madureira 48 Demarcada, 49 homologada e Jaminawa do E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 19 Kulina do Rio Envira Kulina Feijó 84.364,6100 257 34 Jaminawá Rodrigues Alves - 66 A identificar. Registrada no SPU Guajará em 02.06.2002 Kuntanawa do Alto Marechal Demarcada, 35 Kuntanawa - - A identificar Kulina do igarapé homologada e Rio Tejo Thaumaturgo 20 Kulina Feijó 45.590,0000 127 Registrada no SPU do Pau TOTAL GERAL - - 2.390.112,26 12.720 - em 31.10.2001

Demarcada, Fonte: FUNAI - SEMA, 2010. DO ACRE. E A ECONOMIA Jaminawá / Assis Brasil homologada e 21 Mamoadate 313.647,0000 1105 Manchineri Sena Madureira Registrada no SPU 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO em 02.07.1999 Tabela 19. Resumo das Áreas Discriminadas do Estado do Acre, 2006 Demarcada, homologada e DISCRIMINAÇÃO UNIDADE HECTARES (Ha) 22 Nukini Nukini Mâncio Lima 27.263,5200 553 Registrada no SPU em 12.05.1997 Total de glebas 44 - Demarcada, homologada e Levantamento da CE/AC 01 a 53 - 23 Poyanawá Poyanawá Mâncio Lima 24.499,0000 403 Registrada no SPU em 19.07.2002 Quantidade de imóveis discriminados 336 - Demarcada, Katurina / homologada e 24 Rio Gregório Tarauacá 92.859,7500 574 Dimensão inicial da área - 4.892.862,0000 Yawanawá Registrada no SPU em 23.11.1987 Demarcada, Área encontrada - 5.300.999,0000 homologada Jordão INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS 25 Alto Tarauacá Isolado 142.619,0000 600 em 28.10.2004, Área reconhecida - 2.170.212,0000 Feijó registrada no CRI de Feijó. Área excluída - 204.021,0000 Demarcada pelo Kaxinawá Governo do Estado 26 do Seringal Kaxinawá Jordão 11.463,0000 138 do Acre. Área Área devoluta - 410.510,0000 Independência Dominial. Declarada, Área proposta para ação judicial - 2.071.987,0000 homologada Arara do igarapé Porto Walter/ Fonte: INCRA/SR.14/AC. 2005. 27 Arara 86.700,00 275 18.04.2006, Humaitá Tarauacá Nota: Informações detalhadas incluindo o nome dos imóveis (Glebas) e os municípios de localização das Áreas registrada no SPU Discriminadas encontram-se no ANEXO I - QUADRO 26. 29.11.2006 Tabela 20. Exemplo de imóveis não reconhecidos pelas Comissões Especiais - CE e sugeridos a ação Tabela 21. Áreas Arrecadadas do Estado do Acre, 2006 judicial. Acre, 2006 Nº IMÓVEL LOCALIZAÇÃO ÁREA (ha) DESTINAÇÃO Nº SERINGAL CE MUNICIPIO ÁREA (ha) Feijó e Santa Rosa do Área destinada ao IBAMA e 001 Gl. 07/Chandles 230.257,3489 1 Paraná dos Mouras 07 Cruzeiro do Sul 18.800,0000 Purus FUNAI 2 Valparaíso 12 Cruzeiro do Sul 106.500,0000 002 Gl. 08/Chandles Santa Rosa do Purus 33.895,9767 Criação de PAE em estudo 37.460,0000 ha destinados ao 3 Russas 12 Cruzeiro do Sul 77.000,0000 Santa Rosa do Purus, PA Santa Rosa. O restante foi 4 Porongaba 07 Cruzeiro do Sul 25.600,0000 003 Gl. 09/Chandles Manoel Urbano e Sena 728.457,9043 destinado ao Parque Estadual Madureira Estrutura Fundiária do Estado 5 Aphui 01 Sena Madureira 7.000,0000 –690.997,9043 há 6 Consolação 09 Sena Madureira 2.000,00 004 Gl. Boa Vista Sena Madureira 5.831,0000 Criação de PAE em estudo 7 Novo Destino 15 Sena Madureira - 005 Gl. São Francisco Sena Madureira 21.600,0000 Área destinada ao IBAMA 8 Mescês 21 Bujari/Sena Madureira 130.900,0000 006 Gl. Livre-nos Deus Sena Madureira 46.221,0000 Criação de PAE em estudo 007 Gl. Mamuriá Manuel Urbano 18.274,0000 Criação de PAE em estudo 9 São Francisco 49 Assis Brasil 42.466,0000 008 Gl. Veneza Sena Madureira 14.028,0000 Criação de PAE em estudo TOTAL - - 410.266,0000 009 Seringal Limoeiro Bujari 11.150,0000 PAE Limoeiro 010 Gl. Córrego do Ouro I Sena Madureira 860,0000 PA Uirapuru Fonte: INCRA/SR.14/AC, 2005. 011 Gl. Córrego do Ouro II Sena Madureira 220,0000 PA Uirapuru 012 Gl. Samaúma Sena Madureira 3.216,0000 Regularização Fundiária 013 Gl. Bucker Sena Madureira 420,0000 PA Uirapuru Áreas Arrecadadas 014 Gl. Lucero Porá Sena Madureira 1.929,0000 Sem destinação (SUB-JUDICE) Acre Art.20, II, da Constituição Federal. 015 Gl. Cerejeira Sena Madureira 225,0000 PA Joaquim de Matos A arrecadação das terras, pelo Poder Pú‑ As terras devolutas da União com‑ 016 Gl. Monteiro Tarauacá 1.600,0000 Área destinada ao IBAMA Estrutura Fundiária do Estado Fundiária Estrutura Acre Área em estudo para Criação blico, é feita com base na Lei nº 6.368, de 7 preendem as que forem conside‑ 017 Gl. Apuí Cruzeiro do Sul 12.350,0000 de PDS. de dezembro de 1976. São terras reconheci‑ radas “indispensáveis à defesa das 018 Gl. Ceará Cruzeiro do Sul 2.200,0000 Sem Destinação (Difícil acesso) 50 das em ‘procedimento discriminatório’. Uma fronteiras, das fortificações e cons‑ 51 019 Gl. Boa Esperança I Tarauacá 900,0000 Regularização Fundiária E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 vez ‘arrecadadas’ pelo Poder Público, as áre‑ truções militares, das vias federais 020 Gl. Boa Esperança II Tarauacá 800,0000 Regularização Fundiária as podem ser tituladas para as pessoas que de comunicação e à preservação am‑ 021 Gl. São Salvador I Tarauacá 350,0000 Regularização Fundiária detém as respectivas posses. Cabe ao oficial biental”. Todas as demais pertencem 022 Gl. São Salvador II Tarauacá 350,0000 Regularização Fundiária do Registro de Imóveis proceder à ‘matrícu‑ aos Estados onde estão localizadas. 023 Gl. São Salvador III Tarauacá 1.150,0000 Regularização Fundiária la’ e ao ‘registro’ da ‘área devoluta discrimi‑ 024 Gl. Boa Vista I Tarauacá 300,0000 Regularização Fundiária

nada em nome da União’.24 025 Gl. Boa Esperança III Tarauacá 1.600,0000 Regularização Fundiária DO ACRE. E A ECONOMIA 026 Gl. Boa Esperança IV Tarauacá 700,0000 Regularização Fundiária

As terras devolutas se apuravam por pro‑ 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO Art. 13 da Lei nº 6.368/76. Encer‑ cesso de exclusão das propriedades particula‑ 027 Gl. Tangará Tarauacá 400,0000 Regularização Fundiária 028 Gl. Boa Vista II Tarauacá 700,0000 Regularização Fundiária rado o processo discriminatório, o res, legitimamente constituídas. Quando apu‑ 029 Gl. São Salvador VI Tarauacá 1.200,0000 Regularização Fundiária Instituto Nacional de Colonização radas em procedimento discriminatório ou 030 Gl. São Salvador V Tarauacá 800,0000 Regularização Fundiária e Reforma Agrária – INCRA provi‑ por outras formas legais, foram arrecadas e 031 Gl. São Jorge II-C Sena Madureira 11.000,0000 Regularização Fundiária denciará o registro, em nome da incorporadas ao patrimônio da União. 032 Gl. São Jorge/AM Boca do Acre 17.000,0000 Regularização Fundiária União, das terras devolutas discrimi‑ Ainda que a arrecadação de terras de‑ 033 Gl. Anury Sena Madureira 1.480,0000 Regularização Fundiária nadas, definidas em lei, como bens volutas esteja intrinsecamente ligada à ação 034 Gl. Tabatinga/Sant’Ana Sena Madureira 59.964,0000 Resex Chico Mendes (IBAMA) da União. discriminatória, o INCRA adotou a política 035 Gl. Aleluia e Mercejana Sena Madureira 19.881,0000 Regularização Fundiária Art. 28 da Lei nº 6.368/76. Sempre de arrecadar as terras devolutas apuradas, 036 Gl. Novo Destino Sena Madureira 5.936,0000 Regularização Fundiária que se apurar, através de pesquisa depois da lavratura do termo de encerramento 037 Gl. Prainha Sena Madureira 1.900,0000 Regularização Fundiária nos registros públicos, a inexistên‑ da instância, matriculando-as imediatamente 038 Gl. Cachoeira Sena Madureira 6.070,0000 Regularização Fundiária 039 Gleba I-A Sena Madureira 499,0000 Regularização Fundiária cia de domínio particular em áreas em nome da União. INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS 040 Gleba I Sena Madureira 1.803,0273 Regularização Fundiária rurais declaradas indispensáveis à No Estado do Acre, no período de outubro Sena Madureira/Manuel 041 Gl. Benfica 668,0881 Regularização Fundiária segurança e ao desenvolvimento na‑ de 1996 até 2006, foram arrecadadas e matri‑ Urbano cionais, a União, desde logo, as arre‑ culadas em nome da União, 3.271.827,0215 042 Gl. Mário Lobão Sena Madureira 13.384,1190 Regularização Fundiária cadará mediante ato do presidente hectares, sendo partes destinadas a FUNAI, 043 Gleba II Sena Madureira 3.727,2318 Regularização Fundiária do Instituto Nacional de Coloniza‑ IBAMA, Governo do Estado, Projetos de As‑ 044 Gl. Sacado/Ipiranga Sena Madureira 4.140,0000 Regularização Fundiária Área destinada a Floresta ção e Reforma Agrária – INCRA, do sentamentos de Reforma Agrária, Regulari‑ 045 Gl. Taquari Tarauacá 57.100,0000 qual constará: zação Fundiária, Prefeituras Municipais, e a Estadual do Liberdade SR.15/AM (Tabela 21). 046 Gl. Redenção Porto Walter 900,0000 Regularização Fundiária 24 Resumo das Atividades do INCRA – 1970/1984. Principais Ações. Ações Fundiárias.. Nº IMÓVEL LOCALIZAÇÃO ÁREA (ha) DESTINAÇÃO Nº IMÓVEL LOCALIZAÇÃO ÁREA (ha) DESTINAÇÃO 047 Gl. Uruburetama Cruzeiro do Sul 2.395,8740 Regularização Fundiária Cruzeiro do Sul/ Rodrigues Área inserida no Parque Nacional 076 Gl. Azul – Juruá Mirim 39.250,0000 048 Gl. Mocambo Cruzeiro do Sul 40,0000 Regularização Fundiária Alves da Serra do Divisor 049 Gl. São Cristóvão Cruzeiro do Sul 80,0000 Regularização Fundiária 19.900 ha – inseridos na área Mâncio Lima e Rodrigues 050 Gl. Extrema Mâncio Lima 490,0000 Regularização Fundiária 077 Gl. Bom Sossego 26.700,0000 do Parque Nacional da Serra do Alves Regularização Fundiária da Divisor e 6.800 ha – PA Rio Azul 051 Gl. Formoso Cruzeiro do Sul/AC 1.240,0000 SR-14/AC Área inserida no Parque Nacional Cruzeiro do Sul, Rodrigues 078 Gl. Arara Mal. Thaumaturgo 21.250,0000 da Serra do Divisor e na Reserva 052 Gl. São Pedro 38.748,7237 Regularização Fundiária

Estrutura Fundiária do Estado Alves e Mâncio Lima Extrativista do Alto Juruá Área em estudo para criação Inserida na Reserva Chico 053 Gleba Minas Porto Walter 2.900,0000 079 Gl. Sai Cinza e Triunfo Xapuri 13.332,0000 de P.A. Mendes Área destinada ao PDS São Área destinada a Regularização 054 Gleba Timbaúba Mâncio Lima 11.700,0000 080 Gl. São Pedro Rodrigues Alves 25.151,2763 Fundiária e PA São Pedro – Salvador 25.151,2763 ha. Área sem destinação (difícil 055 Gleba Silêncio Cruzeiro do Sul 3.800,0000 081 Gl. Novo Destino Tarauacá 12.000,0000 PA Novo Destino acesso) 082 Gl. Liberdade Sena Madureira 27.393,0000 PA Liberdade Área em estudo para Criação 056 Gleba Torre da Lua Rodrigues Alves 2.160,0000 083 Gl Oriente Sena Madureira 5.650,0000 PA Oriente de P.A. 084 Gl. Tracuá Cruzeiro do Sul 5.029,5775 PA Tracuá 057 Gleba Rio Branco II Porto Walter 76.900,0000 PAE Cruzeiro do Vale Área destinada: Parte ao Área sem destinação (difícil Parque Nacional da Serra do 058 Gleba Monte Alegre Rodrigues Alves 4.920,0000 085 Gl. Amônia Marechal Thaumaturgo 26.000,0000 acesso) Divisor, FUNAI e PA Amônia–

Acre Área sem destinação (difícil 10.000,0000 ha. 059 Gleba Ipuá Rodrigues Alves 16.100,0000 acesso) 086 Gl. Paraná dos Mouras Rodrigues Alves 22.500,0000 PA Paraná dos Mouras

Área destinada ao PDS São 087 Gl. Havaí Rodrigues Alves 34.000,0000 PAF Havaí do Estado Fundiária Estrutura Acre 060 Gleba São Salvador Mâncio Lima 27.830,0000 Salvador 088 Gl. Vitória Porto Walter 800,0000 PA Vitória Área em estudo para criação 089 Gl. Santa Luzia Cruzeiro do Sul 41.700,0000 P.C. Santa Luzia 061 Gleba Tambaú Cruzeiro do Sul 39.000,0000 52 de P.D.S. 090 Gl. Pavão Rodrigues Alves 5.474,0000 PA Pavão 53

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 Área sob a Jurisdição da SR-15/ 062 Gl. Formoso Guajará/AM 28.360,0000 091 Gl. Nova Cintra Rodrigues Alves 1.367,0000 PA Nova Cintra AM 092 Gl. Iucatan Rodrigues Alves 733,0000 PA Iucatan Área sob a Jurisdição da SR-15/ 063 Gl. Campinarana Guajará/AM 127.600,0000 093 Gl. São Domingos I Mâncio Lima 320,0000 PA São Domingos AM desde 1985 094 Gl. São Domingos II Mâncio Lima 365,0000 PA São Domingos Em processo de doação para a Unidade Avançada Pedro Peixoto 064 Gl. Juruá Cruzeiro do Sul 350,0000 Prefeitura Municipal de Cruzeiro 095 Gl. Cumaru Rio Branco 34.000,0000 (27.092,3806) e PA Cumarú. E A ECONOMIA DO ACRE. E A ECONOMIA do Sul (6.097,6194) ha Em processo de doação para a 065 Gl. Benfica Manuel Urbano 416,9119 Área destinada ao PA Taquari 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO PMMU. 096 Gl. Taquari I Tarauacá 56.950,8525 e parte a Floresta Estadual do Doação para a Pref. de Mâncio Liberdade Lima (área onde se encontra o 097 Gleba Limeira Senador Guiomard 1.845,0000 PA Limeira 066 Gl. Mâncio Lima Mâncio Lima 116,6480 perímetro urbano do município Área em estudo para criação 098 Gleba Recanto Tarauacá e C. Do Sul 15.176,0000 de Mâncio Lima) de P.A.F. Em processo de doação para a 099 Gleba Jamil Jereissati Cruzeiro do Sul 42.656,5657 P.D.S. Jamil Jereissati 067 Gleba Humaitá Porto Walter 100,0000 Prefeitura Mun. de Porto Walter 100 Gleba Paraguassu Assis Brasil 3.406,9520 tPA Paraguassu 068 Gl. Cassianã Sena Madureira 30.935,0000 Area destinada a FUNAI Área destinada: PDS Porto Luiz, 069 Gl. Riozinho Feijó 140.300,0000 Area destinada a FUNAI 101 Gleba Porto Luiz Acrelândia 24.700,00 PA Porto Luiz e Regularização Fundiária. Área inserida na Reserva 070 Gl. Jordão/Envira Feijó 139.650,0000 Indígena Kampa (Área destinada 102 Gleba Arco Íris Rodrígues Alves 1.684,0114 PA Arco Íris a FUNAI) 103 Gleba Joao Ademir Rodrigues Alves 202,9466 PA João Ademir Sena Madureira e Assis 104 Gleba Fortaleza Brasiléia 1.000,0000 P.A. Fortaleza

071 Gl. Abismo 118.500,0000 FUNAI – (Dec. 92.013/95) INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS Brasil 105 Gleba Itamarati Rio Branco 8.736,1382 PA Itamarati Sena Madureira e Assis Estação Ecológica do Acre (Dec. 072 Gl. Abismo 77.500,0000 Floresta Estadual Brasil 86.061 de 02.06.81) 106 Apapixi/Pacatuba/NA S.Madureira e Bujari 65.965,8476 Antimari-46.536,1458 ha e Floresta Nacional do Macauã PA-19.429,7020 ha. 073 Gl. Caíco Sena Madureira 173.475,0000 (Dec. 96.189 de 21.06.88 107 Gleba Benfica Senador Guiomard 1.700,00 Área em estudo para criação de Área inserida no Parque Nacional PA. 074 Gl. Moa Azul Mâncio Lima 241.042,0000 da Serra do Divisor TOTAL - 3.271.827,0215 - Cruzeiro do Sul/Porto Área inserida no Parque Nacional 075 Gl. Rio Branco 50.700,0000 Walter da Serra do Divisor Fonte: INCRA. SR.14/AC, 2005. Terras Devolutas – Terras Públicas e) Por se acharem em posse contínua e in‑ com o seu trabalho e o de sua família, fará de que não haja viabilidade de trans‑ contestada, por justo título e boa fé, por jus a legitimação da posse de área continua ferí-los para propriedades privadas. A Lei Imperial nº 601, de 18 de outubro termo superior a 20 (vinte) anos; até 100 (cem) hectares, desde que preencha de 1850 (regulamentada pelo Decreto nº f) Por se acharem em posse pacífica e inin‑ os seguintes requisitos:” Com base no que preconiza o Estatuto 1.318 de 30 de Janeiro de 1850), conceitua terrupta, por 30 (trinta) anos, indepen‑ I – Não seja proprietário de imóvel rural; da Terra, toda área arrecadada deverá ter como terras devolutas: dentemente de justo título e boa-fé; II – Comprove a morada permanente e uma destinação, prioritariamente para fins a) As terras que não se acharem apli‑ g) Por força de sentença declaratória pro‑ cultura efetiva, pelo prazo mínimo de 1 (um) de reforma agrária, podendo também,

Estrutura Fundiária do Estado cadas a algum uso público nacio‑ ferida nos termos do Art. 148, da Cons‑ ano. ser repassada aos Estados, aos Municí‑ nal, provincial ou municipal; tituição Federal, de 10 de novembro O Estatuto da Terra (Lei nº 4.504 de 30 pios, aos órgãos Federais como: IBAMA, b) As que não se acharem no domí‑ de 1937. de novembro de 1964) no Capitulo III – Das para a criação de Unidades de Conserva‑ nio particular por qualquer título A Constituição atual estabelece que, são Terras Públicas e Particulares, em seu Artigo ção, a FUNAI, quando reconhecida como legítimo, nem forem havidas por bens da União: “as terras devolutas indis‑ 10 prevê: Terras Indígenas; Secretarias Estaduais e sesmarias e outras concessões do pensáveis à defesa das fronteiras, das for‑ Municipais de Meio Ambiente, para im‑ Governo Geral ou Provincial, não tificações e construções militares, das vias O poder público poderá explorar plantação de Unidades de Conservação, incursas em pena ou multa por federais de comunicação e à preservação direta ou indiretamente qualquer tanto de Uso Sustentável como de Prote‑ falta do cumprimento das con‑ ambiental, definidas em lei;” (Art. 20, II) e imóvel rural de sua propriedade ção Integral, e ainda como Áreas de Com‑ dições de medição, confirmação que incluem-se entre os bens dos Estados, unicamente para fins de pesquisa, pensação de Reserva Legal. e cultura; as terras devolutas não compreendidas en‑ experimentação, demonstração e No Estado do Acre existe em torno de Acre c) As que não se acharem dadas por tre as da União” (Art. 26, IV). fomento visando o desenvolvimento 28.949,0000 hectares de terras públicas sesmarias, ou outras concessões Segundo o Juiz Federal Dirley da Cunha da agricultura, o programa de colo‑ ainda não ‘destinadas’, localizadas em Estrutura Fundiária do Estado Fundiária Estrutura Acre do Governo, que, apesar de incur‑ Júnior, em seu trabalho “Terras Devolutas nização ou fins educativos de assis‑ sua maioria em áreas de fronteiras, de sas em pena ou multa, forem reva‑ nas Constituições Republicanas”, conclui tência técnica e de readaptação. difícil acesso, que poderão ser ‘destina‑ 54 lidadas por esta Lei; conceituando que são terras devolutas, as das’ para uso diversificado (Tabela 22). 55

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 d) As que não se acharem ocupadas terras públicas lato sensu, indeterminadas Na alínea primeira, descreve que; Dessa forma pode-se evitar: a prática ile‑ por posses, que, apesar de não se ou determináveis, sem nenhuma utilização gal do uso da terra; a ocupação e a ex‑ fundarem em título legal, forem le‑ pública específica e que não se encontram, [...] somente se admitirá a existência ploração dos recursos naturais de forma gitimadas por esta Lei.25 por qualquer título, integradas ao domínio de imóveis de propriedade pública, desordenada, principalmente pela defi‑ O Decreto-Lei nº 9.760 de 05 de setem‑ privado. Quando determinadas via ação dis‑ com objetivos diversos previsto nes‑ ciência na fiscalização, no controle e no

bro de 1946, que dispõe sobre os bens mó‑ criminatória, passam a ser terras públicas te Artigo em caráter transitório, des‑ monitoramento da terra. DO ACRE. E A ECONOMIA

veis da União, em seu Art. 5º dá a seguinte stricto sensu. 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO conceituação: são terras devolutas, na faixa Finalizado o processo discriminatório, as de fronteiras, nos Territórios Federais e no terras devolutas passam a serem denomi‑ Distrito Federal, as terras que, não sendo nadas de terras públicas, as quais o Poder Tabela 22. Terras Devolutas – Terras Públicas do Estado do Acre, 2006 próprias nem aplicadas a algum uso público Público deve dar uma destinação, haja vista Nº IMÓVEL LOCALIZAÇÃO ÁREA (ha) DESTINAÇÃO federal, estadual, territorial ou municipal, que o Estado não pode ser proprietário de 26 não se incorporaram ao domínio privado. terras sem destinação que a Lei específica. 01 Gleba Lucero Porá Sena Madureira 1.929,0000 Sem destinação (SUB-JUDICE) a) Por força da Lei nº 601, de 18 de se‑ As terras públicas de domínio da União, caso Sem Destinação (área de difícil tembro de 1850, Decreto nº. 1.318, de não tenham destinação especifica são, prio‑ 02 Gleba Ceará Cruzeiro do Sul 2.200,0000 30 de janeiro de 1854, e outras Leis e De‑ ritariamente, destinadas para fins de Refor‑ acesso) cretos gerais, Federais e Estaduais; ma Agrária.27 Área sem destinação (área de 03 Gleba Silêncio Cruzeiro do Sul 3.800,0000 b) Em virtude de alienação, concessão ou A Constituição Federal, em seu Artigo 188, difícil acesso) reconhecimento por parte da União ou apresenta a seguinte disposição: “A destinação INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS dos Estados; de terras públicas e devolutas será compatibi‑ Área sem destinação (área de 04 Gleba Monte Alegre Rodrigues Alves 4.920,0000 c) Em virtude de lei ou concessão emana‑ lizada com a Política Agrícola e com o Plano difícil acesso) da de Governo estrangeiro, ratificada ou Nacional de Reforma Agrária”. Área sem destinação (área de 05 Gleba Ipuá Rodrigues Alves 16.100,0000 reconhecida, expressa ou implicitamen‑ A Lei nº 6.383/76, em seu Artigo 29, dis‑ difícil acesso) te, pelo Brasil, em tratado ou convenção põe que as posses existentes nas áreas po‑ de limites; derão ser legitimadas desde que atendidos TOTAL - 28.949,0000 - d) Em virtude de sentença judicial com for‑ os dispositivos legais: “O ocupante de terras Fonte: INCRA/SR.14/AC, 2005. ça de coisa julgada; públicas, que as tenha tornado produtivas

25 Lima et al, 2003. 26 Cunha Junior, 2005. 27 Lima et al, 2003. Terras Dominicais do Estado do Acre Assim, o Estado do Acre não incorpo‑ referindo-se àquelas terras cujas posses além do permitido legalmente 32. (Tabela ra ao seu patrimônio as ‘terras devolutas’ forem levadas a registros, indevidamente, 23). O dispositivo legal, atualmente em vigor, identificadas em seu espaço territorial, por Tabela 23. Bens dominicais do Estado do Acre – imóveis rurais, 2006 que conceitua Faixa de Fronteira, é a Lei força desses dispositivos legais. Por se en‑ nº 6.634 de 3 de dezembro de 1970, que contrarem inseridas na ‘faixa de fronteira’. E Nº LOTES TOTAL DE ÁREA TOTAL TOTAL DE ÁREA altera o Decreto-Lei nº 1.135, e dá outras se não estivessem nesta condição ainda as‑ Nº IMÓVEL LOCALIZAÇÃO TITULADOS ÁREA A DO IMÓVEL TITULADA (ha) providências. Estipula que por força do Arti‑ sim se aplicariam os efeitos do Decreto-Lei (ha) TITULAR (ha) (ha)

Estrutura Fundiária do Estado go 20 da Constituição Federal/88 pertence nº 9.760/46, por ter sido, o Estado do Acre, 01 Amapá Rio Branco 112 2.241,6717 152,4125 2.394,0842 à União Federal as ‘terras devolutas’ nesta Território Federal.30 28 faixa de 150 km. A Lei nº 4.070 de 15 de junho de 1962, 02 Riozinho Rio Branco 198 9.434,4195 395,3996 9.829,8191 O Decreto-Lei nº 9.760, de 5 de setem‑ que elevou o Território do Acre à categoria 03 Catuaba Rio Branco 23 657,8183 412,3618 1.070,1801 bro de 1946, que dispõe sobre os bens imó‑ de Estado, atribuiu e incorporou ao patrimô‑ veis da União, inclui entre os bens de domí‑ nio do novo Estado, entre bens e serviços 04 Extrema Rio Branco 502 16.952,3953 2.718,8216 19.671,2169 nio da União, entre outros enumerados, as públicos, também os bens imóveis, confor‑ 05 Carão Rio Branco 30 1.429,5325 322,2175 1.751,7500 ’terras devolutas’ na faixa de fronteira e nos me menciona o Artigo 9º, § 3: territórios federais. 06 Corredeira Rio Branco 17 118,8343 312,7538 431,5881

07 Nova Empresa Rio Branco 226 7.984,8759 186,0157 8.170,8916 Artigo 1º. É considerada área in‑ “Todos os bens móveis e imóveis, Acre dispensável à Segurança Nacio‑ encargos e rendimentos, inclusi‑ 08 Belo Jardim Rio Branco 25 814,4779 112,2928 926,7707 nal a Faixa interna de 150 km de ve os de natureza fiscal, direitos 09 Empresa 1 Rio Branco 1276 55.833,1626 20.310,0354 76.143,1980 do Estado Fundiária Estrutura Acre largura, paralela à linha divisória e obrigações relativos aos servi‑ terrestre do Território nacional ços mantidos pela União no Ter‑ 10 Vista Alegre Rio Branco 07 226,1262 720,9772 947,1034 56 57 que será designada como Faixa ritório, passarão ao patrimônio 11 Bela Flor Epitaciolândia 365 15.777,6541 2.080,9546 17.858,6087 E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 de Fronteira. do novo Estado sem indenização Artigo 5º - São devolutas, na fai‑ na data da promulgação de sua 12 Nazaré Brasiléia 179 8.462,2583 910,7731 9.373,0314 xa de fronteira, nos Territórios constituição”. 13 Paraguassú Assis Brasil 17 372,1627 125,4373 497,6000 Federais e no Distrito Federal, as terras que, não sendo próprias As terras devolutas, apesar de públicas, 14 Stº Antonio 2 Xapuri 62 1.622,2359 604,3267 2.226,5626

nem aplicadas a algum uso pú‑ não podem ser disponibilizadas como bens Fontenile de DO ACRE. E A ECONOMIA 15 Xapuri 13 290,6375 631,3435 921,9810 31 Castro blico Federal, Estadual ou Mu‑ dominicais. 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO nicipal, não se incorporaram ao As terras devolutas, enquanto devolu‑ 16 Porto Manso Xapuri 52 3.461,5739 4.908,9955 8.370,5694 domínio privado. tas, são inalienáveis, indisponíveis, im‑ prescritíveis e são o patrimônio rural, 17 Aquidabam Xapuri 134 14.480,5004 822,3543 15.302,8547 Por exclusão, define o que são terras que, dependendo de sua identificação 18 Triunfo Senador Guiomard 77 2.709,0155 823,5152 3.532,5307 devolutas e determinam a incorporação ao e localização através de procedimento patrimônio da União Federal as terras iden‑ discriminatório ou de arrecadação su‑ 19 União Senador Guiomard 58 2.880,2643 198,6482 3.078,9125 tificadas em discriminatórias administrati‑ mária, podem ser incorporadas ao uni‑ 20 Monte Alegre Plácido de Castro 16 948,9192 231,2490 1.180,1682 vas ou judiciais, na faixa de fronteira e nos verso dos bens da União ou Estado, atra‑ Territórios Federais. vés do competente registro imobiliário, 21 Liege Feijó 122 5.831,9094 1.987,0906 7.819,0000 Reconhece situações jurídicas consti‑ nos termos dos Artigos 13 ou 28 da Lei 22 Assis Brasil Cruzeiro do Sul 154 3.479,6754 300,3246 3.780,0000 tuídas desde o advento da Lei Imperial nº nº 6.383, de 15 de dezembro de 1976.

601 de 18 outubro de 1850, regulamentada As terras do Estado do Acre apresen‑ 23 Corcovado Tarauacá 132 2.601,4853 0,0000 2.601,4853 INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS

através do Decreto nº 1.318, de 30 de janei‑ tam situações jurídicas distintas: terras 24 Rodrigues Alves Rodrigues Alves 89 980,4604 0,0000 980,4604 ro de 1854, respeitado, para reconhecimen‑ com domínio titulado pelo Estado do to de domínio particular, o limite imposto Amazonas, da República da Bolívia, e as 25 Miritizal Cruzeiro do Sul 200 2.768,0856 7.641,9140 10.409,9996 pela Constituição de 1946, de 10.000,0000 reconhecidas pelo INCRA, por Título de hectares, sendo que hoje o limite Constitu‑ Reconhecimento de Domínio – TDR, Ter‑ TOTAL - 4086 162.360,1521 46.910,2145 209.270,3666 cional imposto ao INCRA é de 2.500,0000 mo de Reconhecimento, caracterizando Fontes: INCRA/SR/14/AC e CPI – Resolução nº 4, 19/03/2003. hectares.29 o real destaque do patrimônio público e

28 Informativo. Vicente Manoel Souza Brito, Procurador Federal. Matrícula 0724077 – OAB-AC Nº 376. 32 Plano de Extinção a Ocupação Ilegal e/ou Detenção de Terras Públicas Federais na Faixa de Fronteira e na 29 Plano de Extinção à Ocupação Ilegal e/ou Detenção de Terras Públicas Federais na Faixa de Fronteira e na Região do Ex-Território Federal do Acre. (Portaria/INCRA/P/Nº 41 de 26. 01.1999). Rio Branco-AC. Região do Ex-Território Federal do Acre. (Portaria/INCRA/P/Nº 41 de 26. 01.1999). Rio Branco-AC. 30 Idem. 31 Informativo. Vicente Manoel Souza Brito, Procurador Federal. Matricula 0724077 – OAB-AC Nº 376. O território que hoje constitui o Estado lizado na faixa de terra compreendida entre MUNICÍPIO DE RIO BRANCO Área a ser legitimada do Acre foi incorporado ao Brasil por força as linhas divisória Beni-Javari, (ou Javari‑ Denominação Matrícula (n.) Serventia (ha) do Tratado de Petrópolis. Através do Decre‑ -Beni) ou ainda, Cunha Gomes, antigo limite to Legislativo nº 1.181, de 25 de fevereiro legal. E não o limite de fato (linha de 1943), Corredeira 312,7538 1.168, à fl. 01 do Livro 02 1ª SRI - RBO de 1904, foi fixada a Administração Provi‑ entre o Estado do Amazonas e o antigo Ter‑ Vista Alegre 720,9772 1.323, à fls. 43 do Livro 3-D 1ª SRI - RBO sória do Território do Acre, que, em 1962, ritório do Acre, fixado pelo Decreto Federal MUNICÍPIO DE XAPURI 34 é elevado à condição de Estado membro 5.188/04. Este decreto organizou o Terri‑ Área a ser legitimada Denominação Matrícula (n.) Serventia Estrutura Fundiária do Estado da Federação. tório e o novo limite do Acre com o Amazo‑ (ha) Assim sendo, todas as terras públicas acre‑ nas, estabelecido pelo Artigo 12 § 5º, do Ato Santo Antonio 604,3267 1.114, à fl. 68 do Livro 3-D SRI – XAPURI anas, incluídas as ‘devolutas’, pertencem à da Disposição Constitucional Transitória, da Porto Manso 4.908,9955 555, à fl. 68 do Livro 3-C SRI – XAPURI

União Federal. Excluídas aquelas adquiri‑ Constituição de 1988, cuja materialização Aquidabam 882,3543 41, à fl. 42 do Livro 2 SRI – XAPURI das pelo Estado, a qualquer título, incorpo‑ já foi determinada ao Instituto Brasileiro de Fontinele de Castro 631.3535 124.afl 131 do livro 2 SRI - XAPURI radas a seu patrimônio como bens domini‑ Geografia e Estatística– IBGE, pelo Supremo MUNICÍPIO DE SENADOR GUIOMARD cais por título legítimo. Tribunal Federal nos Autos da Ação Cível Área a ser legitimada Denominação Matrícula (n.) Serventia Alguns “agraristas” acreanos têm defendi Originária nº 415 – 2° Distrito Federal, ten‑ (ha) do a redução da ‘faixa de fronteiras’ que hoje do como autor o Estado do Acre e como réus Triunfo 823,5152 2.544, às fls. 50/51 do Livro 3-E 1ª SRI – RBO é de 150 km para o limite histórico de 66 km, os Estados do Amazonas e Rondônia. União (Nova Vista) 198,6482 4.259, à fl. 45 do Livro 3-J 1ª SRI – RBO ou 10 léguas de que fala a Lei nº 601/1859. A Dados fornecidos pela Superintendên‑ Acre primeira Lei de Terras brasileira. cia Regional do INCRA no Acre – SR/14/ MUNICÍPIO DE PLÁCIDO DE CASTRO Segundo o estudo Estrutura Fundiária AC indicam que existem 25 imóveis sob o Área a ser legitimada Denominação Matrícula (n.) Serventia do Estado Fundiária Estrutura Acre do Acre: Perfil Jurídico e Dominialidade da domínio do Estado, distribuídos em diversos (ha) Terra Acreana (ACRE, 1999), a Constituição municípios, inclusive em Rio Branco. Com‑ Monte Alegre (Encrenca) 231,2490 2.866, à fl. 47 do Livro 2-J-2 1ª SRI – RBO 58 Federal, modificada em 1988, torna flexível preendem uma área total de 209.270,3666 59 MUNICÍPIO DE EPITACIOLÃNDIA E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 essa ‘faixa de fronteira’, podendo ser com‑ hectares, destes, 4.086 lotes são ‘titulados’, Área a ser legitimada Denominação Matrícula (n.) Serventia primida ou estendida de acordo com as con‑ perfazendo uma área de 162.360,1521 hec‑ (ha) tingências da política nacional. tares, estando em processo de regulariza‑ Bela Flor 2.080,9546 312, à fl. 16 do livro 3-B SRI- BRASILÉIA Esta nova compreensão abre um espaço ção pelo INCRA uma área de 46.910,2145 para que o Estado pleiteie junto ao Governo hectares. Estas áreas representam 1,27% da MUNICÍPIO DE BRASILÉIA E A ECONOMIA DO ACRE. E A ECONOMIA Federal uma limitação dessa área, incorpo‑ área total do Estado. Área a ser legitimada Denominação Matrícula (n.) Serventia (ha) rando ao domínio estadual parte do que hoje A Lei Estadual nº 1957 de 04/dez/2007 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO 33 está sob o domínio da União . relaciona, no seu anexo único as terras domi‑ Nazaré 910,7731 311, à fl. 119 do Livro 2 SRI – BRASILÉIA As ‘terras devolutas’ que constituem pa‑ nicais, para efeito de legitimação de posse e a MUNICÍPIO DE FEIJÓ trimônio público (latu sensu) do Estado do alienação de terras públicas rurais, para efei‑ Área a ser legitimada Denominação Matrícula (n.) Serventia Acre, com direito a arrecadá-las e matriculá‑ to de regularização fundiária, caracterizando (ha) -las em seu nome, são as identificadas em como áreas dos antigos núcleos coloniais Seringal Liege 1.987,0609 47, à fl. 78, do Livro 2-A 6 SRI – FEIJÓ ‘processo discriminatório’ ou ‘sumário’, loca‑ Agrícolas do Estado do Acre (Tabela 24). MUNICÍPIO DE TARAUACÁ

Área a ser legitimada Tabela 24. Antigos Núcleos Coloniais Agrícolas do Estado do Acre Denominação Matrícula (n.) Serventia (ha) MUNICÍPIO DE RIO BRANCO Gleba Cocorvado 130 997.afl 75 do livro 3- E SRI - Feijó Área a ser legitimada Denominação Matrícula (n.) Serventia (ha) MUNICÍPIO DE CRUZEIRO DO SUL Amapá 152,4125 2.728, à fl. 55 do Livro 3-F 1ª SRI - RBO Área a ser legitimada

Denominação Matrícula (n.) Serventia INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS Riozinho 395,3996 3.462, à fl. 209 do Livro 3-H 1ª SRI - RBO (ha) Extrema 2.718,8216 543, à fl. 294 do Livro 02 1ª SRI - RBO Gleba Miritizal 7.641,9140 220, à fl. 22 do Livro 2-A SRI – CZS Nova Empresa 186,0157 4.152, à fl. 211 do Livro n. 2-I-2 1ª SRI - RBO Gleba Assis Brasil 300,3246 200, às fls. 33/39 do Livro 3-C SRI – CZS

Empresa 20.310,0354 2.548, fl. 187 do Livro n. 2-H-2 1ª SRI - RBO MUNICÍPIO DE ASSIS BRASIL Belo Jardim 112,2928 3.453, à fl. 203 do Livro 3-H 1ª SRI - RBO Área a ser legitimada Denominação Matrícula (n.) Serventia (ha) 10.947 e 10.948, às fls. 71/72 do Livro Catuaba 412,3618 1ª SRI - RBO 2-BC Gleba Paraguaçu 125,4373 85, à fl. 42 do Livro 3-A SRI – BRASILÉIA Carão 322,2175 1.170, à fl. 01 do Livro 02 1ª SRI - RBO ÁREA TOTAL A SER LEGITIMADA NO ACRE = 47.100,1848 HECTARES Fonte: Anexo único Lei Estadual 1957 de 04/12/2007. 33 Acre, 2000. 34 Plano de Extinção a Ocupação Ilegal e/ou Detenção de Terras Públicas Federais na Faixa de Fronteira e na Região do Ex-Território Federal do Acre. (Portaria/INCRA/P/Nº 41 de 26. 01.1999). Rio Branco-AC. Pagina 11. Imóveis Rurais sob Domínio de Particu- Verifica-se então que, também no Códi‑ mesmas em outras, especialmente em se tra‑ cumentos de titulações, ou são promitentes lares go Civil, o direito de domínio é condiciona‑ tando de terras públicas. A partir de então compradores que detêm as posses, ou são os do pelo cumprimento da função social da qualquer alteração ou inclusão de imóveis titulares das posses oriundas de concessões A Lei nº 4504/1964 em seu Artigo 4°, propriedade, que a Constituição Federal no SNCR, só é efetivada, quando cumprida de usos fornecidas pelos Governos Federal, define como Imóvel Rural o prédio rústico, assim define: tal exigência. Apenas uma parcela dos dados Estadual ou Municipal. A forma de detenção de área contínua qualquer que seja a sua cadastrais é obtida através de levantamento pode ser individual (somente uma pessoa de‑ localização que se destina à exploração ex‑ Art. 186. A função social é cumpri‑ realizado pelo próprio INCRA, quando há re‑ tém o imóvel rural); em comum (condomínio

Estrutura Fundiária do Estado trativa agrícola, pecuária ou agro-industrial. da quando a propriedade rural atende, giões ou imóveis interessantes para fins de ou com posse, quando mais de uma pessoa Mas, o Art. 12, dessa mesma Lei atribui à simultaneamente, segundo critérios e reforma agrária (LIMA, 2004). detém o imóvel rural). Entende-se por rela‑ propriedade privada da terra o cumprimen‑ graus de exigência estabelecidos em lei, O Manual de Orientação para Preenchi‑ ção de uso temporário da terra: a parceria, o to da função social e o condicionamento de aos seguintes requisitos: mento da Declaração para Cadastro de Imó‑ arrendamento e o comodato (LIMA, 2004). seu uso ao bem-estar coletivo previsto na I – aproveitamento racional vel Rural define como imóvel rural: Conforme o Art. 4º do Estatuto da Ter‑ Constituição Federal. e adequado; “prédio rústico de área contínua, qual‑ ra (Lei 4.504/64), combinado com o Art. 4º O direito de propriedade encontra ampa‑ II – utilização adequada dos recursos quer que seja sua localização, que se destine da Lei nº 8.629/1993, de acordo com sua ro na Constituição Federal de 1988, confor‑ naturais disponíveis e preservação do ou possa se destinar à exploração agrícola, dimensão, os imóveis rurais podem ser ca‑ me o caput do artigo 5º, XXII e XXIII: meio ambiente; pecuária, extrativa vegetal, florestal ou agro‑ racterizadas como: Minifúndio, quando o III – observância das disposições que -industrial”, nos termos da Lei n.º 8.629, de imóvel rural possui área e possibilidades in‑ Art. 5. Todos são iguais perante a regulam as relações de trabalho; 25 de fevereiro de 1993. feriores às da propriedade familiar; Pequena Acre lei, sem distinção de qualquer natureza, IV – exploração que favore‑ [...] considera-se como um único imóvel, Propriedade, quando possuem área compre‑ garantindo-se aos brasileiros e aos estran‑ ça o bem-estar dos proprietários e uma ou mais áreas confinantes, registradas endida entre 1 (um) e 4 (quatro) módulos Estrutura Fundiária do Estado Fundiária Estrutura Acre geiros residentes no país a inviolabilidade dos trabalhadores. ou não, pertencentes ao mesmo proprietário fiscais; Média Propriedade, quando possui do direito à vida, à liberdade, à igual‑ ou posseiro, de forma individual ou em co‑ área superior a 4 (quatro) e até 15 (quin‑ 60 dade, à segurança e à propriedade, nos A propriedade da terra não é mais di‑ mum (condomínio ou composse), mesmo na ze) módulos fiscais; e, Grande Propriedade, 61

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 termos seguintes: reito absoluto, sobre ela pesa um dever ocorrência das hipóteses abaixo: quando possui área superior a 15 (quinze) [...] social, o qual se não cumprido, ensejará a I – estar situado total ou parcialmente módulos fiscais. XXII – é garantido o direito desapropriação constitucional. De acor‑ em um ou mais municípios; A Propriedade Familiar é definida no de propriedade; do D’Assumpção (1996), constitui-se em II – estar situado total ou parcialmente inciso II, do Art. 4º, da Lei nº 4.504/1964, XXIII – a propriedade atenderá sua uma propriedade agrária particular, o em zona rural ou urbana; como:

função social. imóvel rural devidamente matriculado no III – ter interrupções físicas tais como: DO ACRE. E A ECONOMIA

Registro de Imóveis em nome do detentor cursos d’água e estradas, desde que seja [...] o imóvel rural que, direta e pesso‑ 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO O Código Civil (Lei nº 10.406/2002), sobre ou proprietário. mantida a unidade econômica, ativa ou po‑ almente explorado pelo agricultor e sua o direito de propriedade, dispõe: O Sistema Nacional de Cadastro Rural tencial (INCRA, 2002). família, lhes absorva toda a força de tra‑ (SNCR), instituído pela Lei nº 5.868/1972, O formulário de Dados Pessoais e de balho, garantindo-lhes a subsistência e o Art. 1.228. O proprietário tem a facul‑ tem por objetivo integrar e sistematizar as Relacionamentos, constante da Decla‑ progresso social e econômico, com área dade de usar, gozar e dispor da coisa, e o informações sobre a posse e uso dos imóveis ração para Cadastro de Imóveis Rurais, máxima fixada para cada região e tipo direito de reavê-la do poder de quem quer rurais. O Cadastro Rural é caracterizado por destina-se ao cadastro das pessoas físicas de exploração, e eventualmente, traba‑ que injustamente a possua ou detenha. seu aspecto declaratório, ou seja, os dados e jurídicas, (incluindo os Órgãos Públicos lhado com a ajuda de terceiros. §1º O direito de propriedade deve ser literais são informados através de formulá‑ Federais, Estaduais ou Municipais - da ad‑ exercido em consonância com as suas fina‑ rios preenchidos pelo proprietário ou deten‑ ministração direta ou indireta) que este‑ No caso do Acre, os Módulos Fiscais lidades econômicas e sociais e de modo que tor do imóvel. Trata-se de declaração unila‑ jam vinculadas a um imóvel rural, por re‑ variam de 70 hectares até 100 hectares. sejam preservados, de conformidade com o teral, aceita como verdadeira, mas passível lação de detenção a qualquer título ou por Para os municípios de Rio Branco, Bujari,

estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, de fiscalização cadastral. relação de uso temporário da terra (LIMA, Capixaba e Porto Acre, são considerados INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e A Lei nº 10.267/2001 exige que as de‑ 2004). minifúndios as propriedades com áreas in‑ o patrimônio histórico e artístico, bem como clarações relativas a propriedades de justo A detenção a qualquer título consiste feriores a 70 hectares, enquanto as peque‑ evitada a poluição do ar e das águas. título devem ser acompanhadas de mapas em: propriedade, enfiteuse, usufruto, posse nas propriedades são aquelas cujas áreas §2º São defesos os atos que não trazem e memoriais descritivos produzidos por a justo título e posse por simples. A posse a variam de 70 hectares a 280 hectares. As ao proprietário qualquer comodidade, ou tecnologia de posicionamento geográfico justo título é aquela onde os posseiros pos‑ médias propriedades são as que possuem utilidade, e sejam animados pela inten‑ e imagens de satélite, para tornar possí‑ suem documentos de titulações não regis‑ áreas superiores a 280,0000 hectares e até ção de prejudicar outrem. vel a verificação da situação destas áreas trados. Enquanto os posseiros por simples 1.050,0000 hectares. Acima disso estão as e a ocorrência ou não de superposição das ocupação são aqueles que não possuem do‑ grandes propriedades rurais. Para os demais Municípios, são minifún‑ aproximadamente 31,4% (1.815.742,6000 (86.319,5000 hectares) da regional. Cerca de As Regionais com seus respectivos Municí‑ dios os imóveis com áreas inferiores a 100 hectares) das terras cadastradas no Estado. 17,27% (350) dos imóveis situam-se na faixa pios podem ser observados na Figura 4. hectares, desse patamar até 400 hectares Cerca de 93,8% (11.069) dos imóveis dessa de entre 100,0100 até 10.000,0000 hecta‑ situam-se as pequenas propriedades. As mé‑ regional, possuem áreas de até 100,0000 res, os quais abrangem 32,6% (536.160,3000 5. Considerações Finais dias propriedades são aquelas que possuem hectares, as quais totalizam 29,5% hectares)da superfície dessa regional Os imó‑ áreas superiores e até 400 hectares e até (536.179,9000 hectares) da área aí cadas‑ veis com áreas maiores que 10.000,0000 hec‑ O contexto fundiário apresentado e ex‑ 1.500 hectares. Acima disso situam-se as trada. Esses imóveis estão localizados prin‑ tares são cerca de 1,4% (28), atingindo cerca planado é definitivamente dotado de inú‑

Estrutura Fundiária do Estado grandes propriedades rurais. cipalmente nos Municípios de Rio Branco, de 62% (1.022.371,4000 hectares) das terras meras nuances que delineiam a estrutura Os números oficiais do INCRA, constan‑ Senador Guiomard e Plácido de Castro. Cer‑ cadastradas nessa regional, cuja maior con‑ agrária do Estado. Entretanto, é evidente tes no Sistema Nacional de Cadastro Rural ca de 6,3% (713) dos imóveis dessa regional centração é no Município de Sena Madureira. a orientação que caracteriza a distribuição - SNCR, demonstram que, até 2005, cerca possuem áreas variando entre 100,0100 e a ocupação dos espaços no território, ou de 38 % (5.783.398,3000 hectares) das ter‑ e 10.000,0000 hectares, representando Regional de Desenvolvimento do Ta- seja, as modalidades e métodos de aprovei‑ ras do Acre, ou seja, 21.157 imóveis rurais, 41,5% (752.524,90 hectares) das terras. Os rauacá/Envira tamento das áreas, conforme a natureza e a estavam cadastradas sob domínio particular, imóveis com áreas superiores a 10.000,00 especificidades das regiões e das regionais. compreendendo: propriedades particulares; hectares representam 0,2% (24) do total e A Regional de desenvolvimento do Taraua‑ Tal abordagem, sem dúvida, viabiliza clare‑ propriedades particulares com parte destas atingem a 29,0% (527.038,70 hectares) da cá/Envira contribui com 10,4 % dos imóveis za ao processo que determina a organização definidas como apossamento; posses a justo superfície, concentrando-se principalmente cadastrados (2.201), correspondente a 17,3 fundiária, seus objetivos e suas deficiências. título; e, posses por simples ocupação. Das em Rio Branco. % (1.000.862,3000 hectares) das terras ca‑ O presente diagnóstico Fundiário do Es‑ Acre áreas sob domínio particular, 92 imóveis (0,4 dastradas no Estado. Aproximadamente de tado do Acre buscou oferecer um quadro %) possuem área acima de 10.000,0000 Regional de Desenvolvimento do Alto 88,4 % (1.945) dos imóveis possuem área amplo e dinâmico da questão agrária, sua Estrutura Fundiária do Estado Fundiária Estrutura Acre hectares, ocupando cerca de 44 % das ter‑ Acre de até 100,0 hectares, ocupando 12,43 % evolução, diretrizes, metas e realizações. E ras cadastradas (2.545.649,9000 hectares). (124.454,1000 hectares) da superfície regio‑ é com base nesta compreensão do proces‑ 62 Outros 1.091 imóveis (9,1 %) apresentam Nessa regional verifica-se cerca de nal. Distribuídos principalmente em Tarauacá. so fundiário no Estado, em paralelo com a 63

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 áreas menores que 10.000,0000 e maiores 13,6% dos imóveis cadastrados (2.943), Cerca de 10,90 % (240) dos imóveis situam-se situação da questão fundiária no País, que que 100,0000 hectares e ocupam aproxi‑ que representam cerca de 12,6% na faixa de entre 100,0100 até 10.000,0000 podemos visualizar as necessidades ime‑ madamente 39 % das terras cadastradas (728.813,50 hectares) da área cadastrada hectares, abrangendo 44,3 % (443.491,00 diatas, bem como, as alternativas e provi‑ (2.235.516,4000 hectares). no Estado. Os imóveis com áreas de até hectares) de sua superfície. Os imóveis com dencias que devem ser objeto de discussão Nesse intervalo estão compreendidas as 100,00 ha totalizam 19,1% (139.174,1 áreas superiores a 10.000,00 hectares con‑ pelas diversas instancias e esferas de poder.

áreas dos Projetos de Assentamentos Agro‑ hectares) da área e 86,7% (2.552) dos centram-se no Município de Feijó, os quais Isto, tendo em vista a definição de questões DO ACRE. E A ECONOMIA

extrativistas, Projetos de Desenvolvimento imóveis cadastrados nessa regional. Es‑ representam 0,7% (16) do total e atingem a determinantes que impedem a salutar reso‑ 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO Sustentável e os Projetos de Assentamen‑ ses imóveis concentram-se principal‑ 43,5 % (432.971,20 hectares) das terras. lução dos contextos conflituosos relaciona‑ tos Florestais. Os imóveis com área igual ou mente nos municípios de Brasiléia e dos à posse e ao domínio de várias áreas no inferior a 100,0000 hectares ocupam ape‑ Capixaba. Nessa regional, 12,9% (381) Regional de Desenvolvimento do Juruá Estado do Acre. nas cerca de 17 % das terras cadastradas dos imóveis possui área variando entre Contudo, podemos observar que: (1.002.232,0000 hectares), totalizando 100,01 e 10.000,00 hectares, represen‑ Nessa regional estão cadastrados, 1. As ações discriminatórias realizadas pelo 19.154 imóveis (90,5 %), compreendendo tando 42,8% (312.017,20 hectares) das 10,3% imóveis (2.180), representando 10,6% INCRA e os demais estudos a elas rela‑ as pequenas propriedades rurais, onde se terras e 0,3% (10) dos imóveis possui (593.128,7000 hectares) da área cadastra‑ cionadas devem ser retomados, vez que, inserem as unidades parcelares de todos os mais de 10.000,00 ha e ocupam 38,1% da no Estado. Os imóveis com áreas de até atualmente podemos notar a existência Projetos de Assentamentos em moldes tradi‑ (277.622,20 hectares) da superfície, con‑ 100,0000 ha totalizam 19,5% (116.105,3000 de alguns “claros” fundiários no mapa cionais (uso agrícola) oficializados pelo IN‑ centrados em Xapuri. hectares) da área e 88,9% (1939) daqueles do Estado. CRA e os minifúndios, dos quais fazem parte cadastrados nessa regional, e concentram-se 2. Uma linguagem única de abordagem e

as unidades parcelares dos Projetos Casulos Regional de Desenvolvimento do Purus principalmente no Município de Cruzeiro do interpretação da real extensão do Estado INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS e dos Pólos Agroflorestais do Estado. Sul. Aproximadamente 10,4% (227) dos imó‑ do Acre após o incremento das áreas do Na Regional de Desenvolvimento do Purus veis dessa regional possuem áreas variando Estado do Amazonas e, eventualmente do A Regional de Desenvolvimento do verifica-se a maior concentração de terra, pois, entre 100,01 e 10.000,0000 hectares repre‑ Estado de Rondônia, deve ser definida, Baixo Acre possui apenas 9,6% (2.027) dos imóveis ca‑ sentando 32,3 % (191.323,0000 hectares) visando o regular desenvolvimento da dastrados do Estado, os quais ocupam 28,4% das terras. Cerca de 0,6% (14) dos imóveis região. Utilização da base cartográfica ofi‑ A Regional de desenvolvimento do Baixo (1.644.851,2000 hectares) da superfície. Em dessa regional possuem mais e 10.000,0000 cial do Estado (1:000.000). Acre contribui com cerca de 55,8% dos imó‑ torno de 81,4% (1.649) dos imóveis possuem hectares e ocupam 48,2% (285.700,4000 3. Os problemas de superposição de áreas, veis cadastrados (11.806), correspondente a até 100,000 hectares, ocupando apenas 5,2% hectares) de sua superfície. como por exemplo: as RESEX`s e Terras Indígenas; áreas indígenas e projetos de nicipais estabelecem no item “Conclu‑ assentamento precisam ser alvo de apre‑ são ao Parecer da Relatoria”, recomen‑ ciação e ações que ofereçam maior clare‑ dações aos órgãos Públicos, Estaduais e za aos dados topográficos e definição as Federais, quanto aos procedimentos ju‑ questões legais relacionadas. rídicos e administrativos a serem reali‑ 4. A Revisão dos critérios e procedimen‑ zados para o cumprimento das orienta‑ tos normativos institucionais que con‑ ções, onde destacamos como principais:

Estrutura Fundiária do Estado dicionam a regularização fundiária em Áreas da União é fundamental para a) Ao Instituto Nacional de Colonização e uma ação efetiva do INCRA, em face ao Reforma Agrária: contexto fundiário do Estado. Isto, ten‑ Ter domínio sobre Faixa de Fronteira do em vista que o procedimento atual de 66 Km e proceder a retificação da ‘fai‑ limita-se as posses até 100,00 hectares. xa de fronteira’ compreendida entre 66 e 5. A celeridade na conclusão dos pro‑ 150 Km. cessos de discriminação de terras que estão em andamento, bem como, uma b) Ao Governo do Estado dinâmica maior nas ações que possi‑ Incorporação ao domínio estadual das bilitam o reconhecimento do domínio ‘terras devolutas’ localizadas na ‘faixa de Acre privado ou mesmo a arrecadação de fronteira’, entre 66 e 150 Km, com as limi‑ terras em nome da União, é essencial tações legais a serem estabelecidas para Estrutura Fundiária do Estado Fundiária Estrutura Acre para que seja viável o ordenamento, o alienação e concessão, através de regula‑ direcionamento e a execução das pro‑ rização da Lei nº 4.070 de 15 de junho 64 postas e ações necessárias ao regular de 1962 ou Lei complementar; e atuar, 65

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 desenvolvimento da reforma agrária e através da Procuradoria Geral do Estado a solução de questões fundiárias. Nes‑ – PGE, para o deslinde definitivo da fron‑ te sentido, basta observar que existem teira interestadual com o Amazonas e in‑ conflitos que já duram duas décadas, corporação das áreas localizadas acima em detrimento de indefinição dominial. da atual ‘Linha Cunha Gomes’ como parte

6. Uma definição a respeito das áreas integrante da soberania acreana. DO ACRE. E A ECONOMIA

desapropriadas para as RESEX pelo 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO IBAMA é de vital importância para a c) Ao Governo Federal regular proteção e desenvolvimento Com prévia anuência do Conselho destas, vez que muitas áreas ainda con‑ de Defesa Nacional, efetivar a ‘doação’, tinuam pendentes de pagamento das a ‘título gratuito’, ou ‘concessão de uso respectivas indenizações. das terras devolutas federais’, situa‑ 7. Os trabalhos realizados através das Co‑ das na ‘faixa de fronteira’ de 66 Km e missões Parlamentares de Inquéritos da Unidade de Conservação Parque para Redefinições dos Limites Intermu‑ Estadual Chandless. egionais do Estado do Acre com os novos limites Municipais e a inclusão da Nova Linha Cunha Gomes. Municipais e a inclusão da Nova com os novos limites egionais do Estado Acre ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS Mapa das R

Figura 04. Figura II, 2006. Fase do ZEE/AC, Base de dados geográficos Fonte: Livro Temático | Volume 5 POPULAÇÃO E CONDIÇÕES Coleção Temática do ZEE DE VIDA Aspectos Socioeconômicos População e as Condições de Vida, bb Texto: José Antonio Sena do Nascimento1 Infraestrutura e a Economia do Acre Magaly da Fonseca e Silva Taveira Medeiros2

1. INTRODUÇÃO

dinâmica demográfica no contex‑ A análise do crescimento da população to brasileiro tem repercussões no acreana foi feita a partir dos dados do Censo território acreano e que ultrapassa Demográfico (2000) e Contagem Populacio‑ a mera análise populacional, ne‑ nal (2007) do Instituto Brasileiro de Geo‑ Acessitando de análise de condicionantes da grafia e Estatística – IBGE, além dos dados situação social, econômica, política e cultu‑ disponíveis em algumas instituições do Go‑  POPULAÇÃO E CONDIÇÕES DE VIDA E CONDIÇÕES POPULAÇÃO ral. Portanto, a formação social e territorial verno do Estado do Acre. Para os indicado‑ acreana é, sobretudo, uma expressão da re‑ res sociais relativos a trabalho e rendimen‑ alidade social, a partir da representação dos to, educação, saneamento, abastecimento de 67 dados demográficos numa perspectiva de água, coleta de resíduos sólidos, esgotamen‑ espaço e tempo. to sanitário, aspectos demográficos e ao IDH, Os dados representam a realidade, mas é foram utilizados os dados publicados pelo a compreensão dos processos que permite IBGE e calculados a partir das informações apreender o movimento da população que coletadas na Pesquisa Nacional por amostra

Capítulo promove as mudanças e transformações, in‑ de Domicílios – PNAD que são publicados, DO ACRE. E A ECONOMIA

clusive, na expressão social das informações anualmente, na “Síntese de Indicadores So‑ 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO População e Condições de Vida quantificadas numa perspectiva espacial. ciais”3 , desagregados para as Regiões, Uni‑ Diferentes contingentes da população dades da Federação e Regiões Metropolita‑ participam de uma estruturação, crescimen‑ nas; ou seja, não apresentam indicadores em to e de um movimento que, apresentando nível de município.4 Outros cálculos estatís‑ particularidades, impossibilitam análises ticos necessários foram elaborados, a partir generalistas e destituídas de maiores impli‑ de orientações de profissionais da área e de cações. Nesse sentido, deve-se ressaltar a consulta à bibliografia especializada. 2 necessidade de se pensar a população como O trabalho foi dividido da seguinte for‑ um conjunto de pessoas que partilham de ma: Inicialmente, foi feita uma breve contex‑ um mesmo espaço, mas não necessariamen‑ tualização dos aspectos históricos relacio‑ te, das mesmas condições de vida quanto nando-os com a evolução da população do

aos aspectos de moradia, educação, saúde, Acre quanto ao crescimento populacional, INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS bens materiais e simbólicos, bem como de aos processos migratórios e de uso da terra participação nas esferas de discussões e que influenciaram nessa dinâmica demográ‑ decisões políticas. fica. Posteriormente, a dinâmica demográfi‑

1 Geógrafo; Mestre em Planejamento Ambiental e Energético; Doutorando em Planejamento Ambiental pela COPPE/ UFRJ | IBGE. 2 Bacharelado e Licenciatura em Ciências Biológicas; Especialista em Ecologia e Manejo de Florestas Tropicais; Mes- tre em Desenvolvimento e Meio Ambiente | Governo do Estado do Acre. 3 Síntese de Indicadores Sociais 2005 / IBGE, Departamento de População e Indicadores Sociais. - Rio de Janeiro: IBGE, 2006. 4 Os indicadores sociais em nível de municípios existem, mas somente são acessados através de Tabulações Espe- ciais, que podem ser obtidas por meio de um processo de negociação institucional entre o IBGE e órgãos públicos, situação que foge à competência da autora deste estudo. Tabela 01. Participação percentual da população urbana sobre a população total, no Brasil e Esta‑ ca do Acre foi analisada, por regional e por É importante mencionar que o Estado dos da região da Amazônia Legal - 1980/1991/2000 categoria das populações, na perspectiva de do Acre acompanhou, de forma geral, os avaliar os processos produtivos relaciona‑ fenômenos ligados à dinâmica da economia Grau de Urbanização (%) dos aos aspectos socioeconômicos e cultu‑ brasileira. Entretanto, esse processo de ocu‑ Brasil e Estados da Amazônia Legal rais na atualidade e, por fim, foram analisa‑ pação provocou um choque de culturas en‑ 1980 1991 2000

POPULAÇÃO E CONDIÇÕES DE VIDA das as condições de vida no Acre, fazendo tre os povos indígenas e os seringueiros, e

um comparativo com as grandes regiões e também com os pequenos produtores rurais BRASIL 67,59 75,59 81,23 unidades da federação. que migraram para o Acre, expulsos de seus locais de origem pela modernização tecno‑ TOTAL REGIÃO 44,90 55,22 68,19 2. A EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO lógica da agricultura, em particular no Sul DO ACRE do Brasil. Acre 43,87 61,89 66,40 A partir de 1975 existiram conflitos rela‑ A análise da evolução e da distribuição cionados com a necessidade da manutenção Amapá 59,19 80,90 89,02 da população acreana no espaço territorial dos recursos naturais e a permanência das do Estado, somente pode ser compreendi‑ populações tradicionais em suas terras, os Amazonas 59,88 71,45 74,80 da no contexto histórico do seu processo quais foram se acirrando e culminaram com de ocupação econômica. Sendo assim, uma a morte de várias lideranças sindicais e ex‑ breve análise desse processo inicia este es‑ trativistas, dentre eles o líder Chico Mendes Maranhão 32,07 40,01 59,51 tudo, com o objetivo de revelar sua influên‑ (ACRE, 2006). Mato grosso 57,51 73,26 79,35 cia, em especial, sobre a situação atual da A década de 80 foi de intenso grau de  POPULAÇÃO E CONDIÇÕES DE VIDA E CONDIÇÕES POPULAÇÃO população acreana. urbanização no contexto brasileiro e cabe O território que hoje pertence ao Estado esclarecer que o Acre seguiu a tendência Pará 48,99 52,45 66,51 68 do Acre teve o seu primeiro ciclo econômi‑ Nacional (e mundial) de concentração da 69

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 co iniciado por volta da segunda metade da população nos centros urbanos, apesar de Rondônia 46,54 58,21 64,09 década de 1800. Esse ciclo, que marcou os se apresentar como um dos Estados brasilei‑ Estados da Amazônia, em geral, esteve asso‑ ros com menor grau de urbanização, mesmo Roraima 61,59 64,72 76,12 ciado com a extração de látex a produção e entre os Estados que compõem a Região da exportação da borracha, cujo consumo tinha Amazônia Legal. (Tabela 1). Tocantins 39,71 57,69 74,31

aumentado significativamente no mercado O período entre 1970 e 2000 no Acre DO ACRE. E A ECONOMIA Fonte: IBGE. Censo Demográfico de 1980, 1991 e 2000.

externo, em razão da expansão das indús‑ foi marcado por um acelerado crescimen‑ 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO trias que usavam a borracha para suprir a to populacional - quando seu contingente tante da média nacional. Essas informações 1980/1991, com 3,01% e a mais alta entre demanda da Europa e EUA, a partir de fins mais que dobrou - e pelo movimento de revelam que a evolução no crescimento po‑ 1970/1980, com 3,42%, conforme demons‑ do Século XIX (ACRE, 2006). urbanização, o qual esteve particularmente pulacional do Acre diferiu da média brasi‑ trado na Tabela 3. Verifica-se outro período A geração de emprego originada no ciclo associado à evolução do sistema produtivo leira. O Estado do Acre manteve uma taxa de maior impulso do crescimento popula‑ da borracha estimulou a vinda de imigrantes nas últimas décadas, sendo marcado pelo média geométrica de crescimento anual em cional no final década dos anos 1990 e que da região nordeste do Brasil para os Estados dinamismo dos setores terciário (comércio torno de 3,0%, ao longo do período de 1950 permaneceu até 2000. Somente entre 2000 da Amazônia. Aliado a esse fator de atração e serviços) e industrial, além da estagnação a 2000, mesmo considerando as oscilações, e 2007 o Acre começou a reduzir essa taxa populacional, a região nordeste passou por do setor primário (em particular das ativida‑ cuja taxa mais baixa foi verificada entre geométrica, apresentando 2,45% (Tabela 2). uma forte seca no período de 1877 a 1879, des agrícolas e extrativas). Em tais circuns‑ Tabela 02. Taxa média geométrica de crescimento anual da população residente, no Brasil e no Acre o que funcionou como fator de expulsão de tâncias, parte da população rural foi atraída - 1950/2007 nordestinos. Contudo, a ocupação do Acre pela possibilidade de trabalho e de acesso

Taxa média geométrica de crescimento anual da população residente (%) INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS apresentou algumas particularidades que aos benefícios ofertados pelo serviço públi‑ Local/Ano merecem destaque, especialmente por suas co (principalmente saúde e educação) nas 1950/1960 1960/1970 1970/1980 1980/1991 1991/2000 2000/2007 conseqüências sociais, culturais e políticas. cidades, o que resultou no avanço do movi‑ Brasil 2,99 2,89 2,48 1,93 1,64 1,20 Nas décadas seguintes a migração se mento de urbanização. intensificou, porém, na seqüência veio o Em 2000, o Brasil atingiu um grau de ur‑ Acre 3,20 3,13 3,42 3,01 3,29 2,45 colapso desse primeiro ciclo de exportação banização de 81,23% e o Acre, 66,4%. Neste da borracha brasileira, acompanhado de um ano o Acre se aproximou da média no grau Fonte: IBGE, 2006. período de estagnação econômica e abando‑ de urbanização dos Estados da Amazônia, no dos seringais (ACRE, 2006). obtendo 68,19%; mas ainda se manteve dis‑ O crescimento populacional verificado 3. A DINÂMICA DEMOGRÁFICA com 1,8 filhos por mulher, e a de maior trava acima da média nacional e até mesmo entre as décadas de 1970 e 1980 (85.977 NO ACRE fecundidade foi a região Norte: 2,9 filhos da região Norte. Em 2005, enquanto o Brasil pessoas), 1991 e 2000 (139.809 pessoas) por mulher. Essa posição do Acre também registrava uma taxa de mortalidade infantil e 1996 e 2007 (171.792 pessoas) esteve A população total do Acre, em 1996, era foi encontrada no caso da taxa bruta de de 25,8%, a da região Norte foi de 26,6%, fortemente associado ao aumento da popu‑ de 483.593 habitantes, dos quais 244.449 natalidade . Enquanto no Brasil a taxa bru‑ estando a do Acre em 32,6%. 6

POPULAÇÃO E CONDIÇÕES DE VIDA lação urbana no Acre. Entre os anos 1970 homens e 239.144 mulheres, onde a rela‑ ta de natalidade foi 20,4%, na região Nor‑ As informações sobre “esperança de e 1980, esse crescimento representou ção homem/mulher correspondia, portan‑ te foi 22,9% e no Acre 26,3%, em 2005. vida ao nascer”, em 2005, revelaram que a Quanto à taxa bruta de mortalidade,7 população brasileira vivia em média 71,9 Tabela 03. População total, população urbana, evolução absoluta, e participação do crescimento verificou-se uma situação mais favorável ao anos e que entre as mulheres essa média da população urbana sobre a população total, Estado do Acre, 1970 - 1980, 1991 – 2000 e 1996 - 2007 Acre, em comparação com a taxa nacional e era mais alta, 75,8 anos. De acordo com mesmo com as regiões Sul e Sudeste (onde a Tabela 5, a região Norte e o Estado do População Urbana População Rural População os indicadores sociais são, usualmente, mais Acre, em 2005, estavam próximos das mé‑ Ano (%) Taxa de Total Absoluto Absoluto (%) (%)VAR. favoráveis). Em 2005, a taxa bruta de mor‑ dias nacionais, tanto entre a população urbanização talidade do Acre, foi de 5,2% e no Brasil de total, respectivamente, com 71,0 e 70,8 1970 215.299 59.439 65,2 168.322 34,8 ------6,3% (Tabela 4). Entretanto, em relação à anos, quanto em relação às mulheres, com taxa de mortalidade infantil,8 esta se encon‑ 74,0 anos e 73,5 anos. 1980 301.276 131.930 66,5 186.659 34,4 84,31 Tabela 04. Taxa de fecundidade total, taxa bruta de natalidade, taxa bruta de mortalidade, taxa de 1991 417.718 258.520 69,1 190.101 30,9 48,85 mortalidade infantil e esperança de vida ao nascer, por sexo, segundo as Grandes Regiões e Unidades da Federação da Região Norte – 2005

1996 483.593 315.404 65,2 168.322 34,8 ------ Grandes Regiões e Taxa Taxa de Esperança de vida ao nascer, por DE VIDA E CONDIÇÕES POPULAÇÃO Taxa de Taxa bruta de Unidades da bruta de mortalidade sexo 2000 557.526 370.267 66,4 187.259 33,6 79,93 fecundidade natalidade Federação da Região mortalidade infantil 70 total (‰) Total Homens Mulheres 71 2007 655.385 464.680 70,9 190.705 29,1 86,89 Norte (‰) (‰) E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5

Fonte: IBGE, Censo Demográfico e Contagem Populacional para os anos 1996 e 2007. SEPLANDS/ACRE, Brasil 2,3 20,4 6,3 25,8 71,9 68,1 75,8 (1991/1996). Norte 2,5 22,9 5,0 26,6 71,0 68,2 74,0

84,31% do aumento no total da população to, com 1,02 homens para cada mulher. Rondônia 2,2 20,8 5,1 25,2 70,6 68,0 73,5

do Estado, mantendo-se essa tendência nos Já em 2000, a sua população passou para DO ACRE. E A ECONOMIA Amazonas 2,5 23,4 4,6 27,6 71,0 68,1 74,1

períodos seguintes. Entre 1991 e 2000, o 557.526 habitantes, dos quais 280.983 ho‑ 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO crescimento da população urbana foi res‑ mens e 276.543 mulheres, numa proporção Roraima 3,3 30,4 5,1 20,1 69,3 66,9 71,8 ponsável por 79,93% do crescimento total de 1,01 homens para cada mulher. da população do Acre e, entre 1996 e 2007, Informações referentes aos principais Pará 2,4 22,1 5,0 25,9 71,4 68,5 74,4 por 86,89%, conforme representado na Ta‑ aspectos demográficos da população bra‑ bela 3.Em termos absolutos, o contingente sileira no ano de 2005 estão represen‑ Amapá 3,1 29,7 5,1 25,4 69,8 65,9 73,8 populacional do Estado do Acre, em 2007, tadas na Tabela 4. Em relação à taxa de Tocantins 2,3 21,4 5,6 29,0 70,7 68,5 73,0 foi de 655.385 pessoas. Segundo o IBGE, fecundidade total,5 em geral, no Brasil ela entre 2000 e 2007, a população do Acre vem mantendo uma tendência de declínio Nordeste 2,2 20,8 6,8 38,2 69,0 65,5 72,7 aumentou em 97.859 pessoas. Este aumen‑ nas últimas décadas, atingindo em 2005 to percentual se refletiu principalmente no a média de 2,3 filhos por mulher. Essa Sudeste 1,9 16,1 6,4 18,9 73,5 69,5 77,7 Município de Rio Branco, que apresentou tendência igualmente se apresenta entre Centro-Oeste 2,0 18,5 5,2 20,1 73,2 69,8 76,7 um crescimento na sua população urbana as unidades da federação, porém, ainda INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS em números absolutos de 43.207 habitan‑ existem diversidades regionais: a alta da Fonte: Projeto IBGE/Fundo de População das Nações Unidas - UNFPA/BRASIL (BRA/02/P02), População e De‑ tes, entre 2000 e 2007, aumentando assim região norte foi de 2,5 filhos por mulher senvolvimento: Sistematização das Medidas e Indicadores Sociodemográficos Oriundos da Projeção da Popula‑ a sua preponderância em relação a outras para o ano de 2005. A menor taxa de fe‑ ção por Sexo e Idade, por Método Demográfico, das Grandes Regiões e Unidades da Federação para o Período áreas urbanas do Estado (Tabela 3). cundidade foi registrada na região Sul, 1991/2030. Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o Período 1980/2050 - Revisão 2004. Dados trabalhados pelos autores.

5 Segundo o Glossário do IBGE, que consta na “Síntese dos Indicadores Sociais – 2002”, (p.377), essa taxa representa: 7 Número médio de filhos que teria uma mulher, de uma coorte hipotética, ao fim do período reprodutivo, estando Representa a freqüência com que ocorrem os óbitos em uma população. 8 sujeita a uma determinada lei de fecundidade, em ausência de mortalidade desde o nascimento até o final do período Freqüência com que ocorrem os óbitos de menores de um ano, em relação ao número de nascidos vivos. fértil. 6 Mede o número de nascidos vivos por 1 000 habitantes, em determinado ano. A composição da faixa etária da popu‑ É importante destacar que 60% da A distribuição da população no territó‑ Em 2000, o Município de Rio Branco lação acreana, em 2007, manteve uma pi‑ população do Acre, atualmente, encon‑ rio do Estado do Acre precisa ser analisada detinha uma população que representava râmide etária simétrica com base larga, tram-se na faixa etária entre 15-19 e a partir de dois aspectos particularmen‑ 45,39% do total do Estado e o Município característica de países em desenvolvimen‑ 60-64 anos (Acre, 2009), considerada te importantes. O primeiro é em relação de Cruzeiro do Sul, em menor proporção, to, apresentando uma população total de uma população em idade ativa e, que ao grau de urbanização da maior parte do apresentava 12,10%. Ao todo, esses dois

POPULAÇÃO E CONDIÇÕES DE VIDA 655.385 habitantes, dos quais 329.001 ho‑ 74% dessas pessoas estão concentra‑ território acreano. municípios concentravam mais da metade mens e 323.752 mulheres, o que correspon‑ das na área urbana (Tabela 5). Este O segundo aspecto refere-se à densidade da população do Acre, 57,49%. Essa ten‑ de a 1,01 homem para cada mulher, segun‑ fato reflete a atração que os centros demográfica dos municípios, resultante da mi‑ dência se manteve em 2007, detendo os do Acre em números (2009)9 . Isto aparenta urbanos exercem, tanto pela gera‑ gração e de outros fatores relacionados, com municípios de Rio Branco e de Cruzeiro do uma tendência à estabilização da composi‑ ção de emprego quanto pela oferta de a concentração populacional na Capital do Es‑ Sul, respectivamente, 44,35% e 11,28%, ou ção populacional na questão de gênero. serviços públicos. tado. Esses dois aspectos são analisados com seja, 55,63% da população total do Estado maiores detalhes, por regional e município, do Acre, na proporção de cada um desses Tabela 05. Tabela 5 - População residente por localização e faixa etária 2007 tendo em vista que a participação individual municípios em relação ao total do Estado População Residente dos municípios influencia a distribuição da po‑ (Tabela 6). Outros municípios, em menor Faixa Etária Total Urbana Rural pulação entre as regionais do Estado. grau, apresentaram a mesma tendência de Total 655.385 464.680 190.705 A Regional Baixo Acre concentrou, em urbanização, entre 2000 e 2007, conforme Menos de 1 ano 13.966 9.288 4.678 2007, praticamente mais da metade da po‑ demonstram as figuras 1 e 2 e a Tabela 6. 1 a 4 anos 60.771 38.775 21.996 pulação estadual (56%), em relação às Regio‑ Dentre eles, respectivamente, no Alto Acre 10 a 14 anos 76.674 51.978 24.696 nais do Alto Acre (7,96%), Purus (6,92%), Ta‑ - o Município de Epitaciolândia (67,14% e

rauacá-Envira% (10,61%) e Juruá (18,52%). 68,68%) e Brasiléia (53,05% e 64,22%), na  a 19 anos 68.794 49.630 19.164 DE VIDA E CONDIÇÕES POPULAÇÃO 15 Nota-se que nos últimos anos houve um Regional do Purus - o Município de Sena Ma‑

20 a 24 anos 65.606 48.773 16.833 significativo predomínio da população ur‑ dureira (54,91% e 62,39%) e Manoel Urbano 72 bana em números absolutos e, conseqüen‑ (51,47% e 58,10%), na Regional Tarauacá/ 73

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 25 a 29 anos 60.142 45.193 14.949 temente, em termos relativos. Em 2000, o Envira – o Município de Tarauacá (53,56% Acre ainda apresentava-se rural na maioria e 51,62) e na Regional do Juruá – o Municí‑ 30 a 34 anos 47.605 35.783 11.822 dos municípios e a Capital Rio Branco podia pio de Cruzeiro do Sul (57,79% e 68,90%) e ser considerada uma exceção. Já em 2007, Mâncio Lima (52,22% e 59,22%). Contudo, 35 a 39 anos 40.535 30.566 9.969 podemos evidenciar uma mudança na distri‑ entre 2000 e 2007, alguns municípios do

buição da população rural e urbana em pra‑ Acre mantiveram reduzido grau de urbani‑ DO ACRE. E A ECONOMIA 40 a 44 anos 33.505 25.077 8.428

ticamente todos os municípios. zação, como é o caso de Porto Acre (11,32% 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO

45 a 49 anos 26.567 19.524 7.043 O Município de Rio Branco, Capital do e 13,42%), Jordão (19,38% e 28,63%), Mare‑ Estado, apresentou um grau de urbanização chal Thaumaturgo (11,87 e 24,79%), Santa 50 a 54 anos 21.615 15.659 5.956 de 89,42% em 2000 (Figura 1), portanto, o Rosa do Purus (23,06% e 36,09%) e Rodri‑ mais alto do Estado e, inclusive, acima da gues Alves (32,52% e 29,56%). Todavia, de‑ 55 a 59 anos 16.754 11.830 4.924 média brasileira para o referido ano cita‑ ve-se mencionar que esses municípios não do, com essa tendência permanecendo em são representativos em termos populacio‑ 60 a 64 anos 12.711 8.945 3.766 2007, com 92,73% (Figura 2). nais, como pode ser visto na Tabela 6.

65 a 69 anos 9.625 6.986 2.639

70 a 74 anos 6.502 4.816 1.686

75 a 79 anos 4.846 3.760 1.086 INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS

80 anos ou mais 4.980 4.079 901

Idade ignorada 1 2.901 1.090 1.811

Fonte: IBGE - Contagem da População - 2007. 1. Inclusive idade ignorada dos domicílios fechados

9 Dados do Censo Demográfico do IBGE e Contagem Populacional, 1996 a 2007.



E A ECONOMIA DO ACRE. DO ECONOMIA A E 74

POPULAÇÃO E CONDIÇÕES DE VIDA DE CONDIÇÕES E POPULAÇÃO

ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA INFRAESTRUTURA VIDA, DE CONDIÇÕES AS E POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 VOLUME | TEMÁTICO LIVRO

Figura 01. Grau de urbanização do estado do Acre em termos relativos, 2000.

Figura 02. Grau de urbanização do estado do Acre em termos relativos, 2007.

LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 75 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA POPULAÇÃO E CONDIÇÕES DE VIDA E A ECONOMIA DO ACRE.  Tabela 06. Evolução da População e grau de urbanização, segundo Regional e Municípios do Acre, 3. 1. Regional Baixo Acre (Figura 3). Analisando o período entre 2000 2000 e 2007 e 2007, houve um acréscimo de 48.608 População (nº de residentes) Em termos de população total, a maioria habitantes, passando de 318.377 para 2000 2007 dos municípios da Regional Baixo Acre apre‑ 366.985 habitantes (Tabela 7), semelhante Municípios % Pop. (%) Grau de % Pop. (%) Grau de sentou, em números absolutos, aumento de ao período entre 1996 e 2000, que teve um Total Total

POPULAÇÃO E CONDIÇÕES DE VIDA Estado urbanização Estado urbanização pessoas. A única exceção foi Senador Guio‑ aumento percentual de 14,99%. Este fato se mard, que apresentou decréscimo em 2007 deve a influência da capital Rio Branco. Baixo Acre 318.377 57,11 78,5 363.985 56,00 83,29

Acrelândia 7.935 1,42 44,18 11.520 1,76 47,48

Bujari 5.826 1,04 27,94 6.543 1,00 46,37

Capixaba 5.206 0,93 29,22 8.446 1,29 37,34

Plácido de Castro 15.172 2,72 46,00 17.258 2,63 51,37

Porto Acre 11.418 2,05 11,32 13.716 2,09 13,42

Rio Branco 253.059 45,39 89,42 290.639 44,35 92,73

Senador Guiomard 19.761 3,54 43,72 18.863 2,88 59,80

Alto Acre 43.487 7,80 56,5 52.164 7,96 60,95

Assis Brasil 3.490 0,63 61,63 5.351 0,82 55,24   Brasiléia 17.013 3,05 53,05 19.065 2,91 64,22 DE VIDA E CONDIÇÕES POPULAÇÃO

Epitaciolândia 11.028 1,98 67,14 13.434 2,05 68,68 76 77 Xapuri 11.956 2,14 50,14 14.314 2,18 51,46 Figura 03. Distribuição da População Total da Regional do Baixo Acre, por Município, nos anos de E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 1996, 2000 e 2007, excluindo o Município de Rio Branco. Purus 38.040 6,82 52,5 45.326 6,92 59,42

Manoel Urbano 6.374 1,14 51,47 7.148 1,09 58,10 A capital - Rio Branco tem papel impor‑ entre os anos de 2000 e 2007, mesmo que tante na atração populacional do interior apresentando o baixo índice percentual de Sta. Rosa do Purus 2.246 0,40 23,06 3.948 0,60 36,09 do Acre, incluindo outros municípios e até incremento populacional - 14,8 %, em rela‑

Sena Madureira 29.420 5,28 54,91 34.230 5,22 62,39 mesmo outros Estados, o que explica, a gros‑ ção aos outros municípios da Regional, de DO ACRE. E A ECONOMIA

so modo, um acréscimo de 64.341 pessoas acordo com a Tabela 7. 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO Tarauacá/Envira 57.213 10,26 45,5 69.518 10,61 49,00

Feijó 26.722 4,79 42,06 31.288 4,77 50,26 Tabela 07. População total, urbana e rural da Regional Baixo Acre, por Município, em números

Tarauacá 26.037 4,67 53,56 32.171 4,91 51,62 absolutos e incremento no período de 1996, 2000 e 2007 REGIONAL BAIXO ACRE Jordão 4.454 0,80 19,38 6.059 0,92 28,63 %VAR. %VAR. %VAR. Regional Baixo Acre 1996 2000 2007 Juruá 100.409 18,00 49,6 121.392 18,52 56,62 1996-2000 2000-2007 1996-2007 Acrelândia 6308 7 935 11520 25,79 45,18 82,63 Cruzeiro do Sul 67.441 12,10 57,79 73.948 11,28 68,90 Bujari 4101 5 826 6543 42,06 12,31 59,55 Mâncio Lima 11.095 1,99 52,22 13.785 2,10 59,22 Capixaba 2903 5 206 8446 79,33 62,24 190,94 Mchal.Thaumaturgo 8.295 1,49 11,87 13.061 1,99 24,79

População INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS Porto Walter 5.485 0,98 26,27 8.170 1,25 33,15 Plácido de Castro 12101 15 172 17258 25,38 13,75 42,62 Total Rodrigues Alves 8.093 1,45 32,52 12.428 1,90 29,56 Porto Acre 8326 11 418 13716 37,14 20,13 64,74

TOTAL 557.526 100,00 66,41 655.385 100,00 70,90 Rio Branco 228857 253 059 290639 10,58 14,85 27

Fonte: IBGE, Contagem da População, 2007; Acre (2000). Sen. Guiomard 14280 19 761 18863 38,38 -4,54 32,09

TOTAL 276876 318 377 366985 14,99 15,27 32,54 REGIONAL BAIXO ACRE mostrando que há uma mobilidade interna O comportamento fora do padrão geral da população do município. O contingente de para as áreas rurais da Regional do Baixo %VAR. %VAR. %VAR. Regional Baixo Acre 1996 2000 2007 moradores de áreas consideradas rurais de Acre, no caso Acrelândia e Capixaba, pode ser 1996-2000 2000-2007 1996-2007 Rio Branco no período de 2000 e 2007, em explicado pela política de incentivos e apoio

Acrelândia 1.895 3.506 5.470 85,01 56,02 188,65 números absolutos, passou de 26.761 para a agricultura e a pecuária, particularmente

POPULAÇÃO E CONDIÇÕES DE VIDA 21.134 habitantes (-5.627 pessoas). É im‑ de melhoria do rebanho leiteiro e incentivo Bujari 1.111 1.628 3.034 46,53 86,36 173,09 portante ressaltar que essa perda de 21,3% a recuperação das áreas degradadas existen‑ da população rural representa a liberação de tes, a partir de 2000 que, em tese, aliadas a Capixaba 989 1.521 3.154 53,79 107,36 218,91 parte desta população para outros municípios uma cultura agrícola já estabelecida e um solo envolvidos no processo de implantação das apropriado, ajudaram na fixação dessas popu‑ População Plácido de Castro 3.867 6.979 8.866 79,09 27,04 129,27 políticas públicas voltadas para área rural em lações nas áreas rurais. Além disso, a implan‑ Urbana outras regionais, a partir da criação de áreas tação de logística de infraestrutura produtiva Porto Acre 868 1.293 1.841 48,96 42,38 112,1 de assentamentos no Estado (Tabela 7). e de transporte na região pode ter contribuído Contudo, sabe-se que a área urbana de Rio para esse incremento da população rural. Rio Branco 201.347 226.298 269.505 12,39 19,09 33,85 Branco ganhou população de diversos municí‑

Sen. Guiomard 6.452 8.640 11.280 33,91 30,56 74,83 pios vizinhos, pois serve de pólo atrativo pelos 3. 2. Regional Alto Acre serviços ofertados, como o acesso à educação,

TOTAL 216.529 249.865 303.150 15,4 21,33 40 além de oportunidades de emprego e melho‑ O exame dos contingentes populacionais ria da qualidade de vida. Essa proximidade da da Regional do Alto Acre revelou um cresci‑

capital, aliada a uma política de exclusão da mento no total de população em todos os mu‑  Acrelândia 4.413 4.429 6.050 0,36 36,6 37,09 DE VIDA E CONDIÇÕES POPULAÇÃO população tradicional para implantação da nicípios que compõem essa unidade de pla‑

Bujari 2.990 4.198 3.509 40,4 -16,41 17,36 agropecuária na década de 80 refletiu, por nejamento, passando de 38.844 para 52.164 78 exemplo, no decréscimo da população do Mu‑ habitantes, perfazendo um incremento po‑ 79 E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 Capixaba 1.914 3.685 5.292 92,53 43,61 176,49 nicípio de Plácido de Castro (-2,72%) entre pulacional de 34,29% no período de 1996 a 1996 e 2000, com pequena mobilidade posi‑ 2007 (Tabela 8). O padrão de crescimento,

População Plácido de Castro 8.234 8.193 8.392 -0,5 2,43 1,92 tiva entre 2000 e 2007. Essa situação ocorre porém, apresentou particularidades de acordo Rural também nos Município de Bujari (- 16,41%) e com os municípios. Em Epitaciolândia, Brasi‑ Porto Acre 7.458 10.125 11.875 35,76 17,28 59,22 de Senador Guiomard que perderam popula‑ léia e Assis Brasil ocorreu aumento em todo o

ção da área rural, entre 2000 a 2007, confor‑ período, tendo em Xapuri outro padrão, como DO ACRE. E A ECONOMIA Rio Branco 27.510 26.761 21.134 -2,72 -21,03 -23,17

me Tabela 7. demonstra a Figura 4. 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO

Sen. Guiomard 7.828 11.121 7.583 42,07 -31,81 -3,13

TOTAL 60.347 68.512 63.835 13,53 -6,83 5,78 Fonte: IBGE. Contagem da população, 2007; Acre (2000).

O aumento da urbanização em todos os do Baixo Acre revela que ocorreu aumento municípios da Regional Baixo Acre, com per‑ expressivo para os contingentes de popu‑ centuais expressivos em alguns deles, reve‑ lação rural nos Municípios de Capixaba e lou o poder de atração dos núcleos urbanos. Acrelândia, com um incremento acima de Curiosamente, a capital Rio Branco apresen‑ 30%, particularmente de 43,60% em Capi‑

tou um dos menores percentuais de incre‑ xaba e 36,60% em Acrelândia, contrastando INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS mento populacional, tanto entre 1996 e 2000 com a situação de outros municípios desta (12,39%) quanto entre 2000 e 2007 (19,09%). (Tabela 7). Outro município que apresentou No entanto, o aumento de 53.285 habitantes aumento foi Porto Acre (17,28%) que, desde da população urbana entre 2000 e 2007 de‑ o início do período observado apresentava monstra que o leste acreano tem sido o maior um grande contingente de população rural.

ponto de atração de população do Estado. Nota-se o crescimento da população ur‑ Figura 04. Figura 4. Distribuição da População Total da Regional do Alto Acre, por Município, nos anos de A análise desagregada dos contingentes bana de Rio Branco, bem como índices per‑ 1996, 2000 e 2007. populacionais nos municípios da Regional centuais iguais à perda de população rural, O Município de Xapuri apresentou um 67,94% e 64,68%, de acordo com a tabela No que se refere à população rural, o Mu‑ 3. 3. Regional Purus decréscimo populacional absoluto entre 8. Isto demonstra que a proximidade de nicípio de Assis Brasil também teve um signi‑ 1996 e 2000, de 12.716 para 11.956 habi‑ Brasiléia e Epitaciolândia com o importan‑ ficativo ganho de população (78,86%) e em Os três Municípios da Regional Purus tantes (-716 pessoas), representando -5,98% te “pólo” comercial do sul do Estado, que termos absolutos quase duplicou a população, – Manuel Urbano, Santa Rosa do Purus e em termos relativos, referente à população inclui a inter-relação com Cobija, cidade conforme Tabela 8. Este fato pode ser justifi‑ Sena Madureira – registraram aumento de

POPULAÇÃO E CONDIÇÕES DE VIDA total. Já o Município de Brasiléia concentrou da Província de Pando, no norte boliviano, cado, em parte, pela revisão dos limites muni‑ suas populações. Entretanto, o Município o maior número de habitantes da Regional exerceu uma influência significativa, acen‑ cipais, uma vez que Brasiléia, município limí‑ de Sena Madureira concentra o maior nú‑ do Alto Acre em números absolutos, desde tuada com a pavimentação da Rodovia BR- trofe com Assis Brasil, apresenta uma perda mero de habitantes da Regional do Purus o período de 1996 até 2007. Porém, em ter‑ 317. Observa-se em Assis Brasil, no perío‑ de população de (-14,59%) no mesmo período. em números absolutos, desde o período de mos relativos pode-se observar um aumento do de 2000 e 2007, o maior percentual de Além disso, conta com expressivo contingente 1996 até 2007, conforme os dados da Fi‑ significativo populacional dos Municípios incremento de população urbana (37,42%) de população indígena e, portanto, alta taxa gura 5. de Assis Brasil e Epitaciolândia, com um in‑ e em números absolutos, praticamente du‑ de fecundidade. A partir da análise dos dados da Tabela cremento de 53,32% e 21,82% no período plicando o seu contingente de habitantes No Município de Xapuri houve um decrés‑ 9, observa-se que no período entre 1996 entre 2000 e 2007 (Tabela 8). Esses muni‑ (Tabela 8). Este aumento está relaciona‑ cimo significativo, tanto da população urbana e 2007 a Regional Purus apresentou um cípios merecem uma análise mais detalhada do, fundamentalmente, pela conclusão da (-2,68%) como da rural, no período de 1996 aumento de população de 14.843 pessoas, quanto ao crescimento populacional urbano pavimentação da BR-317, entre Brasiléia e 2000, com (-9,08%), conforme demonstrado passando de 30.483 para 45.326 habitantes e rural. e Assis Brasil – a “Estrada do Pacífico”, na Tabela 8, evidenciando o êxodo rural. To‑ e totalizando um incremento percentual de Os Municípios de Brasiléia e Epitaciolân‑ provocando um estado de otimismo para davia, no período 2000 a 2007 a população 48,69%, o maior registrado entre as cinco dia, entre 1996 e 2007, obtiveram percen‑ muitas populações do Acre e de fora do voltou a crescer, provavelmente, decorrente Regionais do Estado do Acre. Considerando

tuais de incremento populacional na área Estado, o que se constituiu num fator de das políticas voltadas ao extrativismo, mane‑ o crescimento nesse período, Sena Madu‑  POPULAÇÃO E CONDIÇÕES DE VIDA E CONDIÇÕES POPULAÇÃO urbana muito semelhante, respectivamente atração importante. jo florestal e instalação de indústrias de base reira (maior município da regional, com extrativista e florestal na região, fatores que cerca de 23.330 habitantes em 1996), em Tabela 08. População total, urbana e rural da Regional Alto Acre, por Município, em números abso‑ 80 conseguiram reverter à evasão populacional números absolutos, aumentou sua popula‑ 81 lutos e incremento no período de 1996, 2000 e 2007 E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 que ocorreu na década anterior (Tabelas 8). ção em 10.900 habitantes. REGIONAL ALTO ACRE

%VAR. %VAR. %VAR. Regional Alto Acre 1996 2000 2007 1996- 2000- 1996- 2000 2007 2007

Assis Brasil 2.918 3.490 5.351 19,6 53,32 83,38 E A ECONOMIA DO ACRE. E A ECONOMIA População Brasiléia 13.955 17.013 19.065 21,91 12,06 36,62 Total 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO Epitaciolândia 9.255 11.028 13.434 19,16 21,82 45,15

Xapuri 12.716 11.956 14.314 -5,98 19,72 12,57

TOTAL 38.844 43.487 52.164 11,95 19,95 34,29

Assis Brasil 1.857 2.151 2.956 15,83 37,42 59,18

Brasiléia 7.290 9.026 12.243 23,81 35,64 67,94 População Epitaciolândia 5.603 7.404 9.227 32,14 24,62 64,68 Urbana Xapuri 6.160 5.995 7.366 -2,68 22,86 19,58

TOTAL 20.910 24.576 31.792 17,53 29,36 52,04

Assis Brasil 1.061 1.339 2.395 26,2 78,86 125,73 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS Brasiléia 6.665 7.987 6.822 19,83 -14,59 2,36 População Epitaciolândia 3.652 3.624 4.207 -0,77 16,09 15,2 Figura 05. Distribuição da População Total da Regional do Purus, por Município, nos anos de 1996, 2000 Rural e 2007. Xapuri 6.556 5.961 6.948 -9,08 16,56 5,98

TOTAL 17.934 18.911 20.372 5,45 7,73 13,59 Fonte: IBGE - Contagem da população, 2007; Acre (2000). Em Santa Rosa do Purus, em termos re‑ deradas urbanas foi maior que o verificado lativos, o incremento populacional urbano em relação às populações das áreas rurais. chegou a 175,10% no período de 2000 e O aumento da população urbana de Sena 2007 (Tabela 9), entretanto, em termos Madureira foi de 5.201 pessoas, no período absolutos não é tão significativo para a re‑ de 2000 e 2007. Este aumento está relacio‑

POPULAÇÃO E CONDIÇÕES DE VIDA gional, comparando com Sena Madureira nado, provavelmente, pela pavimentação de e Manoel Urbano. É importante ressaltar parte da BR-364, entre Rio Branco e Sena que se trata um município ainda recente e o Madureira, constituindo-se assim, num fator “boom” verificado na área urbana, provavel‑ de atração importante. mente, é proveniente da própria estrutura‑ Quanto à população rural, houve um de‑ ção administrativa dos governos municipal créscimo nos municípios de Manoel Urbano e estadual. (-3,17%) e de Sena Madureira (-2,95%), en‑ No tocante à população urbana, quando quanto que em Santa Rosa do Purus, mu‑ observados os números entre 1996 e 2007, nicípio com grande contingente de popula‑ constata-se pelos valores absolutos que, em ção indígena, observou-se um significativo Sena Madureira e Manuel Urbano, o aumen‑ crescimento no incremento populacional to das pessoas residentes nas áreas consi‑ (46,01%), no período entre 2000 e 2007.

Tabela 09. População total, urbana e rural da Regional Purus, por Município, em números absolutos Figura 06. Distribuição da População Total da Regional Tarauacá-Envira, por Município, nos anos de 1996, e incremento no período de 1996, 2000 e 2007 2000 e 2007.   POPULAÇÃO E CONDIÇÕES DE VIDA E CONDIÇÕES POPULAÇÃO REGIONAL PURUS %VAR. 1996- %VAR. 2000- %VAR. 1996- Regional Purus 1996 2000 2007 Em Tarauacá, o maior município da Re‑ provavelmente, à pavimentação de parte da 2000 2007 2007 82 gional, observou-se um aumento de 6.134 BR-364, entre Feijó e Cruzeiro do Sul. 83

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 Manoel Urbano 5.520 6.374 7.148 15,47 12,14 29,49 habitantes, com um incremento populacio‑ Em relação à população rural, o Muni‑ População Sta. Rosa do Purus 1.633 2.246 3.948 37,54 75,78 141,76 nal de 23,56%. É importante ressaltar que ao cípio de Feijó apresentou um crescimento Total longo da fronteira entre o Estado do Acre e relativamente inexpressivo, com apenas Sena Madureira 23.330 29.420 34.230 26,1 16,35 46,72 o Estado do Amazonas, foi incorporada uma 0,51% de incremento populacional, ou seja, TOTAL 30.483 38.040 45.326 24,79 19,15 48,69 área de 1.228.936 ha, referente à Nova Linha 80 pessoas, no período de 2000 e 2007, si‑

Cunha Gomes, e os Municípios de Feijó e Ta‑ tuação inversa ao período anterior, 1996 e DO ACRE. E A ECONOMIA Manoel Urbano 2.647 3.281 4.153 23,95 26,58 56,89

rauacá tiveram um acréscimo de tamanho em 2000, em que houve um crescimento da po‑ 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO Sta. Rosa do Purus 327 518 1.425 58,41 175,1 335,78 sua área oficial, totalizando respectivamente pulação rural de 24,87%, ou 3.084 pessoas. População Urbana Sena Madureira 12.310 16.155 21.356 31,23 32,19 73,48 525.120,27 ha e 407.847,09 ha, a partir de Neste sentido, pode-se avaliar que aconte‑ 2006 (ACRE, 2006). ceu um processo de êxodo rural. Tal aspecto TOTAL 15.284 19.954 26.934 30,55 34,98 76,22 Considerando a especificidade do Municí‑ se constitui num fato extremamente preocu‑

Manoel Urbano 2.873 3.093 2.995 7,66 -3,17 4,25 pio de Jordão, com acesso praticamente fluvial pante, considerando que a área de floresta é apenas, ele teve um incremento populacional praticamente ocupada por indígenas. Sta. Rosa do Purus 1.306 1.728 2.523 32,31 46,01 93,19 População considerável no período de 2000 e 2007. Este Já em Tarauacá, Município que apresen‑ Rural Sena Madureira 11.020 13.265 12.874 20,37 -2,95 16,82 município, com pequeno contingente popula‑ tou diminuição absoluta de 168 pessoas no cional, obteve seu maior aumento junto às po‑ período 1996 - 2000, houve um acréscimo TOTAL 15.199 18.086 18.392 18,99 1,69 21,01 pulações urbanas, com o incremento de mais de população rural de 28,72% para o perío‑ Fonte: IBGE - Contagem da população, 2007; Acre (2000). 872 pessoas, apresentando um dos maiores do 2000 - 2007.

percentuais de aumento no contingente de po‑ INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS 3. 4. Regional Tarauacá/Envira 57.213 para 69.518 habitantes, perfazendo pulação urbana do Estado do Acre (101,24%), 3. 5. Regional do Juruá um incremento percentual de população em demonstrado na Tabela 10. A Regional Tarauacá/Envira apresentou torno de 21,51%, número considerado signi‑ O Município de Feijó, por sua vez, se A Regional do Juruá apresentou um au‑ um crescimento populacional significativo ficativo em termos absolutos, especialmente constituiu em pólo de atração importante mento populacional de 33.836 pessoas, pas‑ desde o período de 1996 a 2007. Entretan‑ em relação ao período entre 1996 e 2000, para o período considerado, aumentando a sando de 87.556 para 121.392 habitantes, to, no período de 2000 a 2007 ocorreu um quando houve um aumento de 7.379 pesso‑ população em torno de 39,91%, o que sig‑ no período 1996 - 2007, perfazendo um aumento de 12.305 pessoas, passando de as (Figura 6 e Tabela 10). nificou um acréscimo de 4.486 habitantes incremento percentual de 38,64%. De ime‑ (Tabela 10). Este aumento está relacionado, diato, se constata a continuidade da força de Tabela 10. População total, urbana e rural da Regional Tarauacá/Envira, por Município, em números assentamentos realizados no período. A análise, Rodrigues Alves e Porto Walter, o incremen‑ absolutos e incremento no período de 1996, 2000 e 2007 contudo, torna-se mais complexa na medida em to ocorrido na população urbana, no período REGIONAL TARAUACÁ/ENVIRA que se observam os números relativos quanto 2000 - 2007, na maioria dos casos se devem a %VAR. 1996- %VAR. 2000-%VAR. 1996- Regional Tarauacá/envira 1996 2000 2007 2000 2007 2007 ao aumento, estabilidade ou diminuição das po‑ uma tendência de relativa estabilização da po‑ pulações urbanas e rurais.O Município de Cru‑ pulação rural, com pequena mobilidade rural‑ População Feijó 22.142 26.722 31.288 20,68 17,09 41,31

POPULAÇÃO E CONDIÇÕES DE VIDA Total Jordão 3.977 4.454 6.059 11,99 36,04 52,35 zeiro do Sul teve um ganho acentuado de popu‑ -urbana relacionados à busca por emprego no Tarauacá 23.715 26.037 32.171 9,79 23,56 35,66 lação urbana entre os períodos de 1996 a 2000 Serviço Público ou no Comércio, à medida que TOTAL 49.834 57.213 69.518 14,81 21,51 39,5 e 2000 a 2007, totalizando 6.312 e 11.979 pes‑ há uma ampliação Feijó 9.744 11.240 15.726 15,35 39,91 61,39 soas. Tal resultado pode ser explicado em função Destes serviços nas sedes municipais. Jordão 548 863 1.735 57,48 101,04 216,61 da mobilidade interna ocorrida na Mesorregião Observa-se nos Municípios de Marechal População Urbana Tarauacá 11.386 13.946 16.608 22,48 19,09 45,86 do Juruá, bem como do próprio deslocamento Thaumaturgo, Rodrigues Alves e Porto Wal‑ TOTAL 21.678 26.049 34.069 20,16 30,79 57,16 dentro dos limites municipais da população ru‑ ter, que as populações rurais tiveram um Feijó 12.398 15.482 15.562 24,87 0,51 25,52 ral para a área urbana. O Município de Mâncio decréscimo no período 1996 a 2000, rela‑ Jordão 3.429 3.591 4.324 4,72 20,41 26,1 Lima obteve o mesmo caminho, obtendo um cionado a um processo de êxodo rural, pro‑ População Rural Tarauacá 12.329 12.091 15.563 -1,93 28,72 26,23 crescimento urbano de 1.086 e 2.370 pessoas, duzindo uma perda respectiva de (-726%), considerando o mesmo período de análise. (-17,84%) e (-1,84%) da população rural. No TOTAL 28.156 31.164 35.449 10,68 13,75 26,08 Assim sendo, constata-se que os municí‑ segundo período - 2000 a 2007, no entanto, Fonte: IBGE - Contagem da população, 2007; Acre (2000). pios que melhoraram a infra-estrutura urbana a população rural teve um aumento, o que atração centralizada em Cruzeiro do Sul, que ve com percentual maior que Cruzeiro do têm atraído a população rural e que, parte des‑ permite considerar que tal aspecto está re‑

apresentou um crescimento neste período, Sul, tanto no período entre 1996 e 2000 sa população rural tem como destino os Muni‑ lacionado com a implementação de políticas  POPULAÇÃO E CONDIÇÕES DE VIDA E CONDIÇÕES POPULAÇÃO de 17.243 pessoas (Figura 7). quanto em 2000 e 2007, registrando um in‑ cípios de Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima. Para públicas extrativistas e florestais, o que man‑ O Município de Mâncio Lima também cremento respectivo de 27, 54% e 24,25% e os municípios de Marechal Thaumaturgo, teve a população em seu local de origem. 84 apresentou aumento da população, inclusi‑ totalizando 13.785 habitantes. 85 Tabela 11. População total, urbana e rural da Regional Juruá, por Município, em números absolutos E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 e incremento no período de 1996, 2000 e 2007 REGIONAL DO JURUÁ %VAR. %VAR. %VAR. Regional Juruá 1996 2000 2007 1996- 2000- 1996- 2000 2007 2007

Cruzeiro do Sul 56.705 67.441 73.948 18,93 9,65 30,41 DO ACRE. E A ECONOMIA

Mâncio Lima 8.699 11.095 13.785 27,54 24,25 58,47 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO População Total Marechal Thaumaturgo 8.381 8.295 13.061 -1,03 57,46 55,84 Porto Walter 5.270 5.485 8.170 4,08 48,95 55,03 Rodrigues Alves 8.501 8.093 12.428 -4,8 53,56 46,19

TOTAL 87.556 100.409 121.392 14,68 20,9 38,64

Cruzeiro do Sul 32.659 38.971 50.950 19,33 30,74 56,01 Mâncio Lima 4.708 5.794 8.164 23,07 40,9 73,41 Marechal População Thaumaturgo 499 985 3.238 97,39 228,73 548,9 Urbana Porto Walter 1.150 1.441 2.709 25,3 87,99 135,57 Rodrigues Alves 1.854 2.632 3.674 41,96 39,59 98,17

Figura 07. Distribuição da População Total da Regional Tarauacá-Envira, por Município, nos anos de 1996, TOTAL 40.870 49.823 68.735 21,91 37,96 68,18 INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS

2000 e 2007. Cruzeiro do Sul 24.046 28.470 22.998 18,4 -19,22 -4,36 Mâncio Lima 3.991 5.301 5.621 32,82 6,04 40,84 Em grande parte, a explicação para o au‑ Alves (-4,80%), o que certamente está relacio‑ Marechal 7.882 7.310 9.823 -7,26 34,38 24,63 mento das populações de Cruzeiro do Sul no nado à mobilidade interna da população na Re‑ População Thaumaturgo Rural período entre 1996 e 2000 está na diminuição gional (Tabela 11). Entretanto, no período 2000 Porto Walter 4.120 4.044 5.461 -1,84 35,04 32,55 ou decréscimo de população, em termos rela‑ - 2007 foram esses os municípios que tiveram Rodrigues Alves 6.647 5.461 8.754 -17,84 60,3 31,7 tivos, dos Municípios de Porto Walter (4,08%), um significativo incremento populacional, o TOTAL 46.686 50.586 52.657 8,35 4,09 12,79 Marechal Thaumaturgo (-1,03%) e Rodrigues que provavelmente se deve à criação de novos Fonte: IBGE - Contagem da população, 2007; Acre (2000).



E A ECONOMIA DO ACRE. DO ECONOMIA A E 86

POPULAÇÃO E CONDIÇÕES DE VIDA DE CONDIÇÕES E POPULAÇÃO

ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA INFRAESTRUTURA VIDA, DE CONDIÇÕES AS E POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 VOLUME | TEMÁTICO LIVRO

Figura 08. Densidade demográfica dos Municípios do Estado do Acre, em 2000.

Figura 09. Densidade demográfica dos Municípios do Estado do Acre, em 2007.

LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 87 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA POPULAÇÃO E CONDIÇÕES DE VIDA E A ECONOMIA DO ACRE. 



E A ECONOMIA DO ACRE. DO ECONOMIA A E 88

POPULAÇÃO E CONDIÇÕES DE VIDA DE CONDIÇÕES E POPULAÇÃO

ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA INFRAESTRUTURA VIDA, DE CONDIÇÕES AS E POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 VOLUME | TEMÁTICO LIVRO

Figura 10. População de migrantes nos Municípios do Acre, em 2007. nível demunicípio. nas, ou seja, não apresentam indicadores em Metropolita‑ Regiões e Federação da dades IBGE e órgãos públicos, situaçãoquefogeàcompetênciadaautoradeste estudo. IBGE eórgãos o entre institucional negociação de processo um de meio por obtidas ser podem que Especiais, lações de Janeiro.IBGE,2006. 11 10 4. 1.Trabalho eRendimento ESTADO DOACRE 4. INDICADORESSOCIAISDO íd. Agregue ríodo. pe‑ no maior muito sido ter urbana pulação po‑ da crescimento do apesar 2000, e 1991 to positivo da população rural, entre os anos posição daPEA. com‑ na urbana, à relação em rural pulação po‑ da participação elevada a com cionada rela‑ está diferença Essa 2005. em país, do mesmo dos demais Norte Estados da Região e geral, em Brasil, do difere Acre do Estado Economicamente – Ativa PEA revelam que o População sobre 18, Tabela da formações in‑ As viver. para salário de dependem que segmentos aqueles por particular, em posta com‑ população, da maioria grande da vida de condições as sobre repercutem mento Estatística e Geografia de Brasileiro Instituto pelo publicados foram indicadores Esses apresentados. aqui são IDH, ao e cos demográfi‑ aspectos sanitário, esgotamento sólidos, resíduos de coleta água, de cimento abaste‑ saneamento, educação, rendimento, e trabalho temas: aos referentes 2005 de PEA foidesomente8,79%,em2005. na rural população da participação a deste Su‑ exemplo, naRegião de pecuária. Atítulo agro‑ produção de estrutura na importante 1995 a agricultura familiar ainda tinha peso ciais” So‑ Indicadores de “Síntese na anualmente, publicados, são Eles PNAD. – Domicílios de Amostra por Nacional Pesquisa na letadas co‑ informações das partir a calculados e Os indicadores sociais em nível de municípios existem, mas somente são acessados atravésacessados Tabu-são de somente mas nívelexistem, em municípios de sociais indicadores Os Rio - Sociais. Indicadores e População de Departamento IBGE, / 2005 Sociais Indicadores de Síntese O Estado do Acre apresentou crescimen‑ apresentou Acre do Estado O rendi‑ e trabalho sobre indicadores Os Os indicadores sociais do Acre para o ano 10 , desagregados para as Regiões, Uni‑ Regiões, as para desagregados , - e is o ao e u até que de fato o isso a se 11

- IBGE, o avanço das atividades realizadas no meio no realizadas atividades das avanço o com Acre, do produtiva base na alteração a e sociais movimentos dos força pela especial‑ mente mudando, está quadro esse que dores aosseringalistas. trabalha‑ os submetiam quais as trativista, ex‑ atividades pelas marcada foi viu, se me confor‑ que, Estado do ocupação de modo e balho no Acre pode ser explicada pela época emtorno de71,1%. sil, quegiravam Bra‑ do Nordeste região da Estados nos que do menor é ela porém alta, é também dade informali‑ a Norte região da Estados demais nos dados, tais Segundo 64,1%. de faixa na tando para o Estado do Acre uma proporção com os dados divulgados em 2005, apresen‑ acordo de social, previdência a para tribui con‑ não idade, de mais ou anos 10 de pada ocu‑ população da 51,7% pois alta, bastante ainda é informalidade a geral, em país, No trabalhistas eacontribuiçãoprevidenciária. relações das formalização a com lacionado aspecto particularmente importante está re‑ em capital. onde esta base de produção é mais intensiva em mão em intensiva mais técnica base uma sob lizadas rea‑ são atividades tais que indica também população, absorvem essas que indicar de derando o seu total, no Estado do Acre, além consi‑ agrícolas, atividades em ocupada ção civil 5,0%. construção a e 8.2% indústria a 37,5%); ços servi‑ e 15,0% (comércio, 52,5% representa terciário setor o 2005: em urbanas, vidades ati‑ em ocupada esteve Acre do população da maioria grande a que destaque merece Todavia, 31,3%. absorviam elas Acre do do Esta‑ no geral, em Brasil, no idade de anos mais ou 10 de pessoas das 20,5% sorviam Nas últimas décadas tem sido verificado sido tem décadas últimas Nas tra‑ de mercado do atual configuração A um trabalho, de mercado ao relação Em A proporção na participação da popula‑ da participação na proporção A Enquanto essas atividades (agrícolas) ab‑ - de - obra do que em outros Estados outros em que do obra

LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 89 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA POPULAÇÃO E CONDIÇÕES DE VIDA E A ECONOMIA DO ACRE.  urbano. Contudo, essas alterações são rela‑ de era, em 2005, de R$ 5,10 para a média no caso dos trabalhadores por conta pró‑ o indicador síntese da situação educacional tivamente recentes e, assim, o mercado de brasileira, o rendimento das pessoas com pria, uma vez que à proporção que recebe de um país, região ou Estado. trabalho do Acre ainda está em desenvolvi‑ até 4 anos de estudo estava em R$ 2,60, de até meio salário mínimo familiar per capita No Estado do Acre a situação em 2005 ain‑ mento. Por outro lado, deve-se considerar 5 a 8 anos em R$ 3,40, os de 9 a 11 anos é de 28,9 para o Brasil, e de 51,2% para o da era desfavorável, com uma taxa média total que o próprio País ainda não apresenta um em R$ 4,90 e o rendimento-hora das pes‑ de analfabetismo na casa dos 21,1%; esta, por Acre. A propósito, esse quadro de desigual‑

POPULAÇÃO E CONDIÇÕES DE VIDA mercado de trabalho plenamente desenvol‑ soas com 12 anos ou mais de estudos era sua vez, se mostrava mais alta no meio rural - dade de renda é comum a todos os Estados vido. Tal fato repercute sobre a remunera‑ de R$ 14,00. No Estado do Acre, esses ren‑ 39,4%, e entre os homens - 23,7%. Entre a po‑ da região Norte, sendo mais grave somente ção dos empregados, conforme pode ser dimentos são sistematicamente menores: a pulação urbana a taxa era mais favorável, com 13 verificado pelas informações apresentadas média geral é de R$ 4,30, no primeiro grupo na região Nordeste. 13,8%, e entre as mulheres - 18,7%. Entretan‑ na tabela 12. de anos de estudo é de R$ 2,10, e nos gru‑ to, as informações sobre a média de anos de No Acre, o rendimento médio dos empre‑ pos seguintes são de R$ 2,90, R$ 4,80 e R$ 4. 2. Educação estudos das pessoas de 10 anos ou mais de gados com carteira de trabalho assinada era 11,70. idade, revelam menor disparidade entre a si‑ de R$ 631,50, contra R$ 532,40 daqueles A distribuição da população total, segun‑ A taxa de analfabetismo das pessoas de tuação média nacional e a do Acre, conforme sem carteira assinada. Deve-se mencionar do sua posição na ocupação do trabalho 15 anos ou mais pode ser considerada como demonstra a Tabela 12. que em 2005, o rendimento médio com principal, contribui para o entendimento carteira assinada no Acre estava abaixo da das diferenças verificadas nos rendimentos média nacional e até mesmo dos Estados da médios no mercado de trabalho do Estado Tabela 12. Média de anos de estudo das pessoas de 10 anos ou mais de idade, por grupos de idade, região Norte (R$ 687,20). No entanto, o ren‑ do Acre, em relação ao mercado nacional. segundo as Grandes Regiões e Unidades da Federação da Região Norte – 2005 dimento médio dos empregados sem cartei‑ Por exemplo, a participação de pessoas ocu‑ Média de anos de estudo das pessoas de 10 anos ou

ra assinada foi mais alto (R$ 532,40) do que padas não-remuneradas no Estado do Acre, mais de idade, por grupos de idade  Grandes Regiões e DE VIDA E CONDIÇÕES POPULAÇÃO a média nacional (R$ 488,30) e mesmo dos em 2005, era o dobro - 12,3% - da média 60 Unidades da Federação 20 a 25 a Estados da região Norte (R$ 473,00). Essa nacional, que estava em 6,8%. A partici‑ 10 12 14 15 17 19 anos da Região Norte 24 59 90 diferença, favorável ao Estado do Acre pode, pação em 2005, para o Estado do Acre, de anos anos anos anos anos anos ou 91 anos anos E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 em parte, estar relacionada com a agricul‑ militares e estatutários (funcionários públi‑ mais tura familiar da população assentada e que, cos) no total da população ocupada é quase Brasil 2,6 4,2 5,7 6,4 7,8 8,6 8,9 7,2 3,6 de acordo com o que se viu na Parte I desse o dobro - 11,5% - da média nacional, que no estudo, aumentou nas últimas décadas. Tal mesmo período estava em 6,3%. Norte 2,3 3,7 5,0 5,8 7,0 7,8 8,0 6,6 2,7 diferença pode estar ainda associada aos As informações sobre a proporção de

programas governamentais e aqueles das pessoas ocupadas com rendimento médio Rondônia 2,7 4,2 5,8 6,0 7,1 8,2 7,9 5,9 2,1 DO ACRE. E A ECONOMIA

agências multilaterais (Banco Mundial) que mensal familiar per capita revelam as gran‑ 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO Acre 2,1 3,7 5,3 5,9 6,6 8,2 7,4 6,0 1,8 estimulam a diversificação e modernização des desigualdades de renda no Brasil. No Es‑ de atividades tradicionais na região.12 tado do Acre, a desigualdade é maior, pois a Amazonas 2,4 4,0 5,3 6,0 7,2 8,0 8,5 7,4 3,3 A observação dos rendimentos médios proporção de empregados sem carteira assi‑ dos empregados domésticos e dos emprega‑ nada que recebem até meio salário mínimo Roraima 2,5 4,2 5,4 6,5 8,1 9,1 8,5 6,7 2,5 dos por conta própria revela que esses ren‑ mensal per capita foi de 36,1%. Pará 2,1 3,4 4,5 5,4 6,5 7,2 7,5 6,3 2,9 dimentos são menores no Estado do Acre. A situação também é de uma maior de‑ Em 2005, enquanto os empregados domés‑ sigualdade no Acre em relação à média na‑ Amapá 2,7 4,3 5,9 6,5 7,8 9,3 9,1 8,0 2,6 ticos no Brasil tinham um rendimento mé‑ cional, entre os empregados com carteira de dio de R$ 401,40 e aqueles que trabalham trabalho: na média brasileira esse número Tocantins 2,5 4,0 5,5 6,2 7,5 8,3 8,5 6,4 1,9 por conta própria de R$ 636,60, no Acre atingiu 11,6% a proporção dos empregados Nordeste 2,3 3,7 5,0 5,6 6,6 7,4 7,5 5,7 2,3 tais rendimentos eram, respectivamente, de que recebem até meio salário mínimo fami‑

R$ 317,90 e R$ 405,90. Ainda no contexto liar per capita, contudo, no Acre essa pro‑ Sudeste 2,7 4,4 6,1 6,9 8,5 9,5 9,8 7,9 4,4 INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS do mercado de trabalho, deve-se considerar porção salta para 24,4%. a influência da escolaridade e da habilitação No caso dos trabalhadores domésticos, à Sul 2,9 4,6 6,2 7,1 8,4 9,4 9,6 7,6 4,1 profissional sobre os rendimentos dos tra‑ proporção que recebe até meio salário mí‑ Centro-Oeste 2,7 4,5 5,9 6,7 8,0 8,9 9,1 7,4 3,3 balhadores em geral. Enquanto que o ren‑ nimo familiar per capita é de 34,3% para o Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2005. dimento-hora de todos os trabalhos para as Brasil, sendo que no Acre esse número é de Nota: Exclusive as pessoas com idade ignorada. Dados trabalhados pelos autores. pessoas na faixa de 10 anos ou mais de ida‑ mais da metade - 55,6%. O mesmo se repete

13 12 Ver Caderno Temático, ou se na síntese do ZEE constam as informações do Carlos Alberto F. da Costa. IPEA: Nota Técnica, sobre a recente queda da Desigualdade de Renda no Brasil. A maior disparidade nas médias de anos as médias destas. Outras informações re‑ Atualmente existem mudanças nos indica‑ penho no Acre chegou a atingir a posição de de estudo das pessoas entre 10 anos ou ferentes ao contexto recente do Estado dores da Educação Básica do Acre, como pode 110 lugar no ranking do Brasil, em 2005, de mais de idade, para o Acre e o Brasil, são contribuem para compreender a situação ser avaliado a partir dos dados apresentados acordo com a análise do Sistema Nacional de encontradas na faixa de idade a partir de 60 educacional do Acre, que deve ser enten‑ na Tabela 14, aonde a evolução do desem‑ Avaliação da Educação Básica. anos ou mais, com o Acre tendo 1,8 anos de dida no contexto do processo de ocupação Tabela 14. Evolução do desempenho do Acre no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica

POPULAÇÃO E CONDIÇÕES DE VIDA estudo e o Brasil, 3,5 anos de estudo, segun‑ do Estado. Conforme anteriormente men‑ (SAEB) – Escolas urbanas sem as federais do dados de 2005). Observa-se ainda maior cionado, a época e o modo de ocupação similaridade, entre o Brasil e o Acre, na faixa do Acre (com base no extrativismo e no Ensino Fundamental Ensino Médio de idade a partir dos 19 anos: com médias recente processo de geração de empregos Ano 4ª Série 8ª Série 3ª Série

de cerca de 8,6 e 8,2 anos de estudo, res‑ urbanos, entre outros) ainda não foram Português Matemática Português Matemática Português Matemática pectivamente. Entre as demais faixas de ida‑ totalmente superados. Agregue-se a isso Desempenho de, as médias de anos de estudo para o Acre que, no próprio contexto do país, somente são mais baixas do que as nacionais, porém, na década de 2000 tem início um quadro 1999 154,2 164,2 219,4 225,6 241,6 249,8 com menor disparidade se comparadas com educacional mais favorável (Tabela 13). 2001 148,7 153,6 222,5 223,1 247,0 258,4 2003 159,6 160,7 226,0 229,1 263,1 274,5 2005 172,5 174,0 228,2 226,7 252,6 257,1 Tabela 13. Taxa de analfabetismo por município - 15 anos ou mais 2007 1 172,8 184,4 227,2 236,4 259,6 264,8 Municípios 1991 2000 Posição no ranking Brasil Acre 34,8 23,7 1999 26 27 24 25 25 26   Acrelândia 41,3 26,7 2001 25 27 22 26 19 22 DE VIDA E CONDIÇÕES POPULAÇÃO

Assis Brasil 35,9 29,1 2003 21 25 15 21 12 9

92 Brasiléia 40,1 24,5 2005 11 14 14 18 17 19 93

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 Bujari 45,5 38,8 2007 1 13 18 18 20 10 13

Capixaba 49,6 37,7 Fonte: MEC/Inep/SAEB. Nota: (1) Prova Brasil/SAEB. Cruzeiro do Sul 37,4 28,5

Epitaciolândia 33,2 24,6 A Tabela 15 mostra os dados gerais da do ensino médio que teve uma participação

Feijó 57,6 52,6 Educação Básica no Acre, no período entre de 12,3% de alunos e o ensino infantil, 11,5%. DO ACRE. E A ECONOMIA

Jordão 89,2 60,7 2003 e 2007. Em 2007, foram matriculados Quanto aos estabelecimentos, em 2007, eles to‑ 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO 248.632 alunos, destacando que 61,9% dos talizaram 1.713, com um aumento de 40 estabe‑ Mâncio Lima 46,4 31,6 alunos eram do ensino fundamental, seguido lecimentos entre 2003 e 2007. Manoel Urbano 56,4 45,8

Marechal Thaumaturgo 80,0 52,6 Tabela 15. Dados Gerais da Educação Básica

Plácido de Castro 37,3 24,8 Quantidade Discriminação 2003 2004 2005 2006 2007 Porto Acre 41,7 31,4

Porto Walter 73,4 51,6 Matrícula Inicial 258.591 261.556 260.591 258.053 248.632

Rio Branco 21,2 14,0 Educação Infantil 25.460 25.901 26.839 27.244 28.674 Rodrigues Alves 57,4 49,9 Ensino Fundamental 148.007 151.535 153.317 155.829 153.929 Santa Rosa do Purus 75,3 56,8

Sena Madureira 51,0 34,0 Ensino Médio 28.497 29.736 31.288 32.044 30.625 INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS Senador Guiomard 36,8 26,2 Ed. Jovens e Adultos 55.361 52.455 46.317 40.546 33.494 Tarauacá 60,6 41,5

Xapuri 41,3 29,4 Educação Especial 1.266 1.104 1.208 1.230 1.051 Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil. Educação Profissional - 825 1.622 1.160 859

Fonte: MEC/INEP/Censo Escolar. Com relação ao ensino superior, em 2007 e coleta de lixo são condições mínimas para Em 2005, em geral no Brasil, 61,1% dos dimento de até meio salário mínimo, onde o Acre era representado por 9 instituições, promover um ambiente saudável. Tais situa‑ domicílios próprios urbanos dispunha dos somente 20,4% têm acesso ao saneamento sendo uma pública federal e 8 privadas. As ções repercutem diretamente sobre a saúde serviços de saneamento. No Estado do Acre, básico. No entanto, essa proporção melhora, Instituições Públicas ofereceram 147 cursos da população, em particular das crianças e os dados de 2005 demonstravam que as mesmo assim na faixa de mais de cinco salá‑ e as privadas 39. Quanto ao Ensino Profis‑ idosos, ao impedirem que as condições de condições de acesso aos serviços de sanea‑ rios, onde a proporção é de 34,1%.

POPULAÇÃO E CONDIÇÕES DE VIDA sionalizante, atualmente são oferecidos cur‑ qualidade da água e de exposição ao lixo se mento, são melhores do que aquelas encon‑ Em geral, percebe-se que o acesso aos sos técnicos de nível médio através do Insti‑ tornem sérios vetores de doenças. tradas nos demais Estados da região Norte. serviços de água, esgoto e coleta de lixo na tuto Dom Moacyr Grechi (IDM). As informações da tabela 16 sobre a Acompanhando a tendência para o Brasil, no Região Norte apresentam valores percentuais proporção de domicílios permanentes (pró‑ Acre a situação melhora conforme aumenta bem menores do que no Brasil, como um todo, 4. 3. Domicílios prios) urbanos com acesso aos serviços de a faixa de rendimento mensal familiar per e isso se repete também no Estado do Acre, com saneamento básico revelam, não somente capita, especialmente entre a população algumas variações que podem ser observadas As condições de saneamento represen‑ as condições das cidades brasileiras, como urbana com domicílio próprio e com ren‑ nas tabelas a seguir (Tabelas 17, 18 e 19). tam um dos requisitos básicos para a quali‑ também a influência dos rendimentos mé‑ dade de vida da população. O acesso simul‑ dios mensais domiciliares per capita no Tabela 17. Domicílios particulares permanentes urbanos, total e respectiva distribuição percentual, tâneo à água potável, esgotamento sanitário acesso a esse tipo de serviço. por existência de serviço de abastecimento de água por rede geral, segundo as Grandes Regiões e Unidades da Federação da Região Norte – 2005 Tabela 16. Domicílios particulares permanentes urbanos, total e proporção dos domicílios com ser‑ Domicílios particulares permanentes urbanos viços de saneamento, por classes de rendimento médio mensal domiciliar per capita, segundo as Grandes Regiões e Unidades da Federação da Região Norte – 2005 Grandes Regiões Distribuição percentual, por existência de serviço de abastecimento de água por rede geral (%) Domicílios particulares permanentes urbanos e Unidades da 

 Federação da Região DE VIDA E CONDIÇÕES POPULAÇÃO Proporção com serviços de saneamento (%) (2) Total Com serviço Grandes Regiões e Norte Sem serviço Classes de rendimento médio mensal domiciliar Sem canalização Unidades da Com canalização interna (1) Total (1) per capita (salário mínimo) interna 94 Federação Total 95 Mais de Mais de Mais de Mais de Mais de

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 Até 1/2 Brasil 44 860 739 90,5 2,0 7,5 1/2 a 1 1 a 2 2 a 3 3 a 5 5

Brasil 44 860 739 61,1 39,1 55,7 67,6 74,5 78,4 82,0 Norte 2 798 223 59,6 6,9 33,5

Norte 2 798 223 8,8 5,6 6,8 9,6 14,7 16,6 22,9 Rondônia 297 244 46,5 1,5 52,0 Rondônia 297 244 4,8 1,1 2,6 5,2 12,4 13,5 14,5

Acre 117 257 45,5 15,8 38,7 DO ACRE. E A ECONOMIA Acre 117 257 20,4 8,2 17,3 28,3 38,4 39,2 34,1 Amazonas 637 608 78,5 2,8 18,7 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO Amazonas 637 608 5,0 4,2 5,0 6,1 5,2 2,8 8,9

Roraima 79 705 15,2 9,4 12,5 16,0 31,1 14,8 49,9 Roraima 79 705 91,4 7,0 1,6

Pará 1 282 189 10,5 7,1 8,1 11,2 18,2 22,7 30,0 Pará 1 282 189 46,6 9,9 43,5

Amapá 126 103 1,9 1,8 0,6 3,0 2,4 5,3 0,0 Amapá 126 103 65,0 2,6 32,4

Tocantins 258 117 10,6 4,5 6,8 12,0 22,1 24,7 37,5 Tocantins 258 117 86,8 6,9 6,3 Nordeste 9 762 476 34,5 24,6 33,9 41,4 49,2 57,4 68,7 Nordeste 9 762 476 85,0 5,3 9,7 Sudeste 21 999 875 83,4 68,7 79,9 85,8 89,9 92,7 92,0 Sudeste 21 999 875 96,1 0,5 3,4 Sul 6 993 357 60,7 44,8 53,2 61,0 66,9 71,9 80,5 Sul 6 993 357 94,3 0,4 5,3 INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS Centro-Oeste 3 306 808 36,0 25,0 28,6 37,3 47,1 51,9 53,5 Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2005. Dados trabalhados pelos autores Centro-Oeste 3 306 808 87,2 1,2 11,6 deste estudo. (1) Inclusive os domicílios sem declaração de rendimento e sem rendimento. (2) Domicílios com condi‑ Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2005. Dados trabalhados pelos autores deste estudo. ções simultâneas de abastecimento de água por rede geral, esgotamento sanitário por rede geral e lixo (1) Inclusive abastecimento de água através de poço ou nascente e outras formas. coletado diretamente. Tabela 19. Domicílios particulares permanentes urbanos, total e respectiva distribuição percentual, Tabela 18. Domicílios particulares permanentes urbanos, total e respectiva distribuição percen‑ por existência de serviço de coleta de lixo, segundo as Grandes Regiões e Unidades da Federação da tual, por existência de serviço de esgotamento sanitário, segundo as Grandes Regiões e Unida‑ Região Norte – 2005 des da Federação da Região Norte – 2005 Domicílios particulares permanentes urbanos Domicílios particulares permanentes urbanos Distribuição percentual, por existência de Grandes Regiões e Grandes Regiões Distribuição percentual, por existência de serviço de esgotamento serviço de coleta de lixo (%) POPULAÇÃO E CONDIÇÕES DE VIDA sanitário (%) Unidades da Federação e Unidades da Total Com serviço da Região Norte Sem serviço Federação da Total Sem serviço Com serviço de rede Coletado Coletado Região Norte (1) coletora de esgotamento diretamente indiretamente Fossa (2) Outras formas (3) sanitário e/ou pluvial (1) Brasil 44 860 739 89,8 7,3 3,0 Brasil 44 860 739 66,2 28,6 5,2 Norte 2 798 223 83,6 8,0 8,4 Norte 2 798 223 10,5 80,2 9,2 Rondônia 297 244 85,3 5,5 9,3 Rondônia 297 244 7,0 89,5 3,5 Acre 117 257 72,9 19,7 7,4 Acre 117 257 37,1 41,2 21,7 Amazonas 637 608 83,1 9,7 7,3 Amazonas 637 608 5,5 81,9 12,6 Roraima 79 705 95,1 0,8 4,1 Roraima 79 705 15,0 81,9 3,1   Pará 1 282 189 81,8 7,9 10,2 DE VIDA E CONDIÇÕES POPULAÇÃO Pará 1 282 189 12,1 79,6 8,4 Amapá 126 103 83,0 11,0 6,0 96 Amapá 126 103 2,1 82,3 15,6 97

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 Tocantins 258 117 93,3 2,0 4,7 Tocantins 258 117 10,2 85,1 4,7 Nordeste 9 762 476 79,5 13,3 7,2 Nordeste 9 762 476 40,4 50,6 9,0 Sudeste 21 999 875 93,3 5,6 1,1 Sudeste 21 999 875 89,1 6,5 4,5

Sul 6 993 357 94,4 4,4 1,2 DO ACRE. E A ECONOMIA Sul 6 993 357 64,8 32,4 2,8 Centro-Oeste 3 306 808 91,8 6,3 1,9 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO Centro-Oeste 3 306 808 40,0 58,8 1,2 Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2005. Dados trabalhados pelos autores deste estudo. (1) Inclusive queimado ou enterrado, jogado em rio, lago ou mar e outros. Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2005. Dados trabalhados pelos autores deste estudo. (1) Inclusive rede coletora e fossa séptica ligada à rede coletora de esgoto e/ou pluvial. (2) Inclusive fossa séptica não-ligada à rede coletora de esgoto e/ou pluvial. (3) Inclusive as formas de escoadouro: vala, direto para o rio, lago ou mar e outras. No que se refere ao abastecimento de tado, estatisticamente apresenta resultados água, observa-se que o percentual de atendi‑ aquém do contexto nacional, assim como em mento no Estado é menor do que no Brasil, relação aos outros Estados que compõem a sendo também menos abrangente do que na Região Norte. Região Norte. No que tange ao acesso ao es‑ Os dados mais recentes sobre o acesso gotamento sanitário, a situação se modifica, aos serviços de água e esgoto foram obti‑

uma vez que os percentuais apresentados dos no site do Sistema Nacional de Infor‑ INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS pelo Estado são ainda inferiores ao Brasil, mações sobre Saneamento (SNIS), que é a porém estes são superiores à Região Nor‑ fonte de referência das informações sobre te e a maioria dos Estados que compõem saneamento no Brasil e possui grande acer‑ essa Região. Em relação à coleta de lixo, o vo de dados e indicadores relevantes para percentual de atendimento é relativamente todos os segmentos envolvidos com o setor satisfatório, observando-se, porém que o Es‑ de saneamento, com informações disponí‑ veis para uma série histórica do período de no Estado do Acre, teve perda de população, 1995 a 2008. Para os serviços de resíduos principalmente nas proximidades da Reser‑ sólidos urbanos, de forma similar a série his‑ va Extrativista (RESEX) Chico Mendes, em tórica inicia-se em 2002. Na estrutura atual direção à zona periurbana. Desta maneira, do Governo Federal, o SNIS está vinculado à é preciso uma atenção especial nesta área

POPULAÇÃO E CONDIÇÕES DE VIDA Secretaria Nacional de Saneamento Ambien‑ que ainda apresenta uma cobertura flores‑ tal, do Ministério das Cidades. tal significativa, pois no entorno da RESEX O acesso às informações dos indicadores foi verificado um desmatamento acentuado, de saneamento para o período mais recente, tornando-se um fator preocupante, uma vez confirma as tendências gerais observadas que a cobertura vegetal é fundamental na no início da presente década. A concentra‑ proteção de seus mananciais, especialmente ção quase absoluta do acesso aos serviços a fim de garantir o abastecimento de água de esgotamento sanitário no Município de do município. Rio Branco persiste, ocorrendo um discreto No que se refere aos indicadores de aces‑ aumento no número de domicílios atendi‑ so domiciliar a rede geral de água, observa‑ dos, que passam de 53.516 em 2000 para -se que em praticamente todas as Regionais 57.308. houve aumento no número de domicílios ligados à rede geral. No Alto Acre, por exem‑ plo, o número de domicílios com acesso pas‑

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS sou de 16.214 em 2000, para 26.260 em 2008. No Juruá, o total de domicílios que Uma análise da densidade demográfica era de 25.159, foi para 43.353, um aumento 98 do Acre e da migração intra-estadual aliado bem maior do que o crescimento da popula‑

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 ao uso da terra faz-se necessária no contex‑ ção no período. Em outras Regionais o cres‑ to da formulação das políticas públicas. cimento também foi acentuado. Na regional A despeito da redução da população ru‑ Tarauacá-Envira o número de residências ral nos dias atuais e de sua pequena mag‑ atendidas passou de 5.915 em 2000, para nitude, conforme observado anteriormente, 21.984 em 2008. Finalmente, na regional o conhecimento mais detalhado sobre essa do Purus o número de residências com aten‑ população deve ser considerado quando o dimento em 2000, que era de 10.625, pas‑ planejamento regional é uma preocupação sou para 16.984 em 2008. do Governo. O detalhamento das informações recen‑ É fato que o Município de Rio Branco – tes revela uma situação onde houve melho‑ capital do Estado, apresentou uma maior ria generalizada no acesso à rede geral de densidade demográfica, seguido do Municí‑ água em praticamente todos os Municípios pio de Cruzeiro do Sul, para o período entre do Acre, com exceção da capital, onde hou‑ 2000 e 2007 (Figuras 8 e 9). Entretanto, ve uma redução expressiva de domicílios analisando a densidade demográfica e a mi‑ ligados à rede geral, que eram 152.972 gração intra-estadual (Figura 10), é possível em 2000 e reduziram-se para 131.218 em verificar determinadas particularidades em 2008. O processo de abertura de poços arte‑ alguns municípios que precisam ser analisa‑ sianos nos domicílios pode ser o responsável dos em escalas mais detalhadas. por tal comportamento. De qualquer forma, Rio Branco, apesar de representar a a tendência para o Estado como um todo é a maior concentração absoluta de população de expansão da rede de água e esgoto. Livro Temático | Volume 5 Coleção Temática do ZEE

Aspectos Socioeconômicos População e as Condições de Vida, Infraestrutura e a Economia do Acre

Capítulo Infraestrutura Pública e Produtiva 3 ligação fluvial para as cidades de Belém e RO/AC à fronteira com o Peru), da BR-317 INFRAESTRUTURA PÚBLICA Manaus. (da divisa AM/AC à fronteira com o Peru), Nos anos sessenta e setenta, a fragilidade da BR-307 (de Marechal Thaumaturgo/AC à

INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA da economia da borracha e a política federal divisa AC/AM) e da BR-409 (de Feijó/AC a E PRODUTIVA de ocupação da Amazônia mudaram a base Santa Rosa/AC); no modal Hidroviário, cons‑ econômica do Estado, direcionando-a para tituído pelas hidrovias formadas pelo rio bb Texto: Alexandre Ricardo Hid 1 as atividades da pecuária e da exploração Juruá (foz a Cruzeiro do Sul), rio Tarauacá Nadma Farias Kunrath 2 madeireira, que tiveram como reflexos a ex‑ (foz a Tarauacá), rio Envira (foz a Feijó), rio pansão das cidades, especialmente no leste Purus (foz a Sena Madureira) e rio Acre (foz acreano, intensificando as ligações comer‑ a Brasiléia), estão incluídas a infraestrutura ciais via fluvial, com Manaus/AM e Porto portuária em Rio Branco e Cruzeiro do Sul; 1. INTRODUÇÃO Velho/RO. Neste período, o II Plano Nacio‑ e no Aeroviário, os aeródromos em Brasi‑ nal de Viação (PNV), aprovado pela Lei nº léia, Cruzeiro do Sul, Feijó, Rio Branco, Santa 4.592/64, idealiza a construção dos grandes Rosa, Sena Madureira, Tarauacá, Marechal desenvolvimento socioeconômico sistema público de rádio e TV no Acre, com eixos rodoviários ligando as grandes regi‑ Thaumaturgo, Vila Japim e Xapuri. regional está intrinsecamente re‑ transmissão para todos os municípios do Es‑ ões brasileiras à capital, contemplando-se o As principais rotas dos modais rodoviá‑ lacionado às condições de infra‑ tado, unificando através da informação a po‑ Acre no III Plano Nacional de Viação (PNV), rio, hidroviário e aeroviário no Acre foram -estrutura física dos sistemas de pulação e o território acreano, e ainda, com aprovado pela Lei nº5.917/73. Neste Plano, caracterizadas em 1989 pelo Ministério Otransporte, armazenamento, energia e co‑ os avanços da tecnologia mundial, que tem estão previstas no transporte Rodoviário, dos Transportes, conforme apresentado

municação, assim como às políticas públicas rompido as barreiras do isolamento, com a construção da rodovia BR-364 (da divisa no Tabela1.  INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA INFRAESTRUTURA governamentais voltadas ao fortalecimento o estabelecimento de sistemas via satélite, e ampliação desse conjunto estruturante de como especialmente no caso da telefonia e Tabela 01. Caracterização das Principais Rotas dos Modais Rodoviário, Hidroviário e Aeroviário no 100 ocupação territorial. uso da internet. 101 Acre, por Pólos, Ligação, Função e Corredor. E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 No Acre, nos últimos anos, as políticas As informações sobre Infraestrutura Corredor públicas de infraestrutura física têm sido ali‑ apresentadas neste capítulo do ZEE, destina‑ PÓLOS ROTA MODAL LIGAÇÃO/PÓLOS INTERMEDIÁRIOS FUNÇÃO a que cerçadas na concepção do desenvolvimen‑ ram-se a subsidiar a implementação de polí‑ EXTREMOS Pertence to sustentável, cuja premissa condiciona o ticas públicas e a construção do mapa de ges‑ processo de ocupação à conservação dos tão do Estado do Acre, na escala 1:250.000, -Rio Amazonas: Manaus/Manacapuru

-Rio Purus: Manacapuru/ Lábrea /Boca do Acre DO ACRE. E A ECONOMIA recursos naturais e inclusão das populações integrando as temáticas Recursos Naturais, Hidro- -BR-317: Boca do Acre /Entronc.BR-364 • Rodo tradicionais. Estes pontos são fundamentais Socioeconomia e Cultural Político. 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO -BR-364: Entronc.BR-317/Rio Branco/ Cruzeiro para o Estado, inserido na região Amazôni‑ do Sul ca, uma vez que está submetido a empreen‑ 2. TRANSPORTES NO ESTADO Fronteira FN-1 Aéreo -Manaus/Rio Branco/Cruzeiro do Sul Passageiros dimentos impactantes, nos próximos anos, DO ACRE Noroeste como os investimentos transnacionais de‑ Porto Velho / Rio Rodo -BR-364: Porto Velho/Rio Branco • correntes da integração latino-americana, Os rios, considerados via de acesso natu‑ Branco Aéreo -Porto Velho /Rio Branco Passageiros

com a implantação da rota bioceânica Atlân‑ ral do Acre, marcaram a atual geografia de Rio Branco/ -BR-364: Rio Branco/ Sena Madureira / Manuel Rodo • tico-Pacífico, a integração terrestre de seu seu território, iniciada em fins do século XIX Cruzeiro do Sul Urbano/ Feijó/ Tarauacá/ Cruzeiro do Sul território, também com a pavimentação da com a ocupação das terras para exploração -AC-40: Rio Branco/ Senador Guiomard/ BR-364 ligando Rio Branco a Cruzeiro do Sul do látex da seringueira, motivada pela valo‑ Rio Branco / Assis Entroncamento BR-317 FN-5 Rodo • e, a construção do complexo energético e de rização da borracha no mercado internacio‑ Brasil -BR-317: Entroncamento AC-40/ Brasiléia/ transporte do rio Madeira, com distribuição nal, atraindo para esta parte da Amazônia Assis Brasil/ Peru

de energia limpa e mais barata e o aumento Ocidental considerável contingente de nor‑ Sena Madureira / Passageiros INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS Hidro -Sena Madureira/Manuel Urbano/Santa Rosa Fronteira das opções de transporte na região. destinos. Nesta conjuntura, o Acre integra‑ Santa Rosa • Noroeste No campo das comunicações, um grande -se fortemente à economia nacional, onde Manuel Urbano / FN-1 Aéreo -Manuel Urbano/Santa Rosa • avanço foi obtido com o fortalecimento do predominavam comercialmente a intensa Santa Rosa

Cruzeiro do Sul / -Cruzeiro do Sul/Porto Walter/Marechal Aéreo • Mal.Thaumaturgo Thaumaturgo 1 Bacharelado em Engenharia Civil; Especialização em Metodologia do Ensino Superior; Mestre em Ca- dastro Técnico Multifinalitário e Gestão Territorial | UFAC 2 Engenheira Florestal; Especialista em Tecnologia de Sementes; MBA em Gerenciamento de Projetos | AGEAC/Programa “Luz para Todos” - Acre Corredor PÓLOS Embora tenha sido dada prioridade às ro‑ A implantação de uma moderna logís‑ ROTA MODAL LIGAÇÃO/PÓLOS INTERMEDIÁRIOS FUNÇÃO a que EXTREMOS dovias na política de transporte do País, ao tica multimodal no sistema de transportes Pertence longo desses anos, no Acre, o eixo da rodovia do Acre, com conexões e operadores efi‑

INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA -BR-319: Manaus/ Humaitá/ Porto Velho BR-364, ainda esta em fase de consolidação. cazes, significa impulsionar as condições Rodo 1 • -BR-364: Porto Velho/ Rio Branco Existe municípos que mantém forte ligação de infra-estrutura sócio-econômica do Es‑ -BR-319: Manaus/ Humaitá fluvial com o Estado do Amazonas, como é o tado, na integração entre municípios com -BR-230: Humaitá / Lábrea caso das regiões do Envira (Tarauacá e Fei‑ a capital, com outros Estados brasileiros, Rodo 2 -BR-314: Lábrea/Boca do Acre/ Entronc. • jó) e do Juruá (Cruzeiro do Sul). Nessas loca‑ e com outros países, como o Peru e a Bo‑ BR-364 lidades, as ligações efetuadas por via aérea lívia. A Figura 1 demonstra à importância - BR-364: Entronc.BR-317/ Rio Branco também ocupam papel fundamental, embo‑ da multimodalidade no Estado, observan‑ -Rio Amazonas: Manaus/ Manacapuru ra extremamente custosas para a economia do que, em grande parte do território acre‑ -Rio Purus: Manacapuru/ Lábrea/Boca do Acre Hidro dos municípios e das populações do interior. ano, os rios, em cujas margens estão as -Rio Acre: Boca do Acre/ Porto Acre/ Rio • A ênfase dada pela política nacional aca‑ cidades, são transversais a única rodovia Branco •• bou por não propiciar as condições para que que corta de leste a oeste o Estado, a BR- Hidro- -Rio Amazonas: Manaus/ Manacapuru o transporte fluvial se constituísse numa 364, cujo trajeto segue próximo à linha de Manaus/ Rio -Rio Purus: Manacapuru/ Lábrea/ Boca do Acre AM-4 • Amazônia forma eficaz de comunicação para o Acre, fronteira com o Amazonas. Nessa região, Branco -Rio Acre: Boca do Acre/ Porto Acre •· /-AC- que possui quatro sedes municipais fora os municípios mais ao sul comunicam-se 10: Porto Acre/ Rio Branco Rodo1 do traçado dos eixos rodoviários do Estado: somente por via fluvial ou aérea. Hidro- -Rio Amazonas: Manaus/ Manacapuru /-Rio Porto Walter, Marechal Thaumaturgo, Jor‑

Purus: Manacapuru/ Lábrea/ Boca do Acre dão e Santa Rosa do Purus.  PÚBLICA E PRODUTIVA INFRAESTRUTURA • /-BR-317: Boca do Acre/ Entronc.BR-364 /-BR- No modelo de desenvolvimento susten‑ 2.1. SUBSISTEMA RODOVIÁRIO Rodo 2 364: Entronc.BR-364/ Rio Branco tável de base florestal e manejo comunitá‑ 102 -Rio Amazonas: Manaus/ Itacoatiara /-Rio rio, implantado pelo Governo do Acre desde No Estado do Acre os grandes eixos ro‑ 103

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 Hidro- Madeira: Itacoatiara/ Humaitá/ Porto Velho 1999, a utilização dos rios como rotas ocu‑ doviários são formados pelas Rodovias Fe‑ /-BR-364: Porto Velho/ Rio Branco /-Rio • pam papel essencial no sistema de transpor‑ derais BR-364, a maior em extensão com Amazonas: Manaus/Itacoatiara /-Rio Madeira: tes, realizando-se investimentos para con‑ 880,70 Km, e BR-317, com 413,50 Km, que Itacoatiara/ Humaitá /-BR-320: Humaitá/ Rodo 3 solidar a intermodalidade com a Rodovia interligam ao longo de seu traçado dezoito Lábrea /-BR-364: Entronc.BR-364/ Rio Branco BR-364, nos vales do Envira e Juruá, e com dos vinte e dois municípios acreanos. Estas Aéreo -Manaus/Rio Branco Passageiros a BR-317, no vale do Acre. Neste contexto, o rodovias têm como funções principais a in‑ DO ACRE. E A ECONOMIA - Rio Amazonas: Manaus/Coari /- Rio Solimões:

Governo do Estado construiu adequada in‑ tegração intra-regional, regional, nacional 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO Hidro Coari/ Fonte Boa /- Rio Juruá: Fonte Boa/ • fra-estrutura portuária na cidade de Cruzei‑ e internacional, a implantação e expansão Carauari/ Eurunepé/ Cruzeiro do Sul ro do Sul, e foram realizados investimentos de atividades no âmbito do desenvolvimento -BR-319: Manaus/ Humaitá/ Porto Velho /-BR- na BR-364 para a definitiva ligação rodoviá‑ sustentável, o abastecimento de insumos, o es‑ 364: Porto Velho/ Rio Branco/ Sena Madureira/ Rodo 1 • ria entre Feijó e Cruzeiro do Sul, assim como coamento da produção e o desenvolvimento Manuel Urbano/ Feijó/ Tarauacá/ Cruzeiro do para a conclusão do Aeroporto Regional de do turismo. Várias destas funções ainda não Sul - Manaus/ Cruzeiro Amazônia Feijó, para o manejo sustentável das flores‑ estão atendidas em sua plenitude, uma vez do Sul -BR-319: Manaus/Humaitá /-BR-230: Humaitá/ tas públicas implantadas. que nenhuma das rodovias está inteiramente AM-3 Lábrea /-BR-317: Lábrea/ Boca do Acre/ Rodo 2 • A BR-317 no Acre foi totalmente concluí‑ concluída nos planos regional e internacional Entronc.BR-364 /-BR-364: Entronc.BR-317/ Rio Branco/ Cruzeiro do Sul da em 2007, restando pavimentar no Estado na concepção do Programa de Integração da do Amazonas, o trecho de 110Km da divisa Infraestrutura Regional da América do Sul – -Rio Amazonas: Manaus/Itacoatiara /-Rio Hidro- com o Acre até a cidade portuária de Boca IIRSA. No caso da BR-317 / carretera del pací‑ Madeira:Itacoatiara/Humaitá/P.Velho /-BR- • Rodo 1 INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS 364: Porto Velho/ Rio Branco/ Cruzeiro do Sul do Acre. A BR-317 faz parte do eixo Peru‑ fico (Rodovia Interoceânica), os investimentos -Brasil, corredor bioceânico Atlântico-Pa‑ rodoviários no lado peruano para estabelecer Fonte: Ministério dos Transportes, Geipot, 1989. cífico, previsto no Programa de Integração a conexão brasileira à rede pan-americana, · Abastecimento, escoamento da produção, transporte de passageiros. da Infra-estrutura Regional da América do tem a conclusão das obras estimada para o 1º •· Inclusão Rota Complementar. Sul – IIRSA. O Acre, situado no centro-oeste semestre de 2011. da América latina, ocupa posição estratégi‑ A necessidade da conclusão da pavimen‑ ca na integração brasileira com países sul‑ tação das rodovias federais no Estado, e -americanos, como Peru e Bolívia. mesmo a conservação e restauração da ma‑ lha existente, têm levado o Governo do Acre, porte do solo, predominantemente argilo‑ ram concluídos 124 km de pavimentação de Matarani e Illo no Peru. A implantação da desde 1999, a obter do Governo Federal as so; o regime pluviométrico, que permite a diversos trechos, interligando-se definitiva‑ referida rodovia significa, por exemplo, uma sub-rogações para estas rodovias, de forma execução das obras rodoviárias somente no mente as sedes dos municípios de Tarauacá redução de pelo menos 15 mil milhas náuti‑

INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA a conduzir os processos de elaboração dos período seco chamado “verão” (de junho a e Cruzeiro do Sul, representando um marco cas de distância aos mercados consumidores projetos, conservação, restauração e cons‑ outubro) com poucas chuvas, enquanto que para a região (Figura 2). da Ásia, em relação ao percurso efetuado via trução de sub-trechos e, ainda, a captação no período chuvoso chamado “inverno” (de Atualmente, encontram-se em pavi‑ canal do Panamá. De igual forma, a Intero‑ de recursos, inclusive internacionais. novembro a maio), caracterizado pelas altas mentação os últimos 224 km, trecho que ceânica, viabilizará o caminho inverso para No contexto do programa de desenvol‑ precipitações foi aproveitado à época das liga as cidades de Sena Madureira e Feijó, a importação de mercadorias. Além disso, vimento sustentável, consolidar os grandes cheias dos rios para o transporte de grandes estimando-se a conclusão das obras para este sistema hidro-rodoviário impulsionará eixos rodoviários no Acre, de forma a permi‑ quantidades de insumos e equipamentos; as 2011, onde se estabelecerá por fim, após o fluxo comercial e turístico, especialmente tir o pleno funcionamento da rede principal grandes distâncias aos centros de produção, mais de 40 anos de espera, a definitiva li‑ entre os países do Cone Norte, conectan‑ de transportes e a otimização das interco‑ como Manaus e centro-sul do País e, a falta gação entre a capital Rio Branco e a cidade do um mercado com cerca de 25 milhões nexões com outras modalidades, é condição de trafegabilidade no inverno dos sub-tre‑ de Cruzeiro do Sul, como demonstrado na de habitantes. essencial para impulsionar a economia no chos ainda não pavimentados. Figura 2. Também está em execução nes‑ A conclusão deste importante sistema Estado e melhorar a qualidade de vida de Na ótica ambiental, foi exigido um rigo‑ te percurso a construção das pontes so‑ depende de investimentos no Brasil e no sua população. roso controle na execução das obras, espe‑ bre os rios Purus (407m), Envira (300m), Peru. No lado brasileiro, faltam iniciar as cialmente considerando que a rodovia atra‑ Diabinho (81m), Tarauacá (300m) e Juruá obras de modernização do porto fluvial de 2.2. A SITUAÇÃO DAS RODOVIAS vessa grandes áreas de florestas, a fim de (550m), e respectivos acessos, e a restau‑ Boca do Acre e a pavimentação dos 110 km FEDERAIS evitarem-se danos às comunidades locais e ração de pavimentos em trechos que so‑ da BR-317 no Estado do Amazonas, trecho

ao meio ambiente. mam 89 km. compreendido entre Boca do Acre/AM até a  INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA INFRAESTRUTURA A Rodovia BR-364-AC, originária do cen‑ A falta de ligação terrestre permanente Este cenário é muito esperado, especial‑ fronteira com o Acre, investimentos que so‑ tro sul do País, atravessa o território acrea‑ com a capital do Estado possibilitou a pre‑ mente pelas cidades de Cruzeiro do Sul, Ta‑ mam aproximadamente R$110 milhões. 104 no no sentido longitudinal, iniciando-se na servação das florestas no interior, tendo rauacá, Feijó, Rodrigues Alves, Mâncio Lima No Acre, a BR-317 está totalmente asfalta‑ 105

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 fronteira com o Estado de Rondônia e termi‑ sido criadas nestas localidades, no contexto e Manuel Urbano, cujos municípios reúnem da, inclusive executada a ligação terrestre en‑ nando no Município de Rodrigues Alves, na do referido Programa, as florestas públicas, uma população próxima a 190.000 habi‑ tre o Brasil e o Peru pela ponte binacional so‑ localidade de Boqueirão da Esperança, fron‑ destinadas ao manejo florestal sustentável tantes, pois poderão contar definitivamen‑ bre o rio Acre, concluída em janeiro de 2006, teira com o Peru. Em seu percurso, a partir de base comunitária, visando geração de te durante todos os meses do ano com os unindo as cidades de Assis Brasil e Iñapari, da capital Rio Branco, o traçado desta ro‑ renda e postos de trabalho. Para uma explo‑ serviços de transporte intermunicipal, frete respectivamente. No lado peruano, a partir da

dovia corta transversalmente todos os rios, ração racional das florestas Públicas, esta de mercadorias, turismo e ampliação das fronteira são 1.472 km de rodovia até o porto DO ACRE. E A ECONOMIA

passando por cinco municípios até chegar pavimentação foi realizada por trechos, de ações governamentais de educação e saúde, marítimo de Ilo, sendo executadas obras de 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO ao Município de Cruzeiro do Sul, localizado forma estratégica, evitando assim pressões que impulsionam as economias municipais pavimentação em 1009 km, iniciadas em ju‑ no extremo oeste do território, a segunda por terras e atividades predatórias. Também e a redução dos custos nas cidades.A Rodo‑ lho de 2006. As obras, que representam um cidade do Estado em população e economia. foi implantada uma estratégia com finalida‑ via BR-317/AC, conhecida como a Rodovia investimento de US$1,349 bilhões, encon‑ A pavimentação da BR-364 tem como de de atuar nos processos de controle e fis‑ Pacífico, parte da Carretera Interoceânica, tram-se atualmente (janeiro/2010) com 74% objetivo consolidar a economia interna do calização da produção florestal, e coordenar percorre toda a parte leste do território do dos serviços concluídos, estimando a conclu‑ Acre, com a ligação terrestre definitiva entre ações comunitárias e sociais, através das Acre, iniciando-se na fronteira com o Esta‑ são total das mesmas para o 1º semestre de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, significando a equipes dos dois escritórios denominados do do Amazonas e terminando no Município 2011. redenção econômica para os municípios do de Unidade de Gestão Ambiental Integrada de Assis Brasil, fronteira com o Peru. Pre‑ Constando como planejadas no Plano interior, dependentes que são em seu abas‑ (UGAI), implantados em 2005, localizados vista dentro do Programa de Integração da Nacional de Viação – PNV, mas sem ter sido tecimento, a maior parte do ano, do regime na BR-364, um próximo às margens do rio Infraestrutura Regional da América do Sul realizada qualquer abertura até hoje nessas dos rios e do transporte aéreo. Sua conclu‑ Liberdade, e o outro às margens do rio Acu‑ – IIRSA, e também componente infraestru‑ Rodovias Federais, a BR-307, com 175 km

são faz parte do Programa de Desenvolvi‑ raua próximo a Tarauacá. tural de transporte para o estabelecimento de extensão, com pequeno trecho asfaltado INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS mento Sustentável, implantado pelo Estado Enquanto a ligação definitiva não é esta‑ do Merconorte, a Interoceânica é parte do próximo a Cruzeiro do Sul, é prevista para em 1999 e sua construção tem sido um de‑ belecida, existe o desafio anual de realizar sistema hidro-rodoviário que interligará interligar as sedes municipais de Marechal safio, pois envolve uma logística operacio‑ a reabertura da Rodovia Federal BR-364 na os oceanos Atlântico e Pacífico, permitin‑ Thaumaturgo, Porto Walter, Rodrigues Alves nal para o abastecimento e transporte de in‑ época da estiagem, uma vez que permanece do uma importante conexão para o escoa‑ e Cruzeiro do Sul, e a BR-409, com 152 km de sumos, que leva em conta as características a maior parte do ano intrafegável, isolan‑ mento da produção das regiões centro-sul e extensão, para interligar Feijó a Santa Rosa do regionais. do por via terrestre toda a região central e norte do Brasil. Principalmente procedente Purus. O transporte entre estes municípios é Entre as dificuldades na construção, po‑ oeste do território da capital do Estado. Este da Zona Franca de Manaus, rumo a centros efetuado de forma mais efetiva por via fluvial, dem ser citadas: a baixa capacidade de su‑ quadro foi amenizado em 2008, quando fo‑ internacionais via portos do Pacífico, como e esporadicamente por via aérea. 2.3. A SITUAÇÃO DAS RODOVIAS remotas do interior. A rede estadual, com a ESTADUAIS importante função de interligar as várias se‑ des municipais às rodovias federais, assim

INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA As rodovias estaduais, concebidas den‑ como de ser coletora da rede de estradas tro do Plano Nacional de Viação (PNV) há vicinais em diversos municípios, é formada mais de trinta anos, foram traçadas cortan‑ atualmente por 12 (doze) rodovias (Figura do transversal e longitudinalmente, todo o 2), com uma extensão total de 575,80Km, território do Acre. Formando uma extensa em que 61,6% estão pavimentadas. Sua dis‑ malha viária com mais de 3.000 km de ex‑ tribuição espacial concentra-se basicamente tensão, distribuídas em 24 vias, das quais, na região leste acreana (98%), que agrupa mais de 80% nunca saíram do papel. Essa as regionais do Alto e Baixo Acre, onde re‑ concepção prevista para a malha de rodo‑ side à maioria da população e onde são vias estaduais, não mais atende aos propó‑ mais fortes e diversificadas as atividades sitos estabelecidos dentro do programa de econômicas. Nesta região existem diversos desenvolvimento sustentável implantado Assentamentos Rurais, para os quais as es‑ pelo Governo do Acre, que procura fomen‑ tradas estaduais funcionam como parte da tar maiores usos da rede hidrográfica, es‑ rede de infra-estrutura, para abastecimento pecialmente para região central e oeste do e escoamento da produção. A situação de território, uma vez que são pelos rios que se cada rodovia, por trecho, é apresentada no

atinge de forma natural as localidades mais Tabela 2.  INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA INFRAESTRUTURA

Tabela 02. Rodoviass Estaduais – Trechos e Situações das Superfícies. CONDIÇÕES DA SUPERFÍCIE DE CONDIÇÕES 106 RODOVIA TRECHO DIST. (Km) 107 ROLAMENTO DE TRÁFEGO E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 AC-10 Rio Branco – Porto Acre 62 Pavimentada Ano Todo/precária 89,5Km Pavimentada, sendo 24km duplicados entre Rio Branco e AC-40 Rio Branco – Plácido de Castro 96* Ano Todo

‑ Hidro Infraestrutura de Rodagem, de Estradas Departamento 317 E PONTES. Fonte: Senador Guiomard, e mais 6,5Km - que são sobrepostos a BR-317

70 Km Pavimentada DO ACRE. E A ECONOMIA Ano todo/razoável4meses/

364 E BR AC-90 Rio Branco – PA oriente 100 14Km Implantada - ano/precária 16Km em leito natural 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO Xapuri – Entonc. BR-317 18,5Km Pavimentada AC-380 44,5 Ano todo/precária Xapuri - Nazaré 26Km Leito Natural 24Km Pavimentada AC-405 Cruzeiro do Sul – Mâncio Lima1 42* 18Km sobreposta BR-364 - Ano todo Pavimentada Rodrigues Alves – Mâncio Lima3 AC-407 25,6* Sobreposta BR-364 - Pavimentada Ano todo (Entronc. BR-364) 47 Km Leito Natural AC-445 Bujari – Entronc. BR-317 84 Ano todo/precária 37 Km Pavimentada Bom Futuro (Entronc. BR-364) – AC-463 66 66 Km Implantada Ano todo/precária Entronc. BR-317

AÇÃO ATUAL DA RODOVIA FEDERAL BR RODOVIA DA ATUAL AÇÃO Acrelândia (Entronc.BR-364) – AC-475 51,8 51,8 Km Pavimentada Ano todo Plácido de Castro ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS SITU

Capixaba (Entronc.BR-317) – AC-482 9 Leito Natural 4meses/ano/precária Divisa c/ Bolívia AC-485 Entronc. BR-317 – Xapuri 12 Pavimentada Ano todo/razoável AC-498 Epitaciolândia – Monte Santo 33 Leito natural 4meses/ano/precária Figura 01. Figura viária e Aeroportuária do Acre – DERACRE, 2010. – DERACRE, do Acre viária e Aeroportuária TOTAL 575,80 Fonte: DNER/PNV e DERACRE, 2009. 1Possuem trechos sobrepostos a BR-364, que totalizam 50,1Km e não entram na contagem da extensão total das estaduais. Tabela 04. Resumo da Situação Física do Subsistema Rodoviário 2.4. A SITUAÇÃO DAS RODOVIAS em um dos principais fatores de retração MUNICIPAIS econômica e desestímulo ao pequeno pro‑ PLA EOI NÃO PAVIMENTADA EOP dutor rural, que tem consideráveis perdas REDE TOTAL

INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA (A) (B) LEN IMP ( D ) As rodovias municipais, estradas vici‑ de produção. ( C ) nais (ou ramais), em sua grande maioria, A malha vicinal no Acre é extensa, tota‑ apresentam condições de trafegabilidade lizando 7.020,7Km distribuídas conforme FEDERAL 400,10 0,00 0,00 0,00 0,00 225,00 extremamente precárias, por não possuírem mostram o Tabela 3 nos 22 municípios do qualquer tipo de pavimentação. São rodo‑ Estado e estão sob administração das prefei‑ vias que interligam municípios e, principal‑ turas e do INCRA, no âmbito de suas compe‑ ESTADUAL 0,00 0,00 131,00 90,00 221,00 0,00 mente, o acesso às áreas de produção rural, tências. Estas instituições geralmente recor‑ atendendo aos projetos de assentamento/ rem ao Governo do Estado para firmarem MUNICIPAL 0,00 123,80 4.097,87 2.372,96 6.470,83 60,63 colonização do INCRA. Essa situação, aliada parcerias e viabilizarem as rotineiras manu‑ às características do solo e ao clima regio‑ tenções que devem ser realizadas, além da

nal, provoca no período das chuvas (de no‑ pavimentação asfáltica de ramais troncos. TOTAL 400,10 123,80 4.228,87 2.462,96 6.691,83 285,63 vembro a março) a intrafegabilidade nessas As informações sobre as extensões dos ra‑ estradas, comprometendo o abastecimen‑ mais por município são expeditas, entretan‑ to e escoamento de mercadorias, devido á to, pode-se verificar que mais de 70% dos PAVIMENTADA TOTAL grande quantidade de atoleiros que se for‑ ramais situam-se na região leste acreana REDE P. SIMPLES EOD DUPL. TOTAL (E) A+B+C+D+E mam nos trechos. Constitui-se este cenário (regionais do Alto e Baixo Acre).   INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA INFRAESTRUTURA Tabela 03. Estradas municipais Por Munícipio e Extensão (Km) FEDERAL 962,48 0,00 33,72 996,20 1.621,30 108 MUNICIPIO TOTAL (Km) MUNICIPIO TOTAL (Km) 109 ESTADUAL 330,80 0,00v 24,00 354,80 575,80

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 ACRELÂNDIA 349,8 MARECHAL THAUMATURGO 60,0

ASSIS BRASIL 160,0 PLÁCIDO DE CASTRO 1.085,1 MUNICIPAL 365,45 0,00 0,00 365,45 7.020,71

BRASILÉIA 384,0 PORTO ACRE 516,0 TOTAL 1.658,73 0,00 57,72 1.716,45 9.217,81 BUJARI 152,9 PORTO WALTER 46,0 E A ECONOMIA DO ACRE. E A ECONOMIA

CAPIXABA 201,3 RIO BRANCO 1.097,2 Fonte: Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutra Hidroviária e Aeroportuária do Acre – DERA‑ CRE, Outubro, 2009. O traçado de milhares de quilômetros planejados para o sistema estadual pelo Plano 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO CRUZEIRO DO SUL 543,6 RODRIGUES ALVES 304,0 Nacional de Viação – PNV, não foram quantificados nesta planilha, uma vez que os mesmos estão sendo revisados/reconsiderados pelo Governo do Estado. EPITACIOLÂNDIA 363,1 SANTA ROSA DO PURUS 75,0 Obs.: PLA - PLANEJADA; LEN - LEITO NATURAL; EOI - EM OBRAS DE IMPLANTAÇÃO; IMP - IMPLANTADA; FEIJÓ 87,2 SENADOR GUIOMARD 300,3 EOP - EM OBRAS DE PAVIMENTAÇÃO; P.SIMPLES - PISTA SIMPLES; EOD - EM OBRAS DE DUPLICAÇÃO; P.DUPLA - PISTA DUPLICADA JORDÃO 18,0 SENA MADUREIRA 436,0

MÃNCIO LIMA 202,0 TARAUACÁ 270,0 2.5. SUBSISTEMA AEROVIÁRIO estas regiões do interior - e devido ao lon‑ MANOEL URBANO 140,0 XAPURI 229,1 go tempo de duração das viagens por via Fonte: DNER/PNV e DERACRE, 2009. O modal aeroviário possui grande impor‑ fluvial, recorre-se com maior freqüência ao tância no sistema de transportes do Acre, transporte aéreo, que embora custoso e ina‑

As Rodovias federais, estaduais e estra‑ com sede central em Rio Branco, capital, devido às grandes distâncias do Estado para cessível à maioria da população, representa INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS das vicinais formam uma rede com extensão e escritórios em Cruzeiro do Sul, Taraua‑ outras capitais do País e a falta de ligação a única opção aos deslocamentos emergen‑ total de 9.217,81Km, cuja situação física, é cá, Feijó e Sena Madureira. O DERACRE é terrestre, consolidada, entre a capital - Rio ciais necessários. apresentada no Tabela 4. a maior empresa pública do Estado, tendo Branco e os municípios do interior acreano, O subsistema aeroviário no Estado pos‑ A manutenção das rodovias e estradas passado por uma reestruturação, para atu‑ localizados nas partes centrais e oeste do sui uma rede principal que é composta por vicinais conveniadas é feita pelo Depar‑ ar nas frentes do Programa de Desenvol‑ território, conforme Figura 3. 11(onze) pistas de pouso e decolagem em tamento de Estradas de Rodagem, Infra‑ vimento Sustentável do Acre, possuindo a Na época de chuvas (de novembro a operação, cujas localizações, dimensões, ca‑ -estrutura Hidroviária e Aeroportuária maior frota de máquinas pesadas e equi‑ maio), quando fica intrafegável o leito na‑ pacidade e infra-estrutura, estão descritas do Acre - DERACRE, autarquia estadual, pamentos do Estado. tural da BR-364 - única ligação terrestre a no Tabela 5. Tabela 05. REDE PRINCIPAL DO SUBSISTEMA AEROVIÁRIO Situação 2009 Administração Nº Município Aeroporto / Obs Pista Revestimento aeródromo INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA

1 RIO BRANCO 2.505mX45m CBUQ INFRAERO Aeroporto Internacional

CRUZEIRO DO 2 2.401mx45m CBUQ INFRAERO Aeroporto Internacional SUL

3 FEIJÓ 1.200mx30m CBUQ DERACRE Novo sítio/Homologado

4 TARAUACÁ 1.220mx24m AAUQ DERACRE Homologado

5 JORDÃO 1000mX24 TSS DERACRE Novo sítio/Registrado

6 ASSIS BRASIL 1.320mx30m CBUQ 4ºBIS

7 XAPURI 1.100mx24m TSS DERACRE Homologado

MANUEL 8 1.200mx15m CBUQ DERACRE Novo sítio/Registrado URBANO 

 SANTA ROSA Em Construção/Novo PÚBLICA E PRODUTIVA INFRAESTRUTURA 9 1.200mx30m TSS DERACRE DO PURUS sítio/Registrado

MARECHAL 110 10 1.100mx24m TSS DERACRE Novo sítio/Registrado 111 THAUMATURGO E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5

Em Conclusão/Novo sítio/ 11 PORTO WALTER 1.100mX24m TSS DERACRE Registrado

Fonte: Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutra Hidroviária e Aeroportuária do Acre – DERACRE, Dezembro, 2009. E A ECONOMIA DO ACRE. E A ECONOMIA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO Na referida rede constam dois aeropor‑ acesso rodoviário durante a maior parte do tos internacionais, sendo um na capital Rio ano, são realizados convênios com o Gover‑ Branco, situado na parte leste do Estado, e no do Estado, através do Departamento de o outro em Cruzeiro do Sul, a segunda ci‑ Estradas de Rodagem, Infraestrutra Hidro‑ dade em população e economia do Acre, viária e Aeroportuária do Acre (DERACRE) situada no extremo oeste acreano. Ambos para execução dos serviços de restauração os aeroportos são dotados dos serviços de e manutenção das pistas, tendo em vista as apoio à aeronavegação moderna, como os dificuldades na realização das obras, que aparelhos de freqüência VOR, DME e NDB requerem uma logística especial no forne‑ e de instrumentos visuais, como luminosos, cimento de insumos. Somente a cidade de balizamento de pista, PAPI, Biruta e farol ro‑ Rio Branco é servida por linhas aéreas, com

tativo. Somente o aeroporto de Rio Branco vôos diários, para Brasília/DF, Manaus/AM, INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS

OCALIZAÇÃO DE AEROPORTOS E AERODROMOS E LINHAS AÉREAS. E AERODROMOS DE AEROPORTOS OCALIZAÇÃO possui o aparelho de freqüência ILS e o ins‑ Porto Velho/RO e Cruzeiro do Sul/AC, ofe‑ L

trumento visual ALS, e pista com capacida‑ recidas por companhias nacionais (VARIG/ de para receber a aeronave 767-300 de 155 GOL e TAM), e regionais (RICO). Serviços de toneladas. táxi aéreo, sem linhas regulares, são realiza‑

Figura 02. Figura Dezembro, 2009. Fonte: Departamento de Estradas Rodagem,do Acre – DERACRE, Infraestrutra Hidroviária e Aeroportuária Os aeroportos/aeródromos da rede dos com freqüência entre os diversos muni‑ principal são administrados por diferentes cípios (Tabela 6). esferas de Governo, sendo que para aque‑ A posição geográfica do Acre com relação las Prefeituras cujas cidades não possuem aos países da América do Sul, próximos ao seu território, como o Peru e a Bolívia, onde no Peru, de 1 hora e 10 minutos, enquanto Na região leste acreana, o transporte No contexto do programa de desenvolvi‑ as distâncias aéreas da capital Rio Branco que para Brasília é de 3 horas e 10 min, para fluvial, através do rio Purus e seus afluen‑ mento sustentável, a construção de subtre‑ às capitais destes países são bem menores Manaus de 1 hora e 40 min e para São Paulo tes, Iaco e Acre, e pelo rio Abunã - afluente chos da BR-364 e a recuperação de “ramais”

INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA que as distâncias observadas para os prin‑ de 4horas e 50min. Cabe observar, todavia, do Madeira, passou a ser pouco utilizado a na região do Juruá e Tarauacá, têm exigido cipais centros do Brasil. O tempo de vôo de que a falta de linhas internacionais, regula‑ partir de 1991, quando o asfaltamento da o transporte fluvial de diversos insumos, Rio Branco a Lima no Peru, por exemplo, é res, dificulta a integração latino-americana BR-364 foi concluído até Rio Branco. Abran‑ que vão desde seixo, aço e cimento, asfalto e de 1 hora e 40 min, e para Cuzco, também por via aérea. gendo todo o território, a rede hidroviária combustível, procedentes de Manaus ou via no Estado do Acre apresenta um grande Rio Branco, originários do centro sul do país, Tabela 06. Distâncias e tempo de vôo de Rio Branco a outras cidades. potencial para utilização dentro do sistema até equipamentos pesados e veículos neces‑ DE RIO BRANCO PARA DISTÂNCIA (KM) EM LINHA RETA TEMPO DE VÔO (BOEING) de transportes, por possuir rios perenes e sários ao processo construtivo. O Porto de BRASÍLIA/DF 2.246,5 3 h 10 min navegáveis, fator decisivo ao processo de Cruzeiro do Sul, e rampas de travessia nas desenvolvimento local/regional. Entretan‑ interseções dos rios com a BR-364, nas regi‑ SÃO PAULO/SP 3.728,0 4 h 50 min to, a falta de infra-estrutura de navegação ões do Juruá, Envira e Tarauacá, objetivam que possibilite as condições necessárias à melhorar a intermodalidade no transporte. MANAUS/AM 1.149,3 1 h 40 min integração intermodal com o subsistema Na área de influência da região leste PORTO VELHO/RO 449,0 40 min rodoviário, também com deficiências, não acreana, com a consolidação da rodovia tem permitido o aproveitamento eficiente Interoceânica (BR-317), os portos fluviais CRUZEIRO DO SUL/AC 593,8 50 min destes subsistemas. de Boca do Acre/AM e de Rio Branco/ Fonte: INFRAERO/AC, 2005 Os percursos fluviais entre cidades e AC deverão ser modernizados, para aten‑

centros comerciais são demorados, devido der a esperada demanda de produtos que  INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA INFRAESTRUTURA O Programa de Integração Aérea dos Mu‑ Através dos rios Juruá e Purus, afluentes às distâncias entre as localidades e a carac‑ emergirá fomentada pelo novo acesso aos nicípios Isolados (Rotas Acreanas), instituí‑ do rio Solimões e do rio Madeira, afluente do terística sinuosa dos rios amazônicos. Entre mercados internacionais. 112 do pela Lei Estadual N°1360 de 29.12.2000, rio Amazonas, são estabelecidas as ligações Manaus e Cruzeiro do Sul ou Tarauacá, com 113

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 objetiva tornar o transporte aéreo mais fluviais com os Municípios do Acre, que pos‑ distância próxima aos 3.000Km, o tempo 2.7. ARMAZENAGEM acessível à população e permitir ao governo sui vinte, das suas vinte e duas sedes muni‑ de viagem de uma balsa, carregada, subin‑ agilizar as ações nos campos da educação e cipais, situadas às margens de rios. E ainda do o rio, pode levar cerca de 28 dias. Além O setor de armazenagem no Acre, im‑ da saúde (Figura 4). com diversas localidades rurais/florestais disso, a navegação é dependente do regime portante especialmente para a agricultura, O preço das passagens aéreas é subsidia‑ do interior do Estado, cuja “população ribei‑ pluviométrico, necessitando-se empregar é basicamente apoiado pelo Governo do Es‑

do, obrigando as companhias de táxi aéreo rinha” soma quase 100.000 habitantes. uma logística adequada aos prazos de for‑ tado através da CAGEACRE (Companhia de DO ACRE. E A ECONOMIA

conveniadas a oferecer vôos semanais, regu‑ Nas regiões oeste e central do Estado, o necimento e características dos insumos a Armazéns Gerais e Entrepostos do Acre). Na 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO lares, estabelecido pelo Programa. O Progra‑ transporte fluvial, concentrado nos rios Ju‑ transportar. esfera federal, existem os galpões do IBAMA, ma atendeu em 2009 a 3.409 passageiros, ruá e seus afluentes, Tarauacá e Envira, é in‑ Embarcações de diferentes calados e utilizados nas atividades de apoio a fiscaliza‑ sendo 728 na rota Rio Branco/Santa Rosa tensificado com Manaus/AM, sobretudo no capacidades se ajustam às condições cli‑ ção ambiental. do Purus/Rio Branco, 716 na rota Tarauacá/ período de chuvas, que ocorre de novembro máticas da região. No período de estiagem Conforme pode ser verificado no Tabe‑ Jordão/Tarauacá, 966 na rota Cruzeiro do a junho, época em que fica intrafegável a BR- (verão), que ocorre de junho a outubro, as la 7, a situação do setor foi pouco alterada Sul/Porto Walter/ Cruzeiro do Sul e, 999 na 364, rodovia federal, não asfaltada, que liga vias fluviais comportam no trajeto até as em relação à estrutura existente em 1999, rota Cruzeiro do Sul/Marechal Thaumatur‑ Rio Branco a cidade de Cruzeiro do Sul. Com cidades como Cruzeiro do Sul e Tarauacá, à exceção de Rio Branco e Brasiléia, confor‑ go/ Cruzeiro do Sul. a falta de ligação terrestre, toda a região dos por exemplo, embarcações com capacida‑ me diagnóstico realizado pelo ZEE Fase I. Com vales do Juruá e Envira fica totalmente de‑ de de até 10t. Em contrapartida, no perí‑ apoio financeiro do BNDES dentro do Progra‑ 2.6. SUBSISTEMA HIDROVIÁRIO pendente, em termos de trocas comerciais, odo chuvoso, de novembro a abril (dito ma Integrado de Desenvolvimento Sustentável da capital amazonense. Neste período, ele‑ “inverno”), podem ser vistas navegando do Acre, foram construídos (2008) dois silos

Os grandes rios que atravessam trans‑ vam-se os preços de mercadorias perecíveis, as grandes embarcações, com capacida‑ de armazenamento, cada um com capacidade INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS versalmente o território do Acre pertencem como os hortifrutigranjeiros, que passam a de que variam de 30 a 800t. Para as ci‑ de 1.387 toneladas, localizados, no município à bacia hidrográfica amazônica. Formada ser transportados por aviões procedentes dades situadas a montante, ou seja, mais de Acrelândia, e o outro em Senador Guio‑ principalmente, pelos rios Solimões - trecho de Rio Branco, chegando alguns produtos para o interior, em direção às nascentes, mard. Assim como com o apoio financeiro do com 1.600km entre Tabatinga até o encon‑ a apresentar acréscimo de até cinco vezes os rios só permitem balsas com capacida‑ BID e Governo Federal, foram construídos tro com o Rio Negro próximo a Manaus, e o em relação ao seu preço original. O longo de de carga inferior a 5t, no verão, e no (2006 e 2007), seis armazéns comunitários Amazonas, trecho com 500km entre a cida‑ tempo de duração da viagem impossibilita o “inverno”, dependendo da região, as em‑ de castanha, com capacidade de 1.000 tonela‑ de de Manaus até divisa dos Estados do Pará transporte dessas mesmas mercadorias por barcações podem transportar cargas de das cada, localizados nos seringais de Rio Bran‑ e Amazonas. via fluvial. 250 toneladas. co, Capixaba, Brasiléia e Sena Madureira. Tabela 07. Capacidade da estrutura de armazenamento do Estado. O parque gerador, situado no Estado de Sistema ELETROBRÁS DISTRIBUIÇÃO Armazenagem SEATER (CAGEACRE) TON. Regional/Município Rondônia, das Centrais Elétricas do Norte ACRE 2005 2007 do Brasil S.A. – ELETRONORTE, empresa

INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA pública federal subsidiária da ELETROBRÁS, A área de concessão da ELETROACRE Baixo Acre 9.950 9.050 é de natureza térmica e hidráulica. Em Rio abrange todo o Estado do Acre, que possui Acrelândia* 900 1.500 Branco, possui apenas uma usina, com 2 164.221,36 km², dividida em 22 municí‑ unidades geradoras térmicas, mantidas em pios, com uma população aproximada de Plácido de Castro 600 3.600 regime de reserva para situações de emer‑ 691.132 habitantes. Entre municípios (22) gência, em caso de blecautes, que totalizam e vilas (2), a concessão compreende 24 lo‑ Porto Acre 600 600 uma capacidade efetiva instalada de 34 MW, calidades com 193.424 (03/2010) unida‑ Rio Branco 4.500 - conforme mostra o resumo da capacidade des consumidoras, o que representa um geradora instalada, apresentada na tabela 8. crescimento de 7,17% em relação a março Rio Branco - Frigorífico 350 350 O parque gerador, associado ao intercâmbio de 2009. A seguir descreve-se o sistema elé‑ energético na linha de transmissão Porto trico da ELETROACRE com as características Senador Guiomard 3.000 3.000 Velho/Rio Branco (Linhão), é responsável principais de cada uma de suas regiões. A Alto Acre 3.900 900 pela geração e transmissão de energia elé‑ Figura 5 mostra a área de concessão e os trica na capital do Estado e pelo suprimento sistemas elétricos da concessionária. Brasiléia 3.000 - Tabela 08. Sistema ELETRONORTE no Acre, segundo a capacidade geradora instalada Nominal e Xapuri 900 900 Efetiva, em MW, 2010   INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA INFRAESTRUTURA Juruá 3.000 3.000 Números Potêncial Unitária (MW) Usina Localização Tipo Combustível Unidades Nominal Efetiva 114 Cruzeiro do Sul 3000 3.000 115

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 UTE Rio Acre Rio Branco 2 TG Óleo Diesel 2 x 21,5 2 x 17,4 Purus 1.200 1.200

Manoel Urbano 600 600 Total - 2 - - 43,0 34,8 Fonte: Eletronorte, 2010. Sena Madureira 600 600 E A ECONOMIA DO ACRE. E A ECONOMIA Tarauacá/Envira 1.800 1.800

de doze localidades do interior, pertencen‑ A divisão territorial é composta basi‑ 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO Feijó 900 900 tes ao Sistema ELETROBRÁS DISTRIBUIÇÃO camente pelas mesorregiões do Vale do ACRE: Porto Acre, Plácido de Castro, Acre‑ Acre/Purus e Vale do Juruá que abrigam Tarauacá 900 900 lândia, Redenção, Senador Guiomard, Cam‑ os 22 municípios do Estado. Para o supri‑

TOTAL 17.150 15.950 pinas, Capixaba, Xapuri, Brasiléia, Epitacio‑ mento de energia elétrica e planejamento lândia, Bujari e Sena Madureira. das atividades da distribuição e comercia‑ Fonte: SEATER, 2005. lização da energia, a área da concessão é Obs. *Em Acrelândia são três unidades: No PAD Peixoto (Campinas), 3.000ton, no 3.2. O SISTEMA DE TRANSMISSÃO DE dividida em duas regiões elétricas com as ramal Granada, 600ton, e no Km 22, 1.500ton ENERGIA ELÉTRICA mesmas denominações.

Sistema ELETRONORTE 3. A ENERGIA NO ESTADO DO energia uma LT 230KV - Porto Velho/Rio Região Elétrica do Vale do Acre/Purus ACRE Branco, com uma capacidade de transmis‑ A interligação do Sistema Rondônia

são de 248,07 MW, que alimenta a capital com o Sistema Acre é feita por uma linha A região elétrica do Vale do Acre/Purus INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS Rio Branco e os municípios interligados, de transmissão em 230 KV, constituída por atende 16 localidades através de 14 sistemas 3.1. O PARQUE GERADOR DE ENERGIA correspondendo a 84% de toda área de con‑ dois trechos: o primeiro trecho de 190 km de distribuição sendo que 11 estão interli‑ ELÉTRICA cessão. E também o sistema ELETROACRE/ entre a subestação (SE) Porto Velho e a su‑ gados ao Sistema Acre/Rondônia e conec‑ GUASCOR composto por sistemas isolados bestação (SE) Abunã, que entrou em opera‑ tados ao Sistema Rio Branco via linhas de O sistema ELETRONORTE no Estado do no interior do Estado, cujo parque gerador ção em Maio de 2002, e o segundo trecho transmissão ou distribuição, e 03 sistemas Acre, a partir de outubro de 2009, foi in‑ é formado por nove usinas termoelétricas, de 304 km entre a subestação (SE) Abunã e com geração térmica isolada (Tabela 9). A tegrado ao Sistema Interligado Nacional num total de 37 MW nominais, sendo res‑ a subestação (SE) Rio Branco, que entrou em estrutura para o apoio logístico e opera‑ (SIN), usando como meio de transmissão de ponsável por 16% da demanda do Acre. operação em Novembro de 2002. cional está localizada em duas regionais: 

116 E A ECONOMIA DO ACRE. DO ECONOMIA A E

INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA E PÚBLICA INFRAESTRUTURA

ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA INFRAESTRUTURA VIDA, DE CONDIÇÕES AS E POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 VOLUME | TEMÁTICO LIVRO Região ElétricadoVale doJuruá Rosa permaneceráisolado. Santa de sistema O 2010. de dezembro até isolada, com previsão de interligá térmica geração por supridos são Urbano falta éemmédiade40minutos. de ocorrência na energia da fornecimento o restabelecer para tempo O simples. cuito / com Rio um Branco cir‑(550 km / 230kV) Velho Porto de transmissão de linha da vés atra‑ é suprimento o e hidráulica e térmica baseBrasiléia.A e dageração Branco Rio é Gerências RegionaisdaELETROACRE suas respectivas peculiaridades(Figura4). suas respectivas Eletroacre turgo). Thauma‑ Marechal e Walter Porto Alves, Rodrigues Lima, (Mâncio municípios 04 para operacional e logístico apoio o todo Sul do Cruzeiro em centraliza Branco, Rio Feijó eTarauacá, respectivamente. de Municípios aos acesso dão que rauacá) Ta‑ e Envira (rios Juruá, Rio do afluentes os e Thaumaturgo, Marechal e Walter Porto Sul, do Cruzeiro de Municípios aos acesso dá que Solimões, Rio do afluente Juruá, rio kW decapacidadenominalinstalada. atendida, que vão desde 390 kW até 18.848 ser a localidade da mercado ao intrínsecas modulações possuem e distintas, físicas cas ção térmica em localidades com característi‑ gera‑ de fontes de diversificadas plantas 06 por supridos são citados isolados sistemas racional está em localizada Cruzeiro do Sul.Os ope‑ e logístico apoio o para estrutura A pios. municí‑ respectivos nos instaladas térmicas 10). Alves (Tabela ma Cruzeiro do Sul / Mâncio Lima / Rodrigues Siste‑ ao interligados estão 03 que sendo cas, térmi‑ usinas 06 por supridos municípios, 08 s itms e si Bai e Manoel e Brasil Assis de Sistemas Os dvso operacional divisão A de isolado totalmente Juruá, do Vale O pelo é composta hidrográfica bacia A usinas por supridos são restantes cinco Os atende Juruá do Vale do elétrica região A cmot d 0 rgõs com regiões, 04 de composta é - diitaia da administrativa - los ao SIN qiaets psol fio basica‑ feito BR atravésda rodoviário, via mente é pessoal e equipamentos material, de suprimento com Nacional), - a) rvso e nelgço Epitaciolância a interligação de previsão que no momento encontra Brasil Assis menos região, da municípios os atende kV,que 138/34,5/13,8 de dora abaixa‑ subestação a instalada está Epitaciolândia, onde de Município ao Rio Branco de Município o liga que km, 212 te aproximadamen‑ com kV 138 em missão gada ao SIN através de uma linha de trans‑ (atravésBR doviária da ro‑ via por feito é atendimento o isolados, municípios os Para estaduais. estradas de Acre‑ Sistema ao interligados nicípios b) que sãofretadosexclusivamente. monomotor, tipo do aviões através de reo, aé‑ o é isolados municípios os para lizado ‑ uti transporte Outro rio. do calado baixo do face em Urbano, Manoel para somente rodovia, a utilizada é estiagem de período No ano. do estação da dependendo Rosa, Purus e Iaco) para Manoel Urbano e Santa rio (pelo fluvial e Madureira Sena de cípio odna a SN Ssea Interligado (Sistema SIN ao e Rondônia

A o MunicípiodeAssisBrasil. ciolândia e Xapuri e ao Sistema Isolado Epita‑ Brasiléia, de Municípios os (SIN) Interligados ao Sistema Acre/ Rondônia São clientes. de total do 8,66% detêm e Estado do área da 9,68% representa municípios, 04 de composta Brasiléia), A Manoel UrbanoeSantaRosadoPurus. são Isolados Sistemas em municípios Os Madureira. Sena Capixaba, Bujarí, Acre, Porto Campinas, Vila Redenção, Vila dia, Acrelân‑ Castro, de Plácido Guiomar, dor Sena‑ Branco, Rio de Municípios os (SIN) Rondônia Acre/ Sistema ao Interligados São clientes. de total do 69,74% detém e Estado do área localidades, da 38,22% representa 12 de composta Branco), A região do Vale do Alto Acre é interli‑ é Acre Alto Valedo do região A mu‑ aos operacional atendimento O Região Região do Vale do Alto Acre (Regional Região do Vale do Acre (Regional Rio (Regional Acre do Vale do Região - 364) para o Muni‑ o para 364) - se isolado, com - 364 e364

Figura 03. Área de concessão e sistemas elétricos 117 LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA E A ECONOMIA DO ACRE.  Tabela 10. Sistemas Isolados e os principais dados

Nº de Consumidores Rede de Distribuição (Km) 1,8 0,72 2,44 1,59 0,29 2,23 1,77 2,99 1,42 0,78 2,44 0,32 0,07 0,16

10,34 Distância de

Densidade Área

INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA Localidade Rio Branco Densidade (Km2) (**) Urbana Rural Total Urbana Rural Total (KM) (*) (**) 5.347 1.655 3.918 4.977 8.831 2.321 2.609 1.945 1.696 3.037 1.814 6.140 78.657 23.732 10.635 Cruzeiro do

Área (Km2) Área 17.268 2.973 20.241 146,42 681,77 828,19 640 8.816 2,3 Sul

Mâncio Lima 2.756 378 3.134 30,62 197,69 228,31 674 5.502 0,57 0 24 78 95 62 22 188 230 232 342 105 145 298 215 ância de t (KM) (*) Rio Branco Rio Branco Dis Marechal 844 116 960 6,22 20,31 26,52 558 8.190 0,12 Thaumaturgo al t o 3,22 T 385,3

165,92 Porto Walter 909 27 936 7,74 53,99 61,73 585 6.453 0,15

Rodrigues 1.734 1.128 2.862 17,96 414,2 432,16 632 3.078 0,93 Alves   INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA INFRAESTRUTURA ribuição (Km) t 0,36 Rural 158,4 364,83 332,23 353,36 564,21 602,32 666,25 689,85 688,94 708,81 544,54 558,16 294,66 301,16 467,43 475,66 524,58 538,93 338,98 370,18 108,57 113,73 Feijó 4.554 278 4.832 48,72 210,66 259,38 360 27.964 0,17 118 119 Rede de Dis E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 Jordão 494 0 494 5,64 1,96 7,61 453 5.361 0,09 6,5 7,52 23,6 8,23 31,2 2,86 5,16 20,47 21,13 38,11 19,87 13,62 14,35 Urbana

Tarauacá 5.228 246 5.474 39 237,6 276,6 400 20.199 0,27 E A ECONOMIA DO ACRE. E A ECONOMIA al t o 416 T 3.874 4.045 6.227 1.449 5.169 4.614 5.819 2.406 2.355 4.424 7.698 1.707 LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO 91.343 449,98 1.522,17 1.972,15 Total 33.787 5.146 38.933 302,32 1.818,18 2.120,50 4.302 85.563 0,46

Ref. Mar/2009 (*) Fonte: DERACRE. 0 560 525 263 986 897 176 Rural 1.128 5.699 1.335 1.913 2.186 1.129 2.057 (*) Fonte: ITERACRE, 2006. Nº de Consumidores em dezembro de 2010, através de uma LD pios, Feijó, Tarauacá e Jordão, represen‑ em 34,5 kV. O atendimento a esta região é tam 32,59 % da área do Estado e detêm 3.314 3.520 5.099 1.186 2.701 3.633 1.277 1.369 2.367 6.801 1.531 feito por via rodoviária através da BR-317, 6,03% do total de clientes. São interliga‑ 85.644 Urbana 122.692 18.854 141.546 662,6 6.576,15 7.218,66 2.036 erligados ao Sistema Acre/Rondônia e os principais dados Acre/Rondônia erligados ao Sistema e por estradas estaduais e municipais. Po‑ dos aos Sistemas Isolados. rém devido à distância da Capital Rio Bran‑

co é necessário que todo apoio operacional, A região do Vale do Tarauacá/Envira, INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS atendimento comercial e emergencial seja também fica isolada da Capital Rio Branco Municípios int feito por equipes locais, inclusive mantendo durante o período de chuvas. Os Municípios Total Bujari Xapuri Brasiléia

Capixaba um almoxarifado de Obras e Manutenção, de Feijó e Tarauacá são abastecidos via flu‑ Assis Brasil Acrelândia Rio Branco Porto Acre Porto Localidade Epitaciolândia Manoel Urbano Sena Madureira

Plácido de Castro devido aos prazos de atendimento as solici‑ vial através de Manaus. E o Município de Senador Guiomard 3.834 Santa Rosa do PurusSanta Rosa 416 Ref. Mar/2009 Ref. DERACRE. (*) Fonte: 2006. ITERACRE, (*) Fonte: tações dos consumidores. Jordão é feito por intermédio de Tarauacá, Tabela 09. Tabela cujo tempo de deslocamento entre estes é c) A Região do Vale do Tarauacá/Envira de aproximadamente 15 a 30 dias no verão, (Regional Feijó), composta de 3 Municí‑ somente com barco de pequeno porte. d) A Região do Vale do Juruá (Regional Cru‑ dustrial na economia do Estado do Acre.Em zeiro do Sul), composta de 5 municípios, um intervalo de 4 anos, conforme da‑ representa 19,51 % da área do Estado e dos contidos na tabela 13, o consumo

INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA detêm 15,57% do total de clientes. São de energia elétrica no Estado aumen‑ Interligados ao Sistema Isolado - Cru‑ tou, aproximadamente, 16%, mantendo zeiro do Sul, os Municípios de Cruzeiro uma variação positiva em torno de 5% do Sul, Rodrigues Alves e Mâncio Lima ao ano. e aos Sistemas Isolados, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo. Valor das Tarifas

3.3. O MERCADO DE ENERGIA ELÉTRICA A regulamentação do valor das tarifas é feita através da ANEEL – Agência Na‑ cional de Energia Elétrica, de forma que Diagnóstico do Setor seja assegurado ao consumidor o paga‑ A participação do Acre, no Sistema da mento de uma tarifa justa, como também ELETRONORTE, corresponde a 6% do total garantir o equilíbrio econômico-finan‑ demandado pelos outros Estados atendidos ceiro da concessionária de distribuição pela empresa, os outros 94% são divididos para que ela possa oferecer um serviço em: Manaus – AM (56%), Rondônia – RO com a qualidade, confiabilidade e con‑

(23%), Amapá – AP (9%) e Roraima – RR tinuidade necessária.(Tabela 14)Tendên‑  INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA INFRAESTRUTURA (6%). cias Econômicas e de Demanda de Energia A situação energética do Estado, no sis‑ Elétrica 120 tema Eletrobrás Distribuição Acre, possui A tendência de crescimento da demanda 121

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 uma capacidade instalada 14,25% superior de energia elétrica está associada às pers‑ à capacidade disponível, com 53,23% acima pectivas de desenvolvimento sócio-econô‑ da demanda máxima, nos municípios inter‑ mico. Entre as premissas básicas que deve‑ ligados, enquanto, nos sistemas de geração rão nortear estas tendências, para o Estado, própria (Guascor), a capacidade instalada destacam-se: Revitalização dos “Distritos

é 15,0% superior à capacidade disponível, Industriais” de Rio Branco e interior; Pro‑ DO ACRE. E A ECONOMIA

com 37,0% acima da demanda máxima, con‑ gramas de “desenvolvimento sustentável” 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO forme dados mostrados na tabela 11. para o setor madeireiro e serrarias, além Os dados da tabela revelam que o núme‑ do projeto de “Pólo Moveleiro”; Incremen‑ ro de consumidores do sistema interligado é to do abastecimento de energia elétrica de 76,36% comparado ao sistema Guascor, na área rural, através do Programa “Luz que é de 23,64% e o consumo de energia para Todos”; Incremento da “agroindústria no sistema interligado, em março de 2010, familiar” e de cooperativas e associações foi de 84,42%, enquanto no sistema Guas‑ para produção de farinha de mandioca; cor foi de 15,58%, no mesmo período.Na ta‑ Ampliação/modernização do porto de Cru‑ bela 12 verifica-se que, o maior percentual zeiro do Sul e asfaltamento da BR 364, de ências Regionais da ELETROACRE ências Regionais de consumo de energia é no setor residen‑ Tarauacá à Cruzeiro do Sul, para o escoa‑ Ger cial, (45,1%). O setor comercial, em termos mento da produção agroflorestal dos vales

relativos, é o segundo consumidor de ener‑ do Juruá e Envira; e Aumento do volume INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS gia, (21,6%), e do poder público (14,1%). de produção pecuária de corte e leite,

Figura 04. Figura A participação do setor industrial (5,4%), principalmente em função do Acre ter se com relação aos outros setores é reduzida. tornado área livre de febre aftosa e da ati‑ Observando-se, neste sentido, sobre a re‑ vidade representar, hoje, cerca de 80% da lativamente baixa importância do setor in‑ produção animal do Estado. Tabela 11. Capacidade instalada e disponível dos parques geradores de energia elétrica no Estado e demanda máxima recebida, número de consumidores e consumo em 2010 Tabela 12. Consumo de Energia por tipo de consumidor, segundo o sistema elétrico, em Kwh, 2010 Consumidor ELETROACRE %

Número de Residencial 280.696.857 45,1 INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA Capacidade Capacidade Demanda Consumo Usinas Concessionárias consumidores (todas as Industrial 33.733.289 5,4 instalada (KW) disponível (KW) máxima (KW) (KWh) categorias) Comercial 134.445.728 21,6 Rural 30.581.546 4,9 Rio Branco 96.212 419.051.255 Poder Público 87.812.792 14,1 Iluminação Pública 31.287.332 5,0 Acrelândia 4.505 9.032.476 Serviço Público 22.030.937 3,5 Senador Guiomard 5.336 13.393.039 Próprio 1.112.323 0,2 Plácido de Castro 4.405 7.918.738 Total 621.700.804 100

Redenção 87 177.209 Fonte: Boletim de Mercados da ELETROBRÁS - Distribuição Acre, março/2010. Tabela 14. Evolução do consumo de energia elétrica (mil Kwh), Acre, 2006 a 2009 Campinas 1.626 2.762.603 Setor 2006 2007 2008 2009 Rio Branco** Porto Acre 267.450 229.350 117.064 5.653 7.489.532 Residencial 220.480.130 231.108.650 251.802.019 256.497.133 Epitaciolândia 4.459 9.852.522 Industrial 26.255.905 30.371.911 32.479.614 32.052.803 Brasiléia 6.877 14.802.404 Comercial 109.330.630 115.369.595 123.951.629 124.918.778 Xapuri 4.271 8.868.152 Rural 21.106.736 26.058.544 28.885.744 29.077.148 Capixaba 2.622 4.372.830 Poder Público 70.283.619 74.516.209 77.135.299 78.807.947   INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA INFRAESTRUTURA Bujari 2.895 4.005.565 Iluminação Pública 27.203.368 28.768.459 30.113.344 30.249.604 Serviço Público 17.150.316 18.341.522 19.828.194 20.369.629 Sena Madureira 8.746 18.738.317 122 Próprio 946.853 1.031.394 1.002.524 1.004.715 123

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 Sub Total 267.450 229.350 117.064 147.694 520.464.642 Índice 100,00 106,66 114,70 116,28 Total 492.757.557 525.566.284 565.198.367 572.977.757 Guascor* Assis Brasil 1.454 1.350 725 1.701 3.166.706 Fonte: Boletim de Mercado da ELETROBRÁS - Distribuição Acre, 2006/2009.

Guascor* Manoel Urbano 1.679 1.050 742 1.800 3.512.462 Tabela 13. Tarifas médias por classe de consumo – Regional e Brasil (R$/MWh) – Janeiro a Dezembro/2007

Sanra Rosa do DO ACRE. E A ECONOMIA Guascor* 616 511 222 449 981.096 Purus Centro -

Classe de Consumo Acre* Norte Nordeste Sudeste Sul Brasil 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO Oeste Guascor* Feijó 3.285 3.000 2.284 5.343 10.811.117

Residencial 322,49 289,40 278,78 303,11 274,43 302,72 293,59 Guascor* Tarauacá 4.678 3.500 2.714 6.034 12.355.281

Cruzeiro do Sul 21.289 57.115.852 Industrial 343,18 219,71 209,11 222,79 207,74 219,80 216,61

Guascor* Rodrigues Alves 22.966 20.300 15.486 3.127 3.951.692 Comercial 347,49 288,23 292,50 272,47 249,27 284,64 273,06 Mâncio Lima 3.287 5.155.091 Rural 227,26 214,94 172,48 192,86 147,97 192,52 174,68 Guascor* Porto Walter 856 636 346 1.023 1.537.516 Poder Público 368,77 303,69 320,44 287,32 269,81 294,23 294,32 Marechal Guascor* 1.014 724 417 1.122 1.778.457 Thaumaturgo Iluminação Pública 186,40 164,46 171,98 167,88 143,98 164,79 164,19 Guascor* Jordão 447 355 218 555 870.922

Serviço Público 259,03 195,36 185,78 197,29 179,75 186,54 191,27 INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS Sub Total 36.995 31.426 23.154 45.730 101.236.192

Consumo Próprio 307,97 285,91 307,18 291,71 233,81 301,15 283,88 Total 304.445 260.776 140.218 193.424 621.700.834 Tarifa Média Total 295,32 262,54 251,08 261,90 226,38 260,83 252,91 Fonte: Boletim de Mercado da ELETROBRÁS - Disctribuição Acre, março/2010. * Geração própria Fonte: Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica - www.abradee.com.br ** Interligadas ao SIN. * Boletim de Mercado da ELETROBRÁS DISTRIBUIÇÃO ACRE, março/2009 3.4. O POTENCIAL ENERGÉTICO DO b) Energia Hidrocinética Está previsto a construção de um segundo utilização no mundo. Esse tipo de turbina não ESTADO O aproveitamento da energia cinética das circuito 230kv entre Jauru-MT e Rio Branco-AC exige grandes reservatórios, somente volume e correntezas – energia hidrocinética – é limita- a partir de 2011, para completa estabilidade velocidade da corrente de água. O rio Madeira

INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA do, uma vez que a maioria dos rios do Estado no sistema. possui, acima da área de Porto Velho até a foz Potencial Hidrelétrico apresenta pequena declividade e, conseqüen- do Rio Beni, um total de 15 obstáculos naturais temente, baixa velocidade do fluxo de água. Sistema ELETROBRÁS DISTRIBUIÇÃO à franca navegação. As eclusas nas UHEs Santo O potencial hidrelétrico do Estado do ACRE Antonio e Jirau permitirão a navegação plena Acre, estimado em 1.058 MW, é bastante c) Energia Eólica neste trecho. reduzido, representando 0,4% do potencial Os dados existentes sobre o potencial eólico a) Geração A conclusão destas obras de acordo com o brasileiro. Este valor é resultado de estimativa na Amazônia são muito escassos. Entretan- A geração, nos municípios isolados, é ter‑ projeto permitirá a oferta de energia melhor e realizada em escritório, a partir de dados do to, alguns estudos elaborados não indicam ceirizada para um Produtor Independente de mais barata, estimulando o desenvolvimento Sistema de Informações do Potencial Hidrelé‑ possibilidades de aproveitamento dessa fonte Energia (PIE) a Guascor do Brasil, empresa espa‑ socioeconômico da região; a abertura de novas trico Brasileiro - SIPOT (junho, 2004). O proje‑ alternativa de energia, para fins de geração de nhola que iniciou suas operações no interior do fronteiras para a agroindústra; o incremento da to está na fase do levantamento da estimativa, energia elétrica no Estado do Acre. Estado do Acre em fevereiro de 1999, através de produção com a redução de custos e a viabiliza‑ estando a fazer: Inventário, Viabilidade, Proje‑ um contrato de suprimento de energia elétrica ção de novas culturas e o ecoturismo. Além de to Básico, Construção e Operação. assinado com a ELETROACRE, com duração de propiciar a integração das redes fluviais entre 3.5. A OFERTA DE ENERGIA ELÉTRICA 12 anos, passível de prorrogação. Brasil, Bolívia e Peru e a criação de um comple‑ Biomassa NO ESTADO xo portuário fluvio-marítimo internacional no b) Transmissão rio Amazonas, no Município de Itacoatiara, de

O Estado do Acre apresenta grande ex‑ As localidades do interior do Estado, confor‑ exportação de produtos destes países para os  INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA INFRAESTRUTURA tensão de cobertura florestal nativa, que po‑ ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE ATENDI- me a tabela 4, atendidas pela ELETROACRE ope‑ mercados mundiais. deria se transformar em energia elétrica, em MENTO NO PERÍODO 2010/2013 ram isoladamente com geração térmica local. 124 grande escala. Porém, a cobertura vegetal De acordo com o Programa de Obras da Análise das condições de 125

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 como fonte de energia não é considerada, ELETROACRE, estão previstas para dezembro de atendimento no longo prazo devido ao seu inestimável valor ecológico. Sistema ELETRONORTE 2010 a interligação ao Sistema Acre-Rondônia (após 2013) Todavia, oficialmente, foi lançado o Progra‑ as localidades de Assis Brasil e Manoel Urbano. ma de Biodiesel, no primeiro semestre de O sistema Acre-Rondônia atualmente é Sistema ELETRONORTE 2004, com os objetivos de criação de um atendido por geração de energia hidráulica da Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira

Centro de Referência em Energia de Fontes UHE Samuel e UTE Termonorte I e II, ambas a) Geração DO ACRE. E A ECONOMIA

Renováveis e de desenvolvimento da capa‑ localizadas no Estado de Rondônia e pelo Sis‑ A implantação do complexo hidrelétrico A oferta de energia elétrica ao Estado, 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO cidade de produção tecnológica local, além tema Interligado Nacional (SIN). do rio Madeira prevê a construção de quatro após 2013, estará vinculada à plena utili‑ de propiciar condições para que o Estado A energia da UHE Samuel é de origem usinas de alta produção de energia, sendo as zação da ligação Acre/Rondônia, seja com a produza energia por meio de termelétricas, hidráulica e no período de seca é capaz de duas primeiras em território brasileiro, a ter‑ energia elétrica vinda da geração térmica à baseadas em biodiesel. A economia agroflo‑ fornecer 100MW ao sistema. A UTE Termo‑ ceira uma binacional Brasil-Bolívia e a quarta gás natural de Rondônia, e/ou com a impor‑ restal sustentável do Acre terá como uma norte I e II geram energia a partir da queima na Bolívia. O empreendimento deverá causar tação de energia elétrica do Sistema Inter‑ das ações, a extração de plantas oleaginosas de combustível (óleo diesel) e é capaz de for‑ impactos sociais e ambientais em toda a área ligado Nacional, e/ou com a importação da (matéria-prima para a produção do biodie‑ necer 424 MW ao sistema. Sendo assim, atu‑ de influência, ou seja, nos Estados de Rondô‑ energia produzida pelo complexo hidrelétri‑ sel) e a produção de biodiesel a partir do sebo almente o sistema Acre-Rondônia possui uma nia, Acre, Amazonas e Mato Grosso e ainda no co do rio Madeira, em Rondônia. de boi. capacidade de fornecer 524MW para atender Departamento de Beni, na Bolívia. Com inves‑ toda a demanda dos dois Estados, observando timento de US$ 4,5 bilhões, do Programa de b) Transmissão Fontes limitadas que o maior fornecimento vem da queima de Parcerias Público-Privadas (PPP), as empre‑ A expansão deve estar associada às

combustível fóssil. sas Furnas Centrais Elétricas e Norberto Ode‑ decisões estratégicas que serão tomadas INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS a) Energia Solar .O Acre, embora disponha de Com a interligação dos Estados do Acre e brecht Construções iniciaram a construção referentes à geração de energia, seja pelo elevados níveis de incidência de radiação so‑ Rondônia ao Sistema Interligado Nacional (SIN), deste empreendimento. complexo hidrelétrico do rio Madeira, lar, apresenta condições climáticas caracteri‑ está sendo injetado no sistema cerca de 200MW Ambas as usinas - Jirau (UHE Jirau), com ca‑ pela importação do Sistema Integrado Na‑ zadas por elevadas precipitações pluviomé‑ neste primeiro momento. Esta interligação pro‑ pacidade de 3.900 MW e Santo Antonio (UHE cional, ou a proveniente da ligação Acre/ tricas e evapotranspiração, em conjunto com porciona uma maior estabilidade no sistema, Santo Antonio), com capacidade de 3.580 MW Rondônia. Focando sempre a interliga‑ uma grande nebulosidade do Estado, que di‑ pois qualquer problema que ocorra em alguma terão baixa queda, sendo Santo Antônio com ção de áreas anteriormente isoladas ficultam a implantação de usinas termosola‑ máquina geradora, o sistema SIN supre de ener‑ 13m90 e Jirau com 15m10. O tipo de turbi‑ ou as eventuais ampliações do sistema res, por necessitar de radiação solar direta. gia os Estados do Acre e Rondônia. na será “a bulbo”, uma das mais modernas em de subtransmissão. Sistema ELETROBRÁS DISTRIBUIÇÃO Junho de 1999, que tem como objetivo instalação de pequenas e médias plantas internet. Na área de telefonia fixa, o au‑ ACRE contribuir para o desenvolvimento in‑ industriais e produtivas na área rural do mento da quantidade de acessos na capi‑ tegrado de comunidades não atendidas Estado. O impacto imediato desse processo tal, no período de oito anos, no qual em

INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA a) Geração pelos sistemas convencionais de supri‑ é a redução do êxodo, através da instalação 1997, Rio Branco possuía 30.284 acessos A capacidade geradora da ELETROACRE mento de energia, utilizando fontes ener‑ de sistemas energéticos (convencionais e (ZEE, 2000), passou para 85.635 acessos deverá refletir as alternativas de aumento da géticas renováveis e descentralizadas, alternativos) que vem garantindo às comu‑ em 2005, com incremento de 182% (ANA‑ oferta de energia elétrica, para atendimento tecnicamente factíveis, economicamente nidades tradicionais (seringueiros, agricul‑ TEL, 2005). A Tabela 16 mostra a evolu‑ ao crescimento do mercado nos sistemas iso‑ viáveis e ambientalmente aceitáveis. Em tores, ribeirinhos e extrativistas), o acesso ção do serviço, relativos aos números de lados do interior do Estado. 2006, foi iniciado o processo de Revita‑ ao trabalho, a educação, a informação e a telefones fixos e públicos instalados no lização dos sistemas, onde 137 sistemas cidadania. Acre, por município, entre 2006 e 2009. b) Transmissão foram revitalizados e os 118 restantes Observa-se uma gradativa redução dos te‑ Existe a previsão de interligação, após ana‑ foram recolhidos em almoxarifado, para 4. A COMUNICAÇÃO NO ACRE lefones fixos, provavelmente, pelo aumen‑ lise detalhada da definição de viabilidade, de futuras instalações pelo programa “Luz to da telefonia móvel celular no país e, em algumas localidades ao sistema que atende a para Todos. A tabela 15 apresenta um O sistema de comunicações possibilita particular, no Acre. Rio Branco, buscando maior confiabilidade no resumo da atual situação do programa a disseminação rápida das informações, Assim como em todo o País, a telefonia suprimento de energia elétrica. no Estado. a integração das populações e o estímulo móvel celular no Acre cresceu vertiginosa‑ às relações comerciais e institucionais. O mente nos últimos anos. O Acre e os Esta‑ 3.6. A ESTRATÉGIA PARA ATENDIMEN- 3.6.2. Programa Luz para Todos Acre, com vastas regiões isoladas por via dos de Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, TO EM TODO O ACRE terrestre, com muitas comunidades viven‑ Mato Grosso, Rondônia e Distrito Federal,

É um programa Federal de Eletrificação do em áreas remotas acessadas somente pertencem à área sete das dez áreas dividi‑  INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA INFRAESTRUTURA O Acre atende, com cobertura de energia Rural/Florestal em todo o País, implantado por via aérea ou através de rios, ainda das no Brasil para a concessão do Serviço elétrica convencional, a 75,9% de sua popu‑ através do Ministério das Minas de Energia tem no rádio receptor ou amador, um im‑ Móvel Celular (SMC). A Tabela 16 mostra a 126 lação. Entretanto, 24,1% não atendidos geral‑ (Eletrobrás/Eletroacre) e Governo do Estado portante elo com o mundo. No entanto, o evolução mensal do acesso à telefonia móvel 127

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 mente correspondem à parcela que vive em do Acre nas áreas rurais e florestais, coorde‑ avanço tecnológico mundial das comuni‑ nos municípios acreanos, no período entre pequenas localidades isoladas do interior do nado pelo Comitê Gestor Estadual/Coorde‑ cações tem rompido as barreiras do iso‑ 2004 a 2008. Observa-se que, entre janeiro Estado e nas áreas rurais. O abastecimento nação Estadual do Programa. Prevê a insta‑ lamento com o estabelecimento de siste‑ de 2004 e dezembro de 2008, o número de dessas pequenas localidades, de difícil aces‑ lação da energia elétrica “gratuita” para as ma via satélite, como no caso da telefonia acesso passou de 109.110 para 464.650 e so e com baixa representatividade de con‑ “famílias de baixa renda” e, para os “consu‑ e internet. a densidade de acesso aumentou de 17,76

sumo, inviabiliza a implantação dos meios midores residenciais com ligação monofási‑ A maior parte das normas que regulam para 68,32, nesse período.O avanço da in‑ DO ACRE. E A ECONOMIA

convencionais de atendimento energético, ca e consumo mensal inferior a 80kwh/mês” as comunicações no Brasil concentra-se no formática e o crescimento do número de 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO por meio de usina hidrelétrica ou termelé‑ e tarifas de consumo de energia reduzidas. âmbito do Ministério das Comunicações usuários, tanto de indivíduos como de trica e dos sistemas de transmissão. A so‑ No Estado do Acre, os investimentos do (MC), encarregado da elaboração e cum‑ empresas e instituições, são constantes a lução nesses casos tem sido a utilização de programa Luz para Todos, até dezembro de primento das políticas públicas nas três cada dia com a incorporação do compu‑ energias alternativas, como a energia foto‑ 2009, foram de R$ 181,46 milhões, com a áreas fundamentais: telecomunicações (te‑ tador ao cotidiano. Entre as facilidades voltaica (solar) para atendimento de peque‑ execução de 9.442 km de rede de eletrifi‑ lefonia fixa e móvel, e internet), radiodifu‑ existentes com o uso dos sistemas com‑ nas cargas, destacando-se neste campo o cação rural e 30.600 unidades beneficia‑ são (sonora, televisão e radioamadorismo) putacionais, está o acesso a rede mun‑ Programa “Luz para Todos”, com o objetivo das. Até dezembro de 2010, tem previsto e e serviços postais. O MC atua através de dial (internet). Para acesso à internet, o de levar energia elétrica do país para mais contratado R$ 42,73 milhões, para executar secretarias específicas, da Agência Na‑ Governo implantou o Projeto Floresta Di‑ de 12 milhões de pessoas. Outra alternativa 1.800 km de rede e atender, aproximada‑ cional de Telecomunicações (ANATEL) e gital, que possibilita o acesso à internet geradora, para pequenas cargas, é a mini‑ mente, 5.500 unidades domiciliares, em 22 de unidades descentralizadas, estando o com banda larga em qualquer local do -usina térmica (fogão gerador), desenvolvida municípios do Acre. Antes do início do Pro‑ Acre, assim com os Estados do Amazonas, Estado do Acre.

no Estado do Acre. grama, apenas 14,7% das unidades familia‑ Rondônia e Roraima sob a jurisdição da O Programa Floresta Digital baseia-se INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS res rurais/florestais do Acre tinham acesso delegacia do Amazonas. na construção de uma infovia de âmbito 3.6.1. O Programa de Desenvolvimen- à energia elétrica, até dezembro de 2009 estadual com tecnologia de banda larga, to Energético de Estados e Municípios 75,90% do total já tinham sido atendidas. A 4.1. TELEFONIA FIXA, MÓVEL E IN- que suportará com infraestrutura de co‑ (PRODEEM) meta é atender 100% das unidades familia‑ TERNET municação de dados, as camadas de apli‑ res rurais/florestais até 2010. cação que vão desde acesso público livre O PRODEEM, atualmente absorvido O Programa surgiu como um instrumen‑ Os serviços de telecomunicação no Es‑ à Internet e governança eletrônica, a inte‑ pelo Programa “Luz para Todos”, é do Mi‑ to não só de democratização do uso de ener‑ tado do Acre vêm apresentando melhorias gração de dados e ações nas áreas de saú‑ nistério das Minas e Energia, iniciado em gia, mas também como elemento crucial a tanto na telefonia fixa e móvel, como na de, educação e segurança pública, aos mais Tabela 15. Número de Sistemas Fotovoltaicos – PRODEEM, segundo o Município, etapa do Tabela 16. Nº de Telefones Fixos e Públicos Por Município projeto e população atendida, Acre, 2009 2006 2007 2008 2009 Município Etapas do Projeto População Atendida Potência Total (W) Município Fixos Públicos Fixos Públicos Fixos Públicos Fixos Públicos Instalados Revitalizados (hab.) Total Inst. INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA Acrelândia 13 8 7.000 16.122 7.492 Acre 76.952 3.985 62.169 4.120 59.609 4.170 58.350 4.171 Assis Brasil 13 12 3.450 6.700 6.370 Acrelândia 488 50 419 52 322 54 330 55 Brasiléia 16 16 3.750 8.730 8.730 Bujari 5 1 200 2.912 2.912 Assis Brasil 368 28 369 30 278 31 236 31 Capixaba 6 2 1.850 6.395 2.675 Brasiléia 1.310 86 1.038 93 1.000 100 961 100 Cruzeiro do Sul 20 13 7.500 18.885 9.485

Epitaciolândia 1 0 800 1.832 1.832 Bujari 189 32 163 28 116 31 117 32 Jordão 0 0 - 4.620 - Manoel Urbano 12 11 1.890 4.100 3.570 Capixaba 299 28 348 25 287 26 229 27 Marechal Thaumaturgo 0 0 - - - Cruzeiro do Sul 6.064 352 5.201 353 4.563 356 4.304 352 Plácido de Castro 14 0 2.450 6.095 5.195 Epitaciolândia 974 74 686 74 628 71 630 73 Porto Acre 4 0 800 7.380 3.680 Rio Branco 7 0 2.020 25.536 4.702 Feijó 971 96 783 100 610 101 647 101 Rodrigues Alves 3 3 900 1.200 1.200 Jordão 9 10 97 10 89 15 103 16 Santa Rosa do 4 4 - 2.850 1.470  Purus PÚBLICA E PRODUTIVA INFRAESTRUTURA Mâncio Lima 447 57 299 57 176 58 150 58 Sena Madureira 4 4 - 3.900 3.360 128 Senador Guiomard 15 0 5.150 6.415 6.025 Manoel Urbano 241 23 176 23 134 23 153 23 129 Tarauacá 97 55 20.800 77.276 69.334 E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 Marechal Xapuri 7 3 - 3.750 3.150 162 11 178 13 179 15 180 20 Thaumaturgo Total 255 137 60.510 257.696 149.098

Fonte: PRODEEM/ELETRONORTE, 2009. Plácido de Castro 1.352 124 773 96 600 87 579 87

Rio Branco 57.623 2.462 46.750 2.616 46.022 2.598 45.101 2.589 diversos usos possíveis da tecnologia da in‑ tura da região, e prestam um importante DO ACRE. E A ECONOMIA

formação (TIC) e dos recursos disponíveis serviço de utilidade pública na comunica‑ Rodrigues Alves 217 35 181 35 171 39 186 39 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO na rede mundial. ção entre pessoas, como é o caso do ser‑ Santa Rosa do O Projeto tem como objetivo a univer‑ viço de recados. Não são raros que os re‑ 120 10 110 10 94 11 111 14 salização do acesso à informação em todas cados aconteçam em língua nativa, como Purus

as cidades e locais mais isolados do Acre, os feitos pelas populações indígenas das Sena Madureira 1.988 139 1.397 132 1.254 144 1.240 144 não somente das áreas urbanas como às diversas tribos existentes no Acre. Este comunidades residentes no interior da flo‑ serviço é realizado principalmente pela Senador Guiomard 1.234 107 851 107 936 127 926 127 resta, com acesso livre e gratuito à inter‑ Rádio Difusora Acreana, ligada a Funda‑ Tarauacá 1.150 114 982 114 766 123 844 123 net, com atendimento previsto para o final ção Estadual de Cultura e Comunicação

de 2010. Elias Mansour. Outra rádio estatal, a Al‑ Xapuri 853 80 598 84 492 84 487 84 deia FM, está atualmente presente em to‑ Fonte: Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL. 4.2. A RADIODIFUSÃO SONORA dos os municípios, tendo sido resultado do Dados atualizados até setembro de 2009. fortalecimento da Rede Pública de Comu‑ INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS A comunicação pelo rádio é a que atin‑ nicação em 2004, efetuado pelo Governo ge o maior número de pessoas no Acre, do Estado com o apoio financeiro do BN‑ sendo especialmente importante para as DES (Banco Nacional de Desenvolvimento populações tradicionais, residentes no in‑ Econômico e Social). terior do Estado nas áreas mais remotas e A Tabela 18 relaciona as emissoras de sem ligação por estradas. rádio com sede na capital, os municípios As emissoras locais de rádio apresen‑ alcançados por suas respectivas transmis‑ tam uma programação que estimula a cul‑ sões e seus principais programas. Tabela 17. Acesso Móvel (Celular) em Operação no Estado A Tabela 19 relaciona as emissoras exis‑ que atuam em comunicação local ou mun‑ Número de Acessos em Operação tentes por município, sua freqüência e o tipo dial, sendo utilizado nas Reservas Extrativis‑ Mês 2004 2005 2006 2007 2008 de transmissão e a Tabela 20, as rádios co‑ tas pelo IBAMA/ICM, Terras Indígenas pela

INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA Janeiro 109.110 179.551 250.339 278.508 375.201 munitárias por município. Funai, Associações de produtores rurais, Fevereiro 112.520 182.970 254.546 276.178 377.573 O serviço de radioamadorismo está pre‑ Exército e Polícia Militar. Esta faixa especial Março 116.780 188.590 257.077 278.313 381.550 sente em diversas comunidades do Acre, de freqüência é fiscalizada pela ANATEL. Abril 119.560 200.486 260.450 279.636 387.876 Maio 126.590 212.469 266.261 288.593 399.288 Tabela 19. Emissoras de rádio, por município. Junho 130.640 216.443 248.476 314.165 408.052 Município Entidade Freq. (KHz) Ondas Julho 134.680 218.402 252.904 317.133 413.575 Brasiléia Líder Comunicações Ltda. 1.170 OM Agosto 141.680 225.567 258.950 324.422 423.992 Setembro 148.080 229.486 260.984 330.681 431.246 Brasiléia Gov. do Estado do Acre – Fundação Elias Mansour 212 FM Outubro 155.270 232.676 262.262 339.493 437.616 Cruzeiro do Sul Radiobrás – Empresa Brasileira de Comunicação 720 OM Novembro 161.343 232.660 265.170 347.175 442.401 Cruzeiro do Sul Fundação Verdes Florestas 940 OM Dezembro 175.200 245.673 277.606 369.472 464.650 Cruzeiro do Sul Radiobrás – Empresa Brasileira de Comunicação 4.765 OT Mês Densidade (acesso por 100 habitantes) Cruzeiro do Sul Fundação Verdes Florestas 4.865 OT Janeiro 17,76 29,15 37,53 40,73 55,17 Cruzeiro do Sul Rádio e Televisão Integração Ltda. 260 FM Fevereiro 18,32 29,61 38,08 40,3 55,22 Cruzeiro do Sul Empresa Cruzeirense de Telecomunicações 265 FM Março 19,01 28,87 38,38 40,53 56,1 Cruzeiro do Sul Gov. do Estado do Acre – Fundação Elias Mansour 300 E FM Abril 19,47 30,60 38,8 40,64 53,03 Epitaciolândia ECOACRE Rádio, Jornal e Televisão Ltda 203 FM

Maio 20,61 32,39 39,58 41,86 58,71  Feijó Líder Comunicações Ltda. 630 OM PÚBLICA E PRODUTIVA INFRAESTRUTURA Junho 21,27 32,93 36,86 45,48 60 Feijó Gov. do Estado do Acre – Fundação Elias Mansour 1.170 OM Julho 21,93 33,16 37,44 45,81 60,81 Manoel Urbano Rádio e TV Maíra Ltda 203 FM 130 Agosto 23,07 34,17 38,26 46,77 62,35 131 Marechal Thaumaturgo Emp. Cruz de Telecomunicações de Rádio e TV Ltda 203 FM E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 Setembro 24,11 34,69 38,48 47,58 63,41 Plácido de Castro ECOACRE Rádio, Jornal e Televisão Ltda 238 FM Outubro 25,28 35,10 38,59 48,75 64,35 Porto Acre Rádio e TV Maíra Ltda 203 FM Novembro 26,27 35,02 38,94 49,75 65,05 Porto Walter ECOACRE Rádio, Jornal e Televisão Ltda 203 FM Dezembro 28,52 36,91 40,68 52,84 68,32 Rio Branco Progresso do Acre Comunicações Ltda. 740 OM Fonte: SEPLAN-AC.

Rio Branco Rádio Universitária Metropolitana Ltda. 1.350 OM DO ACRE. E A ECONOMIA Tabela 18. Emissoras de Rádio Local, Alcance E Principais Programas Rio Branco Fund. Des. Rec. Humanos e Cultura e do Desportos 1.400 OM RÁDIO ALCANCE PRINCIPAIS PROGRAMAS NOME JURÍDICO 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO Rio Branco Progresso do Acre Comunicações Ltda. 2.460 OT Rádio Difusora Difusora Acreana Todo Estado Jornal Difusora, Gente em Debate Rio Branco Fund.Des.Rec.Humanos, Cultura e de Desportos 4.885 OT Acreana Rio Branco Fund. Cult. De Radiodifusão Educ. Costa Dourada 300 E FM Bujari, Capixaba, Senador Manhã Líder, Andrade Filho, Planeta Rio Branco Rede União de Radio e Televisão 234 FM Guiomard, Rio Branco e Gazeta FM FM, Toque e Retoque, Evidência Rio Branco Rádio FM Ltda. Porto Acre (raio aprox. de Rio Branco Líder Comunicações Ltda 800 OM (programas diurnos) 150 km) Rio Branco Rio Branco – Rádio FM Ltda. 227 FM Fundação de Cultura e Todos Estados Aldeia Sonora e Notícias da Aldeia Aldeia FM Comunicação Elias Mansour Rio Branco Gov. do Estado do Acre – Fundação Elias Mansour 245 FM

União /Jovem de Rio Branco e Senador Top +, Interligado, Energia 94 e Rock Rio Branco Rádio TV do Amazonas 251 FM Rádio e TV União Cara e de Coração Guiomard Sunder Sena Madureira Gov. do Estado do Acre – Fundação Elias Mansour 670 OM Conexão Acre, Jornal da Manhã, Show Progresso do Acre Sena Madureira Gov. do Estado do Acre – Fundação Elias Mansour 290 E FM Super Rádio Alvorada Todos os municípios do Estado do Povo, A Hora do Brega Comunicações Ltda. Senador Guiomard Rádio Transamazônica Ltda. 2.410 OT INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS Rio Branco, Bujari, Porto Rádio e TV do Amazonas Senador Guiomard ECOACRE Rádio, Jornal e Televisão Ltda 215 FM Acre, Senador Guiomard, Top Sucesso e Acre 40 graus Acre FM Ltda. Acrelândia, Capixaba Tarauacá Gov. do Estado do Acre – Fundação Elias Mansour 820 OM

Rio Branco, Bujari, Porto Rádio Universitária Tarauacá Gov. do Estado do Acre – Fundação Elias Mansour 238 FM Mensagens Cantadas, Voz da Acre, Senador Guiomard, Rádio Capital Acre Libertação e Jornal da Capital Metropolitana da Xapuri Gov. do Estado do Acre – Fundação Elias Mansour 208 FM Tarauacá, Feijó, Xapuri Capital Fonte: ANATEL, 2005 Fonte: RÁDIOS LOCAIS, 2005. OM – Ondas Médias, OT – Ondas Tropicais, FM – Freqüência Modulada Tabela 20. Emissoras de Rádio FM – Comunitário / RADCOM, Por Munícipio. As Retransmissoras de Televisão, esta‑ para recepção pelo público em geral, estão FREQ.. MUNICÍPIOS ENTIDADE CANAL (KHz) ções capazes de captar sinais de sons e ima‑ presentes em vários municípios do Estado gens e retransmití-los, simultaneamente, conforme mostrado no Tabela 23. Feijó Associação Pró-Saúde 87,9 200 INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA Sena Madureira Fundação Assistencial e Educacional Betel 104,9 285 Tabela 23. Serviço Especial de Retransmissão de Televisão – RTV

Tarauacá Associação de Moradores do Bairro Cohab 87,9 200 MUNICÍPIOS ENTIDADE CANAL CATEGORIA Fonte: ANATEL, 2005 Acrelândia (Redenção) Rádio TV do Amazonas Ltda. 08 B

4.3. TELEVISÃO sistema público de comunicação no Acre to‑ Acrelândia Rádio TV do Amazonas Ltda. 09 B mou grande impulso, quando o Governo do O Acre possui na Capital Rio Branco, uni‑ Estado, no contexto do programa de desenvol‑ Acrelândia (Redenção) Rádio TV do Amazonas Ltda. 10 B

dades geradoras instaladas filiadas as gran‑ vimento sustentável, concretizou a Rede Pú‑ Acrelândia Rádio TV do Amazonas Ltda. 11 B des redes de televisão nacional. Estas unida‑ blica de Comunicação com o apoio financeiro des, recebem e retransmitem os sinais para do BNDES, reestruturando a TV educativa (TV Assis Brasil Rádio TV do Amazonas Ltda. 06 B

o interior do Estado, inserindo nos espaços Aldeia), com transmissão para todos os 22 Assis Brasil Rádio TV do Amazonas Ltda. 10 B destinados por estas redes, os programas municípios do Estado, ligando os mesmos via produzidos localmente. A partir de 2004, o satélite a capital. Tabela 21. Brasiléia Rádio TV do Amazonas Ltda. 04 B Brasiléia Rede União de Rádio e Televisão Ltda. 07 B

Tabela 21. Geradora de Televisão Cruzeiro do Sul Fundação João Paulo II 04 B   INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA INFRAESTRUTURA FREQÜÊNCIA MUNICÍPIO ENTIDADE FILIADA CANAL REDE Cruzeiro do Sul Rádio TV do Amazonas Ltda. 05 B (MHz) Cruzeiro do Sul SP Comunicações Ltda. 10 B 132 Gov. do Estado do Acre – Fundação Elias 133 Rio Branco 54 – 60 02 Educativa E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 Mansour Cruzeiro do Sul Rádio e Televisão Integração Ltda 12 B

Rio Branco Rádio e TV do Amazonas Ltda. 66 – 72 04 Globo Cruzeiro do Sul Televisão Independente de São José 15 B

Rio Branco Sociedade Acreana de Comunicação e Fronteira 180 – 186 08 SBT Cruzeiro do Sul Fundação Século Vinte e Um 17 C

Feijó Rádio TV do Amazonas Ltda. 05 B Rio Branco Rádio e Televisão Norte Ltda. 198 – 204 11 Record DO ACRE. E A ECONOMIA Feijó Rede União de Rádio e Televisão Ltda. 11 B Rio Branco Rádio e TV do Amazonas Ltda. 60 21 Amazônica 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO Feijó Rádio TV do Amazonas Ltda. 13 B Fonte: ANATEL, 2005 Mancio Lima Rádio e Televisão Integração Ltda. 02 B

As unidades locais de geração de TV conforme mostrado na Tabela 22, e rea‑ Mancio Lima Rádio TV do Amazonas Ltda. 07 B produzem diversos programas, princi‑ lizam transmissões ao vivo dos eventos palmente jornalísticos e de entrevistas, na cidade. Mancio Lima Rádio TV do Amazonas Ltda. 09 B

Tabela 22. Emissoras Locais de TV Local , Alcance e Principais Programas. Manoel Urbano Rádio TV do Amazonas Ltda. 02 B TELEVISÃO ALCANCE PRINCIPAIS PROGRAMAS NOME JURÍDICO Manoel Urbano Rádio TV do Amazonas Ltda. 10 B Notícias da Aldeia, Idéias da Fundação de Cultura e TV Aldeia / (Educativa) Todos os Municípios do Estado Marechal Thaumaturgo Rádio TV do Amazonas Ltda. 13 B Aldeia e Aldeia Entrevista Comunicação Elias Mansour Rio Branco, Senador Guiomard, Gazeta Alerta, Geração Gazeta, Rádio e Televisão Norte TV Gazeta (Record) Plácido de Castro Rede União de Rádio e Televisão Ltda 07+ B Bujari e Porto Acre Jornal Gazeta LTDA INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS Rio Branco, Senador Guiomard, Bom Dia Rio Branco, Boa Noite Sociedade Acreana de Plácido de Castro Rádio TV do Amazonas Ltda. 12 B TV Rio Branco (SBT) Porto Acre, Capixaba, Bujari (Vila Rio Branco e Conversa Franca Comunicação Ltda Campinas e Humaitá) Plácido de Castro Rádio TV do Amazonas Ltda. 35 B Rádio e TV do Amazonas TV ACRE /(Globo) Todos os Municípios do Estado AC TV e Jornal 2ª edição Ltda. Porto Acre Rádio TV do Amazonas Ltda. 07 B Rio Branco, Senador Guiomard, Cidade 5, TV 5 Notícias, TV 5 TV 5 /(Filiada a BAND) Eco Acre Jornal e TV Ltda. Bujari e Porto Acre Esporte rto Walter Rádio TV do Amazonas Ltda. 11 B TV União Rio Branco e Senador Guiomard Bom Dia Cidade Rádio e TV União Rio Branco Sociedade Comunicação Norte Ltda. 05- A Fonte: TELEVISÕES LOCAIS, 2005 Rio Branco Rede União de Rádio e Televisão Ltda. 13 B Tabela 24. Jornais Locais, Municípios Atendidos, Frenquênte e Tiragem JORNAL MUNICIPIOS ATENDIDOS FREQUÊNCIA TIRAGEM Rio Branco Telev. Indep. de São José do Rio Preto 27 B 6.000 Senador Guiomard, Sena Madureira, Brasiléia,

INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA Rio Branco Fundação Evangélica Boas Novas 50 B domingos /terça-feira a A Gazeta Xapuri, Acrelândia, Cruzeiro do Sul, Tarauacá, sábado Rio Branco Televisão Cidade Modelo Ltda. 54 B Plácido de Castro, Acrelândia e Rio Branco 5.000 Rodrigues Alves Rádio TV do Amazonas Ltda. 03 B 3.300 Xapuri, Brasiléia, Sena Madureira, Plácido de Castro, sábados e domingos / O Rio Branco Capixaba, Bujari, Senador Guiomard, Tarauacá e Sena Madureira Rádio TV do Amazonas Ltda. 06 B terça-feira a sexta-feira Rio Branco Sena Madureira Telev. Indep. de São José do Rio Preto 07+ B 2.530 5.000 Sena Madureira Rede União de Rádio e Televisão Ltda. 09 B Acrelândia, Brasiléia, Epitaciolândia, Sena Madureira, Xapuri, Senador Guiomard, Feijó, domingos /terça-feira a Página 20 Sena Madureira Ass. Com. Social do Estado do Acre 13 B Tarauacá, Cruzeiro do Sul, Porto Acre, Assis Brasil, sábado Boca do Acre, Capixaba e Rio Branco 4.000 Senador Guiomard Rede União de Rádio e Televisão Ltda. 06+ B Rio Branco, Acrelândia, Senador Guiomard, Sena Senador Guiomard Rádio TV do Amazonas Ltda. 07 B O Estado Madureira, Brasiléia, Bujari, Capixaba, Xapuri, e Não informou 3.000 Cruzeiro do Sul Senador Guiomard Gov. Estado do Acre – Fund.Elias Mansour 14 B Sena Madureira, Brasiléia, Xapuri, Plácido de Castro 1.500 Senador Guiomard Rádio TV do Amazonas Ltda. 23 B e Cruzeiro do Sul sábados e domingos / A Tribuna Senador Guiomard V & N Imagem e Som Ltda. 40 B terça-feira a sexta-feira   PÚBLICA E PRODUTIVA INFRAESTRUTURA 800 Tarauacá Fundação Verdes Florestas 02 B Fonte: Empresas Locais, 2005. 134 Tarauacá Rádio e Televisão Norte Ltda. 04 B 135

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 Tarauacá Rádio TV do Amazonas Ltda. 07 B 4.5. SERVIÇO POSTAL particulares. A Capital é a única cidade do Tarauacá Prefeitura Municipal de Tarauacá 06 B O serviço postal no Acre é operado, basi‑ Estado que possui agências próprias e ou‑ Tarauacá Rede União de Rádio e Televisão Ltda. 09 B camente, pela Empresa Brasileira de Correios tras que operam o serviço postal no siste‑ e Telégrafos (CORREIOS), empresa pública ma de franchising. Em vários municípios Tarauacá Rádio TV do Amazonas Ltda. 22 B federal responsável pelo recebimento, trans‑ do interior, os serviços postais são realiza‑ DO ACRE. E A ECONOMIA Xapuri Prefeitura Municipal de Xapuri 02 B porte e entrega no destino final, da maior dos com dificuldades, pois estão condicio‑ 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO parte dos volumes encomendados por corres‑ nados ao isolamento por via terrestre das Xapuri Rádio TV do Amazonas Ltda 03 B pondências. Na área de encomendas expres‑ localidades e, pela falta de serviços aéreos Xapuri Rádio TV do Amazonas Ltda. 05 B sas, divide o mercado com outras companhias regulares (Tabela 25).

Xapuri Prefeitura Municipal de Xapuri 07 B

Xapuri Rede União de Rádio e Televisão Ltda. 10 B Tabela 25. Correios e Telégrafos, 2008 DISCRIMINAÇÃO QUANTIDADE Xapuri Gov. Estado do Acre – Fund.Elias Mansour 13 B Unidades de atendimento 90 Fonte: ANATEL, 2005. Agências de correios próprios 21

4.4. IMPRENSA Agências de correios franqueadas 03

Agências de correios comercial Tipo I 08 INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS Na área da imprensa escrita, estão em apresentadas na Tabela 24. Na imprensa Agências de correios comunitárias 03 atividade no Estado cinco empresas que virtual, conta com 20 sites para divulgação produzem e distribuem jornais de circula‑ das notícias, ligadas diretamente aos jornais Postos de vendas de produtos -- ção diária, cuja freqüência e tiragem estão locais e outras instituições. Guichês de atendimento 55

Caixas de coleta 22 Fonte: Empresa brasileira de Correios e Telegrafos – AC/SEPLAN, 2009. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS rá a pavimentação do trecho de Sena Madu‑ todo o Estado do Acre, permitindo o aumen‑ assim como na telefonia, com o estabele‑ reira a Feijó, com 224 Km, que concretizada to da produção e conservação dos produtos, cimento de sistemas via satélite, telefonia Nos últimos anos um grande avanço foi até 2011, permitirá a integração definitiva além da melhoria da qualidade de vida. Ou‑ celular e internet.

INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA realizado no sistema de transportes do Acre, do território, tanto internamente quanto ex‑ tro ponto que contribui para a mudança no Nas regiões remotas do território, por em seus três modais - terrestre, aéreo e hi‑ ternamente, em cuja gestão territorial, se setor é a implantação do Complexo Hidrelé‑ outro lado, isoladas por via terrestre e droviário - assim como propiciada a inter‑ realizada sob a ótica do desenvolvimento trico do Rio Madeira que prevê a construção acessadas precariamente por via aérea ou modalidade dos mesmos, condição essencial sustentável, contribuirá para formar as de quatro usinas de alta produção de ener‑ através de rios, a carência quase absolu‑ a diversas regiões do Estado. Não se tratou condições necessárias para proporcionar gia no valor total de US$4,5 bilhões, que ta do sistema de comunicação associada apenas da realização das obras em si, mas o desejado impulso econômico e social deverá causar impactos sociais e ambientais à falta de infra-estrutura viária, tem con‑ do contexto em que as mesmas foram ou à região, uma vez que neste contexto, a em toda a área de influência, ou seja, nos Es‑ tribuído para a fragilidade econômica e estão sendo inseridas, ou seja, a estrutura‑ consolidação da malha federal contribuirá tados de Rondônia, Acre, Amazonas e Mato social das comunidades que lá residem. ção do sistema de transportes em conformi‑ para a estruturação das malhas rodoviá‑ Grosso e ainda no Departamento de Beni, Nessas comunidades, o rádio receptor ou dade com o programa de desenvolvimento rias estadual e municipal, e a intermodali‑ na Bolívia. amador ainda representa o elo de ligação sustentável, mitigando impactos sócio-am‑ dade dos subsistemas. Vital para muitas ci‑ No sistema de comunicações do Acre, com o mundo. O desenvolvimento dos sis‑ bientais, com preservação ambiental e for‑ dades do interior do Estado, o subsistema um grande avanço foi obtido na radiodifu‑ temas de comunicação, com a implantação talecimento de populações tradicionais, aeroviário foi reestruturado pelo governo são, com o fortalecimento do sistema pú‑ da Rede Floresta Digital propiciará o rom‑ adotado como política de Estado. estadual, com a construção das pistas dos blico de comunicação ocorrido em 2004, pimento das barreiras do isolamento. No subsistema terrestre, a malha fede‑ aeródromos nas cidades que apresentam ral de rodovias tem papel estruturante no apenas ligação fluvial (Jordão, Marechal

Acre. No inicio de 1998 existiam 456Km Thaumaturgo, Porto Walter e Santa Rosa  INFRAESTRUTURA PÚBLICA E PRODUTIVA INFRAESTRUTURA pavimentados (ZEE,2000), representando do Purus). Em novos sítios, foram constru‑ 28% da extensão total de estradas no Esta‑ ídos os aeroportos de Manuel Urbano e 136 do. Nos últimos anos um incremento con‑ Feijó, e foram recuperados os aeroportos 137

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 siderável foi atingido, ou seja, atualmente de Tarauacá e Assis Brasil, este pelo exér‑ (janeiro/2010) são quase 1.000 Km pavi‑ cito. Com a estruturação deste modal será mentados, cerca de 61,5% da malha. possível desenvolver com segurança e dar Na região leste acreana, foram conclu‑ continuidade aos programas sociais como ídas a importante rodovia transoceânica o das rotas acreanas (estadual) e o realiza‑

(lado brasileiro BR-317) e a ponte interna‑ do pelo CAN (federal). DO ACRE. E A ECONOMIA

cional Brasil – Peru, e encontra-se em an‑ A perspectiva da posição geográfica 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO damento, com financiamento do governo privilegiada do Acre, no novo mapa eco‑ brasileiro, a construção da rodovia no lado nômico que advirá para a região com a peruano, acesso aos portos do pacífico Ilo consolidação da rota bioceânica, e a res‑ e Matarani, consolidando o eixo que re‑ pectiva estruturação da intermodalidade presenta um novo ciclo de oportunidades dos subsistemas hidroviário-terrestre‑ econômicas no qual o Acre estará inserido. -marítimo que ocorrerá neste eixo, assim A integração com os países vizinhos pas‑ como a integração definitiva do território sou a ser uma prerrogativa no processo com a pavimentação da BR-364 e sua inter‑ de desenvolvimento comercial e turístico seção com os principais rios existentes na do Acre, investindo-se em infra-estrutura parte central e oeste do Estado, favorecerá viária, complexos alfandegários e na cons‑ o desenvolvimento do transporte fluvial no

trução das pontes entre Brasil-Bolívia e Acre. Neste cenário, vislumbra-se a inclusão INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS Brasil-Peru. e a ampliação das atividades econômicas e Na região central e oeste do Estado, os sociais da população ribeirinha, que repre‑ Municípios de Feijó e Cruzeiro do Sul, cer‑ senta 20% dos habitantes do Estado, um ca de 260Km, estão definitivamente ligados segmento considerável. pela BR-364 possibilitando a estruturação O Setor de energia elétrica vem passan‑ das regiões de Tarauacá-Envira e do Juruá do por uma grande mudança, com a implan‑ no fortalecimento da exploração sustentável tação do programa “Luz para Todos”, que das florestas em bases comunitárias. Resta‑ garante a energia elétrica na zona rural em Livro Temático | Volume 5 ASPECTOS ECONÔMICOS E O Coleção Temática do ZEE POTENCIAL FLORESTAL DO Aspectos Socioeconômicos População e as Condições de Vida, Infraestrutura e a Economia do Acre ACRE

bb Texto: Rafael Kellermann Barbosa 1 Marky Lowell Rodrigues de Brito 2 Magaly da Fonseca e Silva Taveira Medeiros 3 Denise Regina Garrafiel 4 Maria do Socorro Saraiva da Silva 5 Marcela Fidelis de Castro6

1. INTRODUÇÃO ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL E O POTENCIAL ECONÔMICOS ASPECTOS DO ACRE FLORESTAL

O PIB do Estado vem apresentando uma floresta, principalmente, na extração da ma‑ tendência crescente nos últimos anos, e o deira, da borracha e da Castanha-do-Brasil, 139 setor privado, com o incremento da cons‑ além da atividade agropecuária. trução civil e a indústria de transformação, A pecuária esteve ligada ao crescimento passou a ser o setor com maior contribuição das áreas desmatadas, hoje ocupadas com para o crescimento do PIB do Estado. Em re‑ pastagens. Nos últimos anos, com o processo lação à capital do Acre, Rio Branco concen‑ de intensificação dos sistemas de produção

Capítulo tra a maior parte das atividades econômicas, nas áreas já desmatadas, houve um aumento DO ACRE. E A ECONOMIA

tendo como setor de atividade mais impor‑ da produtividade do rebanho e evitou-se a 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO Aspectos Econômicos e o Potencial tante, o de serviços. A participação do setor abertura de novas áreas de floresta para a Florestal do Acre industrial está crescendo, o que demonstra criação de gado. que o Estado está mudando sua base produ‑ A agricultura é responsável por grande tiva, deixando de produzir matéria-prima e parte dos produtos alimentícios que abas‑ agregando valor aos produtos. tecem a população urbana da capital e dos A economia do Acre ainda conserva forte municípios do interior do Estado, além de dependência do setor público. Todavia, a ati‑ ser a base alimentar dessas populações. 4 vidade florestal obteve um crescimento nos A indústria madeireira no Acre, que his‑ últimos anos, transformando-se numa das toricamente demonstrou altos níveis de atividades econômicas mais importantes do desperdício e baixos níveis de tecnologia Estado, baseada na utilização sustentável da e valor agregado, tem conseguido alguns ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS 01 Economista; Mestrando em Desenvolvimento Econômico e Meio ambiente pela UNICAMP | Consultor ZEE. 02 Engenheiro Florestal; MBA em Gestão de Projetos | SEF. 03 Bacharelado e Licenciatura em Ciências Biológicas; Especialista em Ecologia e Manejo de Florestas Tropicais; Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente | Governo do Estado do Acre. 04 Bacharelado em Ciências Sociais; Especialista em Desenvolvimento de Competências Gerenciais; Es- pecialista em Comunidade, Genero y Manejo Sustentable de Recursos Naturales; Mestre em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais | Governo do Estado do Acre. 05 Licenciatura em Geografia; Especialista em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável | Gover- no do Estado do Acre. 06 Engenheira Florestal | IMAC. avanços importantes, nos últimos anos. De destacamos as atividades agropecuárias, 2. O SISTEMA ECONÔMICO crescimento superiores à nacional, o Es‑ forma crescente, a produção madeireira tem predominantes neste setor, e responsável ESTADUAL tado do Acre registrou um nível de 6,71% suas origens no manejo florestal, no lugar pela ocupação da mão-de-obra no meio em igual período, com destaque para 2004,

ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL da retirada de madeira de áreas derrubadas. rural e por grande parte dos produtos ali‑ 2.1. O Produto Interno Bruto quando este obteve 7,58%, com certeza um Com o crescimento da industrialização e mentícios que abastecem a população urba‑ marco histórico para o recente desenvolvi‑ exportação de produtos florestais, a deman‑ na da capital e dos municípios do interior No Estado do Acre, o PIB vem apresen‑ mento do Estado. da por matéria prima madeireira ampliou a do Estado. tando, desde 1998, variações reais (descon‑ A Figura 1 apresenta o PIB do Acre, valorização deste recurso florestal e o grau A agricultura desenvolvida pela maioria tada a inflação) positivas em torno de 4% ao ocupando o 7º lugar no ranking entre de industrialização do setor. Com os novos dos pequenos produtores familiares, em ano até 2003. Esse crescimento é significa‑ os Estados da federação, com uma taxa investimentos realizados, destacamos a im‑ projetos de assentamento, além das comu‑ tivo, uma vez que é superior à média brasi‑ de crescimento real de 6,5%, superior ao plantação de novas indústrias, com grande nidades tradicionais de extrativistas, ribeiri‑ leira que em 2003, por exemplo, cresceu so‑ crescimento brasileiro (6,1%) e ao cresci‑

FLORESTAL DO ACRE capacidade produtiva e a industrialização nhos e indígenas. mente 1,1% enquanto o Acre atingia 3,89%. mento da região norte (3,8%), no período de produtos florestais por empresas locais, A Castanha do Brasil como um importan‑ A partir de 2004, o PIB brasileiro inicia de 2002 e 2007. Em termos absolutos, o principalmente no Baixo Acre, ampliando te produto extrativo que está contribuindo um ciclo notável de expansão que no perí‑ PIB do Estado atingiu R$ 5,7 bilhões em seu potencial para agregação de valor aos para a economia do Estado, bem como, a odo 2004-2007 atingiu 4,72% em média. 2007, um aumento de 48,62% em relação produtos serrados. borracha natural, subsidiada pelo Estado. Mantendo-se a tendência de obter taxas de a 20027 (ACRE, 2009). As informações contidas neste diagnós‑ Temos também tico, sobre o Sistema Econômico Estadual e Uma análise econômica não poderia dei‑ o Potencial Florestal, pretende aprofundar o xar de observar as contas externas, balança conhecimento existente a respeito da dinâ‑ de pagamentos, e outros dados referentes ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL E O POTENCIAL ECONÔMICOS ASPECTOS DO ACRE FLORESTAL mica econômica do Estado, através de uma ao comércio com outras localidades. Des‑ interpretação analítica dos dados disponí‑ sa forma, as finanças públicas também são 140 veis em bases oficiais, nacionais e estaduais, objeto de estudo, bem como a identificação 141

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 procurando retratar a realidade produtiva e dos principais investimentos realizados pela econômica do Acre. administração pública. A primeira parte discorre sobre uma aná‑ Na segunda parte, é feita uma análise do lise da economia do Acre, baseada no estudo Potencial Florestal Madeireiro do Estado, a do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, respeito de sua dinâmica produtiva e sua

em função da visão ampla sobre a estrutura contribuição para a economia acreana, com DO ACRE. E A ECONOMIA

produtiva que esse indicador fornece e dos foco principal na oferta de matéria-prima 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO setores primário, secundário e terciário. madeireira no Acre. Ao tratar deste assunto, O PIB é, em essência, um indicador de o levantamento de informações concentrou‑ geração de valor (riqueza) de uma econo‑ -se nos recursos florestais, visando determi‑ mia, sendo esta análise feita tanto em nível nar o potencial da produção madeireira do

estadual quanto municipal. Este indicador Estado, identificando as possíveis fontes de Figura 01. Taxa de crescimento real acumulada (2002-2007) do PIB do Brasil, Região Norte e Unidades da permitirá também estratificar a geração de suprimento de matéria-prima. Para tal fo‑ federação. Fonte: SEPLAN, 2009. valor do Estado para alguns macro-setores, ram contempladas as florestas públicas es‑ fornecendo uma radiografia da dinâmica taduais, as reservas extrativistas, o manejo produtiva. A este primeiro olhar, segue as comunitário e o manejo florestal vinculado A taxa de crescimento do PIB, no pe‑ 2007, com crescimento de 86,72%, em 5 análises setoriais a partir do indicador de à iniciativa privada. ríodo observado, têm se mostrado su‑ anos (ACRE, 2009). No entanto, este dado Valor Bruto da Produção (VBP), que permi‑ E, por último, são feitas algumas consi‑ perior ao crescimento da população de deve ser comparado a outros índices, que

te uma visão sobre os diversos setores da derações com relação à economia do Estado modo que há um ganho significativo no toquem no grau e composição do consumo INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS economia acreana de modo mais detalhado, bem como algumas recomendações quan‑ PIB/per capita do Estado. No Estado do das famílias, para termos um quadro mais estratificado por atividade. to a sua vocação relacionada as condições Acre a elevação do PIB/per capita foi no‑ completo a respeito dos benefícios que a Posteriormente, são tratados os diferen‑ de infraestrutura e produtivas locais. como tável nos últimos anos, passando de R$ população está efetivamente obtendo des‑ tes setores, primário, secundário e terciário, subsídio para a tomada de decisão tanto pú‑ 4.707,00 em 2002, para R$ 8.789,00 em te aumento da renda per capita8. de forma separada procurando identificar blica quanto privada, ampliando a efetivida‑ traços internos comuns. No setor primário de das políticas públicas. 7 Corrigido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a preço de 2007, tanto para este, quan- to para os demais comparativos. 8 Este indice (PIB/Per Capita) nos oferece pistas a respeito do grau de riqueza de uma sociedade, ou seja, o quanto de valor foi gerado na econômia dividido pela população da região em questão. O setor de serviços representa 68,2% nitude, não devem ser ignoradas, cabe Mais importante do que a análise do setor, que somou R$ 773 milhões, em do valor adicionado do Estado e, tam‑ destacar a notável e crescente participa‑ crescimento percentual, deve-se ressal‑ 2007, ante a R$ 280 milhões em 2002, o bém apresentou uma elevação de seu va‑ ção da indústria nesse desempenho posi‑ tar o aumento da participação do setor que representa um aumento de 106,55%,

ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL lor absoluto no PIB, no entanto, viu sua tivo da economia acreana. Desde 2004, da Indústria na composição do PIB to‑ em 5 anos (Tabela 2). participação percentual na agregação esse componente foi o que mais contri‑ tal, este indicador nos mostra que, entre Os dados referentes aos valores adicio‑ de valo, diminuir em 4,2% no intervalo buiu para o crescimento do PIB estadual, 2002 e 2007, a participação da indús‑ nados e percentuais de participação desses indicado (Tabela 1). Além das taxas de sempre a taxas acima de 10% (com exce‑ tria no PIB passou de 10,6% para 14,7% valores no PIB estadual indicam que, além crescimento que, considerando sua mag‑ ção de 2003). (Tabela 1). Acrescenta-se a essa informa‑ do crescimento da Indústria, a Agropecuá‑ ção, o dado mostrado anteriormente de ria tem tido uma elevação de seus valores Tabela 01. Participação (%) das atividades econômicas no valor adicionado que o PIB do Estado cresceu vertiginosa‑ absolutos, que passou de R$ 450 milhões SETOR E ATIVIDADE ECONÔMICA 2002 2003 2004 2005 2006 2007 mente nestes anos, portanto, o ganho de em 2002, para R$ 906 milhões em 2007,

FLORESTAL DO ACRE participação não é resultado de efeitos portanto, um crescimento de 50,36%, mes‑ TOTAL 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 estatísticos, mas sim, de um aumento re‑ mo mantendo sua média de participação levante dos valores adicionados por este total, conforme Tabela 2. Agropecuária 17,0 19,7 18,4 20,0 16,8 17,2

Agricultura, silvicultura e exploração Tabela 02. Valor adicionado (VA) do Estado por atividade econômica.(R$ Milhão) 11,2 12,7 11,7 13,8 10,4 11,9 florestal SETOR E ATIVIDADE ECONÔMICA 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Pecuária e pesca 5,8 7,0 6,7 6,2 6,4 5,3 TOTAL 2.649 3.041 3.626 4.108 4.388 5.276

Indústria 10,6 9,3 14,5 11,5 12,9 14,7 Agropecuária 450 599 666 822 739 906

Agricultura, silvicultura e exploração E O POTENCIAL ECONÔMICOS ASPECTOS DO ACRE FLORESTAL 296 386 424 568 456 628 Indústria extrativista mineral 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 florestal 154 213 241 255 283 142 Indústria de transformação 2,3 2,3 2,7 3,3 3,0 4,8 Pecuária e pesca 278 143

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 Indústria 280 283 526 473 567 773 Construção civil 6,9 5,6 10,1 5,6 8,0 7,9 Indústria extrativista mineral 0 1 1 1 2 4 Produção e distribuição de Indústria de transformação 62 69 98 137 130 253 eletricidade e gás, água, esgoto e 1,3 1,4 1,7 2,6 1,9 1,9 limpeza urbana Construção civil 182 169 366 228 352 417 Produção e distribuição de eletricidade

Serviços 72,4 71,0 67,1 68,5 70,2 68,2 DO ACRE. E A ECONOMIA 36 44 62 107 85 100 e gás, água, esgoto e limpeza urbana Comércio e serviços de manutenção 10,7 11,1 10,8 11,9 10,4 10,9 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO e reparação Serviços 1.919 2.160 2.433 2.812 3.081 3.596 Comércio e serviços de manutenção e reparação 284 337 392 490 457 575 Serviços de alojamento e alimentação 1,9 1,6 1,3 1,6 1,8 1,7 Serviços de alojamento e alimentação 51 48 48 66 79 91 Transportes, armazenagem e correio 3,8 2,4 2,7 2,3 2,8 2,7 Transportes, armazenagem e correio 100 74 98 94 121 142 Serviços de informação 36 58 68 82 86 76 Serviços de informação 1,4 1,9 1,9 2,0 2,0 1,4 Intermediação financeira, seguros e 72 79 74 105 122 140 Intermediação financeira, seguros e 2,7 2,6 2,0 2,5 2,8 2,6 previdência complementar previdência complementar Serviços prestados às famílias e 40 54 58 58 55 64 Serviços prestados às famílias e 1,5 1,8 1,6 1,4 1,3 1,2 associativos associativos Serviços prestados às empresas 49 51 40 55 73 111

Serviços prestados às empresas 1,9 1,7 1,1 1,3 1,7 2,1 INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS Atividades imobiliárias e aluguel 281 314 381 412 425 487 Atividades imobiliárias e aluguel 1,9 10,3 10,5 10,0 9,7 9,2 Administração, saúde e educação 954 1.083 1.202 1.373 1.571 1.809 Administração, saúde e educação públicas 36,0 35,6 33,2 33,4 35,8 34,3 públicas Saúde e educação públicas Saúde e educação mercantis 22 28 33 34 40 44 Saúde e educação mercantis 0,8 0,9 0,9 0,8 0,9 0,8 Serviços domésticos 29 34 39 44 53 58 Serviços domésticos 1,1 1,1 1,1 1,1 1,2 1,1 Fonte: Acre, 2009. Fonte: Acre, 2009. A Figura 2 indica a taxa de crescimento te decorrente da forte seca que assolou o Es‑ percentual dos diferentes setores ao longo tado no ano de 2005. Outra explicação para dos anos, onde é possível visualizar o desta‑ o valor negativo é quando seu crescimento é

ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL que obtido pela indústria. Os valores negati‑ inferior à taxa de inflação do ano, dado que vos decorrem de uma redução absoluta dos este quadro representa o crescimento per‑ valores adicionados, como aconteceu com o centual real dessas atividades, ou seja, des‑ setor agropecuário em 2006, provavelmen‑ contada a taxa de inflação. FLORESTAL DO ACRE

Figura 03. Evolução da participação (%) dos setores econômicos no valor adicionado do Estado Fonte: SEPLAN, 2009. ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL E O POTENCIAL ECONÔMICOS ASPECTOS DO ACRE FLORESTAL

em obter recursos externos, tanto de outros participação menor do que do Acre, dife‑ 144 145 Figura 02. Variação real anual (%) por setor de atividade. países, organismos multinacionais, quanto rentemente das atividades industriais. Este E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 Fonte: SEPLAN, 2009. Elaboração do autor. dentro do próprio país. Mais detalhes a res‑ fato pode indicar tanto o potencial de desen‑ peito deste tema serão esclarecidos em uma volvimento da indústria local ainda por ser A atividade econômica mais importan‑ em 2007, está dentro dos padrões nacionais sessão posterior destinada, especificamente, explorado, como as origens históricas emi‑ te no setor de serviços é a Administração no que diz respeito à participação dos ser‑ à análise das finanças públicas. nentemente agrícolas e agroextrativistas do Pública, que sozinha representou 34,3% viços (65,57%) enquanto no Acre este valor Em relação à participação da Agropecuá‑ Estado. Mesmo comparando com a média da

do valor adicionado no Estado em 2007, correspondeu a 68,2%. A tendência da eco‑ ria, comparado o PIB estadual com o nacio‑ Região Norte, a contribuição das atividades DO ACRE. E A ECONOMIA

mesmo assim, observa-se uma diminui‑ nomia moderna é se deslocarem no sentido nal, o Brasil como um todo conta com uma agrícolas no Acre permanece alta (Figura 4). 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO ção dessa participação, que em 2002 era do aumento da participação deste setor na de 36,02%, como pode ser observado na economia, tendo em vista, por exemplo, as Figura 3. Mesmo com a forte captação de novas possibilidades pelo desenvolvimento recursos extra-orçamentários e a garantia das recentes tecnologias de comunicação, de financiamento para implantação da in‑ elemento constituinte do chamado novo pa‑ fra-estrutura econômica e social, este setor radigma da tecnologia da informação. Este vem perdendo participação no PIB do Esta‑ item em particular merece uma atenção do em conseqüência do fortalecimento do particular, pois têm crescido significativa‑ setor privado. mente nos últimos anos, quando olhamos A tendência de crescimento do setor para a Economia do Estado. Ainda relativo industrial indica o quanto ainda pode ser ao setor de serviços, cabe destacar a parti‑

investido no fomento dessas atividades, cipação da administração pública na econo‑ INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS como também, do setor agropecuário, pro‑ mia acreana bem superior à média nacional. movendo o fortalecimento do parque in‑ O que não é necessariamente negativo, do dustrial e o valor agregado na produção ponto de vista macroeconômico, dado que agrícola, sendo que em ambos os casos o gastos com saúde e educação estão dentro fator tecnologia é altamente relevante para desses componentes. Além disso, a análise se obter mais valor, preservando a qua‑ desses dados deve levar em conta a manu‑ Figura 04. Contribuição percentual das atividades Agropecuárias para o PIB do Acre e Região Norte. Fonte: IBGE. Elaboração própria. lidade, tanto do produto, quanto social e tenção do equilíbrio das contas públicas e ambiental.A composição do PIB Acreano, a elevada capacidade do Governo do Estado Tabela 03. Participação (%) do Produto Interno Bruto Municipal no PIB do Estado, período de 2003 a 2007. Quanto à indústria no Estado, é observa‑ ciou diversas empresas, benefícios esses do que o crescimento do valor agregado da que somaram R$ 112,795 milhões. Além Municípios 2003 2004 2005 2006 2007 indústria acreana foi elevado principalmen‑ disso, o melhoramento da infra-estrutura Acre 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL te pela indústria de transformação, que pas‑ do Estado, tal qual indicado em caderno sou de um VA (Valor Adicionado) de R$ 62 específico, tenderá a gerar incentivos po‑ Acrelândia 2,1 2,5 2,6 2,5 2,5 milhões para R$ 245 milhões, em 5 (cinco) sitivos ao setor (ACRE, 2009). Assis Brasil 0,5 0,6 0,7 0,7 0,7 anos, um crescimento de 206,51% (Tabela Em se tratando dos municípios, Rio 3). Outro dado positivo a respeito desse seg‑ Branco, apresentou uma participação no Brasiléia 3,1 2,7 2,6 2,7 2,7 mento produtivo diz respeito ao nível de em‑ PIB estadual de 52,8%, em 2007(Tabela prego que este tem apresentado, entre 2004 3). Este município é o maior contribuinte Bujari 1,5 1,3 1,8 1,5 1,8 e 2008, houve a criação de 1.860 vagas, o para o PIB do Estado, seguido por Cruzeiro Capixaba 1,1 1,7 1,7 1,6 1,7

FLORESTAL DO ACRE correspondente a um crescimento de 50,9% do Sul, com 8,5% do total, em igual perío‑ no total (ACRE, 2009). do. Estes dois municípios também são os Cruzeiro do Sul 8,9 8,8 8,8 8,9 8,5 A tendência de industrialização e o au‑ mais populosos, contando, respectivamen‑ mento da participação deste setor no PIB te com 44,34% e 11,28%, da população to‑ Epitaciolândia 2,0 2,1 2,0 1,9 1,9 pode ser resultado de uma elevação no va‑ tal do Estado. Feijó 2,9 3,1 3,2 3,0 2,8 lor agregado aos produtos, denotando um Tanto no que se refere à participação maior grau de complexidade tecnológica e, da população dessas cidades no total, Jordão 0,5 0,5 0,5 0,6 0,7 até uma mudança na direção de um parque quanto do PIB das mesmas para o produ‑ industrial que vai além do beneficiamento to acreano, as proporções têm se mantido Mâncio Lima 1,3 1,1 1,1 1,1 1,2 ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL E O POTENCIAL ECONÔMICOS ASPECTOS DO ACRE FLORESTAL básico das matérias-primas, agregando no‑ relativamente estáveis nos últimos anos. Manoel Urbano 0,9 0,8 0,7 0,7 0,8 vos elos da cadeia em seus processos. As variações da contribuição do PIB de Rio 146 Outro setor industrial que merece desta‑ Branco para o total do Estado, contadas Marechal Thaumaturgo 0,9 0,9 0,8 1,0 1,2 147

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 que, principalmente quando tratamos de ge‑ anualmente no período de 2003 a 2007, e ração de emprego é a construção civil, que somadas, resultaram em um saldo positivo Plácido de Castro 2,4 2,7 3,1 2,4 2,6 no período entre 2004 e 2008 criou 3.743 de 0,1%, enquanto que o mesmo cálculo Porto Acre 2,0 1,9 1,6 2,0 2,1 postos de trabalho, o que equivale a um aplicado para Cruzeiro do Sul, o resultado acréscimo de 129,56%. Este dado mostra foi de (-) 0,4%. Não havendo assim tendên‑ Porto Walter 0,6 0,6 0,6 0,7 0,7

a importância estratégica deste setor para cia, ao menos evidente, de maior concen‑ DO ACRE. E A ECONOMIA Rio Branco 52,7 54,0 52,9 53,8 52,8

elevar o nível de ocupação da população, na tração do PIB para essa cidade ao longo 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO teoria econômica este segmento de ativida‑ dos anos. Rodrigues Alves 1,1 1,1 1,1 1,3 1,3 de pode ser classificado como intensivo em A cidade de Sena Madureira, detém o mão-de-obra. No caso do Acre, de 2004 a terceiro maior PIB do Estado, estimado em Santa Rosa do Purus 0,3 0,3 0,3 0,4 0,4 2007, o VA da construção civil se elevou em R$ 255,653 milhões em 2007, ou seja, 4,4% termos reais 0,17%, enquanto o número de do total do Estado. Apesar do bom posicio‑ Sena Madureira 6,9 5,0 5,2 4,5 4,4 empregados do setor subiu 84,39%. namento, sua participação foi reduzida ao Senador Guiomard 3,1 3,1 3,1 3,5 3,8 A tendência de crescimento da indústria longo do período, dado que em 2004 este deve permanecer, ainda mais considerando era 6,9% do total, e apresentou uma queda Tarauacá 3,1 3,2 3,7 3,4 3,4 os esforços do Governo em promover este de 2,5%. O quarto lugar ficou com a cidade segmento da economia, um exemplo é o Pro‑ de Senador Guiomard, que vem obtendo um Xapuri 2,1 2,0 1,8 1,9 1,9 grama Estadual de Incentivo às Atividades crescimento (mesmo que pequeno) na parti‑ Fonte: IBGE; SEPLAN/ Dep. de Estudos e Pesquisas Aplicadas à Gestão.

Industriais, que no ano de 2008 benefi‑ cipação do PIB estadual (Figura 5). (1) Dados sujeitos a revisão. INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS Tabela 04. Participação (%) dos setores econômicos no Valor Adicionado (VA) do Município por setor predominante – 2007.

Município por Participação (%) dos setores VA do município setor econômico ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL Agropecuária Indústria Serviços* Adm. Pública Total predominante

Agropecuária predominante

Acrelândia 49,5 11,2 16,6 22,7 100,0

Bujari 65,3 3,1 12,6 19,0 100,0

Capixaba 52,7 8,1 13,8 25,4 100,0 FLORESTAL DO ACRE Figura 05. Evolução da participação (%) dos Municípios no PIB estadual. Plácido de Castro 38,6 8,0 20,0 33,4 100,0 Fonte: SEPLAN, 2009. Elaboração própria. Senador Guiomard 35,1 22,0 16,7 26,3 100,0

Porto Acre 48,6 7,0 13,7 30,7 100,0 Para um entendimento mais aprofunda‑ bém figuram como importantes produtores do da dinâmica produtiva do Estado, anali‑ de leite no Estado. Destaque para Senador Serviços predominantes saremos alguns aspectos do PIB dos municí‑ Guiomard, maior produtor de leite do Acre, Rio Branco 3,9 19,4 46,4 30,3 100,0 pios, a partir da observação de quais setores superando inclusive a produção da capital ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL E O POTENCIAL ECONÔMICOS ASPECTOS DO ACRE FLORESTAL mais se destaca na geração de valor nos (em 7,38%), responsável por 646 mil litros Administração Pública predominante mesmos, tal qual elucidado pela Tabela 4. anuais. Plácido de Casto e Porto Acre que de‑ 148 Uma das principais informações que pode‑ tinham em 2008, o sétimo e o oitavo maior Assis Brasil 28,4 7,3 23,4 40,9 100,0 149

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 mos extrair é identificar quais os municípios rebanho bovino do Estado, estão melhores Brasiléia 32,0 7,6 25,8 34,6 100,0 tem como principal atividade produtiva o posicionados quando se trata de produção setor agropecuário e porque, naturalmente, leiteira, assumindo a terceira e quarta posi‑ Cruzeiro do Sul 12,8 11,3 33,3 42,6 100,0 existem diversos fatores que podem contri‑ ção, respectivamente. Esses três municípios, buir para a predominância deste setor, um responderam por 33,82% da produção de Epitaciolândia 29,7 6,9 29,5 33,9 100,0

deles pode ser obtido a partir da análise do leite no Acre. DO ACRE. E A ECONOMIA Feijó 18,5 10,0 19,1 52,4 100,0

rebanho bovino dessas cidades. No que diz respeito à produção agrí‑ 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO No ano de 2008, cinco das seis cida‑ cola, as cidades acima referidas tem uma Mâncio Lima 19,1 8,0 17,3 55,6 100,0 des pertencentes ao primeiro grupo da tabe‑ participação fundamental nos valores e la, apresentaram rebanhos bovinos maiores quantidades gerados. Em 2008, o município Manoel Urbano 25,3 7,2 17,5 50,0 100,0

que 150.000, Porto Acre é a única que não de Acrelândia foi o maior produtor de bana‑ Marechaul 24,1 6,4 10,5 59,0 100,0 atingiu essa marca ficando em 144.677. na, laranja, limão, mamão, maracujá, cana‑ Thaumaturgo Dentro deste grupo, cabe ainda destacar -de-açúcar, café e palmito do Estado, sendo Senador Guiomard e Bujari, que figuram em responsável dos valores totais das últimas Porto Walter 26,0 6,9 11,4 55,7 100,0 segundo e terceiro lugar quanto ao efetivo duas culturas listadas, respectivamente, por Rodrigues Alves 35,5 6,1 12,2 46,2 100,0 bovino, com 232.719 e 214.675, respecti‑ 70,67% e 68,62% (IBGE, 2010). vamente. É relevante ressaltar que Acrelândia Santa Rosa do Purus 18,5 7,7 11,7 62,1 100,0 Em termos percentuais significa dizer conta com o maior número de famílias as‑

que esses seis municípios, detêm 11,67% sentadas em projetos de reforma agrária do Sena Madureira 33,9 9,2 20,2 36,7 100,0 INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS da população do Estado e alocam em seus Estado, totalizando 6.166 famílias, que cor‑ Tarauacá 24,7 8,8 19,7 46,8 100,0 limites 38,57% do efetivo bovino. Essa mes‑ responde a 20,35% do total de famílias as‑ ma conta, excluindo a cidade de Rio Branco, sentadas em terras acreanas. Este número é Xapuri 33,3 8,8 21,1 36,8 100,0 que detêm não somente a maior população favorecido, principalmente, pelo PAD Pedro Fonte: IBGE/Coord. de Contas Nacionais; SEPLAN/Dept. de Estudos e Pesquisas Aplicadas à Gestão. humana, mas também bovina, a relação Peixoto que sozinho disponibiliza moradia Nota: * Exclusivo à atividade da adaministração pública. acima descrita se eleva, respectivamente, e terra agriculturável para 4.713 famílias, para 20,95% e 45,8%.Naturalmente, os seis sendo o maior projeto de assentamento do municípios analisados anteriormente tam‑ Acre e com grande vantagem sobre o segun‑ Tabela 05. PIB per capita municipal, período de 2003 a 2007, no Acre. do maior que se restringe a 1.790 famílias 33,9%, enquanto na segundo este valor cor‑ (Reserva Extrativista Chico Mendes). Este responde a 62,1%. Produ to Interno Bruto Municipal modelo de assentamento (PAD) é voltado Infelizmente a comparação entre valores Municípios (R$ 1.000)

ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL para atender pequenos e médios agriculto‑ extremos não nos permite muito mais que 2003 2004 2005 2006 2007¹ res em regime de propriedade familiar, de‑ uma dedução superficial, ainda assim, o que notando a importância desses projetos para deve ser observado é a importância do setor Acre 3.304.771 3.940.315 4.482.920 4.834.620 5.760.501 a produção agrícola do Estado, principal‑ público para a economia desses municípios Acrelândia 68.507 97.262 114.493 121.402 145.895 mente, por se tratar de gêneros alimentícios e do Estado de forma geral, tal qual já discu‑ que podem garantir a satisfação das neces‑ tido, este agente têm uma função fundamen‑ Assis Brasil 17.492 23.308 30.328 33.337 40.430 sidades nutricionais da população acreana. tal, que passa por diversos aspectos da so‑ 101.626 107.058 117.728 129.056 155.597 Outras posições de destaque são ciedade, desde os mais básicos, como saúde, Brasiléia

FLORESTAL DO ACRE Porto Acre como maior produtor de aba‑ educação e moradia, até ações pró-ativas de Capixaba 37.903 66.007 78.364 76.346 97.012 caxi, melancia, madeira em tora e segun‑ fomento de atividades produtivas, organiza‑ do de mamão e Plácido de Casto, segundo ção social e outro benefícios que podem ser Cruzeiro do Sul 292.890 345.818 393.292 427.940 490.809 maior produtor de borracha e Laranja. auferidos destas ações. Epitaciolândia 65.605 83.729 88.597 93.747 110.268 Além desses, em diversas outras culturas Assim como realizado para o Estado esses municípios despontam em terceiros e como um todo, será discutido brevemente Feijó 96.757 121.490 145.150 145.585 164.122 quartos lugares. o PIB per capita municipal. Este indicador No segundo grupo da Tabela “Pre‑ permite uma análise, mesmo que limitada, Jordão 17.845 20.116 23.838 30.126 39.337 dominância de Serviços” encontra-se ape‑ do aumento ou redução do padrão de renda Mâncio Lima 41.439 44.797 49.794 54.628 70.255 E O POTENCIAL ECONÔMICOS ASPECTOS DO ACRE FLORESTAL nas a cidade de Rio Branco, que concentra de uma população, a existência de dados em 44,26% da população total do Estado, em nível local possibilita ainda, comparar os di‑ Manoel Urbano 28.392 29.742 31.316 35.555 43.610 150 2009 (Tabela 4). A dinâmica de funciona‑ versos municípios do Estado relacionando‑ 151 Marechal Thaumaturgo 28.162 34.292 37.700 49.180 67.661 E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 mento da capital política e econômica exige -os à sua base produtiva. a forte presença do setor de serviços. Um Em um primeiro olhar sobre as taxas de Plácido de Castro 79.171 105.229 139.910 114.376 147.551 exemplo prático diz respeito ao efetivo de PIB per capita, salta aos olhos o alto índi‑ veículos da cidade que representa 73,85% ce da cidade de Bujari, com a maior renda Porto Acre 67.229 75.286 72.783 95.212 122.493

da frota do Estado, esse número de veícu‑ per capita do Estado, R$ 15.881(Tabela 5). Porto Walter 19.859 22.874 25.962 32.316 41.409 los necessita de toda uma rede de serviço Dado que este indicador relaciona popu‑ DO ACRE. E A ECONOMIA Rio Branco 1.740.716 2.127.862 2.369.239 2.601.183 3.041.370 que se inicia com a logística de transporte lação e geração de valor e que esta cidade 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO distribuição, passando por estabelecimen‑ contribui com somente 1,8% do produto es‑ Rodrigues Alves 35.748 43.658 51.524 61.313 74.978 tos de venda, assistência técnica, vendas de tadual, observamos que existe uma geração peças, etc. Este é o exemplo de um único de valor proporcionalmente alta em relação Sena Madureira 229.010 198.430 234.644 215.528 255.653 bem, mas pode ser estendido aos demais, a sua população que em 2007 (ano no qual este fato pode ser comprovado pela existên‑ foram verificados os valores per capita aci‑ Senador Guiomard 103.898 124.036 137.315 171.324 216.487 cia de 4.167 unidades comerciais, à essas ma mencionados) era de 6.543 (0,99% da Tarauacá 103.136 125.328 164.424 162.089 198.526 somam-se mais 2.349 empresas classifica‑ população total).A partir das informações das como do setor de serviço, totalizando existentes sobre efetivo do rebanho bovi‑ Xapuri 70.705 78.715 82.483 91.952 110.463 6.516 estabelecimentos. no, abates anuais e produção leiteira, fica Fonte: IBGE; SEPLAN/ Dep. de Estudos e Pesquisas Aplicadas à Gestão. A respeito dos demais municípios, claro que Bujari, a quarta menor população nos quais o valor adicionado pela adminis‑ do Estado, detêm o terceiro maior rebanho que podemos obter desses dados, diz res‑ agropecuária figurava como setor predo‑

tração pública é predominante, dificilmente bovino, em média 31,82 cabeças de gado peito à baixa densidade de mão-de-obra ne‑ minante. Não coincidentemente, esses mu‑ INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS poderá se obter um padrão único ou fatores por habitante, enquanto Senador Guiomard, cessária na geração de valor via pecuária, nicípios detêm seis dos sete maiores PIBs explicativos que sejam comuns a todos, mes‑ que figura em quarto lugar no PIB per capi‑ dado que uma população reduzida (mesmo per capita do Acre, sendo que dentro des‑ mo por que o percentual de participação que ta, ocupa o segundo lugar no número de re‑ se comparada aos padrões do Estado) pode te ranking Bujari, Acrelândia, Capixaba e garantiu a predominância desta atividade é banhos, e a relação entre este e a população gerar um valor significativo de recurso. Senador Guiomard, ocupam o primeiro, altamente variável entre eles. Essa variabili‑ é em torno de 11,93 (ACRE, 2009). Além do Quando analisamos os PIBs municipais segundo, terceiro e quarto lugar respecti‑ dade pode ser visualizada comparando Fei‑ rebanho, é o quarto maior abatedor atingin‑ de acordo com os percentuais de partici‑ vamente, ficando o quinto para Rio Branco, jó com Santa Rosa do Purus, na primeira, a do a marca de 35.412 unidades, em 2008, pação predominante dos diversos setores, sexto para Porto Acre e sétimo para Plácido participação da administração pública é de segundo Acre, 2009. Uma conclusão prévia destacamos aquelas seis cidades onde a de Castro. analítico chamado de “Setor Florestal” con‑ a continuidade do cálculo do VBP Flores‑ templa atividades tanto do setor primário tal devido à indisponibilidade de dados. quanto secundário, mesmo assim, pode ser No entanto, uma breve visita à série en‑

ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL uma ferramenta útil no monitoramento das tre 1999 e 2004 nos permite observar o atividades produtivas ligadas à floresta e, substancial aumento da participação des‑ servir de base para avaliar políticas públicas tas atividades de base florestal no total do voltadas à promoção do setor. VPB do Estado, além do crescimento anual A mudança na metodologia de cálculo da mesma, conforme pode ser observado do PIB ocorrida em 2005 impossibilitou na Figura 7. FLORESTAL DO ACRE

Figura 06. Evolução do PIB per capita por município. Fonte: SEPLAN, 2009. Elaboração própria.

Fica evidente a relevância dos setores representa a somatória dos produtos finais ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL E O POTENCIAL ECONÔMICOS ASPECTOS DO ACRE FLORESTAL agropecuários para a geração de valor nos e insumos , portanto, difere do PIB que con‑ municípios do Estado, aqueles que apre‑ sidera apenas os produtos finais, descontan‑ 152 9 153 sentaram predominância deste setor na do-se o valor dos insumos em sua compo‑ Figura 07. Evolução do VBP nos diversos setores. E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 composição de seu PIB, desfrutam de um sição. Fonte: SEPLAN, 2009. Elaboração própria. valor gerado per capta superior à média, A vantagem de analisar o desempenho tal qual indicado na Figura 6. Destacam-se de uma economia a partir deste indicador Lembrando que os dados referentes tou grandes dificuldades em se manter ren‑ ainda, a taxa de crescimento deste índice resulta da possibilidade de dispormos de da‑ à Agropecuária excluem o setor extrativista tável, tanto pela concorrência dos plantios para dois municípios, Senador Guiomard, dos desagregados por atividade industrial, e no caso da indústria, aquelas atividades de monocultura do sudeste asiático, quanto

que de 2003 a 2007 elevou em 143,16% não somente referentes aos grandes setores, ligadas ao setor madeireiro, ambas compo‑ pelo próprio desenvolvimento da química DO ACRE. E A ECONOMIA

seu valor, enquanto Bujari, no mesmo pe‑ como Agropecuária, Serviços e Indústria, nentes do chamado Setor Florestal. Na Tabe‑ de polímeros. 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO ríodo passou a contar com um indicador mas, também, em um nível micro. la 6, pode-se avaliar a participação do Setor A tentativa de substituir o extrativismo 136% maior (Tabela 5). A despeito desses A despeito do PIB, também oferece Florestal que cresceu no período de 1999 do Látex pela colheita da castanha, em um casos extremos, todos os municípios acre‑ dados desagregados, que por razões meto‑ e 2004, respectivamente, de 8,28% para primeiro momento, não foi suficiente para anos apresentaram crescimento significa‑ dológicas, não permitia calcular o impacto 16,84%. A respeito da continuidade desta recuperar os tempos áureos da produção tivo em seu PIB per capita, com exceção das atividades florestais no agregado eco‑ tendência em anos mais recentes, podemos seringueira, incorrendo em uma diminuição de Sena Madureira que neste intervalo de nômico. Com as políticas públicas implanta‑ destacar o fortalecimento da produção de sistemática da participação destes setores quatro anos cresceu somente 4,31%, os das e os investimentos voltados para o setor Castanha do Brasil, bem como de seu bene‑ na composição do PIB do setor. No entanto, demais municípios tiveram uma elevação produtivo do Estado, especificamente, para ficiamento e contínua expansão e aprimora‑ números recentes indicam o fortalecimen‑ bem superior à suas taxas de crescimento a exploração sustentável da floresta essa é mento das indústrias atreladas à madeira. to do extrativismo de Castanha do Brasil e demográfico, portanto os resultados posi‑ uma informação essencial a ser monitorada a elevação de sua contribuição para o PIB tivos são resultado de um bom desempe‑ no sistema produtivo acreano. 2.3. Setor Primário, Secundário e Ter- do setor.

nho econômico e não de um decréscimo A Secretaria de Planejamento do ciário Recentemente os produtos de origem INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS da população. Estado, a partir da adaptação dos micro‑ florestal têm recebido novo fôlego com o -dados do PIB, desenvolveu o Valor Bruto da O Setor Primário crescimento da preocupação ambiental e da 2.2. Valor Bruto da Produção Produção (VBP) Florestal. O setor florestal Historicamente, o setor primário acrea‑ constatação da importância da floresta para o é composto da extração vegetal e silvicul‑ no foi fundamentado no extrativismo vege‑ equilíbrio ecossistêmico do planeta, fazendo O Valor Bruto da Produção (VPB) é a ex‑ tura (pela classificação original, ambos os tal, notadamente no látex extraído da serin‑ com que atividades dessa natureza se apre‑ pressão monetária da soma de todos os bens setores pertencentes à agropecuária) e pe‑ gueira (Hevea brasiliensis) utilizado para sentem como alternativa natural para manu‑ e serviços produzidos no território econômi‑ las indústrias de borracha e madeira (setor a produção de borracha. Ao longo de sua tenção dos ecossistemas florestais, sem negli‑ co, num dado período de tempo. O indicador industrial). Pode ser notado que esse corte trajetória histórica esta exploração enfren‑ genciar a população nela residente.

9 Nesse caso, ocorre a dupla contagem. Tabela 06. Valor Bruto da Produção (VBP), período de 1999 a 2004, no Acre. Tabela 07. Extrativismo Vegetal, período de 2004 a 2007 no Acre. Atividade Econômica 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Produto extrativo 2004 2005 2006 2007

Acre 100 100 100 100 100 100

ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL Quantidade Produzida

Florestral 8,30 8,70 11,50 12,80 16,10 16,80 Madeira em tora (m³) 353.861 483.441 397.414 326.138

Agropecuário 4,30 4,20 4,80 4,80 4,90 4,80 Lenha (m³) 562.748 627.228 646.002 666.151

Outras Indústrias 4,20 4,50 5,30 5,70 6,40 6,60 Látex coagulado (Ton.) 1.710 2.073 1.407 1.226

Carvão vegetal (Ton.) 1.743 1.744 1.698 1.736 Alojamento e alimentação 2,30 2,10 2,10 1,70 1,50 1,60 FLORESTAL DO ACRE Castanha-do-Brasil (Ton.) 5.859 11.142 10.217 10.378 Serviços de utilidade pública 2,90 3,00 3,10 3,20 3,30 3,20 Açaí (fruto) ( Ton.) 741 907 961 1.459 Comércio 6,70 6,40 6,10 5,90 5,90 5,70 Copaíba (óleo) (Ton.) 0 0 0 0 Serviços domésticos 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 Valor da Produção (Mil Reais) Serviços pessoais 2,30 2,00 1,90 1,70 1,50 1,50 Madeira em tora 10.550 13.040 12.533 11.862

Transporte 4,30 4,50 4,70 4,00 3,50 3,40 E O POTENCIAL ECONÔMICOS ASPECTOS DO ACRE FLORESTAL Lenha 3.741 4.003 4.242 4.959 Construção 11,90 11,40 11,90 10,70 10,00 10,10 154 Látex coagulado 3.234 3.617 2.881 2.593 155 Comunicações 1,60 4,00 2,30 2,30 3,70 3,80 E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 Carvão vegetal 580 612 642 718

Intermediação financeira 1,70 2,00 2,50 3,10 2,70 2,60 Castanha-do-Brasil 4.940 15.376 12.254 12.142

Ativ. imobiliárias, aluguéis e serv. 5,20 4,60 4,20 3,70 3,10 3,00 Açaí (fruto) 280 352 393 667 prestados às empresas

Administração pública, defesa e DO ACRE. E A ECONOMIA 40,30 37,30 34,90 36,60 34,00 33,40 Copaíba (óleo) 3 7 7 4

seguridade social 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO Fonte: IBGE - Produção Extrativa Vegetal. Saúde e ducação 3,80 5,10 4,50 3,60 3,20 3,30

Fonte: SEPLAN/Departamento de Estudos e Pesquisas Aplicadas à Gestão.

pela atuação direta do Governo estadual e do o destaque foi para a Cooperativa Central federal na cadeia produtiva (implantação de Comercialização Extrativista do Estado A Castanha do Brasil Os seis principais produtos extrativistas de duas Usinas de Beneficiamento – Xapu‑ do Acre – COOPERACRE, que assumiu a Usi‑ no que diz respeito ao volume de geração A distribuição da produção da C astanha ri e Brasiléia, de armazéns comunitários na de beneficiamento de Brasiléia e garantiu de valor para Estado são: Madeira em Tora, do Brasil no Estado é altamente concentrada nas áreas de extração e garantia de preço o preço da castanha aos extrativistas, sem Lenha, Látex coagulado, Carvão Vegetal, nos Municípios de Brasiléia, Rio Branco, Sena através da Companhia Nacional de Abaste‑ intermediários. Este processo fortaleceu a Castanha do Brasil, Açaí e Copaíba. O com‑ Madureira e Xapuri que somam 71,86% da cimento - CONAB, junto às cooperativas de Cooperativa que já em 2008 foi á responsá‑

portamento dos produtos entre 2004 e produção total. A produção entre 2004 e extrativistas), alem do aumento de preço vel pelo beneficiamento de cerca de 30% da INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS 2007 foi semelhante (Tabela 7) com acrés‑ 2005, foi elevada em 90,17% e o valor ge‑ no mercado nacional e internacional. Cabe produção do Estado. cimo, praticamente em todos os itens aci‑ rado por essa produção em 210%, indican‑ ressaltar, ainda, o aumento da participação No intervalo de 2005 e 2006, a casta‑ ma destacados na sua atividade em seus do um aumento significativo do valor deste na geração de valor do setor extrativista. nha, bem como os demais aqui abordados, produtos. Não obstante, essa elevação tan‑ produto. No intervalo anterior (2003-2004), Em 2007 figurou como o maior volume de tiveram um significativo decréscimo. Essa to na quantidade, quanto no valor gerado esse fenômeno também ocorreu, pois houve recursos obtidos, dentre todos os demais, redução é relativa, pois nem todos obtive‑ não se deu a taxas iguais e são analisadas um acréscimo de 3,5% do montante produ‑ somando R$ 12.142 milhões, valor superior ram taxas negativas de crescimento em sua aqui algumas variações ocorridas durante zido enquanto o valor da produção era ele‑ à Madeira em Tora, que no mesmo ano não produção, mas, mesmo a Castanha teve suas esse período. vado em 110%. Esta situação foi provocada passou dos R$ 11.862 milhões. Neste perío‑ taxas de crescimento drasticamente reduzi‑ Tabela 08. Evolução da produção de borracha natural bruta, subsidiada, no Estado do Acre, no das se comparadas ao período anterior. Este - na gestão das organizações dos serin‑ período de 1999 a 2007. fato se deve, também, à seca que assolou a gueiros, com trabalho de regularização das Produção subsidiada Amazônia em 2005 e, não poupou o Estado organizações, de capacitação de seus diri‑ Ano Nº Famílias envolvidas Subsídio (R$) Qde. Assoc./Coop (kg)

ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL do Acre. gentes, na articulação com órgãos públicos Um indicativo de que a queda foi resul‑ para garantir a documentação básica dos se‑ 1999 763.195* 1.272 305.278,00 19 tado de circunstâncias naturais, é a compa‑ ringueiros (Adjunto da Florestania e Projeto ração do percentual de redução da quanti‑ Cidadão) e no processo de criação de uma 2000 1.398.992 2.332 559.596,80 26 dade produzida com o percentual de valor Central de Cooperativas (COOPERACRE); 2001 2.408.591 4.014 963.436,40 34 gerado pelas diferentes atividades. Em ne‑ -no processamento da borracha, nhum dos produtos, mesmo considerando com apoio a implantação de Usina de 2002 2.014.341 3.357 1.208.604,60 31 a inflação do ano, pode-se dizer que houve Beneficiamento local; 2003 2.088.462 3.481 1.461.923,40 31 FLORESTAL DO ACRE uma redução nos preços que configurasse - e na extração, com o apoio ao seringuei‑ um declínio da produção resultado de fa‑ ro na abertura e reabertura das estradas de 2004 2.367.429 3.946 1.657.200,30 28 tores mercadológicos como a queda na de‑ seringa (Kits seringueiro), oportunizando o manda. A madeira em tora é um exemplo, retorno das famílias que desejavam se incor‑ 2005 2.351,358 3.919 1.645.950,46 28 enquanto o volume em metros cúbicos da porarem a atividade extrativista. produção caiu 17,79%, a variação do valor Assim o programa procurou fortalecer 2006 1.871,225 3.118 1.309.857,50 28

de sua produção foi negativa em apenas 4 os processos de extração, beneficiamento e 2007 1.672,122 2.786 1.170.485,40 28 %. No ano de 2007, os índices do setor apre‑ comercialização da borracha natural bruta, Fonte: SEAPROF/2008 sentaram uma melhora relativa, apesar dos envolvendo todos os segmentos da cadeia * Produção apenas de 6 meses, quando foi implantado o subsídio. E O POTENCIAL ECONÔMICOS ASPECTOS DO ACRE FLORESTAL produtos como Madeira em tora e Látex co‑ produtiva, ou seja, seringueiros (extrativis‑ agulado, apresentarem taxas de crescimen‑ tas), associações/cooperativas de seringuei‑ 156 to negativas, 17,93% e 12,86%, respectiva‑ ros, intermediários (atravessador), usinas de Os dados da Tabela 9 mostram que no Para aquecer esta economia extrativista 157

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 mente. No entanto, essas variações foram beneficiamento e indústrias, contribuindo início deste processo houve o aumento da o Estado investiu na reestruturação da ca‑ inferiores aos decréscimos do ano anterior. para impulsionar e desenvolver o setor ex‑ renda do seringueiro com elevação do preço deia produtiva da borracha, com ações, in‑ Assim sendo, devem ser acompanhados ano trativista no Estado, gerando mais ocupa‑ pago ao produtor, aumentando assim a pro‑ clusive de apoio na implantação de usinas a ano, pois estes números podem indicar ções produtivas e renda para os povos da dução no Estado. Somente em 2007, com a de beneficiamento local. Isto tudo permiti‑ uma tendência estrutural de arrefecimento floresta. queda no preço de mercado, que se observa ram, também um aumento na arrecadação

dessas atividades. De acordo com os dados na Tabela 8, uma leve queda na renda do seringueiro de ICMS no Estado. DO ACRE. E A ECONOMIA

verifica-se a evolução da produção de Borra‑ 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO Tabela 09. Evolução da renda do seringueiro, no período de 1998 a 2007, em função do preço do A Borracha cha Natural Bruta no Estado do Acre, com o kg da borracha e do subsídio pago ao produtor considerando uma produção de 600kg/ano/família. Programa de Incentivo ao Setor Extrativista, Ano Preço Subsídio Renda total/kg Renda total/família (R$)/ano O Governo do Acre, desde 1999, obje‑ criado em 1999, que propiciou um cresci‑ tivando resgatar a economia extrativista, mento de mais de 50% nos primeiros anos. 1998 0,50 - 0,50 300,00 lançou o Programa de Incentivo ao Desen‑ O mesmo ocorreu com o envolvimento das 1999 0,60 0,40 1,00 600,00 volvimento da Cadeia Produtiva da Borra‑ famílias na extração, que cresceu na mesma cha natural. Este programa procurou atuar proporção. 2000 1,00 0,40 1,40 840,00 junto aos principais problemas enfrentados Nos anos seguintes, considerando a im‑ 2001 1,05 0,40 1,45 870,00 pelos seringueiros na cadeia produtiva da plantação de um sistema mais eficiente de borracha, ou seja: monitoramento do subsídio (introdução 2002 1,05 0,60 1,65 990,00

- no preço da borracha nativa, através dos Certificadores nos Municípios), o fecha‑ 2003 1,15 0,70 1,85 1.110,00 da Lei Chico Mendes – nº 1277 de 03/ mento de duas Usinas de beneficiamento INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS 01/1999 (esta Lei estabelece o pagamento e seguindo a tendência nacional da borra‑ 2004 1,50 0,70 2,20 1.320,00 por serviços ambientais aos extrativistas cha, observa-se uma queda na produção. De 2005 1,50 0,70 2,20 1.320,00 por meio de subsídio no valor da produção acordo com a Tabela, a implementação do de borracha); subsídio contribuiu para o aumento gradati‑ 2006 1,60 0,70 2,30 1.380,00 - na qualidade do produto, através do vo de famílias envolvidas com a atividade ex‑ 2007 1,40 0,70 2,10 1.260,00 apoio técnico junto aos seringueiros e na trativa e por conseqüência o retorno a esta Fonte: SEAPROF – 2008. capacitação sobre novas tecnologias e qua‑ atividade produtiva, além de um processo lidade; de organização para acessar o Subsídio. Mas esta atividade ainda era considerada va à produção de borracha tradicional. Este No setor primário existem as culturas presentou 68,82% do total, percentual pelos “extrativistas” como de baixa remune‑ produto pode ser utilizado como solado de agrícolas, que podem ser divididas em dois este que cresceu 11,5% em quatro anos, ração o que facilitou o início de um proces‑ sapato, mouse-pads, outros produtos an‑ grupos, lavouras permanentes e lavouras conforme Tabela 11. Semelhante ao Açaí,

ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL so de incentivo a diversificação e a outras tiderrapantes. O Estado vem incentivando temporárias. Essas últimas, cujos principais este produto apresenta um aspecto positi‑ formas de produção da borracha, como do a capacitação sobre esta nova tecnologia, produtos do Estado são, mandioca, feijão, vo no que diz respeito à geração de renda Látex e da Folha de defumação líquida – FDL principalmente em comunidades mais dis‑ arroz, melancia, abacaxi, milho e cana-de‑ no Estado, pois sua produção acontece em (tecnologia que usa um ácido, desenvolvida tantes. Estima-se que somente a partir de -açúcar, a despeito do período de ano de todos os municípios acreanos, destacando pela Universidade de Brasília). 2010 que esta iniciativa deverá demonstrar 2006, onde houve uma queda, tanto no Sena Madureira como o maior produtor do A produção do Látex esta sendo feito os primeiros resultados. montante produzido quanto no valor de Estado, embora sua participação no mon‑ especificamente no Município de Xapuri, produção, este segmento apresentou taxas tante total não tenha passado de 15,2%, para o abastecimento da Fábrica de Pre‑ O Acaí de crescimento positivo no período 2004 a em 2008. E, a segunda maior participação

FLORESTAL DO ACRE servativos NATEX. Para implantação desta 2008 (Tabela 10 e 11). ficou com Cruzeiro do Sul em 12,44% e, fábrica investimentos com a construção e O Açaí, mesmo ainda não representando A respeito deste segmento de cultura os demais municípios, em maior ou menor equipamentos, na infra-estrutura social nos uma contribuição expressiva para o total de é importante ressaltar o papel central da grau, ficaram abaixo dos 9% de contribui‑ seringais, no escoamento da produção e na valor gerado pelo setor, despontou como o produção de mandioca que, em 2008, re‑ ção ao todo (IBGE, 2010). capacitação de seringueiros e profissionais, mais dinâmico, com sua taxa de crescimen‑ vem sendo feitos pelo Estado. to na quantidade produzida em 2007 de Tabela 10. Quantidade produzida dos principais produtos agrícolas, período de 2004 a 2208 no Acre. A estimativa feita é que o Látex para a 51,82%, enquanto o valor da produção era Quantidade Produzida Fábrica irá representar cerca de 5% da pro‑ acrescido em 69,72%. Um aspecto positivo Produtos Agrícolas dução do Estado, mas representando um au‑ desta cultura é que está presente, em maior 2004 2005 2006 2007 2008 ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL E O POTENCIAL ECONÔMICOS ASPECTOS DO ACRE FLORESTAL mento de 50% da renda do seringueiro. Esta ou menor grau, em quase todos os municí‑ Lavoura temporária (Ton.) iniciativa deverá ter resultados mais concre‑ pios acreanos (com exceção de Acrelândia e Mandioca 450.335 563.919 455.581 614.193 730.434 158 tos a partir de 2009, quando a produção de‑ Bujari), com destaque para Cruzeiro do Sul e 159

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 verá estar mais consolidada. Plácido de Castro que, em 2008 responde‑ Milho (em grão) 68.252 60.979 56.612 56.763 61.088 Da mesma forma a Folha de defumação ram por 36,37% do total produzido, confor‑ Arroz (em casca) 38.717 31.561 32.490 28.099 28.569 líquida – FDL é outra importante alternati‑ me mostra a Figura 8. Feijão (em grão) 8.914 4.448 6.816 7.900 5.779

Melancia 5.602 5.560 6.713 5.581 9.776

Abacaxi (Mil frutos) 2.801 2.807 2.710 2.664 3.582 DO ACRE. E A ECONOMIA

Banana 62.503 55.479 75.589 90.786 94.964 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO

Café (beneficiado) 2.533 2.185 1.131 1.370 1.579

Laranja 7.059 5.558 4.434 2.937 3.551

Mamão 2.347 1.795 1.820 2.031 3.054

Borracha (Látex coagulado) 1.329 634 559 553 427

Tangerina 2.422 2.083 2.032 1.468 1.399

Palmito 702 440 483 407 137 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS Limão 1.190 1.340 1.108 1.208 1.623

Guaraná (semente) 90 90 61 53 15

Figura 08. Produção de Açaí por município, em 2008. Fonte: IBGE – Produção Agrícola Municipal. Fonte: IBGE. Elaboração própria. A segunda cultura temporária que mais não é privilégio do Acre, correspondeu a um gera recurso, dentre as demais, é o Milho, fenômeno nacional e, em certa medida mun‑ que mesmo vindo de uma queda de parti‑ dial, de elevação dos preços dos grãos. Mes‑

ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL cipação em 2005, tem se mantido estável. mo quando destinados ao consumo local, Um fator relevante que afetou os ganhos estes preços são influenciados pelas suas com este grão, e que pode ser estendido ao cotações de mercado, pois são consideradas Feijão, foi o aumento vertiginoso de seus commodities, portanto, estão mais sujeitas preços, pois, entre 2004 e 2008, desconta‑ a flutuações sazonais de oferta e demanda. da a inflação, tiveram seus valores unitários No ano de 2009, esta tendência arrefeceu, elevados em 46,35% e 101,01%, respecti‑ parte pela desaceleração da economia e vamente (Tabela 11). A confirmação dessa mundial e parte devido à própria natureza

FLORESTAL DO ACRE estimativa pode ser obtida quando compa‑ destes fenômenos que esbarram em limites ramos o acréscimo no volume de produção de demanda que restringem seu crescimen‑ em 2008, referente ao ano anterior, com o to ad eternum. crescimento do valor monetário resultado Um último ponto a ser destacado a respei‑ de uma cultura em igual período. to das culturas temporárias é o crescimento Figura 09. Evolução das participações das diferentes culturas no total de permanentes.Fonte: IBGE. Foram produzidas 61,08 mil toneladas da produção de Cana-de-Açúcar no Estado, Elaboração própria. de Milho no ano de 2008 (Tabela 10), mon‑ que em quatro anos teve um aumento de tante 7,62% maior que o ano anterior, en‑ 128,96% da quantidade produzida, fato que quanto o valor gerado por este grão foi de contribuiu para elevar a participação desta ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL E O POTENCIAL ECONÔMICOS ASPECTOS DO ACRE FLORESTAL R$ 26,05 milhões (Tabela 11), um acrésci‑ cultura de 1,08% para 2,1% do valor total mo real de 42,2%. Esta elevação, contudo, (Tabela 10 e 11). A Figura 9 deixa evidente a redução da em 2004. Esta constatação deve ser acom‑ 160 participação da Laranja e da Borracha (lá‑ panhada ao longo dos anos, dado que os 161 Tabela 11. Valor da produção dos principais produtos agrícolas, período de 2004 a 2008, Acre. E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 tex coagulado) na composição dos valores produtos acima referidos geralmente são Valor da Produção Produtos Agrícolas totais gerados pelas lavouras permanentes. provenientes de pequenos produtores da 2004 2005 2006 2007 2008 No caso da Borracha a queda na sua parti‑ agricultura familiar. Acrelândia é um exem‑ Lavoura temporária (Ton.) 124.079 154.256 122.065 164.729 217.891 Mandioca 71.126 109.892 78.340 115.902 149.961 cipação se explica inteiramente pela sucessi‑ plo em que uma redução no valor dessa Milho (em grão) 17.437 18.774 15.773 17.302 26.055 va redução no número de toneladas de látex produção pode incorrer em conseqüências

Arroz (em casca) 20.395 13.367 13.532 14.583 16.954 coagulado produzido no período observado, indesejadas para o padrão de vida destas po‑ DO ACRE. E A ECONOMIA Cana-de-açucar 1.339 1.669 2.678 2.930 4.579

redução que, a despeito de não apresentar pulações. Portanto, recomenda-se a realiza‑ 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO Feijão (em grão) 9.412 5.987 7.195 9.532 13.522 um padrão de variação claro, resultou em ção de estudos posteriores que identifiquem Melancia 1.947 1.746 1.518 1.205 2.094 uma queda de 57,71% no montante produ‑ as reais causas deste fato, para viabilizar a Abacaxi (Mil frutos) 2.423 2.821 3.029 3.275 4.726 Lavoura permanente (Ton.) 24.410 20.282 21.230 33.248 29.211 zido anualmente se comparado 2004 com proposição de soluções, que a princípio, pa‑ Banana 11.614 9.489 12.230 23.114 16.932 2008. Neste intervalo de tempo, os preços rece ser regionalizado. Café (beneficiado) 4.005 4.309 12.023 4.263 5.103 por tonelada de diversos elementos deste Uma característica da produção agrícola Laranja 2.503 1.938 2.802 1.247 1.766 grupo sofreram quedas importantes, dentre do Estado é que está predominantemente Mamão 1.402 1.156 1.766 1.455 2.364 eles estão o Café, Mamão, Borracha, Tan‑ voltada para atender as próprias necessida‑ Borracha (Látex coagulado) 2.658 1.087 1.237 1.161 1.124 Tangerina 1.071 981 1.118 716 841 gerina e Palmito. Os demais apresentaram des nutricionais. Não há relevante volume Palmito 477 636 981 697 255 preço estável, mas quando descontada a de exportação desses produtos, fato signifi‑ Limão 410 415 739 436 781 inflação a maioria dos períodos apresentou cativo para se entender a dinâmica produti‑ Guaraná (semente) 270 271 381 159 45 queda real. Esta tendência difere do grupo va do Acre, pois a produção de alimentos é

Fonte: IBGE – Produção Agrícola Municipal. anteriormente analisado, mostrando a im‑ para abastecer o mercado interno. Os gêne‑ INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS portância de uma análise desagregada. ros alimentícios básicos como arroz, feijão, Quanto às culturas chamadas permanen‑ por 57,96% do total, no ano de 2008. Entre‑ O dado apontado pode explicar porque banana, milho e mandioca que integram a tes, algumas características gerais chamam tanto, em relação ao ano anterior, este indi‑ a comparação entre 2004 e 2008, ape‑ mesa de quase toda a população, indicam a atenção. Primeiro que a principal contri‑ cador foi fortemente reduzido, pois somava sar de indicar um aumento de 33,14% na a possibilidade de auto-suficiência, ainda buição para o valor total deste segmento 69,52%, enquanto o mamão e o café aumen‑ quantidade produzida (medindo todos os mais quando nos referimos à população cabe à produção de Banana, respondendo tavam sua participação (Figura 9). produtos em toneladas), o valor gerado por das cidades menores onde a logística para este montante, quando considerada a infla‑ transporte e armazenamento dos mesmos é ção é 0,76% inferior em 2008 do que era altamente dispendiosa. A Pecuária sobre os percentuais de crescimento do nú‑ A partir do censo de 1985, há uma in‑ O aumento do efetivo bovino que mero de abates por município demonstra versão na tendência de alguns indicadores acompanhou o incremento do número de A respeito da Pecuária, já foram elen‑ a “jovialidade” desta atividade para muitos como o aumento no número de estabeleci‑ hectares destinados à formação de pas‑

ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL cados diversos aspectos importantes, prin‑ deles. Acrelândia, por exemplo, apresenta mentos ligados à agropecuária, bem como tagens, explica em parte a redução do cipalmente, no que diz respeito à alta con‑ taxas de crescimento entre 2004 e 2008 de, do número de empregados, ambos intima‑ pessoal ocupado, uma vez que esta é uma centração do efetivo bovino, principalmente aproximadamente, 437%; Assis Brasil, 675%; mente ligados. Portanto, a partir de 1985, atividade pouco intensiva, se comparada nos municípios da Regional do Baixo Acre. Plácido de Castro, 486%, dentre outros. iniciou-se um processo de redução nestes com outras culturas agrícolas. Além des‑ Ao longo de um intervalo de 4 anos (2004- A despeito do aumento do efetivo bovino, dois indicadores. A redução de 15,86% do te fato, a explicação pode residir na ob‑ 2008) o efetivo bovino cresceu 17,6%. Uma a produção de leite caiu no Estado, redução número de estabelecimentos incorreu em servação de outro indicador, o número preocupação constante, diz respeito à pres‑ esta de 62,9%, entre 2006 e 2007. O cruza‑ uma queda de 14,15% no nível de trabalha‑ de tratores. No período aqui considerado são que este tipo de produção pode exercer mento deste dado, com o de crescimento do dores ocupados. Não obstante, houve um (1985 a 2006) o Estado viu sua frota de

FLORESTAL DO ACRE sobre os recursos florestais. No entanto, os número de bovinos e de abates, indica uma aumento substancial na área destinada às la‑ tratores crescerem em 123,57%, o que dados do desmatamento no Estado indicam clara tendência de privilegiar o gado de cor‑ vouras, bem como às pastagens, crescimen‑ denota um incremento considerável na que o crescimento deste segmento produ‑ te em detrimento do leiteiro nas pastagens to deste na ordem de 158,63% e 216,67%, mecanização da produção agropecuária tivo não está impulsionando o processo de acreana. respectivamente, conforme Tabela 13. do Estado. desmatamento, o que leva a concluir que Além dos bovinos, a criação animal no Tabela 13. Dados estruturais dos censos agropecuários, 1985 a 2006, Acre. esta atividade aumentou sua eficiência e Estado conta com a crescente participação Censos maior produtividade, com melhores tecnolo‑ da aqüicultura. No comparativo com 2002, Dados Gerais gias de pastoreio e aproveitamento de áreas podemos observar que a este segmento têm 1985 1995 2006 já desmatadas, antes sem utilização. aumentado significativamente sua partici‑ Estabelecimentos 35.049 23.788 29.488 ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL E O POTENCIAL ECONÔMICOS ASPECTOS DO ACRE FLORESTAL Não coincidentemente, o aumento do pação na provisão de pescados, em detri‑ Área total (ha) 5.234.762 3.183.065 3.780.374 efetivo bovino é acompanhado do aumen‑ mento das atividades extrativistas. No ano Utilização das Terras (ha) - - - 162 to no número de abates anuais. No entanto, de 2007, 58,63% do volume total de peixes Lavouras¹ 68.719 75.939 177.732 163

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 a taxa de crescimento, entre 2004 e 2008, foi proveniente de produtores (Tabela 12). Pastagens² 326.026 614.213 1.032.431 da quantidade de cabeças abatidas cresceu Essa atividade pode ser altamente benéfica Matas e florestas³ 4.599.715 2.338.412 2.526.551 78,73%, valor muito superior ao apresenta‑ para a sociedade acreana, à medida que es‑ Pessoal ocupado4 115.659 93.586 99.289 do pelo aumento do efetivo, indicando que tas produções não necessitam de grandes Tratores 263 433 588 esta atividade vem crescendo substancial‑ extensões de terra para serem lucrativas, Efetivo de animais - - - mente, e gera maior valor agregado para o detêm um alto valor agregado e reduzem a Bovinos 334.336 847.208 1.784.474 DO ACRE. E A ECONOMIA

Acre do que somente pela criação. Um olhar pressão sobre os estoques naturais. Bubalinos 625 919 2.050 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO Caprinos 2.947 4.798 7.268 Tabela 12. Produção estimada da pesca, por modalidade – Acre Ovinos 22.798 40.258 47.684 158.558 161.181 120.602 Produção (Ton) Suínos - - - Ano Produção animal Pesca Extrativa Aquicultura Total Produção de vaca (1.000 l ) 18.146 32.538 21.294 Produção de cabra (1.000 l ) 1 28 2 2002 1.537,0 1.333,0 2.870,0 Produção de lã (t) - - - 2003 1.632,5 1.599,0 3.231,5 Ovos de galinha (1.000 dúzias) 1.936 1.872 1.429 2004 1.609,5 1.839,0 3.448,5 Fonte: IBGE – Censo Agropecuário 1970/2006. (1) Lavouras permanentes, temporárias e cultivo de flores. 2005 1.487,5 2.023,0 3.510,5

(2) Pastagens naturais, plantadas. INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS 2006 1.413,0 2.003,0 3.416,0 (3) Matas e/ou florestas naturais destinadas a preservação. 2007 1.554,0 2.322,0 3.876,0 (4) Em 1995 - 1996 o pessoal ocupado com laço de parentesco com o produtor que trabalhavam no estabe‑ lecimento e recebiam salários. Alguns aspectos mais gerais a respeito do tre períodos de tempo mais longos, como transformarem ou beneficiarem matérias‑ setor primário podem ser elucidados a partir entre os outros censos (1995, 1985, 1980, O SETOR SECUNDÁRIO -primas e torná-las produtos a serem co‑ do censo agropecuário, cuja última edição 1975 e 1970) nos permite deduzir traços mercializados pelo setor de serviços. Ainda data de 2006. A despeito dos dados estarem estruturais das transformações vividas por O setor secundário é composto por diver‑ pouco expressivo no Estado, se comparado relativamente defasados, o comparativo en‑ essas atividades no Estado. sas atividades produtivas caracterizadas por com outras unidades da federação, este seg‑ mento vêm crescendo em termos de valor go dos últimos anos. Um crescimento real gerado e participação no PIB, tal qual indi‑ de 100,62% no total de valor gerado em 5 cado anteriormente. anos. O bom desempenho deste setor pode

ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL Comparando-se o ano de 2006 e 2007, ser explicado por diversos motivos. Em ní‑ pode-se verificar uma redução de 3,44% no vel micro, figuram os já referidos, incentivos número de estabelecimentos destinados às públicos destinados ao suporte desta ativi‑ atividades do setor. Mas, isso não significa, dade, sob a ótica macro, a redução da taxa necessariamente, um arrefecimento dessas de juros no período, bem como o aumento atividades no Estado, ao contrário, é um se‑ do poder de consumo da população, prin‑ tor que vêm demonstrando altas taxas de cipalmente das camadas mais pobres, pode crescimento e elevação de sua relevância ter favorecido o investimento privado no

FLORESTAL DO ACRE na economia acreana. Estado. Outro indicativo de fortalecimento A análise setorial pode lançar luz a res‑ deste setor reside nos índices de emprego. peito de dinâmicas individuais, como por O total de Pessoal ocupado nas indústrias exemplo, a queda no número de empresas acreanas tem crescido no intervalo observa‑ do ramo de confecção de artigos de vestuá‑ do, mesmo com taxas variadas, tal qual pode rio e acessórios, que passou de 57 para 24 ser observado na Figura 10. Figura 10. Crescimento do emprego no setor industrial. empresas neste breve intervalo. Por outro A partir da PNAD (Pesquisa Anual por Fonte: IBGE /PIA-Pesquisa Anual de Empresas. Elaboração própria. lado, no setor de fabricação de produtos Amostra de Domicílio), a participação do alimentícios, 20 novas unidades foram cria‑ setor secundário na empregabilidade total é todo passou por um período altamente fér‑ cimento, em março de 2008, o Estado do ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL E O POTENCIAL ECONÔMICOS ASPECTOS DO ACRE FLORESTAL das, representando um aumento de 14,81%. ainda mais relevante e crescente, passando til nos últimos anos, o que elevou o preço Acre era a segunda unidade da federa‑ Ainda no que diz respeito ao número de es‑ de 25,94% em 2007, para 27,95% no ano das matérias primas a patamares altíssi‑ ção a pagar mais caro por um saco (50 164 tabelecimentos, registrou-se um aumento seguinte, por esta pesquisa não considerar mos, como é o caso do aço e do cimento. Em kg) deste produto, ficando atrás somente 165

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 de 8,85% do total de empresas da constru‑ as áreas rurais e se concentrar nas grandes 2008, o preço do aço chegou a aumentar de Roraima. ção civil entre 2006 e 2007. Tanto as uni‑ cidades, houve certa discrepância nos nú‑ 70%, fortemente apreciado pelo crescimen‑ A Figura 11 indica como este indica‑ dades de “Construção de Edifícios”, quanto meros, no entanto permanece a tendência. to da demanda internacional (notadamente dor têm se apresentado em relação ao de “serviços especializados para a constru‑ Pode-se notar, também, a alta concentra‑ da China), mas também nacional. Brasil e à Região Norte, parece haver um ção”, apresentaram crescimento, mesmo ção das unidades industriais na cidade de A despeito da desaceleração econômi‑ processo de catching up dessas taxas,

esses dados sendo insuficiente para se de‑ Rio Branco que no ano de 2006, encontrava ca provocada pela crise econômica mun‑ que antes eram mais descoladas, portan‑ DO ACRE. E A ECONOMIA

duzir uma tendência, quando olhamos para dentro de seus limites municipais 61,88% dial deflagrada em outubro de 2008, os to o crescimento do custo médio do me‑ 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO o valor adicionado deste setor, ao longo dos do total e, em segundo lugar, Cruzeiro do preços deverão permanecer subindo, tro quadrado no Estado têm se elevado anos fica claro o seu recrudescimento. Sul com 13,91% deste total. Essa concentra‑ mesmo que a taxas inferiores. Quanto ao mais do que a média nacional. Ainda olhando para o número de estabe‑ ção é natural dado o valor gerado por essas lecimentos podemos notar a grande partici‑ cidades, tamanho da população e conse‑ pação daqueles ligados ao processamento qüente dinamismo econômico, além desses e tratamento da madeira, representando fatores, a proximidade com universidades e 15,61% do total. Este segmento da econo‑ centros de formação técnica, que também mia, somado a análise do VBP Florestal, evi‑ fortalecem essa tendência, bem como dis‑ dencia uma relevância não trivial na com‑ por de melhor infra-estrutura de transpor‑ posição do parque industrial acreano. tes e energia. Estudos apontam para a importância O dinamismo da atividade de construção

da formação de arranjos produtivos que civil é marcado pelo aumento do número de INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS possam potencializar este setor. No ano de empresas e também de trabalhadores. Se‑ 2007 existiam 93 empresas de fabricação gundo a PNAD, o efetivo de trabalhadores de produtos madeireiros no Estado, a partir deste setor passou de aproximadamente 9 de médias anteriores constata-se que boa para 15 mil pessoas, entre 2007 e 2008, parte está concentrada nos municípios do sendo refletido no aumento do custo médio baixo acre, mas não exclusivamente. do metro quadrado no Estado. Figura 11. Evolução do Custo médio do metro quadrado. O setor industrial como um todo apre‑ O crescimento do setor da Construção Fonte: IBGE/PNAD. sentou incrementos significativos ao lon‑ Civil não é exclusividade do Acre, como um Dentre as razões que favoreceram o buições, é possível deduzir o alto impac‑ De maneira geral, é importante reforçar 2.4. Contas externas crescimento deste setor, pode-se conside‑ to positivo desta massa salarial nas taxas a relevância deste setor para a economia rar o aumento geral do nível de renda da de consumo do Estado. Essa é a terceira do Estado, principalmente devido ao seu O comportamento das contas exter‑

ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL população, a redução dos juros bancários maior média do País, sendo que a primei‑ componente derivado da administração nas do Estado, ou seja, as movimentações que, aliado a programas de incentivo pú‑ ra é o Distrito Federal, que não deve ser pública. Na análise a respeito do PIB já fo‑ de exportação e importação no Acre têm blico como o “Minha casa minha vida”, tem considerado para fins estatísticos, fican‑ ram esclarecidas diversas questões a esse como primeiro aspecto relevante, o saldo aumentado a quantidade de empréstimos do o Acre com a segunda colocação. respeito, mas cabe ressaltar a essenciali‑ positivo que vêm somando nos últimos destinados a este fim. Será importante Os dados referentes aos salários mé‑ dade de uma gestão eficiente e responsá‑ anos. As exportações têm crescido, quan‑ acompanhar nos próximos anos, o nível de dios por atividade indicam um papel de vel das contas públicas, pois os impactos do observado o intervalo entre 2002 e endividamento da população bem como destaque do Estado, também no setor podem ser positivos ou negativos para a 2008, de maneira substancial, enquanto a sua capacidade de pagamento, para educacional, pois, em 2007, este apre‑ economia, dependendo da maneira como as importações se mantêm baixas, exer‑

FLORESTAL DO ACRE se ter mais clareza a respeito do futuro sentou a maior média salarial do país se desenvolverem cendo pouca influência no saldo, que aca‑ deste segmento. com 5,7 salários mínimos, 11,76% su‑ A progressão dos valores gerados por ba sendo determinado majoritariamente perior ao segundo colocado, São Paulo este setor, bem como a comparação entre pela dinâmica das atividades exportadora, O SETOR TERCIÁRIO e Rio de Janeiro. Este indicativo é alta‑ 2006 e 2007, do nível de emprego e núme‑ cujo desempenho pode ser observado pela mente relevante e pode indicar o bom ro de empresas, indica um crescimento do Figura 12. O estudo deste setor é altamente rele‑ resultado de políticas públicas voltadas mesmo, acompanhando o desenvolvimen‑ Do total exportado pelo Estado, Rio Bran‑ vante para entender a estrutura da econo‑ à promoção da educação. Esses fatos ofe‑ to da economia acreana como um todo. co respondeu por 57,28% em 2008. Apesar mia do Acre, pois como indicado na seção recem algumas evidências que nos mos‑ Neste intervalo acima indicado houve a da grande participação, um olhar sobre os destinada à análise do PIB, em 2007, re‑ tram porque a administração pública é criação de 3.807 empregos (crescimento demais municípios que exercem atividades ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL E O POTENCIAL ECONÔMICOS ASPECTOS DO ACRE FLORESTAL presentava 68,2% de todo valor gerado tão importante para a economia do Acre. de 4,48%), enquanto que em relação ao de exportação e importação, deixa trans‑ pelo Estado. Dentro deste indicador des‑ Rio Branco, a capital política e adminis‑ número de empresas, houve um aumento parecer a importância de Brasiléia, que no 166 taca-se a participação da Administração trativa do Estado, naturalmente figura de 1,4%. Esta elevação não foi maior devi‑ mesmo ano deteve 27,65% do total. Este 167

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 Pública, que sozinha respondeu por 34,5% como uma dos principais beneficiárias do a uma queda no segmento comercial, fato deriva da posição geográfica desse mu‑ do valor adicionado no mesmo ano. deste montante de recursos, mesmo não dado que atividades como “informação e nicípio, que faz divisa com a Bolívia com Não obstante, é o maior empregador, sendo esta a atividade que mais contri‑ comunicação”, “atividades financeiras, de área de livre comércio. respondendo por 88,01% do total do bui para o PIB do município. A geração seguros e serviços relacionados”, “saúde Além de Brasiléia, existem mais dois mu‑ pessoal ocupado, em 2007. Consideran‑ de valor nesta cidade é, predominante‑ humana e serviços sociais”, dentre ou‑ nicípios sob regime de livre comércio no Es‑

do o número de empresas, há uma forte mente, derivada das atividades do setor tras, apresentaram taxas substanciais tado, a saber, Epitaciolândia e Cruzeiro do DO ACRE. E A ECONOMIA

concentração da quantidade de unidades terciário que estamos analisando, mas de crescimento. Sul. Nesses municípios é estabelecido um 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO neste setor que corresponde a 87,87% deduzida a administração pública. do total, destaque para as empresas co‑ A respeito do número de estabeleci‑ merciais que, sozinhas, somam 49,85% mento, o segmento denominado “comér‑ dos estabelecimentos e 18% do total de cio; reparação de veículos automotores trabalhadores ocupados. e motocicletas”, em 2007, contava com Apesar do alto grau de participação 4.026 estabelecimentos, o que correspon‑ das atividades comerciais no nível de de a 49,85% do total de unidades empre‑ emprego, este não é o segmento que sariais do Estado. Este setor, no mesmo concentra a maior parte da população ano respondeu por 10,9% do total do PIB ocupada. Esta posição de destaque cabe acreano, esta atividade é de especial rele‑ à categoria chamada “Administração pú‑ vância por ser intensiva em mão-de-obra,

blica, defesa e seguridade social”, que uma divisão simples entre o valor gerado INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS empregou, em 2008, 53,28% do total, o em um ano (2007) e o número de em‑ que correspondeu a 53.692 indivíduos. pregado nos dá uma relação onde para A participação deste segmento é ainda cada R$ 31.436 gerados há uma pessoa mais relevante quando observado os sa‑ trabalhando. Uma análise estática com‑ lários médios de cada atividade no Acre, parativa mostra a vantagem deste em Figura 12. Evolução das exportações do Acre. pois detêm a maior média salarial do Es‑ relação a outras atividades como a agri‑ Fonte: “Acre em números 2009”. SEPLAN tado, somando 6,1 salários mínimos, em cultura, indústria de transformação e até 2007. A despeito de não termos as distri‑ construção civil. regime especial de imposto para ampliar as 18,67% do total, em 2008. No ano de 2007, A cobertura florestal varia entre as re‑ aa Florestas Públicas Estaduais e Federais; e transações entre as localidades, geralmente somando o produto com casca e sem, foi gionais em função basicamente de ações aa Outras fontes, incluindo desmatamentos esta categoria jurídica é adotada como for‑ obtida uma participação de 20,62%. Cabe antrópicas. As que tiveram as maiores autorizados pelo IMAC/IBAMA.

ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL ma de estímulo à economia local e regional. notar que neste ano, o preço da Castanha‑ reduções de cobertura florestal foram a Os Planos de Manejo Florestais Empre‑ No âmbito do ICMS, as operações praticadas -do-Brasil sem casca foi de US$ 0,55/Kg lí‑ Regional Alto Acre, que apresenta 85% sariais e Comunitários são atualmente exe‑ por empresas situadas nas Áreas de Livre quido, enquanto a sem casca foi vendida a de cobertura florestal e a Regional Bai‑ cutados de acordo com as diretrizes cons‑ Comércio podem obter uma redução final US$ 2,34/Kg líquido, indicando a importân‑ xo Acre, com 73%. As demais regionais tantes nas Instruções Normativas nº 3, 4 e de carga tributária em torno de quarenta a cia do beneficiamento deste produto, mes‑ apresentam uma redução mínima, con‑ 5 de 8 de setembro de 2009, emitidas pelo sessenta e cinco por cento, além de não pa‑ mo em níveis baixos de complexidade tecno‑ templando as Regionais Purus Tarauacá/ MMA. Dessa forma, enquanto nos Planos de gar imposto de importação, dentre outros. lógica para a geração de renda. Envira e Juruá a cobertura florestal de Manejo Empresariais são manejadas áreas Epitaciolândia figurou em terceiro lugar A análise dos principais produtos im‑ 98%, 98% e 97%, respectivamente. Uma florestais em nível empresarial, os Planos

FLORESTAL DO ACRE dentre os principais exportadores do Esta‑ portados indica que o seu montante é tal visão geral das florestas do Acre é mos‑ de Manejo Comunitários são voltados para do com 8,62% de participação sobre o to‑ que, compras eventuais podem influenciar trada na Figura 13. atender as comunidades em projetos de as‑ tal. Cruzeiro do Sul ainda representa pouco fortemente sua composição. Um exemplo A cobertura florestal varia entre as re‑ sentamento da reforma agrária. do percentual total, com 2,16% em 2007, é a comparação entre 2006, 2007 e 2008, gionais em função basicamente de ações As florestas públicas correspondem às caiu para 0,53% em 2008. Este fato não nos quando os primeiros lugares em participa‑ antrópicas. As que tiveram as maiores re‑ unidades de conservação de uso sustentá‑ permite tirar conclusões nem tendências, ção foram todos diferentes. duções de cobertura florestal foram a Re‑ vel, em nível federal e estadual, que inclui mas é certo que a finalização de melhorias gional Alto Acre, que apresenta 76,86% entre seus objetivos a produção de madei‑ infra-estruturais, bem como a elevação da 3. O POTENCIAL FLORESTAL de cobertura florestal e a Regional Baixo ra através do manejo florestal sustentável. freqüência de vôos internacionais para o Es‑ MADEIREIRO Acre, com 54,02%. As demais regionais As categorias que se enquadram neste ob‑ ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL E O POTENCIAL ECONÔMICOS ASPECTOS DO ACRE FLORESTAL tado pode elevar este número. apresentam uma redução mínima, con‑ jetivo são: floresta nacional, floresta esta‑ Outro município relevante neste contex‑ A cobertura florestal do Estado é de 14,5 templando as Regionais Purus, Taraua‑ dual, reservas extrativistas e reservas de 168 to é Bujari que, em 2008, exportou 5,28% do milhões de hectares, dos quais 1,1 milhões cá/Envira e Juruá a cobertura florestal rendimento sustentável. 169

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 total, resultado da existência de atividades estão localizados na Regional do Alto Acre; de 96,67%, 96,39% e 93,82%, respectiva‑ Os desmatamentos autorizados pelo industriais voltadas para o mercado externo, 1,2 milhões na Regional do Baixo Acre; 3,9 mente. Uma visão geral das florestas do IMAC estão associados à conversão de uso notadamente ligado à atividade madeireira. milhões na Regional do Purus; 5,1 milhões Acre é mostrada na Figura 13. do solo de florestas para atividades agrope‑ O comércio externo do Acre é majorita‑ na Regional Tarauacá/Envira e 3,0 milhões cuárias em geral e de infra-estrutura. Esta riamente pautado pela indústria de madeira, na Regional Juruá (Tabela 14). 3.1. O Suprimento Madeireiro atividade é regulamentada através de legis‑

os itens, no entanto varia de madeira lami‑ As florestas teoricamente acessíveis para lação específica do IBAMA, existindo tam‑ DO ACRE. E A ECONOMIA

nada, perfurada, serradas, cedro, cerejeira, a produção florestal, excluindo-se as Unida‑ O Acre possui extensas áreas de florestas bém instrumentos regulatórios específicos 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO dentre outras variações. Em 2007, as par‑ des de Conservação de Proteção Integral e nativas, mas nenhuma plantação de cunho de caráter estadual, através do IMAC. ticipações desses diversos produtos soma‑ as Reservas Indígenas, representam 9,9 mi‑ florestal significativa, embora o Governo O IMAC é a instituição responsável pela dos atingiram 69,71% do total, enquanto lhões de hectares. Desta área total, 749,5 tenha dado início ao Projeto de Florestas autorização e controle dos Planos de Ma‑ em 2008, este número ficou na casa dos mil hectares estão localizados na Regional Plantadas, com o objetivo de estimular o es‑ nejo Florestais, através do Escritório de 76,27%. Alto Acre; 1,2 milhões na Regional Baixo tabelecimento das mesmas em 60 mil ha de Manejo Florestal, instalado especificamen‑ Outro produto, também de base florestal, Acre; 2,9 milhões na Regional Purus; 3,0 áreas degradas e alteradas. te para este fim, atendendo ao convênio que se destaca é a Castanha-do-Brasil, que milhões na Regional Tarauacá/Envira e 1,9 Ao longo dos anos o Acre tem busca‑ firmado pelo IBAMA e SEMA, quando tais aparece de duas formas, “frescas ou secas milhões na Regional Juruá. Hoje as florestas do formas inovadoras, através de uma atividades transferidas para o Estado. Da com casca” e “frescas ou secas sem casca”. cobrem 88,32% do território do Acre, con‑ estreita colaboração com as autoridades mesma forma, a autorização e o controle O produto (com casca) foi responsável por forme Tabela 14. federais, para atender a demanda de ma‑ dos desmatamentos também é de respon‑ téria-prima por parte da indústria, e incor‑ sabilidade do IMAC. Tabela 14. Cobertura Florestal e Floresta Acessível na Área de Abrangência do Estado porar ao mesmo tempo novos conceitos de A produção de madeira em toras é em INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS FLORESTA REGIONAL/ ÁREA TOTAL ÁREA ÁREA DISPONÍVEL % FLORESTA desenvolvimento social. princípio igual ao consumo, por não haver MUNICÍPIO (ha) FLORESTAL (ha) PROTEGIDA (ha) (ha) Atualmente, a indústria de base florestal comércio de madeira em toras (pelo me‑ ALTO ACRE 1.589.690,00 1.221.766,00 472.235,00 749.531,00 76,86% no Estado do Acre tem como fonte de supri‑ nos significativamente ou registrada em BAIXO ACRE 2.225.377,92 1.202.234,35 - 1.202.234,35 54,02% PURUS 4.050.730,81 3.915.791,04 958.462,00 2.957.329,04 96.67% mento de matéria-prima: estatísticas oficiais) com outros Estados TARAUACÁ/ aa Planos de Manejo Florestais ou para exportação. Em 2004 a produção 5.352.341,37 5.158.970,50 2.098.591,00 3.060.379,50 96,39% ENVIRA Sustentáveis Empresariais; de toras segundo registros oficiais atingiu JURUÁ 3.203.995,41 3.005.968,90 1.071.456,00 1.934.512,90 93,82% aa Planos de Planejo Florestais 343.255 m3. A produção de toras no Acre TOTAL 16.422.135,51 14.504.730,79 4.600.744,00 9.903.986,79 88,32% Sustentáveis Comunitários; foi bastante concentrada na Regional Bai‑ Fonte: ITERACRE, ACRE (2000) e IBAMA. FLORESTAL DO ACRE DO FLORESTAL

170 E A ECONOMIA DO ACRE. DO ECONOMIA A E

ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL POTENCIAL O E ECONÔMICOS ASPECTOS

ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA INFRAESTRUTURA VIDA, DE CONDIÇÕES AS E POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 VOLUME | TEMÁTICO LIVRO

Figura 13. Áreas com Potencial Florestal do Acre. ats o og d proo nlsd de analisado período do longo ao tantes cons‑ taxas a crescimento um teve toras em madeira de consumo o observado ser pode Como 15. Figura na detalhes maiores com ser avaliada madeira em toras no Acre pode da naFigura14. observa ‑ ser pode Regionais das ticipação par da visualização melhor Uma total. do xo Acre, a qual foi responsável por 64,11% Figura 14. Figura 15. eouã d pouã/osm de produção/consumo da evolução A

Distribuição daPr Evolução daPr odução/Consumo deMadeira emToras noAcre. odução/Consumo deMadeira emToras porRegional noAcre ‑ sumo semanteveconstantes. praticamente variação foram pequenas e a produção/con‑ de Tarauacá/Envirataxas Juruá, Purus)as e Acre, (Alto Regionais demais nas realidade, Na produção. de parcela maior a com rança lide‑ sua manteve Acre Baixo Regional a do, 15 indica ainda que, em todo o período analisa‑ figura A período. no 75% de aumento um representou que o mil, 350 ticamente pra‑ para cúbicos metros mil 200 de cerca 171 LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL E A ECONOMIA DO ACRE. FLORESTAL DO ACRE 3.2. Fontes de Suprimento 2010, dos quais 60,74% estão localizados na Regional do Baixo Acre, 9,42% no Alto A área manejada, no Estado do Acre, foi Acre, 21,85% no Purus, 6,18% na Taraua‑

ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL de 26,8 mil hectares em 2009, de um to‑ cá/Envira e 1,81% no Juruá (Tabela 15; tal de 167,7 mil explorados entre 1998 e Figura 16). al t o T 3.036,52 36.660,13 10.371,40 15.814,43 101.916,58 FLORESTAL DO ACRE 362,02 Figura 16. Distribuição da Área Manejada por Regional entre 1998 e 2009 -

799,64 3.643,12 O manejo empresarial representou do pelos Comunitários Pequenos 15,10% e 77,47% da área manejada em 2009, segui‑ Florestas Públicas com 7,44% (Figura 17).

1.571,00 ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL E O POTENCIAL ECONÔMICOS ASPECTOS DO ACRE FLORESTAL

172 173 E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 2005 2006 2007 2008 2009 600,00 1.799,64 989,00 138,00 547,50 185,00 968,54 3.897,00 2.515,73 3.880,16 2.877,71 2.915,50 5.837,26 10.840,75 7.009,91 22.433,82 28.925,08 23.052,96 26.503,03 26.897,51 167.799,06 17.782,11 23.103,40 11.200,20 12.346,91 12.002,30 - E A ECONOMIA DO ACRE. E A ECONOMIA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO 864,00 4.715,00 740,00 778,00 1.000,00 Figura 17. Distribuição da Área Manejada por Categoria no Acre em 2009 - - - - -

440,00 A Regional Baixo Acre apresenta a áreas de manejo empresarial. A partici‑ maior área manejada em 2009, com pação do volume proveniente de áreas de - - - 44,62% do total do Estado, seguido pelo manejo comunitário e florestas públicas eas de Manejo Exploradas (ha) eas de Manejo Exploradas 90,00 273,00 1.190,00 1.350,00 1.465,00 Purus, Alto Acre, Tarauacá/Envira e Juruá ainda ocupa posição tímida no suprimento (Figura 18). A maior parte do volume de de madeira, conforme evidenciado na Fi‑ ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS - - - madeira colhido em 2009 originou-se de gura 19 e Tabela 16. 1.600,00 - - - - Evolução das Ár

e 606,10 233,00 858,20 1.926,20 2.715,90 6.356,50 12.785,76 al Geral 606,10 1.833 ,00 948,20 2.639,20 3.905,90 19.743,76 10.310,50 Purus Juruá Envira t arauacá/ Regional 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 o Alto Acre Alto T Baixo Acr T Tabela 15. Tabela Fonte: IMAC/IBAMA AL T

O T ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL 35.151 14.336 372.825

FLORESTAL DO ACRE

Figura 18. Distribuição da Área Manejada por Regional em 2009 ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL E O POTENCIAL ECONÔMICOS ASPECTOS DO ACRE FLORESTAL

174 18.130,71 1.441,78 6.376,15 834,07 2.691,41 42.576,46 175 E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 -

Produção Madeireira (m3) Madeireira Produção E A ECONOMIA DO ACRE. E A ECONOMIA 5.157 31.449 119.286 9.519,91 6.868,08 5.621,33 10.536,63 12.284,21 12.939,49 58.471,39 121.482,04 13.102,34 11.020,29 68.450,41 46.918,12 22.994,60 122.541,43 177.788,85 99.256,79 560.292,49 LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO - - -

- -

9.852 22.161 19.490,66 27.838,95 2.797,965.241 15.094,69 56.763,69 62.114,28 58.587,82 274.701,05 - - - -

- - -

Figura 19. Distribuição do Volume de Madeira por Fonte no Estado do Acre em 2009 11.322 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS

- - - - 0 olume de Madeira Produzido nas Áreas Produzido olume de Madeira 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 1.038 13.312 147 11.742 53.464 35.698 61.115,15 165.360,56 279.072,46 302.722,33 193.400,88 178.999,89 203.304,82 1.498.339,09 13.312 11.469 11.742 68.557 57.859 114.248 268.518 352.541 352.790 391.366 432.677 422.312 2.497.391 esarial 12.274

estas ipo de omunit./ Manejo T Públicas Pequeno Flor C Empr Evolução do V

e AL T

o Acre O Acr Baixo Purus Juruá Envira T GERAL arauacá/ arauacá/ Regional Alt T Tabela 16. Tabela IMAC/IBAMA Fonte: Tabela 18. Espécies Florestais Comerciais do Acre por Tipo de Uso O manejo florestal respondeu, por 47,27% denciado na Figura 20. Atualmente houve 3 (166,4 mil m ), da madeira produzida no Es‑ uma inversão do suprimento, representando Serrado para beneficiamento Serrado Corrente Lâmina Faqueada Lâmina Torneada tado do Acre no ano de 2004, conforme evi‑ 95% da fonte de madeira do Estado.

ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL Angelim da mata Amarelão Cedro vermelho Assacu

Cumaru(s) Angico Cerejeira Bandarra/Paricá

Jatobá(s) Breu Vermelho Mogno Breu

Massaranduba/Maparajuba Catuaba Caucho FLORESTAL DO ACRE Marfim Caxeta/Marupá Faveiras

Muiracatiara Copaíba Manitê

Roxinho Garapeira Samaúma

Sucupira Guariúba Ucuuba

Figura 20. Distribuição do Volume de Madeira por Fonte no Estado do Acre E O POTENCIAL ECONÔMICOS ASPECTOS DO ACRE FLORESTAL Tamarindo Guariúba

176 A Tabela 17 apresenta o volume autori‑ -se a área total de 167,7 mil ha, o volume 177 Tauari Mata-matá E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 zado para exploração pelo IMAC/IBAMA en‑ explorado representa, em média, 14,88 m3 tre os anos de 1998 e 2009. Considerando‑ por há Angelim Mulateiro

Tabela 17. Volume Médio Autorizado para Exploração entre os Anos de 1998 e 2004 Cedrinho Piqui

Regionais Volume Total (m3) Volume (m3/ha) Área (ha) DO ACRE. E A ECONOMIA Itauba LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO Alto Acre 274.701 17,37 15.814

Ipê Baixo Acre 1.498.339 14,70 101.917

Purus 560.292 15,28 36.660 Bálsamo

Tarauacá/Envira 121.482 11,71 10.371 Fonte: Planos de Manejo protocolados no IBAMA/IMAC

Juruá 42.576 14,02 3.037

TOTAL 2.497.391 14,88 167.799 As espécies classificadas para a catego‑ to para a produção de lâminas quanto para ria de uso “serrado para beneficiamento” a produção de produtos de madeira sólida Fonte: IMAC/IBAMA compreendem aquelas utilizadas para a fa‑ (serrados), como é o caso do cedro rosa e

bricação de pisos, decks e móveis, enquan‑ da cerejeira. INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS to as espécies da categoria de uso “serrado As espécies com potencial para a produção 3.3. Composição do Volume corrente” são aquelas utilizadas principal‑ de serrado para beneficiamento corresponde, mente para a fabricação de produtos me‑ em média, a 30% (4,672 m3/ha), enquanto As principais espécies florestais comer‑ subdividas nos seguintes grupos de uso, de‑ nos nobres, como tábuas, vigas, pranchões, que aquelas aptas à produção de serrado cor‑ cializadas no Estado do Acre podem ser monstrados na Tabela 18. pontaletes, sarrafos e outros. A classificação rente representam 29% (4,439 m3/ha), lâmina apresentada na Tabela 19 considerou o tipo faqueada 6% (0,918 m3/ha) e lâmina torneada de uso principal de cada espécie, embora 34% (5,184 m3/ha), conforme apresentado algumas delas pudessem ser utilizadas tan‑ nas Tabelas 19 e 20 e Figura 21. Tabela 19. Distribuição das Espécies por Uso nas Regionais no Acre (%) Regional Regional Tipo de Uso Espécie Baixo Média Tipo de Uso Espécie Média Alto Acre Purus Tar./Env. Juruá Baixo Acre Alto Acre Purus Tar./Env. Juruá Acre ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL Assacu 0,00 1,14 5,06 0,00 0,00 1,24

Angelim da Mata 2,16 0,65 0,28 3,53 3,53 2,03 Bandarra/Paricá 2,02 0,31 0,00 0,00 0,00 0,47

Angelim(s) 0,00 0,74 0,88 0,00 0,00 0,32 Breu 1,61 0,38 0,00 3,23 3,23 1,69

Bálsamo 0,69 0,80 1,70 1,04 1,04 1,05 Caucho 0,67 1,81 1,73 0,70 0,70 1,12

Cedrinho 0,00 0,25 0,00 0,00 0,00 0,05 Faveiras 2,23 2,79 1,99 0,56 0,56 1,63

Cumaru(s) 19,39 19,71 16,79 3,45 3,45 12,56 Figueira 0,62 0,32 0,63 2,59 2,59 1,35 Ipê 0,55 2,62 0,57 1,66 1,66 1,41 Lâmina Torneada FLORESTAL DO ACRE Manité 6,65 1,64 1,96 0,00 0,00 2,05 Itaúba 3,70 0,22 0,08 0,00 0,00 0,80

Jatobá(s) 4,44 5,31 2,10 0,02 0,02 2,38 Samaúma 9,81 10,77 17,18 12,63 12,63 12,60 Marfim 0,08 0,31 0,06 0,40 0,40 0,25 Ucuuba 0,00 0,03 2,79 12,32 12,32 5,49 Serrado para Massaranduba/ 1,48 1,85 5,28 8,40 8,40 5,08 Beneficiamento Maparajuba Outras 0,09 0,98 0,04 15,53 15,53 6,43 Muiracatiara 0,33 0,49 0,28 0,56 0,56 0,44 SUBTOTAL 23,70 20,17 31,38 47,56 47,56 34,07 Roxinho 0,00 0,21 0,08 0,00 0,00 0,06 Fonte: PLano de manejo protocolados no IBAMA/IMAC. E O POTENCIAL ECONÔMICOS ASPECTOS DO ACRE FLORESTAL Sucupira 1,02 0,17 0,01 0,02 0,02 0,25 * Os dados usados para a Regional do Juruá foram os mesmos da Regional Tarauacá/Envira devido à falta de informações sobre essa regional. 178 Tamarindo 0,87 1,18 0,45 0,00 0,00 0,50 179 E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 Tauari 5,34 3,95 3,49 0,00 0,00 2,56

Outras 0,00 0,00 0,00 2,42 2,42 0,97

SUBTOTAL 40,05 38,46 32,05 21,50 21,50 30,71

Amarelão 1,99 1,98 0,47 0,00 0,00 0,89 DO ACRE. E A ECONOMIA

Angico 0,25 1,85 1,27 0,00 0,00 0,67 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO

Breu Vermelho 3,69 1,32 0,00 0,00 0,00 1,00

Catuaba 0,97 1,53 0,80 0,00 0,00 0,66

Caxeta/Marupá 0,31 0,89 0,00 0,14 0,14 0,30

Copaíba 2,40 1,38 2,04 1,22 1,22 1,65 Serrado Garapeira 0,00 1,30 0,17 0,00 0,00 0,29 Corrente Guariúba 1,82 0,85 2,25 3,08 3,08 2,22

Matá-matá 0,00 2,27 3,96 9,89 9,89 5,20

Mulateiro 0,00 1,15 0,85 0,02 0,02 0,41

Piqui 0,07 0,05 0,27 0,00 0,00 0,08 INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS

Outras 18,18 20,06 16,24 12,30 12,30 15,82

SUBTOTAL 29,68 34,63 28,32 26,65 26,65 29,19

Cedro 4,19 3,25 1,52 3,96 3,96 3,38

Cerejeira 2,14 3,37 4,99 0,01 0,01 2,10 Lâmina Faqueada Mogno 0,24 0,13 1,78 0,32 0,32 0,56

SUBTOTAL 6,57 6,75 8,29 4,29 4,29 6,04 Tabela 21. Área Explorada e Volume de Madeira Autorizado para Exploração em 2009 Área Volume Área Total Área De Pmfs Qtd. De Poa Modalidade % Autorizado % De Pmfs Licenciada Poa Explorada (M³) ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL (Ha)

PMFS 395.321,98 224.166,63 31 20.837,20 77,47% 338.102,79 91,32% Empresarial

PMFS 37.970,17 22.573,51 5 4.060,31 15,10% 17.789,49 4,81% Comunitário FLORESTAL DO ACRE PMFS 533.403,68 37.094,13 1 2.000,00 7,44% 14.336,00 3,87% Público

TOTAL 966.695,83 283.834,27 37 26.897,51 100,00% 370.228,28 100,00%

Fonte: IMAC

A área com potencial para suprimento de A área potencial de manejo florestal empre‑ ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL E O POTENCIAL ECONÔMICOS ASPECTOS DO ACRE FLORESTAL matéria prima no Estado é de 8,2 milhões de sarial compreende as áreas rurais tituladas, hectares, dos quais aproximadamente 4,2 descontadas as áreas de projetos de assenta‑ 180 milhões estão associados ao manejo comu‑ mento e demais áreas não vinculadas às flo‑ 181

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 nitário, 1 milhão às Florestas Públicas e 3 restas públicas ou unidades de conservação milhões ao manejo empresarial (Tabela 22). de uso direto e terras indígenas. Figura 21. Distribuição do Volume de Madeira por Tipo de Uso em Cada Regional Fonte: Planos de Manejo protocolados no IMAC/IBAMA Tabela 22. Área com Potencial para Suprimento de Madeira (ha) Tipo de Regional

Situação Total DO ACRE. E A ECONOMIA Tabela 20. Volume Médio por Tipo de Uso Autorizado para Exploração na Área de Abrangência Manejo Alto Acre Baixo Acre Purus Tar./Env. Juruá do Estado LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO Uso Volume (m3/ha) % A manejar 268.491 753.438 858.934 747.549 304.305 2.932.717

Empresarial Serrado para Beneficiamento 4,672 30,71 Em manejo 3.060 52.342 27.241 8.000 5.415 96.058

Serrado Corrente 4,439 29,18 SUBTOTAL 271.551 805.780 886.175 755.549 309.720 3.028.775

Lâmina Faqueada 0,918 06,03 Assentamentos 124.387 471.356 430.220 113.143 277.330 1.416.436

Resex 485.285 271.760 964.320 486.505 538.492 2.746.362 Lâmina Torneada 5,184 34,08 Comunitário

TOTAL 15,21 100 SUBTOTAL 609.672 743.116 1.394.540 599.648 815.822 4.162.798

Fonte: Planos de Manejo Protocolados no IBAMA/IMAC Nacional - - 425.332 - - 425.332 Floresta ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS Estadual - 66.168 - 486.319 - 552.487 Pública

3.4. Fontes Potenciais de Suprimento SUBTOTAL - 66.168 425.332 486.319 - 977.819 vez teve uma área licenciada de 22,5 mil ha A área total de manejo florestal empre‑ com 4 mil ha explorados. O manejo em flo‑ TOTAL 881.223 1.615.064 2.706.047 1.841.516 1.125.542 8.169.392 sarial licenciada em 2009 foi de 283,8 mil restas públicas teve uma área licenciada de Fonte: ITERACRE, IBAMA e SEF. hectares, dos quais 20,8 mil hectares foram 37 mil ha e uma área efetivamente explora‑ explorados. O manejo comunitário por sua da de 2 mil ha (Tabela 21). Da área disponível para o suprimento Regional do Juruá, com 14% e as Regionais 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS aa Vocação econômica e características de madeira, a regional Purus é responsável Baixo Acre e Alto Acre com 20% e 11% res‑ ambientais: Os dois aspectos estão inter‑ pela maior parte, com 33% do total, seguido pectivamente da área disponível para supri‑ O Sistema Econômico Estadual do Acre -relacionados. Inegavelmente o Acre pos‑

ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL pela regional Tarauacá/Envira, com 23%, a mento (Figura 22). tem como princípio básico a sustenta‑ sui uma das maiores Reserva Florestal do bilidade do Desenvolvimento Regional, País e sua aptidão está ligada à floresta. através da valorização dos produtos da Portanto, a tendência da economia está floresta, melhor distribuição de renda e na valoração dos produtos madeiráveis e diminuição das desigualdades sociais e extrativistas, pela riqueza direta ou indi‑ responsabilidade ambiental. retamente vinculada a Floresta; Não resta dúvida que a realização de aa Infraestrutura: Encontra-se em plena ex‑ investimentos proporciona melhorias nos pansão, o Governo estadual, juntamente

FLORESTAL DO ACRE indicadores sociais, quer seja de ordem di‑ com o Governo federal tem desenvol‑ reta ou indireta. De ordem direta, a partir vido ações para implantação de novos de investimentos públicos e de ordem in‑ distritos industriais, pavimentação de direta, pelo efeito multiplicador que os in‑ estradas, melhorias na área energéti‑ vestimentos são capazes de gerar. O efeito ca, saneamento básico para melhorar a multiplicador de um investimento é con‑ infra-estrutura e atrair novas indústrias ceituado pela capacidade de gerar novos para o Estado; investimentos em cadeia (além de gastos e aa Energia: Aumento da pressão na demanda poupança dos agentes econômicos). Além por energia, decorrente do crescimento ASPECTOS ECONÔMICOS E O POTENCIAL E O POTENCIAL ECONÔMICOS ASPECTOS DO ACRE FLORESTAL Figura 22. Distribuição das Áreas com Potencial para Suprimento por Regional das melhorias nos indicadores sociais, os populacional e das atividades produtivas; investimentos geram rendas e impostos. aa PIB do Estado: O crescimento do PIB do 182 Quanto à oferta de madeira para os estão associados ao manejo comunitá‑ No Estado existe uma vasta lista de investi‑ Estado é significativo, mas é preciso me‑ 183

E A ECONOMIA DO ACRE. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA LIVRO TEMÁTICO | VOLUME 5 diferentes usos, o Estado do Acre apre‑ rio, 46 milhões ao manejo empresarial e mentos em consecução, de origem interna‑ lhor distribuição do PIB entre os demais senta um potencial aproximado de 124 15 milhões às florestas públicas (Tabela cional e nacional, de fontes federais e es‑ municípios e aumento do valor do PIB milhões de m3, dos quais 63 milhões 23). taduais, além dos investimentos privados. per capita, em função do aumento signi‑ A atividade industrial ainda se encontra ficativo do PIB do Estado; Tabela 23. Oferta de Madeira Potencial por Tipo de Uso e Tipo de Manejo (m3) em estágio de amadurecimento, apesar de aa Setor primário: necessita agregar mais Tipo de Regional Tipo de Uso Total já haver um crescimento do setor indus‑ valor aos seus produtos, principalmente DO ACRE. E A ECONOMIA Manejo Alto Acre Baixo Acre Purus Tar./Env. Juruá

trial com reflexo no aumento de emprego o extrativismo, buscando a industrializa‑ 5 | VOLUME TEMÁTICO LIVRO Empresarial 1.268.717 3.764.696 4.140.311 3.530.011 1.447.047 14.150.783 e melhoria da renda na economia acreana. ção; Serrado para Comunitário 2.848.457 3.471.923 6.515.450 2.801.624 3.811.614 19.449.069 Todavia o Governo tem buscado o desen‑ aa Atividade Madeireira: encontra-se em fran‑ Beneficiamento Floresta Pública - 309.144 1.987.200 2.272.138 - 4.568.482 volvimento de ações para atrair novas in‑ co crescimento, mas, as ações de comando

SUBTOTAL 4.117.175 7.545.764 12.642.961 8.603.773 5.258.661 38.168.334 dústrias para o Estado, como no caso da e controle devem ser constantes; implantação da Zona de Processamento de aa Balança Comercial: com saldos positivos (su‑ Empresarial 1.205.513 3.577.148 3.934.050 3.354.154 1.374.959 13.445.824 Exportações na perspectiva de diversificar perávits), continuará sendo superavitário; Comunitário 2.706.554 3.298.960 6.190.866 2.662.054 3.621.728 18.480.161 Serrado e consolidar uma base industrial acreana. aa Investimentos e Financiamentos: O nível Corrente Floresta Pública - 293.744 1.888.202 2.158.945 - 4.340.891 Há que se ressaltar ainda alguns as‑ de investimentos e financiamentos no Es‑ SUBTOTAL 3.912.067 7.169.851 12.013.118 8.175.154 4.996.687 36.266.877 pectos, no sentido de nortear os rumos da tado é satisfatório, fomentando a atividade

Empresarial 249.183 739.406 813.179 693.313 284.208 2.779.289 economia no Estado: produtiva e fornecendo infra-estrutura.

Lâmina Comunitário 559.452 681.904 1.279.669 550.254 748.621 3.819.900 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: POPULAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE VIDA, INFRAESTRUTURA INFRAESTRUTURA DE VIDA, E AS CONDIÇÕES POPULAÇÃO SOCIOECONÔMICOS: ASPECTOS Faqueada Floresta Pública - 60.718 390.297 446.260 - 897.274

SUBTOTAL 808.635 1.482.028 2.483.145 1.689.827 1.032.829 7.496.464

Empresarial 1.407.602 4.176.812 4.593.545 3.916.437 1.605.454 15.699.850

Lâmina Comunitário 3.160.274 3.851.990 7.228.688 3.108.314 4.228.866 21.578.131 Torneada Floresta Pública - 342.986 2.204.736 2.520.866 - 5.068.588

SUBTOTAL 4.567.876 8.371.788 14.026.969 9.545.617 5.834.319 42.346.569

TOTAL 13.405.752 24.569.431 41.166.193 28.014.370 17.122.496 124.278.243 Fonte: IMAC/IBAMA lia, 2001. Disponível em: . Acesso em 22 jun. 2005. Lei no 5.868, de 12 de dezembro de 1972. Cria o Sistema Nacional de Cadastro Rural, e dá Capítulo 1 outras providências. Brasília, 1972. Disponível em: . Acesso em 22 jun. 2005.

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