Editor Xoan Vázquez Mao

Editorial Eixo Atlántico do Noroeste Peninsular

Autores Luis Domínguez Castro David Pontes

Coordenação Chus Torres Elisa Vázquez Collazo

Colaboração Violeta Bouzada Novóa Rita Fidalgo Oitavén Marta Cabanas Cal Ao longo destes 20 anos temos o registo de cerca de 3.000 Traduções pessoas que participaram ativamente nos trabalhos do Marta Ferreira Eixo Atlântico. Xiana Vázquez Bouzo Obviamente, é impossível mencioná-las a todas, até por- Gerónimo Nadal Valenzuela que, de muitas delas não ficou nenhuma constância gráfica Ana Almeida da sua participação. Raquel Silva Ás que não aparecem, seja qual for o motivo, queremos Sprint pedir-lhes desculpa e reconhecer publicamente a sua con- tribuição e dedicação sem a qual, hoje, o Eixo Atlântico Desenho e Maquetação não ocuparia o papel que ocupa. JOSÉ FANDIÑO MUSA CREACIONES A Elisa Vázquez e Chus Torres, não só pela imensa quanti- dade de horas que dedicaram a este livro, como também pelo carinho e profissionalismo com que o fizeram, marca Impressão das coisas que se fazem não só com a cabeça, mas também Tórculo Artes Gráficas, S.A. com o coração…

ISBN 978-989-97959-0-7 ÍNDICE / index

4 Mensagem 8 EIXO ATLÂNTICO / EIXO ATLÁNTICO 50 GALERIA DE FOTOS / GALERÍA FOTOGRÁFICA / PHOTO GALLERY 278 O QUE É O EIXO ATLÂNTICO? 320 Euro-Região 2020 330 TEXTOS En ESPAÑOL 330 MENSAJE 334 EIXO ATLÁNTICO 364 ¿QUÉ ES EL EIXO ATLÁNTICO? 368 Eurorregión 2020 372 english texts 372 MesSage 376 THE EIXO ATLáNTICO 404 What is Eixo Atlántico? 408 EuroregiOn 2020 20 anos do Eixo Atlântico Mensagem

José Maria Costa Presidente do Eixo Atlântico

Comemora-se, este ano, o 20º Aniversário da Constituição do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular, que nasceu em Abril de 1992, em reunião realizada no Porto onde 12 cidades tomaram a decisão política de fundar o Eixo Atlântico e assinaram uma declaração de constituição, materializada em 28 de Setem- bro de 1992, com a assinatura da escritura de constituição desta Associação, realizada em Viana do Castelo.

Passados 20 anos, mantêm-se actuais os princípios e os objectivos subjacentes à sua constituição, nomeadamente o papel das ci- dades na construção e integração europeias, a implementação de uma Euro Região Norte – Galiza, e o desenvolvimento e a cooperação integrada assente numa estraté- gia de mobilidade de pessoas, serviços e bens.

Na esteira do trabalho realizado , podemos afirmar que existe um conjunto de relações

4 EIXO ATLÂNTICO muito estreitas entre a Região Norte de Por- técnicos municipais, especialistas de univer- processo colaborativo na Euro-região Galiza- tugal e a Galiza, que faz deste espaço trans- sidades, que participaram de forma activa -Norte de Portugal. A todos elas, embora fronteiriço um local privilegiado de coesão e continuamente no seu desenvolvimento, apenas uma pequena parte se vejam refle- territorial, de construção de uma economia constituindo um caso único na Europa de vi- tidas na memória gráfica desta publicação, inter-regional, com dinâmicas relevantes a talidade e participação. quero dedicar este livro, com o nosso agra- nível económico, social, laboral, financeiro, decimento, e admiração e com a esperança universitário e cultural, com o objectivo de Na altura em que se questionam valores e de que dentro de 20 anos, o Eixo Atlântico aprofundar e consolidar este espaço econó- que a crise europeia não nos tranquiliza, ne- continue a ser apreciada como uma organi- mico, tornando-o mais atractivo, mais com- cessitamos de organizações fortes e coesas zação de referência e um caso de sucesso na petitivo e com maior projecção externa, para que permitam ultrapassar as dificuldades e União Europeia. potenciar o desenvolvimento sócio - econó- aprofundar a Europa e transformá-lo num mico do Norte de Portugal e da Galiza. espaço de coesão para as cidades e para as Não posso deixar de assinalar o orgulho de pessoas. presidir aos destinos do Eixo Atlântico, na É todo este percurso que pretendemos evi- qualidade de Presidente do Município de denciar com a publicação deste livro, que Estou convicto que o Eixo Atlântico vai conti- Viana do Castelo, cidade onde há 20 anos foi aborda a história do Eixo Atlântico, através nuar a perseguir estes objectivos, afirmando- constituída esta Associação de cooperação da análise e da memória fotográfica do que -se pela qualidade dos seus projectos e pela entre cidades. foi e é o extraordinário trabalho realizado intervenção nas questões essenciais para o ao longo de 20 anos pela grande equipa de desenvolvimento desta Euro – Região. profissionais que constituem o Eixo Atlânti- co. Mas também, realçar o trabalho das mais Foram mais de cinco mil pessoas que durante de quatrocentas pessoas, entre políticos, estes 20 anos ajudaram e construíram este

Mensagem 5

20 anos do Eixo Atlântico EIXO ATLÂNTICO

A história de uma aliança de cidades com história

Luis Domínguez Castro da que os poderes regionais foram ganhando urbanos comunitários. Esta rede agrupa ini- Universidade de Vigo presença e competências, sobretudo a partir cialmente as cidades que contam com mais de 1970, a concorrência entre poderes regio- de 250.000 habitantes, embora sejam con- nais e poderes locais tornou-se uma das mais templadas algumas excepções com um alto Os anos oitenta do século passado assistiram intensas na área da política europeia. valor qualitativo, e o que é mais importante, a um claro relançamento do projecto euro- se integrem também os parceiros económi- peu, justamente identificado com a presidên- Nem sempre houve relações de colaboração cos (câmaras de comércio) e científicos (uni- cia de J. Delors. Nesse contexto falou-se de e integração entre as autoridades locais e as versidades), inseparáveis do futuro urbano da várias Europas possíveis. A conhecida Europa regionais. Por vezes, quando se disputavam Europa. dos mercadores projectada no horizonte do as competências descentralizadas pelos Esta- mercado único; a reclamada Europa dos tra- dos, ou quando as novas estruturas de poder Se as expectativas de relançamento do pro- balhadores reivindicada pela esquerda proce- regional eram impostas em competências an- cesso de construção europeia que se fazem dente da breve experiência eurocomunista; teriormente geridas pelos municípios, os con- sentir desde o início da década de oitenta do a inovadora Europa dos cidadãos lançada frontos revelaram-se inevitáveis. À criação da século passado, depois da crise da primeira por F. Miterrand em Fontainebleau e deli- Assembleia das Regiões da Europa (ARE), o ampliação e do fim do modelo de cresci- neada no subsequente Relatório Adonnino; máximo lobby destas na época em que se re- mento económico do pós-guerra, explicam a federal Europa dos povos retomada pelos lançava o projecto de construção europeia, o dinamismo das estruturas organizativas de partidos nacionalistas interessados numa re- em 1985, responderam simbolicamente as cidades e regiões europeias e a competição ordenação do mapa político; a emergente cidades convocando uma Conferência sobre entre elas, já a emergência de novas redes de Europa das regiões mais adequada às novas “A grande cidade: motor do crescimento cooperação inter-regional e transfronteiriça articulações administrativas dos Estados: a económico”, que se celebraria em Rotterdam está estreitamente vinculada à entrada em veterana Europa das cidades sempre presen- em 1986. Desta Conferência, continuada em funcionamento das novas políticas regionais te, com maior ou menor visibilidade, desde o anos sucessivos noutras sedes sempre com as que, em perfeita sintonia com as novas direc- início do processo. cidades como ponto de referência temático, trizes de política de coesão económica e so- nascerá a organização Eurocities. Barcelona, cial contempladas pelo Acto Único, se põem As duas últimas formulações, a Europa das Birmingham, Lyon, Roterdão, Frankfurt e em marcha pelo denominado I Pacote Delors regiões e a Europa das cidades, são cruciais Milão, todas grandes cidades europeias sem em 1988. Com efeito, tanto o Regulamento para entender o nascimento do Eixo Atlânti- estatuto de capital, serão as grandes anima- FEDER como, especialmente, a entrada em co do Noroeste Peninsular. De facto, à medi- doras de Eurocities como lobby dos sistemas vigor da Iniciativa Comunitária INTERREG vão

8 EIXO ATLÂNTICO desempenhar um papel decisivo no apare- A 24 de Outubro de 1986 tiveram lugar as começou a ser pensado numa noite de São cimento de um punhado de associações de cerimónias oficiais de geminação entre Porto João no decurso de um jantar organizado no cooperação. Este tipo de associação tira par- e Vigo. A Geminação de cidades na Europa Porto pela Associação Empresarial Portuense. tido das generosas contribuições económicas começou por ser uma iniciativa de reconci- Corria o ano de 1991. À mesma mesa estive- que Bruxelas estava disposta a oferecer aos liação franco-germânica, no início dos anos ram sentados a jantar os presidentes de câ- interlocutores que apostassem numa gover- 50, depois dos conflitos fratricidas dos cem mara do Porto (Fernando Gomes), de Lisboa nação baseada em dois princípios fundamen- anos precedentes, e em 1957, chegou mes- (Jorge Sampaio) e de Vigo (Carlos González tais: a parceria e a subsidiariedade. Ambos os mo a criar-se a Federação Mundial de Cida- Principe), na companhia do Presidente da princípios concorrem para uma forte presen- des Geminadas, por iniciativa da organização República (Mário Soares) e do Presidente da ça dos poderes subestatais, tanto regionais francesa “Monde Bilingue”. Fruto da boa re- Generalitat (Jordi Pujol). Naquela época, Fer- como locais. lação entre as duas cidades, o Eixo Atlântico nando Gomes era uma das figuras de maior

Reunião pré-fundacional. Reunión prefundacional. Pre-founding meeting.

EIXO ATLÂNTICO. A história de uma aliança de cidades com história 9 20 anos do Eixo Atlântico

destaque no PS português, que estava desde da autarquia, Manuel Souto, que permitiu da União Europeia. A ideia era criar uma as- 1985 na oposição, a par de Jorge Sampaio, ao número dois da sua lista, Príncipe, ocupar sociação politicamente forte, pelo que não presidente da Câmara Municipal de Lisboa a presidência local. Na Galiza o PsdeG tinha seria possível integrar a totalidade dos mu- e Secretário Geral do Partido, e de António perdido o governo da Xunta e assumia ago- nicípios mas apenas os mais importantes das Guterres, seu sucessor na direcção do par- ra o governo das principais cidades. Deste duas regiões que deviam, além disso, e para tido. Gomes estava muito interessado nos modo, os presidentes de câmara, especial- evitar qualquer interpretação partidista, ser temas comunitários, como Vicepresidente mente o de A Coruña, Francisco Vásquez, representados por presidentes ligados a to- do Grupo Socialista no Parlamento Europeu gozavam de um grande prestígio interno das as principais forças políticas. e relator da Reforma dos Fundos Estruturais face à liderança historicamente débil do Se- na Comissão de Política Regional. Por outro cretário Geral. Ansioso por jogar um papel A 1 de Abril de 1992 anunciava-se no Porto lado, era claramente partidário da regionali- importante na fase de reajustamento do so- a constituição do Eixo Atlântico do Noroes- zação do seu país. De facto, anos mais tarde, cialismo galego, Príncipe lança, nos primei- te Peninsular, depois de um intenso debate a própria rede C-6 desenvolveria esforços no ros dias de mandato, a ideia de uma aliança prévio sobre a fórmula jurídica a seguir. Al- sentido de incorporar o Porto ao seu club e para defender os interesses das sete grandes guns pretendiam que a nova entidade fosse desse modo reunir cidades de três países da cidades galegas na Xunta e em Madrid. O constituída ao abrigo do direito internacio- Comunidade, o que permitiria aceder mais primeiro passo foi dado com uma aproxi- nal clássico do Tratado de Amizade entre facilmente aos fundos comunitários. Não mação entre Vigo e A Coruña. Com efeito, Espanha e Portugal, tese do presidente da deve esquecer-se que em Dezembro de 1991 em Setembro de 1991, nove anos depois de Câmara de Viana do Castelo, Carlos Branco os doze países que integravam a Comunida- chegar à presidência de A Coruña, Francisco Morais, outros preferiam proceder ao abrigo de aprovavam o tratado de Maastricht que Vásquez visita oficialmente Vigo para apoiar do direito comunitário recorrendo à figura aprofundava as políticas de coesão económi- a estratégia de alianças urbanas de Príncipe, da Associação Europeia de Interesse Econó- ca e social e criava para esse efeito um novo obtendo em troca o apoio deste, na altura mico, tese de Fernando Gomes. Eram doze fundo, dito de coesão. Fernando Gomes, Vice-secretário Geral do PsdeG, à sua candi- as cidades associadas: seis galegas – Vigo, um europeísta hábil, via já as possibilidades datura a presidente da Federação Espanhola Pontevedra, Santiago, A Coruña, Ferrol e Ou- de “lobby” que as cidades e outros acto- de Províncias e Municípios (FEMP). Ponteve- rense – e outras tantas portuguesas – Porto, res locais poderiam explorar, com o aval da dra, então governada por Jabier Cobián do Braga, Viana, Vila Real, Chaves e Bragança. A Comissão, na programação que se iniciaria Partido Popular, junta-se em Setembro ao presença de um representante da DG Regio, em 1994. Enquanto isso, aproximavam-se os grupo que apoia a ideia da aliança. o alemão Manfred Beschel, na cerimónia de prazos de entrada em vigor do mercado úni- fundação e a recepção oferecida a Fernando co, um cenário em que a cooperação entre No primeiro fim de semana de Outubro, Go- Gomes em Bruxelas, dia 3 de Abril, pelo Di- regiões fronteiriças traria novas oportunida- mes e Príncipe reúnem-se no Porto e apos- rector Geral de Política Regional, Eneko Lan- des de desenvolvimento económico. tam na criação de uma aliança Porto-Vigo- dáburu, deixavam claramente manifestado o A Coruña “para dar força ao Eixo Atlântico carácter europeísta da organização. Por seu lado, Carlos G. Príncipe chegava ao dentro das estruturas da CE”. A partir des- município viguês com um certo deficit de le- se momento, o que ia ser uma aliança das A declaração fundadora começava dizen- gitimidade democrática. Dado que não tinha grandes cidades galegas ganha um horizon- do que «A aplicação e entrada em vigor do encabeçado a lista do seu partido nas elei- te mais ambicioso e, pela mão de Fernando ACTO ÚNICO EUROPEU a partir de 1 de Ja- ções de Maio, foi o veto dos nacionalistas Gomes, caminha em direcção a uma rede neiro de 1993, assim como o desenvolvimen- da Esquerda Galega ao anterior presidente urbana de cidades transfronteiriças no seio to das medidas adoptadas na Conferência de

10 EIXO ATLÂNTICO MAASTRICHT requerem a adopção urgente jam canalizados nas nossas regiões priorita- cada um dos sócios. A cerimónia contou com de medidas políticas que permitam assegu- riamente para junto dos meios urbanos.». O a presença do Secretário de Estado espanhol rar o papel das cidades na construção da carácter de “lobby” com que nascia a orga- para a CE, Carlos Westendorfp, e com o Che- EUROPA UNIDA.». Tratava-se de construir o nização fazia com que precisasse de manter fe de Unidade para Espanha da DG Regio, mercado único entre nós e para isso, dizia- boas relações com todos os actores. A pró- Claude André. -se, «é condição indispensável a superação pria Declaração o confirma: «Nascemos com das barreiras físicas mediante infra-estruturas vontade de diálogo e acordo com todas as Finalmente, no dia 28 de Setembro de 1992, públicas que permitam a articulação de um outras instituições, Xunta de Galicia, Gover- em Viana do Castelo, celebrou-se a constitui- MERCADO ÚNICO TRANSFRONTEIRIÇO.». no de Portugal, Governo de Espanha, que es- ção oficial com a presença e o apoio do Presi- Para que as infra-estruturas necessárias se tão objectivamente interessadas no Projecto dente da Reepública Portuguesa, Mário Soa- fizessem realidade apontava-se às ajudas co- de Unidade e Coesão Europeia.». res. Lugo incorporou-se, nesta ocasião, como munitárias previstas no Pacote Delors II e a décimo terceiro membro do Eixo Atlântico. reivindicação era clara: «Nós, em nome das No dia 12 de Junho de 1992, no paço de cidades que subscrevem este documento, Castrelos em Vigo, foram aprovados os es- cremos fundamental que os ditos fundos se- tatutos, para a sua posterior ratificação por

Manuel Cabezas e Francisco Mesquita na inauguração da Bienal de Pintura. Manuel Cabezas y Francisco Mesquita en la inauguración de la Bienal de Pintura. Manuel Cabezas and Francisco Mesquita at the Painting Biennial inauguration.

EIXO ATLÂNTICO. A história de uma aliança de cidades com história 11 20 anos do Eixo Atlântico Os primeiros anos (1992 - 1994)

Um “lobby” do poder urbano

Desde aquele dia 1 de Abril de 1992 o Eixo institucional em que todos os sócios têm mo em Braga e de cultura em Santiago. Foi precorreu um longo caminho que podemos assento nos órgãos executivos provoca uma também confiada a Vigo a redacção de um estruturar em quatro etapas. Uma primeira certa paralisia, agravada pelo desinteresse de documento de criação de um Observatório etapa fundacional que iria de 1992 até 1994, algumas cidades que nem assistem às reuni- Urbano. Não obstante, nesta mesma reu- sob a presidência do Porto. ões nem transferem as verbas estipuladas na nião, ficou claro que ainda não tinha sido data aprazada . encontrado um funcionamento adequado ao Desenvolvimento organizativo dia-a-dia da oraganização. Acordou-se que Um problema se detecta desde os primeiros seriam feitos esforços para a dotar de um Desde este ponto de vista, a associação de momentos, a falta de pessoal para gerir o apoio administrativo permanente e, enquan- direito privado português constituída pelo dia-a-dia da organização. Na primeira Co- to isso, que cada município designasse um Eixo Atlântico começa já a dar mostras da missão Executiva, que se celebra em Braga elemento executivo que se responsabilizaria sua singularidade. Com efeito, os estatutos a 21 de Dezembro de 1992, aprovam-se os pelos trabalhos de acompanhamento da ac- de 1992 contemplam uma Assembleia e uma primeiros orçamentos do Eixo que destinam tuação do Eixo. Comissão Executiva em que estão presen- 9,3% dos fundos ao pagamento do pessoal tes todas as cidades, na primeira com três de secretariado necessário na sede da presi- Por último, ainda nesta vertente organizativa, membros e na segunda com um, pelo que dência. Na segunda Comissão Executiva, ce- a cidade de Vilagarcía de Arousa apresenta a se verifica alguma sobreposição dos dois ór- lebrada em Ferrol a 5 de Fevereiro de 1993 candidatura à integração no Eixo Atlântico. gãos; a Comissão Executiva tem a iniciativa aprovou-se o actual logotipo proposto pelo na planificação e nos orçamentos que são professor Juan Nunes. Desenvolvimento programático depois submetidos à Assembleia para apro- vação. A novidade está na Presidência e na Do desenvolvimento funcional do Eixo Atlân- Do ponto de vista programático, a primeira Vice-presidência. O presidente é eleito pela tico nasceram as reuniões sectoriais, que não Assembleia Geral, celebrada em Ourense Executiva, de entre os Alcaldes e Presidentes estavam previstas pelos estatutos funda- no dia 20 de Novembro de 1992, deliberou de Câmara, com mandato de dois anos, nos dores. A decisão foi tomada pela Comissão aprovar oito prioridades que demonstram dois primeiros mandatos, e com uma dura- Executiva celebrada em Bragança, no dia 30 um elevado grau de conhecimento das linhas ção de um ano nos mandatos seguintes. Isto de Setembro de 1994. Era uma resposta à mestras das políticas urbanas e de desenvol- rompe com o tradicional princípio da rotação escassez de iniciativas que então se verifica- vimento sustentável que desde então e até nacional de cargos nas estruturas de coo- va. Foram acordadas nessa ocasião reuniões hoje têm presidido às estratégias comunitá- peração europeias. Contudo, esta estrutura sectoriais de desporto em Chaves, de turis- rias. Eram elas:

12 EIXO ATLÂNTICO 1. Completar as infraestruturas rodoviárias 4. Incentivar as iniciativas de cooperação to de uma rede de gás natural inter- e ferroviárias que unem a Euro-região às entre universidades, empresas e pode- -regional; desenvolvimento de redes de grandes redes transeuropeias de trans- res locais, com sócios tanto públicos telecomunicações. porte. como privados. 8. Construção de pontes sobre o Minho: 2. Promover a redefinição da estratégia de 5. Promover a criação de Centros de Ne- Vila Nova de Cerveira-Goián e Melgaço- transportes de mercadorias numa pers- gócios e Centros de Informação de Mer- -Arbo. pectiva multimodal, por estrada, ferro- cados Exteriores. carril e transporte marítimo. Para a realização destas prioridades espera- 6. Promover e apoiar acções de recupera- va-se poder recorrer aos quadros comunitá- ção, reconversão e reabilitação do patri- 3. Promover a criação de centros de inves- rios de apoio a Espanha e Portugal, em vigor mónio histórico e cultural. tigação e formação permanente através naquela época – 1990-1994 -, e que fosse da criação de Parques de Ciência e Tec- 7. Promover a realização de estudos em possível introduzir actuações favoráveis a es- nologia vinculados às universidades. duas frentes principais: desenvolvimen- ses objectivos nos seguintes, que estavam em negociação.

Visita ao Forte de Bragança. 1999. Visita a la Fortaleza de Bragança. 1999. Visit to the Bragança Fortress. 1999.

EIXO ATLÂNTICO. A história de uma aliança de cidades com história 13 20 anos do Eixo Atlântico

Por último, para ter mais garantias de êxito, do Eixo Atlântico foi entregue em 1994 e das, a começar pela própria criação de uma o Eixo decidiu encomendar um estudo es- representa a realização mais importante da estrutura singular no campo da cooperação tratégico para justificar aquelas prioridades. organização nesta primeira fase da sua histó- territorial na Europa. São também de louvar a Nas primeiras semanas de 1993, uma equipa ria. Isto porque o documento acabou por se construção dos alicerces de um potente “lo- multidisciplinar de especialistas das duas re- converter numa carta de apresentação ideal bby” de defesa dos interesses das políticas ur- giões sob a coordenação de António Figuei- junto das autoridades nacionais e comunitá- banas, superando localismos e tentações de redo e Anxel Viñas deu início à elaboração rias. Com efeito, primeiro Felipe González na confrontação com outros poderes; a aposta de um relatório. A encomenda pedia uma Moncloa, depois o mesmo González e Ca- no conhecimento como ferramenta de impul- caracterização do papel das treze cidades vaco Silva no decurso da Cimeira Ibérica do so às exigências das cidades da Euro-região, que naquela época integravam o Eixo, que se Porto em Novembro e, finalmente, o Comis- que converteram o I Estudo Estratégico na determinassem perfis de complementaridade sário de política regional, Bruce Millan, foram bíblia que orientaria os passos da organiza- e/ou concorrência entre as mesmas, que se visitados oficialmente pelos presidentes de ção, e na sua mais importante garantia; a identificassem carências e se propusessem câmara do Porto e de Vigo que lhes apresen- capacidade de superar as deficiências orga- intervenções, que fossem tipificadas as novas taram a nova associação e o resultado dos nizativas dos primeiros estatutos através das dinâmicas das práticas urbanas emergentes estudos estratégicos. Tudo isto no decurso reuniões sectoriais, germe das futuras Comis- no que toca a experiências inovadoras e de do ano de 1994. sões Delegadas, que deram o primeiro fruto qualificação da vida urbana e, por último, com os I Jogos do Eixo Atlântico, que preten- que fossem propostos âmbitos temáticos e Conclusões diam envolver todas as cidades do Eixo nas acções possíveis para a promoção de redes suas actividades. Por último, destaca-se ainda de cooperação entre as cidades. O trabalho, Esta primeira etapa na história do Eixo sal- a decisão de apresentar o Eixo Atlântico às que viria a constituir o I Estudo Estratégico dou-se em decisões evidentemente acerta- autoridades nacionais e comunitárias que lhe deu a necessária visibilidade.

Não obstante, também se cometeram erros significativos. O mais importante foi, sem dúvida, não dotado a associação de uma es- trutura técnico-administrativa estável. Pode também censurar-se uma focalização excessi- va do trabalho na obtenção de fundos comu- nitários através de candidaturas vencedoras sem a preparação necessária. Isso fez com que o Eixo parecesse, em Bruxelas, mero meio de “facilitar” recursos financeiros aos seus membros. É ainda de assinalar a dependên- cia da personalidade dos seus dois principais impulsionadores, Gomes e Príncipe, e das ci- Os presidentes do Porto, Vigo e Corunha assinam o primeiro acordo. dades do Porto e de Vigo, que fez com que Los alcaldes de Oporto, Vigo y A Coruña firman el primer acuerdo. as demais manifestem um certo desinteresse. The Mayors of Porto, Vigo and A Coruña sign their first agreement.

14 EIXO ATLÂNTICO Secretário de Estado, António Almeida; presidente do Eixo Atlântico, José Maria Costa e Presidente da Assembleia-geral, Jorge Nunes. Viana do Castelo. 2012. Secretario de Estado, Antonio Almeida; presidente del Eixo Atlântico, José María Costa y Presidente de la Asamblea General, Jorge Nunes. Viana do Castelo. 2012. , Antonio Almeida; president of Eixo Atlantico, José María Costa and President of the General Assembly, Jorge Nunes. Viana do Castelo. 2012.

EIXO ATLÂNTICO. A história de uma aliança de cidades com história 15 20 anos do Eixo Atlântico A necessária redefinição (1995 - 1999)

Algo mais que um “lobby”, um staff e um financiamento estável

Em Maio de 1995 o mapa eleitoral do poder disposto a contribuir para o relançamento da diante a promoção de serviços tanto de local na Galiza mudou radicalmente. O Par- associação. Em segundo, rompendo com o cobertura como de lazer, aumentando tido Popular passou de governar duas das modelo do Porto de confiar a administração assim a sua visibilidade. sete grandes cidades a fazê-lo em cinco. A quotidiana do Eixo a um serviço determinado presidência outorgada a Vigo, na Assembleia do Concelho – no caso anterior ao departa- • Dotar-se de um instrumento dinamiza- de Pontevedra em Fevereiro de 1995 vai ser mento de relações internacionais –, optando dor do desenvolvimento social e comu- exercida pelo novo detentor do poder muni- por criar uma estrutura própria a cargo de um nitário mediante a conversão, parcial cipal, Manuel Pérez. As reservas que Carlos Director Técnico, Xoán Vásquez Mao. e paulatina, do Eixo numa Agência de G. Principe provocaba nos presidentes de Desenvolvimento “Euro-regional”. Cãmara do Partido Popular, e a convicção No Conselho Delibreante de Vigo, celebrado de que o Eixo Atlântico era uma ferramenta no dia 30 de Outubro de 1995, Manuel Pé- Fruto da reflexão sobre os primeiros anos de socialista para combater a Comunidade de rez manifesta a sua aposta por um Eixo “que vida da associação, neste Conselho decidiu- Trabalho Galicia-Norte de Portugal, impulsio- some à sua eficácia e dinamismo na gestão -se estabelecer duas sedes operativas, uma nada pela Xunta e pela CCR-N, levaram os e à defesa dos nossos interesses junto da UE no Porto e outra em Vigo, com pessoal está- alcaldes do PP a anunciar que as cidades por uma acessibilidade, uma tangibilidade para vel. A 14 de dezembro, na cidade de Viana eles governadas abandonavam o Eixo Atlân- a cidadania. Que se note na rua, junto da do Castelo, a III Assembleia Geral aprovou tico. Esse abandono acabou afinal por não se população, que fortaleça o sentimento de as orientações apresentadas na reunião an- dar, graças à intervenção do Presidente Fra- pertença a um processo comum...”. Em con- terior, em Vigo. O documento não só con- ga que deu instruções explícitas para que se sequência, propõe um elenco de orientações solidava as três prioridades como propunha fizesse justamente o contrário. A presidência baseado em três prioridades: acções concretas para as realizar. de Manuel Pérez arranca com a convocação

de um Conselho Deliberante para tratar, jus- • Fortalecer o “lobby” enquanto instru- *Fortalecer o “lobby”: tamente, da definição de objectivos do Eixo mento de promoção e defesa dos inte- e da estratégia a seguir no futuro imediato. resses das cidades membro ante a UE e 1. Pôr em funcionamento o observatório Previamente foram tomadas duas decisões os próprios estados sem configurar um urbano. que haviam de ter grande relevância. Em pri- contrapoder. meiro lugar, graças ao apoio do Presidente da 2. Convocar um Congresso para debater o Xunta, Manuel Fraga, limaram-se as diferen- • Fomentar a acessibilidade e envolvi- plano estratégico. ças com o alcalde de A Coruña, que se mostra mento do Eixo com a cidadania me-

16 EIXO ATLÂNTICO 3. Realizar o acompanhamento das candi- 3. Linha de publicações própria. *Converter-se numa Agência de Desenvolvi- daturas apresentadas e promover novas mento: candidaturas para conseguir o financia- 4. Certames artísticos: narrativa curta e mento necessário e alcançar os objecti- pintura. 1. Criar a Agência de Desenvolvimento. vos do plano estratégico. 5. Desporto: Jogos do Eixo, torneio de fu- 2. Promoção do tecido industrial mediante * Fomentar a visibilidade e a acessibilidade tebol e volta em bicicleta. presença em Feiras e introdução em no- do Eixo (procurando sempre o envolvimento vos mercados. da sociedade civil): 6. Promover o circuito turístico “Eixo Atlântico” interior e exterior. 3. Captação de investimentos, entre ou- 1. Publicação, sob a forma de revista ou tros medidas, com a criação de Centros jornal, de um órgão de comunicação do 7. Imagem institucional: pin e brinde pró- de Negócios nas cidades do Eixo. Eixo. prios. 4. Fomentar a competitividade com ajudas 2. Promover a creação – por parte da ini- 8. Encontro euro-regional da terceira comunitárias para redes de telcomu- ciativa privada – de um projecto de co- idade. nicações, transporte de mercadorias e municação multimédia euro-regional. formação.

Visita a Guimarães em apoio à candidatura para a declaração da cidade como Património da Humanidade. Visita a Guimarães en apoyo a la candidatura para la declaración de la ciudad como Patrimonio de la Humanidad. Visit to Guimarães in support of the candidature for the declaration of the city as World Heritage.

EIXO ATLÂNTICO. A história de uma aliança de cidades com história 17 20 anos do Eixo Atlântico

5. Completar o mapa de infra-estruturas seis presidentes de câmara, dois deles per- a da cessação do mandato com o acordo de aprovado em 1992. manentes, em representação do Porto e de dois terços da Executiva, é deixada em aber- Vigo, por serem as cidades fundadoras e por to. Na mesma linha de eficácia organizativa, 6. Promover encontros de coordenação possuiram ambas uma sede da associação, e a Assembleia Geral acabou por aprovar que com os agentes económicos, sociais e quatro eleitos pela Assembleia com mandato a cidade que fosse substituída na Presidência universitários para realizar programas e de quatro anos. Estas alterações vinham so- ocupasse a Vicepresidência. projectos conjuntos. lucionar uma real duplicação dos dois órgãos de direcção no que toca à sua composição. É A primeira Comissão Executiva, ocupada Desenvolvimento organizativo verdade que, na sequência de uma proposta pelos presidentes de câmara de Vigo, Porto, de Fernando Gomes, e para contentar os mu- Viana, Braga, Santiago e Ourense, acordou Este concreto e ambicioso programa coin- nicípios do interior, com Bragança à cabeça, a na sua primeira sessão, que se celebrou em cidiu com a primeira e com a segunda am- Assembleia Geral optou por um modelo ino- Santiago no dia 12 de Fevereiro de 1998, no- pliações das cidades do Eixo. Efectivamente, vador que seguia o do Comité das Regiões: mear Secretário Geral do Eixo Atlântico Xoán em finais de 1995 incorporam-se as cidades mandatos de quatro anos, mas renováveis Vásquez Mao, que até esse momento ocupa- galegas de Vilagarcía de Arousa e Monforte cada dois para envolver activamente mais va o cargo de Director Técnico. Uma decisão de Lemos e, nos finais de 1997, juntam-se- cidades. O Presidente seria eleito pela Co- que iria alterar consideravelmente a dinâmica -lhes as cidades portuguesas de Guimarães, missão Executiva de entre os seus membros interna da organização. A partir do momento Vila Nova de Gaia e Peso da Régua. com um mandato cuja duração é deixada ao em que é empossado, o Secretário geral pas- critério da Comissão, mas não poderá supe- sa a fazer parte da Comissão Executiva, com Ao mesmo tempo, o debate interno sobre o rar o mandato dela mesma, fixado em quatro voz mas sem voto, exercendo as funções de futuro do Eixo, iniciado no Conselho Delibe- anos; a possibilidade de reeleição, tal como secretário da mesma. Para dar continuidade rativo, tem continuidade na decisão tomada pela IV Assembleia Geral, celebrada em Vila Real no dia 27 de Setembro de 1996, de en- carregar o presidente da Câmara de Chaves, o doutor e politólogo Alexandre Chaves, da redação de um documento base. O relatório apresentado por Chaves levou a uma modi- ficação substancial dos estatutos funcionais, levada a cabo na Assembleia Geral de Gui- marães a 31 de Outubro de 1997. O novo texto aclara as competências e composição da Assembleia e da Comissão Executiva. A Assembleia passa a ser o órgão superior da associação em que só têm assento os pre- sidentes de câmara. A Comissão Executiva sofre uma ampliação de poderes, assumindo Manuel Pérez, Paco Vázquez e Fernando Gomes em Vigo. os de representação e assinatura de acor- Manuel Pérez, Paco Vázquez y Fernando Gomes en Vigo. dos, mas a sua dimensão é reduzida para Manuel Pérez, Paco Vázquez and Fernando Gomes in Vigo.

18 EIXO ATLÂNTICO ao trabalho da associação, o artigo 14 dos ao esvaziamento das contas bancárias que se Delegadas que podiam vir a ser integradas novos estatutos prevê a instalação de duas se- verificou quando se cria o staff em 1995 ...”. também por assessores ou técnicos, embora des permanentes, no Porto e em Vigo, e deixa Na mesma linha, o presidente da câmara de devessem estar integradas por conselheiros aberta a possibilidade de abrir outras noutras Lugo, Joaquín María García Díez, na Assem- sempre que nelas fossem delegadas fun- cidades sempre que se julgue oportuno fazê- bleia Geral de Santiago de 12 de Fevereiro de ções executivas. Na realidade, já na Assem- -lo. De facto, a partir de Fevereiro de 1997 o 1998, referia que os atrasos nos pagamentos bleia Geral de Viana, em 14 de Dezembro Eixo passa a contar também com uma sede representavam um terço dos gastos. Estas pe- de 1995, se decidira criar quatro Comissões em Bruxelas, tornada possível pelo convénio núrias orçamentais obrigaram a aprovar quo- Delegadas: turismo, desporto, a revista do assinado com a Fundação Galicia-Europa que tas extra para fazer frente a actividades como Eixo e artigo 10º. do regulamento FEDER lá acolheu os sucessivos bolseiros destacados o Observatório Urbano ou os Jogos do Eixo para financiamento de estruturas de coope- pela associação. Com a contratação de duas Atlântico. O saneamento das contas será uma ração transfronteiriça. Este carácter pontual coordenadoras locais para as sedes do Porto dos grandes avanços desta etapa. dos temas das Comissões deu lugar a uma e Vigo contribui-se também para a consolida- maior estabilidade, a partir de 1998, com o ção de um “staff” próprio. O trabalho des- Por outro lado, aproveitou-se também a re- funcionamento de quatro Comissões Dele- ta equipa técnica permitiu não só um salto forma para dar legalidade às reuniões secto- gadas: cultura, educação e bem-estar social, qualitativo na actividade do Eixo mas também riais que passam a denominar-se Comissões turismo e desporto. sanear as finanças da associação. Com efeito, Delegadas, sendo integradas por conselhei- Vásquez Mao referirá no documento de linhas ros e dirigidas pela Comissão Executiva. Na Finalmente, para facilitar a conversão em estratégicas apresentado à Comissão Exe- Assembleia Geral de Lugo de 30 de Outubro Agência de Desenvolvimento Euro-regional, cutiva em Novembro de 1999 que a “dívida de 1998, aprovou-se o Regulamento Interno prevê-se a constituição um Conselho forma- acumulada pelos conselhos insolventes levou que modificou a composição das Comissões do à imagem do Conselho Económico-social da UE. Todavia nunca chegou a ser criado e no Regulamento Interno de 1998 já nem se- quer é referido.

O desenvolvimento programático

As três prioridades estabelecidas na Assem- bleia Geral de Viana do Castelo de Dezembro de 1995, a que se acrescentou uma quarta, fruto do debate interno gerado desde a che- gada à presidência de Manuel Pérez, que consistia na consolidação interna do Eixo nortearam a actuação do Eixo nos anos se- guintes. Esta última prioridade já foi suficien- temente comentada no ponto anterior pelo que iremos centrar-nos nas três primeiras. Reunião 1996. Reunión 1996. Meeting 1996.

EIXO ATLÂNTICO. A história de uma aliança de cidades com história 19 20 anos do Eixo Atlântico

*Fortalecer o “lobby”: personalidades políticas e económicas, *Fomentar a visibilidade e acessibilidade do encabeçadas pelo Ministro espanhol Eixo (procurando sempre o envolvimento da 1. Pôr em funcionamento o observatório das Administrações Públicas, Mariano sociedade civil): urbano. A nova equipa técnica, liderada Rajoy. Chegou-se à conclusão de que por Vásquez Mao, obteve financiamen- era necessário gerar um espaço políti- 1. Publicação, sob a forma de revista ou to para a constituição do Observatório co urbano e umas infra-estruturas que jornal, de um órgão de comunicação do Urbano do Eico Atlântico, com sede em permitissem aos cidadãos relacionar-se Eixo. Seria preciso esperar até à etapa vigo, através do programa comunitário dentro de um modelo urbano baseado seguinte, posterior a 2000, para assistir RISI II. Nele se envolveram mais de 30 no sector terciário e numa oferta cres- ao nascimento da Revista Eixo. Revista entidades das duas regiões, com espe- cente de ensino superior. de pensamento do Eixo Atlântico. cial incidência nas áreas de Vigo-Ponte- vedra e Porto-Braga. 3. Promover novas candidaturas para con- 2. Promover a criação -por parte da inicia- seguir o financiamento ncessário para tiva privada – de um projecto de comu- 2. Convocar um Congresso para debater o alcançar os objectivos do plano estraté- nicação multimédia eurorregional. Não plano estratégico. Teve lugar em Vigo, gico. Em primeiro lugar, fez-se um im- chegou a realizar-se a iniciativa, a pesar nos dias 17 e 18 de Outubro de 1996, portante esforço de formação de técni- de a Comissão Executiva ter chegado a tendo sido inaugurado pelo atual Pre- cos nos seminários celebrados, respec- estudar, na sua sessão de 24 de Julho de sidente do Governo espanhol, Mariano tivamente, em Vilagarcía de Arousa e 1998, uma proposta conjunta de La Voz Rajoy, à época Ministro das Administra- Viana do Castelo, em Junho e Julho de de Galicia e do Jornal de Notícias para ções Públicas. Segundo Manuel Perez 1996; os conferencistas foram 8 altos fazer um suplemento conjunto denomi- abordaram-se três temas chave: “Pri- representantes da DG Regio. O número nado “Notícias do Eixo Atlântico”. meiro as infra-estruturas, que quase de candidaturas chegou a 13, das quais 3. Linha de publicações própria. Come- foram a causa do nascimento do Eixo. duas foram aprovadas. Um fraco resul- çou-se por um Guia do Eixo Atlântico e Segundo a modernização administrati- tado que levou a que se desenhasse outro dos recursos culturais das cidades va que é um tema quente em Espanha uma estratégia que passava por contar que o integram. O salto qualitativo deu- na sua formulação política de adminis- em cada conselho com um responsável -se em 1998 com a comissão de duas tração única e em Portugal na da regio- político e outro técnico para assuntos monogafias, uma sobre a geografia, ou- nalização. Por último, passa-se revista comunitários – nos finais de 1996, 80% tra sobre a história do território abran- ao citado estudo de diagnóstico, base dos concelhos já contavam com eles -, gido pelo Eixo Atlântico, ambas dadas à de futuras actuações de carácter estra- pela formação desses quadros e pelo estampa em 1999. tégico.”. O Congresso foi organizado estabelecimento de parceiros europeus em sete mesas-conferência: a moder- estáveis começando pela assinatura de 4. Certames artísticos: narrativa curta e nização da administração; a política da um protocolo de colaboração em maté- pintura. Em Dezembro de 1996, coin- Comissão Europeia; o estudo de diag- ria turística e desportiva com o condado cidindo com a Feira de Arte Contem- nóstico; o desenvolvimento na Galiza; o britânico de Northumberland, ainda em porânea do Porto, outorgaram-se os desenvolvimento económico no Norte 1996, e, no ano seguinte, com Alessan- primeiros prémios de pintura. Para a de Portugal; as infra-estruturas na Ga- dria, no Norte de Itália, e com Branden- liza; e as infra-estruturas em Portugal. burgo na Alemanha. Contou com a presença de destacadas

20 EIXO ATLÂNTICO segunda edição apresentaram-se 254 o Fórum Cinematográfico do Eixo Atlân- dias 20 de Junho e 18 de Julho de 1995, obras numa iniciativa de êxito que se tico (no âmbito do Festival Internacional durante os fins-de-semana e em 10 ci- mantém até à actualidade; transforma- de Cinema Independente de Ourense) dades. A escassa repercussão mediática da já em bienal, que percorre diversas e a primeira edição da mostra de video fora do âmbito local e as dificuldades de cidades do Eixo. O Dia Internacional do “Paso da raia” em Ferrol. uma organização tão complexa levaram Livro, na primavera de 1997, viu nascer a que se optasse por uma celebração o Prémio da Narrativa do Eixo graças ao 5. Desportos: Jogos do Eixo, torneio de bianual e numa só sede. Quanto à reac- esforço, entre outros, do presidente dos futebol e volta de bicicleta. Os Jogos, ção dos media, os III Jogos, celebrados editores galegos, Carlos Blanco. Entre os que têm tido uma periocidade bianu- em Chaves em 1999 e inaugurados pelo vencedores das seguintes edições, publi- al, até hoje nunca interrompida, são o Primeiro-ministro português António cadas em galego e em português, estão acontecimento mais importante nes- Guterres, marcam um ponto de infle- Xosé Carlos Caneiro Rui Miguel Olivei- ta vertente da actividade do Eixo. Em xão; basquetebol, atletismo, futebol (de ra, Bernardino Graña, Francisco Duarte cada convocatória alternam entre uma salão ou de sete jogadores) e natação Mangas, Xosé Carlos Caneiro ou Bento cidade galega e outra portuguesa. São, vão ser os mais destacados entre os des- Gonçalves. Além destes dois certames neste peíodo, uma das actividades mais portos nas sucessivas edições. O torneio previstos inicialmente, o Eixo patrocinou dispendiosaa, mas também numa das de futebol juvenil chega a ter uma edi- várias edições do “Festeixo” (um festival que mais satisfação proporcionou. A ção na cidade de Vigo em 1996. Che- de teatro nascido em Viana do Castelo), primeira edição celebrou-se entre os gou a reunir 8.000 pessoas que viram a final transmitida pela Televisión de Gali- cia. A volta em bicicleta não se chegou a concretizar, mas as várias edições da Regata do Eixo Atlântico sim.

6. Imagem Institucional: O mais relevante foi a decisão de se instituir as medalhas do Eixo para premiar as pessoas ou en- tidades que se distinguem pela sua con- tribuição ao fomento da cooperação entre Galiza e o Norte de Portugal. Os primeiros premiados foram o Presidente da República Portuguesa, Mário Soares, e o Presidente da Xunta da Galiza, Ma- nuel Fraga. Noutra ordem de aconteci- mentos, em Dezembro de 1999 ficou aberto o “site” do Eixo Atlântico.

Manuel Pérez com Fernando Gomes na primeira visita oficial do Alcalde de Vigo ao Porto. Manuel Pérez con Fernando Gomes en la primera visita oficial del alcalde de Vigo a Oporto. Manuel Pérez with Fernando Gomes at the first official visit of the mayor of Vigo to Oporto.

EIXO ATLÂNTICO. A história de uma aliança de cidades com história 21 20 anos do Eixo Atlântico

*Converter-se numa Agência de Desenvolvi- esta última, que passará a converter-se os projectos do Observatório Urbano e do mento: numa das bandeiras simbólicas da asso- MILLENIUM como figura de proa. Para que ciação. tudo isto fosse possível procedeu-se a uma 1. Captação de investimentos, entre ou- reforma substancial dos estatutos originais. tros meios, com a criação de Centros Conclusões A melhoria nas relações institucionais foi no- de Negócios nas cidades do Eixo. Em tável, como o demonstra a presença activa Janeiro de 1998, com a presença de di- A presidência de Manuel Pérez começou no Eixo dos Presidentes da Xunta e da CCR- rigentes empresariais das duas regiões e num momento difícil para o Eixo por dois -N, de Ministros e Secretários de Estado dos de Manuel Fraga, Presidente da Xunta motivos. Por um lado, um motivo relaciona- dois países e mesmo do Primeiro-ministro de Galicia, inaugurava-se o Centro de do com condições externas, em 1995 não de Portugal. Mas se tivéssemos de destacar Negócios do Eixo, em Vigo. Infelizmen- estava aberto nenhum debate sobre novos dois legados que cimentaram o futuro do te, no ano seguinte as coisas não corre- quadros comunitários de apoio financeiro, Eixo, sem dúvida teríamos que nos referir à ram bem. O relatório apresentado pelo ao contrário do que acontecera na etapa criação do “staff” técnico permanente e ao Secretário-geral, na sessão da Comissão anterior, e isso obrigava a uma redefinição saneamento das finanças: da inexistência de Executiva de 4 de Novembro de 1999. do projecto do Eixo. Por outro, um motivo fundos em caixa, em 1995, chegou-se a um Diz-se que “a sua actividade está para- relacionado com condições internas , como a superavit de 142.762 euros que viabilizou lizada devido a conflitos não declarados falta de uma estrutura técnico-administrativa a nova estratégia – contar com um fundo entre algumas entidades empresariais estável, a apatia de alguns membros e as di- de reserva capaz de fazer frente ao financia- associadas”. Em Julho de 1998, o Eixo ficuldades financeiras, punham em perigo a mento de projectos comunitários alcançados obtém um novo êxito ao conseguir a continuidade da associação num momento até à receita total das quotas dos municípios. aprovação do projecto MILLENIUM, no forte de mudança política no poder local da âmbito do programa Recite II, que visa Galiza. Do lado negativo, é necessário referir o fra- apoiar a internacionalização das em- casso na hora de construir o Conselho Eco- presas da Euro-região, em colaboração Podemos resumir o sucesso desta etapa da nómico e Social previsto nos novos estatutos com as mais importantes associações vida do Eixo dizendo que ambos os desafios de 1997. Os presidentes da Câmara de Viana empresariais do território. Ourense será foram solucionados. Com efeito, sem deixar do Castelo, Vila Real e Bragança mantiveram a sede do projecto. a função de “lobby”, o Eixo fez um esforço um discurso onde se reclamou um maior di- muito importante, e com relativo êxito, ao fusão dos polos de decisão que não limitasse 2. Completar o mapa de infraestruturas fazer-se visível e útil para a sociedade que lhe o dinamismo da associação ao eixo Porto-Vi- aprovado em 1992. Em Maio de 1998 dava acolhimento. Quis ser mais ambicioso é go. Isso teve consequências positivas, como ficaram definitivamente ligadas por começar a andar num caminho que o levaria a descentralização de actividades do Eixo auto-estrada as duas regiões do Eixo a converter-se numa agência de desenvol- que o tornaram visível em todas as cidades, Atlântico. Desde então, será dada prio- vimento local Euro-regional, apostando em dando-lhes a todas um papel significativo. ridade às ligações do chamado Eixo unir esforços de todos os intervenientes e No entanto, trouxe consigo também um in- Interior e ao aperfeiçoamento do cami- servindo como veículo de coordenação, com conveniente: muitas procuraram transformar nho-de-ferro Porto-Vigo, reivindicação,

22 EIXO ATLÂNTICO actividades culturais próprias em actividades Queremos finalizar citando esse relatório: “as entendimento erróneo do conceito da dis- do Eixo, financiadas por todos, ou mesmo relações institucionais entre a Região Norte e tribuição da responsabilidade interna pelos substituir o pagamento das quotas pela rea- a Galiza não são da responsabilidade do Eixo membros da associação que resultou numa lização dessas actividades, o que teve de ser Atlántico, pelo que o nosso papel deve ser norma não escrita segundo a qual todas as corrigido a partir de 2000. Por outro lado, estruturante do ponto de vista dos intereses petições devem ser atendidas para evitar ten- a irrupção mediática do Eixo nos meios de do sistema urbano…deixemos de ser uni- sões internas”. comunicação social converteu-o num agente camente transfronteiriços para reivindicar o muito solicitado solicitado para apoiar todo nosso carácter de experiência inovadora na o tipo de iniciativas de cooperação trans- cena inter-regional europeia…concentração fronteiriça, que muitas vezes estavam para versus dispersão. Precisamos de concentrar lá das suas capacidades e, sobretudo, das as nossas actuações e os recursos a elas de- suas competências, como muito bem referiu dicados, evitando cair numa dispersão para a o Secretário-geral no seu relatório à Comis- qual somos empurrados pela pressão e pelas são Executiva de 4 de Novembro de 1999. exigências da cidadania, bem como por um

Constituição da RIET. Cáceres. 2009. Constitución de la RIET. Cáceres. 2009. Setting up of RIET. Cáceres, 2009.

EIXO ATLÂNTICO. A história de uma aliança de cidades com história 23 20 anos do Eixo Atlântico A etapa de consolidação (2000-2006)

Um actor fiável

A nova etapa começa com mudanças im- nhado pelos seus Ministros das Cidades e fazem parte desta Associação transfron- portantes. O tom político do poder local na da Cultura. No seu discurso sintetiza grande teriça. Projectos como o Original S.I.N., Galiza torna a mudar nas eleições de 1999 parte desta fase da história do Eixo: que visa combater a exclusão social, com e a esquerda governa em todas as grandes a preparação conjunta com a vista a um cidades, à excepção de Ourense. “…A verdade é que a associação das ci- desenvolvimento local sustentável das dades que constitui o Eixo Atlântico do Agendas 21, de 16 destas cidades ou Por sua vez, as eleições de 2001 em Portugal Noroeste Peninsular veio permitir a es- como o Centro de Estudos Euro-Regio- vão marcar também uma viragem importan- truturação do território, pela definição nais que potencia as complementarieda- te, simbolizada pela vitória do Dr. Rui Rio de uma rede de infra estruturas rodovi- des de 6 Universidades do Eixo Atlântico, (PSD) frente a Fernando Gomes (PS) na cida- árias e ferroviárias. Ao apresentarem, no são iniciativas que merecen destaque e de do Porto. A presidência e vice-presidência ano 2000, o Mapa de infra estruturas do aplauso. Como também são as iniciativas do Eixo saem do Porto e de Vigo para serem Eixo Atlântico, os dezoito Presidentes de que promovem a cultura de toda uma assumidas por cidades do interior, como Bra- Câmara e alcaides de dois países dife- região da Península Ibérica com especifi- ga e Ourense. A agenda de 2000 abre nego- rentes, membros de cinco partidos dife- cidades tão próprias e tão diversificadas. ciação para um novo quadro comunitário de rentes, demonstraram que sabem pôr o Os Prémios de Pintura e de Narrativa, o apoio em que as estruturas de cooperação desenvolvimento das suas regiões, o bem Festival de Teatro Independente, o Fo- transfronteiriça vão ter um papel muito des- estar, a qualidade de vida das suas popu- rum Cinematográfico, são contribuições tacado. lações à frente de quaisquer divergências muito importantes para a preservação de de carácter partidário ou de quaisquer valores do Noroeste Peninsular…” Um dos elementos mais destacados deste pretensas guerrilhas de fronteira que período foi o pequeno salto em direcção às verdadeiramente não existem…Pois são Mas se a intervenção do Primeiro Ministro na relações institucionais, portanto em busca de também objectivos prioritários do Eixo Assembleia do Eixo constitui um momento um aperfeiçoamento da etapa experimenta- Atlântico promover o bem estar social, importante na consolidação do projecto, é da anterioriormente. De facto, a data de 31 a dinamização da mobilidade e do mer- necessário não esquecer: de Janeiro de 2004 é central neste sentido. cado de trabalho, proteger e valorizar No decorrer da Assembleia Geral do Eixo, ce- o ambiente, desenvolver o turismo e as 1) que anteriormente o seu antecessor lebrada em Bragança, produziu-se um longo actividades económicas, sociais, culturais António Guterres tinha inaugurado a discurso do Primeiro Ministro português, José e desportivas, relacionadas com raizes e III edição dos Jogos do Eixo, celebrados Manuel Durão Barroso, que esteve acompa- com as identidades dos Municípios que em Chaves no mês de Julho de 1999;

24 EIXO ATLÂNTICO O presidente da Xunta de Galicia, Manuel Fraga no encerramento da Assembleia-geral. Ourense. 2001. El presidente de la Xunta de Galicia, Manuel Fraga en la clausura de la Asamblea General. Ourense. 2001. President of Xunta de Galicia, Manuel Fraga, at the closing ceremony of the General Assembly. Ourense. 2001.

EIXO ATLÂNTICO. A história de uma aliança de cidades com história 25 20 anos do Eixo Atlântico

2) a presença do Ministro português do gional são as palavras de agradecimento que sões Delegadas, formadas por vereadores, Ambiente, José Sócrates, no Seminário o seu Presidente Xosé Sánches Bugallo diri- continuaram o seu trabalho. No final desta de regeneração urbana, co-organizado girá à Comunidade de Trabalho, na Assem- etapa, em 2006, existiam sete: educação, com o Comité das Regiões, em Braga, a bleia Geral de Janeiro de 2006, pelo apoio juventude, desportos, meio-ambiente, plane- 28 de Maio de 2001; que permitiu ao Eixo ver aprovadas todas as amento, turismo e cultura. Estas Comissões candidaturas apresentadas ao INTERREG IIIA. são uma boa prova das preocupações e in- 3) a presença do Presidente da Xunta de teresses que tinha o Eixo Atlântico na altura. Galicia, Manuel Fraga, na Assembleia Na mesma linha de colaboração e de bom Geral de Julho de 2001, celebrada em entendimento com as demais instituições A 3 de Outubro de 2002, na cidade de Va- Ourense; convém realçar a assinatura de protocolos lencia, celebrou-se o XVIII Cimeira Ibérica, em tri-partidos com a Xunta de Galicia e com o que se aprovou o Tratado Bilateral de coope- 4) a presença da Ministra do Meio-am- Governo português para o desenvolvimento ração de entidades territoriais entre Espanha biente espanhola Cristina Narbona, na das Agendas 21, ao longo do ano de 2002 e Portugal, seguindo o disposto na Conven- Assembleia Geral de 2006 celebrada e, também, a assinatura de protocolos com ção de Madrid pelo Conselho da Europa. Este em Santiago, onde se assinou a Car- o Instituto Português da Juventude e com a Tratado de Valencia, como será conhecido, ta de Aalborg por todos os conselhos Xunta de Galicia, em matéria de juventude, que entraria em vigor em 2004, serviu como membros. ambiente e organização do território. uma oportunidade para modificar os Estatu- tos do Eixo, entre 2003 e 2004. O novo texto Um momento fulcral na consolidação do Eixo Desenvolvimento organizativo define o Eixo como uma instituição de direito como interlocutor previlegiado das institui- privado português e, como tal, é dotado de ções regionais, nacionais e europeias é a as- A capacidade de adaptação dinâmica das um Conselho Fiscal de que fazem parte um sinatura do protocolo de incorporação, como estruturas organizativas do Eixo, que era já contabilista português, outro galego e ainda membro de pleno direito, através da cons- uma constante na sua história voltará agora, o Secretário Geral. O novo órgão encarregar- tituição de uma Comissão Específica para o e uma vez mais, a tornar-se manifesta. Com -se-á de fiscalizar e aprovar as contas da tratamento de todas as questões relaciona- efeito, às Comissões Delegadas instituídas instituição. Também se faz obrigatória uma das com o desenvolvimento do sistema urba- pelos Estatutos de 1997, ainda que estan- modificação da composição da Comissão no Euro-regional, à Comunidade de Trabalho do em funcionamento praticamento desde Executiva que passa a ser ímpar, passando a Galiza-Norte de Portugal, a 28 de Junho de os primeiros momentos, uniram-se as Co- estar integrada por sete membros, mantendo 2000. Note-se que na quinta estipulação do missões Técnicas. A Comissão Executiva, na Porto e Vigo a sua condição membros perma- acordo de integração se dizia, textualmente, sua sessão de 28 de Abril de 2000, deliberou nentes. Para evitar o desequilíbrio territorial que “a Comunidade de Trabalho assumirá criar cinco Comissões Técnicas – turismo, optou-se pela criativa fórmula, não recolhida as iniciativas do Eixo Atlântico previamente infra-estruturas, energia, desenvolvimento nos estatutos mas decidida em sessão da Co- acordadas – e defendê-las-á, se for o caso, social e desportos – a que se juntaria uma missão Executiva a 12 de Janeiro de 2005, diante dos governos espanhol e português, sexta, criada na sessão do dia 20 de Abril de nomear um vogal suplente - normalmente e diante das Instituições comunitárias, entre de 2001, a de novas tecnologias. Presididas da região que tem a presidência. Se se aceita outros, aqueles projectos que poderiam ser pelo Secretário geral, as Comissões Técnicas e uniformiza a composição e funcionamento co-financiados por iniciativas comunitárias criadas pela Comissão Executiva eram forma- das Comissões Técnicas, ao mesmo tempo como o Interreg”. Prova dos benefícios para das por pessoal especializado dos concelhos, que desaparecem o Conselho Deliberativo o Eixo desta estratégia de integração Euro-re- escolhido pela própria Executiva. As Comis- e o Conselho Económico e Social. No en-

26 EIXO ATLÂNTICO tanto, o mais significativo é a instituição de O ano de 2005 será um ano de debate em fundamental para a ligação ferroviária de alta uma Secretaria Geral, dotada de competên- torno da possibilidade de ampliar o núme- velocidade. Em segundo lugar, a planificação cias gestoras, de representação e assinatura ro de cidades do Eixo devido aos pedidos de estratégica, especialmente com a elaboração de contratos e acordos com terceiros, bem adesão que, aliás, já tinham um precedente dos II Estudos e do Congresso de Ourense, a como quaisquer outras competências nela na candidatura formal de Matosinhos em Março de 2005. Em terceiro lugar, o turismo, delegadas pela Presidência ou pela Comissão 2001, rejeitada em 2003. De facto, em suces- com intervençao pessoal do Presidente do Executiva. Em 2003, o Eixo passa a contar sivas Executivas tomou-se nota do interesse Porto, Rui Rio. Em quarto lugar, o trabalho com duas sedes operacionais, e das respec- na adesão que cidades galegas como Viveiro nos âmbitos ambiental e energético median- tivas Coordenadoras, no Porto e em Vigo, e Ribadeo, e portuguesas como Matosinhos, te as Auditorias Urbanas e as Agendas 21. reforçando assim o “staff” da Secretaria Ge- Famalicão, Penafiel e Vila do Conde. Na ses- Em quinto lugar, a aposta, feita pela socieda- ral. A consolidação das sedes levou mesmo à são do dia 9 de Novembro decidiu-se que de do conhecimento promovido através do decisão de que todas as reuniões da Execu- não se consideraria um problema que uma Centro de Estudos Euro-Regionais. Finalmen- tiva se celebrassem na sede de Vigo, datada futura ampliação desiquilibrasse o empate a te, a consolidação dos programas próprios de 15 de Setembro de 2000. Não obstante, 9-9 existente nesse momento, mas a entrada em matéria de cultura e desporto. esta decisão só esteve em vigor no ano 2001, de novos membros devia responder, ainda sendo que nos seguintes anos se voltou ao assim, aos interesses políticos, económicos e O II Mapa de Infra-estruturas constituí um dos modelo rotativo das sedes da Executiva. estratégicos do Eixo. Finalmente a Comissão eixos da presidência de Mesquita Machado, executiva acabou por rejeitar por unanimida- entre 1999 2 2001. A aproximação do Cam- A aprovação definitiva destes estatutos, na peonato Europeu de Futebol de 2004, que de qualquer ampliação. Assembleia Geral de Janeiro de 2004, impli- iria decorrer em Portugal, e em que iam estar cou também uma racionalização das quotas envolvidas três cidades no Norte do país, era O desenvolvimento programático que cada concelho membro tinha de garan- uma ocasião magnífica para reclamar uma tir. Com efeito, o artigo 8.2 estabelece que melhoria da rede de comunicações que servia Esta etapa decorreu ao longo de três pre- estas devem ser proporcionais à situação so- o território. Os novos quadros comunitários sidências completas: as dos Presidentes de cio-económica de cada município. Na seguin- de apoio para o período de 2000-2006 te- Câmara de Braga, Mesquita Machado, de te Assembleia Geral, em Janeiro de 2005, riam também a sua importância. Partiu-se de Ourense, Cabezas Enríquez, e do Porto, Rui decidiu-se criar três categorias em função do um elenco daquelas infra-estrutuada contem- Rio. Compreende ainda esta etapa uma parte número de habitantes a viver em cada conce- pladas pelo I Mapa, aprovado em 1994, mas de uma quarta presidência, a do Presidente lho: à categoria A pertenceriam os que tives- nunca executadas, assinalando-se, por outro de Santiago, Sánchez Bugallo. sem mais de 20.000 habitantes, a que corres- lado, a concretização da ligação por auto-es- pondia uma quota de 28.000 euros anuais; trada entre oPorto e A Coruña, conseguida à categoria B, a que pertenciam municípios Um estupendo sintoma da consolidação al- em 1998. Agora pedia-se aos concelhos que que tivessem entre 50.000 e 1999.999 ha- çançada com as transferências regulares de estabelecessem as suas prioridades, e que bitantes, correspondia uma cota de 12.000 poder, que se fizeram sempre nos prazos. fossem inflexíveis em exigir as circunvalações euros anuais; finalmente, à categoria C, dos necessárias para descongestionar o trânsito. municípios com menos de 50.000 habitan- Os focos de interesse do Eixo não sofrerão Os Presidentes de Bragança, Vila Real e Lugo, tes, correspondia uma quota de 6.000 euros grande alteração relativamente à etapa an- especialmente, deram luta ao procurarem anuais. Contudo, continuava a haver atrasos terior. Em primeiro lugar, temos as infra-es- favorecer o equilíbrio litoral-interior a partir nos pagamentos. truturas, desempenhando o eixo um papel da rede de infra-estruturas. Uma equipa de

EIXO ATLÂNTICO. A história de uma aliança de cidades com história 27 20 anos do Eixo Atlântico

investigadores das duas regiões, dirigida pelo infra-estruturas galegas propostas pelo Eixo sor Xosé Manuel Souto, António Figueiredo Professor Xulio Pardellas, elaborou o estudo Atlântico. Infelizmente, a mudança de gover- e Xan Bouzada. Os estudos foram reunidos em permanente diálogo com a Comissão no em 2004 adiou o Plano. em três volumes, dedicados a outros tantos Delegada e com a Comissão Técnica. A pri- temas: sistema urbano e desenvolvimento meira, foi criada e presidida pelo Engenheiro O comboio de alta velocidade converteu-se suatentável; políticas sociais e cidadania; António Lacerda, do concelho do Porto. O na face mais visível do Eixo, que acabou por competitividade e inovação. A apresentação Mapa, publicado em 2000, destacava a ne- ser identificado, tanto pelos media como pe- destes II Estudos Estratégicos teve lugar, tal cessidade de estabelecer um corredor interior, los cidadãos, como seu principal defensor. A como acontecera com os primeiros, no Se- chave para o equilíbrio territorial que ajudaria realização deste projecto será efectivamente gundo Congresso do Eixo, que se realizou em a minimizar a deslocalização demográfica e uma preocupação constante da Executiva Ourense em finais de Março de 2005. Este económica para o corredor atlântico. A es- que, na sessão de 9 de Novembro de 2005, Congresso foi, talvez, menos mediático, mas tratégia passava pela construção de auto- decidiu considerar imprescindível a ligação certamente mais produtivo. Deste evento sai- -estradas e vias rápidas que ligassem Peso da Porto-Vigo. Essa ligação deveria concretizar- ram uma série de conclusões: Régua a Lugo. Por outra parte, defendia-se -se num prazo nunca superior ao que fora a criação de um linha ferroviária de alta ve- estabelecido para a ligação Lisboa-Madrid 1) a necessidade de se apostar no policen- locidade Porto-A Coruña, integrado no es- (prioridade que tomara o lugar da de 2002 trismo como modelo de organização do forço prioritário de criação de grandes redes nas agendas dos governos peninsulares) A território; transeuropeias. Este Mapa foi um elemento Comissão considerava também que, dada as muito importante para sustentar, de maneira distâncias de 60 km entre núcleos urbanos, a 2) a importância da participação cidadã documentada, as reivindicações do Eixo como velocidade de 350 km/h não era adequada. como modelo de governo e legitimida- “lobby” euro-regional em Madrid, Lisboa e Os objectivos passam a ser o estabelecimen- de democrática; Bruxelas. Com efeito, nos meses seguintes o to de um comboio que cubra o troço Porto- Mapa foi apresentado ao Ministro de Fomeno -Ferrol em duas horas, circulando sobre carris 3) a importância da empregabilidade espanhol, Francisco Álvarez Cascos, ao Pri- que seguem a bitola europeia, permitindo o como horizonte de formação; meiro-Ministro português, António Guterres transporte de pessoas e mercadorias entre os 4) a mobilidade como fim último das infra- e à Vice-presidente da Comissão Europeia en- portos e aeroportos da euro-região. carregue dos transportes, Loyola de Palacio. -estruturas; Se a década final do passado século foi a al- No que diz respeito ao segundo objectivo 5) a importância das indústrias culturais tura das estradas, queria-se que a primeira do operacional, isto é, a elaboração dos II Estu- como elemento de dinamização e de- novo século fosse a dos caminhos-de-ferro de dos Estratégicos, podemos dizer que entra- senvolvimento económico; alta velocidade. As coisas começaram bem, ram em vigor no começo da presidência de e na XVIII Cimeira Ibérica, que teve lugar a Cabezas Enriquez. Tratava-se de adequar o 6) a importância do impulso dos poderes 3 de Outubro de 2002, em Valencia, os dois que foi feito quase uma década antes a rea- públicos para o desenvolvimento que governos decidiram que a ligação entre Porto lidades muito inconstantes e, sobretudo, de tem de ser complementado por um im- e Vigo seria a primeira ligação transfronteiri- os adaptar às novas estratégias de Lisboa e pulso correspondente dos agentes eco- ça a contar com comboio de alta velocidade. Gotemburgo impulsionadas pela União Euro- nómicos e sociais; De facto, o governo espanhol aprovava, em peia. Desde o início, o Eixo contou com inves- 2003, um Plano Galiza para mitigar o desas- tigadores das universidades das duas regiões: 7) a importância das TIC, etc. tre do Prestige e incluia nele quase todas as 58 investigadores, coordenados pelo Profes-

28 EIXO ATLÂNTICO Uma equipa de especialistas de alto nível, guia turístico da Euro-região que, com uma A aposta na sociedade do conhecimento, que incluía antigos Presidentes da Xunta as- tiragem de 150.000 exemplares, viu a luz em conforme a Agenda de Lisboa, constituiu sim como ex-ministros portugueses, encarre- 2004. o quinto objectivo operacional desta fase. gou-se de condensar todo esse “know how” Houve luzes e sombras. Sem dúvida a som- numa declaração de intenções: A agenda es- Quanto ao quarto objectivo, ambiente e bra mais destacada foi o fracasso do Obser- tratégica do Eixo para 2007-2013. energia, já em 1999 tinha sido tentado vatório Urbano do Eixo Atlântico que não uma primeira aproximação a estas questões sobreviveu ao co-financiamento europeu O terceiro objectivo operacional era pôr em através de uma possível candidatura ao pro- devido a desentendimentos entre alguns marcha um ambicioso plano de promoção grama SAVE para a criação de agências de dos seus sócios. Melhor sorte inicial teve turística com o Presidente da Câmara do Por- energia que, no entanto, não chegou a acon- a constituição do Centro de Estudos Euro- to, Rui Rio, a assumir, desde o início, o papel tecer. Êxito maior teve a iniciativa de se fa- -Regionais Galiza-Norte de Portugal. O Eixo de principal animador. Na Assembleia Geral zerem Auditorias Urbanas e Agendas 21 nas precisava de documentar os projectos euro- de Janeiro de 2000 decide-se promover um cidades do Eixo. Com efeito, na Assembleia peus que solicitaria no futuro e realizar os plano de turismo baseado em três pontos: Geral de Janeiro de 2001 apresentaram-se estudos a que se comprometia nos mesmos. estudo que vise a implantação de uma cen- as Auditorias Urbanas, já existentes em 53 Viu nas Universidades uma fonte de recursos tral de reservas conjunta; um programa de cidades europeias, entre elas Porto e Braga, a preço moderado e de grande qualidade. formação e qualidade no sector turístico; na como mecanismo de informação e indicado- Só era preciso criar uma estrutura apoia- promoção do turismo termal. Na Assembleia res permanentes que ajudam na tomada de da pelas seis universidades, pelo Eixo, pela Geral de 2002, Rui Rio vai propor a criação decisões nos assuntos de políticas urbanas. Xunta e pela CCDR-N. Estes últimos enco- de uma empresa mista, com capitais públi- Propõe-se que sejam financiadas com a ins- mendariam os trabalhos a equipas das pri- cos e privados, enquanto o representante de talação de paineis publicitários em cada uma meiras garantindo assim a sustentabilidade Braga defende a criação de um operador tu- das cidades, mas não se chega a um acordo do Centro e o incentivo aos investigadores rístico luso-galego capaz de colocar pacotes para a proposta. Não obstante, o êxito da mais qualificados. No capítulo de elementos conjuntos nos operadores turísticos interna- candidatura apresentada no INTERREG IIIA positivos devemos constatar que o Eixo con- cionais. Finalmente, a Comissão Executiva de vai tornar possível a realização das Agendas seguiu convencer, inicialmente, seis universi- 24 de Setembro de 2002 optou por uma em- 21 em 16 das 18 cidades que fazem parte da dades públicas dos dois países, um governo presa mista sob a figura do Operador Turísti- Associação. O financiamento necessário para regional, uma administração regional e uma co. Na seguinte Assembleia Geral de Janeiro cada uma delas completou-se, ao longo de associação transfronteiriça de municípios, de 2003 ficou decidido que a participação 2002 e 2003, com protocolos entre as auto- o que levou à assinatura do protocolo ins- do Eixo na futura empresa mista não supe- riddaes galegas e portuguesas competentes titucional em Dezembro de 2002. Entre os rasse os 10% para facilitar a entrada do sec- na matéria. Assim, 75% das receitas obtidas aspectos negativos do CEER é conveniente tor privado como director da mesma, ficando em 2004 procederam do co-financiamento falar da excessiva lentidão na tomada de o Presidente da Câmara do Porto responsável europeu atribuido às Agendas 21 e às Audi- decisões. O CEER careceu de uma definição por gerir a questão. Infelizmente, a Executiva torias Urbanas. Este grande trabalho de do- clara e nítida da sua função e os seus objec- anulou a criação dessa empresa mista na ses- cumentação e de sistematização de indicado- tivos eram demasiado vagos. As universida- são do dia 27 de Outubro de 2003 por falta res completou-se com a aposta na criação des, por este mesmo motivo, perguntavam- de entendimento entre os potenciais parcei- de um Sistema de Informação Geográfica, -se se deveriam considerá-lo. Por sua vez, as ros privados. Obteve melhor êxito o acordo co-financiado pelaINTERREG IIIA e Xunta de autoridades públicas foram abandonando a com a American Express para a edição de um Galicia. sua presença no CEER.

EIXO ATLÂNTICO. A história de uma aliança de cidades com história 29 20 anos do Eixo Atlântico

Por último, os programas próprios do Eixo millóns de euros, dos quais 50% se destinam blica e na sociedade civil.A colaboração com seguiram o seu curso. Os Jogos continua- directamente a financiar programas do Eixo a Fundação CaixaNova permitiu coroar esta ram a ser celebrados com êxito crescente e Atlântico. Quer isto dizer que ao longo deste perspectiva com a elaboração de uma série de dois em dois anos: inauguração dos Jogos ano gerimos três vezes o valor das quotas pa- de documentários sobre o projecto realizados de 1999 pelo Primeiro-ministro português gas pelos concelhos ao longo de onze anos por Manuel Campos Vidal intitulada Unha António Guterres; transmissões diárias na Te- de existência…Estamos por isso convencidos Eurorrexión para o século XXI. Estes docu- levisión de Galicia dos jogos praticados em de que o Eixo Atlântico é, neste momento, mentários descreviam o passado, o presente Ourense em 2001; introdução de patrocínios uma organização produtiva, consolidada e e o futuro da cooperação e foram emitidos privados que atenuaram a carga financeira com futuro”. por RTP e TVG. do Eixo. Seguiu-se a celebração da Regata, agora dentro do programa Stella Maris do Sem dúvida que o bom entendimento com O serviço de publicações ganhou identidade INTERREG IIIB-Espaço Atlántico. O prémio de as autoridades regionais, desde a integração própria nesta etapa. Com títulos fundamen- Narrativa conheceu os seus melhores mo- na Comunidade do Trabalho, teve grande in- tais para entender o desenvolvimento do mentos com a difusão de 50.000 exempla- fluência no êxito do Eixo. O facto de ser uma território – como o já mencionado II Mapa res através de uma colaboração com o jornal instituição com personalidade jurídica e com de infra-estruturas, os II Estudos Estratégicos, diário La Voz de Galicia, na edição de 2003, pessoal próprio em “full-time” deu-lhe um os estudos sobre a complementariedade dos e o seu final na edição de 2004. A Bienal de dinamismo que a Comunidade do Trabalho, aeroportos, a modernização do sistema fer- pintura consolidou-se definitivamente. não poderia alcançar sem esses dois instru- roviário ou os estudos sobre a complemen- mentos decisivos. O Eixo começava a ser uma tariedade dos portos – defenderam a inter- Conclusões referência na cooperação transfronteiriça. A modalidade como uma ferramenta impres- Exposição comemorativa dos seus primeiros cindível. O Eixo vai então acumulando uma O primeiro lustro do novo século pressupôs a dez anos de vida, organizada em conjunto massa crítica que lhe permite dar um salto institucionalização do Eixo como uma entida- com a Comunidade do Trabalho, converteu-o qualitativo e competir, ao mesmo tempo, e de fiável com prestígio cada vez maior dian- num lugar de memória central. Dúas rexións, com proveito, com as estruturas de coope- te das autoridades da Xunta, dos Governos unha eurorrexión foi uma exposição que per- ração territorial mais destacadas da Europa. Centrais e mesmo diante da União Europeia. correu as 18 cidades e acabaria por visitar o As sucessivas presidências de Mesquita Ma- Comité das Regiões em Novembro de 2005, chado, Cabezas Enríquez, Rui Rio e Sánchez com o Presidente da Xunta Pérez Touriño, o Bugallo proporcionaram estabilidade e conti- Vice-Presidente da CCDR-N, Paulo Gomes e nuidade à gestão. A projecção social e medi- o Presidente do Parlamento Europeu, Josep ática resultou evidente, muito especialmente Borrell. A exposição de painéis móveis nas com o comboio de alta velocidade para a escolas primárias ia acompanhada de um Euro-Região. Contudo, o principal aconteci- catálogo multilingue que incluia uma versão mento foi ter-se convertido num parceiro se- em inglês, material audiovisual e material pe- guro para a gestão de fundos comunitários. dagógico para fomentar actividades didáticas No relatório de gestão de 2004 pode ler-se, relacionadas com a Euro-Região Galiza-Norte textualmente, que “O Eixo Atlântico gere de Portugal. Deste modo, uma estrutura de ou participa en 7 programas europeus, com poderes locais assumia a empresa de implan- sócios de 6 países, num valor superior a 7 tar o conceito de euro-região na opinião pú-

30 EIXO ATLÂNTICO Secretário-geral do Eixo Atlântico no informativo nacional da RTP. 2010. Secretario general del Eixo Atlántico en el informativo nacional de la RTP. 2010. Secretary General of Eixo Atlantico at the RTP national news. 2010.

EIXO ATLÂNTICO. A história de uma aliança de cidades com história 31 20 anos do Eixo Atlântico A etapa da projecção internacional (2007 - 2012)

Um lider

A “know-how” mobilizada nos anos anterio- o aproveitamento do património cultural co- 3) o compromisso do Presidente da Câma- res permitiu pela primeira vez ao Eixo chegar mum. A agenda teve uma versão em inglês ra de Vigo , Abel Caballero, que quis com um plano definido à nova programação para ajudar o já mencionado processo de in- que constasse da acta, de que a liga- comunitária. Com efeito, a Agenda Estraté- ternacionalização. ção directa entre Vigo-Madrid e Vigo- gica Sete Ideas para Sete Anos Decisivos vai -Portugal estaria em funcionamento em ser uma ferramenta sólida para continuar a Nesta última etapa da história do Eixo assis- 2013. (desde que estivesse em marcha a crescer durante as presidência do Presidentes te-se à sua consolidação enquanto interlocu- construção do percurso Porto-Espanha) das Câmaras de Santiago, Sánchez Bugallo, tor previlegiado e de referência em todas as durante a comissão executiva do dia 2 de Vila Nova de Gaia, Luis Filipe Menezes e questões que têm a ver com a cooperação de Junho de 2008. de Vigo, Abel Caballero. Combinando a va- e desenvolvimento da Euro-Região Galiza- liosíssima informação recolhida nos II Estudos -Norte de Portugal. Com efeito, o seguimen- No fim, a crise financeira e da dívida sobera- Estratégicos, com várias sessões delphi que to exaustivo do frustrante processo de liga- na levou com o vento as expectativas, um fi- reuniram os coordenadores dos mesmos, ção das duas regiões por meio do comboio nal anunciado pelo Presidente da Câmara do destacadas personalidades que uniam a sua de alta velocidade tornou a Associação num Porto, Rui Rio, na Comissão Executiva do dia condição de universitários de reconhecida organismo que todos os meios de comuni- 11 de Março de 2010. Foi-se o comboio de trajectória intelectual e longa experiência cação social tinham de consultar. Houve mo- alta velocidade e chegou a implantação das política em lugares de primeira responsani- mentos promissores nesse processo, pois a portagens electrónicas nas SCUT do Minho lidade, o Eixo encarregou-se de uma agenda Associação pôde contar com: e do Grande Porto. O Eixo tornou a liderar estratégica que traçaria os objectivos e metas a resposta dos agentes sociais e económi- 1) a aprovação de um subsídio comunitário; desta estrutura e da Euro-Região para po- cos afectados, buscando pontos de acordo

der lidar com os desafios do novo período 2) o compromisso explícito do governo e soluções para uma medida que danificou gravemente as relações económicas entre as de programação comunitária 2007-2013. A português – tornado público pela Se- duas regiões. agenda cingiu-se a três ideias que tentavam cretária de Estado de Transportes, a En- proteger o equilíbrio territorial, o urbanismo genheira Ana Paula Vitorino, na Assem- sustentável, a centralidade urbana, a inter- blea Geral de 9 de Fevereiro de 2007, nacionalização do próprio Eixo e da Euro- que informou que o comboio transpor- -Região, a formação para a empregabilidade taria tanto passageiros como mercado- e desenvolvimento económico sustentável, o rias (tal como pedia o Eixo) – em deixá- início da actividade da I+D+i, a tripla hélice e -lo pronto para finais de 2013;

32 EIXO ATLÂNTICO Desenvolvimento organizativo tuguesas que estavam de fora. No prncípio de resolução, por concenso, dos conflitos do Verão de 2007, a situação era propícia a de interesse que se foram criando no siste- A ampliação das cidades-membro, de 18 a uma primeira ampliação de 10 novos mem- ma urbano euro-regional; o reforço político 34, e a conversão da associação de direito bros: Verín, O Barco de Valdeorras, Lalín, e mediático que a ampliação proporciova. A privado português em Agrupamento Euro- Carballo e Viveiro, do lado galego, Matosi- independência que as ajudas económicas dos peu e de Cooperação Territorial (AECT) se- nhos, Barcelos, Vila Nova de Famalicão, Vila novos membros iam dar ao Eixo permitiriam rão os dois grandes desafios desta fase. A do Conde e Mirandela, do lado português. A também que se mantivesse alheio a pressões ampliação era um tema que estava em cima Secretaria Geral teceu elogios a esta amplia- de políticos e economistas. Por último, di- da mesa desde 2002, como vimos anterior- ção por várias razões: o risco de uma negati- namizar a própria associação com a entrada mente: a maior presença pública do Eixo e a va ao pedido de adesão fez nascer uma nova de novos membros desejosos de trabalhar e sua consolidação como interveniente fiável e associação de municípios que faria perder a participar, evitando o adormecimentos das financeiramente saneado tornaram apetecí- exclusiva centralidade que o Eixo detinha; instituições que não se renovam a tempo. vel a entrada nele de cidades galegas e por- manter a posição do Eixo como único forum Contudo, os debates que tiveram lugar na

O presidente da Xunta, Alberto Núñez Feijoo, na constituição da CECICN. Santiago de Compostela. 2010. El presidente de la Xunta, Alberto Núñez Feijoo, en la constitución de la CECICN. Santiago de Compostela. 2010. President of Xunta, Alberto Núñez Feijoo, at the setting up ceremony of CECICN. Santiago de Compostela. 2010.

EIXO ATLÂNTICO. A história de uma aliança de cidades com história 33 20 anos do Eixo Atlântico

Assembleia Geral Extraordinária do dia 29 de em 2009 e 70% em 2010. Não foi menor o provocar conflitos na conversão em AECT. A Julho de 2007 reflectiram alguns problemas efeito sobre as finanças dado que as recei- opnião favorável dos Ministros de Adminis- de fundo. Os quatro municípios transmonta- tas relativas a quotas passaram de 244.000 tração Pública de Espanha, Elena Salgado, e nos manisfestaram a sua preocupação pelo euros – não é demasiado recordar que no do Meio Ambiente, Organização do Territó- desequilíbrio territorial que a ampliação ge- exercício de 2006 só se arrecadou 128.000, rio e Desenvolvimento Regional de Portugal, rava no Norte, onde se passou de 5 cidades portanto metade – a 518.276,77 em 2010. Francisco Nunes Correia, no decorrer do se- do litoral e 4 do interior a 9 e 5, respecti- Isto permitiu ampliar até 12 pessoas o “sta- minário sobre a Cooperação de Segunda Ge- vamente. Não se opuseram a esta ampliação ff” das duas sedes do Porto e Vigo sem ver ração organizado pelo Eixo em Guimarães, com a condição de se proceder a uma poste- reduzido o fundo de reserva que passou de a 4 e 5 de Fevereiro de 2009, foi decisiva rior, que incluisse mais municípios no interior, 769.804 euros no início de 2007 a 954.818 para seguir adiante. A Comissão Executiva , para equilibrar. Por sua vez, o Porto não se em finais de 2010. que teve lugar a 3 de Junho de 2009, de- mostrou contrário à ampliação, mas também cidiu elaborar estatutos que convertessem não se mostrou muito entusiasta, tendo sido A decisão de conversão numa AECT, deci- a Associação de Municípios numa Agência muito crítico com os documento dos geógra- dida na Assembleia Geral de 5 de Fevereiro de Desenvolvimento Regional, mantendo a fos Souto e Marques por terem estabelecido de 2009, resultou de um processo difícil que propriedade do nome, marca e símbolos. O critérios muito abertos que tornam excesiva- originou várias tensões internas e que aca- Porto concorda mas deixando patentes dú- mente arbitrária a tomada de decisões por bou por fracassar. Era evidente que as am- vidas e opondo-se à aceleração do processo parte das cidades membros, o que sempre pliações precisavam de uma actualização dos que solicitava a Secretaria Geral, que queria pode ocasionar desiquilíbrios. estatutos e também que o novo instrumen- o processo terminado no final do ano. Final- to comunitário das AECT apresentava uma mente, a Executiva, na sua sessão do dia 16 O problema transmontano levou a uma se- oportunidade interessante . Não obstante, de Julho de 2010, a proposta do Secretário gunda ampliação deliberada em Assembleia um primeiro relatório técnico estudado pela Geral, decide adiar indefinidamente a ques- Geral do dia 8 de Fevereiro de 2008. Incor- Assembleia Geral do dia 8 de Fevereiro de tão da conversão numa AECT até que se poraram-se O Carballiño, Ribeira e Sarria, do 2008 desanconselhava a conversão por con- aprove, no seio da UE, o novo Regulamento lado galego, Macedo dos Cavaleiros, Lamego siderar que não ia oferecer vantagens ao das AECT. Este longo debate deixou claros e Penafiel, do lado português. Outros pedi- funcionamento da Associação. Ainda assim, dois aspectos: primeiro, a complexidade da dos de adesão não foram considerados. Em- em 2009 optou-se por iniciar a elaboração criação AECT sobre realidades específicas; bora não seja imprescindível, o equilíbrio de dos novos estatutos e do protocolo perti- depois, o peso dos fundadores Vigo e Porto, membros das duas regiões foi a norma segui- nente como consequência, por um lado, da que temem perder o poder institucional com da. Até agora, pode-se afirmar que a amplia- nova legeslação sobre a contratação pública a nova estrutura. ção foi um êxito. Com efeito, no balanço da em Portugal, que parecia ir dificultar o fun- gestão do ano 2008 dá-se conta do aumento cionamento do Eixo, por outro, também pela Esta polémica não impediu no entanto o da participação das cidades nas Comissões criação da AECT Galiza-Norte de Portugal funcionamento normal da Associação. Em Delegadas passando-se de uma assistência como instrumento operativo da Comunidade 2008 o eixo tinha 8 Comissões Delegadas e média de 10/12 cidades quando eram 18, a do Trabalho. Desde o primeiro momento o 5 Comissões Técnicas em funcionamento. As uma de 25/30, quando agora são 34. A am- Porto manifestou as suas dúvidas a propósi- primeiras estavam divididas em partes iguais pliação permite cobrir mais território da Eu- to do funcionamento da estrutura visto que, entre estruturantes: desenvolvimento susten- ro-região com as actividades da Associação ao contrário da Comunidade do Trabalho, tável, desenvolvimento social, modernização que abrangeram 88% das cidades-membro o Eixo tinha personalidade jurídica e isso ia administrativa, planeamento e transportes; e

34 EIXO ATLÂNTICO finalistas: desportos, cultura, turismo e Eixo Por último, a tradicional capacidade de adap- da na Assembleia Geral de 9 de Fevereiro de Atlântico. As segundas eram cultura, despor- tação das estruturas à realidade da vida da 2007. Nela afirma-se: “Há duas linhas de ac- tos, modernização administrativa, juventude Associação manifesou-se quando a Assem- tuação que não podem continuar a ser adia- e desenvolvimento sustentável. Em 2009 bleia Geral de Janeiro de 2010 decidiu, pe- das : garantir a finalização das infra-estruturas decidiu-se que cada Comissão Delegada ti- rante as dificuldades para reformar os esta- pendentes, contempladas na nossa proposta vesse um responsável político na pessoa de tutos de 2004, ampliar de sete para dez titu- de 2000, e establecer as bases da inovação e um vereador que a presidiria. Esta estrutura lares da Comissão Executiva e de um a dois da modernização, dando especial atenção ao tão complexa foi-se acomodando aos princi- os suplentes, mantendo a paridade regional. desenvolvimento sostentável, o transporte e pais interesses do Eixo. Ao longo de 2010, as TIC, numa sociedadade de informação”. por exemplo, apenas estiveram em operação O desenvolvemento programático Já vimos na introdução a esta parte como as cinco Comissões Delegadas: educação, des- consequências da crise que surge em Setem- portos, cultura, turismo e desenvolvimento O período mais recente na história do Eixo bro de 2008 paralizou a execução da ligação sustentável. começou com a Declaração de Gaia, aprova- ferroviária de alta velocidade. Apesar disso,

Reunião monográfica sobre as portagens nas SCUT portuguesas. Porto. 2010. Reunión monográfica sobre los peajes en las SCUT portuguesas. Porto. 2010. Monographic meeting about the tolls in the Portuguese SCUT. Porto. 2010.

EIXO ATLÂNTICO. A história de uma aliança de cidades com história 35 20 anos do Eixo Atlântico

conseguiu-se uma melhoria das ligações por a mais antiga do seu género na UE. A edição O desafio mais recente é a elaboração peri- auto-estrada, criando-se a ligação Chaves- de 2008 foi destinada a premiar as melho- ódica de relatórios de coesão euro-regional -Verín, corolário de um melhoramento das res iniciativas de cooperação transfronteiriça para ajudar na tomada de decisões políticas infra-estruturas das estradas do Eixo Interior, em matéria de investigaçao e cooperação que permitam alcançar aqui os objectivos da tanto galego, com Ourense-Santiago, como universitária. O serviço de estudos mereceu Estratégia Europa 2020. nortenho, com Braga- Chaves, para dar um o galardão do tribunal internacional criado exemplo. O Eixo lançou uma campanha para para o efeito. Dele sairam produtos tão sóli- A Agência de Ecologia Urbana (Eixo-ecolo- canalizar os fundos comunitários do comboio dos como as agendas estratégicas territoriais. gia) pôs em acção a sua sede em Vila Real, de alta velocidade para uma modernização Tratava-se de elaborá-las não a partir do ga- em Setembro de 2009, abrindo a sede em da linha convecional existente. binete, mas perto de obras com uma forte Santiago em Dezembro de 2010. Isto foi implicação das autoridades políticas locais, possível graças ao apoio financeiro de uma Desde 2009, as actuaçoes da Associação gi- encarregadas de levar adiante as medidas candidatura POCTEP que tinha disponíveis ram em torno de três vectores fundamentais: propostas e, sobretudo, dos agentes econó- 2.406.000 euros para cada um dos acordos o Eixo como ”think-tank” euro-regional; o micos e sociais chamados a assegurar a con- de colaboração com os departamentos cor- Eixo com participante e líder da cooperação solidação das actuações previstas e, depois, respondentes da Xunta de Galicia e do Go- territorial na UE; o Eixo como dinamizador da estratégia no seu conjunto. Assim se foi verno de Portugal. A Agência tem por ob- da cidadania europeia e da qualidade de vida aprovando a da Euro-cidade Chaves-Verín, a jectivo desenvolver iniciativas no Geoportal e das pessoas das duas regiões. da Galiza Central, a da Galiza Interior, a da na SIUTEA que possam dar às autoridades e Ría de Arousa e a do Nordeste Transmonta- agentes económicos e sociais as indicações Enquanto “think-tank” o Eixo criou duas es- no. Outro produto singular foi a Estratégia necessárias para tomar decisões acertadas; truturas de grande alcance: o Serviço de Es- dos Transportes, elaborada ao longo de 2008 tornar mais atraentes as nossas cidades, para tudos e a Agência de Ecologia Urbana. Com e 2009. Uma acertada escolha dos compo- que nelas se possa viver e investir através de efeito, depois do fracasso do CEER como ele- nentes da equipa redactora do mesmo fez uma ampla base de dados geo-referenciados mento fornecedor de análises e relatórios, a com que vários deles fossem chamados a da Euro-Região; ajudar a elaborar, mediante Comissão Executiva decidiu abandoná-lo, na importantes responsabilidades de gestão nos materiais de apoio, as Agendas 21 das cida- sua sessão do dia 24 de Outubro de 2007. governos de Madrid, Lisboa e Santiago. As des que carecerem delas devido à sua recen- Alguns meses antes, dia 7 de Maio, tinha conclusões, validadas pelas autoridades po- te incorporação ao Eixo. Na mesma linha, criado um Serviço de Estudos próprio, sob a líticas do Eixo, incindem na necessidade de apoiar a elaboração de Planos Integrais de supervisão da Secretaria Geral e da própria se apostar numa mobilidade respeitosa para Sustentabilidade Urbana, Planos de Resíduos, Executiva. Esta estrutura virtual, que não im- com o meio ambiente, e que combine os Planos de Mobilidade sustentável e Progra- plicou nenhum tipo de despesa laboral, per- interesses de mobilizaçao das pessoas com mas de eficiencia energética em colaboração mitiu lançar uma programação racional dos os dos agentes logísticos responsáveis pelo com os equipamentos técnicos das cidades. estudos a realizar em função das linhas de transporte de mercadorias, nomeadamen- O produto mais singular de Eixo-ecologia é o estratégia política aprovadas pelos presiden- te no último quilómetro, sobretudo assente Relatório de Sustentabilidade que, na sua pri- tes das câmaras. Apenas dois anos depois do numa planificaçao e organização racional meira edição, foi apresentado na Assembleia seu nascimento obteve um reconhecimento prévia do território. Indiscutivelmente, tra- Geral de 10 de Fevereiro de 2011. internacional muito destacado com o prémio tando-se o Eixo de uma Associação de cida- Sail of Papenburg, outorgado pela Associa- des, as propostas que afectam a mobilidade Em paralelo com estas duas estruturas, o ção de Regiões Fronteiriças da Europa (ARFE), urbana ocupam um lugar central neste plano. “Think-Tank” também colabora no projecto

36 EIXO ATLÂNTICO “Pensar a cidade do século XXI” com Foro nha já começada em Julho de 2000 com a ra, em 2007, a estratégia passa por liderar permanente em Viana do Castelo e outras a participação na Fundação da Conferência de ou co-liderar uma plataforma de cooperação celebrarem em diversas cidades do Eixo: Fo- Cidades do Arco Atlântico. Porto e Santiago europeia que possa ser interlocutora da Co- ros do transporte, da inovação, do automó- obtiveram cada um a sua Vicepresidencia e missão para as suas políticas neste âmbito. vel eléctrico ou da arquitectura sustentável. Vigo e o próprio Eixo, por sua vez, dois luga- O primero passo dá-se com a fundação da Desde 2011, o “Think-Tank” deu um salto res no Conselho de Direcção. Em 2001 Vigo EUROMOT, uma rede integrada pela “Mis- qualitativo ao coordenar o estudo Climatlan- conseguiria a presidência da Comissão de sion pérationnelle Transfrontalière” francesa, tic ao desenhar uma estratégia de redução Portos. Não obstante, no ano seguinte o Eixo como presidente, o Eixo como Vicepresiden- da emissão de gases que provocam o efeito decide abandonar o seu lugar por considerar te e as “City Twins” como terceiro elemento de estufa. que já estão bem representadas as suas ci- do seu Gabinete Político. Uma das primeiras dades na organização e, de facto, Santiago, medidas da EUROMOT foi a assinatura de um Como interveniente e líder da cooperação no mandato de Sánchez Bugallo, chegou a protocolo de colaboração com a Associação territorial na UE o Eixo prosseeguiu uma li- ostentar a Presidência da Conferência. Ago- das Regiões de Fronteira da Europa (ARFE),

Apresentação festa Arde Lucus. Vigo. 2012 Presentación fiesta Arde Lucus. Vigo. 2012. Opening celebration Arde Lucus, Vigo. 2012.

EIXO ATLÂNTICO. A história de uma aliança de cidades com história 37 20 anos do Eixo Atlântico

a mais antiga estrutura de cooperação terri- a 23 de Junho de 2009 ficava constituida, em imediato. Nesse sentido o Congresso que torial. Em paralelo, o Eixo consegue organi- Cáceres, a Rede Ibérica de Entidades Trans- no mês de Junho de 2012 se vai celebrar na zar três workshops consecutivos nos “Open fronteiriças (RIET) que agrupava 12 estruturas Coruna para abordar todas as questoes rela- Days” celebrados em Bruxelas entre 2007 e de cooperação ao longo de toda a frontei- cionadas com a cooperação transfronteiriça e 2009, com o financiamento da DG REGIO. ra hispano-lusa e em que o Eixo ostentaria o novo quadro comunitário 2014-2020 – um A experiência de EUROMOT sofreu um duro a Secretaria Geral. A RIET pretendia ser um evento que contará com presença dos maio- revés quando não conseguir ver aprovado o interlocutor dos organizadores das Cimeiras res responsáveis em matéria do Parlamento seu projecto no concurso público do INTER- Ibéricas para garantir que os problemas da e da Comissao Europeia – será um aconteci- REG IVC. fronteira estavam presentes nesse forum e as mento de grande importância. melhores soluções eram encontradas. Com Entretanto o Eixo já trabalhava na criação de a RIET como garantia, o seguinte passo foi Finalmente, no percurso da história mais re- uma rede de cidades que assumisse a lideran- lançar o desafio de constituir uma rede de ci- cente temos de falar noutro aspecto do Eixo: ça que cedera à MOT na primeira tentativa. dades empenhadas na cooperação territorial ter sido o dinamizador da cidadania europeia Em 2008 consegue um importante apoio do em toda a UE que fosse reconhecida pelas e da qualidade de vida dos habitnates de Instituto Financeiro de Desenvolvimento Re- instituições comunitárias. A esse desafio fo- cada região. Deste ponto de vista, o objectivo gional de Portugal, que disponibiliza 157.300 ram respondendo afirmativamente a própria alcançado mais original foi a constituição, a euros que se destina, em parte, a celebrar um RIET, a MOT, a Conferência de Cidades do finais de 2007, da Eurocidade Chaves-Verín. Seminário de Cooperação de Segunda Gera- Arco Atlântico, o Foro de Cidades Adriáticas Trata-se de um laboratório de experiências ção em Guimarães em Fevereiro de 2009. e Jónicas, a União de Cidades Bálticas e as de zona franca social para aperfeiçoar a ci- Dado o êxito da acorrência e conteúdos o cidades mediterrâneas agrupadas em Medci- dadania europeia e partilhar equipamentos Eixo transforma-se num líder de cooperaçao ties. Nao ficou de fora nenhuma grande rede e serviços para ganhar em escala. mantendo territorial na UE. Com efeito, foi o primeiro urbana de estruturas de cooperaçao da Eu- densidades populacionais aceitáveis graças a grande evento destas características celebra- ropa. A 23 de Abril de 2010, em Santiago, uma melhoria da qualidade de vida resultan- do na Península Ibérica; serviu para reflectir ficou constituida a Conferência de Redes de te da cooperação social. sobre a cooperação transfronteiriça, com to- Cidades Europeias Transfronteiriças e Inter- dos os intervenientes presentes, e com a par- -Regionais (CECICN). O primeiro Presidente As actividades desportivas conjuntas conti- ticipação dos respectivos governos de Madrid desta Rede, que represntava mais de 500 nuam a ter nos Jogos do Eixo o seu principal e Lisboa igualmente presentes. Foi ali que co- cidades, foi o próprio Presidente da Câmara expoente. Em 2011 alcançaram a sua IX edi- meçou a tomar realidade a constituição de de Santiago de Compostela, Xosé Sánches ção na cidade de Matosinhos. As actividades um autêntico “lobby” para intervir no pro- Bugallo e, desde o ano 2011, o Eixo ostenta culturais têm como símbolo heráldico a anti- jecto da programação de 2014-2020, sob a também a sua Secretaria Geral. A CACICN ga Bienal de Pintura que alcançou, também, direcção da Euro-Região Galiza-Norte de Por- começou por ser recebida pelo Comissário a sua IX edição. A grande novidade desta tugal. A ideia era criar uma rede de cidades do Desenvolvimento Regional, Johannes etapa é a criação da Capital Cultural do Eixo que tivesse o papel de interlocutor comuni- Hahn, e pela Presidente do Comité das Re- Atlântico que já teve duas edições: em Vila tário que tem, por exemplo, a nível regional, giões, Mercedes Bresso, recebendo a oferta Nova de Gaia no ano 2009 e em Viana do a ARFE. O primeiro passo era criar uma rede de participar no Livro Branco da Cooperação Castelo, em 2011, depois de o Secretariado hispano-portuguesa a partir das estruturas na Europa. A Consolidação da CECICN como criado para o efeito as ter escolhido para de cooperação urbana e municipal que fizes- interlocutor das cidade no seio da Comissão cidades-sede. Este reconhecimento permi- se parte do Seminário de Guimarães. Assim, Europeia é o grande desafio para o futuro te concentrar inúmeras actividades culturais

38 EIXO ATLÂNTICO (música, literatura, artes plásticas, confe- para os municípios e procura auto-financiar- convertendo-se num líder da cooperação ter- rências) ao longo do verão, principalmente. -se”. De facto, neste momento o Eixo está ritorial na UE. Tudo isto foi possível devido às Também se pôs em marcha a Mostra Musical a gerir 10 projectos europeus com um cus- decisões dos presidentes de câmara, que lhe de Novos Intérpretes, um velho projecto de to plurianual de 14.886.769.96 euros, dos atribuíram autonomia jurídica com a ajuda Vilagarcía de Arousa, que já conheceu tam- quais 4.555.036,02 provêm do próprio Eixo, de centenas de vereadores e técnicos que bém duas edições. beneficiário ou parceiro principal. Para 2012 contribuiram para fortalecer políticas públi- o orçamento do Eixo ronda os 4.300.000 de cas Euro-Regionais; devido ao trabalho cons- No âmbito do turismo, aproveitou-se o Xaco- euros, representando as quotas dos membros tante por parte de um “staff” estável e bem beu de 2010 para distribuir 100.000 exem- pouco mais de 13% dessa verba. Uma garan- qualificado e, muito especialmente, devido à plares de guias turísticos das cidades graças tia de sustentabilidade financeira e uma clara feliz estratégia de manter um saldo restante a um protocolo com a Secretaria Geral de prova da projeção e prestígio alcançados pela cada vez maior na tesouraria que, além de Turismo. Associação nestes primeiros anos de existên- lhe oferecer dos poderes regionais e nacio- cia. Duas décadas passaram desde aquela nais, tornando assim possível um relaciona- Conclusões Declaração fundadora feita no Porto. Nela mento eficaz com eles, também lhe permitiu Abel Caballero, que nessa época assumia a 12 cidades procuraram conseguir um instru- gerir com êxitoum número cada vez maior presidência do Eixo, expôs com eficácia a me- mento que lhes perimitisse aceder a melho- de projectos comunitários. Agora é tempo lhor conclusão possível durante a Assembleia res condições para o financiamento comuni- de comemorar e continuar a trabalhar até ao Geral no dia 10 de Fevereiro de 2011: “o tário posto em marcha com o primeiro paco- próximo marco cronológico. A cidadania da balanço da gestão do Eixo Atlântico é mui- te Delors. Pelo caminho, aquela Associação Galiza e do Norte faz com que essa dedica- to positivo, já que este tem um baixo custo quase triplicou o número de cidades-membro ção valha bem a pena.

Stand Eixo Interior na feira Xantar. Ourense. 2012. Stand Eixo Interior en la feria Xantar. Ourense. 2012. Stand Eixo Interior at the Xantar fair. Ourense. 2012.

EIXO ATLÂNTICO. A história de uma aliança de cidades com história 39 20 anos do Eixo Atlântico A corrente do Eixo Atlântico

David Pontes A Galiza e o Norte de Portugal, que se junta- atividades como o têxtil e o calçado, alicerces Jornalista da Agência Lusa de Notícias vam no Eixo há vinte anos, eram duas regiões económicos frágeis por um perfil tecnológico que enfrentavam a sua condição de periferia e empresarial pouco competitivo. Não é por nacional e no contexto da União Europeia isso de estranhar que ao longo da década de Que linha melhor define este eixo? A que se (UE), podendo contrabalançar com uma ra- 90, a Galiza tenha trocado de posições com o traça horizontal no mapa não é certamente, zoável densidade populacional, embora com Norte, garantindo um crescimento sustenta- porque falar do Eixo Atlântico é falar desse desequilíbrios entre o interior e o litoral e do que lhe permitiu aproximar-se das médias esforço de juntar o que a história e a políti- problemas de regeneração demográfica. Em europeias enquanto o Norte seguiu vertigi- ca separaram, é perceber se nestes últimos comum tinham também o facto de se apre- nosamente o caminho contrário. vinte anos foi possível potenciar identidades sentarem baixos níveis de desenvolvimento comuns e apontar a um futuro em que as em relação à média comunitária, o que au- Se olharmos para o mapa político são tam- fronteiras se esbatem em nome do desenvol- mentava a necessidade e capacidade de cap- bém os contrastes que se destacam neste ca- vimento e da coesão. E é também perguntar- tar recursos comunitários. minho, para além dos óbvios pontos comuns mo-nos, num jeito mais simples, se sentimos que podem ser resumidos pela alternância esta euro-região como nossa casa, indepen- Mas esta era também uma euro-região que democrática entre forças de esquerda e de dentemente do lado desse traço horizontal podia ostentar a existência de centros de pro- direita, num mesmo grande centro – em Por- nos encontremos. dução de saber de reconhecido prestígio bem tugal, entre PS e PSD, na Galiza entre o PS- estabelecidos e com ligação ao mundo em- deG e o PP- que algum episódico crescimen- Para definir o Eixo é melhor olharmos na presarial, e um vasto e riquíssimo património to dos nacionalistas galegos não chega a ser vertical, percorrer o mapa de alto abaixo, turístico, cultural e histórico. de molde a ameaçar. O contraste está na or- seguindo aquelas linhas que unem duas regi- ganização do sistema político que em demo- ões que, afinal, não fosse o tal passado, um Já o tecido empresarial de ambas, apesar de cracia gerou um poder municipal forte, mas rio e umas quantas montanhas, quase não se uma capacidade de iniciativa autónoma das à Galiza deu ainda um poder regional com distinguiriam na geografia, soando comuns pequenas e médias empresas, apresentava autonomia face ao poder central, a Xunta, na língua e irmanados de costumes, com diferenças, destacando-se na Galiza o setor que não tem uma correspondência política uma personalidade coletiva muito semelhan- primário e um setor secundário que ao longo no Norte de Portugal. Apesar de estar inscrita te, no saborear da tradição, na religiosidade, do tempo parece ter resistido melhor aos de- na Constituição portuguesa, a regionalização no apego à propriedade privada, no pragma- safios da globalização do que o vizinho por- continua adiada por falta de vontade políti- tismo… tuguês, que tinha no setor secundário, em ca sólida, e da resistência de uma cultura de

40 EIXO ATLÂNTICO Apresentação do Anuário da Eurorregião. Santiago. 2012. Presentación del Anuario de la Eurorregión. Santiago. 2012. Presentation of the Euroregion Yearbook. Santiago. 2012.

A corrente do Eixo Atlântico 41 20 anos do Eixo Atlântico

Poder alicerçada na capital, que conduziu à Soares. A ideia que se gerou era própria de percorrer vinte anos de boas relações, de derrota num referendo não vinculativo em uma Europa de Maastricht, na altura em que trocas comerciais, de intercâmbio de estu- 1998. Estas diferenças na gestão dos dois se aprofundava a ideia de que as regiões ti- dantes, de movimento de trabalhadores, de territórios é um problema que não vai deixar nham um papel importante a desempenhar turistas. Tornou-se tão natural passar férias de se cruzar de diferentes formas nos vinte na coesão territorial, e de que o princípio da em Sanxenxo como divertir-se na noite do anos de uma instituição como o Eixo. subsidiariedade era virtuoso. Era o tempo de Porto, ir ao Corte Inglês, como fazer compras aproveitar as oportunidades que os fundos no IKEA. Mas regressemos ao nosso olhar vertical europeus de programas como o INTERREG sobre este território que se estende entre o ou o FEDER podiam proporcionar. E também se encetou o caminho de apro- Norte de Portugal e a Galiza, para percor- ximação das estruturas administrativas, se rermos em paralelo duas linhas que se des- A união de cidades no Eixo Atlântico corpo- bem que, só muito recentemente, comece- tacam. De carro, temos a A9-A3 que vai da rizava ainda reivindicações regionais, impor- mos a ver os primeiros resultados em áreas Corunha até ao Porto, cruzando o Minho por tantes para o Norte de Portugal, que se de- como a saúde, numa lógica de aproveita- Braga, enquanto de comboio temos a ligação batia com sua ambição de obter a regionali- mento de complementaridades que só pode ferroviária Porto-Vigo, que descreve o seu zação e para a Galiza, que como comunidade ser enriquecedora. Um exemplo generoso caminho pelo litoral, passando por Viana de autónoma podia beneficiar de uma ligação disso, apesar de ainda tímido, são as euro- Castelo. As duas vias unem o seu trajeto na direta a Portugal, sem passar pelo crivo de -cidades, como aquela que por onde passa o Galiza na passagem pelo Minho. Madrid. O bónus seria sempre o protagonis- eixo rodoviário que escolhemos percorrer, a mo político. de Valência e Tui, constituída este ano numa Quase duas horas de duração separam as tentativa de coordenação de competências a duas opções para ligar Porto e Vigo, cidades Por isso talvez não seja deslocado dizer que uma escala local, que o Eixo vem acarinhan- cruciais na história do Eixo. Mas é uma dife- a ligação por autoestrada entre o norte de do desde a experiência de Chaves-Verín. rença de quase um século, se pensarmos que Portugal e a Galiza, em 1998, quase precisa- o comboio, com as suas três horas e vinte mente cem anos após a inauguração da liga- Não se pode dizer que o movimento de apro- minutos, não fazer um tempo muito distan- ção ferroviária, foi a afirmação material dessa ximação, feito de milhares de histórias indivi- te do que lhe era possível quando a ligação vontade de trilhar caminhos comuns. E se as duais de boa vizinhança, não existiria se não ibérica abriu, em 1886. Nestas duas linhas infraestruturas não eram a única prioridade houvesse o Eixo, mas ele pode desempenhar que unem o espaço do Eixo Atlântico está, no ato fundador do Eixo, em que se juntaram um papel relevante, como lóbi e como polo de certa forma, a medida dos seus sucessos e 12 cidades, em 1992, era a primeira, num rol agregador de uma mensagem de aproxima- dos seus desafios. de objetivos onde também estava o ensino, a ção das duas regiões, estimulando o pensa- investigação e a defesa do património. mento sobre o território, ajudando a criar a Não que infraestruturas fossem a única mo- atmosfera necessária para que o imperativo tivação na génese da ideia que surgiu numa Era uma meta sensata, derrubar as barreiras político se tornasse uma narrativa credível e noite de São João de 1991, no Porto. Na físicas se se queria congregar os espíritos em sustentada. mesma mesa de jantar sentaram-se o presi- torno do desenvolvimento da euro-região. E dente da câmara local, Fernando Gomes, o aí está, de parte a parte, essa A3 que parte Para fazer o seu caminho, o Eixo Atlântico de Vigo, Carlos G. Principe, de Lisboa, Jorge do Porto e se multiplica para A9 na Galiza, teve que superar as limitações próprias de Sampaio e ainda os presidentes da Genera- capaz de ligar o Douro ao Xubia em mais do um corpo à procura de forma. Num exercí- litat catalã, Jordi Pujol, e de Portugal, Mário que uma maneira. Ao longo dela podemos cio constante de tensão entre as ambições

42 EIXO ATLÂNTICO Assinatura do acordo constitutivo da EUROMOT com o ex-Primeiro Ministro de França Pierre Mauroy. Lille. 2008. Firma del acuerdo constitutivo de EUROMOT con el ex primer ministro de Francia Pierre Mauroy. Lille. 2008. Signature of the constituent agreement of EUROMOT with the ex Prime Minister of France, Pierre Mauroy. 2008.

A corrente do Eixo Atlântico 43 20 anos do Eixo Atlântico

próprias de cada município e dos diferentes de reflexão sobre várias temáticas relevantes presidente do Porto materializada em realiza- protagonistas que foram assumindo a presi- como as infraestruturas, o ambiente ou o ções tão importantes como a construção do dência do Eixo, perdeu tempo no seu arran- turismo e conservando hoje em atividade o metro ou a elevação do Porto a Património que até que foi possível criar uma estrutura Serviço de Estudos e a Agência de Ecologia da Humanidade, foi determinante para o ar- permanente com sedes no Porto e em Vigo, Urbana. As agendas estratégicas territoriais, ranque do Eixo. As suas ambições políticas gerida por uma secretaria-geral. a estratégia dos transportes, e os documen- integravam na perfeição o Porto como pro- tos criados para sustentar os objetivos da tagonista de uma associação de municípios,

Este passo mostrou-se decisivo para que o Estratégia Europa 2020 e a Agenda 21, são o que combinava com as ambições do seu Eixo não se perdesse nos meandros da bu- bons exemplos daquilo que tem sido produ- congénere de Vigo, Carlos G. Príncipe que zido graças à cooperação no interior do Eixo queria conquistar poder no seio dos socialis- rocracia e da inoperacionalidade em que se Atlântico. tas galegos. afundaram tantas outras boas intenções de cooperação municipal. A figura do secre- E é bom lembrar que se há vinte anos se Esse impulso inicial, e a exposição pública das tário-geral, protagonizada por Xoan Mao, juntaram seis cidades galegas e seis portu- suas pretensões foram essenciais para o lan- tornou-se indispensável para assegurar um guesas, até 1997 o Eixo Atlântico cresceu çamento do Eixo, mas até por excesso de pro- funcionamento presente e estável, apesar para agregar 18 cidades e em 2007 passou tagonismo dos dois municípios fundadores, o das dificuldades naturais criadas pela rotati- a representar 28 e no ano seguinte 34, refor- Eixo tardou a crescer como entidade autóno- vidade da presidência entre municípios. çando a sua representatividade e hegemonia ma com uma organização estável e com ob- territorial. Este crescimento só foi possível jetivos e iniciativas claras. Caberá a Manuel A prova de que esta institucionalização tem com uma estrutura que se ao longo do seu Perez, em 1995, com uma aproximação ao al- representado boa gestão e sustentabilidade um percurso não esteve alheia a convulsões, caide da Corunha, até aí adversário de Carlos financeira, é que o Eixo Atlântico, graças aos conseguiu assegurar a estabilidade e anga- G. Principe, clarificar objetivos e lançar as ba- projetos europeus que tem gerido, assegurar riou uma inegável utilidade como associação ses de uma dinâmica interna de organização praticamente o seu autofinanciamento, re- de municípios. que viria a conduzir à atual estrutura. A aber- presentando as quotas dos seus associados tura de sedes permanente de sedes no Porto 13 por cento do orçamento de 2012, estima- Falar da história do Eixo Atlântico é também e em Vigo, a representação em Bruxelas, são do em 4.300.000 de euros. falar do protagonismo daqueles alcaides ou passos importantes desta gestão. presidentes de câmara que ao logo dos anos O corolário deste esforço organizacional foi a ocuparam a cadeira da presidência. Uma A partir de 1999 as presidências deixam de integração do Eixo na Comunidade de Traba- avaliação que não é fácil, tal a forma como ser um exclusivo dos fundadores e Mesqui- lho Galiza-Norte de Portugal, em 2000, que o as suas capacidades operacionais se cruzam ta Machado de Braga, Cabezas Enríquez, de confirma como protagonista da cooperação com o peso específico de cada município, Orense, vão assumir o leme do Eixo a que se territorial regional, uma peça importante no as realidades da vida autárquica e os ciclos seguirão Rui Rio do Porto e Sanchéz Bugallho diálogo com instituições nacionais e europeias. políticos, não só locais e nacionais como eu- de Santiago de Compostela. ropeus Para isso não deixou de contribuir que ao Mesquita Machado foi importante na re- longo dos seus vinte anos o Eixo tenha sabi- A personalidade de Fernando Gomes um vindicação da definição de prioridades nas do funcionar como “think-tank” da euro-re- político com profundo conhecimento dos infraestruturas da região, nomeadamente gião, produzindo documentos importantes dossiês europeus e um dinamismo enquanto nas rodoviárias e com menos sucesso, como

44 EIXO ATLÂNTICO Visita de jornalistas da eurorregião a Bruxelas. 2012. Visita de periodistas de la eurorregión a Bruselas. 2012. Visit to euroregion journalists to Brussels. 2012.

A corrente do Eixo Atlântico 45 20 anos do Eixo Atlântico

tempo viria a determinar, na criação de um por sucumbir perante a crise da divida sobe- relevante, ator importante da aproximação corredor de alta velocidade na região. Rui Rio rana e de uma Europa que parece cada vez entre comunidades e instituições, fonte de fixou um objetivo importante, o turismo, mas mais incapaz de ultrapassar os seus egoís- cooperação, servindo como base de reflexão a meio do percurso pareceu perder o rumo. mos. A ambição do ótimo, fez os protago- sobre um crescimento sustentável para a re- Orense e Santiago marcaram a continuidade nistas regionais descurar o óbvio que é o gião, mas a quem ainda falta tornar-se mais na elaboração dos estudos estratégicos da anacronismo de uma ligação ferroviária que decisivo em algumas áreas óbvias. região e na credibilização da organização do podia ter sido suprido por um investimento Eixo como parceiro estratégico na gestão de na modernização da linha existente, ou na O turismo e a promoção do património é cla- fundos europeus. construção de uma alternativa de custos ramente uma delas. Com as potencialidades mais moderados, consentânea com uma po- que existem nesta região é pouco compre- Mas a sucessão natural das suas presidências, lítica de futuro sustentável como é a da op- ensível como ainda não foi possível ao Eixo consolidando o Eixo como força dinamizado- ção pelo caminho-de-ferro. desempenhar um papel mais relevante na ra da cooperação transfronteiriça e uma voz procura de sinergias entre os vários atores credível na reivindicação dos anseios da euro- A queda da gratuitidade da ligação portu- institucionais públicos e privados desta área. -região, foi a melhor prova da validade da ini- guesa pelas SCUT, num dossiê gerido ataba- A lógica de “um destino dois países”, unidos ciativa lançada em 1992, que as presidências lhoadamente pelo Governo português, crian- por essa outra linha ancestral que é o cami- de Luis Filipe Menezes, de Vila Nova de Gaia do dificuldades absurdas à livre circulação no nho de Santiago, que poderia ter capacidade e Abel Caballero de Vigo, viriam a confirmar, território, mostrou também como a insensibi- de projeção internacional é uma promessa embora sem grandes conquistas nos seus lidade do poder central pode ainda sacrificar por cumprir e mesmo na circulação entre os mandatos. uma aproximação que se julgava adquirida. turistas das duas regiões ainda há muito por desbravar. Mas se com a A3 e a A9 percorremos o su- São duas lutas em aberto em que o Eixo cesso do Eixo Atlântico, não podemos esque- Atlântico tem procurado desempenhar o Na cultura está tudo quase por fazer, no cer que há uma outra linha que apontamos seu papel tanto na frente mediática, como ensino o Eixo que já conseguiu alguns movi- na nossa viagem na vertical, muito mais nos bastidores, o que lhe tem garantido um mentos de aproximação mas poderia ser um ronceira, a do comboio que liga o Porto a crescente protagonismo e solidificado a sua agente agregador mais relevante e a econo- Vigo que parece parada no tempo, quando ligação às aspirações da comunidade que re- mia é um dossiê em que não lhe tem sido não ameaçada de extinção. Nela, de alguma presenta. Um processo que só é possível com fácil penetrar. forma, podemos ver o muito que ainda há a a identificação que os autarcas têm tido com fazer na região e podemos descortinar algu- os objetivos do Eixo e com a capacidade que Num momento em que o ciclo das infraestru- mas frentes onde o Eixo ainda está longe de a sua estrutura permanente tem mostrado, turas se parece estar a esgotar, avançar nes- atingir o sucesso ambicionado. nomeadamente através do seu secretário- tas áreas que são fundamentais para o cres- -geral, Xoan Mao, de funcionar como lóbi da cimento económico, para a qualificação das Durante muitos anos, embalada pela cons- região, imune às flutuações políticas locais populações e do território, assume uma im- trução das autoestradas, a questão da mo- ou nacionais. portância crescente. São elas que no futuro dernização da via ferroviária nem surgiu na vão ajudar a fazer melhor esta casa que vão agenda pública, substituída pelas reivindica- Esta é a linha por onde passa o muito do que reforçar o sentimento de que partilhamos um ções em torno do dossiê da alta-velocidade. há ainda a fazer na região, o caderno de tare- destino comum. As iniciativas do Eixo como A ilusão dos recursos inesgotáveis acabaria fas do Eixo Atlântico que pode ser já um lóbi os Jogos ou a Bienal, apesar de ajudarem à

46 EIXO ATLÂNTICO consolidação dessa identidade própria, são trutura eminentemente técnica, a CCDR-N, Talvez por isso, encontro uma terceira linha, modestas, muitas vezes confinadas pelos in- tentando colmatar a falta de uma estrutura que une as duas regiões e me parece ser teresses individuais dos municípios que as al- política da região. Um desequilíbrio que não uma metáfora muito mais satisfatória que bergam e parece faltar uma nova abordagem deixa de ter um peso considerável na ação autoestradas ou comboios. Esta é uma linha para que iniciativas deste cariz corporizem do Eixo, que estará sempre dependente para invisível, de água, que se estende ao longo melhor o espírito desta associação única da sua afirmação, do protagonismo que agentes da costa atlântica do noroeste peninsular. região. políticos com capacidade para olhar para lá Em parte é água quente, a corrente do Golfo das fronteiras dos seus municípios lhe pos- e em parte é água fria proveniente dos ma- Ao longo da sua história, o Eixo soube apro- sam dar. Ao longo da sua existência o Eixo res nórdicos. O encontro das duas gera um veitar os ciclos em que as questões das regi- Atlântico teve alguns desses motivadores, movimento para sul, lento mas permanente, ões ganharam importância na Europa e em mas precisa de mais. impercetível mas inexorável, alheio às ondas que o problema da coesão territorial e das que se formam na superfície, mantendo re- ligações transfronteiriças foram um imperati- No entanto, para quem viveu quase de costas soluto sempre o seu curso. Que possam ser vo na agenda do crescimento. Os tempos de voltadas durante séculos, o caminho percor- assim os próximos vinte anos dessa ambição escassez e de algum egoísmo que vivemos, rido durante vinte anos é bem significativo. de uma euro-região que o Eixo Atlântico cor- são mais uma dificuldade para o trabalho de Somos impelidos para alguma voracidade, poriza e não faltarão linhas a unir Galiza e o uma instituição que terá sempre que lidar para exigir que se cruzem as metas o mais Norte de Portugal. com o facto de ser uma estrutura multipolar, depressa possível, mas é bom não esquecer que opera num território com duas organiza- que os encontros entre povos, a partilha de ções administrativas desiguais. De um lado, objetivos entre comunidades que viveram a Xunta capaz de ajudar o Eixo a projetar a distanciadas em tantos capítulos, são proces- sua escala regional, do outro lado uma es- sos que exigem tempo.

Apresentação do estudo “Estratégia dos Transportes”. Ferrol. 2010. Presentación del estudio “Estrategia de los Transportes”. Ferrol. 2010. Presentation of the study “Strategy of Transport”. Ferrol. 2010.

A corrente do Eixo Atlântico 47

20 anos do Eixo Atlântico

Assembléias Gerais / Asambleas Generales / General Assemblies

Intervenção do Presidente da República Mário Soares na Assembleia Fundacional do Eixo Atlântico. Viana do Castelo. 1992. Intervención del Presidente de la República, Dr. Mário Soares en la Asamblea Fundacional del Eixo Atlántico. Viana do Castelo. 1992. Speech of President of the Republic Mário Soares at the Founding Assembly of Eixo Atlantico. Viana do Castelo. 1992.

50 Assembléias Gerais · Asambleas Generales · General Assemblies Viana do Castelo. 1996.

Vigo. 1995.

Viana do Castelo. 1996.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 51 20 anos do Eixo Atlântico

Porto. 1997. Oporto. 1997.

Guimarães. 1997.

52 Assembléias Gerais · Asambleas Generales · General Assemblies Lugo. 1998.

Bragança 1999.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 53 20 anos do Eixo Atlântico

Vigo. 2000.

Chaves. 2001.

54 Assembléias Gerais · Asambleas Generales · General Assemblies Ourense. 2001.

Porto. 2002. Oporto. 2002.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 55 20 anos do Eixo Atlântico

Santiago de Compostela. 2003.

56 Assembléias Gerais · Asambleas Generales · General Assemblies Bragança . 2004.

Vilagarcía de Arousa. 2005.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 57 20 anos do Eixo Atlântico

Santiago de Compostela. 2006.

58 Assembléias Gerais · Asambleas Generales · General Assemblies Vila Nova de Gaia. 2007.

Ampliação do Eixo Atlântico. Vila Nova de Gaia. 2007. Ampliación del Eixo Atlàntico. Vilanova de Gaia. 2007. Expansion of the Eixo Atlántico. Vila Nova de Gaia. 2007.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 59 20 anos do Eixo Atlântico

Ampliação do Eixo Atlântico. Vila Nova de Gaia. 2007. Ampliación del Eixo Atlàntico. Vilanova de Gaia. 2007. Expansion of the Eixo Atlántico. Vila Nova de Gaia. 2007.

Ampliação do Eixo Atlântico. Vila Nova de Gaia. 2007. Ampliación del Eixo Atlàntico. Vilanova de Gaia. 2007. Expansion of the Eixo Atlántico. Vila Nova de Gaia. 2007.

60 Assembléias Gerais · Asambleas Generales · General Assemblies Vigo. 2008.

Guimarães. 2009.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 61 20 anos do Eixo Atlântico

Chaves. 2010.

Santiago de Compostela. 2011.

62 Assembléias Gerais · Asambleas Generales · General Assemblies Viana do Castelo. 2012.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 63 20 anos do Eixo Atlântico

Viana do Castelo. 2012.

64 Assembléias Gerais · Asambleas Generales · General Assemblies

20 anos do Eixo Atlântico

Vigo. 2002.

66 Comissões Executivas · Comisión Ejecutiva · Executive COMMISSIONS Porto 2002. Oporto 2002.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 67 20 anos do Eixo Atlântico

Santiago de Compostela. 2003.

Porto. 2003. Oporto. 2003.

68 Comissões Executivas · Comisión Ejecutiva · Executive COMMISSIONS Santiago. 2005

Santiago. 2006.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 69 20 anos do Eixo Atlântico

Vila Nova de Gaia. 2007.

Vigo. 2009.

70 Comissões Executivas · Comisión Ejecutiva · Executive COMMISSIONS Porto. 2010. Oporto. 2010.

Vigo. 2011.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 71 20 anos do Eixo Atlântico

Vigo. 2011.

Viana do Castelo. 2012.

72 Comissões Executivas · Comisión Ejecutiva · Executive COMMISSIONS Viana do Castelo. 2012.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 73 20 anos do Eixo Atlântico

Barcelos. 2012.

74 Comissões Executivas · Comisión Ejecutiva · Executive COMMISSIONS Barcelos. 2012.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 75

20 anos do Eixo Atlântico

Fernando Gomes com o Primeiro Ministro de Portugal, Cavaco Silva. 1994. Fernando Gomes con el Primer Ministro de Portugal, Cavaco Silva. 1994. Fernando Gomes with the Prime Minister of Portugal, Cavaco Silva. 1994.

Fernando Gomes com o Presidente do Governo espanhol, Felipe González. 1994. Fernando Gomes con el Presidente del Gobierno español, Felipe González. 1994. Fernando Gomes with the Spanish Prime Minister, Felipe González. 1994.

78 ENTREVISTAS COM DIRIGENTES políticos · Entrevistas con Dirigentes Políticos · MEETING with political leaders Carlos Westendorp, ministro de Assuntos Exteriores de Espanha, reunido com Fernando Gomes, presidente do Eixo Atlântico. 1995. Carlos Westendorp, ministro de Asuntos Exteriores de España, reunido con Fernando Gomes, presidente del Eixo Atlántico. 1995. Carlos Westendorp, Spanish Foreign Secretary, gathered with Fernando Gomez, president of Oporto. 1995.

O Director-Geral de Política Regional da Comissão Europeia, Eneko Lamdaburu, preside a apresentação do Eixo Atlântico em Bruxelas. 1998. El Director General de Política Regional de la Comisión Europea, Eneko Landaburu, preside la presentación del Eixo Atlántico en Bruselas. 1998. Director General of Regional Policy at the European Ccommission, Eneko Landáburu, chairs the presentation of Eixo Atlantico in Brussels. 1998.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 79 20 anos do Eixo Atlântico

Manuel Pérez e Fernando Gomes com o presidente do Parlamento Europeu, José María Gil Robles. Bruxelas. 1998. Manuel Pérez y Fernando Gomes con el presidente del Parlamento Europeo, José María Gil Robles. Bruselas. 1998. Manuel Pérez and Fernando Gomes with the President of the European Parliament, José María Gil Robles. Brussels. 1998.

80 ENTREVISTAS COM DIRIGENTES políticos · Entrevistas con Dirigentes Políticos · MEETING with political leaders Manuel Cabezas com a Vice-presidente da Comissão Europeia, Loyola del Palacio. Bruxelas. 2001. Manuel Cabezas con la Vicepresidenta de la Comisión Europea, Loyola del Palacio. Bruselas. 2001. Manuel Cabezas with the Vice-President of the European Commission, Loyola del Palacio. Brussels. 2001.

Comissão Executiva reúne com o Primeiro Ministro de Portugal, António Guterres. Braga. 2001. Comisión ejecutiva se reúne con Primer Ministro de Portugal, António Guterres. Braga. 2001. Executive Committee meets the Prime Minister of Portugal, António Guterres. Braga. 2001.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 81 20 anos do Eixo Atlântico

Reunião com o Comissário de Política Regional, Michel Barnier. Bruxelas. 2002. Reunión con el Comisario de Política Regional, Michel Barnier. Bruselas. 2002. Meeting with the European Commissioner responsible for Regional Policy, Michel Barnier. Brussels. 2002 .

Reunião com o Comissário de Política Regional, Michel Barnier. Bruxelas. 2002. Reunión con el Comisario de Política Regional, Michel Barnier. Bruselas. 2002. Meeting with the European Commissioner responsible for Regional Policy, Michel Barnier. Brussels. 2002 .

82 ENTREVISTAS COM DIRIGENTES políticos · Entrevistas con Dirigentes Políticos · MEETING with political leaders Durão Barroso, Primeiro Ministro de Portugal com o presidente da Assembleia Geral do Eixo Atlântico. Bragança. 2004. Durão Barroso, Primer Ministro de Portugal con el presidente de la Asamblea General del Eixo Atlántico. Bragança. 2004. Mr. Durão Barroso, Prime Minister of Portugal with the President of the Eixo Atlántico’s General Assembly. Bragança. 2004.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 83 20 anos do Eixo Atlântico

Durão Barroso, Primeiro Ministro de Portugal com presidentes do Eixo Atlântico. Bragança. 2004. Durão Barroso, Primer Ministro de Portugal con alcaldes del Eixo Atlántico. Bragança. 2004. Durão Barroso, Prime Minister of Portugal, with mayors of Eixo Atlántico. Bragança. 2004.

Reunião da C. Executiva com o presidente da Xunta, Emilio Pérez Touriño. Santiago de Compostela. 2005. Reunión de la C. Ejecutiva con el presidente de la Xunta, Emilio Pérez Touriño. Santiago de Compostela. 2005. Meeting of the Executive Committee with the President of Xunta, Emilio Pérez Touriño. Santiago de Compostela. 2005.

84 ENTREVISTAS COM DIRIGENTES políticos · Entrevistas con Dirigentes Políticos · MEETING with political leaders Reunião com o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso. Bruxelas. 2009. Reunión con el presidente de la Comisión Europea, Durão Barroso. Bruselas. 2009. Meeting with the President of the European Commission, Durão Barroso. Brussels. 2009.

Presidente da Xunta de Galicia, Alberto Núñez Feijoo, secretário-geral do Eixo Atlântico, Xoan V. Mao com o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso. Bruxelas. 2009. Presidente de la Xunta de Galicia, Alberto Núñez Feijoo y el secretario general del Eixo Atlántico, Xoan V. Mao, con el presidente de la Comisión Europea, Durão Barroso. Bruselas. 2009. President of Xunta de Galicia, Alberto Núñez Feijoo, and Secretary-General of Eixo Atlantico, Xoan V. Mao, with the President of the European Commission, Durão Barroso. Brussels. 2009.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 85 20 anos do Eixo Atlântico

Reunião com o Secretário de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território de Portugal, Pedro Afonso de Paulo e o Conselleiro de Medio Ambiente, Agustín Hernández. 2010. Reunión con el Secretario de Estado de Medio Ambiente y Ordenación del Territorio de Portugal, Pedro Afonso de Paulo y el conselleiro de Medio Ambiente, Agustín Hernández. 2010. Meeting with the Portuguese Secretary of State for Environment and Planning, Pedro Afonso de Paulo and the Galician Regional Minister for Environment, Agustín Hernández. 2010.

86 ENTREVISTAS COM DIRIGENTES políticos · Entrevistas con Dirigentes Políticos · MEETING with political leaders O presidente e vice-presidente do Eixo com a Ministra de Fomento de Espanha, Ana Pastor. Pontevedra. 2012. El presidente y vicepresidente del Eixo con la Ministra de Fomento de España, Ana Pastor. Pontevedra. 2012. President and Vice-President of Eixo with the Minister for Public Works of Spain, Ana Pastor. Pontevedra. 2012.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 87 20 anos do Eixo Atlântico

O presidente e vice-presidente do Eixo com o presidente da Xunta de Galicia, Alberto Núñez Feijoo. Vigo. 2012. El presidente y vicepresidente del Eixo con el presidente de la Xunta de Galicia, Alberto Núñez Feijoo. Vigo. 2012. President and Vice-President of Eixo withthe President of Xunta de Galicia, Alberto Núñez Feijoo. Vigo. 2012.

88 ENTREVISTAS COM DIRIGENTES políticos · Entrevistas con Dirigentes Políticos · MEETING with political leaders O presidente e vice-presidente do Eixo com o Primeiro Ministro de Portugal, . Lisboa. 2012. El presidente y vicepresidente del Eixo con el Primer Ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho. Lisboa. 2012. President and Vice-President of Eixo with the Prime Minister of Portugal, Pedro Passos Coelho. . 2012.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 89 20 anos do Eixo Atlântico

Entrevista com o Embaixador de Espanha em Lisboa, Eduardo Junco. Lisboa. 2012. Entrevista con el Embajador de España en Lisboa, Eduardo Junco. Lisboa. 2012. Interview with the Spanish Ambassador in Lisbon, Eduardo Junco. Lisbon. 2012.

90 ENTREVISTAS COM DIRIGENTES políticos · Entrevistas con Dirigentes Políticos · MEETING with political leaders

Objetivos estratégicos do Eixo Atlântico. Vigo 1996. Objetivos Estratégicos del Eixo Atlántico. Vigo 1996. Venue of the Congress on Strategic Objectives of Eixo Atlantico. Vigo 1996.

Sede do Congresso de Objetivos Estratégicos do Eixo Atlântico. Sede del Congreso de Objetivos Estratégicos del Eixo Atlántico. Venue of the Congress on Strategic Objectives of Eixo Atlantico.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 93 20 anos do Eixo Atlântico

Mesa presidencial. Mesa presidencial. Presidential table.

Intervenção do ministro de Administraciones Públicas de Espanha, Mariano Rajoy. Intervención del ministro de Administraciones Públicas de España, Mariano Rajoy. Speech of the Minister for Civil Services of Spain, Mariano Rajoy.

94 CONGRESSOS · Congresos · CONGRESS Intervenção do ministro de Administraciones Públicas de Espanha, Mariano Rajoy. Intervención del ministro de Administraciones Públicas de España, Mariano Rajoy. Intervention of the Minister of Civil Services of Spain, Mariano Rajoy.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 95 20 anos do Eixo Atlântico

Vereadoras de Vigo. Concejalas de Vigo. City councillors of Vigo.

Actuação do grupo Milladoiro. Actuación del grupo Milladoiro. Perfomanrce of the band Milladoiro.

96 CONGRESSOS · Congresos · CONGRESS II Estudos Estratéxicos do Eixo Atlántico, Ourense 2005. II Estudios Estratégicos del Eixo Atlántico. Ourense 2005. II Strategic Studies of the Eixo Atlántico. Ourense 2005.

Cartaz do Congresso. Cartel del Congreso. Poster of the Congress.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 97 20 anos do Eixo Atlântico

Apresentação. Presentación de ponencia. Speech.

Manuel Campo Vidal modera uma mesa de debate. Manuel Campo Vidal modera una mesa de debate. Manuel Campo Vidal moderates a panel discussion.

98 CONGRESSOS · Congresos · CONGRESS Xan Bouzada, coordenador dos “II Estudos Estratégicos”, Apresentação. ao fundo, Manuel Figueiredo. Presentación de ponencia. Xan Bouzada, coordinador de los “II Estudos Estratéxicos”, Speech. al fondo, Manuel Figueiredo. Xan Bouzada, coordinator of the “II Strategic Studies”.. at the back, Manuel Figueiredo.

Apresentação. Manuel Cabezas com Juan Juncal e Carlos Beltrán. Presentación de ponencia. Manuel Cabezas con Juan Juncal y Carlos Beltrán. Speech. Manuel Cabezas with Juan Juncal and Carlos Beltrán.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 99 20 anos do Eixo Atlântico

Manuel Pérez com Arlindo Cunha, Xosé Sánchez Bugallo O Secretário de Estado espanhol, Jose Luis Méndez Romeu e Elisabeth Helander. com o Secretário de Estado de Portugal, Rui Baleiras. Manuel Pérez con Arlindo Cunha, Xosé Sánchez Bugallo El Secretario de Estado español de Administraciones Públicas, Jose Luis y Elisabeth Helander. Méndez Romeu con el Secretario de Estado de Portugal, Rui Baleiras. Manuel Pérez with Arlindo Cunha, Xosé Sánchez Bugallo and Elisabeth Helander. The Spanish Secretary of State for Civil Services, Jose Luis Méndez Romeu, with the Portuguese Secretary of State, Rui Baleiras.

Vista do congresso. Cerimónia de Encerramento. Vista del congreso. Acto de clausura. View of the Congress. Closure Act.

100 CONGRESSOS · Congresos · CONGRESS

Fundos Comunitários. Vilagarcia de Arousa, Viana do Castelo 1997. Fondos Comunitarios. Vilagarcía de Arousa, Viana do Castelo 1997. EC Funds. Vilagarcía de Arousa, Viana do Castelo 1997.

Sessão em Viana do Castelo. Sesión en Viana do Castelo. Session at Viana do Castelo.

Sessão em Vilagarcía de Arousa. Sesión en Vilagarcía de Arousa. Session at Vilagarcía de Arousa.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 103 20 anos do Eixo Atlântico

Seminário Milenium. Ourense 1998. Seminario Milenium. Ourense 1998. Milenium Seminar. Ourense 1998.

Parceiros do projeto europeu Milenium. Socios del proyecto europeo Milenium. Partners of the European project Milenium.

104 Seminários e Formação · Seminarios y Formación · Seminaries and Training Seminário Turismo. A Corunha 1999. Seminario Turismo. A Coruña 1999. Tourism seminar. A Coruña 1999.

Inauguração da jornada: Vítor Sousa, Méndez Romeu e Xoan V. Mao. Inauguración de la jornada: Vítor Sousa, Méndez Romeu y Xoan V. Mao. Inauguration of the conference: Vítor Sousa, Méndez Romeu and Xoan V. Mao.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 105 20 anos do Eixo Atlântico

Jornadas de Educação. Guimarães 2000. Jornadas de Educación. Guimaraes 2000. Education Conference. Guimarães 2000.

Mesa redonda. Mesa redonda. Round table.

Intervenção de Méndez Romeu, vereador de A Coruña. Panorâmica dos assistentes. Intervención de Méndez Romeu, concejal de A Coruña. Panorámica de los asistentes. Speech of Méndez Romeu, City Councillor of A Coruña. General view fo the audience.

106 Seminários e Formação · Seminarios y Formación · Seminaries and Training Segurança Transfronteiriça. Vila Nova de Gaia 2001. Seguridad Transfronteriza. Vila Nova de Gaia 2001. Cross border security. Vila Nova de Gaia 2001.

Intervenção de Carlos Zorrinho, Secretário de Estado Adjunto da Administração Interna de Portugal. Intervención de Carlos Zorrinho, Secretario de Estado de Interior de Portugal. Speech of Carlos Zorrinho, Portuguese Secretary of State for Internal Affairs.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 107 20 anos do Eixo Atlântico

Política Regional. Braga 2001. Política Regional. Braga 2001. Regional Policy. Braga 2001.

O presidente da Xunta, Manuel Fraga com José Sócrates, presidem o seminário. El presidente de la Xunta, Manuel Fraga con José Sócrates, presiden el seminario. President of Xunta, Manuel Fraga, and José Sócrates chair the seminar.

Intervenção do Comité das Regiões. Intervención del Comité de las Regiones. Speech of the Committee of the Regions.

108 Seminários e Formação · Seminarios y Formación · Seminaries and Training Samuelle Furfari (Comissão Europeia) apresenta o Livro Branco da Energia na Confederação de Empresários de Pontevedra. Vigo. 2001. Samuelle Furfari (Comisión Europea) presenta el Libro Blanco de la Energía en la Confederación de Empresarios de Pontevedra. Vigo. 2001. Samuelle furfari (European Commission) presents the White Paper on Energy at the Employers’ Cofederation of Pontevedra. Vigo. 2001.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 109 20 anos do Eixo Atlântico

Fundos Comunitários. Ourense 2002. Fondos Comunitarios. Ourense 2002. EC Funds. Ourense 2002.

Manuel Cabezas inaugura o seminário. Intervenção de Manuel Ledesma. Manuel Cabezas inaugura el seminario. Intervención de Manuel Ledesma. Manuel Cabezas opens the seminar. Speech of Manuel Ledesma.

Intervenção de José Soeiro. Francisco Javier Rodríguez Novo presidindo a sessão do seminário. Intervención de José Soeiro. Francisco Javier Rodríguez Novoa presidiendo la sesión del seminario. Speech of José Soeiro. Francisco Javier Rodríguez Novoa chairing the seminar session..

110 Seminários e Formação · Seminarios y Formación · Seminaries and Training Seminário LIFE. Guimarães 2003. Seminario LIFE. Guimarães 2003. Life Seminar. Guimarães 2003.

Apresentação da convocatória LIFE. Presentación de la convocatoria LIFE. Presentation of LIFE call for proposals.

Apresentação da convocatória LIFE. Presentación de la convocatoria LIFE. Presentation of LIFE call for proposals.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 111 20 anos do Eixo Atlântico

Seminario de Mediambiente. Monforte de Lemos 2006. Seminario de Medio Ambiente. Monforte de Lemos 2006. Environmental Seminar. Monforte de Lemos 2006.

112 Seminários e Formação · Seminarios y Formación · Seminaries and Training Fundos Comunitários. Santiago de Compostela 2009. Fondos Comunitarios. Santiago de Compostela 2009. EC Funds. Santiago de Compostela 2009.

Intervenção da Directora Geral de Fundos Comunitários de Espanha, Mercedes Caballero, entre Norberto Uzal, director geral de Administração Local e Eusebio Murillo da Comissão Europeia. Intervención de la Directora General de Fondos Comunitarios de España, Mercedes Caballero, entre Norberto Uzal, director xeral de Administración Local y Eusebio Murillo de la Comisión Europea. Speech of the Director General of Community Funds of Spain, Mercedes Caballero, between Norberto Uzal, Director General for Local Administration of the Galician Regional Government and Eusebio Murillo, from the European Commission..

Jesus Gamallo, José Soeiro, Mercedes Caballero e Xoan V. Mao. Jesus Gamallo, José Soeiro, Mercedes Caballero y Xoan V. Mao. Jesús Gamallo, José Soeiro, Mercedes Caballero and Xoan V. Mao.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 113 20 anos do Eixo Atlântico

Vista geral do Seminário. Xoan V. Mao, José Soeiro e Rui Baleiras. Vista general del Seminario. Xoan V. Mao, José Soeiro y Rui Baleiras. General view of the Seminar.. Xoán V. Mao, José Soeiro and Rui Baileiras.

Manuel Ledesma, Javier Rodríguez Novo, Jesus Bedoya Mercedes Caballero e Xoan V. Mao. e Eusebio Murillo. Mercedes Caballero y Xoan V. Mao. Manuel Ledesma, Javier Rodríguez Novoa, Jesus Bedoya Mercedes Caballero and Xoan V. Mao. y Eusebio Murillo. Manuel Ledesma, Javier Rodríguez Novoa, Jesus Bedoya and Eusebio Murillo.

114 Seminários e Formação · Seminarios y Formación · Seminaries and Training Seminário de Transportes. Ferrol 2009. Seminario de Transportes. Ferrol 2009. Transport Seminar. Ferrol 2009.

Vista do seminário. Vista del seminario. View of the seminar.

O Alcalde de Ferrol, Vicente Irisarri junto ao professor Luis Domínguez, em conferência de imprensa. El alcalde Ferrol, Vicente Irisarri junto al profesor Luis Domínguez, en rueda de prensa. The mayor of Ferrol, Vicente Irisarri, with the professor Luis Domínguez, at a press conference.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 115 20 anos do Eixo Atlântico

Seminário de Energia “RETALER”. Viana do Castelo 2010. Seminario de Energía “RETALER”. Viana do Castelo 2010. “RETALER” Seminar on Energy. Viana do Castelo 2010.

O Conselleiro de Economia da Xunta, Javier Guerra com Samuelle Furfari e Xoan V. Mao. El Conselleiro de Economía de la Xunta, Javier Guerra con Samuelle Furfari y Xoan V. Mao. The Galician Regional Minister of Economy, Javier Guerra, with Samuelle Furfari and Xoan V. Mao.

116 Seminários e Formação · Seminarios y Formación · Seminaries and Training Inauguração do seminário. Apresentação das versões espanhola e portuguesa Inauguración del seminario. do Livro “O mundo e a Energia”. Inauguration of the seminar. Presentación de las versiones española y portuguesas del Libro “El mundo y la Energía”. Presentation of the Spanish and Portuguese versions of the book “The world and the energy”.

Vista da sala. Vista de la sala. View of the hall.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 117 20 anos do Eixo Atlântico

Seminário de Inovação. A Corunha 2010. Seminario de Innovación. A Coruña 2010. Innovation Seminar. A Coruña 2010.

Inauguração do seminário. Inauguración del seminario. Inauguration of the seminar.

Vista dos assistentes. Vista de los asistentes. View of the audience.

118 Seminários e Formação · Seminarios y Formación · Seminaries and Training Seminário de Desporto. Guimarães 2011. Seminario de Deportes. Guimarães 2011. Sports Seminar. Guimarães 2011.

Intervenção do Secretário de Estado de Desporto de Portugal, Alexandre Mestre. Intervención del Secretario de Estado de Deportes de Portugal, Alexandre Maestro. Speech of the Portuguese Secretary of State for Sports, Alexandre Maestro.

Vista do seminário. Vista del seminario. View of the seminar.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 119 20 anos do Eixo Atlântico

Fórum “Pensar a Cidade do Século XXI”. Viana do Castelo 2012. Foro “Pensar a Cidade do Século XXI”. Viana do Castelo 2012. Forum on “Thinking about 21st Century Cities”. Viana do Castelo 2012.

Acto inaugural. Acto inaugural. Opening ceremony.

Vista del aforo. Vista del aforo. View of the audience.

120 Seminários e Formação · Seminarios y Formación · Seminaries and Training

20 anos do Eixo Atlântico

Turismo. Pontevedra. 2002. Turismo. Pontevedra. 2002. Tourism. Pontevedra. 2002.

122 COMISSÕES DELEGADAS · Comisiones DELEGADAS · Committees Agenda 21. Ourense. 2004. Agenda 21. Ourense. 2004. Agenda 21’. Ourense. 2004.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 123 20 anos do Eixo Atlântico

Juventude. Ferrol. 2006. Juventud. Ferrol. 2006. Youth. Ferrol. 2006.

124 COMISSÕES DELEGADAS · Comisiones DELEGADAS · Committees Desporto. Vila Nova de Gaia. 2006. Deportes. Vila Nova de Gaia. 2006. Sports. Vila Nova de Gaia. 2006.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 125 20 anos do Eixo Atlântico

126 COMISSÕES DELEGADAS · Comisiones DELEGADAS · Committees Infraestruturas. Lugo. 2007. Infraestructuras. Lugo. 2007. Infraestructures. Lugo. 2007.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 127 20 anos do Eixo Atlântico

Desenvolvimento Sustentável. Vigo. 2008. Desarrollo Sostenible. Vigo. 2008. Sustainable development. Vigo. 2008.

128 COMISSÕES DELEGADAS · Comisiones DELEGADAS · Committees Cultura. Monforte de Lemos. 2009. Cultura. Monforte de Lemos. 2009. Culture. Monforte de Lemos. 2009.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 129 20 anos do Eixo Atlântico

Transportes. Ferrol. 2009. Transportes. Ferrol. 2009. Transports. Ferrol. 2009.

130 COMISSÕES DELEGADAS · Comisiones DELEGADAS · Committees Desenvolvimento Sustentável. Vila Real. 2009. Desarrollo Sostenible. Vila Real. 2009. Sustainable development. Vila Real. 2009.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 131 20 anos do Eixo Atlântico

Turismo. Braga. 2010. Turismo. Braga. 2010. Tourism. Braga. 2010.

132 COMISSÕES DELEGADAS · Comisiones DELEGADAS · Committees Desenvolvimento Sustentável. Matosinhos. 2010. Desarrollo Sostenible. Matosinhos. 2010. Sustainable development. Matosinhos. 2010.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 133 20 anos do Eixo Atlântico

Turismo. O Carballiño. 2011. Turismo. O Carballiño. 2011. Tourism. O Carballiño. 2011.

134 COMISSÕES DELEGADAS · Comisiones DELEGADAS · Committees Desenvolvimento Sustentável. Penafiel. 2011. Desarrollo Sostenible. Penafiel. 2011. Sustainable development. Penafiel. 2011.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 135 20 anos do Eixo Atlântico

Agenda Local Digital. Santiago de Compostela. 2011. Agenda Local Digital. Santiago de Compostela. 2011. Agenda Local Digital. Santiago de Compostela. 2011.

136 COMISSÕES DELEGADAS · Comisiones DELEGADAS · Committees Planificação, ordenamento e território, PIT. Pontevedra. 2012. Planificación, ordenamiento y territorio, PIT. Pontevedra. 2012. Planning, regulation and territory, PIT. Pontevedra. 2012.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 137

20 anos do Eixo Atlântico

Assinatura do convénio com o presidente de Caixanova e o director de Nova Galicia Edições para a Bienal de Pintura. 2001. Firma del convenio con el presidente de Caixanova y el director de Nova Galicia Edicións para la Bienal de Pintura. 2001. Signature of the agreement with the President of Caixanova and the Director of Nova Galicia Edicións for the Painting Biennial. 2001.

140 convénios · CONVENIOS · CONVENTIONS Assinatura de convénio de cooperação entre a Consellería de Medio Ambiente de la Xunta e o Eixo Atlântico para a implementação das Agendas 21. Santiago. 2002. Firma de convenio de cooperación entre la Consellería de Medio Ambiente de la Xunta y el Eixo Atlántico para la implantación de las Agendas 21. Santiago. 2002. Signature of the cooperation agreement between the Galician Regional Ministry for Environment and Eixo Atlántico for the establishment of the ‘Agendas 21’’. Santiago. 2002 .

Assinatura do protocolo com a Consellería de Medio Ambiente de la Xunta de Galicia para o financiamento das “Agenda 21”. Santiago de Compostela. 2003. Firma del protocolo con la Consellería de Medio Ambiente dela Xunta de Galicia para la financiación de las “Agenda 21”. Santiago de Compostela. 2003. Signautre of the protocol with the Galician Regional Ministry for Environment for financing the ‘Agenda 21’. Santiago de Compostela. 2003.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 141 20 anos do Eixo Atlântico

Assinatura do convénio quadro desportivo entre o Secretário de Estado de Desporto de Portugal e o Secretário de Estado de Desporto de Espanha. Santiago de Compostela. 2005. Firma del convenio marco deportivo entre el Secretario de Estado de Deporte de Portugal y el Secretario de Estado de Deporte de España. Santiago de Compostela. 2005. Signature of the Sports Framework Agreement between the Portuguese Secretary of State for Sport and the Spanish Secretary of State for Sport. Santiago de Compostela. 2005.

Assinatura do convénio quadro de colaboração com o Instituto Português da Juventude, IPJ. Guimarães. 2006. Firma del convenio marco de colaboración con el Instituto Português da Juventude, IPJ. Guimarães. 2006. Signature of the Framework Cooperation Agreement with the Portuguese Institute of Youth, IPJ. Guimarães. 2006.

142 convénios · CONVENIOS · CONVENTIONS Assinatura de convénio de colaboração com a Vice-presidência da Xunta de Galicia em matéria de juventude. 2006. Firma de convenio de colaboración con la Vicepresidencia de la Xunta de Galicia en materia de juventud. 2006. Signautre of the Cooperation Agreement with the Vice-Presidency of Xunta de Galicia in matters of youth. 2006.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 143 20 anos do Eixo Atlântico

Assinatura do convénio com a directora geral de Desporto e o director geral de Juventude para os Jogos do Eixo Atlântico. Vila Nova de Gaia. 2007. Firma del convenio con la directora xeral de Deportes y el director xeral de Xuventude para los Xogos del Eixo Atlántico. Vila Nova de Gaia. 2007. Signature of the agreement with the Galician Regional Director General for Sports and the Galician Regional Director General for Youth to organize the Games of Eixo Atlántico. Vila Nova de Gaia. 2007.

Assinatura do convénio quadro em matéria de resíduos con los directores generales de Ecoembes y Ponto Verde. Vila Nova de Gaia. 2008. Firma del convenio marco en materia de residuos con los directores generales de Ecoembes y Ponto Verde. Vila Nova de Gaia. 2008. Signing of the agreement-in matters of waste framework with the General- Directors of Ecoembes and Ponto Verde. Vila Nova de Gaia. 2008.

144 convénios · CONVENIOS · CONVENTIONS Assinatura do convénio quadro em matéria de administração local com o Conselleiro de Presidencia. Vigo. 2008. Firma de convenio marco en materia de administración local con el conselleiro de Presidencia. Vigo. 2008. Signautre of the Framework Agreement in the field of local administration with the Galician Regional Ministry of Presidency. Vigo. 2008

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 145 20 anos do Eixo Atlântico

Assinatura de convénio de colaboração em matéria de juventude com o Presidente da Federação de Associações Juvenis de Portugal, FNAJ, Vila Nova de Gaia. 2008. Firma de convenio de colaboración en materia de juventud con el Presidente de la Federación de Asociaciones Juveniles de Portugal, FNAJ. Vila Nova de Gaia. 2008. Signautre of the colaboration agreement in the field of youth with the President of the Portuguese Federation of Youth Associations, FNAJ. Vila Nova de Gaia. 2008 .

146 convénios · CONVENIOS · CONVENTIONS Assinatura do convénio de colaboração em matéria de administração local com o presidente da Federação Galega de Municípios, FEGAM. Vigo. 2008. Firma del convenio de colaboración en materia de administración local con el presidente de la Federación Galega de Municipios, FEGAM. Vigo. 2008. Signature of the colaboration agreement in the field of local administration with the President of the Galician Federation of Municipalities, FEGAM. Vigo. 2008.

Assinatura de Convénio em matéria de cultura com o presidente de Caixanova. Vigo. 2010. Firma Convenio en materia de cultura con el presidente de Caixanova. Vigo. 2010. Signature of the Agreement in the field of culture with the Presiden of Caixanova. Vigo. 2010.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 147 20 anos do Eixo Atlântico

Assinatura do Convénio com o reitor da Universidade de Vigo para o desenvolvimento do Campus do Mar. Vigo. 2012. Firma del Convenio con el rector de la Universidad de Vigo para el desarrollo del Campus del Mar. Vigo. 2012. Signature of the Agreement with the Vice-Chancellor of the University of Vigo to develop the Campus of the Sea. Vigo. 2012.

148 convénios · CONVENIOS · CONVENTIONS

20 anos do Eixo Atlântico

Assinatura do protocolo fundacional do Centro de Estudos Eurorregionais. Santiago de Compostela. 2002. Firma protocolo fundacional del Centro de Estudios Eurorregionales. Santiago de Compostela. 2002. Signature of the Founding Protocol of the Euroregional Studies Center. Santiago de Compostela. 2002.

150 SOCIEDADE DO CONHECIMENTO · Sociedad del Conocimiento · Knowledge Society Conferência de Arlindo Silva (chefe da unidade de Emprego da Comissão Europeia) na universidade sobre o Livro Branco da Reforma Laboral Europeia. Vigo. 2006. Conferencia de Arlindo Silva (jefe de la unidad de Empleo de la Comisión Europea) sobre el Libro Blanco de la Reforma Laboral Europea. Vigo. 2006. Conference by Arlindo Silva (Head of Unit for Employment at the European Commission), about the White Paper of the European Labour Market Reform. Vigo. 2006.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 151 20 anos do Eixo Atlântico

I Reunião de Especialistas de alto nível para a elaboração da Agenda Estratégica da eurorregião. Porto. 2006. I Reunión de Expertos de alto nivel para la elaboración de la Agenda Estratégica de la eurorregión. Porto. 2006. I Meeting of High-Level Experts for the development of the Euroregion Strategic Agenda. Porto. 2006.

II Reunião de expertos do Eixo Atlântico para a elaboração da Agenda Estratégica da eurorregião. Santiago de Compostela. 2007. II Reunión de expertos del Eixo Atlántico para la elaboración de la Agenda Estratégica de la eurorregión. Santiago de Compostela. 2007. II Meeting of experts from Eixo Atlántico for the development of the Euroregion Strategic Agenda. Santiago de Compostela. 2007.

152 SOCIEDADE DO CONHECIMENTO · Sociedad del Conocimiento · Knowledge Society Apresentação da “Cátedra da Eurorregião”. Vigo 2007. Presentación de la “Cátedra de la Eurorregión”. Vigo 2007. Presentation of the “Chair of the Euroregion”. Vigo. 2007.

Reunião de especialistas do Eixo Atlântico para a elaboração da Estratégia de Transportes da eurorregião. Vigo. 2008. Reunión de expertos del Eixo Atlántico para la elaboración de la Estrategia de Transportes de la eurorregión. Vigo .2008. Meeting of experts from Eixo Atlántico for the development of the Euroregional Transports Strategy. Vigo. 2008.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 153 20 anos do Eixo Atlântico

Reunião de especialistas de alto nível para a elaboração do relatório “Uma eurorregião entre dois séculos”. Vigo. 2009. Reunión de expertos de alto nivel para la elaboración del informe “Una eurorregión entre dos siglos”. Vigo. 2009. Meeting of high-level experts for the development of the report “An Euroregion between two Centuries”. Vigo. 2009.

Reunião de especialistas de alto nível para a elaboração do relatório “Uma eurorregião entre dois séculos”. Vigo. 2009. Reunión de expertos de alto nivel para la elaboración del informe “Una eurorregión entre dos siglos”. Vigo. 2009. Meeting of high-level experts for the development of the report “An Euroregion between two Centuries”. Vigo. 2009.

154 SOCIEDADE DO CONHECIMENTO · Sociedad del Conocimiento · Knowledge Society O secretário-geral eleito “Bolseiro de honra” da Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade de Vigo. Pontevedra. 2010. El secretario general elegido “Bolseiro de honra” de la Facultad de Ciencias Sociales y de la Comunicación de la Universidad de Vigo. Pontevedra. 2010. The secretary general chosen as “Honour grant holder” by the Faculty of Social and Communication Sciences, from the University of Vigo. Pontevedra. 2010.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 155

Apresentação do cartão de Eurocidadão presidida pelo Conselleiro da Presidência da Xunta de Galicia, Alfonso Rueda. 2009. Presentación del carnet de Eurociudadano presidida por el Conselleiro de Presidencia de la Xunta de Galicia, Alfonso Rueda, 2009. Presentation of the European Citizen Card by the Minister for Presidency at the Xunta de Galicia, Mr. Alfonso Rueda, 2009.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 157

Inauguração da Agência de Ecologia Urbana. Vila Real. 2009. Directores científicos da Agência. Da esquerda para a direita: Fracésc Inauguración de la Agencia de Ecología Urbana. Vila Real. 2009. Cárdenas, Emilio Fdez. Suárez e Luis Ramos. Vila Real. 2009. Inauguration of the Urban Ecology Agency. Vila Real. 2009. Directores científicos de la Agencia. De izquierda a derecha: Fracésc Cárdenas, Emilio Fdez. Suárez y Luis Ramos. Vila Real. 2009. Scientific Directors of the Agency. From left to right: Francésc Cárdenas, Emilio Fdez. Suárez and Luis Ramos. Vila Real. 2009.

El alcalde de Vila Real y el director geral de Sostenibilidade e Paisaxe da Visita do Secretário de Estado do Ambiente de Portugal à agência. Xunta descerram placa comemorativa. Vila Real. 2009. Vila Real. 2011. El alcalde de Vila Real y el director xeral de Sostenibilidade e Paisaxe de Visita del Secretario de Estado de Medio Ambiente de Portugal a la la Xunta descubren placa conmemorativa. Vila Real. 2009. agencia. Vila Real. 2011. Mayor of Vila Real and the Director General for Sustainability and Visit of the Portuguese Secretary of State for Environment to the Landscape of Xunta unveil the commemorative plaque. Vila Real. 2009. Agency. Vila Real. 2011.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 159

20 anos do Eixo Atlântico

Ato de Apoio à Candidatura de Guimarães, Declaração de Património da Humanidade. Guimarães 1997. Acto Apoyo Candidatura Guimarães, Declaración Patrimonio Humanidad. Guimarães 1997. Support ceremony for Guimarães as the candidate for World Heritage Site. Guimarães 1997.

162 Assinatura do Protocolo de adesão à “Comunidade de Trabalho”. Santiago de Compostela. 2000. Firma del Protocolo de adhesión a la “Comunidade de Traballo”. Santiago de Compostela. 2000. Signautre of the Joining Protocol to the ‘Community of Work’. Santiago de Compostela. 2000.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 163

20 anos do Eixo Atlântico

Reunião com o ministro português Valente de Oliveira. Porto. 2002. Reunión con el ministro portugués Valente de Oliveira. Oporto. 2002. Meeting with the Portuguese Minister Valente de Oliveira. Oporto. 2002.

166 INFRAESTRUTURAS · INFRAESTRUCTURAS · INFRASTRUCTUREs Reunião com o ministro português de Transportes, Mário Lino. Lisboa. 2005. Reunión con el ministro portugués de Transportes, Mario Lino. Lisboa. 2005. Meeting with the Portuguese Minister for Transport, Mario Lino. Lisbon. 2005.

Reunião com a Secretária de Estado dos Transportes de Portugal, Ana Paula Vitorino. Lisboa. 2005. Reunión con la Secretaria de Estado de los Transportes de Portugal, Ana Paula Vitorino. Lisboa. 2005. Meeting with the Portuguese Secretary of State for Transport, Ana Paula Vitorino. Lisbon. 2005.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 167 20 anos do Eixo Atlântico

A ministra de Fomento de Espanha, Ana Pastor, comparece ante os meios com o presidente do Eixo Atlântico e o secretário-geral. Pontevedra. 2012. La ministra de Fomento de España, Ana Pastor, comparece ante los medios con el presidente del Eixo Atlantico y el secretario general. Pontevedra. 2012. The Minister of Public Works of Spain, Ana Pastor, appears before the media with the President of Eixo Atlantico and the Secretary General. Pontevedra. 2012.

168 INFRAESTRUTURAS · INFRAESTRUCTURAS · INFRASTRUCTUREs O Primeiro Ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, recebe o presidente do Eixo Atlântico, o vice-presidente e o secretário-geral. Lisboa. 2012. El Primer Ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, recibe al presidente del Eixo Atlántico, al vicepresidente y al secretario general. Lisboa. 2012. The Prime Minister of Portugal, Pedro Passos Coelho, receives the President of the Eixo Atlántico, the Vice-President and the Secretary General. Lisbon. 2012.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 169 20 anos do Eixo Atlântico

Cimeira pelo Comboio. Viana do Castelo 2011. Cumbre por el Tren. Viana do Castelo 2011. Summit by Train. Viana do Castelo 2011.

Cimeira de presidentes de câmara, empresários e instituições da Galiza e do Norte de Portugal reclamando a modernização da linha do Minho. Cumbre de alcaldes, empresarios e instituciones de Galicia y del Norte de Portugal reclamando la modernización de la línea del Miño. Summit of mayors, employers and institutions from Galicia and the North of Portugal demanding the modernization of the line of the Miño.

Assistentes à cimeira. Asistentes a la cumbre. Audience at the Summit.

170 INFRAESTRUTURAS · INFRAESTRUCTURAS · INFRASTRUCTUREs Assinatura do compromisso de melhorias nos sistemas de pagamento nas SCUT entre o Conselleiro de Infraestructuras, Agustín Hernández e o Secretário de Estado dos Transportes de Portugal, Paulo Campos. Firma del compromiso de mejoras en los sistemas de pago en las SCUT entre el conselleiro de Infraestructuras, Agustín Hernández y el Secretario de Estado de Transportes de Portugal, Paulo Campos. Signautre of the commitment to improve the SCUT payment system between the Galician Regional Minister for Infraestructures, Agustín Hernández, and the Portuguese Secretary of State for Transport, Paulo Campos.

Conferência de imprensa. Cimeira político-empresarial sobre o impacto das portagens na economia Rueda de Prensa. transfronteiriça na Confederação de Empresários de Pontevedra, CEP. Vigo. 2012. Press Conference. Cumbre político-empresarial sobre el impacto de los peajes en la economía transfronteriza en la Confederación de Empresarios de Pontevedra, CEP. Vigo. 2012. Politican and business Summit about the impact of the tolls in the cross-border economy. Confederation of Employers of Pontevedra, CEP. Vigo. 2012.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 171

20 anos do Eixo Atlântico

Visita de jornalistas ao parlamento Europeu. Bruxelas. 1997. Visita de periodistas al parlamento Europeo. Bruselas. 1997. Visit of journalist to the European Parliament. Brussels. 1997.

O presidente do Parlamento Europeu, José María Gil Robles e o secretário- geral do Eixo Atlântico. Bruxelas. 1997. El presidente del Parlamento Europeo, José María Gil Robles y el secretario general del Eixo Atlántico. Bruselas. 1997. President of the European Parliament, José María Gil Robles and the Secretary General of the Eixo Atlántico. Brussels. 1997.

174 MEIOS DE COMUNICAÇÃO · Medios de Comunicación · media Apresentação da série de televisão “Eurorregião século XXI”. Santiago de Compostela. 2006. Presentación de la serie de televisión “Eurorrexión século XXI”. Santiago de Compostela. 2006. Presentation of the TV series “Euroregion XXI Century”. Santiago de Compostela. 2006.

Apresentação da série de televisão “Eurorregião século XXI”. Vila Nova de Gaia. 2006. Presentación de la serie de televisión “Eurorrexión século XXI”. Vila Nova de Gaia. 2006. Presentation of the TV series “Euroregion XXI Century”. Vila Nova de Gaia. 2006.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 175 20 anos do Eixo Atlântico

Apresentação da série de televisão “Eurorregião século XXI”. Vila Nova de Gaia. 2006. Presentación de la serie de televisión “Eurorrexión século XXI”. Vila Nova de Gaia. 2006. Presentation of the TV series “Euroregion XXI Century”. Vila Nova de Gaia. 2006.

Apresentação da série de televisão “Eurorregião século XXI”. Madrid. 2006. Presentación de la serie de televisión “Eurorrexión século XXI”. Madrid. 2006. Presentation of the TV series “Euroregion XXI Century”. Madrid. 2006.

176 MEIOS DE COMUNICAÇÃO · Medios de Comunicación · media O secretário-geral entrevistado no informativo nacional da RTP sobre o problema das portagens. 2010. El secretario general entrevistado en el informativo nacional de la Televisión de Portugal (RTP) sobre el problema de los peajes. 2010. The Secretary General, interviewee at the Portuguese Television (RTP) national news about the tolls problem. 2010.

O Eixo Atlântico, notícia no informativo nacional da RTP. 2010. El Eixo Atlántico, noticia en el informativo nacional de la Televisión de Portugal (RTP). 2010. Eixo Atlántico at the Portuguese television (RTP) national news. 2010.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 177 20 anos do Eixo Atlântico

Seminário “Europa para jornalistas da eurorregião”. Santiago de Compostela. 2010. Seminario “Europa para periodistas de la eurorregión”. Santiago de Compostela. 2010. Seminar “Europe for journalists from the Euroregion”. Santiago de Compostela. 2010.

Seminário “Europa para jornalistas da eurorregião”. Oporto. 2011. Seminario “Europa para periodistas de la eurorregión”. Oporto. 2011. Seminar “Europe for journalists from the Euroregion”. Oporto. 2011.

178 MEIOS DE COMUNICAÇÃO · Medios de Comunicación · media O Consellerio de Presidencia, Alfonso Rueda, no primeiro programa da “Tertúlia Eurorregional” com jornalistas galegos e portugueses na Cadena SER. Vigo. 2011. El consellerio de Presidencia, Alfonso Rueda, en la primer programa de la “Tertulia Eurorregional” con periodistas gallegos y portugueses en la Cadena SER. Vigo. 2011. The Galician Regional Minister of Presidency, Alfonso Rueda, in the first program of the “Euroregional gathering”, with Galician and Portuguese journalists at SER Channel. Vigo. 2011.

O Secretário de Estado da Saúde de Portugal, Manuel Pizarro e a Conselleira de Sanidade, Pilar Farjas, na tertúlia radiofónica com jornalistas galegos e portugueses. Vigo. 2011. El Secretario de Estado de Salud de Portugal, Manuel Pizarro y la conselleira de Sanidade, Pilar Farjas, en la tertulia radiofónica con periodistas gallegos y portugueses. Vigo. 2011. The Portuguese Secretary of State for Health, Manuel Pizarro, and the Galician Regional Minister for Health, Pilar Farjas, at the radio gathering with Galician and Portuguese journalists. Vigo. 2011.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 179 20 anos do Eixo Atlântico

O Consellerio de Infraestructuras, Agustín Hernández com o presidente do Eixo Atlântico, José Maria Costa, na tertúlia radiofónica com jornalistas galegos e portugueses. Vigo. 2011. El consellerio de Infraestructuras, Agustín Hernández con el presidente del Eixo Atlántico, Jose Maria Costa, en la tertulia radiofónica con periodistas gallegos y portugueses. Vigo. 2011. The Galician Regional Minister for Infraestructure, Agustín Hernández, with the President of Eixo Atlántico, Jose María Costa, at the radio gathering with Galician and Portuguese journalists. Vigo. 2011.

Visita de jornalistas da eurorregião às instituições comunitárias. Bruxelas. 2012. Visita de periodistas de la eurorregión a las instituciones comunitarias. Bruselas. 2012. Visit of journalists from the Euroregion to the European Institutions. Brussels. 2012.

180 MEIOS DE COMUNICAÇÃO · Medios de Comunicación · media O presidente da Xunta de Galicia, Alberto Núñez Feijoo, na tertúlia radiofónica com jornalistas galegos e portugueses. Vigo. 2012. El presidente de la Xunta de Galicia, Alberto Núñez Feijoo, en la tertulia radiofónica con periodistas gallegos y portugueses. Vigo. 2012. President of Xunta de Galicia, Alberto Núñez Feijoo, at the radio gathering with Galician and Portuguese journalists. Vigo. 2012.

O secretário-geral do Eixo Atlântico na tertúlia radiofónica de Onda Cero sobre a atualidade da eurorregião. Vigo. 2012. El secretario general del Eixo Atlántico en la tertulia radiofónica de Onda Cero sobre la actualidad de la eurorregión. Vigo. 2012. Secretary General of Eixo Atlántico at the radio gathering at Onda Cero about the current situation in the Euroregion. Vigo. 2012.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 181

20 anos do Eixo Atlântico

Bienal de Pintura del Eixo Atlántico

Artistas Premiados En Las Bienales De Pintura

1997 2004-2005 Berta Álvarez Caccamo Benedita Kendall P. Proença Filipe Rodrigues Ramón Trigo 1998 Mª Jesús Pérez Gonzalez Paula Tavares Pedro Emanuel Do Couto Lopes Simón Pacheco Paulo Almeida 2006-2007 Carmen Senande Xavier De Sousa Alonso Francisco Da Rocha Neto 1999 Xosé Luís Otero Becerra Edmundo Paz Xurxo Alonso 2008-2009 Sebas Anxo Ana Pais Oliveira Joaquín Morales Leonardo Rial Otero Teresa Gil 2000 Belén Padrón García 2011 -2012 Henrique Do Vale Montserrat Frieiro Dantas Brais Rei Daporta Miguel Vasconcelos Eva Espinosa Moreno Joseba Muruzábal Pérez Raquel Iglesis Gándara 2002-2003 Manuel Busto Magdalena Francisco Da Rocha Neto María Puertas Freijoó Montenegro Pedro A. Callejas Cabanillas

184 CULTURA · CULTURA · CULTURE Bienal 1998. Bienal 1999.

Obra vencedora; autora: Paula Tavares. Obra vencedora; autor: Edmundo Paz. Obra ganadora; autora: Paula Tavares. Obra ganadora; autor: Edmundo Paz. Winning work; author: Paula Tavares. Winning work; author: Edmundo Paz.

Bienal 2000.

Obra vencedora; autora: Belén Padrón García. Obra ganadora; autora: Belén Padrón García. Winning work; author: Belén Padrón García.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 185 20 anos do Eixo Atlântico

Bienal 2002 - 2003.

Obra vencedora; autor: Manuel Busto Magdalena. Obra ganadora; autor: Manuel Busto Magdalena. Winning work; author: Manuel Busto Magdalena.

Apresentação da decisão do júri. Presentación del fallo del jurado. Presentation of the jury decision.

186 CULTURA · CULTURA · CULTURE Bienal 2004 - 2005.

Obra vencedora; autora: Benedita Kendall. Obra ganadora; autora: Benedita Kendall. Winning work; author: Benedita Kendall.

Componentes da mesa . Componentes de la mesa. Members of the table.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 187 20 anos do Eixo Atlântico

Bienal 2006 - 2007.

Autor: Xavier de Sousa Alonso. Autor: Xavier de Sousa Alonso. Author: Xavier de Sousa Alonso.

Inauguração. Inauguración. Inauguration.

188 CULTURA · CULTURA · CULTURE Bienal 2008 - 2009.

Obra vencedora; autora: Ana Pais Oliveira. Obra ganadora; autora: Ana Pais Oliveira. Winner work; author: Ana Pais Oliveira.

Inauguração da VIII Bienal. Acto inaugural de la VIII Bienal. Inaugural ceremony of the VIII Biennial.

Mestre Xaime Isidoro, presidente del jurado, en el acto inaugural. Mestre Xaime Isidoro, presidente del jurado, en el acto inaugural. Master Xaime Isidoro, President of the jury, in the inaugural ceremony.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 189 20 anos do Eixo Atlântico

Bienal 2011 - 2012.

Obra vencedora; autora: Montserrat Frieiro. Obra ganadora; autora: Montserrat Frieiro. Winner work; author: Montserrat Frieiro.

Vencedores da Bienal. Ganadores de la Bienal. Winners of the Biennial.

O presidente do júri, Xosé Luis Otero; a coordenadora da IX edição, Rita Fidalgo Oitavén e a vencedora do primeiro prémio Montserrat Frieiro. El presidente del jurado, Xosé Luis Otero; la coordinadora de la IX edición, Rita Fidalgo Oitavén y la ganadora del primer premio Montserrat Frieiro. The President of the jury, Xosé Luis Otero; the coordinator of the IX edition, Rita Fidalgo Oitavén and the winner of the first prize, Montserrat Frieiro.

190 CULTURA · CULTURA · CULTURE

20 anos do Eixo Atlântico

I Mostra Musical. Vilagarcía de Arousa 2008.

Apresentação. Presentación. Presentation..

Entrega de prémios. Entrega de premios. Prize awarding.

192 CULTURA · CULTURA · CULTURE II Mostra Musical. Vilagarcía de Arousa 2010.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 193 20 anos do Eixo Atlântico

III Mostra Musical. Vilagarcía de Arousa 2012.

194 CULTURA · CULTURA · CULTURE

20 anos do Eixo Atlântico

Prêmios Narrativa. Premios Narrativa. Narrative Awards.

Francisco Duarte Mangas.

I Edición.

196 CULTURA · CULTURA · CULTURE II Edición.

Xosé Méndez Ferrín no acto de entrega do prémio. Xosé Méndez Ferrín en el acto de entrega del premio. Xosé Méndez Ferrín at the awarding prize act.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 197 20 anos do Eixo Atlântico

Bento da Cruz. III Edición.

198 CULTURA · CULTURA · CULTURE IV Edición.

José Carlos Caneiro.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 199 20 anos do Eixo Atlântico

V Edición.

Rui Herbon.

200 CULTURA · CULTURA · CULTURE VI Edición.

Bernardino Graña na entrega do prémio. Bernardino Graña en la entrega del premio. Bernardino graña at the awarding prize act.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 201

Jogos do Eixo Atlântico. Xogos do Eixo Atlántico.

1995. Ferrol 1997.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 203 20 anos do Eixo Atlântico

Chaves 1999.

204 Desportos · DEPORTES · SPORTS Ourense 2001.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 205 20 anos do Eixo Atlântico

Bragança 2003.

206 Desportos · DEPORTES · SPORTS Santiago de Compostela 2005.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 207 20 anos do Eixo Atlântico

Vila Nova de Gaia 2007.

208 Desportos · DEPORTES · SPORTS A Coruña 2009.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 209 20 anos do Eixo Atlântico

Matosinhos 2011.

Unión Europea Fondo Europeo de Desarrollo Regional

Invertimos en su futuro

Andebol Atletismo Basquetebol Futebol 7 Natação Voleibol Voleibol de Praia

210 Desportos · DEPORTES · SPORTS Regata Eixo Atlântico. Regata Eixo Atlántico. Eixo Atlántico Regata.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 211 20 anos do Eixo Atlântico

Competições desportivas. Competiciones deportivas. Sports competitions.

Torneio Andebol. Caminha. 2003. Torneo Balonmano. Caminha. 2003. Handball Competition. Caminha. 2003.

Torneio Andebol. 2002. Torneo Balonmano. 2002. Handball Competition. 2002.

212 Desportos · DEPORTES · SPORTS Torneio Andebol. Vigo. 2005. Torneo Balonmano. Vigo. 2005. Handball Competition. Vigo. 2005.

Torneio Andebol. 2003. Torneo Balonmano. 2003. Handball Competition. 2003.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 213 20 anos do Eixo Atlântico

Merchandising Voleibol de Praia. Vila Nova de Gaia. 2008. Merchandising Vóley Playa. Vila Nova de Gaia. 2008. Merchandising beach volleyball. Vila Nova de Gaia. 2008.

Torneio Voleibol de Praia. Vila Nova de Gaia. 2009. Torneo Vóley Playa. Vila Nova de Gaia. 2009. Beach volleyball Competition. Vila Nova de Gaia. 2009.

214 Desportos · DEPORTES · SPORTS I Troféu de automóveis clássicos. 2007. I Trofeo de automóviles clásicos. 2007. I Trophy of Classic Cars. 2007.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 215

20 anos do Eixo Atlântico

Pultusk Participação do Secretário-geral do Eixo Atlântico, Xoan V.Mao, no curso de formação de Presidentes de Câmara para a adesão à União Europeia. Polónia 2000. Participación del Secretario Xeral del Eixo Atlântico, Xoan V.Mao, en el curso de Alcaldes para la adhesión a la Unión Europea. Polonia 2000. Participation of Eixo Atlântico’s General Secretary Mr. Xoan V.Mao in the Mayor’s course for Entry into the EU. Poland 2000.

218 Presença internacional e Redes de Cooperação · Presencia Internacional y Redes de Cooperación · International Presence and Cooperation Networks Poitiers

Intervenção do Secretário-geral no Seminário Internacional Interreg. Espaço Atlântico. Poitiers (França) 2004. Intervención del Secretario General en el Seminario Internacional Interreg. Espacio Atlántico. Poitiers (Francia) 2004. Intervention of the General Secretary at the International Interreg Seminar. Atlantic Area. Poitiers (France) 2004.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 219 20 anos do Eixo Atlântico

Lille Assinatura do protocolo de criação da Euromot, com o ex-Primeiro Ministro francês, Pierre Mauroi e o presidente da City Twins. Lille (França) 2008. Firma del protocolo de creación de Euromot,con el ex Primer Ministro francés, Pierre Mauroi y el presidente de City Twin. Lille (Francia) 2008. Signature of protocol to create Euromot, with the ex-French Prime Minister, Pierre Mauroi and The President of the Twin City. Lille (France) 2008.

220 Presença internacional e Redes de Cooperação · Presencia Internacional y Redes de Cooperación · International Presence and Cooperation Networks Bruxelas Open Days.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 221 20 anos do Eixo Atlântico

Congresso “Cooperação de Segunda Geração”. Guimarães 2009. Congreso “Cooperación de Segunda Generación”. Guimarães 2009. Congress on “Second Generation Cooperation”. Guimarães 2009.

Conferência de imprensa da ministra espanhola, Elena Salgado e o ministro português Nunes Correia. Rueda de prensa de la ministra española, Elena Salgado y el ministro portugués Nunes Correia. Press Conference.

222 Presença internacional e Redes de Cooperação · Presencia Internacional y Redes de Cooperación · International Presence and Cooperation Networks Inauguração do Seminário. Primeiro programa de rádio Eurorregional. Inauguración del Congreso. Primer programa de radio Eurorregional. Inauguration of the Congress. First Euroregional radio program.

A Ministra espanhola, Elena Salgado e o Director de Cooperação da Plano dos assistentes . Comissão Europeia, José Palma Andrés. Plano de los asistentes. La ministra española de Administraciones Públicas, Elena Salgado y el View of the audience. director de cooperación de la Comisión Europea, José Palma Andrés. The spanish Minister for Civil Sevices, Elena Salgado, And Director of Cooperation of the European Comission, José Palma Andrés. GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 223 20 anos do Eixo Atlântico

Riet. Constituição. Cáceres 2009. Riet. Constitución. Cáceres 2009. RIET. Incorporation. Cáceres 2009.

I Presidente da Riet, Carmen Heras Pablo e o secretário-geral do Eixo Atlântico, Xoan V. Mao . I Presidenta de la Riet, Carmen Heras Pablo y el secretario general del Eixo Atlántico, Xoan V. Mao. I President of RIET, Carmen Heras Pablo and the Secretary General of Eixo Atlántico, Xoan V. Mao.

Os Secretários de Estado de Cooperação de Espanha e Portugal, Gaspar Zarrías e Rui Baleiras, junto ao secretário-geral do Eixo Atlântico, Xoan V. Mao. Los Secretarios de Estado de Cooperación de España y Portugal, Gaspar Zarrías y Rui Baleiras, junto al secretario general del Eixo Atlántico, Xoan V. Mao. The Secretaries of State for Cooperation from Spain and Portugal, Gaspar Zarrías and Rui Baleiras, with the Ssecretary General of Eixo Atlántico, Xoán V. Mao.

224 Presença internacional e Redes de Cooperação · Presencia Internacional y Redes de Cooperación · International Presence and Cooperation Networks I Assembleia Geral. Almeida 2011. I Asamblea General. Almeida 2011. I General Assembly. Almeida 2011.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 225 20 anos do Eixo Atlântico

II Assembleia Geral. Chaves 2012. II Asamblea General. Chaves 2012. II General Assembly. Chaves 2012.

226 Presença internacional e Redes de Cooperação · Presencia Internacional y Redes de Cooperación · International Presence and Cooperation Networks Centro de Documentação Transfronteiriço. Chaves 2012. Centro de Documentación Transfronterizo. Chaves 2012. Cross Border Documentation Centre. Chaves 2012.

Inauguração do Centro de Documentação. Acto de inaugural del Centro de Documentación. Inaugural ceremony of the Documentation Center.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 227 20 anos do Eixo Atlântico

Constituição da Cecicn. Santiago de Compostela 2010. Constituición de Cecicn. Santiago de Compostela 2010. Incorporation of the CECICN. Santiago de Compostela 2010.

228 Presença internacional e Redes de Cooperação · Presencia Internacional y Redes de Cooperación · International Presence and Cooperation Networks GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 229 20 anos do Eixo Atlântico

Apresentação cecicn. Bruxelas 2010. Presentación de CECICN. Bruselas 2010. cecicn Presentation. Brussels 2010.

Mercedes Bresso, presidente do Comité das Regiões e o presidente da CECICN, Xosé Sánchez Bugallo. Mercedes Bresso, presidenta del Comité de las Regiones y el presidente de la CECICN, Xosé Sánchez Bugallo. Mercedes Bresso, President of the Committee of the Regions and the President of CECICN, Xosé Sánchez Bugallo.

230 Presença internacional e Redes de Cooperação · Presencia Internacional y Redes de Cooperación · International Presence and Cooperation Networks Johannes Hahn, Comissário Europeu de Política Regional e o presidente da CECICN, Xosé Sánchez Bugallo. Johannes Hahn, Comisario Europeo de Política Regional y el presidente de la CECICN, Xosé Sánchez Bugallo. Johannes Hahn, European Commissioner for Regional Policy and the President of CECICN, Xosé Sánchez Bugallo.

Comité executivo da CECICN em Bruxelas. Comité ejecutivo de la CECICN en Bruselas. Executive Committee of the CECICN in Brussels..

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 231 20 anos do Eixo Atlântico

Reunião da Comissão Executiva da CECICN. Vigo. 2011. Reunión de la Comisión Ejecutiva de la CECICN. Vigo. 2011. Meeting of the Executive Committee of the CECICN. Vigo. 2011.

232 Presença internacional e Redes de Cooperação · Presencia Internacional y Redes de Cooperación · International Presence and Cooperation Networks Primeiro Congresso “Smart Cooperation”. Coruña. 2012. Primer Congreso “Smart Cooperation”. Coruña 2012. First congress on “Smart Cooperation”. A Coruña 2012.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 233 20 anos do Eixo Atlântico

234 Presença internacional e Redes de Cooperação · Presencia Internacional y Redes de Cooperación · International Presence and Cooperation Networks GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 235

Prémio “Cross Border” da ARFE/AEBR. 2008. Premio “Cross Border” de la ARFE/AEBR. 2008. “Cross Border” prize of ARFE/AEBR. 2008.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 237

Parque Eixo Atlântico. Bragança. Parque Eixo Atlântico. Bragança. Eixo Atlántico Park. Bragança.

Inauguração da Praça do Eixo Atlântico em Vila Nova de Gaia. Inauguración de la Plaza del Eixo Atlántico en Vila Nova de Gaia. Inauguration of the Eixo Atlántico Square in Vila Nova de Gaia.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 239

Medalha de Ouro Eixo Atlântico. Obra de Xavier de Sousa. Medalla Oro Eixo Atlántico. Obra de Xavier de Sousa. Eixo Atlántico Gold Medal. By Xavier de Sousa

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 241 20 anos do Eixo Atlântico

1ª Edição / EDICIÓN / edition

Entrega da Medalha ao Presidente da Xunta e co-fundador da eurorregião Galiza - Norte de Portugal, Manuel Fraga. Entrega de la Medalla al Presidente de la Xunta y cofundador de la eurorregión Galicia - Norte de Portugal, Manuel Fraga. Presentation of the Medal to teh President of Xunta and co- founder of the Euroregion Galicia-North of Portugal, Manuel Fraga.

Entrega da Medalha a Manuel Cordo Boullosa. Entrega de la Medalla a Manuel Cordo Boullosa. Presentation of the Medal to Manuel Cordo Boullosa.

242 Medallas de OUro DO Eixo Atlântico · medallas de oro del Eixo Atlántico · Eixo Atlántico Gold Medals Entrega da Medalha ao ex-Presidente da República Portuguesa, Mário Soares. Entrega de la Medalla al ex Presidente de la República de Portugal, Mario Soares. Presentation of the Medal to the ex-President of the Republic of Portugal, Mario Soares.

2ª Edição / EDICIÓN / edition

Entrega das Medalhas aos presidentes das cidades Património da Humanidad da eurorregião. Entrega de las Medallas a los alcaldes de las ciudades Patrimonio de la Humanidad de la eurorregión. Presentation of the Medals to the mayors of the Euroregional World Heritage cities.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 243 20 anos do Eixo Atlântico

3ª Edição / EDICIÓN / edition

Entrega da Medalha ao ex-presidente do Eixo Atlântico, Manuel Pérez. Entrega de la Medalla al ex presidente del Eixo Atlántico, Manuel Pérez. Presentation of the Medal to the ex-President of the Eixo Atlántico, Manuel Pérez.

Entrega da Medalha ao co-fundador da eurorregião Galiza- Norte de Portugal, Luís Valente de Oliveira (recebida pelo Ministro português, Arlindo Cunha). Entrega de la Medalla al cofundador de la eurorregión Galicia-Norte de Portugal, Luis Valente de Oliveira (recogida por el Ministro portugués, Arlindo Cunha). Presentation of the Medal to the co-founder of the Euroregion Galicia- North of Portugal, Luis Valente de Oliveira (collected by the Portuguese Minister, Arlindo Cunha).

244 Medallas de OUro DO Eixo Atlântico · medallas de oro del Eixo Atlántico · Eixo Atlántico Gold Medals 4ª Edição / EDICIÓN / edition

Entrega das Medalhas ao presidente de Caixanova, Julio Fernandez Gayoso e ao fundador do Eixo Atlântico, Fernando Gomes. Entrega de las Medallas al presidente de Caixanova, Julio Fernandez Gayoso y al fundador del Eixo Atlántico, Fernando Gomes. Presentation of the Medals to the President of Caixanova, Julio Fernández Gayoso and to the founder of the Eixo Atlantico, Fernando Gomes.

5ª Edição / EDICIÓN / edition

Entrega das Medalhas a Luis García Mañá, em representação do Couto Mixto e ao ex-presidente da eurorregião, Luís Braga da Cruz. Entrega de las Medallas a Luis García Mañá, en representación del Couto Mixto y al ex presidente de la eurorregión, Luis Braga da Cruz. Presentation of the Medals to Luis García Mañá, in representation of the “Couto Mixto” and to the ex-President of the Euroregion, Luis Braga da Cruz.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 245 20 anos do Eixo Atlântico

Mesa presidencial. Mesa presidencial. Presidential table.

Assistentes. Asistentes. Audience.

246 Medallas de OUro DO Eixo Atlântico · medallas de oro del Eixo Atlántico · Eixo Atlántico Gold Medals GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 247

Apresentação do livro A Europa e o Mar. Presentación del libro Europa y el Mar. Presentation of the book “Europe and the sea”.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 249 20 anos do Eixo Atlântico

Assinatura de exemplares. Firma de ejemplares. Book signing.

250 PUBLICAÇÕES · PUBLICACIONES · PUBLICATIONS Turismo / Turismo / Tourism

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 251 20 anos do Eixo Atlântico

252 PUBLICAÇÕES · PUBLICACIONES · PUBLICATIONS Estudos Estratégicos / estudios estratégicos / Strategic Studies

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 253 20 anos do Eixo Atlântico

Revistas / Revistas / Magazines

254 PUBLICAÇÕES · PUBLICACIONES · PUBLICATIONS Audiovisuais / Audiovisuales / Audiovisuals

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 255 20 anos do Eixo Atlântico

LivroS CD / LibroS CD / CD BookS

256 PUBLICAÇÕES · PUBLICACIONES · PUBLICATIONS GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 257 20 anos do Eixo Atlântico

Textos para o debate / Textos para el debate / Texts for debates

Claves para repensar el gobierno local en Galicia:

Horizonte Europa 2020

Director de la publicación Enrique José Varela Álvarez

Manuel Cabezas Enríquez Pablo González Mariñas José Luis Méndez Romeu Pedro Puy Fraga Enrique José Varela Álvarez

258 PUBLICAÇÕES · PUBLICACIONES · PUBLICATIONS Biblioteca de Estudos Estratégicos / Biblioteca de estudios estratégicos / Strategic Studies Library

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 259 20 anos do Eixo Atlântico

Cultura / cultura / Culture

260 PUBLICAÇÕES · PUBLICACIONES · PUBLICATIONS GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 261 20 anos do Eixo Atlântico

Outras Publicações / Otras Publicaciones / Other Publications

262 PUBLICAÇÕES · PUBLICACIONES · PUBLICATIONS GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 263

Quadro de Xavier Magalhães para os 10 anos do Eixo Atlântico. 2002. Cuadro de Xavier Magalhães para los 10 años de Eixo Atlántico. 2002. Picture by Xavier Magalhães for its 10th anniversary. 2002.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 265 20 anos do Eixo Atlântico

Quadro de Xavier Magalhães para a Bienal de Pintura. Cuadro de Xavier Magalhães, para la Bienal de Pintura. Picture by Xavier Magalhães for “Bienal de Pintura”.

266 Criação ArtísticA · CREACIÓN ARTÍSTICA · ARTISTIC CREATION Cunho da Medalha de Ouro do Eixo Atlântico, de Xavier de Sousa. Troquel de la Medalla de Oro del Eixo Atlántico, de Xavier de Sousa. Eixo Atlántico Gold Medal’s Die, de Xavier de Sousa.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 267 20 anos do Eixo Atlântico

Originais de comics de Norberto Fernández para programa de juventude. Originales de Norberto Fernández para programa de juventud. Original comics of Norberto Fernández for the youth program.

268 EUROCIDADE Presente Institucional do Eixo Atlântico. Obra de José Manuel García,”Grangel”. Regalo Institucional del Eixo Atlántico. Obra de José Manuel García “Grangel”. Institutional present from the Eixo Atlántico. Work of José Manuel García,”Grangel”.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 269 20 anos do Eixo Atlântico

Troféu dos Jogos do Eixo de Vila Nova de Gaia. Obra de Margarida Santos . Trofeo de los Xogos del Eixo de Vila Nova de Gaia. Obra de Margarida Santos . Trophy from the Eixo Games at Vila Nova de Gaia. Work of Margarida Santos.

270 Criação ArtísticA · CREACIÓN ARTÍSTICA · ARTISTIC CREATION Troféu Mostra Musical. Obra de Manuel Romero. Trofeo Mostra Musical. Obra de Manuel Romero. Trophy Musical Exhibition. By Manuel Romero.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 271

Xan Bouzada. Nelson Cardoso.

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 273

Fernando Gomes, 1993 - 1995 Manuel Pérez, 1995 - 1999 Francisco Mesquita, 1999 - 2001

Manuel Cabezas, 2001 - 2003 Rui Rio, 2003 - 2005 Xose Antonio Sánchez Bugallo 2005 - 2007

Luís Filipe Menezes, 2007 - 2009 Abel Caballero, 2009 - 2012 José María Costa, 2012

GALERIA DE FOTOS · GALERÍA FOTOGRÁFICA · PHOTO GALLERY 275

20 anos do Eixo Atlântico O qué é o Eixo Atlântico?

O EIXO ATLÂNTICO DO NOROESTE portos e uma rede de alta velocidade ferroviá- ras, como na procura de financiamento para a PENINSULAR é uma associação transfron- ria em construção. Conta, também, com 12 materialização das estratégias que os órgãos teiriça de municípios que integra as princi- universidades de muito prestígio, três gran- políticos estabelecem. pais cidades da Euroregião Galiza-Norte de des parques tecnológicos e 9 recintos feriais. Portugal, configurando o seu sistema urbano. Actualmente, tem cinco cidades (Porto, É neste momento o único sistema urbano Guimarães, Santiago de Compostela e Criado em 1992, com o apoio da Comissão euro-regional estruturado, de natureza trans- Lugo) e um território (Douro Vinícola) clas- Europeia, a sua fundação foi apadrinhada fronteiriça, na União Europeia. O seu objec- sificados pela UNESCO como Património da pelo Presidente da República de Portugal, Dr. tivo principal é a coesão e a estruturação do Humanidade. Existem também, outras cida- Mário Soares, que presidiu à sua assembleia sistema urbano, assim como a contribuição des que estão a preparar as suas candidaturas constitutiva em Viana do Castelo. para a modernização das cidades mediante (Vila Nova de Gaia, Bragança e Ferrol). o desenvolvimento de programas em rede, a Situado no noroeste da Península Ibérica, a cooperação, o intercâmbio de informação e o Euroregião Norte de Portugal – Galiza tem planeamento estratégico conjunto. uma superfície de 50.853 Km2 e uma popu- lação de cerca de 7 milhões de habitantes. Constitui também um grupo de pressão para De natureza marítima e periférica conta com a consecução dos seus objectivos, tanto no uma importante rede de comunicações, em que se refere ao diálogo com os governos, constante crescimento, quatro aeroportos para promover os investimentos no território, internacionais e três aeródromos, 7 grandes especialmente no âmbito das infra-estrutu-

278 EIXO ATLÂNTICO MAPA POPULATION DATA MAPA EIXO ATLÂNTICO GALICIA - NORTH OF PORTUGAL MAP - 6.484.041 inhabitants - 50.862 km2 area - 127,4 inhabitants/km2 population density

O QUE É O EIXO ATLÂNTICO? 279 ESTRUTURA / ESTRUCTURA / STRUCTURE

ASSEMBLEIA GERAL / ASAMBLEA GENERAL / GENERAL ASSEMBLY

Comissão Executiva / Comisión Ejecutiva / Executive Comision

José María Costa Severino Rodríguez Miguel Costa Gomes Xosé Crespo Beraldino Pinto VI ANA DO CASTELO (Presidente) MONFORTE DE LEMOS (Vicepresidente) BARCELOS LALÍN MACEDO DE CAVALEIROS

Francisco Rodríguez Rui Rio Ángel Currás Abel Caballero Luis Filipe Menezes OURENSE PORTO SANTIAGO DE COMPOSTELA VIGO VILA NOVA DE GAIA

António Jorge Nunes José López Orozco Xoán V. Mao BRAGANÇA (Observador) LUGO (Observador) (Secretario)

Mesa da Assembleia / Mesa de la Asamblea / General Assembly Members of the Constitution Table

António Jorge Nunes José López Orozco BRAGANÇA (Presidente) LUGO (Vicepresidente)

Carlos Negreira Francisco Mesquita Evencio Ferrero João Batista José Manuel Rey Varela A CORUÑA BRAGA CARBALLO CHAVES F ERROL

António Magalhaes Francisco Lopes Guillerme Pinto José Lopes Alfredo García GUIMARÃES LAMEGO MATOSINHOS MIRANDELA O BARCO DE VALDEORRAS

Argimiro Marnotes Fernández Alberto Silva Santos N uno M. Sousa Miguel Anxo Fernández Manuel Ruíz Rivas O CARBALLIÑO PENAFIEL PESO DA RÉGUA PONTEVEDRA RIVR EI A

José A. García Juan M. Jiménez Mário Almeida Armindo Costa Tomás Fole SARRIA VÍ ER N VIL A DO CONDE VILA NOVA DE FAMALIÇÃO VILAGARCÍA DE AROUSA

280 EIXO ATLÂNTICO Manuel do Nascimento Melchor Roel Xoán V. Mao VILA REAL VIVEIRO ( Secretario) INFRA-ESTRUTURAS INFRAESTRUCTURAS / INFRA-STRUCTURES

PORTOS DE INTERESSE NACIONAL AEROPORTOS / AEROPUERTOS / AIPORTS PUERTOS DE INTERÉS NACIONAL NACIONAL INTEREST PORTS

• Alvedro. A Coruña • A Coruña • Lavacolla. Santiago de Compostela • Ferrol • Peinador. Vigo • Leixões • Sá Carneiro. Porto • Pontevedra-Marin • Viana do Castelo AERODROMOS • Vigo • Braga • Vilagarcía de Arousa • Bragança • Vila Real

AUTO-ESTRADAS / AUTOPISTAS / MOTORWAYS

• AP-9 (Ferrol - Porto) • A-1 (Porto - Lisboa) • A-4 (Porto - Amarante) • A-6 (A Coruña - Madrid) • A-52 (Vigo - Madrid) • A3 (Porto - Valença ) • A7 (Póvoa de Varzim - Vila Pouca de Aguiar) • A11 (Apúlia - Amarante) • A20 (Carvalhos - Nó de Francos) • A24 (Viseu - Chaves) - A75 Verín • A27 (Viana do Castelo - Ponte de Lima) • A28 (Porto - Valença) • A29 (Aveiro - Porto) • A32 (Oliveira de Azeméis - Carvalhos) • A41 (Perafita -E spinho) • A42 (Ermida - Lousada) • A43 (Porto (A20) - Aguiar de Sousa) • A44 (Gulpilhares (A29) - Areinhos • A25 (Aveiro – Vilar) • A44 (Gulpilhares – Oliveira do Douro) • A47 (Santa Maria da Feira – Mansores)

O QUE É O EIXO ATLÂNTICO? 281 PARQUES TECNOLÓGICOS / PARQUEA TECNOLÓGICOS / TECHNOLOGY PARKS

• Parque Científico -T ecnológico Universitario de Galicia. Santiago de Compostela • Parque CientíficoT ecnológico Río do Pozo. A Coruña • Parque Tecnológico de Galicia. Ourense • Parque Tecnológico y Logístico de Vigo • PORTUSPARK - Parque de Ciência e Tecnologia do Porto • UPTEC - Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto • Universidade do Porto - Polo II - Asprela • Laboratorio Ibérico Internacional de Nanotecnología - Braga

CENTROS DE EXPOSIÇÕES / CENTROS DE EXPOSICIONES / EXHIBITION CENTRES

• FIMO. Ferrol • PAZO DE FEIRAS E CONGRESOS. Lugo • EXPOURENSE. Ourense • FEXDEGA. Vilagarcía de Arousa • IFEVI. Vigo • PAZO DA CULTURA. Pontevedra • PALACIO DE CONGRESOS E EXPOSICIÓN DE GALICIA. Santiago de Compostela • PAZO DA CULTURA. Carballo • EUROPARQUE. Santa Maria da Feira • EXPONOR. Leça da Palmeira • PEB. Braga • Palexco. A Coruña

UNIVERSIDADES / UNIVERSIDADES / UNIVERSITIES

PÚBLICAS / PÚBLICAS / PUBLIC PRIVADAS / PRIVADAS / PRIVATE

• Minho • Católica. Porto • Porto • Fernando Pessoa. Porto • UTADE • Lusíada. Porto, Famalicão • Vigo • Moderna. Porto • Santiago • Portucalense. Porto • A Coruña

282 EIXO ATLÂNTICO HI STORIA E CULTURA

O Noroeste Peninsular constrói a sua vocação A região do Noroeste foi dividida em três conven- nipalização empreendida por Vespasiano, que terá atlântica já na pre-história, quando as rotas co- tos jurídicos, que constituiam sub-divisões das pro­ beneficiado alguns núcleos urbanos e civitates do merciais uniam os finisterras européias, mas é com vin­­­cias e unida­des administrativas, cujas capitais Noroeste. a cultura castreja que ganha identidade própia, de coincidem com os três centros urbanos fundados tal forma marcante que, hà dois mil anos, quan- por Augusto nesta região: Bracara Augusta, Lucus Raízes profundas têm maioria das cidades desta do os romanos o conquistaram lhe reconheceram Augusti e Asturica Augusta. terra onde então acabava o mundo conhecido. personalidade e deram um nome própio: GallYcia. Lucus Augusti (Lugo) e Bracara Augsuta (Braga) A importância concedida por Augusto aos territóris serviram de capitais administrativas, mas os ro- O Noroeste Peninsular mereceu uma atenção do Noroeste Peninsular encontra-se expressa na manos conheciam bem as potencialidades deste especial ao imperador Augusto no quadro da or- fundação de núcleos urbanos, que se irão sobre- território que rasgaram com vias e pontes e explo- ganização da Hispânia. Essa atencção parece do- por à geografia política prè-romana,A política de raram intensamente nos seus recursos agrícolas ou cumentada na própia hesitação em incluir os terri- Augusto constitui os alicerces da romanizaçao jurídi- como mercado comercial, e também esventraram tórios recém integrados e pacificados, primeiro na ca, económica e cultural que afectarão o território do em busca da sua riqueza aurífera ou das salutares Lusitânia e, posteriormente, na Citerior, recuada Noroeste, em diferntes graus, ao longo dos séculos àguas termais. então a fronteira norte da Lusitânia para o Douro. de ocupação romana. È importante a politica de mu-

O QUE É O EIXO ATLÂNTICO? 283 Nos tempos conturbados que se seguiram Muralhadas, compreendidas por estreitas ruas de emergem como timoneiros os homens da igreja que artífices e burgueses, à sombra da catedral, as ancorados nas suas sedes episcopais, combateram cidades fervilham de vida. Com sonhos, saudades a desordem e o medo as messmo tempo que e retorno endiherado desenhou-se um novo resistiam aos invasores. Então, o apareccimento esplendor espelhado na magnificência das igrejas milagroso do túmulo do Apóstolo Santiago (s.XI) e solares barrocos. dará novo fôlego à reconquista, transformándo-se num farol que guiará novamente atá o extremo Mas a contemporaneidade despon­ta­va, ao ocidente a Europa peregrina. mesmo tempo espontânea e soprada polos ventos arrasadores vindad da Europa que aquí No Caminho de Santiago (Primeiro Itinerário chegaram vestidos com a farda dos exércitos Cultural Europeu) misturam-se povos de todas napoleónicos. Resistir e expulsar o invasor era as nações seguindo itinerários, que de noite se imperioso, mas não se podia travar a história e as espaelham no céu onde a Vía Láctea ou Estrada cidades atlânticas acreditaram no progreso e num de Santiago conduz os peregrinos até Compostela futuro melhor. Derrubaram governos e muralhas, (Património da Humani­dade). rasgaram avenidas e preconceitos, tentaram a insutrialização, exaltaram o ensino, a sua cultura e a sua libertade.

284 EIXO ATLÂNTICO GALICIA A CORUÑA

Carlos Praza María Pita, s/n - 15001 A Coruña Negreira Tel. 0034 981 184 200 - Fax. 0034 981 184 252 www.coruna.es [email protected]

Mayor Alcalde 247.000

37 km2

Autovía N – VI (A Coruña Madrid). A9 (Ferrol – A Coruña - Santiago - Vigo). A55 (A Coruña - Carballo)

A Coruña

Pontevedra, Vigo (30 km), Vilagarcía (31 km), Marín (8 km)Marín (8 km)

Universidade de A Coruña

Recinto Ferial, Palacios de Exposiciones y Congresos Palexco, Palacio de la Ópera

O QUE É O EIXO ATLÂNTICO? 285 PAORTUG L

BARCELOS

Largo de Município - 4750-323 Barcelos Miguel Tel. 00351 253 809 600 - Fax. 00351 253 821 263 Costa www.cm-barcelos.pt Gomes [email protected]

Mayor 122.096 Presidente

379 km2

E1/IP1/A3/A52 – Porto/Braga/Barcelos/Valença-Vigo IC1/A28 – Porto/Vila do Conde/Póvoa de Varzim/Esposende/Viana do Castelo/Caminha IC14/A11 – assegura as ligações Esposende (Apúlia-IC1-A28)/ Barcelos/Braga (IP1/A3)

Instituto Politécnico do Cávado e Ave

286 EIXO ATLÂNTICO PAORTUG L

BRAGA

Francisco Praça do Município 4704-514 BRAGA Mesquita Tel. 00351 253 203 150 - Fax. 00351 253 613 387 Machado www.cm-braga.pt [email protected]

Mayor Presidente 177.000

184 km2

A3 (Porto-Braga-Valença), A11 (Braga-Guimarães-Barcelos-Esposende)

Vigo (a 94 Km), Porto (a 53 km), Aeródromo de Braga

Porto de Leixões (a 53 km), Porto de Viana do Castelo (a 55 km)

Universidade do Minho, Universidade Católica, Instituto Ibérico de Nanotecnologia

Teatro Circo, Estádio Municipal, Parque de Exposições de Braga

O QUE É O EIXO ATLÂNTICO? 287 PAORTUG L

BRAGANÇA

Forte S. João de Deus 5300-262 BRAG AntónioANÇA Tel. 00351 273 304 200 - Fax. 00351 273 304 299 Jorge www.cm-braganca-pt Nunes [email protected]

Mayor 35.000 Presidente

1.174 km2

IP4

Aeródromo Municipal

Lisboa (506Km); Porto (252Km); Braga (225Km); Madrid (357Km); Vigo (288Km); Salamanca (166Km)

Instituto Politécnico de Bragança

288 EIXO ATLÂNTICO GALICIA CB AR ALLO

Evencio Praza do Concello, s/n - 15100 Carballo (A Coruña) Ferrero Tel. 0034 981 704 100 - Fax. 0034 981 702 858 Rodríguez www.carballo.org [email protected]

Mayor Alcalde 30.078

186,80 km2

AG-55 (Carballo-A Coruña), Autovía do Noroeste (A6)

Santiago (43 km), Vigo (131 km), A Coruña (37 km)

O QUE É O EIXO ATLÂNTICO? 289 EUROCIDADE

PAORTUG L CHAVES

Praça de Camões 5400-150 Chaves João Tel. 00351 276 340 500 - Fax. 00351 276 333 940 Batista www.chaves.pt [email protected]

Mayor 44.298 Presidente

592 km2

A7, A24; España: A52

Porto (166 km), Vigo (182 km), Aeródromo de Chaves

Pólo de Chaves da UTAD (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro)

290 EIXO ATLÂNTICO EUROCIDADE

GALICIA VÍ ER N

Juan Manuel Praza do Concello, s/n - 32600 Verín (Ourense) Jiménez Tel. 0034 988 410 000 - Fax. 0034 988 411 900 Morán www.verin.net [email protected]

Mayor Alcalde 14.391

94,1 km2

A-52 (Vigo-Madrid), N-525 e N-532

Santiago (173 km), Vigo (164 km), Porto (174 km)

O QUE É O EIXO ATLÂNTICO? 291 GALICIA F ERROL

Praza de Armas s/n - 15402 Ferrol José Tel. 0034 981 944 000 - Fax. 0034 981 944 018 Manuel www.ferrol.es Rey [email protected]

Mayor 76.999 Alcalde

82 km2

AP-9 (Ferrol-Porto)

Coruña (a 48 km), Santiago (a 94 km)

Ferrol, Puerto Exterior, Puerto Comercial. A Coruña (a 48 km)

Universidade de A Coruña. Campus de Ferrol

Consorcio Proferias y Exposiciones de Ferrol

292 EIXO ATLÂNTICO PAORTUG L

GUIMARÃES

António Largo Cónego José Maria Gomes 4804-534 Guimarães Magalhães Tel. 00351 253 421 200 - Fax. 00351 253 515 134 www.cm-guimaraes.pt [email protected]

Mayor Presidente 160.000

242,85 km2

A7 (Porto-Guimarães), A11 (Braga-Guimarães), A3 (Valença-Porto)

Porto (60 km), Vigo (120 km)

Porto de Leixões (60 km), Porto de Viana do Castelo (66 km)

Multiusos de Guimarães, Centro Cultural de Vila Flor, Parque de Ciência e Tecnologia de Guimarães Grande Auditório da Universidade do Minho - Guimarães

O QUE É O EIXO ATLÂNTICO? 293 GALICIA

LALÍN

Praza de Galicia, s/n - 36500 Lalín (Pontevedra) Xosé Tel. 0034 986 787 060 - Fax. 0034 986 782 042 Crespo www.lalin.org Iglesias [email protected]

Mayor 21.231 Alcalde

326,8 km2

AP-53 (Lalín-Santiago), AG-53 (Lalín-Ourense)

Santiago (50 km), Vigo (132 km), A Coruña (121 km)

Aula da Universidade Nacional de Educación a Distancia (Parque Empresarial Lalín 2000)

294 EIXO ATLÂNTICO PAORTUG L

LAMEGO

Francisco Rua Padre Alfredo Pinto Teixeira 5100 LAMEGO Lopes Tel. 00351 254 609 600 - Fax. 00351 254 609 601 www.cm-lamego.pt [email protected]

Mayor Presidente 28.081

166.7 km2

A24, E.N.222, E.N.226, E.N.2

Porto (105 Km), Vigo (266 Km), Vila Real (aeródromo, 26 Km), Viseu (aeródromo, 60 Km), Bragança (aeródromo, 129 km)

Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego, Escola Superior de Educação de Viseu, Pólo de Lamego, Escola de Hotelaria e Turismo de Lamego

O QUE É O EIXO ATLÂNTICO? 295 GALICIA

LUGO

Praza Maior, 1 - 27001 Lugo José Tel. 0034 982 297 100 - Fax. 0034 982 297 101 López www.lugo.es Orozco [email protected]

Mayor 94.478 Alcalde

322 km2

A 6: Autovía do Noroeste A Coruña-Madrid

A Coruña (96 km), Santiago (105 km)

Ferrol (107 km), A Coruña (96 km)

Universidade de Santiago. Campus de Lugo

Fundación Ferias y Exposiciones de Lugo

296 EIXO ATLÂNTICO PAORTUG L

MACEDO DE CAVALEIROS

Beraldino Jardim 1º de Maio 5340-228 Macedo de Cavaleiros Pinto Tel. 00351 258 809 300 - Fax. 00351 278 426 243 www.cm-macedodecavaleiros.pt [email protected]

Mayor Presidente 17.449

699,2 km2

E82/IP4, E802/IP2

Porto (177 Km), Vigo (260 Km)

Escola Superior de Educação do Instituto Jean Piaget Escola Superior de Enfermagem do Instituto Jean Piaget

O QUE É O EIXO ATLÂNTICO? 297 PAORTUG L

MATOSINHOS

Av. D. Afonso Henriques - 4454-510 Matosinhos Guilherme Tel. 00351 229 390 900 / LINHA AZUL. 808 200 052 - Fax. 00351 229 373 213 Pinto www.cm-matosinhos.pt [email protected]

Mayor 169.261 Presidente

61,8 km2

IC1/A28-Porto-Viana do Castelo; IP4/A4-Matosinhos-Bragança; IC24/A41-ligação A28 no Nó Perafita –A lfena -Ermida(A42); VRI -Nó de Custóias (no IP4) ao Nó do Aeroporto ( no IC24); A3-Porto-Valença

Francisco Sá Carneiro

Porte de Leixões, Marina de Leixões

AEP: Exponor - Feira Internacional do Porto

298 EIXO ATLÂNTICO PAORTUG L

MIRANDELA

José Largo do Município 5370-288 Mirandela Lopes Tel. 00351 278 200 200 - Fax. 00351 278 265 753 Silvano www.cm-mirandela.pt [email protected]

Mayor Presidente 30.000

659 km2

A4 (Porto-Amarante). IP4 (Amarante-Bragança)

Instituto PIAGET ESPROARTE – Escola Profissional de Arte de Mirandela ESACT - Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo

Complexo Agro-Industrial do Cachão

O QUE É O EIXO ATLÂNTICO? 299 GALICIA

MONFORTE DE OLEM S

Campo de San Antonio s/n - 27400 Monforte de Lemos Severino Tel. 0034 982 402 501 - Fax. 0034 982 411 081 Rodríguez www.concellodemonforte.com Díaz [email protected]

Mayor 19.817 Alcalde

200 km2

A-6 (Lugo-A coruña), A-52 (Vigo), AP-53 (Monforte-Santiago)

Santiago (116 km)

300 EIXO ATLÂNTICO GALICIA

O BARCO DE VALDEORRAS

Alfredo Praza do Concello, 2 - 32300 O Barco de Valedorras García Tel. 0034 988 320 202 - Fax. 0034 988 325 978 Rodríguez www.concellodobarco.org [email protected]

Mayor Alcalde 14.213

86 km2

N-120 Logroño-Vigo

Santiago (255 km), Vigo (208 km), Porto (269 km)

O QUE É O EIXO ATLÂNTICO? 301 GALICIA

O CARBALLIÑO

Praza Maior, 1 - 32500 O Carballiño (Ourense) Argimiro Tel. 0034 988 530 007 - Fax. 0034 988 530 008 Marnotes www.carballino.org Fernández [email protected]

Mayor 14.125 Alcalde

55 km2

A-52: Vigo – Madrid, AG-53: Alto de Santo Domingo – Ourense

Vigo (71 km), Santiago (89 km), A Coruña (160 km), Porto (212 km)

302 EIXO ATLÂNTICO GALICIA OURENSE

Francisco Praza Maior,1 - 32005 Ourense Rodríguez Tel. 0034 988 388 100 Fax. 0034 988 388 166 Fernández www.ourense.es [email protected]

Mayor Alcalde 108.137

84,5 km2

A-52 (Vigo-Madrid). AP-53 (Ourense- Santiago)

Vigo (95 Km), Santiago (106 Km), A Coruña (176 Km), Porto (215 km)

Universidade de Vigo. Campus de Ourense

Parque tecnológico de Galicia. Fundacións Ferias y Exposiciones de Ourense

O QUE É O EIXO ATLÂNTICO? 303 PAORTUG L

PENAFIEL

Edifício dos Paços do Concelho. Praça do Município 4564-002 Penafiel Alberto Tel. 00351 255 710 700 - Fax. 00351 255 711 066 Silva www.cm-penafiel.pt Santos [email protected]

Mayor 72.000 Presidente

212,2 km2

IP4, IC35

Porto (40 km), Vigo (185 km), Santiago (255 km), A Coruña (316 km)

304 EIXO ATLÂNTICO PAORTUG L

PESO DA RÉGUA

Nuno Praça do Município 5054-003 Peso da Régua Gonçalves Tel. 00351 254 320 230 - Fax. 00351 254 314 365 www.cm-pesoregua.pt [email protected]

Mayor Presidente 18.761

92,1 km2

IP3/ A24 (Peso da Régua-Vila Real-Peso da Régua-Viseu) EN 101, com ligação em Amarante à A4

Porto (100 km), Aeródromo de Vila Real (20 km)

O QUE É O EIXO ATLÂNTICO? 305 GALICIA

PONTEVEDRA

Rúa Michelena, 30 - 36002 Pontevedra Miguel Anxo Tel. 0034 986 804 300 - Fax. 0034 986 860 102 Fernández www.pontevedra.eu Lores [email protected]

Mayor 80.096 Alcalde

118 km2

AP-9 (Ferrol-Porto), Autovía do Noroeste

Vigo (28 km), Santiago (60 km)

Pontevedra, Vigo (30 km), Vilagarcía (31 km), Marín (8 km)

Universidade de Vigo (campus de A Xunqueira)

Pazo de Congresos e Exposicións de Pontevedra

306 EIXO ATLÂNTICO PAORTUG L

PORTO

Rui Praça General Humberto Delgado 4049-001 Porto Rio Tel. 00351 222 097 000 - Fax. 00351 222 097 100 www.cm-porto.pt [email protected]

Mayor Presidente 263.131

41,3 km2

A1 (Porto-Lisboa), A3 (Porto-Valença), A4 (Porto-Vila Real)

Porto, Vigo (160 km), Santiago (210 km), Lisboa (313 km)

Porto de Leixões

Universidade do Porto, Universidade Católica Portuguesa, Instituto Politécnico do Porto

AEP: Exponor - Feira Internacional do Porto; Europarque; Centro de Congressos e Exposições da Alfândega do Porto

O QUE É O EIXO ATLÂNTICO? 307 GALICIA

RIVR EI A

Praza do Concello, s/n - 15960 Sta. Uxía de Riveira Manuel Tel.: 0034 981 835 417 / 0034 981 871 054 - Fax: 0034 981 871 610 Ruíz www.riveira.com Rivas [email protected]

Mayor 27.472 Alcalde

65,10 km2

Estrada Comarcal C-550: dirección Noia e dirección Padrón, Autovía do Barbanza Riveira - Padrón, A-9

Santiago (64 km), Vigo (99 km), A Coruña (135 km), Porto (239 km)

308 EIXO ATLÂNTICO GALICIA

SANTIAGO DE COMPOSTELA

Ángel Praza do Obradoiro s/n - 15705 Santiago de Compostela Curras Tel. 0034 981 542 357 - Fax. 0034 981 563 864 Fernández www.santiagodecompostela.org [email protected]

Mayor Alcalde 93.458

220,34 km2

AP-9, A-6, A-52 (Vigo-Madrid), AP-53 (Ourense-Santiago)

Santiago

Universidade de Santiago de Compostela

Palacio de Congresos y Exposiciones de Galicia. Auditorio de Galicia

O QUE É O EIXO ATLÂNTICO? 309 GALICIA

SARRIA

Calle Maior, 14 - 27600 Sarria (lugo) José A. Tel. 0034 982 53 50 00 - Fax. 0034 982 530916 García www.sarria.es [email protected]

Mayor 13.581 Alcalde

184,6 km2

C-546.- Lugo-Monforte-Ourense LU-633.- Pedrafita do Cebreiro-Palas de Rei LU-636.- Sarria-Becerreá Vía de Alta Capacidade: Nadela-Sarria

Santiago (108 km), A Coruña (122 km), Vigo (172 km), Porto (289 km)

310 EIXO ATLÂNTICO PAORTUG L

VIANA DO CASTELO

José Maria Passeio das Mordomas da Romaria 4901-877 Viana do Castelo Costa Tel. 00351 278 420 420 - Fax. 00351 258 809 347 www.cm-viana-castelo.pt [email protected]

Mayor Presidente 91.000

314,436 km2

A3, A28, A27

Porto (71 km), Vigo (84 km)

Viana do Castelo, Vigo, Leixões

Instituto Politécnico de Viana do Castelo

Parque Empresarial de Viana do Castelo (Praia Norte), Meadela, Lanheses, Neiva. Centro de Congressos do Castelo Santiago da Barra, Centro de Exposições da AIMinho

O QUE É O EIXO ATLÂNTICO? 311 GALICIA VIGO

Praza do Rei, s/n - 36202 VIGO Abel Tel. 0034 986 810 100 - Fax. 0034 986 810 217 Caballero www.vigo.org Álvarez [email protected]

Mayor 297.028 Alcalde

11.500 Hectáreas

AP-9 (Ferrol-Porto), A-52 (Vigo-Ourense), A-57 (Vigo-Baiona)

Vigo, Santiago (86 km), Porto (130 km)

Vigo, Marín (Pontevedra, a 31 km), Viana do Castelo (81 km)

Universidade de Vigo

Instituto Ferial de Vigo- IFEVI, Palacio de Congresos y Auditorio, Parque tecnológico de Vigo

312 EIXO ATLÂNTICO PAORTUG L

VILA DO CONDE

Mário Praça Vasco da Gama 4480-454 Vila do Conde Almeida Tel. 00351 252 248 400 - Fax. 00351 252 641 853 www.cm-viladoconde.pt [email protected]

Mayor Presidente 77.320

179 km2

A28/IC1 (Galiza-Porto) A7/A11 (Guimarães-Braga-Chaves) A4/A3/A28 (Vila do Conde-Matosinhos-Porto-Vila Real)

Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão Facultade de Ciências da Universidade de Porto

O QUE É O EIXO ATLÂNTICO? 313 PAORTUG L

VILA NOVA DE FAMALICÃO

Praça Álvaro Marques 4764-502 Vila Nova de Famalicão Armindo Tel. 00351 252 320 900 - Fax. 00351 252 312 849 Costa www.vilanovadefamalicao.org [email protected]

Mayor 132.757 Presidente

201,76 km2

A3 (Porto-Espanha), A7/IC1 (Vila do Conde-Póvoa de Varzim-Vila Pouca de Aguiar/ Porto-Valença)

Universidade Lusíada. CESPU - Cooperativa de Ensino Superior, Politécnico e Universitário

314 EIXO ATLÂNTICO PAORTUG L

VILA NOVA DE GAIA

Luís Filipe Rua Álvares Cabral 4400-017 Vila Nova Gaia Menezes Tel. 00351 223 742 400 - Fax. 00351 223 742 483 www.cm-gaia.pt [email protected]

Mayor Presidente 320.000

165 km2

A3 (Valença-Porto-Vila Nova de Gaia), A1 (Porto-Lisboa), A4 (Porto-Vila Real), IC1, IC24, A32

Francisco Sá Carneiro

Universidade do Porto. Universidade de Aveiro. ESSE (escola superior de eduacação), ESS (Escola Superior de Tecnologia de Saúde do Porto.) IESF, ESE Jean Piaget, ISPGAYA, ISLA.

O QUE É O EIXO ATLÂNTICO? 315 PAORTUG L

VILA REAL

Av. Carvalho Araújo 5000-657 Vila Real Manuel Tel. 00351 259 308 100 - Fax. 00351 259 308 161 do Nascimento www.cm-vilareal.pt Martins [email protected]

Mayor 50.131 Presidente

377,08 km2

A1, A24, A4, A7, A25, A4/IP4

Porto (116 km), Aeródromo de Vila Real (Lisboa-Vila Real-Bragança)

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD)

316 EIXO ATLÂNTICO GALICIA

VILAGARCÍA DE AROUSA

Tomás Praza da Ravella, 1 - 36600 Vilagarcía de Arousa Fole Tel. 0034 986 099 200 - Fax. 0034 986 501 109 www.vilagarcia.es [email protected]

Mayor Alcalde 37.000

47,9 km2

A-52, AP-9

Santiago (45 km), Vigo (60 km)

Vilagarcía

Universidade de Santiago de Compostela

Fundación Fexdega

O QUE É O EIXO ATLÂNTICO? 317 GALICIA VIVEIRO

Praza Maior, s/n - 27850 Viveiro (Lugo) Melchor Tel. 0034 982 560 128 - Fax. 0034 982 561 147 Roel www.viveiro.es Rivas [email protected]

Mayor 16.133 Alcalde

105 km2

N-634, LU-642 e C-640

A Coruña (119 km), Santiago (153 km), Vigo (233 km)

318 EIXO ATLÂNTICO

20 anos do Eixo Atlântico

Euro-Região 2020 A crise obrigou a reajustar todas as estraté- “Europa 2020”, através do desenvolvimento gias que estavam previstas há três anos. Nes- dos três pilares que a configuram: te momento, a nossa prioridade é promover Introdução cidades competitivas para sair da crise. • Crescimento Sustentável; • Crescimento Inovador; Para o efeito, em sintonia com a Comissão • Crescimento Inclusivo. Europeia, impulsionamos o programa “Eu- rorregião 2020”, com base na estratégia Crescimento Sustentável Agência de Ecologia Urbana do Eixo Atlântico, avançando para o crescimento sustentável

O desenvolvimento sustentável foi identifi- vel, através da promoção de uma economia com base, em consonância com a estratégia cado desde o início do Eixo Atlântico como que utilize eficazmente os recursos, que seja Europa 2020, num crescimento assente na um factor chave para o futuro dos municí- verde e competitiva, convergiu na criação da coesão social e na eficiência ambiental e eco- pios que o integram. Esta ideia começou a Agência de Ecologia Urbana do Eixo Atlân- nómica. materializar-se em 2006, quando se estabe- tico em 2009, com a colaboração da Con- leceu um primeiro acordo com a Xunta de sellería de Medio Ambiente, Territorio e In- A Agência de Ecologia Urbana desenvolveu- Galicia e a Direção Regional do Ambiente e fraestructuras de la Xunta de Galicia. A ideia se através da elaboração de diferentes ferra- Ordenamento do Território do Norte de Por- inicial era ajudar os municípios a enfrentar mentas aplicadas a diversos projetos, com o tugal, para promover, de forma inovadora, a o desafio de colocar em prática o conceito objetivo de colocar à disposição dos municí- implementação da Agenda 21 Local numa de crescimento sustentável, bem como a en- pios os instrumentos, bem como facilitar a rede transfronteiriça. Este processo culminou trada na sociedade do conhecimento. Deste assessoria necessária para uma planificação com a Assinatura da Carta de Aalborg por modo, tentava-se desenvolver o princípio, sustentável. parte dos presidentes, o que por sua vez deu compreendido na Estratégia temática euro- lugar a avançar face a uma Estratégia de De- peia do ambiente, em que “as autoridades Foi portanto, a partir da investigação e do de- senvolvimento Sustentável Eurorregional e à locais que mais sucesso têm são as que uti- senvolvimento de novos instrumentos e mo- integração dos processos de planificação ter- lizam enfoques integrados para a gestão do delos que permitem uma análise territorial e ritorial e das estratégias de I+D nas políticas meio urbano e adotam planos de ação estra- melhorar a eficiência ambiental, energética e de desenvolvimento sustentável. tégica a médio prazo, nos quais se analisam na utilização de recursos públicos, o que per- em detalhe as relações entre as diferentes mitiu colocar à disposição dos municípios da A maturidade deste processo e a emergên- políticas e obrigações, nos diferentes níveis Eurorregião Galiza-Norte de Portugal, docu- cia da estratégia de desenvolvimento Europa administrativos”. Esta linha de trabalho con- mentos inéditos à escala transfronteiriça, tais 2020, constituída por três pilares entre os duziu à elaboração e aplicação do modelo Ei- como o guia metodológico para a elaboração quais se encontra o crescimento sustentá- xoecologia de desenvolvimento sustentável, da Agenda 21 Local seguindo o modelo Eixo-

320 EIXO ATLÂNTICO ecologia, o Relatório da Sustentabilidade da Eurorregião, o estudo das dinâmicas dos usos do solo na Eurorregião ou o plano de mobili- dade alternativa e a redação das bases para a elaboração de estratégias de desenvolvimen- to sustentável para os territórios da Galiza e do Norte de Portugal.

Além disso, o trabalho de assessoria aos mu- nicípios tem vindo a permitir a aplicação de modelos para um uso mais eficiente dos seus recursos, assim como a promoção e dispo- nibilização das ferramentas necessárias para a consecução dos objetivos estabelecidos no Pacto dos Autarcas.

Euro-Regiao 2020 321 20 anos do Eixo Atlântico Crescimento Inovador

No Eixo Atlântico, o crescimento inteligente procura-se através da colocação em prática da Agenda Local Digital. Esta iniciativa visa desenvolver a sociedade da informação nos municípios, de forma mais eficaz e eficiente contribuindo para, entre outras:

• o melhor aproveitamento das atuais es- tratégias digitais de âmbito territorial;

• facilitar o estabelecimento de mecanis- mos de coordenação entre as diferentes entidades locais para o intercâmbio de experiências;

• promover a cultura da solidariedade di- gital e a prestação conjunta de serviços, bem como para o melhor aproveita- mento das possíveis fontes de financia- mento externas nesta área.

E com tudo isto, conseguir finalmente que as cidades do Eixo Atlântico se convertam em “Cidades Inteligentes”.

322 EIXO ATLÂNTICO Euro-Regiao 2020 323 20 anos do Eixo Atlântico Crescimento Inclusivo

No que diz respeito ao crescimento inte- a prática desportiva, procurando fomentar jovens, tanto público como produtores, e as- grador, a Comissão assinala como objetivo não só a convivência, mas também a ética sim servir de escaparate da indústria cultural garantir a coesão económica, social e ter- no desporto através do Troféu Jogo Limpo da Eurorregião. ritorial. Neste sentido, e para consolidar o Nelson Cardoso. Os Jogos chegarão em território como uma unidade integrada e in- 2013 em Guimarães à sua X edição, e o Também como escaparate surge a Mostra tegradora, o Eixo Atlântico leva a cabo uma mesmo acontecerá à Bienal de Pintura que Musical de Novos Intérpretes que em 2014 série de atividades destinadas a criar o sen- se reinventa sem perder a sua essência. realizará a sua IV edição e que procura, atra- timento de cidadania eurorregional, enqua- vés da música, que os mais novos possam dradas nos três âmbitos que atuam como Continuando no âmbito da cultura, a Capi- partilhar experiências e conhecimentos, à motores do território: o desporto, a cultura talidade Cultural nasce com a intenção de semelhança também do que se pretende e a educação. potenciar a cultura comum, em todas as nos Seminários de Intercâmbio de Experi- suas expressões, nas cidades do Eixo, con- ências tanto no âmbito da educação como Assim, os Jogos do Eixo Atlântico reúnem tando com a presença dos países historica- na área do desporto, neste caso dirigidos a a cada dois anos mais de 1500 jovens das mente ligados à Galiza e ao Norte de Portu- políticos e técnicos das cidades membro do 34 cidades que integram a associação para gal, dando uma especial atenção aos mais Eixo Atlântico.

Capital Cultural Eixo Atlântico Vila Nova de Gaia 2009. Expocidades, Vila Nova de Gaia 2009. Capital Cultural Eixo Atlantico, Vila Nova de Gaia 2009. Expocidades Vila Nova de Gaia 2009. Eixo Atlántico 2009 Cultural Capital, Vila Nova de Gaia. Expo-cities, Vila Nova de Gaia 2009

324 EIXO ATLÂNTICO Expocidades, Vila Nova de Gaia 2009. Graffiti Capital Cultural, Viana do Castelo 2011. Expocidades, Vila Nova de Gaia 2009. Graffiti Capital Cultural, Viana do Castelo 2011. Expo-cities, Vila Nova de Gaia 2009. Graffiti Cultural Capital, Viana do Castelo 2011.

Inauguração IX Bienal de Pintura, Carballo 2011. Inauguração Capital Cultural Eixo 2011, Viana do Castelo. Inaguración IX Bienal de Pintura, Carballo 2011. Inauguración Capitalidade Cultural Eixo 2011, Viana do Castelo. Inauguration of the IX Biennial, Carballo 2011. Inauguration of Eixo 2011 Cultural Capital, Viana do Castelo.

Euro-Regiao 2020 325 20 anos do Eixo Atlântico

IX Bienal. Barcelos. Júri da IX Bienal. Vigo dezembro 2010. IX Bienal. Barcelos. Jurado de la IX Bienal. Vigo diciembre 2010. IX Bienal. Barcelos. Jury of the IX Bienal. Vigo December 2010.

Melhor obra portuguesa, IX Bienal. À direita, o autor. Carballo. Mostra musical 2010, Vilagarcía de Arousa Mejor obra portuguesa, IX Bienal. A la derecha el autor. Carballo. Mostra musical 2010, Vilagarcía de Arousa Better Portuguese work. IX Bienal de Pintura. To the right the author. Mostra musical 2010, Vilagarcía de Arousa Carballo.

326 EIXO ATLÂNTICO Primeiro prémio IX Bienal com a autora. RAP, Capital Cultural, Viana do Castelo 2011. Primer premio IX Bienal con autora. RAP, Capital Cultural, Viana do Castelo 2011. First prize at the IX Biennial with author. RAP Cultural Capital, Viana do Castelo, 2011.

Seminário de experiências em desporto. Ao centro o Secretário de Jogos do Eixo Atlãntico 2009, Corunha, delegações. Estado do Desporto de Portugal, Guimarães 2011. Xogos do Eixo Atlántico 2009, A Coruña, delegaciones. Seminario de experiencias en deportes. En el centro Secretario de Delegations at the 2009 Xogos do Eixo Atlántico, A Coruña. Estado de Deportes de Portugal, Guimarães 2011. Seminar on sports experiences. Portuguese Secretary of State for Sports in the centre, Guimarães 2011.

Euro-Regiao 2020 327

20 años del Eixo Atlántico Mensaje

José Maria Costa Presidente do Eixo Atlântico

Se conmemora, este año, el 20º Aniversario de la Constitución del Eixo Atlántico del No- roeste Peninsular, que nació en Abril de 1992, en una reunión realizada en Oporto donde 12 ciudades tomaron la decisión política de fun- darlo y firmaron una declaración, materializa- da el 28 de Septiembre de 1992, con la firma de la escritura de constitución de esta Asocia- ción, realizada en Viana do Castelo.

Pasados 20 años, se mantienen actuales los principios y los objetivos subyacentes a su constitución, sobre todo el papel de las ciu- dades en la construcción e integración euro- peas, la implementación de un Euro Región Norte Portugal - Galicia, y el desarrollo y la cooperación integrada asentada en una es- trategia de movilidad de personas, servicios y bienes.

En la estela del trabajo realizado, podemos afirmar que existe un conjunto de relaciones

330 EIXO ATLÁNTICO muy estrechas entre la Región Norte de Portu- listas de universidades, que participan de for- gión Galicia-Norte de Portugal. A todas ellas, gal y Galicia, que hace de este espacio trans- ma activa y continuamente en su desarrollo, aunque solo una pequeña parte se vean re- fronterizo un lugar privilegiado de cohesión constituyendo un caso único en la Europa de flejadas en la memoria gráfica de esta publi- territorial, de construcción de una economía vitalidad y participación. cación, quiero dedicar este libro, con nuestro interregional, con dinámicas relevantes a nivel agradecimiento y admiración y con la espe- económico, social, laboral, financiero, univer- En el momento en que se cuestionan valores ranza de que dentro de 20 años, el Eixo At- sitario y cultural, con el objetivo de profun- y que la crisis europea no nos tranquiliza, ne- lántico continúe siendo apreciada como una dizar y consolidar este espacio económico, cesitamos de organizaciones fuertes que per- organización de referencia y un caso de éxito haciéndolo más atractivo, más competitivo y mitan rebasar las dificultades y profundizar en la Unión Europea. con mayor proyección externa, para potenciar Europa y transformarla en un espacio de co- el desarrollo socio - económico del Norte de hesión para las ciudades y para las personas. No puedo dejar de señalar el orgullo de presi- Portugal y de la Galicia. dir los destinos del Eixo Atlántico, en calidad Estoy convencido que el Eixo Atlántico va a de Presidente del Municipio de Viana del Cas- Todo este recorrido pretendemos ponerlo de continuar en la consecución de estos objeti- tillo, ciudad donde hace 20 años fue cons- manifiesto con la publicación de este libro, vos, afirmándose por la calidad de sus pro- tituida esta Asociación de cooperación entre que aborda la historia del Eixo Atlántico, a yectos y por la intervención en las cuestiones ciudades. través del análisis y de la memoria fotográfica esenciales para el desarrollo de esta eurorre- del que fue y es el extraordinario trabajo rea- gión. lizado a lo largo de 20 años por su gran equi- po de profesionales . Pero también, realzar el Fueron más de cinco mil las personas que du- trabajo de las más de cuatrocientas personas, rante estos 20 años ayudaron y construyeron entre políticos, técnicos municipales, especia- este proceso de Cooperacion en la eurorre-

MENSAJE 331

20 años del Eixo Atlántico EIXO ATLÁNTICO

La historia de una alianza de ciudades con historia

Luis Domínguez Castro del Eixo Atlántico do Noroeste Peninsular. y Milán, todas grandes ciudades europeas Universidade de Vigo En efecto, la concurrencia entre poderes re- sin condición capitalina, serán las grandes gionales y poderes locales es una de las más animadoras de Eurocities como lobby de los intensas en el área de la política europea, a sistemas urbanos comunitarios. En principio, Los años ochenta de la pasada centuria asis- medida que los poderes regionales fueron esta red agrupa las ciudades que tienen más tieron a un claro relanzamiento del proyec- alcanzando presencia y competencias, sobre de 250 000 habitantes, aunque se permiten to europeo, personalizado con justicia en la todo desde 1970. excepciones de alto valor cualitativo, y lo que presidencia de J. Delors. En ese contexto se es más importante, también se integran los habló de varias Europas posibles. La conoci- Las relaciones entre las autoridades regio- socios económicos (cámaras de comercio) y da Europa de los mercaderes plasmada en el nales y las locales no siempre fueron de co- científicos (universidades) inseparables del horizonte del mercado único; la reclamada laboración e integración. No pocas veces, futuro urbano en Europa. Europa de los trabajadores reivindicada por los enfrentamientos resultaron inevitables la izquierda procedente de la breve expe- al entrar en conflicto por las competencias Si las expectativas de relanzamiento del pro- riencia eurocomunista; la renovada Europa descentralizadas por los Estados e incluso al ceso de construcción europea que se viven de los ciudadanos lanzada por F. Miterrand imponerse las nuevas estructuras de poder desde comienzos de la década de los ochenta en Fontainebleau y pergeñada en el consi- regional sobre competencias anteriormente del siglo pasado, tras la crisis de la primera guiente Informe Adonnino; la federal Europa gestionadas por los municipios. Simbólica- ampliación y el final de trayecto del mode- de los pueblos retomada por los partidos na- mente a la creación de la Asamblea de las lo de crecimiento económico de posguerra, cionalistas que deseaban una reordenación Regiones de Europa (ARE), máximo lobby de explican el dinamismo de las estructuras or- del mapa político; la emergente Europa de estas cuando se estaba relanzando el proyec- ganizativas de ciudades y regiones europeas las regiones más acorde con las nuevas arti- to de construcción europea, en 1985, las ciu- y la competencia entre sí, la emergencia de culaciones administrativas de los Estados; la dades respondieron convocando una confe- nuevas redes de cooperación interregional y veterana Europa de las ciudades siempre pre- rencia sobre La gran ciudad: motor del creci- transfronteriza están estrechamente vincula- sente, con mayor o menor visibilidad, desde miento económico, celebrada en Rotterdam das a la puesta en marcha de las nuevas polí- los comienzos del proceso. en 1986. De esta conferencia, continuada en ticas regionales que, en perfecta sintonía con años sucesivos en otras sedes siempre con las nuevas directrices de política de cohesión Las dos últimas formulaciones, la Europa de las ciudades como referente temático, había económica y social contempladas en el Acta las regiones y la Europa de las ciudades, son nacido la organización Eurocities. Barcelo- Única, se ponen en marcha con el denomi- determinantes para entender el nacimiento na, Birmingham, Lion, Róterdam, Fráncfort nado paquete Delors I en 1988. En efecto,

334 EIXO ATLÁNTICO tanto el reglamento FEDER como, especial- Lisboa y secretario general del partido, Jor- Soto, lo que permitió el acceso a la presiden- mente, la puesta en marcha de la iniciativa ge Sampaio, y al sucesor de este último en cia local de su segundo, Príncipe. En Galicia, comunitaria INTERREG van a jugar un papel la dirección partidaria, António Guterres. el PSdeG venía de perder el gobierno de la decisivo en el afloramiento de una gran can- Gomes estaba muy interesado en los temas Xunta y ejercía el gobierno de las principales tidad de asociaciones de cooperación para comunitarios, como vicepresidente del Grupo ciudades. De este modo, los alcaldes —es- beneficiarse de las generosas contribuciones Socialista en el Parlamento Europeo y relator pecialmente el de A Coruña, Francisco Váz- económicas que Bruselas estaba dispuesta a de la Reforma de los Fondos Estructurales en quez— tenían un fuerte predicamento inter- aportar si los interlocutores apostaban por la Comisión de Política Regional. Por otra par- no frente al, históricamente, débil liderazgo una nueva gobernanza basada en dos prin- te, era un claro partidario de la regionaliza- del secretario general. Ansioso de jugar un cipios fundamentales: la sociedad y la sub- ción de su país. Colocar a Porto al frente de papel importante en la fase de reacomoda- sidiariedad. Principios ambos coincidentes una red de ciudades transfronterizas casaba ción del socialismo gallego, Príncipe —en los en darle una fuerte presencia a los poderes perfectamente con los dos intereses citados. primeros días de mandato— lanza la idea de subestatales, tanto regionales como locales. De hecho, años más tarde, la propia red C-6 una alianza de las siete grandes ciudades ga- hizo alguna gestión para incorporar a Porto llegas para defender sus intereses delante de El 24 de octubre de 1986 tuvieron lugar los a su club y, de ese modo, reunir a ciudades la Xunta y de Madrid. El primer paso se dio actos oficiales del hermanamiento entre Por- de tres países comunitarios y acceder mejor con un acercamiento entre Vigo y A Coruña. to y Vigo. El hermanamiento de ciudades en a los fondos comunitarios. No debemos olvi- En efecto, en septiembre de 1991 — nueve Europa empezó siendo una iniciativa de re- dar que en diciembre de 1991 los doce países años después de acceder a la alcaldía hercu- conciliación franco-germana, a principios de comunitarios aprobaban el Tratado de Maas- lina— Francisco Vázquez visita oficialmente los años cincuenta, tras los enfrentamientos tricht, que ahondaba en las políticas de cohe- Vigo para apoyar la estrategia de alianzas fratricidas de los cien años previos. Incluso se sión económica y social e incluso creaba un urbanas de Príncipe a cambio del apoyo de creó la Federación Mundial de Ciudades Her- nuevo fondo: el fondo de cohesión, en esa di- este, por entonces vicesecretario general del manadas, en 1957, por iniciativa de la orga- rección. Fernando Gomes, europeísta de pro, PSdG, a su candidatura a la presidencia de la nización francesa Monde Bilingue. Fruto de estaba viendo las posibilidades de lobby que Federación Española de Provincias y Munici- esta buena relación, el Eixo Atlántico empezó las ciudades y otros actores locales podían ju- pios (FEMP). Pontevedra, entonces goberna- a ser pensando en una noche de San Juan, en gar, con el aval de la Comisión, en la futura da por Javier Cobián del Partido Popular, se el decurso de una cena organizada en Porto programación que se iba a iniciar en 1994. une a la idea de la alianza en ese mismo mes por la Asociación Empresarial Portuense. Co- Al mismo tiempo se completaban los plazos de septiembre. rría el año 1991. En una misma mesa se sen- para la entrada en vigor del mercado único taron a cenar el alcalde de Porto (Fernando y las oportunidades de desarrollo económico El primer fin de semana de octubre, Gomes y Gomes), el de Lisboa (Jorge Sampaio) y el de que la cooperación entre regiones fronterizas Príncipe se reúnen en Porto y apuestan por la Vigo (Carlos González Príncipe), junto con el traía consigo en este nuevo escenario. creación de una alianza Porto, Vigo, A Coru- presidente de la República (Mario Soares) y el ña «para darle fuerza al Eixo Atlántico den- de la Generalitat (Jordi Pujol). Por su parte, Carlos G. Príncipe llegaba a la tro de las estructuras de la CE». Desde ese alcaldía viguesa con un cierto déficit de legiti- momento, lo que iba a ser una alianza de las Fernando Gomes era, por entonces, una de midad democrática dado que no había enca- grandes ciudades gallegas toma un horizonte las personalidades con más proyección del bezado la lista de su partido en las elecciones más ambicioso de la mano de Fernando Go- PS portugués —partido que estaba en la de mayo y fue el veto de los nacionalistas de mes y camina hacia una red urbana de ciu- oposición desde 1985— junto al alcalde de Esquerda Galega al anterior alcalde, Manuel dades transfronterizas en el seno de la Unión

EIXO ATLÁNTICO. La historia de una alianza de ciudades con historia 335 20 años del Eixo Atlántico

Europea. La idea era crear una asociación presencia en el acto fundacional de un repre- dichos fondos se canalicen en nuestras regio- políticamente fuerte, por lo que no podía in- sentante de la DG Regio, el alemán Manfred nes prioritariamente en torno a los medios tegrar a la totalidad de los municipios, sino a Beschel, y por la recepción dada a Fernan- urbanos.». El carácter de lobby con el que los más importantes de las dos regiones que, do Gomes en Bruselas, el 3 de abril, por el nacía la organización necesitaba tener bue- además, debían permitir visualizar una aso- director general de Política Regional, Eneko nas relaciones con todos los actores. La pro- ciación con presencia de alcaldes represen- Landáburu. pia Declaración lo confirma: «Nacemos con tantes de las principales fuerzas políticas para voluntad de diálogo y acuerdo con todas las evitar cualquier interpretación partidista. La Declaración Fundacional comenzaba di- otras instituciones, Xunta de Galicia, Gobier- ciendo que «La aplicación y entrada en vi- no de Portugal, Gobierno de España que es- El 1 de abril de 1992 se anunciaba en Porto gor del ACTA ÚNICA EUROPEA a partir del 1 tán objetivamente interesadas en el Proyecto la constitución del Eixo Atlántico do Noroes- de enero de 1993, así como el desarrollo de de Unidad y Cohesión Europea.». te Peninsular, después de un intenso debate las medidas adoptadas en la Conferencia de previo sobre la fórmula jurídica que debería MAASTRICHT requieren la urgencia de adop- El 12 de junio de 1992, en el pazo de Castre- tener la nueva entidad entre la opción de tar medidas políticas que permitan asegurar los en Vigo, se aprobaron los estatutos, para hacerlo al amparo del derecho internacional el papel de las ciudades en la construcción su posterior ratificación por cada uno de los clásico del Tratado de Amistad entre España de la EUROPA UNIDA.». Se trataba de cons- socios. El acto contó con la presencia del se- y Portugal, tesis del alcalde de Viana do Cas- truir el mercado único entre nosotros y para cretario de Estado para la CE, Carlos Westen- telo, Carlos Branco Morais, o de hacerlo al eso, se decía: «Es condición indispensable la dorfp, y con el jefe de unidad para España de amparo del derecho comunitario a través de superación de las barreras físicas mediante la DG Regio, Claude André. la figura de la Asociación Europea de Interés infraestructuras públicas que permitan verte- Económico, tesis de Fernando Gomes. Doce brar un MERCADO ÚNICO TRANSFRONTERI- Finalmente, el 28 de septiembre de 1992, en eran las ciudades integradas: seis gallegas ZO.». Para poder hacer realidad las infraes- Viana do Castelo, se celebró la constitución —Vigo, Pontevedra, Santiago, A Coruña, tructuras necesarias se apuntaba a las ayudas oficial con la presencia y el apoyo del pre- Ferrol y Ourense— y otras tantas portugue- comunitarias previstas en el paquete Delors sidente de la República portuguesa, Mário sas —Porto, Braga, Viana, Vila Real, Chaves II y la reivindicación era clara: «Nosotros, Soares. Lugo se incorporó en este acto como y Bragança—. El carácter europeísta de la en nombre de las ciudades que suscribimos décimo tercer miembro del Eixo Atlántico. organización quedaba de manifiesto con la este Documento, creemos fundamental que

336 EIXO ATLÁNTICO Los primeros años (1992 - 1994)

Un lobby del poder urbano

Desde aquel 1 de abril de 1992 el Eixo ha vos provoca una cierta parálisis agravada por se había logrado alcanzar un funcionamiento recorrido un largo camino que podemos el desinterés de algunas ciudades que ni asis- adecuado para el día a día de la organiza- estructurar en cuatro etapas. Una primera ten a las reuniones ni abonan las cantidades ción. Se acordó trabajar para dotarla de un etapa fundacional que iría desde 1992 hasta comprometidas en tiempo y forma. apoyo administrativo permanente y, mientras 1994, bajo la presidencia de Porto. tanto, que cada municipio designara a un Hay un problema que se detecta desde los elemento ejecutivo para responsabilizarse de Desarrollo organizativo primeros momentos: la falta de personal que los trabajos de seguimiento de las actuacio- gestione el día a día de la organización. En Desde este punto de vista, la asociación de nes del Eixo. la primera Comisión Ejecutiva que se celebra derecho privado portugués que conforma el en Braga, el 21 de diciembre de 1992, se Por último, en esta vertiente organizativa — Eixo Atlántico ya comienza a dar muestra de aprueban los primeros presupuestos del Eixo ya en el mes de octubre de 1992— la ciudad su singularidad. En efecto, los estatutos de que destinan el 9.3 % al pago de personal de Vilagarcía de Arousa presenta la candida- 1992 contemplan una Asamblea y una Co- del secretariado necesario en la sede de la tura para integrarse en el Eixo Atlántico. misión Ejecutiva en las que están presentes presidencia. En la segunda Comisión Ejecu- todas las ciudades, en la primera con tres tiva, celebrada en Ferrol el 5 de febrero de Desarrollo programático miembros y en la segunda con uno. Hay, 1993, se aprobó el actual logo propuesto por pues, un cierto solapamiento entre ambos Desde el punto de vista programático, la pri- el profesor Joan Nunes. órganos; la Comisión Ejecutiva tiene la inicia- mera Asamblea General, celebrada en Ou- tiva en la planificación y en los presupuestos El desarrollo funcional del Eixo Atlántico hizo rense el 20 de noviembre de 1992, acordó y la Asamblea aprueba esas iniciativas. La nacer las reuniones sectoriales, no previstas aprobar ocho prioridades que demuestran un novedad está en la Presidencia y en la Vice- en los estatutos fundacionales. La decisión elevado grado de conocimiento de las líneas presidencia. El presidente es elegido por la fue tomada por la Comisión Ejecutiva cele- maestras de las políticas urbanas y de desa- Ejecutiva, de entre los alcaldes y presidentes brada en Bragança, el 30 de septiembre de rrollo sostenible que desde entonces y hasta de Cámara, con un mandato de dos años en 1994. Era una respuesta a la falta de iniciati- hoy presiden las estrategias comunitarias. los dos primeros mandatos y con una dura- vas que se estaba detectando. Se acordaron En efecto, el Eixo nacía con la pretensión de ción de un año en los mandatos sucesivos. entonces reuniones sectoriales de deportes promover: Esto rompe con el tradicional principio de la en Chaves, de turismo en Braga y de cultura rotación nacional de cargos de las estructu- en Santiago. También se le encargó a Vigo 1. Completar las infraestructuras por ca- ras de cooperación en Europa. Con todo, la la redacción de un documento para crear un rretera y por ferrocarril que unen la Eu- estructura institucional en la que todos los Observatorio Urbano. No obstante, en esta rorregión con las grandes redes transeu- socios están presentes en los órganos ejecuti- misma reunión, quedó claro que todavía no ropeas de transporte.

EIXO ATLÁNTICO. La historia de una alianza de ciudades con historia 337 20 años del Eixo Atlántico

2. Promover la redefinición de la estrategia Por último, para tener más garantías de éxito, do por la propia creación de una estructu- de transportes de mercancías, en una el Eixo decidió encargar un estudio estraté- ra singular en el ámbito de la cooperación perspectiva multimodal, por carretera, gico que fundamentara aquellas prioridades. territorial en Europa. La construcción de los ferrocarril y transporte marítimo. Un equipo multidisciplinar de expertos de las cimientos de un lobby potente de defensa de dos regiones, bajo la coordinación de Antó- los intereses de las políticas urbanas, supe- 3. Promover la creación de centros de in- nio Figueiredo y Ánxel Viñas, se puso a ela- rando localismos y tentaciones de confronta- vestigación y formación permanente borar el informe en las primeras semanas de ción con los otros poderes. La apuesta por el a través de la creación de parques de 1993. El encargo pedía caracterizar el papel conocimiento como herramienta de impulso ciencia y tecnología vinculados con las de las trece ciudades miembros por entonces; a las demandas de las ciudades de la Eurorre- universidades. identificar perfiles de complementariedad y/o gión convirtiendo el I Estudio Estratégico en concurrencia de estas; identificar carencias y la biblia que tenía que orientar los pasos de 4. Incentivar las iniciativas de cooperación proponer intervenciones; tipificar las nuevas la organización y ser su aval más importante. entre universidades-empresas-poderes dinámicas de prácticas urbanas emergentes La capacidad de superar las deficiencias orga- locales, con socios tanto públicos como en lo relativo a experiencias innovadoras y de nizativas de los primeros estatutos a través de privados. cualificación de la vida urbana; y, por último, las reuniones sectoriales, germen de las futu- 5. Promover la creación de centros de ne- proponer ámbitos temáticos y acciones posi- ras Comisiones Delegadas, que ya dieron el gocios y centros de información de mer- bles para la promoción de redes de coopera- primer fruto en los I Juegos del Eixo Atlántico y pretendían implicar a todas las ciudades del cados exteriores. ción entre las ciudades. El trabajo que pasaría a ser el I Estudio Estratégico del Eixo Atlántico Eixo en sus actividades. La visibilidad del Eixo 6. Promover y apoyar acciones de recupe- se entregó en 1994, constituyendo la más Atlántico con su presentación a las autorida- ración, reconversión y rehabilitación del importante de las actuaciones de la organi- des nacionales y comunitarias. patrimonio histórico y cultural. zación en esta primera etapa de su historia. Esto fue así porque se convirtió en la mejor No obstante, también se cometieron erros 7. Promover la realización de estudios en carta de presentación ante las autoridades significativos. El más importante, sin duda, dos frentes principales: desarrollo de nacionales y comunitarias. En efecto, primero no acertar a dotar a la asociación de una una red de gas natural interregional; Felipe González en la Moncloa, luego el pro- estructura técnico-administrativa estable. Fo- desarrollo de redes de telecomunica- pio González y Cavaco Silva en el decurso de calizar en exceso el trabajo en la obtención ciones. la Cumbre Ibérica de Porto de noviembre y, de fondos comunitarios a través de candida- finalmente, el comisario de Política Regional, turas ganadoras sin la preparación necesaria, 8. Construcción de puentes sobre el Miño: Bruce Millan, fueron visitados oficialmente dando una imagen del Eixo como facilitador Vila Nova de Cerveira-Goián y Melgaço- por los alcaldes de Porto y Vigo para presen- de recursos económicos en Bruselas para los Arbo. tarles la nueva asociación y el resultado de los ayuntamientos miembros. Dependencia de la Para poder realizar estas prioridades se con- Estudios Estratégicos. Todo a lo largo de ese personalidad de sus dos principales propul- fiaba en aprovechar los respectivos cuadros año de 1994. sores, Gomes y Príncipe, y de las ciudades de comunitarios de apoyo a España y Portugal, Porto y Vigo que provoca un cierto desisti- en vigor entonces —1990-1994—, y en con- Conclusiones miento de las demás. seguir introducir actuaciones favorables a esos objetivos en el siguiente que se estaba Esta primera etapa en la historia del Eixo negociando. se saldó con aciertos evidentes comenzan-

338 EIXO ATLÁNTICO La necesaria redefinición (1995-1999)

Algo más que un lobby, un staff y un financiamiento estable

En mayo de 1995, el mapa electoral del po- to a contribuir a relanzar la asociación. En promoción de servicios, tanto de cober- der local en Galicia cambió radicalmente. El segundo, rompiendo con el modelo de Porto tura como de ocio, e incrementar así su Partido Popular pasó de gobernar dos de las de confiar la administración cotidiana del Eixo visibilidad. siete grandes ciudades a hacerlo en cinco. La a un servicio determinado del ayuntamiento presidencia otorgada a Vigo, en la Asamblea —en el caso anterior al departamento de re- • Dotarse de un instrumento dinamizador de Pontevedra, en febrero de 1995, va a ser laciones internacionales—, optando por crear del desarrollo social y comunitario me- ejercida por el nuevo edil, Manuel Pérez. Las una estructura propia a cargo de un director diante la conversión, parcial y paulatina, reservas que la personalidad de Carlos G. técnico, Xoán Vázquez Mao. del Eixo en una agencia de desarrollo Príncipe provocaba en los alcaldes del Partido eurorregional. Popular y el convencimiento de que el Eixo En el Consejo Deliberante de Vigo, celebrado Atlántico era la herramienta socialista para el 30 de octubre de 1995, Manuel Pérez ma- Fruto de la reflexión sobre los primeros años contrarrestar a la Comunidad de Trabajo Gali- nifiesta su apuesta por un Eixo «que, a su efi- de vida de la asociación, en este Consejo se cia-Norte de Portugal, impulsada por la Xunta cacia y dinamismo en la gestión y defensa de acordó establecer sendas sedes operativas en y por la CCR-N, provocó el anuncio oficial de nuestros intereses ante la UE, sume una acce- Porto y Vigo, con personal estable. los alcaldes populares de la retirada de sus ciu- sibilidad, una tangibilidad para la ciudadanía. dades del Eixo Atlántico. Retirada que, final- Que se perciba en la calle, entre la gente, que El 14 de diciembre, en la ciudad de Viana do mente, no tuvo lugar gracias a la intervención afiance el sentimiento de pertenencia a un Castelo, la III Asamblea General aprobó la del presidente Fraga, quien dio instrucciones proceso común…». En consecuencia, propo- hoja de ruta presentada en la reunión ante- concretas justamente para lo contrario. La ne una hoja de ruta sustentada en tres prio- rior, en Vigo. El documento no solo consoli- presidencia de Manuel Pérez arranca con la ridades: daba las tres prioridades sino que presentaba convocatoria de un Consejo Deliberante para acciones concretas para conseguirlas. tratar, justamente, la definición de objetivos • Fortalecer el lobby como instrumento del Eixo y de la estrategia que se iba a seguir de promoción y defensa de los intereses * Fortalecer el lobby: en el futuro inmediato. Previamente, se toma- de las ciudades miembros ante la UE y ron dos decisiones de gran relevancia futura. los propios estados, sin configurar un 1. Puesta en funcionamiento del observa- En primer lugar, gracias al apoyo del presi- contrapoder. torio urbano. dente de la Xunta, Manuel Fraga, se limaron las diferencias con el alcalde de A Coruña, • Fomentar la accesibilidad e implicación 2. Convocar un congreso para debatir el Francisco Vázquez, quien se muestra dispues- del Eixo con la ciudadanía mediante la plan estratégico.

EIXO ATLÁNTICO. La historia de una alianza de ciudades con historia 339 20 años del Eixo Atlántico

3. Realizar el seguimiento de las candi- 3. Captación de inversiones, entre otros octubre de 1997. El nuevo texto aclara las daturas presentadas y promover otras medios, con la creación de centros de competencias y composición de la Asamblea nuevas para conseguir el financiamien- negocios en las ciudades del Eixo. y de la Comisión Executiva. La Asamblea pasa to necesario para alcanzar los objetivos a ser el órgano superior de la asociación inte- 4. Fomentar la competitividad con ayudas del plan estratégico. grada solo por los alcaldes. La Comisión Exe- comunitarias para redes de telecomu- cutiva amplía sus poderes con los de repre- nicaciones, transporte de mercancías y * Fomentar la visibilidad y accesibilidad del sentación y firma de acuerdos y contratos y Eixo (procurando siempre la implicación de la formación. reduce su número a seis alcaldes: dos natos, sociedad civil): Porto y Vigo, por ser las ciudades iniciadoras 5. Completar el mapa de infraestructuras y tener sendas sedes de la asociación, y cua- aprobado en 1992. 1. Publicación, en forma de revista o pe- tro cooptados por la Asamblea con un man- riódico, de un órgano de comunicación 6. Promover encuentros de coordinación dato de cuatro anos. Estos cambios venían a del Eixo. con los actores económicos, sociales y solucionar la duplicidad real existente entre universitarios para realizar programas y los dos órganos de dirección en lo que atañe 2. Promover la creación —por parte de la proyectos conjuntos. a su composición. Es verdad que la Asamblea iniciativa privada— de un proyecto de General, a propuesta de Fernando Gomes y comunicación multimedia eurorregional. Desarrollo organizativo para contentar a los municipios del interior 3. Línea propia de publicaciones. —encabezados por Bragança—, optó por un Este concreto y ambicioso programa fue pa- modelo imaginativo siguiendo el del Comité 4. Certámenes artísticos: narrativa corta y rejo a la primera y segunda ampliación de de las Regiones: mandatos de cuatro anos, pintura. las ciudades del Eixo. En efecto, a finales de pero renovables cada dos para dar más juego 1995 se incorporan las ciudades gallegas de a más ciudades. El presidente sería electo por 5. Deportes: Juegos del Eixo, torneo de Vilagarcía de Arousa y Monforte de Lemos, la Comisión Ejecutiva de entre sus miembros fútbol y vuelta ciclista. mientras que a finales de 1997 lo harán las por un mandato que se deja a criterio de la portuguesas de Guimarães, Vila Nova de Comisión, no pudiendo ser superior al de ella 6. Promover el circuito turístico Eixo At- Gaia y Peso da Régua. misma, establecido en cuatro años; se deja lántico interior y exterior. abierta la posibilidad de reelección, así como 7. Imagen institucional: pin y regalo pro- Al mismo tiempo, el debate interno sobre el la del cese por decisión de dos tercios de la pios. futuro del Eixo, comenzado en el Consejo Ejecutiva. En la misma línea de eficacia or- Deliberativo, va a tener continuidad con la ganizativa, la Asamblea General acabó por 8. Encuentro eurorregional de la tercera decisión adoptada por la IV Asamblea Gene- aprobar que la ciudad que fuera a relevar en edad. ral —celebrada en Vila Real el 27 de septiem- la Presidencia ocupara la Vicepresidencia. bre de 1996—,­ quien encarga la redacción * Convertirse en una agencia de desarrollo: de un documento base al alcalde de Chaves, La primera Comisión Ejecutiva, integrada por 1. Crear la agencia de desarrollo. el doctor y politólogo Alexandre Chaves. los alcaldes de Vigo, Porto, Viana, Braga, San- Como resultado del informe presentado por tiago y Ourense, acordó en su primera sesión 2. Promoción del tejido industrial median- Chaves, se procedió a una modificación sus- —celebrada en Santiago el 12 de febrero de te la presencia selectiva en ferias e intro- tancial de los estatutos fundacionales en la 1998—­ nombrar a Xoán Vázquez Mao, has- ducción en nuevos mercados. Asamblea General de Guimarães, el 31 de ta ese momento director técnico, secretario

340 EIXO ATLÁNTICO general del Eixo Atlántico. Una decisión que Por otra parte, se aprovechó la reforma para años siguientes y se añadió una nueva con- iba a cambiar considerablemente la dinámica darle legalidad a las reuniones sectoriales que sistente en la consolidación interna del Eixo interna de la organización. De entrada, el se- pasan a denominarse Comisiones Delegadas, como fruto del fomento del debate interno cretario general pasará a formar parte de la integradas por concejales y dirigidas por la generado desde la llegada a la presidencia Comisión Ejecutiva, con voz pero sin voto, Comisión Ejecutiva. En la Asamblea Gene- de Manuel Pérez. Esta última prioridad ya fue ejerciendo las funciones de secretario de esta. ral de Lugo, el 30 de octubre de 1998, se comentada suficientemente en el apartado Para darle continuidad al trabajo de la asocia- aprobó el reglamento interno que modificó anterior por tanto vamos a centrarnos en las ción, el artículo 14 de los nuevos estatutos la composición de las Comisiones Delegadas tres primeras. había recogido la instalación de dos sedes que podían venir a ser integradas también permanentes en Porto y Vigo, dejando abierta por asesores o técnicos, si bien, cuando le *Fortalecer el lobby: la posibilidad de abrir otras en otras ciuda- fueran delegadas funciones ejecutivas, debe- des cuando se estimase oportuno. Así mismo, rían estar integradas por concejales. En reali- 1. Puesta en funcionamiento del Observa- desde febrero de 1997, el Eixo tuvo una sede dad, ya en la Asamblea General de Viana, del torio Urbano. El nuevo equipo técnico, en Bruselas por motivo del convenio firmado 14 de diciembre de 1995, se había decidido comandado por Vázquez Mao, logró con la Fundación Galicia-Europa, la cual aco- crear cuatro Comisiones Delegadas: turismo, financiamiento para la constitución del gió a los sucesivos becarios allá destacados deportes, revista del Eixo y plan estratégico Observatorio Urbano del Eixo Atlántico, por la asociación. La creación de un staff pro- y artículo 10 del reglamento FEDER para fi- con sede en Vigo, a través del progra- pio se consolidó con la contratación de dos nanciamiento de estructuras de cooperación ma comunitario RISI II. Se implicaron en coordinadoras locales para las sedes de Porto transfronteriza. Este carácter puntual de los él más de treinta entidades de las dos y Vigo. La labor de este equipo técnico no solo temas de las Comisiones dio paso a una ma- regiones, con especial incidencia en permitió un salto cualitativo en el quehacer yor estabilidad, a partir de 1998, con el fun- las áreas de Vigo-Pontevedra y Porto- del Eixo, sirvió también para sanear las finan- cionamiento de cuatro Comisións Delegadas: Braga. zas de la asociación. En efecto, Vázquez Mao cultura, educación y bienestar social, turismo referirá en el documento de líneas estratégicas y deportes. 2. Convocar un congreso para debatir el que presenta a la Comisión Ejecutiva, en no- plan estratégico. Tuvo lugar en Vigo, los viembre de 1999, que: «La deuda acumulada Finalmente, a imagen del Consejo Económi- días 17 y 18 de octubre de 1996 y fue por el impago de los ayuntamientos provocó co-Social de la UE, se incluía la constitución inaugurado por el actual presidente del la inexistencia de dinero en las cuentas banca- de un consejo similar en el Eixo para facilitar Gobierno español, Mariano Rajoy, por rias cuando se crea el staff en 1995…», en la su conversión en agencia de desarrollo eu- entonces ministro de Administraciones misma línea, el alcalde de Lugo, Joaquín María rorregional y órgano de visibilidad social. No Públicas. En palabras de Manuel Pérez García Díez, en la Asamblea General de San- obstante, nunca llegó a crearse e incluso en abordaba tres temas clave: «El primero, tiago del 12 de febrero de 1998, manifestaba el reglamento interno de 1998 ya no se habla las infraestructuras, casi que la causa que los impagos representaban un tercio de de él. del nacimiento del Eixo. El segundo, los gastos. Estas penurias presupuestarias obli- la modernización administrativa que garán a aprobar cuotas extras para hacer fren- El desarrollo programático en España es un tema candente en su te a actividades como el Observatorio Urbano formulación política de administración o los Juegos del Eixo Atlántico. El saneamiento Las tres prioridades acordadas en la Asamblea única y en Portugal en la suya de regio- de las cuentas será una de las grandes aporta- General de Viana do Castelo de diciembre de nalización y, por último, se pasa revista ciones de esta etapa. 1995 guiaron la actuación del Eixo en los al citado estudio de diagnosis, base de

EIXO ATLÁNTICO. La historia de una alianza de ciudades con historia 341 20 años del Eixo Atlántico

futuras actuaciones de carácter estraté- formación de estos, establecimiento de abarcaba el Eixo Atlántico que saldrán gico.». El congreso se organizó en siete socios europeos estables comenzando del de la imprenta en 1999. mesas-conferencia: la modernización por la firma de un convenio de colabo- de la administración; la política de la ración en temas turísticos y deportivos 4. Certámenes artísticos: narrativa corta y Comisión Europea; el estudio de diag- con el condado británico de Northum- pintura. En diciembre de 1996, coinci- nosis; el desarrollo económico en Gali- berland, ya en 1996, ampliados al año diendo con la feria de arte contemporá- cia; el desarrollo económico en el norte siguiente con Alessandria en el norte de nea de Porto, se otorgaron los primeros de Portugal; las infraestructuras en Ga- Italia y con Brandeburgo en Alemania. premios de pintura. Para la segunda licia; y las infraestructuras en Portugal. edición se presentaron ya doscientas Contó con la presencia de destacadas * Fomentar la visibilidad y accesibilidad del cincuenta y cuatro obras en una inicia- personalidades políticas y económicas, Eixo (procurando siempre la implicación de la tiva de éxito que se mantiene hasta la encabezadas por el ministro español de sociedad civil): actualidad, transformada en bienal, y Administraciones Públicas, Mariano Ra- que recorre diversas ciudades del Eixo. joy. Se extrajo como conclusión que era El Día Internacional del Libro, en la pri- 1. Publicación, en forma de revista o pe- necesario generar un espacio político mavera de 1997, vio nacer el Premio de riódico, de un órgano de comunicación urbano y unas infraestructuras que per- Narrativa del Eixo gracias, entre otros, al del Eixo. Habría que aguardar hasta la mitiesen relacionarse a los ciudadanos esfuerzo del presidente de los editores siguiente etapa, posterior al 2000, para dentro de un modelo urbano regido por gallegos, Carlos Blanco; entre los gana- que naciese la revista Eixo. Revista de actividades terciarias y por una oferta dores de las sucesivas ediciones, publi- pensamiento del Eixo Atlántico. de enseñanza superior creciente. cadas en gallego y en portugués, están Xosé Luis Ferrín, Rui Miguel Oliveira, 2. Promover la creación —por parte de la 3. Promover nuevas candidaturas para Bernardino Graña, Francisco Duarte iniciativa privada— de un proyecto de conseguir el financiamiento necesario Mangas, Xosé Carlos Caneiro o Bento comunicación multimedia eurorregio- para alcanzar los objetivos del plan es- Gonçalves. Amén de estos dos certá- nal. No llegó a cuajar la iniciativa a pe- tratégico. Se hizo, en primer lugar, un menes previstos inicialmente, el Eixo sar de que la Comisión Ejecutiva, en su importante esfuerzo de formación de patrocinó varias ediciones del Festeixo, sesión del 24 de julio de 1998, llegó a técnicos en sendos seminarios celebra- un festival de teatro nacido en Viana do dos en Vilagarcía de Arousa y Viana do estudiar una propuesta conjunta de La Castelo; el Fórum Cinematográfico del Castelo, en junio y julio de 1996; los po- Voz de Galicia y Jornal de Notícias para Eixo Atlántico, dentro del Festival Inter- nentes fueron ocho altos representantes hacer un suplemento conjunto denomi- nacional de Cine Independiente de Ou- de la DG Regio. Después se presentaron nado Noticias do Eixo Atlántico. rense y la primera edición del certamen hasta trece candidaturas y se obtuvieron de vídeos Paso da raia de Ferrol. finalmente dos. Un resultado poco ren- 3. Línea propia de publicaciones. Se em- table que llevó a diseñar una estrategia pezó por una guía del Eixo Atlántico y 5. Deportes: Juegos del Eixo, torneo de que pasaba por contar en cada ayun- otra de los recursos culturales de sus fútbol y vuelta ciclista. Los Juegos, con tamiento con un responsable político ciudades. El salto cualitativo se dio en cadencia bianual ininterrumpida has- y otro técnico para asuntos comunita- 1998 con el encargo para elaborar dos ta el presente, son la realización más rios —a finales de 1996 el 80 % de los monografías: una sobre la geografía y importante en este frente, rotando en ayuntamientos ya contaban con ellos—­ , otra sobre la historia del territorio que cada convocatoria entre una ciudad

342 EIXO ATLÁNTICO gallega y otra portuguesa, siendo en * Convertirse en una agencia de desarrollo: Conclusiones esta etapa una de las actividades que más presupuesto movió, pero también 1. Captación de inversiones, entre otros La presidencia de Manuel Pérez comenzó en que más satisfacciones dio; la primera medios, con la creación de centros de un momento difícil para el Eixo por dos mo- edición se celebró entre los días 20 de negocios en las ciudades del Eixo. En tivos. Por una parte, un elemento externo ya xuño y 18 de julio de 1995 en diez ciu- enero de 1998, con la presencia de di- que en 1995 no estaba abierto ningún deba- dades a lo largo de los fines de semana rigentes empresariales de las dos regio- te comunitario sobre nuevos marcos de apo- y fue el escaso eco mediático, fuera de nes y de Manuel Fraga, presidente de la yo financiero como había sucedido la etapa la localidad, y la compleja intendencia Xunta de Galicia, se inauguraba el centro anterior y eso obligaba a una redefinición del lo que llevó a la celebración bianual y de negocios del Eixo, en Vigo. Lamenta- proyecto Eixo. Por otra, un elemento inter- con una sola sede; el eco mediático tie- blemente, al año siguiente las cosas no no ya que la falta de una estructura técnico- ne un punto de inflexión en los III Jue- acabaron de ir bien, en el informe pre- administrativa estable, la apatía de algunos gos, celebrados en Chaves en 1999 e miembros y las dificultades de caja ponían en sentado por el secretario general, en la inaugurados por el primer ministro por- peligro la continuidad de la asociación en un sesión de la Comisión Ejecutiva del 4 de tugués, António Guterres; baloncesto, momento de fuerte cambio político en el po- noviembre de 1999, se hablaba de que atletismo, balonmano, fútbol (sala o 7) der local en Galicia. «su actividad está paralizada debido a y natación van a ser los más destaca- conflictos no declarados entre algunas dos de entre los deportes de los Juegos Pueden condensarse las aportaciones de esta entidades empresariales asociadas». En en las sucesivas ediciones. El torneo de etapa de la vida del Eixo diciendo que se dio julio de 1998, el Eixo obtiene un nuevo fútbol juvenil llegó a tener una edición cumplida respuesta a esos dos desafíos. En éxito al lograr la aprobación del proyecto en la ciudad de Vigo, en 1996, llegó a efecto, sin dejar la función de lobby, el Eixo MILLENIUM, dentro del programa Reci- congregar a ocho mil personas viendo hizo un esfuerzo muy importante, con relati- te II, para apoyar la internacionalización la final retransmitida por la Televisión de vo éxito, en hacerse visible y útil para la so- de las empresas de la Eurorregión, en Galicia. La vuelta ciclista no llegó a na- ciedad que le daba cobijo. Quiso ser más am- colaboración con las más importantes cer pero sí varias ediciones de la regata bicioso y comenzar a andar un camino que lo asociaciones empresariales del territorio; del Eixo Atlántico. llevara a convertirse en una agencia de desa- Ourense será sede del proyecto. rrollo local eurorregional apostando por unir 6. Imagen institucional: Lo más relevante los esfuerzos de todos los actores sirviendo fue la decisión de instituir las medallas 2. Completar el mapa de infraestructuras como vehículo de coordinación, con los pro- del Eixo para premiar a personas o en- aprobado en 1992. En mayo de 1998 yectos del Observatorio Urbano y de Mille- tidades que se hubiesen distinguido por quedaban definitivamente conectadas nium como guía; para que todo esto fuese su contribución al fomento de la coope- por autopista las dos regiones del Eixo posible se procedió a una reforma sustancial ración entre Galicia y Norte de Portugal. Atlántico. A partir de entonces, el acen- de los estatutos fundacionales. La mejora Los primeros premiados fueron el presi- to se va a poner en las conexiones del de las relaciones institucionales fue notable dente de la República portuguesa, Má- llamado Eixo interior y en la mejora del como lo demuestra la presencia en actos del rio Soares, y el presidente de la Xunta ferrocarril Porto-Vigo, reivindicación, Eixo del presidente de la Xunta y de la CCR- de Galicia, Manuel Fraga. En otro orden esta última, que pasará a convertirse N, de ministros y secretarios de estado de los de cosas, en diciembre de 1999 quedó en una de las banderas simbólicas de la dos países e incluso del primer ministro de abierta la web del Eixo Atlántico. asociación. Portugal. Pero si tuviésemos que destacar dos

EIXO ATLÁNTICO. La historia de una alianza de ciudades con historia 343 20 años del Eixo Atlántico

herencias que cimentaron el futuro del Eixo, discurso de reclamación de un mayor poli- terminar citando ese informe: «Las relaciones sin duda, tendríamos que referirnos a la crea- centrismo que no ahogara el dinamismo de institucionales entre la Región Norte y Gali- ción del staff técnico permanente, con sus la asociación en el eje Porto-Vigo. Esto tuvo cia no son responsabilidad del Eixo Atlántico, sedes, y al saneamiento de las finanzas desde cosas positivas como la descentralización de por lo que nuestro papel ha de ser estructu- la inexistencia de fondos en la caja en 1995, actividades del Eixo para hacerlo visible en rador y vertebrador desde el punto de vista hasta el superávit de 142 762 euros para po- todas las ciudades y darle a todas un papel de la defensa de los intereses del sistema ur- sibilitar la nueva estrategia de contar con un significativo, pero trajo consigo también el bano (…), dejemos de ser únicamente trans- fondo de reserva capaz de hacer frente a la inconveniente de que muchas intentaron fronterizos para reivindicar nuestro carácter parte de financiamiento de los proyectos co- convertir actividades culturales propias en de experiencia innovadora en el escenario munitarios conseguidos hasta el ingreso total actividades del Eixo, cofinanciadas por todos interregional europeo (…), concentración de las cuotas de los municipios. El éxito en e, incluso, eludir el pago de las cuotas a cam- frente a dispersión. Necesitamos concentrar las candidaturas presentadas al INTERREG IIA bio de estas actividades, algo que tuvo que nuestras actuaciones y los recursos dedicados para financiar los programas internos del Eixo ser corregido a partir del 2000. También la a ellas para evitar caer en una dispersión a la es una de las claves de este saneamiento de irrupción mediática del Eixo lo convirtió en que tendemos por causa de la presión y las las cuentas. un actor que comenzó a ser solicitado para demandas ciudadanas así como de un mal apoyar todo tipo de iniciativas de coopera- entendido concepto del reparto del juego En el lado negativo es necesario situar el fra- ción transfronteriza mucho más allá de sus interno entre los miembros de la asociación, caso a la hora de constituir el Consejo Econó- capacidades y, sobre todo, de sus compe- que perciben como una norma no escrita que mico y Social previsto en los nuevos estatutos tencias como muy bien señaló el secretario todas las peticiones han de ser atendidas de 1997. Los alcaldes de Viana do Castelo, general en su informe a la Comisión Ejecu- para no generar tensiones internas». de Vila Real y de Bragança mantuvieron un tiva del 4 de noviembre de 1999. Queremos

344 EIXO ATLÁNTICO La etapa de la consolidación (2000 - 2006)

Un actor fiable

La nueva etapa comienza con cambios im- sus palabras puede sintetizarse gran parte de esta Asociación transfronteriza. Proyec- portantes. El color político del poder local esta fase de la historia del Eixo: tos como el Original S.I.N., que preten- en Galicia vuelve a cambiar en las elecciones de combatir la exclusión social, con la de 1999 y la izquierda gobierna en todas las « (…) La verdad es que la asociación de preparación conjunta con vista a un de- grandes ciudades excepto Ourense. A su vez, las ciudades que constituyó el Eixo Atlán- sarrollo local sostenible de las Agendas las elecciones del 2001 en Portugal van a su- tico do Noroeste Peninsular vino a permi- 21, de dieciséis de estas ciudades o como poner también un giro importante simboliza- tir la estructuración del territorio por la el Centro de Estudios Eurorregionales, do con la victoria de Dr. Rui Rio (PSD) frente a definición de una red de infraestructuras que potencia las complementariedades Fernando Gomes (PS) en la ciudad de Porto. viarias y ferroviarias. Al presentar en el de seis universidades del Eixo Atlántico, La presidencia y las vicepresidencias del Eixo año 2000, el Mapa de infraestructuras son iniciativas que merecen ser destaca- salen de Porto y Vigo para ser asumidas por del Eixo Atlántico, los dieciocho presi- das y aplaudidas. Como también son las ciudades medias e incluso del interior como dentes de Cámara y alcaldes de dos paí- iniciativas que promueven la cultura de Braga y Ourense. La agenda 2000 abre la ne- ses diferentes, miembros de cinco parti- toda una región de la Península Ibérica gociación para un nuevo marco comunitario dos diferentes, demostraron que saben con especificidades tan propias y tan di- de apoyo en el que las estructuras de coope- poner el desarrollo de sus regiones, el versificadas. Los Premios de Pintura y de ración transfronteriza van a tener un papel bienestar, la calidad de vida de sus po- Narrativa, el Festival de Teatro Indepen- muy destacado. blaciones por delante de cualesquiera diente, el Fórum Cinematográfico, son divergencias de carácter partidario o de contribuciones muy importantes para la Uno de los elementos más destacados de este cualesquiera pretensas guerrillas de fron- preservación de valores del Noroeste Pe- período fue el sensible salto hacia delante en tera que verdaderamente no existen (…) ninsular (…)» las relaciones institucionales, después de la Pues son también objetivos prioritarios mejora experimentada en la etapa anterior. del Eixo Atlántico promover el bienestar Pero si la intervención del primer ministro En efecto, la fecha del 31 de enero del 2004 social, la dinamización de la movilidad y Durão Barroso en la Asamblea del Eixo cons- es central en este sentido. En el transcurso del mercado de trabajo, proteger y va- tituye un momento importante en su consoli- de la Asamblea General del Eixo, celebrada lorizar el medio ambiente, desarrollar el dación, es necesario no olvidar que ya antes, en Bragança, se produjo un largo discurso turismo y las actividades económicas, su antecesor en el cargo, António Guterres, del primer ministro portugués, José Manuel sociales, culturales y deportivas, relacio- había inaugurado la III edición de los Juegos Durão Barroso, quien acudió acompañado de nadas con raíces y con las identidades del Eixo celebrados en Chaves en el mes de sus ministros de Ciudades y de Cultura. En de los municipios que forman parte de julio de 1999. La presencia del ministro por-

EIXO ATLÁNTICO. La historia de una alianza de ciudades con historia 345 20 años del Eixo Atlántico

tugués de Medio Ambiente, José Sócrates, ver aprobadas todas las candidaturas presen- ambiente, planeamiento, turismo y cultura. en el Seminario de Regeneración Urbana, tadas al INTERREG IIIA. Estas Comisiones son una buena prueba de coorganizado con el Comité de las Regiones las preocupaciones e intereses que tenía el en Braga el 28 de mayo del 2001. La presen- En la misma línea de colaboración y de en- Eixo Atlántico por entonces. cia del Presidente de la Xunta de Galicia, Ma- tendimiento con las demás instituciones hay nuel Fraga, en la Asamblea General de julio que destacar la firma de protocolos tripar- El 3 de octubre del 2002, en la ciudad de Va- del 2001, celebrada en Ourense. La presencia titos con la Xunta de Galicia y el Gobierno lencia, se celebró la XVIII Cumbre Ibérica que de la ministra de Medio Ambiente española, portugués para el desarrollo de las Agendas acordó aprobar el Tratado Bilateral de coope- Cristina Narbona, en la Asamblea General del 21 a lo largo del año 2002. También la fir- ración de entidades territoriales entre España 2006 celebrada en Santiago y en la que se ma de convenios con el Instituto Portugués y Portugal, siguiendo lo dispuesto en el desa- firmó la Carta de Aalborg por todos los ayun- de la Juventud y con la Xunta de Galicia en rrollo de la convención de Madrid del Conse- tamientos miembros. materia de juventud, ambiente y ordenación jo de Europa. Este Tratado de Valencia, como del territorio. será conocido, y que entraría en vigor en el La consolidación del Eixo como un interlo- 2004, sirvió como oportunidad para modifi- cutor privilegiado de las instituciones regio- Desarrollo organizativo car los estatutos del Eixo, entre el 2003 y el nales, nacionales y europeas tienen un hito 2004. El nuevo texto define al Eixo como una con la firma del protocolo de incorporación, La capacidad de adaptación dinámica de las institución de derecho privado portugués y, como miembro de pleno derecho, —a través estructuras organizativas del Eixo ya venía como tal, se dota de un Consejo Fiscal inte- de la constitución de una comisión específica siendo una constante en su historia que aho- grado por un contable portugués, otro galle- para el tratamiento de todas las cuestiones ra, una vez más, volverá a ponerse de mani- go y por el secretario general. El nuevo órga- relacionadas con el desarrollo del sistema ur- fiesto. En efecto, a las Comisiones Delegadas no será el encargado de fiscalizar las cuentas bano eurorregional— a la Comunidad de Tra- institucionalizadas en los estatutos de 1997, de la institución y dar su conformidad. Tam- bajo Galicia-Norte de Portugal, el 28 de junio aunque en funcionamiento prácticamente bién se hace obligatoria una modificación de del 2000. Hay que destacar que en la esti- desde los primeros momentos, se unieron las la composición de la Comisión Ejecutiva, que pulación quinta del acuerdo de integración Comisiones Técnicas. La Comisión Ejecutiva, ha de ser impar, pasando a estar integrada se decía, textualmente: «La Comunidad de en su sesión de 28 de abril del 2000, acordó por siete miembros y manteniendo Porto y Trabajo asumirá las iniciativas del Eixo Atlán- crear cinco Comisións Técnicas: turismo, in- Vigo en su condición de miembros natos. tico, previamente acordadas, y las defenderá, fraestructuras, energía, desarrollo social y de- Para evitar el desequilibrio territorial se optó llegado el caso, ante los gobiernos español y portes, a las que se uniría una sexta, —creada por la imaginativa fórmula de nombrar un portugués y ante las instituciones comunita- en la sesión del 20 de abril del 2001—, la de vocal suplente —normalmente de la región rias, entre otros, aquellos proyectos que pue- nuevas tecnologías. Las Comisiones Técnicas que tiene la presidencia— no recogida en los dan ser cofinanciados por iniciativas comuni- creadas por la Comisión Ejecutiva estaban estatutos, pero acordada en la sesión de la tarias como INTERREG.». Prueba de los rédi- integradas por personal especializado de los Comisión Ejecutiva del 12 de enero del 2005. tos obtenidos por el Eixo de esta estrategia ayuntamientos elegidos por la propia Ejecu- Sí se recoge y normativiza la composición y de integración eurorregional son las palabras tiva y presididas por el secretario general. A funcionamiento de las Comisiones Técnicas, de agradecimiento que su presidente, Xosé su vez, las Comisións Delegadas, formadas al tiempo que desaparecen el Consejo Deli- Sánchez Bugallo, tendrá para la Comunidad por concejales, siguieron su trabajo. Para el berativo y el no nato Consejo Económico y de Trabajo en la Asamblea General de enero final de esta etapa, en el 2006, existían sie- Social. Con todo, lo más significativo es la del 2006 por su apoyo, que permitió al Eixo te: educación, juventud, deportes, medio institucionalización de la Secretaría General

346 EIXO ATLÁNTICO dotada de competencias gestoras, de repre- del Eixo debido a las demandas de ingreso mediante las Auditorías Urbanas y las Agen- sentación y firma de contratos y acuerdos que ya tenían un precedente con la solicitud das 21. En quinto lugar, la apuesta por la so- con terceros, así como todas las que la Pre- formal de Matosinhos en el 2001, rechazada ciedad del conocimiento a través del Centro sidencia y la Comisión Ejecutiva deleguen en en el 2003. En efecto, en sucesivas Ejecutivas de Estudios Euro-Regionales. Finalmente, la ella. En el 2003, el Eixo se va a dotar de las se tomó nota del interés por adherirse de las consolidación de los programas propios en dos sedes operativas que aún hoy conserva, gallegas Viveiro y Ribadeo y de las portugue- materia de cultura y deporte. en Porto y Vigo, con sendas coordinadoras, sas Matosinhos, Famalicão, Penafiel y Vilar reforzando así el staff de la Secretaría Ge- de Condes. En la sesión del 9 de noviembre La presidencia de Mesquita Machado, entre neral. La consolidación de las sedes incluso se acordó que no sería un problema que una 1999 y 2001, tuvo en el II Mapa de Infraes- llevó a acordar que todas las reuniones de la futura ampliación desequilibrara el empate tructuras uno de sus ejes. La proximidad de la Ejecutiva se celebrasen en la sede de Vigo, el 9-9 existente en esos momentos; pero que Eurocopa de fútbol del 2004 que se iba a ce- 15 de septiembre del 2000; no obstante, este la entrada de nuevos miembros debería res- lebrar en Portugal, con tres sedes en el Norte, acuerdo solo tuvo vigencia para el año 2001, ponder a los intereses políticos, económicos era una ocasión magnífica para reivindicar la en los siguientes se volvió al modelo rotatorio y estratégicos del Eixo. Como resultado final, mejora de las comunicaciones del territorio. de las sedes de la Ejecutiva. por unanimidad, la Comisión Ejecutiva recha- También, por supuesto, los nuevos marcos zó cualquiera ampliación. comunitarios de apoyo para el período 2000- La aprobación definitiva de estos estatutos, 2006. Se partió del I Mapa aprobado en en la Asamblea General de enero del 2004, El desarrollo programático 1994 para recoger aquellas infraestructuras supuso también la racionalización de las cuo- contempladas y no ejecutadas, no sin seña- tas que cada ayuntamiento miembro tenía Esta etapa transcurre bajo tres presidencias lar el hito de la conexión por autopista desde que abonar. En efecto, el artículo 8.2 esta- completas, las de los alcaldes de Braga, Porto a Coruña logrado en 1998. Ahora se blece que estas deben guardar proporción Mesquita Machado; de Ourense, Cabezas pedía a los ayuntamientos que establecieran con la situación socio-económica de cada Enríquez; y de Porto, Rui Rio; y una cuarta sus prioridades, haciendo hincapié en las cir- municipio. En la siguiente Asamblea General, parcial, la del alcalde de Santiago, Sánchez cunvalaciones necesarias para descongestio- en enero del 2005, se acordó la creación de Bugallo. Un estupendo síntoma de la conso- nar el tráfico. Los alcaldes de Bragança, Vila tres categorías, en función de la población de lidación alcanzada con traspasos regulares Real y Lugo, especialmente, batallaron para cada ayuntamiento. La categoría A, para los siempre en el plazo previsto. favorecer el equilibrio litoral-interior a partir que superaran los 200 000 habitantes, ten- de la red de infraestructuras. Un equipo de dría una cota de 28 000 euros anuales. La Los focos de interés del Eixo van a tener investigadores de las dos regiones, comanda- categoría B, para aquellos que tuvieran entre una gran continuidad con la etapa anterior. dos por el profesor Xulio Pardellas, elaboró el 50 000 y 199 999, con una cuota de 12 000 En primer lugar las infraestructuras, con un estudio en permanente diálogo con la Comi- euros anuales. Finalmente, la categoría C, papel estelar para la conexión ferroviaria de sión Delegada y con la Comisión Técnica; la para municipios con menos de 50 000 habi- alta velocidad. En segundo lugar, la planifi- primera creada y presidida por el ingeniero tantes, debería abonar 6 000 euros anuales. cación estratégica, especialmente con la ela- António Lacerda del ayuntamiento de Porto. Con todo, siguió habiendo problemas con los boración de los II Estudios y el Congreso de El Mapa —publicado en el 2000— destacaba atrasos en los pagos. Ourense de marzo del 2005. En tercer lugar, la necesidad de acometer un corredor inte- el turismo con el impulso personal del alcalde rior, clave para el equilibrio territorial, que El año 2005 será año de debate en torno a la de Porto, Rui Rio. En cuarto lugar, el traba- ayudase a minimizar la deslocalización demo- posibilidad de ampliar el número de ciudades jo en los ámbitos ambientales y energéticos gráfica y económica a favor del corredor at-

EIXO ATLÁNTICO. La historia de una alianza de ciudades con historia 347 20 años del Eixo Atlántico

lántico. La estrategia pasaba por la unión de conexión Porto-Vigo, que esa conexión debe- conclusiones que incidían en la necesidad de Peso de Régua y Lugo a través de autopistas ría hacerse en un plazo nunca superior al de apostar por el policentrismo como modelo de o vías rápidas. Por otra parte, se abogaba por la conexión Lisboa-Madrid —una prioridad ordenación del territorio, en la participación la creación de un corredor ferroviario de alta que tenía desplazada la anterior del 2002 en ciudadana como modelo de gobernanza y velocidad Porto-A Coruña, dentro de las prio- las agendas de los gobiernos peninsulares—, legitimidad democrática, en la empleabilidad ridades de las grandes redes transeuropeas. que dadas las distancias de 60 km entre los como horizonte de la formación, en la movi- Este Mapa fue un elemento muy importante núcleos urbanos, no se considera adecuada lidad como fin último de las infraestructuras, para sostener, de manera documentada, las una velocidad de 350 km/h y se apuesta por en las industrias culturales como elemento de reivindicaciones del Eixo como lobby eurorre- cubrir el tramo Porto-Ferrol en dos horas y dinamización y desarrollo económico, en la gional en Madrid, Lisboa y Bruselas. En efec- que la línea fuese de ancho europeo hacien- importancia del impulso de los poderes pú- to, en los meses siguientes fue presentado do compatible el transporte de personas y blicos al desarrollo y a su complementariedad al ministro de Fomento español, Francisco mercancías conectándose con los puertos y con el impulso que debe llegar de los agentes Álvarez Cascos, al primer ministro portugués, aeropuertos de la Eurorregión. económicos y sociales, en la importancia de António Guterres, y a la vicepresidenta de la las TIC, etc. Un equipo de expertos de alto Comisión Europea encargada de los trans- Por lo que respecta al segundo objetivo ope- nivel, entre ellos antiguos presidentes de la portes, Loyola de Palacio. Si la década final rativo, la elaboración de los II Estudios Es- Xunta o antiguos ministros portugueses, se del siglo pasado había sido la de las carrete- tratégicos, se pone en marcha al comienzo encargó de condensar todo ese know how ras, se quería que la primera del nuevo fuera de la presidencia de Cabezas Enríquez. Se en una hoja de ruta: la agenda estratégica la del ferrocarril de alta velocidad. Las cosas trataba de acomodar los hechos, práctica- del Eixo para 2007-2013. comenzaron bien y en la XVIII Cumbre Ibé- mente una década antes, a realidades muy rica, celebrada el 3 de octubre del 2002 en cambiantes y, sobre todo, acomodarlos a las El tercer objetivo operativo era la puesta en Valencia, los dos gobiernos acordaron que el nuevas estrategias de Lisboa y Gotemburgo marcha de un ambicioso plan de promoción enlace Porto-Vigo sería el primero transfron- impulsadas por la Unión Europea. Desde el turística con el alcalde de Porto, Rui Rio, terizo unido por tren de alta velocidad. Así primer momento, el Eixo apostó por contar como principal animador desde los primeros mismo, el gobierno español aprobaba, en el con los investigadores de las universidades momentos. Ya en la Asamblea General de 2003, un Plan Galicia para paliar el desastre de las dos regiones, con las aportaciones de enero del 2000 se acordó promover un plan del Prestige e incluía en él la práctica totali- cincuenta y ocho investigadores, coordina- de turismo basado en: estudio de la implan- dad de las infraestructuras gallegas propues- dos por los profesores Xosé Manuel Souto, tación de una central de reservas conjunto; tas por el Eixo Atlántico, pero el cambio de António Figueiredo y Xan Bouzada. Los estu- programa de formación y calidad en el sec- gobierno en el 2004 pospuso el Plan. dios se consolidaron en tres volúmenes que tor turístico; promoción del termalismo. En versaban sobre: sistema urbano y desarrollo la Asamblea General del 2002, Rui Rio va a El tren de alta velocidad pasó a convertirse en sostenible; políticas sociales y ciudadanía; y proponer la creación de una empresa mixta, una de las principales señales mediáticas del competitividad e innovación. La puesta de con capitales públicos y privados, mientras Eixo, hasta el punto de ser identificado como largo de estos II Estudios Estratégicos tuvo que el representante de Braga apuesta por su gran valedor por los medios de comuni- lugar, siguiendo la estela del primero, en el la creación de un turoperador luso-galaico cación y por la ciudadanía. Su seguimiento Segundo Congreso del Eixo, celebrado en que sea capaz de colocar paquetes conjun- será preocupación constante de la Ejecutiva Ourense a finales de marzo del 2005, quizás tos en los turoperadores internacionales. que —en su sesión del 9 de noviembre del menos mediático pero mucho más produc- Finalmente, la Comisión Ejecutiva, el 24 de 2005— acordó considerar irrenunciable la tivo. De este evento surgieron una serie de septiembre del 2002, optó por una empre-

348 EIXO ATLÁNTICO sa mixta bajo la figura del turoperador. En se completó con sendos convenios con las a un gobierno regional, a una administración la siguiente Asamblea General de enero del autoridades gallegas y portuguesas compe- regional y a una asociación transfronteriza de 2003 se acuerda que la participación del Eixo tentes en la materia a lo largo del 2002 y el municipios; el protocolo fundacional se firmó en la futura empresa mixta no supere el 10 2003. Así, el 75 % de los ingresos obtenidos en diciembre del 2002. Entre los aspectos ne- % para facilitar la entrada del sector privado en el 2004 procedieron del cofinanciamien- gativos del CEER hay que hablar de la excesi- como rector de esta, quedando el alcalde de to europeo a las Agendas 21 y las Auditorías va lentitud en la toma de decisiones. El CEER Porto autorizado para gestionar el tema. La- Urbanas. Esta ingente labor de documenta- careció de una definición clara y nítida de su mentablemente, la creación de esa empresa ción y sistematización de indicadores se vio función. Sus fines eran demasiado vagos. Las mixta quedó definitivamente aparcada por completada con la apuesta por la creación de universidades se preguntaban qué les podía la Executiva, en la sesión del 27 de octubre un Sistema de Información Geográfica, con aportar que ellas no fueran capaces de obte- del 2003, por la falta de acuerdo entre los el apoyo financiero del INTERREG IIIA y de la ner por su cuenta. Las autoridades públicas potenciales socios privados. Tuvo más éxito Xunta de Galicia. y el Eixo Atlántico fueron abandonando su el acuerdo con American Express para la edi- presencia en el CEER. ción de una guía turística de la Eurorregión La apuesta por la sociedad del conocimiento, que, con una tirada de 150 000 ejemplares, en línea con la Agenda de Lisboa, constitu- Por último, los programas propios del Eixo vio la luz en el 2004. yó el quinto objetivo operativo de esta fase. siguieron su curso. Los Juegos continuaron Hubo luces y sombras. Sin duda, la sombra celebrándose cada dos anos con éxito cre- Por lo que respecta al cuarto objetivo, los te- más destacada fue el fracaso del Observato- ciente: inauguración de los de 1999 por el mas ambientales y energéticos, ya en 1999 rio Urbano del Eixo Atlántico que no sobre- primer ministro portugués António Guterres; había habido una primera aproximación a tra- vivió al período de cofinanciamiento europeo conexiones diarias de la Televisión de Galicia vés de una posible candidatura al programa por enfrentamientos entre algunos de sus con los celebrados en Ourense en el 2001; SAVE para la creación de agencias de energía socios. Mejor fortuna inicial tuvo la constitu- introducción de patrocinios privados que ali- que no cuajó. Mayor éxito tuvo la iniciativa ción del Centro de Estudios Eurorregionales viaron la carga financiera del Eixo. Prosiguió de elaborar Auditorías Urbanas y Agendas Galicia-Norte de Portugal. El Eixo necesitaba la celebración de la regata, ahora dentro del 21 en las ciudades del Eixo. En efecto, en la documentar los futuros proyectos europeos programa Stella Maris del INTERREG IIIB-Es- Asamblea General de enero del 2001, se pre- por solicitar, así como realizar los estudios pacio Atlántico. El Premio de Narrativa cono- sentaron las Auditorías Urbanas ya existentes comprometidos en estos y vio en las universi- ció sus mejores momentos con la difusión de en cincuenta y tres ciudades europeas, entre dades una fuente ingente de recursos a pre- 50 000 ejemplares a través de una colabo- ellas Porto y Braga, como un mecanismo de cio moderado y de calidad contrastada. Solo ración con La Voz de Galicia, en la edición información e indicadores permanentes que era preciso crear una estructura, participada del 2003 y a su fin en la edición del 2004. ayuda en la toma de decisiones de políticas por las seis universidades y por el Eixo, la La Bienal de Pintura, finalmente, se consolidó urbanas; se propone financiarlo con la ins- Xunta y la CCDR-N. Estas encargarían los tra- definitivamente. talación de tótems publicitarios en cada una bajos que harían los equipos de las primeras Conclusiones de las ciudades pero no hay acuerdo sobre lo garantizando, así, la sostenibilidad del Cen- particular. No obstante, el éxito de la candi- tro y el atractivo de este para los investiga- El primero lustro del nuevo siglo supuso la datura presentada en el INTERREG IIIA va a dores más cualificados. En el capítulo de ele- institucionalización del Eixo como una enti- hacer posible la realización de las Agendas mentos positivos, debemos constatar que el dad fiable con predicamento cada vez más 21 en dieciséis de las dieciocho ciudades de Eixo logró poner de acuerdo, inicialmente, a creciente delante de las autoridades de la la Asociación. El financiamiento necesario seis universidades públicas de los dos países, Xunta, de los gobiernos centrales e incluso de

EIXO ATLÁNTICO. La historia de una alianza de ciudades con historia 349 20 años del Eixo Atlántico

la Unión Europea. Las sucesivas presidencias ver en el éxito del Eixo. El hecho de ser una el concepto de la Eurorregión en la opinión de Mesquita Machado, Cabezas Enríquez, institución con personalidad jurídica y con pública y en la sociedad civil. La colaboración Rui Rio y Sánchez Bugallo dieron estabilidad staff propio a tiempo completo la dotó de con la Fundación Caixanova permitió coronar y continuidad en la gestión. La proyección un dinamismo que la Comunidad de Trabajo, esta perspectiva con la elaboración de los social y mediática resultó evidente, muy espe- sin esos dos instrumentos decisivos, no podía documentales del proyecto Una Eurorregión cialmente como abanderado da alta velocidad emular. El Eixo comenzaba a ser un referente para el siglo XXI, bajo la dirección de Manuel ferroviaria para la Eurorregión. Con todo, el de la cooperación transfronteriza. La expo- Campo Vidal, que recogían el pasado, el pre- principal logro fue convertirse en un actor se- sición conmemorativa de sus primeros diez sente y el futuro de la cooperación y que fue- guro para la gestión de fondos comunitarios. años de vida, organizada conjuntamente ron emitidos por la RTP y por la TVG. En el informe de gestión del 2004 se recoge con la Comunidad de Trabajo, lo convirtió en textualmente: «El Eixo Atlántico gestiona o un lugar de memoria central. Dos regiones, El servicio de publicaciones adquirió enti- participa en siete programas europeos, con una eurorregión fue una exposición itineran- dad propia en esta etapa. Con títulos fun- socios de seis países, por un valor superior a te por las dieciocho ciudades que acabaría damentales para entender el desarrollo del los siete millones de euros de los cuales el 50 por rendir visita al Comité de las Regiones, territorio como el ya mencionado II Mapa de % se destina directamente a financiar pro- en noviembre del 2005, con el presidente de infraestructuras, los II Estudios Estratégicos, gramas del Eixo Atlántico. Lo que equivale a la Xunta, Pérez Touriño; el vicepresidente de los estudios sobre la complementariedad de decir que en este año hemos gestionado tres la CCDR-N, Paulo Gomes; y el Presidente del los aeropuertos, la modernización del siste- veces el importe de las cuotas aportadas por Parlamento Europeo, Josep Borrell. La expo- ma ferroviario o sobre la complementariedad los ayuntamientos durante los once años de sición de paneles móviles iba acompañada de de los puertos, todos ellos defendiendo la existencia (…) Creemos por tanto que el Eixo un catálogo multilingüe, que incluía una ver- intermodalidad como herramienta impres- Atlántico en estos momentos es una organi- sión en inglés, material audiovisual y material cindible. El Eixo va acumulando una masa zación rentable, consolidada y con futuro.». pedagógico para las escuelas primarias, con crítica que le permita dar un salto cualitativo el ánimo de fomentar actividades didácticas y competir con provecho con las estructuras Sin duda, el buen entendimiento con las au- relacionadas con la Eurorregión Galicia-Norte de cooperación territorial más destacadas de toridades regionales, desde la integración en de Portugal. De este modo, una estructura de Europa. la Comunidad de Trabajo, tuvo mucho que poderes locales cogía la bandera de afianzar

350 EIXO ATLÁNTICO La etapa de la proyección internacional (2007 - 2012)

Un lider

El know how movilizado en los años anterio- el aprovechamiento del patrimonio cultural miento en el 2013 —siempre que estuviera res le permitió al Eixo llegar a la nueva pro- común. La agenda tuvo una versión en inglés en marcha para entonces la construcción del gramación comunitaria con una hoja de ruta para anudar al proceso de internacionaliza- tramo Porto-España—, durante la Comisión propia por primera vez. En efecto, la Agenda ción antes mencionado. Executiva del 2 de junio del 2008. Finalmen- Estratégica, Siete Ideas para Siete Años De- te, la crisis financiera y de la deuda soberana cisivos, va a ser una herramienta sólida para Esta última etapa de la historia del Eixo asiste llevó con el viento las expectativas, un final seguir creciendo durante las presidencias del a su consolidación como interlocutor privile- anunciado por el alcalde de Porto, Rui Rio, alcalde de Santiago, Sánchez Bugallo; del giado y de referencia en todas las cuestiones en la Comisión Executiva del 11 de marzo de de Vila Nova de Gaia, Luis Filipe Menezes; que tienen que ver con la cooperación y el 2010. Se fue el tren de alta velocidad y llegó y del de Vigo, Abel Caballero. Combinando desarrollo de la Eurorregión Galicia-Norte de la implantación de los peajes electrónicos en la valiosísima información recogida en los Portugal. En efecto, el seguimiento exhausti- las SCUT de Miño y de Gran Porto. El Eixo segundos estudios estratégicos con varias vo del frustrante proceso de conexión de las volvió a liderar la respuesta de los agentes sesiones Delphi entre los coordinadores de dos regiones mediante tren de alta velocidad sociales y económicos afectados, buscan- estos y destacadas personalidades que unían convirtió la Asociación en el organismo al do puntos de encuentro y soluciones a una su condición de universitarios de reconocida que todos los medios de comunicación social medida que dañó gravemente las relaciones trayectoria intelectual y su alargada experien- acudieron para saber de su evolución. Hubo económicas entre las dos regiones. cia política en puestos de primera responsa- momentos dulces: contar con subvención bilidad, el Eixo encargó una agenda estraté- comunitaria aprobada; compromiso explícito Desarrollo organizativo gica que trazará los objetivos y metas de esta del goberno portugués de estar lista para fi- estructura y de la Eurorregión en su conjunto nales del 2013, hecho público por la secreta- La ampliación de las ciudades miembros, para afrontar con éxito los desafíos del nuevo ria de estado de Transportes —Ingeniera Ana desde las dieciocho hasta las treinta y cua- período de programación comunitaria 2007- Paula Vitorino— en la Asamblea General del tro, y la conversión de la Asociación de de- 2013. La agenda se concretó en siete ideas 9 de febrero del 2007, quien informó que recho privado portugués en Agrupación Eu- que intentaban cubrir el equilibrio territorial, sería mixta de pasajeros y mercancías, tal y ropea de Cooperación Territorial (AECT) van el urbanismo sostenible, la centralidad urba- como el Eixo había demandado; la palabra a ser los dos grandes desafíos de esta fase. na, la internacionalización del propio Eixo y comprometida por el alcalde de Vigo, Abel La ampliación era un tema que estaba en la de la Eurorregión, la formación para la em- Caballero, pidiendo que constara en acta mesa desde el año 2002, como ya vimos an- pleabilidad, el desarrollo económico sosteni- que la conexión directa Vigo-Madrid y la teriormente. La mayor presencia pública del ble, la apuesta por I+D+i y la triple hélice y conexión Vigo-Portugal estaría en funciona- Eixo y su consolidación como actor fiable y

EIXO ATLÁNTICO. La historia de una alianza de ciudades con historia 351 20 años del Eixo Atlántico

financieramente saneado hicieron apetecible del interior para equilibrar. Por su parte, Por- sin menoscabo del fondo de reserva que la entrada en él de ciudades gallegas y portu- to no se mostró contrario a la ampliación, pasó de 769 804 euros a comienzos del 2007 guesas que estaban fuera. En los comienzos pero tampoco entusiasta, fue muy crítico con a 954 818 a finales del 2010. del verano del 2007 la situación estaba ma- el documento de los geógrafos Souto y Mar- dura para proceder a una primera ampliación ques por establecer unos criterios muy abier- La decisión de convertirse en AECT, acorda- a diez nuevos miembros: Verín, O Barco de tos que vuelven excesivamente arbitraria la da en la Asamblea General del 5 de febrero Valdeorras, Lalín, Carballo y Viveiro del lado toma de decisiones por parte de las ciudades del 2009, resultó ser un proceso tormentoso gallego y Matosinhos, Barcelos, Vila Nova de miembros, lo cual siempre puede ocasionar que desató no pocas tensiones internas y que Famalicão, Vila do Conde y Mirandela del desequilibrios. acabó fracasando. Era evidente que las am- lado portugués. La Secretaría General se de- pliaciones necesitaban una actualización de cantó por la ampliación por varias razones. El condicionante transmontano llevó a una los estatutos. También que el nuevo instru- El riesgo de que una negativa hiciera brotar segunda ampliación acordada en la Asam- mento comunitario de las AECT presentaba una nova asociación de municipios que hicie- blea General del 8 de febrero del 2008 por una oportunidad interesante. No obstante, ra perder la exclusiva centralidad que ahora la que se incorporaron O Carballiño, Ribeira y un primer informe técnico estudiado por la tenía el Eixo. Poder seguir manteniéndose Sarria por parte gallega y Macedo dos Cava- Asamblea General del 8 de febrero del 2008 como foro único donde resolver, por con- leiros, Lamego y Penafiel por la portuguesa. desaconsejaba la conversión por considerar senso, los conflictos de interés que se fueran Otras peticiones de ingreso no fueron consi- que no iba a aportar mayores ventajas al fun- produciendo en el sistema urbano eurorre- deradas. Aunque no imprescindible, el equi- cionamiento de la Asociación. No obstante, gional. El refuerzo político y mediático que la librio de miembros de las dos regiones fue la en el 2009 se optó por iniciar la elaboración ampliación proporcionaba. La independencia norma seguida. Con la pequeña perspectiva de los nuevos estatutos y del convenio per- que las aportaciones económicas de los nue- temporal transcurrida, se puede afirmar que tinente como consecuencia, en parte, de la vos miembros le iba a dar al Eixo para poder la ampliación fue un éxito. En efecto, en el nueva legislación sobre contratación pública manterse ajeno a presiones de los actores po- balance de gestión del año 2008 se da cuen- en Portugal que parecía iba a dificultar el líticos y económicos del entorno. Por último, ta del incremento de la participación de las funcionamiento del Eixo y, en parte también, dinamizar la propia asociación con la entrada ciudades en las Comisiones Delegadas pa- por la creación de la AECT Galicia-Norte de de nuevos miembros deseosos de trabajar y sando de una asistencia media de diez, doce Portugal como instrumento operativo de la participar, evitando el adormecimiento pro- cuando eran dieciocho, a una de veinticin- Comunidad de Trabajo. Desde el primer mo- pio de las instituciones que no se renuevan co, treinta ahora que son treinta y cuatro. La mento Porto manifestó sus dudas a propósi- a tiempo. Con todo, los debates suscitados ampliación permite cubrir más territorio de la to del funcionamiento de la estructura dado en la Asamblea General Extraordinaria del 29 Eurorregión con las actividades de la Asocia- que, a diferencia de la Comunidad de Traba- de julio del 2007 reflejaron algunos proble- ción que cubrieron el 88 % de las ciudades jo, el Eixo tenía personalidad jurídica y eso mas de fondo. Los cuatro municipios trans- miembros en el 2009 y el 70 % en el 2010. iba a provocar conflictos con la conversión en montanos manifestaron su preocupación por No menor fue el efecto sobre las finanzas AECT. La opinión favorable de la ministra de el desequilibrio territorial que la ampliación dado que los ingresos por cuotas pasaron Administraciones Públicas de España, Elena generaba en el Norte al pasarse de cinco ciu- de 244 000 euros —no está de más recordar Salgado, y del ministro de Medio Ambiente, dades del litoral y cuatro del interior a nueve que en el ejercicio 2006 solo se recaudaron Ordenación del Territorio y Desarrollo Regio- y cinco, respectivamente. No se opusieron a 128 000, es decir, la mitad— a 518 276.77 nal de Portugal, Francisco Nunes Correia, en esta ampliación a condición de proceder a en el 2010. Esto permitió ampliar hasta doce el transcurso del Seminario sobre la Coopera- una posterior que incluyese más municipios personas el staff de sus sedes de Porto y Vigo ción de Segunda Generación organizado por

352 EIXO ATLÁNTICO el Eixo en Gimarães el 4 y 5 de febrero del Eixo y, por ejemplo, a lo largo del 2010 tan readaptar el dinero comunitario del tren de 2009, resultó decisiva para tirar hacia delan- solo estuvieron operativas cinco Comisiones alta velocidad hacia una modernización de la te. La Comisión Ejecutiva, el 3 de junio del Delegadas: educación, deportes, cultura, tu- línea convencional existente. 2009, acordó elaborar unos estatutos que rismo y desarrollo sostenible. convirtieran la Asociación de Municipios en Desde el 2009, las actuaciones de la Asocia- una agencia de desarrollo regional, mante- Por último, la tradicional capacidad de adap- ción giran en torno a tres vectores fundamen- niendo la propiedad del nombre, la marca y tación de las estructuras a la realidad de la tales: el Eixo como think tank eurorregional, los símbolos. Porto está de acuerdo, pero de- vida de la Asociación se puso de manifiesto el Eixo como actor y líder de la cooperación jando presentes sus dudas y oponiéndose a la cuando la Asamblea General del 28 de enero territorial en la UE, el Eixo como dinamizador aceleración del proceso que solicitaba la Se- del 2010 acordó, ante las dificultades para de la ciudadanía europea y de la calidad de cretaría General para tener todo terminado reformar los estatutos del 2004, ampliar de vida de las gentes de las regiones. para finales de año. Finalmente, la Ejecutiva, siete a diez los titulares de la Comisión Ejecu- en su sesión de 16 de julio de 2010, a pro- tiva y de uno a dos los suplentes, mantenien- Como think tank, el Eixo creó dos estructu- puesta del secretario general, decide dejar do la paridad regional. ras de gran alcance: el Servicio de Estudios aparcado sine díe el tema de la conversión y la Agencia de Ecología Urbana. En efecto, en AECT hasta que se apruebe, en el seno El desarrollo programático fracasado el CEER como elemento suminis- de la UE, el nuevo reglamento de AECT. Este trador de análisis e informes, la Comisión Eje- largo debate puso de manifiesto la comple- El período más reciente en la historia del Eixo cutiva decidió abandonarlo, en su sesión del jidad para crear una AECT sobre realidades comenzó con la Declaración de Gaia, apro- 24 de octubre del 2007. Unos meses antes, el existentes y el peso de los fundadores Vigo y bada en la Asamblea General de 9 de febrero 7 de mayo, había acordado crear un Servicio Porto, temerosos de pérdida de poder institu- del 2007. En ella se afirma: «Hay dos líneas de Estudios propio, bajo la supervisión de la cional en la nueva estructura. de actuación que no se pueden posponer Secretaría General y de la propia Ejecutiva. más: garantizar la finalización de las infraes- Esta estructura virtual, que no supuso coste Esta polémica no impidió la marcha normal tructuras pendientes, contempladas en nues- laboral alguno, permitió acometer una pro- de la Asociación. En el 2008 el Eixo tenía tra propuesta del 2000, y establecer las bases gramación racional de los estudios que había ocho Comisiones Delegadas y cinco Comisio- de la innovación y de la modernización, con que realizar en función de las líneas de es- nes Técnicas en funcionamiento. Las prime- especial atención al desarrollo sostenible, al trategia política aprobadas por los alcaldes. ras estaban divididas a partes iguales entre transporte y a las TIC, en una sociedad del co- Apenas dos años después de su nacimiento, estructurantes: desarrollo sostenible, desa- nocimiento». Ya vimos en la introducción de recibió un reconocimiento internacional muy rrollo social, modernización administrativa esta etapa como las consecuencias de la crisis destacado. El premio Sail of Papenburg, otor- y planeamiento y transportes; y finalistas: desatada en septiembre del 2008 paralizaron gado por la Asociación de Regiones Fronteri- deportes, cultura, turismo y Eixo Atlántico. la ejecución de la conexión por tren de alta zas de Europa (ARFE), la más veterana de las Las segundas eran las de cultura, deportes, velocidad. No obstante, sí se consiguió mejo- de su tipo en la UE. La edición del 2008 se modernización administrativa, juventud y de- rar las conexiones por autopista con el enlace destinó a premiar las mejores iniciativas en sarrollo sostenible. En el 2009 se acordó que entre Chaves y Verín, corolario de una mejora cooperación transfronteriza en materia de cada Comisión Delegada tuviese un respon- en las infraestructuras por carretera del Eixo investigación y cooperación universitaria. El sable político en la persona de un concejal Interior tanto gallego Ourense-Santiago, por Servicio de Estudios mereció el máximo ga- que la presidiría. Esta estructura tan compleja ejemplo, como norteño, Braga-Chaves, por lardón del tribunal internacional formado al se fue acomodando a los focos de interés del citar uno. El Eixo lanzó una campaña para efecto. De él salieron productos tan sólidos

EIXO ATLÁNTICO. La historia de una alianza de ciudades con historia 353 20 años del Eixo Atlántico

como las agendas estratégicas territoriales. La Agencia de Ecología Urbana (Eixoecolo- sostenible. Desde el 2011, el think tank dio Se trataba de elaborarlas no desde un gabi- gía) echó a andar en su sede de Vila Real, en un salto cualitativo al coordinar el estudio del nete, sino a pie de obra con una fuerte im- septiembre del 2009, su sede en Santiago se proyecto Climatlantic para diseñar una estra- plicación de las autoridades políticas locales, abrió en diciembre del 2010. Su puesta en tégica atlántica de reducción de la emisión de encargadas de llevar adelante las medidas marcha fue posible gracias al apoyo finan- gases de efecto invernadero. propuestas, y, sobre todo, de los agentes ciero de una candidatura POCTEP dotada económicos y sociales llamados a asegurar la con 2 406 000 euros y a sendos convenios Como actor y líder de la cooperación terri- consolidación de las actuaciones previstas y, de colaboración con los departamentos co- torial en la UE, el Eixo prosiguió una línea ya por tanto, de la estrategia en su conjunto. rrespondientes de la Xunta de Galicia y del comenzada en julio del 2000 con la partici- Así fueron aprobándose la de la Eurociudad Gobierno de Portugal. La Agencia tiene el pación en la fundación de la Conferencia de Chaves-Verín, la de la Galicia Central, la de cometido de desarrollar las iniciativas del Ciudades del Arco Atlántico. Porto y Santia- Xeoportal y SIUTEA para dotar a las auto- la Galicia Interior, la de la Ría de Arousa y go obtuvieron cada una una vicepresidencia y ridades y agentes económicos y sociales de la del Nordeste Transmontano. Otro produc- Vigo y el propio Eixo dos asientos en el Con- los indicadores necesarios para acertar en la to singular fue la Estrategia de los Transpor- sejo de Dirección. En el 2001, Vigo consegui- toma de decisiones para hacer más atracti- ría la presidencia de la Comisión de Puertos. tes, elaborada a lo largo del 2008 y el 2009. vas nuestras ciudades para vivir e invertir en No obstante, al año siguiente, el Eixo decide Una acertada elección de los componentes ellas, a través de una amplia base de datos abandonar su asiento por considerar que ya del equipo redactor de este hizo que varios georreferenciados de la Eurorregión. Ayudar están bien representadas sus ciudades en la de ellos fueran llamados a importantes res- a elaborar, mediante materiales de apoyo, las organización, y, de hecho, Santiago, en el ponsabilidades de gestión en los gobiernos Agendas 21 de aquellas ciudades que care- mandato de Sánchez Bugallo, llegó a osten- de Madrid, Lisboa y Santiago. Las conclusio- cen de ellas por su reciente incorporación al tar la Presidencia de la Conferencia. Ahora, nes, validadas por las autoridades políticas Eixo. En la misma línea, apoyar la elabora- en el 2007, la estrategia pasa por liderar o del Eixo, inciden en la necesidad de apostar ción de planes integrales de sostenibilidad coliderar una plataforma de cooperación eu- por una movilidad comodal, respetuosa con urbana, de planes de residuos, de planes de ropea que pueda ser interlocutor de la Co- el medio ambiente, combinando los intereses movilidad sostenible y de programas de efi- misión para sus políticas en este ámbito. El de movilidad de las personas con los de los ciencia energética en colaboración con los primer paso va a darse con la fundación de agentes logísticos responsables de la movili- equipos técnicos de las ciudades. El producto la EUROMOT, una red integrada por la Mis- dad de las mercancías, principalmente en el más singular de Eixoecología es la Ponencia sion Opérationnelle Transfrontalière francesa, último kilómetro, y, sobre todo, asentada en de Sostenibilidad que, en su primera edición, como presidente, el Eixo como vicepresidente una planificación y ordenación del territorio fue presentado en la Asamblea General del y las City Twins como tercer elemento de su racional y previa. Por supuesto, tratándose el 10 de febrero del 2011. Buró Político. Una de las primeras medidas de Eixo de una asociación de ciudades, las pro- la EUROMOT fue la firma de un convenio de puestas que afectan a la movilidad urbana En paralelo con estas dos estructuras, el colaboración con la Asociación de Regiones ocupan un lugar central en esta estrategia. El think tank también colabora en el proyecto Fronterizas de Europa (ARFE), la más veterana desafío más reciente es la elaboración perió- Pensar la ciudad del siglo XXI con un Foro de las estructuras de cooperación territorial. dica de informes de cohesión eurorregional permanente en Viana do Castelo y otra serie En paralelo, el Eixo consigue organizar tres para anudar la toma de decisiones políticas de ellos por celebrar en diversas ciudades del workshops consecutivos en los Open Days, que permitan alcanzar aquí los objetivos de Eixo: Foros del transporte, de la innovación, celebrados en Bruselas, del 2007 al 2009, la Estrategia Europa 2020. del automóvil eléctrico o de la arquitectura con el financiamiento de la DG REGIO. La ex-

354 EIXO ATLÁNTICO periencia de EUROMOT sufrió un duro revés RIET quería ser un interlocutor de los organi- la presencia de los máximos responsables en al no conseguir ver aprobado su proyecto en zadores de las Cumbres Ibéricas para que los la materia del Parlamento y de la Comisión la convocatoria del INTERREG IVC. problemas de la frontera estuvieran presentes Europea. en ese foro y se buscaran soluciones apro- Para entones, el Eixo ya trabajaba en la crea- piadas. Con la RIET como aval, el siguiente Finalmente, en este recorrido por el desarro- ción de una nueva red de ciudades en la que paso fue lanzar el reto de constituir una red llo programático de su historia más reciente asumir el liderazgo que había cedido a la de ciudades empeñadas en la cooperación te- tenemos que hablar del Eixo como dinamiza- MOT en la primera tentativa. En el 2008 con- rritorial en toda la UE que fuera reconocida dor de la ciudadanía europea y de la calidad sigue una importante aportación del Instituto por las instituciones comunitarias. A ese reto de vida de las gentes de las dos regiones. En Financiero de Desarrollo Regional de Portugal fueron contestando afirmativamente la pro- esta línea, la realización más original fue la de 157 300 euros que se destinan, en parte, pia RIET, la MOT, la Conferencia de Ciudades constitución, a finales del 2007, de la Euro- a celebrar un Seminario de Cooperación de del Arco Atlántico, el Foro de Ciudades Adriá- ciudad Chaves-Verín. Se trata de un labora- Segunda Generación en Gimarães, en febre- ticas y Jónicas, la Unión de Ciudades Bálticas torio de experiencias de zona franca social ro del 2009, que dado el éxito de audiencia y las ciudades mediterráneas agrupadas en en el que forjar ciudadanía europea y com- y contenidos convierte al Eixo en un líder de Medcities. No quedó fuera ninguna gran red partir equipamientos y servicios para ganar la cooperación territorial en la UE. En efecto, urbana de estructuras de cooperación de Eu- en escala y mantener unas densidades de se trató del primer gran evento de estas ca- ropa. El 23 de abril del 2010, en Santiago, población aceptables gracias a la mejoría de racterísticas celebrado en la Península Ibérica quedaba constituida la Conferencia de Redes la calidad de vida mediante la cooperación. y sirvió para reflexionar sobre la cooperación de Ciudades Europeas Transfronterizas e Inte- transfronteriza con todos los actores presen- rregionales (CECICN). El primer presidente de Las actividades deportivas conjuntas siguen tes y el referendo de los respectivos Gobier- esta Red, que representa a más de quinientas teniendo en los Juegos del Eixo su princi- nos de Madrid y Lisboa, también presentes. ciudades, fue el propio alcalde compostelano pal exponente. En el 2011 alcanzaron su IX Allí fue donde se comenzó a hacer realidad la Xosé Sánchez Bugallo y, desde el año 2011, edición en la ciudad de Matosinhos. Las ac- constitución de un auténtico lobby para influir el Eixo ostenta también su Secretaría General. tividades culturales tienen como símbolo he- en el diseño de la programación 2014-2020, La CECICN comenzó por ser recibida por el ráldico la vieja Bienal de Pintura que alcanzó bajo la dirección de la Eurorregión Galicia- comisario de Desarrollo Regional, Johannes también su IX edición. La gran novedad de Norte de Portugal. La idea era crear una red Hahn, y por la presidenta del Comité de las esta etapa es la creación de la Capitalidad de ciudades que jugase el papel de interlocu- Regiones, Mercedes Bresso, recibiendo la Cultural del Eixo Atlántico que ya ha tenido tor comunitario que juega ARFE desde el pun- oferta de participar en el Libro Blanco de la dos ediciones, Vila Nova de Gaia en el 2009 to de vista regional, por ejemplo. El primer Cooperación en Europa. La consolidación de y Viana do Castelo en 2011, después de que paso era crear una red hispano-portuguesa, a la CECICN como interlocutor de las ciudades el Secretariado creado al efecto las escogie- partir de las estructuras de cooperación urba- en el seno de la Comisión Europea es el gran se como ciudades sede. Este reconocimiento na y municipal asistentes al Seminario de Gui- desafío para el futuro inmediato. En ese sen- permite concentrar varios cientos de actos marães. Así, el 23 de junio del 2009 quedaba tido, va a constituir un hito básico el congre- culturales (música, literatura, artes plásticas, constituida, en Cáceres, la Red Ibérica de En- so que en el mes de junio de 2012 se va a conferencias…) a lo largo del verano, prin- tidades Transfronterizas (RIET) que agrupaba celebrar en A Coruña para abordar todas las cipalmente. También se puso en marcha la a dice estructuras de cooperación a lo largo cuestiones relacionadas con la cooperación Muestra Musical de Nuevos Intérpretes, una de toda la frontera hispano-lusa y en la que transfronteriza y el nuevo marco comunitario vieja obsesión de Vilagarcía de Arousa, que el Eixo iba a ostentar la Secretaría General. La 2014-2020. Un evento en el que se espera ya ha conocido dos ediciones.

EIXO ATLÁNTICO. La historia de una alianza de ciudades con historia 355 20 años del Eixo Atlántico

En el ámbito del turismo, se aprovechó el ti- ros, de los que 4 555 036.02 corresponden esto fue posible por el acierto de los alcal- rón del Jacobeo 2010 para distribuir 100 000 al propio Eixo como beneficiario principal o des en dotarla de personalidad jurídica, por ejemplares de la guía turística de las ciudades socio. Para el 2012 el presupuesto del Eixo el esfuerzo de cientos de concejales y técni- gracias a un convenio con la Secretaría Gene- ronda los 4 300 000 euros, de los que las cos por contribuir a forjar políticas públicas ral de Turismo. cuotas de los socios apenas superan el 13 %. eurorregionales, por el trabajo constante de Una garantía de sostenibilidad financiera y un staff estable y bien aquilatado y, muy es- Conclusiones una clara muestra da proyección y prestigio pecialmente, por la feliz estrategia de contar alcanzados por la Asociación en estos vein- con un remanente de tesorería creciente que, Abel Caballero, a la sazón presidente del te primeros años de existencia. Dos décadas amén de darle independencia de los poderes Eixo, verbalizó con eficacia la mejor conclu- han transcurrido desde aquella declaración regionales y nacionales haciendo posible así sión posible, durante la Asamblea General fundacional de Porto en la que doce ciuda- una interlocución eficaz con ellos, le permitió del 10 de febrero de 2011: «El balance de la des querían un instrumento que les permi- gestionar un número cada vez más creciente gestión del Eixo Atlántico es muy positivo, tiera acceder en mejores condiciones al fi- de proyectos comunitarios con éxito. Ahora teniendo un bajo coste para los municipios y nanciamiento comunitario puesto en marcha toca conmemorar y seguir trabajando hasta procurando su propio auto-financiamiento». con el primer paquete Delors. Por el camino, el próximo hito cronológico. La ciudadanía En efecto, en estos momentos el Eixo está aquella Asociación casi triplicó el número de de Galicia y del Norte bien vale esos desvelos. gestionando diez proyectos europeos por ciudades miembros y se convirtió en un líder un importe plurianual de 14 886 769.96 eu- de la cooperación territorial en la UE. Todo

356 EIXO ATLÁNTICO La corriente del Eixo Atlántico

David Pontes Galicia y el Norte de Portugal, que se jun- cundario —en actividades como la textil y la Jornalista da Agência Lusa de Notícias taban en el Eixo hace veinte años, eran dos del calzado— cimientos económicos frágiles regiones que afrontaban su condición de pe- por un perfil tecnológico y empresarial poco riferia nacional y en el contexto de la Unión competitivo. Por eso no es de extrañar que, a ¿Qué línea define mejor este eje? La que se Europea (UE) pudiendo compensar con una lo largo de la década de los 90, Galicia cam- traza horizontalmente en el mapa ciertamen- razonable densidad poblacional, aunque con biase de posiciones con el Norte, garantizan- te no lo es, porque hablar del Eixo Atlántico desequilibrios entre el interior y el litoral y do un crecimiento sostenido que le permitió es hablar de ese esfuerzo de juntar lo que la problemas de regeneración demográfica. En aproximarse a las medias europeas mientras historia y la política separaron; es percibir si común tenían también el hecho de presen- el Norte siguió vertiginosamente el camino en estos últimos veinte años ha sido posible tar bajos niveles de desarrollo en relación a contrario. potenciar identidades comunes y apuntar a la media comunitaria, lo cual aumentaba la un futuro en el que las fronteras se disipan en necesidad y capacidad de captar recursos co- Si observamos el mapa político, los contras- nombre del desarrollo y de la cohesión; y es munitarios. tes también destacan en este camino, más también preguntarnos, de un modo más sim- allá de los puntos comunes evidentes que ple, si sentimos esta Eurorregión como nues- Pero esta era también una Eurorregión que pueden ser resumidos por la alternancia de- tra casa, independientemente del lado de esa podía ostentar la existencia de centros de mocrática entre fuerzas de izquierda y de línea horizontal en que nos encontremos. producción de saber de reconocido prestigio derecha, en un mismo gran centro —en Por- bien establecidos y con conexión con el mun- tugal, entre el PS y el PSD; en Galicia, entre el Para definir el Eixo es mejor fijarse en la verti- do empresarial y un vasto y riquísimo patri- PSdeG y el PP—, que algún crecimiento epi- cal, recorrer el mapa de arriba abajo, siguien- monio turístico, cultural e histórico. sódico de los nacionalistas gallegos no llega do aquellas líneas que unen dos regiones de molde a amenazar. El contraste está en la que, al final, si no fuese por tal pasado, un Ya el tejido empresarial de ambas, a pesar organización del sistema político que en de- río y unas cuantas montañas, casi no se dis- de una capacidad de iniciativa autónoma mocracia generó un poder municipal fuerte, tinguirían en la geografía, sonando comunes de las pequeñas y medianas empresas, pre- pero a Galicia le dio incluso un poder regio- en la lengua y hermanados en costumbres, sentaba diferencias. En Galicia destaca el nal con autonomía frente al poder central, con una personalidad colectiva muy semejan- sector primario y un sector secundario que la Xunta, que no tiene una correspondencia te en el saborear de la tradición, en la religio- a lo largo del tiempo parece haber resistido política en el Norte de Portugal. A pesar de sidad, en el apego a la propiedad privada, en los desafíos de la globalización mejor que el estar inscrita en la Constitución portuguesa, el pragmatismo… vecino portugués, que tenía en el sector se- la regionalización continúa aplazada por falta

La corriente del Eixo Atlántico 357 20 años del Eixo Atlántico

de voluntad política sólida y de la resisten- Lisboa, Jorge Sampaio; y hasta el presidente está, de parte a parte, esa A-3 que parte de cia de una cultura de poder cimentada en la de la Generalitat catalana, Jordi Pujol, y el de Porto y que se convierte en la A-9 en Gali- capital, que condujo a la derrota en un refe- Portugal, Mário Soares. La idea que se gene- cia, capaz de unir el Duero al Xubia en más rendo no vinculante en 1998. Estas diferen- ró era propia de una Europa de Maastricht, de una manera. A lo largo de ella podemos cias en la gestión de los dos territorios es un en el momento en que se profundizaba en recorrer veinte años de buenas relaciones, problema que no va a dejar de cruzarse de la idea de que las regiones tenían un papel de trueques comerciales, de intercambio de diferentes formas en los veinte años de una importante que desempeñar en la cohesión estudiantes, de movimiento de trabajadores, institución como el Eixo. territorial y de que el principio de subsidia- de turistas... Se hizo tan natural pasar las riedad era virtuoso. Era el momento de apro- vacaciones en Sanxenxo como divertirse en Pero regresemos a nuestra mirada vertical vechar las oportunidades que los fondos eu- la noche de Porto, ir al Corte Inglés, como sobre este territorio que se extiende entre el ropeos de programas como el INTERREG o el hacer compras en IKEA. Norte de Portugal y Galicia para recorrer en FEDER podían proporcionar. paralelo dos líneas que destacan. Por coche, Y también se inició el camino de aproxima- tenemos la A-9/A-3 que va de A Coruña has- La unión de ciudades en el Eixo Atlántico ma- ción de las estructuras administrativas, si ta Porto, cruzando el Miño por Braga, mien- terializaba incluso reivindicaciones regiona- bien, solo muy recientemente, empecemos tras que por tren tenemos la conexión ferro- les, importantes para el Norte de Portugal — a ver los primeros resultados en áreas como viaria Porto-Vigo, que describe su camino por que se debatía con su ambición de obtener la la salud, en una lógica de aprovechamiento el litoral, pasando por Viana do Castelo. Las regionalización— y para Galicia —que como de complementariedades que solo puede ser dos vías unen su trayecto en Galicia en el pa- comunidad autónoma podía beneficiar de enriquecedora. Un ejemplo generoso de eso saje por el Miño. una conexión directa a Portugal— sin pasar —a pesar de que aún es tímido— son las eu- por la criba de Madrid. A gratificación sería rociudades, como aquella por donde pasa el Casi dos horas de duración separan las dos siempre el protagonismo político. eje viario que elegimos recorrer, la de Valença opciones para unir Porto y Vigo, ciudades y Tui, constituida este año en una tentativa cruciales en la historia del Eixo. Pero es una Por eso, tal vez, no sea descabellado decir de coordinación de competencias a una es- diferencia de casi un siglo, si pensamos que que la conexión por autopista entre el norte cala local que el Eixo viene acariciando desde el tren —con sus tres horas y veinte minu- de Portugal y Galicia, en 1998, —casi exacta- la experiencia de Chaves-Verín. tos— no hace un tiempo que dista mucho mente cien años después de la inauguración del que le era posible cuando la conexión de la conexión ferroviaria— fue la afirmación No se puede decir que el movimiento de ibérica se abrió en 1886. En estas dos líneas material de esa voluntad de andar caminos aproximación, hecho de miles de historias que unen el espacio del Eixo Atlántico está, comunes. Y si bien las infraestructuras no individuales de buena vecindad, no existiría de cierta forma, la medida de sus éxitos y de eran la única prioridad en el acto fundador si no hubiese el Eixo; pero él puede desem- sus desafíos. del Eixo, en el que se juntaron doce ciudades peñar un papel relevante como lobby y como en 1992, sí era la primera en una lista de ob- polo agregador de un mensaje de aproxi- No es que solo las infraestructuras fuesen la jetivos donde también estaban la enseñanza, mación de las dos regiones estimulando el única motivación en la génesis de la idea que la investigación y la defensa del patrimonio. pensamiento sobre el territorio, ayudando a surgió en una noche de San Juan de 1991 en crear la atmosfera necesaria para que el im- Porto. En la misma mesa se sentaron a cenar Era una meta sensata derribar las barreras perativo político se vuelva una narrativa creí- el presidente de la cámara local, Fernando físicas si se quería congregar los espíritus en ble y sustentada. Gomes; el de Vigo, Carlos G. Príncipe; el de torno al desarrollo de la Eurorregión y ahí

358 EIXO ATLÁNTICO Para hacer su camino, el Eixo Atlántico tuvo A esto siempre ha contribuido que a lo largo La personalidad de Fernando Gomes —un que superar las limitaciones propias de un de sus veinte años el Eixo haya sabido fun- político con profundo conocimiento de los cuerpo en busca de forma. En un ejercicio cionar como think tank de la Eurorregión dosieres europeos y dinamismo como presi- constante de tensión entre las ambiciones produciendo documentos importantes de dente de Porto—, materializada en realizacio- propias de cada municipio y de los diferentes reflexión sobre varias temáticas relevantes nes tan importantes como la construcción del protagonistas que fueron asumiendo la pre- como las infraestructuras, el medio ambiente metro o la elevación de Porto a Patrimonio sidencia del Eixo, perdió tiempo en su arran- o el turismo y conservando actualmente en de la Humanidad, fue determinante para el que hasta que fue posible crear una estructu- activo el Servicio de Estudios y la Agencia de arranque del Eixo. Sus ambiciones políticas ra permanente con sedes en Porto y en Vigo, Ecología Urbana. Las agendas estratégicas integraban en la perfección a Porto como dirigida por una secretaría general. territoriales, la estrategia de los transportes protagonista de una asociación de munici- y los documentos creados para sustentar los pios, lo que combinaba con las ambiciones objetivos de la Estrategia Europa 2020 y la Este paso se mostró decisivo para que el Eixo de su congénere de Vigo, Carlos G. Príncipe, Agenda 21 son buenos ejemplos de aquello no se perdiese en los recodos de la buro- que quería conquistar poder en el seno de los que se ha producido gracias a la cooperación cracia y de la inoperacionalidad en los que socialistas gallegos. en el interior del Eixo Atlántico. desaparecieron tantas otras buenas intencio- nes de cooperación municipal. La figura del Ese impulso inicial y la exposición pública de Y es bueno recordar que, si hace veinte años secretario general —protagonizada por Xoán sus pretensiones fueron esenciales para el se juntaron seis ciudades gallegas y seis por- Mao— se hizo indispensable para asegurar lanzamiento del Eixo, pero hasta por exceso tuguesas, hasta 1997 el Eixo Atlántico cre- un funcionamiento presente y estable, a pe- de protagonismo de los dos municipios fun- ció para agregar dieciocho ciudades y en el sar de las dificultades naturales creadas por la dadores, el Eixo tardó en crecer como enti- 2007 pasó a representar veintiocho y el año rotación de la presidencia entre municipios. dad autónoma con una organización estable siguiente treinta y cuatro, reforzando así su con iniciativas y objetivos claros. Le corres- representatividad y hegemonía territorial. La prueba de que esta institucionalización ha ponderá a Manuel Pérez, en 1995, con una Este crecimiento solo fue posible con una es- desempeñado una buena gestión y sostenibi- aproximación al alcalde de A Coruña —hasta tructura que, si bien a lo largo de su recorrido lidad financiera es que el Eixo Atlántico, gra- ahí adversario de Carlos G. Príncipe—, cla- no ha estado ajena a convulsiones, consiguió rificar objetivos y lanzar las bases de una di- cias a los proyectos europeos que ha dirigido, asegurar la estabilidad y ganarse una innega- asegura prácticamente su autofinanciamien- ble utilidad como asociación de municipios. námica interna de organización que vendría to. Las cuotas de sus asociados representan a conducir a la actual estructura. La abertura de sedes permanentes en Porto y en Vigo y la el 13 % del presupuesto del 2012, estimado Hablar de la historia del Eixo Atlántico es en 4 300 000 euros. hablar también del protagonismo de aque- representación en Bruselas son pasos impor- llos alcaldes o presidentes de cámara que a tantes de esta gestión. El corolario de este esfuerzo organizacional lo largo de los años ocuparon la silla de la fue la integración del Eixo en la Comunidad presidencia. Una evaluación que no es fácil, A partir de 1999, las presidencias dejan de de Trabajo Galicia-Norte de Portugal en el tanto la forma como sus capacidades opera- ser algo exclusivo de los fundadores y Mes- 2000, que lo confirma como protagonista de cionales se cruzan con el peso específico de quita Machado de Braga y Cabezas Enríquez la cooperación territorial regional, una pieza cada municipio, las realidades de la vida au- de Ourense van a asumir el timón del Eixo, a importante en el diálogo con instituciones tárquica y los ciclos políticos, no solo locales los que seguirán Rui Rio de Porto y Sánchez nacionales y europeas. y nacionales sino también europeos. Bugallo de Santiago de Compostela.

La corriente del Eixo Atlántico 359 20 años del Eixo Atlántico

Mesquita Machado fue importante en la rei- modernización de la vía ferroviaria ni surgió región, inmune a las fluctuaciones políticas vindicación de la definición de prioridades en en la agenda pública, sustituida por las rei- locales o nacionales. las infraestructuras de la región, principal- vindicaciones en torno al dosier de la alta mente en las viarias y, con menos éxito, — velocidad. La ilusión de los recursos inagota- Esta es la línea por donde pasa todo lo que como el tiempo vendría a determinar— en la bles acabaría por sucumbir ante la crisis de la todavía queda por hacer en la región, el cua- creación de un corredor de alta velocidad en deuda soberana y de una Europa que parece derno de tareas del Eixo Atlántico que puede la región. Rui Rio fijó un objetivo importante: cada vez más incapaz de superar sus egoís- ser ya un lobby relevante, actor importante el turismo, pero a mitad de recorrido pareció mos. La ambición de lo óptimo hizo que los de la aproximación entre comunidades e ins- perder el rumbo. Ourense y Santiago marca- protagonistas regionales descuidasen lo ob- tituciones, fuente de cooperación, sirviendo ron la continuidad en la elaboración de los es- vio que es el anacronismo de una conexión como base de reflexión sobre un crecimiento tudios estratégicos de la región y en la credi- ferroviaria que podía haber sido suplido por sostenible para la región; pero a quien toda- bilidad de la organización del Eixo como socio una inversión en la modernización de la línea vía le falta volverse más decisivo en algunas estratégico en la gestión de fondos europeos. existente o por la construcción de una alter- áreas evidentes. nativa de costes más moderados, coherente Pero la sucesión natural de sus presidencias con una política de futuro sostenible como El turismo y la promoción del patrimonio es — consolidando el Eixo como fuerza dina- lo es la de decantarse por el transporte fe- claramente una de ellas. Con las potencia- mizadora de la cooperación transfronteriza rroviario. lidades que existen en esta región es poco y una voz creíble en la reivindicación de los comprensible como todavía al Eixo no le ha anhelos de la Eurorregión— fue la mejor La pérdida de la gratuidad de la conexión sido posible desempeñar un papel más rele- prueba de la validez de la iniciativa lanzada portuguesa por las SCUT, en un dosier ela- vante en la búsqueda de sinergias entre los en 1992, que las presidencias de Luis Filipe borado atolondradamente por el Gobierno varios actores institucionales públicos y priva- Menezes de Vila Nova de Gaia y Abel Caba- portugués, creando dificultades absurdas a la dos de esta área. La lógica de Un destino, dos llero de Vigo vendrían a confirmar, aunque libre circulación en el territorio, mostró tam- países, unidos por esa otra línea ancestral sin grandes conquistas en sus mandatos. bién como la insensibilidad del poder central que es el Camino de Santiago, que podría puede aún sacrificar una aproximación que tener capacidad de proyección internacional, Pero si con la A3 y la A9 recorremos el éxito se consideraba adquirida. es una promesa por cumplir e incluso en la del Eixo Atlántico, no podemos olvidar que circulación entre los turistas de las dos regio- hay otra línea, que apuntamos en nuestro Son dos luchas en abierto en las que el Eixo nes todavía hay mucho por explorar. viaje en la vertical, mucho más dudosa: la del Atlántico ha procurado desempeñar su papel tren que une Porto y Vigo, que parece para- tanto en el frente mediático como en basti- En la cultura está todo casi por hacer, en la da en el tiempo, cuando no amenazada de dores, lo que le ha garantizado un creciente enseñanza el Eixo ya ha conseguido algunos extinción. En ella, de alguna forma, podemos protagonismo y solidificado su unión a las as- movimientos de aproximación, pero podría ver lo mucho que todavía queda por hacer en piraciones de la comunidad que representa. ser un agente agregador más relevante y la la región y podemos entrever algunos frentes Un proceso que solo es posible con la identi- economía es un dosier en el que no le ha sido donde el Eixo aún está lejos de alcanzar el ficación que los autarcas han tenido con los fácil penetrar. éxito ambicionado. objetivos del Eixo y con la capacidad que su estructura permanente ha mostrado —prin- En un momento en el que el ciclo de las Durante muchos años, relegada por la cons- cipalmente a través de su secretario general, infraestructuras parece estar agotándose, trucción de las autopistas, la cuestión de la Xoán Mao— de funcionar como lobby de la avanzar en estas áreas —que son fundamen-

360 EIXO ATLÁNTICO tales para el crecimiento económico e para la que agentes políticos con capacidad para mi- cualificación de las poblaciones y del territo- rar más allá de las fronteras de sus municipios rio— supone una importancia creciente. Son le puedan dar. A lo largo de su existencia, ellas las que en el futuro van a ayudar a hacer el Eixo Atlántico ha tenido algunos de esos mejor esta casa, las que van a reforzar el sen- motivadores, pero necesita más. timiento de que compartimos un destino co- mún. Las iniciativas del Eixo como los Juegos Así y todo, para quien vivió casi de espaldas o la Bienal, a pesar de ayudar a la consolida- volteadas durante siglos, el camino recorrido ción de esa identidad propia, son modestas, durante veinte años es muy significativo. So- muchas veces confinadas por los intereses in- mos impelidos a la voracidad, a exigir que se dividuales de los municipios que las albergan crucen las metas lo más deprisa posible, pero y parece faltar un nuevo abordaje para que no debemos olvidar que los encuentros entre iniciativas de este cariz materialicen mejor el pueblos, el hecho de compartir objetivos en- espíritu de esta asociación única de la región. tre comunidades que han vivido distanciadas en tantos capítulos son procesos que exigen A lo largo de su historia, el Eixo ha sabido tempo. aprovechar los ciclos en los que las cuestio- nes de las regiones ganaron importancia en Tal vez por eso encuentro una tercera línea Europa y en el que el problema de la cohesión que une las dos regiones y que me parece territorial y de las conexiones transfronterizas una metáfora mucho más satisfactoria que fueron un imperativo en la agenda del creci- autopistas o trenes. Esta es una línea invisi- miento. Los tiempos de escasez y de cierto ble, de agua, que se extiende a lo largo de egoísmo que vivimos son una dificultad más la costa atlántica del noroeste peninsular. En para el trabajo de una institución que tendrá siempre que lidiar con el hecho de ser una es- parte es agua caliente, la corriente del Golfo, tructura multipolar que opera en un territorio y en parte es agua fría proveniente de los ma- con dos organizaciones administrativas des- res nórdicos. El encuentro de las dos genera iguales. A un lado, la Xunta, capaz de ayudar un movimiento hacia el sur, lento pero per- al Eixo a proyectar su escala regional; al otro manente, imperceptible pero inexorable, aje- lado, una estructura eminentemente técnica, no a las olas que se forman en la superficie, la CCDR-N, que intenta cubrir la falta de una manteniendo resoluto siempre su curso. Que estructura política de la región. Un desequi- puedan ser así los próximos veinte años de librio que no deja de tener un peso conside- esa ambición de una Eurorregión que el Eixo rable en la acción del Eixo, que dependerá Atlántico materializa y no faltarán líneas que siempre para su afirmación del protagonismo unan Galicia y el Norte de Portugal.

La corriente del Eixo Atlántico 361

20 años del Eixo Atlántico ¿Qué es el Eixo Atlántico?

EIXO ATLANTICO DO NOROESTE PENINSULAR te con 12 universidades de primer nivel, tres En la actualidad cuenta con cinco ciudades es una asociación de municipios, de carácter grandes parques tecnológicos y 9 recintos (Porto, Guimarães, Santiago de Compostela transfronterizo, que integra a las principales feriales. y Lugo) y un territorio (Duero Vinícola) clasifi- ciudades de la Euroregión Galicia-Norte de cadas por la UNESCO como patrimonio de la Portugal, configurando su sistema urbano. Constituye hasta la fecha el único sistema ur- humanidad. Asimismo existen otras ciudades bano euro-regional estructurado, de carácter que están preparando sus candidaturas (Vila Nacido en 1992, bajo los auspicios de la transfronterizo, en la Unión Europea. Su obje- Nova de Gaia, Bragança y Ferrol). Comisión Europea, su fundación fue apadri- tivo principal es la cohesión y estructuración nada por el Presidente de la República de del sistema urbano, así como contribuir a la Portugal, Dr. Mario Soares, quien presidió la modernización de las ciudades mediante el asamblea constitutiva en Viana do Castelo. desarrollo de programas en red, la coopera- ción, el intercambio de información, y la pla- Situado en el noroeste de la Península Ibérica, nificación estratégica conjunta. la Euroregión Norte de Portugal Galicia tiene una superficie de 50.853 km2 y una pobla- Constituye también un grupo de presión para ción cercana a los 7 millones de habitantes. la consecución de sus objetivos, tanto en lo De carácter marítimo y periférico cuenta con referente al dialogo con los gobiernos, para una importante red de comunicaciones, en promover las inversiones en el territorio, es- constante crecimiento, cuatro aeropuertos pecialmente en el ámbito de las infraestruc- y tres aeródromos de carácter internacional, turas, como en la búsqueda de financiación 7 grandes puertos y una red e alta velocidad para la materialización de las estrategias que ferroviaria en construcción. Cuenta igualmen- establecen los órganos políticos.

364 EIXO ATLÁNTICO Historia y Cultura

El Noroeste Peninsular construye su vocación En los agitados tiempos que siguieron, emergen Sin embargo, los ejemplos de arquitectura ex­ atlántica ya en la prehistoria, cuando las rutas como timoneles los hombres de la iglesia que, clusivamente portuguesa no llegarían hasta comerciales unían los finisterres europeos; pero anclados en sus sedes episcopales, combaten el los siglos XV y XVI, con la aparición del estilo con la cultura castraña gana identidad propia y desorden y el miedo, al tiempo que resisten a manuelino, forma tardía y elaborada del gótico definitoria, hasta tal punto que, hace dos mil sus invasores. En esos momentos, la aparición que manifiesta su grandeza en un gran número años, cuando los romanos lo conquistaron, le milagrosa del sepulcro del Apóstol Santiago de monumentos. Otro elemento distintivo de la reconocieron personalidad y le concedieron un (s.XI) impulsará con fuerza la reconquista y se arquitectura de esta región, tanto en exteriores nombre propio: GallYcia. convertirá en el faro que guiará de nuevo a la como en interiores, es la bellísima azulejería Europa peregrina hasta el extremo de occiden- que, a partir del siglo XVII, se hizo constante en La atención que mereció por parte del em- te. En el Camino de Santiago, primer Itinera­rio iglesias, palacios y construcciones de carácter perador Augustp queda demostrada por la Cultural Europeo, se mezclan pueblos de todas urbano. inclusión en el imperio de estos territorios las naciones siguiendo rutas tradicionales sal- recién pacificados, integrados primero en la picadas de santuarios, que, de noche se recor- Amuralladas, con estrechas calles ocupadas por y, posteriormente, en la tan contra el cielo; desde allí, La Vía Láctea –o artesanos y burgueses, a la sombra de las cate- Citerior. Se trasladó entonces la frontera norte Camino de Santiago– conduce a los peregrinos drales, las ciudades se convierten en un hervi- de la Lusitania hasta el Duero, y la región del hasta la ciudad de Compostela, Patrimonio de dero. Así, con añoranzas y sueños y adinerados Noroeste quedó dividida en tres demarcacio- la Humanidad. regresos se creó un nuevo esplendor, plasmado nes jurídicas que constituían subdivisiones de en la opulencia que desbordan los templos y los las provincias y unidades administrativas. Sus La región del Miño es rica en diversidad cultu- edificios barrocos. capitales serán los tres centros urbanos fun- ral. Allí nació, hace ocho siglos, la actual nación dados por Augusto en esta región: Bracara portuguesa; en concreto, en Guimarães, lugar Pero el cambio de los tiempos se acercaba inevi- Augusta, Lucus Augusti y Asturica Augusta. donde encontramos restos celtas, romanos y table: vientos de guerra soplaban desde Europa La importancia que Augusto otorgó a los te- medievales. Testigos de esos tiempos son los y hasta occidente llegaron, vistiendo el uniforme rritorios del Noroeste Peninsular se manifiesta dólmenes de Àncora yd e Mezio y las ricas ce- de los ejércitos napoleónicos. Resistir y expulsar en al fundación de núcleos urbanos; su política rámicas de Arga y de Gião; y no hay calzada ro- al invasor se convirtió en una necesidad impe- constituye los inicios de la romanización jurídi- mana que se precie de conservar tantos miliarios riosa, pero ya nadie podría detener la historia. ca, económica y cultural, que afectará a todo como la de Geira, que iba desde Braga hasta Las ciudades atlánticas se convirtieron al moder- el territorio del Noroeste, en diferentes grados, Astorga, atravesando el Gêres. no progreso y apostaron por un futuro mejor. a lo largo de los siglos de ocupación romana. Derribándose así gobiernos y murallas, se traza- Es importante la política de municipalización Como nación, Portugal se fundó en 1143, y de ron avenidas y se rasgaron prejuicios; desde en- emprendida por Vespasiano, que beneficiará a sus primeros pasos hablan los numerosos tem- tonces co­menzó la industrialización y se exaltó los núcleos urbanos del Noroeste. plos románicos, castillos y burgos medievales. la enseñanza, la cultura y la libertad.

365

20 años del Eixo Atlántico

Eurorregión 2020 La crisis ha obligado a reajustar todas las 2020”, basado en la estrategia “Europa estrategias que estaban previstas hace tres 2020”, mediante el desarrollo de los tres pi- años. En estos momentos nuestra prioridad lares que la configuran: Introducción es promover ciudades competitivas para salir de la crisis. • Crecimiento Sostenible, • Crecimiento Innovador, Para ello, en sintonía con la Comisión Euro- • Crecimiento Inclusivo. pea, impulsamos el porgrama “Eurorregión Crecimiento Sostenible Agencia de Ecología Urbana del Eixo Atlántico, avanzando hacia el crecimiento sostenible

El desarrollo sostenible ha sido identificado ce eficazmente los recursos, que sea verde y la estrategia Europa 2020, en un crecimiento desde el inicio del Eixo Atlántico como un competitiva, desembocó en la creación de la basado en la cohesión social, la eficiencia factor clave para el futuro de los municipios Agencia de Ecología Urbana del Eixo Atlán- ambiental y económica. que lo integran. Esta idea comenzó a mate- tico en 2009 con la colaboración de la Con- rializarse en 2006, cuando se estableció un sellería de Medio Ambiente, Territorio e In- La Agencia de Ecología Urbana ha evolucio- primer acuerdo con la Xunta de Galicia y la fraestructuras de la Xunta de Galicia. La idea nado a través de la elaboración de diferentes Dirección Regional de Medio Ambiente y Or- inicial era la de facilitar a los ayuntamientos herramientas aplicadas a distintos proyectos denación del Territorio del Norte de Portugal, hacer frente al reto de poner en práctica el con el fin de poner a disposición de los mu- para promover, con carácter innovador, la concepto de crecimiento sostenible, así como nicipios los instrumentos así como facilitar el implantación en una red transfronteriza de la la entrada en la sociedad del conocimiento. asesoramiento necesario para una planifica- Agenda 21 Local. Este proceso culminó con De este modo se intentaba desarrollar el ción sostenible. la Firma de la Carta de Aalborg por parte de principio, recogido en la Estrategia temáti- los alcaldes lo que dio lugar al avance hacia ca europea de medio ambiente, de que “las Ha sido pues, a partir de la investigación y el una Estrategia de Desarrollo Sostenible Euro- autoridades locales que más éxitos cosechan desarrollo de nuevos instrumentos y modelos rregional y a la integración de los procesos son las que se valen de enfoques integrados que permiten el análisis territorial y mejorar de planificación territorial y las estrategias de para la gestión del entorno urbano y adoptan la eficiencia ambiental, energética y en el I+D en las políticas de desarrollo sostenible. planes de acción estratégica a medio plazo empleo de recursos público, lo que ha per- en las que se analizan en detalle los víncu- mitido poner a disposición de los municipios La madurez de este proceso y la emergencia los entre las distintas políticas y obligaciones, de la Eurorregión Galicia-Norte de Portugal, de la estrategia de desarrollo Europa 2020, incluso a distintos niveles administrativos”. documentos inéditos a escala transfronteriza constituida por tres pilares entre los que se Esta línea de trabajo llevó a la elaboración y tales como la guía metodológica para la ela- encuentra el crecimiento sostenible median- aplicación del modelo Eixoecologia de desa- boración de la Agenda 21 Local siguiendo el te la promoción de una economía que utili- rrollo sostenible basado, en coherencia con modelo Eixoecologia, el Informe de la Soste-

368 EIXO ATLÁNTICO nibilidad de la Eurorregión, el estudio de las los territorios de Galicia y el Norte de Portu- ción de las herramientas necesarias para la dinámicas de los usos del suelo en la Euro- gal. Además, el trabajo de asesoramiento a consecución de los objetivos recogidos en el rregión o el plan de movilidad alternativa y los municipios está permitiendo la aplicación Pacto de Alcaldes. la redacción de las bases para la elaboración de modelos para un uso más eficiente de sus de estrategias de desarrollo sostenible para recursos así como la promoción y la aporta- Crecimiento Innovador El crecimiento inteligente se consigue en el • a facilitar el establecimiento de meca- Y con todo esto, conseguir finalmente que Eixo Atlántico a través de la puesta en mar- nismos de coordinación entre las dife- las ciudades del Eixo Atlántico se transfor- cha de la Agenda Local Digital. Dicha inicia- rentes entidades locales para el inter- men en “Ciudades Inteligentes”. tiva persigue desarrollar la sociedad de la cambio de experiencias, información en los municipios, de manera más efectiva y eficiente, contribuyendo, en- • promover la cultura de la solidaridad tre otras: digital y la prestación conjunta de servi- cios así como al mejor aprovechamiento • al mejor aprovechamiento de las actu- de las posibles fuentes de financiación ales estrategias digitales de ámbito ter- externas en este campo. ritorial, Crecimiento Inclusivo En lo que a crecimiento integrador se refiere, ciación en torno de la práctica deportiva y tugal y poniendo una especial atención en los la Comisión Europea señala como objetivo procurando fomentar no sólo la convivencia más nuevos, bien como receptores o como garantizar la cohesión económica, social y sino también la ética en el deporte a través productores, y servir así de escaparate de la territorial. En este sentido, y para consolidar del “Trofeo Juego Limpio, Nelson Cardoso”. industria cultural de la Eurorregión. el territorio como una unidad integrada e in- Los Juegos llegarán en el año 2013, en Gui- tegradora el Eixo Atlántico lleva a cabo una marães, a su X edición, así como también lo También, como escaparate surge la Mostra serie de actividades destinadas a generar sen- hará la Bienal de Pintura que se reinventa sin Musical de Nuevos Intérpretes que en el 2014 timiento de ciudadanía eurorregional, enmar- perder su esencia. celebrará su IV edición y que procura, a través cadas en los tres ámbitos que actúan como de la música, que los más jóvenes compartan motores del territorio: el deporte, la cultura Continuando en el ámbito de la cultura, la experiencias y conocimientos, lo mismo que y la educación. Capital Cultural nace con la intención de se pretende en los Seminarios de Intercambio potenciar la cultura común, en todas sus ex- de Experiencias, tanto en el ámbito de la edu- Así, los Juegos del Eixo Atlántico reúnen cada presiones, en las ciudades del Eixo Atlántico, cación, como en el ámbito del deporte, y ya, dos años a más de 1500 chavales y chavalas contando con la presencia de los países histó- en este caso, dirigidos a políticos y técnicos de las 34 ciudades que conforman la aso- ricamente ligados a Galicia y al Norte de Por- de las ciudades miembro del Eixo Atlántico.

Eurorregión 2020 369

20 years of Eixo Atlántico MesSage

José Maria Costa President of Eixo Atlántico

In April 1992, 20 years ago, in Porto, 12 cities from Spain and the North of Portugal took the political decision to constitute the Eixo Atlántico of Northwest Peninsula. A few months later, in September 2012, the agree- ment was signed in Viana do Castelo and the association was brought to fruition.

20 year later, the original principles and ob- jectives still remain up to date as they were thought in its constitution, especially regard- ing the role of our cities in the European con- struction and integration, the implementa- tion of the Euro-region Galicia-North of Por- tugal, and the development and integrated cooperation built over a strategy of persons, services and goods mobility.

In the wake of the work already done we can confirm that it does exist a close relationship between the North of Portugal Region and

372 EIXO ATLÁNTICO Galicia. Different dynamics at economic, so- difficultiesand deepen in European inte- Finally, I want to take this opportunity to cial, labor, financial, university and cultural gration, transforming Europe in a cohesion mention my satisfaction to preside, as Mayor level, with the objective of improving and space for the cities and the people. of Viana do Castelo, where 20 years ago the consolidating the economic make the eco- association was born, the fate of the Eixo At- nomic atea Galicia-North of Portugal more I’m convinced that Eixo Atlántico is going to lántico. attractive and competitive. keep working hard in the coming years, and through the development of quality projects In this book we want to highlight, through and the participation in essential issues for analysis and our photographic storage the our region we are going to achieve the goals extraordinary work that for 20 years has been before mentioned. done both for our great team of professional and for politicians, technicians or university I’d like to dedicate this book to the more experts, more than 400 people that have than 5,000 people that during 20 years have continuously contributed to the development contributed to the cross-border cooperation of our activities, shaping a unique case in Eu- process in the Galicia-North of Portugal Euro- rope of vitality and involvement. region. Though most of them do not appear, I wish that our gratitude and admiration to In this period of crisis the European values them is reflected in this book, with the hope that we strongly defend are being ques- that in the coming years the Eixo Atlántico tioned, and that is not reassuring. We need will remain as a reference organization and a strong institutions that allow us to overtake successful case in the European Union.

MESSAGE 373

20 years of Eixo Atlántico THE EIXO ATLÁNTICO

The history of an alliance of historical cities

Luis Domínguez Castro effect, the competition between regional and if exceptions were allowed, and what was Universidade de Vigo local powers is one of the most intense in Eu- most important, economic and scientific or- ropean politics, especially with the growth in ganizations such as chambers of commerce regional powers since the 1970s. and universities were also integrated, as they The 1980s was a decade which saw a clear were seen as vital parts of the future of urban renaissance in the European project, em- The relations between regional and local Europe. bodied in the presidency of Jacques Delors. powers have not always been ones of collab- It was at this time that the idea of various oration and integration. Often these conflicts If the expectations raised by the renewal of possible Europes was discussed. The Europe were inevitable given the decentralization of the European project in the 1980s, after the of the markets was understood in terms of state competencies and the imposition of crisis of the first amplification and the end of the possibility of a European single market; new structures of regional power in areas the model of economic growth of the post- the Europe of workers defended by the left which previously had been under municipal war, explain the dynamism of the structures derived form the brief experience of euro- jurisdiction. Symbolically, to the creation of of city and regional groups and the competi- communism; the Europe of innovation and the Assembly of the Regions of Europe (ARE), tion between them, the emergence of new citizenship launched by François Miterrand in the most important lobby group for the re- networks of inter-regional and trans-border Fontainbleu and formulated in the Adonnino gions sice the relaunching of the European cooperation is closely linked to the institu- report; the federal Europe of the nations pro- project, in 1985, the cities responded with tion of new regional policies which, in per- moted by the nationalist parties who desired the with the a conference on “The City: fect synchrony with the new directives of a reorganisation of the political landscape; Motor of Economic Growth,” celebrated in the policy of economic and social cohesion, the emergent Europe of the regions more in Rotterdam in 1986. From this conference, were put in place with so-called First Delours accord with the new administrative articula- succeeded in following years with confer- Package of 1988. In effect, both the regu- tions of the States; and the Europe of the ences in other important cities, was born the lation of the FEDER and, especially, the put- cities, always present to a lesser or greater Eurocities organization. Barcelona, Birming- ting into place of the Community Initiative, degree from the start of the process. ham, Lyon, Rotterdam, Frankfurt, and Milan, INTERREG were to play an decisive role in all major European cities without being capi- the flourishing of a associations dedicated to The two final formulations, the Europe of the tals, would be the supporters of the Euroci- co-operation and benefitting from generous regions and the Europe of the cities are cen- ties as a lobby group of urban communites. subsidies from the EU. Brusseld was willing tral to an understanding of the birth of the In principle this network would include cities to fund these organizations as long as they Atlantic Axis of the Peninsular Northwest. In with more than 250,000 inhabitants, even were committed to a new governance based

376 EIXO ATLÁNTICO on two fundamental principles: partnership in this way reunite cities from three countries was the forming of a relationship between and benefits. Both principles which give a so as to better access community funds. It Vigo and A Coruña. In effect, in September strong role to sub-state organizations, both is important not to forget that in December of 1991, nine years after becoming mayor of regional and local. of 1991 the twelve countries of the com- A Coruña, Francisco Vázquez visited Vigo of- munity approved the Treaty of Maastricht, ficially in order to support Príncipe’s strategy, On the 24th of October, 1986 the official which deepened the economic and social co- in exchange for support for his own candi- twinning of the cities of Porto and Vigo took hesion policies and created a new fund, the tature for the the presidency of the Spanish place. O twinning of cities in Europe started cohesion fund, for this purpose. Fernando Federation of Provinces and Municipalities as a reconciliatory process between France Gomes, a pro-European professional, could (FEMP). Pontevedra, then under the govern- and Germany, at the start of the 1950s. see the possibilities that a lobby of cities and ance of Javier Cobián and the right-wing The World Federation of Twinned Cities was other local actors could realize, with the help Popular Party (PP), joined the alliance in Sep- created in 1957, through the initiative of a of the Commision, in the plans that would tember of the same year. French organization, “Monde Bilingüe.” Fruit be initiated in 1994. At the same time as the of this relationship, the idea for an Atlantic steps were taken for the coming of the sin- In the first weekend of October, Gomes and Axis was first mooted on the night of the gle market, the opportunities for economic Príncipe met in Porto and proposed the crea- Festival of Saint John, at a speech at a din- development that co-operation between re- tion of an alliance between Porto, Vigo, and ner organized in Porto by the Porto Business gions brought with it were developed. A Coruña so as to “give strenght to the At- Association. It was the 1991. Seated at the lantic Axis within the structures of the (then) same table were the mayors of Porto (Fer- Carlos G. Príncipe became mayor of Vigo E.E.C.” From that moment, that which was nando Gomes), Lisbon (Jorge Sampaio), Vigo under controversial circumstances, as he did going to be an alliance between the mahor (Carlos González Principe), as well as the not head the election papers of his party in Galician cities took on a more ambitious hori- (Mario Soares), and the May and was given the post because of the zon, under the control of Ferndando Gomes, Catalunyan Generalitat (Jordi Pujol). veto of the nationalists of Esquerda Galega the path to an network of trans-border cities (Galician Left) on the previous mayor, Manuel at the heart of the European Union. The idea Fernando Gomes, along with Jorge Sampaio, Soto, who passed the position to his running was to create an association that politically was, at that point, one of the most important mate, Príncipe. In Galicia, the Socialist party, strong, so not all municipalities could be in- figures in the Portuguese socialist party, the the PSdeG had lost control of the provin- tegrated, just those that were the most im- PS, which had been opposition since 1985. cial government but controlled the principal portant in the two regions, and which, also, Gomes was very interested in communitar- cities. Because of this the mayors, especially allowed for the participation of all political ian issues, and as vice-president of the So- Francisco Vázquez of A Coruña, were faced parties. cialist bloc within the European Parliament with a difficult internal situation against the and spokesman on the Reform of Structural historically weak leadership of the General On the 1st of April, 1992, the constitu- Funds at the Commision of Regional Policy. Secretary. Anxious to play an important part tion of the Atlantic Axis of the Peninsular He was also a clear supporter of the region- in the phase of reconstitution of Galician so- Northeast was announced, but only after alization of his own country. Placing Porto at cialism, Príncipe, in the first days of his office, an intense debate about the juridical status the head of a network of trans-border cities launched the idea of an alliance between the that the new entity should have; whether to married perfectly with his interests. In fact, seven Galician cities so as to defend his inter- model it under the classic Pact of Friendship years later, the network C-6 attempted to in- ests against but the provisional government between Spain and Portugal, an argument corporate Porto into their organization and and Madrid. The first stage in this process defended by the mayor of Viana do Castelo,

THE EIXO ATLáNTICO 377 20 years of Eixo Atlántico

Carlos Branco Morais, or through the com- MAASTRICTH requires the urgent adoption of Galicia, the Government of Portugal, the munitarian law of the European Association of political measures which will ensure the , which are objectively of Economic Interests, the thesis of Fernando role of cities in the construction of a UNIT- interested in the European Project of Unity Gomes. Twelve cities were integrated in total: ED EUROPE.” This had to do with creating and Cohesion.” six of these were Galician− Vigo, Pontevedra, a single market and so “an indispensible Santiago, a Coruña, Ferrol, and Ourense – condition is the superation of physical barri- The statutes were approved on the 12th of and the other six Portuguese − Porto, Braga, ers through the creation of public infrastruc- June, 1992, in the palace of Castrelos, in Viana, Vila Real, Chaves, and Bragança. The tures that allow the construction of a SINGLE Vigo, and were later ratified bu each of the European character of the organization was TRANS-BORDER MARKET.” In order to make partners. The ceremony was held in the pres- made clear with the presence at the founda- these infrastructures a reality the communi- ence of the Secretary of State of the then tional ceremonies of a representative of the tarian funds of the second Delors Package E.E.C., Carlos Westendorfp, and the Head DG Regio, the German Manfred Beschel, and were highlighted: “We, in the name of the of Unity between Spain and the DG Regio, with the reception given to Fernando Gomes cities which subscribe to this document, be- Claude André. in Brussels, on the 3rd of April, by the Gen- lieve that it is fundamental that these funds eral Director of Regional Policy, Eneko Landá- are channeled within our regions primarily Finally, on the 28th of September, 1992, the brau. towards their urban centers.” The charac- official passing into law of the acts was cel- ter of a pressure group which defined this ebrated in Viana de Castelo, with the attend- The foundational declaration began with the new organization meant that there had to ance of Mário Soares, President of Portugal. words “The application and institution of be good relations between all participants. At this time Lugo joined as the thirteenth the SINGLE EUROPEAN ACT from the 1st of The declaration itself affirmed this “We member of the Atlantic Axis. January of 1993, as well as the development were born with the will to dialogue in ac- of measures adopted at the Conference of cord with all the other institutions, the Xunta

378 EIXO ATLÁNTICO The first years (1992 - 1994)

A lobby of urban power

From the 1st of April, 1992, the Axis has trav- lack of interest of certain cities who did not an Urban Observatory. However, in that very elled on a long journey that can be divided send representatives to meetings or contrib- same meeting, it became clear that it would into four stages. A first foundational stage ute the funds promised in the correct way. still not be possible for the organization to which runs from 1992 to 1994, under the function on a day to day level. It was agreed presidency of Porto. A problem that was evident from the begin- that steps would be taken to create a per- ning was the lack of personnel to manage manent administrative team, and that each Organizational development the daily running of the organization. In the municipality would designate a executive el- first Executive Commission, which was held ement to take responsibility for the carrying From this point of view, the association be- in Braga on the 21st of December, 1992, the out of Axis initiatives. gins to display its singularity from an early first budget of the Axis was passed, which date. In effect, the statutes of 1992 imagined gave 9.3% of funds for the salaries of the A final change in the organizational struc- an Assembly and an Executive Commision staff of the presidential seat. In the second ture was Vilagarcía de Arousa’s canditature which included all the cities, the first with Executive Commission, held in Ferrol on for the membership of the Atlantic Axis in three members and the second with one. the 5th of February, 1993, the current rate October, 1992. There is, therefore, a certain overlapping be- of funding, proposed by the Professor Joan tween the two organizations; the Executive Nunes, was approved. Strategic Development Commision leads the way in planning and budgeting and the Assembly approves these The functional development of the Atlantic From a planning perspective, the first Gen- iniciatives. The innovation resides in the func- Axis was to see the growth of sectoral meet- eral Assembly, held in Ourense on the 20th tions of the Presidency and Vice-Presidency. ing, a development not foreseen in the foun- of November, 1992, identified eight priorities The president is elected by the Executive, dational statutes. The decision was taken by which demonstrated a deep knowledge of from among the mayors and council presi- the Executive Commission of Braga, held on the sustainable urban development policies dents, and has a mandate of two years in the 30th of September, 1994. This was a re- of the European Union. In effect, the Axis the first two appointments, and of one year sponse to the failure in the initiatives already was born to promote: for any appointments exceeding this. This undertaken. It was decided there that meet- breaks with the tradition of national rotation ings on sports were to be held in Chaves, 1. Complete the road and rail infrastruc- of positions in the co-operative structures of tourism in Braga, and culture in Santiago. tures that would connect the Eurore- Europe. However, the institutional structure Vigo was charged with the responsibility of gion with the large transeuropean was to provoke a certain paralysis, with the drawing up a document for the creation of transport networks.

The first years (1992 - 1994) 379 20 years of Eixo Atlántico

2. Promote a redefinition of the market strategic study on which to base these priori- tant advance. The capacity to overcome its transport strategies in terms of a multi- ties. A multidisciplinary team of experts from organizational deficiencies through sectorial modal perspective, based on road, rail, the two regions, under the coordination of meetings, the basis of the future Delegate and maritime transport. António Figueiredo and Anxel Viñas, began Commissions, already had an effect in the I to develop the report in the first weeks of Games of eh Atlantic Axis and helped to inte- 3. Promote the creation of research and 1993. Their task was to describe the role of grate all the cities of the Eixo in its activities. permanent training centers through the each of the thirteen member cities of the foundation of Science and Technology time, identify faults and propose solutions, However, there were also some significant er- hubs linked to the universities. typify the new dynamics of urban practices, rors in this first phase. The most important, and, ultimately, to propose thematic and are- without doubt, was not giving the associa- 4. Incentivise co-operation initiatives be- as and possible activities for the promotion of tion a stable technical-administrative struc- tween Universities-Companies-Local networks of co-operation between the cities. ture. Focussing on obtaining communitarian Authorities, with partnerships of both This work, which would become the I Strate- funds without sufficient preparation gave the private and public entities. gic Study of the Atlantic Axis, was submitted Axis an image as a “facilitator” of economic in 1994, becoming the most important ac- resources. The dependence on the personali- 5. Promote the creation of Business Cent- tions of the organization in this first stage of ties of two of its principal promoters, Gomes ers and Centers of Information on Exte- its history. This was so because it was to be and Príncipe, and the cities of Porto and rior Markets. a vital way for the organization to present it- Vigo, also gave a certain lack of priority to self to both national and communitarian au- the other member cities. 6. Promote and support the recuperation, thorities. The president of Spain of the time, reconversion, and rehabilitaion of his- Felipe González, both González and Cavaco torical and cultural heritage. Silva at the Cumio Ibérico of Porto of Novem- ber, and, finally, the Comisario of regional 7. Promote research in two key areas: the politics, Bruce Millan, were all visited by the development of a network of inter-re- mayors of Porto and Vigo and presented with gional natural gas; the development of the results of the strategic studies in 1994. telecommunication networks. Conclusions 8. The construction of bridges on the Miño: Vila Nova da Cerveira/Goián e This first stage of the history of the Axis was Melgaço/Arbo successful, especially in the very creation of a singular structure in terms of territorial co- In order to carry out this initiatives funding operation within Europe, and in the construc- from the respective communitarian funds tion of the basis for a powerful defense of of Spain and Portugal, those from 1990 to the interests of urban politics, above the lo- 1994, were to be used. calisms and temptation of confrontation with other powers. The investment in knowledge Finally, and so to have more possibility of as a way to further the demands of the cities success, the Axis decided to commission a of the Euroregion was to be its most impor-

380 EIXO ATLÁNTICO A necessary redefinition (1995 - 1999)

More than a lobby: an organization with stable funding and permanent staff

In May 1995, the structure of power in Gali- firmed his belief in an Axis that “in its ef- two operative centers in Porto and Vigo, with cia changes radically. The Partido Popular ficiency, dynamism of its management and permanent staff. went from governing just two of the major defence of our interests in the EU, is both cities, to five. The presidency given to Vigo, accessible and tangible to citizens. It should On the the 14th of December, in Viana de in the Assembly of Pontevedra in February be seen on the street, among the people, Castelo, the III General Assembly passed 1995, would be exercised by the new may- and should promote a feeling of belonging the strategic plan presented in the previous or, Manuel Pérez.The suspicion with which to a common process...”: In consequence, he meeting, in Vigo. The document not only the conservative politicians held Carlos G. proposed a path difined by three priorities: consolidated the three priorities but present- Principe, and the belief that the Atlantic ed concrete ways in which to achieve them. Axis was a socialist tool to work against the • A strenghtening of the lobby as an in- strument to promote and defend the in- Work Community of Galicia-North of Portu- *Strengthen the lobby: terests of the city members, along with gal, promoted by the Xunta and the CCR-N, the states to which they belong, in the meant that the Popular mayors planned to 1. Put into place an urban observatory. EU, without being an opposing power withdraw their cities from the Atlantic Axis. to those states. This withdrawal ultimately did not take place 2. Call a Congress to debate the strategic as thanks to the intervention of the President plan. • Promote the accessibility and the in- of the Xunta, Manuel Fraga, who settled his volvement of the Axis in the lives of the differences with the mayor of A Coruña, 3. Follow up the proposals made and pro- citizenry through the promotion of ser- Francisco Vázquez, who was willing to re- mote new ones so as to obtain the nec- vices of protection and of leisure. start the association. Porto’s model, which essary finance to reach the objectives of the strategic plan. gave over the day to day running of the Axis • Succeed in creating a dynamizing in- to a service determined by the executive—in strument of social and communitary *Promote the visibility and the accessibility of the anterior case the department of interna- development through the conversion, the Axis (always looking for the involvement tional relations—the new formation opted to partial and incremental, of the Axis into create an interior structure, under the techni- an Agency of “Euroregional” develop- of civil society): cal direction of Xóan Vázquez Mao. ment. 1. The publication, in the form of a maga- In the Deliberating Council of Vigo of the Due to reflection on the first years of the as- zine or journal, of an organ of commu- 30th of October, 1995, Manuel Pérez con- sociation, this Council decided to establish nication for the Axis.

A necessary redefinition (1995 - 1999) 381 20 years of Eixo Atlántico

2. Promote the creation—from private Organizational Development proposal of Fernando Gomes, and attempting initiatice—of a multimedia euroregional to appease the cities of the interior, led by Bra- communication project. This concrete and ambitious program ran gança, opted for an imaginative model based parralel to the first and second amplification on the Committee of the Regions: mandates 3. A series of publications. of the cities of the Axis. At the end of 1995, of four years, but renewable each two years the Galician cities of Vilagarcía de Arousa 4. Sponsorship of artistic prizes: short nar- so as to allow more possibilities for more cit- and Monforte de Lemos were incorportated rative and painting. ies. The President would be elected by the Ex- to the Axis, and at the end of 1997, the Por- ecutive Commission for a mandate that would 5. Sports: Axis Games, football tourna- tuguese cities of Guimarães, Vila Nova de be at the discretion of the Commission, but ment, and cycle tour. Gaia, Peso da Régua also joined. could not last for longer than the commission itself, which would run a course of four years. 6. Promote tourism along the interior and At the same time, the internal debate on the The possibility of re-election would be open, exterior of the Atlantic Axis. future of the Axis, which started in the De- as well as the possibility of a ceasing of pow- 7. Create a institutional image through liberative Council, was to be continued with ers on the decision of two thirds of the Execu- branding. the decision adopted by the IV General As- tive. With the same aims of organizational ef- sembly, celebrated in Vila Real on the 27th of ficiency, the General Assembly would appoint 8. Euroregional events for the elderly. September, 1996, which proposed the writing the Vice-Presidency automatically. of a foundational document by the mayor *The change to a development agency of Chaves, the Doctor and Political Scientist, The first Executive Commission, made up of 1. Create a development agency. Alexandre Chaves. As a result of the report the cities of Vigo, Porto, Viana, Braga, Santia- presented by Chaves, a substantial modifica- go, and Ourense decided on their first session, 2. Promotion of a industrial network tion was made to the foundational statures in celebrated in Santiago on the 12th of Febru- through selective presence in Fairs and the General Assembly of Guimarães, on the ary, 1998, to nominate Xoán Vázquez Mao, through the capturing of new markets. 31st of October, 1997. The new text clarified who up to this moment was Technical Direc- the composition and competencies of the 3. Capturing of investments, through vari- tor, the General Secretary of the Atlantic Axis. Executive Commision. The Assembly became ous means, but especially through the This was a decision that would considerably the superior organ of the organization solely creation of Business Centers in the cities change the internal dynamics of the organiza- made up of the mayors of each city. The Ex- of the Eixo. tion. First of all, the General Secretary would ecutive Commision amplified its powers of become a member of the Executive Commis- 4. Promote competitivity with community representation and the approval of proposals sion, with a voice but without a vote, exercis- funds for telecommunication networks, and contracts and reduced its number to six ing the function of secretary. In order to give transport of goods, and training. mayors, two of which would be permanent, him continuity in the work of the association, those of Porto and Vigo, as these were the ini- article 14 of the new statutes recommended 5. Complete the plan for infrastructure ciating cities and held the organizational cent- the installation of two permanent seats in passed in 1992. ers, and four appointed by the assembly and Porto and Vigo, leaving open the possibility 6. Promote coordinating strategies with with a mandate of four years. These changes of opening another seat in another of the cit- social, economic, and university agents. were to solve the overlapping of functions ies if it was esteemed opportune. Also, from that had existed between the two executive February 1997, the Axis had another center organs. The General Assembly, following the in Brussels due to the agreement signed with

382 EIXO ATLÁNTICO the Galicia-Europe Foundation, which re- Viana, on the 14th of December, 1995, financing for the foundation of the Ur- ceived successive temporary representatives there would be four Delegate Commissions ban Observatory of the Atlantic Axis, assigned by the organization. The creation of created: tourism, sports, the Axis magazine, with a center in Vigo, through the com- a permanent staff for the organization was and the strategic plan and the article 10 munitarian program, RISI II. Involved in consolidated with the contraction of two local of the FEDER regulations for the financing this were more than 30 entities from coordinators for the centers in Vigo and Porto. of transborder cooperative structures. The the two regions, with a special predom- The work of this technical team not only per- breaking up of the tasks of the Commission ince in the areas Vigo-Pontevedra and mitted a qualitative leap in the functioning led to a greater stability, especially with the Porto-Braga. of the Axis, but also served to formalize the functioning, since 1998, of the four Delegate finances of the organization. Vázquez Mao Commissions: culture, education and social 2. The calling of a Congress to debate the was to refer to the Axis’s financial difficulties welfare, tourism, and sports. strategic plan. This took place in Vigo, on in a strategic document presented to teh Ex- the 17th and 18th of October, 1996, and ecutive Commission in November, 1999: “The Finally, to the image of the Socio-Economic was inaugurated by the current Presi- debt accumalated by the non-payment of the Council of the EU, there would be added a dent of the Spanish Government, and councils meant that there was no money in Council similar to that of the Axis in order then Minister for Public Administration, the bank accounts when the staff was created to allow for its conversion to an Euroregional Mariano Rajoy. In the words of Manuel in 1995...”. On the same theme, the mayor Development Agency and organ for social Pérez, the Congress had three main talk- of Lugo, Joaquín María García Díez, on the visibility. However, this never came to frui- ing points: “Firstly infrastructure, which General Assembly of Santiago on the 12th of tion, and it was not mentioned in teh Internal is perhaps the main reason behind the February, 1998, claimed that debts represent- Regulations of 1998. founding of the Axis. Second, adminis- ed a third of all expenses. These budgetary trative modernization which is in Spain problems meant that extra quotas had to be Strategic Development a fundamental problem in the policy of applied to finance activities such as the Urban central administration, and in Portugal Observatory and the Atlantic Axis Games. The The three prioritites mentioned in the Gener- in its policy of regionalization. Finally, a regularization of the accounts would be one al Assembly of Viana do Castelo of December discussion of the diagnostic study, which of the great challenges of this stage. of 1995 orientated the actions of the Axis in will be a reference for future strategic the following years, and added a new aspect action”. The Congress was organized in During this time the reform that gave legal- to the internal develpment of the Axis due seven conference tables: the moderniza- ity to the sectoral meetings, which were later to the debate generated with the presidency tion of the administration; the policies of to be called Delegate Commissions, made up of Manuel Pérez. This last development we the European Commission; the diagnos- of councillors and directed by the Executive already discussed in the previous sections so tical study; the economic development Commission, was productively used. In the we will here concentrate of the three major of Galicia; the economic development of General Assembly of Lugo, on the 30th of priorities: the North of Portugal; the infrastructures October, 1998, the Internal Regulation modi- of Galicia; and the infrastructures in Por- fied the composition of the Delegate Com- *Strenghtening of the lobby: tugal. It was attended by key political missions allowed the presence of advisors and economic figures, the most impor- and experts, but with the proviso that execu- 1. The putting into plave the urban ob- tant of which was the Spanish Minister tive functions were to be unique to council- servatory. The new technical team, led of Public Administration, Mariano Rajoy. lors. In reality, in the General Assembly of by Vázquez Mao, managed to obtain It was concluded that it was necessary to

A necessary redefinition (1995 - 1999) 383 20 years of Eixo Atlántico

create an irban political space and infra- 2. The promotion and creation—through Galician and Portuguese, are Xosé Luis structures that would allow for citizens private iniciative—of a multimedia eu- Ferrín, Rui Miguel Oliveira, Bernardino to interact within an urban model based roregional communication project. This Graña, Francisco Duarte Mangas, Xosé on tertiary activities and a growing high- iniciative never came to fruition despite Carlos Caneiro, and Bento Gonçalves. er education sector. the fact that the Executive Commission, Apart from these two competitions, the in its session of the 24th of July, 1998, Axis has sponsored Festeixo, a theatre 3. Make new representations for funding studied a joint proposal of the Voz de festival that started in Viana do Castelo; in order to achieve the objective sof the Galicia and the Jornal de Noticias to the the Cinematographic Forum of the strategic plan. A strong effort was made create a supplement called “Noticias do Atlantic Axis, which takes place as part to train experts in seminars held in Vila- Eixo Atlántico” (News from the Atlantic of the International Festival of Inde- garcia de Arousa and Viana do Castelo Axis). pendent Cinema of Ourense, and the in June and July, 1996; the speakers first edition of the video competition, were 8 representatives of the DG Regio. 3. A line of publications. This started with “Paso da raia” in Ferrol. Afterwards 13 applications for funding the Guide to the Atlantic Axis and an- were submitted, with two of these gain- other publication which concentrated 5. Sports: The Axis Games, football tour- ing success. This poor result led to the on the cultural riches of the cities. A nament, and cycling tour. The Games, design of a strategy which meant that qualitative leap was the publication, a biannual event, is the most important each council would select a dedicated in 1998 with the publication of two sporting event for the Axis, and takes political and research representative for monographs, one on the geography place in a Galician and a Portuguese communitarian issues—a the end of and one on the history, on the area of town alternatively. This is the most ex- 1996 80% of the councils already had the Atlantic Axis, and which would be pensive event but also the most suc- these figures—and had trained them, published in 1999. cessful. The first event was held be- thereby establishing stable European tween the 20th of June and the 18th of partnerships starting with the signing of 4. Artistic Competitions: short narrative July in 1995 and ran through 10 cities tourism and sporting collaboration with and painting. In December of 1996, throughout the weekend. The scarce the British county of Northumberland, in and coinciding with the contemporary media attention given to the event and 1996, and later signing agreements with art fair of Porto, the first painting prizes the complexity of its format led to the the region of Alessandria in the North of were awarded. In the second edition of biannual celebration in just one city. Italy and Brandenburg in Germany. this event 254 works were displayed, Media attention grew by the III games, and the awards have been maintained held in Chaves in 1999 and inaugurated * Promote the visibility and accessibility of since then, if in the form of a biennial by the then Portuguese Prime Minister, the Axis (always seeking the involvement of event, which traverses the various cities António Guterres. Basketball, athlet- civil society): of the Axis. The International Day of the ics, handball, football (indoor or seven Book, in the Spring of 1997, saw the a side), and swimming were to be the 1. The publication, in the form of a maga- birth of the Narrative Prize of the Axis, most important sporting events. The ju- zine or journal, of a communicative or- which was thanks to, among others, the venile football tournament was to have gan for the Axis. This would only arrive efforts of the president of Galician edi- one edition, in Vigo in 1996, and at- in the year 2000, with the birth of the tors, Carlos Blanco. Among the winners tracted 8000 people with the final tele- Eixo magazine. of this prize, with books published in vised on the local Galician channel. The

384 EIXO ATLÁNTICO cycling tour never got off the ground internationalization of the companies become a euroregional development agency but the Regata of the Atlantic Axis was of the Euroregion, in collaboration with by uniting all the efforts of the various social, held in various years. the most important business associa- political, and economic actors with projects tions of the territory. Ourense was to be such as the Urban Observatory and the Mil- 6. Institutional Image. The most impor- the center of the project. lenium as standard bearers. So that all this tant innovation in this respect was the would be possible, there was a fundamental institution of the Axis medals, which 2. Completing the infrastructural plans of reform of the organizations statutes. The im- were awarded to people or entities that 1992. In May of 1998, the two regions provement in institutional relations was nota- distinguished themselves in the area of the Axis were definitively connected ble, as was demonstrated by the presence at of Galicia-North of Portugal coopera- by highway. From then on, the focus the ceremonies of the Axis of the Presidents tion. The first prizes were awarded by fell on the connections of the so-called of the Xunta and the CCR-N, the Ministers the President of Portugal, Mário Soares, “interior Axis,” and the improvement of and Secretaries of State of the two countries, and the President of the Xunta of Gali- Porto-Vigo railway line. This last project and the Prime Minister of Portugal. But, if we cia, Manuel Fraga. Another important was to become one of the most sym- had to point out two elements that would advance was the putting online of the bolically important of the association. cement the future of the Axis, without doubt website of the Atlantic Axis, we would have to refer to the creation of a Conclusions permanente technical staff with permament * Becoming a Development Agency: centers, and the reform of finances that led The presidency of Manuel Pérez started in to the move from an inexistence of funds in 1. The capturing of investments, among a difficult moment for the Axis for two rea- 1995 to the surplus of 142, 792 euros that other means, with the creation of the sons. On the one hand, there were external made possible the creation of a reserve fund Business Centers of the cities of the conditions: in 1995 there was no new fi- apart from EU financing. The success of the Axis. In Vigo in January of 1998, in the nancial frameworks for structural support as projects proposed to the Interreg IIA to fi- presence of leading entrepreneurs from there had been in the previous stage and this nance the internal programs of the Axis is both regions, along with Manuel Fraga, meant a redefinition of the Axis project. On one of the keys to the improvement of the the President of the Xunta of Galicia, the other hand, there were internal difficul- financial situation. the Business Center of the Axis was in- ties: the failure of the administrative struc- augurated. Unfortunately, in the second ture, the apathy of some member cities, and On the negative side, one could cite the year the project did not go well, and financial difficulties put the future of the as- failure to constitute a Economic and Social in the report presented by the General sociation at risk in a time of major political Council foreseen in the new statutes of 1997. Secretary in the session of the Executive change in Galicia. The mayors of Viana do Castelo, Vila Real, Commission of the 4th of November, and Bragança argued for a greater diversity 1999, it was claimed that “its activity The achievements of this medial stage of the within the Axis not limited to the power cent- is paralyzed due to undeclared conflicts association can be defined by their response ers of Porto and Vigo. This was positive in the among some of the associated compa- to these two problems. In effect, without sense that it decentralized that activities of nies.” In July of 1998, the Axis achieved being a lobby, the Axis made an important the Axis and made it visible in all the cities new success with the approval of the effort, with relative success, in making itself and gave them a more central role, but at the MILLENIUM project, as part of the Re- visible and useful in the society to which it same time it brought the disadvantage that cite II program, in order to support the belonged. It was ambitious and attempted to many cities tried to convert their own activi-

A necessary redefinition (1995 - 1999) 385 20 years of Eixo Atlántico

ties into Axis events, a tendency that had to our role is that of structuring and vertebrat- consequent belief that all petitions should be be corrected from 2000 on. Also, the media ing the interests of the urban system... we attended to so as avoid internal tensions.” presence of the Axis meant that it became should not just be a transborder organization under increasing pressure to support all sorts but should defend our character as an inno- of transborder cooperation that was beyond vative project in terms of a wider European interregional context...concentration versus its capacities and competencies, as was sig- dispersion. We need to concentrate our ac- nalled by the Secretary General in his report tions and the resources dedicated to them, to the Executive Commission on the 4th of avoiding a tendency to dispersion due to the November, 1999. We would like to finish by pressure of citizen’s demands and the misun- citing this report: “the institutional relations derstood concept of sharing of internal roles between the Northern Region and Galicia of the members of the association, and the are not the responsibility of the Atlantic Axis;

386 EIXO ATLÁNTICO The stage of consolidation (2000 - 2006)

A stable actor

The new stage started with important chang- “...The truth is that the association of cities Festival of Independent Theatre, the Cin- es. Local power in Galicia changed yet again, which constitutes the Atlantic Axis of the ematographic Forum—these are very impor- in the elections of 1999, and the left was to Peninsular North-east allowed for the struc- tant contributions to the preservation of the govern in all the major cities except for Ou- turing of a territory defined by road and rail values of the Peninsular Northeast...” rense. At the same time, the 2001 elections networks. On being presented, in the year in Portugal brought change, symbolized by 2000, the map of infra-structures of the At- But if the intervention of Prime Minister Du- the victory of Dr. Rui Rio (PSD) over Fernando lantic Axis, the eighteen Council Presidents rao Barroso in the Assembly of the Axis was Gomes (PS) in the city of Porto. The presiden- and mayors of two different countries, and an important moment in the consolidation of cy and the vicepresidency of the Axis moved five different political parties, showed their the organization, it is important to remember from Porto and Vigo and were assumed by capacity to place the well being of their citi- that his antecedent, António Guterres had more medium sized, and interior cities such zens above any party or national interests... inaugurated the III edition of the Axis Games as Braga and Ourense. The agenda of 2000 The Atlantic Axis, then, also promotes social that were held in Chaves, in July, 1999. José opened negotiations as to a new communi- wellbeing, the energizing of mobility and the Socrates,the Portuguese Minister for the tarian framework within whch the structures work market, protection of the environment, Environment, was present at the seminars of transborder cooperation would play a cen- development of tourism and the economic, on urban regeneration, coorganized by the tral role. social, cultural, and sporting activities related Committee of the Regions, in Braga on the with the cultural identities of the municipali- 28th of May, 2001. Manuel Fraga, the Presi- One of the most important aspects of this pe- ties that form part of the border association. dent of the Xunta de Galicia, attended the riod was the clear progress in terms of institu- An example of this type of enterprise is the General Assemby in July of 2001, which was tional relationships, even better than the im- S.I.N. project, which is designed to combat held in Ourense. Cristina Narbona, the Span- provement of the previous stage. The events social exclusion through the implementation ish Minister for the Environment attended of the 31st of January, 2004 are central in of policies for local, sustainable development the General Assembly that was held in San- this regard. During the General Assembly of in 16 of the member cities, or the Center of tiago in 2006. the Axis, held in Bragaça, there was a long Euroregional studies, which is allied to six of speech by the Prime Minister of Portugal, José the Universities of the Atlantic Axis, these are The consolidation of the Axis as a priveleged Manuel Durão Barroso, who was in attend- initiatives that deserve recognition and ap- interlocuter in institutional relations, both ance with the Portuguese Ministers for Cities plause. Also worthy of praise are the initia- national and European, can be traced to the and Culture. The history of this stage of the tives that promote the culture of the region, signing of the protocol of incorporation, as Atlantic Axis is well summed up in his words: such as the Painting and Narrative Prizes, the a member with full rights, through the con-

The stage of consolidation (2000 - 2006) 387 20 years of Eixo Atlántico

stitution of a Commission designed for the Delegate Commissions that had been in ef- institution. It was also necessary to modify treatment of questions to do with the de- fect since the Statutes of 1997 were now to the composition of the Executive Commis- velopment of a urban, euroregional system, be merged with the Technical Commissions. sion which would now have to have seven the Work Community of Galicia-North of The Executive Commission, in its session of members, but with Porto and Vigo maintain- Portugal, on the 28th of June, 2000. It is im- the 28th of April, 2000, agreed to create five ing their status as permanent members. In portant to highlight that the fifth condition Technical Commissions: tourism, infrastruc- order to avoid territorial inequilibrium the of this integration agreement reads: “The tures, energy, social and sporting develop- imaginative formula of nominating a supple- Work Community will assume the initiatives ment, to which there would be added a sixth, mentary speaker—normally from the region of the Atlantic Axis, previously agreed, and created in the session of the 20th of April, of the current president. This method was will defend them in front of the Spanish and 2001, that of new technologies. The Tech- not taken into the statutes but agreed by the Portuguese governments, the European Insti- nical Commissions created by the Executive session of the Executive Commission of the tutions, amd also those projects that can be Commissions made uo of experts from coun- 12th of January, 2005. While the Technical cofinanced by communitarian initiatives such cils chosen by the Executive itself and were Commissions were reformed, the Delibera- as Interreg.” Proof of the profits obtained by presided over by the General Secretary . At tive, and Social and Economic Councils were the Axis with this strategy of euroregional the same time, the Delegate Commissions, disbanded. The most significant change, integration are the words of gratitude ex- formed by councillers, continued with their however, was the institution of a Secretary pressed by its President, Xosé Sánchez Bugal- work. A the end of this stage, in 2006, there General with management competencies, lo, at the General Assembly of January, 2006, were seven commissions: education, youth, and with the capacity to sign contracts and for the support given by the Work Commu- sports, environment, planning, tourism, and agreements with third parties. In 2003, the nity which allowed the Axis to have all its culture. These commissions are a reflection Axis was to reinforce the staff of the Secre- proposals approved in the INTERREG IIIA. of the preoccupations and interests of the tary General by allowing him the use of the Atlantic Axis at this time. operative centers of Porto and Vigo. The In the same mode of collaboration and un- consolidation of the centers led to the agree- derstanding with the other institutions it is On the 3rd of October, 2002, in the city of ment that all Executive meetings would be important to mention the tripartite protocols Valencia, the XVIII Iberian Summit was held, held in Vigo; however, this agreement only signed by the Xunta of Galicia and the Por- and the Bilateral Treaty of cooperation be- was in place until the year 2001, in the fol- tuguese government for the development of tween territorial entities was approved, fol- lowing years the rotary model returned. the Agenda 21, throughout the year 2002. lowing the guidelines for development of The signing of the agreements with the Por- the Convention of the Council of Europe The definitive passing of these statutes, in tuguese Institute of Youth and the Xunta of of Madrid. The Valencia treaty, as it would the General Assembly of January, 2004, Galicia in the area of youth, environment, and be known after coming into effect in 2004, meant the rationalization of the quotas that territorial organization was also important. served as an opportunity to modify the Stat- each member city had to contribute. The ar- utes of the Axis, between 2003 and 2004. ticle 8.2 establishes in this regard that the Organizational Development The new text would define the Axis as a pri- contributions should be in proportion to the vate institution under Portuguese law and, as socio-economic situation of each municipal- The capacity to dynamically adapt to the such, has a Fiscal Council made up of a Por- ity. In the following General Assembly, in organizational structures of the Axis was tuguese and a Galician accountant, and also January 2005, it was agreed to create three already a constant in its history which now, the General Secretary. The new organ would categories, in function of the population once again, would become apparent. The be charged with ordering the accounts of the of each council. Category A would include

388 EIXO ATLÁNTICO those cities with a population of greater than The interests of the Axis in this consolida- the Professor Xulio Pardellas, carried out a 200,000 inhabitants, and would have an tory phase were to be very similar to those study in constant dialogue with the Delegate annual quota of 28,000 euros. Category B of the previous phase. Infrastructure was key, Commission and the Technical Commission, would be for cities with a population of be- and an important role was given to the high the first of these creasted and presided over tween 50,000 and 199,999 and would pay velocity rail connection. Also vital was the by António Lacerda, from Porto. The Map, a quota of 12,000 euros. Category C would strategic plan, especially the elaboration of published in 2000, highlighted the necessity be for municipalities of less than 50,000 in- the II Studies and the Congress of Ourense of of creating an interior corridor, key to terri- habitants, and would contribute 6000 euros March, 2005. Thirdly, tourism, especially with torial stability and resisting the demographic annually. Despite this agreement, there con- the encouragement of the mayor of Porto, and economic tendency towards the Atlantic tinued to be problems with payments. Rui Rio, was to be central. Environmental litoral. The strategy proposed the linking of issues were also given great attention, with Peso de Regua and Lugos by highway. On the The year 2005 would be a year of debate the Urban Auditories and the Agendas 21. other hand, it also proposed the linking of around the question of whether to al- The knowledge economy was boosted with Porto and A Coruña by a high speed railway low more cities into the Axis. In successive the Study Centers of the Euroregion. Finally, line. This strategy document was key in sus- years note was taken of the desire of Gali- sport and culture programs were consoli- taining the Eixo’s demands as a euroregional cian (Viveiro and Ribadeo) and Portuguese dated. lobby group in Madrid, Lisbon, and Brussels. (Matosinhos, Famalicão, Penafiel e Vilar It was presented in the months following to de Condes) cities to join the community. In The presidency of Mesquita Machado, be- the Spanish Development Minister, Francisco the session of the 9th of November, it was tween 1999 and 2001, has as one its central Álvarez Cascos, the Portuguese Prime Minis- agreed that the equilibrium 9-9 in terms of projects the II Map of Infrastructures. The ter, António Guterrews, and the Vice-Presi- cities from both sides of the border was not immanence of the European Football Cham- dent of the European Commission for trans- a problem for future amplification of the pionship, which was to be held in Portugal port, Loyola de Palacio. If the final decade of Axis network, but the acceptance of any ad- (and in three northern cities), was a mag- the past century was that of the highway, ditional members to the community should nificent opportunity to show of the improve- the new strategy documents implied that the take into account political, economic, and ment in the infrastructure of the region. first decade of the new century would be the strategic interests. Ultimately, the Executive Also key were the new community support decade of the high-speeed railway. Things Commission unanimously rejected any am- frameworks of 2000-2006. The Eixo worked started well and in the XVIII Iberian Summit, plification of the network. from the I Map passed in 1994 in order to held on the 3rd of October 2002 in Valencia, retake the infrastructures that were planned the two governments agreed that Porto-Vigo Strategic Development but not completed, but also recognized suc- would be the first two cities on either side of cesses such as the connection of Porto and the border to be linked by high speed train. At the same time, the Spanish government This stage included three complete presiden- A Coruña by highway in 1998. It then asked approved, in 2003, a Galicia Plan in order to cies, that of the mayor of Braga, Mesquita the councils to establish their priorities, high- lessen the impact of the Prestige oil disaster Machodo, of Ourense, Cabezas Enríquez, and lighting the changes necessary to reduce traf- and which included nearly all the proposals of Porto, Rui Rio, and another partial presi- fic congestion. The mayors of Bragança, Vila for improved infrastructure of the Atlantic dency, that of the mayor of Santiago, Sánchez Real, and Lugo, especially, argued forcefully Axis. The change in government of 2004 de- Bugallo. The smooth transition between all of for the development of interior infrastruc- layed the coming into effect of the plan. these mandates shows the impressive consoli- tures to match those of the exterior. A team dation realized by the network. of researchers from both regions, directed by

The stage of consolidation (2000 - 2006) 389 20 years of Eixo Atlántico

The high velocity train became one of the lowing the pattern of the first studies, at the 2002, opted for a mixed company in the principle media symbols for the Axis, and Second Congress of the Axis, which was held form of a touroperator. In the following Gen- was identified as the main defender of the in Ourense at the end of March, 2005. From eral Assembly of January, 2003, it was agreed idea in the media and in the minds of the this event there were generated a series of that the participation of the Axis in the future public. The plan was the constant focus of conclusions that agreed upon the necessity mixed company would not exceed 10% so the Executive, which in its session of the 9th of polycentrism as a model of territorial or- as to facilitate the predominance of the pri- of November, 2005 agreed that the Porto- ganization, citizen’s participation as a model vate sector in the venture, with the mayor Vigo link was an absolutely vital part of their of government and democratic legitimacy, of Porto given the task to develop the pro- plans, and that this link should be established employability as the aim of training, mobility ject. Unfortunately, the creation of this mixed in a time frame not more than that between as the aim of infrastructure, cultural indus- company was definitively shelved, in the ses- Lisbon-Madrid. It was also agreed that, giv- tries as a generator of economic develop- sion of the 27th of October, 2003, due to the en the average distance of 60km between ment, the importance of the public sphere in lack of an agreement between the potential the urban centers on the line that an veloc- development and its imbrication with social private collaborators. The agreement with ity of 350km per hour was not adequate, and economic agents, the importance of the American Express for the edition of a tourist that Porto-Ferrol should be covered in two TIC, etc. A team of high level experts, among guide to the Euroregion met with more suc- hours, and that the line should be of Euro- these the ex Presidents of the Xunta and the cess, and the 150,000 copies of this brochure pean width, compatible with the transport of were circulated in 2004. ex Portuguese Ministers, were given the task people and merchandise to the airports and of condensing all this information in one ports of the euroregion. strategy document: The Strategic Agenda of With respect to the fourth objective, enviro- the Axis for 2007-2013. mental and energy concerns, 1999 already With regard to the second operative objec- saw the first proposal the the SAVE program tive, the elaboration of the II Strategic Stud- for the creation of energy agencies, even The third operative objective was the putting ies, these were put into operatin with the though this proposal was not successful. into place of an ambitious plan for the pro- start of Cabezas Enríquez’s presidency. This More fruitful were the initiatives for an Ur- motion of tourism, with the mayor of Porto, was a case of trying to fit strategies of chang- ban Auditory and the Agenda 21 in the cities Rui Rio, as the main driving force. Already in ing realities, and, above all, adapt them to of the Axis. In the General Assembly of 2001 the General Assembly of January, 2000, it the broader strategies of the Lisbon and the Urban Auditories already existing in 53 was agreed to promote a tourism plan based Gothenbury documents promoted by the European cities, including Porto and Braga, on: the formulation of a global reservations European Union. From the first moment, the were already presented, with information center; a program for training and quality in Axis relied on experts from the universities of and permanent monitoring mechanisms de- the tourist sector; promotion of the spas of both regions, and was able to command the signed to help in urban policy decisions. It the region. In the General Assembly of 2002, resources of 58 researchers, coordinated by was proposed that the financing for these Rui Rio was to propose the creation of a the professors Xosé Manuel Souto, António would come from advertising revenue in mixed company, with both private and public Figueiredo, and Xan Bouzada. The studies each of the cities but widespread agreement capital, while the representative of Braga ar- were contained in three volumes which dealt on this avenue was never reached. However, gued for the creation of a luso-galician tour with: the urban system and sustainable envi- the success of the proposal presented to the ronment; social policy and citizenship; com- operator who would collaborate with inter- INTERREG IIIA would make possible the reali- petitivity and innovation. The starting point national tour operators. Finally, the Execu- zation of the Agendas 21 in 16 of the 18 cit- of these II Strategic Studies took place, fol- tive Commission, on the 24th of September ies of the association. The necessary financ-

390 EIXO ATLÁNTICO ing was completed with convenants with the sociation of municipalities, with the founda- ríquez, Rui Rio, and Sánchez Bugallo gave Galician and Portuguese authorities in this tional protocol signed in December of 2002. stability and continuity to its management. area throughout the years 2002 and 2003. Among the negative aspects of the CEER, it The social and media presence of the organi- In this way, 75% of the income of 2004 pro- is important to point out the excessive lenght zation grew, especially with the emblematic ceeded from European co-financing of both in decision making. The CEER lacked a clear project of a high speed rail network for the the Agendas 21 and the Urban Auditories. definition of its functions and its aims were Euroregion. Most importantly, the principal This work of documentation and systemati- too vague. The universities began to wonder success was the Axis’s becoming a trusted ac- zation was completed with the creation of whether the organization could contribute in tor for the management of community funds. the System of Geographic Information, with any substantial way to their progress. Gradu- The report of 2004 repeats this: “The Atlan- the financial support of the INTERREG IIIA ally the public authorities and the Atlantic tic Axis manages or participates in 7 Euro- and the Xunta of Galicia. Axis began to leave the CEER. pean programs, with partners in 6 countries, with a value of over 7 million euros, of which The investment in the knowledge society, Ultimately, the programs of the Axis itself 50% is directly destined for the programs of in line with the Lisbon Agreements, consti- stayed on course. The Games continued to the Atlantic Axis. Which is to say that in this tuted the fifth objective of this phase. There be held every two years with growing suc- year we have managed three times the value were ups and downs in this process. With- cess: the inauguration of the 1999 Games by of the contributions of the councils in the out doubt the most negative factor here the the Portuguese Prime Minister, António eleven years of the organization’s existence... was the failures of the Urban Observatory of Guterres; the coverage by Galician Television We believe, therefore, that the Atlantic Axis the Atlantic Axis which did not survive the of the Games held in Ourense in 2001; the is, at the moment, a consolidated organiza- period of European co-financing due to the introduction of private sponsorship relieved tion with a real future.” confrontation between various partners. The the financial burden on the Axis. The Regata Center of Euroregional Studies for Galicia also continued to be held, now as part of Without doubt, the good relationship with and the North of Portugal was to have bet- the Stella Maris program of the INTERREG the regional authorities, from the integra- ter luck. The Axis needed to document the IIIB-Atlantic Space. The Narrative Prize was tion in the Work Community, had much to future European projects to be solicited, as to reach its highest point with the circulation do with the success of the Axis. The fact of well as realize studies dedicated to the same, of 50,000 copies of the winning story in col- being an institution with a juridical status and saw in the universities a nascent font laboration with the Galician newspaper, La and a dedicated, fulltime staff gave it a dy- of resources at a moderated price and high Voz de Galicia. The biennial painting event namism which the Work Community could quality. It was simply necessary to create a also became a consolidated event. not emulate. The Axis became a referent in structure, in which the six universities of the terms of transborder co-operation. The com- Axis would take part, along with the Xunta Conclusions memorative exposition, charting the first ten and the CCDR-N. This structure would guar- years of life of the organization and organ- antee the sustainability of the Center and The first years of the new century saw the ized by with the Work Community made it a its attractiveness to high quality researchers. institutionalization of the Axis as a trustwor- central site for rememoration. Dúas rexións The continue with the positives, it should thy entity with a solid relationship with the unha eurorexión (Two regions, one eurore- be noted that the Axis managed to recon- authories of the Xunta, the central govern- gion) was an exhibition which toured the 18 cile, initially, the six public universities of the ments of Spain and Portugal, and with the member cities and finished up at the Com- two countries with regional government European Union itself. The successive presi- mittee of the Regions, in November 2005, and administration, and the transborder as- dencies of Mesquita Machado, Cabezas En- counting with the presence of the President

The stage of consolidation (2000 - 2006) 391 20 years of Eixo Atlántico

of the Xunta, Pérez Touriño, the Vicepresi- the Caixanova Foundation allowed for the studies on the complementarity of ports and dent of the CCDR-N, Paulo Gomes, and the strenghtening of this perspective with the airports, and the modernization of the rail President of the European Parliament, Josep making of the documentaries of the Unha network, all of these defending the idea of Borrell. The exhibition of mobile panels was Eurorexión para o século XXI (A Euroregion intermodality as an absolutely necessary tool. accompanied with a multi-lingual catalogue, for the XXI century), with the direction of The Axis was to reach a critical point which which included information in English, and Manuel Campo, and which was emitted on would allow it to make a qualitative leap and audiovisual and pedagogical material for the Portuguese RTP and the Galician TVG tel- successfully compete with the most impor- primary schools, designed to encourage the evision stations. tant structures of territorial co-operation in spread of information related to the Galicia- Europe. North of Portugal Euroregion. In this way, The Axis publication service came into its the local powers encouraged the inculcation own during this period, with fundamental of the concept of the Euroregion in public works such as the already mentioned II Map opinion and civil society. Collaboration with of Infrastructures and the II Strategic Studies,

392 EIXO ATLÁNTICO International presence (2007 - 2012)

A leader

The expertise gained in previous years al- thing that helped the process of internation- already underway. However, the financial lowed the Axis to arrive at the new com- alization already referred to. crisis and the sovereign debt destroyed all munitarian planning stage with, for the first plans, as recognized by the mayor of Porto, time, its own strategy. The Strategic Agenda, This last stage in the history of the Axis wit- Rui Rio, in the Executive Commission meet- Sete Ideas para Sete Anos Decisivos (Seven nessed its consolidation as a priveleged in- ing of the 11th of March, 2010. The high ve- ideas for seven dicisive years), would be an terlocuter in questions that have to do with locity train was discarded and the electronic important tool in the presidencies of the co-operation and the development of the toll system, SCUT, working in the greater mayor of Santiago, Sánchez Bugallo, and the Galicia-North of Portugal Euroregion. The Porto and Minho region, was put into place. mayor of Vila Nova de Gaia, Luis Filipe Men- exhaustive and frustrating process of con- The Axis attempted to work with the social ezes, and the mayor of Vigo, Abel Cabellero. necting the two regions by high velocity train and economic agents affected by the crisis, Combining the absolutely vital information made the Association an organization very looking for solutions to a crisis that gravely collected in the second strategic studies well known. There were sweet moments in affected the economic relations between the with various delphi sessions among the co- this processs: the passing of communitarian two countries. ordinators of the same and key intellectual subventions; the explicit commitment of the figures who combined a successful univer- Portuguese government to be ready at the Organizational Development sity career with political experience at the end of 2013, a commitment made public by highest levels, the Axis designed a strategic the Secretary of State of Transport, Ana Paula The amplification of the city members, from agenda that would trace the objectives and Vitorino, in the General Assembly of the 9th 18 to 34, and the conversion of the axis, the aims of this structure and the Euroregion of February, 2007, when she declared that which was originally an association under as a whole for the period 2007-2013. The the line would be used by a mixture of pas- Portuguese law, to a European Group of Ter- agenda was based on seven ideas which sengers and merchandise, just as the Axis ritorial of Co-operation were to be the two covered such areas as territorial balance, had wished. Also positive was the commit- main challenges of this phase. The amplifi- sustainable urbanisation, urban centrality, ment of the mayor of Vigo, Abel Cabellero, cation was a theme that was on the table internationalization of the Axis and the Eu- who asked that it be put down in the acts from 2002, as we already saw, the greater roregion, training for employment, sustain- of the Executive Commission of the 2nd of public presence of the Axis and its consolida- able economic development, investment in June, 2008 that the connection between Vi- tion into a trustworthy and financially stable research and design, and the development go-Madrid and that between Vigo-Portugal entity made attractive the entry of Galician of the cultural heritage of the region. The would be in operation by 2013—but with and Portuguese cities into the organization. agenda was also published in English, some- the proviso that the Porto-Spain section was At the start of the summer of 2007 the time

International presence (2007 - 2012) 393 20 years of Eixo Atlántico

was right to begin with the process of per- The conditions of the transmontane mem- as it was argued that this would not confer mitting new members. These were the Gali- bers led to a second amplification which was greater advantages in the functioning of the cian towns of Verín, O Barco de Valdeorras, agreed at the General Assembly of the 8th of Association. However, in 2009 it was decided Lalín, Carballo e Viveiro, and the Portuguese February, 2008 and which meant the incor- that new statutes would be elaborated due towns of Matosinhos, Barcelos, Vila Nova de poration of the Galician cities, O Carballiño, to changes in Portuguese and European law. Famalicão, and Vila do Conde e Mirandela. Ribeira, and Sarria, and the Portuguese cit- From the start Porto was sceptical of the The General Secretary was in favour of am- ies of Macedo dos Cavaleiros, Lamego, and change as it argued that the Axis, as a insti- plification for various reasons. First there was Penafiel. Other petitions were not consid- tution under Portuguese law, would not eas- the risk that refusing entry into the organiza- ered. Although not absolutely necessary, the ily become an AECT. On the other hand, the tion to the other towns would cause them to equivalence of the members was the norm favourable opinions of the Minister for Public form a rival association. By assimilating other followed. Even from our current perspec- Administration in Spain, Elena Salgado, and towns to the organization the Axis coule re- tive, after such a small passage of time, it is the Minister for Environment, Territory, and main the mediating force for any conflicts of clear that the amplification was a success. Regional Development in Portugal, Francisco interest in the region. There was also the fact The cities participated more in the Delegate Nunes Correia, in the Seminars on Co-opera- that amplification implied a greater political Commissions, more territory was covered tion organized by the Axis in Guimaraes, on and media presence. The new towns would and more actitivies were undertaken- the the 4th and 5th of February, 2009, were to also contribute financially and allow the Axis association covered 88% of the member cit- be decisive in moving forward. The Executive greater political independence. Finally , the ies in 2009 and 70% in 2010. The effect on Committee, on the 3rd of June, 2009, agreed entry of new members would re-energize finances was also important, given that the to create a series of statutes that would con- the association and help stave off the inevi- income from membership fees beent from vert the Association of Municipalities into table inertia that effects any organizational 244,000 euros in 2008 to reach 518, 276 an Agency of Regional Development, but structure. The debates that arose at the Ex- euros in 2010. This allowed for an increase maintaining the name, brand, and symbols traordinary General Assembly of the 29th of in the number of staff at the two centers of the Axis. Porto agreed, with reservations July of 2007 shed light on some fundamental of Vigo and Porto, without putting a great and opposed the accelation of the process issues. The four transmontane municipalities dent into the reserve fund that went from that would requiere the Secretary General registered their their preoccupation with the 769,804 euros in 2007 to 954,818 euros at to have everything completed by the end of territorial imbalance that would result from the end of 2010. the year. Finally, the Executive, in its session amplification, with the proportion of litoral of the 16th of July, 2010, in agreement with to interior cities moving from 5 /4 to 9/5. The decision to become an AECT, taken at the General Secretary, decided to postpone They agreed to the amplification only under the General Assembly of the 5th of February, the question of the AECT until the approval the condition that more interior towns would 2009, was a difficult process that released of new regulations on these structures by the also be added so as to retain an overall bal- many internal tensions and ultimately ended EU. This long debate revealed the complexi- ance. Porto was not against the amplifica- in failure. It was evident that the amplifica- ties involved in creating an AECT, and also tion, but neither enthusiastic, criticizing the tions required a revision of the statutes of the the fears of the founding members, Porto work of the geographers Souto and Marques organization, and the new communitarian in- and Vigo, in terms of losing their institutional for establishing very open criteria that would stitutions, the AECTs, presented an interest- powers within this new structure. make the decisions of the members exces- ing possibility. However, the first technical re- sively arbitrary, and which could cause imbal- port studied by the General Assembly of the The debate did not, however, impede the ances. 8th of February, 2008, discouraged the move functioning of the association. In 2008 the

394 EIXO ATLÁNTICO Axis ran 8 Delegate Commissions and 5 tion, with especial attention given to sustain- years after its creation this agency received Technical Commissions. The first of these able development, transport, and the knowl- important international recognition—the were divided into structuring sections: sus- edge society”. We’ve already seen how at “Sail of Papenburg” prize, awarded by the tainable development, social development, the start of this stage in the Axis’s history the Association of Frontier Regions of Europe administrative modernization and planning widespread economic crisis paralysed the ex- (ARFE), the most venerable of its type in the and transports. The second were thought ecution of the high velocity train connection. EU. The 2008 edition was designed to award of in terms of culture, sports, administrative However, if it was possible to improve the the best initiatives in trans-border co-opera- modernization, youth, and sustainable de- highway connections between Chaves and tion in terms of research and university col- velopment. In 2009 it was agreed that each Verón, it would also be necessary to improve laboration. The research agency well merited Delegate Commission would have political the roads the interior Axis, both the Galician this honor- it had already formulated the well responsibility in the person of a presiding Ourense-Santiago as well as the Portuguese, thought out territorial strategic agendas. councillor. This complex structure adapted Braga-Chaves. The Axis launched a campaign These were designed not from behind a desk, itself to the interests of the Axis, and, for ex- to redeploy the communitarian funds for the but with the profound involvement of local ample, througout all of 2010 there were only high velocity train to the modernization of political, economic, and social agents. From five Delegate Commissions operative: educa- the existing line. this research came the ideas for the Chaves- tion, sports, culture, tourism, and sustainable Verín Eurocity, that of Central Galicia, Interior development. From 2009, the actions of the association Galicia, Ría de Arousa and the Transmontane turned on three fundamental vectors: the Northeast. Another singular product was the Finally, the traditional capacity of the organi- Axis as a euroregional think-tank, the Axis Transport Strategy, elaborated throughout zation to adapt to changing realities was re- as a leader in territorial co-operation within the 2008 and 2009. The quality of the mem- flected in the General Assembly of the 28th the EU, the Axis as a energizer of a sense of bers of the team was reflected in the results of January, 2010, when it was agreed, with European citizenship and improvement of obtained amd many of them were called to the difficulties of the reforms of 2004 in the quality of life of the peoples of the two fill important roles in the governments of mind, that number of members of the Execu- regions. Madrid, Lisbon, and Santiago. The conclu- tive Commission would be increased from 7 sions insisted on the necessity of creating a to 10, and the supplementary members from As a think-tank, the Axis created two very co-modal mobility, respectful of the environ- 1 to 2, so as to maintain regional parity. important structures: the Servizo de Estu- ment, combining planning for the mobility of dos (Research Service) and the Axencia de people with planning for movement of mar- Strategic Development Ecoloxía Urbana (Agency for Urban Ecology). ket goods, and with a precise and rational or- Given the failure of the CEER as a source for dering of the territory. Of course, as the Axis The most recent historical period of the Axis analysis and reports, the Executive Commis- is an organization of cities, the proposals that began with the Declaration of Gaia, ap- sion dicided to abandon it, an in its session have to do with urban mobility occupy a cen- proved by the General Assembly of the 9th of the 7th of May, 2007, decided to create its tral role in this strategy. The most recent chal- of February, 2007. In this it was affirmed: own research agency, under the supervision lenge is the occasional elaboration of reports “There are two paths for action that cannot of the General Secretary and the Executive. on euroregional cohesion in order to help in be postponed: guaranteeing the completion This virtual structure, which did not need any taking political decisions that allow for the of pending infrastructures, those planned in labour cost, allwod for the rational program- realization of the objectives of the European the proposals of 2000, and the the establish- mation of studies in function of the political Strategy for 2020. ment of bases for innovation and moderniza- strategies approved by the mayors. Just two

International presence (2007 - 2012) 395 20 years of Eixo Atlántico

The Agency for Urban Ecology (Eixoecoloxía) EU the Axis continued a line of investigation euros, which was destined, in part, for the moved from its center in Vila Real to its new that was begun in July of 2000 with its par- celebration of a Seminar on co-operation to center in Santiago in December of 2010. ticipation in the Conference of Cities of the be held in Guimarães in February of 2009. Its foundation was possible due to POCTEP Atlantic Arc. Porto and Santiago both were This was the first large event of this kind to funds of 2,406,000 euros and collaboration given the status of vice-president and Vigo be held in the iberian peninsula and served agreements between departments in the and the Axis itself were given places at the as a forum for reflection on co-operation in Xunta of Galicia and the Government of Por- Directing Council. In 2001 Vigo received the the presence of all the relevant actors, and tugal. The agency has the aim of developing presidency of the Ports Commission. Howev- with the representatives of the governments the aims of the Xeoportal and the SIUTEA in er, by the following year the Axis had decided of Madrid and Lisbon. This was where the order to allow the authorities and the eco- to abandon its place as it considered that it first real steps were taken in the formation nomic and social agents the necessary indi- was already well represented in the organiza- of a strategic lobbying group for 2014- cators in order to make the correct decisions tion by its cities, and, in fact, Santiago held 2020, under the direction of the Euroregion to make our cities more attractive to live in the presidency during the term of Sánchez Galicia-North of Portugal. The idea was to and to invest in them, through the wide da- Bugallo. In 2007 the strategy became one of create a network of cities which would play tabase of georeferences of the Euroregion. leading a platform of European co-operation the role of communitarian interlocuter, as It also aims to help the cities to realize the which could be an interlocuter in the Comis- does the ARFE. The first step was to create objectives of the Agendas 21 and the Plans sion. The first step was the creation of the a hispanic-portuguese network. So, on the for Urban Sustainability, Waste, Sustainable foundation EUROMOT, a network made up 23rd of June, 2009, the Rede Ibérica de En- Mobility, and Energetic Efficiency. The most of the French Mission Opérationnelle Trans- tidades Transfronteirizas (Iberian Network of important document of the Eixoecoloxía is frontalière as president, the Atlantic Axis as Transborder Entities- RIET), which brought the Report on Sustainability which was pre- vice-president, and the City Twins as the third together 12 structures of co-operation along sented to the General Assembly on the 10th element. On of the first measures of the EU- the lenght of the Spanish/Portuguese bor- of February, 2011. ROMOT was the signing of a convenant of der and in which the Axis was to play the collaboration with the Association of Fron- part of General Secretary. The RIET wanted In parralel to these two structures the think tier Regions of Europe (ARFE), the oldest of to be an interlocuter for the organizers of tank also collaborates on the project, “Think- the structures for territorial co-operation. In the Iberian Summits so that the problems ing the City of the Twentieth Century,” parallel, the Axis organized three workshops of the border would be mentioned and that which has a permanent forum in Viana do during the Open Days, held in Brussels in solutions would be sought. With RIET as a Castelo and celebrates a series of them in 2007 and 2009, with the financing of the DG guarantee, the second step was the launch- various of the Axis cities. These include fo- REGIO. The EUROMOT experiment suffered a ing of a network of cities dedicated to co- rums on transport, innovation, the electric defeat in its project not being allocated fund- operation throughout the EU. Rising to this car, and sustainable architecture. From 2011, ing by the INTERREG IVC. challenge were organizations like the RIET, the think tank made a qualitative leap by co- the MOT, the Conference of Cities of the ordinating the project Climatlantic, an enter- At this time the Axis was already working on Atlantic Arc, the Forum of Adriatic and Ionic prise with the aim of designing an Atlantic a plan for a new network of cities that would Cities, the Union of the Baltic Cities, and the strateguy for the reduction of gas emissions take on the leadership after the failure of the Medcities. Not one large network of cities in and the greenhouse effect. MOT. In 2008 it received an important con- Europe was left out. On the 23rd of April, in tribution from the Portuguese Financial Insti- Santiago, the Conference of Networks of Eu- As a leader in territorial co-operation in the tute for Regional Development of 157,300 ropean Transborder and Interregional Cities

396 EIXO ATLÁNTICO (CECICN) was constituted. The first president of the games was held in the city of Matos- tee of financial sustainability and a reflection of this network was the mayor of Santiago, inhos. In cultural activities, the emblematic of the prestige that the association has ac- Xosé Sánchez Bugallo and, from 2011, the Painting Biennial also had its IX celebration. crued in the first 20 years of existence. Two Axis was also General Secretary. The CECICN The biggest novelty of this stage is the crea- decades have passed since that foundational was received by the Commissioner for Re- tion of a Cultural Capital of the Atlantic Axis, declaration in Porto in which 12 cities sought gional Development, Johannes Hahn, and which has already happened two times, with an instrument that would allow them to bet- by the President of the Regional Commitee, Vila Nova de Gaia the capital in 2009 and ter accede to the European funds of the first Mercedes Bresso, and was offered the op- Viana do Castelo the capital in 2011. Be- Delors package. On the way the Axis has portunity to participate in the White Book of ing a cultural capital means that hundreds almost tripled its members and has become Co-operation in Europe. The consolidation of cultural events (music, literature, plastic a leader in territorial co-operation within of the CECICN as the interlocuter of the cit- arts, conferences...) occur, principally dur- Europe. All this was possible because of the ies at the center of the European Commis- ing the summer months. The Mostra Musi- foresight of the mayors in giving the organi- sion is the great challenge for the immediate cal de Novos Interpretes (Exhibition of new zation juridical status, the efforts of hundreds future. In this sense, it will be basic aim of musical talents), is already well established in of councellors and experts in the forging of the Congress of Coruña in June 2012 to ap- Vilagarcía de Arousa which has seen two edi- euroregional policies, the constant work of proach questions to do with transborder co- tions of this festival. the permanent staff, and, especially, because operation in the new communitarian frame- of the happy circumstance of having an in- work of 2014-2020. An event in which will In terms of tourism, the publicity surrounding creasing budget which, as well as granting be attende by the most relevant people in the Xacobeo 2010 allowed for the distribu- a certain independence from regional and this regard in the European Parliament and tion of 100,000 editions of the tourist guide national powers, allowed for efficient com- Commission. thanks to an agreement with the General munication with them, allowing for an ever Secretary of Tourism. increasing number of successful communi- Finally, in this overview of the programmatic tarian projects. Now the task remains to con- development of the most recent history of Conclusions tinue working until the next historical turning the Axis would should mention the Axis’s role point. The citizens of Galicia and the North of as improving the sense of European citizen- Abel Caballero, then President of the Axis, Portugal are well worth every effort. ship and quality of life of the peoples of the addressing the General Assembly of the 10th two regions. The most original contribution of February 2011, formulated in the most in this respect was the establishment, at the concise manner possible the good health of end of 2007, of the Eurocity, Chaves-Verín. the Axis: “overall the management of the At- This was an experiment in ways in which to lantic Axis is very positive, with a low cost to form a European citizenry and to share tech- municipalities and the ability to fund itself”. niques and services to increase in scale and Currently, the Axis is directing 10 European maintain acceptable population densities projects to the value of 14, 866, 769.96 thanks to an increases quality of life due to euros, of which 4,555,036.02 are destined co-operation. to the Axis itself as principal beneficiary. For 2012 the budget of the Axis is near to In terms of sport the Axis Games continue to 4,300,000 euros, of which the quotas of the be the central event. In 2011 the IX edition partners accounts for just 13%. A guaran-

International presence (2007 - 2012) 397 20 years of Eixo Atlántico The Current of the Eixo Atlántico

David Pontes regions which shared a peripheral status in the North, with a solid growth that allowed it Journalist from Agência Lusa de Notícias the context of the European Union, a fact to approach the European average, whereas that was counter-balanced with a reason- the North of Portugal rapidly went in the op- able population density, if with an imbalance posite direction. How best to trace the course of the Atlantic between the interior and the coast and with Axis. The horizontal line that one could trace problems of demographical regeneration. If we look at the political map the contrasts on a map is certainly not the best method, The regions also had in common that they are also clear, apart from the common dem- because to speak of the Atlantic Axis is to had low levels of development in relation to ocratic alternation between left and right speak of the effort of combining that which the European average, a fact that increased which the growth of Galician nationalism has history and politics separate, and to under- the necessity of attracting European funds. not fundamentally threatened. The between stand the way in which the last twenty years the two areas lies in the fact that Galicia is have seen the creation of common identities But this was also a euro-region that could governed by a regional autonomous power, and the frontiers fall in the name of cohe- boast of a University sector of recognised the Xunta, which relates to the central gov- sion. It is also worth questioning, in a sim- quality and with strong links to the business ernment, whereas there is no such structure pler way, if we feel ourselves at home in this world, and also an incredibly rich cultural, in the North of Portugal. Despite being writ- euro-region, independently of the lines that historic, and cultural heritage. ten into the Portuguese Constitution, region- we draw on the map. alization continues to be dogged by a lack The business fabric of both areas, despite of political will, and the resistance of a po- To define the Atlantic Axis it is better to trace the self sufficiency of small to medium busi- litical culture concentrated in the , the map from top to bottom, following those nesses, there were differences between the which led to the defeat of a non-binding ref- lines that unite the two regions, which, if it two. This was especially the case with Gali- erendum on the issue in 1998. These struc- were not for a river and some mountains, are cia, where the primary sector was especially tural differences in the power structures of indistinguishable in geography, with com- important, but whose secondary sector the two regions is a problem that has never mon language and costumes, and similar in seems to have met better the challenges of ceased to be present in the Axis. terms of tradition, religion, the attachment globalization than the Portuguese neighbour, to land, and pragmatism. whose strong secondary sector was depend- But to return to this vertical axis that extends ent on low-tech industries such as textiles. It from the North of Portugal to Galicia and Galicia and the North of Portugal, which is not strange then that, throughout the 90s, consider the two parallel lines that one can formed the Axis twenty years ago, were two Galicia seems to have changed position with travel: by car, there is the A9-A3 that runs

398 EIXO ATLÁNTICO from Coruña to Porto, crossing the Minho at bated the possibility of becoming a politically be enriching. A good example of this, despite Braga, and by train there is the rail link from recognized region, and Galicia, which as an their experimental status, are the euro-cities, Porto to Vigo, which travels on the coast, autonomous community, could benefit from such as Valencia-Tui, which follows the posi- passing through Viana de Castelo. The two a direct link with Portugal, without having to tive experience of the Chaves-Verín euro-city. paths unite in Galicia in crossing the Minho. pass through Madrid. The bonus would al- ways be the capacity for political agency. It is not possible to say that the movement of Almost two hours separate the two options approximation, which includes thousands of to travel from Porto to Vigo, cities that are Because of this, perhaps, it would not be individual examples of good neighbourliness, central to the history of the Axis. But this is a wrong to say that the linking by highway of would not exist if without the Axis. But the difference of almost a century if we ponder the North of Portugal and Galicia, in 1998, Axis can focuses this energy in its relevant role as a lobby group and as a promoter of the fact that the train, with its travel-time of almost one hundred after the inauguration the message of unity, helping to create an three hours and twenty minutes, is not much on the rail link, which was a material affir- atmosphere in which the political imperative faster than the first train that ran on this line, mation of this will to forge common paths. becomes a credible and sustained narrative. in 1886. In these two lines, the rail and road, And if the infrastructures were not the only that connect the two spaces of the Atlantic priority in funding the Axis, to which 12 cit- The Atlantic Axis had to overcome the limi- Axis, is the measure of the measure of the ies joined in 1992, it was the first, in the list tations in the formation of any organization. organization’s success and failure. of objectives that also included teaching, re- There was a constant tension between the search, and cultural heritage. ambitions of each municipality and the differ- Infrastructure, however, was not the only ent presidents of the Axis, which meant that motivation behind the genesis of the idea To break down physical barriers was a sensi- association was not at its beginning very ef- which arose on the night of San Juan, 1991, ble objective for a project that had the aims ficient, a situation that was improved by the in Porto. At the same dinner table were the of bringing people together in a single euro- creation by the Secretary General of perma- mayors, Fernando Gomes, of Porto, Carlos region. And the A3, which leaves Porto and nent centers for the Axis in Porto and Vigo. G. Principe, of Vigo, and Jorge Sampaio, of branches out into the A9 in Gaicia, is able Lisbon. Also present were the President of to link the Doura to Xubia in more than one This step was to be decisive in that the Axis the Catalunyan Generalitat, Jordi Pujol, and way. Running along this route we can reflect did not lose itself in the mire of burocracy the President of Portugal, Mário Soares. The on twenty years of good relations, commer- and inoperationality that so often hinder ideas that arose from this event were part of cial links, student exchanges, movement of projects for municipal co-operation. The fig- the Europe of Maastricht, at a time when the workers, and explorations of tourists. With ure of the Secretary General, played by Xoan concept of a Europe of regions was to have this link it became as easy to go on holiday in Mao, became indispensible for the stable an important part in the construction of terri- Sanxenxo as to enjoy the nightlife of Porto, functioning of the organization, despite the torial cohesion, and subsidies were becoming go the the Corte Ingles, or make a shopping natural difficulties created by the rotating of more available. It was a time at which to take trip to Ikea. the presidency between municipalities. advantage of the opportunities that programs such as INTERREG and FEDER could provide. The creation of links between administra- The proof that this institutional reform has tive structures was also encouraged, if only been a positive move is the sustainable fi- The union of the Atlantic Axis formulized an recently do we begin to see the first results nancial development of the Atlantic Axis, already existent regional identities, especially of this approximation in areas such as health, thanks to the European projects that it has important in the North of Portugal, which de- with a logic of complementarity that can only developed, which has meant almost com-

The Current of the Eixo Atlántico 399 20 years of Eixo Atlántico

plete self-financing, with the quotas from To speak of the Atlantic Axis is also to speak From 1999, the presidencies were no longer the members representing 13% of the en- of the actions of the mayors and city coun- the perogative of the founding cities, and the tire budget of 2012, which is estimated at cil presidents who throughout the years held mandate fell to Mesquita Machado of Braga 4,300,000 euros. the position of President of the organization. and Cabezas Enríquez of Ourense, and then Evaluating their contributions is not an easy to Rui Rio of Porto and Sanchéz Bugallo of The cororally of this organizational effot was task, as their mandates are always subject to Santiago de Compostela. the integration of the Axis in to the Work the realities of political life, not only at a local, Community of the Galicia-North of Portugal, but also and national and European levels. Mesquita Machado had an important role in in the year 2000, which confirmed the im- the definition of infrastructure as priorities for portance of regional territorial co-operation, Fernando Gomes, a politician with a pro- the region, first of all with the highways, and and an important element in the dialouge found knowledge of European affairs, and later, and with less success, the high velocity with national and European institutions. whose energy as mayor of Porto was vital in train networks. Rui Rio focussed on the ne- important projects such as the construction cessity of developing tourism, but the project Another important element of this dialogue of an underground in the city, and in Porto’s seemed to lose momentum halfway through was the fact that, during its twenty years of gaining the status as World Heritage Site, his mandate. The strategic studies carried out existence, the Axis functioned as a think-tank was also central to the creation of the Axis. at this time made for the increasing credibility of the euro-region, producing important doc- His political ambitions were perfectly aligned of the Axis as an agency that could receive uments reflecting on various relevant themes to the notion that Porto would become the and properly manage European funds. such as infrastructures, the environment, and head of an association of municipalities, and tourism, and still retains a Research Service combined with the ambitions of the mayor of The successive presidencies consolidated the and the Agency of Urban Ecology. The strate- Vigo, Carlos G. Principe, who had pretensions Axis as a dynamic force of trans-border co- gic territorial agendas, the transport agendas, to leadership in the heart of socialist Galicia. operation and a credible voice in the defence and the documents created in order to sus- of the needs of the Euro-region. The vitality tain the objectives for the European Strategy This initial drive, and the the public airing of of the initiative started in 1992 was con- of 2020 and the Agenda 21, are good exam- their aims, were essential in the launching of firmed by the presidencies of Luis Filipe Men- ples of what has been produced thanks to the the Axis, but perhaps because of the domi- ezes of Vila Nova de Gaia and Abel Cabellero interior co-operation of the Atlantic Axis. nance of the two founding cities, the Axis of Vigo, although their presidencies did not took a long time to grow into an autono- have the impact of some others. It is also important to remember that if mous entity with a stable organization and twenty years ago six Galician and six Portu- with clear objectives and initiatives. It would It the road that runs from the A3 to the A9 guese cities joined to make up the Atlantic fall to Manuel Perez, who in 1995 made traces the successes of the Atlantic Axis, we Axis, this number grew by 18 cities in 2007, representations to the mayor of A Coruña, can’t forget that there is another line on our vertical axis, the rail link from Porto to Vigo, and by 2009 the association represented 34 then enemy of Carlos G. Principe, to formu- which seems stopped in time, or even men- cities, thereby strenghtening its territorial he- late clear objectives and create the basis for aced with extinction. This line shows how gemony. This growth was only possible with the organizational structures that would lead much there is still to be achieved in the re- a structure that though throughout its devel- to the current organization. The opening of gion and where the Axis is still far from fulfill- opment was not without difficulties, man- permanent seats in Porto and Vigo, and the offices in Brussels, were important steps in ing its goals. aged to reach stability through the utility of this development. its association of municipalities.

400 EIXO ATLÁNTICO For many years, wrapped up in the construc- lobby group and actor in the approximation find innovative ways to embody the spirit of tion of highways, the question of the mod- of communities and institutions, a source of this unique organization. ernization of the railway did not arise on the co-operation, and a base of reflection for the public agenda, and was skipped over in the sustainable growth of the region, but which Throughout its history, the Axis showed an plans to create a high-speed network. The il- still needs to become more decisive in some ability to take advantage of the moments lusion of inexhaustable resources would be areas. in which the question of the region gained shown as such with the crisis of sovereign an importance in Europe and in which the debt and a Europe that was unable to sur- Tourism and the promotion of heritage are problem of territorial cohesion and trans- pass national selfishness. The ambition for clearly some of these. With the potential that border links were imperative to growth. The advancement caused the regional authori- exists in the North of Portugal and Galicia it is period of scarcity, and sometimes selfishness, ties to pass over the obvious possibility of incomprehensible that it was not possible for in which we live today, is especially difficult modernizing the existing rail-lines, or the the Axos to play a more central role in organ- for an organization which will always have to construction of other conventional lines at a live with having a multipolar structure, which izing co-operation among the various public more modest cost. operates in a territory with two administra- and private institutions in this area. The logic tive organizations. One the one hand, the of “one destiny for two countries,” united The clear gratuitousness of the SCUT toll sys- Xunta was able to jelp the Axis at a regional by the ancestral path that is the Camino of tem, hastily devised by the Portuguese gov- level, on the other, in Portugal, an eminently Santiago, is something that still needs much ernment, has led to absurd difficulties in the technical structure, the CCDR-N, was able to development. free circulation throughout the Euro-region, compensate for the lack of a political struc- and also showed that the insensitivity of a ture on a regional level. This imbalance in In terms of culture there is still much to do. central power can still place in danger the political structural terms on both sides of Education is also an area in which the Axis achievements of the Axis. the Axis does not fail to have considerable has had some success, but needs to play a influence on the action of the Axis, which more relevant role as a unifying agent. The The rail and toll problems are two fronts will always depend on the vision of political economy still remains a difficult challenge. in which the Axis has played a role, both actors able to look beyond the limits of their in terms in media forums and behind the jurisdictions. Throughout its existence the At- scenes, and which has meant that it is in- At a time in which the process of infrastruc- lantic Axis has had some of these energizing creasingly linked with the aspirations of the tural improvement seems to be exhaust- influences, but it needs more. community that it represents. This is a pro- ing itself, advancing in these areas that are cess that is only possible with the identifica- fundamental to economic growth, and for Nevertheless, for two regions that lived prac- tion of the authorities have had with the ob- the education of the populace, assumes a tically back to back for centuries, the path jectives of the Axis and the efficiency of the greater importance. These are the areas that taken in the last twenty years in significant. Axis’s own structures, especially in the role of in the future will help reinforce the feeling We are often impelled by the voracious desire the General Secretary, Xoan Mao, as a lobby- that we share a common destiny. Axis initia- to attain goals as quickly as possible, but it is ist for the region, immune to the valencies of tives such as the Games and the Biennial Art important not to forget that communication local and national politics. Exhibition, despite helping to consolidate a between towns and cities, and the sharing sense of identity, are modest, and often lim- of objectives between two communities that There are many tasks still ahead for the At- ited to the interests of the individuals and have lived separately for so many years is a lantic Axis, which may well be an important towns that hold the events. It is necessary to process that takes time.

The Current of the Eixo Atlántico 401 20 years of Eixo Atlántico

Perhaps because of this I describe a third line, which also unites the two regions, and this seems to me a more satisfactory metaphor than highways and railway lines. This is an invisible line of water that extends the lenght of the Atlantic coast. In part it is warm wa- ter, heated by the gulf current, and in part it is cold, flowing from the Nordic seas. The meeting of the two generates a movement towards the South, slow but permanent, imperceptible but inexorable, beyond the waves that form on the surface, and always resolute in its course. We can only hope that the next twenty years of the Atlantic Axis euro-region will flow like this water, and that there will be no lack of lines to link Galicia to the North of Portugal.

402 EIXO ATLÁNTICO

20 años del Eixo Atlántico What is Eixo Atlántico?

EIXO AtlÁntico DO NOROESTE PENINSULAR and three aerodromes, 7 big ports and one for the materialization of the strategies esta- is a transborder association integrated by the network of high speed train in construction. blished by the political organs. main cities of the Euroregion Galicia-North of It has also 12 top universities, 3 big technolo- Portugal, forming its urban system. gy parks and 9 fairgrounds. At the present time, five cities (Porto, Guimarães, Santiago de Compostela and Created in 1992, with the support of the It is until now the only structured Euroregional Lugo) and a territory (Douro Vinícola) are clas- European Commission, its foundation was urban system of transborder nature, in the sified by UNESCO as World Heritage. Other sponsored under the person of the President European Union. Its primary objective is the cities are also preparing their candidacies of the Republic of Portugal, Mr. Mário Soares, cohesion and the structuring of the urban (Vila Nova de Gaia, Bragança and Ferrol). who presided over the constituent assembly system, as well as the contribution to the in Viana do Castelo. modernization of the cities by developing network programs, cooperation, information Located in the northwest of the Iberian exchange and joint strategic planning. Peninsula, the Euroregion North of Portugal - Galicia has a surface of 50.853 km2 and a It also constitutes a group of pressure for the population of approximately 7 million inhabi- attainment of its objectives, not only to enga- tants. Of maritime and periphery nature has ge dialog with governments to promote the an important communication network, in investments in the territory, specially in infras- constant growth, four international airports tructures, but also in the search of financing

404 EIXO ATLÁNTICO History and Culture

Even though the Atlantic character of the importance that Augustus gave to these ter- ies, reflected in the night sky where the Milky North West Peninsula was alredy forged ritories of the North West Peninsula is shown Way and St Jame`s Way leads the pilgrims to in prehistoric times, when the trade routes by the foundation of urban centrs, his policy Compostela (Heritage of Mankind). linked the European finiterres, it is with Celtic is witness to the legal, economic and cul- culture that it takes on its own personality: tural Romanization that will affect the whole Walled towns with narrow streets live their this character was so strong that when the North West territory to different degrees, medieval bustle under the shade of their ca- Romans conquered these lands they recog- trhoughtout the times of Roman occupation. thedrals, Dreams, nostalgia and rich return nised it and gave it an special name: GallYcia. The policy of municipalization taken on by from the new World were used to new splen- Ves­panian is important it benifitted the urban dour based on the magnificence of baroque The North West Peninsular was given special centres of the North West. churches and sites. attention by the emperor Augustus; this is shown by including the area within the re- In times of conflict that followed, the men of But new winds came from Europe wich cently integrated and pacified territories, first the church fougth against chaos and fear and brought with them the uniforms of on Lusitania and afterwards, in yhe Citerior, attacked the invaders from their Episcopal Napoleon’s soldiers. It was essential to resist when de Nothern border of Lusitania was seats. Then the miraculous appearance of the and expel the enemy; the stream of history shiffed up to the river Duero. The North West tomb of the Apostle Santiago (c9th) would had to continue and the cities oh the Atlantic region was then divided into three legal areas, give a new impetus to the reconquest, be- believed in progress and the better future. wich were subdivisions of the provinces and coming a beacon that would bring pilgrims administratives units. Its capitals would be from all over Europe to the far west of Europe. Governments and walls were brought down, the some and the three urban centres found- On St Jame`s Way (First European Cultural avenues were planed and prejudices tumbled, ed by Augustus at the time: Bracara Augusta, Itinerary) peoples of all nations came togeth- industrialization went ahead, and teachings, Lucus Augusti and Asturica Augusta. The er on a way that was covered with sanctuar- culture and freedom were exalted.

405

20 years of Eixo Atlántico

Euroregion 2020 The crisis has compelled a readjustment of all gram based on the “Europe 2020” strategy. strategies that had been planned three years This program will be carried out by develop- ago. Our priority at the moment is to foster ing the three main pillars, namely: Introduction competitive cities with a view to overcoming the crisis. • Sustainable growth; • Innovative growth and; To that end, and in tune with the EC, we • Inclusive growth. have launched the “Eurorregion 2020” pro- Sustainable Growth The Eixo Atlántico Urban Ecology Agency advances towards sustainable growth

Sustainable development has been identified uses resources efficiently and is environmen- 2020 strategy, growth based on social cohe- right from Eixo Atlántico’s inception as a key tally friendly and competitive) effectively sion, and environmental and financial effi- factor for the future progress of its member gave rise to the creation of the Eixo Atlán- ciency. municipalities. This idea was materialised in tico Urban Ecology Agency in 2009, with 2006 when a first agreement was signed be- collaboration from the Xunta de Galicia’s The Urban Ecology Agency has evolved and tween the Xunta de Galicia (Regional Gov- Department of the Environment, Territory & developed several tools for application in dif- ernment of Galicia) and the Directorate Gen- Infrastructures. The initial idea was to pre- ferent projects with a view to providing mu- eral for the Environment & Territorial Plan- pare the city councils for implementation of nicipalities with instruments and the advice ning for the North of Portugal, with a view the sustainable development concept as well needed for sustainable planning. to promoting innovative implementation of as the Knowledge Society concept. This was a cross border network for the Local Agenda an attempt towards developing the principle Research and development of new instru- 21. This process was culminated when the reflected in the European Thematic Strat- ments and models has facilitated the per- mayors signed the Aalborg Commitments egy on the Environment, namely; that “the formance of territorial analysis, the im- which essentially gave rise to a Euro-regional most successful local authorities are the ones provement of environmental and energy Strategy for Sustainable Development, inte- which apply an integrated approach for man- efficiency, and the use of public resources. gration of territorial planning and R&D strat- aging the urban environment and also the This means that municipalities in the Galicia- egies in sustainable development policies. ones that use medium term strategic action North of Portugal Euroregion can now have plans for a detailed analysis of links between access to hereto unpublished documents at The maturity of this process and the emer- the several policies and obligations, even at the cross border level, such as the Methodo- gence of the Europe 2020 development different administration levels”. This line of logical Guide for the Local Agenda 21 de- strategy (comprised of three pillars, amongst work led to the preparation and application signed by following the Eixoecology model, which is the achievement of sustainable de- of an Eixoecology sustainable development the Euroregion’s Sustainability Report, the velopment by promoting an economy that model based on: coherence with the Europe study of dynamic land use in the Euroregion,

408 EIXO ATLÁNTICO the alternative mobility plan and drafting of The consultancy provided to municipalities is successfully achieving the objectives contem- rules to prepare sustainable development now giving rise to the application of models plated in the Covenant of Mayors. strategies for territories in Galicia and the for a more efficient use of resources and also North of Portugal. to promote and supply the tools needed for Innovative Growth The Eixo Atlántico achieves intelligent growth • facilitating coordination mechanisms And to use the above to finally transform the by implementing the Local Digital Agenda. between the several local entities in or- Eixo Atlántico cities into “Intelligent Cities”. This initiative seeks to effectively and ef- der to exchange experiences; ficiently develop information society in mu- nicipalities and thereby contributes towards: • promoting a digital solidarity culture, joint provisioning of services and bet- • better use of the current digital strate- ter use of possible external financing gies in the territory; sources in this field. Inclusive Growth On the subject of integrating growth, the EC Guimarães in 2013, together with the Bien- be holding its 4th edition in 2014. The aim states that the objective is to guarantee eco- nial Painting Event which has been reinvent- is to get youngsters share their experiences nomic, social and territorial cohesion. Along ed but without losing its essence. and knowledge both in education and sports these lines, and to consolidate the territory through music, an aspect also shared by the as an integrated and integrating unit, the And to continue on the cultural front, the Experience Exchange Seminars, the latter be- Eixo Atlántico carries out a number of ac- idea of Cultural Capital was born to boost ing directed towards politicians and techni- tivities to generate a Euro-regional citizen- a common culture in the Eixo Atlántico cit- cians of the Eixo Atlántico member cities. ship sentiment, framed within three scopes: ies in the widest sense, with presence from sports, culture and education that are the countries that were historically linked with driving forces in the territory. Galicia and the North of Portugal, and with special emphasis on the new comers, either To that end, the Eixo Atlántico Games bring as receivers or producers, and thus act as a together about 1500 young boys and girls showroom for the Euroregion’s cultural in- from 34 member cities, to practice sports, dustry. boost coexistence and ethics in sports through the “Nelson Cardoso Fair Play Tro- Another showcase is the Mostra Musical phy”. The 10th Games will be hosted by (Music Festival) of New Performers which will

EuroregiOn 2020 409

Xosé Luis Otero Becerra

COMENTÁRIO À OBRA DO XX ANIVERSÁRIO DO EIXO ATLÂNTICO

O gesto constrói, com o impulso da inspiração, uns campos cromáticos que parecem vibrar para além do suporte. Uma realidade expansiva que procura frenética a emancipação do demiurgo, âmbito e ordem da poderosa e mítica energia. A obra de Otero recupera esse sonho, a delirante miragem, a efémera ilusão de apanhar o indómito.

Rubén Martínez Alonso. Historiador da Arte.

COMENTARIO DE LA OBRA DEL XX ANIVERSARIO DEL EIXO ATLÁNTICO

El gesto construye, con el impulso de la inspiración, unos campos cromáticos que parecen vibrar más allá del soporte. Una realidad expansiva que busca frenética la emancipación del demiurgo, marco y orden de la poderosa y mítica energía. La obra de Otero recupera ese sueño, el delirante espejismo, la efímera ilusión de atrapar a lo indómito.

Rubén Martínez Alonso. Historiador del Arte.

COMMENT ON EIXO ATLÁNTICO’S 20TH ANNIVERSARY WORK

Gesture builds, with help from inspiration, a range of chromatic fields that seem to vibrate beyond their supporting structure. An expanding reality that frenetically seeks emancipation of the demi- urge ―the frame and order of the powerful and mythical energy. Otero’s work recovers this dream, the feverish mirage, the ephemeral illusion of trap- Quadro de Xosé Luis Otero Becerra para os 20 anos do Eixo Atlântico. 2012. ping the indomitable. Cuadro de Xosé Luis Otero Becerra para los 20 años de Eixo Atlántico. 2012. Picture by Xosé Luis Otero Becerra for its 20th anniversary. 2012. Rubén Martínez Alonso. Art Historian.