Esportes Políticas Geral 2O Caderno
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126 anos - PaTRIMÔnIo Da PaRaÍBa Ano CXXVI NúmeroA 047 UNIÃOJoão Pessoa, Paraíba - QUInTa-FEIRa, 28 de março de 2019 – R$ 1,50 - Assinatura anual R$ 200,00 Sertão vai ganhar R$ 23 mi em investimento hídrico Ordem de serviço para a construção da quarta adutora de Cajazeiras é assinada. Obra vai beneficiar cerca de 90 mil paraibanos. Página 3 Foto: José Marques Geral Foto: Marcos Russo Prefeitura de JP abandona sessão sobre o Porto Aproximadamente 20 integrantes da gestão municipal que estavam na sessão especial da Câmara deixaram o plenário para não debater com moradores. Página 3 Políticas MPF-PB avisa que Exército não deve comemorar golpe Para o procurador federal José Godoy, uma possível celebração do movimento militar de 1964 seria uma ofensa à Constituição Federal. Página 13 Esportes Marcos Tavares PREVENÇÃO É O MELHOR REMÉDIO Confira os detalhes Janeth é a sexta brasileira As providências da Previdência da rodada final do no Hall da Fama do basquete O Capitão Bolsonaro e sua equipe conseguiram criar um Paraibano 2019 Nome da ex-atleta foi indicado pela Fiba e agora ela ambiente desfavorável para a votação da reforma da QUEIMADURAS Rodada de encerramento da fase de integra grupo que já tinha Oscar, Paula, Hortência, Previdência no Congresso. Tanto fuçaram, tanto retardaram grupos definiu último time classificado Amaury e Ubiratan. Página 22 as ações, tanto tuitaram que tudo terminou numa crise que Hospital de Trauma de e sentenciou dois deles para a 2ª João Pessoa (83) 3216-5721 hoje parece insolúvel envolvendo os dois poderes. Página 13 divisão no ano que vem. Página 4 2o Caderno CBB/Divulgação Foto: Com vocês, uma releitura campinense do clássico Romeu e Julieta Espetáculo será apresentado hoje no Teatro Santa Roza dentro da programação da mostra que acontece na capital ao longo da semana. Página 12 Divulgação Foto: facebook.com/uniaogovpb www.paraiba.pb.gov.br auniao.pb.gov.br Twitter > @uniaogovpb Opinião Edição: Ricco Farias Editoração: Ulisses Demétrio 2 AUNIÃO João Pessoa, Paraíba - QUINTA-FEIRA, 28 de março de 2019 CONTATOS: [email protected] REDAÇÃO: (83) 3218-6539/3218-6509 Editorial Medo e armas Manhã de 13 de março de 2019. Escola ta, o pavor de ser expulso de suas casas, de Estadual Raul Brasil, em Suzano, interior ter suas empresas roubadas, de virar uma de São Paulo. Dois adolescentes entram no nova União Soviética, adentrou no imagi- local, fortemente armados, e realizam um nário da classe média. O golpe acabou se verdadeiro massacre, que resulta num sal- tornando uma realidade, com o apoio de muitos, como algo necessário a ser feito É, sem sombra de dúvidas, uma tragé- para evitar o pior. dia.do final Uma de das dez mais mortos terríveis e onze da feridos. história do Agora, a história se repete, em grande país, ainda pouco acostumado com ações medida, com a tragédia de Suzano. Desta do tipo. vez, contudo, o fato é real, factível, assus- O caso, como não poderia ser diferen- tadoramente próximo. Mas os argumentos te, ganha uma comoção nacional sem pre- colocados na pauta de discussão como so- cedentes. A imprensa fala sobre o caso, os lução são igualmente falsos e frágeis. políticos se posicionam, as pessoas comen- Para os mais conservadores, pois, a so- tam aqui e ali sobre o que aconteceu. lução para evitar tragédias do tipo é armar Esse é sempre um momento perigoso. ainda mais a população. O primeiro a can- Domingos Sávio O medo, não raro, é extremamente preju- tar essa bola foi o senador paulista Major [email protected] Humor dicial para as tomadas de decisão, para a Olímpio (PSL), que no mesmo dia da tragé- análise fria das tragédias. Para a busca ra- dia disse que ela seria evitada se os profes- cional por soluções efetivas para que pro- sores andassem armados. blemas do tipo não se repitam. Agora, duas semanas depois, a sanha Informe Historicamente, a propósito, o medo foi armamentista chega a João Pessoa pelas Ricco Farias utilizado por variados tipos de políticos de mãos da vereadora pessoense Eliza Virgí- UN [email protected] forma consciente, meticulosa, para conven- nia (PP), que apresentou um projeto de lei FREI Anastácio sobre 1964: “daTA SANGRENTA” cer a população da necessidade de se aprovar para dotar todas as escolas públicas e pri- Foto: Walter Rafael leis que em tempos normais seriam sequer vadas da cidade com seguranças armados “Nunca pensei que de- cogitadas. O medo é utilizado para manipu- em seu interior. pois de 55 anos, alguém lar, por meio de falácias criadas a partir de fosse exaltar essa data um fato (real ou não) extraordinário. que “o massacre na Escola Estadual Raul sangrenta”. A declara- São muitos os exemplos que se podem BrasilNa trouxe justificativa, à tona, ela mais diz umataxativamente vez, o de- ção do deputado federal Frei Anastácio (foto), do ser dados ao longo da história em que esse bate sobre a segurança nas escolas brasi- PT, referindo-se à reco- - leiras”. E que, diante disso, é importante mendação do presidente ço, contudo, pode-se citar dois que estão “prevenir”. Jair Bolsonaro para que tipo de artifício foram usados. Neste espa em evidência. Até aí, tudo bem. O problema é se usar o Ministério da Defesa O primeiro deles é o Golpe de 64. À o medo coletivo para defender a tese (in- promovesse eventos co- época, os militares e os políticos mais con- sustentável por todos os estudos sobre o memorativos pelo aniver- assunto) de que armar todo mundo é mais sário de 55 anos do Golpe de pânico coletivo em torno das supostas - Militar deflagrado em ameaçasservadores comunistas. criaram umO medo clima tomou artificial con- tar o acesso às armas. março de 1964, converge eficiente do que, muito ao contrário, limi com a postura adotada pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), do Ministério Público Federal, que emitiu nota pública repudiando a sugestão presidencial, fazendo menção Martinho Moreira Franco ao fato de que o golpe militar promoveu violações sistemáticas aos direitos humanos. “O golpe Artigo [email protected] de Estado de 1964, sem nenhuma possibilidade de dúvida ou de revisionismo histórico, foi um rompimento violento e antidemocrático da ordem constitucional. Se repetida nos tempos atuais, a conduta das forças militares e civis que promoveram o golpe seria caracterizada como o crime inafiançável e imprescritível de atentado contra a ordem constitucional e o Estado Democrático Coisas da vida previsto no artigo 5°, inciso XLIV, da Constituição de 1988”, evidenciou a nota. Frei Anastácio alertou para a gravidade de um presidente da República exaltar um período marcado por assas- Em meio à estupefação Além do sobrenome, mas tenho o da secretária sinatos de dissidentes políticos. “Uma manifestação dessa vindo da parte de um presidente da nacional por haver simulta- particular, no Palácio Gua- República é muito grave”, afirmou. tenho a ver com neamente dois ex-presidentes nabara. Pode ser? NÃO HOUVE DITADURA? da República e cinco ex-go- - Claro que sim, chefe. MORTES E TORTURAS Wellington os cabelos Para o deputado Cabo Gilberto, correligionário vernadores do Rio de Janeiro Repasse a anotação que eu De acordo com dados levantados pela Comissão brancos e uma Nacional da Verdade (CNV), a ditadura militar as- do presidente Jair Bolsonaro (PSL), não existiu presos, em circunstâncias e faço a ligação na hora. ditadura no Brasil, apenas “governo militar”. Ao dependências diversas, eis historinha para sassinou - ou fez desaparecer - 434 pessoas, afora o massacre de milhares de indígenas. E também que parece, o parlamentar não estudou bem o que me vi, sem querer, en- - Alô, é do Palácio Gua- período em questão: afirmou que, à época, o Con- recontar E fiz: teria sido responsável pela tortura de inúmeros volvido no insólito quadro nabara? Gabinete da secre- gresso Nacional havia posto um militar no cargo instalado quinta-feira última no país. É que tária do governador? presos políticos. Nas contas da Procuradoria Fe- deral dos Direitos do Cidadão “entre 30 e 50 mil de presidente. Na verdade, o Congresso, acuado, - Sim. pessoas foram presas, ilicitamente, e torturadas”. foi dissolvido pelo ato institucional número 5 (AI- Avenida Ingá, em Manaíra, a babá de uma - Quem fala? 5), em 1968, assinado pelo general Costa e Silva. dasno décimo-quarto minhas netas andarperguntou de um o seguinteedifício da à - É o secretário de Imprensa do gover- patroa, na sala em que assistiam pela TV ao nador da Paraíba, Tarcísio Burity. Ele deseja SESSÃO ENCERRADA AÇÃO E REAÇÃO REUNIÃO CONFIRMADA deslocamento do ex-governador e ex-minis- falar com o governador Moreira Franco. Os ânimos ficaram exaltados De Hervázio Bezerra (PSB) sobre No início de abril, o governador tro Wellington Moreira Franco, da sede da - Um momento, senhor. ontem na AL-PB, ao ponto de o confronto de ontem, na AL: “O João Azevêdo (PSB) deverá se Polícia Federal para uma unidade prisional - Pois não. a sessão ser encerrada sem que problema é que alguns adoram reunir com o deputado Her- da Polícia Militar do Rio : - Aqui é a secretária particular do go- houvesse a apreciação de maté- bater, e não aguentam críticas. Al- vázio Bezerra (PSB) para dis- - Ô, dona Mema, esse Moreira Franco aí vernador Moreira Franco. Com quem falo, rias. O bate-boca ocorreu entre o guns colegas estão exagerando ao cutir a possibilidade de licença tem alguma coisa a ver com dr. Martinho? por gentileza? líder da oposição, Raniery Pauli- se referir à Livânia Farias [ex-se- do parlamentar, dentro do ob- Claro que não havia intenção de com- - Com Martinho, secretário de Impren- no (MDB), e a deputado Cida Ra- cretária de Administração]. É um jetivo de dar cadeira no Legis- mos (PSB), gerada por acusações prometer meu nome, mas a expressão “tem sa do governador da Paraíba, Tarcísio Buri- verdadeiro escárnio.