27 JAN | 2013 MARIA JOÃO & MÁRIO LAGINHA IRIDESCENTE 21:00 SALA SUGGIA

Maria João voz Mário Laginha piano Eduardo Raon harpa João Frade acordeão Alexandre Frazão bateria e percussão ciclo jazz sonae

Maria João & Mário Laginha mantêm há mais de duas dé‑ A capacidade inovadora do duo proporciona em cada cadas um duo de invulgar cumplicidade, com centenas novo disco e nas actuações em palco momentos de criati‑ de concertos efectuados em e no estrangeiro e vidade e emoção. A música que interpretam não se pode vários discos gravados. rotular, sendo, muito simplesmente, a que gostam de fa‑ Iridescente, o mais recente opus do duo, demonstra, zer. Nela se encontram a originalidade e as influências uma vez mais, o enorme talento e criatividade de Maria sonoras dos países por onde passam para apresentar os João e Mário Laginha. Resultado de uma encomenda fei‑ seus espectáculos. Juntos gravaram, até agora, mais de ta pela Fundação Calouste Gulbenkian para um concerto uma dezena de discos, todos eles aclamados pela crítica incluído no ciclo Músicas do Mundo, a música de Irides- da especialidade. cente foi composta propositadamente para um invulgar A carreira de Maria João tem sido pautada pela partici‑ ensemble: voz, piano, acordeão, harpa e percussão. Ma‑ pação nos mais conceituados festivais de jazz da Europa ria João assina todas as letras e pela primeira vez esten‑ e do mundo. Um percurso iniciado na Escola de Jazz do de a sua capacidade criativa à música – é de sua autoria o Hot Clube de Portugal e que, em poucos anos, extrapolou tema que dá nome ao álbum. Todos os restantes temas e fronteiras, fazendo de Maria João uma das poucas canto‑ arranjos são da responsabilidade de Mário Laginha. ras portuguesas aclamadas no estrangeiro. Possuidora de

MECENAS PROGRAMAS DE SALA MECENAS CASA DA MÚSICA APOIO INSTITUCIONAL MECENAS PRINCIPAL MECENAS CICLO JAZZ SONAE CASA DA MÚSICA um estilo único, tornou‑se­ num ponto de referência no di‑ improvisador, compositor, produtor ou co­‑autor, tem es‑ fícil e competitivo campo da música improvisada. Uma tado envolvido em inúmeros concertos em Portugal e no capacidade vocal notável e uma intensidade interpretati‑ estrangeiro, assim como em encenações teatrais, coreo‑ va singular valeram‑lhe­ não só o reconhecimento interna‑ grafias, sonorizações para instalações, bandas sonoras ori‑ cional, como a figuração na galeria das melhores canto‑ ginais para cinema, cinema de animação, documentário, ras da actualidade. Unânimes no aplauso, crítica e público televisão e publicidade. Tem editado regularmente com nomearam‑na­ “uma voz levada às últimas consequên‑ vários projectos. No campo da música erudita contempo‑ cias”, declarando­‑a “uma cantora que não pára de evoluir”. rânea, gravou para a Antena 2 e estreou obras para ensem‑ Para além da sua pareceria com Mário Laginha, gra‑ ble e solo de Eurico Carrapatoso, Ivan Moody, João Lucas, vou em nome próprio: Sol; João, disco dedicado ao can‑ Joana Sá, Daniel Schvetz, Clotilde Rosa, Eli Camargo e Fer‑ cioneiro popular do Brasil; Amoras e Framboesas com a nando Lobo. Mais recentemente, ao abrigo do programa Orquestra Jazz de Matosinhos; e Electrodoméstico com Inov­‑Art, estagiou na Escola Superior de Música de Coló‑ Ogre, e tem já na calha um novo disco – Minúsculo, com nia, estando de momento a ultimar a edição do álbum a o seu projecto A Aventura das Abelhas. A nível interna‑ solo The Drive For Impulsive Actions. cional trabalhou com prestigiados nomes da música, tais como: Aki Takase, Bob Stenson, Christof Lauer, Gilberto João Frade acordeão Gil, Joe Zawinul, Laureen Newton, Lenine, Guinga, Wolf­ gang Muthspiel, Trilok Gurtu, Ralph Towner, Manu Ka‑ Joao Frade nasceu em 1983 e começou a estudar acor‑ tché, Saxofour, Jazz Orchestra e Frankfurt Big deão aos 8 anos. Cedo começou a ganhar todos os pré‑ Band, entre muitos outros. mios que havia para ganhar em festivais de acordeão. Aos Para Mário Laginha, fazer música é também um acto 15 anos, interessou‑se­ por géneros musicais diferentes e, de partilha. E tem­‑no feito com personalidades musicais aos 17 anos, toca pela primeira vez num clube de jazz, fortes: com Maria João, com Bernardo Sassetti, até ao seu começando a tocar com diferentes formações. Em 2002, desaparecimento, e com Pedro Burmester. Nestes duos é João Frade venceu alguns dos mais importantes concur‑ evidente a sua criatividade, uma grande solidez rítmica, sos mundiais de acordeão, e logo depois começa uma uma enorme riqueza harmónica e melódica. nova fase na sua carreira, procurando novas ideias e no‑ Criou o Trio de Mário Laginha com o contrabaixista vos caminhos musicais. Bernardo Moreira e o baterista Alexandre Frazão com o Tocou profusamente em numerosos países, juntamen‑ qual editou o cd Espaço, em que relaciona a sua músi‑ te com músicos como Flora Purim, Airto Moreira, Edu ca com o universo da arquitectura, e Mongrel, uma irre‑ Miranda, Paulinho Lemos, Antonio Mesa, Tuniko Gou‑ verente leitura da música de Fryderyk Chopin. Na sua lart, Carlos Sarduy e Stanley Jordan, entre muitos outros. discografia, já extensa, tem ainda trabalhos a solo (o pre‑ João Frade trabalha também como professor, composi‑ miado Canções e Fugas), em quinteto, em duo com Ma‑ tor, arranjador e músico de estúdio. ria João, com Bernardo Sassetti e com Pedro Burmester, e ainda em trio com estes dois pianistas. Alexandre Frazão bateria e percussão Tem tocado e gravado com músicos excepcionais como Wayne Shorter, Wolfgang Muthspiel, Trilok Gurtu, Gil‑ Alexandre Frazão nasceu no Rio de Janeiro e vive em Por‑ berto Gil, Lenine, André Mehmari, Ralph Towner, Manu tugal desde 1987. Estudou com Alan Dawson, Kenny Katché, Dino Saluzzi, Julian Argüelles, Helge Andreas Washington e Max Roach. Norbakken e Django Bates. A sua actividade profissional tem sido orientada, maio‑ Com enorme versatilidade e domínio da composição, ritariamente, para o jazz e a música improvisada, e cola‑ escreveu para diversas formações, como a Big Band da Rá‑ bora com muitos artistas nacionais e internacionais: na dio de Hamburgo, a Orquestra Filarmónica de Hanôver, área do jazz com Maria João & Mário Laginha, Dave O’Hi‑ a Orquestra Metropolitana de Lisboa, o Remix Ensemb‑ ggins, Jon Freeman e Mark Turner, entre outros. Noutras le Casa da Música, o Drumming – Grupo de Percussão, a áreas, com Rão Kyao, Joel Xavier, Tim Tim por Tim Tum Orquestra Nacional do e a Orquestra Sinfónica de e com Jim Black. Alguns dos álbuns que melhor repre‑ Bruxelas. Entre as peças de sua autoria destacam­‑se mú‑ sentam o seu estilo são: Nocturno de Bernardo Sassetti, sica para teatro e cinema, um concerto para piano e or‑ Filactera de Mário Delgado, Undercovers de Maria João & questra estreado no Festival Internacional de Música do Mário Laginha, Tempo de , e também a Algarve, e um concerto para clarinete e orquestra, com‑ gravação do dvd de Rui Veloso O Concerto Acústico. Par‑ posto para Guimarães Capital da Cultura 2012. ticipou em mais de trinta discos de outros artistas. Em 2002 fundou o tgb (Tuba, Guitarra e Bateria) com Mário Eduardo Raon harpa Delgado e Sérgio Carolino, que deu origem ao disco ho‑ mónimo que inclui temas da sua autoria. Participou em Tem actuado desde 1992 com vários grupos e ensem‑ inúmeros festivais de jazz, em Portugal e no estrangeiro, bles, destacando­‑se pela frequência os espectáculos com com alguns dos artistas já referidos. De momento, inte‑ powertrio, Bypass, Hipnótica, Ela Não É Francesa Ele gra o ensemble Tim Tim por Tim Tum e a banda de tribu‑ Não É Espanhol e em nome próprio. Seja como intérprete, to a Frank Zappa – Led On.

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