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Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596

Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina, Pr).

Anais do 16o Simpósio de Controle Biológico - 11 a 15 de agosto de 2019 Londrina Pr./ (Org.). Adeney de Freitas Bueno et al. – Londrina, Pr: Parque Ney Braga, 2019.

ISBN.: 978-85-94054-02-9

Modo de acesso: https://siconbiol.com.br/

Encontro realizado nos dias 11 a 15 agosto de 2019, com o tema: “Controle biológico: da academia ao campo, rumo à sustentabilidade”

1.Entomologia. 2. Simpósio. 3. Pesquisa. 4. Controle biológico. I. Bueno, Adeney de Freitas. II. Neves, Pedro Manuel Oliveira Janeiro. III. Potrich, Michele. IV. Carvalho, Geraldo Andrade. V. Título.

CDD: 632.7

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COMISSÃO ORGANIZADORA

PRESIDENTE

Adeney de Freitas Bueno – Embrapa Soja

VICE-PRESIDENTE

Pedro Manuel Oliveira Janeiro Neves - Universidade Estadual de Londrina

PRESIDENTE DA COMISSÃO CIENTÍFICA

Geraldo Andrade Carvalho – Universidade Federal de Lavras

TESOURARIA

João Armelin Filho – Embrapa Soja

SECRETARIA

Hugo Soares Kern – Embrapa Soja

Sandra Maria Santos Campanini – Embrapa Soja

COMISSÃO CIENTÍFICA Ângelo Pallini – Universidade Federal de Viçosa Brígida de Souza – Universidade Federal de Lavras Bruno Zachrisson – Instituto de Investigación Agropecuaria de Panamá Daniel Ricardo Sosa Gomez – Embrapa Soja Dirceu Pratissoli – Universidade Federal do Espírito Santo Dori Edson Nava – Embrapa Clima Temperado Fernando Hercos Valicente – Embrapa Milho e Sorgo Flávio H. V. Medeiros – Universidade Federal de Lavras (Fitopatologia) Harley Nonato – Embrapa Agropecuária Oeste Italo Delalibera Jr. – Universidade de São Paulo, Esalq Jorge Braz Torres – Universidade Federal Rural de Pernambuco José Eduardo Marcondes de Almeida – Instituto Biológico José Roberto Postali Parra – Universidade de São Paulo, ESALQ

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Luís Cláudio Paterno Silveira – Universidade Federal de Lavras Marcus Vinícius Sampaio – Universidade Federal de Uberlândia Maria Isabel Balbi Peña – Universidade Estadual de Londrina (Fitopatologia) Maria Fernanda G. Billalba Peñaflor – Universidade Federal de Lavras Odair Aparecido Fernandes – UNESP, Jaboticabal Regiane Cristina Oliveira de Freitas Bueno – Unesp, Botucatu Ricardo Antonio Polanczik – Unesp, Jaboticabal Rogério Biaggioni Lopes – Embrapa, Cenargen Tiago Cardoso da Costa Lima – Embrapa Semiárido Vanda Helena Paes Bueno – Universidade Federal de Lavras

COMISSÃO DE AVALIAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS E

CONCURSO DE ESTUDANTES

Coordenadora: Michele Potrich – Universidade Federal Tecnológica do Paraná – Campus Dois Vizinhos

Membro: Geraldo Andrade Carvalho – Universidade Federal de Lavras

COBIQUIZ Adriano Thibes Hoshino - Universidade Norte do Paraná (Unopar) Bruna Magda Favetti – PROMIP Manejo Integrado de Pragas Gabriela Vieira Silva – Agribela Soluções Tecnológicas

PROGRAMAÇÃO SOCIAL E TURÍSTICA Jaciara Gonçalves – Universidade Federal do Paraná

CONCURSO DE FOTOGRAFIAS Adair Vicente Carneiro – Embrapa Soja

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APRESENTAÇÃO

Este volume contém os resumos dos trabalhos técnico-científicos apresentados no 16º Simpósio de Controle Biológico (SICONBIOL), realizado na cidade de Londrina – PR, no Parque Ney Braga, no período de 11 a 15 de agosto de 2019.

Promovido pela Sociedade Entomológica do Brasil (SEB) e realizado pela Embrapa e Universidade Estadual de Londrina, o evento trouxe como tema principal “Controle Biológico: da academia ao campo, rumo à sustentabilidade”.

O evento contou com a presença de aproximadamente 800 participantes entre pesquisadores, professores, profissionais da área, consultores, produtores, estudantes de graduação e pós-graduação. Com uma programação extensa, o Simpósio foi composto por palestras, mesas-redondas, apresentações de trabalhos na forma pôster, além do concurso de estudantes que premiou os melhores trabalhos apresentados no evento e também o Cobiquiz (jogo de perguntas e respostas voltadas ao controle biológico de insetos pragas e doenças).

Os participantes tiveram a oportunidade de trocar informações com os diversos profissionais que ministraram as palestras e com colegas que trabalham com agentes de controle biológico de pragas e doenças no Brasil e em outras partes do mundo. Foram apresentados 450 resumos de trabalhos em formato poster, abordando 11 áreas temáticas. Estes resumos estão publicaos neste documento.

Mais uma vez agradecemos a todos os participantes, patrocinadores, palestrantes e comissão organizadora, que não mediram esforços e dedicação para que esta edição fosse um sucesso.

Comissão Organizadora do Evento

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SUMÁRIO

ÁREA TEMÁTICA: Biotecnologia e formulação de biopesticidas………32

 Obtenção de endotoxinas cry a partir de utilizando fermentação em biorreator………………………………………………………………………...…...……33  Produção de endotoxinas a partir de Bacillus thuringiensis utilizando diferentes meios de cultivo……….…………………………………………………………...…...……………34  Gene expression associated to chemosensing in the Diachasmimorpha longicaudata (: Braconidae) ………………………………………….…….35  Uso da tecnologia de RNA de interferência como método de controle de mosca-das-frutas (Diptera: Tephritidae) ……………………………………………...…...…………………36  Uso da tecnologia de RNAi para controle de Dichelops (Diceraeus) melacanthus (Dallas, 1851) (: ) ……………………………………………………...…37  Silenciamento gênico por RNAi: da biologia do desenvolvimento ao controle de pragas…………………………………………………………………………………...…38  Avaliação da vazão e do espectro de gota na eficiência de Bt no controle de Spodoptera frugiperda………...……………………………...………………………………………...39  Avaliação do potencial antagônico do bioproduto BioTCD à fungos fitopatogênicos…………………….………………………………………………………40  Análise genômica e identificação de genes inseticidas de uma nova cepa de Bacillus thuringiensis…………………….…………………………………………………………41  Eficiência de diferentes proporções da mistura do baculovírus (SfMNPV) no controle da Spodoptera frugiperda…………………………………………………………..………...42  Gene silencing and mortality in larval stages of Anastrepha fraterculus induced by RNAi……………………………………………………………………………………....43  Meios de cultivo e produção de Bacillus thuringiensis……………………………………44  Perfil de expressão de genes candidatos à tecnologia de RNA interferente em Brevipalpus yothersi………………….…………………………………………………………………45  Efeitos de anticontaminantes alternativos como substitutos ao formaldeído na dieta artificial de Diatraea saccharalis (F.) (L : Crambidae) visando a multiplicação de Trichogramma galloi Z. (Hymenoptera: Trichogrammatidae) e Cotesia flavipes (C.) (Hymenoptera: Braconidae) …………………….………………………………………...46

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 Substitutos ao formaldeído no preparo da dieta artificial para criação de Diatraea saccharalis (Fabricius) (Lepidoptera: Crambidae) em laboratório …….…………………47  Efeito do Tween 20 na formulação de um produto para biocontrole com Bacillus thuringiensis 1450…………………..………………….………………………………….48  Produção de conídios do fungo Beauveria bassiana Unioeste 04 por fermentação bifásica e sacos aerados…………………….…….…………………..………………………………49

ÁREA TEMÁTICA: Controle biológico com entomopatógenos/microrganismos…50

 Patogenicidade de uma nova linhagem de Beauveria bassiana contra Lema bilineata…...51  Efeito de toxinas do milho Bt sobre a patogenicidade de nematoides entomopatogênicos (Rhabditida: Steinernematidae, Heterorhabditidae) a de Spodoptera frugiperda (Lepidoptera, )……………………………………………………………….…52  Tratamento de sementes de feijoeiro com Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae visando ao manejo de pragas de folhas…………………….……………………………...53  Aplicação de Trichoderma harzianum em raízes de mudas de tomateiro visando ao controle de pragas e doenças da parte aérea……………………….………………………54  Maize seed coating with microsclerotia of Metarhizium spp. as biostimulant and protection against Spodoptera frugiperda…………………….………………………………………55  Effect of Exudate Droplets from Metarhizium sp. on Rhipicephalus microplus….………56  Ação de inseticidas sobre os ovos de L. 1758 (Lepidoptera: ) com diferentes idades…………………….……………….…………………………………….57  Rizobactérias multi-funcionais atuam também no controle da mosca branca……….……58  How is the current knowledge domain about biological control? ………………………...59  Associação de Beauveria bassiana e Pogostemon cablin e Lavandula angustifolia para o controle de Sitophilus zeamais…………………..………………………………………...60  UV-B Tolerance of Native Metarhizium spp. Conidia in Aqueous Suspensions, Oil-in- water Emulsions, or in Different Types of Soil…………………….…………………..…61  Utilização associada de nematoides entomopatogênicos com inseticida e milho transgênico no controle da Spodoptera frugiperda…………………….………………………….…...62  Ação de repelentes de predadores sobre ovos de percevejo parasitados com Telenomus podisi……………………………….…………………………………………………...…63  Ação de repelentes de predadores sobre de Cotesia flavipes…………………….…64

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 Quantidade liberada de T. galloi para o controle dediferentes densidades de ovos de D. saccharalis em cana-de-açucar……………….………………………………………...…65  Estabelecimento de Metarhizium spp. como endofítico em cana reduz as populações de cigarrinha-das-raízes…………………….………………….……………………………..66  Efeito da inoculação de Metarhizium sp. no crescimento e produtividade de cana-de- açúcar…………………….………………………………………………...…………...…67  Eficiência de Armigen® (HearNPV) em diferentes doses para o controle de Helicoverpa armigera na cultura da soja em Imbituva…………………….……………………………68  Eficiência de Armigen® (HearNPV) Para o Controle de Helicoverpa armigera na Cultura da Soja no Município de Lapa - PR…………………….…………………………………69  Eficiência de Armigen® (HearNPV) para o controle de Helicoverpa armigera na cultura da soja em Ponta Grossa - PR…………………….………………………………………70  Ocorrência natural de Isaria javanica sobre Sarsina violascens e patogenicidade sobre Gonipterus platensis………………………………………………………………………71  Influência dos estágios de Gonipterus platensis na infecção por Heterorhabditis amazonensis…………………….………………………………...……………….………72  Influência da concentração de Heterorhabditis bacteriophora na mortalidade de Drosophila suzukii (Diptera: Drosophilidae) …………………….……………………….73  Influência do substrato na infecção de nematoides entomopatogênicos a pupas de Drosophila melanogaster Diptera:Drosophilidae…….……...……………………………74  Comparative virulence of blastospores and conidia of Beauveria bassiana and Cordyceps fumosorosea against pests…………………….………………………………….75  Biogenic synthesis and characterization of titanium nanoparticles based on Beauveria bassiana…………………….…………………………………………………………...…77  Associação de terra de diatomáceas e Beauveria bassiana Unioeste 04 para o controle de cascudinho-dos-aviários…………………….……………………………………………..78  Avaliação de isolados de Beauveria bassiana sobre Oligonychus yothersi (McGregor) (Tetranychidae) na erva-mate…………………….……..…………………………………79  Efeito da associação de inseticida a base de Bt com adjuvante na concentração letal para Spodoptera frugiperda…………………………………………………………………….80  Insecticidal Activity of Lepigen® (AcMNPV) and Surtivo® Plus against Elasmopalpus lignosselus…………………….…………...………………………………………………81  Efecto del hongo entomopatógeno Beauveria bassiana en el control de crisomélidos……82  Preservação a longo prazo do fungo Metarhizium rileyi adsorvido em sílica gel e mantido a -20°C…………………….……………………...…………………………………………83

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 Microesclerotia production of Purpureocillium lilacinum in three different media………84  Produção in vivo de Heterorhabditis sp. (Isolado UENP04) em diferentes hospedeiros…………………….…………………………………………………….…….85  Virulência de isolados de nematoides entomopatogênicos para controle do Euschistus heros…………………….………………………………………………….…………...…86  Efeito de defensivos químicos sobre a germinação de conídios de Metarhizum anisopliae isolado IBCB 425…………………….……………………………………………………87  Mortalidade e patogenicidade do fungo entomopatogênico Beauveria bassiana em formigas do gênero Atta sp. em condições de labo…………………….…………………88  Cordyceps javanica Associado a Inseticidas Químicos para o Controle de Bemisia tabaci MEAM1 (Hemiptera: Aleyrodidae) em Soja…………………….………………………..89  Seletividade de produtos biológicos a pupas de Trichogramma pretiosum Riley, 1879 (Hymenoptera: Trichogrammatidae) …………………….………...…………………...…90  Metodologia de Separação por Ludox e Purificação de Esporos e Cristais de Bacillus thuringiensis var. Kurstaki…………………….….…………………………………….…91  Idade Larval e Temperatura para Sistemas de Produção de Baculovirus spodoptera (SfMNVP) Utilizando Droplet Feeding Method……………...………………………...…92  Fungos entomopatogênicos contra Disonycha glabrata (Fabricius, 1775) (Chrysomelidae: Alticinae) ……………………….….…………………………………………………...…93  Entomopathogenic nematodes on Apis mellifera L. (Hymenoptera: Apidae) bees longevity…………………….…………………………………………………...……...…94  Does commercial entomopathogenic fungi interfere on the longevity of Apis mellifera L. (Hymenoptera: Apidae) bees? …………………….…………………….……………...…95  Ocorrência natural de Beauveria bassiana sobre Cicadellidae em plantio de pinus na cidade de Enéas Marques, Paraná-Brasil…………………….……………………………96  Produção in vivo de Heterorhabditis sp. (Isolado UENP03) em diferentes hospedeiros…………………….………………………………………………….……….97  Eficiência do baculovírus no controle de Errinyis ello L., 1758 (Lepidoptera: Sphingidae), em dois de tempos de armazenamento……………………..……………………………...98  Persistência de Cordyceps javanica e eficiência de controle de Bemisia tabaci em intervalos de aplicações de fungicidas…………………….……………………………....99  Beneficial fungi for promoting biocontrol in cassava: ecostacking prospects for the management of cassava pests…………………….……………………………………....100  Persistência de conídios de Cordyceps javanica em folhas de soja sob diferentes métodos e horários de pulverização………………….………………………………………………101

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 Uso de fungos associados ao Bacillus methylotrophicus no controle de pragas e doenças da alface……………………………….………………………………………………….…103  Uso dos fungos Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae no controle de pragas e doenças da rúcula (Eruca vesicaria) ……………………………………………………..104  Dispositivo para autoinoculação do fungo Beauveria bassiana visando o controle da ampola da erva-mate (Gyropsylla spegazzini) ……………………….………………….105  Transmissão horizontal do fungo Beauveria bassiana entre indivíduos de Gyropsylla spegazziniana em laboratório…………………….………………………………………106  Insecticidal Activity of Lepigen® (AcMNPV) against Agrotis ipsilon…………….……107  Controle da lagarta-da-soja com Bacillus thuringiensis……………..……………..……108  Controle da lagarta falsa-medideira em soja com Bacillus thuringiensis………………..109  Relation between biocontrol efficacy of Meloidogyne incognita and the quality of bacterial based products…………………….……………………………………………………...110  Controle do percevejo marrom (Euschistus heros) em soja pela aplicação de meta-turbo SC®/ Control of brown stink bug (Euschistus heros) in soybean by meta-turbo SC® application……………….…………………………………………………………….…111  BT-TURBO MAX® no biocontrole da lagarta-falsa medideira (Chrysodeixis includens) em soja…………………….…………………………………………………………...…112  Evaluation of Hemocytes from Metarhizium robertsii-Infected Ticks Using Light Microscopy…………………….…………………………………………………………113  Interação de formulações de bioinseticidas Bt e do espectro de gotas no controle de Anticarsia gemmatalis……………..……………………………………………………..115  Potencial de uso de Bacillus thuringiensis Berlinder israelensis no controle de Bradysia spp. na produção de mudas de tabaco…………………….……………………………...116  Eficiência do Erinnyis ello granulovirus (ErelVG) em mistura com herbicidas………...117  Toxicidade de cepas de Bacillus thuringiensis para lepidópteros-pragas………………..118  Interferência do Baculovírus (SfMNPV) no canibalismo de Spodoptera frugiperda em sistema de criação…………………….………………………………….……………….119  Patogenicidade de diferentes fungos entomopatogênicos ao bicudo-do-algodoeiro Anthonomus grandis (Coleoptera: Curculionidae) …………………….……………...…120  Effect of Metarhizium sp. and Carvacrol Association to Control Rhipicephalus microplus Larvae…………………….……………………………..……………………………..…121  Análise e predição in silico de pequenos RNAs não codificadores (sRNAs) no grupo Bacillus cereus sensu lato…………………….………………………………………….122

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 Virulência de nematóides entomopatogênicos isolados no Norte do Paraná sobre Dichelops melacanthus……………………….…………………………………………………...…123  Manejo biológico de pragas e doenças do tomateiro (Solanum lycopersicum) com tratamento de mudas com Beauveria bassiana…………………………………………..124  Compatibilidade de Heterorhabditis amazonensis (CB46) com Azamax……………….125  Temperaturas cardinais para o crescimento e produção de conídios de três fungos entomopatogênicos…………………….…………………………………………………126  Potencial Inseticida de cepas de Bacillus thuringiensis oriundas de gleisolo e planosolo do Rio Grande do Sul, BR…………………….…………………..…………………………127  Eficiência de produtos biológicos e químicos no controle da mosca-branca Bemisia tabaci (Genn.) Biótipo B (MEAM1) (Hemiptera: Aleyrodidae) em soja…………………….…128  Virulência de diferentes isolados de nematoides entomopatogênicos nativos do Norte do Paraná sobre Galleria mellonela…………………………………………………………129  Patogenicidade de Steinernema rarum e Heterorhabditis bacteriophora a Ceratitis capitata (Widmann,1824) (Diptera:Tephritidae) …………………………………………………130  Patogenicidade de Steinernema brazilense a larvas de Bradysia ocellaris (Comstock, 1882) (Diptera: Sciaridae) …………………….………………………………………………..131  Qualidade dos produtos à base de Beauveria bassiana comercializados em Santa Catarina para o controle de brocas-da-bananeira………………………………………………..…132  Genetic diversity of Bacillus thuringiensis active Aedes aegypti…………………...…...133  Metarhizium anisopliae with insecticidal activity for the biological control of the fruit fly (Anastrepha obliqua), the main…………………….………….…………………………134  Efeito tóxico de proteínas expressas em fase vegetativa de crescimento de Bacillus thuringiensis sobre Spodoptera frugiperda…………………..…………………………..135  Alta toxicidade de proteínas expressas por Bacillus thuringiensis sobre Spodoptera frugiperda e Chrysodeixis includens……………………………………………………..136  Diferentes concentrações de isolados de nematoides entomopatogênicos sobre Dismycoccus brevipes…………………….……………………………………………...137  Eficiência de Lepigen® (AcMNPV) para o controle de Spodoptera eridania na cultura da soja em Imbituva-PR…………………….….……………………………………………138  Eficiência de Lepigen® (AcMNPV) para o controle de Spodoptera eridania na cultura da soja no Município de Lapa-PR…………………….……………………..………………139  Eficiência de Lepigen® (AcMNPV) aplicado via foliar para o controle de Spodoptera eridania na cultura da soja em Ponta Grossa…………………….………………………140

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 Analise da produção in vitro do vírus Spodoptera frugiperda MNPV em dois sistemas de biorreatores…………………….……………...……………………………………….....141  Seleção de Steinernema spp. Visando o Controle do Cascudinho de Aviário, Alphitobius diaperinus…………………….………………………………………………………...... 142  Microbiota associated with alternative food of soil predatory mites: Potential to enhance biological control……………………..……………………………………..……………143  Tratamento de mudas de tomateiro com Metarhizium ansiopliae para o controle de pragas e doenças da parte aérea………………..……………………………………...…………144  Comparative RNAseq analysis of the -pathogenic fungus Metarhizium anisopliae reveals specific transcriptome signatures………………..…………………………….…145  Compatibilidade de produtos fitossanitários com nematoides entomopatogênicos visando o manejo de Dysmicoccus brevipes…………………….………………………………..…146  Susceptibility of Helicoverpa armigera to field-sprayed entomopathogenic fungi……...147  Plasmid Rap-Phr systems act synergistically to regulate sporulation of the Bacillus thuringiensis kurstaki HD73 strain……………………….……………………………...148  Desenvolvimento e aplicação de iscas à base de amido e fibras para o controle de formiga cortadeira Atta sexdens rubropilosa……………………………………………………...149  Desenvolvimento e aplicação de iscas à base de amido e fibras para o controle de formiga cortadeira Atta sexdens rubropilosa…………..……………………………….…………150  Effect of Bacillus thuringiensis on the displacement of Apis mellifera L. (Hymenoptera: Apidae) Africanized…………………….………………………………...……………...151  Does Bacillus thuringiensis in Apis mellifera workers diet interferes in their longevity?...... …152  Seletividade de defensivos agrícolas sobre a germinação de conídios de Beauveria bassiana……………………………………………………………………………...... …153  Seletividade de defensivos agrícolas sobre a germinação de conídios de Purupureocillium lilacinum………………………………………...………………………………………..154  Bacillus thuringiensis sublethal effects (Bacillales: Bacillaceae) in Helicoverpa armigera (Lepidoptera: Noctuidae) ……………………..…………………………………………155  Suscetibilidade de diferentes instares de Chrysodeixis includens (Lepidoptera: Noctuidae) a Cry1Ac…………………….………………………………………………………...…156  Eficiência de Controle do Percevejo-preto, Cyrtomenus mirabilis com Fungos Entomopatogênicos em Amendoim…………………………………………………...…157  Seletividade de entomopatógenos a pupas de Telenomus remus Nixon, 1937 (Hymenoptera: Platygastridae) …………………………………………..………………158

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 Parasitimos de Telenomus remus Nixon, 1937 (Hymenoptera: Platygastridae) em ovos pulverizados com entomopatógenos…………………….…………...………………..…159  Suscetibilidade de Aethalion Reticulatum (Linnaeus, 1767)(Hemiptera: Aethalionidae) a Fungos Entomopatogênicos…………………….…...………………………………...…160  Suscetibilidade de ninfas de Bemisia tabaci MEAM1 a diferentes isolados de Cordyceps javanica em feijoeiro…………………….……………………………...………………..161  Aprimoramento do método de fermentação líquida de Trichoderma asperelloides…………………….……………………………………...……………...…162  UV-B Tolerance and Conidiogenesis of Metarhizium anisopliae Maintained in the Laboratory or Under Natural Conditions…………………….………………………..…163  Potencial inseticida de um extrato quitinolítico de Streptomyces sp. ENT-21 sobre Spodoptera frugiperda…………………….……………………………………………..164  Primeiro Registro de Isaria sp. em lagartas de Palpita forficifera………………………165  Atividade de isolados de Beauveria bassiana sobre Euschistus heros (Fabr.) (Hemiptera: Pentatomidae) ……………………………………………………………………………166  Atividade de isolados fungicos sobre Pappista granicollis (Pierce, 1916) (Coleoptera: Curculionidae) ………………………………………………………………………...…167  Uso da Chromobacterium subtsugae no manejo da Chrysodeixis includes…………...…168  Suscetibilidade de Aethalion Reticulatum (Linnaeus, 1767) (Hemiptera: Aethalionidae) a Fungos Entomopatogênicos………………………………………………………...……170  Eficiência da cepa 1603B de Bacillus thuringiensis e seu produto comercial no controle de lepidópteros-praga……………………………………………………………………..…171  Persistência residual em condições de campo do Erinnyis ello granulovirus (EreIVG)...172

ÁREA TEMÁTICA: Controle biológico com predadores e/ou parasitoides……173

 Preferência alimentar de Podisus nigrispinus……………………………………………174  Parasitismo em adultos de Dichelops melacanthus e Euschistus heros em seis áreas de soja na região Norte Central Paranaense…………………………………………………...…175  Pulgões dos cereais (Hemiptera: Aphididae) e seus inimigos naturais associados à aveia, na região Norte do Paraná………………………………………………………………...…176  Ritmo de parasitismo de Trichopria anastrephae em pupários de Drosophila suzukii………177

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 Ritmo de Emergência de Trichopria anastrephae Criados em Pupários de Drosophila suzukii………………………………………………………………………………….…178  Manejo biológico de Diatraea saccharalis comparando Trichogramma galloi com Cotesia flavipes em cana-de-açúcar………………………………………………………………179  Parasitismo de Diaphorina citri Kuwayama (Liviidae) por Tamarixia radiata Waterston (Eulophidae) após liberações inoculativas…………………………………………….…180  Estabelecimento de Trichogramma pretiosum Riley, importado da Colômbia, na região nordeste do Brasil………………………………………………………………………...181  Impacto de uma dieta enriquecida com lipídiossobre adultos de Trichogramma pretiosum Riley…………………………………………………………………………………...…182  Interação competitiva entre Telenomus podisi e Trissolcus urichi em ovos de Dichelops melacanthus…………………….……………….……………………………………..…183  Efeito da cápsula de liberação na proteção de pupas de Trichogramma pretiosum, Telenomus remus e Telenomus podisi em campo………………………………………..184  Crisopídeos no controle biológico conservativo…………………….………………...…185  Influência de Doru luteipes na regulação populacional de Spodoptera frugiperda em variedades de milho crioulo ………………….……………….……………….………...186  Interação multitrófica entre Doru luteipes, Spodoptera frugiperda em plantas de milho geneticamente modificado…………………….……………….……………….……...…187  Parasitismo de Palmistichus elaeisis e Trichospilus diatraeae sobre pupas de Citheronia laocoon…………………….……………….……………….……………….………...…188  Amblyseius aerialis (Acari: Phytoseiidae) preda Raoiella indica (Acari: Tenuipalpidae)? …………………….……………….……………….……………….……………………189  Parasitism and phylogeny of Dinocampus coccinellae through different hosts and continents……………………….……………….……………….……………….……...190  Atividade de parasitismo por Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) (Hymenoptera: Braconidae) em diferentes horários…………………….……………….……………..…191  Tetrastichus giffardianus como principal parasitoide de Ceratitis capitata em goiabas, no Vale do São Francisco……………………….……………….…………………………..192  Eficiência do Chrysoperla externa no controle da Spodoptera frugiperda………………193  Parasitismo do Palmistichus elaeises em pupas de Diatraea saccharalis……………….194  Fatores climáticos influenciando a liberação aérea de (Telenomus podisi) no solo para o controle de ovos de percevejos…………………….……………….………………….…195

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 Preferência de Telenomus podisi por ovos de Euschistus heros ou Dichelops melacanthus em laboratório…………………….……………….……………….………………….…196  Presença/ausência de pedicelo em ovos de Chrysoperla externa como parâmetro de qualidade para criações massais…………………….……………….………………...…197  Phytoseiulus macropilis (Acari: Phytoseiidae) no controle biológico aplicado de Tetranychus urticae (Acari: Tetranychidae) …………………….……………….…...…198  Resposta funcional de machos e fêmeas de Euborellia annulipes a Spodoptera frugiperda…………………….……………….……………….…………………………199  Avaliação da taxa de parasitismo do bicho-mineiro Leucoptera coffeella em Café conilon…………………….……………….……………….………………………….…200  Predação de Zelus leucogrammus (Hemiptera: Reduviidae) em Thyrinteina arnobia (Lepidoptera: Geometridae) …………………….……………….………………………201  Comportamento predatório de Xylocoris sordidus em ovos parasitados por Trichogramma pretiosum...... ……………….……………….……………….……………………....202  Aphid (Hymenoptera: Braconidae), still defending cereal crops after forty years of its introducing in Passo Fundo……………………….……………….……………….203  Taxonomic status of Aphidius colemani species group (Hymenoptera: Braconidae) in southern …………………….……………….……………….……………………204  Distribuição vertical de Leptocybe invasa e do parasitoide Selitrichodes neseri (Hymenoptera: Eulophidae) em eucaliptos…………………….……………………...…205  Predação de Thyrinteina arnobia (Lepidoptera: Geometridae) por Atopozelus opsimus (Hemiptera: Reduviidae) …………………….……………….……………….…………206  Two new species of Telenomus Haliday (Hymenoptera: Platygastridae) parasitizing of Anticarsia gemmatalis (Lepidoptera: Erebidae) …………………….……………..…207  Comparativo de sistemas de coleta de adultos de Anagasta kuehniella……………….…208  Novos registros de parasitoides de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) em Minas Gerais…………………….……………….…………………………………………...…209  Mapeamento da dispersão de Diachasmimorpha longicaudata em diferentes fruteiras por modelagem geoestatística por krigagem…………………….……………….………..…210  Morfologia do sistema reprodutor masculino de Diachasmimorpha longicaudata (Ashmed) (Hymenoptera: Braconidae) …………………….……………….………………………211  Influência do tabaco na dieta sobre a biologia de Ephestia kuehniella e de seu parasitoide Habrobracon hebetor…………………….……………….……………….…………..…212  Interaction between Tenuisvalvae notata and Cryptolaemus mountrouzieri (Coleoptera: Coccinellidae) under prey scarcity……………………….……………….……………...213

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 Competição entre dois parasitoides pupais de Drosophila suzukii (Diptera: Drosophilidae) …………………….……………….……………….……………….……………………214  Prospecção de agentes de controle biológico para o manejo de ácaros pragas em culturas de solanáceas no DF e entorno…………………….……………….……………………..…215  Ação de substâncias repelentes na emergência de Tetrastichus howardi via exposição direta e em cápsula de liberação por drone…………………….……………………...…216  Behavior and Chemical Ecology of Diachasmimorpha longicaudata: basic studies as tools to improve biological control programs……………………….……………….………...217  Occurrence of green lacewings species (Neuroptera: Chrysopidae) from coffee agroecosystems………………….……………….………………………………….……218  Parasitismo de ovos de Euschistus heros na cultura do algodão no Arenito Caiuá……...219  Influência do estágio de desenvolvimento e da dieta de Lasioderma serricorne no parasitismo de Anisopteromalus calandrae…………………….……………….…….…220  Could footprints of ladybugs (Coleoptera:Coccinelidae) affect the behavior of other ladybugs? ………………….……………….……………….……………………………221  Manejo de Euschistus heros em soja com liberações de Telenomus podisi……………...222  Sobrevivência de pupas de Telenomus podisi Ashmead, 1893 (Hymenoptera: Scelionidae) sob diferentes temperaturas em diferentes…………………….…………………………223  Liberação de Telenomus podisi em pupas soltas e em cápsulas ao longo do ciclo de desenvolvimento da soja…………………….……………….………………………..…224  Mass-rearing the parasitoids Telenomus podisiunder fluctuating temperature regime: Fitness and economic benefits…………………….……………….…………………..…225  Parasitismo de Telenomus remus Nixon, 1937 (Hymenoptera: Platygastridae) em ovos pulverizados com entommopatógeno…………………….………………………………226  Parasitismo de Trichospilus diatraeae (Hymenoptera: Eulophidae) em Oxydia vesulia (Lepidoptera: Geometridae) …………………….……………….………………………227  Protocolo de produção de eulofídeos para controle biológico de lepidópteros desfolhadores em plantios de eucalipto…………………….……………….………………………...…228  Liberações inoculativas de eulofídeos para controle biológico de lepidópteros desfolhadores em plantios de eucalipto…………………….………………………….…229  Reprodução de Ooencyrtus submetallicus (Hym.: Encyrtidae) em ovos criopreservados de Euschistus heros (Hem.: Pentatomidae) …………………….………………………...…230  Avaliação do potencial predatório de espécies de Phytoseiidae (Acari) tendo Calacarus heveae (Acari: Eriophyidae) como presa…………………….………………………..…231

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 Ácaros Astigmata predando Calacarus heveae (Acari: Eriophyidae): uma nova perspectiva no controle biológico de eriofiídeos…………………….……………………………..…232  Preferência de substrato por Euseius citrifolius (Acari: Phytoseiidae) ………………….233  Preferência de oviposição de Chrysoperla externa (Neuroptera: Chrysopidae) em casa de vegetação…………………….……………….……………….……………………….…234  Seletividade de entomopatógenos no parasitismo de Trichogramma pretiosum Riley, 1879 (Hymenoptera: Trichogrammatidae) …………………….………………………………235  The contribution of the companion plants to the biological control of pest, in agroecological orchards of Rosario, Argentina…………………….………………….…236  Plantas espontâneas presentes sob cultivo suspenso de morangueiro como plantas banqueiras para controle do ácaro rajado…………………….…………………....…..…237  Parasitism of Pentatomidae adults (Hemiptera) by Tachinidae (Diptera), at different moments of the year, in the south of Sant…………………….……………………….…238  Controle de Tuta absoluta (Meyrick) (Lepidoptera, Gelechiidae) com Trichogramma pretiosum Riley (Hymenoptera: Trichogrammat)……….……………….………………239  Predação de ovos de Tuta absoluta (Meyrick) (Lepidoptera, Gelechiidae) ao longo da vida de Macrolophus basicornis (Stäl) (Hemiptera, Miridae) em plantas de tomate…………240  Preferência de oviposição de Telenomus podisi e Trissolcus basalis por ovos de Glyphepomis dubia de diferentes idades…………………….……………….………..…242  Seletividade de inseticidas e acaricidas utilizados na cultura do cafeeiro ao predador Chrysoperla externa (Hagen) ……………………….……………….………………..…243  Materiais utilizados para evitar a fuga de lagartas de Diatraea saccharalis em toletes de cana-de-açúcar……………………………….……………….……………….……….…244  Parasitismo natural de Cotesia flavipes (Cameron, 1891) em lagartas de Diatraea saccharalis (Fabr., 1794) ……………………………………………………………...…245  Preferência alimentar da formiga acrobática Crematogaster Lund, 1831 (Hymenoptera: Formicidae) em cana-de-açúcar……………………………………………………….…246  Competencia entre Diachasmimorpha longicaudata y Doryctobracon areolatus (Hymenóptera: Braconidae) en frutos de ciruela Jobo………………………………...…248  Competencia entre Diachasmimorpha longicaudata y Doryctobracon areolatus asociada al control biológico de mosca de la fruta………………………………………………...…249  Incidência de inimigos naturais sobre Chrysodeixis includens e Helicoverpa armigera (Lepidoptera:Noctuidae) em soja……………………………………………………...…250  Rastreabilidade dos processos produtivos de agentes macrobiológicos adotada pela Promip……………………………………………………………………………………251

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 Controle de qualidade do produto Macromip Max® (Phytoseiulus macropilis Banks, Acari: Phytoseiidae)……………………………………………………………...………252  Aplicativo Promip Compatibilidade: uma ferramenta imprescindível no manejo biológico de pragas……………………………………………………………………………….…253  Gênero Archytas (Jaennicke) (Diptera: Tachinidae) como relevante agente de controle natural de lepidópteros-praga em soja……………………………………………………254  Parasitoides e Entomopatógenos Associados às Lagartas Desfolhadoras na Cultura da Soja em Goiás……………………………………………………………………………….…255  Distribuição de Diatraea saccharalis no canavial influenciando oviposição e o parasitismo por Trichogramma galloi……………………………………………………………...…256  Telenomus podisi parasitism on Dichelops melacanthus and Podisus nigrispinus eggs at different temperatures……………………………………………………………………257  Parasitoides associados à mosca-das-frutas sul-americana em frutos de cerejeira-do-rio- grande em Caçador, Santa Catarina…………………………………………………...…258  Parasitoides associados à mosca-das-frutas sul-americana em frutos de araçazeiros vermelho e amarelo em Caçador, SC…………………………………………………….259  Determinação da dose ideal de Telenomus podisi a ser liberado para o controle de Euschistus heros na fase vegetativa da soja…………………………………………...…260  Determinação do número ideal de Telenomus podisi a ser liberado para controle de Euschistus heros na fase reprodutiva da soja………………………………………….…261  Características biológicas de Telenomus podisi criados em ovos frescos e ovos armazenados em nitrogênio líquido…………………………………………………...…262  Capacidade de parasitismo de Trissolcus urichi em ovos de Euschistus heros……….…263  Biologia de Trissolcus urichi em ovos de Dichelops melacanthus………………………264  Spinetoram compatibility with the lady beetle Eriopis connexa (Coleoptera: Coccinellidae) resistant to ………………………………………………………………...…265  Control of the brown stink bug in soybean with release of different amounts of Telenomus podisi (Hymenoptera: Platygastridae) ………………………………………………...…266  Soybean productivity with release of Telenomus podisi (Hymenoptera: Platygastridae) for control of the brown stink bug………………………………………………………...…267  Preferência do ácaro predador Amblyseius tamatavensis (Mesostigmata: Phytoseiidae) por ovos e imaturos de Bemisia tabaci biót………………………………………………..…268  Perspectivas para o uso de ácaros tarsonemídeos (Acari: Tarsonemidae) no controle biológico…………………………………………………………………………………269

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 Coccinelídeos predadores associados à Maconelicoccus hirsutus em agroecossistemas de videira no Submédio São Francisco…………………………………………………...…270  Biologia de Telenomus podisi e Trissolcus basalis em ovos de Glyphepomis dubia…………………………………………………………………………………...…271  Pode o parasitismo por Tamarixia radiata afetar a dispersão de Diaphorina citri? …..…272  Control de chinches hediondas en cultivos de leguminosas en los Estados Unidos de Norteamerica…………………………………………………………………………..…273  Biological control of Solanum viarum Dunal in , USA………………………..…274  Flutuação populacional de tripes e seus inimigos naturais na cultura do alho em Caçador, Santa Catarina……………………………………………………………………………275  Influência da alimentação com mel na longevidade e reprodução de Anisopteromalus calandrae parasitando Lasioderma serricorne…………………………………………..276  Tempo gasto pela formiga Crematogaster sp. Lund, 1831 (Hymenoptera: Formicidae) para alcançar a fonte de alimento…………………………………………………………...…277  Avaliação da eficiência da liberação de Cotesia flavipes (Cameron, 1891)(Hym.: Braconidae) através de cápsulas biodegradáveis…………………………………………278  Influência da adubação fosfatada em cultivos de soja transgênica no tamanho de adultos de Trichogramma pretiosum emergidos de ovos de Chrysodeixis includens ………………279  Potencial efeito indireto no controle biológico de plantas invasoras no sistema aguapé………………………………………………………………………………….…280  Parasitismo do Nezara viridula (Linnaeus, 1758) (Hemiptera: Pentatomidae) na cultura da soja em sistema de cultivo orgânico…………………………………………………...…281  Sobrevivência de Neoseiulus californicus McGregor (Acari: Phytoseiidae) a agrotóxicos na cultura do tomateiro indústria……………………………………………………………282  Control Biológico Natural en Chrysodeixis includens Walker, [1858]) y Rachiplusia nu (Guenée, 1852) en el cultivo de soja…………………………………………………..…283  Inimigos Naturais de Dirphia moderata Bouvier, 1929 (Lepidoptera: Saturniidae) .……284  Avaliação do forrageamento e parasitismo de Tamarixia radiata (Waterston, 1922) (Hymenoptera: Eulophidae) ………………………………………………………..……285  Cleruchoides noackae (Hym.: Mymaridae): ritmo de parasitismo sobre ovos de Thaumastocoris peregrinus (Hem: Thaumastocoridae) …………………………………286  Relação espacial entre massa corp de inimigos naturais e a presença de recursos florais…………………………………………………………………………………..…287

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 Tamanho é documento? Propriedade de conexões tróficas alteradas por recursos florais…………………………………………………………………………………..…288  Recursos florais mediando variações nas assimetrias predador-presa em agroecossistemas…………………………………………………………………………289  Parasitismo de Cotesia glomerata (Linnaeus 1758) (Braconidae), em Curuquerê-da-couve na região do Arenito Caiuá, PR……………………………………………………..……290  Parasitismo de ovos de percevejos em soja na região do Arenito Caiuá, Paraná……...…291  Um novo passo na produção de Trichogramma Westwood: Criopreservação de ovos de Mythimna sequax Franclemont (Lepidoptera: Noctuidae)…….…………………………292  Desenvolvimento e capacidade reprodutiva de quatro espécies de Trichogramma em ovos de Mythimna sequax criopreservados……………………………………………………293  Uso de dietas artificiales y suplementos alimenticios para optimizarla cría masiva de Coccinellidae (Coleoptera) ………………………………………………………………294  Desenvolvimento e sobrevivência de larvas de Chrysoperla externa alimentadas com ovos de Spodoptera frugiperda……………………………………………………………...…295  Capacidade predatória e desenvolvimento de Chrysoperla externa (Neuroptera: Chrysopidae) alimentadas com mosca-branca………………………………………...…296  Resposta comportamental de Aphelinus abdominalis (Hymenoptera: Aphelinidae) a óleos voláteis de Tagetes erecta……………………………………………………………..…297  Preferência de inimigos naturais de mosca-branca a diferentes grupos genéticos de bananeira…………………………………………………………………………………298  Development of Diatraea saccharalis in artificial diet with different anti-contaminants and effect on the parasitism of Cotesia flavipes…………………………………………...…299  Taxonomia integrativa dos himenópteros parasitoides do bicudo-do-algodoeiro no Brasil…………………………………………………………………………………..…300  Volatile compounds emitted by under multiple infestations of herbivores attract the predator Neoseiulus californicus…………………………………………………..…301  Preferência hospedeira de Telenomus podisi entre ovos de Dichelops melacanthus, Euschistus heros e Podisus nigrispinus……………………………………………….…302  Efeito de diferentes idades do parasitoide e do hospedeiro no parasitismo de Telenomus podisi…………………………………………………………………………………..…303  O armazenamento de ovos de Euschistus heros (Fabricius) (Hemiptera: Pentatomidae) em baixas temperaturas, afeta o parasitismo de Telenomus podisi (Ashmead) (Hymenoptera: Platygastridae)? …………………………………………………………………………304

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 Parasitismo sobre broca da cana criadas em dietas artificiais com redução de caragenato e corante……………………………………………………………………………………305  Parasitismo em Spodoptera frugiperda (J.E.Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) em milho na fazenda escola do CLM……………………………………………………...…306  Influência do número de pupas por cápsulas biodegradável na razão sexual de Cotesia flavipes……………………………………………………………………...……………307  Suplementação alimentar do ácaro predador Stratiolaelaps scimitus no controle biológico do nematoide das galhas em tomate……………………………………………………...308  Parasitismo natural de ovos de Chrysodeixis includens por Trichogramma pretiosum em variedades de soja transgênica submetidas………………………………………………309  Seletividade de inseticidas químicos a Trichogramma spp. (Trichogrammatidae), parasitoides de Erinnyis ello L.( Sphingidae) ………………………………………...…310  Oscilação da umidade relativa do ar afetando o parasitismo de Trichogramma galloi sobre ovos de Diatraea saccharalis……………………………………………………………311  Impacto da umidade constante e oscilante no parasitismo de Trichogramma galloi sobre ovos de Diatraea saccharalis……………………………………………………………312  Resposta functional de Chrysoperla externa quando alimentado com ovos e ninfas da mosca branca do cajueiro Aleurodicus cocois……………………………………………313  Inimigos naturais de Aculus schlechtendali (Eriophyidae): uma praga quarentenária reportada em macieiras no Sul do Brasil…………………………………………………314  Cheyletus malaccensis como agente de controle de ácaro causador de alergia………….315  Parasitismo de Telenomus remus e Trichogramma pretiosum sobre ovos de lepidópteros pragas da cultura do amendoim…………………..………………………………………316  Infestação de lagarta-do-cartucho em cultivo de milho submetido a diferentes estratégias de manejo……………………………………………………………………………...…317  Espécies de pulgões e seus inimigos naturais em lavoura de trigo………………………318  Estimativa do controle biológico prestado por coccinelídeos nativos na presença de Harmonia axyridis……………………………………………………………………..…319  Taxas de parasitismo do predador exótico Harmonia axyridis e de coccinelídeos nativos das Américas…………………………………………………………………………..…321  Diversidade de parasitoides associados a coccinelídeos nativos e a Harmonia axyridis………………………………………………………………………………...…322  A criação de Telenomus remus, em laboratório, por gerações sucessivas, altera suas características para controle biológico? …………………………………………………323

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 Galleria mellonella (L.) (Lepidoptera: Pyralidae) Como Hospedeiro Alternativo para criação de Trichogramma pretiosum Riley………………………………………………324  Interação entre modos de liberação de Telenomus podisi: plantio direto (SPD) e convencional (SC) …………………………………………………………………….…325  Seletividade de inseticidas utilizados na cultura da soja a Trichogramma pretiosum em diferentes condições experimentais………………………………………………………326  Efeito do parasitismo de Hexacladia smithii em aspectos biológicos e demográficos de Euschistus heros……………………………………………………………………….…327  Comportamento de busca de hospedeiros pelo parasitoide de ovos Telenomus podisi em ambientes com estímulos multimodais……………………………………………..……328  Differentiation of parasitized or non-parasitized Tephritidae pupae based on hyperspectral reflectance profiling…………………………………………………………………...…329  Competição interespecífica entre os himenópteros Diachasmimorpha longicaudata (Braconidae) e Aganaspis pelleranoi (Figitidae) ……………………………………..…330  A importância do parasitismo natural no controle de noctuídeos tolerantes a soja Bt…………………………………………………………………………………………331  Biologia de uma nova espécie de Aleiodes sp. (Hymenoptera: Braconidae) parasitando lagartas de Spodoptera eridania (Cramer) ………………………………………………332  Dinâmica do parasitoide Quadrastichus mendeli em galhas de Leptocybe invasa em mudas de Eucalyptus grandis x E. camaldulensis………………………………………………333  Prospecção de endossimbiontes em Encarsia inaron (Hymenoptera: Aphelinidae) ……………………………………………………………………………………………334  Características biológicas de Encarsia inaron (Hymenoptera: Aphelinidae) em estádios ninfais de Bemisia tabaci (Hemiptera: Aleyrodidae) Middle East-Asia Minor 1 (MEAM 1)…….……………………………………………………………………………………335  Efeito da temperatura no voo do parasitóide Cleruchoides noackae ( Hymenoptera: Mymaridae) ……………………………………………………………………………...336  Predação de lagartas de Palpita forficifera por ninfas de Podisus nigrispinus……..……337  Parasitismo de perditor (Heteroptera: Pentatomidae) e fenologia de ninfas e adultos na sua planta hospedeira selvagem………………………………………………338  Relação entre o pulgão Lipaphis erysimi e seus predadores na produção orgânica da couve…………………………………………………………………………………..…339  Levantamento de parasitoides Tachinidae em S. eridania (CRAMER) e S. cosmioides (WALKER) (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) ……………………………………...…340

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 Efeito da idade do parasitoide e do hospedeiro no parasitismo de Trichogramma pretiosum em ovos de Anticarsia gemmatalis……………………………….………………………341  Parasitismo de Telenomus remus em ovos de Spodoptera frugiperda: diferentes idades do parasitoide e do ovo hospedeiro……………………………………………………………………………..…342  Características biológicas de Trissolcus urichi em ovos de Euschistus heros e Dichelops melacanthus………………………………………………………………………………343  Liberação de Telenomus podisi Ashmead (Platygastridae) em sistemas de manejo de Euschistus heros Fabricius (Pentatomidae) …………………………………………...…344  Endossimbiontes associados ao parasitoide de ovos Telenomus podisi Ashmead (Hymenoptera: Platygastridae) ………………………………………………………..…345  Seletividade de abamectina ao predador Chrysoperla externa (Hagen) (Neuroptera: Chrisopidae) ………………………………………………………………………..……346  Parasitismo de adultos de Euschistus heros (F. 1798) (Pentatomidae) na cultura da soja em diferentes sistemas de cultivo……………………………………………………………347

ÁREA TEMÁTICA: Controle biológico de doenças de plantas…….348

 Controle biológico de Ustilaginoidea virens, isolado de plantas de arroz por Trichoderma spp. ………………………………………………………………………………………349  Análise da eficiência agronômica de Trichoderma spp. no controle de Sclerotinia sclerotiorum em alface……………………………………………………………...……350  Bactérias esporulantes utilizadas no controle in vitro do fungo Cercospora coffeicola…………………………………………………………………………………351  Ação de metabólitos voláteis de Trichoderma spp. sobre o crescimento micelial de Fusarium oxysporum…………………………………………………………………..…352  Trichoderma spp. no controle in vitro de Fusarium oxysporum…………………………353  Potencial de Trichoderma para o controle de Sclerotinia sclerotiorum na cultura da soja…………………………………………………………………………………….…354  Potencial de biocontrole in vitro e in vivo da cepa bacteriana LABIM22 frente a fungos fitopatógenos…………………………………………………………………………..…355  Coinoculação associado a condicionador de solo na cultura da soja………………….…356  Potencial de Beauveria bassiana e metabólitos na indução de resistência em soja…………………………………………………………………………………….…357

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 Biocontrole de Sclerotinia sclerotiorum com o uso de Trichoderma harzianum na cultura da soja………………………………………………………………………………….…358  Inibição do crescimento de Lasiodiplodia sp., agente causal da podridão da coroa da banana, por isolados de Bacillus sp. …………………………………………………..…359  Efeito da microbiolização de sementes de cenoura (Daucus carota) infectadas com Sclerotinia Sclerotiorum…………………………………………………………………360  Enterobacter cloacae como uma ferramenta biotecnológica para nutrição e controle de enfermidades das bananeiras…………………………………………………………..…361  Supressividade do solo a Ceratocystis paradoxa……………………………………...…362  Embate antagônico entre Curtobacterium flaccumfaciens subsp. flaccumfaciens e rizobactérias nativas dos solos do oeste do PR………………………………………..…363  Potencial de Trichoderma harzianum para o controle de Sclerotinia sclerotiorum na cultura do feijão………………………………………………………………………………..…364  Embate antagônico de Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis versus rizobactérias nativas de solos do Oeste do Paraná…………………………………….…366  Atividade antifúngica de produtos bioativos de Cladosporium cladosporioides contra Pestalotiopsis clavispora…………………………………………………………………367  Utilização de Trichoderma spp. para o controle biológico de Sclerotinia sclerotiorum na cultura da soja………………………………………………………………………….…368  Potencial de microrganismos aplicados na soja, em campo, para redução da população de fitonematoides……………………………………………………………………………369  Ensaios com diferentes microrganismos aplicados em soja, para o controle de Meloidogyne javanica………………………………………………………………………………..…370  Avaliação do efeito de defensivos químicos sobre a germinação de conídios de Trichoderma endophyticum………………………………………………………………………….…371  Efeito de defensivos químicos de uso agrícola sobre a germinação de conídios de Trichoderma harzianum……………………………………………………………….…372  Tratamento de sementes com inoculantes e Trichoderma na cultura da soja……………373  Uso de biológicos no tratamento de sementes de soja………………………………...…374  Avaliação da eficiência de produtos de controle biológico de Macrophomina phaseolina em soja……………………………………………………………………………………375  Inibição de bactérias fitopatogênicas por metabólitos secundários da cepa LABIM17 de Brevibacillus sp. …………………………………………………………………………376

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 Compatibilidade de Trichoderma koningiopsis a defensivos químicos de uso agrícola....377  Seletividade de defensivos químicos de uso agrícola ao fungo Trichoderma asperellum……………………………………………………………………………..…378  Atividade antifúngica in vitro de óleos essenciais contra Colletotrichum gloeosporioides isolado de folhas de macieira………………………………………………………….…379  Controle Biológico de Cercospora beticola em Beterraba………………………………380  Antagonismo in vitro entre Trichoderma spp. e Cercospora coffeicola…………………381  Potencial antagonista de Trichoderma spp. sobre Colletotrichum sp. in vitro………..…382  Controle de fitopatógenos por metabólitos de fungos sapróbios…………………...……383  Controle de Botrytis cinerea por leveduras antagonistas………………………………...384  Avaliação do potencial biotecnológico de Brevibacillus sp. na produção de compostos bactericidas…………………………………………………………………………….…385  Avaliação in vitro da atividade biofungicida de Brevibacillus sp. ………………………386  Efeito de preparações de Metarhizium spp. na germinação de urediniósporos de Phakopsora pachyrhizi………………………………………………………………...…387

ÁREA TEMÁTICA: Controle biológico de insetos de importância médico-veterinária...388

 Ação In Vitro Residual em Papelão de Tratamentos Não-químicos Contra Dermanyssus gallinae (De Geer, 1778) ……………………………………………………………...…389  Armadilha de Auto-inoculação de Beauveria bassiana para o Manejo do Ácaro-vermelho Dermanyssus gallinae (De Geer, 1778) (Mesostigmata: Dermanyssidae)………………390  Efeito Residual In Vitro de Tratamentos Não-químicos Contra Dermanyssus gallinae (De Geer, 1778) (Mesostigmata: Dermanyssidae)…… …………………………………...…391  Multiplicação do ácaro predador Macrocheles embersoni (Acari: Macrochelidae) em laboratório……………………………………………………………………………..…392  Dispositivo Atrai-e-Infecta para o Controle do Ácaro-vermelho Dermanyssus gallinae (De Geer, 1778) (Acari: Dermanyssidae) com o Fungo Beauveria bassiana (Balls.) Vuill.… …………………………………………………………………………...... …393

 Ação de Contato e Residual In Vitro de Tratamentos Não-químicos Contra o Ácaro- vermelho Dermanyssus gallinae (De Geer, 1778) ………………………………………394

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ÁREA TEMÁTICA: Controle biológico de vetores de doenças humanas…395

 Eficácia de formulados de Bacillus thuringiensis israelensis no controle de Culex L. 1758 (Culicidae) em condições de campo…………………………………………………...…396  Eficácia de armadilhas de oviposição para monitoramento e controle de Aedes (Diptera: Culicidae) ……………………………………………………………………………..…397  Novo isolado de Bacillus thuringiensis subesp. israelensis usado para formulação de larvicida no controle de Aedes aegypti………………………………………………...…398  Mass-Rearing Conditions and Behavi Responses of the Giant Water Bug, Belostoma anurum………………………………………………………………………………...…399  Atividade larvicida de Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana em Anopheles darlingi Root 1926 (Diptera: Culicidae) ……………………………………………...…400  Atividade entomopatogênica de fungos de solo da Amazônia em Aedes (Stegomyia) aegypti Linnaeus, 1762 (Diptera: Culicidae) ……………………………………………401  Efeito da seleção em laboratório com o biolarvicida Espinosade na fecundidade da população de Aedes aegypti em Manaus, AM………………………………………...…402  Vigilância e controle de Aedes com uso de armadilha associada a diferentes atrativos e bioinseticida em Londrina, Paraná………………………………………………………404  Monitoramento da resistência de Aedes aegypti Linnaeus, 1762 (Diptera: Culicidae), exposto ao biolarvicida Espinosade…………………………………………………...…406  Atividade larvicida de Bacillus spp. da Amazônia para o controle biológico de Aedes aegypti Linnaeus (1762) …………………………………………………………………407  Efeito da seleção laboratorial com o biolarvicida Espinosade no desenvolvimento de Aedes aegypti (Diptera: Culicidae) ……………………………………………………………408  Efeito do biolarvicida Espinosade no peso corp das fêmeas de Aedes aegypti (Diptera: Culicidae), em laboratório……………………………………………………………..…409

ÁREA TEMÁTICA: Empreendedorismo e comercialização no controle biológico…410

 Dieta artificial para criação de Spodoptera eridania (Cramer) (Lepidoptera: Noctuidae) em laboratório……………………………………………………………………………..…411  Programa de desenvolvimento de biofábricas para a produção de inseticidas microbiológicos a base de fungos entomopatogênicos………………………………..…412

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ÁREA TEMÁTICA: Gargalos do uso de produtos biológicos no campo…413

 Armazenamento de Trichogramma pretiosum em baixas temperaturas como logística para liberações em programas de CBA……………………………………………………..…414  Evaluation of Soil Persistence and Root Colonization of a Native Metarhizium anisopliae Isolate………………………………………………………………………………….…415  Anticontaminantes alternativos como substitutos ao formaldeído na dieta artificial para criação de Helicoverpa armigera……………………………………………………...…416  Impacto de fatores ambientais no parasitismo e emergência de Trichogramma pretiosum, Telenomus remus e Telenomus podisi……………………………………………………417

ÁREA TEMÁTCIA: Interações do Controle biológico e outras táticas de manejo integrado de pragas e doenças…..418

 Ação de Beauveria bassiana Bals. Vuill. e óleo essencial de patchouli (Pogostemon cablin) sobre a mortalidade de tripes (Thysanoptera: Thriptidae) em Ficus sp.…………………419  Há interferência no parasitismo de Spodoptera frugiperda quando se alimentam de plantas tratadas com silício e inoculante? …………………………………………………..……420  Predação de Spodoptera frugiperda em plantas tratadas com silício e inoculante………421  Efeito da adição de óleos vegetal e mineral a inseticidas no controle do Anthonomus grandis……………………………………………………………………………………422  Compatibilidade de óleos essenciais de Eugenia uniflora e Pogostemon cablin com Bacillus thuringiensis…………………………………………………………………………...…423  Repelência de piretroides a dois importantes inimigos naturais da cultura da soja…...…424  Avaliação da repelência de inseticidas compatíveis com o Neoseiulus californicus McGregor (Acari: Phytoseiidae) ……………………………………………………...…425  Uso de radiação UV-B para o controle de Raoiella indica (Acari: Tenuipalpidae) com a preservação de predadores…………………………………………………………….…427  Influência de produtos fitossanitários sobre parâmetros biológicos do fungo Metarhizium anisopliae (Isolado UNIOESTE 86) ……………………………………………………428  Efeitos de cultivares de soja resistentes a percevejos e soja Bt no intestino médio de Euschistus heros…………………………………………………………………………429

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 Aspectos biológicos de Euschistus heros alimentado com cultivares de soja Bt e resistentes a percevejos………………………………………………………………………………430  Germinação do fungo Metarhizium anisopliae após exposição a produtos fitossanitários usados na cultura da mandioca………………………………………………………...…431  Influência da interação roseira-pulgão-plantas atrativas sobre o comportamento de Chrysoperla externa (Neuroptera: Chrysopidae)…… ………………………………..…432  Compatibilidade de Pseudoplusia includens Single Nucleopolyhedrovirus (PsinSNPV) com fungicidas e herbicidas…………………………………………………………...…433  Resistência extrínseca de cultivares de cana-de-açúcar no desenvolvimento de Cotesia flavipes em Diatraea saccharalis……………………………………………………...…434  Óleo de laranja 6% e lambda-cialotrina causam efeitos subletais na capacidade reprodutiva de Nesidiocoris tenuis (Hemiptera: Miridae)? ………………………………………..…435  Evaluation of predation preference of Podisus nigrispinus to SfMNPV-Infected vs. Healthy Spodoptera frugiperda larvae………………………………………………………….…436  Um novo hospedeiro de Diaphorina citri e a sua contribuição para o controle biológico com Tamarixia radiata em citros……………………………………………………...…437  Ação de diferentes inseticidas sobre predadores de insetos-praga na cultura da soja…………………………………………………………………………………….…438  Compatibilidade do baculovírus SfMNPV com herbicidas e adjuvante no controle de Spodoptera frugiperda………………………………………………………………...…439  Seletividade de piriproxifem sobre predação e parasitismo de ovos de Euschistus heros em soja Bt próximo à área de refúgio……………………………………………………..…441  Compatibilidade in vitro de inseticidas para o controle de pragas de solo de cana de açúcar com Beauveria bassiana…………………………………………………………………442  Suscetibilidade do predador Chrysoperla externa (Hagen) (Neuroptera: Chrysopidae) a inseticidas em duas vias de exposição……………………………………………………443  Eficiência da ação de agentes de biológicos no controle do nematoide das galhas radiculares (Meloidogyne incognita) na cultura da bananeira……………………………444  Influência do fruto hospedeiro de Anastrepha fraterculus no comportamento de busca de parasitoides…………………………………………………………………………….…445  Atratividade química dos óleos voláteis de Tagetes erecta ao predador Adalia bipunctata (Coleoptera: Coccinellidae) …………………………………………………………...…446  Trichogramma pretiosum (Trichogrammatidae) pode aprender a reconhecer ovos de Grapholita molesta (Tortricidae)? …………………………………………………….…447

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 Efeito de películas minerais sobre maças infestadas por Anastrepha frateculus no parasitismo de Diachasmimorpha longicaudata…………………………………………449  O substrato alimentar de lagartas de Spodoptera frugiperda tem influência sobre Trichogramma pretiosum? ………………………………………………………………451  Toxicidad de Amistar sobre los depredadores Hippodamia variegata, Eriopis connexa (Coleoptera: Coccinellidae), Chrysoperla externa (Neuroptera: Chrysopidae) y el hongo entomopatógeno Beauveria bassiana (Ascomycota: Hypocreales) …………………..…452  Monitoramento e flutuação populacional de Cosmopolites sordidus em 3 cultivares de banana no município de Campo Verde, MT…………………………………………..…453  Estimativas de fases imaturas de Helicoverpa armigera em Dourados e Ponta Porã em apoio ao biocontrole…………………………………………………………………...…454  Áreas aptas ao parasitoide exótico Fopius arisanus e a Bactrocera carambolae considerando seis hospedeiros no Brasil…………………………………………………455  Crescimento vegetativo e produção de conídios de Metharizium anisopliae exposto a produtos utilizados na cultura da mandioca…………………………………………...…456  Efectos letales y subletales de spirotetramat y metaflumizone sobre el depredador Eriopis connexa (Coleoptera: Coccinellidae) ……………………………………………………457  Entomopathogenic fungi isolates compatible with two to control of the Plutella xylostella…………………………………………………………………………………458  Toxicity of Tithonia diversifolia to Plutella xylostella (L.,1758) (Lepidoptera: Plutellidae 1758) and biocontrol agent Chrysoperla externa (Hagen, 1861) (Neuroptera:Chrysopidae) ……………………………………………………………………………………………459  Controle de tripes (Thysanoptera:Thriptidae) em Ficus sp. utilizando fungo Beauveria bassiana e óleo essencial de Eugenia uni……………………………………………..…460  Controle de Myzus persicae Sulzer, 1776 (Hemiptera: Aphididae) utilizando fungo Beauveria bassiana e óleo essencial de pitanga……………………………………….…461  Potencial da associação de Beauveria bassiana e Pogostemon cablin para o controle de Atta sexdens (Linnaeus, 1758) ………………………………………………………..…462  Compatibilidade biológica in vitro de bioinseticidas e inseticidas para Chrysodeixis includens (Lepidoptera: Noctuidae) …………………………………………………..…463  Compatibilidade do baculovírus AgMNPV com fungicidas e herbicidas…………….…464  Impacto do distanciamento de faixa de plantas adicionais na bordadura sobre a ocorrência de fitófagos no cultivo de couve…………………………………………………………465  Predação e parasitismo de ovos de Euschistus heros em diferentes sistemas de manejo de pragas em soja……………………………………………………………………………466

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 Is Macrolophus basicornis Affected by Used to Control Whitefly Biotype B in ? ……………………………………………………………………………………………467

ÁREA TEMÁTICA: Produtos botânicos e potencial no controle de insetos e doenças…468

 Target and non-target effects of eight essential oils on the aphid and its parasitoid Aphidius colemani………………………………………………………………………..469  Screening da atividade inseticida de óleos essenciais para Alphitobius diaperinus Panzer (Coleoptera:Tenebriodae) ……………………………………………………………..…470  Atividade inseticida de óleos essenciais para Alphitobius diaperinus Panzer (Coleoptera:Tenebrionidae) …………………………………………………………..…471  Bioatividade de óleos essenciais de Citrus spp. para Alphitobius diaperinus Panzer (Coleoptera: Tenebrionidae) ……………………………………………………………472  Extrato hexânico de Piper cubeba apresenta atividade inseticida sobre Spodoptera frugiperda e Helicoverpa armigera? ……………………………………………………473  Toxicidade letal de extratos de Annona sobre Pachycrepoideus vindemmiae (Hymenoptera: Pteromalidae) ……………………………………………………………474  Atividade fumigante de óleos essenciais para o ácaro Dermanyssus gallinae (De Geer) (Acari: Dermanyssidae) …………………………………………………………………475  Efeito tóxico e subletal do extrato hidroalcoólico e frações purificadas de Ricinus communis sobre Chrysodeixis includens Wal……………………………………………476  Efeito de diferentes doses do óleo de Neem em ninfas de 5º instar de Eushistus heros…………………………………………………………………………………...…477  Toxicidade de óleos essenciais provenientes de anonáceas para Alphitobius diaperinus Panzer (Coleoptera: Tenebrionidae) …………………………………………………..…478  Bioatividade de óleos essenciais de anonáceas para Alphitobius diaperinus Panzer (Coleoptera: Tenebrionidae) ……………………………………………………….……479  Metabólitos secundários de plantas da família Annonaceae como alternativa ao controle de Alphitobius diaperinus Panzer………………………………………………………...…480  Bioatividade de óleos essenciais de Cinnamomum spp. para Alphitobius diaperinus (Panzer) (Coleoptera: Tenebrionidae) ………………………………………………...…481

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 Potencial de Mikania laevigata, com fertilizante orgânico e Bacillus thuringiensis, no controle de Fusarium oxysporum……………………………………………………...…482  Toxicidade de Óleo Essencial de Ocotea bicolor sobre Sitophilus zeamais em Trigo Armazenado…………………………………………………………………………...…483  Efeito carcinogênico e anticarcinogênico do resveratrol por mio do teste para detecção de clones de tumors epiteliais (warts) em Drosophila melanogaster………………………484  Efeitos letais e subletais dos óleos vegetais de babaçu e soja degomado sobre o ácaro predador Typhlodromus ornatus…………………………………………………………485  Aplicação tópica do extrato etanólico de Asclepias curassavica L. sobre Spodoptera frugiperda (J.E.Smith,1917) …………………………………………………………..…486  Óleo de mamona (Ricinus communis L.) no controle de formiga cortadeiras (Atta spp.) em campo………………………………………………………………………………….…487  Bioatividade do extrato etanólico e frações de Euphorbia pulcherrima sobre Spodoptera frugiperda……………………………………………………………………………...…488  Controle de ninfas Bemisia tabaci (Gennadius) Hemiptera: Aleyrodidae) por óleos e extratos vegetais em mudas de couve manteiga…………………………………………489  Influência do substrato de cultivo de plantas na ocorrência Bemisia tabaci (Gennadius) Hemiptera: Aleyrodidae) ……………………………………………………………...…490  Efeitos de extratos aquosos vegetais sobre ninfas de Bemisia tabaci (Gennadius) Hemiptera: Aleyrodidae na cultura da Berinjela (Solanum melongena L.)…….……..…491  Atividade inseticida de óleos essenciais sobre Myzus persicae (Sulzer, 1776) (Hemiptera:Aphididae) em couve-verde…………………………………………………492  Toxicidade do óleo essencial de carqueja (Baccharis milleflora) sobre Rhyzopertha dominica (Coleoptera: Bostrichidae) ……………………………………………………493

ÁREA TEMÁTICA: Transformação de agentes de controle biológico e/ou microbianos…494

 Modificação genética: um estudo de expressão gênica em eventos de milho singular e estaqueado……………………………………………………………………………..…495

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Obtenção de endotoxinas cry a partir de Bacillus thuringiensis utilizando fermentação em biorreator Cesar A. D. Arias1; Ana C. C. Xavier1; Páblo E. C. Silva1; Tamiris J.S. Rêgo1; Gilvanda R. Silva2; José P. Oliveira2; Raquel P. Bezerra3; Ana L. F. Porto3

1CooperativaMista de Desenvolvimento do Agronegócio;2Instituto Agronômico de Pernambuco; 3Departamento de Morfologia e Fisiologia – Universidade Federal Rural de Pernambuco; 4Universidade de Pernambuco – Campus Serra Talhada

Bacillus thuringiensis (Bt) Ernst Berliner (Bacillaceae) é uma bactéria esporulante que produz inclusões protéicas cristalinas (proteínas Cry), capazes de causar morte em insetos vetores de doenças e pragas, com alta especificidade pelo alvo e menor impacto à saúde humana e ambiental. Em virtude destas características, considera- se Bt como o principal microrganismo utilizado no controle biológico. Aproximadamente 98% dos biopesticidas utilizados, correspondem às formulações a partir de Bt. A utilização de inseticidas Bt é mais difundida em países desenvolvidos, sendo os EUA e o Canadá os principais produtores, detendo cerca de 50% da produção mundial de bioinseticidas. Sendo assim, a busca por novas formas na melhoria de produção e fabricação de bioinseticidas no país vem se acentuando. O objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de endotoxinas a partir de diferentes meios de cultura, visando à formulação futura de um novo bioinseticida. Inicialmente, a reativação foi realizada por imersão das fitas contendo esporos em frascos de Erlenmeyers (250 mL) contendo 125 mL de meio de cultura líquido UG, sob agitação de 200 rpm, a 30 °C, durante 12 horas. Após 12 horas de cultivo, 5% (v/v) do caldo fermentado era utilizado como inóculo e adicionado ao biorreator (5L) contendo meio M1ou UG, sob agitação de 300 rpm, aeração de 7 LPM, a 30 °C, durante 72 horas.A dosagem de endotoxinas foi realizada durante toda a fermentação utilizando o kit BCA. A concentração de endotoxinas utilizando o meio M1 apresentou maior concentração após 24 horas de cultivo, obtendo 3535,0 mg L-1, três vezes maior do que apresentado quando cultivado em meio UG, que apresentou uma máxima concentração de 1053,0 mg L-1 após 39 horas de cultivo. Dessa forma, conclui-se que o meio M1 apresentou uma melhor condição para a produção de Bt, aumentando a concentração de endotoxinas e reduzindo o tempo de obtenção máxima das proteínas.

Palavras-Chave: Proteínas Cry

Apoio Institucional: Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio

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Produção de endotoxinas a partir de Bacillus thuringiensis utilizando diferentes meios de cultivo Cesar A. D. Arias1; Ana C. C. Xavier1; Páblo E. C. Silva1; Tamiris J.S. Rêgo1; Gilvanda R. Silva2; José P. Oliveira2; Raquel P. Bezerra3; Ana L. F. Porto3

1Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio; 2Instituto Agronômico de Pernambuco; 3Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal – Universidade Federal Rural de Pernambuco; 4Universidade de Pernambuco – Campus Serra Talhada.

Durante as últimas décadas, a eficiência do Bacillus thuringiensis (Bt) Ernst Berliner (Bacillaceae) no manejo de pragas estendeu seu uso nos setores agrícola, florestal e urbano. A atividade larvicida desses bioinseticidas é baseada em cristais produzidos pelas células bacterianas durante a fase de esporulação. Atualmente, o custo da produção de Bt usando a tecnologia de fermentação existente é elevado por causa do alto custo da produção. Encontrar fontes econômicas disponíveis e desenvolver um processo de otimização rentável para a produção de cepas de Bt são conhecidas como uma das mais importantes etapas do desenvolvimento de biopesticidas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de endotoxinas a partir de diferentes meios de cultura, visando uma aplicação futura no controle de pragas. Inicialmente, a reativação foi realizada por imersão das fitas contendo esporos em frascos de Erlenmeyers (250 mL) contendo 125 mL de meio de cultura líquido UG, sob agitação de 200 rpm, a 30 °C, durante 12 horas.Após 12 horas de cultivo, o inóculofoi adicionado afrascos Erlenmeyers contendo 100 mL do meio de cultura testado (M1, M5 e M8) e, em seguida, incubados sob agitação orbital a 200 rpm em mesa agitadora, a 30 °C, durante 72 horas.A dosagem de endotoxinasfoi realizada durante toda a fermentação utilizando o kit BCA. A concentração de endotoxinasutilizando o meio M1 foi melhor apresentada após 48 horas de cultivo, obtendo 1765,0 mg L-1, mais de oito vezes maior, quando comparado aos cultivos em meio M5 ou M8, que apresentaram uma máxima concentração de 180,0 mg L-1 após 56 horas de cultivo e 206,0 mg L-1 após 48 horas de cultivo, respectivamente. Conclui-se que o meio M1 apresentou uma melhor condição para a produção de endotoxinas, também reduzindo o tempo de obtenção máxima das proteínas.

Palavras-Chave: Proteínas Cry;

Apoio Institucional: Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio

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Gene expression associated to chemosensing in the parasitoid Diachasmimorpha longicaudata (Hymenoptera: Braconidae) Juan Pedro Wulff1; Maximo Rivarola2; Francisco Devescovi1; Diego F. Segura1; Silvia B. Lanzavecchia1; Diego

(1) Instituto de Genética “E.A. Favret”, CICVyA (INTA) – IABIMO, CONICET. Buenos Aires, Argentina. (2) Instituto de Investigación Biotecnología, CICVyA (INTA) – IABIMO, CONICET. Buenos Aires, Argentina

Diachasmimorpha longicaudata Ashmead is a solitary endoparasitoid considered themain biological control agent of Tephritidae fruit flies of economic importance. Females parasitize late instar larvae of several fruit fly species, such as Ceratitiscapitata and Anastrepha fraterculus Wiedemann. Numerous ecological andbehavi studies have addressed key issues about D. longicaudata foragingbehavior. Current methods of monitoring the efficiency of D. longicaudata as abiological control agent are limited to the sampling of infested fruit and the recordingof parasitism rates. Recent research works have identified volatile compounds frominfested fruits possibly guiding female parasitoids to their host larvae. Conversely, nostudies have focused on the molecular mechanisms associated with this behavior. Inthe present work we performed a functional analysis of chemoreceptors potentiallyassociated to odor detection in this species. We carried out a bioinformatic screeningof a whole body transcriptome of D. longicaudata. After a phylogenetic analysis and atissue expression profile, fourteen odorant binding proteins and seven chemosensoryproteins (odorant molecule transporters associated to membrane chemoreceptors) were characterized. Subsequently, functional analyses of a set of genes wereperformed through behavi and molecular tests in which the gene expression wassilenced through the provision of RNAi to adult females. Preliminary results showedthat several of the selected genes are linked to the foraging behavior. This is the firstmolecular approach to the study of chemosensing in D. longicaudata providing usefulinformation to understand the underlying biochemical mechanism. Our results will beof help to the development of attractive baits for monitoring parasitoid performance inthe field and also to increase efficiency of biological control strategies by stimulatingthe presence of parasitoids in area of high incidence of the pest.

Palavras-Chave: Foraging behavior; odorant binding proteins

Apoio Institucional: PNBIO-1131023 (INTA); IAEA22515. (FAO/IAEA); PIP 11220130100001CO (MinCyT), PICT 2017 0402 (ANPCyT).

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Uso da tecnologia de RNA de interferência como método de controle de mosca-das-frutas (Diptera: Tephritidae) Grazielle C. Maktura; Henrique Marques-Souza; Cyro Z. V. Negrão; João Gabriel A. Elston; Giovanna V. Guidelli

Universidade Estadual de Campinas

Pragas causam prejuízo anual de mais de R$ 55 bilhões na agricultura brasileira. No ramo das frutíferas, as moscas-das-frutas dos gêneros Anastrepha Schiner (1868) e Ceratitis MacLeay (1829) (Díptera: Tephritidae) são consideradas as principais pragas, ocasionando queda prematura, apodrecimento e inviabilidade comercial dos frutos, além de participar das restrições quarentenárias. Devido o impacto que causam na agricultura, essas moscas tem sido alvo de muitas pesquisas visando seu controle. O controle biológico de moscas-das-frutas por meio de parasitóides e predadores é uma excelente alternativa de controle. Entretanto, sua eficácia é prejudicada pelo uso concomitante de inseticidas, que possuem efeito generalista. O silenciamento gênico por RNA de interferência (RNAi), devido sua alta especificidade e não-toxicidade ao meio ambiente, apresenta-se como uma valiosa técnica complementar ao controle biológico de pragas. Este trabalho visa realizar ensaios de silenciamento de genes alvos essenciais para a homeostase das espécies-praga da família Tephritidae, por delivery . Até o presente momento genes alvos selecionados, como β-tubulina e α-amilase, foram clonados, sequenciados e as respectivas moléculas silenciadoras (dsRNAs) produzidas. As moléculas silenciadores serão administradas à larvas e adultos, tanto das espécies alvo quanto de parasitóides. O efeito do silenciamento gênico será avaliado através da expressão do gene alvo, da taxa de mortalidade e desenvolvimento de larvas. Além disso, o efeito cruzado das moléculas nos parasitoides (off-targets) será avaliado. Moléculas cujo efeito do silenciamento resulte em altos níveis de mortalidade serão utilizadas no desenvolvimento de métodos de entrega específicos para estas pragas no campo.

Palavras-Chave: silenciamento gênico; controle de pragas; Anastrepha;

Apoio Institucional: CAPES; Brazilian Laboratory on Silencing Technologies

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Uso da tecnologia de RNAi para controle de Dichelops (Diceraeus) melacanthus (Dallas, 1851) (Hemiptera: Pentatomidae) Grazielle C. Maktura; Henrique Marques-Souza

Universidade Estadual de Campinas

A presença de pragas e doenças no campo reduzem a produção agrícola mundial em cerca de 40%, sendo o prejuízo financeiro no Brasil equivalente a um terço de seu Produto Interno Bruto. Dentre as espécies fitófagas, os percevejos da família pentatomidae tem importância especial devido à dificuldade no controle e crescente dano associado. Seu hábito polífago e alta ocorrência em diversas culturas, como soja e milho, esta relacionada à redução da produtividade e qualidade de grãos e deformações nas plantas. Tido como praga secundária em soja, o percevejo Dichelops (Diceraeus) melacanthus (Dallas, 1851) (Hemiptera: Pentatomidae) vem sendo considerado praga primária em cultivos de trigo e milho. O controle biológico utilizando parasitóides de ovos de percevejos é um método promissor, mas sua eficácia é comprometida pelo uso de indiscriminado de inseticidas generalistas. O uso da tecnologia de silenciamento gênico por RNA de interferência (RNAi) apresenta-se como uma promissora técnica complementar ao controle biológico de pragas pela sua alta especificidade e não-toxicidade. Este trabalho visa realizar ensaios de silenciamento de genes alvos essenciais para a homeostase do percevejo D. melacanthus pelo delivery. Até o presente momento os genes alvos, como actina e arginina quinase, foram clonados, sequenciados e suas moléculas silenciadoras (dsRNAs) sintetizadas. A próxima etapa será a realização dos ensaios de RNAi, no qual ninfas e adultos da espécie alvo e parasitóides serão submetidos a diferentes dsRNAs. A partir da análise da expressão do gene alvo, taxa de mortalidade e desenvolvimento das ninfas, será mensurado o efeito do silenciamento gênico, tanto no organismo alvo quanto no parasitóide (off-target). As moléculas que resultarem em maiores níveis de mortalidade a partir do efeito de silênciamento serão selecionadas para o desenvolvimento de métodos de entrega específicos para esta praga no campo.

Palavras-Chave: silenciamento gênico; controle de pragas; percevejo-barriga-verde

Apoio Institucional: Brazilian Laboratory on Silencing Technologies

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Silenciamento gênico por RNAi: da biologia do desenvolvimento ao controle de pragas Henrique Marques-Souza; Cyro V Z Negrão; Grazielle C Maktura; Jeruza P S Bossonaro; Giovanna Guidelli

Departamento de Bioquímica e Biologia Tecidual - Universidade Estadual de Campinas

O silenciamento gênico por RNAi (RNA de interferência) é um mecanismo presente na maioria dos seres vivos que identifica moléculas de RNA em forma de dupla fita dentro da célula como uma molécula viral. Quando a molécula de RNA dupla fita é identificada pela maquinaria de RNAi na célula, esta molécula é fragmenta e incorporada em um complexo chamado RISC (RNA interference silencing complex) que passa a identificar sequências endógenas (transcritas à partir do genoma do hospedeiro) similares em sequência com a molécula fita dupla invasora. Este reconhecimento resulta na fragmentação do RNA endógeno impedindo a sua utilização como molde para a síntese proteica. Desta forma, a inativação de qualquer gene pode ser obtida através da introdução de moléculas de RNA dupla fita nas células alvo, de fungos à seres humanos. À partir do uso de RNAi para inativar genes essenciais para o desenvolvimento de insetos surgiu uma aplicação desta tecnologia para controlar a incidência de insetos pragas à agricultura. Identificando genes essenciais para sobrevivência, digestão ou qualquer outro processo biológico que impeça o dano causado por sua herbivoria, pode-se desenvolver moléculas silenciadoras para estes genes alvos e introduzi-los em plantas transgênicas ou pulverizar formas estáveis destas moléculas diretamente sobre a planta. Nosso laboratório desenvolve moléculas silenciadoras para o controle de diversas pragas agrícolas e a aplicação desta tecnologia, sendo desenvolvida junto de empresas brasileiras, representa uma grande promessa de um produto inovador, não-tóxico e altamente específico com grande potencial de sinergia com métodos biológicos, como o uso de predadores e parasitoides, para promover soluções mais específicas e eficientes de controle de pragas. Os avanços recentes do nosso grupo de pesquisa serão apresentados.

Palavras-Chave: RNAi; Insetos; Silenciamento Gênico

Apoio Institucional: Fapesp; CNQp; Capes; TMG

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Avaliação da vazão e do espectro de gota na eficiência de Bt no controle de Spodoptera frugiperda Joacir do Nascimento; Kelly C. Gonçalves; Matheus H. T. G. Borges; Natalia D. Danzi; Sandy S. Fonseca; Stéfane C. Q. S. Faria; Cícero A. M. dos Santos; Ricardo Antônio Polanczyk;

Departamento de Entomologia, Universidade Estadual Paulista - "Júlio de Mesquita Filho", 14884- 900, Jaboticabal-SP, Brasil

A lagarta-do-cartucho, Spodoptera frugiperda (Lepidóptera : Noctuidae) é a principal praga da cultura milho. Seu controle é realizado principalmente com inseticidas químicos, no entanto, nas últimas safras a utilização de bioinseticidas à base de Bacillus thuringiensis (Bt) tem sido uma ferramenta bastante utilizada no controle. Apesar da sua especificidade e seletividade, alguns fatores podem influenciar na eficiência desses produtos na aplicação, à exemplo a vazão de calda e o espectro de gota usado na pulverização. Assim, o objetivo com este trabalho foi avaliar o efeito da vazão e do espectro de gota e a interação desses fatores sobre a mortalidade de S. frugiperda. O experimento foi realizado em esquema fatorial com tratamento adicional [(3x2) +1] e 40 repetições (lagartas). Para a aplicação do bioinseticida Dipel® foram analisadas duas vazões (70 L/ha e 100 L/ha) e três espectros de gota (fina, média e grossa), utilizando água como testemunha. Cada unidade experimental foi constituída de 50 m2 com aproximadamente 300 plantas de milho, em estádio fenológico V8. Uma hora após a aplicação, foram coletadas 10 folhas de cada tratamento. Em laboratório, foram retirados 4 discos foliares (3 cm de diâmetro) de cada folha, e fornecidos para lagartas de 2º instar de S. frugiperda. A avaliação da mortalidade das lagartas foi realizada cinco dias após a aplicação. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade usando o programa R. Não foi constatada diferença significativa na mortalidade de lagartas para as vazões e espectros de gota avaliados, indicando que ambos fatores não influenciaram na eficiência do bioinseticida Dipel® sobre S. frugiperda.

Palavras-Chave: lagarta do cartucho do milho; Dipel;

Apoio Institucional: FCAV/Unesp, CNPq, EMBRAPA.

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Avaliação do potencial antagônico do bioproduto BioTCD à fungos fitopatogênicos Juliana P. Braga; Josegueri Celeri; Taisa P. Gomes; Celeste P. D’Alessandro; Italo Delalibera Jr

VitialForce e ESALQ-USP

A empresa Vital Brasil desenvolve uma linha de produtos relacionados à nutrição de plantas em diversos estados brasileiros e em outros países. Em parceria com o Laboratório de Patologia e Controle Microbiano de Insetos, ESALQ - USP foi desenvolvido o bioproduto denominado BioTCD constituído pelo fungo Trichoderma asperelloides com efeitos benéficos no crescimento de plantas e antagonismo aos fungos fitopatógenos Sclerotinia sclerotiorum e Rhizoctonia solani. Os testes de antagonismo foram conduzidos em casa de vegetação usando sementes de soja, feijão e milho tratadas com BioTCD ou sem tratar (controle), as quais foram transferidas para vasos contendo substrato estéril com ou sem a introdução dos fitopatogenos. As estruturas fúngicas de S. sclerotiorum e R. solani foram produzidas em meio de cultura contendo 20 g de fubá e 80 g de cenoura picada e, iormente, inoculadas em substrato vegetal para a realização do plantio em vasos plásticos acondicionados em uma casa de vegetação. O revestimento das sementes de soja com BioTCD reduziu em 40% o número de plantas doentes com S. sclerotiorum e em 20% com R. solani. O revestimento das sementes de feijão com BioTCD reduziu em 40% os danos causados pelos fitopatógenos e aumentou a porcentagem de germinação para 87% e 93% nos substrato com S. sclerotiorum e R. solani, respectivamente. Também, foi observado que a inoculação de S. sclerotiorum e R. solani no substrato causou só umas poucas regiões de necrose nas plantas de milho tratadas com BioTCD em comparação com as plantas em substrato estéril observando um 40% de plantas doentes pelo fungo S. sclerotiorum e um 60% pelo fungo R. solani. O revestimento das sementes de milho com o produto BioTCD resultou em um aspecto mais saudáveis das plantas com folhas mais verdes e com o número maior de folhas/planta. Portanto, o bioproduto BioTCD tem potencial para aumentar a sanidade vegetal das plantas reduzindo os efeitos negativos das fitopatógenos S. sclerotiorum e R. solani.

Palavras-Chave: Biofungicida; Trichoderma;

Apoio Institucional: Programa FAPESP de Apoio à Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE Fase II, Número de processo: 2017/05214-0).

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Análise genômica e identificação de genes inseticidas de uma nova cepa de Bacillus thuringiensis Karine S. Carvalho; Samuel F. A. Galvão; Roberto W. Noda; Fernando H. Valicente

UFLA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS

Bacillus thuringiensis (Berliner, 1911) é uma bactéria gram-positiva com atividade entomopatogênica a diversos insetos-pragas que provocam danos econômicos na agricultura. A sua toxicidade é devido à produção de diversas proteínas inseticidas durante a fase de crescimento conhecidas como Cry, Cyt, Vip e Sip. Os genes responsáveis pela expressão dessas proteínas estão localizados nos genomas e plasmídeos bacteriano, e a sua correta identificação e localização possibilita aplicá- los em inovações biotecnológicas, como por exemplo, plantas transgênicas resistentes à insetos-praga. O objetivo desse estudo foi analisar as sequências de nucleotídeos correspondentes ao genoma de uma nova cepa de Bacillus thuringiensis com atividade tóxica à lepidópteros-praga de importância agrícola e identificar os genes candidatos presentes. O DNA genômico da cepa 775E foi extraído utilizando o kit Wizard® Genomic DNA Purification e iormente sequenciado em paired-end por meio da plataforma Illumina HiSeq 4000 system. Os Scaffolds resultantes da montagem foram analisados por meio de alinhamento local de sequências (BLASTn) contra um banco de dados específico contendo sequências nucleotídicas de toxinas de Bt nomeadas e depositadas no NCBI utilizando o software ncbi-blast-2.7.1. O sequenciamento gerou um total de 8,422,300 de reads de alta qualidade, com tamanho total de 6,668,999 pb, 256 scaffolds, 259 contigs, valor de N50 de 75,208 e 34.54% de conteúdo de G+C. As análises forneceram um relatório de saída com valores de score, e-value, gap, mismatch, localização do gene e o sentido na fita de DNA. Foram identificados seis genes que expressam proteínas Cry (cry9Ea, cry1Da, cry1Ca7, cry1Ia, cry1Aa, cry2Ab) e um gene que expressa proteína VIP (vip3Aa). A sequência completa do genoma de B. thuringiensis 775E será depositada no GenBank. Os genes localizados no genoma da cepa são promissores para serem estudados e utilizados em estratégias de controle biológico de pragas.

Palavras-Chave: Bt; Sequenciamento; Toxinas

Apoio Institucional: Embrapa Milho e Sorgo, CAPES

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Eficiência de diferentes proporções da mistura do baculovírus (SfMNPV) no controle da Spodoptera frugiperda Karolay G. Reis; Gabriel H. F. Nunes; Fernando H. Valicente; Frederick M. Aguiar; Jean M. R. Pinho; Karine S. Carvalho; Vinícius A. S. Santos; Nívea A. M. Evangelista

UNIFEMM

Os baculovírus compreendem grande parte dos vírus patogênicos à insetos. A lagarta Spodoptera frugiperda, se destaca, pois, demanda um alto investimento para o seu controle. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a eficiência da mistura da solução viral diluída em água deionizada dos isolados 6 (que não rompe o tegumento imediatamente após a morte da lagarta) e 19 (rompe o tegumento quando da morte da lagarta), em diferentes proporções, para o controle da lagarta S. frugiperda. O experimento teve 7 tratamentos, contendo 3 repetições cada, no qual utilizaram-se 24 lagartas por repetição com idade de 5 dias. Primeiramente, as folhas do milho foram imersas em solução viral na concentração de 3,5x107 poliedros mL-1 proveniente do Banco de Microrganismos da Embrapa Milho e Sorgo nas respectivas proporções: T1: ISO 19 (10%) e ISO 6 (90%); T2: ISO 19 (20%) e ISO 6 (80%); T3: ISO 19 (30%) e ISO 6 (70%); T4: ISO 19 (50%) e ISO 6 (50%); T5: ISO 6 (100%); T6: ISO 19 (100%) e T7: Sem baculovírus. Em seguida, as lagartas foram inseridas e mantidas na folha de milho, durante 48hrs, e iormente, transferidas para a dieta artificial e mantidas na temperatura de 25°C para avaliação da mortalidade durante 12 dias. A testemunha apresentou a menor taxa de mortalidade equivalendo a 1,4%. Os demais tratamentos (T1, T2, T3, T4, T5 e T6) não diferiram entre si estatisticamente, entretanto, o tratamento T6 (ISO 19) apresentou maior taxa de mortalidade (95,70%), seguido do tratamento T1, com uma mortalidade de 94,26%. Na sintomatologia das lagartas infectadas, notou-se que mesmo na menor concentração do ISO 19 as lagartas na sua maioria romperam tegumento.

Palavras-Chave: Mortalidade; Tegumento; Formulados;

Apoio Institucional: EMBRAPA, FAPED

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Gene silencing and mortality in larval stages of Anastrepha fraterculus induced by RNAi Naymã P. Dias; Deise Cagliari; Guy Smagghe; Dori E. Nava; Moisés J. Zotti

Universidade Federal de Pelotas

The South American fruit fly, Anastrepha fraterculus (Wied. 1830) (Diptera: Tephritidae) is a major polyphagous pest of fruit crops. The main control tactic available for A. fraterculus in Brazil is the application of bait sprays. However, new environmentally sustainable tactics have been proposed to pest management, such as the RNA interference (RNAi) technique. Our study was designed to examine whether the sensitivity of A. fraterculus larvae to the uptake of double-stranded RNA (dsRNA) could generate an RNAi response. The dsRNA delivery was performed by soaking in second-instar larvae to evaluate the gene-silencing of V-ATPase, using GFP gene as control. The larvae were soaked in dsRNA solution (500 ng/µl) for 30 min. After the larvae were transferred to artificial diet and the mortality was monitored over a 7-day period. Larvae of A. fraterculus were stored at −80°C at 24, 48 and 72 h after dsRNA delivery for the RNAi silencing efficiency assay by quantitative PCR (qPCR). Larvae soaked in dsRNA solution showed a strong gene silencing of V- ATPase as early as 24 h after exposure to dsRNA. The soaking resulted in an 85% knockdown and increased to 100% after 48 h. The silencing effect persisted up to 72 h. The mortality induced by dsRNA reached 40% at 7 days. Our data demonstrated the existence of a functional RNAi machinery in the South American fruit fly, and we present a robust assay with the larval stages, that can further be used for screening of target genes for RNAi-based control of fruit fly pests. This is the first study that provides evidence of a functional RNAi machinery in A. fraterculus.

Palavras-Chave: RNA interference; dsRNA; South American fruit fly

Apoio Institucional: CAPES, CNPq, FWO-Vlaanderen, COST

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Meios de cultivo e produção de Bacillus thuringiensis Nívea A. M. Evangelista; Jean M. R. Pinho; Fernando H. Valicente

Universidade Federal de São João Del Rei

A produção em larga escala de Bacillus thuringiensis (Bt) requer a obtenção de fermentados com alta atividade biopesticida e de baixo custo. Neste sentido são pertinentes as pesquisas por meios de cultivo que satisfaçam esses requisitos. Neste trabalho foram elaborados seis meios alternativos (M1 a M6) e comparados com o fermentado proveniente do meio Luria Bertani (LB 2%), em triplicas (50 ml em erlenmeyers de 250 ml). Após 72 horas de cultivo (250 rpm, 29,5oC, inóculo 2%) foram avaliados os parâmetros formação de esporos (esporos totais/ml), massa celular seca e percentual de mortalidade de lagartas Spodoptera frugiperda, alimentadas com folhas do cartucho de milho, em bioensaios de laboratório. Outro fator considerado foi o custo de produção destes meios. Os meios M1, M2 e M3 eram compostos de uma fonte de nitrogênio (N) 1% (p/v) e glicose 0,75% (M1), 1,0% (M2) e 1,25% (M3). Os componentes dos meios M4, M5 e M6 foram: N (0,4%), proteína de soja (0,4%), sulfato de amônio (0,2%) e glicose 0,75% (M4), 1% (M5) e 1,25% (M6). Ao término da fermentação os meios apresentaram formação de esporos entre 108 (M2, M3, M4 e LB) e 109 (M1, M5 e M6). O aumento da concentração de glicose contribuiu para maior esporulação em M5 e M6 em relação ao meio M4. Todos os meios alternativos produziram mais massa celular comparando com LB. Este parâmetro foi maior nos fermentados que incluíam as diferentes fontes de nitrogênio associadas, com destaque para M6, evidenciado pela maior concentração de glicose. Quanto ao potencial biopesticida de Bt não houve diferença estatística entre os fermentados, que apresentaram índices de mortalidade acima de 96%, entretanto, ao considerar o custo de produção, os meios alternativos propiciaram uma redução de 92,6% (M6) a 96,5% (M1) em relação ao meio LB, sendo, portanto, opções bastante atrativas para produção em larga escala.

Palavras-Chave: Fermentação; Biopesticida; Formulação

Apoio Institucional: Embrapa, Faped

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Perfil de expressão de genes candidatos à tecnologia de RNA interferente em Brevipalpus yothersi Sara Stefani Domingos; Diogo M. Galdeano; Maria A. Nunes; Luana Ap. Rogerio; Letícia Montelatto; Valdenice Moreira Novelli;

Centro Avançado de Pesquisa de Citros Sylvio Moreira - IAC

Considerada uma das doenças virais mais preocupantes da citricultura, a leprose dos citros é comumente transmitida pelo ácaro Brevipalpus yothersi (Baker) (Tenuipalpidae) e causada pelo citrus leprosis virus (CiLV-C, Cilevirus). Os sintomas da doença são restritos aos locais de alimentação dos ácaros, caracterizados por lesões cloróticas e necróticas em frutos, ramos e folhas. Nos pomares de citros, o manejo é feito basicamente pelo uso de acaricidas, porém tem alto custo e traz riscos à saúde humana, além da contaminação do meio ambiente. Portanto, estratégias de controle sustentáveis são altamente desejáveis. A tecnologia de RNA interferente (RNAi) é baseada em um mecanismo de silenciamento gênico pós- transcricional, que impede a funcionalidade de uma determinada proteína alvo, via dupla fita de RNA do gene (dsRNA) alvo, sendo uma estratégia molecular com potencial uso no controle pragas via biopesticidas. Neste sentido, nosso objetivo foi obter informações básicas para os experimentos voltados à aplicação da tecnologia RNAi ao controle do ácaro da leprose. Após a seleção de genes vitais para o desenvolvimento de B. yothersi (acetylcholinesterase, cathepsin L1 e chitin synthase) foi avaliada por qRT-PCR a expressão destes potenciais alvos nas diferentes fases biológicas do ácaro (ovos, larvas, protoninfas, deutoninfas e adultos), visando estabelecer a mais propícia para administrar dsRNAs. Em todas as fases foi possível obter diferenças nos perfis de expressão dos alvos, sendo em protoninfas observado o maior nível de expressão para todos os genes. Concluímos que os experimentos de entrega do dsRNA, tendo como alvos os genes acetylcholinesterase, cathepsin L1 e chitin synthase, deverão ser conduzidos na fase de dos ácaros, proporcionando uma maior eficiência visto ser a fase que antecede a de maior expressão destes alvos.

Palavras-Chave: Ácaro da leprose dos citros; RNAi; Biopesticidas;

Apoio Institucional: FAPESP (Processos 2016/21749-8; 2018/15747-8)

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Efeitos de anticontaminantes alternativos como substitutos ao formaldeído na dieta artificial de Diatraea saccharalis (F.) (Lepidoptera: Crambidae) visando a multiplicação de Trichogramma galloi Z. (Hymenoptera: Trichogrammatidae) e Cotesia flavipes (C.) (Hymenoptera: Braconidae) Suélen C. da S. Moreira; Vinícios N. da Silva; Ivana F. da Silva; Crébio J. Ávila; Harley N. de Oliveira

Universidade Federal da Grande Dourados

O formaldeído é utilizado como anticontaminante em dietas artificiais para criação de insetos em todo o mundo. Todavia, essa substância apresenta alta toxicidade e como é usada de forma rotineira é imprescindível sua substituição. Com isso, avaliou-se as performances biológicas dos parasitoides T. galloi e C. flavipes multiplicados em ovos e lagartas, respectivamente, de D. saccharalis criada em dieta artificial com diferentes anticontaminantes. O experimento foi conduzido em DIC, com os seguintes tratamentos (dose/2L dieta): ácido acetilsalicílico AAS(3,7g), ácido sórbico (3,7g) ácido benzoico (3,7g), formaldeído (2,7ml) e testemunha (água destilada) em 25 repetições. Para T. galloi cada repetição foi constituída por uma massa de 30 ovos de D. saccharalis, expostas a 24h/fêmea de T. galloi. Já para C. flavipes cada repetição foi constituída por uma lagarta de D. saccharalis (3º instar) /fêmea de C. flavipes. As características biológicas avaliadas foram: % parasitismo, emergência, progênie, razão sexual e longevidade (dias). Além de estimaro parasitismo (PE), sendo: PE/100 x % emergência= emergência estimada (EE). EE x progênie=progênie estimada (PE). PE x razão sexual=nº de fêmeas estimado (NºFE). As fêmeas de T. galloi parasitaram a maior quantidade de ovos nos tratamentos com AAS, formaldeído e testemunha. As demais características biológicas do parasitoide não foram influenciadas pelos anticontaminantes. Porém ao estimar 100 ovos de D. saccharalis parasitados por T. galloi, os anticontaminantes AAS e ácido sórbico apresentaram a maior progênie e maior proporção de fêmeas do parasitoide. Os anticontaminantes não apresentaram diferenças nas características biológicas de C. flavipes. E ao estimar100 lagartas parasitadas por C. flavipes, o tratamento com ácido benzoico aumentou a progênie e o nº de fêmeas do parasitoide. Portanto, a substituição do formaldeído no preparo da dieta de D. saccharalisé viável, sem interferir na produção dos parasitoides T. galloie C. flavipes.

Palavras-Chave: parasitoides; criação massal; controle biológico;

Apoio Institucional: CAPES, Embrapa Agropecuária Oeste

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Substitutos ao formaldeído no preparo da dieta artificial para criação de Diatraea saccharalis (Fabricius) (Lepidoptera: Crambidae) em laboratório Suélen C. da S. Moreira¹; Vinícios N. da Silva²; Ivana F. Silva¹; Crébio J. Ávila³;

¹Departamento de Entomologia e Conservação da Biodiversidade – Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Dourados, MS ²Centro Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN), Dourados, MS; ³Pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Dourados, MS; E-mail: [email protected]

Diatraea saccharalis é a espécie que mais causa danos na cultura da cana-de- açúcar. A criação do inseto em laboratório, a partir da dieta artificial, é imprescindível para estudos bioecológicos, bem como, para a produção de inimigos naturais. O formaldeído é um dos componentes básicos utilizados no preparo da dieta artificial de diversos insetos. Porém, sua utilização pode ocasionar efeitos indesejáveis à saúde humana. Avaliou-se produtos substitutos ao formaldeído para a criação de D. saccharalis. Foram utilizados oito tratamentos nas seguintes doses: ácido acetilsalicílico AAS (1g e 2g/dieta), ácido sórbico (1,85g e 3,7g/dieta), ácido benzoico (1,85g e 3,7g/dieta), o tratamento padrão (formaldeído) e testemunha (água). O experimental foi conduzido em DIC, sendo cada repetição constituída por 10 lagartas neonatas, alimentadas com dieta artificial contendo os respectivos anticontaminantes. Avaliou-se a contaminação no interior dos tubos, a viabilidade larval, pupal e o peso de pupas. Na fase adulta, 20 casais/tratamentos foram individualizados em gaiolas, sendo avaliado a longevidade dos indivíduos e a capacidade reprodutiva. Os estudos foram realizados por duas gerações do inseto. A contaminação no interior dos tubos ocorreu somente na segunda geração de D. saccharalis, no tratamento com ácido benzoico na menor dose utilizada, semelhante a testemunha. Não houve contaminação nos demais tratamentos. Para a fase reprodutiva não se verificou nenhuma diferença entre os produtos avaliados na primeira geração. Já na segunda, todos os produtos avaliados proporcionaram uma maior fecundidade total em relação à testemunha e formaldeído. Diante dos resultados obtidos, os anticontaminantes AAS, ácido sórbico e ácido benzoico (maior dose), podem ser recomendados em substituição ao formaldeído no preparo da dieta artificial, assegurando eficácia no controle de microrganismos contaminantes, além de ser de fácil acesso e baixo custo.

Palavras-Chave: Broca-da-cana; criação massal; controle biológico

Apoio Institucional: Embrapa Agropecuária Oeste, CAPES

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Efeito do Tween 20 na formulação de um produto para biocontrole com Bacillus thuringiensis 1450 Francielly R. Nascimento1; Tamiris J. S. Rêgo1; Páblo E. C. Silva2; José P. Oliveira2; Raquel P. Bezerra3; Ana L. F. Porto3; Daniela A. V. Marques4; Cesar A. D. Arias1

Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio1; Instituto Agronômico de Pernambuco2; Universidade Federal Rural de Pernambuco3; Universidade de Pernambuco4

Bacillus thuringiensis (Bt) Ernst Berliner (Bacillaceae) é uma bactéria Gram-positiva esporulante. O seu cultivo ocorre comumente em batelada simples, sendo os subprodutos deste cultivo altamente desejados por apresentarem proteínas cristalinas com alto potencial inseticida. Essa característica o direciona como uma alternativa biotecnológica eficiente no controle biológico. Dentro do processo de produção, a fase de formulação é um ponto crítico a ser estudado, pois diferentes formulações podem ocacionar a perda da viabilidade dos esporos, entupimento dos bicos de pulverização, baixa dissolução com outras misturas, entre outros. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do tween 20 na formulação final de um produto à base de B. thuringiensis linhagem 1450 registrada para a agricultura orgânica. Os materiais utilizados foram tween 20 (Synth) e produto de fermentação a partir da linhagem Bt 1450. Foram tomadas amostras de 5mL por triplicata e foi avaliado o efeito na viabilidade, na concentração de esporos, no pH e na solubilidade do produto a partir de diferentes concentrações de 0,2; 0,4; 0,8 e 1mL de twenn 20. A análise dos dados foi realizada utilizando ANOVA one-way. Não foi observada diferença significativa na viabilidade para as doses testadas, contudo foi observado que na concentração de 0,2 de tween foi obtida perda de viabilidade de 26%. Por outro lado, a concentração de esporos demostrou não ter diferença significativa ao serem avaliadas todas as amostras em conjunto (p=0,077), no entanto, quando analisadas separadamente, a concentração 0,2 de tween apresentou diferença significatica (p=0,003). Já para a análise do pH observou-se diferença significativa na predição integrada (p=0,036). Finalmente, o teste de solubilidade demostrou que todas as amostras têm diferenças quando comparadas com o controle positivo.

Palavras-Chave: Polissorbato20; Dissolução; Controle biológico

Apoio Institucional: Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio (COMDEAGRO)

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Produção de conídios do fungo Beauveria bassiana Unioeste 04 por fermentação bifásica e sacos aerados Tiago T. Ferreira1; Gabriella C. Marafon1; Luis F. A. Alves1; José Eduardo M. de Almeida2; Bruno V. Neves1

1Lab. de Biotecnologia Agrícola, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Cascavel, PR; 2Instituto Biológico, Centro Experimental Central, Laboratório de Controle Biológico

A produção de fungos entomopatogênicos no Brasil é feita da mesma maneira desde a criação das primeiras biofábricas, pelo método de fermentação sólida sobre arroz parboilizado em sacos de polipropileno. Contudo, tem crescido o interesse por novos métodos de produção, como o uso de sacos aerados e o método de produção bifásico. Assim, foi avaliada comparativamente, a produção e a atividade inseticida de conídios do fungo Beauveria bassiana Unioeste 04 em sacos com e sem aeração, em fermentação sólida e bifásica, utilizando-se o arroz parboilizado como meio de cultura. Foram analisados os parâmetros da produção ao longo de 10 dias: viabilidade e produtividade do fungo, e a atividade inseticida frente ao cascudinho do aviário, Alphitobius diaperinus Panzer (Coleoptera: Tenebrionidae). Na análise da produção de conídios em cada um dos tempos de incubação, os tratamentos de produção bifásica em sacos aerados (LA) e fermentação sólida em sacos comuns (CN) não apresentaram variações significativas. Mas na fermentação sólida em sacos aerados (CA) houve significativo aumento na produção. A produção bifásica em sacos comuns (LN) foi a de menor produção entre os tratamentos. O uso de sacos aerados foi o que proporcionou maior rendimento, tanto LA como CA, sendo respectivamente a produção média de 9,45 e 7,23g de fungo/kg de arroz com 3,14x109 e 3,96x109 conídios/g de fungo peneirado. A viabilidade dos conídios não foi significativamente afetada, sendo próxima de 90%. A atividade inseticida também não foi alterada, sendo obtidos valores de mortalidade total confirmada de 71% (108 conídios/mL). Os sacos aerados, em ambos os tipos de fermentação, proporcionaram produção significativamente maior, sendo para LA e CA, respectivamente observado no último dia de avaliação 104% e 34% a mais que seus respectivos comparativos LN e CN, mostrando o potencial para otimização do processo de produção.

Palavras-Chave: Método bifásico; controle microbiano; fungos entomopatogênicos

Apoio Institucional: CNPq, Biocamp Laboratórios Ltda.

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Patogenicidade de uma nova linhagem de Beauveria bassiana contra Lema bilineata Adelia M. Bischoff; Jason L. Furuie; Rayne Baena; Rubens C. Zimmermann; Alessandra Benatto; Ida C. Pimentel; Maria A. C. Zawadneak

Programa de Pós-Graduação em Agronomia e Produção Vegetal, Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná

Sabe-se que a presença de entomopatógenos no ambiente pode contribuir para o controle natural de insetos-praga. Apesar dos dados disponíveis em todo o mundo, há uma falta de informações sobre o controle de vaquinhas desfolhadoras (Chrysomelidae) por fungos entomopatogênicos no Brasil. Isso demonstra a importância de estudos com novos isolados de fungos para uso no controle biológico. Nesta pesquisa objetivou-se avaliar a patogenicidade deBeauveria bassiana (Bals.) Vuill. contra Lema bilineata Germar, 1823 (Coleoptera: Chrysomelidae) em condições controladas. Amostras de insetos mumificados foram coletadas em peruviana L. (Solanaceae) em Campo Largo, PR. Após isolamento do fungo do corpo do inseto, sua identificação foi confirmada por micro e macromorfologia. O isolado B. bassiana (L12) encontra-se depositado na Coleção Microbiológica da Rede Paranaense TAXonline-UFPR. Para os testes de patogenicidade foram testadas as fases de ovo, larva e adulta do inseto. Em delineamento inteiramente casualizado, cada tratamento foi realizado em triplicata. Para cada repetição foram utilizados 7 adultos, 8 larvas e 10 ovos de L. bilineata acondicionados em placas de Petri com papel filtro no fundo. A concentração foi ajustada a 2,16 x 108 conídios.mL-1 e foi pulverizado 1 mL da suspensão para ação de contato direto, com auxílio de um aerógrafo Sagyma® (modelo AW 186) sob 40 lb.pol-1. Como controle foi utilizada solução salina. A mortalidade foi avaliada diariamente por 7 dias e os dados foram analisados pelo teste de Mann-Whitney a 95% de confiabilidade. O isolado L12 de B.bassiana teve sua patogenicidade a L. bilineata comprovada pelo Postulado de Koch com mortalidade de 100% dos insetos na fase adulta (p-valor = 0,0279) após 7 dias, mortalidade de 87% na fase larval (p- valor = 0,0009) e 100% de mortalidade dos ovos após 3 dias (p-valor = 4,81e-10). Os resultados sugerem o potencial de utilização deste isolado como alternativa no controle biológico de L. bilineata.

Palavras-Chave: Physalis peruviana; controle biológico; fungo entomopatogênico

Apoio Institucional: CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

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Efeito de toxinas do milho Bt sobre a patogenicidade de nematoides entomopatogênicos (Rhabditida: Steinernematidae, Heterorhabditidae) a larvas de Spodoptera frugiperda (Lepidoptera, Noctuidae) Fernanda S. Sales; Alcides Moino Jr.; Pedro G. Chagas;

Universidade Federal de Lavras

Plantas geneticamente modificadas que expressam proteínas com ação inseticida têm sido uma importante ferramenta no controle de Spodoptera frugiperda (JE Smith) (Lepidoptera, Noctuidae), praga-chave da cultura do milho (Zea mays L.). O uso contínuo e inadequado dessa tecnologia tem reduzido o grau de supressão populacional das larvas, portanto é essencial a utilização conjunta de diferentes táticas de manejo para retardar a resistência a pragas em culturas que produzem toxinas inseticidas derivadas de Bt. Nematoides entomopatogênicos (NEP) possuem simbiose com bactérias e são importantes agentes de controle biológico para vários insetos, podendo ser um método alternativo e seguro para o controle de pragas. Apesar de alguns trabalhos mostrarem uso conjunto de NEP e milho Bt para o controle de S. frugiperda, pouco se sabe sobre o efeito do Bt aos NEP. Nesse contexto, para identificar o efeito de Bt nos NEP usados no controle de duas populações de S. frugiperda resistentes às proteínas Cry1A.105, Cry2Ab2 e Cry1F, foram aplicados 1mL de suspensão contendo 500 juvenis infectantes (JI)/mL de Heterorhabditis amazonensis isolado JPM4, H. amazonensis isolado RSC05 (Rhabditida: Heterorhabditidae) e Steinernema carpocapsae (Rhabditida: Steinernematidae) em larvas resistentes a essas proteínas, 15 dias após a eclosão das mesmas, alimentadas somente por milho Bt, a fim de avaliar os efeitos na patogenicidade dos NEP. O isolado RSC05 teve sua patogenicidade afetada negativamente para ambas as populações com significativa diminuição da mortalidade dessas larvas quando comparadas às mortalidades obtidas no tratamento controle. Com relação aos NEP H. amazonensis (JPM4) e S. carpocapsae não houve efeitos negativos para a patogenicidade sobre populações resistentes às proteínas Cry. Conclui-se que os NEP são afetados pela presença das proteínas Cry de maneira distinta, e estudos futuros devem ser feitos para elucidar as causas dessas interações.

Palavras-Chave: Controle Microbiano; Transgênicos; Resistência

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Tratamento de sementes de feijoeiro com Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae visando ao manejo de pragas de folhas Alexandre de Sene Pinto; Ana Julia Hernandes; Mayara Jundurian Miyazaki; Victoria Ricco Miralha; Luis Rodolfo Rodrigues; Eric Novato de Sousa;

Centro Universitário Moura Lacerda

O feijoeiro é atacado por diversas pragas, como lagartas desfolhadoras, crisomelídeos e larva-minadora, Liriomyza spp. (Diptera: Agromyzidae), e o controle delas é realizado predominantemente com inseticidas químicos no Brasil. O uso dos fungos entomopatogênicos Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae é promissor no controle dessas pragas, desde que aplicados em pulverizações foliares sistemáticas. Entretanto, existe a possibilidade do tratamento de sementes com esses fungos para indução de resistência a diferentes pragas e doenças na parte aérea. Esse trabalho teve por objetivo avaliar a ação dos fungos mencionados, em diferentes concentrações de conídios, no tratamento de sementes para o controle de pragas da parte aérea. O ensaio foi instalado em Ribeirão Preto, SP, onde os fungos B. bassiana cepa ESALQ PL63 e M. anisopliae cepa ESALQ E9 foram aplicados nas concentrações de 1x108, 1x109, 1x1010 e 1x1011 conídios viáveis por hectare, usando o equivalente a calda de 150 L ha-1, além de uma testemunha (água destilada). Cada parcela foi constituída por um copo plástico de 500 mL contendo terra fertilizada e uma semente tratada (±0,11 mL copo-1), sendo cada tratamento repetido 10 vezes. Aos 13, 14, 15, 19 e 22 dias da semeadura, as plantas foram avaliadas quanto ao número de folhas com danos e porcentagem de desfolha em cada uma delas e quanto ao número de plantas com presença de minas de Liriomyza sp. Verificou-se que o fungo B. bassiana reduziu significativamente (Tukey, 5%) a porcentagem média de desfolha em todas as datas de avaliação e em todas as concentrações de testadas, mas não diminuiu a infestação de Liriomyza sp., pois os tratamentos não diferiram da testemunha. O tratamento de sementes com M. anisopliae diminuiu a desfolha apenas nas primeiras avaliações, mas a concentração menor mostrou o menor valor até 22 dias após a semeadura. A menor concentração de M. anisopliae reduziu significativamente a porcentagem de plantas com minas de Liriomyza sp.

Palavras-Chave: controle microbiano; Fabaceae; fungos entomopatogênicos

Apoio Institucional: Centro Universitário Moura Lacerda

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Aplicação de Trichoderma harzianum em raízes de mudas de tomateiro visando ao controle de pragas e doenças da parte aérea Alexandre de Sene Pinto; Lucas Santos Vian; Matheus Barros Oliva; Luis Rodolfo Rodrigues; Rodolfo Pontes Carneiro; Arthur Pontes Carneiro; Eric Novato de Sousa

Centro Universitário Moura Lacerda

São várias as pragas e doenças que atacam a cultura do tomateiro (Solanum lycopersicum) (Solanaceae) e o manejo fitossanitário é realizado quase que exclusivamente com agrotóxicos. Este trabalho teve como objetivo, avaliar o desenvolvimento da cultura e o controle de pragas e doenças após o tratamento das raízes das plantas com Trichoderma harzianum cepa IB19/17. Em um delineamento em blocos casualizados, quatro tratamentos (imersão das raízes em soluções em três concentrações diferentes, 5,0x109, 1,0x1010 e 1,5x1010 conídios L-1, mais uma testemunha) foram repetidos sete vezes. Após o tratamento das raízes, as mudas foram plantadas em vasos e mantidas em campo, em Ribeirão Preto, SP, Brasil. Todas as plantas foram avaliadas semanalmente quanto à presença de pragas e doenças. Foram encontrados pulgões (Hemiptera: Aphididae), mosca-branca (Hemiptera: Aleyrodidae), cochonilhas (Hemiptera: Pseudococcidae), cigarrinhas (Hemiptera: Cicadellidae), tripes (Thysanoptera: Thripidae), moscas-minadoras (Diptera) e lagartas (Lepidoptera) e as doenças septoriose, Septoria lycopersici, murcha-de-verticílio, Verticillium dahliae, e oídio, no período vegetativo. No período reprodutivo ocorreram lagartas e podridões não identificadas. T. harzianum, na dose de 1,5x1010 conídios L-1, diminuiu a população de mosca-minadora, Liriomyza sp. e a na dose de 5x109 conídios L-1 diminuiu a incidência de septoriose nas folhas do tomateiro, ambos em duas datas consecutivas. O fungo T. harzianum no tratamento de mudas de tomateiro não diminuiu a incidência de doenças em frutos e nem melhorou a produtividade da cultura, mas a menor concentração do fungo mostrou significativamente maior peso médio do fruto quando comparado com a maior concentração testada. As menores concentrações de conídios deverão ser mais bem estudadas no controle de pragas e doenças da parte aérea.

Palavras-Chave: controle microbiano; Solanaceae; fungo

Apoio Institucional: Biocontrol

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Maize seed coating with microsclerotia of Metarhizium spp. as biostimulant and protection against Spodoptera frugiperda Aline Cesar de Lira; Gabriel Moura Mascarin; Italo Delalibera Júnior

ESALQ/USP

The use of microsclerotia (MS) of the entomopathogenic fungi Metarhizium spp. may be an alternative for pest control due to its long persistence in soil and production of infective conidia in situ. In this study we produce MS of 48 isolates of Metarhizium spp. and selected three most productive isolates to be used in maize seed coating for two purposes: enhancement of plants growth and protection against Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae). MS were cultured in liquid medium with carbon: nitrogen (C:N) ratio of 10:1. The role of Metarhizium as a biostimulant was measured on 30-day-old plants grown from seeds inoculated with microsclerotia of the three selected isolates. Survival of S. frugiperda 3rd instar larvae was evaluated on maize plants grown from MS-coated seeds. MS yields were 1.2×103, 1.8×103 and 3.6×103 MS mL-1 within 4 days of fermentation for M. anisopliae ESALQ1814, M. robertsii ESALQ2450 and Metarhizium sp. indeterminate ESALQ1638, respectively. The germination rates of MS for these isolates were always above 90% in 24h incubation period, while conidia concentration from sporogenic MS after 7 days incubation on water agar reached 1.33×108 - 1.31×109 conidia g-1 of MS granules. The isolates of Metarhizium ESALQ1638 improved somehow maize plant growth; higher shoot height and root size, while increased plant biomass was shown with ESALQ1814 and ESALQ2450. Mortality of S. frugiperda was 55-64% and median survival time (ST50) was 5-6 days when larvae were fed on maize plant inoculated with any of the three Metarhizium species. Due to the lack of mycosis on larvae by Metarhizium spp., we postulate that the indirect detrimental effect on S. frugiperda survival was probably linked with plant biochemical defenses. Our results prompt the feasibility and effectiveness of using MS of Metarhizium spp. in maize seed coating with a dual benefit in plant growth promotion and protection against insect feeding.

Palavras-Chave: Fungal entomopathogen; Plant biostimulant; Liquid fermentation

Apoio Institucional: CAPES

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Effect of Exudate Droplets from Metarhizium sp. on Rhipicephalus microplus Allan F. Marciano; Jessica F. de Paulo; Emily M. Silva; Mariana G. Camargo; Laura N. Meirelles; Thais A. Corrêa; Patrícia S. Gôlo; Vânia R. E. P. Bittencourt

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Metarhizium anisopliae (Metschn.) Sorokin, 1883 (Hypocreales: Clavicipitaceae) can produce exudate droplets with toxic metabolites for . The effects of exudate from the M. anisopliae strain CG148 inoculated on Rhipicephalus microplus Canestrini,1887 (Acari: Ixodidae) were evaluated. Strain CG148 was cultured on CTC medium (Potato dextrose agar, Chloramphenicol, Thiabendazole and Cycloheximide) and the exudate produced on the colonies were collected on the 14th day of growth and sterilized by filtration. Two methods of inoculation were used, one to evaluate the reproductive parameters and tick’s mortality percent (inoculation in the leg thigh insertion using 10 females per group) and another to evaluate hemocytes’ quantification (inoculation in the foramen between the scutum and the capitulum using 30 females per group). Besides the females inoculated with the fungus exudate (GIFE group), three control groups were established: a group without inoculation (WI), a group inoculated only with sterile distilled water (SDWI), and a group perforated with the needle without inoculation (SN). Tick mortality was observed daily and the production index (EPI) were calculated. To access information on the number of hemocytes, cells concentrations were obtained after hemolymph collection using a Neubauer chamber. The fungal exudate caused 50% of tick mortality 24h after the inoculation. There was a significant difference in the EPI after exudate inoculation in comparison to the control groups: WI (P=0.0001; n=10), SDWI (P=0.0003; n=10) and SN (P=0.0003; n=10). Hemocytes from females of GIFE group were reduced up to 7.2 times in comparison to control groups. Exudate droplets from CG148 isolate directly affected R. microplus engorged females, causing death, reduction in their egg production and number of hemocytes. This study adds data about the effect of metabolites produced by Metarhizium sp. on the cattle tick providing new perspectives for future researches.

Palavras-Chave: cattle tick; biological control; fungal guttation

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Finance Code 001, FAPERJ, CNPq.

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Ação de inseticidas sobre os ovos de Erinnyis ello L. 1758 (Lepidoptera: Sphingidae) com diferentes idades Amanda C. Favorito; Leidiane C. Carvalho; Gabriele L. Hoelscer; Letícia D. Zanachi; Pablo W. R. Coutinho; Maria A. Urnau; Vanda Pietrowski

Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE

A principal praga na cultura da mandioca é o Erinnyis ello Lineu (Sphingidae). Seu controle é realizado em geral com inseticidas químicos, porém utiliza-se também inseticidas biológicos, sendo o efeito ovicida destes produtos pouco estudado sobre esta praga. Devido a isto, foi objetivo do trabalho avaliar a eficiência de inseticidas sobre ovos e lagartas recém-eclodidas. Os ovos de E. ello foram obtidos da criação do Laboratório de Controle Biológico da Unioeste. Os tratamentos consistiram da testemunha (água destilada) e da utilização de 1 produto biológico e 5 químicos, sendo: baculovirus (ErelGV); espinetoram (espinosinas); lufenuron + profenofos (Benzolurina + organofosforado); cipermetrina (piretoide); lambda-cialotrina (piretoide); zeta-cipermetrina (piretoide); e duas idades de ovos (até 12 horas e mais de 48 horas). As dosagens dos produtos seguiram a recomendação do fabricante. O delineamento utilizado foi DBC em esquema fatorial, sendo 6 produtos + testemunha x 2 idades x 4 blocos, cada repetição era composta por 5 ovos. Os ovos foram separados por tratamento em gerbox, sendo as aplicações realizadas via pulverização direta aos ovos com uso de aerógrafo. Em seguida, os ovos foram individualizados em capsula de gelatina transparente, tamanho 0, para evitar a desidratação. Estes foram acondicionado em câmara incubadora (B.O.D) à temperatura de 25 ± 2ºC UR de 70 ± 10 % e fotofase de 14 horas. As avaliações de mortalidade foram realizadas diariamente. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5%. Não houve interação entre as idades de ovos e os produtos. Porém, houve diferenças estatística entre os produtos químicos e a testemunha. Todos os produtos utilizados, inclusive o biológico afetou a mortalidade de E. ello, independentemente da idade dos ovos, porém não houve interação entre os produtos químicos. Assim, o baculovirus é ferramenta importante no controle de E. ello, inclusive na fase de ovo.

Palavras-Chave: Manihot esculenta; controle biológico; baculovírus;

Apoio Institucional: Associação Técnica das Indústrias de Mandioca do Paraná - ATIMOP

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Rizobactérias multi-funcionais atuam também no controle da mosca branca Amanda Lopes Ferreira; Leandro Ribeiro de Matos; William Rafael Ribeiro; Marta Cristina C. de Filippi; Elder Tadeu Barbosa; Patricia Valle Pinheiro;

Embrapa Arroz e Feijão

O uso de insumos de origem microbiana vem crescendo devido à necessidade de novas moléculas para o controle de pragas. As rizobactérias dos gêneros Burkholderia e Pseudomonas vem sendo exploradas como microrganismos multi- funcionais, atuando como promotoras de crescimento e no controle biológico de doenças. O presente trabalho teve como objetivo testar a eficiência das bactérias benéficas P. fluorescens e B. pyrrocina no controle da mosca branca. Ninfas de 2º instar de mosca branca em folhas primárias de feijoeiro cv. BRS 401 RMD (n=9) foram micro-pulverizadas com suspensões bacterianas de P. fluorenscens (R55) e B. pyrrocina (R46), a 108 bactérias/mL . Água destilada foi pulverizada como controle negativo e o fungo entomopatogênico Cordyceps javanica (5x107 conídios/mL) como controle positivo. As plantas foram mantidas em casa telada e as avaliações foram feitas no 5º, 6º, 7º e 10º dias após a pulverização, através da contagem de ninfas vivas e mortas. Para isso, foi coletada uma folha de cada repetição em cada um dos tratamentos por dia de avaliação. As médias de mortalidade acumulada foram comparadas através do teste de Tukey (p>0.05) considerando a leitura do 10º dia. A maior mortalidade foi observada para C. javanica (94,4%), como já esperado. O isolado R55 teve média de mortalidade 37,7%, diferindo significativamente do controle negativo. Esse resultado demonstra o grande potencial desta bactéria para uso no manejo integrado de pragas, como uma ferramenta multi-funcional. O ensaio foi repetido com ninfas de 4º instar, usando os mesmos tratamentos. C. javanica causou 12% de mortalidade, sendo o tratamento mais eficiente. Os isolados R55 e R46 tenderam a causar mortalidade superior ao controle negativo, porém não significativa. Sabendo que nem mesmo inseticidas sintéticos são eficientes para o controle de ninfas de 4º instar, é possível que o uso de rizobactérias para multi-funções possa contribuir na redução da população de insetos em estágios mais avançados.

Palavras-Chave: Bemisia tabaci; entomopatogênicos; mortalidade

Apoio Institucional: Embrapa Arroz e Feijão

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How is the current knowledge domain about biological control? Amanda R. Sampaio; Raiza Abati; Gabriela Libardoni; Fernanda C. Colombo; Gabriela O. Varpechoski; Rodrigo M. A. Maciel; Everton R. Lozano; Michele Potrich; Nédia de C. Ghisi

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Each day, an enormous amount of scientific knowledge is produced and published. Scientometric analysis aims to answer the questions about the knowledge domain about a specified scientific field. In this sense, this study aimed to explore the state of the art of research about Biological Control of insect pests using entomopathogens. The Web of Science was used to search for the terms "biological control", "pest insect" and "entomopathogenic", obtaining a total of 837 publications among 1991- 2019. Then, the data was filtered, removing publications not related with Biological Control itself. After this, 483 publications were submitted to analysis in CiteSpace software. The analysis of categories shows 'Entomology' with the highest publications frequency (287), and also with the highest centrality (0.59), it means that it has greater influence and strong connection with other areas. The area of 'Biotechnology and Applied Microbiology' was 2nd in publications number (87), but 3rd in the centrality (0.32), behind the 'Agriculture' area with a centrality of 0.52. 'Entomology' and 'Biotechnology and Applied Microbiology' also presented citations burst, showing that they are more active research areas, in Biological Control issues. The leader country in publication number, until 2019, is the USA, with 117 publications, followed by Brazil (52), Turkey (31), China (28). Also, an explosion of citations was detected in the USA and China, and greater centrality in the USA (0.63) and Turkey (0.41). Thus, the area of knowledge of greatest influence in Biological Control researches is ‘Entomology’; the country leader of publication in this field are the USA, which with China stand out in citations and, together with Turkey, have greater connections with other countries. Brazil has a relevant representativeness in the number of publications, but an increasing in cooperation relations with other countries would improve its placement in the other variables.

Palavras-Chave: Scientometry; Publications; Entomopathogens

Apoio Institucional: Universidade Tecnológica Federal do Paraná

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Associação de Beauveria bassiana e Pogostemon cablin e Lavandula angustifolia para o controle de Sitophilus zeamais Raiza Abati; Gabriela Libardoni; Amanda R. Sampaio; Gabriela V. Osowski; Anderson Guimarães; Leonardo T. Alves; José C. Bianchini-Junior; Gregory H. R. Pinheiro; Everton Lozano; Michele Potrich

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

O gorgulho-do-milho, Sitophilus zemais L. (Coleoptera: Curculionidae), é um inseto- praga encontrado em grãos armazenados reduzindo sua qualidade. Usualmente são utilizados produtos químicos para seu controle, no entanto, a possibilidade de contaminação do alimento tem tornado crescente a busca por outros métodos de controle. Neste sentido, objetivou-se avaliar a associação de dois diferentes óleos essenciais (OE) ao fungo Beauveria bassiana para o controle de S. zeamais. Foram realizados cinco tratamentos e duas testemunhas, sendo: T1) OE de lavanda 5% (Lavandula angustifolia), T2) OE de patchouli 5% (Pogostemon cablin) 5%, T3) B. bassiana (1 x 108 conídios.mL-1), T4) OE de lavanda 5% + B. bassiana (1 x 108 conídios.mL-1) e T5) OE de patchouli 5% + B. bassiana (1 x 108 conídios.mL-1); e Testemunha (água destilada esterilizada) e Controle (água destilada esterilizada + Tween® 80). O experimento foi conduzido em dois bioensaios, 1) imersão dos insetos nos tratamentos 2) incorporação dos tratamentos na alimentação. Cada 15 insetos foram acondicionados em recipientes plásticos, contendo 20 g de arroz. Foram realizadas quatro repetições por tratamento. Estes foram alocados em ambiente controlado (27 ± 2 °C, U.R. 60% ± 10%, 12 h), sendo realizadas avaliações diárias, quanto a mortalidade, durante dez dias. No bioensaio 1 pode-se observar que os tratamentos 2, 3, 4 e 5 aumentaram a mortalidade de S. zeamais, ocasionando ao fim de 240 horas, taxas de mortalidade de 95, 78, 83 e 90% respectivamente, quando comparados às testemunhas, 57 e 77%. Já no bioensaio 2, apenas o tratamento 4 aumentou a mortalidade de S. zeamais (63%) quando comparado as testemunhas (33 e 32%). A associação de B. bassiana + OE de lavanda, em ambos os bioensaios, foi efetiva para o controle de S. zeamais.

Palavras-Chave: Gorgulho do milho; Lavanda; Patchouli;

Apoio Institucional: Universidade Tecnológica Federal do Paraná

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UV-B Tolerance of Native Metarhizium spp. Conidia in Aqueous Suspensions, Oil-in-water Emulsions, or in Different Types of Soil. Amanda Rocha da Costa Corval; Emily Mesquita da Silva; Thaís Almeida Corrêa; Ricardo de Oliveira Barbosa Bitencourt; Éverton Kort Kamp Fernandes; Vânia Rita Elias Pinheiro Bittencourt; Patrícia Silva Gôlo

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Metarhizium anisopliae Sorokin (Clavicipitaceae) has shown promising results against Rhipicephalus microplus Canestrini (Ixodidae). However, these entomopathogenic agents are negatively impacted by abiotic factors, such as UV-B radiation. The present study analyzed ten native Metarhizium spp. isolates from soil samples as to their tolerance in aqueous suspensions, oil-in-water emulsions, or while in different types of soil after exposure to UV-B radiation. Conidial aqueous suspensions or oil-in-water emulsions were exposed to UV-B radiation (4.0 kJ m-2). After irradiation, the plates were incubated for 24h or 48h at 27°C in the dark and then the relative germination was calculated. Metarhizium robertsii Bischoff, Humber & Rehner (Clavicipitaceae) ARSEF 2575 and Metarhizium acridum (Driver & Milner) Bischoff, Rehner & Humber (Clavicipitaceae) ARSEF 324 were used as standard isolates to validate the assays. To assess the impact of different soil types in the UV- B tolerance of conidia, fungal suspensions were inoculated into three different soil types: (I) soil conditioner; (II) clayey soil; and (III) sandy soil. Soil spiked with conidia was exposed to 4.0 kJ m-2. After irradiation, Tween 80® aqueous suspension was added to the soil and inoculated in artificial selective medium. The plates were incubated at 27±1°C in the dark, and the fungal colonies were counted 7 days after the treatment. Overall and as expected, the addition of mineral oil improved conidial UV-B tolerance, however, we did not observe a standard in the tolerance of Metarhizium when the different species were compared. Our results showed that regarding the different amount of silt and clay, the soil types that were tested provided similar UV-B protection to the conidia, except for the isolate LCM S05 when exposed in soil type I. The characterization of the fungal isolates’ tolerance to UV-B is a fundamental step to select biological agents with high potential for tick control.

Palavras-Chave: cattle tick; entomopathogenic fungi; abiotic factors;

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Finance Code 001; Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ); Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

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Utilização associada de nematoides entomopatogênicos com inseticida e milho transgênico no controle da Spodoptera frugiperda Ana C Barbosa; Marcelo Sanches; Paulo Henrique S Sabino

Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas

A lagarta-do-cartucho Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) é considerada a principal praga do milho. A utilização associada de táticas para o seu controle torna-se importante. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a utilização associada de nematoides entomopatogênicos (NEP) com inseticida e milhos transgênicos no controle da S. frugiperda. O experimento foi conduzido em um delineamento inteiramente casualizado, em um esquema fatorial 4x2, sendo dois transgênicos, um inseticida e um tratamento controle (cultivar convencional com apenas água) interagindo com e sem a aplicação de NEP. O nematoide utilizado foi o Steinernema carpocapsae. Cada tratamento foi repetido doze vezes e cada repetição foi constituída por uma placa de Petri. Em cada repetição foram utilizadas duas lagartas de terceiro instar. Nas placas de Petri foram colocadas folhas de milho com 10 x 5 cm e após 24 horas do inicio da alimentação foi aplicado o NEP em uma suspensão de 250 JI/ml. Após 72 horas foram avaliadas a porcentagem de mortalidade das lagartas pelo nematoide. As lagartas que não receberam os nematoides a mortalidade foi avaliada 96 horas após o inicio da alimentação. O inseticida utilizado foi o Cropstar® e sua aplicação realizada na cultivar convencional BR-106 no tratamento de semente. Os milhos transgênicos utilizados foram NS90PRO-CENTRO e SX7341 VIP3. A porcentagem de mortalidade das lagartas que alimentaram da cultivar convencional e receberam NEP foi de 75%. Em relação à utilização associada de Cropstar® e NEP a porcentagem de mortalidade foi de 58%. A porcentagem de mortalidade das lagartas que alimentaram do milho transgênicos NS90PRO-CENTRO e SX7341 VIP3 e em seguida foi aplicado os NEP apresentou menor mortalidade do que quando as lagartas foram submetidas somente ao milho transgênico. A utilização de NEP é eficaz no controle da S. frugiperda. A utilização associada de milhos transgênicos e NEP apresentaram efeito antagonista.

Palavras-Chave: Controle biológico; Lagarta-do-cartucho; Manejo Integrado de Pragas

Apoio Institucional: Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas

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Ação de repelentes de predadores sobre ovos de percevejo parasitados com Telenomus podisi Ana C. Honório; Leandro P. de Araújo Júnior; Rodolfo P. Carneiro; Luis R. Rodrigues; Eric N. de Souza; Matheus B. Oliva; Alexandre de S. Pinto;

Centro universitário Moura Lacerda

Apesar de consagrado o uso do controle biológico de percevejos da soja utilizando parasitoides de ovos, pouco se conhece sobre a tecnologia de liberação desses inimigos naturais. A estratégia de liberação proposta na década de 1990, manual e terrestre, é onerosa e precisa evoluir. Esse trabalho teve por objetivos avaliar a emergência de Telenomus podisi Ashmead (Hymenoptera: Platygastridae) a partir de ovos de Euschistus heros (F.) (Hemiptera: Pentatomidae) parasitados e tratados com diferentes repelentes de predadores, em diferentes doses e misturas, conhecer se há diferença na predação de ovos parasitados e não parasitados, pois esses últimos são mais fáceis de serem obtidos, e verificar a predação em campo de ovos tratados. Os ensaios foram instalados em Ribeirão Preto, SP, em 2018. No laboratório foram testados a noz moscada (Myristica fragrans), o açafrão (Curcuma longa) e o dicloroisocianurato de sódio (DIS), todos em pó, em diferentes doses e misturas. Para a predação em campo, utilizou-se de parcelas experimentais constituídas por palitos de madeira com apenas um ovo de E. heros colado, espalhados pelo solo, simulando a liberação aérea por espalhamento do parasitoide. Não houve preferência dos predadores por ovos parasitados ou não parasitados, em solo. Nenhum dos repelentes afetou a emergência do parasitoide em laboratório, nas doses de 0,05 a 0,1 g 50 ovos-1, isolados ou em misturas. Em campo, em três ensaios realizados em épocas distintas, nenhum dos tratamentos de repelentes mostrou porcentagem média de predação significativamente inferior ao da testemunha, indicando que os mesmos não foram eficazes em repelir predadores. Entretanto, a predação na testemunha foi baixa, pois a metodologia usada permitiu uma distribuição dos ovos muito próxima da realidade de uma liberação aérea (um ovo a cada 1 ou 2 m-2, respectivamente proporcional a 10.000 a 5.000 ovos ha-1), o que pode indicar a não necessidade de um repelente de predadores para a liberação aérea.

Palavras-Chave: técnica de liberação;

Apoio Institucional: Centro universitário Moura Lacerda

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Ação de repelentes de predadores sobre pupas de Cotesia flavipes Ana C. Honório; Gustavo Pedrazzi; Anderson I. F. Kobayashi; Luis R. Rodrigues; Eric N. de Sousa; Matheus B. Oliva; Alexandre de S. Pinto;

Centro universitário Moura Lacerda

A liberação de Cotesia flavipes (Cam.) (Hymenoptera: Braconidae) para o controle de Diatraea saccharalis (F.) (Lepidoptera: Crambidae) em cana-de-açúcar é feita manualmente, exigindo grandes equipes de funcionários somente para essa atividade. A liberação desse parasitoide em cápsulas de proteção via veículos aéreos não tripulados (VANTs) começa a ficar comum na atualidade, mas se por um lado essas cápsulas protegem C. flavipes, por outro diminuem o rendimento da operação. Esse trabalho teve por objetivo avaliar produtos repelentes e misturas na emergência de adultos de C. flavipes, em laboratório, e na repelência de predadores, em campo, visando à liberação aérea por espalhamento de “massas” desprotegidas em cana-de-açúcar. Os ensaios foram conduzidos em Ribeirão Preto, SP. Em laboratório, 30 produtos ou combinações de doses deles foram testados, com uma testemunha, repetidos 10 vezes. Em campo, 13 produtos ou misturas foram escolhidos e 10 “massas” tratadas de cada tratamento foram colocadas sobre o solo de canavial para exposição por 24 h à predação. Outro ensaio de laboratório testou alguns dos produtos em recipientes fechados com tecido “voile” que permitia trocas gasosas, diferente do primeiro ensaio (filme plástico) e um novo ensaio de campo testou a predação das “massas” tratadas com as misturas com cloro. A mistura de ácido tricloro-isocianúrico triturado e noz moscada (Myristica fragrans) em pó (0,01 + 0,05 g 5 “massas”-1) e do mesmo ácido com grafite em pó (0,01 + 0,25 g 5 “massas”-1) foram as mais indicadas para o tratamento de “massas” de C. flavipes, quando os mesmo fossem ficar armazenados com o material biológico. Para misturas realizadas somente no momento da aplicação, o ácido tricloro-isocianúrico mais a noz moscada (0,10 + 0,05 ou 0,10 + 0,10 g 5 “massas”-1), ou apenas o ácido (0,10 ou 0,25 g 5 “massas”-1), foram as melhores opções para a liberação aérea de pupas desprotegidas via VANTs em canavial.

Palavras-Chave: parasitoide larval

Apoio Institucional: BIocontrol

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Quantidade liberada de T. galloi para o controle dediferentes densidades de ovos de D. saccharalis em cana-de-açucar Ana C. Honório; Lucas de M. Bertate; Murilo M. da Silva; ; Giovanni R. Tibaldi; Luis R. Rodrigues; Matheus B. Oliva; Alexandre de S. Pinto;

Centro universitário Moura Lacerda

Atualmente tem-se realizado liberações de quantidades fixas de parasitoide Trichogramma galloi Zucchi (Hymenoptera: Trichogrammatidae) independentemente do nível de infestação de ovos de Diatraea saccharalis (F.) (Lepidoptera: Crambidae) em cana-de-açúcar. Este trabalho teve por objetivo estudar o efeito da quantidade liberada de T. galloi para o controle de diferentes densidades de ovos de D. saccharalis em cana-de-açúcar. O ensaio foi conduzido em Sertãozinho, SP, Brasil, em cana-de-açúcar var. CTC 9005HP de 5 meses de desenvolvimento. Em parcelas de 3 x 4 m (12 m² ), com 40 m de bordadura, sete tratamentos foram repetidos 6, 12 e 18 vezes, respectivamente para os níveis de infestação de ovos da praga de 80.000, 160.000 e 240.000 por hectare e para as liberações de 50.000 e 100.000 adultos de T. galloi, além de uma testemunha sem liberação (80.000 ovos por hectare ). Os parasitoides foram liberados em 27/10/2017 e as infestações foram realizadas em 26/10, 27/10 e 28/10. O parasitismo foi permitido por 24 horas em campo. As infestações (relação parasitoide: ovo) obtidas foram de 228.333 (1: 4,6), 198.33 (1: 4,0) e 373.333 (1: 7,5) ovos por hectare nas áreas onde foram liberados 50.000 parasitoides e de 133.333 (1: 1,3), 164.167 (1: 1,6) e 316.667 (1 : 3,2) ovos por hectare para liberação de 100.000 parasitoide por hectare . Em infestações artificiais de 148.750 a 373.333 ovos por hectare, diferentes quantidades de adultos de T. galloi liberadas por hectare proporcionaram a mesma eficácia de parasitismo, sendo a recomendação de 50.000 parasitoides por hectare a mais indicada para o controle dessa praga.

Palavras-Chave: tecnologia de liberação

Apoio Institucional: Centro universitário Moura Lacerda

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Estabelecimento de Metarhizium spp. como endofítico em cana reduz as populações de cigarrinha-das-raízes Ana Carolina Oliveira Siqueira; Cassiara Regina Noventa Correa Bueno Gonçalves.; Roberto Gaioski Junior; Italo Delalibera Junior;

Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" ESALQ/USP

A cigarrinha-das-raízes Mahanarva fimbriolata Stål (Cercopidae) é uma das principais pragas da cana-de-açúcar. Os danos do inseto são resultados da alimentação de ninfas e adultos, que causam desequilíbrio hídrico e desordem fisiológica. O controle desta praga tem sido feito com a aplicação do fungo Metarhizium anisopliae Metchnikoff (Clavicipitaceae), porém não sabemos sobre seu efeito endofítico sobre a redução de pragas. O objetivo deste trabalho foi verificar o efeito da utilização de espécies de Metarhizium como inoculantes em cana-de- açúcar sobre a ocorrência de ninfas e adultos da cigarrinha. O experimento consistiu de uma área de 1 hectare, variedade CTC-4, em Sertãozinho/SP. A área foi dividida em três blocos com três parcelas de 30 por 22,5 metros cada. Os tratamentos consistiram da aplicação de Metarhizium sp. indet. 1 (ESALQ1638) e M. robertsii (ESALQ1635) na concentração 2x10¹² conídios/ha no sulco de plantio. O controle consistiu de aplicação do inseticida químico Regent® seguindo recomendação do fabricante. Dentre os meses de outubro de 2018 e fevereiro de 2019, foram feitas amostragens do número de touceiras com ataque por ninfas, por linha e o número de adultos coletados por meio de armadilhas amarelas (30x10 cm), por parcela. Verificamos que a inoculação de ambas espécies de Metarhizium resultou em menores populações de adultos e ninfas de M. fimbriolata comparado ao controle. A porcentagem de touceiras com ataque de ninfas foi de 81,7±8 % no tratamento com aplicação de Regent, enquanto nos tratamentos com aplicação de fungo foi de 55,6±2 % para ESALQ1638 e 52,9±5 % para ESALQ1635. O número médio de insetos adultos coletados em cada tratamento também foi maior no tratamento com aplicação de Regent (4,8±3 insetos), em comparação aos tratamentos com a inoculação de ESALQ1638 (3,8±2 insetos) e ESALQ1635 (1,7±1 insetos). Metarhizium colonizou endofiticamente as plantas de cana-de-açúcar e sua inoculação resultou na redução de cigarrinha-das-raízes.

Palavras-Chave: Inoculante; Cana-de-açúcar; M. fimbriolata

Apoio Institucional: CAPES e SIMBIOSE

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Efeito da inoculação de Metarhizium sp. no crescimento e produtividade de cana-de-açúcar Ana Carolina Oliveira Siqueira; Cassiara Regina Noventa Correa Bueno Gonçalves; Roberto Gaioski Junior; Italo Delalibera Junior;

Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" ESALQ/USP

A cana-de-açúcar (Saccharum spp.) é uma das principais culturas do país, com produção de 29 milhões de toneladas de açúcar e 33 bilhões de litros de etanol na safra 2018/19. O fungo entomopatogênico Metarhizium spp. é utilizado em usinas do Brasil para o controle da cigarrinha-das-raízes Mahanarva fimbriolata Stål (Cercopidae), sendo aplicado em grandes áreas. Apesar da ampla utilização de M. anisopliae para biocontrole, há o interesse em se explorar seu mecanismo de colonização endofítica e efeito na promoção de crescimento de cana. O objetivo deste estudo foi avaliar a promoção de crescimento de cana-de-açúcar inoculada com Metarhizium. O experimento consistiu de uma área de 10 hectares da variedade IAC95-5000, em Batatais/SP. No sulco de plantio de 5 hectares foi aplicado Metarhizium sp. indet. 1 (ESALQ1638) com concentração 2x10¹² conídios/ha, considerando 100L/ha. Nos outros 5 hectares foi aplicado, da mesma forma, o inseticida Regent® seguindo recomendação do fabricante. Nas avaliações pré- colheita, observou-se maior comprimento (3,04±0,26 m) e diâmetro (2,81±0,06 cm) do colmo da cana onde foi inoculado ESALQ1638 em comparação ao tratamento que recebeu o inseticida Regent (2,72±0,19 m e 2,57±0,05 cm, respectivamente). O talhão com inoculação de ESALQ1638, resultou em 138 toneladas de cana por hectare e 20.653 ATR (kg/tonelada), enquanto o talhão com aplicação de Regent resultou em 124,67 toneladas de cana por hectare e 19.832 ATR (kg/tonelada), representando um ganho financeiro de R$2.326,50 reais na área com aplicação de Metarhizium em relação à área com aplicação de inseticida. Esses resultados são promissores para a utilização de Metarhizium sp. como promotor de crescimento da cana e o futuro desenvolvimento de um inoculante à base do mesmo. Novos estudos deverão verificar se os efeitos obtidos são relacionados somente ao efeito promotor de crescimento do fungo, ou também ao controle de pragas, que pode influenciar no desenvolvimento da planta.

Palavras-Chave: Fungos entomopatogênicos; Inoculantes

Apoio Institucional: CAPES e SIMBIOSE

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Eficiência de Armigen® (HearNPV) em diferentes doses para o controle de Helicoverpa armigera na cultura da soja em Imbituva Anderson H. Briega; Eloir Moresco; Marcelo F. Lima; Marina Senger

3M Experimentação Agrícola. Rua Bernardo Guimarães, 1520 - Colônia Dona Luíza - CEP 84046-250

- Ponta Grossa/PR

Helicoverpa armigera (Hübner) (Lepidoptera:Noctuidae) é uma praga de difícil controle e tem causado perdas significativas em diversas culturas. Tendo em vista a necessidade de novas alternativas de manejo, este estudo avaliou eficiência de Armigen® (Helicoverpa armigera Nucleopolyhedrovirus - HearNPV) sobre H. armigera na cultura da soja. O experimento foi realizado na 3M Experimentação Agrícola, Imbituva-PR, Safra 2018/19. Cada parcela contou com 45 m² (3mx15m) e o delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com seis tratamentos e quatro repetições, utilizando-se a cultivar de Soja NA5909RG. Foram realizadas duas aplicações, com sete dias de intervalo no início do aparecimento da praga, dos seguintes tratamentos: 1-Testemunha; 2-Dipel, Bacillus thuringiensis, var.kurstaki 500 mL.ha-1; 3 a 6-Armigen® nas doses de 25 mL.ha-1; 50 mL.ha-1; 100 mL.ha-1 e 200 mL.ha-1, ambos com volume de 100 L.ha-1. A infestação de H. armigera foi avaliada por meio da contagem de lagartas em 3 batidas de pano por parcela e do percentual de desfolha, previamente à aplicação dos tratamentos, e aos 4, 7, 11, 14 e 21 dias após a primeira aplicação. A colheita foi avaliada em 5 m² por parcela, sendo os dados corrigidos a 13% de umidade e transformados em kg.ha-1. Os dados foram submetidos a análise de variância pelo teste F e comparados pelo teste t 10%. Armigen® nas doses de 50; 100 e 200 mL.ha-1 apresentou respectivamente 60; 60 e 50% de eficiência sobre H. armigera, semelhante ao tratamento Dipel (60%). As maiores produtividades forram obtidas nos tratamentos que continham aplicações de Armigen®, nas doses de 50 (3756 kg.ha-1); 100 (3739 kg.ha-1) e 200 (3699 kg.ha-1) mL.ha-1. Dados que corroboram com os menores percentuais de desfolha causados pela praga nos tratamentos com Armigen®, entre 11,75 e 8,75%, em relação a 16,50% observado na testemunha. O bioinseticida à base de HearNPV representa uma ferramenta alternativa e complementar para o manejo dessa espécie na cultura da soja.

Palavras-Chave: Baculovírus; MIP; controle biológico

Apoio Institucional: AgBiTech Controles Biológicos Ltda, 04551-060, São Paulo, Brasil

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Eficiência de Armigen® (HearNPV) Para o Controle de Helicoverpa armigera na Cultura da Soja no Município de Lapa - PR Anderson H. Briega; Eloir Moresco; Marcelo F. Lima; Marina Senger

3M Experimentação Agrícola. Rua Bernardo Guimarães, 1520 - Colônia Dona Luíza - CEP 84046-250

- Ponta Grossa/PR

Na cultura da soja é habitual a ocorrência de insetos-praga, sendo Helicoverpa armigera (Hübner) (Lepidoptera: Noctuidae) uma praga-chave. O controle biológico, por meio de baculovírus, é uma realidade para otimizar o uso de pesticidas e manejar a resistência de insetos a moléculas químicas e tecnologias. O objetivo do trabalho foi avaliar a eficiência de Armigen® (Helicoverpa armigera Nucleopolyhedrovirus-HearNPV) sobre H. armigera na cultura da soja cultivar NA5909RG. O experimento foi realizado na 3M Experimentação Agrícola, Lapa-PR, Safra 2018/19. Cada parcela contou com 45 m² (3mx15m) e o delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com seis tratamentos e quatro repetições. Foram realizadas duas aplicações, com sete dias de intervalo no início do aparecimento da praga, dos seguintes tratamentos: 1-Testemunha; 2-Dipel, Bacillus thuringiensis, var.kurstaki 500 mL.ha-1; 3 a 6-Armigen® nas doses de 25 mL.ha-1; 50 mL.ha-1; 100 mL.ha-1 e 200 mL.ha-1, ambos com volume de 100 L.ha-1. A infestação com H. armigera foi avaliada por meio da contagem de lagartas em 3 batidas de pano por parcela e do percentual de desfolha, previamente à aplicação dos tratamentos, e aos 4, 7, 11, 14 e 21 dias após a primeira aplicação. A colheita foi avaliada em 5 m² por parcela, sendo os dados corrigidos a 13% de umidade e transformados em kg.ha-1. Os dados foram submetidos a análise de variância pelo teste F e comparados pelo teste t 10%. Armigen® proporcionou, sobre H. armigera, controle de 40; 60, 80 e 20% nas doses de 25; 50; 100 e 200 mL.ha-1, respectivamente. As doses de Armigen® testadas minimizaram os danos foliares causados pela praga com redução de 7,75% (E=89%) na dose de 100 mL.ha-1. Observa-se que ocorreu um incremento na produtividade de 6,35 e 6,23%, com a utilização de Armigen® nas doses de 25 e 200 mL.ha-1. Armigen® foi efetivo para controle H. armigera, com duas aplicações em intervalos de 7 dias, sendo a primeira realizada no início da infestação.

Palavras-Chave: Baculovírus; MIP; Controle Biológico

Apoio Institucional: AgBiTech Controles Biológicos Ltda, 04551-060, São Paulo, Brasil

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Eficiência de Armigen® (HearNPV) para o controle de Helicoverpa armigera na cultura da soja em Ponta Grossa - PR Anderson H. Briega; Eloir Moresco; Marcelo F. Lima; Janayne M. Rezende; Marina Senger

3M Experimentação Agrícola. Rua Bernardo Guimarães, 1520 - Colônia Dona Luíza - CEP 84046-250 - Ponta Grossa/PR

O controle biológico é um dos componentes do MIP e baseia-se na utilização de predadores, parasitoides e entomopatógenos para a regulação populacional de pragas. Inseticidas à base de vírus entomopatogênicos são alternativas para manejo de Helicoverpa armigera (Hübner) (Lepidoptera: Noctuidae) praga-chave da cultura da soja (Glycine max L.). Com o objetivo de avaliar a eficiência de Armigen® (Helicoverpa armigera Nucleopolyhedrovirus-HearNPV) sobre H. armigera na cultura da soja instalou-se um experimento na 3M Experimentação Agrícola, Ponta Grossa, PR, na Safra 2018/19. Cada parcela contou com 45 m² (3mx15m) e o delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com seis tratamentos e quatro repetições, utilizando-se a cultivar de Soja NA5909RG. Foram realizadas duas aplicações, com sete dias de intervalo no início do aparecimento da praga, dos seguintes tratamentos: 1-Testemunha; 2-Dipel, Bacillus thuringiensis, var.kurstaki 500 mL.ha-1; 3 a 6-Armigen® nas doses de 25 mL.ha-1; 50 mL.ha-1; 100 mL.ha-1 e 200 mL.ha-1, ambos com volume de 100 L.ha-1. A infestação com H. armigera foi avaliada por meio da contagem de lagartas em 3 batidas de pano por parcela e do percentual de desfolha, previamente à aplicação dos tratamentos, e aos 4, 7, 11, 14 e 21 dias após a primeira aplicação. Os dados foram submetidos a análise de variância pelo teste F e comparados pelo teste t 10%. Armigen® nas doses de 25; 50; 100 e 200 mL.ha-1 proporcionou controle de 67; 33; 78 e 56% respectivamente sobre H. armigera, sendo observado resultado semelhante com Dipel (E=78%). Todos os tratamentos proporcionaram menores percentuais de desfolha quando comparados com a testemunha, com redução de até 5,00% (E=71%) de desfolha para o tratamento com Armigen® na dose de 100 mL.ha-1, evidenciando a possibilidade do emprego de inseticidas biológicos para o manejo de H. armigera na cultura da soja.

Palavras-Chave: Baculovírus; MIP; Controle Biológico

Apoio Institucional: AgBiTech Controles Biológicos Ltda, 04551-060, São Paulo, Brasil

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Ocorrência natural de Isaria javanica sobre Sarsina violascens e patogenicidade sobre Gonipterus platensis André Ballerini Horta; Carolina Jordan; Murilo F. Ribeiro; José E. M. Almeida; Ricardo Harakava; Carlos Frederico Wilcken

1Departamento de Proteção Vegetal, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 18603- 970, Botucatu, São Paulo, Brasil; E-mail: [email protected]. 2Centro Avançado de Pesquisa em Proteção de Plantas e Saúde Animal, Instituto Biológico, 13101-680, Campinas, São Paulo. 3Laboratório de Bioquímica Fitopatológica, Instituto Biológico, 04014-002, São Paulo, São Paulo

Plantios de eucalipto cultivados como monocultura favorecem a ocorrência de surtos populacionais de insetos-praga como Sarsina violascens Herrich-Schaeffer (Lepidoptera: Lymantriidae) e Gonipterus platensis Marelli (Coleoptera: Curculionidae). A alta densidade de insetos pode favorecer também a ocorrência de fungos entomopatogênicos, importantes agentes de controle biológico natural. Durante surto populacional de S. violascens, pupas foram coletadas, conduzidas ao laboratório e individualizadas em potes plásticos contendo uma fita de papel filtro levemente umedecido com água destilada autoclavada. Após a emergência de parasitoides, foi verificada a presença de um fungo em uma das pupas remanescentes. Foi realizada sua desinfecção, mergulhando a em solução de hipoclorito de sódio (2,5% de cloro ativo, v/v), sob agitação durante três minutos, seguindo-se três lavagens sucessivas em solução salina (0,9%), para eliminação do excesso de cloro. A pupa foi transferida para placa de Petri contendo meio de cultura Batata Dextrose Agar (BDA) e incubada a 25oC. A partir das colônias formadas, esse isolado foi repicado em nova placa com meio BDA e enviado ao Instituto Biológico para caracterização morfológica e molecular. O resultado obtido no sequenciamento da região ITS apresentou 100% de similaridade com a espécie Isaria javanica (Frieder & Bally) Samson & Hywell-Jones (Fungi Sordariomycetes). Para confirmar o potencial entomopatogênico do isolado, uma suspensão de 5 x 107 conídios/ml foi inoculada sobre adultos de G. platensis. Os insetos morreram até o sétimo dia após a exposição ao fungo, confirmando sua patogenicidade sobre G. platensis. Esse é o primeiro relato da ocorrência natural de I. javanica em S. violascens e, também, de sua patogenicidade a G. platensis, abrindo mais uma alternativa de agente biológico a ser avaliado no controle desse besouro, que atualmente é considerado uma das espécies mais invasivas e danosas aos plantios de eucalipto ao redor do mundo.

Palavras-Chave: Eucalyptus; Fungos Entomopatogênicos; Proteção Florestal

Apoio Institucional: IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais

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Influência dos estágios de Gonipterus platensis na infecção por Heterorhabditis amazonensis André Ballerini Horta; Murilo F. Ribeiro; Carolina Jordan; Adriana A. Gábia; Lorena E. D. C. Hilário; Silvia R. S. Wilcken; Carlos Frederico Wilcken

Departamento de Proteção Vegetal, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 18603- 970, Botucatu, São Paulo, Brasil; E-mail: [email protected]

Gonipterus platensis Marelli, 1926 (Coleoptera: Curculionidae) é um dos insetos mais nocivos aos plantios de eucalipto e sua suscetibilidade a nematoides entomopatogênicos foi comprovada. Entre as espécies avaliadas, Heterorhabditis amazonensis Andaló, Nguyen e Moino Junior, 2006 (Rhabditida: Heterorhabditidae) promoveu maiores mortalidades conforme o desenvolvimento dos insetos e picos de multiplicação de juvenis infectivos (JIs) em indivíduos aos 14 dias no solo. Para esclarecer a influência do desenvolvimento do inseto na infecção pelo nematoide e na multiplicação de JIs, um grupo de 200 insetos sadios foi observado paralelamente a 30 insetos inoculados com doses de 360, 720 e 1440 JIs/inseto em areia. Os insetos sadios foram avaliados diariamente quanto a massa e evoluções morfológicas impactantes na infecção pelos JIs. Os insetos mortos foram dissecados e o número de nematoides avaliado em seu interior. Ao longo do desenvolvimento dos insetos sadios houve redução na massa dos indivíduos. O número de nematoides no interior dos insetos mortos foi bem abaixo das doses aplicadas e reflete a ação das defesas de G. platensis. As trocas de tegumento foram registradas entre as fases de pré-pupa, pupa e adulto aos 12,89 dias e 21,63 dias. A troca do tegumento danificado pela ação de JIs também permitiu a recuperação de insetos sobreviventes à infecção. Os picos de JIs multiplicados sobre insetos aos 14 dias no solo coincidem com a exposição de pupas (recém-formadas) à penetração de JIs em maiores quantidades. Os números reduzidos de JIs obtidos de insetos em início de desenvolvimento reflete a multiplicação dos poucos JIs que conseguiram penetrar esses indivíduos. Enquanto os menores números vistos ao final do desenvolvimento dos insetos reflete a menor massa disponível para multiplicação dos JIs. Esses resultados mostram a importância da compreensão da biologia e do comportamento de G. platensis no solo para o sucesso de seu controle com nematoides entomopatogênicos.

Palavras-Chave: Eucalyptus; Heterorhabditidae; Proteção Florestal

Apoio Institucional: IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais

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Influência da concentração de Heterorhabditis bacteriophora na mortalidade de Drosophila suzukii (Diptera: Drosophilidae) Andressa L. Brida; Sergio D. C. DIAS; Maguintontz C. Jean-Baptiste; Silvia R. S. Wilcken; Luis G. Leite; Flávio R. M. Garcia

Universidade Federal de Pelotas, Departamento de Ecologia, Zoologia e Genética.

Drosophila suzukii (Matsumura, 1931) é considerada uma das pragas mais importantes da fruticultura. Devido à sua rápida expansão, alternativas de controle dessa mosca devem ser investigadas. Entre as alternativas de manejo destacam-se o uso de nematoides entomopatogênicos (NEPs), com destaque aos gêneros Steinernema e Heterorhabditis, mais estudados para o manejo de pragas. O objetivo do trabalho foi avaliar a influência de diferentes concentrações de Heterorhabditis bacteriophora (Poinar), HB na mortalidade de pupas de D. suzukii em laboratório. O bioensaio foi conduzido em um delineamento inteiramente casualizado em nove tratamento e com oito repetições. As unidades experimentais (EU) foram constituídas por recipiente de plástico (200 mL) contendon 50g de areia seca e autoclavada com 5% de umidade, contendo 10 pupas de D. suzukii (48 horas de idade). Feito isso, foi inoculado 2 mL da suspensão do isolado de NEPs, concentrações de 200, 400, 600, 800, 1000, 1800, 3600 e 4600 juvenis infectantes (JIs)/mL. Como testemunha, foi adicionado 5 mL de água destilada sem a presença de NEPs. As EU foram acondicionadas em BODs a 250C, 80% UR, fotoperiodo de 12 horas. As avaliações foram realizadas diariamente até que as pupas da testemunha atingissem 80% de emergência (6 dias). Os insetos mortos foram transferidos para placas de Petri (9 cm) e dissecados em água destilada para confirmação da causa morte e quantificação dos JIs. A mortalidade de pupa de D. suzukii por JIs de H. bacateriophora HB variou da menor concentração (200 JIs/pupa) com a menor taxa de mortalidade de 25% com a presença de 24,5 JIs/pupa, diante da maior taxa de mortalidade de 80%, em concentração de 4500 JIs/mL, com a presença de 485,75 JIs/pupa. A concentração de 800 JIs/ml permitiu a mortalidade de 60,21% de pupa com o maior número de JIs, 2094, 12/pupa. As melhores taxas de mortalidade de H. bacteriophora HB a pupas de D. suzukii foram de 800, 3600 e 4500 JIs/mL.

Palavras-Chave: Controle biológico

Apoio Institucional: CAPES/PNPD

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Influência do substrato na infecção de nematoides entomopatogênicos a pupas de Drosophila melanogaster Diptera: Drosophilidae

Andressa L. Brida1*; Maguintontz C. Jean-Baptiste2; Sergio C. D. Dias1; José J. Dos Santos1; Alice S. Da Silva3; Ana L.C. Machado3; Monica L. Blauth1; Élvia E. S. Vianna4; Luis G. Leite5; Flávio R. M. Garcia1

Universidade Federal de Pelotas, Departamento de Ecologia, Zoologia e Genética.

Nematoides entomopatogênicos (NEPs) são alternativas eficientes para o controle de pragas e são capazes de infectar diferentes espécies de dípteros. Sabe-se que o substrato em que é aplicado o nematoide pode influenciar na taxa de infecção dos juvenis infectantes (JIs) causando uma variabilidade na mortalidade de inseto. O objetivo do trablaho, foi avaliar a influência do substrato na mortalidade e na capacidade de infecção de JIs de Heterorhabditis bacteriophora (Poinar)HB, Heterorhabditis amazonenses (Andaló, Nguyen & Moino Jr) IBCB 24, Steinernema carpocapsae (Weiser) IBCB 02 e Steinernema brazilense (Nguyen) IBCB 06 a pupas de Drosophila melanogaster (Meigen) (Diptera: Drosophiliade), um organismo modelo de estudos genéticos e evolutivos. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com cinco tratamentos e cinco repetições. As parcelas, constituídas por placa de Petri (9cm), com duas folhas de papel filtro, e por recipientes plásticos de 200 mL contendo 50g de areia esterilizada, com 5% de umidade, inoculados em suspensão de 2mL contendo 500 JIs e cinco pupas de D. melanogaster com um dia de idade. Após a inoculação, as placas foram vedadas e os recipientes plásticos tampados, armazenados em BODs, a 25oC, 80% UR, fotoperiodo de 12 horas. Após sete dias da inoculação, as pupas foram dissecadas para a confirmação da causa morte e quantificação dos JIs. A taxa de mortalidade de pupas de D. melanogaster variou de 12 a 20% em papel filtro e de 16 a 32% em substrato areia. A infecção por JIs de H. bacteriophora HB, H. amazonenses IBCB 24, S. carpocapsae IBCB 02 e S. braziliense IBCB 06, variaram de 2,0 a 24,5 JIs/pupa em papel filtro, e de 2,8 a 11,6 JIs/pupa em areia S. braziliense IBCB 06 não foi capaz de infectar pupa quando inoculado em papel filtro. O substrato areia, permite a maior taxa de mortalidade e infecção de JIs de H. bacteriophora HB e S. carpocapsae IBCB 02.

Palavras-Chave: Organismo modelo; Heterorhabditis; Steinernema

Apoio Institucional: CAPES/PNPD

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Comparative virulence of blastospores and conidia of Beauveria bassiana and Cordyceps fumosorosea against soybean pests Bianca Corrêa; Vanessa S. Duarte; Daniela M. Silva; Gabriel M. Mascarin; Italo Delalibera Jr.;

Universidade de São Paulo (USP) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ)

Entomopathogenic fungi are biocontrol agents capable to infect many insect pests and can produce different infection propagules in artificial media. The soybean crop suffers with attack of many pests and an ideal option would be the use of a single fungal species for the control of a broad host range of this crop. This study aimed to compare the virulence of conidia and blastospores (fresh or air dried) of Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. and Cordyceps fumosorosea (Wize) Kepler (Cordycipitaceae) against Bemisia tabaci (Gennadius) biotype B (Aleyrodidae), Chrysodeixis includens (Walker) and Spodoptera frugiperda (JE Smith) (Noctuidae). Two isolates of each fungal species were selected and their conidia and blastospores were obtained by solid and liquid fermentation process, respectively. Blastospores were dried using an air drying method. Bioassays were performed with 2nd and 3rd instar nymphs of B. tabaci and 3rd instar larvae of C. includens and S. frugiperda. Suspensions of blastospores and conidia in a concentration of 5 × 107 propagules mL-1 were sprayed on the , and the control received only distilled water + Tween (0.02%). The mortality was recorded during 10 days. For B. tabaci, the air dried blastospores of ESALQ1296 (C. fumosorosea) and ESALQ543 (B. bassiana) caused the highest mortalities (83.97% and 66.47%, respectively) and exhibited the smallest median survival times (ST50 = 4 and 6 days, respectively). S. frugiperda larvae treated with air dried blastospores of ESALQ3422 and ESALQ1296 (C. fumosorosea) presented the highest mortalities (87.50% and 91.25%, respectively) with ST50 of 4 and 3 days. For C. includens, fresh blastospores of ESALQ1296 was the most lethal propagule, killing 79.17% of larvae and attaining ST50 of 4 days. Thus, blastospores of the two fungal species hold great promise as active propagule for the control of these important soybean pests. Entomopathogenic fungi are biocontrol agents capable to infect many insect pests and can produce different infection propagules in artificial media. The soybean crop suffers with attack of many pests and an ideal option would be the use of a single fungal species for the control of a broad host range of this crop. This study aimed to compare the virulence of conidia and blastospores (fresh or air dried) of Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. and Cordyceps fumosorosea (Wize) Kepler (Cordycipitaceae) against Bemisia tabaci (Gennadius) biotype B (Aleyrodidae), Chrysodeixis includens (Walker) and Spodoptera frugiperda (JE Smith) (Noctuidae). Two isolates of each fungal species were selected and their conidia and blastospores were obtained by solid and liquid fermentation process, respectively. Blastospores were dried using an air drying method. Bioassays were performed with 2nd and 3rd instar nymphs of B. tabaci and 3rd instar larvae of C.

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includens and S. frugiperda. Suspensions of blastospores and conidia in a concentration of 5 × 107 propagules mL-1 were sprayed on the insects, and the control received only distilled water + Tween (0.02%). The mortality was recorded during 10 days. For B. tabaci, the air dried blastospores of ESALQ1296 (C. fumosorosea) and ESALQ543 (B. bassiana) caused the highest mortalities (83.97% and 66.47%, respectively) and exhibited the smallest median survival times (ST50 = 4 and 6 days, respectively). S. frugiperda larvae treated with air dried blastospores of ESALQ3422 and ESALQ1296 (C. fumosorosea) presented the highest mortalities (87.50% and 91.25%, respectively) with ST50 of 4 and 3 days. For C. includens, fresh blastospores of ESALQ1296 was the most lethal propagule, killing 79.17% of larvae and attaining ST50 of 4 days. Thus, blastospores of the two fungal species hold great promise as active propagule for the control of these important soybean pests.

Palavras-Chave: Entomopathogenic fungi; Liquid fermentation; Soybean pests

Apoio Institucional: São Paulo Research Foundation (FAPESP 2016/21387-9)

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Biogenic synthesis and characterization of titanium nanoparticles based on Beauveria bassiana

B. M. Ramos; M. Guilger; L. F. Fraceto; R. Lima

LABiToN – Laboratory of Bioactivity Assessment and Toxicology of Nanomaterials (UNISO), Sorocaba, Brazil

The objective of this study was to perform the biological synthesis of Titanium nanoparticles using the fungus Beauveria bassiana (Cordycipitaceae) as a reducing agent. Beauveria bassiana is known due to its application as a biological control against insects, being used frequently in Brazil. For the nanoparticle synthesis, different culture of fungi was carried out, followed by selection of mycelial discs and transference to medium (potato-dextrose broth). The mix of different strains occurred and after some time, the biomass obtained was transferred to the water in order to obtain the filtrate to be used in the synthesis. The titanium was added in the filtrate and kept under stirring to obtain the nanoparticles. After the synthesis of the nanoparticles, physic-chemical characterization was performed using the dynamic light scattering technique and nanoparticle tracking analysis. The synthesis of the titanium nanoparticle (TiO2NP) was possible, its characteristics were within the quality standard. Considering the application of this fungus in the control of insects, the new steps are to perform tests of activity and toxicity aiming at the possible application of the same in the agricultural area.

Palavras-Chave: Biological control.; Biogenic metallic nanoparticles.

Apoio Institucional: Laboratory of Environmental Nanotechnology (UNESP), Sorocaba, Brazil.

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Associação de terra de diatomáceas e Beauveria bassiana Unioeste 04 para o controle de cascudinho-dos-aviários Bruno Vinicius Neves; Luis Francisco Angeli Alves; Rafaela Barbosa Pares; Tiago Tavares Ferreira; Rogério Biaggione Lopes; Marla Juliane Hassemer

Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE

Alphitobius diaperinus (Panzer, 1797) [Coleoptera: Tenebrionidae]) (cascudinho-dos- aviários) é um inseto cosmopolita e importante praga da avicultura de corte. Seu controle é baseado em inseticidas de ação limitada, com riscos de contaminação das aves e ambiente e intoxicação do produtor, além de selecionarem populações de insetos resistentes. Alternativas vêm sendo buscadas, e o fungo Beauveria bassiana Unioeste 04 e a terra diatomáceas (TD) demonstram grande potencial. Com base na ação abrasiva da TD que auxilia na penetração do fungo no tegumento do inseto, e visando desenvolver um dispositivo atrai-e-infecta, foi avaliada a interação de ambos em preparações secas contendo diferentes proporções (compondo o mix ativo) em uma mistura com zeolita (10% de mix + 90% de zeolita) (T1): controle zeolita (T2); TD (T3); fungo (T4); TD+zeolita (1:1) (T5); TD+fungo (1:5) (T6); TD+fungo (1:10) (T7); zeolita+fungo (1:5) (T8); zeolita+fungo (1:10) (T9). As misturas em diferentes combinações foram transferidas para copos plásticos onde foram liberados 25 adultos, mantidos ali por 10 minutos. Após o tratamento, os insetos foram transferidos para placas de Petri + ração para aves e incubados por 10 dias em 26±2oC e UR de 60%. Os insetos mortos onde havia fungo foram submetidos à câmara úmida para confirmação da mortalidade pelo mesmo. Em todos os tratamentos envolvendo Beauveria bassiana Unioeste 04, a mortalidade foi superior a 90%, mesmo nas combinações em que o fungo estava em concentrações inferiores ao puro, confirmando o potencial da associação. Destacaram-se T6 com 96% de mortalidade total e 91% de confirmação por fungo T9 com 93,6% de mortalidade e 88,8% confirmada. Além disso, não houve diferença expressiva entre as proporções 1:5 e 1:10 de todos tratamentos. A etapa seguinte será testar essas misturas em aviários de frango de corte, em dispositivos desenvolvidos para esse fim.

Palavras-Chave: Interação

Apoio Institucional: Fund. Araucária; CNPq; Biocamp Laboratórios Ltda.; Unioeste

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Avaliação de isolados de Beauveria bassiana sobre Oligonychus yothersi (McGregor) (Tetranychidae) na erva-mate Bruno V. Neves; Priscila de A. Rode; Jaqueline S. Loeblein; Cristina B. Nascimento; Tiago T. Ferreira; Luis F. A. Alves

Laboratório de Biotecnologia Agrícola. Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste, Campus Cascavel. Rua Universitária, 2069, Bairro Universitário, Cascavel - PR, Brasil, 85819-110

Oligonychus yothersi (McGregor) é encontrado nas folhas da erva-mate, causando bronzeamento e queda precoce das mesmas, quando em populações elevadas. Na busca por alternativa para seu controle estão os fungos entomopatogênicos. O objetivo do trabalho foi avaliar isolados de Beauveria bassiana como potenciais controladores. Para o estudo foi acessada a Coleção de Isolados de Fungos Entomopatogênicos do Laboratório de Biotecnologia Agrícola da Unioeste, Campus Cascavel, PR. Os isolados foram multiplicados em placas de Petri com meio ME (26±1oC, fotofase 12 horas, 10 dias para conidiogênese). Os conídios foram coletados, transferidos para tubos de vidro esterilizados e mantidos a temperatura de –10°C até a utilização nos bioensaios. Para a realização dos experimentos cada tubo recebeu 10 mL de água destilada + Tween® 80 (0,01%) e as suspensões foram padronizadas em 1,0×109 conídios/mL. Foram preparadas placas de Petri com o fundo coberto por espuma e com folhas de erva-mate com a região adaxial para cima, envoltas por algodão umedecido. As folhas foram previamente infestadas com 15 fêmeas adultas. Em seguida, para cada isolado, 1mL da suspensão 1×109 conídios/mL foi pulverizado em Torre de Potter sobre 5 folhas (repetições). Na testemunha, os ácaros foram pulverizados com água destilada estéril + Tween 80 (0,01%). Os ácaros foram mantidos em condições de laboratório (26±1oC; umidade 80±10%; fotofase 12hs). Observações diárias durante sete dias foram realizadas para análise de mortalidade. Os indivíduos mortos foram coletados e imersos em álcool 70% e água destilada, e a confirmação de mortalidade por fungo foi realizada em câmara úmida. Posteriormente, foram realizadas avaliações dos parâmetros biológicos. Os isolados que apresentaram maior mortalidade total e confirmada foram Unioeste 62 e Unioeste 87, mostrando potencial dos isolados para o controle de populações de O. yothersi a nível de laboratório. Novos experimentos serão conduzidos para avaliar novos isolados.

Palavras-Chave: Controle biológico; Ilex paraguariensis; fungo entomopatogênico

Apoio Institucional: CNPq

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Efeito da associação de inseticida a base de Bt com adjuvante na concentração letal para Spodoptera frugiperda Caio Cesar Truzi; Tamires Doroteo de Souza; Gabriel Fernandes Rezende; Natalia Fernanda Vieira; Sergio Antonio de Bortoli

Programa de Pós-graduação em Agronomia (Entomologia Agrícola), Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n, 14884-900, Jaboticabal, SP, Brasil

Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) tem elevada capacidade de adaptação, sendo praga-chave da cultura do milho, mas pode se alimentar de diversas culturas de importância econômica. Uma das técnicas de controle desenvolvidas para essa praga foi a introdução de toxinas da bactéria Bacillus thuringiensis (Berliner) em plantas de milho, existindo também diversos produtos a base desse microrganismo para comercialização. Deste modo, o objetivo do trabalho foi determinar a concentração letal do inseticida biológico Xentari® (B. thuringiensis subsp. aizawai) associado ao adjuvante Haiten® (Polioxietileno alquil fenol éter) para lagartas de S. frugiperda, em condições de laboratório. Foram utilizadas 7 concentrações do produto, com ou sem adição do adjuvante a 0,2%, além de um tratamento com água destilada (controle). Pedaços de folha de milho foram imersos nas caldas por 3 segundos, secos sobre papel filtro em temperatura ambiente e colocados individualmente em placas de Petri (6,0 cm diâmetro) contendo uma lagarta de segundo ínstar. Cada placa de Petri foi considerada uma repetição, sendo observadas 50 lagartas por tratamento. Registrou-se a mortalidade de lagartas 7 dias após o início da experimentação. Os dados de concentração mortalidade foram submetidos a análise de regressão de Probit e obtidos os valores de concentração letal de 50% (CL50). O valor da CL50 encontrado para o inseticida isolado foi de 0,0819 g Bt/L e para o inseticida associado de 0,1416 g Bt/L, sendo semelhantes. A associação do inseticida biológico Xentari® com o adjuvante Haiten® é eficaz para o controle de lagartas de S. frugiperda, sem alteração na eficiência.

Palavras-Chave: sinergismo; controle microbiano; lagarta do cartucho

Apoio Institucional: FAPESP, CAPES

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Insecticidal Activity of Lepigen® (AcMNPV) and Surtivo® Plus against Elasmopalpus lignosselus Carla M. S. Oliveira; Danielle A. Ferreira; Janayne M. Rezende; Paula G. Marçon; Holly J. R. Popham

AgBiTech Controles Biológicos Ltda, 04551-060, São Paulo, Brasil/AgBiTech Pty Ltd, CP 76155, Fort Worth, TX, EUA

Elasmopalpus lignosellus (Zeller, 1848) (Lepidoptera: Pyralidae) is a polyphagous pest that bores through plant stems and can cause significant reduction in plant stand, particularly during drought periods. No information is found in the literature regarding the control of this pest with Baculoviruses. This study evaluated the insecticidal activity of two new Baculovirus-based insecticides against E. lignosellus neonate larvae in laboratory conditions: Lepigen® (Autographa californica multiple nucleopolyhedrovirus (AcMNPV)) and Surtivo® Plus (premixture of AcMNPV; Chrysodeixis includens nucleopolyhedrovirus (ChinNPV); Helicoverpa armigera nucleopolyhedrovirus (HearNPV); and Spodoptera frugiperda multiple nucleopolyhedrovirus (SfMNPV)). Droplet ingestion bioassays were conducted using a completely randomized design. A total of 30 larvae were used per treatment in each bioassay and bioassays were repeated on different dates. For each bioassay, a total of 6 doses were used: untreated control, 1x10^5, 1x10^6, 1x10^7, 1x10^8 and 1x10^9 occlusion bodies per mL (OB.mL-1). Larval mortality was assessed at 7 and 10 days post-ingestion of the solution droplets. Data generated were analyzed using Probit. Both Lepigen® and Surtivo® Plus were active against E. lignosselus with LC50 values of 6.1x10^6 (3.5x10^6–1.0x10^7) and 7.0x10^7 (3.8x10^7–1.3x10^8) OB.mL-1, respectively. This study confirms the insecticidal activity of Lepigen® and Surtivo® Plus under laboratory conditions. Additional studies will be required to evaluate their efficacy under field conditions. These Baculovirus-based insecticides are now registered in Brazil for the control of several lepidopteran species and may provide considerable on-going suppression of E. lignosellus, as viral particles have the potential to remain active in the soil for several months and even from one season to the next.

Palavras-Chave: Baculovirus; lesser corn stalk borer; IPM

Apoio Institucional: AgBiTech Controles Biológicos

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Efecto del hongo entomopatógeno Beauveria bassiana en el control de crisomélidos Yordanys Ramos1; Alberto D. Taibo1; Andy L. Alvarez1; Chabely Abreu1; Lisneyi Machado2; Celeste P. D’Alessandro3;

1Universidad Central “Marta Abreu” de Las Villas, Cuba. 2Delegación Provincial de la Agricultura, Cuba. 3Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Brasil

El siguiente trabajo se realizó con el objetivo de determinar el efecto del hongo entomopatógeno Beauveria bassiana en el control de crisomélidos (Coleoptera: Chrysomelidae). Estos insectos reducen el área fotosintética de las plantas y causan pérdidas considerables en los rendimientos del cultivo de frijol común. Los experimentos fueron realizados en el laboratorio de Microbiología y Entomología de la Facultad de Ciencias Agropecuarias, perteneciente a la Universidad Central “Marta Abreu” de Las Villa. Se utilizaron las cepas comerciales de B. bassiana (Bb- 18 y Bb-1) a una concentración de 1x108 conidios/ml y con viabilidad superior a 95%. Se sumergieron 20 insectos adultos de la especie Diabrotica balteata y 20 insectos de Cerotoma ruficornis en las suspensiones de conidios de cada cepas fúngica y en agua destilada con 0.05% Tween 80 como control. Los insectos tratados fueron colocados en placas de Petri estériles con un papel de filtro humedecido y una hoja trifoliada de frijol para su alimentación. Los mismos se incubaron a 25°C, 75% humedad relativa y completa oscuridad. Diariamente, fue determinada la mortalidad y la micosis producida por las cepas de B. bassiana. Los resultados revelaron que después de 3 días de aplicación de los tratamiento, la cepa de B. bassiana (Bb-18) ocasionó un 45 y 50% de mortalidad, respectivamente. Además, esa cepa fúngica infectó el 100% de los insectos tratados a los 7 días. El porcentaje de insectos con micosis fue mayor con la cepa Bb-18 (73%) en comparación con la cepa Bb-1(69%), aunque no mostró diferencias significativas. De esta forma se evidencia que B. bassiana (Bb-18) es capaz de controlar a crisomélidos asociados a frijol común contribuyendo a una nueva estrategia de Manejo Integrado de crisomélidos.

Palavras-Chave: hongos hypocreales; Chrysomelidae; manejo integrado de plagas

Apoio Institucional: La Universidad Central “Marta Abreu” de Las Villas y la Delegación Provincial del Ministerio de la Agricultura, Villa Clara, Cuba.

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Preservação a longo prazo do fungo Metarhizium rileyi adsorvido em sílica gel e mantido a -20°C Andrea C. S. Gonçalves; Daniel R. Sosa-Gómez;

Embrapa-Soja, Londrina, PR, Brasil

A preservação de coleções de fungos visa manter e disponibilizar material para realizar estudos comparativos, caracterizar suas propriedades, desenvolver agentes de controle biológico, preservar genes com potencial de utilização em engenharia genética, desenvolver estudos de genética de populações, entre outros. Nos agroecossistemas da soja e do algodão o fungo Metarhizium rileyi (Farl.) Kepler, S.A. Rehner & Humber apresenta grande relevância por ser agente de controle de espécies de lepidópteros de importância agronômica e econômica. As técnicas de preservação podem ser de custo elevado, sendo necessário contar com liofilizadores e tanques de nitrogênio, que requerem manutenção constante ou reposição de água como no método por estase em água ou repicagens periódicas de colônias mantidas em óleo mineral. Portanto nosso objetivo foi avaliar o potencial de preservação de isolados do fungo M. rileyi armazenados pelo método de adsorção em sílica gel utilizando lactose como agente protetor. Isolados de M. rileyi coletados ou recebidos de outras coleções foram armazenados desde a década de 1990. A técnica de armazenamento utilizada foi a da adsorção em pedras de sílica gel de uma suspensão de conídios em leite desnatado 8%, em condições de esterilidade. Em 2018 e 2019, esses isolados adsorvidos na sílica gel foram colocados em meio de cultura SMAY sólido e sua capacidade de conidiogênese e viabilidade avaliada. Aproximadamente 55% dos isolados apresentaram conidiogênese elevada, 11% capacidade média de produzir conídios e 33% dos isolados produziram poucos conídios. Todas as colônias apresentaram aspecto normal sem a formação de setores ou alteração da cor. A maior parte dos isolados foram recuperados após 13 a 20 anos de armazenamento. Portanto, o armazenamento de M. rileyi pode ser realizado utilizando essa técnica de custo reduzido e por períodos de no mínimo 20 anos.

Palavras-Chave: coleção de culturas; fungos entomopatogênicos; controle microbiano

Apoio Institucional: Embrapa Soja e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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Microesclerotia production of Purpureocillium lilacinum in three different media Daniela Milanez Silva; Gabriel Moura Mascarin; Italo Delalibera Jr

University of São Paulo

The use of the resistant propagules, termed microsclerotia (MS), produced by the nematophagous fungus Purpureocillium lilacinum stands out as an eco-friendly tool for the control of various soil-inhabitant pests. The present study aimed to screen 36 isolates of P. lilacinum from the ESALQ collection of microorganisms for maximum MS production. Three culture media were tested varying Carbon:Nitrogen ratio corresponding to 10:1 for medium named J4 and 50:1 for both media J6 and A1. All liquid cultures were cultivated in baffled flasks (250 mL) containing 45 mL of each medium inoculated with 5 mL of spore suspension. The flasks were maintained on a rotary incubator shaker (300 rpm at 28 ± 2°C) for 96h. Concentrations of MS greatly varied among all isolates, where yields reached up to 6x104 MS.mL-1 for J6, 1-2x104 MS.mL-1 for J4 and A1. Therefore, there is a strong evidence that higher Carbon:Nitrogen ratio promotes greater numbers of MS for isolates of P. lilacinum. Media optimization and bioefficacy tests against nematodes and pest are underway with the bests P. lilacinum MS producers.

Palavras-Chave: liquid fermentation; biological control

Apoio Institucional: Council for Scientific and Technological (CNPq)

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Produção in vivo de Heterorhabditis sp. (Isolado UENP04) em diferentes hospedeiros

Denis W. de Albuquerque; Gabriela S. Doneze; Jessica M. da Silva; Douglas M. Cecconello; Jael S. S. Rando; Laila H. Mihsfeldt; Viviane S. Alves

Universidade Estadual do Norte do Paraná - Cornélio Procópio

A produção in vivo de nematoides é um importante recurso para a realização de estudos destes agentes, ou mesmo para o uso em programas de Controle Biológico de pequena escala. Trata-se de um método de pouca complexidade técnica, e com custos mais baixos. Assim, este trabalho teve como objetivo, avaliar a capacidade produção in vivo do nematoide entomopatogênicos Heterorhabditis sp. Isolado UENP04 em lagartas de último instar de Galleria mellonella Linnaeus, 1756 (Lepidotera: Pyralidae) e em lagartas de último instar de Tenebrio molitor Linnaeus, 1758 (Coleoptera: Tenebrionidae). Para tanto, as lagartas foram pesadas e, iormente, colocadas em placas de Petri com duas folhas de papel filtro ao fundo, contendo 10 lagartas por placa. Em seguida, o nematoide foi inoculado na concentração de 100 Juvenis Infectantes (JIs)/cm2, e as placas mantidas em câmara climática a 25ºC±1 e no escuro por um período de três dias para verificação da sintomatologia. As lagartas com sintomatologia característica, foram colocadas em placas com papel filtro seco por mais cinco dias. Após esse período, as lagartas infectadas foram transferidas para armadilha de White para que ocorresse a emergência dos JIs na água. As coletas de JIs foram realizadas diariamente, do início da produção até o final dela (até o esgotamento das lagartas). O total de JIs/dia foi quantificado e os dados foram submetidos a Análise de Regressão pelo programa Excel para determinação da curva de produção e da equação referente a produção. O pico de produção do isolado em T. molitor ocorreu no 6º dia de coleta, e em G. mellonella no 4º dia. Quanto aos valores totais de JIs também houve diferença na produção entre os dois hospedeiros, sendo que G. mellonella alcançou valores de 1,2 x106 JIs e T. molitor 1,1 x106. Constatou-se, que o pico de produção de G. mellonella ocorreu entre o 3º e 4º dia, anteriormente ao pico observado em T. molitor e a produção em G. mellonella foi superior à observada em T. molitor.

Palavras-Chave: Nematoides entomopatogênicos

Apoio Institucional: Fundação Araucária com concessão de bolsa e financiamento da pesquisa

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Virulência de isolados de nematoides entomopatogênicos para controle do Euschistus heros Douglas M. Cecconello; Leticia B. Silva; Gabriela S. Doneze; Viviane S. Alves

Universidade Estadual do Norte do Paraná, Bandeirantes, Paraná

O Brasil é o segundo maior produtor de soja do mundo e a ocorrência de pragas como o percevejo-marrom, Euschistus heros (Fabr., 1794) (Heteropta: Pentatomidae) podem reduzir a produtividade. Por outro lado, os nematoides entomopatogênicos (NEPs) tem potencial para controle de diversas pragas, além disso, não oferecem risco às plantas, não poluem a água e deslocam-se no solo em busca de insetos e devido a associação com bactérias simbiontes, causam a morte do inseto hospedeiro por septicemia em até 3 dias. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar quatro isolados de NEPs do gênero Heterorhabditis em condições de laboratório sobre o percevejo E. heros. O ensaio foi conduzido com percevejos adultos cedidos pela Embrapa Soja, Londrina-PR, provenientes de duas populações: insetos criados em laboratório e insetos coletados a campo. Os quatro isolados de nematoides utilizados foram NEPET 11, GL, IBCB-n 40 e IBCB-n 46. Cada parcela consistiu de uma placa de Petri de vidro de 9cm de diâmetro, contendo papel filtro duplo, uma vagem de soja e 10 percevejos adultos, onde os nematoides foram aplicados na concentração de 100 Juvenis Infectantes (JIS)/cm² com volume total de 2mL de água. Foi realizado um tratamento testemunha onde foram aplicados 2mL de água destilada. A avaliação se deu após 4 dias, através da contagem e dissecação dos insetos mortos, sob microscópio estereoscópio, para confirmação da mortalidade pelos NEPs. Os dados foram submetidos à Análise de Variância e teste de Tukey (P≤0,05) pelo programa Sisvar. Todos os isolados avaliados foram patogênicos a E. heros de ambas as populações de insetos, mas os insetos criados em laboratório foram mais suscetíveis que os provenientes do campo, de forma que as porcentagens de morte com os isolados de maior virulência NEPET 11 e IBCB-n 46 com insetos criados em laboratório 95% e 100% e com os insetos coletados a campo 50% e 65% respectivamente. Ambos os isolados possuem potencial para aplicação de testes a campo.

Palavras-Chave: Heterorhabditis; pragas da soja; percevejo

Apoio Institucional: Capes com concessão de bolsa e Fundação Araucária através do financiamento da pesquisa

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Efeito de defensivos químicos sobre a germinação de conídios de Metarhizum anisopliae isolado IBCB 425 Edimara A. Francisco; Berghem M. Ribeiro; Marilda J. Silva; Izabeli I. Santos; Sandra Schkalei

Innova/UNILA/UFT

O uso de defensivos químicos na agricultura foca diversos controles e muitos desses produtos são tóxicos e podem interferir na ação de agentes biocontroladores como o bioinseticida Metarhizium anisopliae isolado IBCB 425. Objetivou-se neste trabalho avaliar o efeito de fungicidas, inseticidas e herbicidas de uso agrícola, sobre o fungo Metarhizium anisopliae (isolado IBCB 425). Uma suspensão de 1x109 conídios viáveis/mL do fungo foi adicionada a soluções dos produtos nas concentrações recomendadas. Após 1h, estas suspensões foram pipetadas em lâminas de viabilidade, e a quantificação dos conídios germinados foi realizada após 20 h à temperatura de 25 ± 1 °C, fotofase de 12 h e umidade relativa de 70 ± 10%. Foram avaliados conídios germinados e não germinados obtendo-se a porcentagem de germinação. Foi adotada a metodologia de em que são calculados os valores de germinação em relação a testemunha (100%), sendo que para a faixa de 0 a 30% o produto é considerado muito tóxico, de 31 a 45% é considerado tóxico, de 46 a 60% é considerado moderadamente tóxico, e para valores acima de 60%, é considerado compatível. O fungicida Mancozebe foi altamente tóxico inibindo totalmente a germinação dos conídios, Azoxistrobina + Benzovindiflupir foi muito tóxico, reduzindo a germinação 39,4%, Trifloxistrobina + Ciproconazol possibilitou germinação de 56,6%, sendo moderadamente toxico e Trifloxistrobina + Protioconazol mostrou-se compatível possibilitando germinação de 83%. Os inseticidas, com exceção de Tiametoxam que inibiu totalmente a germinação, sendo considerado altamente tóxico, Lambda-cialotrina, Acefato, e Imidacloprid foram considerados compatíveis proporcionando 62%, 86,6% e 86,6% de germinação dos conídios. Todos os herbicidas foram considerados compatíveis: Haloxifope-r éster metílico 82,2%, Cleodim 91,7%, Glifosato 93,7%, Sal de dimetilamina do ácido diclorofenoxiacético (2,4-D) 93,7% e Dicloreto de Paraquate 94,7% de germinação dos conídios.

Palavras-Chave: Agroquímicos; Bioinseticida; Viabilidade

Apoio Institucional: Innova LTDA

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Mortalidade e patogenicidade do fungo entomopatogênico Beauveria bassiana em formigas do gênero Atta sp. em condições de labo Simone C.S. Moraes; Walter V. Cunha; Elisa Q. Garcia;

Centro Universitário de Patos de Minas

As formigas cortadeiras (Atta sp.) são consideradas pragas por serem responsáveis pela desfolha de diversas espécies vegetais. E, portanto, a busca por alternativas que auxiliem no controle desta praga, como o controle biológico, tem sido alvo de pesquisas. Diante disto, este estudo teve como objetivo avaliar a mortalidade e patogenicidade do fungo Beauveria bassiana no controle de formigas do gênero Atta sp. em condições de laboratório. Foi utilizado o isolado do fungo B. bassiana ESALQ PL63 do Laboratório de Genética e Biotecnologia do Centro Universitário de Patos de Minas. As formigas do gênero Atta sp. foram coletadas em um ninho em uma área de pastagem no município do Carmo do Paranaíba (MG). Para o bioensaio, utilizamos cinco tratamentos com cinco repetições e em cada repetição, 25 formigas: T1: água destilada, T2: 5x107 conídeos/g, T3: 1x108 conídeos/g, T4: 2x108 conídeos/g, T5: 3x108 conídeos/g. Os indivíduos foram pulverizados com os tratamentos e cada repetição foi encaminhada para câmara climatizada e mantidos a 25 ± 1°C por 10 dias. A verificação de mortalidade foi realizada diariamente e para verificar a eficiência do tratamento consideramos a mortalidade acima de 70%. Para avaliar a patogenicidade, as formigas mortas foram mantidas em câmara climatizada por mais cinco dias para observar a esporulação do fungo B. bassiana. Os resultados mostraram que a partir de T3 (T3, T4 e T5), as doses se mostraram eficientes (mortalidade acima de 70% no 3º dia). Além disso, segundo os testes de patogenicidade, foi observado o crescimento de conídeos de B. bassiana nos cadáveres de Atta sp.. Este resultado indica que B. bassiana foi responsável pela mortalidade dos indivíduos de Atta sp. neste bioensaio. Portanto, B. bassiana é eficiente no controle de soldados de Atta sp. na dosagem de 1x108 conídeos/g em laboratório. Entretanto, há necessidade de se testar esta dosagem em campo.

Palavras-Chave: bioensaio; controle biológico; saúva

Apoio Institucional: Centro Universitário de Patos de Minas

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Cordyceps javanica Associado a Inseticidas Químicos para o Controle de Bemisia tabaci MEAM1 (Hemiptera: Aleyrodidae) em Soja Enio do N. Santos; Heloiza A. Boaventura; José Francisco A. e Silva; Eliane D. Quintela

Faculdade Uni-Anhanguera, Embrapa Arroz e Feijão

Bemisia tabaci MEAM1 (Genn.1889) (Hemiptera: Aleyrodidae) causa danos diretos (sucção da seiva e injeção de toxinas) e indiretos (excreção de substância açucarada que favorece o desenvolvimento da fumagina e pela transmissão de vírus) em soja. O objetivo do trabalho foi avaliar a eficiência de Cordyceps javanica em associação com inseticidas químicos no controle de ninfas de B. tabaci em condições de campo. O experimento foi conduzido na área experimental da Embrapa Arroz e Feijão de fevereiro a março de 2018. Os tratamentos avaliados foram: Testemunha (Água+Silwet); C. javanica 1×1012 conídios/ha sozinho; os inseticidas químicos flupiradifurona, ciantraniliprole, espiromesifeno (500mL/ha) e piriproxifeno (250mL/ha) sozinhos ou em associação com o fungo. O delineamento foi em blocos casualizados com quatro repetições e parcelas de 12,5m2. O pulverizador foi o costal pressurizado a CO2 com barras tipo “Drop Leg” (de baixo para cima). As avaliações de ninfas vivas e mortas foram realizadas antes da pulverização e após 7, 14 e 21 dias em 15 folíolos/parcela. Após as avaliações dez folíolos de cada parcela foram mantidos em B.O.D. para confirmação da mortalidade das ninfas pelo fungo. O número de ninfas vivas reduziu com as avaliações em todos os tratamentos, sendo observada alta taxa de parasitismo das ninfas pelos parasitoides Eretmocerus sp. e Encarsia sp. (≤62,6% parasitismo). Após 21 dias o número de ninfas mortas foi significativamente maior nos tratamentos com fungo sozinho e fungo+espiromesifeno em relação a testemunha. Somente a mistura fungo+piriproxifeno reduziu o número de ninfas infectadas por C. javanica em relação ao tratamento com fungo sozinho em todas as datas. A mortalidade total de ninfas variou de 70,6 a 86,7% para os tratamentos com fungo sozinho ou em combinação com os inseticidas. Devido a alta taxa de parasitismo, não foi possível verificar o efeito da combinação do C. javanica com os inseticidas químicos no controle de ninfas de B. tabaci.

Palavras-Chave: Fungo entomopatogênico; Mosca branca; Glycine max

Apoio Institucional: Embrapa e Lallemand

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Seletividade de produtos biológicos a pupas de Trichogramma pretiosum Riley, 1879 (Hymenoptera: Trichogrammatidae) Fernanda C. Colombo; Junio T. Amaro; Rodrigo M. A. Maciel; Adeney de F. Bueno; Pedro M. O. J. N.

Universidade Estadual de Londrina; Universidade Federal do Paraná, Embrapa Soja

O objetivo do trabalho foi avaliar a seletividade de entomopatógenos a pupas do parasitoide de ovos Trichogramma pretiosum Riley, 1879 (Hymenoptera: Trichogrammatidae) em laboratório, utilizando o protocolo proposto para estudos de seletividade de inseticidas a Trichogramma cacoeciae pela Organização Internacional de Organismos Benéficos para o Controle Biológico (IOBC). Os entomopatógenos avaliados foram: Baculovirus anticarsia (Baculovirus AEE®), Bacillus thuringiensis var. kurstaki (Thuricide®), Bacillus thuringiensis var. aizawai (Agree®), Bacillus thuringiensis var. kurstaki (Dipel®), Beauveria bassiana (Boveril®), Metarhizium anisopliae (Metarril®) e Trichoderma harzianum (Trichodermil®). Como testemunhas utilizou-se água (testemunha seletiva) e clorpirifós (testemunha nociva). Cartelas contendo ovos de Anagasta kuehniella foram oferecidas às fêmeas de T. pretiosum recém-emergidas, para oviposição 24 h. Em seguida, essas cartelas foram transferidas para tubos de vidro (2,5 cm de Ø× 8 cm de altura) até a aplicação dos tratamentos. Os entomopatógenos e as testemunhas foram pulverizados sobre os ovos parasitados de A. kuehniella e as cartelas tratadas foram inseridas em gaiolas até a emergência dos adultos. Após a emergência dos adultos, novos ovos de A. kuehniella foram oferecidos as fêmeas para parasitismo. Os parâmetros avaliados foram viabilidade das pupas pulverizadas e viabilidade do parasitismo. Os entomopatógenos pulverizados não causaram efeitos nocivos à viabilidade das pupas de T. pretiosum ou sobre o parasitismo da próxima progênie sendo, portanto, classificados como inócuos (seletivos). Apenas o inseticida clorpirifós foi classificado como nocivo. Sendo assim, T. pretiosum e os entomopatógenos testados podem ser associados com sucesso no manejo integrado de pragas (MIP), já aplicações de clorpirifós devem sempre evitadas quando possível pelo seu efeito nocivo.

Palavras-Chave: Controle biológico; Entomopatógenos; Parasitoide de ovos

Apoio Institucional: CAPES, CNPq, Embrapa Soja

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Metodologia de Separação por Ludox e Purificação de Esporos e Cristais de Bacillus thuringiensis var. Kurstaki Fernando M. L. Souza; Ubiraci G. P. Lana; Kees van Frankenhuyzen; Fernando H. Valicente

Embrapa Milho e Sorgo

Compreender o papel do esporo de Bacillus thuringiensis (Berliner, 1915) é fundamental para os estudos do seu modo de ação. O objetivo deste trabalho foi adaptar o método Ludox de separação dos esporos e cristais do Bt. A cepa Bt var. kurstaki (HD1) foi crescida em LB sólido por 72 h, transferida para frascos com 200 mL de solução (0,1 mol/L Tris base, 1 mol/L NaCl, 10 mmol/L EDTA, 0,02 % NaN3, 0,01 % Triton, pH 7,2) e agitados por 15 min. iormente, centrifugados por 15 min a 15000 rpm e descartado o sobrenadante. Isso foi repetido até a massa celular ficar esbranquiçada. Foram adicionados 100 mL de água, 1 g de lisozima e 1 mL de 1 % Triton, assim obtendo o crude. Em tubos de 17 mL foi adicionado 8 mL de Ludox HS-40 (Sigma®; pH ajustado para 8) diluído em 55 % e abaixo 4 mL 65 %, formando dois gradientes. Foi acrescentado 4 mL do crude sobre o Ludox e centrifugados a 8000 xg por 30 min a 24 °C (Hitachi: Himac CP80β, SW 28) formando 5 camadas, sendo a 3ᵃ camada os esporos e a 5ᵃ camada (pellet) os cristais. Para obter 100 % de pureza os esporos foram centrifugados por 15 min a 10000 rpm, o pellet ressuspendido em 10 mL de 0,05 % NaOH (pH 12) e incubados por 1 h, iormente, centrifugados e ressuspendidos em 20 mL de água. A concentração foi de 2,7 x 10^8 esp/mL, determinada por Câmara de Neubauer. Os cristais foram centrifugados a 10000 rpm por 10 min. Os pellets foram ressuspendidos em 15 mL de 0,2 M CAPS (pH 10,5) e incubados a 175 rpm por 24 h. Após, foram centrifugados por 5 min a 8000 rpm e o sobrenadante filtrado utilizando 0,2 µm acrodisco. Através do Método de Bradford e SDS Page foi identificado o perfil de proteínas dos cristais solubilizados e confirmação da purificação dos esporos. A concentração de proteínas Cry foi determinada pelo software Quantity One da Bio-Rad (versão 4.4) resultando em 400 ng/µL. Estes resultados sugerem que a adaptação da metodologia foi satisfatória possibilitando estudos mais aprofundados do modo de ação do Bt.

Palavras-Chave: controle biológico; Cry; modo de ação

Apoio Institucional: Capes; Embrapa Milho e Sorgo

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Idade Larval e Temperatura para Sistemas de Produção de Baculovirus spodoptera (SfMNVP) Utilizando Droplet Feeding Method Fernando M. L. Souza; Frank C. Salvato; Fernando H. Valicente;

Embrapa Milho e Sorgo

Os sistemas de produção de baculovírus visam obter alta concentração de corpos de inclusão poliédrica (pib) em um curto período de tempo, assim, resultando em economia no processo. Desse modo, o objetivo deste estudo foi identificar a idade larval de Spodoptera frugiperda (Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) e a temperatura de acondicionamento que resultam em aumento da mortalidade e número de pib. O bioensaio foi conduzido utilizando Droplet Feeding Method (0,25 µL) e concentração de 1,14 x 10^5 pib/larva de Baculovirus spodoptera (SfMNVP) - Isolado 6 NR purificado por gradiente de sacarose. Larvas de S. frugiperda com 6 e 7 dias após eclosão foram inoculadas e mantidas a 25 °C e 26 °C. A cada 24 h, durante 12 dias, as larvas mortas foram coletadas, pesadas e determinado o número de pib. Larvas de 6 dias apresentaram maior mortalidade a 25 °C (100 %) do que a 26 °C (93,75 %), enquanto larvas de 7 dias apresentaram 25 % e 50 % de mortalidade, respectivamente. Larvas de 6 dias apresentaram maior mortalidade por coleta após 7 dias da inoculação (62,5 %) e larvas de 7 dias após 8 dias da inoculação (31,25 %), ambas a 26 °C. O peso médio das larvas de 7 dias foi maior, resultando em 0,11825 g a 25 °C e 0,12181 g a 26 °C. Adicionalmente, larvas de 7 dias apresentaram maior valor médio de pib/larva, 1,6 x 10^9 pib/larva a 25 °C e 26 °C. Quando somados os valores de pib de todas as larvas coletadas por tratamento, larvas de 7 dias resultaram em maior valor de pib total (1,3 x 10^10) a 26 °C e larvas de 6 dias (9,5 x 10^9) a 25 °C. Portanto, esses dados sugerem que larvas de S. frugiperda com 6 dias após eclosão aumentaram a mortalidade a 25 °C. No entanto, apesar da baixa mortalidade, larvas de 7 dias a 26 °C resultaram em maior peso médio, valor médio de pib/larva e valor de pib total. Desse modo, sugere-se testar diferentes concentrações de inoculação, todavia, estes resultados são relevantes para os estudos da otimização da produção de baculovirus em larga escala.

Palavras-Chave: Alimentação por micro-gotas; controle biológico; Spodoptera frugiperda

Apoio Institucional: Capes; Embrapa Milho e Sorgo

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Fungos entomopatogênicos contra Disonycha glabrata (Fabricius, 1775) (Chrysomelidae: Alticinae) Erick Johnson da Silva Cruz; Gabriel Silva Magalhães Andrade; Luana de Souza Cruz; Rozimar de Campos Pereira

Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

As vaquinhas são insetos da Família Chrysomelidae com grande diversidade e ampla distribuição no continente americano. A maioria das espécies é oligófaga ou polífaga tendo entre seus hospedeiros muitas plantas cultivadas. O gênero Disonycha é ainda pouco conhecido. Este trabalho teve como objetivo avaliar, em condições de laboratório, os fungos entomopatogênicos Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. (Boverril®) e Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorok. (Metarril®) no controle de Disonycha glabrata. Foram realizados bioensaios para avaliar a patogenicidade, virulência e produção de conídios em cadáveres dos insetos. As suspensões de conídios foram preparadas com água destilada esterilizada contendo Tween 80 a 0,01% 1,0 x 106; 1,0 x 107; 1,0 x 108 e 1,0 ×109 conídios.mL-1, além da testemunha (água destilada + Tween 0,01%). Insetos adultos foram coletados e levados ao Laboratório de Entomologia Florestal. Para cada isolado usou-se 10 repetições, com quinze insetos. Nas placas foram colocadas papel filtro esterilizado e sob este algodão umedecido com uma folha de guanxuma. A folha foi pulverizada com 1 mL da suspensão de cada tratamento. A mortalidade foi verificada diariamente. Os dados foram submetidos à análise de variância, pelo teste de Scott-Knott (p≤0,05). Insetos mortos por M. anisopliae e B. bassiana foram colocados em placas de Petri individualizados, mantidos em BOD a 26±1°C e UR de 80±10%, examinados diariamente para avaliar a presença de micélio e a esporulação. Os dois fungos se mostraram eficientes pois promoveram alta mortalidade (média de 78,6%) nos quatro primeiros dias após a inoculação. M. anisopliae apresentou maior capacidade de esporular nos cadáveres das vaquinhas, sendo mais patogênico (mortalidade de 87,8% e virulento (T50= 1,6 dias) seguido pelo fungo B. bassiana que causou 79% de mortalidade nos primeiros três dias após a inoculação. B. bassiana e M. anisopliae mostraram-se patogênicos a adultos de D. glabrata, sendo promissores agentes de controle microbiano para esta praga.

Palavras-Chave: vaquinha; desfolhador; controle biologico

Apoio Institucional: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

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Entomopathogenic nematodes on Apis mellifera L. (Hymenoptera: Apidae) bees longevity Gabriela Libardoni; Raiza Abati; Amanda R. Sampaio; Fernanda Colombo; Rodrigo A. Maciel; Bruna Guide; Fabiana M. C. Maia; Pedro J. O. Neves

Universidade Tecnológica Federal do Paraná; Universidade Estadual de Londrina

Africanized Apis mellifera is considered an important insect pollinator, increasing the productivity of several crops when present. But, each year the number of bees is decreasing due to the intense use of synthetic pesticides, but little is known about the effects of biological control agentes on bees. Thus, the objective of this work was to evaluate the effect of entomopathogenic nematodes on Africanized A. mellifera workers’ longevity. Seven treatments were used: Heterorhabditis amazonenses, Heterorhabditis bacteriophora, Heterorhabditis indica, Steinernema carpocapsae, Steinernema feltiae e Steinernema rarum, at the recommended concentration (100 infective juveniles per cm2-J1 / cm2) and as control autoclaved distilled water was used. For this, two bioassays were performed: 1) Spraying the nematodes on the workers and 2) Spraying the nematodes in glass plates, in which the bees remained for two hours. Each treatment consisted of five replicates with 20 bees each. The bees were kept in PVC cages (20x10cm) covered with voile and supplied pieces of cotton soaked in water and candy paste. The cages were kept in a heated room (27 ± 2 ° C, 60% ± 10%, 12 h) and the mortality was evaluated for one to 240 hours. In the bioassay 1 the three treatments with Steinernema nematodes reduced workers’ longevity (103.9, 96.3 and 99.6 hours) when compared to treatments with Heterorhabditis (149.7, 126.8 and 134.7 hours), of which only H. amazonenses (149.7 hours) did not differ from the control (166.0 hours). In the bioassay 2 all treatments reduced the longevity of the bees (155.4 to 93.9 hours) relative to the control (176.1 hours). The entomopathogenic nematodes, especially Heterorhabditis, need to be tested in other methodologies and in different times of exposure and application, because in the laboratory they were less selective to A. mellifera.

Palavras-Chave: africanized bee; Steinernema sp.; Heterorhabditis sp.

Apoio Institucional: CNPQ

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Does commercial entomopathogenic fungi interfere on the longevity of Apis mellifera L. (Hymenoptera: Apidae) bees? Gabriela Libardoni; Raiza Abati; Amanda Sampaio; Fernanda Colombo; Rodrigo A. Maciel; Gabriela V. Osowski; Pedro J. O. Neves; Fabiana M. Costa- Maia

Universidade Tecnológica Federal do Paraná; Universidade Estadual de Londrina

The entomopathogenic fungi are being increasingly studied and applied in pest control because they are considered safer when compared to synthetic phytosanitary products. Thus, the objective was to evaluate commercial entomopathogenic fungi on africanized Apis mellifera workers’ longevity, which are non target insect, but may be affected. For this, four fungus products were used: Product A (Beauveria bassiana), Product B (Isaria fumosorosea), Product C (Metarhizium anisopliae) and Product D (Trichoderma harzianum). The commercial dosage recommended by the manufacturer was used for all products. The control was composed of autoclaved distilled water. Three bioassays were performed: B1) the products were incorporated into the diet which was composed of Candy paste; B2) the products were sprayed on the bees and B3) the products were sprayed in glass plates (15 cm in diameter x 1,5 cm in height) where the bees remained for two hours. Five replicates were performed and each replicate counted on 20 bees, which were allocated in PVC cages (20x10 cm), being supplied candy paste and cotton soaked in water. The cages were kept in a heated room (27 ± 2 ° C, 60% ± 10%, 12 h) and the longevity was evaluated from one to 240 hours. It was verified that Product A decreased the bees’ longevity in bioassay 1 (146.4 hours) and 3 (128.4 hours) when compared to respective controls (185.6 hours and 184.4, respectively). In the bioassay 2, only Product B reduced the bees’ longevity (98.5 hours) in relation to the control (164.6 hours). The Product A reduced bees’ longevity in B1 and B3, while Product B decreased longevity in B2. The commercial fungi B. bassiana and I. fumosorosea interfere in A. melifera longevity, in this way spray tests at different times on bees of different ages and in the field are recommended.

Palavras-Chave: Africanized bee; Selectivity; Entomopathogens

Apoio Institucional: CNPQ

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Ocorrência natural de Beauveria bassiana sobre Cicadellidae em plantio de pinus na cidade de Enéas Marques, Paraná-Brasil Felipe S. Vieira; Gabriela Libardoni; Dianafaz E. Canan; Gabriela Osowski; Everton R. Lozano; Michele Potrich

Universidade Tecnológica Federal do Paraná-Campus Dois Vizinhos

As cigarrinhas são consideradas insetos praga em diversas culturas agrícolas e florestais, além de serem insetos sugadores, apresentam a capacidade de transmitir doenças às plantas atacadas. O presente trabalho teve como objetivo identificar o fungo com ocorrência natural em cigarrinhas (Hemiptera: Auchenorrhyncha) da família Cicadellidae em um plantio de pinus na cidade de Enéas Marques, PR. A coleta de insetos foi realizada na cidade de Enéas Marques em plantio de Pinus taeda L. com 11 anos de idade. Para a coleta utilizaram-se cartões adesivos amarelos, com dimensões de 12,5x10cm, distribuídos em 10 hectares. Os cartões foram instalados no plantio de forma equidistante, a cada 100m, sendo 2 cartões por ponto, um na linha e outro na entre linha de plantio, fixados com barbante branco a 1,80m do solo. Depois da retirada dos cartões do campo, os mesmos foram armazenados em refrigerador a ±4ºC. Nestes observou-se cigarrinhas com a presença de micélio envolvendo o corpo. A repicagem do fungo foi realizada em câmara de fluxo laminar, através da raspagem do inseto com pinças para retirada do micélio, o qual foi colocado em meio de cultura Batata-Dextrose-Agar (BDA). Após a inoculação as placas foram vedadas com filme plástico e mantidas em câmara climatizada (26 ±2ºC 14 h de fotofase e UR de 70 ±10%), durante sete dias. Após o procedimento de isolamento do fungo, montaram-se lâminas de identificação e registros fotográficos foram gerados. Identificou-se o fungo, como sendo Beauveria bassiana (Bals. Vuill) (Ascomycetes Clavicipitaceae). Verifica-se que o controle biológico por fungos entomopatogênicos, como B. bassiana, ocorre de forma natural e espontânea em florestas de Pinus no sudoeste do Paraná. Este controle favorece um equilíbrio de pragas secundárias, como as cigarrinhas, as quais não têm um protocolo de controle específicos nesta cultura.

Palavras-Chave: Fungo entomopatogênico; Pinus taeda; Cartão Adesivo

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Produção in vivo de Heterorhabditis sp. (Isolado UENP03) em diferentes hospedeiros Gabriela S. Doneze; Douglas M. Cecconello; Jessica Moura da Silva; Denis W. de Albuquerque; Jael Simões Santos Rando; Laila Herta Mihsfeldt; Viviane S. Alves

UENP

O isolamento de nematoides entomopatogênicos nativos é um passo importante no uso desses agentes em programas de Controle Biológico, pois isolados autóctones em geral apresentam maior potencial de controle de pragas. No entanto, para o uso efetivo desses isolados é necessário que existam informações sobre sua ecologia, biologia e comportamento e a capacidade de produção, pois isolados com boa capacidade de produção podem otimizar a realização de estudos e reduzir os custos e o tempo dedicado. Este trabalho teve como objetivo, avaliar a capacidade de produção in vivo do nematoide Heterorhabditis sp. Isolado UENP03 em lagartas de último instar de Galleria mellonella Linnaeus, 1756 (Lepidotera: Pyralidae) e TenebriomolitorLinnaeus, 1758 (Coleoptera:Tenebrionidae). Para tanto, as lagartas foram pesadas e em grupos de 10 insetos, foram alocadas em placas de Petri contendo duas folhas de papel filtro. Em seguida, o nematoide foi inoculado na concentração de 100 Juvenis Infectantes (JIs)/cm2, e as placas mantidas em câmara climática a 25ºC±1, no escuro por um período de três dias para verificação da sintomatologia. As lagartas com sintomatologia característica, foram colocadas em placas limpas com papel filtro seco por mais cinco dias. Após esse período, as lagartas infectadas foram transferidas para armadilha de White para que ocorresse a emergência dos JIs na água. As coletas de JIs foram realizadas diariamente, contados do início da produção até o final dela (até o esgotamento das lagartas). O total de JIs/dia foi quantificado e os dados foram submetidos a Análise de Regressão pelo programa Excel para determinação da curva de produção e da equação referente a produção. Houve diferença de produção entre os dois hospedeiros utilizados, sendo que a produção em G. mellonella foi superior a produção em T. molitor, com valores de 1,0x106 e 0,9x106 respectivamente. O pico de produção em G. mellonella aconteceu entre o 2º e 3º dia, enquanto em T. molitor, o pico ocorreu no 5º dia. Sendo assim, a G. mellonella apresentou maior produçao de JIs.

Palavras-Chave: Nematoides Entomopatogênicos

Apoio Institucional: Fundação Araucária

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Eficiência do baculovírus no controle de Errinyis ello L., 1758 (Lepidoptera: Sphingidae), em dois de tempos de armazenamento Gabriele Larissa Hoelscher; Leidiane Coelho Carvalho; Claudecir Castilho Martins; Letícia Delavalentina Zanachi; Amanda Cecato Favorito; Vanessa Exteckoetter; William Ribeiro De Carvalho; Vanda Pietrowski

UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná

O mandarová-da-mandioca (Errinyis ello) é uma importante praga na cultura da mandioca. Seu ataque é esporádico, porém quando ocorre devido sua grande capacidade de consumo foliar, pode dizimar a lavoura em poucos dias, se não controlada. O baculovírus tem sido uma importante ferramenta para controle desta lagarta, aliado ao fato de ser um produto biológico e seletivo, preservando assim os inimigos naturais. Porém apresenta como desvantagem a necessidade de manter o vírus congelado ou sob refrigeração, o que dificulta sua aplicação a campo. Contudo, sua mistura com caulin, permitindo uma formulação em pó, com maior tempo de prateleira, tem se mostrado viável. Com isso, o objetivo deste trabalho foi verificar a eficiência do vírus formulado em caulin com diferentes tempos de prateleira. O experimento foi realizado com três tratamentos T1(testemunha), T2 (vírus formulado em 2015) e T3 (vírus formulado em 2018), em delineamento inteiramente ao acaso, com 100 repetições, sendo cada repetição um pote com uma lagarta de 2º instar. Os tratamentos foram aplicados em lavoura comercial na dose de 40g/ha com volume de calda de 150L/ha, por meio de equipamento costal pressurizado com CO2. Após a aplicação foram coletadas as folhas de cada parcela, levadas ao Laboratório de Entomologia da Unioeste, e oferecidas para as lagartas, de acordo com seu respectivo tratamento. Este procedimento foi realizado diariamente até o fim das avaliações (morte ou empupamento das lagartas). Os dois formulados apresentaram resultados estatisticamente superiores (5%) à testemunha. O formulado T2 apresentou taxa de mortalidade de 92% e para o T3 esta taxa foi de 79%. A diferença entre os formulados provavelmente seja em virtude da qualidade das lagartas coletadas a campo e utilizadas na formulação nos diferentes anos. Sendo assim, o baculovírus formulado em caulin apresentou um bom tempo de prateleira e passa a ser uma importante ferramenta no manejo integrado de pragas na cultura da mandioca.

Palavras-Chave: controle biológico; EreIVG; Manihot esculenta

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Persistência de Cordyceps javanica e eficiência de controle de Bemisia tabaci em intervalos de aplicações de fungicidas

Gabriella de A. Godoi; Letícia R. M. Alves; Sara A. G. de Souza; Enio do N. Santos; Heloiza A. Boaventura; José Francisco Arruda e Silva; Eliane Dias Quintela

Unievangélica Av. Universitária Km. 3,5 - Cidade Universitária, 75083-515 Anápolis -

GO, Brasil

Cordyceps javanica tem se mostrado eficiente no controle de ninfas de Bemisia tabaci MEAM1 a campo, mas os fungicidas aplicados na soja para o controle da ferrugem podem afetar sua eficiência e persistência. O objetivo deste trabalho foi determinar o efeito de intervalos de aplicações de fungicidas sobre a persistência e eficiência de conídios no controle da mosca-branca. O experimento foi conduzido em casa telada na Embrapa Arroz e Feijão. Os tratamentos avaliados foram: Testemunha; C. javanica sozinho; C. javanica + fungicida aplicado no mesmo dia do fungo e após 3, 7 e 14 dias; fungicida sozinho. O isolado BRM27666 (2 × 10^7 conídios mL-1) foi pulverizado sobre ninfas de 2º instar (parte inferior das folhas) com aerógrafo manual e o fungicida trifloxistrobina + protioconazol (400 mL ha-1) com pulverizador convencional (parte superior das folhas). Avaliou-se a mortalidade das ninfas e persistência dos conídios em um folíolo de cada repetição (5 repetições /tratamento) aos 3, 5, 7, 10, 12, 14 e 16 dias após a aplicação. Para avaliar a persistência dos conídios um círculo de 3,5 cm de cada folíolo foi transferido para Erlenmeyer com 50 mL de Tween 80 a 0,01%. Após agitação, 100 µL de cada suspensão foram transferidos para meio de aveia contendo antibiótico e dodine, e as unidades formadoras de colônias (UFC’s) avaliadas após 5 dias. A persistência dos conídios não foi afetada pela aplicação do fungicida nos diferentes intervalos. Já a mortalidade de ninfas reduziu significativamente quando o fungo foi aplicado no mesmo dia do fungicida em comparação ao fungo sozinho ou fungo + fungicida aos 3, 7 e 14 dias. A partir do 4º dia observou-se redução significativa nas UFC’s, mas no 9º dia, devido à esporulação do fungo nas ninfas, as UFC’s aumentaram significativamente. Nossos resultados mostram que este fungicida deve ser aplicado preferencialmente sete dias após a pulverização do fungo.

Palavras-Chave: Mosca-branca; Controle biológico; Fungo entomopatogênico

Apoio Institucional: Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás, GO) e Lallemand (Patos de Minas, MG)

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Beneficial fungi for promoting biocontrol in cassava: ecostacking prospects for the management of cassava pests Hokkanen HMT; Menzler-Hokkanen I; Nasruddin AD

University of Eastern Finland

The cassava mealybug Phenacoccus manihoti has become a serious threat to cassava around the world after invading the crop. In most regions, classical biocontrol has successfully been used to control the pest. Many other pests threaten the cassava crop, including several species of mites and whiteflies. One of the most recent invasions by P. manihoti has taken place in the province of South Sulawesi, Indonesia – an important producer of cassava. During the past three years, all surveyed cassava plantations in the province were infested by mealybugs (P. manihoti, Pseudococcus jackbeardsley, Ferrisia virgata) with different levels of infestation. In some locations, cassava plants were almost totally destroyed by the mealybugs. Stake treatments with the persistent insecticide thiametoxam - standard practice in many countries - provides some control of the insect, but may lead to environmental and other problems if used widely and continuously. We have isolated several species of beneficial fungi from naturally infected mealybugs, and have obtained highly encouraging results by spraying the plants with them. The most effective fungus was a Fusarium sp., providing over 70% control and 62% infection rate of the insects within 6 weeks, compared with untreated plants. As further components of “ecostacking” (see Hokkanen 2017, Hokkanen & Menzler-Hokkanen 2018), we have studied the effects of beneficial soil inoculants on plant growth, production of extrafl nectaries, and population development of the cassava mealybug and spider mites (Tetranychus urticae) in the greenhouse. We used six inoculation treatments: Trichoderma harzianum, Glomus spp.(Symbio™), Beauveria bassiana, Metarhizium robertsii, Control 1 with mealybugs, and Control 2 without mealybugs. Plants grown in soil treated with Metarhizium robertsii grew best (relative to untreated control without mealybugs), had fewer spider mites and mealybugs, and produced the highest number of extrafl nectaries. Second best treatment was with the mycorhizal fungus Glomus spp. Field validation of these results is in progress. We conclude that ecostacking techniques can be successfully employed to control cassava mealybugs and other pests in South-East Asia. This may include several techniques, including parasitoid releases, soil inoculation or stake treatment with beneficial microbes, and direct spray treatment with mealybug pathogenic fungi. Enhancement of the impact of natural enemies such as parasitoids and predators via stimulation of the production of extrafl nectaries remains to be studied, but appears as a promising addition to the ecostacking techniques on cassava.The cassava mealybug Phenacoccus manihoti has become a serious threat to cassava around the world after invading the crop. In most regions, classical biocontrol has successfully been used to control the pest. Many other pests threaten the cassava crop, including

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several species of mites and whiteflies. One of the most recent invasions by P. manihoti has taken place in the province of South Sulawesi, Indonesia – an important producer of cassava. During the past three years, all surveyed cassava plantations in the province were infested by mealybugs (P. manihoti, Pseudococcus jackbeardsley, Ferrisia virgata) with different levels of infestation. In some locations, cassava plants were almost totally destroyed by the mealybugs. Stake treatments with the persistent insecticide thiametoxam - standard practice in many countries - provides some control of the insect, but may lead to environmental and other problems if used widely and continuously. We have isolated several species of beneficial fungi from naturally infected mealybugs, and have obtained highly encouraging results by spraying the plants with them. The most effective fungus was a Fusarium sp., providing over 70% control and 62% infection rate of the insects within 6 weeks, compared with untreated plants. As further components of “ecostacking” (see Hokkanen 2017, Hokkanen & Menzler-Hokkanen 2018), we have studied the effects of beneficial soil inoculants on plant growth, production of extrafl nectaries, and population development of the cassava mealybug and spider mites (Tetranychus urticae) in the greenhouse. We used six inoculation treatments: Trichoderma harzianum, Glomus spp.(Symbio™), Beauveria bassiana, Metarhizium robertsii, Control 1 with mealybugs, and Control 2 without mealybugs. Plants grown in soil treated with Metarhizium robertsii grew best (relative to untreated control without mealybugs), had fewer spider mites and mealybugs, and produced the highest number of extrafl nectaries. Second best treatment was with the mycorhizal fungus Glomus spp. Field validation of these results is in progress. We conclude that ecostacking techniques can be successfully employed to control cassava mealybugs and other pests in South-East Asia. This may include several techniques, including parasitoid releases, soil inoculation or stake treatment with beneficial microbes, and direct spray treatment with mealybug pathogenic fungi. Enhancement of the impact of natural enemies such as parasitoids and predators via stimulation of the production of extrafl nectaries remains to be studied, but appears as a promising addition to the ecostacking techniques on cassava.

Palavras-Chave: ecostacking; cassava; Phenacoccus manihoti

Apoio Institucional: Universitas Hasanuddin

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Persistência de conídios de Cordyceps javanica em folhas de soja sob diferentes métodos e horários de pulverização Heloiza A. Boaventura; Enio do N. Santos; José Francisco A. Silva; Eliane D. Quintela

¹Mestranda em Agronomia, Universidade Federal de Goiás, Av. Esperança, s/n -

Chácaras de Recreio Samambaia, 74690-900, Goiânia, GO, Brasil. Email:

[email protected] ²Embrapa Arroz e Feijão, Rodovia Goiânia a Nova

Veneza km 12 Zona Rural Caixa Postal 179, 75375-000 Santo Antônio de Goiás, GO,Brasil

Um dos fatores que afeta a eficiência de entomopatógenos está relacionado a persistência dos conídios no campo. O objetivo deste trabalho foi avaliar a persistência dos conídios de Cordyceps javanica BRM 27666 comparando métodos e horários de pulverização. O fungo não formulado (NF) e nas formulações pó molhável (WP) e granulado (WG) (1×10¹² conídios/ha) foi aplicado em folhas de soja com pulverizador costal pressurizado a CO2. Foram comparadas duas barras de pulverização: “Drop Leg” (DP) (pulveriza de baixo para cima) e barra de metal regular (B). Os tratamentos avaliados foram: Barra DP e B (sem fungo); Barra DP e B (NF); Barra DP e B (WP); Barra DP e B (WG). O delineamento foi em blocos casualizados com 4 repetições e parcelas de 5 m². A persistência dos conídios foi avaliada em 10 folíolos/parcela coletados às 0, 8, 24 e 48 horas e às 0, 16, 24 e 48 horas após aplicação pela manhã e à tarde, respectivamente. Os folíolos foram cortados com cilindro de 2,5 cm e transferidos para Erlenmeyer com 50 mL de Tween 80 a 0,01% e agitados por 5 minutos em agitador orbital. Foi plaqueado 100 µL da suspensão, original ou diluída, em placa com meio de aveia contendo antibiótico+dodine e mantidas em B.O.D (26°C 80-90% UR 12 h fotofase) por 5 dias quando foram realizadas as contagens das unidades formadoras de colônia (UFC’s). Maior UFC’s foram recuperadas em WP quando pulverizado com a barra B. A persistência dos conídios foi maior quando o fungo foi aplicado após às 17 h, independente da formulação e forma de aplicação. No período da manhã e tarde, as UFC’s foram maiores quando o fungo foi pulverizado com a barra B (distribuição mais uniforme das suspensões) em comparação a DP. Com isso, recomenda-se que as pulverizações com C. javanica formulado ou não sejam realizadas no período da tarde (menor incidência de radiação solar e temperaturas mais amenas). Entretanto, recomenda-se o uso da barra “Drop leg”, pois como o fungo atua por contato é imprescindível que atinja o alvo.

Palavras-Chave: fungos entomopatogênicos; pulverizadores; eficiência de controle Apoio Institucional: Embrapa e Lallemand (Patos de Minas – MG)

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Uso de fungos associados ao Bacillus methylotrophicus no controle de pragas e doenças da alface Isabela Aparecida Fonseca Ivan; Ana Paula Alves Silveira de Rensis; Leandro Pires de Araújo Júnior; Arthur Pontes Carneiro; Fernanda Rodrigues da Silva; Marta Maria Rossi; Alexandre de Sene Pinto

Centro Universitário Moura Lacerda

A cultura da alface (Lactuca sativa L.) (Asteraceae) é atacada por diversas pragas e doenças e o controle é feito com agrotóxicos, mesmo em áreas urbanas. Esse trabalho teve por objetivos avaliar o controle de pragas e doenças por aplicações foliares e no sulco de plantio dos fungos entomopatogênicos Metarhizium anisopliae cepa IBCB425 e Beauveria bassiana cepa IBCB66 (ambos 300 g p.c. no sulco de plantio e 200g p.c. ha-1 na parte aérea, em aplicações semanais) juntamente com a bactéria Bacillus methylotrophicus (6 L p.c. Ônix ha-1) na cultura da alface plantada em associação com rúcula em horta de Ribeirão Preto, SP, Brasil. Para as avaliações de pragas e doenças e da produtividade na colheita, foram avaliadas 15 plantas a acaso em três canteiros por tratamento. Ocorreram pulgões (Hemiptera: Aphidae), mosca-branca (Bemisia tabaci) (Hemiptera: Aleyrodidae), tripes (Thysanoptera: Thripidae), cigarrinhas (Hemiptera: Cicadellidae) e a doença septosiose, Septoria lactucae. Os fungos B. bassiana e M. anisopliae, aplicados com B. methylotrophicus, controlaram mosca-branca, tripes e septoriose, e não controlaram pulgões e cigarrinhas. O peso médio da matéria seca da alface foi igual em todos os tratamentos. Não houve diferença significativa entre os fungos e a testemunha quanto ao número médio de folhas por planta, mas na terceira avaliação a B. bassiana proporcionou menor porcentagem média de folhas doentes e com sinais de ataque de pragas, na quarta data de avaliação, o fungo M. anisopliae mostrou o menor valor e diferiu estatisticamente da testemunha, já na última avaliação não existiam mais plantas doentes nos tratamentos com fungos, diferindo significativamente da testemunha, que estava completamente comprometida. Pelo motivo dos dois fungos terem mostrado eficácia no controle dessa doença, fica a dúvida se não foi a bactéria Bacillus methylotrophicus aplicada junto aos fungos que controlou a doença. Novos ensaios deverão testar os fungos isoladamente.

Palavras-Chave: Controle microbiano

Apoio Institucional: CUML

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Uso dos fungos Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae no controle de pragas e doenças da rúcula (Eruca vesicaria) Isabela Aparecida Fonseca Ivan; Ana Paula Alves Silveira de Rensis; Leandro Pires de Araújo Júnior; Rodolfo Pontes Carneiro; Eric Novato de Souza; Marta Maria Rossi; Alexandre de Sene Pinto

Centro Universitário Moura Lacerda

As plantas da rúcula (Eruca vesicaria L.) (Brassicaceae) têm a produtividade comprometida pelo ataque de pragas e doenças e o controle é feito quase que exclusivamente com produtos químicos, até em áreas urbanas. Esse trabalho teve por objetivos avaliar o controle de pragas e doenças por aplicações foliares sistemáticas dos fungos entomopatogênicos Metarhizium anisopliae cepa IBCB425 e Beauveria bassiana cepa IBCB66 (ambos 300 g p.c. no sulco de plantio e 200 g p.c. ha-1 na parte aérea, em aplicações semanais) juntamente com a bactéria Bacillus methylotrophicus (6 L p.c. Ônix ha-1) na cultura da rúcula plantada em associação com alface em horta de Ribeirão Preto, SP, Brasil. Para as avaliações de pragas e doenças e da produtividade na colheita, foram avaliadas 15 plantas ao acaso em três canteiros por tratamento. Ocorreram pulgões (Hemiptera: Aphididae), mosca- branca (Bemisia tabaci) (Hemiptera: Aleyrodidae), tripes (Thysanoptera: Thripidae) e cigarrinhas (Hemiptera: Cicadellidae), sem a presença de doenças. Os fungos B. bassiana e M. anisopliae, aplicados com B. methylotrophicus, controlaram a mosca- branca e não controlaram pulgões e cigarrinhas. Pelo contrário, os fungos até propiciaram o aumento significativo de pulgões na cultura. No tratamento B. bassiana houve diminuição do número médio de folhas por planta e do peso médio de matéria seca de plantas de rúcula em relação à testemunha, mas o tamanho da amostra pode ter interferido nesses resultados. Os dois fungos têm potencial de uso no controle de pragas da rúcula, mas precisam ser melhor estudados.

Palavras-Chave: Controle microbiano; Praga agrícola; Bacillus methylotrophicus

Apoio Institucional: CUML

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Dispositivo para autoinoculação do fungo Beauveria bassiana visando o controle da ampola da erva-mate (Gyropsylla spegazzini) Isabela Fetter; Jaqueline S. Loeblein; Luis F. A. Alves; Priscila A. Rode; Cristina B. Nascimento; Ana L. M. Taveira; Gabriel S. Araújo; Maria Elena Schapovaloff

Lab. de Biotecnologia Agrícola, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

A erva-mate (Ilex paraguariensis St. Hil.) é uma importante cultura para o Sul do Brasil, Argentina e Paraguai. Gyropsylla spegazziniana (Lizer & Trelles) (Aphalaridae) popularmente conhecida como ampola da erva-mate é uma praga relevante que ataca plantas no campo e em viveiros de mudas, deformando as folhas novas que crescem formando galhas ou “ampolas”, onde se desenvolvem as ninfas. Essas folhas caem, reduz o rendimento e compromete o crescimento e formação de folhas sadias. Não há inseticidas registrados para o seu controle no Brasil, e alternativas vêm sendo buscadas. O fungo B. bassiana Unioeste 44 foi previamente selecionado contra o inseto e no presente estudo avaliou-se um dispositivo para a autoinoculação do fungo em populações da ampola. Com base na atratividade de adultos para superfícies amarelas, foram preparadas misturas de conídios de B. bassiana Unioeste 44 e terra de diatomáceas, em diferentes proporções. O material foi distribuído em papel de armadilha Colortrap amarelo, contendo ou não a camada de cera emulsionável Splat®. Os dispositivos foram testados em 2 experimentos, no interior de 1) gaiolas cilíndricas de PVC incolor (120 × 40 cm alt.) e 2) gaiola de tecido voil com armação de canos (90 × 85 × 120 cm – A×L×C), contendo mudas de erva-mate e adultos da ampola. Na testemunha, os dispositivos não receberam nenhum tratamento. Houve atração e infecção dos insetos, variando entre 50 e 90% de mortalidade confirmada, sendo mais expressiva nos dispositivos contendo Splat®. A presença de Splat® promoveu maior aderência dos conídios na superfície dos dispositivos durante seu preparo e maior viabilidade dos conídios nos dispositivos mantidos por 21 dias em 25±2°C; U.R. 60±10% (70% na presença de Splat® e cerca de 30% de viabilidade sem a cera). O dispositivo em teste se mostrou eficaz, sendo necessário testá-lo em campo para atestar a capacidade de redução da população do inseto, como uma ferramenta para o manejo da praga.

Palavras-Chave: Controle biológico; Produção vegetal; Entomopatógenos

Apoio Institucional: CNPq, CAPES, Biocamp Laboratórios Ltda., Isca Tecnologias Ltda.

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Transmissão horizontal do fungo Beauveria bassiana entre indivíduos de Gyropsylla spegazziniana em laboratório Isabela Fetter; Jaqueline S. Loeblein; Luis F. A. Alves; Priscila A. Rode; Cristina B. Nascimento; Ana L. M. Taveira; Gabriel Santos de Araújo;

Lab. de Biotecnologia Agrícola, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Gyropsylla spegazziniana (Lizer & Trelles) (Aphalaridae) popularmente conhecida como ampola da erva-mate é uma praga relevante para a cultura pois ataca plantas em ervais e em viveiros de produção de mudas. O dano consiste na deformação das folhas novas resultando na queda da produtividade e comprometimento do crescimento e formação de folhas sadias. B. bassiana Unioeste 44 foi previamente selecionado para o controle da ampola em pulverizações e em dispositivos para atração-e-infecção. Considerando que tática de atração-e-infecção pode ser otimizada pela transmissão horizontal do fungo entre indivíduos de uma população, o presente estudo avaliou a transmissão horizontal do fungo B. bassiana Unioeste 44 entre adultos de G. spegazziniana em condições de laboratório, a partir de insetos infectados (a) e cadáveres (b) como fonte de inóculo. Para infecção, insetos vivos foram colocados em um recipiente com conídios do fungo. Após 1 hora, os insetos foram transferidos para gaiolas de PVC incolor (12Ø × 40 cm alt.) contendo uma muda de erva-mate e adultos não infectados. Os cadáveres utilizados foram obtidos previamente conforme descrito e estavam com o corpo recoberto por conídios do fungo. Na testemunha, foram utilizados somente insetos sadios. As gaiolas foram mantidas em sala climatizada (25±2°C; U.R. 60±10% e 14 h de fotofase) por 21 dias. Constatou-se a transmissão do fungo entre os indivíduos, sendo que em ambas as estratégias de transmissão os resultados foram significativos em relação a testemunha, com mortalidades mínimas de 54% e máxima de 87,6%, tanto a partir de vivos infectados como de cadáveres. As diferentes estratégias não diferiram estatísticamente entre si. Sendo assim, demonstrou-se que o inseto apresenta elevada susceptibilidade ao fungo e se comprovou a capacidade de transmissão horizontal entre os indivíduos, mesmo a fonte de inóculo sendo pequena, reforçando o potencial do fungo em um dispositivo de atração-e-infecção.

Palavras-Chave: Controle biológico; Produção vegetal; Entomopatógenos

Apoio Institucional: CNPq, CAPES, Biocamp Laboratórios Ltda.

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Insecticidal Activity of Lepigen® (AcMNPV) against Agrotis ipsilon Danielle A. Ferreira; Carla M. S. Oliveira; Holly J.R. Popham; Paula G. Marçon; Janayne M. Rezende

AgBiTech Controles Biológicos Ltda, 04551-060, São Paulo, Brasil/AgBiTech Pty Ltd,CP 76155, Fort Worth, TX, EUA

Agrotis ipsilon (Hufnagel, 1767) (Lepidoptera: Noctuidae) is considered a pest of economic importance in many crops, attacking young plants as they emerge from the ground. In high infestation, plant stand can be reduced by more than 50%. Baculovirus-based insecticides could offer a highly desirable alternative control method, given their selectivity and safety to the environment and applicators. AcMNPV (Autographa californica multiple nucleopolyhedrovirus) has been studied over the years and shown to be effective against several Lepidopteran pest species. The objective of this study was to evaluate the insecticidal activity of Lepigen® (AcMNPV) against A. ipsilon neonate larvae in laboratory conditions. Droplet ingestion bioassays were conducted using a completely randomized design. A total of 30 larvae were used per treatment and bioassays were repeated on different dates. For each bioassay, a total of 6 doses were used: untreated control, 1x10^5, 1x10^6, 1x10^7, 1x10^8 and 1x10^9 occlusion bodies per mL (OB.mL-1). Larval mortality was assessed daily for 9 consecutive days post-ingestion of the solution droplets. Mortality data were analyzed using Probit and survival curves were generated using the Kaplan-Meier method. Lepigen® demonstrated good insecticidal activity against A. ipsilon, with an LC50 value (lethal concentration to kill 50% of the tested larvae) of 1.2x10^6 (7.5x10^5–1.9x10^6) OB.mL-1. At the concentration of 1x107 OB.mL-1, the median LT50 value (time to kill 50% of the tested larvae) was 6 days (5.4 to 6.6 days CI95%) and100% mortality was reached 9 days post-ingestion. This study confirms the insecticidal activity of Lepigen® against A. ipsilon under laboratory conditions, indicating its potential for inclusion in field management programs aiming to control this pest.

Palavras-Chave: Baculovirus; cutworms; IPM

Apoio Institucional: AgBiTech Controles Biológicos

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Controle da lagarta-da-soja com Bacillus thuringiensis Janine Palma; Aline S. Correa; Gilmar Seigel

CCGL

O objetivo do trabalho foi verificar a eficiência de controle de produtos a base de Bacillus thuringiensis var. kurstaki para a lagarta-da-soja, Anticarsia gemmatalis Hübner (Lepidoptera: Erebidae). O ensaio foi conduzido na safra 2018/19 na área experimental da CCGL, Cruz Alta, RS, com a cultivar BMX Ativa RR. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com quatro repetições e cinco tratamentos, testemunha, dois biológicos e dois químicos como controle positivo (T1. Testemunha (sem controle); T2. Dipel (500 ml ha-1); T3 Bt Control (800 ml ha-1); T4. Nomolt (200 ml ha-1) e T5. Avatar (400 ml ha-1). Foram realizadas duas aplicações dos tratamentos com intervalo de sete dias entre as aplicações, realizadas nos estádios R5.1 e R5.3. As avaliações foram realizadas contando-se o número total de lagartas aos 3, 7 e 10 Dias Após a Aplicação (DAA). Os dados foram transformados por raiz quadrada e submetidos a análise de variância e teste de comparação múltipla de médias de Tukey (α=5%). A eficiência agronômica dos inseticidas foi calculada conforme a equação de Abbott (1925). Aos 4 DAA1 e 7 DAA1 os tratamentos biológicos e químicos apresentaram diferença estatística da testemunha para o controle do total de lagartas, sendo que os tratamentos T2, T3 e T5 demonstraram eficiência de controle acima de 80%. O tratamento T2 alcançou 72% de eficiência de controle. Após a segunda aplicação os tratamentos T4 e T5 apresentaram diferença estatística da testemunha e dos demais tratamentos 7 DAA2. A eficiência de controle para os tratamentos T4 e T5 foi de 100 e 91% aos 4 DAA2 e de 89 e 95% aos 7 DAA2, respectivamente. Os inseticidas a base de Bacillus thuringiensis var. kurstaki controlaram lagartas de Anticarsia gemmatalis na primeira aplicação, com alta porcentagem de controle.

Palavras-Chave: Anticarsia gemmatalis; entomopatógeno

Apoio Institucional: CCGL

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Controle da lagarta falsa-medideira em soja com Bacillus thuringiensis Janine Palma; Aline S. Correa; Gilmar Seigel

CCGL

O objetivo do trabalho foi verificar a eficiência de controle de produtos a base de Bacillus thuringiensis var. kurstaki em lagartas pequenas e grandes de falsa- medideira Chrysodeixis includens Walker (Lepidoptera: Noctuidae). O ensaio foi conduzido na safra 2018/19 na área experimental da CCGL, Cruz Alta, RS, com a cultivar BMX Ativa RR. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com quatro repetições e cinco tratamentos (T1. Testemunha (sem controle); T2. Dipel (500 ml ha-1); T3 Bt Control (800 ml ha-1); T4. Nomolt (200 ml ha-1) e T5. Avatar (400 ml ha-1). Foram realizadas duas aplicações dos tratamentos com intervalo de sete dias entre as aplicações, realizadas nos estádios R5.1 e R5.3. As avaliações foram realizadas contando-se o número de lagartas pequenas (< 1,5 cm) e grandes (> 1,5 cm) aos 3, 7 e 10 Dias Após a Aplicação (DAA). Os dados foram transformados por raiz quadrada e submetidos a análise de variância e teste de comparação múltipla de médias de Tukey (α=5%). A eficiência agronômica dos inseticidas foi calculada conforme a equação de Abbott (1925). Aos 7 DAA1 os tratamentos biológicos e químicos apresentaram diferença estatística da testemunha para o controle de lagartas pequenas, sendo que os tratamentos T2, T3 e T5 demonstraram eficiência de controle acima de 80%. Após a segunda aplicação os tratamentos T2 e T5 apresentaram diferença estatística da testemunha e dos demais tratamentos aos 4 DAA2 e os tratamentos T4 e T5 aos 7 DAA2. Os tratamentos T2 e T5 apresentaram eficiência de controle de 87.5% aos 3 DAA2 e os tratamentos T2, T4 e T5 apresentaram eficiência de controle acima de 80% aos 7 DAA2. Apenas o T5 apresentou diferença estatística para o controle de lagartas grandes. Os tratamentos T4 e T5 atingiram eficiência de controle maior de 80% para lagartas grandes, sendo que o T5 chegou a 100% de controle aos 7 DAA2. Os inseticidas a base de Bacillus thuringiensis var. kurstaki controlaram lagartas pequenas de falsa-medideira.

Palavras-Chave: Chrysodeixis includens; entomopatógeno

Apoio Institucional: CCGL

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Relation between biocontrol efficacy of Meloidogyne incognita and the quality of bacterial based products Jaqueline R. de Almeida; Tiago S. de Oliveira; Tiago S. Izeppi; Letícia M. Lamana; Maria I. S. Comparin; Rodolfo A. Zapparoli; Lars Moelbak;

Chr. Hansen Indústria e Comércio Ltda.

The plant-parasitic nematodes are responsible for one of the most losses in the global agriculture, with a value estimated in $157 billion annually. In Brazil, the losses in sugarcane in specific conditions can reach a production reduction until 50% and reduce the soybean productivity in 20%. In the last years, the bionematicides use has been increasing, and getting a market previously dominated by the chemical nematicides. With the opening of this new promising business, the Brazilian market experienced a huge increase in the number of biological products. The aim of this study was to evaluate the efficacy of 5 commercial biologic products Bacillus sp. based for their control of Meloidogyne incognita and to find a co-relation between these results and the product quality. Green house experiments were developed with sugarcane and soybean, using soil with a high M. incognita population and the products: Quartzo®, Presence®, Product 1 and 2 (B. methylotrophicus + B. subtilis) and Prod. 3 (B. amyloliquefaciens) were tested in their ability to reduce the number of juveniles and root-knot nematodes, and their impact on plant development. To verify the products quality, the number of bacterial endospores and the resistance to aggressions like temperature and pH was also evaluated. In both crops tested, all the treatments showed some reduction in the nematode population even that it varied, compared to untreated control. The products quality evaluation showed a big diversity, three of the products had a high concentration of endospores, while other had less than 50% of endospores out of the total CFU measured. Although the aggressions tests present a diversity of results between the parameters evaluated, was possible observe a tendency between efficacy and product quality. Due the agricultural importance of the bionematicides, this study showed the importance not only to measure of product efficacy, as well as product quality to get robust field results.

Palavras-Chave: Bionematicide; Bacillus; Biocontrol

Apoio Institucional: Chr. Hansen Holding A/S

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Controle do percevejo marrom (Euschistus heros) em soja pela aplicação de META-TURBO SC®/ Control of brown stink bug (Euschistus heros) in soybean by META-TURBO SC® application Jessica Brasau da Silva; Henrique Monteiro Ferro; Germison Tomquel Ski

BIOVALENS LTDA

O percevejo marrom (Euchistus heros) é uma das principais pragas sugadoras da cultura da soja, com dano econômico registrado em diversas regiões produtoras. O controle químico é o principal método utilizado, contudo estratégias de manejo integrado tem ganhado relativa importância devido à perda de eficiência de algumas moléculas e a seleção de indivíduos resistentes. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia e seletividade agronômica do inseticida microbiológico META-TURBO SC® (Metarhizium anisopliae IBCB425) no controle de percevejo marrom na cultura da soja em condições de campo. Foram avaliados os tratamentos: testemunha, META-TURBO SC® nas doses de 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0 L p.c. ha-1 e o inseticida químico Engeo Pleno S® na dose de 0,2 L p.c. ha-1. O delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições. Foram realizadas quatro pulverizações foliares em intervalos de 10 dias. Realizou-se a contagem do número de indivíduos de E. heros ninfas e adultos aos 7, 14, 28 e 35 dias após a primeira aplicação (DA1A) e a determinação da produtividade em kg ha- 1. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey (p<0,05). Aos 7 DA1A o inseticida microbiológico META-TURBO SC® nas doses de 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0 L p.c. ha-1 apresentou eficiência de 44%, 53% e 63% no controle total de E. heros (ninfas+adultos), respectivamente, assemelhando-se estatisticamente ao inseticida Engeo Pleno S® (75%), além de proporcionar incrementos na produtividade variando de 3,7 a 8,9% em relação à testemunha. Tendo em vista a ausência de produtos biológicos registrados para o controle do E. heros e diante dos resultados apresentados neste trabalho, o inseticida microbiológico META-TURBO SC® pode ser recomendado dentro de estratégias de manejo integrado (MIP) na cultura da soja.

Palavras-Chave: manejo integrado; controle biológico; entomopatogenico

Apoio Institucional: BIOVALENS LTDA

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BT-TURBO MAX® no biocontrole da lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens) em soja Jessica Brasau da Silva; Henrique Monteiro Ferro

GRUPO VITTIA

A cultura da soja representa a maior área cultivada no país, com elevada participação na economia brasileira. Entretanto, a cultura abriga diversas espécies de pragas que afetam diretamente sua produtividade, entre elas a lagarta-falsa- medideira (Chrysodeixis includens) que possui alta capacidade de consumo da área foliar, se alimentando também das vagens da planta. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia e a praticabilidade agronômica do inseticida microbiológico BT-TURBO MAX® (Bacillus thuringiensis var. kurstaki, cepa HD-1 (2,0x1010 UFC/mL, 11% m/v)) no controle de C. includens e produtividade da cultura da soja. Os tratamentos aplicados foram: testemunha, BT-TURBO MAX® nas doses de 0,25; 0,5; 0,75 e 1,0 L p.c. ha-1 e o padrão comercial Dipel® (Bacillus thuringiensis var. kurstaki) na dose 0,5 L de p.c. ha-1. Foram realizadas três aplicações dos tratamentos, sendo a primeira no início de infestação da praga e as demais em intervalos de dez dias. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com seis tratamentos e quatro repetições. A comparação entre as médias foi realizada pelo teste de SCOTT-KNOTT (p<0,05) e as eficácias dos tratamentos foram calculadas segundo ABBOTT. Diante dos resultados obtidos, conclui-se que o inseticida BT-TURBO MAX® aplicado nas doses de 0,5, 0,75 e 1,0 L de p.c. ha-1 é eficiente no controle de lagarta-falsa-medideira na cultura da soja, reduzindo a infestação de lagartas pequenas em 49% a 100%, no intervalo de 5 DAA¹ a 10 DAA³, com desempenhos estatisticamente semelhante ou superior ao do inseticida padrão Dipel®, e ainda proporcionando incrementos de produtividade de até 33%.

Palavras-Chave: Bacillus thuringiensis; ENTOMOPATOGENICO; LAGARTAS

Apoio Institucional: BIOVALENS LTDA

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Evaluation of Hemocytes from Metarhizium robertsii-Infected Ticks Using Light Microscopy Jéssica Fiorotti; Patrícia S. Gôlo; Thaís A. Corrêa; Mariana G. Camargo; Diva D. Spadacci-Morena; Isabele C. Angelo; Vânia R.E.P. Bittencourt;

UFRRJ

Metarhizium robertsii Bischoff, Humber, and Rehner (Clavicipitaceae) is an entomopathogenic fungus widely used in the biological control of arthropods. Hemocytes are cells present in the hemolymph of all invertebrates and are involved in the immune response. Despite this, knowledge about the morphological aspects of Rhipicephalus microplus Canestrini (Ixodidae) hemocytes as well as their role in the tick’s response to the fungal infection are scarce. The present study aimed to analyze the hemocytes of R. microplus females after M. robertsii infection using light microscopy. Ticks infected with M. robertsii ARSEF 2575 (5 µL at 1.0 × 107 conidia mL-1), inoculated with Tween® 80 aqueous solution (v/v) or under physiological conditions (untreated group) had their hemolymph collected through the dorsal surface of the tick female, 24 hours after infection. Drops from total hemolymph were placed directly onto glass slides, dried at room temperature for 20–30 min, and fixed in methanol for 3 min. Slides were then stained with Giemsa for 30 min and observed by light microscope. For analysis using historesin, hemocytes were removed from plasma and fixed in 4% paraformaldehyde for six hours at room temperature, dehydrated in ascending ethanol series (70% - 100%), embedded in historesin and stained with methylene blue. Five stained slides were performed per group. When engorged females were infected with M. robertsii, spherulocytes and oenocytoids were not observed. Granulocytes from fungus-infected ticks showed fewer granules than hemocytes from untreated or tween-inoculated ticks. Prohemocytes were similar in uninfected or fungus-infected females. Plasmatocytes from fungus-infected ticks showed cytoplasm heterogeneity and also intense vacuolization. Morphological alterations of plasmatocytes suggested a phagocytic activity and also may indicate a process to cell death, elucidating the effect of entomopathogenic fungi on tick cells. Metarhizium robertsii Bischoff, Humber, and Rehner (Clavicipitaceae) is an entomopathogenic fungus widely used in the biological control of arthropods. Hemocytes are cells present in the hemolymph of all invertebrates and are involved in the immune response. Despite this, knowledge about the morphological aspects of Rhipicephalus microplus Canestrini (Ixodidae) hemocytes as well as their role in the tick’s response to the fungal infection are scarce. The present study aimed to analyze the hemocytes of R. microplus females after M. robertsii infection using light microscopy. Ticks infected with M. robertsii ARSEF 2575 (5 µL at 1.0 × 107 conidia mL-1), inoculated with Tween® 80 aqueous solution (v/v) or under physiological conditions (untreated group) had their hemolymph collected through the dorsal surface of the tick female, 24 hours after infection. Drops from total hemolymph were

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placed directly onto glass slides, dried at room temperature for 20–30 min, and fixed in methanol for 3 min. Slides were then stained with Giemsa for 30 min and observed by light microscope. For analysis using historesin, hemocytes were removed from plasma and fixed in 4% paraformaldehyde for six hours at room temperature, dehydrated in ascending ethanol series (70% - 100%), embedded in historesin and stained with methylene blue. Five stained slides were performed per group. When engorged females were infected with M. robertsii, spherulocytes and oenocytoids were not observed. Granulocytes from fungus-infected ticks showed fewer granules than hemocytes from untreated or tween-inoculated ticks. Prohemocytes were similar in uninfected or fungus-infected females. Plasmatocytes from fungus-infected ticks showed cytoplasm heterogeneity and also intense vacuolization. Morphological alterations of plasmatocytes suggested a phagocytic activity and also may indicate a process to cell death, elucidating the effect of entomopathogenic fungi on tick cells.

Palavras-Chave: immune response; phagocytosis; fungal infection

Apoio Institucional: This study was financed in part by the Coordenacão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) from Brazil, finance code 001, CNPq and FAPERJ

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Interação de formulações de bioinseticidas Bt e do espectro de gotas no controle de Anticarsia gemmatalis Joacir do Nascimento; Kelly C. Gonçalves; Lucas Hahn; Manuela R. Hanich; Ariadne C. Sanches; Sandy S. Fonseca; Adriano A. Melo; Ricardo A. Polanczyk

Departamento de Entomologia, Universidade Estadual Paulista - "Júlio de Mesquita

Filho", 14884-900, Jaboticabal-SP, Brasil

A lagarta-da-soja, Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818 (Lepidoptera: Erebidae) é uma das principais pragas desfolhadoras no cultivo de soja e a utilização de bioinseticidas à base de Bacillus thuringiensis (Bt) (Berliner, 1915) tem sido uma alternativa de controle. Dentre os fatores que interferem na eficiência do controle, aspectos inerentes à formulação e à tecnologia de aplicação desses produtos devem ser considerados. Assim, o objetivo com este trabalho foi avaliar a influência do espectro de gotas e de três formulações de Bt bioinseticidas na mortalidade de A. gemmatalis. O experimento foi realizado em esquema fatorial [(3 x 3)+1], com 40 repetições (lagartas), composto por três Bt bioinseticidas [um isolado HD125 (encapsulado e não encapsulado) e o bioinseticida (Dipel WP®)], aplicados com câmara de pulverização com três espectros de gota (fina, média e grossa) + testemunha (água). A concentração da calda foi 3 x 108 esporos/mL, determinada com o auxílio da câmara de Neubauer, em microscópio com contraste de fase. Após a aplicação foram coletados 40 discos de folhas de soja do terço superior no estádio R2 da cultura e fornecidos para lagartas de 2º instar de A. gemmatalis. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade usando o programa R. O espectro de gota não apresentou diferença na mortalidade de A. gemmatalis para nenhum dos bioinseticidas avaliados. No entanto, o fator bioinseticida apresentou diferença para o espectro de gota fina e média. O bioinseticida Dipel® e o isolado HD125 não encapsulado apresentaram maior eficiência de controle utilizando gota fina e média. No entanto, este último não apresentou diferença na mortalidade para o isolado encapsulado não encapsulado, indicando que o processo de encapsulamento não interferiu de maneira significativa na virulência do Isolado.

Palavras-Chave: Bacillus thuringiensis; lagarta-da-soja; câmara de pulverização

Apoio Institucional: FCAV/Unesp, UFSM, CNPq, LabMaq, EMBRAPA.

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Potencial de uso de Bacillus thuringiensis Berlinder israelensis no controle de Bradysia spp. na produção de mudas de tabaco Alceu J. Zanardi; Joathan Simoneti; Fernando J. Campos

Instituto Federal Catarinense - Campus Rio do Sul

A principal causa de perdas devido ao ataque de insetos-pragas na produção de mudas de tabaco no sistema “float” tem sido o ataque de Bradysia spp. (Diptera: Sciaridae), conhecida como mosquinha-preta ou fungus gnats. Além do controle químico, tem-se estudado a utilização de ácaros predadores, nematoides e bactérias para controle da mosca. Desta forma, objetivou-se avaliar a eficiência no controle de fungus gnats utilizando Bti (Bacillus thuringiensis israelensis). Para tanto, foi conduzido um ensaio com cinco tratamento e três repetições, em um delineamento inteiramente casualizado. Os tratamentos consistiram na utilização do Bti nas doses de 6,67, 13,34 e 20ml do P.C./l de água; Stratiolaelaps scimitus (670 ácaros/bandeja) e imidacloprido (2,0 g. P.C./l de água). Foram realizadas duas aplicações: a primeira 17 dias após a semeadura e a segunda 21 dias após a primeira aplicação, nas mesmas dosagens. Para o tratamento com imidacloprido foi realizada apenas uma pulverização, 17 dias após a semeadura. O número de larvas foi estimado coletando o substrato de cinco células por repetição. Para tanto foi utilizado o funil de Berlesse-Tullgreen modificado, com avaliação 48 horas após o recebimento das amostras. Nas condições testadas todos os tratamentos biológicos mostraram-se tão eficientes no controle das larvas quanto o inseticida.

Palavras-Chave: tabacum; Controle biológico; Bti

Apoio Institucional: Alliance One Brasil

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Eficiência do Erinnyis ello granulovirus (ErelVG) em mistura com herbicidas

José A. S. Franco; Leidiane C. Carvalho; Vanessa Exteckoetter; Anderson M. Gibbert; Hiago Canavessi; William R. Carvalho; Vanda Pietrowski

Universidade Estadual do Oeste do Paraná

A utilização de agentes entomopatogênicos apresenta grande potencial de controle de insetos, nos quais se tem os baculovirus. O sucesso do uso destes microorganismos depende de alguns fatores como, por exemplo, a mistura com produtos químicos. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência do baculovirus (ErelGV) quando aplicado em mistura com herbicidas. O ensaio consistiu dos seguintes tratamentos: T1- testemunha negativa (sem aplicação); T2- testemunha positiva, vírus na dose 40 gramas ha-1 (só vírus); T3- vírus na dose 40 gramas ha-1 + cloroacetanilida; T4 vírus na dose 40 gramas ha-1 + Izoxazolidinona e T5- vírus na dose 40 gramas ha-1 + Cletodim e nafta leve. A dosagem dos herbicidas seguiu a recomendação dos fabricantes para a cultura da mandioca. A aplicação dos tratamentos a campo foi realizado no período da manhã, em parcela única (10 x 6 metros) para os respectivos tratamentos, com volume de calda: 200 L ha-1, utilizando o equipamento CO2. Após a aplicação, após os produtos secarem, as folhas correspondentes a cada tratamento foram coletadas e levadas ao laboratório onde foram fornecidas as larvas de Erinnyis ello Lineau (Sphingidae), oriundas da criação, individualizadas em copos plásticos de 500mL com tampas perfuras. O delineamento foi DBC, com 5 tratamentos x 20 blocos x 5 repetições, totalizando 100 lagartas por tratamento. A alimentação diária das larvas até alcançarem a fase pré- pupa foi realizada através da coleta de folhas de mandioca das parcelas onde foi realizado a aplicação dos produtos. A mortalidade diária foi anotada os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Os resultados obtidos indicaram que a aplicação de baculovirus em mistura com os herbicidas utilizados não afetaram a eficiência do inseticida biológico. Portanto, o uso de herbicida em mistura com baculovirus não reduz sua eficiência.

Palavras-Chave: Manihot esculenta Crantz; Controle biológico; Bioinseticida

Apoio Institucional: ATIMOP- Associação Técnica das Indústrias de Mandioca do Paraná.

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Toxicidade de cepas de Bacillus thuringiensis para lepidópteros- pragas

Karine S. Carvalho; Natália A. Leite; Karolay G. Reis; Marco Aurélio G. Pimentel; Fernando H. Valicente

UFLA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS

Bacillus thuringiensis (Berliner, 1911) é um importante entomopatógeno utilizado no controle de pragas agrícolas, principalmente de insetos da ordem Lepidóptera. Devido ao seu sucesso como biopesticida, a busca por novos isolados com propriedades mais tóxicas aos insetos torna-se constante. Uma das análises mais utilizadas para avaliar a toxicidade dos isolados de Bt é através de bioensaios de concentração letal média (CL50) para determinar a mudança das taxas de mortalidade entre diferentes espécies com o aumento dos níveis de dose, além de sugerir e estimar a melhor dosagem para aplicação de um pesticida. O objetivo desse estudo foi avaliar a patogenicidade e a virulência das cepas 1608A e 775E de Bacillus thuringiensis em larvas de Anticarsia gemmatalis (Hübner, 1818), Crysodeixis includens (Walker, 1858) e Helicoverpa armigera (Hübner, 1808). Os bioensaios foram conduzidos no Laboratório de Controle Biológico da Embrapa Milho e Sorgo e consistiram em sete diluições das suspensões contendo esporos e cristais na proporção de 1:10 de cada cepa que foram aplicadas superficialmente em dietas artificiais específicas distribuídas em copos descartáveis de 50 mL. Posteriormente, larvas neonatas foram adicionadas aos recipientes e mantidas em sala climatizada a 25 ºC ± 2. Após sete dias, a mortalidade foi avaliada. Os tratamentos consistiram em quatro repetições contendo 24 larvas/ repetição. As CL50 e CL90 foram determinadas por meio da análise de probit utilizando o software SAS. A cepa 1608A demonstrou maior toxicidade para todas as espécies avaliadas com menores concentrações necessárias para matar 50% da população de cada espécie, com valores de CL50 variando de 1.69x103 a 1.87x105 esporos/mL em relação à cepa 775E que apresentou valores de CL50 de 7.42x104 a 4.42x105 esporos/mL, além disso, as espécies avaliadas tiveram níveis de suscetibilidade diferentes para as toxinas de B. thuringiensis, demonstrando que umas são mais permissivas que outras ao entomopatógeno.

Palavras-Chave: Bt; suscetibilidade; concentração letal

Apoio Institucional: Embrapa Milho e Sorgo, CAPES, UFLA

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Interferência do Baculovírus (SfMNPV) no canibalismo de Spodoptera frugiperda em sistema de criação Karolay G. Reis; Gabriel H. F. Nunes; Fernando H. Valicente; Frederick M. Aguiar; Jean M. R. Pinho; Karine S. Carvalho; Vinícius A. S. Santos; Nívea A. M. Evangelista; Celso G. Vieira; Osmar S. Souza

UNIFEMM

A inoculação do baculovírus em substratos vegetais para a alimentação da lagarta Spodoptera frugiperda é uma das formas mais comuns de multiplicação desse vírus, porém essa técnica apresenta um alto canibalismo entre lagartas, o que pode levar a perdas significativas na produção. Dessa forma, o comportamento canibal de lagartas de S. frugiperda oriundas da USP com idade de 5 dias foram avaliadas quando inoculadas ou não com o ISO 6 de baculovírus proveniente do Banco de Microrganismos da Embrapa Milho e Sorgo, na concentração de 3,5x107 poliedros/mL. O experimento foi composto por 4 tratamentos, contendo 3 repetições cada, no qual utilizou-se T1: 100 lagartas sem ISO 6; T2: 100 lagartas com ISO 6; T3: 200 lagartas sem ISO 6; T4: 200 lagartas com ISO 6. As lagartas foram mantidas em caixa plástica (Gerbox) com folhas de milho inoculadas ou não com baculovírus. Em seguida foram realizadas avaliações após 24 e 48 horas da inoculação para mensurar o canibalismo. Posteriormente, os dados foram submetidos a análise de variância pelo teste de Scott-Knott. Os tratamentos não apresentaram diferença significativa para os resultados de canibalismo quando observado as variáveis lagartas inoculadas ou não com baculovírus. Entretanto, quando considerado o tempo de avaliação e a quantidade de lagartas contidas no gerbox, os tratamentos apresentaram diferença significativa. Após 48 horas da inoculação a porcentagem de canibalismo foi significativamente superior a 24 horas, no qual, T1: 15,66%; T2: 16; 00% T3: 51,00% T4: 57,66% e T1: 1,33%; T2: 3,66%; T3: 5,66%; T4: 11,00%, respectivamente. Nos tratamentos com maior número de lagartas no gerbox a porcentagem de canibalismo foi superior aos demais nos dois tempos de avaliação. Portanto, pode-se concluir que para as lagartas S. frugiperda oriundas da USP o baculovírus ISO 6 não influência diretamente no comportamento canibal.

Palavras-Chave: Milho; Comportamento; Canibal

Apoio Institucional: EMBRAPA, FAPED

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Patogenicidade de diferentes fungos entomopatogênicos ao bicudo-do-algodoeiro Anthonomus grandis (Coleoptera: Curculionidae) Larissa M. de Sousa1; Heloiza A. Boaventura1; Bruna M. D. Tripode2; José E. Miranda2; José F. A. e Silva3; Eliane D. Quintela3

1Mestranda em Agronomia, Universidade Federal de Goiás, Av. Esperança, s/n –

Chácaras de Recreio Samambaia, 74690-900, Goiânia, GO, Brasil. Email:

[email protected]. 2Embrapa Algodão - Núcleo Cerrado, Rodovia Goiânia a

Nova Veneza km 12 Zona Rural, 75375-000, Santo Antônio de Goiás, GO, Brasil. 3Embrapa Arroz e Feijão, Rodovia Goiânia a Nova Veneza km 12 Zona Rural, Caixa

Postal 179, 75375-000, Santo Antônio de Goiás, GO, Brasil

Os fungos entomopatogênicos são encontrados causando epizootias em diferentes ordens de insetos e apresentam grande potencial para o controle biológico. O objetivo deste trabalho foi avaliar a patogenicidade de diferentes fungos entomopatogênicos a adultos do bicudo-do-algodoeiro Anthonomus grandis Boheman, 1843 (Coleoptera: Curculionidae). O experimento foi conduzido no laboratório da Embrapa Arroz e Feijão em Santo Antônio de Goiás, GO. Dez adultos de A. grandis foram pulverizados com 1 × 108 conídios mL-1 de dois isolados de Cordyceps javanica (código 01 e 02), Metarhizium anisopliae (BRM2335), um de Beauveria bassiana e testemunha com Tween 80 a 0,01%. As pulverizações foram realizadas com uma torre de Potter com volume de 1 mL sobre 10 adultos em placas de Petri (6,5 cm de diâmetro). Após tratamento, as caixas de Gerbox contendo 10 adultos do bicudo e botões florais de algodão foram mantidas em temperatura ambiente. Foram utilizados 40 insetos por tratamento em quatro repetições. As avaliações ocorreram diariamente a partir do 3º dia. Após 10 dias, M. anisopliae causou mortalidade confirmada de 92,5% e diferiu significativamente dos isolados C. javanica 01 e 02 (60% e 43% de infecção confirmada, respectivamente). Não foi observado o crescimento de B. bassiana nos insetos mortos. Estes resultados demonstram o potencial de M. anisopliae e C. javanica como agentes de controle microbiano de adultos do bicudo-do-algodoeiro.

Palavras-Chave: controle microbiano; manejo integrado de pragas; algodão;

Apoio Institucional: Embrapa e Lallemand (Patos de Minas, MG).

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Effect of Metarhizium sp. and Carvacrol Association to Control Rhipicephalus microplus Larvae Laura N. Meirelles; Mariana G. Camargo; Jéssica Fiorotti; Allan F. Marciano; Vânia R.E.P. Bittencourt;

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Synergic effects can be found in the interaction between Carvacrol and Metarhizium spp., enhancing this association to control Rhipicephalus microplus Canestrini (Ixodidae) tick. This work aimed to evaluate the compatibility between Carvacrol and Metarhizium anisopliae s.s. Rocha et al. (Clavicipitaceae) isolate (IP 119) and the effect of this association on tick larvae. Compatibility was assessed through fungal germination and solid media diffusion tests. 10 μL of IP119 at 106 conidia mL-1 and 10 μL of Carvacrol at 3.125; 6.25; 12.5 or 25 mg mL-1 were added to the culture medium and fungal germination was analyzed after 24 and 48 h. For fungal growth inhibition, 50 μL of suspension were spread on the culture medium, three filter paper disks were placed and 3 μL of Carvacrol or 3%Tween 80 were added on disks. 72 h after, the halo was measured with a caliper. Then, larvae were immersed for 3 min in 1 mL of fungal suspension and/or Carvacrol solution. Larval mortality rate was analyzed 1, 3 and 5 days after treatment. 24 h after compatibility test, the fungus alone or associated with Carvacrol at 3.125 or 6.25 mg mL-1 germinated fully unlike other associations. 48 h, the fungus associated with Carvacrol at 12.5 mg/mL germinated fully. Carvacrol at 3.125 or 6.25 mg mL-1 did not produce halos around the discs, while at 12.5 or 25 mg mL-1 produced halos with a mean diameter of 1.3 and 4 mm, respectively. Carvacrol at 0.156 or 0.312 mg mL-1 were selected for the biological assay. On the 1st day after treatment, only IP 119 at 105 or 106 conidia mL-1 + Carvacrol at 0.312 mg mL-1 presented larvae mortality and in the 3rd and 5th days, the same groups produced mortality rates greater than groups treated only with fungus or Carvacrol. In conclusion, Carvacrol at 3.125 and 6.25 mg/mL can be associated with IP 119 isolate and the association with concentrations at 105 or 106 conidia ml-1 with Carvacrol at 0.312 mg mL-1 has potential use to control of R. microplus larvae.

Palavras-Chave: entomopathogenic fungi; essential oil; biological control

Apoio Institucional: This study was financed in part by the Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Finance Code 001; CNPq and FAPERJ

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Análise e predição in silico de pequenos RNAs não codificadores (sRNAs) no grupo Bacillus cereus sensu lato Kátia B. Gonçalves; Renan J. C. Appel; Rogério F. de Souza; Laurival A. Vilas- Bôas; André Luciano Nadal; Gislayne T. Vilas-Boas

Programa de Pós-graduação em Genética e Biologia Molecular. Universidade Estadual de Londrina (UEL), Rodovia Celso Garcia Cid, Km 380, s/n – Campus Universitário, 86057-970, Londrina, PR, Brasil. E-mail: [email protected]. 2Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de Londrina (UEL)

A identificação de small RNA (sRNA) tornou-se parte importante da genética microbiana. sRNAs são pequenas moléculas de RNA que ao se ligarem a mRNAs, são capazes de regular processos biológicos, sobretudo a nível pós-transcricional, ajustando a fisiologia bacteriana em resposta a sinais ambientais. Bacillus cereus (Frankland & Frankland, 1887) sensu lato é utilizado para designar sete espécies de bactérias Gram-positivas e formadoras de esporos. Dentro desse grupo temos B. cereus (Bc), Bacillus anthracis (Koch 1815) (Ba) Bacillus thuringiensis (Berliner 1911) (Bt), sendo que apresentam diferente importância na atividade humana com destaque para o Bt que é o principal agente usado no controle biológico de pragas e vetores de doenças. A taxonomia do grupo ainda é bastante questionada, uma vez que diferentes ferramentas de análise mostram resultados controversos. Embora a descoberta de sRNAs tornou-se possível por meio de abordagens computacionais, isso tem se mostrado um grande desafio. Este trabalho tem como objetivo principal detectar e caracterizar sRNAs nos genomas de Bt, Bc e Ba. A busca dos sRNAs foi feita utilizando 132 genomas completos disponíveis no NCBI. Estes foram anotados com o programa INFERNAL utilizando o pacote cmsearch; os modelos de covariância presentes no banco de dados Rfam foram então selecionados na ordem Bacillales. Os resultados preliminares permitiram a identificação de 45.629 sRNAs considerados significativos pelo programa e estes sRNAs estão subdivididos em 53 famílias designadas núcleo, por serem compartilhadas entre as 3 espécies. Verificamos ainda que Bc e Bt compartilham algumas famílias de sRNAs, já Ba não possui sRNA compartilhado com nenhuma outra espécie. Dentre as famílias identificadas, algumas são exclusivas em apenas uma das espécies. Estes resultados ainda serão explorados por meio de validação e correlacionando com atividades bacterianas importantes, sobretudo aquelas relacionadas entomopatogenicidade e classificação, contribuindo para uma maior segurança de produtos à base de Bt.

Palavras-Chave: Bacillus thuringiensis; Taxonomia; Bioinformática Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Virulência de nematóides entomopatogênicos isolados no Norte do Paraná sobre Dichelops melacanthus Leandro B. Gonçalves; Mariana F. de Macedo; Gabriela S. Doneze; Lucimara A. Araújo; Viviane S. Alves

Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) – Campus Cornélio Procópio

Considerado em muitas regiões como a principal praga da cultura do milho, o percevejo-barriga-verde Dichelops melacanthus Dallas, 1851 (Hemiptera: Pentatomidae) vem causando grandes prejuízos nas lavouras de milho, onde tanto adultos como ninfas causam danos ao introduzirem seus estiletes na base das plantas, através da bainha das folhas, atingindo as folhas internas. Na entressafra, os insetos adultos se abrigam nos restos de culturas e na palhada. É neste estágio que se tornam alvos para os nematoides entomopatogênicos (NEPs), pois estes são patógenos de solo. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a virulência de isolados de nematoides entomopatogênicos provenientes da Região Norte do Paraná sobre D. melacanthus em condições de laboratório. O experimento consistiu de oito tratamentos (sete isolados de NEPs e um tratamento controle) com cinco repetições. Cada parcela constituiu de uma placa de Petri de vidro (9 cm de Ø) contendo dois papéis filtro na parte inferior e 10 percevejos adultos. Em seguida, foram aplicados com auxílio de micropipeta, os isolados na concentração de 100 JIs/cm2. No tratamento testemunha aplicou-se 2 mL de água destilada. O ensaio foi mantido em câmara climatica a 26±1°C e fotoperíodo de 14h, por 5 dias. Após esse período, foi feita a avaliação de mortalidade, através da contagem e a dissecação dos insetos para a confirmação da morte por NEPs. Os dados do experimento foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste Scott-Knott (p≤0,05). Observou-se que todos os isolados apresentaram patogenicidade para D. melacanthus, e houve diferença na virulência entre os isolados, sendo que UENP 1, 2, 3 e 6 foram os que causaram as menores mortalidade, não ultrapassando 50%. Por outro lado, os isolados 4, 5, e 7 causaram mortalidade com valores de 58 % e 78%, respectivamente, concluindo que estes isolados apresentam potencial para o controle de sobre percevejo-barriga-verde.

Palavras-Chave: Steinernema; Heterorhabditis; Percevejo-da-barriga-verde

Apoio Institucional: Capes com concessão de bolsa e Fundação Araucária através do financiamento da pesquisa

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Manejo biológico de pragas e doenças do tomateiro (Solanum lycopersicum) com tratamento de mudas com Beauveria bassiana Leonaldo Donato Dias; Lucas Santos Vian; Leandro Pires de Araújo Júnior; Eric Novato de Sousa; Gustavo Henrique Soares; Luis Rodolfo Rodrigues; Alexandre de Sene Pinto

Centro Universitário Moura Lacerda

A cultura do tomate, Solanum lycopersicum, sofre ataque de diversas pragas e doenças que comprometem a produção e em busca de controlar estes limitantes de produção, utiliza-se agrotóxicos. Este trabalho teve como objetivo avaliar o controle de pragas e doenças e a produtividade após o tratamento das raízes das plantas de tomateiro com Beauveria bassiana cepa IBCB66. O método utilizado foi a imersão das raízes em soluções em três concentrações diferentes (5,0x109, 1,0x1010 e 1,5x1010 conídios L-1), mais uma testemunha, e após este procedimento as mudas foram plantadas em vasos e mantidas em campo, em Ribeirão Preto, SP, Brasil. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, onde os quatro tratamentos foram repetidos sete vezes cada. Todas as plantas foram avaliadas semanalmente quanto à presença de pragas e doenças, contando-se o número de pulgões por planta e de folhas com presença de moscas-brancas ou mosca-minadora e de plantas com doenças. A produtividade foi avaliada contando-se o número e peso de frutos por planta e peso de cada fruto. Foram encontrados pulgões (Hemiptera: Aphididae), mosca-branca (Hemiptera: Aleyrodidae), cochonilhas (Hemiptera: Pseudococcidae), cigarrinhas (Hemiptera: Cicadellidae), tripes (Thysanoptera: Thripidae), moscas-minadoras (Diptera) e lagartas (Lepidoptera) e as doenças septoriose, Septoria lycopersici, murcha-de-verticílio, Verticillium dahliae, e oídio, no período vegetativo. No período reprodutivo ocorreram lagartas e podridões não identificadas. B. bassiana diminuiu a população de mosca-branca, Bemisia tabaci (Gennadius), em apenas uma data de avaliação, em todas as concentrações testadas, mas não controlou nenhuma outra praga que ocorreu naturalmente. Também diminuiu a incidência inicial de murcha-de-verticílio e diminuiu a incidência de septoriose, em uma data, nas doses de 5x109 e 1x1010 conídios L-1 em folhas de tomateiro. O fungo B. bassiana no tratamento de mudas de tomateiro não diminuiu a incidência de doenças em frutos e nem melhorou a produtividade da cultura. Esse fungo deve ser mais bem estudado, em outras concentrações de conídios, no controle de pragas e doenças.

Palavras-Chave: controle microbiano

Apoio Institucional: Biocontrol

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Compatibilidade de Heterorhabditis amazonensis (CB46) com Azamax Leticia Bernadete da Silva1; Cássia Brito2; Douglas Cecconello2; Vivivane Sandra Alves2

1Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) - Campus Cornélio Procópio Unidade Centro; 2Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) – Campus Bandeirantes

O uso de produtos químicos para controle de pragas por muito tempo foi amplamente utilizado como única medida de controle a campo. No entanto, hoje temos uma vasta gama de produtos naturais e inimigos naturais que podem ser usados em programas de Manejo Integrado de Pragas, mas que precisam ser estudados quanto a sua compatibilidade com outras técnicas de controle. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a compatibilidade do H. amazonensis (isolado CB46) com o inseticida natural Azamax. Foi utilizada a metodologia da IOBC, modificada por Negrisoli et al. (2008), onde em um tubo de vidro de fundo chato foi adicionado 1mL do produto preparado com o dobro da dose indicada pelo fabricante, mais 1mL da suspensão do nematoide contendo 2000Juvenis Infectantes (JIs)/mL, resultando em uma calda na dose indicada com concentração de 1000 JIs/mL. Para o tratamento controle a suspensão de JIs foi diluída apenas em água destilada. Cada tratamento foi repetido cinco vezes e mantido em câmara climática a 22ºC por dois dias. Para lavagem, 3mL de água destilada foi adicionado a cada tudo, agitados e mantidos em geladeira por 30 min para decantação dos JIs, e o sobrenadante foi retirado. Esse processo foi repetido três vezes. Em seguida, para a avaliação de viabilidade, foram retiradas 5 aliquotas de 0,05mL para contagem dos JIs vivos. A infectividade foi avaliada através da adição de 0,2 mL da suspensão de JIs em placas de Petri de 9 cm de diâmetro contendo papel filtro duplo e 10 larvas de Galleria mellonella e o número de insetos mortos foi avaliado 5 dias após a inoculação. Os dados foram submetidos a análise estatística pelo programa Sisvar, onde foi feita análise de variância e teste de médias de Tukey. O produto Azamax reduziu a sobrevivência do nematoide, restando apenas 24,5%. Quanto a infectividade, observou-se que o Azamax com o CB46 obteve uma infectividade de 57,5%, sendo diferente da testemunha onde houve uma mortalidade de 87,5%. Palavras-chave: Nematoides entomopatogênicos, Nim, Manejo Integrado de Pragas. Apoio financeiro: Capes com concessão de bolsa e Fundação Araucária através do financiamento da pesquisa.

Palavras-Chave: nematoides entomopatogenicos; nim; manejo integrado de pragas

Apoio Institucional: Capes e CNPq

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Temperaturas cardinais para o crescimento e produção de conídios de três fungos entomopatogênicos Letícia R. M. Alves; Heloiza A. Boaventura; José F. A. e Silva; Eliane D. Quintela

¹ Unievangélica Av. Universitária Km. 3,5 - Cidade Universitária, 75083-515 Anápolis - GO, Brasil. ² Embrapa Arroz e Feijão, Rodovia Goiânia a Nova Veneza km 12 Zona Rural Caixa Postal 179, 75375-000 Santo Antônio de Goiás, GO, Brasil

A temperatura tem grande influência no crescimento de fungos entomopatogênicos, sendo este processo dependente de reações químicas que são alteradas pela temperatura. O objetivo deste trabalho foi determinar a temperatura mínima, ótima e máxima para o crescimento e esporulação de Beauveria bassiana, Cordyceps javanica e Metarhizium anisopliae. O experimento foi desenvolvido no Laboratório de Patologia de Insetos, na Embrapa Arroz e Feijão. Dois microlitros de uma suspensão de 1 × 107 conídios mL-1 preparada com Tween 80 a 0,01% de cada isolado foi inoculada no centro de uma placa de Petri (60 mm), contendo meio de BDA, totalizando 10 repetições por tratamento. As placas foram incubadas em câmaras B.O.D. a 12, 15, 18, 25, 30 e 34 °C, fotofase de 12 h e umidade relativa de 80 ± 10%. A medição do diâmetro das colônias foi feita diariamente durante 10 dias e, logo após, os halos das colônias foram recortados e adicionados em tubos Falcon contendo 30 mL de Tween 80 a 0,01%. Estes tubos foram agitados em Vortex por quatro minutos e o número de conídios quantificados em câmara de Neubauer. Para Beauveria, a melhor temperatura para crescimento e produção de conídios foi 25 °C. Para M. anisopliae e C. javanica a temperatura de 30 °C foi a mais adequada para o desenvolvimento. Somente M. anisopliae se desenvolveu a 34 °C, mas não foi observada produção de conídios. O crescimento micelial e a produção de conídios para os dois isolados de Cordyceps foram semelhantes em todas as temperaturas. Após 10 dias, foi observada pouca produção conídios nas temperaturas de 12 e 15 °C. Estes resultados demonstram a importância da temperatura no desenvolvimento das diferentes espécies dos fungos entomopatogênicos, havendo uma temperatura ideal para o seu crescimento e esporulação.

Palavras-Chave: Beauveria bassiana

Apoio Institucional: Embrapa e Lallemand

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Potencial Inseticida de cepas de Bacillus thuringiensis oriundas de gleisolo e planosolo do Rio Grande do Sul, BR Lidia M. Fiuza1; Diounéia L. Berlitz1; Samuel Roggia2; Jaime V. Oliveira3; Akio S. Matsumura1; Akira S. Matsumura1; Aida T. S. Matsumura1

1ICB BIOAGRITEC LTDA. Bacteriologia, Arabutan 386, Porto Alegre, E-mail: [email protected]; 2Embrapa/CNPSo, Entomologia, Londrina; 3IRGA/Fitotecnia, Cachoeirinha

Nas lavouras do RS, especialmente em gleisolos e planosolos, por duas décadas foram obtidas amostras dos laboratórios de solos da UFRGS e IRGA. Entre os Bacillus spp. mantidos em laboratório, sete Bacillus thuringiensis Berliner (1911) (Bacillaceae) foram eleitos para avaliar o potencial inseticida contra lepidópteros, hemípteros e coleópteros (Embrapa/CNPSo e EEA/IRGA), e genes cry. As cepas de Bt MTox126-6; MTox3146-4; MTox144-9; MTox2638-1; MTox2974-11; MTox2014; MTox1958-2 foram cultivadas até a lise celular e as proteínas Cry purificadas. Para os genes cry, o DNA foi amplificado com primers, sequenciado e alinhado para análise filogenética. Nos bioensaios, com: (i) lagartas de 2º instar de Spodoptera frugiperda (J. E. Smith) (Lep., Noctuidae) e Anticarsia gemmatalis (Hübner, 1818) (Lep., Noctuidae) foi aplicado, em dieta de Poitout, o pellet (1.10ˆ10 céls./mL) e/ou proteínas Cry; (ii) ninfas de 2º instar de Euschistus heros (Fabricius) (Hem., Pentatomidae), as proteínas Cry foram aplicadas nas vagens de soja e (iii) Oryzophagus oryzae (Costa Lima) (Col., Curculionidae), as larvas foram mantidas em tubos de ensaio com plântulas de arroz e proteínas Cry. No controle foi aplicada H2O (30 insetos) e os ensaios foram em triplicatas por espécie. Os tratamentos foram constituídos de diluições seriadas e mantidos a 25 ± 2°C, 70% UR e fotofase de 12 a 14h. A mortalidade foi avaliada até o 7° dia e corrigida por Abbott (MC). Os dados revelam MTox 2638-1 e MTox 2974-11 (cry1J) com 100% MC à S. frugiperda, sendo a CL50 da MTox1958-2 (cry1) de 173µg/mL. Para A. gemmatalis, a MC foi superior a 96 % para as cepas testadas e com as proteínas Cry de MTox126-6 (cry2), MTox144-9 (cry1, cry2 e cry9) e MTox3146-4 (cry9), as CL50 foram de 184; 514 e 1.138µg/mL, respectivamente. A MTox144-9 revelou CL40 de 280 mg/mL para E. heros. Já a MTox2014-2 (cry3) mostrou CL50 de 5,4µg/mL para O. oryzae. Sendo assim, as cepas MTox1958-2, MTox144-9 e MTox2014-2 têm maior potencial inseticida.

Palavras-Chave: Bacillus; proteínas Cry; Insetos

Apoio Institucional: ICB BIOAGRITEC LTDA.

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Eficiência de produtos biológicos e químicos no controle da mosca-branca Bemisia tabaci (Genn.) Biótipo B (MEAM1) (Hemiptera: Aleyrodidae) em soja Lúcia M. Vivan1; Ana Flávia O. Nascimento

1Setor de Entomologia, Fundação Mato Grosso, Caixa Postal 79, 78750-000, Rondonópolis - MT, Brasil. E-mail: [email protected]

Bemisia tabaci (Genn.) Biótipo B (MEAM1) hoje é uma das principais pragas da soja em algumas regiões do estado do Mato Grosso. Os adultos e ninfas desta espécie sugam seiva, ocasionando danos diretos, com perdas na produtividade. Também, podem causar danos indiretos, como aparecimento da fumagina, afetando a fotossíntese, e transmitindo viroses. Os produtos biológicos têm sido empregados como uma das opções de controle. Este trabalho objetivou avaliar o controle de mosca-branca com produtos químicos e biológicos na cultura da soja. O estudo foi realizado na Fazenda Lagoa Vermelha, Sorriso, MT, onde foram testados seis tratamentos em quatro repetições: 1) Testemunha; 2) Ballvéria® (150 g/ha-1); 3) Boveril PL63 (300 g/ha-1) +Saurus (100 g/ ha-1); 4) Boveril PL63 (300 g/ ha-1); 5) Ballvéria® (150 g/ ha-1) + Saurus (100 g/ha-1); e 6) Benevia® 100 OD (500 ml/ha-1). O tratamento 6 recebeu uma aplicação, os tratamentos 2, 3, 4, 5 receberam duas aplicações em intervalos de 14 dias. Nas avaliações foram coletados 10 folíolos da parte mediana da planta para avaliar ninfas em laboratório. Os produtos biológicos em mistura com o inseticida reduziram significativamente a população de ninfas de mosca-branca a partir da segunda aplicação, em relação aos produtos biológicos aplicados isoladamente. Benevia® 100 OD demonstrou controle superior da praga com apenas uma aplicação. Os produtos biológicos podem ser utilizados no manejo desta praga, em mistura com inseticidas a base de neonicotinóides, no entanto, necessitam de um maior número de aplicações em relação ao controle com Benevia® 100 OD.Palavras-chave: Beauveria bassiana; Bioinseticida; Controle Microbiano.Apoio: Projeto FASE-MT 003/2019.

Palavras-Chave: Beauveria bassiana; Bioinseticida; controle microbiano

Apoio Institucional: Fase MT

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Virulência de diferentes isolados de nematoides entomopatogênicos nativos do Norte do Paraná sobre Galleria mellonela Lucimara A. Araújo; Mariana F. de Macedo; Leandro B. Gonçalves; Gabriela D. Souza; Viviane S. Alves

Universidade Estadual Do Norte do Paraná – Campus Cornélio Procópio Unidade Centro

O uso de patogenos autóctones pode conferir vantagens no controle de pragas, e a busca por isolados nativos deve fazer parte das estratégias em programas de controle biológico. Os nematoides dos gêneros Steinernema e Heterorhabditis são empregados no controle biológico de pragas, visando principalmente pragas de solo, pois, possuem uma vinculação simbiótica com bactérias que são patogênicas aos insetos. Por outro lado, o inseto Galleria mellonella Linnaeus 1758 (Lepidoptera: Pyralidae) também conhecida como traça dos favos, é um inseto utilizado em laboratório para multiplicação in vivo de nematoides entomopatogêncios (NEPs) devido a sua susceptibilidade aos mesmos. Assim, objetivo deste trabalho foi avaliar a virulência de diferentes isolados de NEPs provenientes da Região Norte do Paraná (isolados UENP 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7), sobre larvas de último ínstar G. mellonela em condições de labortatório. O experimento foi realizado com oito tratamentos e cinco repetições, e cada repetição constituiu de uma placa de Petri de vidro (9 cm de Ø) contendo dois papéis filtro na parte inferior e 10 lagartas. Os NEPs foram aplicados com auxílio de micropipeta, na concentração de 100 JIs/cm². No tratamento testemunha aplicou-se 2 mL de água destilada. O ensaio foi mantido em câmara climatizada a 25±1ºC e sem fotoperíodo. Os dados do experimento foram sujeitos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste Scott-Knott (p≤0,05). Verificou-se, que todos os isolados apresentaram patogenicidade para G. mellonela e diferiram do tratamento controle. No que se refere a virulência, as porcentagens de mortalidade variaram de 88 a 98%, mas não houve diferença estatística entre elas.

Palavras-Chave: Isolados nativos

Apoio Institucional: Capes com concessão de bolsa e Fundação Araucária através do financiamento da pesquisa

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Patogenicidade de Steinernema rarum e Heterorhabditis bacteriophora a Ceratitis capitata (Widmann,1824) (Diptera:Tephritidae) Maguintontz C. Jean-Baptiste1*; Andressa L. de Brida2; Sérgio Da. C. Dias2; José J. dos Santos2; Luis G. Leite3; Daniel Bernardi1; Silvia R. S. Wilckens4; Flávio R. M. Garcia2

1Universidade Federal de Pelotas, Departamento de Fitossanidade. Pelotas, RS. 2Universidade Federal de Pelotas, Instituto de Biologia, Departamento de Ecologia, Zoologia e Genética, Laboratório Ecologia de Insetos, Pelotas, RS. 3Instituto Biológico, Laboratório de Controle Biológico,Campinas, SP. 4Faculdade de Ciências Agronômicas, Departamento de ProduççãoVegetal, Botucatu, SP. *E- mail: [email protected]

Ceratitis capitata (Widmann, 1824) representa uma das pragas mais frequentes e limitantes à produção de frutas no Brasil. As larvas se alimentam da polpa das frutas, facilitando podridões e queda prematura de frutos. Entre as alternativas de manejo, destacam-se o uso de nematoides entomopatogênicos (NEPs), com destaque aos gêneros Steinernema e Heterorhabditis, considerados os gêneros mais estudados para o manejo de pragas. O objetivo do trabalho foi avaliar a patogenicidade Heterorhabditis bacteriophora HB (Poinar,1976) e Steinernema rarum PAM 25 (Doucet,1986) a larvas e pupas de C. capitata em laboratório. O bioensaio foi conduzido em um delineamento inteiramente casualizado em três tratamentos com 10 repetições. As unidades experimentais (EU) foram constituídas por recipiente de plástico (200 mL) contendo 50g de areia seca e autoclavada com 5% de umidade, contendo 10 larvas (72 horas de idade) ou 10 pupas (48 horas de idade) de C. capitata. Feito isso, foi inoculado 1 mL da suspensão do isolado de NEPs, na concentração de 1000 juvenis infectantes (JIs). Como testemunha, foi adicionado 5 mL de água destilada sem a presença de NEPs. As EU foram acondicionadas em BODs a 25ºC, 80% UR, fotoperiodo de 12 horas. Decorrido três dias após a inoculação (DAÍ) dos NEPs, foi avaliada a mortalidade larval e, aos oito DAÍ, a mortalidade pupal de C. capitata. Durante as avaliações, os cadáveres dos insetos foram transferidos para placas de Petri (9 cm) e dissecados em água destilada para confirmação e quantificação dos JIs. Os isolados H. bacteriophora HB e S. rarum PAM 25, causaram 78 e 61% de mortalidade larval com a presença de 33,158 JIs/larva e 167,313 JIs/larva, respectivamente. Para a fase de pupa, foi observado mortalidade superior a 60%, com a presença de 118,502JIs/pupa (H. bacteriophora) e 40,103JIs/larva (S. rarum). Frente aos resultados, as espécies H. bacteriophora HB e S. rarum PAM 25 são considerados promissores para o uso no manejo de C. capitata. Palavras-Chave: Controle biológico Apoio Institucional: CAPES/PROEX

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Patogenicidade de Steinernema brazilense a larvas de Bradysia ocellaris (Comstock, 1882) (Diptera: Sciaridae) Maguintontz C. Jean-Baptiste1*; Andressa L. de Brida2; Adriane da F. Duarte1; Juliano L. P. Duarte1; Luis G. Leite3; Uemerson S. da Cunha1; Moisés J. Zotti1; Flávio Roberto M. Garcia2

1Universidade Federal de Pelotas. Pós-Graduação em Fitossanidade, Pelotas, RS. 2Universidade Federal de Pelotas, Departamento de Ecologia, Zoologia e Genética, Pelotas, RS. 3Instituto de Biológico, Laboratório de Controle Biológico, Campinas, SP. *E-mail: [email protected]

Bradysia ocellaris (Comstock, 1882) (Diptera: Sciaridae) é uma das espécies dentre os sciarídeos, que possuem importância econômica nos cultivos em estufa. As larvas causam perdas significativas de rendimento dos cultivos, uma vez que prejudicam o sistema radicular, além de facilitar a entrada de patógenos. Poucas são as alternativas de controle para auxiliar no manejo deste inseto. Dentre as perspectivas de estudos para manejo, o controle biológico por meio de nematoides entomopatogênicos (NEPs) demonstra ser uma alternativa promissora. Assim, o objetivo deste trabalho, foi avaliar a patogenicidade e virulência de Steinernema brazilense IBCBn6 a B. ocellaris em duas concentrações em condição controlada de laboratório. Foi utilizada uma espécie de nematoide: Steinernema brazilense IBCBn6 (Nguyen, 2010). O experimento foi conduzido em um delineamento inteiramente casualizado, com três tratamentos e cinco repetições. Cada unidade experimental (EU) foi constituída de uma placa de Petri (5 cm) revestida com duas folhas de papel filtro, contendo 10 larvas de B. ocellaris. Os juvenis infectantes (JIs) do isolado S. brazilense IBCBn6, foram inoculados em suspensão de 1 mL nas concentrações de 100 e 1000 JIs/mL Como testemunha, foi adicionado 1 mL de água destilada sem a presença de NEPs. Após a inoculação, as EU foram armazenadas em câmara climatizada BOD a 25°C, 80% UR, fotoperiodo de 12 horas. As avaliações foram realizadas sete dias após a inoculação (DAÍ) dos NEPs, sendo as larvas mortas dissecadas para verificar a causa de mortalidade e ior quantificação dos JIs. S. brazilense IBCBn6 causou mortalidade de 52% na concentração de 100JIs/mL e 82% de mortalidade na concentração de 1000JIs/mL. O número médio de JIs foi de 31,22 e 11,00 para ambas concentrações estudadas. A concentração foi de 1000 JIs de S. braziliense IBCBn6 permitiu a maior taxa de patogenicidade a larvas, demonstrando ser um agente promissor no controle de B. ocellaris.

Palavras-Chave: Controle biológico; juvenil infectante; fungus gnats

Apoio Institucional: CAPES/PROEX

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Qualidade dos produtos à base de Beauveria bassiana comercializados em Santa Catarina para o controle de brocas-da- bananeira Marcelo M. Haro; André B. Beltrame

Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) - Estação Experimental de Itajaí

O manejo das brocas-da-bananeira, principalmente o moleque-da-bananeira, Cosmopolites sordidus Germar. (Coleoptera, Curculionidae), pode ser feito por meio da aplicação de produtos à base do fungo entomopatogênico Beauveria bassiana Vuill. (Hypocreales: Cordycipitaceae). Entretanto, a eficácia destes produtos tem sido questionada no mercado catarinense, principalmente pela presença no mercado de produtos de procedência duvidosa, principalmente os comercializados na forma líquida. Desta forma, o presente estudo analisou a presença de B. bassiana em produtos utilizados no manejo de bananais no Lit Norte de Santa Catarina. Os produtos avaliados nos experimentos foram adquiridos em casas agropecuárias, sendo: dois na forma líquida, denominados Produto A e Produto B; e três na forma de pó molhável, denominados Produto C, D e Produto E. Foram executadas análises microbiológicas com intuito de avaliar quantitativamente e qualitativamente os microorganismos presentes. O produto A registrou a presença de 1,7x10² UFC/mL de fungos, dentre os quais foram identificados Paecilomyces sp. e Rhizopus stolonifer (Muces: Mucoraceae). O produto B apresentou 1,8 x 104 UFC/mL de fungos, sendo predominante a espécie Curvularia sp. Foram detectados coliformes totais nos dois produtos testados, sendo que no Produto A foi registrado também a presença de coliformes fecais. Todos os produtos comercializados na forma de pó molhável apresentaram a presença de B. bassiana, nas concentrações compatíveis ao rótulo, ou superiores. Desta maneira, conclui-se que nenhum dos produtos líquidos, testados no Lit Norte de Santa Catarina, contém efetivamente o fungo entomopatogênico, devendo ser desestimulada a sua comercialização e uso, por possuir contaminantes prejudiciais ao ambiente agrícola e rural. Por sua vez, os produtos comercializados na forma de pó molhável se mostraram confiáveis para o uso no manejo das brocas-da-bananeira.

Palavras-Chave: Manejo integrado de pragas

Apoio Institucional: Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) - Estação Experimental de Itajaí

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Genetic diversity of Bacillus thuringiensis active Aedes aegypti Maria C. da Silva; Nayanne S. de Oliveira; Geysla da C. Fernandes

Universidade Estadual do Maranhão

Rep-PCR has been widely used for analyzes of more specific genetic relationships, seeking the genetic differentiation among Bacillus thuringiensis (Bt) isolates. The Collection of Entomopathogenic Bacteria of Maranhão (CBENMA) has several isolates of Bt highly toxic to larvae of Aedes aegypti L. 1762 (Diptera: Culicidae) and that may constitute new tools for the biological control of this vector. The objective of this work was to analyze the genetic diversity of Bt isolates active to A. aegypti of CBENMA. Thirty isolates and seven subspecies of Bt were used for DNA extraction. The PCR reactions were performed using the BOX, ERIC and REP markers, and the generated fragments were analyzed by electrophoresis in 1.5% agarose gels. To analyze the data, a binary matrix (0/1) was constructed based on in the presence or absence of bands. The genetic distances were obtained by complement of the Jaccard similarity coefficient and clusters were performed using the UPGMA method. The BOX marker was detected in all isolates, with distinct profiles, although some share the same bands, already for ERIC and REP primers, most isolates presented different bands profile. The number of fragments generated by the BOX marker ranged from one to seven per isolate and the ERIC and REP primers generated a maximum of six fragments. The analysis of Bt isolates of the CBENMA with the subspecies showed for the BOX primer four groups and for the ERIC and REP primers six groups. Among these groups, the B3 group stood out, in which the isolate BtMA-459 grouped with a similarity of 65% with the Bt subesp. israelensis, confirming the toxic potential of this isolate for the control of insect vectors.The results found in this study showed the genetic variability of Bt isolates toxic to A. aegypti of CBENMA providing important information on their phylogenetic relationships and similar to the standard subspecies and demonstrate that the rep-PCR technique was effective for to establish genetic relationships between Bt strains.

Palavras-Chave: Entomopathogen

Apoio Institucional: Fundação de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento Científico do Maranhão

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Metarhizium anisopliae with insecticidal activity for the biological control of the fruit fly (Anastrepha obliqua), the main Maria Denis Lozano Tovar; Karen Ballestas; Luis Andres Sandoval Lozano

Corporación Colombiana de Investigación Agropecuaria Agrosavia

Fruit flies (Diptera: Tephritidae) are an economically significant pest for fruit-growing countries because of their incidence, severity, quarantine restrictions and the economic losses they generate. Anastrepha obliqua (Macquart), or the West Indian fruit fly is the main pest in mango (Mangifera indica L. Bark) and guava (Psidium guajava L.). This problem is of great importance since it is estimated that more than 40% of the fruit production in Colombia is already affected by several species of the Tephritidae family. The aim of this study was to evaluate and select entomopathogenic fungi that produce insecticidal compounds for the control of adults of A. obliqua (Diptera: tephritidae). One isolate of the genus Metarhizium anisopliae (Metch. Sorokin) with insecticidal activity was selected. With fractionation by column, an active fraction was obtained causing mortalities higher than 90% after 48 hours. Fractionation of the active fraction by HPLC indicated that it is composed of more than 22 metabolites. Identification by UHPLC showed the presence of destruxin groups E, D, A and B (destruxin E-diol, destruxin D, destruxin D1, destruxin D2, destruxin A2, destruxin A, destruxin A3, dihydrodestruxin A, desmB, destruxin B2, destruxin B, and destruxin B1) in extracts and of these, one stands out due to its high insecticidal activity producing mortalities of up to 100% and two other generate mortalities between 60.0 and 81.6.3% after 48 hours of exposure. These metabolites were identified as A, A2 and B destruxins respectively, indicating that adults of A. obliqua are highly susceptible to these compounds.

Palavras-Chave: Secondary metabolites; entomopathogenic fungus; destruxins

Apoio Institucional: Agrosavia

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Efeito tóxico de proteínas expressas em fase vegetativa de crescimento de Bacillus thuringiensis sobre Spodoptera frugiperda Bruna Carneiro Silva; Igor V. P. de Melo; Larissa H. R. Santos; Maria Luisa Zardo

IMAmt - Instituto Matogrossense do Algodão

Bacillus thuringiensis Berliner,1911 (Eubacteriales: Bacillaceae) (Bt) é uma bactéria gram-positiva com alta capacidade entomopatogênica devido a diversas proteínas sintetizadas durante o seu processo fermentativo, dentre elas: Vip (proteína inseticida vegetativa) produzida em sua fase exponencial de crescimento e Cry (inclusões proteicas parasporais) durante a esporulação. Sua utilização no controle biológico tornou-se uma eficiente alternativa para manejo integrado de pragas agrícolas, evitando assim grandes perdas econômicas e a preservação da saúde ambiental e humana. O objetivo deste trabalho é avaliar o comportamento de cepas de Bt em relação ao seu tempo de crescimento e mortalidade contra a lagarta Spodoptera frugiperda Smith,1797 (Lepidoptera: Noctuidae). O experimento foi realizado com 4 cepas pertencentes ao banco de germoplasma de Bt do Instituto Mato-grossense do Algodão, onde foram cultivadas sob agitação de 150rpm à 30°C por 3, 6, 9, 12, 24, 48 e 72 horas. Para cada período foram avaliados crescimento celular, formação de esporos-cristais e efeito tóxico sobre S. frugiperda. Os ensaios foram feitos com a adição de uma camada do produto fermentado sobre dieta artificial. Os experimentos foram realizados em triplicata biológica, sendo 16 lagartas neonatas cada, avaliados após 144h. As cepas apresentaram curva de crescimento padrão: fase lag (3-6h), log (6-24h) e estacionária (24-72h). O surgimento de esporos foi visualizado a partir de 12h, presença de cristais a partir de 24h e completa autólise 72h. Todas as cepas apresentaram mortalidade acima de 90% com 72h, 48h e 24h de fermentação. Com 12h de crescimento, os isolados W, X e Y mantiveram efeito tóxico sobre 55% da população. A cepa W se destacou em relação as outras por apresentar em média 40% de mortalidade nas primeiras 9h de fermentação. Conclui-se que estas cepas expressam proteínas entomopatogênicas durante todo o ciclo de vida, sendo potenciais alvos para formulações de biopesticidas.

Palavras-Chave: VIP; lagarta-do-cartucho; controle biológico

Apoio Institucional: IMAmt - Instituto Matogrossense do Algodão, IBA - Instituto Brasileiro do Algodão e AMPA - Associação dos Matogrossense dos Produtores de Algodão

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Alta toxicidade de proteínas expressas por Bacillus thuringiensis sobre Spodoptera frugiperda e Chrysodeixis includens Igor Vinicius Pereira de Melo; Bruna C. Silva; Larissa H. R. Santos; Fabrini L. S. Pontello; Maria Luisa Zardo

IMAmt - Instituto Matogrossense do Algodão

O Bacillus thuringiensis Berliner,1911 (Eubacteriales:Bacillaceae) (Bt) é uma bactéria gram-positiva, esporogênica, caracterizada por produzir corpos proteicos semelhantes à cristais (Cry) dentre outras proteínas que possuem atividades entomopatogênicas específicas aos seus alvos. Sendo assim, são amplamente utilizadas no setor agropecuário como ferramenta de controle biológico dentro do Manejo Integrado de Pragas. O objetivo deste trabalho é avaliar a mortalidade de 3 insetos-praga através de produtos de fermentação de distintas cepas de B. thuringiensis. As 7 estirpes selecionadas pertencem ao banco de germoplasma de Bt do Instituto Matogrossense do Algodão e foram cultivados a 30°C, 260rpm por 15h ou 120h. Os alvos da ordem lepidóptera: Spodoptera frugiperda Smith, 1797 (Lepidoptera:Noctuidae) e Chrysodeixis includens Walker, 1818 (Lepidoptera:Noctuidae) foram testados com a adição do produto de fermentação à superfície da dieta artificial. Para coleóptero, Anthonomus grandis Boheman,1843 (Coleoptera:Curculionidae) o material foi incorporado à alimentação artificial, para manter a disponibilidade destas toxinas em toda amplitude de ingestão do inseto. O delineamento experimental foi feito com larvas neonatas em triplicata biológica, sendo 16 ou 30 o número de lepidópteros ou coleópteros por réplica. Avaliação foi feita após 7 dias. Com 120h de fermentação todas as cepas apresentaram mortalidade acima de 87% para ambos lepidópteros, mas com baixa eficiência para A. grandis. Dentre as 7 estirpes testadas com 15h de fermentação, 4 mostraram alta mortalidade para C. includens, mas apenas 1 repetiu o efeito em S. frugiperda. Esses resultados convergem para um estudo mais detalhado sobre expressão de proteínas que independem do processo de esporulação e a caracterização da interação dos isolados com distintos insetos-praga, tempo de fermentação e potencial letal que corroboram para formulações de produtos biológicos cada vez mais viáveis no mercado.

Palavras-Chave: Bicudo-do-algodoeiro; Lagarta-do-cartucho; Lagarta falsa- medideira

Apoio Institucional: IMAmt - Instituto Matogrossense do Algodão, IBA - Instituto Brasileiro do Algodão e AMPA - Associação dos Matogrossense dos Produtores de Algodão

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Diferentes concentrações de isolados de nematoides entomopatogênicos sobre Dismycoccus brevipes Mariana F. de Macedo; Marcelo Zart; Adriano Albonetti; Leandro B. Gonçalves; Viviane S. Alves

Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) – Campus Luiz Meneghel

Dismycoccus brevipes Cockerel, 1893 (Hemiptera: Pseudococcidae) foi registrada em Santa Catarina, atacando raízes da cultura da mandioca, e consequentemente reduzindo o acúmulo de reserva e causando retardo no desenvolvimento da planta. Devido ao seu hábito subterrâneo, o manejo por produtos químicos é dificultoso. No entanto, elas acabam sendo alvo para os nematoides entomopatogênicos (NEPs), pois estes agentes são organismos que vivem no solo. Assim, objetivo do trabalho foi avaliar diferentes concentrações dos isolados NEPET 11 e IBCB-40 sobre fêmeas adultas de D. brevipes em condições de laboratório. O experimento foi realizado em copos plásticos de 100 mL, contendo 50cm3 de areia estéril e um pedaço de abóbora da cultivar “cabotiá” com três cm2 e parafinado na parte oposta à casca. Na superfície sem parafina foram dispostas 10 cochonilhas (fêmeas adultas) e em seguida os insetos foram recobertos com areia. Os isolados foram aplicados nas concentrações 0 (Controle), 25, 50, 100 e 200 JI/cm2 suspensos em água destilada, totalizando 10% de umidade em relação à massa de areia. Após a inoculação, os copos foram fechados com tampas plásticas perfuradas e mantidos em câmara climática com controle de temperatura (25±1ºC) e no escuro. A avaliação ocorreu após cinco dias da inoculação, realizando a contagem dos insetos mortos, e feita a confirmação da mortalidade por meio de dissecação sob microscópio estereoscópico. Os dados de mortalidade foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste Tukey (P≤5%). Ambos isolados foram patogênicos em todas as concentrações avaliadas. O isolado NEPET 11 causou 88% de mortalidade na concentração de 25 JI/cm2. O isolado IBCB-40 apresentou aumento na mortalidade variando de 64% (25JI/cm2) a 88% (200JI/cm2). Assim, podemos concluir que NEPET 11 apresenta maior virulência mesmo em menor concentração.

Palavras-Chave: Cochonilha; Controle Biológico; Heterorhabditis

Apoio Institucional: Capes com concessão de bolsa e Fundação Araucária através do financiamento da pesquisa

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Eficiência de Lepigen® (AcMNPV) para o controle de Spodoptera eridania na cultura da soja em Imbituva-PR Marina Senger; Eloir Moresco; Marcelo F. Lima; Janayne M. Rezende; Anderson H. Briega

3M Experimentação Agrícola

A ocorrência de S. eridania tem se tornado relevante em cultivos de soja Intacta, pois apresenta baixa suscetibilidade a proteína Cry1Ac. O controle biológico é uma das ferramentas que pode ser empregado para a regulação populacional desta praga. Com o objetivo de avaliar a eficiência de Lepigen® (Autographa californica multiple nucleopolyhedrovirus) na cultura da soja no controle de S. eridania, instalou- se um experimento em uma das áreas da 3M Experimentação Agrícola, em Imbituva, PR, Safra 2018/19. Cada parcela constituiu-se de 30m² (3mx10m). O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com sete tratamentos e quatro repetições, utilizando-se a cultivar de Soja LANÇA IPRO. Foram realizadas duas aplicações, com sete dias de intervalo e com início no aparecimento da praga, dos seguintes tratamentos: 1-Testemunha; 2-Curyom (Profenofós+Lufenurom) 550 EC 400 mL.ha-1; 3- Lepigen® ® 25 mL.ha-1; 4- Lepigen® ® 50 mL.ha-1; 5- Lepigen® ® 75 mL.ha-1; 6- Lepigen® ® 100 mL.ha-1; 7- Lepigen® 150 mL.ha-1. O volume de calda foi de 100 L.ha-1. A infestação por S. eridania foi avaliada por meio da contagem de lagartas em 3 batidas de pano por parcela e do percentual de desfolha, previamente à aplicação dos tratamentos, e aos 4, 7, 11, 14 e 21 dias após a primeira aplicação. A colheita foi avaliada em 5m² por parcela, sendo os dados corrigidos a 13% de umidade e transformados em kg.ha-1. Os dados foram submetidos a análise de variância pelo teste F e as médias comparadas pelo teste de T a 5%. Lepigen® nas doses de 50 a 150 mL.ha-1, apresentou controle satisfatório da lagarta, levando em consideração que a aplicação foi no início da infestação na cultura, promovendo resultados semelhantes ao tratamento Curyom 550 EC. Os tratamentos com diferentes doses de Lepigen® e Curyom 550 EC apresentaram menores percentuais de desfolha quando comparados com a testemunha, mostrando que o baculovírus é uma ferramenta promissora para o manejo de S. eridania na cultura da soja.

Palavras-Chave: Lagarta-das-vagens

Apoio Institucional: AgBiTech Controles Biológicos Ltda

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Eficiência de Lepigen® (AcMNPV) para o controle de Spodoptera eridania na cultura da soja no Município de Lapa-PR Marina Senger; Eloir Moresco; Marcelo F. Lima; Janayne M. Rezende; Anderson H. Briega

3M Experimentação Agrícola

Inseticidas à base de baculovírus são uma estratégia importante para a regulação populacional de pragas agrícolas, devido a sua seletividade e segurança ao meio ambiente e aos aplicadores. O objetivo do trabalho foi avaliar a eficiência do inseticida biológico Lepigen® (Autographa californica multiple nucleopolyhedrovirus (AcMNPV)) comparada a um inseticida padrão registrado para o controle de Spodoptera eridania (Cramer,1782) (Lepidoptera:Noctuidae) na cultura da soja. O trabalho foi realizado em uma das áreas da 3M Experimentação Agrícola, Lapa, PR, Safra 2018/2019. Cada parcela constituiu-se de 30m² (3x10m). O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com sete tratamentos e quatro repetições, utilizando-se a cultivar de Soja LANÇA IPRO. Foram realizadas duas aplicações, com sete dias de intervalo e com início no aparecimento da praga, dos seguintes tratamentos: 1-Testemunha; 2-Curyom (Profenofós+Lufenurom) 550 EC 400 mL.ha- 1; 3 a 7) Lepigen® nas doses de 25 mL.ha-1; 50 mL.ha-1; 75 mL.ha-1; 100 mL.ha-1 e 150 mL.ha-1, ambos com volume de 100 L.ha-1. Os tratamentos foram aplicados nos dias 02 e 09/02/2019. A infestação por S. eridania foi avaliada por meio da contagem de lagartas em 3 batidas de pano por parcela e do percentual de desfolha, previamente à aplicação dos tratamentos, e aos 4, 7, 11, 14 e 21 dias após a primeira aplicação. A colheita foi avaliada em 5 m² por parcela, e os dados corrigidos a 13% de umidade e transformados em kg.ha-1. Os dados foram submetidos a análise de variância pelo teste F e comparados pelo teste de T a 5%. Referente ao número de lagartas as doses de 50 a 150 mL.ha-1 de Lepigen® apresentou (0,5 a 1,5 de média de lagartas por parcela) resultados semelhantes ao produto Curyom 550 EC (0,8 lagartas). Quando comparada a testemunha (10%) observou-se a redução na desfolha com valores de 1 a 3% nos tratamentos com Lepigen® nas doses 25 a 150 mL.ha-1. De acordo com os resultados acima o produto Lepigen® pode ser uma nova ferramenta de MIP, visando o controle de S. eridania.

Palavras-Chave: Lagarta-das-vagens; Baculovírus; controle biológico

Apoio Institucional: AgBiTech Controles Biológicos Ltda

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Eficiência de Lepigen® (AcMNPV) aplicado via foliar para o controle de Spodoptera eridania na cultura da soja em Ponta Grossa Marina Senger; Eloir Moresco; Marcelo F. Lima; Janayne M. Rezende; Anderson H. Briega

3M Experimentação Agrícola

O controle biológico de pragas é uma ferramenta fundamental no manejo de pragas agrícolas por ser de menor risco à saúde humana e ao meio ambiente e apresentar excelente custo/benefício. O objetivo do trabalho foi avaliar a eficiência de Lepigen® (Autographa californica multiple nucleopolyhedrovirus, AcMNPV), comparada a um inseticida padrão registrado para controle de Spodoptera eridania (Cramer,1782) (Lepidoptera:Noctuidae) na cultura da soja. Instalou-se um experimento na 3M Experimentação Agrícola, Ponta Grossa, PR, Safra 2018/19. Cada parcela constituiu-se de 45 m² (3mx15m). O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com sete tratamentos e quatro repetições, sendo a cultivar de Soja LANÇA IPRO. Foram realizadas duas aplicações, com sete dias de intervalo com início no aparecimento da praga, dos seguintes tratamentos: 1-Testemunha; 2-Curyom 550 EC (Profenofós+Lufenurom) 400 mL.ha-1; 3 a 7) Lepigen® nas doses de 25 mL.ha-1; 50 mL.ha-1; 75 mL.ha-1; 100 mL.ha-1 e 150 mL.ha-1, ambos com volume de 100 L.ha- 1. Os tratamentos foram aplicados no dia 16 e 23/01/2019. A infestação de S. eridania foi avaliada através da contagem de lagartas em 3 batidas de pano por parcela e a avaliação do percentual de desfolha, previamente à aplicação dos tratamentos, e aos 4, 7, 11, 14 e 21 dias após a primeira aplicação. A colheita foi avaliada em 5 m² por parcela, sendo os dados corrigidos a 13% de umidade e transformados em kg.ha-1. Os dados foram submetidos a análise de variância pelo teste F e comparados pelo teste Duncan 5%. Lepigen® nas doses de 50 a 150 mL.ha-1, apresentou controle de 50 a 70% sobre S. eridania, quando a aplicação foi realizada no início da infestação na cultura, com resultados semelhantes ao tratamento Curyom 550 EC (80%), aplicado nas mesmas condições. Todos os tratamentos apresentaram menores percentuais (1 a 2%) de desfolha quando comparados com a testemunha (9%), o que comprova a eficácia do uso do inseticida biológico no manejo de S. eridania na cultura da soja.

Palavras-Chave: Lagarta-das-vagens; Baculovírus; controle biológico

Apoio Institucional: AgBiTech Controles Biológicos Ltda

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Analise da produção in vitro do vírus Spodoptera frugiperda MNPV em dois sistemas de biorreatores Karina Klafke; Guilherme Fabri Pereira; William Sihler; Marlinda Lobo de Souza; Aldo Tonso

Universidade de Sao Paulo

A largarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda – J.E.Smith – Lepidoptera, Noctuidae) é a principal praga de milho das Américas, tendo sido reportada recentemente na África e na Índia. Um baculovírus patogênico a essa praga, Spodoptera frugiperda MNPV (SfMNPV), tem sido produzido comercialmente no Brasil. A produção in vivo de baculovírus apresenta limitações, tais como a alta especificidade do vírus, e dificuldades no processo de criação massal de inseto. Dessa forma, a produção in vitro em biorreatores tem se tornado uma alternativa atrativa, sendo que diversas culturas de células de inseto encontram-se estabelecidas. Esse trabalho apresenta a análise da produção in vitro do vírus SfMNPV I-19 em dois sistemas de biorreatores. Inicialmente, a cinética da linhagem celular Sf9 foi padronizada usando o meio Sf900-III e, em seguida, testes em pequena (Schott) e grande (biorreator BioFlo 110) escala foram realizados pela infecção com o vírus. Os efeitos citopáticos induzidos pelo vírus foram monitorados por microscopia óptica, bem como a porcentagem de células infectadas. Os poliedros (produto final) foram analisados por microscopia eletrônica, confirmando sua morfologia regular. No entanto, os experimentos iniciais sugeriram que a aspersão de gás poderia estar causando estresse de cisalhamento na célula. Para avaliar essa hipótese foi feita comparação entre biorreator padrão STR (Stirred Tank Reactor) com aspersão de gás (BioFlo 110) e um sistema “bubble free” (BioStat B), equipado com uma membrana de silicone permeável a gás. Os resultados indicam que cisalhamento poderia causar um efeito prejudicial no crescimento celular já que a taxa específica de crescimento máximo (µ) foi similar nos sistemas comparados, porém a concentração celular máxima e viabilidade diferiram significativamente. No entanto, os dados apontam similaridade na produção específica do vírus (PIBs/células) nos dois sistemas. Estudos encontram- se em andamento para melhor compreensão do evento.

Palavras-Chave: biopesticida; baculovirus; controle biologico

Apoio Institucional: CNPq, FAPESP, Embrapa

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Seleção de Steinernema spp. Visando o Controle do Cascudinho de Aviário, Alphitobius diaperinus Matheus C. Marcomini; Bruna Ap. Guide; Thiago A. P. Fernandes; Alex R. Lopes; Pedro M. O. J. Neves

Laboratório de Patologia e Controle Microbiano de Insetos, Departamento de Ciências Agrárias

O cascudinho, Alphitobius diaperinus (Coleoptera: Tenebrionidae) (Panzer), é um inseto praga-chave dos aviários. Seu combate, com inseticidas é dificultado pela presença quase interrupta de aves no galpão além da resistência formulações inseticidas, logo o controle microbiano representa uma alternativa no manejo integrado das populações deste inseto. O presente estudo teve por objetivo, comparar a patogenicidade e virulência de diferentes NEPs do gênero Steinernema no controle de adultos e larvas de cascudinho. Os isolados selecionados para o teste foram: Steinernema puertoricense, S. feltiae, S. rarum, S. braziliense e S. diaprepes. No teste de seleção utilizou-se a concentração de 100 JIs/cm². Para cada espécie foram feitas quatro repetições (10 insetos adultos) em placas de Petri (9 cm de diâmetro) contendo dois papeis de filtro. Para larvas, foram feitas também quatro repetições com 12 larvas individualizadas em placas de cultivo de células com 12 poços, contendo dois discos de papel de filtro em cada poço. Os JIs foram inoculados com micropipeta sobre o papel de filtro já contendo os insetos. O experimento foi mantido em câmara climatizada, a 25 ± 1°C sem fotoperíodo. Após cinco dias de exposição, foi avaliada a mortalidade e dissecação dos insetos para confirmar a morte por nematoide. Os dados foram submetidos ao teste de médias Scott-Knott (p≤5%). Observou-se que todos os NEPs foram patogênicos a larvas e adultos de cascudinho, mas variaram em relação à virulência. No ensaio com adultos, S. feltiae causou maior porcentagem de mortalidade (92,5%), seguido de S. diaprepes (47,5%), S. puertoricense (47,5%), S. rarum (32,5%) e S. braziliense (2,5%). No teste com larvas S. feltiae também foi o mais virulento (96%). Já os S. diaprepes (16,7%) e S. rarum (17,2%) provocaram baixa mortalidade, porém superior a S. puertoricense (2%) e S. braziliense (0%) que não diferiram da testemunha. Portanto o S. feltiae apresenta melhor eficiência e potencial de uso entre os testados.

Palavras-Chave: Controle biológico; Controle Microbiano; Nematoides entomopatogênicos

Apoio Institucional: Universidade Estadual de Londrina

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Microbiota associated with alternative food of soil predatory mites: Potential to enhance biological control Matheus F.P. Moreira; Eric Palevsky; Gilberto J. de Moraes; Fernando L. Cônsoli

ESALQ/USP

Predatory mites are important natural enemies in soil food web, but their interactions within soil communities is still scarce. Previous research in our group focused on the use of alternative prey to enhance populations of predatory soil mites to foster biological control, using the free-living non-parasitic nematode (FLNPN), the bacterivore Rhabditella axei (Cobbold,1884) (Rhabdita: Rhabditae) as an alternative food source for Mesostigmata mites. FLNPN were cultured on rotting beans and made available to predatory mites along with their associated microbial community, which resulted in an increased control of the target pest used. In order to further develop this system and improve our understanding of the existing interactions, we investigated the diversity of the microbiota associated with the rearing of R. axei by using a culturable-dependent approach. Bacteria colonies were morphotyped, subjected to DNA extraction and amplification of the 16S ribosomal RNA gene for bidirectional Sanger´s sequencing 16S rDNA, sequences obtained were used in heuristic searches against databases for the putative identification of each colony. Representative sequences were selected and subjected to phylogenetic analysis for further characterization of the isolated bacteria. We identified eight phylotypes belonging to Firmicutes (Bacillales, Lactobacilalles), four Proteobacteria (Burkholderiales, Pseudomonales, Enterobacteriales) and two of Bacteriodetes (Flav obacteriales). Among the isolates identified, we were able to recognize many phylotypes that establish positive interactions with plants, while others are commonly associated with species of Rhabditida. Some of phylotypes identified also have the potential for use as biocontrol agents of pests. The potential benefits in the use of FLNPN and associated microbiota to improve predatory mite populations, increase the availability of microbial pathogens of other pests and promote plant growth will be discussed.

Palavras-Chave: Food web; Bacteria; Mesostigmata

Apoio Institucional: CNPQ; FAPESP

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Tratamento de mudas de tomateiro com Metarhizium ansiopliae para o controle de pragas e doenças da parte aérea Murilo Gaspar Litholdo; Lucas S. Vian; Matheus B. Oliva; Luis R. Rodrigues; Rodolfo P. Carneiro; Arthur P. Carneiro; Alexandre de S. Pinto

Farmbio Controle Biológico

O tomateiro (Solanum lycopersicum) (Solanaceae) apresenta muitas pragas e doenças que comprometem a produção e o manejo fitossanitário é realizado quase que exclusivamente com agrotóxicos. Este trabalho teve como objetivo, avaliar o desenvolvimento da cultura e o controle de pragas e doenças após o tratamento das raízes das plantas com Metarhizium anisopliae cepa IBCB425. Em um delineamento em blocos casualizados, quatro tratamentos (imersão das raízes em soluções em três concentrações diferentes, 5,0x109, 1,0x1010 e 1,5x1010 conídios L-1, mais uma testemunha) foram repetidos sete vezes. Após o tratamento das raízes, as mudas foram plantadas em vasos e mantidas em campo, em Ribeirão Preto, SP, Brasil. Todas as plantas foram avaliadas semanalmente quanto à presença de pragas e doenças. Foram encontrados pulgões (Hemiptera: Aphididae), mosca-branca (Hemiptera: Aleyrodidae), cochonilhas (Hemiptera: Pseudococcidae), cigarrinhas (Hemiptera: Cicadellidae), tripes (Thysanoptera: Thripidae), moscas-minadoras (Diptera) e lagartas (Lepidoptera) e as doenças septoriose, Septoria lycopersici, murcha-de-verticílio, Verticillium dahliae, e oídio, no período vegetativo. No período reprodutivo ocorreram lagartas e podridões não identificadas. M. anisopliae, nas doses de 5,0x109 a 1,5x1010 conídios L-1, diminuiu a incidência inicial de murcha- de-verticílio e na dose de 1x1010 conídios L-1 diminuiu a incidência de septoriose, em uma data apenas, em folhas de tomateiro. O fungo M. anisopliae no tratamento de mudas de tomateiro não diminuiu a incidência de doenças em frutos e nem melhorou a produtividade da cultura. Esse fungo deve ser mais bem estudado, em outras concentrações de conídios, no controle de pragas e doenças.

Palavras-Chave: controle microbiano; Solanaceae; fungo

Apoio Institucional: Esalq

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Comparative RNAseq analysis of the insect-pathogenic fungus Metarhizium anisopliae reveals specific transcriptome signatures Natasha S.A. Iwanicki; Italo D. Júnior; Jørgen Eilenberg; Henrik H. De F. Licht

USP / ESALQ

Blastospores play an important role for M. anisopliae pathogenicity during disease development. They are formed solely in the hemolymph of the insects as a fungal strategy to quickly multiply and colonize the insect´s body. Hyphae are vegetative structures that are formed as M. anisopliae grows in soil, associated with plants or inside killed insect hosts but they do not require insects to be formed. Hyphae and blastospores can be produced in vitro under specific conditions and blastospores have great commercial potential for direct application in biological control. Here, we use comparative genome-wide transcriptome analyses to determine changes in gene expression between the mycelial (hyphal) and blastospore growth phases in vitro in order to characterize physiological changes and metabolic signatures associated with M. anisopliae dimorphism. Our results show a clear molecular distinction between the blastospore and mycelial phases. In total 6.4% (n=696) out of 10,981 predicted genes in M. anisopliae were significantly differentially expressed between the two phases with a Log2 fold-change>4. The main physiological processes associated with up-regulated gene content in blastospores during liquid fermentation were oxidative stress, amino acid metabolism, respiration processes, transmembrane transport, and production of secondary metabolites. In contrast, the up-regulated gene content in hyphae were associated with increased growth metabolism and cell wall re-organization, which underlines the specific functions and altered growth morphology of M. anisopliae blastospores and hyphae, respectively. These findings illustrate important aspects of fungal morphogenesis in M. anisopliae and highlight the main metabolic activities of each propagule under in vitro growing conditions. Moreover, we found that blastopores produce secondary metabolites from different families compared to the hyphal phase. These metabolites could be further investigated for potential commercial use.

Palavras-Chave: Fungal morphogenesis; Entomopathogenic fungi; Differentially expressed genes (DEGs)

Apoio Institucional: PROJETOS FAPESP: 2016/20610-6 e 2017/04870-0; PROJETO UNIVERSAL CNPQ: 421629/2016-9

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Compatibilidade de produtos fitossanitários com nematoides entomopatogênicos visando o manejo de Dysmicoccus brevipes Nathália C. Andrade; Marcelo Zart; Adriano Albonetti; Gabriela S. Doneze; Mariana F. de Macedo; Viviane S. Alves

Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) – Campus Cornélio Procópio

Nematoides entomopatogênicos (NEPs) são encontrados no solo e podem ser uma alternativa no controle de pragas que vivem no solo, como é o caso de Dysmicoccus brevipes Cockerel, 1893 (Hemiptera: Pseudococcidae), espécie de cochonilha encontrada no estado de Santa Catarina atacando raízes de mandioca. No entanto, para que o Manejo Integrado de Pragas seja eficiente, é importante conhecer a integração dos nematoides com produtos químicos usados na cultura. Assim, o objetivo do trabalho foi a avaliar a compatibilidade do isolado NEPET11, com os produtos químicos Curyom, Gaucho, Actara, Standaktop, Tiger, Nomolt, Cipermetrina, EC, Poquer, Fusilade, Gamit, Callisto. Para tanto, utilizou a metodologia de Vainio (1992), adaptada por Negrisoli (2008), e realizou-se o preparo de caldas de cada produto, com o dobro da recomendação de uso comercial. Em seguida, em tubos de vidro de fundo chato, adicionou-se 1mL da suspensão do nematoide (2000 Juvenis Infectantes/mL) e 1mL da calda do produto. Após 48 horas, foi feita tríplice lavagem, adicionando-se 3mL de água destilada em cada tubo, deixando decantar e retirando-se o sobrenadante. Para avaliação da viabilidade, foi feita a contagem do número de JIs vivos e mortos, sendo considerado morto aquele que não se movimentou ao estímulo de toque. A avaliação da infectividade foi feita em larvas de G. mellonella, aplicando-se 200 JIs/placa de petri contendo 10 lagartas. Após cinco dias, avaliou-se o número de lagartas mortas. Os produtos Poquer, Tiger, Gaucho e Actara causaram redução na viabilidade e o produto Curyom foi o único que reduziu a infectividade sobre G. mellonella em 8%.

Palavras-Chave: Cochonilhas; Mandioca; Controle Biológico

Apoio Institucional: Capes com concessão de bolsa e Fundação Araucária através do financiamento da pesquisa

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Susceptibility of Helicoverpa armigera to field-sprayed entomopathogenic fungi Naymã P. Dias; Tamires D. de Souza; Joacir do Nascimento; Rosie Mangan; Luc F. Bussière; Matthew Tinsley; Ricardo A. Polanczyk

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP

The cotton bollworm, Helicoverpa armigera (Hubner, 1805) (Lepidoptera: Noctuidae) was reported in Brazil in 2012/2013 crop season when outbreaks in various cultures caused losses of around R$ 2 billion. Currently, this pest is widely distributed in all Brazilian agricultural regions. This wide distribution is mainly due to their migratory behavior and rapid resistance evolution to pesticides. In recent years, the use of microbial agents for pest control has received more attention, motivated by the demand for ecologically and evolutionarily sustainable control tactics. Our aim was evaluated the susceptibility of H. armigera larvae to two entomopathogenic fungi isolates on field conditions. We performed screening of entomopathogenic fungi at lab conditions and selected two fungi isolates for field assays. We sprayed 108 conidia mL-1 Metarhizium anisopliae IBCB 425 (Metchnikoff) Sorokin (Hypocreales: Clavicipitaceae) or Beauveria bassiana IBCB 1363 (Bals.) Vuill. (Hypocreales: Cordycipitacea) on 750 soybean plants and water was used as control. One disk (2 cm diameter) was collected in 20 plants at 30 min, 1, 2, 3, 4, 5, 6 and 7 h after treatment and provided to 50 H. armigera first instar larvae in each period. Mortality was recorded 7 days after treatment and data were analyzed by Tukey test (5%). Colony forming units (CFU) in the soybean were counted at the same periods. Mortality due to B. bassiana ranged from 64% to 96% and due to M. anisopliae ranged from 4% to 80%. The mortality caused by B. bassiana differed from the control at all periods evaluated, having greater or similar mortality caused by M. anisopliae. The mortality caused by both isolates and the CFUs presented a significant correlation (r) of 0.8. Decreased in H. armigera mortality caused by M. anisopliae can indicate the lower persistence these conidia on field conditions. An increase in the mortalities rate is expected in the next field assays to both fungi with the addition of inserts and conidia encapsulation.

Palavras-Chave: microbial control; cotton bollworm; Beauveria bassiana

Apoio Institucional: FAPESP/CAPES

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Plasmid Rap-Phr systems act synergistically to regulate sporulation of the Bacillus thuringiensis kurstaki HD73 strain Priscilla F. Cardoso; Fernanda A. P. Fazion; Stéphane Perchat; Christophe Buisson; Gislayne T. Vilas-Bôas; Didier Lereclus

Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Bacillus thuringiensis is a spore-forming Gram positive bacterium that produces crystalline proteins pathogenic to larvae of diverse insect and nematode species. The cry genes are located on plasmids and the Cry proteins are mostly produced during the stationary growth phase and the sporulation. B. thuringiensis contains a remarkable amount of extra-chromosome DNA molecules and a great number of plasmid rap-phr genes. Rap-Phr quorum sensing systems regulate different bacterial processes, notably the commitment to sporulation in Bacillus species. Rap proteins act as phosphatases on Spo0F, intermediate of the sporulation phosphorelay, and are inhibited by Phr peptides that function as quorum sensors. Rap-Phr systems belong to the RNPP family of quorum sensing systems that were shown to regulate the B. thuringiensis infectious cycle. In this study, we describe the Rap63-Phr63 system encoded on the pAW63 plasmid from the B. thuringiensis var. kurstaki HD73 strain, toxic to Lepidoptera insects. Moreover, we have analyzed this system together to the already described Rap8-Phr8 plasmid system that cohabite the B. thuringiensis HD73 strain. Rap63 have a moderate activity on sporulation that is inhibited by the Phr63 whose the mature form is included in the C-terminal end of its precursor. The two components of this signaling cassette are co-transcribed and the phr63 gene is also transcribed by an additional promoter. Interestingly, we show that the Δphr8Δphr63 mutant strain strongly prevent sporulation in Galleria mellonella larvae. Despite the Phr8 and Phr63 similarities, there is no cross-talk between the Rap63- Phr63 and Rap8-Phr8 systems. Our results suggest a synergistic activity of these two Rap-Phr systems in the regulation of the sporulation process ensuring the survival and the dissemination of the B. thuringiensis at the end of the infectious cycle. Our results also pointed out the relevance of the plasmid network to the fitness of B. thuringiensis bacteria.

Palavras-Chave: quorum sensing; phosphatase; infectious cycle

Apoio Institucional: CAPES; Programa CAPES-COFECUB

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Desenvolvimento e aplicação de iscas à base de amido e fibras para o controle de formiga cortadeira Atta sexdens rubropilosa Rafael M. Brito; Fábio Yamashita; Amarildo Pasini; Admilton G. O. Júnior

Universidade Estadual de Londrina

As iscas formicidas são consideradas seguras aos aplicadores e efetivo método de controle. A escolha do material atrativo das iscas torna-se imprescindível para garantir sua eficácia e evitar possível rejeição. Os objetivos do trabalho foram avaliar a atratividade de diferentes matrizes poliméricas por Atta sexdens rubropilosa Forel, 1908 (Hymenoptera: Formicidae) para confecção de iscas e controle com os agentes microbianos Beauveria bassiana (TB) e Metarhizium anisopliae (TM). As matrizes poliméricas extrudadas a base de amido, poliéster biodegradável e resíduo lignocelulósico e comercial à base de polpa cítrica foram submetidas ao teste de atratividade. O extrudado mais atrativo foi revestido com os entomopatógenos individuais (TB e TM), mistura de ambos (TMB) e com amido no tratamento controle (TC) para bioensaio de controle a campo na região de Londrina-PR. As iscas apresentaram atratividade semelhantes, todavia a composição lignocelulósica apresentou maior aceitação global, material identificado e carregado em menor tempo pelas operárias. O mecanismo de infecção iniciou-se no aparelho bucal e com desenvolvimento de conídios no primeiro par de pernas e antenas, membros utilizados na identificação e transporte da isca. As operárias não foram capazes de identificar os entomopatógenos e aceitaram as iscas extrudadas como fonte de alimento e não apresentarem rejeição do material. As atividades de forrageamento e total foram reduzidas para os tratamentos TB e TMB, porém a suspensão permanente somente foi observada em TM. A diferença no tamanho das operárias foi observada com 49 dias após a aplicação (DAA) em TM e com 55 DAA em TB. A eficiência de controle foi de 100% para TM, em TB e TMB apresentam eficiência de 76% e 90%, respectivamente. Deste modo, as iscas desenvolvidas possuem potencial para serem produzidas em escala comercial para controle de formigas cortadeiras Atta sexdens rubropilosa.

Palavras-Chave: Polímeros; Formicida; Manejo de insetos sociais

Apoio Institucional: CAPES

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Desenvolvimento e aplicação de iscas à base de amido e fibras para o controle de formiga cortadeira Atta sexdens rubropilosa Rafael M. Brito; Fábio Yamashita; Amarildo Pasini; Admilton G. O. Júnior

Universidade Estadual de Londrina

As iscas formicidas são consideradas seguras aos aplicadores e efetivo método de controle. A escolha do material atrativo das iscas torna-se imprescindível para garantir sua eficácia e evitar possível rejeição. Os objetivos do trabalho foram avaliar a atratividade de diferentes matrizes poliméricas por Atta sexdens rubropilosa Forel, 1908 (Hymenoptera: Formicidae) para confecção de iscas e controle com os agentes microbianos Beauveria bassiana (TB) e Metarhizium anisopliae (TM). As matrizes poliméricas extrudadas a base de amido, poliéster biodegradável e resíduo lignocelulósico e comercial à base de polpa cítrica foram submetidas ao teste de atratividade. O extrudado mais atrativo foi revestido com os entomopatógenos individuais (TB e TM), mistura de ambos (TMB) e com amido no tratamento controle (TC) para bioensaio de controle a campo na região de Londrina-PR. As iscas apresentaram atratividade semelhantes, todavia a composição lignocelulósica apresentou maior aceitação global, material identificado e carregado em menor tempo pelas operárias. O mecanismo de infecção iniciou-se no aparelho bucal e com desenvolvimento de conídios no primeiro par de pernas e antenas, membros utilizados na identificação e transporte da isca. As operárias não foram capazes de identificar os entomopatógenos e aceitaram as iscas extrudadas como fonte de alimento e não apresentarem rejeição do material. As atividades de forrageamento e total foram reduzidas para os tratamentos TB e TMB, porém a suspensão permanente somente foi observada em TM. A diferença no tamanho das operárias foi observada com 49 dias após a aplicação (DAA) em TM e com 55 DAA em TB. A eficiência de controle foi de 100% para TM, em TB e TMB apresentam eficiência de 76% e 90%, respectivamente. Deste modo, as iscas desenvolvidas possuem potencial para serem produzidas em escala comercial para controle de formigas cortadeiras Atta sexdens rubropilosa.

Palavras-Chave: Polímeros; Formicida; Manejo de insetos sociais

Apoio Institucional: CAPES

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Effect of Bacillus thuringiensis on the displacement of Apis mellifera L. (Hymenoptera: Apidae) Africanized Raiza Abati; Gabriela Libardoni; Amanda R. Sampaio; Lucas Battisti; Caroline M. Allein; Leonardo T. Alves; Thaís Pauli; Everton R. Lozano

Discente no Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas da Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Dois Vizinhos. Estrada para Boa Esperança, Km 04 CEP 85660-000 - Dois Vizinhos - PR – Brasil

Entomopathogenic bacteria have a higher selectivity to non-target insects, such as Apis mellifera L. (Hymenoptera: Apidae) Africanized, when compared to other methods of control. However, the sub-letals effects of these agents are still little known about bees, especially the changes in behavior. Thus, the objective was to evaluate the ability of vertical displacement of A. mellifera after ingestion of two commercial products based on Bacillus thuringiensis (Bt). For this bioassay, the products have been incorporated in Candy paste (diet) and provided to newly emerged honeybees workers, being the treatments: T1) control (pure Candy paste); T2) Bt A (dosage recommended by manufacturer) + Candy paste and T3) Bt B (dosage recommended by the manufacturer) + Candy paste. Were prepared five repetitions per treatment, with 20 bees each. The bees were kept with diet, in cages of PVC (20 x 10 cm). They were maintained during seven days in climatized room (27 ± 2° C, R.H. 60% ± 10%), where were analyzed the honeybees longevity. On the seventh day 1) vertical displacement and 2) free fall tests were performed. For this, we used a flight Tower (35 x 35 x 105 cm LxWxH), with scale, and light stimulus on top. The longevity of bees did not differ between treatments (average 130 hours). The Bt A reduced the ability of vertical displacement of honeybees workers, with an average of 1 to 35 cm heigh, while the average height of displacement of bees from control and Bt (B) varied between 75 and 105 cm. In the free-fall test there was no difference between the treatments and the control, and the resumption of flight occurred, on average, between 35 and 70 cm height. Despite the Bt A product have interfered in the ability of vertical displacement, the same product did not interfered on resumption of flight and longevity of A. mellifera.

Palavras-Chave: Entomopathogenic bacteria; Africanized honeybee; Behavior

Apoio Institucional: Cnpq; UTFPR

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Does Bacillus thuringiensis in Apis mellifera workers diet interferes in their longevity? Raiza Abati; Amanda R. Sampaio; Gabriela Libardoni; Caroline M. Allein; Luiz G. S. Nunes; Everton R. Lozano; Fabiana M. Costa-Maia; Anderson Guimarães; Thaís Pauli; Michele Potrich

Laboratório de Controle Biológico – Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Câmpus Dois Vizinhos, Estrada para Boa Esperança, Km 4, 85660-000, Dois Vizinhos, PR, Brasil

Bacillus thuringiensis (Bt) is entomopathogenic bacteria used in the control of wide range of insects considered agricultural pests. In this way, new isolates are constantly available to the market and with that comes the need to evaluate the safety to non-target insects, such as the Africanized honeybee Apis mellifera L. (Hymenoptera: Apidae). The aim of this study was to evaluate if the presence of Bt in A. mellifera workers diet interferes the longevity of the same. Four strains of Bt (RR14P, EM41S, PR11P, PR31P - 1,0 x 108 spores.mL-1) obtained from soil samples of Federal University of Technology - Paraná (UTFPR), Dois Vizinhos, and a commercial product (the basis of Bt, at the dosage recommended by the manufacturer) had been tested in newly emerged A. mellifera workers, in bioassay of ingestion. As a control was used sterile distilled water. To perform the bioassay, the treatments were incorporated into Candy paste (diet) for workers. Each treatment consisted of five repetitions, with 20 honeybees each. The honeybees were placed in PVC cages (20 x 10 cm), closed with voile, where the diet was provided. The cages were kept in a controlled room (27 ± 2° C, R.H. 60% ± 10%) and the evaluation occurred 1 hour after the beginning of the bioassay up to 240 hours. The average longevity of the workers coming from strains RR14P, EM41S, PR11P, PR31P was 120.9; 106.3, 104.5 and 112.8 hours respectively, while the control was 182.4 hours. The commercial product reduced the longevity of workers to 92.5 hours. The dead honeybees from Bt treatments presented in liquid feces, characteristic of the effect of bacteria on this insect. The Bt strains, as well as the commercial product, when present in the diet of A. mellifera reduce worker longevity in laboratory conditions. Tests with different methods of application, different times and field conditions should be performed.

Palavras-Chave: Entromopathogenic bacteria; Honeybee; Selectivity

Apoio Institucional: Cnpq; UTFPR;

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Seletividade de defensivos agrícolas sobre a germinação de conídios de Beauveria bassiana Raquel Andrade Sá; Berghem M. Ribeiro; Edimara A. Francisco; Izabeli I. Santos; Marilda J. Silva; Matheus G. Ferreira; Sandra Schkalei

Innova LTDA

No Brasil o uso de fungos entomopatogênico na agricultura tem crescido nos últimos anos. O fungo Beauveria bassiana têm sido utilizado com sucesso no controle de insetos-praga diversos. No manejo integrado o uso em conjunto desse bioagente com outros defensivos químicos de uso agrícola é interessante. Entretanto a incompatibilidade de muitos desses produtos pode prejudicar a ação desse agente biocontrolador. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de defensivos químicos de uso agrícola, sobre o fungo B. bassiana (isolado IBCB 66). Uma suspensão de 3,5 x108 conídios viáveis/mL do fungo foi adicionada a soluções dos produtos nas concentrações recomendadas. Após 1 h, estas suspensões foram pipetadas em lâminas de viabilidade, e a quantificação dos conídios germinados foi realizada após 20 h à temperatura de 25 ± 1 °C, fotofase de 12 h e umidade relativa de 70 ± 10%. Foram avaliados conídios germinados e não germinados obtendo-se a porcentagem de germinação. Foi adotada a metodologia de em que são calculados os valores de germinação em relação a testemunha (100%), para a faixa de 0 a 30% o produto é considerado muito tóxico, de 31 a 45% é considerado tóxico, de 46 a 60% é considerado moderadamente tóxico e para valores acima de 60%, é considerado compatível. Os fungicidas foram muito tóxicos, sendo que Mancozebe e Trifloxistrobina + Protioconazol inibiram a germinação dos conídeos, e Trifloxistrobina + Ciproconazol e Azoxistrobina + Benzovindiflupir possibilitaram 3% e 13,2% de germinação, respectivamente. Os herbicidas testados foram compatíveis, Cletodim 80,5%, Haloxifope-r éster metílico 84,5%, Sal de dimetilamina do ácido diclorofenoxiacético (2,4-D) 85,2%, Glifosato 86,2% e Dicloreto de Paraquate 87,2%. Os inseticidas incompatíveis foram Tiametoxam, que inibiu a germinação de conídeos, e Lambda-cialotrina com 0,4% de germinação. Imidacloprid com 79,4% e Acefato com 86,2% de germinação foram classificados como compatíveis.

Palavras-Chave: Controle-biológico; Bioinseticida; Viabilidade

Apoio Institucional: Innova LTDA

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Seletividade de defensivos agrícolas sobre a germinação de conídios de Purupureocillium lilacinum Raquel Andrade Sá; Berghem M. Ribeiro; Edimara A. Francisco; Marilda J. Silva; Matheus G. Ferreira3; Sandra Schkalei; Izabeli I. Santos

Innova LTDA

No Brasil o fungo Purpureocillium lilacinum têm sido utilizado com sucesso no controle de pragas de solo como nematóides do gênero Meloidogyne. No manejo integrado é de interesse aplicá-lo juntamente com outros defensivos de uso agrícola. Porém a incompatibilidade de muitos desses produtos pode prejudicar a ação desse bioagente. Objetivou-se avaliar o efeito de defensivos químicos de uso agrícola, sobre o fungo P. lilacinum (isolado PUR 17/09). Uma suspensão de 3,4x108 conídios viáveis/mL do fungo foi adicionada a soluções dos produtos nas concentrações recomendadas. Após 1 h, estas suspensões foram pipetadas em lâminas de viabilidade, e a quantificação dos conídios germinados foi realizada após 20 h à temperatura de 25 ± 1 °C, fotofase de 12 h e umidade relativa de 70 ± 10%. Foram avaliados conídios germinados e não germinados obtendo-se a porcentagem de germinação. Foi adotada a metodologia de em que são calculados os valores de germinação em relação a testemunha (100%) para a faixa de 0 a 30% o produto é considerado muito tóxico, de 31 a 45% é considerado tóxico, de 46 a 60% é considerado moderadamente tóxico e para valores acima de 60%, é considerado compatível. Os fungicidas testados foram muito tóxico, sendo que Mancozebe e Trifloxistrobina + Protioconazol inibiram a germinação dos conídios, Trifloxistrobina + Ciproconazol e Azoxistrobina + Benzovindiflupir apresentaram 3,8% e 7,4% de germinação, respectivamente. Todos os herbicidas foram compatíveis, Glifosato 85%, Sal de dimetilamina do ácido diclorofenoxiacético (2,4-D) 82,5%, Cletodim 77,5%, Haloxifope-r éster metílico 77,5% e Dicloreto de Paraquate 75,7% Entre os inseticidas, foram compatíveis Acefato 79% e Imidacloprid 77,6%, por outro lado, Tiametoxam 0% e Lambda-cialotrina 0,4% foram muito tóxico.

Palavras-Chave: Controle-biológico; Bionematicida; Viabilidade

Apoio Institucional: Innova LTDA

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Bacillus thuringiensis sublethal effects (Bacillales: Bacillaceae) in Helicoverpa armigera (Lepidoptera: Noctuidae) Helvio C. Costa Jr.; Kelly C. Gonçalves; Giovani Smaniotto; Ricardo A. Polanczyk

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, Jaboticabal - SP, Brasil

Bacillus thuringiensis (Eubacteriales: Bacillales) (Bt) is an entomopathogen widely used in pest control, but there is lack of knowleadge about its effects on larvae at sublethal concentrations, which may occur in the field due to the difference in distribution of the application along the plant canopy of the crops or differences in toxin concentration in Bt plants. The objective of this research was to evaluate the Bt sublethal effect on Helicoverpa armigera larvae (Hübner, 1805) (Lepidoptera: Noctuidae). In this study, the Dipel biopesticide was used in the SC formulation, at concentrations of 3,67 x 106; 6,85 x 106; 6,85 x 107; 1,37 x 108 and 6,85 X 108 spores mL, in addition to the control treatment, in which it received application of only deionized water to install the bioassay, to estimate the sublethal concentrations. The concentrations (75 μL) were applied at the surface of artificial dropped in plastic recipients (2,5 cm Æ) diet and 60 first instar larvae in three replicates were used for each concentration. Probit analysis (Polo PC) was used to estimate lethal concentrations. LC10, LC15, LC20 and LC25, which are considered sublethal concentrations because they present a mortality below 25%. Later, another bioassay was installed to evaluate some biological parameters, such as: larvae length and weight, pupae weight and sexual ratio. All the concentrations showed a significant increase in the larval lenght, mainly LC25 with the period reaching more than 36 days. There were also significant differences in the larvae and pupae weight. Only LC10 concentration showed no significant difference compared to the control in the pupae weight. Sublethal Bt concentrations are capable of interfering in the development of H. armigera and may contribute to reduce the damage caused by this pest.

Palavras-Chave: biopesticide

Apoio Institucional: FCAV/UNESP

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Suscetibilidade de diferentes instares de Chrysodeixis includens (Lepidoptera: Noctuidae) a Cry1Ac Ariadne C. Sanches; Maria H. Zanetti; Tamires D. de Souza; Natalia D. Danzi; Matheus H. T. G. Borges; Janete A. Desidério; Ricardo A. Polanczyk

¹Universidade de São Paulo - USP, Campus Ribeirão Preto - SP, Brasil. E-mail:[email protected] ²Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, Jaboticabal - SP, Brasil

Chrysodeixis includens (Walker, [1858]) (Lepidoptera: Noctuidae), conhecida como lagarta-falsa-medideira, é uma das mais importantes espécies praga devido a sua elevada polifagia e voracidade. Em virtude da intensa utilização de inseticidas químicos para o seu controle, populações tem desenvolvido resistência, sendo necessário a utilização de outras formas de controle, como por exemplo, a bactéria Bacillus thuringiensis Berliner (Eubacteriales: Bacillaceae) (Bt), que possui elevada especificidade e seletividade e menor pressão de seleção. A toxina Cry1Ac, presente em bioinseticidas a base de Bt e plantas Bt, é uma das mais virulentas para lepidópteros praga, entretanto, há relatos de diferenças na suscetibilidade entre os estádios larvais, com menor mortalidade de lagartas de últimos instares do que nos primeiros instares. O objetivo deste trabalho foi avaliar a suscetibilidade de quatro instares de C. includens a Cry1Ac com estimativas da Concentração Letal Média (CL50). Uma alíquota (75 μL) das seis concentrações da toxina foram aplicadas com micropipeta na superfície de dieta artificial previamente distribuída em recipientes plásticos (2,5 cm Æ), para o qual foi transferida uma lagarta de cada instar. No total foram utilizados 48 espécimes em três repetições por tratamento. No sétimo dia após a aplicação foi avaliada a mortalidade e a CL50 foi estimada pela análise Probit (P>0,05) (POLO-PC). A CL50 aumentou cerca de 10 vezes entre o primeiro (2,34 ng.cm-2), segundo (22,46 ng.cm-2) e terceiro (267,48 ng.cm-2) instares. Essa diferença foi de cerca de150 vezes entre o primeiro e quarto instares (337,01 ng.cm- 2), porem a CL50 foi semelhante entre o terceiro e quarto instares. As diferenças de suscetibilidade entre os estádios larvais de C. includens à toxina Cry1Ac podem ser devidas a diferenças qualitativas e quantitativas nos receptores presentes no intestino médio, dissolução do cristal pelo pH intestinal e ativação da protoxina por proteases.

Palavras-Chave: Bacillus thuringiensis; pragas da soja; controle microbiano

Apoio Institucional: CAPES, CNPq

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Eficiência de Controle do Percevejo-preto, Cyrtomenus mirabilis com Fungos Entomopatogênicos em Amendoim Rodolfo O. Rincão; Maycon Ferraz; Cíntia M.F. Mendes; Ítalo A. Lima; José E.M. Almeida; Marcos D. Michelotto

Graduando em Agronomia na Unirp, Bolsista Pibic CNPq/Apta, Polo Centro Norte, Pindorama, SP, e- mail: [email protected]; 2.Laboratório de Controle Biológico, Instituto Biológico, Campinas, SP; 3.Apta, Polo Centro Norte, Pindorama, SP

O percevejo-preto, Cyrtomenus mirabilis (Hemiptera: Cydnidae), vem aumentando sua importância como praga de solo na cultura do amendoim no Brasil. Ninfas e adultos atacam as vagens das plantas inviabilizando os grãos para sua comercialização. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de isolados de Beauveria bassiana (Bals.) Vuillemin e Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorokin no controle do percevejo-preto em amendoim. Para isso, foram instalados três experimentos utilizando a cultivar IAC OL3, em blocos casualizados, com quatro repetições, em três localidades do Estado de São Paulo: Pindorama, Ribeirão Preto e Votuporanga. Os experimentos continham quatro tratamentos: testemunha (sem controle); B. bassiana (IBCB 66); M. anisopliae (IBCB 425), ambos na dosagem de 5x1012conídios ha-1 e Fipronil + Alfacipermetrina (2 litros ha-1). As aplicações foram realizadas aos 90 dias após a semeadura (DAS) com volume de calda de 100 litros ha-1 e ponta de pulverização do tipo jato sólido. Na colheita aos 130 DAS foi avaliado o número de percevejos (ninfas + adultos) através de trincheira de 50x30 cm e 15 cm de profundidade e avaliado o percentual de grãos com danos do percevejo em amostra de 50 cm de linha de plantas em cada parcela. Na ausência de controle os insetos variaram de 13,0 a 30,0 por trincheiras na testemunha na média dos locais avaliados. O tratamento utilizando M. anisopliae apresentou redução na ocorrência do percevejo apenas Votuporanga com 20,3% de redução. Já o tratamento com B. bassiana apresentou redução no número de insetos em Ribeirão Preto e Votuporanga com reduções de 44,2 e 89,8%, respectivamente. Já os inseticidas sintéticos promoveram redução acima de 90% no número de insetos em todos os locais. Já os danos ocasionados pelo percevejo sofreram reduções principalmente nos tratamentos utilizando B. bassiana (20,4%) e inseticidas sintéticos (64,9%). Conclui-se que B. bassiana possui potencial para controle de C. mirabilis.

Palavras-Chave: Arachis hypogaea L.; Cydnidae; praga-de-solo

Apoio Institucional: Fundag

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Seletividade de entomopatógenos a pupas de Telenomus remus Nixon, 1937 (Hymenoptera: Platygastridae) Rodrigo M. A. Maciel; Junio T. Amaro; Fernanda C. Colombo; Adeney de F. Bueno; Pedro M. O. J. Neves

Universidade Federal do Paraná. Universidade Estadual de Londrina. Embrapa Soja

O objetivo do trabalho foi avaliar a seletividade de entomopatógenos a pupas de Telenomus remus em laboratório, seguindo protocolo adaptado ao proposto pela Organização Internacional de Organismos Benéficos para o Controle Biológico (IOBC). Os entomopatógenos avaliados foram: Baculovírus anticarsia (Baculovirus AEE®), Bacillus thuringiensis var. kurstaki (Thuricide®), Bacillus thuringiensis var. aizawai (Agree®), Bacillus thuringiensis var. kurstaki (Dipel®), Beauveria bassiana (Boveril®), Metarhizium anisopliae (Metarril®) e Trichoderma harzianum (Trichodermil®). Como testemunhas utilizou-se água (testemunha positiva) e clorpirifós (testemunha negativa). Cartelas de 3 cm2, com 150 ovos de Spodoptera frugiperda J. E. Smith, 1797 (Lepidoptera: Noctuidae) foram oferecidas, para oviposição de fêmeas T. remus recém-emergidas, permitindo-se o parasitismo por 24 h. Em seguida, as cartelas foram transferidas para tubos de vidro (2,5 cm de diâmetro x 8 cm de altura) até a aplicação dos tratamentos. Então, os tratamentos e testemunhas foram pulverizados, nas dosagens comerciais, sobre cartelas de ovos parasitados (1 cartela por repetição), iormente alocadas em gaiolas para emergência. Após emergência dos adultos, novas cartelas com ovos de S. frugiperda foram oferecidas para o parasitismo. Os parâmetros avaliados foram: viabilidade de pupas pulverizadas e do parasitismo e porcentagem de parasitismo da progênie. Os entomopatógenos não causaram efeitos negativos nos parâmetros biológicos avaliados, sendo classificados como seletivos a pupas de T. remus. Apenas clorpirifós foi classificado como nocivo por afetar negativamente a sobrevivência do parasitoide. Sendo assim, T. remus e os entomopatógenos testados podem ser associados com sucesso no manejo integrado de pragas (MIP). Porém, conforme já definido em outros estudos e por outros laboratórios, aplicações de clorpirifós causam efeito nocivo ao parasitoide avaliado e devem ser evitadas sempre que possível.

Palavras-Chave: Controle biológico; MIP; Parasitoide de ovos

Apoio Institucional: CAPES, CNPq, Embrapa Soja

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Parasitimos de Telenomus remus Nixon, 1937 (Hymenoptera: Platygastridae) em ovos pulverizados com entomopatógenos Rodrigo M. A. Maciel; Junio T. Amaro; Fernanda C. Colombo; Adeney de F. Bueno; Pedro M. O. J. Neves

Universidade Federal do Paraná. Universidade Estadual de Londrina. Embrapa Soja

O trabalho objetivou avaliar a preferência de parasitismo de Telenomus remus Nixon, 1937 (Hymenoptera: Platygastridae) a ovos de Spodoptera frugiperda J. E. Smith, 1797 quando pulverizados com diferentes entomopatógenos. Os ovos foram pulverizados com a dose comercial dos seguintes entomopatógenos: Baculovirus anticarsia (Baculovirus AEE®), Bacillus thuringiensis var. kurstaki (Thuricide®), B. thuringiensis var. aizawai (Agree®), B. thuringiensis var. kurstaki (Dipel®), Beauveria bassiana (Boveril®), Metarhizium anisopliae (Metarril®) e Trichoderma harzianum (Trichodermil®),. Para testemunhas utilizou-se água (controle negativo) e clorpirifós (controle positivo). No ensaio 1 (E1), com chance de escolha, os ovos foram pulverizados com os entomopatógenos e com as testemunhas. No ensaio 2 (E2), sem chance de escolha, os ovos foram pulverizados somente com os entomopatógenos. Logo após a pulverização em E1 e E2, os ovos foram oferecidos para as fêmeas de T. remus durante 24 horas. Para E1 e E2, a primeira cartela foi avaliada um dia após a pulverização (1 DAP) e no segundo dia, outra cartela foi oferecida às fêmeas, e esta avaliada no segundo dia após a pulverização (2 DAP). Os parâmetros avaliados foram: porcentagem de parasitismo e viabilidade do parasitismo 1DAP e 2DAP. No E1, os entomopatógenos testados foram classificados como inócuos (classe 1) em 1DAP e 2DAP. Já no E2, apenas o entomopatógeno B. thuringiensis var. kurstaki foi classificado como levemente nocivo (classe 2) em 2DAP. Apenas clorpirifós foi classificado entre moderadamente nocivo (classe 3) e nocivo (classe 4). Esses resultados permitem concluir que T. remus e os entomopatógenos testados podem ser associados com sucesso no manejo integrado de pragas (MIP), dando mais flexibilidade e opções de uso de controle biológico. Entretanto, aplicações de clorpirifós devem sempre evitadas quando possível pelo seu efeito nocivo.

Palavras-Chave: Controle biológico aumentativo; Controle microbiano; Parasitoide de ovos

Apoio Institucional: CAPES, CNPq, Embrapa Soja

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Suscetibilidade de Aethalion Reticulatum (Linnaeus, 1767) (Hemiptera: Aethalionidae) a Fungos Entomopatogênicos Rosemeire S. Oliveira1; Vanessa S. da Palma1; Luana S. Guesdes1; Rozimar C. Pereira2

1Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas. Rua Rui Barbosa 710. Centro – Cruz das Almas – BA; CEP: 44380-000. E-mail: [email protected] da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas. Rua Rui Barbosa 710. Centro – Cruz das Almas – BA; CEP: 44380-000. E-mail:[email protected]

A cigarrinha-do-pedúnculo ou cigarrinha-das-fruteiras Aethalion Reticulatum (Linnaeus, 1767) (Hemiptera: Aethalionidae) é um inseto sugador, cujos adultos medem em torno de 10 mm de comprimento, de cor marrom ferrugínea. É um inseto que se alimenta da seiva de várias espécies, atacando folhas e ramos de inúmeras plantas cultivadas e nativas, tais como ipê-de-jardim, sombreiro, flamboyant, acácia- negra, algodoeiro, aroeira, cafeeiro, eucalipto, citros, etc. Este inseto vem causando danos a várias espécies arbóreas usadas na arborização urbana, assim o uso de controle biológico pode ser a única saída de controle deste inseto em áreas urbanas. Os fungos entomopatogênicos Beauveria bassiana (Balls.) Vuill e Metarhizium anisopliae (Metsc) Sorok são considerado um eficiente agente para o controle biológico. Como não existem pesquisas sobre a suscetibilidade de A. Reticulatum a entomopatógenos, esse trabalho visou estudar a ação dois isolados dos fungos sobre ninfas desse inseto, com o objetivo de selecionar um isolado de alta patogenicidade, para possível emprego no controle do inseto. Ninfas de 5o ínstar de A. Reticulatum foram coletadas em ipê-de-jardim e transferidas para mudas de Ipê- de-jardim com cinco meses de idade. Foram utilizados 40 insetos por planta e cinco repetições por tratamento para cada fungo. Em seguida, mudas infestadas com as ninfas foram pulverizadas com o auxílio de pulverizador manual com 5 mL da suspensão, com as concentração de 2 x 107 conídios/mL para B. bassiana (isolados UFR 11 e UFR 31) e 1,8 x 106 conídios/mL para M. anisopliae (isolados UFR 66 e UFR 08), com o auxílio de pulverizador manual tipo “Air Brush”, tenho como água a testemunha + Tween 0,01%. Diariamente, até o 15 dia foram avaliadas, registrando- se o número de insetos mortos em cada tratamento. Os isolados de B. bassiana e de M. anisopliae foram patogênicos para A. Reticulatum com seus valores de mortalidade incrementando a partir do terceiro dia e com a maior taxa de mortalidade ocorrendo ao quarto e quinto dias após a inoculação. Para B. bassiana os dois isolados apresentaram valores de mortalidade corrigida no 5º dia entre 69 e 71%. Quanto a M. anisopliae os isolados apresentaram valores superiores a 80% de mortalidade no quarto dia. Palavras-chave: Cigarrinha, patogenicidade, controle microbiano Suscetibilidade de Aethalion Apoio Institucional: ABAAF

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Suscetibilidade de ninfas de Bemisia tabaci MEAM1 a diferentes isolados de Cordyceps javanica em feijoeiro Sara A. G. de Souza; Heloiza A. Boaventura; José Francisco A. Silva; Eliane D. Quintela

Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA

O fungo Cordyceps javanica tem exercido importante papel como agente de mortalidade natural de Bemisia tabaci MEAM1. O objetivo deste trabalho foi comparar a virulência dos isolados 01,02, CNPAF 46 e 48 de C. javanica, coletados de ninfas de mosca-branca em epizootias. Plantas de feijão (três plantas/vaso) contendo ninfas de 2º ínstar foram pulverizadas com 5 × 106 e 5 × 107 conídios mL-1 de cada isolado utilizando um aerógrafo manual com abertura de bico de 0,25 mm e pressão de trabalho de 10 PSI. As testemunhas foram tratadas somente com Tween 80 a 0,01%. As plantas foram mantidas em casa telada na Embrapa Arroz e Feijão durante toda a condução do experimento. As temperaturas variaram de 18,7 a 39,0 ºC (média de 25,2ºC) e as umidades relativa de 38,5 a 98,0 % (média 77,3%). As avaliações de ninfas vivas e mortas foram realizadas diariamente do 3º ao 7º dia em uma folha primária de feijão por repetição em quatro repetições por tratamento. Após avaliações, as folhas foram mantidas em B.O.D. a 26 ºC, 80-90% UR com 12 h de fotofase para confirmação da mortalidade pelo fungo. O modelo regressão não linear Log-logístico foi utilizado para estimar o TL50. A proporção de ninfas mortas e infectadas pelo fungo foram comparadas pelo teste de Scott-Knott a 5%. Após 7 dias, a porcentagem de ninfas mortas foi significativamente semelhante entre os isolados a 5 × 106 conídios/mL (variação de 17,9 a 21,9%), mas todos diferiram da testemunha (0,70%). A 5 × 107 conídios/mL, o isolado 02 matou significativamente menos ninfas (46,6%) quando comparado com os isolados 01, CNPAF 46 e 48 (79,1, 69,6 e 79,6%, respectivamente). O TL50 foi significativamente maior para o isolado 02 (7,5 dias) em comparação ao 01, CNPAF 46 e 48 (5,8, 6,1 e 4,8 dias, respectivamente). Ensaios rotineiros para a seleção dos melhores isolados de fungos entomopatogênicos são necessários pois existem diferenças entre eles quanto à virulência à mosca-branca.

Palavras-Chave: Fungo entomopatogênico; mosca-branca; virulência

Apoio Institucional: Embrapa e Lallemand (Patos de Minas, MG)

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Aprimoramento do método de fermentação líquida de Trichoderma asperelloides Taisa P Gomes; Celeste P. D’Alessandro; Italo Delalibera Jr; Juliana P. Braga; Josegueri Celeri

Vital Force

Dentre os agentes biológicos, os fungos do gênero Trichoderma encontram-se entre os mais comercializados no Brasil, sendo empregados com sucesso no controle de fitopatógenos e, também, na promoção de crescimento de plantas. O isolado ESALQ-2913 de Trichoderma asperelloides pertencente à coleção “Sérgio Batista Alves” do Laboratório de Patologia e Controle Microbiano de Insetos, ESALQ-USP foi selecionado devido a sua elevada produção de conídios e sua ação antagonista aos fitopatógenos Sclerotinia sclerotiorum e Rhizotocnia solani. Com o objetivo de desenvolver um bioproduto a base de T. asperelloides ESALQ-2913 foi necessário aumentar a escala de produção usando novas metodologias de fermentação em meios líquidos. O inóculo fúngico foi multiplicado em placas de Petri contendo meio BDA comercial e incubado em câmara climatizada a 26 ± 1°C e 12 horas de fotofase por 5 dias. A fermentação líquida do isolado selecionado foi conduzida em frascos de vidro denominados “baffled flasks” de 250 mL usando sete meios de cultura: Czapek, Czapek – Dox modificado, Jackson (2, 4 e 6 modificado), Adamek modificado e Song. Em cada frasco foi transferido 45 mL de cada meio liquido (pH= 5,5) e 5 mL de inóculo contendo 5 x 105 conídios/mL (10% v/v). Os frascos foram mantidos sob agitação orbital com rotação de 350 rpm durante 7 dias à temperatura de 28°C com 12 horas de fotoperíodo. De modo geral, em todos os meios testados foi observada a produção em diferentes proporções de hifas, conídios submersos, clamidósporos e microescleródios. Os meios de cultura Czapek – Dox modificado e Song induziram a maior produção de conídios submersos, e a maior produção de microescleródios foi observada nos meios Jackson 4 e 6 modificado. Os resultados permitiram identificar os melhores meios de cultura para cada propágulo fúngico de T. asperelloides ESALQ-2913.

Palavras-Chave: Biofungicida; Produção Massal; Bioprodução

Apoio Institucional: Departamento de Entomologia e Acarologia, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”

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UV-B Tolerance and Conidiogenesis of Metarhizium anisopliae Maintained in the Laboratory or Under Natural Conditions Thaís A. Corrêa; Emily M. da Silva; Amanda R. da C. Corval; Victória S. Bório; Gabriela E.C.N. Gomes; Vânia R.E.P. Bittencourt; Patrícia S. Gôlo

Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, Instituto de Veterinária, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Rodovia Br 465, Km 7, Seropédica. RJ. CEP 23897-000 Brazil

The aim of the present study was to analyze the UV-B tolerance of a native Metarhizium anisopliae Sorokim (Clavicipitaceae) isolate (LCM S04) and evaluate its conidiogenesis comparing colonies maintained in an artificial medium at the laboratory or in the soil covered with grass under natural conditions. LCM S04 was cultivated in sterile rice for 15 days. An aqueous conidial suspension was used as the start point for the colonies kept in the laboratory and for the suspension used to treat the grass soil outside the laboratory. In the laboratory, conidia from the rice were cultured in potato dextrose agar artificial medium with 0.01% yeast extract in the dark at 28 ± 1ºC for 14 days. Plates were then placed in the refrigerator (8ºC) for 16 days (day 30). At day 31, conidia were transferred to a new PDA plate starting a new cycle. The experiment in the laboratory was finished on day 90. At the same time and for the same period (i.e., 90 days), in the environment, the suspension was used to treat sterile soil covered with Brachiaria decumbens Stapf (Gramineae). After 90 days, soil samples were processed for recovery of the fungal isolate’s colonies. Fourteen days-old colonies maintained in the laboratory exhibited an average of 1,4 × 108 conidia cm-2, while the colonies recovered from the soil produced significantly fewer conidia (4,1 × 107 conidia cm-2) (P<0.05). There was no difference (P>0.01) in the UV-B tolerance (total dose of 4 kJ m-2) of conidia from colonies maintained on artificial medium or in the soil under natural conditions. We suggested that the reduction in conidia production was due to stressful conditions mediated by environmental factors such as high temperature and UV irradiation. Understanding the response of entomopathogenic fungi under natural conditions in comparison to laboratory conditions is fundamental to drive better strategies for fungal propagules production and application in the field.

Palavras-Chave: entomopathogenic fungi; biological control; conidia

Apoio Institucional: This study was financed in part by the Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) -Finance Code 001, National Council for Scientific and Technological Development (CNPq), and Foundation for Research Support of the State of Rio de Janeiro (FAPERJ)

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Potencial inseticida de um extrato quitinolítico de Streptomyces sp. ENT-21 sobre Spodoptera frugiperda Thiago Trevisoli Agostini; Guilherme Duarte Rossi

Universidade Federal de Lavras

As quitinases são enzimas com ação de hidrólise sobre quitina e podem interferir no desenvolvimento de pragas, visto que esse polímero constitui estruturas como a cutícula e a membrana peritrófica dos insetos. Com isso, avaliaram-se os efeitos de um extrato quitinolítico de Streptomyces sp. ENT-21 sobre o desenvolvimento de lagartas neonatas de Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae), um importante inseto praga da cultura do milho. O extrato quitinolítico foi produzido a partir do cultivo da actinobactéria Streptomyces sp. ENT-21 em meio contendo quitina. Neonatas de S. frugiperda foram colocadas em poços de uma placa de cultivo de células contendo uma porção de 5 g de dieta artificial baseada em feijão cozido e farelo de soja juntamente com 200 µL do extrato quitinolítico de Streptomyces sp. ENT-21. O desenvolvimento das lagartas na presença do extrato foi realizado em condições controladas. Parâmetros biológicos como mortalidade, período larval, ganho de peso das lagartas e peso de pupas com 24h após a formação foram avaliados. Ensaios controle contendo H2O deionizada autoclavada e o extrato quitinolítico fervido (sem atividade) foram realizados. Os tratamentos foram replicados com 8 repetições, sendo um grupo de 12 lagartas considerado uma repetição. As médias obtidas foram submetidas a análise de variância (ANOVA) e comparadas pelo teste de Tukey (p≤0,05). O extrato quitinolítico produzido resultou na interferência do desenvolvimento larval de S. frugiperda, no aumento da mortalidade e na redução do ganho de peso das lagartas em relação ao tratamento controle. Os resultados indicam que o extrato quitinolítico produzido pelo cultivo de Streptomyces sp. ENT-21 possui atividade inseticida sobre lagartas de S. frugiperda e que a atividade quitinolítica é um fator importante para a atividade inseticida do extrato.

Palavras-Chave: Biotecnologia; Controle de insetos; Quitinase

Apoio Institucional: CNPq

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Primeiro Registro de Isaria sp. em lagartas de Palpita forficifera Tiago Scheunemann; Alexandra P. Krüger; Daniel Ricardo Sosa-Gómez; Mirtes Melo; Daniel Bernardi; Dori E. Nava

Programa de Pós-graduação em Fitossanidade, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil, 96010900

No Brasil, a lagarta-da-oliveira, Palpita forficifera Munroe 1959 (Lepidoptera: Crambidae) é considerada a principal praga da oliveira [Olea europaea Lineu, 1753 (Oleaceae)]. Devido ao avanço do cultivo com a cultura, estudos sobre biologia, comportamento e controle de P. forficifera estão sendo realizados. No aspecto de controle natural desta espécie, tem sido verificada a ocorrência de predadores e parasitoides de lagartas e até então não se conhecia relatos da ação de entomopatógenos. Durante a safra agrícola 2018/2019, em pomar de oliveira, localizado na Estação Experimental Cascata (31° 31' 15'' S; 52º 31' 24'' W) foram coletados ramos com folhas. Estes foram levadas para laboratório (25 ± 1ºC, 70 ± 10% UR e 14 horas de fotofase) e, acondicionados em caixas plásticas (40L). Foi observada, após 15 dias, a presença de 20% de lagartas mumificadas que apresentavam o corpo parcial ou totalmente coberto por um fungo de coloração esbranquiçada. Frente a isso, os insetos foram transferidos para câmara úmida até o completo desenvolvimento do entomopatógeno. Após os conídios da superfície das lagartas foram transferidos para placas de Petri (9,0 cm de diâmetro) contendo meio BDA (Batata, Dextrose e Agar), acrescido de antibiótico, sendo incubadas em câmara climatizada a 26°C. Decorrido 5 dias, foi realizada a purificação do fungo a partir das colônias formadas na superfície do meio a fim de se obter culturas puras. Posteriormente, estas foram transferidas para tubos de ensaio contendo o meio BDA e enviados para a realização da identificação com ajuda do especialista/taxonomista da área de estudo. Aliado a isso, foi caracterizado morfologicamente que o fungo pertence ao gênero Isaria (Ascomycota: Hypocreales: Cordycipitaceae). Entretanto, a identificação a nível específico depende de amplificação e sequenciamento genético, o qual será realizado futuramente. Este é considerado o primeiro relato de fungo do gênero Isaria infestando lagartas de P. forficifera a campo.

Palavras-Chave: Fungo entomopatogênico; lagarta-da-oliveira; controle biológico

Apoio Institucional: CAPES

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Atividade de isolados de Beauveria bassiana sobre Euschistus heros (Fabr.) (Hemiptera: Pentatomidae) Tiago T. Ferreira; Mayara F. da S. Santana; Luis F. A. Alves; Andréia K. Bonini; Bruno V. Neves

Lab. de Biotecnologia Agrícola, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Cascavel, PR

O percevejo-marrom-da-soja, praga primaria da cultura de soja no Brasil ocorrem na cultura desde a fase vegetativa e são prejudiciais do início da formação das vagens até a maturação dos grãos, diminuindo a produção e a qualidade dos mesmos. Atualmente o método mais utilizado no controle de pragas é o químico, porém podem ocasionar entre outros problemas, contaminação ambiental, intoxicação do aplicador e resistência dos insetos alvo ao inseticida. Assim, o objetivo desse trabalho foi verificar a atividade de isolados de Beauveria bassiana sobre Euschistus heros. Adultos de E. heros foram imersos em suspensões de 23 isolados de B. bassiana (1x109 conídios/ml), durante 10 segundos sob agitação, sendo 14 insetos por repetição, repetindo-se 5 vezes cada tratamento. Em seguida, foram mantidos em potes plástico de 500 ml a 26C° ± 2C°, 60% de U.R ± 10% e 14h de fotofase por 12 dias, avaliados diariamente. Os insetos mortos foram mantidos em câmara úmida para confirmação da morte pelo fungo. Os isolados Unioeste 76 e Unioeste 77 foram os de maior atividade (mortalidade confirmada superior a 95%) e foram comparados entre si, em ensaio de pulverização sobre os insetos (1 ml nas concentrações de 107, 108 e 109 conídios/ml, utilizando-se do mesmo delineamento e metodologia de avaliação do ensaio de imersão). Além disso, os cadáveres obtidos no tratamento de 109 conídios/ml foram submetidos à quantificação da produção de conídios/cadáver. Todos os isolados foram patogênicos. O isolado Unioeste 76 pulverizado na concentração 1×109 conídios/ml causou mortalidade confirmada de 74% diferindo significativamente das demais concentrações. Já o isolado Unioeste 77, não apresentou diferença significativa entre as concentrações de 1×108 e 1×109 conídios/ml, com mortalidades de 54 e 70% respectivamente. Além disso, os isolados Unioeste 76 e 77 não apresentaram diferença significativa quanto à produção de conídios/cadáver, com média de 19,5 e 11,9×107 conídios/cadáver respectivamente.

Palavras-Chave: Controle biológico; fungos entomopatogênicos; percevejo-marrom- da-soja

Apoio Institucional: CNPq, CAPES

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Atividade de isolados fungicos sobre Pappista granicollis (Pierce, 1916) (Coleoptera: Curculionidae) Tiago T. Ferreira; Mayara F. da S. Santana; Vanda Pietrowski; Luis F. A. Alves; Bruno V. Neves

1Lab. de Biotecnologia Agrícola, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Cascavel

O ataque da cultura da mandioca por artrópodes é muito citado na literatura, principalmente se tratando de pragas primárias, porém pouco aprofundado para pragas de menor importância, como o caso da broca-da-haste, o que se torna um problema quando a incidência da praga aumenta, assim como sua população e danos. Nesse sentido, aliado ainda ao fato de uma mudança comportamental de P. granicollis em algumas localidades, esse trabalho tem como objetivo testar métodos biológicos de controle da praga. Para isso foram realizados bioensaios de seleção com três isolados de fungos entomopatogênicos, sendo eles: IBL 4425 (Metarhizium anisopliae), Unio 101 (Beauveria bassiana) e Unio 100 (B. bassiana). Os fungos foram multiplicados isoladamente em meio de cultura M.E, incubados durante 7 dias, e na sequência raspados em tudo de vidro tipo chato. Para a realização do bioensaio, os isolados foram diluídos em água destilada estéril com 0,01 % de Tween 80® até a concentração de 1x109 conídios/ml, e aplicados sobre 10 insetos por repetição, com 5 repetições por isolado, em suspensão de 2ml. Os insetos foram mantidos imersos durante 10 segundos sob agitação constante, e seguida, transferidos para gaiolas plásticas alocadas em sala de incubação (25±0,5°C e 12 horas de fotofase). Como controle, foi utilizado apenas à imersão dos insetos em água + tween. As avaliações ocorreram diariamente, durante 20 dias, sendo os insetos mortos higienizados em álcool 70%, seguido de hipoclorito de sódio 2,5% e água destilada, e posteriormente distribuídos sobre papel filtro em placas de Petri, arranjadas em câmara úmida. Essas câmaras foram mantidas em BOD durante 5 dias para confirmação da morte pelo patógeno. Os isolados apresentaram mortalidade média confirmada na ordem de 4, 12 e 18% respectivamente, mostrando que o inseto apresenta susceptibilidade a fungos entomopatogênicos, sendo uma alternativa do controle da praga, no entanto é necessário a continuidade da seleção de novos isolados.

Palavras-Chave: Controle biológico; fungos entomopatogênicos; broca-da-haste

Apoio Institucional: CNPq, CAPES, Fundação Araucária

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Uso da Chromobacterium subtsugae no manejo da Chrysodeixis includes Vanessa Exteckoetter; Vanda Pietrowski; Leidiane C. Carvalho; Willian Ribeiro de Carvalho; Claudecir Catilho Martins; Letícia Zanachi

UNIOESTE

Chrysodeixis includens passou a ser um inseto praga importante para a cultura da soja (Glycine max), ocasionado sérios danos econômicos. É um inseto polífago com capacidade de se desenvolver em 73 plantas hospedeiras. Visando diminuir o uso de defensivos químicos no manejo desta espécie, alguns agricultores têm produzido e utilizado insumos biológicos produzidos no sistema on Farm, dentre eles a bactéria Chromobacterium subtsugae. Muito se questiona sobre esse sistema de produção e a efetiva eficiência dos bioinseticidas produzidos. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência desta bactéria, produzida nos moldes do sistema on Farm no controle de C. includens. O experimento foi conduzido no Laboratório de Entomologia da Unioeste. As lagartas utilizadas no experimento eram procedentes de criação de laboratório mantida com dieta artificial até o terceiro instar, em temperatura de 25± 2º C, UR 70±10%. O delineamento experimental utilizado foi DBC, em esquema fatorial, com cinco doses e duas formas de aplicação, com 20 repetições sendo 5 lagartas por repetição. 40, 30, 20, 10, e 0 mL da solução da bactéria por litro de calda, considerando a dose utilizada pelos agricultores de 4 litros por hectares. A aplicação foi feita diretamente no tegumento da lagarta e indiretamente, sobre a dieta, feita com auxílio de micropipeta. Foi aplicado 20 µL de cada dosagens. Após 2 dias de contato com a bactéria, as lagartas foram individualizadas em copos plásticos de 500mL com tampas perfuras e ofertado alimento sem aplicação da bactéria. Diariamente, por um período de 30 dias, foi realizada a avaliação do número de lagartas vivas e mortas. Os resultados obtidos indicaram que não houve eficiência de controle da lagarta nos moldes que o experimento foi realizado. Chrysodeixis includens passou a ser um inseto praga importante para a cultura da soja (Glycine max), ocasionado sérios danos econômicos. É um inseto polífago com capacidade de se desenvolver em 73 plantas hospedeiras. Visando diminuir o uso de defensivos químicos no manejo desta espécie, alguns agricultores têm produzido e utilizado insumos biológicos produzidos no sistema on Farm, dentre eles a bactéria Chromobacterium subtsugae. Muito se questiona sobre esse sistema de produção e a efetiva eficiência dos bioinseticidas produzidos. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência desta bactéria, produzida nos moldes do sistema on Farm no controle de C. includens. O experimento foi conduzido no Laboratório de Entomologia da Unioeste. As lagartas utilizadas no experimento eram procedentes de criação de laboratório mantida com dieta artificial até o terceiro instar, em temperatura de 25± 2º C, UR 70±10%. O delineamento experimental utilizado foi DBC, em esquema fatorial, com cinco doses

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e duas formas de aplicação, com 20 repetições sendo 5 lagartas por repetição. 40, 30, 20, 10, e 0 mL da solução da bactéria por litro de calda, considerando a dose utilizada pelos agricultores de 4 litros por hectares. A aplicação foi feita diretamente no tegumento da lagarta e indiretamente, sobre a dieta, feita com auxílio de micropipeta. Foi aplicado 20 µL de cada dosagens. Após 2 dias de contato com a bactéria, as lagartas foram individualizadas em copos plásticos de 500mL com tampas perfuras e ofertado alimento sem aplicação da bactéria. Diariamente, por um período de 30 dias, foi realizada a avaliação do número de lagartas vivas e mortas. Os resultados obtidos indicaram que não houve eficiência de controle da lagarta nos moldes que o experimento foi realizado.

Palavras-Chave: Sistema de produção on Farm; controle biológico; falsa-medieira

Apoio Institucional: UNIOESTE

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Suscetibilidade de Aethalion Reticulatum (Linnaeus, 1767) (Hemiptera: Aethalionidae) a Fungos Entomopatogênicos Rosemeire S. Oliveira; Vanessa S. da Palma; Luana S. Guedes1; Rozimar C. Pereira

Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas. Rua Rui Barbosa, 710. Centro – Cruz das Almas – BA, CEP: 44380-000. E-mail: [email protected]

A cigarrinha-do-pedúnculo ou cigarrinha-das-fruteiras Aethalion Reticulatum (Linnaeus, 1767) (Hemiptera: Aethalionidae) é um inseto sugador, cujos adultos medem em torno de 10 mm de comprimento, de cor marrom ferrugínea. É um inseto que se alimenta da seiva de várias espécies, atacando folhas e ramos de inúmeras plantas cultivadas e nativas, tais como ipê-de-jardim, sombreiro, flamboyant, acácia- negra, algodoeiro, aroeira, cafeeiro, eucalipto, citros, etc. Este inseto vem causando danos a várias espécies arbóreas usadas na arborização urbana, assim o uso de controle biológico pode ser a única saída de controle deste inseto em áreas urbanas. Os fungos entomopatogênicos Beauveria bassiana (Balls.) Vuill e Metarhizium anisopliae (Metsc) Sorok são considerado um eficiente agente para o controle biológico. Como não existem pesquisas sobre a suscetibilidade de A. Reticulatum a entomopatógenos, esse trabalho visou estudar a ação dois isolados dos fungos sobre ninfas desse inseto, com o objetivo de selecionar um isolado de alta patogenicidade, para possível emprego no controle do inseto. Ninfas de 5o ínstar de A. Reticulatum foram coletadas em ipê-de-jardim e transferidas para mudas de Ipê- de-jardim com cinco meses de idade. Foram utilizados 40 insetos por planta e cinco repetições por tratamento para cada fungo. Em seguida, mudas infestadas com as ninfas foram pulverizadas com o auxílio de pulverizador manual com 5 mL da suspensão, com as concentração de 2 x 107 conídios/mL para B. bassiana (isolados UFR 11 e UFR 31) e 1,8 x 106 conídios/mL para M. anisopliae (isolados UFR 66 e UFR 08), com o auxílio de pulverizador manual tipo “Air Brush”, tenho como água a testemunha + Tween 0,01%. Diariamente, até o 15 dia foram avaliadas, registrando- se o número de insetos mortos em cada tratamento. Os isolados de B. bassiana e de M. anisopliae foram patogênicos para A. Reticulatum com seus valores de mortalidade incrementando a partir do terceiro dia e com a maior taxa de mortalidade ocorrendo ao quarto e quinto dias após a inoculação. Para B. bassiana os dois isolados apresentaram valores de mortalidade corrigida no 5º dia entre 69 e 71%. Quanto a M. anisopliae os isolados apresentaram valores superiores a 80% de mortalidade no quarto dia.

Palavras-Chave: Cigarrinha; patogenicidade; controle microbiano

Apoio Institucional: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

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Eficiência da cepa 1603B de Bacillus thuringiensis e seu produto comercial no controle de lepidópteros-praga Vinícius A. S. dos Santos; Karine S. Carvalho; Karolay G.R.; Gabriel H. F. Nunes; Nivea A.M. Evangelista; Emanuelle V. D'Ascenção; Frederick M. Aguiar; Fernando H. Valicente

Universidade Federal de São João del-Rei

Uma alternativa para o controle de insetos-praga é o uso da bactéria Bacillus thuringiensis. O objetivo deste trabalho foi comparar a eficiência de um produto comercial a base de Bt e sua cepa original (suspensão), quanto a mortalidade de lepidópteros-praga. Os bioensaios foram conduzidos na Embrapa Milho e Sorgo, utilizando seis espécies de lagartas (Spodoptera frugiperda, S. eridania, S. cosmioides, Chrysodexis includens, Diatraea saccaralis e Anticarsia gemmatalis), dois tratamentos (suspensão de esporos e cristais da cepa 1603B proveniente do Banco de Microrganismos da Embrapa Milho e Sorgo, e o produto comercial (Crystal® - da Empresa Farroupilha/Lallemand), proveniente da mesma cepa) e duas concentrações (106 e 107 esporos/mL). Foram aplicados 150 µL de cada suspensão na superfície da dieta específica para cada espécie. Os bioensaios consistiram em quatro repetições contendo 30 larvas neonatas de cada espécie por repetição. Os resultados apresentaram alto índice de mortalidade para as espécies A. gemmatalis e D. saccaralis, variando entre 93 a 100%, tanto nos tratamentos, quanto nas concentrações. No tratamento utilizando o produto Crystal®, as espécies S. frugiperda, S. eridania, S. cosmioides e C. includens apresentaram diferença significativa em relação a porcentagem de mortalidade nas duas concentrações testadas, 107 apresentou maiores valores de mortalidade variando de 93 a 100% e 106 de 51 a 77%. Já no tratamento utilizando a cepa 1603B, S. frugiperda, S. eridania, S. cosmioides e C. includens apresentaram uma mortalidade superior a 99%, nas duas concentrações testadas, não diferindo estatisticamente entre si. A porcentagem de mortalidade foi alta para os tratamentos provenientes da suspensão da cepa 1603B e do produto Crystal®, na concentração de 107 esporos/mL. Entretanto, mesmo o produto comercial Crystal® estando armazenado por 16 meses após a fabricação, a sua viabilidade do princípio ativo se manteve como a suspensão de sua cepa original.

Palavras-Chave: Bt; Lagarta; Bioensaios

Apoio Institucional: EMBRAPA, FAPED, UFSj

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Persistência residual em condições de campo do Erinnyis ello granulovirus (EreIVG) William R. Carvalho; Claudecir C. Martins; Leidiane C. Carvalho; Vanda Pietrowski; Vanusi C. da Silva; Amanda C. Favorito

UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná

O mandorová-da-mandioca (Erinnyis ello) (Sphingidae, Lin. 1758) é a principal praga desfolhadora da cultura, o controle com Granulovirus (EreIVG) se mostra muito eficaz contra esta praga. Um dos principais obstáculos para o aumento das áreas tratadas com o EreIVG é a capacidade residual deste em campo. Neste contexto, este trabalho teve por objetivo avaliar a capacidade residual do EreIVG em campo por um período de oito dias. Para tal, oito áreas de 16 m2 de mandioca foram tratadas diariamente por oito dias consecutivos com EreIVG em uma proporção de 200 litros/ha na concentração de 40 gramas de vírus ha-1, cada área correspondendo a um tratamento. Assim, a área em que o EreIVG foi aplicado no primeiro dia, ao final do oitavo dia permaneceu sob as condições de intemperes de campo por sete dias, o que foi aplicado no segundo dia teve uma permanência de seis dias, e assim consecutivamente. Ao final das aplicações foram colhidas 200g de folhas de cada área, as quais foram oferecidas as lagartas de primeiro instar do E. ellus, as folhas do tratamento que foi pulverizado no oitavo dia também foram oferecidas as lagartas para simular o consumo imediato a aplicação, servindo de testemunha positiva. Para testemunha negativa foram oferecidas 200g de folhas sem aplicação de EreIVG. Após o consumo total das 200g de folhas tratadas com baculovírus e testemunha foram oferecidas folhas sem tratamento até a morte das lagartas ou, até o fechamento do ciclo larval. As mortes foram observadas e anotadas diariamente. Os resultados foram avaliados pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade e demonstraram que todos os tratamentos obtiveram morte de 100% das lagartas exceto na testemunha, a qual diferiu estatisticamente dos demais. Assim, no que diz respeito a oito dias em condições climáticas de intemperes o EreIVG se mostra totalmente eficiente para controle do E. ellus.

Palavras-Chave: Mandorová-da-mandioca; Baculovirus

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Preferência alimentar de Podisus nigrispinus Adelia M. Bischoff; Alessandra Benatto; Aline M. Borba; Nadia C. Borba; Guilherme Nishimura; Tamara A. Takahashi; Maria A. C. Zawadneak

1Programa de Pós-Graduação em Agronomia e Produção Vegetal, Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná

Podisus nigrispinus (Dallas, 1851) (Heteroptera: Pentatomidae) é um predador amplamente utilizado para o controle de pragas agrícolas. Entretanto, insetos predadores podem ter seu desenvolvimento afetado entre outros fatores pela qualidade nutricional do alimento, quando criado em condições de laboratório. Objetivou-se avaliar a preferência alimentar de P. nigrispinus por quatro espécies de lagartas. O experimento foi realizado em condições controladas (22 ± 2°C, UR 60 ± 10% e fotofase 12 horas). O delineamento foi inteiramente casualizado com 4 tratamentos e 10 repetições. Cada tratamento foi constituído de lagartas de Anagasta kuehniella (Zeller, 1879) (Lepidoptera: Pyralidae), Duponchelia fovealis Zeller, 1847 (Lepidoptera: Crambidae), Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818 (Lepidoptera: Erebidae) e Spodoptera eridania (Cramer, 1782) (Lepidoptera: Noctuidae). O experimento foi realizado com chance de escolha, sendo que para cada repetição foi disponibilizado cinco lagartas de cada espécie, estas colocadas de forma equidistante entre si e do centro em uma arena circular de acrílico (30 cm Ø x 10 cm de altura). No centro de cada arena, foram liberados dez adultos de P. nigrispinus (mantidos previamente em jejum por 24 horas). A preferência alimentar foi avaliada de hora em hora, por nove horas. Após 24 horas foi realizado o registro final. Os dados foram avaliados por meio de análise de variância (ANOVA) e as médias comparadas pelo teste de Tukey (5% de probabilidade). Os testes mostraram que P. nigrispinus optou por lagartas de A. gemmatalis como primeira opção (2,0 lagartas) e S. eridania (0,9 lagartas), não diferindo entre as presas de D. fovealis e A. kuehniella (P = 2,2e-16). Conclui-se que adultos de P. nigrispinus tem preferência por lagartas de A. gemmatalis.

Palavras-Chave: controle biológico; percevejo predador; manejo integrado de pragas

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES

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Parasitismo em adultos de Dichelops melacanthus e Euschistus heros em seis áreas de soja na região Norte Central Paranaense Claudinei A. Minchio1; Eduardo H. L. Mazzucchelli1; Adriano T. Hoshino2; Humberto G. Androcioli3; Ayres de O. Menezes Junior2; Amarildo Pasini2

1 Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), Rua Marechal Floriano Peixoto, 1017 São Jorge do Ivaí-PR CEP 87190-000. 2Universidade Estadual de Londrina (UEL), CCA, Departamento de Agronomia, Rodovia Celso Garcia Cid, PR 445 Km 380, Cx. Postal 6001, Londrina-PR CEP 86051-990. [email protected]. 3Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), Setor de Entomologia, Rod. Celso Garcia Cid, PR 445 Km 375, Londrina - PR, CEP 86047-902

O conhecimento dos dípteros e himenópteros parasitoides de adultos de Euschistus heros (Fabricius, 1798) e Dichelops melacanthus (Dallas, 1851) é fundamental para o desenvolvimento de estratégias de manejo, visando a manutenção destes inimigos naturais na lavoura. Este trabalho objetivou determinar a incidência e as espécies de parasitoides de adultos dos percevejos D. melacanthus e E. heros, em áreas de cultivo de soja na região Norte Central Paranaense. Em seis áreas de cultivo situadas em São Jorge do Ivaí-PR foram estabelecidos de 5 a 7 pontos amostrais, distribuídos de forma equidistante em um transecto. Os percevejos foram coletados de set/2017 a fev/2018, usando armadilhas contendo atrativo alimentar (antes e durante o cultivo da soja) e pano-de-batida na cultura da soja. Os percevejos coletados foram agrupados conforme a espécie e acondicionados em recipientes plásticos, sendo alimentados e mantidos a temperatura ambiente até a emergência dos parasitoides ou morte dos percevejos. Os parasitoides emergidos foram acondicionados em álcool 70% e iormente identificados. Coletou-se ao todo 2528 e 1240 espécimes de D. melacanthus e E. heros, respectivamente. Considerando todo o período de amostragem, foi verificado um parasitismo de 7,9% para D. melacanthus, todos taquinídeos (Diptera: Tachinidae), sendo o gênero mais abundante Ectophasiopsis (84,9%), seguidos de Cylindromyia (14,6%) e Gymnoclytia (0,5%). Para E. heros foi verificado um parasitismo de 6,4%, onde os dípteros Ectophasiopsis, Cylindromyia e Gymnoclytia apareceram nas frequências de 74,7%, 13,9% e 3,8%, respectivamente. Além disso, para E. heros foi observada a presença de uma morfoespécie de taquinídeo não identificada e do hymenóptero Hexacladia smithii (Hymenoptea: Encyrtidae), ambos com frequência de 3,8%. Embora a taxa de parasitismo geral aparente ser baixo (7,9% e 6,4%) para algumas áreas alcançou patamares de 94% e 75%, para D. melacanthus e E. heros respectivamente.

Palavras-Chave: Percevejo-barriga-verde; Percevejo-marrom; Parasitoides Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Pulgões dos cereais (Hemiptera: Aphididae) e seus inimigos naturais associados à aveia, na região Norte do Paraná Adriano T. Hoshino; Maria E. Simionato; Bárbara A. de Souza; Larissa A. de Brito; Ayres de O. Menezes Junior

Universidade Estadual de Londrina (UEL), CCA, Departamento de Agronomia, Rodovia Celso Garcia Cid, PR 445 Km 380, Cx. Postal 6001, Londrina-PR CEP 86051-990. [email protected]

A aveia pode hospedar as mesmas espécies de pulgões e servir de repositório para viroses compartilhadas com o trigo. O trabalho teve como objetivo identificar as espécies de pulgões e seus inimigos naturais associados a quatro cultivares de aveia com aptidão para forrageira e planta de cobertura. O estudo foi conduzido no Câmpus da UEL, com as cultivares IAPAR 61 – Ibiporã, FAPA 2, FUNDACEP FAPA 43 e IPR Suprema mantidas em quatro parcelas cada. As espécies de afídeos e múmias foram monitoradas semanalmente, em 10 plantas por parcela. Seis armadilhas do tipo Moericke foram instaladas na área, para avaliação de inimigos naturais. Foram constatados os seguintes pulgões, em ordem de ocorrência: Sitobion avenae (Fabricius 1794), Rhopalosiphum padi (L. 1758), R. maidis (Fitch, 1856) e Schizaphis graminum, (Rondani 1952). Até a quinta semana de avaliação houve predomínio de R. padi com populações baixas (média máxima de 1 pulgão/afilho) nas quatro cultivares. As maiores infestações ocorreram por S. avenae, a partir da sexta semana, chegando à média de 4,5 pulgões/afilho na cultivar FUNDACEP FAPA 43. Esse aumento populacional do pulgão da espiga ocorreu independentemente do estágio fenológico em que a cultivar se encontrava nas últimas semanas de avaliação: alongamento nas de ciclo tardio; ou enchimento de grãos nas de ciclo médio. O parasitismo dos pulgões, detectado pela presença de múmias (Braconidae: Aphidiinae), foi baixo ou inexistente na maioria das avaliações, atingindo, no máximo 22 %, em IPR SUPREMA, embora a infestação nessa cultivar e em IAPAR 61 tenha sido menor do que nas duas outras. Moscas Dolichopodidae foram os predadores mais abundantes nas armadilhas, seguidas por joaninhas Coccinellidae, e moscas Syrphidae. Outros grupos encontrados em menor quantidade incluem Chrysopidae, percevejos Anthocoridae (Orius sp.) e Reduviidae. Apesar do baixo parasitismo o conjunto de inimigos naturais manteve as populações de afídeos sob controle.

Palavras-Chave: Afídeos; Predadores; Parasitóides

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Ritmo de parasitismo de Trichopria anastrephae em pupários de Drosophila suzukii Alexandra P. Krüger; Tiago Scheunemann; Cleiton L. Wille; Daniel Bernardi; Dori E. Nava; Flávio R. M. Garcia

1Programa de pós-graduação em Fitossanidade, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, 96010900, Brasil. E-mail: [email protected]; 2Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC, 88520-000, Brasil; 3 Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS 96010-971, Brasil

O relógio circadiano regula vários processos biológicos em insetos, e a determinação dos ritmos de atividades é importante para desenvolver e melhorar métodos de manejo no caso de insetos praga, e de conservação no caso de insetos benéficos, como por exemplo evitar a aplicação de inseticidas no momento de maior atividade de um inimigo natural. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o ritmo de parasitismo de Trichopria anastrephae Lima 1940 (Hymenoptera: Diapriidae), um parasitoide que demonstra potencial para o controle da praga de pequenos frutos Drosophila suzukii Matsumura 1931 (Diptera: Drosophilidae). Para tanto, 15 casais de T. anastrephae¸ com até 24 h de idade, foram individualizados em potes plásticos (200 mL) e grupos de 15 pupários de D. suzukiii, com 24 h de idade, foram expostos para cada casal em diferentes horários do dia: 07:00 (início da fotofase)-10:00, 10:00-13:00, 13:00-16:00, 16:00-19:00 (término da fotofase). Adicionalmente, foram ofertados 15 pupários por casal durante o período de escotofase (19:00-07:00). As ofertas foram realizadas durante 5 dias consecutivos. Foram avaliados o número e a razão sexual dos descendentes. Os dados obtidos referentes a exposição de cada horário na fotofase foram submetidos à ANOVA. Não foi observada significância estatística quanto ao número de descendentes gerados quando os pupários foram expostas em diferentes horários do dia (F3,56=0,77; p=0,38), tampouco na razão sexual dos descendentes (F3,56=0,03; p=0,86), sendo que, em média, em cada intervalo avaliado o número de parasitoides emergidos foi 3,02±1,02, e a razão sexual foi 0,61±0,25. Porém, cabe salientar que foi observada a ocorrência de parasitismo no período de escotofase, onde foram gerados 4,21±0,22 parasitoides, com a razão sexual de 0,67±0,22. Nosso estudo demonstra que T. anastrephae não exibe um padrão de parasitismo ao longo do dia e, inclusive, é capaz de parasitar na ausência de luz.

Palavras-Chave: drosófila–da-asa-manchada

Apoio Institucional: CNPq; CAPES

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Ritmo de Emergência de Trichopria anastrephae Criados em Pupários de Drosophila suzukii Alexandra P. Krüger; Tiago Scheunemann; Amanda M. Garcez; Daniel Bernardi; Dori E. Nava; Flávio R. M. Garcia

1 Programa de pós-graduação em Fitossanidade, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, 96010900, Brasil. E-mail: [email protected]; 2 Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC, 88520-000, Brasil; 3 Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS 96010-971, Brasil

Protandria é um fenômeno caracterizado pela emergência de machos antes das fêmeas, e sua ocorrência possui algumas vantagens como a prevenção da cópula com consanguíneos; aprimoramento dos processos seletivos através da remoção de machos inadequados durante o período pré-reprodutivo; rápida fertilização das fêmeas após sua emergência e aprimoramento do sucesso dos machos, visto que os insetos machos que emergirem mais cedo terão acesso a um número maior de fêmeas. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o ritmo de emergência de Trichopria anastrephae Lima (Hymenoptera: Diapriidae), um parasitoide pupal de Drosophila suzukii Matsumura (Diptera: Drosophilidae), a fim de verificar a ocorrência de protandria nesta espécie. Para tanto, 600 pupários (24 h de idade) de D. suzukii foram expostos a 40 casais de T. anastrephae, durante 24 horas. Após a exposição, a emergência dos descendentes foi avaliada diariamente a cada duas horas durante o período de fotofase (07:00-19:00), totalizando sete observações por dia. Foram avaliados o número de insetos emergentes e razão sexual. Para verificar a ocorrência de protandria foi utilizado o teste de qui-quadrado, enquanto que para verificar o pico de emergência de acordo com o período do dia, os dados foram submetidos à ANOVA e as médias foram comparadas pelo teste Tukey. Foi observado que machos de T. anastrephae emergem antes que as fêmeas (χ2=85,23; p<0,001), sendo que, em média, a duração do período ovo-adulto de machos foi de 19,10 dias, enquanto que de fêmeas foi de 22,05 dias. Além disso, foi observada a maior emergência de parasitoides no período de 07:00-11:00 (F=15,2; p<0,001), onde ocorreu 68,45% do total de emergência. Nosso estudo demonstra a ocorrência de protandria em T. anastrephae, e também que a emergência desta espécie ocorre principalmente durante as primeiras horas de luz no ambiente.

Palavras-Chave: Protandria; drosófila–da-asa-manchada; endoparasitoide pupal

Apoio Institucional: CNPq, CAPES, IAEA

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Manejo biológico de Diatraea saccharalis comparando Trichogramma galloi com Cotesia flavipes em cana-de-açúcar Alexandre de Sene Pinto; Thiago Gomes Veloso de Araújo; Rafael Pereira Bonatti

Centro Universitário Moura Lacerda

Diatraea saccharalis (F., 1794) (Lepidoptera: Crambidae) é uma das principais pragas da cana-de-açúcar nas Américas e vem sendo controlada com sucesso, no Brasil, com o parasitoide Cotesia flavipes (Cam., 1891) (Hymenoptera: Braconidae), desde a década de 1970, e/ou com a microvespa Trichogramma galloi Zucchi, 1988 (Hymenoptera: Trichogrammatidae), desde a década de 2010. Entretanto, nos últimos anos surgiu a pergunta: quanto cada parasitoide reduz da praga? Por isso, esse trabalho teve por objetivo avaliar a eficácia de controle da broca-da-cana, em canavial comercial, com liberações de C. flavipes ou T. galloi. Foram instalados dois ensaios na Usina Ipiranga, localizada em Descalvado, SP, em dezembro de 2018. Em ambos os ensaios, o canavial tinha sete meses de desenvolvimento, cana-planta e da variedade RB86-7515. Em um delineamento em parcelas subdivididas (split- plot), três tratamentos foram repetidos 10 vezes, sendo cada parcela de no mínimo um hectare cada. Os tratamentos foram seis liberações de T. galloi (em duas séries de três, realizadas semanalmente), duas liberações de C. flavipes e uma testemunha (sem controle). Na época da colheita, 25 colmos, ao acaso, foram retirados das parcelas e avaliados quanto ao número total de internódios e de internódios com danos da broca-da-cana, para cálculo do índice de intensidade de infestação (III). No primeiro ensaio, T. galloi mostrou a menor infestação, diferindo significativamente (Tukey, p<0,05) apenas da testemunha, que mostrou o maior valor. No segundo ensaio, T. galloi continuou mostrando o menor valor, diferindo de C. flavipes, que por sua vez diferiu da testemunha, com a maior infestação. Fazendo uma média dos dois ensaios, T. galloi mostrou o menor índice médio de infestação da broca-da-cana (0,84%), diferindo significativamente de C. flavipes (2,04%), que por sua vez diferiu da testemunha (3,15% de III). O parasitoide T. galloi reduz mais rapidamente as infestações da broca-da-cana do que C. flavipes.

Palavras-Chave: controle biológico aplicado; parasitoide larval; parasitoide de ovos;

Apoio Institucional: Usina Ipiranga Agroindustrial

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Parasitismo de Diaphorina citri Kuwayama (Liviidae) por Tamarixia radiata Waterston (Eulophidae) após liberações inoculativas Aline Pissinati; Marcio V. Nunes; Inês F. U. Yada; Ana M. Meneghin; Rui P. Leite Jr

IAPAR, Rodovia Celso Garcia Cid, Km 375, CEP 86.047-902 – Londrina - PR - Brasil

O parasitoide Tamarixia radiata Waterston, 1922 (Hymenoptera: Eulophidae) tem sido utilizado no controle biológico do psilideo Diaphorina citri Kuwayama, 1908 (Hemiptera: Liviidae), vetor das bactérias que causam a doença Huanglongbing (HLB) em citros. Os objetivos deste estudo foram determinar as populações de fases jovens do vetor e o parasitismo após liberações periódicas de T. radiata em dois municípios do Paraná. Foram escolhidas áreas em Londrina (Ldna), sendo uma com plantas de murta (Murraya paniculata) e outra com citros (Citrus spp.), e em São Jorge do Ivaí (S.J.I.), também com citros. Em cada área foram liberados quinzenalmente 400 parasitoides por hectare e coletados 60 ramos com brotações novas para avaliação, no período de abril de 2018 a março de 2019. Os números de ramos infestados com as fases jovens do vetor e de ninfas de 3º a 5º instar, parasitadas ou não, foram quantificados. Em Ldna, 20,6% dos ramos de murta estavam infestados com ninfas do vetor, não ocorrendo diferenças entre as estações do ano. Já em citros, essa ocorrência variou de 2,7% no inverno a 12,9% no verão. Em S.J.I., as maiores incidências de ramos com infestações do vetor foram no outono e no verão, com 14,6 e 16,7% de ramos com ninfas, respectivamente. Entretanto, as populações de ninfas de D. citri ao longo do ano em ambos locais, foram baixas, sendo em média inferior a uma ninfa por ramo. Em plantas de murta, a média foi de 0,38 ninfas/ramo e em citros de 0,18 ninfas/ramo, não havendo diferenças entre as estações do ano. Após as liberações, o parasitismo em D. citri foi maior no outono com 69,8% de ninfas parasitadas e na primavera com 39,8%, em murta. Em citros, o maior índice de parasitismo foi observado no verão em S.J.I., com 24% de ninfas parasitadas. Considerando todo o período avaliado, foram observados altos índices de parasitismo após algumas liberações de T. radiata, com picos variando entre 53,3 e 100% na área com murta e de 57,1 a 100% nas áreas com citros.

Palavras-Chave: Citrus spp.; murta; psilideo dos citros

Apoio Institucional: IAPAR, COCAMAR Cooperativa Agroindustrial Ltda., CITRI Agroindustrial S/A.

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Estabelecimento de Trichogramma pretiosum Riley, importado da Colômbia, na região nordeste do Brasil Aloisio Coelho Jr; Paul F. Rugman-Jones; Richard Stouthamer; José Roberto P. Parra

1Departamento de Entomologia e Acarologia da ESALQ/USP, Av. Pádua Dias, 11, 13418-220, Piracicaba-SP, Brasil./ . 2Department of Entomology, University of , Riverside, California, United States of America

Poucos estudos foram realizados para avaliar se uma linhagem (população) liberada em um programa de Controle Biológico Aumentativo de fato se estabeleceu na área de liberação. Considerando-se este fato, a presente pesquisa teve por objetivo avaliar, por meio da análise da citocromo c oxidase subunidade 1 (COI) do DNA mitocondrial, o possível estabelecimento de uma linhagem de Trichogramma pretiosum Riley (Hym.: Trichogrammatidae), proveniente de Palmira, Colômbia, utilizada em um programa de Controle Biólogo Aumentativo realizado há mais de duas décadas em Petrolina, PE, Brasil visando ao controle de Tuta absoluta (Meyrick). Esta linhagem foi comparada com linhagens de T. pretiosum de diferentes regiões do Brasil. Uma reação em cadeia da polimerase (PCR) foi utilizada para amplificar um fragmento do gene mitocondrial (mtDNA) citocromo c oxidase subunidade 1 (COI) das diferentes linhagens avaliadas, sendo este fragmento de DNA iormente, sequenciado. Na análise das sequências das 10 linhagens, observaram-se três haplótipos mitocondriais, sendo que a linhagem proveniente de Petrolina, “PE” possui um haplótipo diferente em relação às demais linhagens brasileiras. Por outro lado, o haplótipo da linhagem “PE” foi idêntico a um haplótipo colombiano. A partir dos resultados sugere-se que uma linhagem de T. pretiosum, introduzida em Petrolina, PE no perímetro irrigado há 26 anos, trazida de Palmira, Colômbia, se estabeleceu naquela região.

Palavras-Chave: Controle Biológico Aplicadoa; Marcador mitocondrial; Tuta absoluta

Apoio Institucional: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP (Processo: 2011/17397-5)

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Impacto de uma dieta enriquecida com lipídiossobre adultos de Trichogramma pretiosum Riley Yoan Raynard1; Aloisio Coelho Jr; José Roberto P. Parra

Agrocampus Ouest, 65 rue de Saint-Brieuc, 35000 Rennes, France/Departamento de Entomologia e Acarologia da ESALQ/USP, Av. Pádua Dias, 11, 13418-220, Piracicaba-SP, Brasil

O uso de lipídios na criação de insetos foi negligenciado durante muito tempo. Porém, como alguns insetos são incapazes de sintetizar lipídios “de novo”, fato que ocorre na maior parte dos parasitoides da ordem Hymenoptera a obtenção, destes nutrientes, se dá por meio da capacidade das fêmeas em consumir uma parte da hemolinfa ou vitelo do hospedeiro, e deste modo estimular a ovogênese. No entanto, a energia investida durante a postura, leva a um rápido esgotamento das reservas lipídicas em relação à renovação das mesmas. Desta forma, acredita-se que fornecendo-se lipídios, através da dieta, se estimularia a produção de ovos e, assim, a capacidade de parasitismo. Nesse trabalho, as fêmeas da espécie Trichogramma pretiosum Riley foram continuamente alimentadas com mel de acácia enriquecido com 10% de óleos vegetais, cujo perfil em ácidos graxos é semelhante ao de ovos de Anagasta kuehniella (Zeller). Fêmeas alimentadas com óleo vegetal rico em ácido oléico parasitaram 10% a mais de ovos, em 72 horas, quando comparado com fêmeas alimentadas com mel puro. Todavia, a longevidade do parasitoide foi reduzida em cerca de 40%. Nem a capacidade de voo nem a qualidade dos descendentes dos insetos expostos a uma dieta enriquecida em lipídios foram impactadas. Como hoje as espécies de Trichogramma são amplamente utilizadas em programas de controle biológico, o fornecimento de lipídios na dieta deste parasitoide na fase adulta poderia ter um grande interesse para as empresas de controle biológico.

Palavras-Chave: criação de insetos; nutrição lipídica; ovogênese

Apoio Institucional: INCT- semioquímicos na agricultura (Fapesp 2014/50871-0/ CNPq 465511/2014-7)

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Interação competitiva entre Telenomus podisi e Trissolcus urichi em ovos de Dichelops melacanthus Ana P. Queiroz; Adeney F. Bueno; Mariana M. Neiva; Bruna M. Favetti

Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brasil. Email: [email protected]; Embrapa Soja, Londrina, PR, Brasil; Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), Londrina, PR, Brasil

Interações podem existir entre parasitoides adultos e em sua fase imatura (larval) quando mais de um indivíduo competem pelo hospedeiro. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar as possíveis interações competitivas entre Telenomus podisi e Trissolcus urichi (Hymenoptera: Platygastridae) em ovos de Dichelops melacanthus (Hemiptera: Pentatomidae). O bioensaio 1 ocorreu em esquema fatorial 2 x 5, duas sequencias de parasitismo (T. podisi seguido de T. urichi e T. urichi seguido de T. podisi) e cinco intervalos entre os parasitismos das espécies (4, 24, 48, 96 e 192h) com 20 repetições. Quatro ovos de D. melacanthus foram ofertados a fêmea de T. podisi ou T. urichi, por 2 horas. Após cada intervalo (4, 24, 48, 96 e 192h), os ovos eram oferecidos para outra espécie de parasitoide, por mais 2h de parasitismo. No bioensaio 2 foram feitas liberações sequenciais e simultânea das fêmeas. Foram utilizados 5 ovos de D. melacanthus que foram ofertados seguindo as combinações: T. urichi seguido de T. podisi, T. podisi seguido de T. urichi, T. podisi seguido de T. podisi, T. urichi seguido de T. urichi e T. urichi + T. podisi sendo parasitismo permitido por apenas 2h. No primeiro bioensaio, a sequência de parasitismo não afetou o número de ovos parasitados, porém o parasitismo foi maior em ovos com 4, 24 e 48h desenvolvimento e menor em ovos com 96 e 192h. A progênie foi influenciada pela sequência de parasitismo, prevalecendo o maior número de descendentes da primeira espécie da sequência de parasitismo. No segundo bioensaio, o número de ovos parasitados e de parasitoides emergidos foi menor nas liberações sequenciais e simultânea exceto para combinação T. podisi seguido de T. podisi. As sequências T. podisi seguido de T. podisi e T. urichi seguido de T. urichi apresentaram maior número de descendentes. Portanto, a utilização de T. podisi e T. urichi não seria recomendada em liberação conjunta das duas espécies, já que os parasitoides parecem explorar os recursos de forma muito similar pondendo prejudicar o controle biológico de percevejos.

Palavras-Chave: Controle biológico

Apoio Institucional: CNPq, Embrapa Soja

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Efeito da cápsula de liberação na proteção de pupas de Trichogramma pretiosum, Telenomus remus e Telenomus podisi em campo Marcela L.M Grande; Ana P. Queiroz; Adeney F. Bueno; Jaciara Gonçalves; Erica C. Braz

1 Universidade Estadual de Londrina, Londrina - PR, Brasil. Email: [email protected]; 2Universidade Federal do Paraná, Curitiba - PR, Brasil; 3Embrapa Soja, Caixa Postal 231, 86001- 970. Londrina, PR, Brasil. 4 Instituto Agronômico do Paraná, Londrina, PR, Brasil

O controle biológico com parasitoide de ovos é uma técnica de manejo em ascensão na agricultura. Porém fatores bióticos e abióticos podem reduzir sua eficiência. O objetivo deste trabalho foi avaliar se a técnica de liberação de pupas de Trichogramma pretiosum (Hymenoptera: Trichogrammatidae), Telenomus remus e Telenomus podisi (Hymenoptera: Platygastridae), pode influenciar na sobrevivência dessas espécies em campo. Os experimentos foram conduzidos, nos cultivos de milho (inverno), e soja e milho (verão) separadamente para cada espécie de parasitoide. Pupas desprotegidas e pupas dentro de cápsulas de papelão distribuídas sobre o solo em vasos foram levadas a campo. Após 24 horas de exposição no campo, os vasos foram recolhidos e encaminhados ao laboratório para avaliação. Nas culturas de soja e milho (verão) na safra 2015/2016, independente da forma de liberação, houve alta taxa de predação, chegando a predação total no tratamento de pupas de T. pretiosum que foram liberadas desprotegidas. Para T. remus e T. podisi, não houve interação entre as culturas e formas de liberação. A maior emergência de adultos foi observada no tratamento com pupas em cápsula em relação ao tratamento de pupas desprotegidas. Resultados semelhantes ocorreram na safra 2016/2017 para T. pretiosum, T. remus e T. podisi no experimento de soja e milho (verão), onde não houve diferença estatística entre as culturas e as formas de liberação, pupas desprotegidas e pupas em cápsulas. No entanto, no milho (inverno) (2016) a maior quantidade de adultos de T. pretiosum, T. remus e T. podisi emergidos foi observada na liberação de pupas em cápsula, sendo superior ao tratamento de pupa desprotegida. Conclui-se que a sobrevivência das pupas é ainda um grande desafio para o controle biológico aumentativo, pois a utilização das cápsulas não inpedem a ocorrência de predação, inviabilizando essa técnica de liberação.

Palavras-Chave: tecnologia de liberação

Apoio Institucional: Capes, Embrapa Soja

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Crisopídeos no controle biológico conservativo Ana Lúcia de Paula Ribeiro; Elisângela Secretti; Vitor Bachio Scaramussa; Fernanda Silveira Ribeiro; Yago Müller Alves; Kellen Silveira Freitas

Instituto Federal Farroupilha

Na abordagem agroecológica de produção a diversificação ambiental é um dos componentes que podem ser manejados para suprimir as populações de insetos- praga. Neste contexto, os insetos predadores podem desempenhar um papel fundamental na proteção das culturas. Entre os inimigos naturais a família Chrysopidae (Neuroptera) são predadores muito vorazes e ocorrem em diversos cultivos de importância agrícola, sendo capazes de alimentar-se de vários insetos e ácaros. Portanto, torna-se importante o emprego de estratégias que visem à atração e manutenção destes inimigos naturais das pragas para os agroecossistemas contribuindo com o controle biológico conservativo. O objetivo do trabalho foi identificar as espécies botânicas provedoras de grãos de pólen para adultos de crisopídeos em ambiente de produção agroecológica. As coletas de crisopideos foram realizadas em áreas de produção agroecológica de hortaliças no município de Santiago no Rio Grande do Sul. As coletas foram realizadas de novembro de 2018 a janeiro de 2019, em intervalos quinzenais, utilizando-se a rede entomológica. Os insetos coletados foram armazenados em ambientes com temperaturas baixas (- 20ºC) para ior identificação de espécies e extração de pólens em laboratório. A acetólise foi realizada para destruição do conteúdo citoplasmático dos grãos de pólen possivelmente ingeridos pelos adultos de crisopídeos através do método de Erdtman (1960) modificado por Melhem et al. (2003). A partir dos resultados obtidos foi possível identificar os pólens pertencentes às famílias botânicas Poaceae, Fabaceae (Mimosoidae), Myrtaceae e Apocynaceae sendo que a maioria dos pólens coletados pertence a família Poaceae. Estes resultados mostram a importância relativa do pólen de diferentes espécies de plantas como recursos alimentares para os crisopídeos com a finalidade de promover o incremento de inimigos naturais nos agroecossistemas pela inclusão da biodiversidade fl.

Palavras-Chave: Neuroptera

Apoio Institucional: Instituto Federal farroupilha campus São Vicente do Sul

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Influência de Doru luteipes na regulação populacional de Spodoptera frugiperda em variedades de milho crioulo Anderson J. da S. Guimarães; Eduardo N. Costa; Pablo H. Medeiros; Bruna M. D. Evangelista; Marcos G. Fernandes

Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) é uma das principais pragas da cultura do milho (Zea mays L.), porque suas larvas causam prejuízos desde a emergência da planta até a fase de colheita. A consequente redução na produção pode chegar a mais de 25%, a depender da variedade. Doru luteipes (Scudder) é um dos principais predadores responsáveis pela regulação populacional desta praga, e, portanto, é de extrema relevância avaliar possíveis impactos de qualquer tática de controle sobre esta espécie. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a ocorrência de D. luteipes em variedades de milho crioulo com diferentes níveis de resistência a S. frugiperda, na primeira safra de 2019, em três avaliações semanais, e sua correlação com o número de lagartas de S. frugiperda e com as notas de injúria foliar, resultante da alimentação da praga. As variedades estudadas foram: Pérola (resistente), Asteca Palha Roxa (resistente), Asteca Amarelo (suscetível), e Milho Roxo (suscetível). Não houve diferenças significativas quanto ao número de D. luteipes nas diferentes variedades de milho crioulo, considerando as três avaliações realizadas. Também não houve correlação significativa entre número de D. luteipes e número de lagartas de S. frugiperda, bem como entre número de D. luteipes e injúrias foliares. A partir dos resultados encontrados, pode-se concluir que o predador D. luteipes apresenta grande importância no que se refere à regulação populacional da praga, mantendo-a em equilíbrio, mas não influencia diretamente no número de lagartas da praga por variedade, e tampouco nas injúrias foliares observadas nas diferentes variedades. Por fim, as variedades resistentes não parecem interferir na ocorrência do predador.

Palavras-Chave: Lagarta do cartucho; Tesourinha; interação tritrófica

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

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Interação multitrófica entre Doru luteipes, Spodoptera frugiperda em plantas de milho geneticamente modificado Anderson J. da S. Guimarães; Haroldo M. de Freitas; Carla C. Dutra; Marcos G. Fernandes

Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae) é a principal praga da cultura do milho, tendo preferência por plantas jovens ou pelas partes mais novas desta. Em virtude da diminuição de insetos alvo no milho Bt e consequente diminuição proporcional de inimigos naturais, é possível que ocorra algum impacto na eficiência de predadores e, consequentemente, na interação multitrófica dos predadores com os herbívoros ou com as plantas. O objetivo foi estudar e comparar a influência do milho transgênico Bt, sobre a predação de Doru luteipes (Dermaptera: Forficulidae) em lagartas de S. frugiperda, quando comparadas as populações desses predadores nos genótipos transgênicos e sua isolinha. As plantas mantidas em casa de vegetação e para os estudos com predadores, utilizamos lagartas de S. frugiperda como presas. Avaliação da resposta funcional do predador sobre a presa foi desenvolvida em três experimentos com cinco repetições, e cada experimento consistiu em separar cinco tesourinhas fêmeas e alimentá-las com lagartas de diferentes idades, quantidades e alimentação. Após 48h e 72h de predação observa- se que há diferenças satisfatórias de predação entre as lagartas mantidas em folhas de milho Bt e Não-Bt, sendo que as lagartas do milho Bt foram mais predadas que as do milho Não-Bt. A justificativa é que as lagartas do milho Bt são menores que as do Não-Bt, fazendo com que maior número de lagartas possam ser predadas. Outro fator que pode influenciar essa preferência é a quantidade de lagartas oferecidas para as tesourinhas, pois as lagartas de 48h e 72h são maiores que as de 24h, portanto mais de trinta lagartas é muito para um predador em um único dia. Observou-se, ainda, que lagartas que se alimentaram de folhas de milho Bt tiveram o seu desenvolvimento normal comprometido e por consequência do tamanho da lagarta, acabou exercendo possíveis influencias sobre a predação de seu inimigo natural D. luteipes, aumentando o nível de eficiência do predador.

Palavras-Chave: Zea mays; Predador; Transgênico

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Parasitismo de Palmistichus elaeisis e Trichospilus diatraeae sobre pupas de Citheronia laocoon André Ballerini Horta; Carolina Jordan; Emily T. Coutinho; Carlos Frederico Wilcken

Departamento de Proteção Vegetal, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 18603- 970, Botucatu, São Paulo, Brasil; E-mail: [email protected]

Plantios de eucalipto são a base da produção florestal brasileira. Surtos de lepidópteros desfolhadores são comumente observados causando severos danos. Citheronia laocoon Cramer (Lepidoptera: Saturniidae) apresenta altíssimo consumo foliar, sendo necessárias poucas lagartas para causar a desfolha total de árvores. Ao final do estágio larval, esses insetos procuram o solo, onde completam seu desenvolvimento. Esse comportamento favorece que as pupas escapem do ataque de parasitoides, uma das principais estratégias de controle adotadas em plantios de eucalipto no Brasil. Apesar do controle biológico com parasitoides não ser indicado para surtos de C. laocoon, pupas dessa espécie, que em geral apresentam entre 8 e 12 gramas cada, podem ser utilizadas como hospedeiro alternativo para multiplicação desses parasitoides em elevadas quantidades. O objetivo desse estudo foi avaliar a suscetibilidade de C. laocoon ao parasitismo de Palmistichus elaeisis Delvare & LaSalle e Trichospilus diatraeae Cherian & Margabandhu (Hymenoptera: Eulophidae), bem como a capacidade de multiplicação desses parasitoides sobre o hospedeiro. Lagartas, pré-pupas e pupas de C. laocoon foram coletadas em plantio de eucalipto durante um surto populacional. Os indivíduos foram oferecidos aos parasitoides em dois grupos, de acordo com o tempo de desenvolvimento após a formação das pupas. Pupas de C. laocoon oferecidas aos parasitoides, até 48 horas depois de sua formação, foram suscetíveis ao parasitismo de P. elaeisis e T. diatraeae. Entretanto, as pupas oferecidas aos parasitoides após 48 horas de sua formação não foram suscetíveis. Foram produzidos até 1140 indivíduos de P. elaeisis e 3571 indivíduos de T. diatraeae por pupa. Não foram observados parasitoides naturais entre as pupas coletadas no campo. A espécie C. laocoon pode ser utilizada como hospedeiro alternativo de P. elaeisis e T. diatraeae, observando-se o limite de até 48 horas após a formação das pupas para sua exposição aos parasitoides.

Palavras-Chave: Eucalyptus; Eulophidae; Proteção Florestal

Apoio Institucional: IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais

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Amblyseius aerialis (Acari: Phytoseiidae) preda Raoiella indica (Acari: Tenuipalpidae)? Leticia M. Hernandes; Felipe S.R. Amaral; Antonio C. Lofego

Departamento de Zoologia e Botânica, UNESP, São José do Rio Preto, SP

Raoiella indica Hirst (Tenuipalpidae) é um ácaro fitófago que infesta uma grande diversidade de plantas, principalmente coqueiros e bananeiras, causando sérios danos. Devido a isso, tem-se estudado estratégias de controle para essa espécie. Uma das possibilidades de manejo é o controle biológico com ácaros predadores da família Phytoseiidae. Assim, esse estudo teve como objetivo avaliar o potencial do ácaro Amblyseius aerialis Muma (Phytoseiidae) como agente de controle biológico de R. indica. Para isso, foram montadas 20 réplicas, cada uma sendo uma unidade experimental composta por um recorte de folíolo de coqueiro (1,5 cm x 1,5 cm) como substrato e 40 ovos do ácaro praga. Em cada unidade experimental foi adicionada uma fêmea adulta de A. aerialis. A cada 24 horas os ovos produzidos pelo predador foram contabilizados e retirados. Além disso, os ovos consumidos do ácaro praga também foram contabilizados e repostos até a quantidade inicial. O experimento durou sete dias e buscou avaliar a taxa de predação e oviposição do ácaro predador. Os resultados obtidos mostraram que consumindo exclusivamente o ácaro praga como alimento, a média de oviposição do ácaro predador foi de 1,08 ± 0,13 ovos/fêmea/dia e a média de predação foi de 19,1 ovos consumidos/fêmea/dia. Esses dados indicam que A. aerialis preda ovos de R. indica, e se reproduz com esse alimento, podendo assim ser um possível agente de controle de R. indica.

Palavras-Chave: ácaro-vermelho-das-palmeiras; inimigo natural; fitoseídeo

Apoio Institucional: FAPESP

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Parasitism and phylogeny of Dinocampus coccinellae through different hosts and continents Michele Ricupero1-3-4; Antonio Biondi1; Nicolas Desneux2; Lucia Zappalà1; George Heimpel3

1 University of Catania, Department of Agriculture Food and Environment, Catania, Italy 2 Université Côte d’Azur, INRA, CNRS, UMR ISA, Nice, France 3University of Minnesota, Department of Entomology, St. Paul, USA 4Universidad de Talca, Laboratorio de Control Biológico, Instituto de Ciencias Biológicas, Talca, Chile

Dinocampus coccinellae (Hymenoptera: Braconidae) is a cosmopolitan parasitoid of coccinellid beetles and little is known about its parasitism among areas invaded in different times by the invasive Harmonia axyridis (Coleoptera: Coccinellidae). Genetic differences among parasitoid populations from different geographical areas could help to determine its native origin as well as possible effects on the H. axyridis invasion processes. Within this framework, we compared parasitism by D. coccinellae on alien and native coccinellids in the native range of H. axyridis (China) as well as areas where H. axyridis invaded over the last 100 years (USA), more recently (Chile) and very recently (Sicily). About 6,000 specimens of H. axyridis and native coccinellids were collected in several sites located in the four continents. We also investigated the genetic relationship of D. coccinellae specimens sampled over this geographical distribution using mitochondrial COI and 16S rRNA sequence data. The parasitism rates of D. coccinellae varied between native and non-native hosts and among the different sampled areas. The geographic area influenced the parasitism rate on H. axyridis, ranging from 0 to 8% in Sicily and Chile, respectively. European and American native coccinellids were highly attacked by this parasitoid independently by the sampled area. Parasitoid phylogenetic analyses highlighted variations in parasitoid COI sequences, while no differences in 16S rRNA region were recorded, making it difficult to pose hypotheses regarding the provenance of this species. Further investigations on spatial genetic structure at narrower scales are needed to elucidate D. coccinellae phylogeography, and studies on host-parasitoid interaction mechanisms should be conducted for better understanding the parasitoid ecological role in coccinellid population suppression worldwide.

Palavras-Chave: Phylogeography; Invasive species; Harmonia axyridis

Apoio Institucional: This research was funded by the People Programme (Marie Curie Actions) of the European Union’s 7th Framework Programme (APHIWEB project n. 611810), by the University of Catania (5A722192113)

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Atividade de parasitismo por Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) (Hymenoptera: Braconidae) em diferentes horários Patrícia C. C. Oliveira; Clarice D. Alvarenga; Jéssica O. Santos; Raila F. S. Santos; Uilca Thamara F. Silva; Beatriz A. J. Paranhos

EMBRAPA

Informações relacionadas ao horário de maior atividade de parasitismo são importantes porque podem indicar o melhor horário de liberação de parasitoides em campo. O presente trabalho teve como objetivo determinar o horário de maior atividade de parasitismo de fêmeas de Diachasmimorpha longicaudata sobre larvas de Ceratitis capitata. Foram avaliados três períodos: manhã (06:00 às 12:00 h); tarde (12:00 às18 h) e noite (18:00 às 06:00 h). Os horários do nascer e do pôr o sol na região são ao redor de 5:30 e 18h, respectivamente. No interior de cada gaiola de campo (2mx2mx2m) foi colocado um vaso com uma planta de mangueira, onde foi pendurada uma unidade de parasitismo (placa Petri de 5 cm), contendo cerca de 100 larvas de 3º instar em dieta artificial, lacradas com tecido voal. Em seguida foram liberadas 10 fêmeas do parasitoide. Após cada período avaliado os insetos e a unidade de parasitismo foram substituídos. Foram realizadas 15 repetições para cada horário. Após cada período, as unidades de parasitismo foram levadas ao laboratório e as larvas foram transferidas para potes plásticos com vermiculita, até a emergência dos adultos. Houve diferença significativa na taxa de parasitismo entre os horários avaliados (P<0,005). As maiores e similares taxas de parasitismo foram observadas no período da manhã e da tarde, com 19,60% e 21,25%, respectivamente. Por outro lado, fêmeas do parasitoide mostraram baixa atividade de parasitismo (9,25%) das 18 às 6h. Portanto, o melhor horário de liberação em campo é no início da manhã, pois as fêmeas teriam o dia todo para realizar o parasitismo das larvas, haja vista ter sido observada pouca atividade de parasitismo e alta possibilidade de predação dos parasitoides no período da noite.

Palavras-Chave: Ceratitis capitata; Parasitoide; Controle biológico

Apoio Institucional: FACEPE, EMBRAPA e CAPES

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Tetrastichus giffardianus como principal parasitoide de Ceratitis capitata em goiabas, no Vale do São Francisco Júlia V. A. Carvalho; Lino B. Monteiro; Beatriz A. J. Paranhos

EMBRAPA

A proliferação de moscas-das-frutas no pólo irrigado Petrolina-PE/Juazeiro-BA é um dos principais entraves na produção e comercialização. A espécie com maior densidade populacional e restrições quarentenárias na região é Ceratitis capitata Wied. 1824 (Diptera: Tephritidae). O controle biológico com o uso de parasitoides é considerado uma excelente opção, pois minimiza o uso de inseticidas convencionais. Sabe-se que a oviposição da mosca e o parasitismo podem ser influenciados pelas características do fruto. Dessa forma, entender a ecologia dos parasitoides é fundamental para definir estratégias de manejo no controle de tefritídeos. Este estudo, realizado pela primeira vez na região, objetivou conhecer as interações tróficas entre espécies de parasitoides, moscas-das-frutas e goiaba. No período de outubro/2017 a março/2018, com intervalos de 15 dias, em três áreas distintas, foram coletados um total de 70,10 kg de goiabas, Psidium guajava. As amostras foram pesadas e colocadas em bandejas com vermiculita e as pupas foram peneiradas com sete e 15 dias. Foram obtidas 3.902 pupas, das quais emergiram 2.762 moscas-das-frutas de uma única espécie, C. capitata, 1.212 parasitoides da espécie Tetrastichus giffardianus Silvestre, 1951 (Hymenoptera: Eulophidae) e apenas um espécime de Pachycrepoideus vindemmiae (Rondani, 1875) (Hymenoptera: Pteromalidae). Os resultados indicam forte associação tritrófica entre T. giffardianus, C. capitata e P. guajava. Conclui-se que o endoparasitoide gregário, T. giffardianus, possui um importante papel ecológico no controle natural de C. capitata em goiabas nessa região e, portanto, tem grande potencial para ser usado em programas de controle biológico.

Palavras-Chave: Interação trófica; Moscas-das-frutas; Controle biológico

Apoio Institucional: Embrapa, INCT/HYMPAR/CNPq.

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Eficiência do Chrysoperla externa no controle da Spodoptera frugiperda Bianca V. F. Narde; Jessica B. T. de Araujo; Julio E. da Cruz

JB Biotecnologia

O emprego de inimigos naturais no manejo de pragas vem crescendo a cada ano, por oferecer uma maior eficácia e sustentabilidade ao meio ambiente. O Chrysoperla externa merece uma atenção especial por ser um inseto predador voraz e muito eficiente no controle de diversas pragas. Objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência do C. externa no controle da Spodoptera frugiperda (Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae). O trabalho foi conduzido no laboratório da empresa JB Biotecnologia Ltda. Para a realização dos experimentos foram utilizadas 12 caixas plásticas sendo, 4 caixas contendo 600 ovos de S. frugiperda + 10 larvas de C. externa de 2º instares, 4 caixas contendo somente 600 ovos de S. frugiperda (testemunha), 4 caixas contendo 600 lagartas neonatas + 10 larvas de C. externa de 2º instares em cada caixa e 4 caixas contendo somente 600 lagartas neonatas (testemunha). A avaliação do predatismo foi realizada após 5 dias da montagem do experimento no qual foi realizadas a contagem dos ovos predados e lagartas predadas. Os resultados mostraram uma eficiência de 97% de predação nas posturas a mortalidade da testemunha foi de 10%, nas lagartas neonatas de S. frugiperda obteve uma mortalidade de 88% e na testemunha de 15%. O Chrysoperla externa apresenta ser uma alternativa promissora e eficaz no controle da lagarta do cartucho.

Palavras-Chave: Inimigos naturais

Apoio Institucional: JB Biotecnologia

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Parasitismo do Palmistichus elaeises em pupas de Diatraea saccharalis Bianca V. F. Narde; Jessica B. T. de Araújo; Júlio E. da Cruz; Aline F. Freire; Walter F. Silva; Alessandra L. C. Lopes

JB Biotecnologia Ltda

A Diatraea saccharalis (Fabr.,1794) (Lepidoptera: Pyralidae) conhecida popularmente como a broca da cana de açúcar, tem causado danos significativos nos canaviais e grandes prejuízos para o produtor. Uma das alternativas de manejo desta praga é a utilização de inimigos naturais, no qual tem mostrado resultados satisfatórios no combate da broca. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência do parasitoide Palmistichus elaeises em pupas de D. saccharalis. O trabalho foi realizado no laboratório de pesquisa e inovação da empresa JB Biotecnologia Ltda. Foram feitas 4 repetições contendo 20 pupas de D. saccharalis com liberação de 500 parasitoides, sendo uma relação de 25 parasitoides para 1 pupa em cada repetição e na testemunha, não houve a presença do parasitoide. O parasitismos das pupas ocorram durante 48h, após, foram separadas e avaliadas durante 20 dias até emergência dos parasitoides. Posteriormente, foi feita a contagem dos parasitoides emergidos. Os resultados mostraram que as pupas foram 100% parasitadas quando comparada a testemunha que não apresentou parasitismo e houve o desenvolvimento de 225 parasitoides por pupa parasitada. O P. elaeises apresentou resultados satisfatórios no parasitismo das pupas da broca da cana de açúcar, podendo ser considerado um inimigo natural promissor para o manejo biológico da D. saccharalis.

Palavras-Chave: Broca da cana-de-açúcar

Apoio Institucional: JB Biotecnologia Ltda

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Fatores climáticos influenciando a liberação aérea de (Telenomus podisi) no solo para o controle de ovos de percevejos Bruno A. Mundim; Leonardo A. Sisdeli; Leandro P. de Araújo Júnior; Gustavo H. Soares; Alexandre de S. Pinto

Unipam, R. Major Gote, 808, 38700-207, Patos de Minas, MG

A liberação aérea de parasitoides tem como grandes problemas a predação natural do material espalhado no solo sem proteção e a radiação solar e as chuvas. Por esse motivo, esse trabalho teve por objetivos avaliar a sobrevivência de Telenomus podisi (Ashmead) (Hymenoptera: Platygastridae) após a exposição total ou parcial de ovos de Euschistus heros (F.) (Hemiptera: Pentatomidae) parasitados à radiação solar e a predação de ovos sem repelentes em diferentes índices pluviométricos em campo. Foram instalados dois ensaios em área de plantio de soja em Ribeirão Preto, SP, Brasil. O ensaio para avaliar o impacto da radiação solar na sobrevivência do parasitoide foi instalado em 30/10/2018, onde três tratamentos (ovos parasitados expostos diretamente ao sol, sob palhada e sem exposição – sob prato plástico azul suspenso) foram repetidos 20 vezes. O ensaio que visou conhecer a predação de ovos parasitados sob chuva foi instalado em 5/11/2018, onde três tratamentos (0, 6 e 30 mm de precipitação pluviométrica artificial) foram repetidos 20 vezes. Para os ensaios, a parcela experimental foi um palito de madeira com um ovo parasitado colado da extremidade. A maior emergência do parasitoide foi observada em ovos mantidos sob palhada, sendo nula quando os ovos foram expostos ao sol e quase nula quando os mesmos foram protegidos por sombra de um prato plástico, que deve ter aumentado a temperatura no microambiente. A predação foi alta ou total em todos os índices pluviométricos, indicando que o tratamento dos ovos com repelentes deve ser realizado para a liberação em campo.

Palavras-Chave: técnica de liberação; controle biológico aplicado; Parasitoide

Apoio Institucional: nenhum

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Preferência de Telenomus podisi por ovos de Euschistus heros ou Dichelops melacanthus em laboratório Bruno A. Mundim; Isabelle M. N. Padilha; Alexandre de S. Pinto; José R. P. Parra

Centro Universitário Moura Lacerda

O parasitoide Telenomus podisi (Ashmead) (Hymenoptera: Platygastridae) é generalista, mas tem preferência por determinadas espécies de percevejos. Esse trabalho teve por objetivos avaliar a preferência hospedeira de Telenomus podisi por ovos de Dichelops melacanthus (Dallas) e Euschistus heros (F.) (Hemiptera: Pentatomidae) em diferentes temperaturas, umidades relativas do ar e cores e potências de lâmpadas em laboratório. Foram utilizados parasitoides provenientes de criação comercial em ovos de E. heros. Cada unidade amostral foi uma placa acrílica contendo quatro tiras de papelão com cerca de 40 ovos na ponta, duas com D. melacanthus e duas com E. heros e um casal do parasitoide (24-48 h para ensaios de temperatura e lâmpadas e 168 h para o ensaio de umidade). Foram utilizadas cinco repetições para cada tratamento. A análise de variância evidenciou efeito significativo da espécie hospedeira nos testes de temperatura e de luzes, não ocorrendo o mesmo no teste de umidade. Também não houve efeito significativo da temperatura, umidade relativa do ar e cores de lâmpadas no parasitismo de ovos. O parasitoide T. podisi preferiu parasitar ovos de D. melacanthus ao invés de E. heros. As temperaturas de 18 a 32ºC, as umidades relativas do ar de 40 a 100% e as cores azul, amarela, branca (15 e 25W), verde e vermelha (15 W) de lâmpadas não interferem no parasitismo de T. podisi em ovos das duas espécies de hospedeiros.

Palavras-Chave: biologia

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Presença/ausência de pedicelo em ovos de Chrysoperla externa como parâmetro de qualidade para criações massais Bruno G. Dami; Wesley B. S. Paula; Gabriel de Melo Botelho; Andriely Borges Silva; Pâmela B. Faria; Eder O. Cabral; Sergio A. De Bortoli; Alessandra M. Vacari

UNIFRAN - Universidade de Franca

Chrysoperla externa (Hagen) (Neuroptera: Chrysopidae) é um predador facilmente criado em laboratório, podendo ser utilizado no controle biológico aplicado de várias espécies de insetos-praga. A fêmea desse predador normalmente fixa os ovos no substrato de oviposição por meio de um filamento de seda, o pedicelo ou pedúnculo. No entanto, nem todos os ovos colocados possuem pedicelo. Nesse contexto, o objetivo desse trabalho foi analisar se a presença ou ausência dessa estrutura pode ser utilizada como parâmetro componente de protocolo de controle de qualidade de criações massais de C. externa. Para tanto, ovos de até 24 horas de idade foram individualizados em placas de Petri de 90 mm de diâmetro, com as fêmeas utilizadas para a obtenção desses ovos tendo entre 14 a 21 dias de idade, sendo elas oriundas de criação cujo substrato alimentar foi mel e levedura de cerveja (1:1). Os ovos foram coletados diretamente nas gaiolas de postura (recipientes plásticos transparentes: 15 cm de diâmetro e 20 cm de altura) cortando o pedicelo com uma tesoura, enquanto os sem pedicelo utilizou-se um pincel de cerdas macias. O período de incubação e a viabilidade dos ovos foram avaliados a cada 24 horas. Cada placa contendo um ovo foi considerada uma repetição, sendo analisadas 20 repetições para cada tipo de ovos. O período de incubação foi comparado pelo PROC ANOVA usando o teste de Tukey, enquanto a porcentagem de emergência das larvas pelo teste de Log-Rank por meio do método Kaplan-Meyer usando o PROC LIFETEST. As análises foram conduzidas utilizando o software SAS. O período de incubação foi em média 5,0 dias, para ovos com e sem pedúnculo, enquanto a viabilidade de ovos contendo pedicelo foi significativamente maior (75,0%) que a de ovos sem pedicelo (25,0%). Tais resultados indicam que a quantidade de ovos na criação do predador C. externa sem pedicelo deve ser monitorada, sendo um parâmetro de avaliação para manter a qualidade de criações massais dessa espécie em laboratório.

Palavras-Chave: crisopídeo; controle biológico; controle de qualidade

Apoio Institucional: CNPq

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Phytoseiulus macropilis (Acari: Phytoseiidae) no controle biológico aplicado de Tetranychus urticae (Acari: Tetranychidae) Bruno Vinicius Neves; Priscila A. Rode; Catiane Dameda; Maicon toldi; Liana Johann; Noeli J. Ferla; Tiago Tavares Ferreira

Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE

Tetranychus urticae (Koch) (Tetranychidae) destaca-se como uma das principais espécies causadoras de danos na cultura do morango (Fragaria sp.). Phytoseiulus macropilis (Banks) (Phytoseiidae) é encontrado associado a altas populações de tetraniquídeos no Brasil, ocorrendo naturalmente nas regiões sul e sudeste do país. O objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade de P. macropilis para controlar T. urticae na produção de morango em casa de vegetação. Para o experimento foram utilizadas 350 mudas de morango, divididas em dois canteiros em uma estufa. A infestação de tetraniquídeos ocorreu naturalmente. Foram liberados 400 espécimes de P. macropilis em um dos canteiros, o outro foi mantido sem infestação de predador. As avaliações foram realizadas semanalmente. Foram divididas as regiões da planta em basal, mediana e apical, sendo coletada uma folha/região/planta. Foi realizada a contagem dos ovos e a análise de formas móveis (larva, protoninfa, deutoninfa e adultos) da presa e do predador. Os dados coletados foram comparados através do teste t Student para controle e tratamento e Anova LSD para a localização na planta, ao nível de significância de 5%, com o programa BioEstat 5.0. A liberação foi eficiente, pois a quantia de T. urticae encontrada no canteiro de tratamento foi menor em relação ao controle. A região apical teve menor ocorrência de fitófago do que a basal e a mediana. Assim, as regiões mediana e basal são indicadas para o monitoramento do controle biológico. Esta diferença não ocorreu em relação à P. macropilis. Com a liberação do predador, houve uma redução significativa no número de T. urticae, atingindo o pico populacional no mesmo período, mas em menor número, no controle em média 399,57 ácaros/folha e no tratamento 108,15 ácaros/folha, nas folhas medianas. A liberação antecipou o pico populacional do predador. Assim, P. macropilis é eficiente no controle biológico aplicado de T. urticae na cultura do morango utilizando apenas uma liberação

Palavras-Chave: fragaria; ácaro fitófago; predador

Apoio Institucional: CNPq, CAPES

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Resposta funcional de machos e fêmeas de Euborellia annulipes a Spodoptera frugiperda Caio Cesar Truzi; Gilmar da Silva Nunes; Natalia Fernanda Vieira; Joice Mendonça de Souza; Sergio Antonio De Bortoli

Programa de Pós-graduação em Agronomia (Entomologia Agrícola), Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n, 14884-900, Jaboticabal, SP, Brasil

Euborellia annulipes (Lucas) (Dermaptera: Anisolabididae) apresenta ampla distribuição geográfica e potencial predatório evidenciado para lepidópteros. Este predador pode ser uma alternativa para o manejo da lagarta-do-cartucho, Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae), havendo diversos relatos de resistência da espécie a alguns métodos de controle, como inseticidas e plantas transgênicas. Neste contexto, o objetivo do trabalho foi determinar a resposta funcional de machos e fêmeas da tesourinha E. annulipes predando lagartas de S. frugiperda, visando avaliar seu potencial para utilização no controle biológico da praga. Machos e fêmeas foram mantidos em jejum por 24 horas e, após este período, foram individualizados em placas de Petri de 14,5 cm de diâmetro. Foram avaliadas as densidades de 5, 10, 20, 40, 80 e 160 lagartas de segundo ínstar de S. frugiperda, para cada sexo do predador (individualizado), com dez repetições de cada densidade. Após 24 horas da instalação do experimento foram contabilizadas as lagartas mortas. A resposta funcional foi do tipo II para ambos os sexos, sem diferença entre as taxas de ataque, sendo de 0,00564 hˉ¹ para fêmeas e 0,00193 hˉ¹ para machos. Porém, o tempo de manipulação é maior para machos (0,5870 h) em relação as fêmeas (0,2069 h), resultando em maior número de presas atacadas por fêmea da tesourinha. Os resultados indicam que E. annulipes tem potencial para o controle biológico de S. frugiperda, com fêmeas apresentando maior eficiência na predação.

Palavras-Chave: tesourinha; controle biológico; lagarta do cartucho

Apoio Institucional: FAPESP, CAPES

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Avaliação da taxa de parasitismo do bicho-mineiro Leucoptera coffeella em Café conilon Maykon D. Cezário; Camila G. Faria

Universidade Vale Do Rio Doce - UNIVALE

A principal praga do cafeeiro em todo o Brasil é o bicho-mineiro do cafeeiro Leucoptera coffeella (Guérin-Méneville) (Lepidoptera: Lyonetiidae). Tal praga causa significativos danos às diversas variedades do cafeeiro. O objetivo deste trabalho foi avaliar a taxa de parasitismo do bicho-mineiro no cafeeiro conilon em Governador Valadares-MG. Para a avaliação, foram coletadas folhas minadas de cada planta de café (20 folhas por área, totalizando 120 folhas minadas). Foram escolhidas folhas com minas intactas, assegurando assim que os bichos-mineiros ainda não tenham sido atacados por vespas predadoras e que os parasitoides não tenham surgido. Cada folha minada foi incubada em uma placa de Petri e separada no laboratório até a emergência dos bichos mineiros ou parasitoides. Os pecíolos das folhas foram inseridos em algodão com água para manter a turgidez. A análise da taxa de parasitismo foi calculada dividindo o número total de parasitoides emergidos pelo número total de insetos que emergiram das minas (parasitoides e bicho-mineiro) por cafeeiro. A porcentagem encontrada da taxa de parasitismo do período de janeiro a dezembro de 2018 foi de 0% em todos os meses. O resultado pode ser explicado devido ao fato do cafezal estar localizado distante de áreas protegidas ou preservadas, onde são mantidos os ecossistemas sem a interferência antropóloga. Além disso, a lavoura de café se encontra próxima a outras lavouras com culturas distintas, nas quais são aplicados inseticidas não seletivos, o que causa um impacto direto na taxa de parasitismo do bicho-mineiro do cafeeiro.

Palavras-Chave: praga; parasitoides; inseticidas

Apoio Institucional: Universidade Vale Do Rio Doce - UNIVALE

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Predação de Zelus leucogrammus (Hemiptera: Reduviidae) em Thyrinteina arnobia (Lepidoptera: Geometridae) Carla C. Jardim; Caroline D. de Souza; Fábio A. dos Santos; Thais A. da Mota; Lucca B. Farnettane; Gabriela Cavallini; Thamires L. dos Santos; Carlos F. Wilcken

UNESP FCA

A lagarta parda Thyrinteina arnobia (Stoll, 1782) (Lepidoptera: Geometridae), é uma das principais lagartas desfolhadoras do eucalipto no Brasil, causando grandes prejuízos econômicos às áreas de produção. Os percevejos do gênero Zelus são predadores generalistas que protagonizam um importante papel como agentes de controle biológico em sistemas agrícolas e florestais. Visando a utilização de métodos alternativos no controle da lagarta parda do eucalipto, o objetivo do estudo foi avaliar a predação do percevejo predador Zelus leucogrammus Perty 1834 (Hemiptera: Reduviidae) em lagartas de Thyrinteina arnobia, em condições de laboratório. Quinze percevejos predadores foram individualizados em caixas, e após um período de jejum de 24 horas foi oferecida a densidade de 10 lagartas de T. arnobia de 2º/3º ínstares por predador, sendo substituídas conforme predadas. O experimento foi realizado em câmara climatizada (Temp. 24 ± 1°C, UR 60 ± 10% e fotofase de 12 h) e o período de predação foi de 24 horas. Ao final desse período o número de lagartas predadas foi registrado. O consumo médio de lagartas de 2º/3º ínstares de T. arnobia por Z. leucogrammus foi de 11,9 indivíduos (EP=0,7), indicando o potencial do predador para o controle de T. arnobia.

Palavras-Chave: controle biológico; Eucalyptus; percevejo predador

Apoio Institucional: Programa Cooperativo sobre Proteção Florestal/Instituto de Pesquisa e Estudos Florestais (PROTEF/IPEF) e CAPES

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Comportamento predatório de Xylocoris sordidus em ovos parasitados por Trichogramma pretiosum Carlos A. de Freitas1; Paula S. Taguti1; Nathália A. dos Santos2; Alessandra M. Vacari3; Sergio A. De Bortoli1

1Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal, São Paulo, Brasil; 2Universidade de São Paulo (USP), Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil; 3Universidade de Franca (UNIFRAN), Núcleo de Pesquisa em Ciências e Tecnologia, Franca, São Paulo, Brasil

Trichogramma pretiosum Riley (Hym.: Trichogrammatidae) é um parasitoide utilizado em diversos programas de controle biológico de lepidópteros-praga e Xylocoris sordidus (Reuter) (Hem.: Anthocoridae) é um predador generalista. Assim é possível que ocorra a predação em ovos parasitados, reduzindo da eficiência de controle realizado por T. pretiosum. Diante disso, esse trabalho objetivou avaliar o comportamento de predação de X. sordidus em ovos parasitados por T. pretiosum. Foram realizados testes de resposta funcional e de preferência alimentar com chance de escolha com ovos de Corcyra cephalonica (Stainton) (Lep.: Pyralidae) não parasitados, bem como com 4 e com 6 dias de parasitismo, utilizando ninfas de 5º ínstar do predador, previamente mantidas sem alimentação por 12h. Para o teste de resposta funcional foram avaliadas as densidades de 1, 2, 4, 8, 16, 32 e 64 ovos/cartela para cada tratamento, com 10 repetições. Para a preferência alimentar foram montadas cartelas com 32 ovos dos respectivos tratamentos, com 10 repetições. Em ambos os testes as avaliações foram realizadas 24h após a liberação do predador. Em ovos não parasitados X. sordidus apresentou resposta funcional do tipo III, enquanto em ovos com 4 e 6 dias de parasitismo a resposta foi do tipo II. Não houve diferença com relação a taxa de ataque (a’) de X. sordidus entre os tratamentos, porém o tempo de manipulação (Th) em ovos não parasitados (0,5247h) foi significativamente inferior, com 4 (2,7195h) e 6 (3,9177h) dias de parasitismo. No teste de preferência ocorreu maior predação em ovos não parasitados (65,82%) em comparação a ovos com 4 (17,72%) e 6 (16,45%) dias de parasitismo. Assim, o parasitismo por T. pretiosum exerce influência no comportamento de predação de X. sordidus, o qual tem preferência por ovos não parasitados e, dessa forma, esses dois inimigos naturais têm potencial para serem utilizados em conjunto em programas de controle biológico.

Palavras-Chave: interação intraguilda; preferência alimentar; resposta funcional Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de financiamento 001 e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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Aphid parasitoids (Hymenoptera: Braconidae), still defending cereal crops after forty years of its introducing in Passo Fundo Carlos D. R. Santos; Luiza R. Redaelli; Simone M. Jahnke; Juliana Pivato; Marcus V. Sampaio; Douglas Lau

UFRGS; UFU; Embrapa

In the late 1970s, during the Biological Control Program of Wheat Aphids (BCPWA), twelve species of hymenopteran (Aphelinidae and Braconidae) were introduced in southern Brazil. Four Braconidae species have been established in Rio Grande do Sul (RS): Aphidius ervi Haliday, Aphidius uzbekistanicus Luzhetzki, Aphidius rhopalosiphi De Stefani, and Praon volucre (Haliday). Around forty years after the BCPWA, changes occurred in the agricultural landscape and in the dominance of aphid species: Rhopalosiphum padi (Linnaeus) has became the most frequent cereal aphid, followed by Sitobion avenae (Fabricius), Schizaphis graminum (Rondani), and Metopolophium dirhodum (Walker). This work aims to monitor the occurrence of established aphids parasitoids species throughout the wheat (winter) and corn (summer) crop cycle. The work was conducted at Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS, from July 2018 to March 2019. Sixteen pots, containing 10 wheat plants, were infested with aphids, and exposed to parasitism on the field in screen cages for 7 days in biweekly exposure cycle of each crop. After, the pots were maintained in climatized chambers. After one week, the mummies were collected, and emerged parasitoids, identified. During wheat crop season (2018), it was collected A. uzbekistanicus parasitizing R. padi, S. graminum, and S. avenae; Aphidius platensis (Brethes) and A. rhopalosiphi were collected parasitizing the four aphid species; and Aphidius ervi Haliday over R. padi, S. graminum, and S. avenae. During corn season (2019), A. platensis was recorded parasitizing R. padi and S. graminum. As well, Lysiphlebus testaceipes (Cresson) was collected in S. avenae, R. padi and S. graminum. Praon species were not sampled. We emphasize that A. platensis and L. testaceipes had already been reported in Brazil before BCPWA. Therefore, some species, introduced during BCPWA, are still occurring on and protecting cereal fields in Passo Fundo, RS.

Palavras-Chave: monitoring; natural enemies; wheat

Apoio Institucional: APES, CNPq e Embrapa Trigo

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Taxonomic status of Aphidius colemani species group (Hymenoptera: Braconidae) in southern Brazil Carlos D. R. Santos; Marcus V. Sampaio; Luiza R. Redaelli; Simone M. Jahnke; Juliana Pivato; Douglas Lau

UFRGS; UFU; Embrapa

Parasitoid wasps (Hymenoptera: Braconidae) are efficient natural enemies of aphids. Twelve micro-hymenopteran species from Eurasia were introduced in to control aphid populations in winter cereals, which in the 1970’s were in severe imbalance. From 1978 to 1990, during Biological Control Program of Wheat Aphids (BCPWA), parasitoids were reared and released on crops in southern Brazil. Some species have been established and reduced aphid populations. Aphidius colemani (Viereck) was reported in Brazil before the BPCWA, when Mediterranean genotypes were introduced from France and Israel. Nowadays, with development of integrative of Hymenoptera, this species was re-described as a complex called Aphidius colemani group being composed by three species including A. colemani, Aphidius transcaspicus Telenga, and Aphidius platensis (Brèthes). Consequently, there is no certainty which one of the group are occurring in southern Brazil. The aim of this study was to re-examine the species status of A. colemani group collected during the introduction period of parasitoids in Brazil (1979 -1980) and from 10 years (2009-2018) of monitoring program by Moericke traps in wheat fields in Coxilha, in the north of Rio Grande do Sul, Brazil. There were examined 116 specimens of Entomological Collection of Embrapa Trigo, and those collected in Moericke traps. All the parasitoids of the A. colemani group from BCPWA period were identified as A. platensis. In the traps, of 6,541 parasitoids collected, 61.9% (n = 4,047) were of the A. colemani group, and all of them identified as A. platensis. So, this species was already here before the BCPWA, was the most collected species, early in the program, and is still the most abundant species. It remains a mystery, which species of A. colemani group was introduced in Brazil and if the introduced species have been established and even contributed genetically to the current population of the A. platensis.

Palavras-Chave: parasitoids; taxonomy; cryptic tax

Apoio Institucional: CAPES, CNPq e Embrapa Trigo

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Distribuição vertical de Leptocybe invasa e do parasitoide Selitrichodes neseri (Hymenoptera: Eulophidae) em eucalilptos Carolina Jorge; Luciane K. Becchi; Sidinei Dallacort; Leonardo Cruz Vieira; Camila Zanetti Bassi; Thais A. Mota; Fábio Araújo dos Santos; Edson L. L. Baldin; Carlos F. Wilcken

Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências Agronômicas, Laboratório de Controle Biológico de Pragas Florestais, Botucatu, SP, Brasil

As pragas são responsáveis por significativas perdas de produtividade no setor florestal. Leptocybe invasa Fisher & La Salle, 2004 (Hymenoptera: Eulophidae), vem ocasionando perdas em plantações do Brasil desde sua detecção. A espécie se dispersou rapidamente pelo país, com maiores registros de prejuízos nas regiões Sudeste e Nordeste. O controle biológico clássico por meio do parasitoide australiano Selitrichodes neseri Kelly & La Salle, 2012 (Hymenoptera: Eulophidae), vem sendo testado no Brasil desde 2015. A vespa apresenta preferência por plantios mais novos, mas pode atacar talhões com mais de dois anos, dificultando as ações de manejo. Considerando-se que a atuação do parasitoide S. neseri é ainda nova sobre L. invasa no Brasil, existe a necessidade de ampliar os conhecimentos sobre sua dispersão na copa das árvores. Assim, o objetivo do presente estudo foi caracterizar a distribuição vertical de L. invasa e S. neseri em plantio clonal de Eucalyptus grandis na região de Mogi Guaçu, SP. Para tanto, em fevereiro de 2019, foram instaladas armadilhas adesivas amarelas (1,8; 4 e 8 m) em 20 árvores de um talhão com E. grandis suscetível com elevado nível de infestação da praga e com presença do parasitoide e trocadas 50 dias após a instalação. Foram coletados ramos aos 4 e 8 m de altura e as emergências de indivíduos dos ramos foram contabilizadas sete dias após a coleta. Foram capturados 6772 indivíduos de L. invasa, e 5019 de S. neseri. Os maiores índices de captura tanto da vespa quanto do parasitoide foram registrados a 4 m de altura. Nos ramos, a maior infestação de galhas ocorreu a 8 m de altura. As emergências de L. invasa foram maiores a 8 m de altura (N=428) em relação a 4 m (n=229). Selitrichodes neseri foi mais abundante a 4 m (N=34) do que a 8 m (N=26). Portanto, confirmou-se a presença do parasitoide até 8 m de altura, acompanhando a presença de galhas no ponteiro. Futuros estudos terão como foco avaliar a presença do parasitoide em alturas maiores.

Palavras-Chave: Controle biológico clássico; altura de voo; vespa-da-galha

Apoio Institucional: PAEDEX/AUIP, PROTEF/IPEF

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Predação de Thyrinteina arnobia (Lepidoptera: Geometridae) por Atopozelus opsimus (Hemiptera: Reduviidae) Caroline D. de Souza; Fábio A. dos Santos; Luciane K. Becchi; Lucca B. Farnettane; Carla C. Jardim; Thamires L. dos Santos; Thais A. da Mota; Julian Nishidomi; Fabrício N. de Oliveira; Carlos F. Wilcken

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA), Campus de Botucatu, SP, Brasil

A lagarta parda Thyrinteina arnobia (Stoll, 1782) (Lepidoptera: Geometridae), é umadas pragas desfolhadoras mais importantes em plantações de eucalipto no Brasil. Oconhecimento da predação de Atopozelus opsimus (Elkins, 1954) (Hemiptera:Reduviidae) em T. arnobia é essencial para a sua utilização em programas decontrole biológico da praga. O objetivo foi avaliar a predação em lagartas de 1ºínstar de T. arnobia por A. opsimus em todos os estágios de desenvolvimento, sobcondições de laboratório. Dez indivíduos de A. opsimus de cada ínstar e adultosforam individualizados em recipientes plásticos de 80 mL contendo algodãoumedecido com água deionizada autoclavada. Foram oferecidas dez lagartas de T. arnobia para o predador de 1º e 2º ínstar; 20 lagartas para o 3º ínstar; 25 lagartaspara o 4º ínstar, 50 lagartas para o 5º ínstar e 60 lagartas para os adultos de A. opsimus. O período de predação foi de 24 horas, em câmara climatizada (Temp. 24± 2ºC, UR 60 ± 10% e fotofase de 12 h). Ao final desse período o número delagartas predadas foi registrado. Os dados foram analisados por ANOVA ecomparados pelo teste de Tukey. A média de predação de lagartas de 1º ínstar de T. arnobia por A. opsimus do 1º, 2º, 3º, 4º e 5º ínstar e adultos, foi de 1,6, 3,1, 9,3, 15,35,6, e 47, respectivamente, não sendo observadas diferenças significativas entreninfas do 1º e 2º ínstar do predador. Estudos serão conduzidos para avaliar apredação de A. opsimus nos demais ínstares da lagarta parda do eucalipto.

Palavras-Chave: controle biológico; Eucalyptus; percevejo predador

Apoio Institucional: Programa Cooperativo sobre Proteção Florestal/Instituto de Pesquisa e Estudos Florestais (PROTEF/IPEF) e CAPES.

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Two new species of Telenomus Haliday (Hymenoptera: Platygastridae) parasitizing eggs of Anticarsia gemmatalis (Lepidoptera: Erebidae) Cecilia B. Margaría; Tamara A. Takahashi; Daniel A. Aquino; Luís A. Foerster

Zoología Agrícola, Centro de Investigación en Sanidad Vegetal, Facultad de Ciencias Agrarias y Forestales, Universidad Nacional de La Plata, 60 y 118, 1900, La Plata, Buenos Aires, Argentina/Museo de La Plata, Facultad de Ciencias Naturales y Museo, Universidad Nacional de La Plata, Paseo del Bosque sin número, 1900, La Plata, Buenos Aires, Argentina/Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia e Fitossanitarismo, Programa de Pós-Graduação em Agronomia- Produção Vegetal. Centro de Estudios Parasitológicos y de Vectores Centro de Estudios Parasitológicos y de Vectores (CEPAVE) (CONICET-UNLP). Boulevard 120 entre 60 y 64, La Plata, Buenos Aires, Argentina/Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Departamento de Zoologia

Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818 (Lepidoptera: Erebidae) is one of the main soybean defoliators. Eggs of the velvetbean caterpillar are hosts for different species of Trichogramma Westwood, 1833 (Hymenoptera: Trichogrammatidae), Encarsia Förster, 1878 (Hymenoptera: Aphelinidae) and Telenomus Haliday, 1833 (Hymenoptera: Platygastridae). Previously, a single species of Telenomus, T. cyamophylax Polaszek, 1997 was described parasitizing eggs of A. gemmatalis. We investigated the incidence of egg parasitoids of A. gemmatalis collected from eggs laid by females caged on a soybean plant during a week. The survey was conducted in two commercial areas of genetically modified soybeans in São José dos Pinhais (25°36’46.0”S, 49°08’21.5”W), Paraná state, Brazil during the 20172018 crop season. One area was planted with soybeans expressing tolerance to the herbicide glyphosate, Roundup Readyâ (RR) variety NA5909RG and the other with the variety Syn13671IPRO expressing Cry1Ac protein of Bacillus thuringiensis (Bt), which confers resistance to target lepidopteran species as well as tolerance to the herbicide glyphosate. Eggs were collected from the caged plants and daily observations were made to check the emergence of parasitoids or eclosion of larvae. A total of 383 A. gemmatalis eggs were collected in the Bt area, of which, 143 eggs were parasitized. Of these 11 eggs were parasitized by the genus Telenomus, these belonging to two new species. In the RR area, 143 eggs were collected, but no egg was parasitized by Telenomus sp. Adult parasitoids of Telenomus spp. emerging from the field-collected eggs were mated in the laboratory to establish a population of wasps to be taxonomically identified. Both species were continuously reared in laboratory using eggs of A. gemmatalis as hosts. Development time from oviposition to adult emergence takes approximately 15 days at 25º C. These results indicate the great potential still to be explored in genetically modified soybean crops. Palavras-Chave: egg parasitoids; velvetbean caterpillar; Glycine max Apoio Institucional: Higher Education Personnel (CAPES) for the scholarship to T.A.T.

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Comparativo de sistemas de coleta de adultos de Anagasta kuehniella Lucas dos S. Bonamigo; Cinei T. Riffel; Anelise A. Perkoski; Leonardo Cappellari1

Acadêmico do Curso de Agronomia SETREM Email: [email protected]

O controle de pragas do gênero dos lepidópteros é de suma importância em diversos setores da produção agrícola, este pode ser realizado através da liberação de agentes de controle biológico, a exemplo da espécie Trichogramma pretiosum, Riley, 1879, (Hym.:Trichogrammatidae). Para a produção deste agente, é necessário a produção de ovos de Anagasta kuehniella Zeller, 1879 (Lepidoptera: Pyralidae), inseto com boas características para produção industrial de ovos. Buscando promover a produção em escala industrial dos ovos, foram avaliados resultados de dois sistemas, no sistema convencional os insetos são transferidos da caixa de criação para as gaiolas de postura indiretamente, ou seja, são sugados para uma gaiola cônica e iormente postos na gaiola de postura, já no sistema direto, os insetos são sugados diretamente para a gaiola de postura. Foram realizadas 5 repetições de cada sistema, sendo elas simultâneas e compostas por uma média de 550 adultos, os insetos foram transferidos para as gaiolas de postura, acomodados e realizada a coleta dos ovos após 48h (coleta 1) e 96h (coleta 2), iormente foram descartados. Os valores de cada amostragem de ovos (g) foram divididos pelo número de insetos correspondente e multiplicados por cem, obtendo assim os resultados finais em gramas de ovos por cem adultos (g/c.a.). O sistema convencional obteve maiores picos de produção, atingindo valores máximos próximos a 0,45g/c.a. e valores mínimos próximos a 0,15g/c.a e uma média de 0,308g/c.a, já o sistema direto, obteve valores menores de máximo de produção e maior valor mínimo de produção, com uma média de 0,274g/c.a. É importante destacar que o sistema direto apresentou menor desvio padrão (0,067 g ovos/cem insetos) em relação ao sistema convencional (0,128 g ovos/cem adultos), o que corresponde a uma maior estabilidade na produção. Analisando separadamente as duas coletas de ovos, verificou-se que o comportamento foi semelhante na variação da produção, com notável redução nos valores obtidos na coleta de 96h.

Palavras-Chave: controle biológico

Apoio Institucional: Sociedade Educacional Três de Maio

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Novos registros de parasitoides de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) em Minas Gerais Bruna R. Abreu; Daniel P. Soares; Tatiele P. Santos; Tânia M. Durães; Edileuza R. S. Conceição; Carlos H. Brito; Carlos A. R. Matrangolo; Clarice D. Alvarenga

Universidade Estadual de Montes Claros, Claros – UNIMONTES, Caixa Postal 91, 39448-524, Janaúba, MG

A busca por alternativas no controle biológico de moscas-das-frutas tem levado ao estudo de interações de parasitoides nativos com espécies de tefritídeos não pragas e plantas hospedeiras não cultivadas. O conhecimento destas interações pode auxiliar em programas de controle biológico por conservação. Desta forma, levantamentos de plantas hospedeiras de moscas-das-frutas visando a identificação de possíveis parasitoides foram realizados na região norte do estado de Minas Gerais. Para isso, frutos maduros foram coletados, da planta ou aqueles caídos ao solo, em pomares e áreas de entorno na região norte de Minas Gerais, no período de novembro/2018 a abril/2019. Os frutos coletados foram levados até o laboratório onde foram mantidos em recipientes contendo vermiculita, durante oito a 10 dias. Após este período a vermiculita foi peneirada e os frutos cuidadosamente examinados para a coleta dos pupários. Foram obtidos 231 parasitoides, das espécies DoryctoBracon areolatus (Szépligeti), Utetes anastrephae (Viereck), Asobara anastrephae (Muesebeck), Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) (Braconidae), Tetrastichus giffardianus Silvestri (Eulophidae) e Dicerataspis flavipes (Kieffer) (Figitidae). DoryctoBracon areolatus foi a espécie mais frequente (91%) e parasitou o maior número de espécies de moscas-das-frutas (Tephritidae) (Anastrepha obliqua (Macquart), A. zenildae Zucchi, A. sororcula Zucchi e A. fraterculus (Wiedemman)) associadas aos frutos de goiaba, seriguela, umbu-cajá, juá e acerola. As espécies U. anastrephae e A. anastrephae parasitaram A. zenildae e A. sororcula em frutos juá, goiaba e umbu-cajá. Em frutos de seriguela foi obtido um indivíduo de D. longicaudata parasitando A. obliqua, decorrente de liberações realizadas nas proximidades. Registra-se pela primeira vez T. giffardianus parasitando A. distincta em fruto de ingá e D. flavipes parasitando A. zenildae e A. sororcula em frutos de goiaba em Minas Gerais.

Palavras-Chave: Braconidae; Eulophidae; Figitidae

Apoio Institucional: INCT Hymenoptera Parasitoides; Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Mapeamento da dispersão de Diachasmimorpha longicaudata em diferentes fruteiras por modelagem geoestatística por krigagem Patrícia C. C. Oliveira; Beatriz A. J. Paranhos; Jéssica O. Santos; Raila F. S. Santos; Uilca T. F. Silva; Clarice D. Alvarenga

Universidade Estadual de Montes Claros, Claros – UNIMONTES, Caixa Postal 91, 39448-524, Janaúba, MG.; EMBRAPA SEMIÁRIDO, BR 428, Km 152, C. P. 23, 56.302.970, Petrolina, PE- Brasil

As características de uma determinada fruteira e seu pomar, como espaçamento de plantio e arquitetura da planta podem afetar diretamente a dispersão de parasitoides. Este estudo teve por objetivo mapear a dispersão e sobrevivência de Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) (Hymenoptera: Braconidae) em diferentes fruteiras mediante a aplicação de métodos geoestatísticos. Para isso, cinco liberações de aproximadamente 3.000 parasitoides cada foram realizadas em pomares de cerca de 5,5 ha de acerola e de manga. Foram demarcados 61 pontos no pomar de acerola e 51 pontos no pomar de manga, em raios concêntricos que variaram de 14m a 135m de distância do ponto de liberação no pomar de acerola e de 10m a 150m no pomar de manga. Em cada ponto demarcado, larvas de terceiro instar de Ceratitis capitata (Wied.) (Diptera: Tephritidae) foram oferecidas como hospedeiras por meio de armadilhas sentinela que consistem de pequenas placas de acrílico, contendo dieta artificial para larvas, com cerca de 50 larvas envoltas por tecido voal. As armadilhas foram penduradas nas árvores e permaneceram por 24 h no campo, sendo substituídas por novas que também permaneceram por mais 24 h. Foram realizadas avaliações no 1º 2º, 3º, 8º e 15º dia após a liberação. Foi determinada a porcentagem de parasitismo nas distâncias (raios) e nos dias de avaliação. As fêmeas de D. longicaudata parasitaram as larvas de C. capitata nas armadilhas sentinela por até 15 dias após serem liberadas no pomar de acerola e por oito dias no pomar de manga. Por meio da geoestatistica foi possível verificar que a distribuição dos parasitoides no campo foi influenciada por características do pomar, como o espaçamento. O alcance da dependência espacial (A) foi de até 106,10 m no pomar de acerola e de até 79,70 m no pomar de manga, ambos no oitavo dia após as liberações, indicando que os parasitoides se dispersaram mais no pomar de acerola do que no de manga na região semiárida de Pernambuco.

Palavras-Chave: Ceratitis capitata; parasitoides; semivariogramas

Apoio Institucional: Fundação de Amparo a Ciência e Tecnologia do Estado do Pernambuco (FACEPE); Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Morfologia do sistema reprodutor masculino de Diachasmimorpha longicaudata (Ashmed) (Hymenoptera: Braconidae) Maria das D. C. Souza; Max P. Gonçalves; Edmilson A. Souza; Wellen O. Batista; Teresinha A. Giustolin; Clarice D. Alvarenga

Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); 3Universidade Federal de Viçosa

O parasitoide Diachasmimorpha longicaudata é um importante agente para o controle biológico de moscas das frutas. Devido à importância ecológica e econômica desse parasitoide, várias pesquisas têm sido realizadas. No entanto, ainda não existem estudos sobre a morfologia do sistema reprodutor de D. longicaudata, o que pode contribuir para o conhecimento da sua biologia reprodutiva, bem como para futuros estudos em taxonomia e filogenia de Hymenoptera. Objetivou-se com este estudo, descrever a morfologia do sistema reprodutor masculino de D. longicaudata. Para isso, sistemas reprodutores de machos de D. longicaudata foram dissecados em solução tampão fosfato de sódio 0,1 M e fixados em solução Zamboni. O material foi desidratado e incluído em Historesina para ser submetido a cortes em micrótomo rotativo, corados com Azul de Toluidina e analisados em microscópio óptico. O sistema reprodutor masculino de D. longicaudata é composto por um par de testículos, dois ductos deferentes, um par de glândulas acessórias e um ducto ejaculatório. Parte dos ductos deferentes são diferenciados em regiões dilatadas, constituindo as vesículas seminais, onde os espermatozoides são armazenados até a cópula. Cada testículo é constituído por apenas um folículo, do qual surge um ducto eferente que conecta ao ducto deferente. As glândulas acessórias encontram-se próximas à vesícula seminal, que se unem ao ducto deferente, formando o ducto ejaculatório, sendo este conectado à genitália externa, o edeago. Os testículos, ductos deferentes e vesículas seminais são cobertos por uma cápsula de tecido conjuntivo. Os folículos testiculares estão preenchidos por cistos em diferentes fases da espermatogênese. Os espermatozoides maduros são liberados dos testículos em feixes e quando chegam nas vesículas seminais, esses feixes se desfazem. A morfologia geral do sistema reprodutor masculino de D. longicaudata é semelhante a outras espécies de Hymenoptera: Braconidae.

Palavras-Chave: Parasitoide

Apoio Institucional: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG); Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Influência do tabaco na dieta sobre a biologia de Ephestia kuehniella e de seu parasitoide HabroBracon hebetor Cleder Pezzini; Simone M. Jahnke; Andreas Köhler; Sheila Puntel

Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Universidade de Santa Cruz do Sul

A dieta do hospedeiro frequentemente tem influência sobre parâmetros biológicos e o sucesso de seus parasitoides, tanto nas criações massais como na busca e parasitismo a campo em programas de controle biológico aplicado. HabroBracon hebetor (Say) (Hymenoptera: Braconidae) é um importante agente de controle biológico da traça-da-farinha Ephestia kuehniella (Zeller) (Lepidoptera: Pyralidae), que infesta tabaco, grãos e outros produtos durante o armazenamento. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de diferentes classes e proporções de tabaco adicionados à dieta artificial de criação, sobre parâmetros biológicos do hospedeiro E. kuehniella e do seu parasitoide H. hebetor. Foram avaliadas dietas contendo tabaco Virgínia em quatro diferentes concentrações de açúcar e nicotina em quantidades de 5, 10 e 15% na biologia da traça-da-farinha. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 x 4 (classe de tabaco x quantidade). Nos bioensaios com o parasitoide foram utilizados hospedeiros alimentados em dietas com apenas 5% de tabaco. Para E. kuehniella foram mensurados o tempo de desenvolvimento (ovo-adulto), viabilidade da fase imatura, razão sexual, fecundidade, viabilidade dos ovos e longevidade. Para H. hebetor, parasitismo, razão sexual da prole, número de larvas paralisadas e parasitadas, viabilidade ovo-adulto e preferência de parasitismo. A classe de tabaco e quantidade acrescida à dieta influenciou no tempo de desenvolvimento e viabilidade de E. kuehniella. A dieta do hospedeiro a 5% não influenciou nos diferentes aspectos biológicos H. hebetor. Da mesma forma, a prole originada a partir de hospedeiros alimentados com a dieta contento tabaco, não mostrou preferência por este tipo de dieta. Para produção em larga escala de H. hebetor, a adição de tabaco à dieta artificial não se faz necessária, podendo ser excluída o que poderá reduzir o custo de produção.

Palavras-Chave: criação massal

Apoio Institucional: CNPq

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Interaction between Tenuisvalvae notata and Cryptolaemus mountrouzieri (Coleoptera: Coccinellidae) under prey scarcity Cynara M. Oliveira; Enggel B.S. Carmo; Larissa F. Ferreira; Christian S.A. Silva- Torres UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco

The knowledge of species interactions within food webs could be used to improve integrated pest management strategies, intending to reduce possible negative effects among them. Therefore, this study aimed to investigate the intra- and interspecific interactions between the ladybeetles Tenuisvalvae notata (indigenous to South America) and Cryptolaemus montrouzieri (exotic), both species are predators of mealybugs. Thus, adults and larvae (LII-LIV instar) were deprived of food for 12hrs prior to bioassays. Next, they were paired in Petri dishes (3.5 cm Ø) with another individual of the same instar (larvae), or different age, in the following combinations: a younger T. notata larva vs. an older C. montrouzieri larva and vice-versa; a T. notata adult vs. 10 eggs, a larva or a pupa of C. montrouzieri and vice-versa (n=20 per combination). In addition, the intraspecific interaction was investigated with larvae of the same species and age, using the same methodology. After 1, 6, 8, 12 and 24hrs the species and number of survival individuals per replicate were recorded to determine the occurrence of intraguild predation (inter-) and cannibalism (intraspecific) rates. Overall, results indicate significant asymmetric interactions favoring C. montrouzieri, in which > 80 % of time was the intraguild predator when paired with T. notata of same or different (younger and older) ages. Regarding intraspecific interaction, there was a higher cannibalism rate amongst 1o instar T. notata larvae (≈ 87.5%), followed by 1o (55.5%) and LII (25%) instar C. montrouzieri larvae. Moreover, results suggest that under prey scarcity condition, ladybeetles may engage in negative interactions resulting in cannibalism of younger larvae of same species and intraguild predation of the exotic C. montrouzieri upon the native T. notata species, which in turn could affect their establishment and biological control of mealybugs in crop fields.

Palavras-Chave: Biological control; intraguild predation; cannibalism

Apoio Institucional: CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de pessoal de Nível Superior

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Competição entre dois parasitoides pupais de Drosophila suzukii (Diptera: Drosophilidae) Daiana da C. Oliveira; Liliane N. Martins; Fernanda C. S. Geisler; Paloma Stupp; Igor G. de Oliveira; Rute C. Treptow; Daniel Bernardi; Flávio R. M. Garcia

Universidade Federal de Pelotas

Os parasitoides Pachycrepoideus vindemmiae (Pv) (Rondani,1875) e Trichopria anastrephae (Ta) (Lima, 1940) tiveram sua ocorrência relatada no Brasil parasitando pupas Drosophila suzukii (Matsumura, 1931). O estudo comportamental dessas espécies é fundamental para o conhecimento das interações para os programas de controle biológico. O objetivo do trabalho foi avaliar a competição extrínseca entre Pv e Ta em pupas de D. suzukii. Pupas de D. suzukii com 24 horas de idade foram inoculadas em frutos de morango maduros (10 pupas/fruto). Posteriormente, foram acondicionados no interior de tubos plásticos transparentes (15 cm de diâmetro × 15 cm de altura), fechados na parte superior com tecido voile e, sobreposto, a um vaso plástico (2L) contendo uma muda de morango da cv. ‘Aromas’. Os tratamentos foram: T1: pupas expostas ao parasitismo por Pv por 24h; T2: pupas expostas a Ta por 24h; T3: pupas expostas para Pv por 24h e, iormente, para Ta por 24h; T4: pupas expostas a Ta por 24h e, iormente, para Pv por 24h; T5: pupas expostas a Pv e Ta ao mesmo tempo por 24h e T6: somente pupas de D. suzukii. Após o período de exposição aos parasitoides os frutos foram retirados e individualizados em potes plásticos (200 mL) até à emergência dos insetos. O delineamento foi em blocos casualizado com 20 repetições/tratamento, cada repetição composta por um fruto (10 dez pupas/fruto), totalizando 200 pupas por tratamento. Foi utilizado uma fêmea acasalada de Pv e/ou Ta com até 48 horas de idade de acordo com o tratamento. Observou-se que o Ta apresentou a maior taxa de parasitismo (%) tanto no tratamento individual (70%) e nos tratamentos submetidos com a presença de Pv. Em contraste, quando pupas de D. suzukii foram expostas somente ao Pv o parasitismo foi de 20%. Em relação à emergência, foram verificados um maior número de insetos de Ta em relação ao Pv. Frente aos resultados, conclui-se que ocorre competição extrínseca entre Pv e Ta por pupas de D. suzukii.

Palavras-Chave: Parasitoides; Mosca-da-asa-manchada; Comportamento

Apoio Institucional: Capes

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Prospecção de agentes de controle biológico para o manejo de ácaros pragas em culturas de solanáceas no DF e entorno Mércia E. Duarte; Peterson R. Demite; João Felipe M. Roriz; Maria Luiza S.C.M. Alves; Marselle R. Cappssa; Renata S. Mendonça; Miguel Michereff Filho; Denise Navia

Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

Os ácaros fitófagos constituem pragas-chave em culturas de solanáceas (ex.: tomate, pimentão, berinjela) no Distrito Federal e entorno, destacando-se o ácaro rajado, Tetranychus urticae koch; o ácaro branco, Polyphagotarsenemus latus Banks; e o microácaro do tomateiro, Aculops lycopersici (Massee). O controle químico dessas pragas é problemático, devido à elevação dos custos de produção; desenvolvimento de resistência nas populações das pragas; e aos efeitos nocivos para a saúde humana e meio ambiente. A aplicação de agentes de controle biológico (ACB) para o manejo dessas pragas é altamente desejável. Os principais inimigops naturais dos ácaros praga são os ácaros predadores, os quais podem ser utilizados em estratégias inundativas ou de conservação. Com o objetivo de conhecer os ácaros predadores adaptados às solanáceas e às condições climáticas do cerrado, com potencial para utilização como ACB, foram realizadas coletas de amostras de 21 espécies de solanáceas cultivadas ou em áreas naturais, no DF e em Goiás, de 02/2017 a 01/2018. Ácaros fitófagos e predadores foram coletados em 19 espécies de solanáceas (6 cultivadas, 13 em áreas naturais). Os mesmos foram preservados em lâminas, e identificados ao microscópio óptico (DIC). Foram identificadas 20 espécies, sendo a família Phytoseiidae a predominante, com 18 espécies pertencentes a nove gêneros: Euseius (4 espécies), Phytoseius (3), Neoseiulus (3), Amblyseius (2), Proprioseiopsis (2), Galendromus (1), Paraphytoseius (1), Typhlodromalus (1) e Typhlodromips (1). Além destes, foram identificadas outras duas espécies, uma de Ascidae – Asca sp., e uma de Blattisociidae - Aceodromus convolvuli Muma. As espécies mais comuns associadas aos microácaros foram Amblyseius neochiapensis Lofego, Moraes & McMurtry, Phytoseius guianensis Denmark & Muma, P. intermedius Evans & MacFarlane, Typhlodromalus aripo DeLeon e Euseius sibelius (De Leon). Typhlodromalus aripo, E. sibelius e Neoseiulus spp. foram as espécies dominantes encontradas em associação com os ácaros de teia (Tetranychus spp.) e ácaros planos (Brevipalpus spp.). Alguns dos ácaros predadores foram comuns às solanáceas em áreas naturais e cultivadas, e abundantes mesmo nos meses mais secos do ano, podendo ser consideradas promissoras como ACB. Avaliações da eficiência das mesmas serão realizadas em laboratório, semi-campo e campo. Palavras-Chave: ácaros predadores; Phytoseiidae; hortaliças Apoio Institucional: CNPq, FAPDF, CAPES

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Ação de substâncias repelentes na emergência de Tetrastichus howardi via exposição direta e em cápsula de liberação por drone Diego Arcanjo do Nascimento; João P. de A. Bomfim; Vanessa R. de Carvalho; Jéssica E. R. Gorri; Fábio A. dos Santos; Carlos Frederico Wilcken

Depto. Proteção Vegetal, FCA/UNESP Campus de Botucatu, 18610-034, Botucatu-SP, Brasil. E-mail: [email protected]

O controle biológico em florestal pode ser empregado utilizando insetos parasitoides. Dentre as espécies utilizadas destaca-se Tetrastichus howardi (Hymenoptera: Eulophidae) para controlar lagartas desfolhadoras em eucalipto. A liberação é feita manualmente em áreas infestadas, porém, pode ser otimizada com utilização de drones. Após a soltura, pode ocorrer a predação dos parasitoides por outros artrópodes, principalmente formigas. Uma opção seria o uso de repelentes, entretanto, esses compostos podem ter efeitos adversos nos parasitoides. O objetivo do trabalho foi analisar substâncias repelentes na emergência de T. howardi via exposição direta ou nas cápsulas de liberação com drones. Pupas de Diatraea saccharalis (Lepidoptera: Crambidae) parasitadas por T. howardi foram submetidas aos seguintes tratamentos com repelentes: 1) Óleo essencial de Syzygium aromaticum; 2) Óleo essencial de Callistemon sp.; 3) Óleo fixo de nim; 4) Repelente comercial; 5) Água + Tween; e 6) testemunha. No primeiro ensaio, as pupas foram imersas nas soluções dos repelentes por 3 segundos e secas em papel-filtro, sendo colocadas em placas de Petri. No segundo, as cápsulas de liberação para drones receberam aplicação de 3 mL dos tratamentos com pulverizador manual e onde foi acondicionada uma pupa parasitada. O bioensaio foi composto de seis tratamentos e 10 repetições, em delineamento inteiramente casualizado, permaneceram em condições controladas de umidade (60%±10) e temperatura (25º±2). Após 4 dias, os insetos emergidos e retidos na pupa foram contabilizados. Não foram verificadas diferenças significativas entre os tratamentos na emergência de parasitoides via imersão direta (p=0.0962) e quando os repelentes foram aplicados nas cápsulas de liberação (p=0.4340). Em ambos os bioensaios as médias de emergência dos parasitoides variaram entre 70 a 100%. Esses resultados possibilitam o uso dessas substâncias em campo, uma vez que não afetaram os parasitoides.

Palavras-Chave: Controle biológico; Parasitoides

Apoio Institucional: IPEF/PROTEF e CAPES

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Behavior and Chemical Ecology of Diachasmimorpha longicaudata: basic studies as tools to improve biological control programs Diego F. Segura1; Francisco Devescovi1; Claudia C. Conte1; Juan P. Wulff1; Sergio M. Ovruski2; Mariana M. Viscarret3; Silvia B. Lanzavecchia1; Jorge L. Cladera1

1 Instituto de Genética “E.A. Favret”, CICVyA (INTA) – IABIMO, CONICET. Buenos Aires, Argentina. [email protected] 2 Planta Piloto de Procesos Industriales Microbiológicos (PROIMI), CONICET. Tucumán, Argentina. 3 Instituto de Microbiología y Zoología Agrícola, CICVyA (INTA) – IABIMO, CONICET. Buenos Aires, Argentina.

Tephritidae fruit flies (Diptera) are amongst the most destructive pest of commercial fruit worldwide. Environmentally friendly control strategies used against such pests include a biological control component, mainly through the use of exotic parasitoids. In particular, the wasp Diachasmimorpha longicaudata Ashmead (Braconidae) is one of the most commonly used biocontrol agents. This larval-pupal parasitoid is native to the Indo-Pacific region and was first imported to the Americas in the 1970s to control native fruit flies of the genera Anastrepha and the highly destructive Mediterranean fruit fly, Ceratitis capitata Wied. Since then, this parasitoid has been introduced in several countries, including Brazil and Argentina. In this presentation, we will summarize a series of studies focused on the foraging behavior of D. longicaudata females, particularly centered in the host searching behavior. We found that parasitoid females are able to detect fruit infested with larvae using chemical cues, derived from the host larvae, as well as from the substrate (rotten fruit). GC-MS analyses of the volatile compounds released by these attractive sources allowed postulating specific compounds that females would use to locate host larvae. Our work has shown that females have innate preference for specific host fruit odors and the basis of this preference seems to be related more to the easiness of attacking host larvae buried into the fruit flesh than to the quality of the host larvae. Color, on the other hand, did not trigger an innate preference in this species. However, we found that D. longicaudata has the ability to associate visual, as well as chemical, cues during host searching, making them more and more efficient at host finding through learning. The potential contribution of studies such as those carried out by our group to the management of insect pests through natural enemies will be further discussed.

Palavras-Chave: foraging behavior; chemical ecology; parasitoids

Apoio Institucional: FONCYT-PICT-0 12909; FONCYT PICT-2008-0502; FONCYT PICT 2015-INTA-PNPV-1135033.

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Occurrence of green lacewings species (Neuroptera: Chrysopidae) from coffee agroecosystems Eder de Oliveira Cabral; Bruno Gomes Dami; Wesley Bordinhon; Gabriel de Melo Botelho; Pâmela Borges Faria; Andriely Borges da Silva; Francisco José Sosa Duque; Alessandra Marieli Vacari

Universidade de Franca - UNIFRAN

Predators known as green lacewings belonging to the family Chrysopidae (Neuroptera) have great search capacity, high voracity and high reproductive potential, besides feeding on a wide diversity of prey. These predators exploit agricultural habitats, including monocultures, associating with perennial and shrub- like crops, such as coffee. We evaluated the ocurrence of Chrysopidae species in Brazilian coffee crops from Alta Mogiana region, Brazil. Predator samplings were carried out in organic and shaded coffee crops and were conducted from May 2018 to April 2019 in Franca, São Paulo, Brazil. The collections were carried out weekly on January, February and March of 2018 with the aid of a sweep net and plastic vials for the collection of eggs, larvae, pupae and adults of the predators. Samplings were carried out in organic areas of 12.48 ha of the Catucaí Amarelo 2SL variety at 6 years of age and spaced 3 × 0.65 m shade with avocado cultivar Hass (Persea Americana Mill) in Franca, SP, Brazil (20°32’19’’S, 47°24’03’’W, 996 m elevation). The collected specimens were taken to the laboratory and transferred to plastic vials preserved with 70% alcohol, for later identification of the species. We founded 20 indivuduals. The species of green lacewings observed were Ceraeochrysa cincta, Ce. dislepis, Ce. everes, Ce. scapularis, Chrysoperla externa, Leucochrysa (Nodita) rodriguezi, and L. (Nodita) forciformis. Further studies are still needed to find out which species are most abundant in the region and which have potential in biological control.

Palavras-Chave: Biological control; Integrated Pest Management; chemical control

Apoio Institucional: CAPES e CNPQ

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Parasitismo de ovos de Euschistus heros na cultura do algodão no Arenito Caiuá Edimar Pertelini; Gabriel H. T. Batista; Luiz G. dos Santos; Fabiana S. Machado; Paulo H. M. da Silva; Alline de L. Rodrigues; Greissi T. Giraldi; Julio C. Guerreiro

Universidade Estadual de Maringá - campus Umuarama

Nos últimos anos tem ocorrido estímulos privados em busca da reinserção da cultura do algodão no estado do Paraná. Porém alguns desafios têm sido observados como a ocorrência de pragas que em outras regiões do Brasil são consideradas pouco importantes, com alto percentual de dano a cultura, uma delas é o percevejo marrom Euschistus heros (Fabricius) (Pentatomidae). Com tais preocupações o objetivo do presente trabalho foi avaliar o nível e potencial de parasitismo de ovos do percevejo E. heros ocasionados pelo parasitoide Telenomus podisi(Ashmead) (Scelionidae) em lavoura de soja, nas condições do Arenito Caiuá. O experimento foi conduzido no município de Alto Piquiri - PR nos meses de fevereiro à março de 2018 e fevereiro a março de 2019, a coleta das massas de ovos foram feitas por caminhamento e visualização dentro de uma área experimental, (com aproximadamente 5 ha), as massas encontradas foram acondicionadas em sacos de papel, identificadas e depois encaminhadas para o Laboratório de Entomologia da UEM – campus de Umuarama para as avaliações de número de ovos por massa e percentual de parasitismo das mesmas. Os dados foram avaliados através de estatística descritiva, pelo software AgroEstat®. Houve a coleta de um total de 60 massas contendo em média 8 ovos, totalizando 487 ovos em 2018 com um percentual de parasitismo de 34,5% e 44 massas contendo em média 9 ovos, totalizando 406 ovos em 2019 com percentual de parasitismo de 42,36%. Dessa forma o parasitismo natural de ovos de E. heros tem importante papel no controle do inseto, porém não alcança o nível de controle desejado, assim o controle químico ainda se faz necessário.

Palavras-Chave: Telenomus podisi; massa de ovos; percevejo

Apoio Institucional: Associação dos cotonicultores paranaenses

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Influência do estágio de desenvolvimento e da dieta de Lasioderma serricorne no parasitismo de Anisopteromalus calandrae Eduarda Bender; Simone M. Jahnke; Andreas Köhler; Kássia C. F. Zilch

Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia, Faculdade de Agronomia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves, 7712, 91540-000, Porto Alegre, RS, Brasil. ([email protected])

O ectoparasitoide Anisopteromalus calandrae (Howard, 1881) (Hymenoptera: Pteromalidae) tem se destacado como agente de controle de larvas e pupas de coleópteros praga de produtos armazenados como o besouro-do-fumo, Lasioderma serricorne (Fabricius, 1792) (Coleoptera: Ptinidae). Estudos que avaliem a bioecologia de parasitoides e suas interações com os hospedeiros, levando em consideração os fatores ambientais, são de suma importância para o sucesso do controle biológico nesses ambientes e culturas agrícolas. Neste contexto, objetivou- se avaliar os índices de parasitismo e razão sexual de A. calandrae parasitando larvas e pupas de L. serricorne na presença ou ausência da dieta do hospedeiro. Os insetos utilizados foram provenientes de criação de laboratório mantida sob condições controladas (28 ± 2 ºC, 60 ± 10% UR e fotofase de 12 h). Foram expostas 30 larvas (com formação de casulo) ou pupas (também nos casulos) de L. serricorne a um casal (fêmea pareada) ou a uma fêmea virgem recém emergida (24 h) em frascos plásticos, nas seguintes combinações, compondo quatro tratamentos: (L) larvas, (LD) larvas com dieta, (P) pupas e (PD) pupas com dieta. Cada tratamento teve 20 repetições. Os parasitoides permaneceram nos potes com cada tratamento até a sua morte (± 11 dias) iormente foram retirados e os potes com os hospedeiros mantidos nas mesmas condições da criação até a emergência da prole (± 13-15 dias). Os maiores valores de parasitismo foram obtidos nos tratamentos L (com e sem dieta), tanto para as fêmeas virgens como pareadas. Somente no tratamento P foi observada uma diferença significativa na razão sexual (p < 0,05), apresentando os menores valores. Pode-se inferir que a dieta oferecida ao hospedeiro L. serricorne interferiu no parasitismo e na razão sexual da prole gerada. O estágio de larva é mais adequado para multiplicação do parasitoide, pois proporciona um melhor desempenho dos parasitoides.

Palavras-Chave: Parasitoide; besouro-do-fumo; controle biológico

Apoio Institucional: CNPq, UFRGS

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Could footprints of ladybugs (Coleoptera:Coccinelidae) affect the behavior of other ladybugs? Jennifer O. Ferreira; Enggel B. S. Carmo; Géssica S. Silva; Christian S. A. Silva-Torres

Departamento de Agronomia - Entomologia, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, 52171-900, Recife-PE, Brasil

The ladybugs Cryptolaemus montrouzieri Mulsant, 1853 and Tenuisvalvae notata (Mulsant, 1850) (Coleoptera: Coccinellidae) are predators of mealybugs and may co- occur in the same agroecosystems in the Neotropical Region, including Brazil. Nevertheless, semiochemicals found in the habitat could affect their behavior towards preys and other predatory species. Thus, this study evaluated the mutual interference of footprints left by ladybugs in their walking behavior. To do so, adult ladybugs were allowed to walk in glass Petri dishes (9 cm Ø) for 24hrs, prior to bioassays. The bottom and the top of the dishes were half covered by a filter paper in order to obtain two halves, one with and the other without footprints (control). Next, ladybugs were exposed to the footprints of conspecific and heterospecific males and females in those partially treated arenas (n=40 per treatment) and their behavior recorded by the software ViewPoint™. Registered parameters were walking distance (WD), walking time (WT), walking speed (WS), number of stops (NS) and Irritability. Overall, results showed that conspecific footprints did not affect the walking behavior of both ladybug species, male and females (P >0.05) for parameters: WD, WT and WS. Nevertheless, T. notata females had higher NS (P = 0.0032) on areas treated with conspecific male footprints. Also, footprints left by T. notata females affected the behavior of C. montrouzieri females, which had significant higher WD (P = 0.0174), WT (P = 0.0014), and NS (P = 0.0493), on areas treated with footprints of heterospecific females. On the other hand, T. notata females reduced the NS (P 0.0038) on areas treated with footprints of C. montrouzieri females. Therefore, conspecific footprints seems not to alter the behavior of these ladybug species, whereas footprints of heretospecifics affect their walking behavior, and this could lead to dispersion of competitive species within the same area, which in turn may affect biological control of mealybugs.

Palavras-Chave: Biological control

Apoio Institucional: CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.

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Manejo de Euschistus heros em soja com liberações de Telenomus podisi Érica C. Braz; João P. F. Cordeiro; Adeney de F. Bueno; Alan Effgen; Hugo R. Maciel; Wellington R. Souza

Instituto Agronômico do Paraná

A utilização de Telenomus podisi Ashmead, 1893 (Hymenoptera: Scelionidae) é uma estratégia promissora no manejo de Euschistus heros Fabricius, 1974 (Hemiptera: Pentatomidae) em soja. Entretanto, existem ainda alguns desafios para o sucesso da liberação desse parasitoide. Nesse trabalho avaliou-se a liberação de pupas do parasitoide em capsula e isoladas em dois momentos distintos (junto com a primeira liberação de fungicida e na detecção dos primeiros adultos em campo). O experimento foi conduzido na safra de 18/19, em área total de 54,8 ha em delineamento em blocos ao acaso com 5 tratamentos e 4 repetições. Os tratamentos foram: Liberação de 5000 pupas em capsulas (1) ou pupas soltas (2) por semana, assim que os primeiros percevejos adultos fossem detectados; Liberação de 5000 pupas em capsulas (3) ou pupas soltas (4) por semana, junto com a aplicação de fungicidas, e (5) MIP, com aplicação de inseticida quando atingisse 2 percevejos/metro. A população de pragas foi monitorada com o pano de batida e o parasitismo quantificado através da coleta de posturas. Observou-se que onde ocorreu a liberação do parasitoide, independente da forma e do momento de liberação houve um incremento no parasitismo, de 5% a 20% observado no tratamento (5) MIP, para 50 a 60% de parasitismo observado nos tratamentos com liberação do parasitoide. Comparando-se a liberação de pupas soltas e em cápsula, a liberação em pupas soltas apresentou parasitismo maior na maioria das avaliações. Já referente ao período de liberação, a liberação no início dos primeiros adultos foi mais eficiente do que a liberação feita junto com os fungicidas. Sendo assim, a liberação de parasitoide de ovos auxilia no controle da população de percevejos, mas não descarta a utilização de inseticidas dentro do MIP. O melhor momento de liberação dos parasitoides é na ocorrência dos primeiros adultos. Ambas tecnologias utilizadas de liberação, possuem potencial semelhantes de sucesso, necessitando avaliar outros fatores.

Palavras-Chave: Parasitoides de ovos; Percevejo; Controle biológico

Apoio Institucional: Embrapa Soja

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Sobrevivência de pupas de Telenomus podisi Ashmead, 1893 (Hymenoptera: Scelionidae) sob diferentes temperaturas em diferentes Érica C. Braz; João P. F. Cordeiro; Adeney de F. Bueno; Wellington R. Souza

Instituto Agronômico do Paraná

Vários fatores bióticos e abióticos são determinantes no sucesso de liberações de parasitoides de ovos em condições de campo. Entre os fatores abióticos, a temperatura é considerada um dos mais importantes. Variações na temperatura exercem grande influência nos aspectos biológicos e sobrevivência dos parasitoides. Os parasitoides quando liberados podem ser expostos a temperaturas desfavoráveis, principalmente as pupas, que são imóveis e, portanto, incapazes de procurar abrigo. Sendo assim, nesse trabalho avaliou-se a emergência (sobrevivência) de pupas de Telenomus podisi Ashmead, 1893 (Hymenoptera: Scelionidae) expostas a várias temperaturas por diferentes períodos de tempo. O experimento foi conduzido em condições de laboratório, com delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial (4x4), 4 temperaturas, 4 tempos de exposição, com 5 repetições. Foram utilizadas 50 pupas já parasitadas, e acondicionadas 24 horas antes da emergência em câmaras climatizadas e reguladas nas temperaturas de 25ºC, 30ºC, 35ºC e 40ºC, por 4 h, 5 h, 6 e 7h de exposição sendo após esse período a pupa armazenada a 25ºC até a emergência do adulto. O parâmetro avaliado foi a porcentagem de emergência e a razão sexual. De acordo com os dados obtidos, não houve diferença significativa na emergência de pupas e todos os tratamentos obtiveram emergência ao redor de 80% ou superior. Em relação a razão sexual da progênie não houve diferença significativa entre a temperatura e o tempo avaliado, não sendo alterada. Sendo assim, mesmo a exposição de temperatura a 40ºC por sete horas não foi suficiente para causar mortalidade nas pupas e nem alterar a razão sexual da progênie. Novos estudos precisam ser conduzidos com temperaturas mais elevadas e tempos maiores de exposição mas, em geral, T. podisi se mostrou bastante tolerante as altas temperaturas estudadas, o que é uma característica favorável do parasitoide para seu sucesso como agente de controle biológico em campo.

Palavras-Chave: Controle biológico; Parasitoide; Emergência

Apoio Institucional: Embrapa Soja

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Liberação de Telenomus podisi em pupas soltas e em cápsulas ao longo do ciclo de desenvolvimento da soja Érica C. Braz; João P. F. Cordeiro; Adeney de F. Bueno; Alan Effgen; Hugo R. Maciel; Wellington R. Souza

Instituto Agronômico do Paraná

Existem fatores que podem influenciar o sucesso de Telenomus podisi no manejo de Euschistus heros em soja. A temperatura entre os mais importantes. Nas liberações de pupas desses parasitoides em campo, essas podem ser depositadas em diferentes partes da lavoura, o que impacta diretamente a temperatura que são expostas, assim como sua sobrevivência. Portanto, avaliou-se o efeito da liberação de T. podisi em pupas soltas e em capsulas realizada em quatro locais distintos da cultura: 1) entre as linhas de plantio; 2) na região baixeira da planta; 3) na parte mediana; 4) na parte superior (ponteiro). O experimento foi conduzido na safra 18/19, em blocos ao acaso em esquema fatorial 4 x 2 (4 locais de liberação e 2 modos de liberação – pupa solta e em capsula) e 5 repetições. Foram liberadas 50 pupas do parasitoide em capsulas e em cartelas (representando as pupas soltas) em quatro pontos distintos da soja por repetição, com um sensor de temperatura em cada ponto. Observou-se que a temperatura variou significativamente entre os diferentes locais de liberação das pupas ao longo do ciclo da cultura. A temperatura mais alta observada principalmente entre as linhas durante o período vegetativo reduziu drasticamente a emergência dos adultos. Na fase reprodutiva, com a planta mais desenvolvida (maior sombreamento), as temperaturas na entre linha foram mais amenas, não havendo diferença na emergência de T. podisi nos diferentes locais de liberação. Com relação a liberação de pupas solta e em capsulas, os resultados variaram ao longo do ciclo da cultura. Em algumas avaliações houve maior emergência de adultos provenientes das cápsulas, em outras, maior emergência provenientes das pupas soltas. Diante dos resultados obtidos, é possível concluir que quando a liberação do parasitoide for realizada em soja com a entre linha ainda não sombreada, é importante que as pupas liberadas não fiquem expostas ao sol, devendo ficar protegidas na copa da planta. A partir da fase reprodutiva, com a copa da planta entrelaçada e promovendo o sombreamento completo da área, todos os locais de liberação obtiveram a mesma temperatura e mesma emergência dos parasitoides, sendo igualmente favoráveis para liberação. Em relação a proteção das pupas em capsula ou pupas soltas, ambas possuem potenciais semelhantes e podem ser utilizadas para liberação.

Palavras-Chave: Controle biológico; Parasitoide; Temperatura

Apoio Institucional: Embrapa Soja

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Mass-rearing the parasitoids Telenomus podisi under fluctuating temperature regime: Fitness and economic benefits Nathaly L. Castellanos; Adeney de Freitas Bueno; Khalid Haddi; Emerson C. Silveira; Higor S. Rodrigues; Edson Hirose; Guy Smagghe; Eugenio Eduardo de Oliveira

Universidade Federal de Viçosa; EMBRAPA SOJA, University of Ghent

Successful biological control requires detailed knowledge about the mass rearing conditions of the control agents in order to ensure higher efficacy, and better productivity to the farmers and environment. Here, we investigated whether a mass- rearing fluctuating thermal regime would affect the fitness of the parasitoid wasp Telenomus podisi (a biological agent used for controlling the Neotropical brown stink bug Euschistus heros) when compared with parasitoid originated from constant temperature regime, which is commonly used in insect rearing facilities. Parasitoids were reared under either constant (continuous exposure at 25 ± 2 ºC) or fluctuating temperature regimes (i.e., 30 ± 2 ºC during day and 20 ± 2 ºC at night) during four consecutive generations. Our results indicated that fluctuating regime is more suitable for mass-rearing of T. podisi as such temperature-mediated stress resulted not only in fitness benefits (e.g., shorter developmental time, longer female longevity, higher fecundity/fertility) but also reduced (approximately 30 %) the estimated costs for producing the parasitoids. Furthermore, rearing the T. podisi under fluctuating temperatures for four generations improved tolerance to low constant temperatures (i.e., 20 ºC) without changing the tolerance to constant high temperatures (30 ºC). Surprisingly, even at constant temperature of 25°C, parasitoids that developed under fluctuating thermal regime performed better than those reared at constant temperature. Collectively, our findings suggest that T. podisi reared under fluctuating thermal regime can adapt better to fluctuating temperatures that normally occur during transport and in agricultural ecosystems, which will increase the productivity of mass-reared T. podisi for inundative releases.

Palavras-Chave: egg parasitoids; Euschistus heros; augmentative biological control

Apoio Institucional: CAPES, CNPq, FAPEMIG, EMBRAPA

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Parasitimos de Telenomus remus Nixon, 1937 (Hymenoptera: Platygastridae) em ovos pulverizados com entomopatógenos

Luiz G. N. de Souza; Rodrigo A. Maciel; Jóse C. Bianchini Júnior; Leonardo T. Alves; Michele Potrich; Everton R. Lozano

Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Dois Vizinhos

O percevejo-marrom, E. heros é considerado uma praga-chave na cultura da soja e um dos agentes de controle promissores é o parasitoide de ovos T. podisi. Assim, o objetivo deste trabalho foi verificar a flutuação populacional de E. heros e a taxa de parasitismo em função da liberação de T. podisi em sistema orgânico de produção. O estudo foi realizado na safra de verão 2018/2019, em uma propriedade certificada, em Palotina, PR. Os tratamentos constaram de áreas com a liberação de parasitoides (10000 ovos parasitados por T podisi/ha) e áreas sem a liberação de parasitoides, com 3 repetições (parcelas de 2 há) por tratamento. A flutuação populacional de ninfas e adultos de E. heros foi determinada por meio de pano de batida após o estágio V7, com amostragens semanais, em oitos pontos aleatórios/parcela. A liberação dos parasitoides ocorreu aos 76 dias após a emergência, em 4 pontos/parcela pelo método de caminhamento. Nos 3° e 5° dias após a liberação as parcelas foram inspecionadas por 2 horas/parcela e as posturas de E. heros foram coletadas, identificadas e encaminhadas ao laboratório, onde foram contabilizadas e individualizadas em placas de Petri e mantidas em condições controladas para a avaliação da taxa de parasitismo por T. podisi durante 10 dias. Em ambas as áreas (com e sem liberação de T. podisi), observou-se aumento populacional de E. heros, a partir de R5.1, com pico médio de 8,1 e 6,8 ninfas por pano de batida em R6, respectivamente nas áreas sem e com a liberação de T. podisi. Não houve diferença significativa na taxa de parasitismo de T. podisi sobre os ovos de E. heros coletados no 3º dia após a liberação. Porém, ao 5º dia, verificou-se maior parasitismo nos ovos coletados nas áreas com liberação de T. podisi (63,7%) do que sem liberação (34,9%). A utilização de T. podisi é uma importante ferramenta de controle de E. heros em cultivo orgânico de soja. É importante ainda o estudo de diferentes períodos e formas de liberação em soja orgânica.

Palavras-Chave: parasitoide de ovos

Apoio Institucional: GEBANA BRASIL - Cataratas do Iguaçu Produtos Orgânicos LTDA

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Parasitismo de Trichospilus diatraeae (Hymenoptera: Eulophidae) em Oxydia vesulia (Lepidoptera: Geometridae) Fábio A. dos Santos; Diego A. do Nascimento; Vanessa Carvalho; José C. Zanuncio; Carlos F. Wilcken

Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências Agronômicas, Departamento de Proteção Vegetal, 18610-034, Botucatu, São Paulo, Brasil

Oxydia vesulia Cramer (Lepidoptera: Geometridae) é uma praga desfolhadora primária e seus danos podem reduzir o crescimento de plantas de Eucalyptus em cultivos florestais. Trichospilus diatraeae Cherian e Margabandhu (Hymenoptera: Eulophidae) parasita pupas de Lepidoptera. O objetivo desse trabalho foi relatar o primeiro registro do parasitismo de pupas de O. vesulia, de duas idades, por T. diatraeae. Vinte fêmeas de T. diatraeae foram colocadas por pupa de O. vesulia com 24 ou 72 horas de idade, constituindo uma parcela tendo o experimento oito repetições. O parasitismo foi de 100% com emergência de adultos de T. diatraeae de 87.5% das pupas deste hospedeiro com as duas idades. Um total de 2.677 e 3.540 indivíduos emergiu de pupas de O. vesulia com 24 e 72 horas respectivamente, com de 382.4 e 505.7 indivíduos emergidos por pupa de O. vesulia das respectivas idades e ciclo de vida de 19 dias em ambas. Este é o primeiro relato de T. diatraeae parasitando pupas de O. vesulia.

Palavras-Chave: Controle biológico; lepidópteros desfolhadores; parasitoide de pupa

Apoio Institucional: CAPES; Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais – IPEF

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Protocolo de produção de eulofídeos para controle biológico de lepidópteros desfolhadores em plantios de eucalipto Fabricio F. Pereira; Carlos R. G. Cardoso; Jéssica T. Lucchetta; Harley N. Oliveira; Juliana P. Santos; Luciano F. N. Ramos; Mateus X. Alencar; Valéria C. Veiga; Matheus K. Leite; José E. P. Mendes

1Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Agrárias, 79.804-970, Dourados, MS, Brasil. [email protected]; 2Embrapa Agropecuária Oeste, Caixa postal 449, 79.804- 970, Dourados, MS, Brasil; 3Eldorado Brasil, Rodovia, BR 158, Km 231 – S/N – Zona Rural, 79641- 300, Três Lagoas, MS, Brasil; 4Brasilwood Reflorestamento, Rua Imaculada Conceição, 1378, CEP 79750-000, Centro, Nova Andradina, MS, Brasil; 5Suzano S.A., Rodovia BR 158, Km 298, C.P. 529. CEP 79.601-970, Três Lagoas, MS

Palmistichus elaeisis Delvare e LaSalle, Trichospilus diatraeae Margabandhu e Cherian e Tetrastichus howardi Olliff (Hymenoptera: Eulophidae) são endoparasitoides pupais de lepidópteros desfolhadores de eucalipto. Objetivou-se elaborar um protocolo de produção desses eulofídeos visando ao seu uso em programas de controle biológico. Inicialmente, registrou-se o referido trabalho no SISGEN. Os números dos cadastros de acesso de P. elaeisis, T. howardi e T. diatraeae são: A792 B4F, A1ABBA5, A2EC9BB, respectivamente. Com a finalidade de reconhecer as espécies, bem como diferenciar fêmeas e machos, elaborou-se uma prancha com características morfológicas desses parasitoides. Para produção em maior escala dos parasitoides, testou-se pupas de Bombyx mori Linnaeus (Lepidoptera: Bombycidae), Tenebrio molitor Linnaeus (Coleoptera: Tenebrionidae), Anticarsia gemmatalis Hübner (Lepidoptera: Noctuidae) e de Diatraea saccharalis Fabricius (Lepidoptera: Crambidae). Produziu-se os parasitoides em todos os hospedeiros, sendo D. saccharalis, o mais apropriado, devido aos índices de parasitismo (100%), emergência (100%), razão sexual (0,90) e progênie por pupa (322), respectivamente. Diferentes recipientes (boleiras de acrílico ou de plásticos e potes plásticos de diferentes formatos e tamanhos) visando aperfeiçoar a produção de parasitoides em grandes quantidades e com qualidade também foram avaliados. Potes plásticos do tipo coletor universal (80ml) foram mais adequados para a criação devido a facilidade de manipulação e aeração. Definiu-se o protocolo de produção: cinco pupas de D. saccharalis (24 a 120 horas) + 25 fêmeas de P. elaeisis (72 a 96 horas de idade) ou de T. howardi (24 a 48 horas) ou de T. diatraeae (48 a 72 horas) por pote plástico com uma gota de mel no seu interior, permitindo-se 10 dias de parasitismo. Após 18 dias, obtêm-se em média 1500 indivíduos adultos de cada espécie de parasitoide por recipiente de criação.

Palavras-Chave: Palmistichus elaeisis; Trichospilus diatraeae; Tetrastichus howardi

Apoio Institucional: REFLORE, CNPq, CAPES

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Liberações inoculativas de eulofídeos para controle biológico de lepidópteros desfolhadores em plantios de eucalipto Fabricio F. Pereira; Carlos R. G. Cardoso; Jéssica T. Lucchetta; Harley N. Oliveira; Luciano F. N. Ramos; Mateus X. Alencar; Valéria C. Veiga; Matheus K. Leite; Itamar Soares; José E. P. Mendes

1Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Agrárias, 79.804-970, Dourados, MS, Brasil. [email protected]; 2Embrapa Agropecuária Oeste, Caixa postal 449, 79.804- 970, Dourados, MS, Brasil; 3Eldorado Brasil, Rodovia, BR 158, Km 231 – S/N – Zona Rural, 79641- 300, Três lagoas, MS, Brasil; 4Brasilwood Reflorestamento, Rua Imaculada Conceição, 1378, CEP 79750-000, Centro, Nova Andradina, MS, Brasil; 5Suzano S.A., Rodovia BR 158, Km 298, C.P. 529. CEP 79.601-970, Três Lagoas, MS

Palmistichus elaeisis Delvare e LaSalle, Trichospilus diatraeae Margabandhu e Cherian e Tetrastichus howardi Olliff (Hymenoptera: Eulophidae) são parasitoides pupais de lepidópteros. Objetivou-se elaborar um protocolo de liberação desses eulofídeos visando ao seu uso em programas de controle biológico de lepidópteros desfolhadores de eucalipto. Inicialmente, registrou-se este trabalho no SISGEN. Os números dos cadastros de acesso de P. elaeisis, T. howardi e T. diatraeae são: A792 B4F, A1ABBA5, A2EC9BB, respectivamente. Com base nas informações sobre índice de desfolha e intensidade de infestação, definiu-se os talhões que em foram realizadas as liberações. Utilizou-se 15.000 indivíduos em nove pontos por hectare e seis armadilhas adesivas amarelas, dispostas a cada 33 metros para monitoramento dos parasitoides. Após 10 dias, retirou-se estas armadilhas e foram conduzidas ao LECOBIOL para avaliar a presença dos parasitoides nas áreas. Foram realizadas oito liberações, sendo 4.050.000 indivíduos de P. elaesis em 270 ha, 3.375.000 indivíduos de T. howardi em 225 ha e 2.400.000 indivíduos de T. diatraeae em 160 hectares, totalizando 9.825.000 indivíduos eulofídeos em 655 hectares de eucalipto. Foram constatados indivíduos de todas as espécies de eulofídeos nas armadilhas adesivas amarelas, exceto nas testemunhas, o que nos permite sugerir que os parasitoides estão nas áreas em que foram realizadas liberações. Áreas cultivadas com eucalipto sem desfolha com liberações de P. elaeisis, T. howardi ou T. diatraeae não estão sendo infestadas por lagartas desfolhadoras até o momento. Por outro lado, existem áreas próximas em que não foram liberados parasitoides com infestação de lagartas. Nas áreas cultivadas com eucalipto com 10 a 30% de desfolha por lagartas desfolhadoras em que realizou-se liberações de P. elaeisis, T. howardi ou T. diatraeae, o surto foi reduzido para 5 % e não foi necessário lançar mão de outro tipo de intervenção até o momento.

Palavras-Chave: Palmistichus elaeisis; Trichospilus diatraeae; Tetrastichus howardi

Apoio Institucional: REFLORE, CNPq, CAPES

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Reprodução de Ooencyrtus submetallicus (Hym.: Encyrtidae) em ovos criopreservados de Euschistus heros (Hem.: Pentatomidae) Willian Y. Sanomia; Fabricio F. Pereira; Alex P. Carvalho; Flavio de Moura Oliveira; Izabella L. Palombo

Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Agrárias, 79.804-970, Dourados, MS, Brasil. [email protected]

A criopreservação é uma técnica que tem se mostrado promissora no armazenamento de ovos de percevejos em baixas temperaturas para reprodução de parasitoides em períodos de difícil ocorrência do hospedeiro. No entanto, nenhuma informação sobre o efeito da criopreservação para reprodução de Ooencyrtus submetallicus (Howard) (Hymenoptera: Encyrtidae) foi relatada. Objetivou-se avaliar a influência de diferentes períodos de armazenamento de ovos de Euschistus heros (Fabricius) (Hemiptera: Pentatomidae) em nitrogênio líquido sobre a reprodução de O. submetallicus. Ovos de E. heros foram armazenados por 0, 30, 60, 90, 120, 150 ou 180 dias em nitrogênio líquido a -196ºC e submetidos ao parasitismo de fêmeas de O. submetallicus de 120 a 144 horas de idade, durante 24 horas. As fêmeas parasitoides e a cartela de ovos foram acondicionadas em tubos de vidro e mantidas em câmara climatizada a 25± 2ºC, 70±10% de umidade relativa e fotofase de 12 horas. As porcentagens de parasitismo e de emergência de O. submetallicus foram afetadas pelos períodos de armazenamento de ovos de E. heros, estando acima de 70%. O comprimento da tíbia ior, a duração do ciclo de vida (dias), a longevidade (dias) e a razão sexual de O. submetallicus não foram influenciados pelo armazenamento dos ovos. A média geral obtida de todos os tratamentos avaliados foram: 0,31±0,01 mm, 19,00 dias, 12,26±0,34 dias e 1,0, respectivamente. Fêmeas de O. submetallicus conseguem se reproduzir com êxito em ovos de E. heros armazenados em nitrogênio líquido (-196ºC) por 0, 30, 60, 90, 120, 150 ou 180 dias. Estes resultados são relevantes para a produção em larga escala desta espécie de parasitoide em ovos de E. heros, para ser utilizada na regulação populacional de E. heros na soja.

Palavras-Chave: Controle biológico; criopreservação; parasitoide

Apoio Institucional: REFLORE, CNPq, CAPES

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Avaliação do potencial predatório de espécies de Phytoseiidae (Acari) tendo Calacarus heveae (Acari: Eriophyidae) como presa Felipe Santa Rosa do Amaral; Antonio Carlos Lofego

Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho"

Trabalhos a respeito da acarofauna em heveiculturas mostram a co-ocorrência entre espécies de Phytoseiidae (ácaros considerados predadores) e Calacarus heveae Feres (Eriophyidae) (espécie praga em seringueira), sugerindo uma possível relação predador-presa. No entanto, há poucos trabalhos feitos a fim de comprovar, em laboratório, tal relação. Com isso, o objetivo do nosso trabalho foi investigar a taxa de predação e oviposição de cinco espécies de fitoseídeos nativos alimentados com C. heveae. Os fitoseídeos avaliados foram: Amblyseius aerialis (Muma), Amblyseius chiapensis De Leon, Euseius citrifolius Denmark & Muma, Euseius concordis (Chant) e Typhlodromus transvaalensis (Nesbitt). Para determinar a quantidade de presas consumidas e ovos colocados pelos predadores diariamente, foram feitas unidades experimentais constituídas por um disco (diâmetro = 1,5 cm) de folha de seringueira com a face abaxial voltada para cima, circundada por papel e sobre uma espuma de nylon, a fim de aumentar a durabilidade do substrato. Esse conjunto foi depositado no interior de um pote cilíndrico (diâmetro = 2 cm; altura = 2,5 cm), cuja borda superior foi coberta com cola entomológica para evitar a fuga dos predadores e entrada de possíveis invasores. Em cada unidade foram adicionadas cinquenta presas e uma fêmea do predador. O experimento foi observado durante sete dias, sendo feita a contagem diária de presas consumidas e ovos depositados pelos predadores. Como resultado, observamos que Amblyseius chiapensis De Leon (Phytoseiidae) apresentou maior taxa de predação, consumindo em torno de quarenta presas por dia. Quanto à oviposição, as espécies apresentaram taxas inferiores do que 0,3 ovos/fêmea/dia, sugerindo que uma dieta exclusiva de C. heveae não é suficiente para a reprodução dos fitoseídeos testados.

Palavras-Chave: seringueira; controle biológico; Amblyseius chiapensis

Apoio Institucional: Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas - IBILCE

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Ácaros Astigmata predando Calacarus heveae (Acari: Eriophyidae): uma nova perspectiva no controle biológico de eriofiídeos Felipe Santa Rosa do Amaral; Antonio Carlos Lofego

Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho"

Ácaros Astigmata são considerados em sua grande maioria fungívoros. Alguns estudos tem mostrado o consumo de nematoides por espécies desse grupo, mas ainda não havia relatos de outros ácaros fazendo parte de sua dieta. Diversos trabalhos de levantamento registraram co-ocorrência de Oulenzia sp. (Astigmata: Winterschmidtiidae) com Calacarus heveae Feres (Prostigmata: Eriophyidae), ácaro cuja infestação causa danos econômicos em seringueira. Nosso trabalho teve como objetivo investigar a predação e oviposição de Oulenzia. sp. e Tyrophagus putrescentiae (Schrank) (Astigmata: Acaridae) tendo C. heveae como alimento exclusivo. Para isso, foram feitas unidades experimentais constituídas por um disco (diâmetro = 1,5 cm) de folha de seringueira sobre água, com a face abaxial voltada para cima, no interior de um pote cilíndrico (diâmetro = 2 cm; altura = 2,5 cm) com a borda superior coberta com cola entomológica para evitar a entrada de possíveis invasores. Em cada unidade foram adicionadas trinta presas e uma fêmea adulta do predador. Após 24 horas as unidades foram observadas a fim de registrar o número de presas consumidas e ovos colocados por fêmea. Tanto Oulenzia sp. quanto T. putrescentiae predaram C. heveae, apresentando uma taxa de predação de 20.4 ± 1.5 e 7.8 ± 1.9 presas/fêmea/dia, respectivamente. No entanto, apenas Oulenzia. sp. produziu ovos (2.9 ± 0.7 ovos/fêmea/dia). Esses resultados trazem uma nova perspectiva acerca do conhecimento da dieta e papel ecológico dos Astigmata. Além disso, os dados de predação e oviposição encontrados para Oulenzia sp. sugerem um promissor potencial dessa espécie como inimigo natural de C. heveae.

Palavras-Chave: seringueira; predação; Oulenzia

Apoio Institucional: Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas - IBILCE

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Preferência de substrato por Euseius citrifolius (Acari: Phytoseiidae) Felipe Santa Rosa do Amaral; Alexander Regulo Rodriguez Berrio; Antonio Carlos Lofego

Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho"

Características foliares como presença de tricomas, nervuras salientes e presença de exsudatos podem influenciar na diversidade de ácaros predadores nas plantas. Muitos trabalhos vêm sendo feitos na busca de ácaros predadores da família Phytoseiidae para programas de controle biológico. No entanto, poucos estudos avaliam o tipo de substrato favorável para cada espécie, informação que é importante para o estabelecimento do agente de controle no cultivo. Assim, nosso trabalho teve como objetivo investigar a preferência de Euseius citrifolius Denmark & Muma (Acari: Phytoseiidae) (espécie comumente encontrada em diversas famílias de plantas) oferecendo como opções folhas das plantas Rubus rosifolius Sm.; Canavalia ensiformis (L.) DC. e Hevea brasiliensis ((Willd. ex A.Juss.) Müll.Arg.. Foram realizados dois experimentos, um para avaliar a preferência entre C. ensiformis e H. brasiliensis; e o outro entre C. ensiformis e R. rosifolius. As unidades experimentais foram feitas por dois discos foliares (ϴ = 1,5 cm), um de cada planta, posicionados sobre espuma de nylon e margeados por papel absorvente. Pólen de taboa foi adicionado em cada um dos discos para evitar fuga dos predadores. Uma ponte de material plástico (0,5 x 1 cm) foi utilizada para ligação entre os discos, permitindo o deslocamento dos ácaros predadores entre os substratos avaliados. Foi liberada uma fêmea de E. citrifolius, em cada unidade em um alfinete posicionado no centro da ponte. As unidades foram observadas em intervalos de 1h, 2h, 4h, 8h e 24h, a fim de registrar em qual substrato o predador estava presente. Os resultados mostraram que E. citrifolius teve preferência a H. brasiliensis e R. rosifolius em relação a C. ensiformis. Tanto em H. brasiliensis quanto em R. rosifolius foi notada a presença de exsudatos na superfície foliar, o que pode ter influenciado na preferência. Com isso, podemos inferir que existe a possibilidade da presença de exsudato influenciar na escolha do hospedeiro por E. citrifolius.

Palavras-Chave: exsudato; livre escolha; ácaros predadores

Apoio Institucional: Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas - IBILCE

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Preferência de oviposição de Chrysoperla externa (Neuroptera: Chrysopidae) em casa de vegetação Fernanda A. Abreu; Lívia M. Carvalho; Caroline M. Resende; Stephan M. Carvalho; Ester M. Afonso

Biomip Agentes Biológicos

O conhecimento das interações que ocorrem no sistema roseira-pulgão-planta atrativa no comportamento de Chrysoperla externa pode auxiliar seu uso em programas de controle biológico. O objetivo do trabalho foi avaliar o comportamento de oviposição de C. externa o sistema tritrófico roseira, pulgão e as plantas atrativas, cravo (Tagetes erecta L., Asteraceae), manjericão (Ocimum basilicum L. Lamiaceae) e calêndula (Calendula officinalis L. Asteraceae) em casa de vegetação. Foram utilizados os seguintes tratamentos: 1) roseira-pulgão-cravo; 2) roseira-pulgão- manjericão; 3) roseira-pulgão-calêndula; 4) roseira-pulgão e 5) roseira não infestada por pulgão e sem planta atrativa (testemunha). Em casa de vegetação, avaliou-se cinco tratamentos com onze repetições. Foram liberados três casais de C. externa por tratamento e as avaliações foram feitas 48 horas após a liberação do predador, contando-se os ovos colocados em todas as plantas de cada tratamento. O fator pulgão não influenciou o número de ovos colocados por C. externa. A presença da roseira não afetou a preferência de oviposição de C. externa. Houve maior porcentagem de ovos de C. externa no manjericão usado como planta atrativa associada à roseira. O manjericão pode auxiliar na atração e manutenção de populações de C. externa, favorecendo o controle biológico no cultivo de roseira.

Palavras-Chave: Plantas atrativas

Apoio Institucional: Biomip Agentes Biológicos

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Seletividade de entomopatógenos no parasitismo de Trichogramma pretiosum Riley, 1879 (Hymenoptera: Trichogrammatidae) Fernanda C. Colombo; Junio T. Amaro; Rodrigo M. A. Maciel; Adeney de F. Bueno; Pedro M. O. J. Neves

Universidade Estadual de Londrina; Universidade Federal do Paraná, Embrapa Soja

O parasitoide de ovos Trichogramma pretiosum Riley, 1879 (Hymenoptera: Trichogrammatidae) tem sido utilizado na agricultura devido sua eficiência e especificidade para lepidópteros. Sendo assim, outras formas de controle podem ser necessárias no manejo de pragas, como o controle biológico microbiano. Testes de seletividade destes agentes de controle são necessários para avaliar a compatibilidade de seu uso em conjunto. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a seletividade de entomopatógenos a T. pretiosum, quando pulverizados sobre ovos do hospedeiro, em testes com e sem chance de escolha. Os entomopatógenos avaliados foram: Baculovirus anticarsia (Baculovirus AEE®), Bacillus thuringiensis var. kurstaki (Thruricide®), B. thuringiensis var. aizawai (Agree®), B. thuringiensis var. kurstaki (Dipel®), Beauveria bassiana (Boveril®), Metarhizium anisopliae (Metarril®) e Trichoderma harzianum (Trichodermil®) utilizados na dose comercial. Como testemunhas utilizou-se água (controle seletivo) e clorpirifós (controle nocivo). No teste com chance de escolha, ovos de Anagasta kuehniella Zeller, 1879 (Lepidoptera: Pyralidae) foram pulverizados com os entomopatógenos e com os respectivos controles e oferecidos às fêmeas de T. pretiosum para parasitismo. No teste sem chance de escolha, ovos do hospedeiro pulverizados apenas com os entomopatógenos foram oferecidos às fêmeas do parasitoide. Em ambos os testes, os entomopatógenos testados não interferiram no parasitismo e emergência dos parasitoides, sendo então classificados como seletivos. Já clorpirifós foi classificado como nocivo a T. pretiosum. Assim, os agentes de controle podem ser utilizados em conjunto no manejo integrado de pragas, garantindo maior flexibilidade no controle fitossanitário da soja. Como clorpirifós interfere negativamente no comportamento do parasitoide na escolha do ovo hospedeiro, sua aplicação deve ser evitada quando possível e/ou o produto substituído por outro mais seletivo e com a mesma eficiência.

Palavras-Chave: Controle biológico aumentativo; Controle microbiano; Parasitoide de ovos

Apoio Institucional: CAPES, CNPq, Embrapa Soja

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The contribution of the companion plants to the biological control of pest, in agroecological orchards of Rosario, Argentina San Pedro Paula; Alzugaray Claudia; Fernandez Celina

Facultad Ciencias Agrarias, Universidad nacional de Rosario. Santa Fe. Argentina

The companion plants (CP), implanted or spontaneous, are key in conservation biological control of insects; these plants protect commercial crops by providing food resources: pollen, nectar, alternative hosts and preys, for the natural enemies (NE), parasitoids and predators, of harmful insects. The role of CP in 2 agroecological orchards was evaluated in Rosario, Santa Fe, Argentina. During spring-summer 2015/2016, the abundance and biological function of the NE was registered in flowers and foliage. The abundance, richness, evenness and diversity of NE between CP was compared by Kruskal Wallis test. In addition, herbivores were recorded in the most relevant crops in these orchards, observing a large abundance of aphids (Aphididae, Hemiptera). Sixteen companion plant species were sampled, grouped into 5 families: Apiaceae, Boraginaceae, Brassicaceae, Asteraceae and Lamiaceae. A total of 575 NE were registered, belonging to 26 species and morphospecies, 16 genera and 12 families. Apiaceae differed significantly from the rest of the CP and had the highest abundance, richness, evenness and diversity of NE (H = 25.81, p <0.001; H = 24.03, p <0.001; H = 13.46, p <0.0061; H = 22.50, p <0.001, respectively). The most abundant NE species in these plants belonged to the family of Coccinelidae (Coleoptera), following by Syrphidae (Diptera), all of which are cited as aphid predators. In plants of Brassicaceae and Asteraceae it was also important the presence of Syrphidae; and Orius sp., predator of Trips and Aphididae, was relevant in Senecio grisebachii (B) (Asteraceae). The species of Coccinelidae and Syrphidae depend on the constant supply of food resources offered by the CP, which unlike the crops, remain longer in the field. In conclusion, to ensure the success of conservation biological control it would be essential to include Apiaceae among the companion plants of crops, and to complement their moments of less presence, with Asteraceae species and to a lesser extent Brassicaceae.

Palavras-Chave: Conservation biological control; Apiaceae

Apoio Institucional: Facultad de Ciencias Agrarias, Universidad Nacional de Rosario.

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Parasitism of Pentatomidae adults (Hemiptera) by Tachinidae (Diptera), at different moments of the year, in the south of Sant Fernandez Celina; Parachu Imanol; Vignaroli Luis; Reyes Veronica; Punschke Eduardo

Facultad Ciencias Agrarias, Universidad nacional de Rosario. Santa Fe. Argentina

Pentatomidae usually cause significant damage to soybean crops in the Neotropical region. Parasitism of adult stink bugs, by Tachinidae, is one of the most important ecosystem services that exists in the Pampas region of Argentina. However, the studies usually focus on the moments of greatest activity of the bugs and little is known about their incidence in and start of activity. For this, the percentage of parasitism of: Nezara viridula (L), Dichelops furcatus (F) and Edessa meditabunda (F) (Pentatomidae) was evaluated in three moments. 1- Refuge or Diapause (REF) (from May to August); 2-Start of activity (SA) (September to December) and 3-Full activity (FA) (February to April). In SA and FA adults were collected in soybean, and wheat fields, with vertical beat sheet or sweeping net. In REF: for N. viridula, 2 transects of 100 mt. were drawn in arboreal areas, adjacent to agricultural fields, and colected all the bugs found among the bark of the trees; while for E. meditabunda and D. furcatus, borders of plots with soy stubble were traversed and the individuals located in the 0.246 mt2 metallic ring were collected. Stink bugs were raised under controlled conditions of humidity, temperature and photoperiod until the emergence of parasitoids. Parasitism rates were compared between moments using the Kruskkal Wallis test. Parasitism in FA wasn’t superior to the other moments for none of the 3 species: for N. viridula, parasitism was higher in SA (H=8.21, p=0.0163); for E. meditabunda it was during REF (H =7.53, p=0.0232); while for D. furcatus, there were no significant differences between moments (H=0.53, p=0.7372). Although parasitism during the population peaks of the stink bugs, reduce population levels, it do not reach to diminish the economic damage in soy crops, tachinds flies actions in refuge and beginnings of activity, is fundamental to arrive at the critical period of soy with low populations of bugs and thus reduce insecticides applications.

Palavras-Chave: Conservation biological control; Parasitism; Soybean

Apoio Institucional: Facultad de Ciencias Agrarias, Universidad Nacional de Rosario.

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Plantas espontâneas presentes sob cultivo suspenso de morangueiro como plantas banqueiras para controle do ácaro rajado Fernando Teruhiko Hata; José Eduardo da Silva Poloni; Maurício Ursi Ventura

Universidade Estadual de Londrina

O objetivo do trabalho foi avaliar a acarofauna presente sobre plantas espontâneas próximas ao morangueiro cultivado em sistema suspenso. Foram realizados levantamento florístico de comunidade de plantas espontâneas e faunístico na comunidade de ácaros fitófagos e predadores, em cinco áreas de cultivo protegido de morangueiro. A flora foi avaliada sob as estruturas de produção do morangueiro, em três locais de cada estufa, em uma área de 1,8 m2. Foram avaliados abundância, porcentagem de área que cada espécie vegetal ocupava e locais onde a espécie ocorre. Para a fauna de ácaros, em cada planta espontânea encontrada, 20% do material vegetal foi coletado e foram avaliadas abundância, frequência relativa e riqueza de ácaros. Para a avaliação de associação entre espécies de ácaros e plantas espontâneas, foi utilizado índice de Sorensen. Foram contabilizadas 51 espécies de plantas espontâneas, pertencentes a 22 famílias botânicas. As espécies vegetais que abrigaram maior abundância de ácaros fitófagos foram: Petroselinum crispum (Mill.) Nym (165 espécimes) e Commelina benghalensis (107). Dentre as plantas espontâneas associadas aos ácaros predadores, as que obtiveram maior abundância foram: Urochloa mutica (Forssk.) T.Q. (139) e C. benghalensis (72), Capsicum spp. L. (41). As plantas com maior abundância de ácaros generalistas associados foram: U. mutica (74), C. benghalensis (51), Conyza canadensis (L.) Cronquist (15) e Capsicum spp. (13). Os ácaros predadores com maior abundância foram: Neoseiulus californicus (McGregor) (8.94%), Neoseiulus anonymus (Chant & Baker) (8.86%), Euseius citrifolius (Denmark & Muma) (7,42%) e Euseius concordis (Chant) (3,18%), presente em 31,37, 7,84, 13,73, 23,53% dos hospedeiros e 11, 2, 6 e 8 locais de coleta, respectivamente. Capsicum spp. e U. mutica foram associadas a altas densidades de ácaros predadores e baixas de fitófagos, sendo assim, com maior potencial para serem testadas como plantas banqueiras de ácaros predadores.

Palavras-Chave: Tetranychus urticae; ácaro predador; controle biológico conservativo

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES

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Controle de Tuta absoluta (Meyrick) (Lepidoptera, Gelechiidae) com Trichogramma pretiosum Riley (Hymenoptera: Trichogrammat Flávio C. Montes; Jaci M. Vieira; José R. P. Parra

1Departamento de Entomologia e Acarologia, Escola Superior de Agricultura ‘Luiz de Queiroz’ ESALQ/USP. 2Koppert Biological Systems/Brasil. Email: [email protected]

Parasitoides do gênero Trichogramma têm sido empregados em programas de controle biológico, em diferentes culturas em todo o mundo. Esses insetos parasitam uma grande quantidade de pragas de importância agrícola, principalmente as pertencentes à ordem Lepidoptera. No Brasil a espécie Trichogramma pretiosum Riley (Hymenoptera: Trichogrammatidae) é comercializada por biofábricas, para controle de diversas pragas, incluindo a traça-do-tomateiro Tuta absoluta (Meyrick) (Lepidoptera, Gelechiidae) em condições de campo. O objetivo deste trabalho foi avaliar a porcentagem de parasitismo de T. pretiosum sobre ovos de T. absoluta em tomateiro em casa de vegetação. O trabalho foi conduzido em casa de vegetação dividida em compartimentos de 4 m2, localizada no Departamento de Entomologia ESALQ/USP. O experimento foi realizado em cinco blocos, contendo 10 plantas de tomateiro Solanum lycopersicon cv. Santa Clara, envasadas, e com aproximadamente 25 cm de altura. Uma folha/planta foi individualizada com uma gaiola de tecido tunil, juntamente com um casal de T. absoluta. Esse casal/planta permaneceu por um período de 24h para oviposição. Após esse período o número de ovos da praga foi contabilizado e iormente, foram liberados 400 parasitoides (T. pretiosum) por bloco, provenientes de uma linhagem selecionada para T. absoluta. Após quatro dias o número de ovos de T. absoluta parasitados por T. pretiosum foi contabilizado. A porcentagem de parasitismo de T. pretiosum sobre ovos de T. absoluta foi em torno de 80%. Esse resultado demonstrou que a espécie T. pretiosum utilizada comercialmente no Brasil, apresenta alta taxa de parasitismo sobre ovos de T. absoluta em casa de vegetação, o que pode contribuir para redução da população desta praga bem como do número de pulverizações de inseticidas em tomateiro, desde que seja feito um grande número de liberações do parasitoide ao longo do desenvolvimento da cultura.

Palavras-Chave: Controle biológico

Apoio Institucional: Esalq/USP, Koppert, CNPq (Processo: 151370/2018-4) INCT- Semioquímicos (CNPq/ Processo: 4655411/2014-7 e Fapesp/Processo: 2014/50871-0)

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Predação de ovos de Tuta absoluta (Meyrick) (Lepidoptera, Gelechiidae) ao longo da vida de Macrolophus basicornis (Stäl) (Hemiptera, Miridae) em plantas de tomate Flávio C. Montes; Vanda H. P. Bueno; Ana M. Calixto; Marianne A. Soares; Joop C. van Lenteren

1Departamento de Entomologia e Acarologia, Escola Superior de Agricultura ‘Luiz de Queiroz’ ESALQ/USP. 2Universidade Federal de Lavras-UFLA. 3Laboratory of Entomology, Wageningen University, The Netherlands. Email: [email protected]

O tomateiro pode ser atacado em suas diferentes fases de desenvolvimento por diversos insetos, os quais podem causar danos significativos e comprometer a produção. Entre esses insetos, destaca-se Tuta absoluta (Meyrick) (Lepidoptera: Gelechiidae), considerada praga chave e podendo causar perdas de até 100% se não eficientemente controlada. Algumas espécies de mirídeos predadores como Macrolophus basicornis (Stäl) (Hemiptera: Miridae) tem se destacado como alternativa ecologicamente viável para o controle biológico de T. absoluta, pois predam ovos e lagartas dessa praga, além de caminhar e reproduzir-se em plantas em tomate. O objetivo deste trabalho foi avaliar a taxa de predação de ovos de T. absoluta em todos os estágios ninfais e na fase adulta (fêmeas) de M. basicornis. Um folíolo de tomate contendo ovos de T. absoluta ad libitum foi oferecido à ninfas recém-emergidas de 1º instar de M. basicornis, disposto no interior de placas de Petri (9 cm). Diariamente, o estágio de desenvolvimento das ninfas, bem como o número de ovos consumidos foi anotado, e um novo folíolo com ovos foi adicionado. Após a emergência dos adultos, 100 ovos de T. absoluta foram oferecidos diariamente as fêmeas. O experimento foi mantido a 24 ± 1 ° C, 70 ± 10% UR e fotofase de 12 horas. O número médio de ovos de T. absoluta consumidos pelas ninfas de 1º, 2º, 3º, 4º e 5º instares foi de 13,4, 19,7, 40,4, 70,3, 187 ovos, respectivamente), com um total de 330,7 ovos predados durante o estágio ninfal. O consumo de ovos de T. absoluta por fêmeas de M. basicornis foi de 35,3 ovos/dia com um total de 934, 30 ovos predados ao longo da fase adulta da fêmea. O número total de ovos de T. absoluta consumidos por M. basicornis considerando o estágio ninfal e a fase adulta foi de 1265 ovos. Esses resultados mostraram que M. basicornis foi capaz de predar e sobreviver ao longo da vida se alimentando de ovos de T. absoluta. Também os dados do consumo ao longo da vida do predador permitem o cálculo da sua real predação quantitativa, uma vez que somente a avaliação da resposta funcional, tende a superestimar a capacidade de predação, devido ao fato de que geralmente a avaliação após é realizada após um período de jejum de 24h dos indivíduos. Esses resultados aliados a outras características biológicas e comportamentais ajudarão a selecionar espécies com potencial para agente de controle biológico e sua eficiência quando liberados em condições de campo e ou casa de vegetação.

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Palavras-Chave: Controle biológico; Mirideo; Capacidade de predação

Apoio Institucional: ESALQ/USP, CNPq (Processo: 151370/2018-4), UFLA, CAPES

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Preferência de oviposição de Telenomus podisi e Trissolcus basalis por ovos de Glyphepomis dubia de diferentes idades Francisco A. de S. Pereira; Joseane R. de Souza; Cláudio G. da Silva; José A. F. Barrigossi; Keyssyane N. V. Soeiro; Daiana P. da Conceição; Maurício J. de S. Paiva

Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Centro de Ciências Agrárias, CEP 65055-970, São Luís, MA, Brasil

Os parasitoides de ovos são considerados, em vários países, como os principais inimigos naturais dos percevejos da família Pentatomidae. O objetivo da pesquisa foi conhecer a preferência para oviposição de Telenomus podisi Ashmead, 1893 (Hymenoptera: Platygastridae) e Trissolcus basalis (Wollaston, 1858) (Hymenoptera: Scelionidae) por ovos de Glyphepomis dubia Campos & Souza, 2016 (Hemiptera:Pentatomidae) de diferentes idades de desenvolvimento embrionário. Para tanto, em 30 cartelas de cartolina (3 x 6 cm) fixou-se com cola branca uma postura de G. dubia com aproximadamente 16 ovos de acordo com a idade de desenvolvimento embrionário de menos de 24 horas, um, dois, três e quatro dias, a qual foi oferecida para o parasitismo, por um período de 24 horas. As seguintes características biológicas foram avaliadas para cada uma das espécies: parasitismo (%), emergência (%), ovos parasitados sem emergência (%), duração ovo-adulto (dias), razão sexual, número de fêmeas e de machos. As espécies T. podisi e T. bassalis parasitaram e se desenvolveram em ovos do hospedeiro G. dubia embora a idade de desenvolvimento embrionário do hospedeiro tenha afetado o desenvolvimento das espécies de parasitoides. Conclui-se que T. podisi tem preferência por ovos de G. dubia com menos de 24 horas, um e dois dias enquanto T. basalis prefere ovos de um e dois dias de desenvolvimento embrionário, sendo os mais adequados a serem utilizados em programas de controle biológico de G. dubia na cultura do arroz.

Palavras-Chave: Oryza sativa; Parasitoides de ovos; Pentatomidae

Apoio Institucional: Fundação de Amparo ao Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Embrapa Arroz e Feijão.

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Seletividade de inseticidas e acaricidas utilizados na cultura do cafeeiro ao predador Chrysoperla externa (Hagen) Gabriel de Melo Botelho; Wesley B. S. Paula; Bruno G. Dami; Andriely Borges Silva; Pâmela B. Faria; Eder O. Cabral; Gustavo Pincerato Figueiredo; Alessandra M. Vacari

UNIFRAN - Universidade de Franca

Chrysoperla externa (Hagen) (Neuroptera: Chrysopidae) é um importante predador de bicho-mineiro, Leucoptera coffeella (Guérin-Mèneville & Perrottet) (Lepidoptera: Lyonetiidae) na cultura do cafeeiro. O conhecimento sobre o efeito dos inseticidas sobre os inimigos naturais é fundamental para um programa de Manejo Integrado de Pragas. O objetivo foi avaliar o efeito letal de inseticidas e acaricidas utilizados em cafeeiro em larvas do predador C. externa. O bioensaio foi conduzido utilizando o inseticida clorpirifós (Klorpan® 480 EC) na concentração 3,75 mL i.a. L-1 e o inseticida/acaricida fenpropatrina (Danimen® 300 EC) na concentração 1 mL i.a. L-1. Cada inseticida foi testado utilizando concentrações equivalentes à dose máxima da bula (100%) diluídas em 500L ha-1 de água destilada. O tratamento controle consistiu somente de água destilada. Os inseticidas foram aplicados em superfície de vidro (placa de Petri de 9 cm de diâmetro), que após a secagem foram utilizadas para avaliar larvas do predador expostas ao resíduo. Em seguida, uma larva de C. externa foi adicionada em cada placa e foram oferecidos ovos de Corcyra cephalonica (Stainton) (Lepidoptera: Pyralidae) como presas. Cada placa foi considerada uma repetição e foram observadas dez repetições para cada inseticida/acaricida (clorpirofós e fenpropatrina) e para cada instar do predador (primeiro e segundo ínstares). As avaliações foram conduzidas após 24 horas. O número de larvas vivas foi avaliado pelo teste do qui-quadrado usando o PROC FREQ. As análises foram conduzidas utilizando o software SAS. O tratamento controle não causou mortalidade dos predadores. Todas as larvas do predador morreram após 24 horas, independente do inseticida/acaricida e do ínstar do predador. De acordo com as classes de toxicidade preconizadas pela IOBC, clorpirifós e fenpropatrina foram considerados nocivos (classe 4, mortalidade > 99%) para o predador C. externa.

Palavras-Chave: crisopídeo; controle biológico; Manejo Integrado de Pragas

Apoio Institucional: CNPq

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Materiais utilizados para evitar a fuga de lagartas de Diatraea saccharalis em toletes de cana-de-açúcar Gabriele do P. Borges1; Jael. S.S. Rando1; Laila H. Mihsfeldt1; Gabriela V. Silva2; Wallace A. Silva1; Larissa M. F. Pujoni1; Mateus Pires1; Bruna L. Gasparelo1

1-Universidade Estadual do Norte do Paraná 2- UNIFIL

A metodologia de inoculação de lagartas no interior dos colmos de cana-de-açúcar auxilia na compreensão de estudos de bioecologia de insetos que nele se alimentam, se abrigam e se reproduzem, bem como de seus inimigos naturais, principalmente no processo de parasitismo. Para manter as lagartas no interior dos colmos sem que ocorra fuga muitos materiais podem ser utilizados. O objetivo desse trabalho foi testar materiais para vedar o orifício de introdução das lagartas de Diatraea saccharalis (Fabr,1794) (Lepidoptera: Crambidae). O experimento foi realizado no Campus Luiz Meneghel, em Bandeirantes-PR, em três ambientes, físicos, dois com temperatura controlada com termo-higrógrafo a 26º e 18ºC e um temperatura ambiente. Foram testados 4 tratamentos sendo fita crepe, folha de alumínio, filme plástico transparente e algodão. Os toletes foram perfurados com furadeira elétrica, fez-se a inoculação das lagartas em cada um deles que após receberem os tratamentos permaneceram nos três ambientes por 48 horas Ao término desse período foram abertos longitudinalmente para a avaliação. Não houve diferença significativa entre os materiais, e em nenhuma das 3 condições de temperatura. Concluiu-se que todos os materiais não interferiram no comportamento das lagartas, podendo ser utilizados como alternativas de baixo custo.

Palavras-Chave: inoculação; biologia em laboratório; temperatura

Apoio Institucional: Usiban- Usina de açúcar e álcool de Bandeirantes-PR

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Parasitismo natural de Cotesia flavipes (Cameron, 1891) em lagartas de Diatraea saccharalis (Fabr., 1794) Gabriele do P. Borges1; Jael S.S. Rando1; Laila H. Mihsfeldt1; Gabriela V. Silva2; Mateus Pires1; Karina da S. Marquito1; Wallace da S. Alves1; Pedro H. P. Mendes1; Renan F. C. de Almeida1; Renan de O. Almeida1

1-UENP-CLM 2- UNIFIL

O consumo e utilização de alimentos constituem condição básica para o crescimento, desenvolvimento e reprodução de insetos, uma vez que a quantidade e qualidade do alimento utilizado na fase larval afeta o desempenho do adulto. Para localização de seu hospedeiro, fêmeas de C. flavipes utilizam estímulos olfativos para encontrar plantas infestadas por lagartas de D. saccharalis e dentre estes estímulos pode-se colocar a produção de fezes. O trabalho foi desenvolvido em canavial da Usina de Açúcar e Álcool Bandeirantes S.A. em novembro/dezembro de 2018, com o objetivo de estabelecer se há relação entre o tempo de consumo, a produção de fezes e o parasitismo. Os tratamentos foram constituídos de tempos diferentes de permanência das lagartas de D. saccharalis sendo estes de 120, 96 e 72 horas de alimentação no interior dos toletes. Os toletes inoculados foram levados ao campo e presos com presilha de nylon nos colmos das plantas de cana, nas linhas de plantio, distanciados de 10 m e permanecendo por um período de 24 horas expostos ao parasitismo natural. Após esse período foram levados ao laboratório onde realizou-se a abertura dos colmos longitudinalmente para a recuperação das lagartas e transferência para tubos de fundo chato contendo dieta de realimentação. Após 10 dias iniciou-se a avaliação quando do surgimento de massas do parasitoide. Recuperou-se apenas 4 massas de C. flavipes, obtendo-se um total de 110 adultos, dos quais 99 eram fêmeas, resultando em uma razão sexual de 0,9. No tratamento onde as lagartas ficaram se alimentando por 96 horas dentro dos colmos obteve-se 2 massas, sinalizando a importância das fezes na atração do parasitoide. No tratamento com 120 horas de alimentação observou-se fuga das lagartas e formação de pupas de D. saccharalis. O resultado preliminar indica a presença do parasitoide na área de estudo, sendo necessário a continuidade da pesquisa para obtenção de resultados mais significativos.

Palavras-Chave: broca da cana-de-açúcar; tempo de alimentação; fezes

Apoio Institucional: Usiban- Usina de açúcar e álcool de Bandeirantes-PR

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Preferência alimentar da formiga acrobática Crematogaster Lund, 1831 (Hymenoptera: Formicidae) em cana-de-açúcar Gabriele do P. Borges1; Wallace da S. Alves1; Jael S.S. Rando1; Laila H. Mihsfeldt1; Gabriela V. Silva2; Mateus Pires1; Karina da S. Marquito1; Pedro H. P. Mendes1

1UENP-CLM; 2UNIFIL

As formigas Crematogaster fazem parte do grupo de predadores de importantes pragas na cana-de-açúcar como a Diatraea saccharalis (Fabr., 1794) e Telchin licus (Drury, 1773). A fim de verificar a variedade de recursos explorados por essas formigas generalistas o tempo que levam para se aproximar deles, desenvolveu-se o presente experimento. Em lavoura de cana-de-açúcar foram distribuídos de forma linear a cada 10 metros, iscas a base de 1-rapadura; 2- ração de sachê para gatos; 3- sardinha em óleo; 4- toletes de cana perfurados com broca elétrica e inoculados com lagartas de D. saccharalis com cerca de 12mm de comprimento, e 5- testemunha composta somente por lagartas. Os tratamentos 1; 2 e 3 foram colocados em círculos de plásticos de 12mm de diâmetro para evitar contato com o solo; o tratamento com os toletes foram colocados verticalmente encostados aos colmos das plantas de cana na linha de plantio. As iscas foram dispostas no campo as 12 horas e avaliadas a cada 30 minutos em sistema de rodizio até as 20 horas. As formigas Crematogaster alimentam-se de substâncias açucaradas, gordurosas e proteicas, mesmo assim preferiram os toletes contendo lagartas, levando em média 60 minutos para atacá-los. Tal fato ressalta a importância desse gênero no controle biológico de pragas. A rapadura, rica em açúcar foi a isca menos preferida pelas formigas. As formigas Crematogaster fazem parte do grupo de predadores de importantes pragas na cana-de-açúcar como a Diatraea saccharalis (Fabr., 1794) e Telchin licus (Drury, 1773). A fim de verificar a variedade de recursos explorados por essas formigas generalistas o tempo que levam para se aproximar deles, desenvolveu-se o presente experimento. Em lavoura de cana-de-açúcar foram distribuídos de forma linear a cada 10 metros, iscas a base de 1-rapadura; 2- ração de sachê para gatos; 3- sardinha em óleo; 4- toletes de cana perfurados com broca elétrica e inoculados com lagartas de D. saccharalis com cerca de 12mm de comprimento, e 5- testemunha composta somente por lagartas. Os tratamentos 1; 2 e 3 foram colocados em círculos de plásticos de 12mm de diâmetro para evitar contato com o solo; o tratamento com os toletes foram colocados verticalmente encostados aos colmos das plantas de cana na linha de plantio. As iscas foram dispostas no campo as 12 horas e avaliadas a cada 30 minutos em sistema de rodizio até as 20 horas. As formigas Crematogaster alimentam-se de substâncias açucaradas, gordurosas e proteicas, mesmo assim preferiram os toletes contendo lagartas, levando em média 60 minutos para ataca-los. Tal fato ressalta a

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importância desse gênero no controle biológico de pragas. A rapadura, rica em açúcar foi a isca menos preferida pelas formigas.

Palavras-Chave: iscas alimentares; lagartas; predadores

Apoio Institucional: UENP-CLM

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Competencia entre Diachasmimorpha longicaudata y DoryctoBracon areolatus (Hymenóptera: Braconidae) en frutos de ciruela Jobo Gilberto Cesar Carmona Carmona; Hector Cabrera Mireles; Felíx David Murillo Cuevas; Dora Alicia Ortega Zaleta; Gilberto Santos Andrade; Moeses Andrigo Danner

Discente do Programa de Pós-Graduação em Agronomia; Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Pato Branco; [email protected]; Via do Conhecimento, Km 1 CEP 85503- 390 - Pato Branco - PR – Brasil

En México, liberaciones por aumento del parasitoide Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead, 1905) (Hymenoptera: Braconidae) han sido realizadas para controlar la plaga Anastrepha obliqua (Macquart, 1835) (Diptera:Tephritidae), sin embargo, interacciones competitivas interespecíficas podrían afectar a especies nativas cuando D. longicaudata ha sido introducido recientemente, habiendo necesidad de estudios visando un control biológico por aumento en hospederos como las ciruelas Spondia mombin L. en regiones con culturas de alto valor económico del mango. El objetivo del estudio fue determinar el efecto de liberaciones por aumento de D. longicaudata sobre su hospedero A. obliqua y parasitismo natural de DoryctoBracon areolatus Szépligeti,1911 (Hymenoptera: Braconidae) en ciruela Jobo. Estudio realizado en Agosto/2014-Mayo/2015, en Veracruz, México. Se realizaron liberaciones de D. longicaudata semanalmente en una densidad de ≈1.500 parasitoides/hembras por hectárea, en una zona, y otra fue considerada zona testigo. Cada zona se subdividió en 3 unidades de 5 has. cada una. Colectas de frutos se realizaron semanalmente en sitios de liberación y sin liberación. Larvas de A. obliqua fueron extraídas y confinadas en cámaras de pupación. Fue contabilizado el número de especies (moscas, parasitoides) que emergieron y calculado los porcentajes de abundancia para comparar los datos. La infestación de los frutos de jobo por larvas de A. obliqua fue alrededor del 50% del total de los frutos colectados, con un promedio de 2 larvas/fruto (sitio liberado) y 3 larvas/fruto (No liberado). Se registró una emergencia de adultos de D. longicaudata en el sitio de liberación (2.9%), D. areolatus (47.1%) e (2.9%) Utetes anastrephae Viereck,1913 (Hymenoptera: Braconidae), parasitoide nativo. Los resultados demuestran que no hubo efecto negativo sobre D. areolatus a través de las liberaciones, permitiendo una mayor aceptación de este tipo de estudio para el control de moscas Anastrepha.

Palavras-Chave: Liberaciones; Parasitoides; Mosca de la fruta

Apoio Institucional: Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Pato Branco

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Competencia entre Diachasmimorpha longicaudata y DoryctoBracon areolatus asociada al control biológico de mosca de la fruta Gilberto Cesar Carmona Carmona; Hector Cabrera Mireles; Felíx David Murillo Cuevas; Dora Alicia Ortega Zaleta; Moeses Andrigo Danner; Gilberto Santos Andrade

Discente do Programa de Pós-Graduação em Agronomia; Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Pato Branco; [email protected]; Via do Conhecimento, Km 1 CEP 85503- 390 - Pato Branco - PR – Brasil

Anastrepha obliqua, plaga más importante para el cultivo de mango, cuyo control no ha sido eficiente, necesitando nuevas alternativas de control, como el Control Biológico. En tanto, Diachasmimorpha longicaudata tenga mostrado eficiencia como enemigo natural, es importante conocer las interacciones competitivas con parasitoides nativos, ya que esa introducción puede llevar a reducción del rango de dispersión ante tal presencia. Como objetivo del estudio fue evaluar la competencia intrínseca entre D. longicaudata y DoryctoBracon areolatus en larvas de A. obliqua en ciruela jobo. El estudio fue realizado en la región centro de Veracruz, México. El estudio fue montado en diseño completamente al azar, con 3 tratamientos y 12 repeticiones, en cada unidad experimental fueron utilizados 30 frutos de jobo parasitados por D. areolatus. T1) fruta larvada expuesta-30 hembras D. longicaudata; T2) fruta larvada expuesta-15 hembras D. longicaudata; T3) fruta larvada (testigo). Las exposiciones fueron por 3 horas. Se realizaron disección de larvas extraídas de 5 frutos e identificaron y contabilizaron larvas de parasitoides. Los datos se analizaron mediante una prueba T para determinar si hay diferencia estadística entre los tratamientos y el testigo, utilizando el programa SAS (9.2). D. longicaudata en presencia de las dos espécies, la larva de D. areolatus siempre estaba muerta. La exposición a D. longicaudata afectó el % de larvas vivas de D. areolatus, % de larvas de A. obliqua [15 hembras (60.2%, 50.7%); 30 hembras (57.9%, 48.9%)]. D. longicaudata reduce en casi 50% el parasitismo de D. areolatus, en relación con testigo. En competencia, D. areolatus afectó el parasitismo (55%, 64%) de D. longicaudata (33.7%, 21.6%) en 30 y 15 hembras. Los resultados indican que, D. longicaudata afecta el rendimiento de D. areolatus, pero también D. longicaudata es afectada por D. areolatus, y que, en el parasitismo, la espécie nativa resiste mejor la competencia del exótico y no viceversa.

Palavras-Chave: Anastrepha obliqua; Parasitoides; Parasitismo

Apoio Institucional: Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Pato Branco

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Incidência de inimigos naturais sobre Chrysodeixis includens e Helicoverpa armigera (Lepidoptera:Noctuidae) em soja Giulliano S. Camargos; Letícia H. Gomes; Igor D. Weber; Vinícius S. Magalhães; Karina C. Albernaz-Godinho; Cecília Czepak

Universidade Federal de Goiás

As lagartas falsa-medideira, Chrysodeixis includens Walker, 1858 (Lepidoptera: Noctuidae) e Helicoverpa armigera Hübner, 1805 (Lepidoptera: Noctuidae) são pragas-chave da cultura da soja (Glycine max L.). Surtos populacionais frequentes de falsa-medideira na região do cerrado resultam em intensa desfolha na cultura, enquanto o principal dano de H. armigera ocorre nas estruturas reprodutivas das plantas. O controle biológico natural contribui para a regulação populacional desses lepidópteros-praga. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a incidência de inimigos naturais (INs) e a associação dos mesmos sobre lagartas de C. includens e H. armigera coletadas em lavouras de soja de municípios goianos durante a safra 2018/2019. Após coletadas, as lagartas foram mantidas em laboratório e avaliadas quanto a presença de parasitoides ou entomopatógenos, até atingirem a fase adulta. Foram coletadas no total, 1725 lagartas em cinco municípios do estado de Goiás, sendo 1110 C. includens e 615 H. armigera. Parasitoides e entomopatógenos foram resposáveis pela morte de 33,51 e 15,45% de falsa-medideira e H. armigera, respectivamente, sendo maior a incidência de parasitoides pertencentes à família Encyrtidae em C. includens, Ichneumonidae para H. armigera e Tachinidae para ambas as espécies. Ao submeter os valores de incidência de INs aos testes de Qui- quadrado observou-se que: 1) Para C. includens ocorreu associação positiva significativa (p<0,05) entre C. includens e vírus entomopatogênico (19,28% dos indivíduos morreram com sintomas de virose) e associações negativas significativas (p<0,05) com parasitoides; 2) Para H. armigera foi observado associação negativa significativa (p<0,05) com himenópteros e vírus, enquanto uma associação positiva foi observada com fungos entomopatogênicos. Assim, evidencia-se a importância da presença destes inimigos naturais nos cultivos de soja auxiliando na supressão das populações de C. includens e H. armigera.

Palavras-Chave: Parasitoides; Entomopatógenos; Lepidópteros-praga

Apoio Institucional: FAPEG

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Rastreabilidade dos processos produtivos de agentes macrobiológicos adotada pela Promip Grazielle F. Moreira; Fernando Z. Santos; Marcelo Poletti

PROMIP Manejo integrado de Pragas, Centro de Inovações Promip, Estrada Municipal CHL 332, Km 01, Tujuguaba, Caixa Postal 74, Conchal-SP, CEP: 13.835-000

Desde o processo de produção massal de inimigos naturais nas biofábricas até sua chegada e utilização no campo, diferentes fatores podem afetar a qualidade do produto, levando a possíveis falhas no controle biológico do alvo no campo. A rastreabilidade dos processos produtivos é um ponto fundamental na garantia da qualidade do produto comercializado, garantindo o registro completo dos dados durante o processo de produção. Para garantir a rastreabilidade dos processos produtivos dos agentes biológicos comercializados pela PROMIP: Neomip Max [Neoseilus californicus (McGregor, 1958) (Acari: Phytoseiidae)], Macromip Max [Phytoseiulus macropilis (Banks, 1905) (Acari: Phytoseiidae)], Stratiomip [Stratiolaelaps scimitus (Womersley, 1956) (Acari: Laelapidae)], Insidiomip [Orius insidiosus (Say, 1832) (Hemiptera: Anthocoridae)], Trichomip P (Thichogramma pretiosum Riley, 1879 (Hymenoptera: Trichogrammatidae) e Trichomip G (Trichogramma galloi Zucchi, 1988 (Hymenoptera: Trichogrammatidae) foi desenvolvido pelo Departamento de TI da empresa um aplicativo móvel utilizado pelos colaboradores para a inserção dos dados e um sistema web para gestão dos dados. O aplicativo permite a inserção dos dados de todo o processo produtivo, gerando ao final um código de lote, também utilizado pelo Departamento de Qualidade da empresa para a realização dos testes de qualidade preconizados pela IOBC, obtendo-se dessa forma a rastreabilidade total do processo. O mesmo código de lote é impresso no rótulo de cada produto facilitando o rastreio da mercadoria pós-venda, garantindo dessa forma a qualidade assegurada dos produtos comercializados pela PROMIP.

Palavras-Chave: controle de qualidade

Apoio Institucional: PROMIP Manejo integrado de Pragas

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Controle de qualidade do produto Macromip Max® (Phytoseiulus macropilis Banks, Acari: Phytoseiidae) Grazielle F. Moreira; Isabella Malachias Gaspar; Rodolfo Bonacelli Montelatto; Leisa Rodrigues Costa; Marcelo Poletti

PROMIP Manejo integrado de Pragas, Centro de Inovações Promip, Estrada Municipal CHL 332, Km 01, Tujuguaba, Caixa Postal 74, Conchal-SP, CEP: 13.835-000

O mercado brasileiro de produtos biológicos tem crescido substancialmente nos últimos anos. No entanto, para que a expansão desse setor se consolide de forma sustentável, a garantia da qualidade dos agentes biológicos levados até o mercado, pelas empresas fabricantes, é fundamental. Diante disso, a Promip tem desenvolvido e aperfeiçoado seus processos de controle de qualidade para cada agente biológico fabricado pela companhia. Diante disso, o presente estudo foi desenvolvido para validar um novo método desenvolvido para o aperfeiçoamento do controle de qualidade na produção de Phytoseiulus macropilis (MACROMIP MAX), produto comercializado pela empresa para o manejo biológico do ácaro rajado. Com o objetivo de realizar a contagem total de ácaros predadores contidos nas embalagens comerciais de MACROMIP MAX, foi avaliada uma metodologia para a quantificação de ácaros predadores nos frascos comerciais deste produto, que deve conter pelo menos 5.000 adultos por unidade. Para a contagem dos indivíduos foi montado um aparato composto na base por um pote plástico de 750 mL com tampa de rosca, seguido de um funil de 12,5 cm de diâmetro na sua maior largura, um segundo pote plástico de 300 mL, um funil de 10,5 cm de diâmetro e um tubo falcon de 50 mL na extremidade. Todo material foi acoplado um ao outro havendo sempre uma abertura central para a passagem dos ácaros predadores até o tubo falcon da extremidade. Quatro frascos comerciais foram vertidos separadamente no primeiro recipiente para ior contagem. Como tratamento testemunha, foram quantificadas previamente quatro amostras que comporiam cada uma um frasco comercial antes do envase. O tratamento testemunha apresentou uma média de 4.957 ± 200 ácaros predadores, enquanto o novo aparato para contagem apresentou média de predadores de 5.385 ± 800, não apresentando diferença estatística pelo teste T a 5% de probabilidade (programa SISVAR). Os resultados demonstram que o novo método proposto é válido para a análise quantitativa dos frascos comercializados permitindo a contagem total e garantindo a qualidade assegurada do produto.

Palavras-Chave: qualidade assegurada; controle biológico; manejo integrado de pragas

Apoio Institucional: PROMIP Manejo integrado de Pragas

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Aplicativo Promip Compatibilidade: uma ferramenta imprescindível no manejo biológico de pragas Grazielle F. Moreira; Roberto H. Konno; Marcelo Poletti; Fernando Z. Santos

PROMIP Manejo integrado de Pragas, Centro de Inovações Promip, Estrada Municipal CHL 332, Km 01, Tujuguaba, Caixa Postal 74, Conchal-SP, CEP: 13.835-000

Nos últimos anos a adoção do controle biológico aplicado vem crescendo a um ritmo acelerado no Brasil. Atualmente, a gama de agentes entomopatógenos e macrobiológicos disponíveis no mercado é de cerca de 200 produtos registrados. Porém, o uso de defensivos não compatíveis com os inimigos naturais pode ocasionar efeitos colaterais e comprometer a eficiência do controle. Dentro desse conceito, a Promip desenvolveu um aplicativo que tem a finalidade de disponibilizar ao agricultor, informações sobre a compatibilidade de defensivos químicos e biológicos sobre os agentes biológicos comercializados pela companhia. O desenvolvimento desse aplicativo envolveu a equipes de P&D e de TI da empresa, e todos os testes biológicos foram executados conforme normas estabelecidos pela IOBC. Até o momento, foram avaliados a compatibilidade de 64 defensivos químicos e biológicos para Neomip Max [Neoseilus californicus (McGregor) (Acari: Phytoseiidae)] e Macromip Max [Phytoseiulus macropilis (Banks) (Acari: Phytoseiidae)], 56 para Trichomip-P (Thichogramma pretiosum Riley (Hymenoptera: Trichogrammatidae), 30 para Insidiomip [Orius insidiosus (Say) (Hemiptera: Anthocoridae)] e 20 para Stratiomip [Stratiolaelaps scimitus (Womersley) (Acari: Laelapidae)]. Dos defensivos avaliados, dez se enquadraram nas Classes 1 e 2 (menos tóxicos) para todos os quatro produtos macrobiológicos avaliados. Os dados de compatibilidade são de livre acesso e estão disponíveis no aplicativo “Promip Compatibilidade”, dessa forma o agricultor pode escolher o defensivo mais adequado nos programas de MIP. Esse é um aplicativo dinâmico e sempre receberá novas atualizações.

Palavras-Chave: seletividade

Apoio Institucional: PROMIP Manejo integrado de Pragas

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Gênero Archytas (Jaennicke) (Diptera: Tachinidae) como relevante agente de controle natural de lepidópteros-praga em soja Igor D. Weber; Welinton R. Lopes; Cecilia Czepak

Universidade Federal de Goiás

O gênero Archytas Jaennicke, 1867 (Diptera: Tachinidae) é composto por parasitoides da fase larval de lepidópteros, frequentemente associado a espécies de importância agrícola. Apresenta mais de 90 espécies descritas distribuídas ao longo de toda a América, sendo, no Brasil, registradas 41 espécies. Buscou-se evidenciar a importância deste gênero no controle natural de lepidópteros-praga em cultivos de soja em Goiás. Foi analisada a ocorrência de Archytas a partir de coletas de lagartas realizadas durante a safra 2017/2018 nas principais regiões produtoras de soja no estado de Goiás. Foram identificados 12 gêneros da família Tachinidae, sendo Archytas o mais frequente, encontrado em 48,28% das coletas realizadas. Foi obtido um total de 1030 parasitoides taquinídeos, sendo 780 pertencentes ao gênero Archytas, representando 75,73% dos taquinídeos identificados. Observou-se elevada associação entre Helicoverpa armigera Hübner, 1805 (Lepidoptera: Noctuidae) e Archytas (χ² = 190,28, gl = 1, p-valor < 0,01), onde 80,60% dos taquinídeos encontrados em H. armigera pertencem a este gênero. Ainda, este parasitoide foi encontrado em virescens Fabricius, 1781 (Lepidoptera: Noctuidae) e Spodoptera frugiperda JE Smith, 1797 (Lepidoptera: Noctuidae). Além da soja, este parasitoide é encontrado em outros cultivos como em milho, associado a S. frugiperda, e em algodão, parasitando H. armigera. Apesar do elevado potencial de aplicação no controle biológico, ainda não existem meios eficientes de produção massal deste parasitoide e seu maior tamanho corp, em comparação aos parasitoides da ordem Hymenoptera, onera sua produção e dificulta o transporte, acondicionamento e liberação em campo. Contudo, nota-se a relevância deste gênero no controle natural de insetos-praga, evidenciando a importância de conhecer e preservá-los nos cultivos agrícolas.

Palavras-Chave: Biocontrole; Levantamento; Parasitoide

Apoio Institucional: FUNAPE, FAPEG

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Parasitoides e Entomopatógenos Associados às Lagartas Desfolhadoras na Cultura da Soja em Goiás Igor D. Weber; Janayne M. Rezende; Giulliano S. Camargos; Karina C. Albernaz-Godinho; Cecilia Czepak

Graduando em Agronomia, Universidade Federal de Goiás, 74690-900, Goiânia-GO, Brasil. Email: [email protected]

Grande esforço tem sido dispendido no desenvolvimento de novas táticas para o controle de lagartas desfolhadoras na cultura da soja. Por outro lado, nos cultivos agrícolas é observada a presença de uma significativa diversidade de organismos atuando na regulação destas populações de insetos-praga, de modo natural. Neste sentido, buscou-se ampliar o conhecimento sobre a diversidade e abundância de entomopatógenos e parasitoides associados às lagartas desfolhadoras na cultura da soja no estado de Goiás. Foram realizadas 34 coletas de lepidópteros-praga durante a safra 2017/2018 nas principais regiões produtoras de soja do estado. As lagartas foram obtidas em campo de forma aleatória e mantidas em laboratório até sua morte ou emergência do adulto. Os parasitoides e entomopatógenos observados foram separados para ior identificação morfológica ou molecular, respectivamente. Foram coletadas 6373 lagartas de dez espécies, sendo as mais frequentes: Anticarsia gemmatalis (Hübner) (Noctuidae), Chloridea virescens (Fabricius) (Noctuidae), Chrysodeixis includens (Walker) (Noctuidae) e Helicoverpa armigera (Hübner) (Noctuidae). Deste total, 49,51% se desenvolveram até atingirem a fase adulta, outros 32,68% foram mortas por agentes entomopatogênicos e parasitoides, na fase de lagarta ou pupa, excluindo-se ainda a ação de predadores e parasitoides de ovos, não avaliados neste trabalho. Os 17,78% restantes foram mortos por causas desconhecidas. Os parasitoides da ordem Diptera apresentaram a maior frequência de ocorrência (19,20%) em comparação aos demais inimigos naturais, associados principalmente à H. armigera. Foi observada uma significativa diversidade de organismos benéficos atuantes no controle biológico natural de lepidópteros-praga nos cultivos de soja do estado, enfatizando a importância da preservação destes inimigos naturais para que possam atuar de forma efetiva na supressão das populações destes insetos-praga.

Palavras-Chave: Inimigos Naturais; Controle Natural; Biocontrole

Apoio Institucional: FUNAPE, FAPEG

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Distribuição de Diatraea saccharalis no canavial influenciando oviposição e o parasitismo por Trichogramma galloi Isabela Aparecida Fonseca Ivan; Ana Carolina Honório; Leandro Pires de Araújo Júnior; Rodolfo Pontes Carneiro; Eric Novato de Sousa; Vitor Hugo Fernandes Lima; Alexandre de Sene Pinto

Centro Universitário Moura Lacerda

O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do local no canavial e da posição na planta sobre a oviposição, sem chance de escolha, da broca-da-cana, Diatraea saccharalis (F.) (Lepidoptera: Crambidae), e sobre o parasitismo e emergência de adultos de Trichogramma galloi Zucchi (Hymenoptera: Trichogrammatidae) em cana- de-açúcar. Os ensaios foram conduzidos em plantio comercial de cana-de-açúcar de ano, em delineamento inteiramente casualizado, com seis tratamentos repetidos cinco vezes, sendo cada repetição composta por nove posturas, os tratamentos foram: ovos colocados no interior ou bordadura do talhão, no meio da folha +1, na bainha da folha +1 e na base do colmo, sem chance de escolha, pois as fêmeas foram confinadas em gaiolas nesses locais. Pôde-se concluir que a D. saccharalis colocou mais ovos em folhas do que na base do colmo, e não há diferença entre a oviposição na bordadura ou interior do canavial em teste sem chace de escolha. O parasitoide T. galloi prefere parasitar ovos colocados na lâmina foliar da bordadura do canavial em relação à bainha de folhas do interior do canavial, em teste com chance de escolha, e a emergência de adultos de T. galloi é igual em lâminas e bainhas foliares de plantas da bordadura e do interior do canavial.

Palavras-Chave: Parasitoide de ovos

Apoio Institucional: CUML

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Telenomus podisi parasitism on Dichelops melacanthus and Podisus nigrispinus eggs at different temperatures Érica A. Taguti1*; Jaciara Gonçalves1; Adeney de F. Bueno2; Suelhen T. Marchioro3

1Programa de Pós-Graduação em Entomologia, Departamento de Zoologia, Setor de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR, Brasil, *[email protected]. 2Embrapa Soja, Rodovia Carlos João Strass, s/n, Caixa postal 231 – Distrito de Warta, 86001-970 Londrina-PR, Brasil. 3Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Laranjeiras do Sul, Rodovia BR 158 – km 405, 85301-970 Laranjeiras do Sul, PR, Brasil

Dichelops melacanthus is the most important stink bug species feeding on maize in South America. Telenomus podisi stands out as a sustainable management strategy. However, T. podisi can also have an undesired effect by parasitizing the predator Podisus nigrispinus. Therefore, the study of T. podisi parasitism on eggs of both D. melacanthus and P. nigrispinus is of theoretical and practical interest. Individual 48- hour-old parasitoids were offered a card with two hosts´ eggs, for the period of 24 hours, at 25°C. Afterwards, these eggs were exposed to temperatures of 15, 20, 25 or 30ºC. In another experiment, eggs were offered on a daily basis to parasitoid females exposed to 15, 20, 25 or 30ºC, for 24 hours before eggs were replaced by fresh ones (≤24h) and stored at 25ºC until emergence. Our results show that temperature significantly influenced duration of T. podisi egg-to-adult period, emergence, sex ratio, total number of parasitized eggs, and parental female longevity on both host species. Development time of the parasitoid was reduced with increasing temperature. Parasitoid emergence above 80% was observed at temperatures of 20°C and 25°C in eggs of D. melacanthus, and at 20, 25 and 30°C in eggs of P. nigrispinus. In both hosts, the ratio of parasitoid females (sex ratio) was highest at the lowest temperature (15°C). In both host species, daily parasitism and total number of parasitized eggs decreased with time, and longevity of females was inversely proportional to the increases in temperature. These results allow us to conclude that extreme temperatures of 15oC and 30oC are not favorable for T. podisi parasitism. Therefore, in regions where those extreme temperatures are common, additional studies are necessary to explore the requirements for a higher number of parasitoids for successful field releases. Although the release of T. podisi in the field might negatively impact the predator P. nigrispinus, this biological pest control strategy can still be considered safer and more sustainable than the application of chemical pesticides.

Palavras-Chave: Biological control; egg parasitoid; temperatures Apoio Institucional: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Soja); Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES); Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); and Universidade Federal do Paraná (UFPR).

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Parasitoides associados à mosca-das-frutas sul-americana em frutos de cerejeira-do-rio-grande em Caçador, Santa Catarina Janaína P. dos Santos; Juracy C. Lins Junior

Epagri- Estação Experimental de Caçador

A detecção e a quantificação das populações de mosca-das-frutas e seus parasitoides em hospedeiros nativos são fundamentais para implementar técnicas que envolvem o controle biológico. O estudo objetivou realizar o levantamento das espécies de micro-himenópteros parasitoides associadas à mosca-das-frutas sul- americana, Anastrepha fraterculus (Wiedemann, 1830) (Diptera: Tephritidae) e avaliar os índices de parasitismo em frutos de cerejeira-do-rio-grande, Eugenia involucrata DC (Myrtaceae). O estudo foi desenvolvido na Estação Experimental da Epagri de Caçador (SC), de 2016 a 2018, em novembro e dezembro. Em cada ano de avaliação foram coletados 50 frutos de cinco plantas, do chão e da copa das árvores, aleatoriamente, em maturação fisiológica. Os frutos foram acondicionados em sala climatizada, em recipientes plásticos contendo areia esterilizada. Após 7, 14 e 21 dias, a areia foi inspecionada para a contagem de pupários, os quais foram transferidos para placas de Petri contendo areia esterilizada e acondicionados em gaiolas até a emergência de moscas e/ou parasitoides. O índice de parasitismo (I%) foi determinado pela fórmula: I% = (P / TA) x 100, onde P= total de parasitoides emergidos e TA= total de adultos emergidos (moscas + parasitoides). Em 2016, registrou-se apenas um exemplar da espécie Aganaspis nordlanderi Wharton, 1998 (Figitidae), que representou 0,9% de parasitismo. Em 2017 não emergiram parasitoides e, em 2018 foram registrados sete, cinco e quatro exemplares de Utetes anastrephae (Viereck, 1913) (Braconidae), DoryctoBracon areolatus (Szépligeti, 1911) (Braconidae) e Aganaspis pelleranoi (Brèthes, 1924) (Figitidae), respectivamente, representando 14% de parasitismo. Apesar dos baixos índices de parasitismo, a cerejeira-do-rio-grande possui fenologia de frutificação concomitante com várias frutíferas de clima temperado cultivadas na região de Caçador (SC), sendo um importante hospedeiro nativo multiplicador da mosca-das-frutas sul- americana.

Palavras-Chave: Anastrepha fraterculus; micro-himenópteros; Eugenia involucrata

Apoio Institucional: INCT/CNPq

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Parasitoides associados à mosca-das-frutas sul-americana em frutos de araçazeiros vermelho e amarelo em Caçador, SC Janaína P. dos Santos; Juracy C. Lins Junior

Epagri- Estação Experimental de Caçador

No Sul do Brasil, os araçazeiros vermelho e amarelo, Psidium cattleianum L. (Myrtaceae) são hospedeiros multiplicadores da mosca-das-frutas sul-americana, Anastrepha fraterculus (Wiedemann, 1830) (Diptera: Tephritidae) para pomares comerciais de frutíferas de clima temperado. O estudo objetivou realizar o levantamento das espécies de micro-himenópteros parasitoides associadas à mosca-das-frutas sul-americana e avaliar os índices de parasitismo em frutos de araçazeiros amarelo e vermelho. O estudo foi desenvolvido na Estação Experimental da Epagri de Caçador (SC), em 2017 e 2019, entre março e maio. Os frutos foram coletados em plantas sem tratamento com agrotóxicos, localizadas próximas a pomares comerciais de macieira. Também foram coletados frutos de araçazeiro amarelo em mata nativa. Em cada ano de avaliação foram coletados 50 frutos de quatro plantas, do chão e da copa das árvores, aleatoriamente, em maturação fisiológica. Os frutos foram acondicionados em sala climatizada, em recipientes plásticos contendo areia esterilizada. Após 7, 14 e 21 dias, a areia foi inspecionada para a contagem de pupários, os quais foram transferidos para placas de Petri contendo areia esterilizada e acondicionados em gaiolas até a emergência de moscas e/ou parasitoides. O índice de parasitismo (I%) foi determinado pela fórmula: I% = (P / TA) x 100, onde P= total de parasitoides emergidos e TA= total de adultos emergidos (moscas + parasitoides). As espécies de parasitoides Aganaspis pelleranoi (Brèthes, 1924) (Figitidae) e DoryctoBracon brasiliensis (Szépligeti, 1911) (Braconidae) foram registradas em araçazeiro vermelho e amarelo. Já Aganaspis nordlanderi Wharton, 1998 (Figitidae) e DoryctoBracon areolatus (Szépligeti, 1911) (Braconidae) foram registradas apenas em araçazeiro vermelho. Em araçazeiro vermelho, os índices de parasitismo foram de 2,1 e 4,4% em 2017 e 2019, respectivamente. Em araçazeiro amarelo, em 2017 e 2019, os índices foram de 2,9 e 11,7%, respectivamente.

Palavras-Chave: Anastrepha fraterculus; micro-himenópteros; Psidium cattleianum

Apoio Institucional: INCT/CNPq

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Determinação da dose ideal de Telenomus podisi a ser liberado para o controle de Euschistus heros na fase vegetativa da soja Jéssica L Niitsu; Wellington S. de M. Almeida; Gabryele S. Ramos; José L. Mallmann; Regiane C. O. F. Bueno

Graduando do Curso de Engenharia Agronômica na Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

A cultura da soja se destaca no agronegócio como a principal oleaginosa cultivada no mundo e uma das commodities que mais gera divisas para o Brasil. No entanto, a exploração econômica dessa cultura é prejudicada devido a estresses bióticos como ataques de insetos-praga, principalmente do complexo de percevejos, que resultam em queda da produtividade e qualidade da produção. Atualmente, a principal praga da soja é o percevejo-marrom, Euschistus heros (Fabricius) (Hemiptera: Pentatomidae), que inicia a colonização no final do período vegetativo e se mantém na cultura até a colheita. No intuito de manejar essa praga-chave, estratégias de controle biológico estão sendo adotadas, como o uso do parasitoide de ovos Telenomus podisi (Ashmead) (Hymenoptera:Scelionidae). Entretanto, há escassez de informações sobre as técnicas de liberação desse parasitoide, bem como sobre o número ideal a ser utilizado. Dessa forma, objetivou-se determinar o número ideal de T. podisi a ser liberado no período vegetativo, visando obter o maior parasitismo em ovos desse percevejo. O experimento foi instalado em condição de semi-campo, utilizando-se plantas da variedade BMX POTÊNCIA RR. Foram utilizados 50 ovos frescos de E. heros, distribuídos nos folíolos médios e nos folíolos superiores da planta, e foram liberadas 0, 48, 96, 192, 384, 768 e 1538 fêmeas dos parasitoides. O delineamento foi em blocos casualizados com sete tratamentos e seis repetições. As variáveis analisadas foram parasitismo, número de indivíduos por ovo, razão sexual e viabilidade. De acordo com os parâmetros avaliados, as densidades de 48 fêmeas e 96 fêmeas proporcionaram maior parasitismo, porém, em termos de viabilidade econômica a dose de 48 fêmeas torna-se mais adequada.

Palavras-Chave: controle biológico; parasitoide; percevejo fitófago

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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Determinação do número ideal de Telenomus podisi a ser liberado para controle de Euschistus heros na fase reprodutiva da soja Jéssica L. Niitsu; Wellington S. de M. Almeida; Gabryele S. Ramos; José L. Mallmann; Regiane C. O. F. Bueno

Graduando do Curso de Engenharia Agronômica na Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

O percevejo marrom, Euschistus heros (Fabricius,1794) (Hemiptera: Pentatomidae) é considerado praga-chave da cultura da soja. O início da colonização nas lavouras de soja ocorre no final do período vegetativo e a fase crítica de ataque às plantas e aumento de população ocorre no estádio reprodutivo (R5), quando há o início de enchimento dos grãos. Nessa fase, para se alimentar, E. heros insere o estile nas vagens, provocando danos diretos, como o escurecimento das sementes, alterações na composição química e no poder germinativo e redução na produtividade e qualidade dos grãos. Para manejar a população de E. heros têm-se utilizado parasitoides de ovos Telenomus podisi (Ashmead,1893) (Hymenoptera:Scelionidae) como uma estratégia do manejo integrado de pragas, que tem apresentado potencial de controle do percevejo-marrom. Contudo, ainda há poucos estudos sobre a liberação desse parasitoide em campo, como o número ideal a ser liberado durante os diferentes estádios fenológicos da soja. Dessa forma, objetivou-se determinar o número ideal de T. podisi a ser liberado para controle do percevejo-marrom no período reprodutivo da soja. O experimento foi instalado em condição de semi- campo, utilizando-se plantas da variedade BMX POTÊNCIA RR. Foram utilizados 50 ovos frescos de E. heros, distribuídos nos folíolos médios e nos folíolos superiores da planta, e foram liberadas 0, 48, 96, 192, 384, 768 e 1538 fêmeas dos parasitoides. O delineamento foi em blocos casualizados com sete tratamentos e seis repetições. O maior parasitismo foi atingido na densidade de 384 fêmeas, sendo esse número o mais adequada a ser liberado no estádio reprodutivo da soja, visando maior eficiência de controle.

Palavras-Chave: manejo integrado de pragas; técnica de liberação; estádio reprodutivo

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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Características biológicas de Telenomus podisi criados em ovos frescos e ovos armazenados em nitrogênio líquido Jéssica L. Niitsu; Wellington S. de M. Almeida; Gabryele S. Ramos; Regiane C. O. F. Bueno

Graduando do Curso de Engenharia Agronômica na Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

O parasitoide de ovos Telenomus podisi (Ashmead,1893) (Hymenoptera: Scelionidae) é uma das espécies de inimigos naturais que ocorre naturalmente nas lavouras agrícolas. Esse agente de controle biológico apresenta ampla distribuição geográfica e alto valor econômico por promover o equilíbrio de população de insetos-praga, mantendo-as abaixo do nível de dano econômico. Possui preferência pelo hospedeiro Euschistus heros (Fabricius,1794) (Hemiptera: Pentatomidae) atingindo alto parasitismo. No entanto, para estabelecer a produção massal desse parasitoide é necessário estabelecer métodos eficazes de multiplicação sem que haja interferência nas características biológicas. Em virtude disso, objetivou-se estudar as características biológicas do T. podisi criados em ovos frescos retirados da criação de E. heros e sobre ovos armazenados em nitrogênio líquido. Os ovos foram armazenados no nitrogênio líquido a -196°C durante 525 dias. O experimento foi conduzido em condições controladas, temperatura de 25 ± 1°C, 70 ± 10% UR e fotofase de 14 horas. Foram realizados dois tratamentos, com 20 repetições e o delineamento foi inteiramente casualizado. Avaliou-se a duração do desenvolvimento ovo-adulto, parasitismo, viabilidade, razão sexual, número de indivíduos por ovo e longevidade dos adultos. O desenvolvimento ovo-adulto foi o único parâmetro analisado que teve diferença estatística entre os tratamentos, em ovos frescos a duração foi de 12,65 dias e em ovos armazenados foi de 13,10 dias. Em virtude disso, ambos métodos de multiplicação do parasitoide foi viável e eficaz. Assim, pode-se optar por utilizar ovos de E. heros armazenados em nitrogênio líquido para a criação de T. podisi maximizando a disponibilidade de ovos para a produção dos parasitoides.

Palavras-Chave: multiplicação de parasitoide; inimigos naturais; controle biológico

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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Capacidade de parasitismo de Trissolcus urichi em ovos de Euschistus heros João P. F. Cordeiro; Erica C. Braz; Wellington R. Souza; Adeney de F. Bueno; Hugo R. Maciel; Alan Effgen; Jessica A. de O. Muniz; Raphaela T. L. Guimarães

Instituto Agronômico do Paraná

Métodos sustentáveis no controle de pragas, como liberações massais de parasitoides, são importantes no manejo do complexo de percevejos. Diversas espécies de inimigos naturais ainda não foram devidamente estudadas. Assim, esse trabalho avaliou a capacidade de parasitismo de Trissolcus urichi Crawford, 1913 (Hymenoptera: Platygastridae) em ovos de Euschistus heros Fabricius, 1974 (Hemiptera: Pentatomidae). O bioensaio foi realizado em delineamento inteiramente casualizado com 4 tratamentos [temperaturas 15°C, 20°C, 25°C e 30°C ± 2°C e fotoperíodo de 14/10h (C/E)] contendo 21 repetições, cada repetição composta por uma fêmea adulta do parasitoide. Essas fêmeas, com até 24 horas de emergência, foram individualizadas em tubos tipo Duran e transferidas para câmaras climatizadas devidamente reguladas. A alimentação foi suprida com mel e diariamente foram ofertadas cartelas contendo cerca de 40 ovos de E. heros anteriormente armazenados em nitrogênio líquido. As cartelas retiradas eram armazenadas em sacos plásticos em câmaras climatizadas, reguladas a 25 ± 2°C, UR 70 ± 10% e fotoperíodo de 14/10h (C/E) até a emergência da progênie. Os parâmetros avaliados foram longevidade das fêmeas parentais, número de ovos parasitados e razão sexual da progênie. A longevidade das fêmeas parentais foi inversamente proporcional ao incremento de temperatura, onde, os tratamentos de 25°C e 30°C não apresentaram diferença significativa entre si, com valores de 33 e 24 dias, respectivamente. À 20ºC, a longevidade foi de 73 dias e à 15ºC de 103 dias. O número total de ovos parasitados foi maior na temperatura de 30ºC, onde a média de parasitismo foi de 29 ovos por fêmea. Nas demais temperaturas a média de ovos parasitados variou de 15 a 22 ovos por fêmea. A temperatura não influenciou a razão sexual da progênie, a qual variou entre 50 e 70 % de fêmeas. A temperatura influi a capacidade de parasitismo de T. urichi em ovos de E. heros, onde a temperatura de 30ºC propiciou maior parasitismo.

Palavras-Chave: Percevejo-marrom; controle biológico; temperatura

Apoio Institucional: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Soja

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Biologia de Trissolcus urichi em ovos de Dichelops melacanthus João P. F. Cordeiro; Erica C. Braz; Wellington R. Souza; Adeney de F. Bueno; Rafael Hayashida; Ana P. de Queiroz; Jaciara Gonçalves

Instituto Agronômico do Paraná

As liberações de parasitoides de ovos se destacam pelo sucesso em diferentes culturas. Entre as opções de parasitoides de ovos de percevejos, Trissolcus urichi Crawford, 1913 (hymenoptera: platygastridae) é uma espécie com potencial para utilização em campo. Nesse cenário, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a biologia de T. urichi em ovos de D. melacanthus Dallas, 1851 (hemiptera: pentatomidae) em diferentes temperaturas. O bioensaio foi realizado em delineamento inteiramente casualizado composto por 4 tratamentos contendo sete repetições, cada repetição composta por três cartelas com 40 ovos colados e expostos ao parasitismo por 24h. As cartelas contendo os ovos foram colocadas em um pote contendo cerca de 1500 fêmeas com até 48h de emergência, por 24 horas em câmara climatizada, regulada a 25 ± 2 °C, UR 70 ± 10% e fotoperíodo de 14/10h (C/E). Em seguida, as cartelas foram individualizadas em tubos tipo duran e transferidos para câmaras climatizadas reguladas nas temperaturas 15°C, 20°C, 25°C e 30°C ± 2°C, com UR: 70 ± 10% e fotoperíodo de 14/10h (C/E). Os parâmetros avaliados foram: razão sexual, duração ovo-adulto em dias e tamanho da progênie (número de adultos emergidos). A temperatura influenciou no período ovo-adulto, sendo que a duração da fase jovem foi de 21, 13 e 10 dias nas temperaturas de 20°C, 25°C e 30°C, respectivamente. A temperatura de 15oC foi letal para o parasitoide que não atingiu a fase a adulta. Não houve diferença na razão sexual, a qual oscilou entre 86 e 90% de fêmeas. Quanto ao tamanho da progênie, o número de adultos que emergiram foi maior nas temperaturas de 20°C, 25°C, em média emergiram 15 e 17 indivíduos (de 40 ovos totais), respectivamente. Com o aumento da temperatura para 30°C foi observada uma redução para 10 adultos emergidos. Logo, a temperatura influi no desenvolvimento das fases imaturas de T. urichi, sendo as temperaturas de 20°C e 25°C as mais apropriadas para seu desenvolvimento.

Palavras-Chave: Percevejo-barriga-verde; controle biológico aumentativo; temperatura

Apoio Institucional: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Soja

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Spinetoram compatibility with the lady beetle Eriopis connexa (Coleoptera: Coccinellidae) resistant to pyrethroids Deividy V. Nascimento; Roberta L. Santos; Priscila M. G. Costa; Jorge B. Torres

Programa de Pós-Graduação em Entomologia Agrícola, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, PE, Brazil. E-mail: [email protected]

Spinetoram is an insecticide from spinosyns class recommended against lepidopteran larvae and other defoliating species; therefore, not sharing the target of Coccinellini beetle that prey primarily upon aphids, a group with various key pest species. In this work, we evaluated the interaction of spinetoram using the field rates 0.08, 0.12 and two-fold the highest field rate (ca., 0.24 g i.a./L) with different stages of the neotropical lady beetle, Eriopis connexa (Germar), regarding two different populations: susceptible (Sus) and resistant (Res) to pyrethroids, another class of insecticides also widely recommended against defoliating pest species. Lady beetle egg mass might be contaminated through spray; thus, spinetoram applied over the egg masses resulted in similar development and hatching across spinetoram rates and ladybird beetle populations. However, newly hatched larvae from treated Res- population exhibited reduced survival during the first instar compared to untreated and the lower spinetoram rate. Larvae of lady beetles forage on treated surface for prey items; thus, 6-days old larvae confined on treated cotton leaves exhibited similar developmental duration, pupation and emergence rates. Nonetheless, larvae of similar age caged on treated leaves and infested with aphids promoting dried residue and contaminated prey ingestion resulted in lower pupation rate at the highest spinetoram field rate for both beetle populations. Adults from both lady beetle populations caged on either spinetoram-dried residues or dried residues plus contaminated aphids exhibited similar egg production and survival. Based on these finding, spinetoram seems to be compatible with E. connexa irrespective of resistance trait to . Therefore, spinetoram can be another option for insecticide recommendation against lepidopteran larvae seeking conservation of the lady beetle.

Palavras-Chave: Nontarget effect; pyerethroid resistance; physiological selectivity

Apoio Institucional: CNPq, PROCAD CAPES NF

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Control of the brown stink bug in soybean with release of different amounts of Telenomus podisi (Hymenoptera: Platygastridae) José C. de A. Pernambuco Filho1; Wellington S. M. Almeida2; Joanina Gladenucci3; Felipe M. M. Santos2; Bruno Zachrisson4; Regiane C. O. F. Bueno1,2

FCA/UNESP

The increasing occurrence of Euschistus heros (Hemiptera: Pentatomidae) in soybeans, controlled by the exclusive use of synthetic insecticides, is a worldwide fact. In this sense, the T. podisi parasitoid assumes fundamental importance as a biological control agent, being an option for the integrated pest management (IPM) of stink bugs in soybean. Thus, the objective of this study was to evaluate the effectiveness of the release of different amounts of T. podisi in the soybean crop for the control of E. heros. Eggs of E. heros parasitized by T. podisi were used, eggs with 90% parasitism and sex ratio of 80% of females. The study was developed in an area of 25 hectares of soybean crop, 2017/18 harvest, at Fazenda Dois Lagos, Tatuí- SP. The experimental design was randomized blocks with 5 treatments and 5 replicates, with 30 meters of border. Three releases were made, one per week, for each treatment and four samples per plot, before and after each release. The treatments were: T1 - 2,000 eggs, T2 - 3,500 eggs, T3 - 5,000 eggs, T4 - 6,500 eggs and T5 - control without release. The release of the adult parasitoids was manual and the tour was concentrated in the central range of the plots considering the dispersion capacity T. podisi. The samplings started when the soybean was in R5, with the beat- cloth method for counting the nymphs and adults of the stink bug. In each plot of the experimental areas four samplings were performed, one per week, distributed in 20 points, when at least two stink bugs were found per batter in all plots. T. podisi has an effect on the control of the brown bug, reducing the number of individuals in relation to the control. Only when 6,500 adults were released, there was a statistical difference between the other treatments and the control, confirming that this amount of T. podisi is effective for use in the applied biological control of E. heros for soybean cultivation.

Palavras-Chave: Applied biological control; Parasitoids; Integrated pest management

Apoio Institucional: CAPES

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Soybean productivity with release of Telenomus podisi (Hymenoptera: Platygastridae) for control of the brown stink bug José C. de A. Pernambuco Filho; Wellington S. M. Almeida; Joanina Gladenucci; Felipe M. M. Santos; Bruno Zachrisson; Regiane C. O. F. Bueno

FCA/UNESP

The soybean, Glycine max (L.) Merrill, is the most planted crop in Brazil, with 118 million tons in the 2017/18 harvest. However, production could be maximized if it were not affected by the losses caused by pest insects. Among the insects that attack the crop, we highlight Euschistus heros (Hemiptera: Pentatomidae) that feeds directly from the pods, seriously affecting productivity. The main method of control adopted by producers is the use of chemical insecticides, often applied erroneously and excessively. Reported as the most effective E. heros egg parasitoid, T. podisi assumes fundamental importance as a biological control agent, and may be an option for producers. The objective of this study was to evaluate the productivity of soybeans after the release of different amounts of T. podisi for the control of E. heros. The study was developed in an area of 25 hectares of soybean crop, 2017/18 harvest, at Fazenda Dois Lagos, Tatuí-SP. The experimental design was randomized blocks with 5 treatments and 5 replicates. Three releases were performed in each treatment. The treatments were: T1 - 2,000, T2 - 3,500, T3 - 5,000, T4 - 6,500 adults and T5 - control without release. Harvesting was carried out in the maturation of the soybean, manually, randomizing in the central lines two samplings of 1 m² each, with the aid of PVC frame to delimit the harvested area. The soybean was threshed with the aid of a fork-lift. The final yield (kg ha-1) and mass of 1000 grains were adjusted to the humidity at 13%, according to equation (E): Pc = Pb (100 - Ur) / 100-13, where: Pc = Corrected sample weight at 13% moisture; Pb = Gross weight of the sample; Ur = Display humidity at time of weighing. The masses of the samples were measured by a digital scale of 0.002 kg accuracy, and humidity, by the Gehaka® AGRI apparatus. Therefore, it was concluded that the treatments did not differ statistically between themselves and the control regarding productivity.

Palavras-Chave: Applied biological control; Parasitoids; Integrated pest management

Apoio Institucional: CAPES

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Preferência do ácaro predador Amblyseius tamatavensis (Mesostigmata: Phytoseiidae) por ovos e imaturos de Bemisia tabaci biót José C. Álvaro; Raphael C. Castilho; Odair A. Fernandes

PPG Agronomia (Entomologia Agrícola), Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV), Universidade Estadual Paulista (UNESP), 14884-900 Jaboticabal/SP, Brasil

A mosca branca, Bemisia tabaci (Gennadius) biótipo B (Hemiptera: Aleyrodidae), é uma importante praga no cultivo de tomate. O ácaro predador Amblyseius tamatavensis Blommers (Mesostigmata: Phytoseiidae) é um potencial inimigo natural desta praga. O objetivo do estudo foi verificar qual a preferência de predação do ácaro A. tamatavensis em relação a ovos e ninfas de primeiro e segundo instares de B. tabaci, em testes com e sem chance de escolha. Fêmeas adultas fertilizadas de A. tamatavensis foram individualizadas em arenas com folhas de tomate (2,5 cm de diâmetro). Os experimentos foram conduzidos em câmara climatizada (28±1oC, 80±10% UR e fotofase de 12 horas). O experimento de preferência sem chance de escolha consistiu de 40 repetições e três tratamentos: (i) ovos, (ii) ninfas do primeiro instar e (iii) ninfas do segundo instar. O experimento de preferência com chance de escolha consistiu de 30 repetições e três tratamentos: (i) ovos - ninfas do primeiro ínstar, (ii) ovos - ninfas do segundo instar e (iii) ninfas do primeiro instar - ninfas do segundo instar. As presas consumidas, bem como as posturas do predador, foram registradas a cada 24h. A preferência de predação de A. tamatavensis pelas diferentes fases de B. tabaci foi determinada com base no índice de preferência β de Manly, comparado pelo teste t. O ácaro predador consumiu mais ovos (8,40 ± 0,14 ovos/dia) do que ninfas do primeiro (6,13 ± 0,14 ninfas/dia) e do segundo instar (2,13 ± 0,09 ninfas/dia) de B. tabaci, quando não teve chance de escolha. As fêmeas adultas de A. tamatavensis preferiram significativamente mais ovos do que as ninfas de mosca branca. A oviposição média diária (1,06 ± 0,03 ovos/fêmea/dia) das fêmeas de A. tamatavensis alimentado com ovos de mosca branca foi maior comparativamente quando oferecidas ninfas do primeiro (0,51 ± 0,04 ovos/fêmea/dia) e segundo instar (0,3 ± 0,03 ovos/fêmea/dia). Os resultados indicam que A. tamatavensis tem preferência por ovos de mosca branca.

Palavras-Chave: Predação; Controle biológico; Tomate

Apoio Institucional: MCTESTP

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Perspectivas para o uso de ácaros tarsonemídeos (Acari: Tarsonemidae) no controle biológico José M. Rezende; Antonio C. Lofego

Departamento de Zoologia e Botânica, UNESP, São José do Rio Preto, SP

A família Tarsonemidae é conhecida principalmente por espécies-praga importantes no contexto agrícola, tais como Phytonemus pallidus (Banks) e Polyphagotarsonemus latus (Banks). Além do hábito fitófago apresentado por estas, vários outros modos de alimentação são observados em Tarsonemidae, alguns pouco estudados ainda, como a predação. Assim, este estudo teve o objetivo de verificar o conhecimento atual sobre este tema, através de revisão da literatura. Foram encontrados apenas quatro publicações que indicam o potencial de predação dos tarsonemídeos. Espécies do gênero Acaronemus, encontradas em pinheiros de regiões temperadas, tem sido relatadas como predadores de vida livre; as quais se alimentam basicamente de ovos de ácaros tenuipalpídeos e tetraniquídeos. O gênero Dendroptus apresenta espécies potencialmente predadoras de ácaros eriofiídeos, as quais são comumente encontradas dentro de galhas habitadas pelos próprios eriofiídeos em tecidos foliares. Além disso, há relatos de uma espécie de Dendroptus predando ovos de tideídeos na região da Criméia. Já Tarsonemus, possui T. Praedatorius Lin, Nakao & Saito, a qual foi observada se alimentando de ovos do tetraniquídeo Stigmaeopsis longus (Saito) em plantações de bambu do Japão. Dessa forma, a família Tarsonemidae apresenta espécies predadoras com potencial controle biológico de ácaros fitófagos pertencentes à famílias que representam as principais pragas agrícolas em diversas regiões do mundo. Contudo, este potencial ainda não foi apropriadamente explorado, tendo em vista os poucos estudos realizados até o momento. Uma característica marcante dos ácaros tarsonemídeos é seu tamanho reduzido, que os capacitam a explorar microambientes. Dessa maneira, é desejável o melhor estudo desses pequenos predadores como agentes de controle em algumas situações específicas, como em espaços restritos, onde predadores maiores não conseguem adentrar ou se locomover.

Palavras-Chave: Acaronemus; Dendroptus; Tarsonemus

Apoio Institucional: FAPESP

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Coccinelídeos predadores associados à Maconelicoccus hirsutus em agroecossistemas de videira no Submédio São Francisco José V. de Oliveira¹; Fabiana S. C. Lopes¹; José E. de M. Oliveira²; Martin D. de Oliveira²; Adriana M. de Souza³; Geisa M. M. de Souza³

¹ Universidade Federal Rural de Pernambuco, 52171-900 Recife, PE, Brasil. Email: [email protected]. ² Embrapa Semiárido, Caixa Postal 23, 56302-970 Petrolina, PE, Brasil. ³ Universidade Federal do Piauí, 64049-550 Bom Jesus, PI, Brasil

A cochonilha-rosada-do-hibisco Maconelicoccus hirstus (Green, 1908) (Hemiptera: Pseudococcidae) é nativa do Sul da Ásia. Foi registrada pela primeira vez no Brasil em 2010 no estado de Roraima e se disseminou rapidamente para outras regiões do Brasil, incluindo o Submédio do Vale do São Francisco. Esta espécie é considerada praga-chave em culturas de importância econômica e em plantas ornamentais em todo o mundo. Devido a sua recente introdução em agroecossistemas de videira no semiárido nordestino, estudos com a finalidade de identificar inimigos naturais associados a M. hirsutus são importantes visando à utilização do controle biológico. Assim, o objetivo deste trabalho foi identificar as espécies de joaninhas predadoras associadas a M. hirsutus em agroecossistemas de videira na Região do Submédio do Vale do São Francisco. O levantamento foi realizado em fazendas produtoras de uvas finas de mesa localizadas na região. Adultos e larvas de joaninhas foram coletados em cultivos de videira após a constatação de estarem se alimentando de M. hirsutus. Amostraram-se plantas de videira, plantas daninhas, quebra-ventos e demais espécies de plantas encontradas dentro dos cultivos. As joaninhas foram acondicionadas em tubos de ensaio e encaminhadas para o Laboratório de Manejo de Pragas da Videira da Embrapa Semiárido para ior identificação. As joaninhas foram identificadas com o auxílio de chaves taxonômicas. As espécies de joaninhas predadoras identificadas foram: Cycloneda sanguinea (Linnaeus, 1763), Cryptolaemus montrouzieri Mulsant, 1853, Eriopis connexa (Germar, 1824), Hippodamia convergens (Guérin-Meneville, 1842) e Tenuisvalvae notata (Mulsant, 1850) (Coleptera: Coccinelidae). O conhecimento de espécies de inimigos naturais associados a M. hirsutus em agroecossistemas de videira na região é o primeiro passo para o estabelecimento de um possível programa de controle biológico, caso esta cochonilha torne-se uma praga importante em cultivos de videira.

Palavras-Chave: joaninhas predadoras; cochonilha-rosada-do-hibisco; controle biológico

Apoio Institucional: CAPES, CNPq e FACEPE

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Biologia de Telenomus podisi e Trissolcus basalis em ovos de Glyphepomis dubia Joseane R. de Souza; Cláudio G. da Silva; José A. F. Barrigossi; Jorge B. de Matos Junior; Gerson de O. Sousa; Daiana P. da Conceição; Maurício J. de S. Paiva; Keyssyane N. V. Soeiro

Universidade Estadual do Maranhão

Este é o primeiro estudo de indicação de recomendação do uso de espécies de parasitoides de ovos para o manejo de Glyphepomis dubia Campos & Souza, 2016 (Hemiptera: Pentatomidae) com potencial para uso no controle biológico na cultura do arroz no Brasil. O objetivo da pesquisa foi conhecer a biologia de Telenomus podisi Ashmead, 1893 (Hymenoptera: Platygastridae) e Trissolcus basalis (Wollaston, 1858) (Hymenoptera: Scelionidae) em ovos de G. dubia. Para tanto, em 30 cartelas de cartolina (3 x 6 cm) fixou-se com cola branca uma postura de G. dubia com aproximadamente 16 ovos. Essas cartelas foram submetidas individualmente ao parasitismo por uma fêmea e um macho virgens de T. podisi e de T. basalis por 24 horas e avaliadas as seguintes características biológicas para cada uma das espécies: parasitismo (%), emergência (%), ovos parasitados não emergidos (%), duração ovo-adulto (dias), razão sexual, número de fêmeas e de machos por postura e a longevidade de fêmeas e de machos sem alimento (dias). As espécies T. podisi e T. basalis parasitaram e se desenvolveram em ovos do hospedeiro G. dubia, sendo o parasitismo de 84,6 e 96,3% para T. podisi e T. basalis, respectivamente. A emergência foi maior para T. podisi (96,3%) quando comparado com T. basalis (50,5%), enquanto a porcentagem de ovos parasitados não emergidos foi de 4,4 para T. podisi e de 47,6% para T. basalis. A duração de ovo- adulto dos parasitoides foi cerca de 11,7 dias para T. podisi e de 10,3 dias para T. basalis. A razão sexual de T. podisi foi 0,69 e de T. basalis 0,78. Em relação ao número de fêmeas por postura para T. podisi foi de 9,5 e para T. basalis 6,9; para os machos esses valores foram de 4,3 para T. podisi e de 2,8 para T. basalis. A longevidade de fêmeas de T. podisi e T. basalis foi de 2,7 e 1,7 dias, enquanto a de machos foi de 2,7 e 2,3 dias, respectivamente. Conclui-se que a espécie T. podisi pode ser promissora para o manejo de G. dubia em lavouras de arroz.

Palavras-Chave: Oryza sativa; Pentatomidae; Parasitoides de ovos

Apoio Institucional: Fundação de Amparo ao Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Embrapa Arroz e Feijão.

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Pode o parasitismo por Tamarixia radiata afetar a dispersão de Diaphorina citri? Juliana S. Oliveira; Carolina R. Montoya; Alexandre J.F. Diniz; José R.P. Parra

Departamento de Entomologia e Acarologia, Universidade de São Paulo/ Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), Piracicaba – São Paulo

O greening ou HLB (“huanglongbing”), atual principal doença dos citros no mundo, é causada por bactérias transmitidas pelo inseto vetor Diaphorina citri Kuwayama, 1908 (Hemiptera: Liviidae). Dentre outras medidas, o controle biológico com a liberação do parasitoide Tamarixa radiata (Waterson, 1922) (Hymenoptera: Eulophidae) vem sendo utilizado como manejo externo. A praga é capaz de se movimentar ativamente por mais de 2 km dentro do pomar em um período de 12 horas. Estudos que avaliam esse comportamento de dispersão em relação a fatores bióticos são escassos. Assim, esta pesquisa visou avaliar o comportamento de dispersão de D. citri em relação à presença de ninfas da espécie sadias ou parasitadas por T. radiata. Foram utilizadas gaiolas de 3m de comprimento onde foram distribuídas em seu interior 4 plantas de murta, todas com 4 brotações e equidistantes, avaliando-se: (i) dispersão dos insetos entre as plantas sem a presença de ninfas; (ii) dispersão dos insetos entre as plantas com a presença de ninfas sadias na primeira planta e (iii) dispersão dos insetos entre as plantas com a presença de ninfas parasitadas na primeira planta. Em todos os tratamentos foram liberadas 90 fêmeas adultas de D. citri na primeira planta. A avaliação da dispersão das fêmeas foi feita após 24h, 48h e 72h a partir da sua liberação, no total de 10 repetições. Os resultados obtidos indicaram que na ausência de ninfas o inseto vetor apresenta comportamento agregado, com probabilidade superior a 95% de permanecer no local de liberação mesmo após 72h. Porém na presença de ninfas, sadias ou parasitadas, este comportamento sofreu alterações após 48h, havendo uma tendência de dispersão de mais de 70% e um aumento de probabilidade de se moverem até planta mais distante do local de liberação com a presença das ninfas. Indicando assim que psilídeo tende a se dispersar mais na presença de ninfas, parasitadas ou não. Os resultados deverão auxiliar na definição de novas técnicas de manejo de citrus.

Palavras-Chave: Movimentação; HLB; Inimigo natural

Apoio Institucional: Fundecitrus

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Control de chinches hediondas en cultivos de leguminosas en los Estados Unidos de Norteamerica Julio Medal

University of Florida

Las chinches Nezara viridula, Euschistus servus, Halyomorpha halys y Megacopta cribraria son plagas importantes de cultivos de leguminosas principalmente soya y otros cultivos. Existen varias tácticas de manejo que incluyen trampas de feromonas, cultivos trampas, rotación de cultivos, parasitoides y la utilización de insecticidas químicos y botánicos. En los últimos años se ha intensificado el uso y búsqueda de alternativas biológicas sustentables basadas en parasitoides nativos o importados. El parasitoide ParaTelenomus saccharalis, originario de Japón, ha sido evaluado en Florida y será liberado en el campo para controlar M. cribaria. Se realizaron pruebas de especificidad en la cuarentena de Florida con la avispa parasítica Trissolcus japonicus, introducida de china, exponiendo hembras adultas a los huevos del chinche H. halys. Esta chinche fue detectada por primera vez en Pennsylvania, Estados Unidos en 1998, probablemente introducida accidentalmente en material de embalaje. Actualmente, este insecto se ha dispersado en 43 estados causando daños considerables a leguminosas de grano, árboles frutales y vegetales con un rango de hospederos reportado de más de 300 especies de plantas. Como parte de la evaluación del riesgo para la liberación de este parasitoide, se llevaron a cabo en la cuarentena de Gainesville, Florida pruebas de selección y no-selección con 22 especies de chinches fitófagos y depredadores de Florida. Los resultados mostraron que el parasitoide de huevos tiene preferencia por la chinche objetivo y la mayor parte de las especies evaluadas (dieciséis) no mostraron ningún desarrollo del parasitoide, y seis especies mostraron un nivel bajo de parasitismo. Se presentan las alternativas de manejo de chinches plagas de cultivos en los Estados Unidos.

Palavras-Chave: Chinches plagas; Pentatomidae; Soya

Apoio Institucional: Florida Department of Agriculture and Cosumer Services - DPI

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Biological control of Solanum viarum Dunal in Florida, USA Julio Medal

University of Florida

Solanum viarum Dunal 1853 (Solanales: Solanaceae) is an invasive bush originary to South America that has invaded Florida grasslands and natural ecosystems. In 1988, it was found in Florida, USA and it was estimated half million ha were infested due to favorable environmental conditions and lack of natural enemies (herbivores and pathogens). This invader has spread rapidly in the majority of Florida counties and also in other south-eastern states and Puerto Rico. Solanum viarum was placed on the Florida and Federal Noxious Weed Lists in 1995. Control costs were estimated at $6.5 to 16 million annually. This weed is a reservoir for at least six crop viruses and major insect pests utilize the plant as an alternate host. Solanum viarum also reduces biodiversity in natural areas by displacing native vegetation. Management practices in Florida pastures primarily involved herbicide applications and mowing which provided temporary weed suppression at an estimated annual cost of US$61 and US$47 per ha, respectively. However, application of these control methods is not always feasible in inaccessible areas. In June 1994, the first exploration for natural enemies was conducted in South America by University of Florida and Brazilian researchers. Host specificity tests with 123 plant species in 35 families were initiated in 1998 with the South American leaf-feeder beetle Gratiana boliviana Spaeth 1926 (Coleoptera: Chrysomelidae) which was approved 2003 for field release. From 2003 to 2011, 250,723 beetles were released by the Biocontrol Implementation Team which included cattle ranchers and state and federal agencies. Post-release monitoring through Florida indicates the beetle is causing substantial defoliation, reducing stand densities and decreasing fruit production of S. viarum in Central and South Florida with no negative effects on non-target species. This is the first successful biocontrol project of a Solanum species in North America.

Palavras-Chave: Invasive plant

Apoio Institucional: University of Florida/USDA-APHIS/FDACS-DPI

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Flutuação populacional de tripes e seus inimigos naturais na cultura do alho em Caçador, Santa Catarina Juracy C. Lins Junior; Larissa S. Pacheco; Janaína P. dos Santos; Luís C. P. da Silveira

Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina, Estação Experimental de Caçador

Os tripes são os principais insetos-praga na cultura do alho e são poucos os relatos da ocorrência de inimigos naturais associados a esses insetos na referida cultura. O objetivo desse trabalho foi determinar a flutuação populacional de tripes e seus inimigos naturais na cultura do alho no município de Caçador-SC. O estudo foi conduzido a campo, na Estação Experimental da Epagri de Caçador. O monitoramento dos insetos foi realizado numa área experimental de 224 m2 dividida em 8 parcelas. O plantio do alho, cultivar Chonan, foi realizado no dia 29/06/2018 e o monitoramento dos insetos teve início em 11/09/2018 quando foi detectada a presença dos primeiros insetos a campo. A partir dessa data, dez plantas de alho eram colhidas semanalmente em cada parcela, acondicionadas em sacos plásticos e levadas ao laboratório para contagem de insetos. Thrips tabaci Lind., 1888, Frankliniella insularis (Franklin, 1908) e Frankliniella gemina Bagnal, 1919 (Thysanoptera: Thripidae) foram as espécies de tripes coletadas. T. tabaci foi a espécie predominante, correspondendo a 95,24% dos insetos coletados. O pico populacional de tripes ocorreu na última semana de outubro quando foi registada a média de 16,1 tripes/planta quando, então, foi aplicado para o controle da praga, o inseticida imidacloprido (70 g de i.a./ha). Foram coletados 237 predadores nas plantas de alho. Desse total, 76,4% dos indivíduos coletados eram larvas de Syrphidae, sendo os demais larvas de Chrysopidae (13,5%), aranhas (5,9%), Doru luteipes (Scudder, 1876) (Dermaptera: Forficulidae) (2,1%), Orius insidiosus (Say, 1832) (Hemiptera: Anthocoridae) (1,7%) e Harmonia axyridis (Pallas, 1773) (Coleoptera: Coccinellidae) (0,4%). Durante o estudo não foram encontrados tripes parasitados. A população dos tripes manteve-se abaixo do nível de controle durante praticamente todo o período de cultivo do alho, indicando que os predadores podem ter contribuído para a regulação da população desses insetos.

Palavras-Chave: controle biológico; Thysanoptera; Allium sativum

Apoio Institucional: Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc)

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Influência da alimentação com mel na longevidade e reprodução de Anisopteromalus calandrae parasitando Lasioderma serricorne Kássia C. F Zilch; Simone M. Jahnke; Andreas Köhler; Eduarda Bender; Karine E. Dores

Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS Av. Bento Gonçalves, 7712, Porto Alegre, RS, Brasil

Parasitoides são importantes agentes de controle biológico sendo uma alternativa promissora para a agricultura. Para programas aplicados com criação massal e liberação de parasitoides, a obtenção de indivíduos com alto potencial biológico é fundamental. O pteromalideo Anisopteromalus calandrae (Howard) vem sendo estudado para o controle de coleópteros pragas, incluindo Lasioderma serricorne (Fabricius). Dessa forma objetivou-se investigar a influência da adição de mel na alimentação de A. calandrae parasitando larvas de L. serricorne. Parasitoides adultos foram mantidos em dois tratamentos, um com oferecimento de mel puro em gotículas (CM) e outro sem nenhum alimento (SM). Trinta larvas de último instar de L. serricorne foram expostas por 24h a parasitoides de cada tratamento (um casal por pote). Os bioensaios foram mantidos em câmara climatizada (28 ± 2º C, 60 ± 10% UR e fotofase de 12 h). Diariamente, os casais eram colocados em contado com um novo grupo de 30 larvas. Foram realizadas 15 repetições. A observação foi diária registando-se a longevidade do casal de parasitoides, a data de emergência e número de insetos emergidos. A longevidade média dos adultos de A. calandrae foi significativamente maior no tratamento CM (H= 15,7609; gl= 14; p<0,05). As fêmeas foram mais longevas em ambos os tratamentos, sobrevivendo em média 24 dias (CM) e 10 (SM), comparadas aos machos que viveram em média 14 dias (CM) e 7 (SM). O tempo de sobrevivência observado duplicou após a alimentação com mel, com indivíduos vivos por até 35 dias. As fêmeas produziram uma prole média de 72,06 ± 9,31 indivíduos no tratamento com mel e no sem mel essa média foi de 40,8 ± 4,61 indivíduos por fêmea, com diferença significativa entre os valores (H= 7,5042; gl= 14; p<0,05). Em um contexto aplicado, o acréscimo de mel na dieta de A. calandrae pode aumentar a longevidade dos parasitoides adultos, ampliar sua eficiência no controle da praga e reduzir a frequência das liberações dos mesmos em campo.

Palavras-Chave: Criação massal; parasitoide larval; besouro-do-fumo

Apoio Institucional: UFRGS, CNPq

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Tempo gasto pela formiga Crematogaster sp. Lund, 1831 (Hymenoptera: Formicidae) para alcançar a fonte de alimento Laila H. Mishfeldt; Jael S.S. Rando; Wallace da S. Alves; Mateus Pires; Pedro H. P. Mendes; Gabriele do P. Borges; Larissa M.F. Pujoni; Viviane S. Alves; Gabriela V. Silva

UENP/CLM

As formigas constituem-se num dos principais agentes de predação no controle biológico de pragas na cultura da cana-de-açúcar, a exemplo as do gênero Crematogaster. Muitas de suas espécies caracterizam-se por serem dominantes nas comunidades tropicais, possuir elevado ritmo de atividade e agressividade e colônias populosas e polidômicas. O objetivo desse trabalho foi verificar o tempo que as formigas Crematogaster sp. levam para aproximar-se do alimento. Para tanto foi desenvolvido três vezes em laboratório um experimento inteiramente casualizado com quatro tratamentos: 1- ração úmida para gato; 2-sardinha em lata; 3-colmo de cana e 4- testemunha, e quatro repetições. Os dois primeiros tratamentos foram constituídos de pedaços de 10 mm3 colocados em pequenos recipientes e em cada um fez-se a introdução de uma lagarta de D. saccharalis (Fabr., 1794), o terceiro tratamento foi constituído de parte de colmo de cana-de-açúcar (200mm), perfurado e inoculado com uma lagarta. A testemunha constou apenas de uma lagarta por recipiente. Marcou-se o tempo de chegada das formigas oriundas de um ninho distante cerca de 2 metros do local onde os tratamentos foram dispostos. O menor tempo para aproximação das formigas no alimento foi 60 minutos, obtido nas porções de colmo onde introduziu-se as lagartas.

Palavras-Chave: formigas onívoras; Diatraea saccharalis; cana-de-açúcar

Apoio Institucional: UENP/CLM

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Avaliação da eficiência da liberação de Cotesia flavipes (Cameron, 1891)(Hym.: Braconidae) através de cápsulas biodegradáveis Laila H. Mihsfeldt; Gabriela V. Silva; Jael S.S. Rando; Viviane S. Alves; Mateus Pires; Karina S. Marquito; Pedro H.P. Mendes; Bruna L. Gasparelo; Renan F. C. de Almeida; Renan de O. Almeida

UENP/CLM

O controle de Diatraea saccharalis (Fab., 1754) através de liberações inundativas de Cotesia flavipes (Cam., 1891) é o mais utilizado no Brasil. Entretanto, a metodologia utilizada (distribuição de copos plásticos contendo as massas cotonosas no interior da lavoura) é onerosa em tempo e mão de obra e prejudica o ambiente pois os copos plásticos não são recolhidos. Assim, o objetivo deste trabalho foi testar a eficiência do controle da broca através da liberação de cotesia via cápsulas, que são esféricas e totalmente biodegradáveis. Para tanto, o experimento foi instalado em um talhão convencional de cana-de-açúcar da Usina Bandeirantes, em Bandeirantes-PR. Internódios de cana soca foram perfurados com uma furadeira e broca nº 8 e, em cada orifício, foi introduzida uma lagarta de 3º instar de D. saccharalis, apta a sofrer o parasitismo por C. flavipes. O orifício foi envolvido com papel alumínio para impedir a fuga das lagartas. Os internódios foram mantidos em laboratório durante 24h para ambientação das lagartas e levados ao campo (T: 23,4±2ºC e UR: 79,9±10%) amarrados nos próprios colmos de cana a 1m de altura e distribuídos em linha. Os toletes foram espaçados em 3m e na linha lateral foram depositados 5 capsulas espaçados em 6m. Foram feitas 4 repetições e em cada linha foram colocados 10 colmos com lagartas. Após três dias, os colmos foram retirados do campo e levados ao laboratório para ior quantificação dos dados. Concluiu-se que o parasitismo foi em média 23,75%, apresentando um intervalo de 20 a 35% de parasitismo e a razão sexual foi de 0,75. Estes resultados mostram que a liberação através de cápsulas pode ser viável, visto que tanto o índice de parasitismo quanto a razão sexual encontram-se próximos ao que é observado quando há liberação via copos. Testes adicionais devem ser realizados para verificar outros parâmetros referentes a esta nova tecnologia.

Palavras-Chave: cana-de-açúcar; controle biológico; parasitismo

Apoio Institucional: UENP/CLM

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Influência da adubação fosfatada em cultivos de soja transgênica no tamanho de adultos de Trichogramma pretiosum emergidos de ovos de Chrysodeixis includens Laís A. de Santis; Matheus H. Ferreira; Luan O. dos Santos; Diego F. Fraga

Faculdades Associadas de Uberaba - FAZU

O controle biológico natural de ovos em grandes culturas é uma importante ferramenta em programas de Manejo Integrado de Pragas. Na cultura da soja, por exemplo, Chrysodeixis includens Walker, 1858 (Lepidoptera: Noctuidae) é considerada praga-chave e o parasitismo de seus ovos pode contribuir para o seu controle. Todavia, a adoção de práticas culturais, tais como o manejo da adubação das plantas, pode apresentar efeitos diretos sobre a qualidade deste controle. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da adubação fosfatada no tamanho de adultos de Trichogramma pretiosum Riley, 1879 (Hymenoptera: Trichogrammatidae) emergidos de ovos de C. includens encontrados em soja transgênica. A pesquisa foi realizada em Uberaba/MG, no ano agrícola de 2018- 2019. O delineamento experimental adotado foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 2x4x3, a saber: duas variedades de soja (NS 7709 e 96Y90); -1 -1 -1 -1 quatro doses de adubação (0 kg.ha , 40 kg.ha , 80 kg.ha , 120 kg.ha de P2O5); e três terços das plantas (superior, médio e inferior), com quatro repetições cada. Os ovos de C. includens presentes por infestação natural nas plantas (n=4) foram coletados semanalmente nas parcelas, a partir do estádio V5. Os adultos de T. pretiosum emergidos dos ovos foram colocados sobre lâminas de vidro e, com o auxílio de microscópio estereoscópico e uma régua graduada, aferiu-se o seu comprimento (distância máxima entre a antela e o último segmento abdominal). Os adultos de T. pretiosum emergidos de ovos presentes na variedade NS 7709 (expressa toxinas da bactéria Bacillus thuringiensis) foram maiores que os encontrados na variedade 96Y90. Além disso, os adultos emergidos das plantas -1 adubadas ao nível 120 kg.ha de P2O5 foram maiores que os emergidos nos demais tratamentos. A interação entre as três variáveis mostra que os adultos encontrados -1 na variedade NS7709, adubada com 120 kg.ha de P2O5 nos terços inferior e médio eram maiores que os encontrados nos demais tratamentos.

Palavras-Chave: Controle biológico natural

Apoio Institucional: Fundação de amparo á pesquisa de Minas Gerais - FAPEMIG

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Potencial efeito indireto no controle biológico de plantas invasoras no sistema aguapé Larissa A. Bini; Carey R. Minteer

Universidade Regional de Blumenau

Eichhornia crassipes (Mart.) Solms (Pontederiaceae) (Aguapé), espécie invasora na América do Norte, tem causado diversos prejuízos a navegação e a biodiversidade local. Seu agente de controle biológico Megamelus scutellaris Berg, 1883 (Delphacidae) estabeleceu-se na Flórida, onde convive com 5 congêneres nativos, entre eles, Megamelus davisi Van Duzee, 1897 (Delphacidae), inimigo natural de Nuphar advena (Aiton) (Nymphaeaceae), o qual seus ovos servem como hospedeiro para o parasitoide nativo Kalopolynema ema (Schauff e Grissell, 1982) (Mymaridae). Observações demonstraram que K. ema pode parasitar também ovos de outras espécies de Megamelus sp. Portanto, investigou-se a preferência de parasitismo de K. ema entre os ovos das espécies M. davisi e M. scutellaris. Em todas as etapas do experimento utilizou-se tanques aquáticos de 20L (28.6cm x 31.1cm x 40cm) conectados por um tubo de acrílico de 26cm. A primeira etapa baseou-se apenas na escolha do parasitoide pelas plantas alvo do estudo. Na segunda, aplicou-se o teste de Cairomonas, onde cada planta foi perfurada 25 vezes para simular oviposição. Os machos/fêmeas de K. ema foram introduzidos individualmente em dois momentos; 10 e 25 minutos após perfuração. A última etapa consistiu no teste de postura, originados através da oviposição de M. davisi e M. scutellaris durante o período de 24h. Neste teste, machos/fêmeas de K. ema foram introduzidos individualmente nas plantas alvo em três períodos distintos; 24h, 48h, 72h após a oviposição. Não houve preferência de K. ema entre as plantas alvo, igualmente para o teste de Cairomonas. Quanto aos ovos depositados, os machos não apresentaram preferência entre plantas em nenhum dos períodos, contudo, as fêmeas apresentaram preferência significativa pelos ovos de M. davisi depositados em N. advena no período de 72h após oviposição (p<0,05). Um possível efeito indireto causaria aumento na população de K. ema trazendo consigo efeitos negativos sobre a população nativa M. davisi.

Palavras-Chave: Parasitoide; Hospedeiro; Preferência

Apoio Institucional: Capes, Furb, Universidade da Flórida

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Parasitismo do Nezara viridula (Linnaeus, 1758) (Hemiptera: Pentatomidae) na cultura da soja em sistema de cultivo orgânico Leticia D. Zanachi; Gabriele L. Hoelscher; William R. de Carvalho; Leidiane C. Carvalho; Vanessa Exteckoetter; Vanda Pietrowski; Ana Paula G. da S. Wengrat

UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná

O complexo de percevejos pentatomideos associados à cultura da soja são pragas importantes e que, nos últimos anos, dependendo do manejo do agricultor, vem apresentando dificuldades de controle. Portanto, para uma maior eficiência de manejo, é essencial conhecer as espécies de parasitoides associados a eles, bem como, compreender sua dinâmica e capacidade de parasitismo. Assim, os objetivos deste estudo foram conhecer o índice de parasitismo e a dinâmica de oviposição de moscas da família Tachinidae em adultos do Nezara viridula (Linnaeus, 1758) Hemiptera: Pentatomidae) em cultivo orgânico. Para tal foram realizadas coletas semanais de adultos do percevejo em lavouras de soja, orgânica certificada, durante a safra de 2018/2019, localizada na área da estação experimental da Unioeste, em Entre Rios do Oeste – PR. As coletas foram realizadas em 30 pontos, com auxílio de pano de batida. Os percevejos coletados foram encaminhados ao Laboratório de Controle Biológico e acondicionados em bandejas plásticas contendo sementes verdes de Ligustrum lucidum e grãos de soja. Os insetos foram observados diariamente, durante 30 dias, para verificar o índice de parasitismo e a dinâmica de oviposição. Os parasitoides obtidos foram armazenados em álcool 70% e encaminhados para identificação. As coletas também foram realizadas em área de cultivo convencional, porém, não foram encontrados o N. viridula. Na área orgânica a incidência deste inseto foi elevada e a ocorrência de parasitismo foi em média de 51,33%, sendo Trichopoda giacomelli (Blanchard, 1966) (Diptera: Tachinidae) a única espécie de parasitoide encontrada. O local de preferência de oviposição foi a região dorsal do pró-tórax, sendo que as fêmeas (58%), foram as que tiveram o maior índice de parasitismo. Os parasitoides do gênero T. giacomelli apresentaram potencial para o controle do N. viridula, sendo importante o agricultor adotar medidas que possibilitem o desenvolvimento e a permanência destes insetos em sua área.

Palavras-Chave: Tachinidae; Parasitoide; Tachinidae

Apoio Institucional: UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná

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Sobrevivência de Neoseiulus californicus McGregor (Acari: Phytoseiidae) a agrotóxicos na cultura do tomateiro indústria Liz Regina S. Silva; Nássara G. Santiago; Pedro Henrique C. P. Costa; Larissa M. de Sousa; Cecilia Czepak; Karina C. Albernaz Godinho; Karin Ferretto S. Collier

Manejo Integrado de Pragas, Escola de Agronomia, Universidade Federal de Goiás

A cultura do tomate indústria em Goiás normalmente não adota programas de manejo integrado de pragas (MIP), empregando assim, um pacote tecnológico com aplicações calendarizadas de produtos químicos. Como consequência de tal prática tem ocorrido desequilíbrios nas áreas e o surgimento do ácaro-rajado Tetranychus urticae Koch (Acari: Tetranychidae). Deste modo, o Laboratório de Manejo Integrado de Pragas da Escola de Agronomia (EA/UFG) está desenvolvendo um programa de MIP para a cultura e optou pelo controle biológico do ácaro-rajado utilizando ácaro predador Neoseiulus californicus fornecido pela Koppert (Spical®). Assim sendo, o objetivo desta pesquisa foi determinar em quantos dias é viável a liberação de N. californicus após a aplicação dos agrotóxicos considerados incompatíveis com o Spical®. Plantas de feijoeiro foram pulverizadas com Lambda-Cialotrina + Clorantraniliprole, Tiametoxam + Clorantraniliprole, Metomil, Acefato, Clorfenapir e Clorpirifós nas concentrações recomendadas pelos fabricantes. Após a pulverização foram coletadas folhas de 24, 48, 72, 96, 120 e 144 horas, os discos foliares obtidos foram alocados em arenas com algodão umedecido e papel filtro, onde foi inoculada 1 fêmea adulta N. californicus e 4 fêmeas de T. urticae. Estabeleceu-se que 80% de sobrevivência do predador após 24 horas na arena seria o limite para a interrupção do teste. Cada arena foi considerada uma repetição sendo no total 10 repetições. Todos os ácaros predadores nas arenas/testemunha permaneceram vivos até 96 horas e após 168 horas, atingiram o limite de 80% de sobreviventes. O produto Tiametoxam + Clorantraniliprole atingiu este limite em 48 horas; Lambda-Cialotrina + Clorantraniliprole e Metomil em 96 horas, Acefato, Clorfenapir e Clorpirifós em 120 horas. Portanto, Tiametoxam + Clorantraniliprole permite a liberação mais rápida do predador na lavoura e após a aplicação de Acefato, Clorfenapir e Clorpirifós não é viável fazer a liberação de N. californicus.

Palavras-Chave: MIP; Controle biológico; Ácaro-rajado

Apoio Institucional: PRAE; FUNAPE

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Control Biológico Natural en Chrysodeixis includens Walker, [1858]) y Rachiplusia nu (Guenée, 1852) en el cultivo de soja Lorena Patricia Richer; Verónica Sosa; Gabriela Acosta

Universidad Católica "Nuestra Señora de la Asunción", Instituto Paraguayo de Tecnología Agraria

La soja es el cultivo agrícola mas importante desde el punto de vista económico y de superficie cultivada en Paraguay. El control biológico natural es aquel que se da como resultado de la evolución de los sistemas naturales de regulación de especies sin intervención del hombre. Las falsas medidoras son orugas del Orden Lepidoptera: Familia Noctuidae: Sub Familia Plusiinae. Son especies catalogadas como "plagas principales" en Paraguay, siendo frecuente en el cultivo de soja, actuando como defoliadoras presentando una resistencia parcial a la acción de plaguicidas. Este trabajo tiene como objetivo de medir el nivel en porcentaje de control biológico natural em ambas especias de falsas medidoras. El manejo y metodología del trabajo fue escoger parcelas de soja totalmente al azar y por medio de paño de batida recolectar las orugas para luego llevarlas en laboratorio. En el laboratorio fueron criadas con dieta artificial bajo condiciones controladas de luz y humedad, se identifican las especies de falsas medidoras, monitoreando cada 24 horas para corroborar la presencia de parasitoides y entomopatógenos. En total fueron colectadas 621 orugas siendo 471 individuos Chryodeixis includes y 150 individuos de Rachiplusia nu. Los parasitoides encontrados em ambos géneros, fueron avispas del género Copidosoma sp, avispas del género Braconidos, dípteros de la familia Tachinidae, avispas del género Microcharops sp, avispas del género Ophion sp. En total, el parasitismo representó el 56,4% del total, y los entomopatógenos (no identificados) el 12% del total. En este trabajo no se tuvo en cuenta el manejo de cultivo de los productores de las parcelas utilizadas, lo que demuestra que el control biológico natural es relativamente alto y eficiente, siendo un parámetro para tomar en cuenta en el manejo integrado de plagas.

Palavras-Chave: falsas medidoras

Apoio Institucional: UCI, IPTA

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Inimigos Naturais de Dirphia moderata Bouvier, 1929 (Lepidoptera: Saturniidae) Luana de Souza Cruz; Erick Johnson da Silva Cruz; Gabriel Silva Magalhães Andrade; Rozimar de Campos Pereira

UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

O gênero Dirphia Hübner, [1819] apresenta distribuição Neotropical. Esse gênero, além de causar acidentes de interesse na saúde pública, é uma potencial praga desfolhadora de plantas cultivadas, entre elas o cajueiro (Anacardium occidentale L.), aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolia Raddi) e Eucalyptus cloeziana F. Muell., culturas de importância econômica. As recomendações para controle dessas pragas são quase todas de natureza química, existindo poucas informações sobre a ocorrência de inimigos naturais e controle biológico das mesmas. No Brasil, os dados sobre parasitismo neste gênero ainda são muito escassos. O desenvolvimento de um programa de manejo integrado necessita de conhecimentos sobre a fauna benéfica e dos micro-organismos associados às pragas destas culturas, bem como dos seus impactos na redução dos níveis populacionais. Assim esse trabalho teve o objetivo de identificar inimigos naturais associados a Dirphia moderata coletadas no campus da UFRB. As coletas dos inimigos foram feitas sistematicamente a partir de observações visuais em campo e mediante amostra de indivíduos da população de pragas em diversas fases de desenvolvimento e mantidas em laboratório nos anos de 2015 a 2019. Dos resultados obtidos constata- se que existe uma fauna rica de parasitoides, e entomopatógenos associados a D. moderata. Dentre os parasitóides destacam-se Helicobia sp. e Sarcodexia sp., da família Sarcophagidae, Lespesia afinis e Euphorocera sp., Winthemia sp. da família Tachinidae, Anastatus sp., da família Eupelmidae, Chrysonotomyia sp., da família Eulophidae e Cerastomicra sp., da família Chalcididae, o fungo Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. Os tachinideos foram os mais frequentes com 58,7% dos indivíduos parasitoides coletados.

Palavras-Chave: Lagarta; entomopatógenos; parasitismo

Apoio Institucional: ABAF - Associação Baiana das Empresas Florestais

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Avaliação do forrageamento e parasitismo de Tamarixia radiata (Waterston, 1922) (Hymenoptera: Eulophidae) Lucas Maniero Rodrigues; Carolina Reigada Montoya; Alexandre José Ferreira Diniz; José Roberto Postali Parra

Universidade de São Paulo/ESALQ / Universidade Federal de São Carlos

O HLB ou huanglongbing é a doença mais grave da citricultura brasileira, sendo Diaphorina citri (Kuwayama, 1908) (Hemiptera: Liviidae) responsável pela transmissão das bactérias causadoras da doença. O manejo se dá, sobretudo, pelo controle do vetor, uma vez que não há medidas curativas. Para isso, o parasitoide Tamarixia radiata (Waterston, 1922) (Hymenoptera: Eulophidae) vem sendo utilizado como agente de controle da praga com o manejo externo, por meio de liberações nas áreas de inóculos primários. Entretanto, não se conhece o número ideal de parasitoides para liberação, sendo necessários estudos que avaliem a resposta funcional durante o forrageamento, uma vez que a exploração do meio por T. radiata pode ser diferente de acordo com a qualidade e quantidade de hospedeiros. Dessa forma, este trabalho visou determinar o padrão de forrageamento e parasitismo de T. radiata em condições de laboratório. Foi utilizado um sistema composto por duas câmaras interligadas por conector; em cada, foram disponibilizadas duas densidades do hospedeiro: alta (100 ninfas) e baixa (5 ninfas), sendo liberadas também duas densidades do parasitoide, alta (30 fêmeas) e baixa (5 fêmeas). Em cada avaliação foi determinado o forrageamento das fêmeas, a partir da quantificação do número de ninfas mortas e da proporção de fêmeas na prole. A partir dos resultados, é possível sugerir que o forrageamento e as taxas de parasitismo das fêmeas do parasitoide são variáveis de acordo com a densidade de ninfas hospedeiras e do inimigo natural. Em situações de alta densidade de hospedeiros disponíveis, o parasitismo mostra-se maior quando há baixa relação parasitoide/hospedeiro no sistema. Logo, é possível sugerir que, no campo, em áreas com elevado índice de infestação, as taxas de parasitismo tendam a ser maiores devido à baixa competição intraespecífica do parasitoide (considerando-se a densidade fixa de liberação). Os resultados podem contribuir para aprimorar o uso do parasitoide em campo.

Palavras-Chave: Forrageamento; Liberação do parasitoide; HLB

Apoio Institucional: Fundecitrus / Citrosuco

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Cleruchoides noackae (Hym.: Mymaridae): ritmo de parasitismo sobre ovos de Thaumastocoris peregrinus (Hem: Thaumastocoridae) Luciane K. Becchi; Thamires L. Santos; Caroline D. de Souza; Carolina Jorge; Heitor C. Neto; Camila Z. Bassi; Leonardo C. Vieira; Lucca B. Farnettane; Leonardo R. Barbosa; Carlos F. Wilcken

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA), Campus de Botucatu, SP, Brasil

O parasitoide de ovos Cleruchoides noackae Lin & Huber, 2007 (Hymenoptera: Mymaridae), nativo da Austrália, tem sido multiplicado e liberado em plantações de eucalipto para o controle de Thaumastocoris peregrinus Carpintero & Dellapé, 2006 (Hemiptera: Thaumastocoridae). A liberação do parasitoide deve ser realizada após a emergência, para que o inimigo natural tenha tempo suficiente para encontrar o hospedeiro e parasitá-lo. O objetivo foi avaliar o ritmo de parasitismo de C. noackae em ovos de T. peregrinus. Casais, recém-emergidos de C. noackae foram individualizados em frascos de poliestireno e alimentados com solução de mel a 50%. Dez ovos de T. peregrinus, com 24 horas de idade, foram oferecidos a partir da emergência das fêmeas do parasitoide, a cada 3 horas, até completar 15 horas de vida. Os ovos foram retirados e armazenados em câmara climatizada (Temp. 24 ± 2ºC, UR 60 ± 10% e fotofase de 12 h). Foi avaliado o número de ovos parasitados por horário, número de ovos parasitados acumulado, emergência (%), razão sexual e duração do ciclo de vida ovo-adulto do parasitoide (dias). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com cinco tratamentos (3, 6, 9, 12 e 15 horas) e 15 repetições. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey (P<0,05). O número de ovos parasitados quando fêmeas apresentavam 6 horas de idade foi de 6,6 ovos, diferindo estatisticamente do parasitoide com 9, 12 e 15 horas de idade, parasitando em média 3,5, 1,0 e 0,07 ovos/fêmea, respectivamente. Cleruchoides noackae parasitaram em média 15,5 ovos durante 15 horas de vida, a 24ºC. A viabilidade foi maior quando fêmeas tinham 3 e 6 horas de vida, com 41 e 58% de emergência. A razão sexual, 0,59 a 1, e a duração do desenvolvimento (ovo-adulto) do parasitoide, 15,0 a 15,5 dias, não diferiram estatisticamente. Este parasitoide mostrou alta capacidade de parasitismo em menos de 24 h, mostrando ser um agente importante e eficiente no manejo da praga.

Palavras-Chave: Controle Biológico; Eucalyptus spp; Parasitoide de ovos Apoio Institucional: Programa Cooperativo sobre Proteção Florestal/Instituto de Pesquisa e Estudos Florestais (PROTEF/IPEF) e CAPES.

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Relação espacial entre massa corp de inimigos naturais e a presença de recursos florais Marcelo Mendes Haro; Luís Cláudio Paterno Silveira; Andrew Wilby

Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) - Estação Experimental de Itajaí, CEP 88318-112, Itajaí, SC, Brasil; Universidade Federal de Lavras (UFLA) Caixa Postal 3037, CEP 37200-00, Lavras – MG; Lancaster University, Lancaster Environment Centre Lancaster, University Lancaster LA1 4YQ, United Kingdom

A inserção de recursos florais é uma importante ferramenta no recrutamento, direcionamento e atração de agentes de controle biológico em agroecossistemas. A massa corp destes indivíduos pode servir de indicativo do efeito desta diversificação no ambiente e, consequentemente, do incremento do controle biológico. Isso se deve ao fato de que inimigos naturais especialistas no manejo de pragas agrícolas tendem a ter massa corp menor, tais como himenópteros parasitoides. O objetivo deste trabalho foi investigar a relação espacial entre a massa corp de inimigos naturais especialistas e a presença do recurso fl Tagetes erecta L. (Asteraceae). O experimento foi realizado em cultivo de alface, durante o florescimento de T. erecta, cultivadas nas entrelinhas dos canteiros, em spots (1,7 x 0,2 m). Amostragens foram realizadas retirando todos os artrópodes presentes nas plantas de alface dos canteiros, em pontos de amostragem que irradiaram a partir das plantas de alface, aleatoriamente, em um raio de 0,5 a 6,5 metros. Todos os insetos foram acondicionados e levados ao laboratório, onde foram pesados, identificados e alocados em suas posições tróficas referentes ao agroecossistema avaliado. Os dados foram analisados através de modelos lineares de efeitos mistos. A massa corp dos inimigos naturais aumentou significativamente em relação à distância dos recursos florais (y = -0.2 + 0.072x; R² = 0.03; F = 8.68; P = 0.0036). A maior disponibilidade de recursos, proporcionada por T. erecta, possivelmente favoreceu esse processo. Nas proximidades das plantas de T. erecta foram coletados predominantemente parasitoides especialistas no controle biológico das pragas deste sistema. Desta forma, a medida que se aumentou a distância, os inimigos naturais tendem a ter maior massa corp e, consequentemente, menor especificidade. Baseado nestes resultados é possível construir estratégias para otimizar a inserção de recursos florais em ambientes agrícolas.

Palavras-Chave: controle biológico conservativo; olfatômetro; CG-EM

Apoio Institucional: FAPESC, CNPq, CAPES, FAPEMIG

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Tamanho é documento? Propriedade de conexões tróficas alteradas por recursos florais Marcelo Mendes Haro; Luís Cláudio Paterno Silveira; Andrew Wilby

Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri)

Sabidamente, recursos florais funcionam como recrutadores de inimigos naturais em ambientes agrícolas, muitas vezes potencializando o controle biológico. Estas alterações, e o possível funcionamento deste serviço do ecossistema, podem ser refletidas por parâmetros relacionados as conexões tróficas, tais como número de conexões (L), densidade das conexões (dependência do tamanho da rede trófica) e conectância (nº de possíveis links sobre o nº total de links possíveis (L/S²)). O objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto da presença do recurso fl Tagetes erecta L. (Asteraceae) nas propriedades da conexão tróficas. O experimento foi realizado em dois cultivos consecutivos de alface, durante a fase vegetativa e o florescimento de T. erecta, cultivadas nas entrelinhas dos canteiros, em spots (1,7 x 0,2 m). Amostragens foram realizadas retirando todos os artrópodes presentes nas plantas de alface dos canteiros. Todos os insetos foram acondicionados e levados ao laboratório, onde foram identificados e alocados em suas posições tróficas. Os dados foram analisados por meio do pacote cheddar no programa R. O número de conexões tróficas aumentou 248% (de 75 para 261) durante o florescimento, demonstrando maior densidade das conexões, que aumentou 64,50% (2,77 para 4,57). Consequentemente, no ambiente com recursos florais, a conectância diminuiu em 22,33% (0,103 para 0,08). Ambientes naturais, dotados de maior riqueza de espécies, são conhecidos por ter grande quantidade de conexões fracas e um pequeno número de conexões fortes entre espécies, diminuindo a conectância média do ambiente, e indicando uma maior estabilidade do mesmo. Desta forma, a presença dos recursos florais contribuiu para a maior interação entre espécies e estabilidade do agroecossistema, refletido pela diminuição da sua conectância. Um banco de dados baseado nestes parâmetros poderá auxiliar no diagnóstico do estado do controle biológico nos agroecossistemas e consequente otimização do manejo de pragas.

Palavras-Chave: controle biológico conservativo

Apoio Institucional: FAPESC, CNPq, CAPES, FAPEMIG

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Recursos florais mediando variações nas assimetrias predador- presa em agroecossistemas Marcelo Mendes Haro; Luís Cláudio Paterno Silveira; Andrew Wilby

Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri)

Plantas dotadas de recursos florais agem recrutando, direcionando e atraindo predadores e parasitoides nos agroecossistemas. Parâmetros de assimetria predador-presa podem servir de indicativos para o funcionamento do controle biológico no ambiente. Dentre estes índices destacam-se a onivoria (nº de indivíduos com presas em mais de um nível trófico), vulnerabilidade (nº médio de consumidores por presa) e a generalidade (nº médio de presas por consumidores). O objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto da presença do recurso fl Tagetes erecta L. (Asteraceae) nas assimetrias predador-presa. O experimento foi realizado em dois cultivos consecutivos de alface, durante a fase vegetativa e o florescimento de T. erecta, cultivadas nas entrelinhas dos canteiros, em spots (1,7 x 0,2 m). Amostragens foram realizadas retirando todos os artrópodes presentes nas plantas de alface dos canteiros. Todos os insetos foram acondicionados e levados ao laboratório, onde foram identificados e alocados em suas posições tróficas. Os dados foram analisados por meio do pacote cheddar no programa R. O índice de generalidade apresentou um aumento de 58,16% na presença do recurso fl (3,00 para 4,74), enquanto o índice de vulnerabilidade aumentou 65,26% (3,57 para 5,91). A onívoria, por sua vez, apresentou aumento de 71,42% (0,07 para 0,12). A maior abundância de inimigos naturais generalistas, tais como aranhas, contribuíram para o aumento destes índices. Estas assimetrias refletem a suscetibilidade de predação no ambiente. Desta forma, durante o florescimento das plantas de T. erecta, é maior a probabilidade de predação neste agroecossistema, o que, invariavelmente, afeta o controle biológico e possíveis surtos populacionais de pragas. Sendo assim, estes índices refletem informações pontuais sobre o estado do controle biológico em determinado ecossistema, podendo ser utilizado na construção de estratégias para otimizar a inserção de recursos florais em ambientes agrícolas.

Palavras-Chave: controle biológico conservativo; predadores; parasitoides

Apoio Institucional: FAPESC, CNPq, CAPES, FAPEMIG

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Parasitismo de Cotesia glomerata (Linnaeus 1758) (Braconidae), em Curuquerê-da-couve na região do Arenito Caiuá, PR Luiz G. dos Santos; Edimar Pertelini; Fabiana S. Machado; Ana C. da R. Alves; Alline de L. Rodrigues; Paulo H. M. da Silva; Greissi T. Giraldi; Julio C. Guerreiro

Universidade Estadual de Maringá

Devido à relevância dos prejuízos causados por agentes desfolhadores em hortaliças, a Curuquerê-da-couve Ascia monuste orseis (Latreille 1819) (Pieridae), tem destaque como um dos principais insetos-praga de brassicáceas, já que favorece a perda do potencial produtivo da planta. O controle biológico por sua vez é um importante aliado no controle de populações da mesma. Para demonstrar a importância desse parasitoide como agente do controle biológico, este trabalho teve como objetivo determinar a intensidade de parasitismo por meio do parasitoide Cotesia glomerata (Linnaeus 1758) (Braconidae), um microhimenóptero que deposita seus ovos em Curuquerê-da-couve. O experimento foi realizado na Fazenda Experimental da UEM - Campus Umuarama. Foram realizadas coletas mensais de lagartas entre 2º e 5º instar, nos períodos de maio de 2018 a janeiro de 2019 em diferentes espécies de brássicas. As coletas foram realizadas em um tempo de 90 minutos em cada amostragem e as lagartas coletadas foram alocadas em caixas plásticas e transportadas para o Laboratório de Entomologia, sendo alimentados com folhas de Raphanus sativus (Linnaeus) (Brassicaceae). Dos insetos coletados no campo anotou-se o número total de lagartas coletadas, número de lagartas parasitadas, número de parasitoides e a média de parasitoides por lagarta. Os dados foram analisados através de análise estatística descritiva. Coletou-se 623 lagartas, das quais 256 estavam parasitadas, demonstrando uma média de 42,19% de parasitismo, com destaque para os meses de maio, agosto, setembro e outubro, que obtiveram percentuais acima da média comparado com o total do período avaliado. Para o número de parasitoides, observou-se a emergência de 6035 microhimenópteros, refletindo em cerca de 23,57 parasitoides por lagartas. Dessa forma pode-se dizer que o parasitismo por C. glomerata é ferramenta essencial para o manejo integrado de pragas e para a manutenção de baixas densidades populacionais de curuquerê da couve em brássicas.

Palavras-Chave: Ascia monuste orseis; Parasitoides; Agentes biológicos

Apoio Institucional: Universidade Estadual de Maringá

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Parasitismo de ovos de percevejos em soja na região do Arenito Caiuá, Paraná Luiz G. dos Santos; Greissi T. Giraldi; Edimar Pertelini; Fabiana S. Machado; Eliseo G. T. Raniolo; Vitoria C. de S. Bonzanino; Diogo Ferrari; Julio C. Guerreiro

Universidade Estadual de Maringá

Dentre as principais pragas ocorrentes na cultura da soja destacam-se os percevejos fitófagos, um grupo de insetos que tem se mostrado de difícil controle, principalmente devido ao baixo número de princípios ativos eficientes. Visando alternativas para esse cenário, este trabalho teve o objetivo de avaliar a incidência e potencial do controle biológico natural realizado pelo parasitoide Telenomus podisi Ashmead (Platygastridae), na região do Arenito Caiuá, PR. O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental da UEM - Campus Umuarama. Para determinar a incidência do parasitoide foram efetuadas coletas semanais no período de novembro de 2018 a março de 2019, em lavouras de soja. As amostragens foram realizadas através de observações visuais, percorrendo a área experimental durante 1 hora. Por ocasião da observação de oviposições, foram anotadas informações sobre o local de deposição na planta e estas foram coletadas e alocadas em sacos de papel previamente identificados, encaminhadas para o Laboratório de Entomologia da UEM, onde foram analisadas as variáveis de número de oviposições, número de ovos por oviposição, espécies ovipositantes e hospedeiros, além do percentual de parasitismo. Os dados foram avaliados através de estatística descritiva. Durante o período de amostragem foram coletadas 283 oviposições, totalizando 3085 ovos de percevejos, sem considerar a espécie da praga. A partir desses dados observou-se 58,60% de parasitismo em ovos de Euschistus heros Fabricius (Pentatomidae), 48,47% em Piezodorus guildinii Westwood (Pentatomidae), 79,21% em Dichelops melacantus Dallas (Pentatomidae) e 34,38% em Nezara viridula Linnaeus (Pentatomidae). Já para os locais de ocorrência de oviposições, foi observado de modo geral, que o maior índice de parasitismo ocorreu no terço inferior da planta, com cerca de 42,85%. Sendo assim, o parasitismo natural de ovos de percevejos, tem uma eficiência relevante no controle dessas pragas.

Palavras-Chave: Telenomus podisi; Parasitismo natural; Controle biológico

Apoio Institucional: Universidade Estadual de Maringá

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Um novo passo na produção de Trichogramma Westwood: Criopreservação de ovos de Mythimna sequax Franclemont (Lepidoptera: Noctuidae)

Magda Fernanda Paixão; Luís Amilton Foerster

Universidade Federal do Paraná

A produção massal de Trichogramma Westwood (Hymenoptera: Trichogrammatidae) em hospedeiros alternativos de baixa qualidade nutricional pode interferir na capacidade de parasitismo, reprodução e longevidade. Estudos indicam que parasitoides originados de ovos diminutos não são adequados ao parasitismo de ovos mais volumosos, como os ovos dos noctuídeos que atacam as grandes culturas anuais como soja, milho e algodão. Neste trabalho avaliou-se a viabilidade de ovos de Mythimna sequax (Franclemont) (Lepidoptera: Noctuidae) criopreservados em nitrogênio líquido, por diferentes períodos, ao parasitismo por Trichogramma atopovirilia Oatman e Platner e Trichogramma pretiosum Riley. Os ovos foram estocados por um, três, seis, nove e 12 meses em nitrogênio líquido (- 196°C). Após o descongelamento, os ovos foram transferidos para tubos de vidro e expostos ao parasitismo por fêmeas de Trichogramma durante 24h. O parasitismo dos ovos estocados foi comparado com ovos não estocados. O delineamento foi inteiramente casualizado com seis períodos de estocagem e 20 repetições (2♀:20 ovos). A média de parasitismo por T. atopovirilia se manteve acima de 87% em todos os períodos de estocagem. Em T. pretiosum a média foi superior a 82% até os seis meses, reduzindo para 79% aos 12 meses de estocagem. A emergência dos adultos chegou a 90% para T. atopovirilia e 92% para T. pretiosum aos 12 meses de estocagem. A capacidade reprodutiva e a longevidade das progênies de T. atopovirilia e T. pretiosum originadas de ovos de M. sequax estocados por nove e 12 meses não diferiu daquelas obtidas com ovos não estocados. A criopreservação de ovos de M. sequax em nitrogênio líquido mostrou-se viável para a produção das duas espécies de Trichogramma em ovos estocados por 12 meses, o que propicia a produção em larga escala de Trichogramma em ovos de alta qualidade nutricional, assim como a sincronização da produção de parasitoides com os períodos de ocorrência dos insetos-praga em culturas anuais.

Palavras-Chave: parasitoides de ovos; produção massal; baixa temperatura

Apoio Institucional: Bolsa de Pós-Graduação da Capes

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Desenvolvimento e capacidade reprodutiva de quatro espécies de Trichogramma em ovos de Mythimna sequax criopreservados Magda Fernanda Paixão; Tamara Akemi Takahashi; Luís Amilton Foerster

Universidade Federal do Paraná

A multiplicação de parasitoides de ovos em hospedeiros com baixa capacidade nutricional pode afetar a eficiência do parasitismo das pragas-alvo. Ovos de Mythimna sequax Franclemont (Lepidoptera: Noctuidae), criopreservados em nitrogênio líquido, tem potencial para utilização na criação massal de Trichogramma spp. (Hymenoptera: Trichogrammatidae). Neste trabalho, avaliou-se o desempenho de Trichogramma pretiosum Riley, Trichogramma atopovirilia Oatman e Platner, Trichogramma exiguum Pinto e Platner e Trichogramma galloi Zuchi em ovos de M. sequax estocados em nitrogênio líquido por 30 dias. Foram avaliados: parasitismo, emergência, razão sexual, tempo de desenvolvimento e capacidade reprodutiva. Após 30 dias, os ovos foram descongelados e expostos ao parasitismo por fêmeas das quatro espécies de Trichogramma por 24h, acondicionadas em tubos de vidro. O desempenho das espécies em ovos criopreservados foi comparado com ovos frescos não estocados. O delineamento foi inteiramente casualizado com quatro espécies de Trichogramma e 20 repetições (2♀:20 ovos). O parasitismo das espécies em ovos estocados foi superior a 84%, exceto para T. galloi (77%) e a emergência superior a 87%, exceto para T. galloi (80%). Entretanto, não houve diferença entre ovos estocados e não estocados. A estocagem não afetou a razão sexual, a longevidade e a capacidade reprodutiva das progênies das quatro espécies. Com exceção de T. atopovirilia, o tempo de desenvolvimento das progênies foi relativamente maior (±1 dia) em ovos estocados do que em ovos não estocados. No parasitismo acumulado, durante quatro dias, T. atopovirilia foi a espécie que apresentou as maiores taxas de parasitismo. A utilização de ovos de M. sequax estocados em nitrogênio líquido mostrou-se viável para a produção das quatro espécies de Trichogramma, uma vez que, a capacidade reprodutiva e o desenvolvimento dos parasitoides não foram afetados pela estocagem do ovo hospedeiro em comparação aos ovos não estocados.

Palavras-Chave: parasitoides de ovos

Apoio Institucional: Bolsa de Pós-Graduação da Capes

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Uso de dietas artificiales y suplementos alimenticios para optimizarla cría masiva de Coccinellidae (Coleoptera) Schneider, Marcela Inés; Fogel, Marilina Noelia; Scorsetti, Ana Clara

CEPAVE (CONICET UNLP)

El control biológico de plagas es una estrategia de control de bajo impacto ambiental que promueve la sustentabilidad de los sistemas agrícolas. La familia Coccinellidae sobresale dentro de los depredadores por su rol como enemigos naturales de plagas agrícolas y por su presencia espontánea en numerosos agroecosistemas. El uso de depredadores Coccinellidae como bionsumos requiere de poner a punto su cría masiva y si bien hay empresas que comercializan varias especies, requieren el uso de presa ficticia como huevos de Sitotroga cerealella, lo cual encarece la producción masiva de los mismos. El objetivo del presente trabajo fue probar tres dietas artificiales desarrolladas en el laboratorio con diferente proporción de carbohidratos y proteínas (A,B,C) y la suplementación con pulgón como presa (Rophalosiphum padi), pasas de uva y polen orgánico de abeja. Se evaluaron sobre dos especies de Coccinellidae (Eriopis connexa y Cycloneda sanguinea) y como puntos de evaluación se registraron: tiempo de desarrollo, supervivencia, fecundidad y fertilidad, proporción de progenie por individuo. De acuerdo a estos estudios, la dieta A permitió un desarrollo óptimo y el agregado tanto de polen como pasas de uva como suplementos alimenticios aumentaron el desempeño (depredación), fecundidad y fertilidad en ambas especies. Sin embargo, en estas especies cuando no se ofreció presa los parámetros de evaluación disminuyeron, pero con un % mínimo de presa (20 pulgones/día), dieta artificial y demás suplementos alimenticios permitió una cría en gran número con alta calidad a nivel de desempeño. Estos estudios demuestran la importancia de considerar otras opciones de alimentación además de la presa de cara a su cría masiva como bioinsumos, considerando que estas especies en condiciones naturales se alimentan de néctar, polen, etc. Los resultados obtenidos nos permiten pensar que la cría de coccinélidos como bioinsumos en Argentina puede ser económicamente viable.

Palavras-Chave: control biológico; bioinsumos; cría artificial

Apoio Institucional: CONICET/PIP 0205

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Desenvolvimento e sobrevivência de larvas de Chrysoperla externa alimentadas com ovos de Spodoptera frugiperda Marcela V. de Campos; Bianca L. L. de Andrade; Patrícia S. Silva

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT)

Spodoptera frugiperda é conhecida como uma das pragas mais devastadoras de culturas de importância econômica. Produtos químicos têm sido utilizados para o seu controle e, embora eficientes, afetam a qualidade do alimento, a saúde do agricultor e do consumidor, ocasionando o aparecimento de resistência. Atualmente, há uma demanda da sociedade por alimentos saudáveis levando a busca de alternativas de controle de pragas, como biológico. Com o objetivo de realizar um estudo comparativo da biologia de C. externa alimentada com ovos de S. frugiperda e Anagasta kuheniella, o trabalho foi desenvolvido. Os ensaios foram conduzidos em laboratório com temperatura de 25ºC. 100 ovos de C. externa foram individualizados em tubos de ensaio (40mL) vedados com algodão e, após a eclosão, 50 larvas foram alimentadas com ovos de A. kuheniella e 50 com ovos de S. frugiperda. As seguintes características biológicas foram analisadas diariamente: duração e sobrevivência dos estágios de ovo, larva e pupa e razão sexual (número de fêmeas/número total de machos e fêmeas). C. externa completou seu ciclo biológico quando alimentada exclusivamente com ovos de S. frugiperda. A 25ºC, a duração ovo/adulto do predador alimentado com as duas presas foi de 28 dias. As larvas alimentadas exclusivamente com ovos de S. frugiperda apresentaram média de duração de 15,78 ± 1,20 dias e sobrevivência de 76%. A duração do período pupal e a razão sexual foram de 10,60 dias e 0,44, respectivamente. Já os indivíduos alimentados com A. kuheniella apresentaram duração média do período larval e pupal de 14,42 ± 2,06 e 12,44 dias, respectivamente, sobrevivência de 86% e razão sexual de 0,45. S. frugiperda constitui uma boa fonte alimentar para C. externa em laboratório. Não houve diferença entre as médias obtidas para a duração do estágio ovo-adulto e duração do estágio larval do predador em função do tipo de alimento oferecido. A sobrevivência do predador foi maior quando as larvas foram alimentadas com ovos de A. kuheniella. S. frugiperda é uma boa presa para criação de C. externa em laboratório, podendo ser promissora também em campo, onde provavelmente encontrarão o inseto-praga em diferentes estádios de desenvolvimento, além de uma dieta mais variada.

Palavras-Chave: controle-biológico

Apoio Institucional: Fapemat, IFMT

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Capacidade predatória e desenvolvimento de Chrysoperla externa (Neuroptera: Chrysopidae) alimentadas com mosca-branca Marcela V. de Campos; Vivianne B. Pereira; Patrícia S. Silva

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT)

A mosca-branca (Bemisia spp.) é uma velha conhecida dos produtores de algodão. Nas últimas safras, este inseto vem representando uma ameaça a cotonicultura como praga e vetor de viroses. Atualmente o controle químico não tem obtido nível satisfatório de controle. O controle biológico é uma importante alternativa de controle para esta praga, incluindo a ação do predador Chrysoperla externa. Com o objetivo de determinar a capacidade predatória e o desenvolvimento de C. externa alimentadas com ovos de Bemisia spp. advindas de lavouras de algodão, o presente trabalho foi desenvolvido. Espécimes de C. externa foram coletadas em lavouras de algodão. Os espécimes coletados foram identificados e mantidos em gaiolas de criação em condições naturais para obtenção de ovos e multiplicação. Os ensaios foram conduzidos em laboratório, onde 42 ovos de C. externa foram individualizados em tubos de ensaio (40mL), vedados com algodão. Após a eclosão das larvas, foram oferecidos discos de folhas de 2 cm de diâmetro contendo ovos de mosca- branca coletados em campo para 21 larvas. Para as outras 21 foram oferecidos ovos de Anagasta kuheniella. As seguintes características biológicas foram estudadas por meio de observações diárias: duração e sobrevivência dos estágios de ovo e larva e capacidade de predação de ovos de mosca-branca. Para o estudo da capacidade predatória, diariamente foram oferecidos 30 ovos de mosca-branca. 24h após o oferecimento, o número de ovos consumidos era anotado, até o completo desenvolvimento larval. As larvas de C. externa alimentadas apenas com ovos de Bemisia spp. não conseguiram completar o seu desenvolvimento, não atingindo a fase adulta e apresentaram desenvolvimento mais lento que as larvas alimentadas com Anagasta, demonstrando influência da presa fornecida no período de desenvolvimento larval do predador. As larvas de C. externa podem consumir até 202,71 ovos de Bemisia spp. durante todo seu estágio larval.

Palavras-Chave: algodoeiro; bicho-lixeiro; controle-biológico

Apoio Institucional: Fapemat, IFMT

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Resposta comportamental de Aphelinus abdominalis (Hymenoptera: Aphelinidae) a óleos voláteis de Tagetes erecta Marcelo M. Haro; Luís Cláudio P. Silveira; Andrew Wilby; Juliana Olívia Nicolao

Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) - Estação Experimental de Itajaí

Pulgões são pragas comuns em cultivos agrícolas e podem ser controlados naturalmente com a presença de parasitoides, como Aphelinus abdominalis (Hymenoptera: Aphelinidae). Semioquímicos voláteis, liberados pelas rotas secundárias das plantas, são uma importante ferramenta no recrutamento, direcionamento e atração destes inimigos naturais em agroecossistemas. O presente estudo objetivou investigar a atratividade dos óleos voláteis de Tagetes erecta L. (Asteraceae) provenientes de diferentes órgãos coletados em diferentes estágios de desenvolvimento ao parasitoide A. abdominalis. Foram utilizadas folhas e flores coletadas 60, 90 e 120 dias após germinação totalizando seis tratamentos. A extração dos óleos voláteis foi realizada por arraste a vapor em aparelho de Clevenger modificado. A análise da composição química dos óleos voláteis foi realizada mediante cromatografia em fase gasosa (CG-FID) e cromatografia em fase gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG/EM). Para o bioensaio foi utilizado um olfatômetro em “Y” contendo como estímulo óleos voláteis de T. erecta extraídos de folhas e flores coletadas em diferentes épocas. A frequência relativa das respostas binomiais foi analisada por meio do teste Qui-quadrado. O parasitoide A. abdominalis respondeu positivamente aos óleos voláteis das flores de T. erecta advindos das três diferentes épocas de desenvolvimento. A maior porcentagem de escolha foi obtida no tratamento com flores de 120 dias, seguida por flores de 90 e 60, respectivamente. Os óleos voláteis provenientes das folhas não foram atrativos em nenhuma das idades. Houve diferenças quantitativas e qualitativas na composição dos óleos de flores e folhas, o que provavelmente influenciou no resultado do bioensaio. Sendo assim, as flores de T. erecta foram atrativas ao parasitoide A. abdominalis, podendo ser utilizada para manipular sua distribuição e abundância na paisagem agrícola.

Palavras-Chave: controle biológico conservativo; olfatômetro; CG-EM

Apoio Institucional: Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) - Estação Experimental de Itajaí

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Preferência de inimigos naturais de mosca-branca a diferentes grupos genéticos de bananeira Marcelo M. Haro; Ramon Felipe Scherer

Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) - Estação Experimental de Itajaí

A mosca-branca Aleurodicus dispersus (Russell, 1965) (Hemiptera: Aleyrodidae) figura entre os insetos pragas que atacam a bananeira, trazendo prejuízos diretos e indiretos sobre a produtividade da mesma. O controle biológico natural desta praga, aparece como a principal forma de manejo, devido a sua resistência as moléculas inseticidas existentes no mercado. A atuação destes inimigos naturais pode alterar em grupos pertencentes a genótipos diferentes. No presente estudo, avaliou-se a comunidade de inimigos naturais associada a A. dispersus em bananeiras de diferentes grupos genéticos. Os experimentos foram realizados em bananais do grupo Prata e Grande Naine, pertencentes ao banco ativo de germoplasma da Epagri - Estação Experimental de Itajaí. As amostragens foram feitas avaliando-se 30 plantas de cada grupo, durante 15 dias, nas quais foram computadas o número de inimigos naturais por colônia de mosca-branca. Posteriormente, os insetos foram coletados para identificação. Os dados foram comparados por meio da análise de variância teste F. As aranhas da família Salticidae representaram os inimigos naturais presentes nas colônias de A. dispersus coletadas no experimento em ambos os grupos genéticos avaliados. As bananeiras do grupo Grande Naine apresentaram maior abundância de inimigos naturais, com uma taxa de 2,37 inimigos naturais por colônia de mosca-branca registrada. Por outro lado, as bananeiras do Grupo Prata apresentaram 0,40 inimigos naturais por colônia computada. Os mecanismos químicos e ecológicos envolvidos neste processo ainda precisam ser estudados, mas o indicativo desta atratividade a inimigos naturais pode ser utilizado em programas de manejo integrado desta praga em cultivos comerciais.

Palavras-Chave: controle biológico conservativo; predadores; manejo integrad;

Apoio Institucional: Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) - Estação Experimental de Itajaí

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Development of Diatraea saccharalis in artificial diet with different anti-contaminants and effect on the parasitism of Cotesia flavipes Marcelo M. Freitas; Juliana B. Silva; Dagmara G. Ramalho; Sergio A. De Bortoli

São Paulo State University (Unesp), School of Agricultural and Veterinarian Sciences, Department of crop protection, 14883-000, Jaboticabal-SP, Brazil

The sugarcane borer, Diatraea saccharalis (Fabricius) (Lep.: Crambidae), is considered a key pest of sugarcane in Brazil. The main management strategy of this pest is through biological control with the endoparasitoid Cotesia flavipes (Cameron) (Hym.: Braconidae). The mass production of this natural enemy occurs in the laboratory using as host larvae of D. saccharalis kept in artificial diet. The use of anti- contaminants in artificial diet to insects rearing is necessary for the control of microorganisms, with formaldehyde being widely used. However, due to its toxicity to human health, alternative products, with similar efficiency and less harmful have been studied. Therefore, the objective of this work was to evaluate the efficiency of alternative substances to formaldehyde in diet, as well as the effect on the development of D. saccharalis and C. flavipes. The anti-contaminants evaluated were: Formaldehyde, sodium benzoate, potassium sorbate and 2-phenylphenol. As 100% mortality was observed in the larvae of D. saccharalis in the diet containing 2- phenylphenol, this product was not included in the analyses. Among the other treatments, sodium benzoate caused the lowest percentage of contamination in the diet, showing no significant difference in larval and pupal survival of D. saccharalis when compared to formaldehyde and Potassium sorbate. The larval and pupal periods did not differ between the three treatments, while the longevity of adults and the total period were higher with the sodium benzoate, and there was no significant difference in the pupal weight. There was no difference in the number of emerged adults of C. flavipes, as well as the number of unviable pupae and the sex ratio of the parasitoid. Thus, sodium benzoate and potassium sorbate can replace formaldehyde in artificial diet of D. saccharalis, highlighting the first because of its greatest protection in the medium regarding the contamination.

Palavras-Chave: biological control; mass-rearing; sugarcane borer

Apoio Institucional: São Paulo State University (Unesp), School of Agricultural and Veterinarian Sciences

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Taxonomia integrativa dos himenópteros parasitoides do bicudo- do-algodoeiro no Brasil Priscila K. Corralero1; Tânia M. Guerra1; Valmir A. Costa2; Marcelo T. Tavares1

1Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Ciências Biológicas/Programa de Pós- graduação em Ciências Biológicas - 29.075-910 - Vitória, ES – Brasil; 2Instituto Biológico/APTA - C.P. 70 - 13001-970 - Campinas, SP – Brasil. [email protected]

O curculionídeo Anthonomus grandis Boheman 1843, introduzido no Brasil há cerca de 30 anos, é considerado praga-chave das lavouras de algodão nas Américas. Cerca de 43% das informações levantadas sobre seus parasitoides focam em duas vespas das famílias Braconidae e Pteromalidae, entretanto, são relatadas pelo menos outras 13 espécies de vespas de seis famílias no Brasil. As espécies silvestres de vespas parasitoides desse besouro raramente estão identificadas e há carência de informações taxonômicas básicas a respeito das mesmas. Para o sucesso de programas de controle biológico é importante que os organismos sejam identificados corretamente. Este trabalho busca reavaliar a taxonomia das espécies de himenópteros parasitoides de larvas e pupas de A. grandis que ocorrem no Brasil e fornecer mecanismos para o adequado reconhecimento e identificação. Os exemplares foram obtidos de material previamente criado de hospedeiro ou depositado em coleções. A morfologia de cada espécie está sendo estudada para o levantamento de dados diagnósticos, e confecção de descrições e chave interativa ilustrada. A chave está sendo produzida no programa Lucid® e será disponibilizada no Portal Biodiversidade de Chalcidoidea (www.biochalcid.ufes.br). Até momento, sete espécies foram estudadas, são elas: Urosigalphus sp; Bracon sp.(Braconidae); Conura fusiformis (Ashmead, 1904) (Chalcididae), Eupelmus cushmani (Crawford, 1908) (Eupelmidae); Eurytoma sp.(Eurytomidae); Jaliscoa grandis Burks, 1954 e J. hunteri (Cawford, 1908) (Pteromalidae). Conura fusiformis é registrado pela primeira vez atacando A. grandis e Urosigalphus sp é uma espécie nova para a ciência.

Palavras-Chave: Anthonomus grandis; Chave de identificação; Controle biológico

Apoio Institucional: INCT-HYMPAR (CNPq/ FAPESP/ CAPES) e FAPES.

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Volatile compounds emitted by soybeans under multiple infestations of herbivores attract the predator Neoseiulus californicus Dalila D. Duarte; Bárbara L. Fialho; Marcos A.M. Fadini; Júlio O.F. Melo

Universidade Federal de São João Del Rei

Induced resistance in plants is an important strategy in an integrated pest management program. The objective of this study was to evaluate the preference of Neoseiulus californicus (McGregor, 1954) (Acari: Phytoseiidae) to volatile soybean plants submitted to single and multiple herbivory by two-spotted spider mite, Tetranychus urticae Koch, 1836 (Acari: Tetranychidae) and velvetbean larva, Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818 (Lepidoptera, Noctuidae). Using a Y olfactometer the following treatments were evaluated: soybean without any infestation x soybean infested with A. gemmatalis; soybean infested with T. urticae x soybean infested with A. gemmatalis and soybean infested with T. urticae x soybean infested with both T. urticae and A. gemmatalis. The volatiles compound captured from the plants submitted to these treatments, were analyzed by a Trace GC Ultra gas chromatograph coupled to a mass spectrometer with a solid phase micro- extraction ion-trap (SPME) and identified. We conclude that T. urticae feeding promotes a response of soybean plants producing volatile compounds that attract the predator mite N. californicus as a mechanism of indirect induced resistance. The multiple herbivory of T. urticae and A. gemmatalis modifies the chemical profile of the volatile compounds emitted by soybean plants and does not interfere in the search behavior of N. californicus. Among the 29 identified compounds only five promoted the predator mite response. Thus, independent of single or multiple herbivory by T. urticae with or without A. gemmatalis, the indirect induced resistance mechanism operate similarly. So this mechanism contributes to increase the efficacy of the mite predator, N. californicus, on phytophagous mites biological control in the soybean fields.

Palavras-Chave: Indirect induced defense; Chemical ecology; Plant resistance

Apoio Institucional: Fapemig, CNPq

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Preferência hospedeira de Telenomus podisi entre ovos de Dichelops melacanthus, Euschistus heros e Podisus nigrispinus Mariana M. Neiva; Ana P. Queiroz; Érica A. Taguti; Adeney de F. Bueno

Universidade Federal do Paraná

Em campo, os parasitoides poderão ter que escolher entre diferentes espécies de hospedeiros disponíveis. Portanto, o conhecimento da preferência hospedeira do parasitoide liberado é fundamental e pode afetar diretamente na eficiência do controle da praga-alvo. Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar a preferência hospedeira de Telenomus podisi entre ovos dos percevejos Dichelops melacanthus, Eschistus heros e Podisus nigrispinus. Para a condução do estudo, foram montadas arenas, utilizando garrafas de polietileno com microtubos de plástico do tipo Duran, dispostos de modo equidistante, na parte inferior da garrafa. Três experimentos independentes foram conduzidos em câmara climatizada (T: 25±2°C; UR: 80±10%; Fotoperíodo: 14/10h C/E) em delineamento inteiramente casualizado com 3 tratamentos (D. melacanthus x E. heros x P. nigrispinus) em um dos ensaios e 2 tratamentos (D. melacanthus x E. heros ou D. melacanthus x P. nigrispinus) em 2 dos ensaios e 15 repetições. Cada arena foi considerada uma repetição. Aproximadamente 40 ovos de cada hospedeiro foram colados em cartelas brancas, identificadas, e colocadas em tubos do tipo Duran localizados em lados opostos da arena. Nas arenas foram liberadas quatro fêmeas de T. podisi de 24 h de idade, e o ensaio teve a duração de 24 horas. O parâmetro avaliado foi o número de ovos parasitados em cada hospedeiro. No primeiro experimento, o número de ovos de D. melacanthus (30,8) e de P. nigrispinus (23,7) parasitados por T. podisi foi maior quando comparado a E. heros (11,8). Nos testes de dupla chance de escolha, D. melacanthus (16,5) teve maior número de ovos parasitados foi em relação a E. heros (8,6) e D. melacanthus (27,9) em relação ao P. nigrispinus (19,5). Portanto, fica evidente a preferência de T. podisi pelos ovos do hospedeiro D. melacanthus, o que é indicador do potencial de sucesso para utilização desse parasitoide no controle biológico desta espécie.

Palavras-Chave: controle biológico; parasitoide; teste de preferência

Apoio Institucional: Embrapa Soja, CNPq

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Efeito de diferentes idades do parasitoide e do hospedeiro no parasitismo de Telenomus podisi Mariana M. Neiva; Ana P. Queiroz; Rafael Hayashida; Marcela L. M. Grande; Antonio R. Panizzi; Adeney de F. Bueno

Universidade Federal do Paraná

Percevejos sugadores de sementes compreendem um dos grupos de insetos mais importantes que atacam a soja, e uma das alternativas de controle biológico é a liberação de parasitoides de ovos. Este trabalho relata resultado de seis estudos independentes relacionados ao impacto da idade dos parasitoides e hospedeiros sobre o parasitismo de Telenomus podisi em ovos de Euschistus heros e Dichelops melacanthus. Nos bioensaios 1 e 2, as fêmeas de T. podisi (1, 3 e 10 dias de idade) foram individualizadas e foram ofertados, aproximadamente, 25 ovos de cada hospedeiro, por 24 h. Nos bioensaios 3 e 4, aproximadamente, 25 ovos de D. melacanthus e E. heros (1, 2, 3, 4 e 5 dias de idade) foram oferecidos a fêmeas de T. podisi por 24 h. Nos bioensaios 5 e 6, os ovos dos hospedeiros foram oferecidos às fêmeas de T. podisi para avaliar a preferência do hospedeiro. Em geral, T. podisi apresentou características biológicas desejáveis para um agente de biocontrole bem sucedido. A capacidade de parasitismo de ovos dos hospedeiros mais velhos (até cinco dias de idade), mesmo após a privação do hospedeiro por 10 dias. Essas características biológicas não são apenas vantajosas para o Controle Biológico Aumentativo (CBA) no campo, mas também para a criação massal de parasitoide em laboratório. Para atender às necessidades de criação de insetos ou de liberações em programas de CBA no campo, nossos resultados sugerem que os adultos de T. podisi podem ser armazenados (até 10 dias), a 25°C para uso ior, sem maior comprometimento do desempenho subsequente dos parasitoides. Além disso, nas colônias, ovos de percevejos não precisam ser coletados todos os dias, considerando que o parasitismo de T. podisi em ovos E. heros e D. melacanthus ocorre igualmente do primeiro até o terceiro dia de idade. Esses resultados são de interesse teórico e prático e seu conhecimento pode contribuir significativamente para o sucesso do uso de T. podisi em programas de CBA.

Palavras-Chave: percevejo marrom; percevejo barriga-verde; parasitoide de ovos

Apoio Institucional: Embrapa Soja, CNPq

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O armazenamento de ovos de Euschistus heros (Fabricius) (Hemiptera: Pentatomidae) em baixas temperaturas, afeta o parasitismo de Telenomus podisi (Ashmead) (Hymenoptera: Platygastridae)? Marília Corrêa de Melo; Aloisio Coelho Jr; José Roberto P. Parra

Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz

O experimento foi realizado utilizando-se ovos de Euschistus heros (Fabricius) (Hemiptera: Pentatomidae) armazenados em “freezer” comercial por 1, 2, 3 e 4 meses, sendo o grupo controle composto por ovos coletados no dia (24h). A definição do período máximo de armazenamento deu-se a partir de experimentos prévios, mostrando que era possível armazenar ovos do percevejo-marrom-da-soja por até 120 dias. Aproximadamente 50 ovos com diferentes períodos de armazenamento foram expostos ao parasitismo por uma fêmea copulada de Telenomus podisi (Ashmead) (Hymenoptera: Platygastridae), individualizada em tubo de vidro. O parasitismo foi permitido durante 24h à temperatura de 25±1°C, UR 70±10% e fotofase de 14h. Foram avaliados os seguintes parâmetros biológicos de T. podisi: i) capacidade de parasitismo, avaliada pela contagem de ovos escurecidos; ii) viabilidade do parasitismo, medida pela razão entre o número de ovos escurecidos que apresentavam orifício de saída em relação aos ovos escurecidos sem tal orifício; iii) duração do período ovo-adulto determinado por uma média ponderada, do período desde o parasitismo até a emergência de todos os adultos, com avaliações diárias. Os ovos com três e quatro meses de armazenamento foram mais parasitados em relação aos ovos com menor período (1 e 2 meses), sendo que aproximadamente 10 ovos a mais foram parasitados para este período. Por outro lado, apesar de serem mais parasitados os ovos com maior período de armazenamento apresentaram uma viabilidade de parasitismo baixa, inferior a 50%, enquanto ovos com um (1) e dois meses de armazenamento apresentaram uma viabilidade superior a 80%. Por outro lado, para ovos coletados no dia a viabilidade do parasitismo foi de 99%. A duração do período ovo-adulto também foi afetada pelo armazenamento dos ovos, sendo tal parâmetro menor em ovos coletados no dia; ovos com armazenamento superior a um (1) mês apresentaram um tempo de desenvolvimento, em média, superior em um (1) dia.

Palavras-Chave: controle de qualidade

Apoio Institucional: Embrapii-ESALQ

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Parasitismo sobre broca da cana criadas em dietas artificiais com redução de caragenato e corante Mateus Pires; Laila H. Mihsfeldt; Jael S.S. Rando; Camila D. R. Matta; Gabriela V. Silva; Karina da S. Marquito; Gabriele do P. Borges; Pedro H. P. Mendes; Renan F. C. de Almeida; Renan de O. Almeida

UENP/CLM

A broca da cana-de-açúcar Diatraea saccharalis (Fabr., 1794) é a principal praga dos canaviais. Seu controle, através de liberações sucessivas de Cotesia flavipes, empregando copos plásticos resulta em uma eficiência muito elevada, porém causa contaminação ambiental devido ao longo tempo necessário para a decomposição do plástico. Para realizar estudos sobre a eficiência desse parasitismo no campo, algumas características são desejáveis para facilitar e tornar o resultado mais confiável, como o uso de marcadores que possam ser transferidos para a massa cotonosa formada pelo parasitoide e também adotar mudanças na dieta de realimentação das lagartas e que facilitem a separação das massas cotonosas dos restos de dieta. Com esse propósito foram preparadas 9 dietas de alimentação, sendo 4 com adição de 1, 2, 3 e 4mL do corante Calco Oil Red® (COR), dissolvido na proporção de 1g de corante para 10 mL de óleo de soja e outras 4 com 10, 20, 30 e 40% a menos de caragenato e a dieta de alimentação que foi usada como testemunha. A dieta com o corante COR foi eficiente na transmissão da coloração para a C. flavipes através do parasitismo, sem influenciar no período de desenvolvimento da lagarta e no desenvolvimento de massas cotonosas. Já as dietas com redução de caragenato não foram eficientes no que tange a produção de massas cotonosa de boa qualidade. Sugere-se a continuação dos estudos para estabelecer qual a melhor concentração de COR que pode ser acrescentada na dieta, tanto de alimentação quanto de realimentação, e que não interfira nem na biologia da lagarta nem na do parasitoide.

Palavras-Chave: Diatraea saccharalis; criação; biologia

Apoio Institucional: UENP/CLM

305

Parasitismo em Spodoptera frugiperda (J.E.Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) em milho na fazenda escola do CLM Mateus Pires; Laila H. Mihsfeldt; Jael S.S. Rando; Gabriela V. Silva; Matheus de O. Moscardini; Karina S. Marquito; Gabriele do P. Borges; Pedro H.P. Mendes; Renan F. C. de Almeida; Renan de O. Almeida

UENP/CLM

Um dos fatores que podem comprometer a produção de milho são os insetos, dentre eles destaca-se a lagarta Spodoptera frugiperda que ataca diversas culturas sendo praga chave em milho. Com o objetivo de avaliar parasitoides associados à lagarta do cartucho, foram realizadas duas amostragens em área cultivadas com milho nos meses de maio e junho de 2018. As temperaturas médias, na 1ª e 2ª coletas, foram 12,8 e 19ºC, respectivamente, enquanto a umidade relativa foi de 32 e 53% e as plantas estavam nos estádios de V6 a V8. Foram coletadas 264 lagartas (142 lagartas na 1ª coleta e 112 na 2ª coleta). As lagartas foram levadas ao laboratório de Entomologia e Nematologia do Campus Luiz Meneghel/UENP, individualizadas em tubos de vidro de fundo chato e alimentadas com folhas de milho. Avaliou-se diariamente para observar a morte das lagartas ou a formação de pupas da praga ou de parasitoides. Quando os parasitoides emergiram foram identificados no nível de família usando uma chave dicotômica de identificação. Calculou-se a frequência de parasitismo. Conclui-se que, das lagartas de Spodoptera frugiperda coletadas, emergiram moscas da família Tachinidae e vespas da família Ichneumonidae. A porcentagem de parasitismo na 1ª coleta foi de 0,7% e na 2ª foi de 13,93% para as moscas e de 1,63% para vespas na 2ª coleta.

Palavras-Chave: Zea mays; Hymenoptera; Diptera

Apoio Institucional: UENP/CLM

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Influência do número de pupas por cápsulas biodegradável na razão sexual de Cotesia flavipes Mateus Pires; Laila H. Mihsfeldt; Jael S.S. Rando; Gabriela V. Silva; Karina da S. Marquito; Wallace da S. Alves; Gabriele do P. Borges; Pedro H. P. Mendes; Renan F. C. de Almeida; Renan de O. Almeida

UENP/CLM

A espécie Cotesia flavipes é um importante parasitoide para o controle de Diatraea saccharalis, em cana-de-açúcar. Este agente é liberado de forma inundativa, desde a década de 1970, através da utilização de copos plásticos, prática onerosa e prejudicial ao ambiente. Métodos alternativos de liberação tem sido estudados, como a utilização de cápsulas esféricas biodegradáveis liberadas via drone. Assim, este trabalho teve por objetivo avaliar influência da quantidade de massas cotonosas de C. flavipes por cápsulas sobre a razão sexual. Para tanto foi estabelecida uma relação entre o número de pupas por massa com o peso da massa. Foram, no total, quatro tratamentos equivalentes ao número de pupas por cápsulas (50, 100, 150 e 300). Após a emergência e saída dos adultos a partir dos orifícios das cápsulas, ofertou-se à 40 fêmeas recém emergidas de cada tratamento uma lagarta de D. saccharalis apta a ser parasitada. As lagartas foram colocadas em tubos de vidro de fundo chato com dieta artificial de realimentação até a formação das massas cotonosas, que foram retiradas da dieta e alocadas em tubos de vidro até a emergência das vespas. Realizou-se a contagem de adultos, a separação por sexo e a razão sexual. Os resultados mostraram que no tratamento com 50 pupas a razão sexual foi de 0,55, enquanto que no tratamento com 300 pupas a razão foi zero, ou seja, apenas machos. Conclui-se assim que a quantidade de pupas por cápsulas pode influenciar na eficiência do controle a campo, visto que o parasitismo é realizado pelas fêmeas e que, de acordo com o presente estudo, o mais viável seria a liberação de mais pontos por hectare com menor quantidade de vespas por ponto. Estudos adicionais devem ser realizados para verificação da eficiência a campo.

Palavras-Chave: Diatraea sacharalis; liberação; cana-de-açúcar

Apoio Institucional: UENP/CLM

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Suplementação alimentar do ácaro predador Stratiolaelaps scimitus no controle biológico do nematoide das galhas em tomate Matheus F.P. Moreira; Vinicius C. Borges; Graziela G. Pereira; Leticia H. Azevedo; Eric Palevsky; Gilberto J. de Moraes; Fernando L. Cônsoli

ESALQ/USP

O controle biológico com ácaros edáficos vem sendo utilizado em todo mundo, estes organismos alimentam-se de uma ampla gama de espécies as quais são um dos fatores decisivos para que estes ácaros se mantenham em populações elevadas nas diferentes condições dos solos naturais ou agrícolas. Desse modo, buscou-se avaliar uma estratégia de controle biológico conservativo utilizando Stratiolaelaps scimitus (Womersley,1956) (Acari: Mesostigmata) com o fornecimento do nematoide de vida livre não patogênico Rhabditella axei (Cobbold,1884)(Rhabdita: Rhabditae) como um alimento alternativo, no controle de Meloidogyne incognita (Kofoid White, 1919)( Rhabdita: Meloidogynidae). Utilizou-se como planta modelo o mini-tomate (cv. Microt-tom). As plântulas foram transplantadas em vaso plásticos de 400ml preenchidos com substrato comercial, permanecendo-se em casa de vegetação. Os tratamentos consistiram na interação entre S. scimitus, R. axei e M. incognita. Nos tratamentos com o nematoide da galha, inoculou-se 2000 indivíduos por planta após 14 dias do transplantio das mudas, já nas plantas com R. axei e/ou S. scimitus estes foram adicionados 3 vezes por semana começando-se 5 antes dias da inoculação de M. incognita, sendo 10 ácaros predadores por planta e 10000 nematoides de vida livre; provenientes de colônias devidamente isoladas no laboratório de Acarologia da ESALQ/USP. Os parâmetros analisados foram: produtividade, número de galhas nas raízes, teor de clorofilas e brix dos frutos. Obtiveram-se resultados positivos da interação S. scimitus e nematoide de vida livre para diminuição populacional do nematoide fitopatogênico e das galhas em relação aos demais tratamentos; e manutenção da produtividade e eficiência dos processos fisiológicos em relação aos controles sem nematoide de galha. Com isso, demonstrando uma nova possibilidade do uso de presas alternativas para incrementar as estratégias de controle biológico aplicado e conservativo com o uso de ácaros predadores.

Palavras-Chave: Ácaros edáficos; Rhabditella axei; Teia alimentar

Apoio Institucional: CNPQ; FAPESP

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Parasitismo natural de ovos de Chrysodeixis includens por Trichogramma pretiosum em variedades de soja transgênica submetidas Matheus H. Ferreira; Laís A. de Santis; Luan O. dos Santos; Diego F. Fraga

Faculdades Associadas de Uberaba - FAZU

Chrysodeixis includens Walker, 1858 (Lepidoptera: Noctuidae) é uma importante praga em cultivos de soja no Brasil. O parasitismo de seus ovos pode ser uma valiosa ferramenta no seu controle, porém, os efeitos da adoção de práticas agronômicas, tais como a adubação, sobre este controle são pouco conhecidos. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da adubação fosfatada sob o parasitismo natural de ovos de C. includens por Trichogramma pretiosum Riley, 1879 (Hymenoptera: Trichogrammatidae) em soja transgênica. A pesquisa foi realizada em Uberaba/MG, no ano agrícola de 2018-2019. O delineamento experimental adotado foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 2x4x3, a saber: duas variedades de soja transgênica (NS 7709 e 96Y90); quatro doses de -1 -1 -1 -1 adubação fosfatadas (0 kg.ha , 40 kg.ha , 80 kg.ha , 120 kg.ha de P2O5); e três terços das plantas (superior, médio e inferior), com quatro repetições cada. Os ovos de C. includens presentes nas plantas (n=4) foram coletados semanalmente nas parcelas. A oviposição iniciou-se no estádio vegetativo V5, com picos entre os estádios reprodutivos R1 e R3 e, ainda, observou-se que C. includens preferiu ovipositar em plantas da variedade NS7709 (2,1 ovos/planta). Ao avaliar a concentração de ovos nas regiões das plantas, observou-se que os terços inferior e médio foram os mais utilizados para oviposição pela praga (1,37 e 0,71 ovo/planta, respectivamente). Ainda, foi constatado que a adubação fosfatada influenciou na ocorrência dos ovos, em que foram encontrados mais ovos nas plantas adubadas com as doses de 80 kg.ha-1 e 120 kg.ha-1 (0,81 e 1,18 ovo/planta, respectivamente). Resultados semelhantes foram encontrados para o número de ovos parasitados por planta, em que foram encontrados em maior quantidade nas plantas da variedade NS7709 (0,90 ovo/planta), bem como nos ovos parasitados encontrados nas plantas adubadas com as doses de 80 kg.ha-1 e 120 kg.ha-1 (0,18 e 0,71 ovo/planta, respectivamente).

Palavras-Chave: Controle biológico natural

Apoio Institucional: Fundação de amparo á pesquisa de Minas Gerais - FAPEMIG

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Seletividade de inseticidas químicos a Trichogramma spp. (Trichogrammatidae), parasitoides de Erinnyis ello L.( Sphingidae) Matheus M. do Carmo; Leidiane C. Carvalho; Claudecir C. Martins; Letícia D. Zanachi; Gabriele L. Hoelscer; Pablo W. R. Coutinho; Vanda Vanda Pietrowski

Universidade Estadual do Oeste do Paraná

O sistema atual de produção, devido à alta demanda por alimentos, energia e fibra, reflete nos problemas fitossanitários. O manejo inadequado das culturas provoca desequilíbrio do agroecossistema, refletindo nos inimigos naturais. O objetivo foi avaliar a seletividade de inseticidas químicos a Trichogramma ssp., parasitoides de E. ello. Os tratamentos consistiram da utilização de 5 produtos: Lufenuron + profenofos (Benzolurina + organofosforado); cipermetrina (piretoide); lambda- cialotrina (piretoide); zeta-cipermetrina (piretoide); espinetoram (espinosinas); testemunha (água destilada) e 4 espécies de Trichogramma spp. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial, sendo; 5 produtos químicos e testemunha x 4 espécies x 6 repetições, cada repetição era composta por 4 insetos. Após o preparo da calda, conforme recomendação da dosagem pelo fabricante, tubos de ensaios foram mergulhados nas caldas dos tratamentos mencionados. Em seguida, foram retirados e esperou-se até a secagem do excesso de calda. Após, os parasitoides foram liberados nos tubos e, estes foram tampados, colocados em bandejas plásticas e acondicionado B.O.D à temperatura de 25 ± 2ºC UR de 70 ± 10 % e fotofase de 14 horas. Doze horas (1 dia), após a liberação dos insetos nos tubos foi realizado a avaliação de mortalidade. Finalizada a avaliação, os insetos foram retirados dos tubos e acondicionados em BOD, para avaliação residual aos 3 e 7 dias após a aplicação do produto, seguindo o mesmo procedimento da avaliação mencionada. Os dados foram submetidos à ANAVA e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5%. Não houve interação entre as espécies na primeira avalição (1 dia), e na avalição residual do dia 3, no entanto, houve diferença estatística entre a testemunha e os inseticidas. Na avaliação residual (7 D) para a espécie 1, houve interação entre espécies e inseticidas, apresentando maior mortalidade inseticida 1, 4 e 5, seguido do 3 e menor mortalidade na testemunha. Para as espécies 2, 3 e 4 apenas a testemunha difere estatisticamente dos demais. Portanto, não foi verificada seletividade a Trichogramma spp, em nenhum dos inseticidas avaliados.

Palavras-Chave: Manihot esculenta Crantz; Controle biológico; mandarová da mandioca

Apoio Institucional: ATIMOP- Associação Técnica das Indústrias de Mandioca do Paraná

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Oscilação da umidade relativa do ar afetando o parasitismo de Trichogramma galloi sobre ovos de Diatraea saccharalis Murilo Gaspar Litholdo; Rodolfo P. Carneiro; Matheus B. Oliva; Luis R. Rodrigues; Alexandre de S. Pinto; Marta M. Rossi; José R. P. Parra

Farmbio Controle Biológico

O parasitismo de ovos de Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794) (Lepidoptera: Crambidae) por Trichogramma galloi (Zucchi, 1988) (Hymenoptera: Trichogrammatidae) é afetado negativamente por umidades extremas. Entretanto, a umidade oscilante, que é natural durante o dia, pode amenizar o impacto dos extremos. Este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito da umidade relativa do ar oscilante no parasitismo de T. galloi em laboratório. Foram realizados dois ensaios, utilizando-se dessecadores ajustados às diferentes umidades com soluções de ácido sulfúrico em diferentes concentrações (primeiro ensaio) ou câmaras climatizadas reguladas (segundo ensaio). Dentro dos dessecadores ou câmaras foram colocados tubos de vidro contendo uma fêmea recém-emergida do parasitoide e uma postura de D. saccharalis recém-colocada, com cerca de 30 ovos, fechado com tecido que permitia trocas gasosas. Nos dois ensaios, foram utilizadas 30 repetições e a sala dos dessecadores foi mantida a 26±2ºC e fotofase de 12h e as câmaras climatizadas a 25±1ºC e fotofase de 14h. No primeiro ensaio, foram avaliados quatro tratamentos: parasitismo realizado em 80% (24h) e desenvolvimento do parasitoide em 100% de umidade, a situação contrária e parasitismo e desenvolvimento em 80 e 100%. No segundo ensaio, foram cinco tratamentos: ovos parasitados e mantidos em 30 ou 80% de umidade, ovos parasitados (24h) em 30 e o desenvolvimento em 80% ou o contrário e parasitismo e desenvolvimento em 30 e 80% (12 h em cada umidade). Quando o parasitismo foi realizado em 80% e o desenvolvimento do parasitoide ocorreu a 100%, o menor número médio de ovos parasitoides foi registrado, diferindo estatisticamente (Tukey, 5%) apenas do tratamento 80% de umidade do ar. No segundo ensaio, não ocorreram diferenças estatísticas entre os tratamentos. A oscilação da umidade relativa do ar, que é a condição natural de campo, diminui os impactos das umidades extremas ou constantes.

Palavras-Chave: biologia

Apoio Institucional: Esalq

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Impacto da umidade constante e oscilante no parasitismo de Trichogramma galloi sobre ovos de Diatraea saccharalis Murilo Gaspar Litholdo; Rodolfo P. Carneiro; Matheus B. Oliva; Luis R. Rodrigues; Alexandre de S. Pinto; José R. P. Parra

Farmbio Controle Biológico

O parasitoide Trichogramma galloi Zucchi (Hymenoptera: Trichogrammatidae) é utilizado no controle de ovos de Diatraea saccharalis (F.) (Lepidoptera: Crambidae) em cana-de-açúcar no Brasil em quase dois milhões de hectares, durante todo o ano. Sabe-se que os fatores abióticos afetam a biologia de um inseto, sendo a umidade limitante para muitos deles. T. galloi é liberado em campo em todas as épocas do ano e não se conhece o impacto de altas e baixas umidades sobre a sobrevivência dele. Portanto, este trabalho teve por objetivos avaliar o efeito da umidade relativa do ar constante e oscilante no parasitismo de T. galloi em ovos de D. saccharalis em laboratório. Foram realizados dois ensaios em laboratório, utilizando-se dessecadores ajustados às diferentes umidades com soluções de ácido sulfúrico em diferentes concentrações. Dentro dos dessecadores foram colocados tubos de vidro contendo uma fêmea recém-emergida do parasitoide e uma postura de D. saccharalis recém-colocada, com cerca de 30 ovos, fechado com tecido que permitia trocas gasosas. No ensaio de umidade constante, os tratamentos foram dessecadores mantidos com 40, 60, 70, 80±5 e 100% de umidade, com 30 repetições, em sala climatizada (26±2ºC e fotofase de 12h). No ensaio de umidade oscilante, foram avaliados 10 tratamentos com trinta repetições cada, tendo eles o parasitismo realizado em 80% de umidade e após 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10 dias nessa umidade as posturas foram levadas para dessecador mantido a 40%, até o final do desenvolvimento. Em umidade constante, aquela mantida em 100% afetou negativamente o parasitismo. Em umidade oscilante, quando o ovo parasitado ficou entre um e três dias em umidade de 80% e depois foi mantido até a emergência do adulto em 40%, houve redução na porcentagem média de emergência. A fase inicial de desenvolvimento do parasitoide é mais sensível às baixas umidades do que as demais fases.

Palavras-Chave: biologia; parasitoide de ovo; controle biológico

Apoio Institucional: Esalq

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Resposta funcional de Chrysoperla externa quando alimentado com ovos e ninfas da mosca branca do cajueiro Aleurodicus cocois Wenner V. A. Saraiva; Neville V. Monteiro; Nivia da S. Dias-Pini; José W. da S. Melo; Antonio G. L. de Souza; Lucas de L. Farias; Gabriela P. de S. Maciel; Poliana M. Duarte

Embrapa Agroindústria Tropical

A mosca-branca Aleurodicus cocois Curtis, 1846 (Hemiptera: Aleyrodidae) é uma das principais pragas do cajueiro Anacardium occidentale L. no Brasil. No presente estudo avaliamos o potencial predatório da larva de primeiro instar Chrysoperla externa Hagen, 1861 (Neuroptera: Chrysopidae) contra ovos e ninfas de primeiro instar de A. cocois. A regressão logística indicou que a larva de C. externa exibiu uma resposta funcional do tipo II independente da presa oferecida e o consumo aumentou com a densidade de ovos e ninfas de A. cocois até um ponto máximo, após o qual teve um lento decréscimo. O valor da taxa de ataque (a′) não diferiu para as diferentes presas, no entanto o tempo de manuseio (Th) foi maior quando ninfas de A. cocois foram oferecidas como alimento. Os resultados indicaram que C. externa é um potencial agente de controle biológico da mosca-branca A. cocois em cultivos de cajueiro.

Palavras-Chave: Anacardium occidentale; Controle biológico; Crisopídeo

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

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Inimigos naturais de Aculus schlechtendali (Eriophyidae): uma praga quarentenária reportada em macieiras no Sul do Brasil Darliane E. Silva; Aline M. Pavan; Joseane M. Nascimento; Liana Johann; Noeli J. Ferla

Universidade do Vale do Taquari - UNIVATES

Associados às macieiras encontram-se ácaros fitófagos com destaque para Aculus schlechtendali (Nalepa) (Eriophyidae), praga quarentenária relatada recentemente para a região Sul do Brasil. Nas regiões do mundo onde esta espécie acarina é reportada pode atingir o status de praga, tornando-se um problema a ser enfrentado pelos produtores. O objetivo deste trabalho foi coletar e identificar espécies acarinas predadoras associadas aos pomares de maçã nos estados de RS, SC e PR e que possam ser utilizadas, em estudos futuros, na avaliação de potenciais predadores deste eriofiídeo. Para a realização do levantamento, todas as regiões produtoras do Sul do Brasil foram amostradas, sendo quatro cidades do RS (28 pomares), oito de SC (42 pomares) e sete do PR (32 pomares). Em cada pomar foram amostradas vinte plantas escolhidas aleatoriamente de onde foram coletadas da região mediana duas folhas, totalizando 40 folhas/pomar. As folhas foram acondicionadas em sacos plásticos, etiquetados e levadas ao laboratório sob-baixa temperatura. A triagem foi realizada sob microscópio estereoscópico e os ácaros montadas em meio de Hoyer. A identificação foi realizada com o uso de microscópio óptico com contraste de fases e chaves dicotômicas. Espécies das famílias Phytoseiidae e Stigmaeidae foram comumente encontradas associadas aos pomares de maçã onde estava presente Aculus schlechtendali. Dentre os fitoseiídeos destacou-se Neoseiulus californicus (McGregor), presente em todas as regiões avaliadas, e Amblyseius neochiapensis Lofego, Moraes & McMurtry, presente apenas nos pomares do estado do PR. Dentre os estigmeídeos destacou-se Agistemus riograndensis Johann & Ferla, Agistemus floridanus Gonzalez e Zetzellia ampelae Johann et al. Agistemus riograndensis foi a espécie mais abundante. Neoseiulus californicus é um importante predador de tetraniquídeos em macieiras, enquanto que os Stigmaeidae são reportados como inimigos naturais associados preferencialmente aos eriofiídeos.

Palavras-Chave: Ácaros predadores; Agistemus riograndensis; Neoseiulus californicus

Apoio Institucional: CNPq, CAPES, FAPERGS e MAPA

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Cheyletus malaccensis como agente de controle de ácaro causador de alergia Juliana Granich; Matheus A. Conrad; Tamara B. Horn; Guilherme L. da Silva; Noeli J. FERLA

Univates

Foi realizado no laboratório de Acarologia (Univates) um estudo que objetivou a avaliação do ciclo de vida de Cheyletus malaccensis Oudemans, 1903 (Acari: Cheyletidae) alimentando - se de Dermatophagoides farinae Hughes, 1961 (Acariformes: Pyroglyphidae). Ambas espécies acarinas foram coletadas em poeira de fábrica de ração animal no RS, Brasil. As criações estoque foram mantidas à temperatura de 25±1°C, fotofase de 12 horas e umidade relativa de 80±10% num recipiente de plástico escuro. As colônias estoque de C. malaccensis foram alimentadas com ovos e diferentes estádios de D. farinae. Dez fêmeas de C. malaccensis foram mantidas separadamente na presença de machos. Foram retirados três ovos/fêmea e individualizados em arenas. Estas foram confeccionadas com placa de Petri de acrílico de 6 cm de diâmetro contendo uma camada de algodão no fundo sobreposta por um círculo de plástico preto. Nas paredes internas das placas, contornando este círculo foi colocado algodão umedecido para que não ocorresse a fuga dos ácaros. O teste foi mantido em temperatura de 25±1ºC e umidade relativa de 80±10%. Nas fases imaturas foram realizadas avaliações às 8, 14 e 20 horas e na fase adulta às 14h verificando a sobrevivência, o número de ovos postos e viabilidade. Os dados foram comparados através do teste t, ao nível de significância de 5% no programa BioEstat 5.0. A taxa de fecundidade de C. malaccensis foi de 146,75±0.93 ovos/fêmea num período de 23,75±3,69 dias e viabilidade de 97,03%. A taxa líquida de reprodução (Ro) foi de 52,9 vezes por geração, com duração média de uma geração (T) de 32,38 dias. A capacidade inata de aumento (rm) alcançou 0,12 fêmeas/fêmeas/dia, e a taxa finita de aumento (λ) foi 1,13 fêmeas/dia e o tempo de duplicação (TD) da população de 5,78 dias. Esse resultado demonstra que C. malaccensis é inimigo natural de D. farinae, sendo capaz de se desenvolver e reproduzir quando alimentado exclusivamente dessa espécie acarina.

Palavras-Chave: Ácaro da poeira

Apoio Institucional: CAPES, CNPq, FAPERGS e Univates

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Parasitismo de Telenomus remus e Trichogramma pretiosum sobre ovos de lepidópteros pragas da cultura do amendoim José R. L. Pinto; Odair A. Fernandes

FCAV/UNESP

Telenomus remus Nixon (Hymenoptera: Platygastridae) e Trichogramma pretiosum Riley (Hymenoptera: Trichogrammatidae) são amplamente utilizados para o controle de lepidópteros-praga em diversos países. Entretanto, a falta de pesquisas relacionadas ao uso desses organismos como agentes de controle biológico na cultura do amendoim impede o seu uso aplicado nas lavouras. Portanto, foi estudada a capacidade de parasitismo de T. remus e T. pretiosum em ovos de Stegasta bosqueella (Chambers) (Lepidoptera: Gelechiidae), Spodoptera cosmioides (Walker) e Spodoptera frugiperda (J. E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae), sob condições controladas (70 ± 10% UR e fotofase de 12 horas). Ovos de S. bosqueella e Spodoptera spp. foram oferecidos diariamente até a morte das fêmeas de T. remus e T. pretiosum. Não houve parasitismo de T. remus e T. pretiosum sobre ovos de S. bosqueella. O número médio de ovos de S. cosmioides e S. frugiperda parasitados por T. remus (59,2 ± 9,4 e 58,5 ± 9,5) foi maior em relação a T. pretiosum (20.9 ± 7.2 e 23.5 ± 4.5), sendo o parasitismo de ambos os parasitoides concentrados nas primeiras 24 horas. Fêmeas de T. remus atingiram 80% de parasitismo em ovos de Spodoptera spp. num período que variou de um a sete dias, enquanto T. pretiosum necessitou apenas de um a três dias. Telenomus remus foi a espécie que apresentou maior longevidade e número de parasitoides emergidos. Com relação a razão sexual, foi observada uma maior emergência de fêmeas de T. remus (0.61 ± 0.09 e 0.72 ± 0.10) se comparado a T. pretiosum (0.38 ± 0.11 e 0.39 ± 0.06), independentemente do hospedeiro avaliado. Esses dados poderão ser utilizados como base para o estabelecimento de futuros programas de controle biológico desses importantes lepidópteros pragas na cultura do amendoim. Todavia, prospecção de novos parasitoides de ovos para controle de S. bosquella precisa ser realizada.

Palavras-Chave: Parasitoide de ovos; Stegasta bosqueella

Apoio Institucional: Koppert Brasil - Produtos Biológicos, COPLANA, CAPES.

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Infestação de lagarta-do-cartucho em cultivo de milho submetido a diferentes estratégias de manejo Orcial C. Bortolotto; Aline P. Fernandes; Bruna T. Baixo; Paula K. K. Karpinski; Amanda F. Gregio; Lurdes Lepka; Jhonatan Spliethoff

Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná; Universidade Federal da Fronteira Sul/Laranjeiras do Sul

O manejo da Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae) tem sido um dos grandes desafios para a produção de milho no Brasil. Em razão da dificuldade do controle químico, o controle biológico tem despertado o interesse dos produtores. Desse modo, esse estudo objetivou avaliar a infestação de lagarta-do-cartucho em cultivo de milho submetido a diferentes estratégias de manejo da praga. O experimento foi realizado em duas áreas experimentais, localizadas em Londrina, durante a segunda safra de milho do estado do Paraná, Brasil. Foi utilizado o delineamento em parcelão (300 m2), sendo que os tratamentos investigados foram: controle biológico aumentativo [liberação massal de Telenomus remus (Hymenoptera: Platygastridae)], manejo integrado (aplicação de inseticidas quando a praga atingiu o nível de controle) e testemunha. No geral, foram quantificadas 1032 lagartas, no entanto, a infestação da praga e as injúrias foliares em milho foram semelhantes entre os tratamentos, em ambas as safras. De modo geral, o parasitismo natural das lagartas foi de 19%, não diferindo entre os tratamentos. Dentre as espécies de parasitoides emergidas, destacaram-se Architas marmoratus (36,5%) e Lespesia archippivora (20,3%) (Diptera: Tachinidae) na primeira safra e Campoletis flavicincta (55,4%) e Chelonus insularis (38,6%) (Hymenoptera: Braconidae) na segunda. Dentre os predadores, foram quantificados 92 indivíduos no total, com maior abundância de Lebia concinna (Coleoptera: Carabidae) (35%), hemípteros predadores (53%) e Doru luteipes (17%) (Dermaptera: Forficulidae). Por fim, observou-se que, em ambas as safras, a produtividade da testemunha foi semelhante aos tratamentos, provavelmente em razão da baixa infestação da praga e, consequentemente, suas injúrias ocasionadas.

Palavras-Chave: controle biológico; parasitismo; predadores

Apoio Institucional: Capes

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Espécies de pulgões e seus inimigos naturais em lavoura de trigo Orcial C. Bortolotto; Jessica Miri; Bruna T. Baixo; Paula K. K. Karpinski; Amanda Gregio; Lurdes Lepka; Carlos A. Lara; Marcelo Cruz Mendes

Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná

Os pulgões do trigo, se caracterizam por serem as principais pragas da cultura. No Brasil, foi estabelecido um programa de controle biológico de pulgões no fim da década de 70. No entanto, a ocorrência de seus parasitoides é desconhecida em muitas regiões tritícolas. Desse modo, este trabalho teve como objetivo identificar e realizar o levantamento populacional de pulgões e seus inimigos naturais na cultura do trigo. O trabalho foi realizado no município de Guarapuava (PR), na área experimental da Fazenda Três Capões. Para o levantamento populacional dos pulgões e seus inimigos naturais foram realizadas avaliações semanais, imediatamente após a emergência até a fase de grão massa dura. A identificação e a quantificação dos pulgões e seus inimigos naturais ocorreram a campo, enquanto os parasitados foram coletados e, iormente encaminhados ao Laboratório para serem identificados. No total, foram quantificados 168 pulgões, sendo que as espécies de pulgão encontradas foram Sitobion avenae (Fabricius, 1775), Rhopalosiphum padi (Linnaeus, 1758) e Rhopalosiphum maidis (Fitch, 1856) (Hemiptera: Aphididae) Os pulgões atingiram o pico populacional durante o estádio fenológico de grão leitoso do trigo. Dentre os parasitoides, foram encontradas a espécie Aphidius uzbekistanikus Luzhetzki, 1960 (n=14) e Aphidius ervi Haliday, 1834 (n=13) (Hymenoptera: Braconidae). Dentre os predadores, foram quantificados 12 sirfídeos, 22 coccinelideos e 8 crisopídeos. Em relação aos fatores climáticos, não se observou influência da chuva e da temperatura (média) sobre os pulgões, provavelmente em razão da baixa infestação. Por fim, este estudo registra três espécies de pulgões e duas de parasitoides que estão adaptados à região de Guarapuava.

Palavras-Chave: pulgões mumificados; Aphidiinae; predadores afidófagos

Apoio Institucional: Capes

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Estimativa do controle biológico prestado por coccinelídeos nativos na presença de Harmonia axyridis Karina S. G. Kubota; Gustavo M. Tostes; Thaís E. A. A. S. Torres; Iane P. Ferreira; Stephanie S. Ribeiro; Jenifer A. Soares; Debora P. Paula; Pedro H. B. Togni

¹Departamento de Ecologia, Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF; Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília, DF

A joaninha asiática Harmonia axyridis (Pallas) (Coleoptera: Coccinellidae) foi registrada no Brasil em 2002. Desde então, surgiram relatos de interações negativas entre H. axyridis e coccinelídeos nativos que podem comprometer o controle biológico de pulgões. O objetivo deste estudo foi determinar se a presença de H. axyridis afeta o controle biológico de pulgões por coccinelídeos nativos em sistemas orgânicos de produção de hortaliças. Foi realizado um experimento em três propriedades produtoras de brócolis orgânico no Distrito Federal que possuíam populações de H. axyridis coocorrendo com Cycloneda sanguinea (Linnaeus), Eriopis connexa (Germar) e Hippodamia convergens (Guérin-Meneville) (Coleoptera: Coccinellidae). Em cada propriedade, foram selecionadas no mínimo 25 plantas infestadas com afídeos. Em cada planta, populações de 10 a 50 pulgões por folha foram mantidas no interior de gaiolas de exclusão dos predadores e em outra folha com a mesma densidade de afídeos foi permitido o acesso aos predadores. Após cinco dias, o número de pulgões nos tratamentos era contabilizado. As populações de pulgões cresceram no interior das gaiolas de exclusão e decresceram fora. Além disso, quanto maior a densidade populacional de predadores maior era a redução populacional de afídeos fora das gaiolas de exclusão. Isso demonstra que o controle biológico prestado pelos coccinelídeos foi um fator relevante na mortalidade de pulgões. Nas propriedades com alta densidade populacional de H. axyridis a taxa de crescimento populacional de afídeos foi menor do que na propriedade com baixa densidade populacional de H. axyridis. Por outro lado, quando Hi. convergens era a espécie mais abundante, também ocorria o controle biológico de afídeos de forma satisfatória. Portanto, a eficiência do controle biológico prestado por coccinelídeos pode não estar ligado a presença da joaninha invasora em si, mas a quantidade de predadores em relação ao número de presas no ambiente.A joaninha asiática Harmonia axyridis (Pallas) (Coleoptera: Coccinellidae) foi registrada no Brasil em 2002. Desde então, surgiram relatos de interações negativas entre H. axyridis e coccinelídeos nativos que podem comprometer o controle biológico de pulgões. O objetivo deste estudo foi determinar se a presença de H. axyridis afeta o controle biológico de pulgões por coccinelídeos nativos em sistemas orgânicos de produção de hortaliças. Foi realizado um experimento em três propriedades produtoras de brócolis orgânico no Distrito Federal que possuíam populações de H. axyridis

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coocorrendo com Cycloneda sanguinea (Linnaeus), Eriopis connexa (Germar) e Hippodamia convergens (Guérin-Meneville) (Coleoptera: Coccinellidae). Em cada propriedade, foram selecionadas no mínimo 25 plantas infestadas com afídeos. Em cada planta, populações de 10 a 50 pulgões por folha foram mantidas no interior de gaiolas de exclusão dos predadores e em outra folha com a mesma densidade de afídeos foi permitido o acesso aos predadores. Após cinco dias, o número de pulgões nos tratamentos era contabilizado. As populações de pulgões cresceram no interior das gaiolas de exclusão e decresceram fora. Além disso, quanto maior a densidade populacional de predadores maior era a redução populacional de afídeos fora das gaiolas de exclusão. Isso demonstra que o controle biológico prestado pelos coccinelídeos foi um fator relevante na mortalidade de pulgões. Nas propriedades com alta densidade populacional de H. axyridis a taxa de crescimento populacional de afídeos foi menor do que na propriedade com baixa densidade populacional de H. axyridis. Por outro lado, quando Hi. convergens era a espécie mais abundante, também ocorria o controle biológico de afídeos de forma satisfatória. Portanto, a eficiência do controle biológico prestado por coccinelídeos pode não estar ligado a presença da joaninha invasora em si, mas a quantidade de predadores em relação ao número de presas no ambiente.

Palavras-Chave: Predador; serviço ecossistêmico; controle biológico conservativo

Apoio Institucional: UnB, CNPq, Embrapa

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Taxas de parasitismo do predador exótico Harmonia axyridis e de coccinelídeos nativos das Américas Iane P. Ferreira; Thaís E. A. A. S. Torres; Gustavo M. Tostes; Karina S. G. Kubota; Stephanie S. Ribeiro; Nicolle G. Moreira; Debora P. Paula; Valmir A. Costa; Pedro H. B. Togni

Departamento de Ecologia, Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF; Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília, DF; ³Instituto Biológico, São Paulo, SP

Harmonia axyridis (Pallas) (Coleoptera: Coccinellidae) é uma espécie exótica invasora no Brasil que tornou-se dominante nas comunidades de predadores afidófagos. Por isso, essa espécie pode comprometer o controle biológico prestado por coccinelídeos nativos. Uma das hipóteses que poderia explicar o sucesso da invasão de H. axyridis no Brasil é a ausência de inimigos naturais para regular suas populações. O objetivo deste estudo foi comparar a taxa de parasitismo entre H. axyridis e coccinelídeos nativos para compreender se este é um fator relevante a ser considerado no manejo da espécie invasora. Foram coletados adultos e imaturos de H. axyridis e dos predadores nativos Cycloneda sanguinea (Linnaeus), Eriopis connexa (Germar) e Hippodamia convergens (Guérin-Meneville) (Coleoptera: Coccinellidae) a cada 15 dias, de maio a setembro de 2018, em seis propriedades orgânicas produtoras de hortaliças no Distrito Federal. Os indivíduos coletados em campo eram mantidos em laboratório com dieta a base de afídeos até a emergência dos parasitoides ou até a morte natural dos indivíduos. No total, foram coletados 730 larvas e adultos de coccinelídeos. Em geral, as larvas dos coccinelídeos foram mais parasitadas (37,50% de parasitismo) do que os adultos (6,52%). A taxa de parasitismo total (larvas + adultos) das três espécies nativas foi 7,90%, enquanto o parasitismo total de H. axyridis foi 9,84%. As espécies nativas tiveram um maior parasitismo na fase larval enquanto que o parasitismo de H. axyridis foi maior na fase adulta. A espécie E. conexa foi o coccinelídeo mais parasitado (13,57%), seguido por H. axyridis (9,78%), H. convergens (4,78%) e C. sanguinea (4,26%). As taxas de parasitismo variaram ao longo do ano, sendo maiores nos períodos em que os coccinelídeos eram mais abundantes. Portanto, a falta de inimigos naturais não explica o sucesso de H. axyridis sobre os coccinelídeos nativos que desempenham o serviço de controle biológico de pulgões.

Palavras-Chave: Invasão biológica; joaninha; biodiversidade

Apoio Institucional: UnB, Embrapa

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Diversidade de parasitoides associados a coccinelídeos nativos e a Harmonia axyridis Gustavo M. Tostes; Iane P. Ferreira; Karina S. G. Kubota; Thaís E. A. A. S. Torres; Stephanie S. Ribeiro; Debora P. Paula; Valmir A. Costa; Pedro H. B. Togni

Departamento de Ecologia, Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF; Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília, DF; Instituto Biológico, São Paulo, SP

Muitos coccinelídeos possuem potencial para uso em estratégias de controle biológico clássico e aumentativo. Por isso, espécies como Harmonia axyridis (Pallas) (Coleoptera: Coccinellidae) foram introduzidas com sucesso em vários locais do mundo. Os parasitoides em geral podem afetar as populações de coccinelídeos e comprometer sua eficiência como agentes de controle biológico. É esperado que a espécie introduzida tenha menos parasitoides associados do que as espécies nativas que realizam o controle biológico natural na sua região de origem. Para testar essa hipótese, foram coletados larvas e adultos das espécies H. axyridis e dos predadores nativos Cycloneda sanguinea (Linnaeus), Eriopis connexa (Germar) e Hippodamia convergens (Guérin-Meneville) (Coleoptera: Coccinellidae) em seis propriedades orgânicas produtoras de hortaliças no Distrito Federal entre maio e outubro de 2018. As larvas e adultos dos coccinelídeos foram mantidos em laboratório até a emergência dos parasitoides ou até que os indivíduos morressem. Foram encontradas as seguintes espécies de parasitoides associados aos coccinelídeos: Homalotylus terminalis Say (Hymenoptera: Encyrtidae), Homalotylus mirabilis (Brethes) (Hymenoptera: Encrtidae), Dinocampus coccinellae (Schrank) (Hymenoptera: Braconidae) e Strongygaster triangulifera (Loew) (Diptera: Tachinidae). As espécies D. coccinellae e S. triangulifera foram encontrados parasitando adultos e H. terminalis e H. mirabilis foram encontrados parasitando larvas. Apenas H. mirabilis não foi encontrado parasitando larvas de H. axyridis. O parasitoide D. coccinellidae foi a espécie mais frequente nas amostras, sendo responsável por 66,7% do parasitismo observado em adultos de H. axyridis, 60,0% em C. sanguinea, 63.6% em H. convergens e 22,2% em E. connexa. Portanto, a diversidade de parasitoides associados a agentes de controle biológico nativos e as taxas de parasitismo são semelhantes ao encontrado para H. axyridis.

Palavras-Chave: controle biológico; joaninha; parasitismo

Apoio Institucional: UnB, Embrapa

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A criação de Telenomus remus, em laboratório, por gerações sucessivas, altera suas características para controle biológico? Pedro Holtz de Paula; Aloisio Coelho Jr; José Roberto P. Parra

Depto. de Entomologia e Acaralogia ESALQ - USP

O trabalho tem como objetivo avaliar se a criação do parasitoide Telenomus remus Nixon, por sucessivas gerações em laboratório, altera suas características como agente de controle biológico de Spodoptera frugiperda (J.E. Smith). O experimento foi iniciado com a coleta de uma população dos parasitoides provenientes do campo, com características do inseto selvagem. Esta população foi mantida em laboratório a 25oC e 75% de UR onde foram, apenas, oferecidos ovos de S. frugiperda para serem parasitados e mel puro para alimentação dos adultos. A partir da F1 a cada 5 gerações até F11 (F1; F6; F11), foram realizadas avaliações de características biológicas de T. remus: capacidade de voo, parasitismo e longevidade. O teste de voo foi feito no modelo ESALQ composto por um tubo de PVC com 15 cm de diâmetro, com seu interior coberto com um papel preto. O tubo de PVC foi fechado por uma tampa plástica transparente com cola na face interna e um anel de cola de 0,5 centímetro de largura circundando o tubo de PVC, a uma altura de 3,5 centímetros da base inferior da gaiola, qual serviu para captura dos parasitoides “caminhadores”. O parasitismo e longevidade foram avaliados, oferecendo-se diariamente cartelas contendo uma massa de ovos de S. frugiperda a fêmeas individualizadas em tubos, até a morte destas fêmeas. O parasitismo foi avaliado contando-se o número de ovos que escureceram (parasitados) na massa de ovos. A capacidade de voo de T. remus foi afetada, na geração F1 a proporção de voadores foi de 60% e a partir de F6 esta proporção decaiu para 40% (em F6 e F11). A capacidade de parasitismo foi semelhante em todas as gerações. A longevidade em F1 e F6 foi semelhante, por volta de 11 dias, diferindo de F11, que apresentou uma longevidade de oito dias.

Palavras-Chave: controle de qualidade

Apoio Institucional: Programa Unificado de Bolsas - PUB

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Galleria mellonella (L.) (Lepidoptera: Pyralidae) Como Hospedeiro Alternativo para criação de Trichogramma pretiosum Riley Rafael Hayashida; Ayres de O. Menezes Jr.; Renato R. Machado; Adeney de F. Bueno

1Universidade Federal do Paraná, Email: [email protected]; 2,3Universidade Estadual de Londrina; 4Embrapa Soja

O programa de controle biológico com parasitoides do gênero Trichogramma é um dos mais utilizados e estudados no mundo. A liberação massal desse parasitoide é uma importante ferramenta para o manejo integrado de pragas em diversas culturas, adicionando benefícios ecológicos e econômicos para quem a adota. Para tanto, são necessárias criações em laboratório do parasitoide e de seu hospedeiro. Atualmente são utilizados hospedeiros alternativos, sendo mais comum espécies de traças de grãos armazenados, por apresentarem praticidade em sua criação. O objetivo desse trabalho foi avaliar através de parâmetros biológicos do parasitoide, o potencial do uso de Galleria mellonella (L.) (Lepidoptera: Pyralidae) como hospedeiro alternativo para a produção de T. pretiosum. O estudo foi realizado em laboratório com condições controladas de 25±1ºC, 14:10 h L:E, e 70 ± 10% UR. Cartelas contendo massas com aproximadamente 100 ovos de G. mellonella em tubos de vidro (tubos de Duran), foram expostas à presença de fêmeas recém emergidas e acasaladas, por 4 dias, retirando-se as fêmeas após esse período. Foram realizadas 15 repetições e cada tubo representava uma repetição. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado. Para avaliar a adequabilidade de T. pretiosum em ovos de G. mellonella foram observados os seguintes parâmetros: taxa de parasitismo, porcentagem de emergência, tempo de emergência (dias) e razão sexual. Foi observada taxa de parasitismo média de 75%, emergência de 98% e uma razão sexual de 0,55 [fêmeas/(fêmeas+machos)], além disso, cerca de 89,6% dos parasitoides emergiram entre o 19º e o 23º dia após a exposição. Os resultados indicam a possibilidade de utilização de ovos de G. mellonella como hospedeiro de T. pretiosum. Entretanto, estudos adicionais são necessários para determinar a performance do parasitoide após sucessivas gerações, assim como viabilidade econômica para sua utilização do hospedeiro em larga escala em biofábricas.

Palavras-Chave: Controle Biológico Aplicado; Parasitoides de ovos; Criação massal

Apoio Institucional: Embrapa Soja

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Interação entre modos de liberação de Telenomus podisi: plantio direto (SPD) e convencional (SC) Rafael Hayashida; Ana P. de Queiroz; Adeney de F. Bueno

1,2Universidade Federal do Paraná; 3Embrapa Soja

O presente estudo foi realizado em condições de campo, em esquema fatorial triplo (2x2x2), sendo considerados dois sistemas [sistema de plantio direto (SPD) e sistema convencional (SC)] de cultivo de milho, dois tipos de liberações de Telenomus podisi (liberação em cápsula contendo pupas do parasitoide e liberação de adultos livres) e dois extratos de liberação (na planta e palhada, quando em SPD, ou na planta e solo, quando em SC). Em cada área foram avaliadas 10 cartelas contendo ovos de Dichelops melacanthus, sendo considerada cada cartela uma repetição. Para avaliar a eficiência da liberação, foi quantificado o número de ovos parasitados em cada tratamento. Foram realizadas avaliações no estágio V1 e no estágio V4-V5. No estágio V1 houve uma interação significativa entre os três fatores, sendo necessário desdobrar cada interação. Quando desdobrado os sistemas de plantio, em SPD, a maior quantidade de ovos parasitados foi encontrada na liberação de adultos em plantas (17,8 ovos) e a menor em cápsulas na palhada (1 ovo); enquanto em SC, a maior média observada foi de liberação de adultos em planta (12,8 ovos) em relação a todas as demais liberações. Quando desdobrados os modos de liberação, verificou-se que nas liberações de adultos, não houve diferenças significativas quanto à liberação na planta em ambos sistemas, SPD (17,8 ovos) e SC (12,8 ovos), no entanto, verificou-se diferença entre liberações no solo em SC (18,2 ovos) e liberação na palhada em SPD (1,7 ovo). Por outro lado, nas liberações em cápsulas não foi observada diferenças na quantidade de ovos independentemente ao sistemas e/ou extrato de liberação. Em V4-V5, não foi possível encontrar interação entre os fatores, sendo que a liberação de adultos (6,73 ovos) foi superior às cápsulas (2,85), a liberação na planta (7,9 ovos) foi superior à liberação no solo/palhada (1,65 ovo), no entanto, não foi possível observar diferença significativa entre os sistemas SPD e SC (4,73 e 4,83 ovos, respectivamente).

Palavras-Chave: Controle Biológico Aplicado

Apoio Institucional: Embrapa Soja

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Seletividade de inseticidas utilizados na cultura da soja a Trichogramma pretiosum em diferentes condições experimentais Carlos E. M. Neto; Thais K. V. Leão; João V. A. Sousa; Luiz F. R. Junior; Gustavo A. Simon; Rafael Hayashida; Eduardo L. Carmo

1,2,3,4,5, 7Universidade de Rio Verde, Rio Verde-GO; 6Universidade Federal do Paraná

No manejo integrado de pragas das culturas, a compatibilidade entre pesticidas e agentes de controle biológico é importante para preservação do equilíbrio do agroecossistema. Todavia, a realização de testes de seletividade padronizados é fundamental para classificar produtos quanto à toxicidade aos inimigos naturais. Testes em condições de laboratório são menos permissivos aos insetos, visto não existir rota de fuga, diferentemente do campo. Trabalhos de seletividade de produtos obtidos em condições controladas são inúmeros, porém, escassos a campo. Nessa condição, sobretudo a cultura da soja, se tornam relevantes, considerada a abrangência territorial e a quantidade de pesticidas empregados no controle de pragas dessa cultura. Este trabalho teve como objetivo avaliar a ação de inseticidas de amplo espectro, utilizados na cultura da soja, ao parasitoide de ovos Trichogramma pretiosum, Riley (Trichogrammatidae) em distintas condições experimentais. Os ensaios foram conduzidos nas dependências da Universidade de Rio Verde (UniRV), GO, na safra de verão 2018/2019. Parasitoides nas fases imaturas e adulta foram expostos ao contato com os inseticidas acefato e metomil em condições de laboratório e campo (soja em estádio R5), respectivamente. Para tanto, utilizou-se de metodologias propostas pela IOBC/WPRS para Trichogramma cacoeciae, Marchal (Trichogrammatidae). Dados da viabilidade do parasitismo foram submetidos à análise estatística e sua redução, em relação à testemunha, foi classificada de acordo com as normas da IOBC. A exposição dos estádios iniciais de desenvolvimento do parasitoide aos inseticidas, em condições controladas, reduziram o parasitismo, uma vez que foram classificados de levemente a moderadamente nocivos, respectivamente. A campo, houve menor efeito tóxico da aplicação dos inseticidas sobre a ação do parasitoide, classificados como inócuos. Portanto, testes de seletividade em diferentes ambientes experimentais podem expressar resultados divergentes.

Palavras-Chave: IOBC; parasitoide de ovos; viabilidade e redução do parasitismo

Apoio Institucional: Universidade de Rio Verde

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Efeito do parasitismo de Hexacladia smithii em aspectos biológicos e demográficos de Euschistus heros Michely Ferreira Santos de Aquino1; Edison Ryoiti Sujii1; Maria Carolina Blassioli-Moraes12; Miguel Borges12; Raúl Alberto Laumann12

1Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Parque Estação Biológica, PqEB, Av. W5 Norte (final) Brasília - DF, 2Programa de Pós-Graduação e Zoologia, Universidade de Brasília

O conhecimento da fauna de parasitoides associada aos percevejos adultos e o impacto em suas populações podem contribuir no desenvolvimento de ferramentas para o manejo de percevejos praga da soja. O objetivo deste trabalho foi estudar o impacto do parasitismo por Hexacladia smithii (Ashmead, 1891) (Hymenoptera: Encyrtidae) em parâmetros da dinâmica populacional de Euschistus heros (Fabricius, 1798) (Hemiptera: Pentatomidae) e modelar o impacto do parasitismo no crescimento populacional. Trabalhou-se com populações de insetos coletados em campos de soja do Distrito Federal. Foram avaliados a fecundidade e longevidade de E. heros parasitados e não parasitados por fêmeas de H. smithii e calculados os parâmetros demográficos (Ro ,Ro, rm, λ e T) utilizando o programa Life Table (SAS). Para estimar o crescimento populacional de E. heros sob diferentes condições (ciclo da soja, população de percevejos migrantes, porcentagem de parasitismo e contribuição de parasitoides de adultos e de ovos) foi utilizada a taxa intrínseca de crescimento de fêmeas não parasitadas (rmnp=0,07) e parasitadas (rmp=0,05). O crescimento populacional foi modelado utilizando a equação de crescimento exponencial. O parasitismo de H. smithii afetou a fecundidade de E. heros com consequente redução da taxa de crescimento populacional (Ro e rm) em comparação a fêmeas de E. heros não parasitadas. O efeito negativo do parasitismo também foi observado em simulações onde foram consideradas diferentes condições de parasitismo, migração de percevejos, duração de ciclo da soja e combinação com parasitismo de ovos. Nessas simulações as populações de E. heros parasitadas mostram uma redução significativa do crescimento populacional atingindo níveis finais menores que, em alguns casos, as mantem por baixo do nível de dano econômico. Os resultados sugerem que um manejo adequado dos parasitoides pode resultar em um fator regulador do crescimento populacional de E. heros.

Palavras-Chave: regulação de populações; dinâmica populacional; parasitoides

Apoio Institucional: EMBRAPA, CNPq, FAP-DF

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Comportamento de busca de hospedeiros pelo parasitoide de ovos Telenomus podisi em ambientes com estímulos multimodais Ana Carolina Gomes Lagôa1; Brunna Leticia Oliveira Santana2; Maria Carolina Blassioli-Moraes3; Miguel Borges3; Raúl Alberto Laumann3

1PPG Zoologia, Universidade de Brasília, Brasília-DF, Brasil 2Universidade Paulista – UNIP, Brasília- DF, Brasil 3Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília, Brasil

Parasitoides de ovos da família Platygastridae são importantes agentes de controle biológico. Quando forrageiam procurando hospedeiros fêmeas destes parasitoides utilizam uma série de estímulos produzidos direta ou indiretamente por seus hospedeiros. A possível sinergia entre estímulos multimodais, que pode potencializar sua atratividade, é praticamente desconhecida. Neste trabalho se avaliou o comportamento de fêmeas do parasitoide de ovos Telenomus podisi Ashmead, 1893 (Hymenoptera: Platygastridae) em resposta a associação de estímulos visuais (cor do substrato) e estímulos de natureza química e física. Para isto a cor do substrato foi combinada com: (1) sinais vibratórios produzidos pelo percevejo Euschisthus heros (Fabricius, 1798) (Hemiptera: Pentatomidae), (2) voláteis induzidos por herbivoria de plantas de soja com injúria alimentar de E. heros, (3) voláteis emitidos por adultos de E. heros e (4) rastros químicos liberados no substrato por E. heros. Os experimentos foram realizados em arena de dupla escolha. Cada combinação de estímulos foi avaliada da seguinte forma: quatro testes onde em um braço da arena foi oferecido um dos estímulos (cor do substrato, sinais vibratórios ou estímulos químicos) versus controle (ausência de estímulo). Posteriormente, para estudar a possível sinergia entre estímulos, foi avaliada a resposta do inseto quando os estímulos foram combinados dois a dois versus a cor do substrato. As fêmeas do parasitoide mostraram resposta quimiotáxica para todos os estímulos avaliados em relação ao controle. No entanto, o possível efeito sinérgico ou aditivo das combinações dos estímulos não foi observado. Os resultados sugerem uma sequência de uso ou gradiente de estímulos em lugar de uma integração de informação. Esta informação é relevante quando se considera a utilização de estes estímulos para o manejo comportamental dos parasitoides visando o controle biológico.

Palavras-Chave: comportamento; sinergia; inimigo natural

Apoio Institucional: EMBRAPA, CNPq, FAP-DF, CAPES

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Differentiation of parasitized or non-parasitized Tephritidae pupae based on hyperspectral reflectance profiling Simone Mundstock Jahnke; Christian Nansen; Daniel Capella Zanotta

Universidade federal do Rio Grande do Sul

One possible alternative to insecticide-based control of economically important fruit fly (Tephritidae) species is to deploy biological control with parasitoids. In this method, a large number of parasitoids are produced in mass rearing and later released into the field. Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) (Hym., Braconidae) is used to control several species of tephritids of economic importance in different fruit producing countries. During mass rearing of the parasitoids, quality control is important to optimize the operations. In addition, quality control can be deployed in fields, in which the biological control agent is released. In both types of quality control, the key challenges are to discriminate between parasitized and non- parasitized pupae. Hyperspectral profiling is being deployed in studies of insects and specifically to both parasitism and ontogeny of pupae. The main purpose of this study was to determine, through the use of hyperspectral imaging and analysis of average reflectance, differences between parasitized pupae of Anastrepha fraterculus (Wiedemann) and Ceratitis capitata (Wiedemann) (Tephritidae). Images of groups of pupae of each species parasitized or not, were obtained. A hyperspectral camera (PIKA II, Resonon Inc., Bozeman, MT) was used. Spectral bands were used to develop reflectance-based classification models for each species. The mean reflectance of parasitized pupae was higher than that from non-parasitized, both for A. fraterculus and C. capitata. The profiles indicate that parasitism of the host pupae was detectable for the spectral range between 407 and 630 nm for C. capitata and between 590 and 900 nm for A. fraterculus. The results of this study show the potential of the hyperspectral image as a tool for the quality control of Tephritidae parasitoids rearing.

Palavras-Chave: fruit fly; parasitoid; image analysis

Apoio Institucional: CNPq, CAPES

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Competição interespecífica entre os himenópteros Diachasmimorpha longicaudata (Braconidae) e Aganaspis pelleranoi (Figitidae) Roberta Agostini Rohr; Simone Mundstock Jahnke; Luiza Rodrigues Redaelli; Jéssica Ckless Pereira; Geluse Medronha Caldasso

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) (Hymenoptera: Braconidae) é um parasitoide utilizado para o controle de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) e tendo sido introduzido em vários países da América, inclusive no Brasil. O parasitoide nativo da região americana Aganaspis pelleranoi (Brèthes) (Hymenoptera: Figitidae), é uma espécie frequente e abundante em levantamentos à campo e considerado promissor em programas de controle biológico. Ambas as espécies parasitam preferencialmente larvas de terceiro ínstar. Assim, o trabalho objetivou avaliar a competição interespecífica entre D. longicaudata (DL) e A. pelleranoi (AP), em larvas de Anastrepha fraterculus (Wiedemann) (Tephritidae). Os bioensaios foram realizados em laboratório, oferecendo-se larvas hospedeiras a somente um parasitoide em uma única ocasião, em duas ocasiões ou ainda para as duas espécies de parasitoides, alternando a sequência de oferecimento. Houve seis regimes de exposição: AP; DL; AP-AP; DL-DL; AP-DL; DL-AP, com 40 repetições cada. Foram registrados os números médios de pupários parasitados e parasitoides emergidos, índice de parasitismo e a razão sexual da prole. A média de pupários parasitados e parasitoides emergidos foi maior nos tratamentos DL-DL e DL-AP (6,3 ± 0,24; 6,2 ± 0,24, respectivamente). O índice de parasitismo foi de 41,2% para AP, 53,7% para DL, 43,5% para AP-AP, 72,1% para DL-DL. Para o tratamento AP-DL foi de 12,6 % (AP) e de 46% (DL) e para DL-AP, foi de 60,3% (DL) e 7,9% (AP). Quando os hospedeiros foram expostos somente uma vez aos parasitoides, a razão sexual foi desviada para machos (0,47 AP; 0,49 DL), mas quando expostos duas vezes independente do tratamento, exceto AP-DL (0,41 DL), gerou prole com mais fêmeas, variando de 0,52 a 0,60. Os resultados demonstram que há competição entre os parasitoides, quando ambos parasitam o mesmo hospedeiro. Independente da ordem de ocorrência do parasitismo, D. longicaudata suprime a emergência de A. pelleranoi.

Palavras-Chave: controle biológico

Apoio Institucional: CNPq, CAPES

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A importância do parasitismo natural no controle de noctuídeos tolerantes a soja Bt Tamara A. Takahashi; Adélia M. Bischoff; Magda F. Paixão; Guilherme Nishimura; Luís A. Foerster Universidade Federal do Paraná

Espécies de noctuídeos naturalmente tolerantes à toxina Cry1Ac vem demonstrando potencial em ocasionar danos à cultura da soja. Com a diminuição nas aplicações de inseticidas na cultura, espera-se que inimigos naturais possam controlar naturalmente tais espécies. O objetivo desse trabalho foi verificar a densidade de lagartas e seus parasitoides larvais em soja Bt durante as safras de 2017/18 e 2018/19. O levantamento foi realizado em uma área de 14 hectares no município de São José dos Pinhais (25°36’46.0”S, 49°08’21.5”W), Paraná, entre os meses de janeiro e março No primeiro ano a área foi semeada com a cultivar Syn13671IPRO e no segundo ano com as cultivares M5617IPRO e Syn1561IPRO. As lagartas foram coletadas semanalmente pelo método do pano-de-batida em 10 pontos aleatorios da área. Os espécimes foram levados ao laboratório, e individualizados e alimentados com folhas de soja da área de onde foram coletados. Após a emergência de mariposas e parasitoides, estes foram enviados para a indentificação por especialistas. Na safra 2017/2018, um total de 30 lagartas foram coletadas, das quais Spodoptera eridania (Cramer), 1782 (Lepidoptera: Noctuidae) correspondeu a 73,33%, Spodoptera cosmioides (Walker), 1858 (Lepidoptera: Noctuidae) 20% e Peridroma saucia Hübner, 1808 (Lepidoptera: Noctuidae) 6,67%. O parasitismo foi de 66,67% em S. cosmioides, 31,82% em S. eridania e 50% em P. saucia. Na safra 2018/2019, 245 lagartas foram coletadas, das quais 11,43% foram representada por S. cosmioides, 85,31% por S. eridania e 3,27% por Spodoptera frugiperda (Smith), 1797 (Lepidoptera: Noctuidae). O parasitismo natural foi de 14,29% para S. cosmioides e 15,79% para S. eridania. Das lagartas de S. frugiperda coletadas, nenhuma estava parasitada. O controle biológico conservativo deve ser considerado como a principal tática de manejo para o controle das espécies naturalmente tolerantes às toxinas Bt.

Palavras-Chave: levantamento populacional; pano-de-batida; parasitoide larval

Apoio Institucional: CAPES

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Biologia de uma nova espécie de Aleiodes sp. (Hymenoptera: Braconidae) parasitando lagartas de Spodoptera eridania (Cramer) Tamara A. Takahashi; Eduardo M. Shimbori; Luís A. Foerster

Universidade Federal do Paraná

A expansão do cultivo de soja geneticamente modificada com genes da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt) alterou significativamente o manejo de pragas devido à sua eficiência no controle dos insetos-alvo. Espécies de Spodoptera Guenée, 1852 (Lepidoptera: Noctuidae) apresentam baixa ou nenhuma suscetibilidade à soja que expressa a toxina Cry1Ac. O uso de inimigos naturais, como parasitoides, para o controle dessas espécies garante eficiência e durabilidade à tecnologia ao diminuir a pressão de seleção de insetos resistentes, sendo Aleiodes sp. Wesmael, 1838 (Hymenoptera: Braconidae) um promissor agente de controle. O objetivo desse trabalho foi verificar o parasitismo e o desenvolvimento de Aleiodes sp. em lagartas de Spodoptera eridania (Cramer), 1782 (Lepidoptera: Noctuidae) em soja Bt. Quinze lagartas de segundo instar alimentadas desde a eclosão com folhas de soja convencional ou Bt foram expostas, por 24 horas, por uma fêmea previamente copulada de Aleiodes sp., repetindo-se o mesmo procedimento durante três dias. Foram avaliados o parasitismo acumulado durante os três dias de avaliação, tempo de desenvolvimento ovo-adulto, peso do casulo, emergência e razão sexual. Não houve diferença estatística em nenhum dos parâmetros avaliados entre os dois tratamentos. O parasitismo médio (± EP) foi de 55,06 ± 3,60% no tratamento com soja Bt, e 55,72 ± 3,95% em soja convencional. O peso médio dos casulos foi de 4,1 ± 0 mg nas lagartas alimentadas com soja Bt e 4,2 ± 0,10 mg em soja convencional. O tempo médio de desenvolvimento de ovo-adulto no tratamento convencional foi 16,09 ± 0,11 dias e no Bt de 15,95 ± 0,09 dias. A emergência foi superior a 85% nos dois tratamentos. A razão sexual no tratamento Bt foi de 0,41 e de 0,43 no tratamento convencional. Os resultados indicam que a biologia do parasitoide não foi afetada pela presença da toxina Bt (Cry1Ac) nas folhas de soja, corroborando seu potencial de estabelecer-se e controlar naturalmente S. eridania em campo.

Palavras-Chave: Controle biológico; parasitoide larval

Apoio Institucional: CAPES

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Dinâmica do parasitoide Quadrastichus mendeli em galhas de Leptocybe invasa em mudas de Eucalyptus grandis x E. camaldulensis Thais A. Mota; Amanda R. Souza; José R. Passos; Barbara O. Puretz; Carolina Jorge; Sidnei Dallacort; Carla C. Jardim; Caroline D. Souza; Lorena E. D. C. Hilário; Carlos F. Wilcken

Universidade Estadual Paulista "Julio Mesquita Filho"

A vespa-da-galha-do-eucalipto, Leptocybe invasa (Hymenoptera: Eulophidae) é uma praga exótica, com alto potencial de danos em viveiros e em plantações de Eucalyptus spp. O controle biológico tem demonstrado ser uma ferramenta promissora pela eficiência de controle. O parasitoide Quadrastichus mendeli (Hymenoptera: Eulophidae), recentemente encontrado no Brasil, é um dos principais agentes de controle de L. invasa em diversos países. O objetivo foi avaliar o parasitismo de L. invasa por Q. mendeli em mudas de Eucalyptus grandis x E. camaldulensis em condições laboratoriais, com infestação de L. invasa. Mudas de eucalipto com 90 dias de idade, infestadas naturalmente por fêmeas de •L. invasa, foram acondicionadas em uma sala climatizada com 25°C ± 2°C, UR de 70 ± 10% e fotofase de 12 h. As galhas presentes nas mudas já haviam a presença do parasitoide por infestação natural do viveiro. No primeiro tratamento foi liberado cerca de 5 fêmeas de Q. mendeli por muda durante três dias, no segundo tratamento foi considerado apenas o parasitismo ocorrido natural no viveiro. Cada tratamento consistiu de 22 repetições, para a avaliação diária da emergência de adultos de Q. mendeli e L. invasa. Modelos de regressão não lineares mistos inflacionados de zeros no tempo foram utilizados para o número de vespas e parasitoides para cada tratamento. A modelagem dos valores não nulos foi utilizada distribuição Poisson com efeito quadrático do tempo, intercepto aleatório e estrutura de dependência no tempo. A emergência de adultos de Q. mendeli foi do 10° ao 63° dia, e L. invasa do 10° ao 71° dia para o tratamento 1, no tratamento 2 durou do 12° ao 55° dia para Q. mendeli e L. invasa do 12° ao 68°dia. Os resultados não deferiram significativamente entre os tempos para os máximos do número de vespas e parasitoides (p>0,05) e diferença significativa entre os máximos dos mesmos (p<0,05), na quantidade de parasitoides emergidos para o primeiro tratamento.

Palavras-Chave: praga exótica; eucalipto; viveiro

Apoio Institucional: Capes, IPEF / PROTEF

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Prospecção de endossimbiontes em Encarsia inaron (Hymenoptera: Aphelinidae) Thaís C. S. Cirino; Amanda M. Furuya; Vanessa R. de Carvalho; Regiane C. O. F. Bueno

Universidade Estadual "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP / FCA

O termo simbiose classifica interações biológicas entre indivíduos de duas espécies diferentes, ou seja, é a convivência entres dois organismos, seja ela benéfica ou maléfica. Os endossimbiontes associados a parasitoides são importantes, pois podem modificar o tipo de reprodução, fitness, longevidade, resistência e outras características desses insetos. Desse modo, para o desenvolvimento de programas de controle biológico torna-se necessário que além de estudo dos parâmetros biológicos e ecológicos dos parasitoides seja realizado a identificação das espécies de endossimbiontes presentes nestes agentes de controle biológico. Por esse motivo, objetivou-se a identificação de endossimbiontes associados ao parasitoide de ninfas Encarsia inaron (Walker, 1839) (Hymenoptera: Aphelinidae), espécie com potencial em ser utilizada no manejo de Bemisia tabaci (Gennadius, 1889) (Hemiptera: Aleyrodidae), popularmente conhecida como mosca-branca, considerada hoje uma das principais pragas em culturas em todo o mundo. Os insetos utilizados no estudo para extração genômica do DNA foram obtidos a partir de criação do laboratório do Grupo de Pesquisa em Manejo Integrado de Pragas na Agricultura (FCA/UNESP). Foram exploradas a presença dos endossimbiontes dos gêneros Wolbachia, Rickettsia, Arsenophonus, Hamiltonella, Carsonella, Serratia, Spiroplasma, Regiella, Cardinium e Sodalis pela reação em cadeia da polimerase (PCR) do fragmento do gene 16S rRNA. Os resultados foram positivos para os gêneros de endossimbiontes Wolbachia, Rickettsia e Serratia, confirmando a associação dos parasitoides com esses organismos. Os possíveis efeitos dessa interação nos parâmetros biológicos e processos reprodutivos de Encarsia inaron em criação massal e na eficácia deste agente de controle biológico em campo variam e necessitam de investigação para que o programa de controle biológico envolvendo a espécie de parasitoide em questão seja de fato eficaz.

Palavras-Chave: Controle biológico de mosca-branca

Apoio Institucional: Capes

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Características biológicas de Encarsia inaron (Hymenoptera: Aphelinidae) em estádios ninfais de Bemisia tabaci (Hemiptera: Aleyrodidae) Middle East-Asia Minor 1 (MEAM 1)

Amanda M. Furuya; Thaís C. S. Cirino; Carla J. Oliveira; Felipe M. M. Santos; Regiane C. O. F. Bueno

Universidade Estadual "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP / FCA

O principal método de controle adotado para mosca-branca, Bemisia tabaci (Gennadius, 1889) (Hemiptera: Aleyrodidae), é a utilização de produtos fitossanitários, que usados de forma prevalente implica na seleção de populações resistentes aos diferentes grupos químicos, que compõem as fórmulas dos inseticidas, além de possuírem efeito residual no ambiente. Outra tática preconizada pelo Manejo Integrado de Pragas (MIP) no controle de B. tabaci é o biológico, em que o uso de parasitoides do gênero Encarsia tem apresentado potencial na supressão da mosca-branca. Dentre as espécies do gênero, Encarsia inaron (Walker, 1839) (Hymenoptera: Aphelinidae) tem se destacado como potencial no controle da praga. Dessa forma, estudos para o conhecimento das características biológicas são importantes para determinar o potencial de utilização dos inimigos naturais no manejo de insetos-praga e para auxiliar na criação massal desse agente biologico. Dessa forma, objetivo-se avaliar as características biológicas de E. inaron em ninfas de B. tabaci Middle East-Asia Minor 1 (MEAM 1), também conhecida como biótipo B, em 2º, 3º e 4º ínstares, identificando desse modo em qual estádio ninfal o parasitoide se desenvolve melhor e o parasitismo é mais eficiente. Foram avaliados o número de ninfas parasitadas, viabilidade, número de machos e fêmeas e duração do período de ovo-adulto. O desenvolvimento de E. inaron foi mais rápido nos 4º e 3º ínstares, em média 15 dias, em comparação ao 2º ínstar, em média 20 dias, ou seja, o ciclo do parasitoide é menor em estádios mais avançados das ninfas de B. tabaci, o que é positivo para agentes de controle biológico no ambiente. Quanto à razão sexual, não houve emergência de machos, o que levanta a hipótese da ocorrência de partenogênese telítoca devido à infecção pelo endossimbionte do gênero Wolbachia, algo que necessita de mais estudos. Não foram observadas diferenças estatísticas entre os dados nos demais parâmetros.

Palavras-Chave: Controle biológico; Mosca-branca; Parasitoide de ninfas

Apoio Institucional: Capes

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Efeito da temperatura no voo do parasitóide Cleruchoides noackae ( Hymenoptera: Mymaridae) Thamires L. Santos; Luciane K. Becchi; Leonardo C. Vieira; Caroline D. de Souza; Carla C. Jardim; Heitor C. Neto; Gabriela Cavallini; Camila Z. Bassi; Leonardo R. Barbosa; Carlos F. Wilcken

Universidade Estadual Paulista

Após a introdução do eucalipto no Brasil, a introdução de pragas exóticas foi inevitável, como relatado para o percevejo-bronzeado Thaumastocoris peregrinus Carpintero & Dellapé, 2006 (Hemiptera: Thaumastocoridae) em 2008, que vem causando danos econômicos à cultura no Brasil. Uma das táticas utilizadas no controle de T. peregrinus é o controle biológico, utilizando o parasitoide de ovos Cleruchoides noackae Lin & Huber, 2007 (Hymenoptera: Mymaridae). O objetivo foi avaliar o efeito da temperatura no voo do parasitoide. Foi utilizado uma unidade teste modelo ESALQ, que consiste em um cilindro de PVC (18 cm de altura x 11 cm de diâmetro) com o interior recoberto por cartolina preta, e o fundo vedado com plástico flexível preto ajustado com disco de isopor. Na parede interna foi pincelado a 3,5 cm da extremidade inferior, um anel de cola para determinar parasitoides caminhadores. Para determinar parasitoides voadores, uma placa de Petri foi pincelada com cola entomológica e encaixada na parte superior do cilindro. Cem ovos de T. peregrinus parasitados por C. noackae foram individualizados em tubos de vidro, e fixados no centro das unidades-teste e colocados em sala climatizada a 20, 25 e 30 ± 2ºC, UR de 60 ± 10% e fotofase de 24 h. O experimento foi inteiramente casualizado com três tratamentos e cinco repetições. Os dados foram submetidos a ANOVA e comparada pelo teste de Tukey. O aumento na porcentagem de parasitoides voadores foi diretamente proporcional ao aumento da temperatura, variando de 14% (20ºC) a 48% (30°C). A maior porcentagem de parasitoides caminhadores foi observada a 20ºC, com 61%. Na temperatura de 20ºC, 14% dos parasitoides foram classificados como caminhadores, enquanto que a 25 e 30º, 46 e 41% foram caminhadores. Dessa forma, a temperatura baixa afetou o voo de C. noackae em laboratório, sugerindo que a liberação de C. noackae a campo seja feita em temperaturas acima de 25ºC.

Palavras-Chave: Parasitóide de ovos; Eucalyptus ssp; Controle biológico

Apoio Institucional: PROTEF/IPEF e CAPES

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Predação de lagartas de Palpita forficifera por ninfas de Podisus nigrispinus Tiago Scheunemann; Alexandra P. Krüger; Amanda M. Garcez; Júlia G. A. Vieira; Daniel Bernardi; Dori E. Nava

Programa de Pós-graduação em Fitossanidade, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil, 96010900

A lagarta-da-oliveira Palpita forficifera Munroe, 1959 (Lepidoptera: Crambidae) é a principal praga da oliveira (Olea europaea L., Oleaceae), no Brasil. Dentre seus inimigos naturais, Podisus nigrispinus (Dallas, 1851) (Hemiptera: Pentatomidae) tem sido relatado predando larvas de diferentes instares. O objetivo do trabalho foi conhecer a capacidade de predação de ninfas de P. nigrispinus em diferentes densidades de lagartas de P. forficifera. Foram utilizados insetos oriundos de criação de manutenção realizada em condições controladas de temperatura (25 ± 2ºC), umidade relativa do ar (60 ± 10%) e fotofase (14 horas). Diariamente foram oferecidas a ninfas de 2, 3 e 4º instar de P. nigrispinus diferentes quantidades de lagartas de P. forficifera, sendo: uma lagarta (Tratamento 1) e 3 lagartas (Tratamento 2) de 3º instar. A partir do 5º instar foi duplicado o número de lagartas oferecidas diariamente (T1= 2 lagartas e T2= 6 lagartas). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 40 repetições por tratamento. Foram avaliados a duração das fases ninfais; número de lagartas predadas diariamente por instar e total na fase imatura; peso de adultos com 24 horas e razão sexual. A duração ninfal do 4º (4,32 dias) e 5º instar (6,68 dias) do predador foi prolongada quando foi ofertado menor número de lagartas. O maior consumo diário (2,97 lagartas) e total (30,08 lagartas) de P. forficifera ocorreu durante o 5º instar ninfal. Este fato proporcionou um maior peso de adultos de P. nigrispinus (0,037g). A razão sexual de P. nigrispinus não foi afetada pelos tratamentos, no entanto, fêmeas consumiram maior número de lagartas (26,61 lagartas) em relação a machos (21,21 lagartas). Frente aos resultados, ninfas de P. nigrispinus conseguem se alimentar de 1,80; 2,72; 3,52 e 10,68 lagartas no regime alimentar T1 e 2,42; 4,88; 5,85 e 16,88 lagartas em T2 de P. forficifera nos instares 2; 3; 4 e 5 respectivamente.

Palavras-Chave: Oliveira

Apoio Institucional: CAPES

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Parasitismo de Thyanta perditor (Heteroptera: Pentatomidae) e fenologia de ninfas e adultos na sua planta hospedeira selvagem Tiago Lucini; Antônio R. Panizzi; Rodrigo V.P. Dios

Embrapa Trigo; Universidade de São Paulo

O percevejo neotropical Thyanta perditor (F.) (Heteroptera: Pentatomidae) é uma espécie comumente encontrado na erva daninha picão-preto, Bidens pilosa L. (Asteraceae). Estudos de campo e de laboratório foram conduzidos com o objetivo de avaliar a incidência de parasitismo de adultos por moscas taquinídeas (Diptera: Tachinidae), as quais foram obtidas em laboratório para identificação. A deposição dos ovos das moscas parasitas na superfície do corpo de adultos do percevejo foi mapeada. Além disso, estudou-se a incidência de ninfas e de adultos na sua planta hospedeira (picão-preto) durante os períodos de desenvolvimento vegetativo e reprodutivo da planta. Sete espécies de moscas taquinídeas foram obtidas, sendo Euthera barbiellini Bezzi (73% do total) e Trichopoda cf. pictipennis Bigot (16,7%) as mais abundantes. As cinco espécies restantes foram: Gymnoclytia sp.; Phasia sp.; Strongygaster sp.; Cylindromyia cf. dorsalis (Wiedemann), e Ectophasiopsis ypiranga Dios & Nihei as quais representaram 10,3% do total. A deposição de ovos das moscas parasitas nos adultos de T. perditor, foi significativamente maior na região dorsal em comparação com a superfície ventral no corpo. Na superfície dorsal, o pronoto foi significativamente mais preferido e as asas o local menos preferido. Não houve diferença no número de ovos depositados nas asas, considerando-se os locais sobre ou abaixo da asa (escondido). Os resultados indicaram um número significativamente maior de ninfas presentes em sementes maduras do picão-preto em comparação com as sementes imaturas. Por outro lado, os adultos tiveram maior preferência pelas sementes imaturas comparado com sementes maduras. Tanto ninfas quanto adultos, foram menos abundantes nas folhas/caules e inflorescências da planta de picão-preto.

Palavras-Chave: Percevejos; Tachinidae; Bidens pilosa

Apoio Institucional: CNPq; FAPESP

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Relação entre o pulgão Lipaphis erysimi e seus predadores na produção orgânica da couve Valkíria F. da Silva; Luís Cláudio P. Silveira; Alexandre dos Santos; Vitor B. Tomazela; Adriano J. Nunes

Universidade Estadual de Ponta Grossa

A produção orgânica de hortaliças é crescente em todas as regiões do mundo, porém um dos desafios deste sistema de cultivo se refere ao ataque de insetos, sendo o pulgão, Lipaphis erysimi (Kaltenbach, 1843) (Hemiptera: Aphididae) uma das pragas mais importantes das brássicas. Neste contexto, procurou-se verificar a ação dos predadores sobre a redução da população L. erysimi no cultivo diversificado da couve (Brassica oleracea L. var. acephala) sob sistema orgânico. Partiu-se da hipótese de que as plantas companheiras sejam atrativas aos predadores de L. erysimi. O experimento foi conduzido, comparando-se o monocultivo da couve com a couve associada com as plantas: coentro (Coriandrum sativum L.), endro (Anethum graveolens L.), cravo (Tagetes erecta L.) e a calêndula (Calendula officinalis L.). Em cada parcela foram instaladas duas gaiolas: uma de inclusão (GIs) e a outra exclusão (GEs) sobre as plantas de couve, onde foram realizadas as avaliações de L. erysimi e seus predadores. Os resultados demonstraram que não houve diferença nas populações de predadores em cada tratamento (χ2= 7,1908; p= 0,1261; DF=4). As gaiolas também não influenciaram a população média dos predadores em cada tratamento. Contudo, ao realizar uma comparação geral dos o efeitos das gaiolas, independentemente dos tratamentos, foi possível constatar que estas barreiras afetaram a população de predadores e de L. erysimi e seus predadores. Nas GIs, a população de predadores foi estatisticamente maior em relação ás GEs (χ2= 20.8301; p < 0.00001; DF = 1). Ao mesmo tempo, observou-se que a incidência de L. erysimi foi significamente menor nas GIs em relação ás GEs (χ2 = 5.7862; p = 0.01615; DF = 1). Estes resultados demonstram que os predadores exercem um papel fundamental na regulação de L. erysimi em campo, e portanto, devem ser preservados. Espera-se que os resultados deste trabalho possa contribuir com as pesquisas sobre o controle biológico nos sistemas orgânicos, e assim reduzir os custos de produção.

Palavras-Chave: Aphididae; Inimigos naturais; Gaiolas

Apoio Institucional: UEPG, UFLA, CNPq

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Levantamento de parasitoides Tachinidae em S. eridania (CRAMER) e S. cosmioides (WALKER) (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) Vanessa Exteckoetter; Vanda Pietrowsk; Leidiane C. Carvalho; Amanda Ceccato Favorito; Gabrile Hoelscher; Jose A. S. Franco

UNIOESTE

As lagartas do gênero Spodoptera, principalmente as espécies S. cosmioides e S. eridania eram espécies que na produção da soja não apresentavam expressão como pragas. Contudo, com o advento da soja Bt, na qual está pragas não são alvo da tecnologia, aliado a mudanças no sistema de produção, a população destas espécies tem aumentado. Na produção orgânica, onde uma das principais formas de controle de lagartas é a aplicação de bioinseticidas a base de Bt, estas espécies têm causado danos e preocupações nos produtores. Portanto, buscar formas de manejar estas lagartas nesse sistema é importante, para isso torna-se fundamental conhecer os controladores naturais destas espécies, bem como seu potencial na redução da população. Neste sentido, o trabalho teve como objetivo fazer um levantamento do parasitismo de moscas da família Tachinidae em S. cosmioides e S. eridania em soja produzida no sistema agroecológico. Para tal, foi realizada coleta na área agroecológica da Estação Experimental da Unioeste (24º40’31.37”S e 54º16’53.82”O) em lavouras de soja na fase de maturação. As amostragens foram feitas com pano de batida, em caminhamento em zigue-zague. As lagartas coletadas foram levadas ao Laboratório de Controle Biológico da Unioeste onde foram submetidas a uma análise visual em lupa e separadas, em caixa tipo gerbox, por espécie e presença ou ausência de ovos de Tachinidae. Estas foram alimentadas com vagens de feijão e de soja. Foram coletadas ao total 89 lagartas de S. cosmioides, das quais 19% estavam parasitadas e apenas sete lagartas de S. eridania, sendo que destas 43% estavam parasitada. Os adultos dos tachinídeos foram coletados e enviados para identificação. Na área agroecológica da Unioeste, em virtude do manejo realizado na entressafra, visando a manutenção dos inimigos naturais, muitos são os predadores e parasitoides presentes. Este complexo (Tachinidae e demais inimigos naturais) controlaram de forma efetiva as duas espécies.

Palavras-Chave: Spodoptera cosmioides; Spodoptera eridania; Controle Biológico

Apoio Institucional: A Itaipu Binacional

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Efeito da idade do parasitoide e do hospedeiro no parasitismo de Trichogramma pretiosum em ovos de Anticarsia gemmatalis Ana P. de Queiroz; Wellington R. Souza; Cintia Costa; Bruna M. Favetti; Adeney de F. Bueno; Gabriela V. da Silva; Érica C. Braz; João P. F. Cordeiro

Universidade Federal do Paraná, Departamento de Zoologia, Curitiba, PR, Brasil; Instituto Agronômico do Paraná, Londrina, PR, Brasil; Centro Universitário Filadélfia, Londrina, PR, Brasil; Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Soja, Londrina, PR, Brasil

Avaliou-se a influência da idade de fêmeas do parasitoide e do ovo de A. gemmatalis no parasitismo e preferência hospedeira de T. pretiosum. Três bioensaios foram realizados em delineamento inteiramente casualizado. No bioensaio 1, fêmeas de T. pretiosum de diferentes idades (1 a 5 dias) foram individualizadas, e aproximadamente 20 ovos (24h) de A. gemmatalis foram oferecidos por 24 horas para cada repetição. No bioensaio 2, aproximadamente 20 ovos de A. gemmatalis com 24, 48 ou 72 horas para cada repetição foram oferecidos para fêmeas individualizadas de T. pretiosum por 24 horas. No bioensaio 3, ovos de A. gemmatalis de 24, 48 e 72 horas foram oferecidos a fêmeas de T. pretiosum por 24 horas para avaliar a preferência hospedeira em teste com chance de escolha. As diferentes idades de fêmeas de T. pretiosum, no bioensaio 1, não afetou o parasitismo dos ovos de A. gemmatalis e também a emergência ou a razão sexual da progênie de T. pretiosum. Porém, o número de parasitoide/ovo foi maior para fêmeas com cinco dias de idade (mais velhas). No bioensaio 2, os maiores valores de parasitismo e emergência foram observados em ovos de 24 horas. O número de parasitoide/ovo e razão sexual não foram influenciadas pelas idades testadas. A preferência hospedeira de T. pretiosum foi para ovos com 24 horas (79,7%) de desenvolvimento no bioensaio 3. Assim, pode-se concluir que a idade das fêmeas de T. pretiosum, não influenciou o parasitismo de A. gemmatalis. Portanto, isso sugere que adultos de T. pretiosum podem ser armazenados por até 5 dias antes da liberação sem prejuízo do potencial de controle. Porém, o número de ovos parasitados poderá ser reduzido pelo aumento da idade do hospedeiro. O parasitoide apresentou bom potencial de parasitismo e preferência hospedeira por ovos de A. gemmatalis de até 24 horas após a postura.

Palavras-Chave: praga-lepidoptera; controle biológico; ovos de parasitoides

Apoio Institucional: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

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Parasitismo de Telenomus remus em ovos de Spodoptera frugiperda: diferentes idades do parasitoide e do ovo hospedeiro Ana P. de Queiroz; Wellington R. Souza; Jaciara Gonçalves; Bruna M. Favetti; Adeney de F. Bueno; Pamela G. G. Luski; Pedro M. O. J. Neves; Érica C. Braz; João P. F. Cordeiro

Universidade Federal do Paraná, Departamento de Zoologia, Curitiba, PR, Brasil; Instituto Agronômico do Paraná, Londrina, PR, Brasil; Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Soja, Londrina, PR, Brasil; Universidade Estadual de Londrina, UEL, Departamento de Agronomia, Londrina PR, Brasil

Há uma falta de informações sobre o desempenho de fêmeas do parasitoides de diferentes idades e, especificamente, sobre o comportamento do parasitoide Telenomus remus (Nixon, 1937) (Hymenoptera: Platygastridae) em relação aos ovos de praga em suas diferentes fases do desenvolvimento embrionário. Assim, foram avaliadas as relações entre as idades do hospedeiro, dos parasitoides e o parasitismo por T. remus em ovos de Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae). Três bioensaios foram realizados em delineamento inteiramente casualizado. No bioensaio 1, às fêmeas de T. remus agrupadas por idade (entre 1 a 10 dias de idade) foram oferecidas 100 ± 20 ovos de S. frugiperda por 24 horas (h). No bioensaio 2, 100 ± 20 ovos de S. frugiperda (24, 48 ou 72 h de idade) foram oferecidos às fêmeas de T. remus por 24 h. No bioensaio 3, ovos de S. frugiperda com 24, 48 e 72 h de idade foram oferecidos a fêmeas de T. remus em teste de preferência de parasitismo com chance escolha. As variáveis avaliadas foram: número de ovos parasitados, emergência do parasitoide (%) e razão sexual de sua progênie nos bioensaios 1 e 2 e número de ovos parasitados no bioensaio 3. A idade das fêmeas de T. remus não afetou o número de ovos de S. frugiperda parasitados ou a emergência da progênie. No entanto, a razão sexual foi menor (mais machos) na progênie de fêmeas de 1 e 2 dias de idade em comparação com os parasitoides mais velhos. No bioensaio 2, o maior parasitismo foi observado em ovos com 24 h (média = 116,81 ovos) e 48 h (18,18 ovos) de idade. A porcentagem de emergência e a razão sexual não foi influenciada pela idade dos ovos testados. T. remus preferiu parasitar ovos de 24 h. Em geral, a idade das fêmeas de T. remus testadas não afetou o parasitismo dos ovos, mas o número de ovos de S. frugiperda parasitados diminuiu com o aumento da idade do hospedeiro (24h-57,95 ovos parasitados; 48h-56,83 ovos parasitados e 72h-16,83 ovos parasitados).

Palavras-Chave: lagarta-do-cartucho; controle biológico; ovos parasitados

Apoio Institucional: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

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Características biológicas de Trissolcus urichi em ovos de Euschistus heros e Dichelops melacanthus Ana P. de Queiroz; Wellington R. Souza; Bruna M. Favetti; Adeney de F. Bueno; Marcela L. M. Grande; Pamela G. G. Luski; Antônio R. Panizzi; Érica C. Braz; João P. F. Cordeiro

Universidade Federal do Paraná, Departamento de Zoologia, Curitiba, PR, Brasil; Instituto Agronômico do Paraná, Londrina, PR, Brasil; Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Soja, Londrina, PR, Brasil; Universidade Estadual de Londrina, UEL, Departamento de Agronomia, Londrina PR, Brasil

Espécies do gênero Trissolcus são efetivas como parasitoides de ovos de Euschistus heros e podem ser utilizadas em liberações de campo para o manejo de praga. No entanto, é necessário conhecimento mais detalhado sobre os aspectos biológicos deste agente de biocontrole em outros hospedeiros, como Dichelops melacanthus. Avaliou-se a preferência do hospedeiro, biologia e características morfométricas de Trissolcus urichi por ovos de E. heros e D. melacanthus. Três experimentos foram realizados: (1) preferência hospedeira de T. urichi entre ovos de E. heros e D. melacanthus. (2) biologia de T. urichi em ovos dos dois hospedeiros. (3) características morfométricas de T. urichi desenvolvidos em ovos dos dois hospedeiros. Trissolcus urichi preferiu ovos de E. heros (63,15%), apresentando maior número de ovos parasitados, maior taxa de emergência (93,41%) e desenvolvimento mais rápido. Além disso, produziu progênie com comprimento do corpo, comprimento e largura das asas e comprimento da tíbia maior comparando- se com os parasitoides desenvolvidos em ovos de D. melacanthus. Assim, pode-se concluir que embora o parasitoide tenha também capacidade de parasitar e se desenvolver em ambos os hospedeiros avaliados, E. heros é o hospedeiro mais adequado para o desenvolvimento de T. urichi quando comparado a D. melacanthus.

Palavras-Chave: controle biológico; ovos de parasitoides; percevejo

Apoio Institucional: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

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Liberação de Telenomus podisi Ashmead (Platygastridae) em sistemas de manejo de Euschistus heros Fabricius (Pentatomidae) Wellington S. de M. Almeida; Jéssica L. Niitsu; Gabryele S. Ramos; Simone S. Vieira; Regiane C. O. F. Bueno

FCA/UNESP

A soja é o principal cereal produzido no país, com área cultivada em 35 milhões de hectares na safra 2018/2019, atingindo recorde em área cultivada e produção, que totalizou aproximadamente 119 milhões de toneladas, sendo a segunda maior produção mundial. Porém, esse agroecossistema possui uma rica biodiversidade, que compreende desde agentes de controle biológico e aos insetos-praga, sendo o Euschistus heros (Fabricius) (Hemiptera: Pentatomidae) um dos principais problemas fitossanitários da cultura, causando danos que podem chegar a 30% de perda. Assim, objetivou-se avaliar a eficácia de controle de Telenomus podisi Ashmead (Platygastridae) em ovos do percevejo-marrom com liberação manual e com drone, comparado a pulverização de inseticidas. O bioensaio foi instalado em campo de produção de soja na cidade de Pardinho, SP, Brasil (22º 02' 11''S/48º 24' 16''O). O experimento foi instalado com 3 tratamentos e 8 blocos, sendo manejo do produtor, liberação manual e liberação com drone. Durante três semanas consecutivas foi realizada a liberação de T. podisi, iniciando-se no estádio fenológico V6/R1, quando foi verificada a colonização dos insetos na cultura. O monitoramento foi realizado com cinco batidas-de-pano por bloco durante seis semanas. Nos tratamentos com liberação manual e com drone houve menor população de percevejos, porém no teste de tetrazólio não houve diferença estatística quanto ao número de picadas de alimentação. Assim, pode-se concluir que para o manejo de E. heros a liberação de T. podisi tem eficácia de controle semelhante ao do controle químico, e desta forma a integração das estratégias pode auxiliar a manter a população da praga abaixo do nível de dano econômico e também pode ser uma ferramenta no manejo de resistência das populações do percevejo-marrom.

Palavras-Chave: Manejo integrado de pragas; parasitoides; controle biológico

Apoio Institucional: FAPESP

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Endossimbiontes associados ao parasitoide de ovos Telenomus podisi Ashmead (Hymenoptera: Platygastridae) Wellington S. de M. Almeida; Jéssica L. Niitsu; Carolane da S. e Silva; Gabryele S. Ramos; Vanessa R. de Carvalho; Regiane C. O. F. Bueno

FCA/UNESP

O parasitoide de ovos Telenomus podisi Ashmead (Hymenoptera: Platygastridae) é relatado como um importante agente de controle biológico de percevejos da família Pentatomidae, ocorrendo naturalmente em diversos agroecossistemas do Centro- Sul brasileiro. Existem vários aspectos e características comportamentais de exímia importância no contexto do uso de parasitoides como agentes de controle biológico. Dentre os diversos fatores capazes de alterar o comportamento de forrageamento, a dispersão espacial, a capacidade de parasitismo e a razão sexual, está a microbiota endossimbiótica associada ao inseto. Dada a importância desse inimigo natural no controle de um complexo de pentatomídeos fitófagos e aos possíveis efeitos da associação com endossimbiontes, objetivou-se investigar a existência e a caracterização dos endossimbiontes de T. podisi, até então desconhecidos. Amostras de adultos de T. podisi multiplicados em laboratório passaram por detecção e identificação de oito possíveis bactérias endossimbiônticas: Arsenophonus, Hamiltonella, Regiella, Rickettsia, Serratia, Sodalis, Spiroplasma e Wolbachia. A partir de um pool de 21 parasitoides adultos oriundos de ovos frescos do hospedeiro Euschistus heros (Fabricius, 1798) (Heteroptera: Pentatomidae) a extração de DNA foi realizada segundo o método de Chelex. A metodologia de reação em cadeia de polimerase (PCR) foi em seguida aplicada para cada subamostra contendo primers específicos a cada espécie de endossimbionte testada. Foram encontrados resultados positivos para Sodalis, Seratia e Regiella. A detecção e compreensão da interação T. podisi e endossimbiontes associados será de grande valia na elucidação de parâmetros inerentes à criação massal e ao uso deste parasitoide em programas de controle biológico aplicado.

Palavras-Chave: simbiontes; parasitoides; pentatomídeos

Apoio Institucional: CAPES e FAPESP

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Seletividade de abamectina ao predador Chrysoperla externa (Hagen) (Neuroptera: Chrisopidae) Wesley B. S. Paula; Gabriel de Melo Botelho; Bruno G. Dami; Andriely Borges Silva; Pâmela B. Faria; Eder O. Cabral; Gustavo Pincerato Figueiredo; Alessandra M. Vacari

Universidade de Franca - Unifran

Chrysoperla externa (Hagen) (Neuroptera: Chrysopidae) é um importante predador de bicho-mineiro, Leucoptera coffeella (Guérin-Mèneville & Perrottet) (Lepidoptera: Lyonetiidae), ácaros e cochonilhas na cultura do cafeeiro. O conhecimento sobre o efeito dos inseticidas e acaricidas sobre os inimigos naturais é fundamental para um programa de Manejo Integrado de Pragas. O objetivo foi avaliar o efeito letal do inseticida e acaricida abamectina em larvas do predador C. externa. O bioensaio foi conduzido utilizando dois inseticidas e acaricidas do princípio ativo abamectina nas concentrações de 1,25 mL i.a. L-1 (Abamectin Nortox® EC) e 3 mL i.a. L-1 (Batent®). Cada inseticida foi testado com concentrações que foram equivalentes à dose máxima da bula (100%) diluída em 500L ha-1 de água destilada. O tratamento controle consistiu somente de água destilada, sendo 10ml por placa. Os inseticidas foram aplicados em superfície de plástico (placa de Petri de 6 cm de diâmetro), sendo que foi utilizada uma alíquota de 10ml por placa e após a secagem foram utilizadas para avaliar larvas do predador expostas ao resíduo. Em seguida, uma larva de segundo ínstar de C. externa foi adicionada em cada placa e foram oferecidos ovos de Corcyra cephalonica (Stainton) (Lepidoptera: Pyralidae) como presas. Cada placa foi considerada uma repetição e foram observadas dez repetições para cada inseticida/acaricida. As avaliações foram conduzidas após 24 horas. O número de larvas vivas foi avaliado pelo teste do qui-quadrado usando o PROC FREQ. As análises foram conduzidas utilizando o software SAS. O tratamento controle não causou mortalidade dos predadores. Após 24 horas, quando utilizado o inseticida/acaricida Abamectin Nortox® todas as larvas do predador estavam vivas, enquanto Batent® provocou 40% de mortalidade. De acordo com as classes de toxicidade preconizadas pela IOBC, o inseticida/acaricida Abamectin Nortox® foi considerado inócuo (classe 1, mortalidade < 30%) e Batent® considerado levemente nocivo (classe 2, mortalidade de 30 a 80%) para o predador C. externa

Palavras-Chave: Crisopídeo

Apoio Institucional: CNPq

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Parasitismo de adultos de Euschistus heros (F. 1798) (Pentatomidae) na cultura da soja em diferentes sistemas de cultivo William R. de Carvalho; Amanda C. Favorito; Letícia D. Zanachi; Gabriele L. Hoelscher; Vanda Pietrowski; Vanusi C. da Silva

UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná

O Euschistus heros (Fabricius, 1798) (Pentatomidae) é nativo da região Neotropical e tem a soja como seu principal hospedeiro, sendo atualmente o percevejo mais abundante nesta cultura, no país. Como toda praga é importante conhecer seus parasitoides, que ao interromper seu ciclo biológico evitam o aumento populacional. Portanto, o objetivo do presente trabalho foi conhecer o índice de parasitismo natural de moscas da família Tachinidae em adultos de E. heros na cultura da soja sob diferentes sistemas de cultivo. O experimento foi conduzido na Estação Experimental Professor Alcibíades Luiz Orlando (54º01’45’’ W e 24º 31’42’’ S), localizada no município de Entre Rios do Oeste, com altitude média de 420 metros. Realizaram-se levantamentos semanais de adultos de E. heros na cultura da soja durante a safra de 2018/19 em sistemas de cultivo convencional e agroecológico com certificação orgânica. As coletas foram realizadas por meio do método do pano de batida, em no mínimo dez pontos ao acaso, visando atingir população de 120 percevejos +/-20 por coleta. Os percevejos coletados foram encaminhados ao Laboratório de Entomologia, colocados em recipientes plásticos (30cm x 20cm) com tampa telada, em número de 40 adultos por recipientes, nos quais foi acrescido feijão vagem (Phaseolus vulgaris L.), Ligustro (Ligustrum lucidum W.), grãos de soja (Glycine max L.) e amendoim (Arachis hypogaea L.) para alimentação e acompanhado de algodão umedecido. Foram avaliados diariamente, durante 20 dias, para a constatação do parasitismo. Os parasitoides coletados foram armazenados em álcool 70% e encaminhados a identificação. Contatou-se que na área convencional o índice médio de parasitismo foi de 2,5% variando de 0,83% a 3,33%. Já na área agroecológica o índice médio foi de 11,81% variando de 5,83% a 15,83%. Sendo assim, o manejo sem o uso de controle químico aumenta o número de percevejos parasitados.

Palavras-Chave: Percevejo marrom

Apoio Institucional: Itaipu Binacional e Fundação Araucária

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Controle biológico de Ustilaginoidea virens, isolado de plantas de arroz por Trichoderma spp. Marcia E. da Silva1; Gerson Pauli1; Diouneia L. Berlitz1; Akio S. Matsumura1; Akira S. Matsumura1; Aida T.S. Matsumura1

1 ICB BIOAGRITEC LTDA. Rua Arabutan, 386, Bairro Navegantes, Porto Alegre-RS. E-mail: [email protected]

O fungo Ustilaginoidea virens (Coocke) Takah. 1896 (Clavicipitaceae) é o causador da doença conhecida como falso-carvão do arroz, no qual reduz o rendimento e a qualidade dos grãos. O patógeno foi isolado de panículas de arroz provenientes do município de Tapes/RS. Com o objetivo de avaliar a possibilidade de controle de U. virens foram testados contra o mesmo separadamente, os oito isolados de Trichoderma spp. que compõem o produto ICB Nutrisolo Trichoderma, o produto puro e o produto na diluição 10ˆ3 UFC/mL. Os confrontos foram realizados em placas de Petri com 8,5 cm de diâmetro e meio de cultura BSA (batata-sacarose- ágar), três repetições de cada. A técnica utilizada foi a de cultura dual, onde discos de 5 mm do fungo U. virens foram colocados nas placas e no lado oposto foi colocado um disco de 5 mm dos isolados de Trichoderma spp. separadamente e nas placas para teste com a mistura dos oito isolados foi inoculado 0,1 mL do produto. Nas placas utilizadas para testemunha do teste foi inoculado um disco de 5 mm do U. virens. As placas foram incubadas a 27 ± 2C e fotoperíodo de 12 horas. O teste foi avaliado aos sete e aos catorze dias utilizando a escala de notas de Bell et al. e o grau de antagonismo pelo percentual de inibição do crescimento do patógeno. No teste in vitro os oito isolados das três espécies: T. asperellum Samuels, Lieckf. & Nirenber 1999; T. harzianum Rifai 1969 e T. koningiopsis Samuels, Carm. Suárez & H.C. Evans 2006 (Hypocreaceae) e o produto ICB Nutrisolo Trichoderma, composto pelos oito isolados apresentaram notas ≤2, pela escala de Bell et al. e o percentual de inibição do patógeno variou de 51,76 a 64,71 %. O resultado demonstrou que o produto a base de Trichoderma spp. pode ser utilizado como alternativa de controle do U. virens na cultura do arroz.

Palavras-Chave: antagonismo; arroz; falso-carvão

Apoio Institucional: ICB BIOAGRITEC LTDA.

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Análise da eficiência agronômica de Trichoderma spp. no controle de Sclerotinia sclerotiorum em alface Aida T. S. Matsumura¹; Marcia E. da Silva¹; Akio S. Matsumura¹; Gerson Pauli¹; Akira S. Matsumura¹; Diouneia L. Berlitz¹

¹ICB BIOAGRITEC LTDA. Rua Arabutan 386, Navegantes, Porto Alegre, RS. E-mail: [email protected]

A podridão por esclerotínia é uma doença causada pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) de Bary 1884 (Sclerotiniaceae) que ataca as plantas de alface em diferentes estágios de desenvolvimento. Fungos do gênero Trichoderma Pers, 1794 (Hypocreaceae) possuem a capacidade de parasitar outros fungos, dentre eles S. sclerotiorum. Nesse sentido, a presente pesquisa objetivou analisar a eficiência agronômica de ICB Fitossanitário Trichoderma SC, em plantas de alface infectadas com S. sclerotiorum. O experimento foi conduzido Santa Cruz, RS, em solo com textura média. O fitopatógeno foi inoculado no campo 2 dias antes do transplante das mudas, na proporção de 10 escleródios por planta. No momento do plantio foi pulverizado no solo o formulado ICB Fitossanitário Trichodemra SC, composto por T. harzianum, T. asperellum e T. koningiopsis, na concentração de 1x10ˆ9 UFC/mL, nas doses de 100 mL/ha e 200 mL/ha. Na testemunha não foi realizada a aplicação do formulado. As parcelas foram de 2,8m² com espaçamento entre linhas de 0,37m. Foi avaliada a incidência da doença através da contagem das plantas com sintomas, o percentual de controle e a fitotoxidez aos 7, 14, 21, 28, 42 e 49 dias após a aplicação dos tratamentos (AAT) e a colheita realizada aos 96 dias AAT, sendo então avaliada a produtividade. As plantas não apresentaram fitotoxicidade devido aos tratamentos. Os sintomas da doença foram verificados a partir dos 28 dias de avaliação, onde somente a testemunha apresentou 5% de plantas infectadas. Aos 42 e 49 dias AAT na dose de 100 mL/ha (A), 1,25% das plantas tratadas apresentaram incidência da doença, com 88% de controle. Na dose de 200 mL/ha (B) não foram identificados os sintomas da doença nas plantas, mostrando 100% de controle. O número médio de plantas comerciais na dose A e B foi de 19 e 20 plantas, respectivamente. Sendo assim, o formulado ICB Fitossanitário Trichodemra SC é uma opção para o controle da podridão de esclerotínia na cultura da alface.

Palavras-Chave: podridão por esclerotínia; micoparasitismo; controle biológico

Apoio Institucional: ICB BIOAGRITEC LTDA.

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Bactérias esporulantes utilizadas no controle in vitro do fungo Cercospora coffeicola Aicha D. R. Ribas¹; Ana Stein¹; Márcia E. da Silva¹; Akio S. Matsumura¹; Diouneia L. Berlitz¹; Akira S. Matsumura¹; Lidia M. Fiuza¹; Aida T.S. Matsumura¹

¹ICB BIOAGRITEC LTDA. Rua Arabutan 386, Navegantes, Porto Alegre, RS, 90240470.E-mail: [email protected]

A cercosporiose é uma doença fúngica causada por Cercospora spp. em diferentes culturas. No café, a espécie C. coffeicola Berk & Cooke, 1881 (Mycosphaerellaceae) causa desfolha, raquitismo e atraso de crescimento das plantas. Sendo assim, objetivou-se avaliar as bactérias Bacillus subtilis Cohn, 1872 , ICBB 41 e B. amyloliquefaciens Fukomoto, 1943, ICBB 200 em ensaios in vitro, para o controle de C. coffeicola. As bactérias foram crescidas em Agar Luria Bertani (ALB) durante 24h a 30 ± 2 ºC e 12h de fotoperíodo, sendo o fungo crescido em Agar Batata Sacarose (ABS), durante 7 dias a 25 ± 2 ºC e fotoperíodo de 12h. Para o ensaio de antagonismo foi adicionado um disco de 5 mm do fungo no centro da placa de Petri com ABS e a bactéria antagonista foi inoculada em quatro pontos equidistantes a 5mm de distância da colônia fúngica. O controle consistiu de um disco de micélio fúngico no centro da placa sem a inoculação da cultura bacteriana. Os tratamentos foram realizados em triplicata. As placas foram incubadas em câmera de crescimento sob fotoperíodo de 12 horas à temperatura de 25 ± 2 °C. As leituras foram realizadas no sétimo e décimo quarto dias após a inoculação, estabelecendo a média do diâmetro da colônia do fungo C. coffeicola em base a três medidas do diâmetro da mesma. O grau do antagonismo foi determinado pelo percentual de inibição do crescimento micelial (PIC). Os resultados do teste de antagonismo mostraram que B. subtilis ICBB 41 e B. amyloliquefaciens ICBB 200 foram antagônicos ao fitopatógeno. Os resultados do PIC mostraram a maior redução quando utilizado B. subtilis ICBB 41, com 65% e 80% de inibição aos 7 e 14 dias, respectivamente. Já para B. amyloliquefaciens ICBB 200 a redução de 54% e 67% aos 7 e 14 dias respectivamente. Sendo assim, os resultados mostram que as bactérias ICBB 41 e ICBB 200 inibem o crescimento de C. coffeicola em teste de antagonismo in vitro.

Palavras-Chave: Bacillus subtilis

Apoio Institucional: ICB BIOAGRITEC LTDA.

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Ação de metabólitos voláteis de Trichoderma spp. sobre o crescimento micelial de Fusarium oxysporum Alexsandra Cezimbra Quevedo; Marlove Fatima Brião Muniz; Janaina Silva Sarzi; Jéssica Emilia Rabuske; Lucas Graciolli Savian; Clair Walker; Laís da Silva Martello; Jaqueline Raquel Tomm Krahn

Universidade Federal de Santa Maria

A ocorrência de Fusarium spp. é um dos problemas mais restritivos em viveiros, pois é de difícil controle, já que o fungo é habitante do solo. Diversas doenças causadas por esse patógeno acomentem diferentes espécies como, por exemplo, a erva-mate, nogueira-pecã, eucalipto e pinus. Este trabalho teve como objetivo avaliar a ação antagônica de metabólitos voláteis produzidos por Trichoderma spp. sobre Fusarium oxysporum sensu Smith & Swingle (Nectriaceae). Para isso, foram utilizados um isolado de F. oxysporum (I6AR2) proveniente de raízes de plantas adultas de erva- mate com sintomas de podridão e quatro isolados de Trichoderma spp. provenientes de solo rizosférico de pomares de Citrus deliciosa tenore e que estavam armazenados na micoteca do Laboratório de Fitopatologia “Elocy Minussi” da UFSM (IST1; T2S; IVCT1 e IIOT1). No centro das placas de Petri contendo meio de cultura BDA foi depositado um disco de 8 mm contendo micélio do patógeno, iormente as placas foram vedadas e incubadas a 25 ºC durante 48 horas. Após esse período, foram acrescentados discos de micélio do antagonista. Posteriormente, as placas foram sobrepostas umas sobre as outras, de modo que o meio de cultura contendo o patógeno ficasse virado para baixo e incubadas por 7 dias a 25 ºC com fotoperíodo de 12 horas. No sétimo dia mediu-se o diâmetro das colônias do patógeno e calculou-se o percentual de inibição do crescimento micelial. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey (P ≤ 0,05). Os isolados T2S e IST1 inibiram 27,70 e 24,46% respectivamente, o crescimento micelial do patógeno, não diferindo estatisticamente entre si, mas diferindo dos demais isolados (IIOT1 e IVCT1) os quais apresentaram, respectivamente, percentuais de inibição de 16,46 e 13,65%, não diferindo significativamente entre si. Portanto, os metabólitos produzidos pelas diferentes fontes de Trichoderma spp. foram eficientes no controle de F. oxysporum.

Palavras-Chave: controle biológico; inibição; antibiose

Apoio Institucional: CNPq

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Trichoderma spp. no controle in vitro de Fusarium oxysporum Alexsandra Cezimbra Quevedo; Marlove Fatima Brião Muniz; Jéssica Emilia Rabuske; Lucas Graciolli Savian; Clair Walker; Tales Poletto; Vinícius Spolaor Fantinel; Márcia Gabriel

Universidade Federal de Santa Maria

O uso de micro-organismos antagonistas tem sido uma solução para o controle de patógenos de solo, como Fusarium oxysporum sensus Smith & Swingle (Nectriaceae), agente causal da podridão-de-raízes em erva-mate (Ilex paraguariensis). Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de Trichoderma spp. no controle in vitro de F. oxysporum. O potencial antagonista dos isolados de Trichoderma spp. sobre F. oxysporum foi avaliado por meio do pareamento de culturas. Para isso, foram utilizados um isolado de F. oxysporum e quatro isolados de Trichoderma spp. (T. harzianum; T. tomentosum; T. asperellum e T. koningiopsis) provenientes de solo rizosférico de pomares de Citrus deliciosa tenore e que estavam armazenados na micoteca do Laboratório de Fitopatologia “Elocy Minussi” da UFSM. O potencial antagonista dos isolados de Trichoderma spp. foi avaliado através do confronto direto, onde discos de meio de cultura BDA, de 8 mm de diâmetro, contendo micélio de F. oxysporum foram transferidos para placas de Petri contendo BDA, a 0,5 cm da borda da placa e no lado oposto, foram transferidos discos de 8 mm dos antagonistas. Após, as placas foram incubadas a 25 ºC e fotoperíodo de 12h, até a testemunha completar todo o diâmetro da placa, e então, foi calculado o percentual de inibição do crescimento micelial. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado com 6 repetições em arranjo bifatorial (um isolado de F. oxysporum x quatro isolados de Trichoderma). Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. Todos os isolados de Trichoderma spp. inibiram o crescimento micelial de F. oxysporum, sendo que T. tomentosum apresentou o melhor resultado de inibição (18,00%), sem diferenças estatísticas entre T. koningiopsis (13,43%) e T. harzianum (11,43%). Dessa forma, Trichoderma spp. apresenta potencial de controle de patógenos de solo tais como F. oxysporum.

Palavras-Chave: confronto direto; controle biológico; erva-mate

Apoio Institucional: CNPq

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Potencial de Trichoderma para o controle de Sclerotinia sclerotiorum na cultura da soja Alison Grassi; Álvaro L. Guedin; Bruno dos S. Backes; Fábio Giongo; Walter J.S. dos Santos; Thayllane de Campos; Sérgio M. Mazaro

UTFPR – Campus Dois Vizinhos, [email protected]

O mofo branco é uma doença causada pelo fungo S. sclerotiorum (Lib.) de Bary, sendo responsável por grandes prejuízos na cultura da soja, e o seu controle é dificultado pela presença de estruturas de resistência denominados escleródios que permanecem no solo por vários anos. O uso de fungicidas, possuem resultados positivos no controle preventivo, no entanto, a associação com o biocontrole com fungo Trichoderma Rifai vem demonstrando melhores resultados, haja visto o potencial do Trichoderma Rifai em colonizar os escleródios, reduzindo o patógeno em sua condição de sobrevivência. A eficiência do Trichoderma Rifai pode variar de acordo com as condições de umidade do solo e a aplicação em diferentes estádios fenológicos, objetivo desse estudo. O experimento foi realizado na área experimental da UTFPR – Campus Dois Vizinhos, na segunda quinzena de outubro de 2018. O delineamento experimental foi blocos ao acaso no sistema fatorial sendo, fator 1 em quatro níveis (sem aplicação, aplicação nos estádios fenológicos da cultura V2 e V4 e aplicação em V2 mais V4) e no fator 2 com dois níveis (com e sem umidade do solo) com parcelas de 6 linhas de 6 m e em quatro repetições. Amostras contendo 50 escleródios foram colocadas em sacos de tela de náilon com malha de 1,5 mm e dispostas nas entre linhas da cultura da soja. A aplicação do T. harzianum Rifai (150g./ha do Ecotrich®) foi via pulverização foliar (200 litros/ha.), conforme os tratamentos estabelecidos. As amostras de escleródios forma recolhidas aos 20 dias após a última aplicação, e avaliou-se os testes de germinação carpogênica. A aplicação de T. harzianum Rifai, em todos os momentos de aplicação demonstrou potencial de colonização de S. sclerotiorum (Lib.) de Bary, diferindo da testemunha. O fator determinante para potencializar a eficiência do biológico foi a aplicação com condição de alta umidade do solo, fator determinante para a estabilização do agente de biocontrole.

Palavras-Chave: biocontrole; Fungo de solo; Mofo branco

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Potencial de biocontrole in vitro e in vivo da cepa bacteriana LABIM22 frente a fungos fitopatógenos Allan Y. Higashi; Julia P. Baptista; Maria L. A. de Jesus; Gustavo M. Teixeira; Priscila T. Nakada; Lucas D. Veríssimo; Larissa M. Chagas; Admilton G. de Oliveira; Maria I. Balbi-Peña

Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Estadual de Londrina

O uso demasiado de agroquímicos pode gerar alta pressão de seleção sobre fitopatógenos originando formas resistentes. Uma opção é o uso de bactérias como agentes de biocontrole. O gênero Bacillus se destaca pela sua capacidade de produzir bioativos e formar endósporos. O objetivo do estudo foi avaliar o potencial de controle da cepa LABIM22 de Bacillus sp. frente a fungos fitopatógenos. Para tanto, realizou se teste de antagonismo direto contra Sclerotinia sclerotiorum (Lib) de Bary, Botrytis cinerea Pers, Rhizoctonia solani J.G. Kühn, Macrophomina phaseolina (Tassi) Goid, Fusarium oxysporum Schltdl. e Fusarium solani (Mart.) Sacc. Para fermentação foram testados os meios de cultura Lúria Bertani (LB), LB acrescido de micronutrientes e Meio Formulado (MF), por 72 horas a 28 °C a 200 rpm em agitador orbital. Os sobrenadantes obtidos foram centrifugados a 9000 rpm por 15 minutos (min) a 4 °C e filtrados em membrana de 0,22 µm. A atividade destes bioativos foi avaliada através de difusão em poço em placas contendo batata dextrose ágar e um disco micelial ao centro aplicando se 200 µL por poço frente aos fungos já citados. Sua estabilidade foi avaliada sob as temperaturas de 25 °C, 70 °C por 30 min, 100 °C por 30 min e 121 °C por 15 min; e sob os comprimentos de onda de luz de 254 nm, 365 nm e luz branca por 30 minutos contra S. sclerotiorum e F. oxysporum. A partir da fermentação com o MF fez se os tratamentos com 106, 107 e 108 UFC/ml e aplicados em sementes de soja infectadas com S. sclerotiorum, sendo utilizadas 400 sementes por tratamento. Em confronto direto a menor porcentagem de inibição foi de 59% para S. sclerotiorum e a maior foi para F. solani com 72%. O meio MF foi o mais eficiente, produzindo metabólitos estáveis a luz e temperatura. A concentração de 108 UFC/ml foi capaz de manter 89% das sementes sadias. Concluímos que a cepa. LABIM22 e seus bioativos possuem potencial efetivo para o controle de fungos fitopatogênicos, em especial S. sclerotiorum.

Palavras-Chave: Controle biológico; Mofo branco; Antagonismo

Apoio Institucional: Capes

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Coinoculação associado a condicionador de solo na cultura da soja Álvaro L. Ghedin; Stheffani L. dos Santos; Alison Grassi; Bruno dos S. Backes; Joanilson V. P.Junior; Jaqueline Spiazzi; Sérgio M. Mazaro

Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Dois Vizinhos

O Brasil é o segundo maior produtor de soja do mundo, tendo na safra 2018/19 uma produção de 113 milhões de toneladas, sendo que 78% dessa produção foi proveniente da região Centro-Oeste e Sul do país. Para obter esses números expressivos a cultura necessita em torno de 80 kg de nitrogênio para produzir 1000 Kg de grãos. Visando reduzir o uso da adubação química, o uso de associação simbiótica da cultura com bactérias fixadoras de N apresenta grande importância. O gênero Bradyrhizobium é responsável pela fixação do N atmosférico e suprimento desse nutriente para as plantas, já o gênero Azospirillum apresenta capacidade de produzir e metabolizar diversos fitôrmonios de regulação metabólica. Em conjunto aos produtos biológicos, o uso de condicionadores de solo pode promover o incremento das bactérias na cultura da soja, resultando em maior produtividade. Dessa forma o objetivo do trabalho foi testar o uso da coinoculação com condicionadores de solo sobre os parâmetros agronômicos da cultura da soja. O experimento foi conduzido em campo experimental na cidade de Verê – PR, em blocos casualizados com cinco repetições e três tratamentos, sendo eles testemunha, coinoculação, coinoculação + condicionador de solo (ácidos húmicos e flúvicos). Os parâmetros avaliados foram: produtividade, número de vagens por planta, número de grãos por vagens, altura da planta, inserção da 1ª vagem, nós totais, nós reprodutivos, ramificações e número de nódulos. Os resultados demonstraram haver interação entre as bactérias e o condicionador de solo, resultado em um incremento na produtividade e nos demais parâmetros testados.

Palavras-Chave: Inoculação; Glycine max; Produtos biológicos

Apoio Institucional: UTFPR

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Potencial de Beauveria bassiana e metabólitos na indução de resistência em soja Fabiane Jacinto; Álvaro L. Ghedin; Lucas T. Larentis; Monica de A. Seixas; Sérgio M. Mazaro

Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Dois Vizinhos

A cultura da soja (Glycine max (L.) Merrill) apresenta grande importância na economia no Brasil e em âmbito mundial, contudo, o elevado número de pragas e doenças nessa cultura acarreta perdas significativas na produção. A B. bassiana já vem sendo amplamente utilizada no controle biológico de insetos pragas na cultura da soja. No entanto, os biológicos e seus metabólitos vem sendo relatados com potencial de indução de resistência de plantas, seja a insetos ou doenças. Desse modo, este trabalho teve como objetivo avaliar o potencial de B. bassiana e metabolitos de Beauveria bassiana na ativação de defesa vegetal e no controle de doenças foliares da cultura da soja. O trabalho foi conduzido na UTFPR - Campus Dois Vizinhos. No primeiro trabalho os tratamentos à base de Beauveria bassiana, metabólitos de Beauveria bassiana e Acienzolar-S-Metil foram avaliados em cotilédones de soja quanto a síntese de fitoalexinas, compostos fenólicos, proteínas e a enzima fenilalanina amônia-liase. Com o resultado do primeiro trabalho, observou-se potencial de ativação de defesa vegetal, então, desenvolveu-se outros dois trabalhos verificando o potencial dessa ativação em atuar efetivamente no controle de doenças foliares. Nesse sentido, para verificar efeitos sobre ferrugem asiática e oídio, foram feitos os estudos in vivo empregando a metodologia de folha destacada (FRAC - Comitê de Ação à Resistência de Fungicidas) e também aplicação à campo. Os tratamentos para esses dois estudos em doenças foliares foram B. bassiana, metabólitos e os fungicidas trifloxistrobina+protioconzol e oxicloreto de cobre. Os resultados obtidos indicaram que a Beauveria bassiana e metabólitos induzem a produção de fitoalexinas, composto químico antimicrobiano produzido pelo metabolismo secundário das plantas para ativação de defesa. No entanto, não tem potencial de controlar doenças foliares em comparação com fungicidas.

Palavras-Chave: Fitoalexinas; Controle alternativo; Manejo doenças

Apoio Institucional: UTFPR

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Biocontrole de Sclerotinia sclerotiorum com o uso de Trichoderma harzianum na cultura da soja Álvaro L. Ghedin; Alison Grassi; Bruno dos S. Backes; Fábio Giongo; Fabiane Jacinto; Sérgio M. Mazaro; Thayllane de Campos

Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Dois Vizinhos

O Brasil é um dos principais produtores de soja do mundo e encara muitos fatores determinantes para garantir uma boa produtividade. Um deles é o manejo ou controle da doença do mofo branco, causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum. Este patógeno tem uma estrutura de resistência denominada escleródio, que pode permanecer viável no solo por mais de dez anos. O uso de fungicidas de forma isolada não vem apresentando boa efetividade no controle desta doença, com isso destaca-se uma alternativa, o biocontrole com o uso de Trichoderma. Este trabalho foi realizado com o objetivo de esclarecer o número de aplicações e o estádio fenológico mais adequado para a aplicação de produtos a base de Trichoderma. O trabalho foi conduzido no campo experimental da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – campus Dois Vizinhos, na safra 2018/19 em blocos casualizados, com quatro repetições e três tratamentos, tendo como unidade amostral um saquinho de náilon (10x8 cm) com 50 escleródios. Os tratamentos foram compostos por: testemunha; 150 g de T. harzianum (Ecotrich®) em V4; 150 g de T. harzianum (Ecotrich®) dividido nos estádio V2 e V4, aplicados a campo, via pulverização foliar (200 litros/ha). As amostras de escleródios foram recolhidas aos 20 dias após a última aplicação. As variáveis analisadas foram: número de escleródios germinados; número de apotécios por escleródios; escleródios colonizados por Trichoderma spp.; escleródios degradados ou podres. Os resultados evidenciaram que o uso de T. harzianum foi eficaz no controle de S. sclerotiorum, pois em relação à testemunha reduziu em 55% o número de escleródios germinados e em 50% apotécios por escleródio e, aumentou em 75% a quantidade de escleródios degradados ou podres e colonizados por Trichoderma spp. Também se verificou que não houve diferença significativa entre realizar uma aplicação, em V4, ou duas, em V2 e V4.

Palavras-Chave: Controle biológico

Apoio Institucional: UTFPR

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Inibição do crescimento de Lasiodiplodia sp., agente causal da podridão da coroa da banana, por isolados de Bacillus sp. Maria V. M. Cordeiro; Valeria do N. Aguiar; Amitair F. Lima; Andreia H. Oster; Cristiano S. Lima; Christiana de F. B. da Silva

Embrapa

As doenças pós-colheita comprometem a qualidade de bananas, ocasionando perdas econômicas no produto. Dentre as enfermidadades destaca-se a podridão da coroa, cujo principal agente causal pertence ao gênero Lasiodiplodia. O controle da doença têm sido realizado com fungicidas na pré e pós-colheita. Entretanto, uma alternativa sustentável de manejo é o uso do controle biológico, com antagonistas como Bacillus. Portanto, o trabalho teve como objetivo avaliar o potencial de inibição in vitro de Lasiodiplodia sp., por nove isolados de Bacillus. Foram depositados discos de micélio do patógeno (5 mm de diâmetro), com 7 dias de crescimento, no centro de placas de Petri, contendo o meio de cultura Kado & Heskett. Na mesma placa, com auxílio de alça de platina, repicou-se os isolados bacterianos, com 48 horas de crescimento, em 4 pontos equidistantes a 2,5 cm do disco de micélio do patógeno. A testemunha consistiu de placas de petri, contendo apenas discos de micélio do fungo. O teste de pareamento de culturas foi realizado em delineamento experimental inteiramente casualizado, com 9 isolados de Bacillus (BAC2, BAC3, BAC8, BAC9, BAC17, BAC78, BAC85, BAC126 e BAC288) e isolado agressivo do patógeno (BAN83), com 3 repetições (cada repetição = uma placa contendo patógeno x antagonista). As placas foram incubadas à 28 °C, em fotoperíodo de 12 horas. As avaliações foram realizadas diariamente, mensurando-se em dois sentidos diametralmente opostos o crescimento micelial do fungo, com auxílio de paquímetro digital. As mensurações foram realizadas até a testemunha atingir as extremidades da placa. Ao final foram obtidos os valores de inibição do crescimento micelial do patógeno. Os isolados de Bacillus BAC3, BAC8, BAC9, BAC126 e BAC288 destacaram-se por apresentar muito forte inibição de BAN83, variando de 65 a 92%. Os isolados devem ser testados in vivo, para comprovação da sua eficiência em reduzir a intensidade da podridão da coroa, em frutos de banana.

Palavras-Chave: biocontrole; Musa spp; pós-colheita

Apoio Institucional: Embrapa

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Efeito da microbiolização de sementes de cenoura (Daucus carota) infectadas com Sclerotinia sclerotiorum Andreia M. F. Macena; Alana P. O. Vieira; Maria C. Gonzeli; Alexandre Galhardo

Faculdade Terra

Este estudo visa observar a efeito biológico de dois tratamentos biológicos e de um extrato vegetal no controle de S. sclerotiorum e seu efeito no crescimento e desenvolvimento de plântulas de cenoura. O experimento foi realizado em horta comercial no município de Pitanga - PR. O delineamento experimental foi em bloco casualizados, com quatro repetições. Foram microbiolizadas sementes de cenoura com Trichoderma asperellum, Bacillus methylotrophicus, extrato vegetal pirolenhoso, e adicionalmente uma testemunha (aplicação de água). Aos 45 dias após a germinação foram avaliado o teor de clorofila, a matéria seca total e a incidência de Sclerotinia sclerotiorum em plântulas de cenoura. Os resultados revelaram que o crescimento das plântulas foi influenciado pela aplicação do tratamento com B. methylotrophicus, que promoveu um aumento significativo de 1,73 cm, 1,92 cm e 2,69 cm em comparação ao T. asperellum, extrato pirolenhoso e a testemunha, respectivamente. Em seguida, obtivemos o resultado referente ao teor de clorofila, sendo que a aplicação de B. methylotrophicus foi capaz de promover um incremento de 41,0 % na concentração de clorofila em folha, se comparado ao tratamento sem aplicação (testemunha)..Por fim, na incidência de S. sclerotiorum, a aplicação de T. asperellum e B. methylotrophicus nas sementes foi capaz de reduzir em 85,0%,e 95,0% respectivamente. Diante dos resultados conclui-se que o B. methylotrophicus e o T. asperellum influenciaram significativamente no aumento de estatura da plântula, em seu teor de clorofila, incremento de matéria seca, e contribuiu também para uma baixa mortalidade das plantas por S.sclerotiorum. No âmbito da agricultura sustentável, os microorganismos avaliados apresentam potencial para serem inseridos no programa de manejo.

Palavras-Chave: Mofo Branco

Apoio Institucional: Faculdade Terra

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Enterobacter cloacae como uma ferramenta biotecnológica para nutrição e controle de enfermidades das bananeiras Andriely Borges da Silva; Gloria M. M. Raygoza; Fernanda M. Prado; Lydia F. Yamaguchi; Massuo J. Kato; Paolo Di Mascio; Miguel J. Beltrán García; Alessandra Marieli Vacari; Katia R. Prieto

Universidade de Franca

A banana (Musa spp.) está presente entre as culturas alimentares, sendo produzidas aproximadamente 100 milhões toneladas de bananas anualmente em 120 países em regiões tropicais e subtropicais. A produção sustentável de bananas é um desafio devido ao grande uso de pesticidas para controlar doenças causadas por fungos, bactérias, insetos e nemátodos, bem como o uso extensivo de fertilizantes. No entanto, a plantação de banana é ameaçada pela doença da Sigatoka negra causada pelo fungo Pseudocercospora fijiensis que ameaça a produção dos frutos. Neste trabalho, foi estudado o potencial dos endofíticos das bananeiras Enterobacter cloacae e Klebsiella pneumoniae, como antagonistas ao P. Fijiensis. Para avaliar o crescimento das plantas e a inibição do fungo, as duas bactérias endofíticas e uma cepa de E. coli (não endófitica) foram inoculadas semanalmente por 60 dias como células ativas (AC) e células mortas pelo calor (HKC) em plantas cultivadas sem nutrientes. Os resultados foram comparados à um tratamento apenas com água e outro com solução de nutrientes minerais (MMN). Plantas tratadas com bactérias tiveram seu crescimento acelerado quando comparados ao controle. Embora ambas as plantas tratadas com bactérias mostraram bom crescimento, apenas as plantas tratadas com E. cloacae AC tiveram uma biomassa maior que a plantas tratadas com E. cloacae HKC. As bactérias isolados de raízes e folhas de bananeira inibiram o crescimento do fungo causador da Sigatoka, e favoreceram o crescimento das plantas em solos limitados por nutrientes por meio da transferência de nitrogênio, mas apenas a E. cloacae estabelece uma simbiose sustentável na transferência de nutrientes para as plantas. Em um futuro, estudos genéticos serão realizados para fornecer uma melhor compreensão do mecanismo envolvido na interação entre a banana e E. cloacae para ser utilizada como um agente biológico para melhorar o cultivo da banana e possivelmente como um agente indutor das respostas da planta contra insetos ou diretamente contra o atividade do inseto.

Palavras-Chave: banana; endofítico; controle biológico

Apoio Institucional: FAPESP, CNPq, CAPES, CONACYT

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Supressividade do solo a Ceratocystis paradoxa Bruna Cristina de Andrade; Kize Alves Almeida; Flávio Henrique Vasconcelos de Medeiros

Universidade Federal de Lavras

Ceratocystis paradoxa é o agente etiológico de várias doenças. O fungo sobrevive no solo na forma de clamidósporos e, portanto, a busca de estratégias que possam reduzir a sobrevivência desse patógeno pode resultar na redução da doença. Este controle da população do patógeno no solo pode ser garantida pela supressividade. A supressividade do solo é garantida pelas propriedades físicas, químicas e microbiológicas, sendo esta última a maior responsável pelo controle da população do patógeno nos solos. No presente trabalho foram caracterizados fatores abióticos relacionados à supressividade a C. paradoxa. Diferentes doses de Calcário, Gesso Agrícola e Cloreto de Cálcio foram incorporadas em porções de 200 mL de solos para avaliar a influência do Cálcio e pH na supressão de C. paradoxa. Afim de avaliar o poder da supressão inerente aos fatores bióticos, efetuou-se a extração da microbiota de solos originados de uma região produtora de coco que se distinguia pela alta pressão de inóculo e plantas sadias. A influência do Cálcio, pH e microbiota na população de C. paradoxa foi feita com base em uma metodologia adaptada para avaliar o percentual de iscas de banana prata com casca colonizadas pelo patógeno sobre os solos. Este percentual de colonização variou de 0 a 100%. O número de peritécios foi contabilizado e em seguida, os solos foram submetidos a análise de pH. Os tratamentos com Gesso e Cloreto de Cálcio apresentaram expressiva porcentagem de infecção e número de peritécios. Não houve colonização de iscas no tratamento com calcário em suas maiores doses e no tratamento com o microbioma. Os resultados sugerem que não apenas o microbioma mas também o pH do solo influenciam a capacidade supressiva do solo. O trabalho evidência o papel do microbioma e as prováveis espécies responsáveis pelo controle da doença. Essas devem ser caracterizadas para fomentar estratégias de introdução massal no controle biológico de doenças de plantas.

Palavras-Chave: pH; controle biológico; microbioma

Apoio Institucional: CNPq

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Embate antagônico entre Curtobacterium flaccumfaciens subsp. flaccumfaciens e rizobactérias nativas dos solos do oeste do PR Bruna R. Martins; Caroline Bertoglio; Vivian C. Missio; Luciane Grange

Universidade Federal do Paraná - Setor Palotina UFPR

A cultura do feijão está entre as culturas mais importantes visando à alimentação humana. Dentre as limitações da cultura, destacam-se as doenças, como a Murcha de Curtobacterium causada pela bactéria Curtobacterium flaccumfaciens subsp. Flaccumfaciens (Hedges 1922) Collins e Jones 1984, (Cff) uma doença vascular, que coloniza vasos do xilema das plantas, causando sintomas típicos de murcha, amarelecimento nos bordos dos folíolos e morte das plantas. A disseminação do agente ocorre via sementes contaminadas, sendo infectadas internamente ou apenas infestadas superficialmente. Tendo em vista a dificuldade do controle químico e genético, surge o biocontrole como uma forma alternativa, utilizando rizobactérias como agentes, devido a gama de mecanismos de ação que possuem com ação direta contra fitopatógenos. Desse modo, o objetivo do trabalho foi avaliar isolados de rizobactérias da região oeste do Paraná com potencial de uso no controle do patógeno Cff. Os ensaios in vitro contaram com um screening de 64 isolados de rizobactérias e iormente dez tratamentos com cinco repetições com os isolados de rizobactérias que demostraram potencial antagônico contra a bactéria fitopatogênica no screening, utilizando o delineamento inteiramente casualizado (DIC). Utilizou-se do método Pour Plate onde o inóculo da bactéria fitopatogênica por suspensão salina foi colocada juntamente ao meio de cultura e logo após a solidificação, adicionaram-se as rizobactérias dispondo equidistantes e próximas à borda da placa então encubadas de forma invertida na BOD a 27 C por 72 horas e avaliou-se a inibição do crescimento da bactéria fitopatogênica pelo halo de crescimento das rizobactérias patógeno, avaliação “in vitro” do efeito antagônico foi pressuposta pelo montante do tamanho da bactéria pelo tamanho do halo desenvolvido estabelecendo então o controle da bactéria fitopatogênica. Na avaliação antagonista os isolados de rizobactérias N01, D01 e E01 ganharam destaque por apresentar bom desempenho no potencial antagônico, e dez isolados de rizobactérias apresentaram atividade antagônica in vitro à Cff, sendo considerados fortes candidatos ao biocontrole da Murcha de Curtobacterium.

Palavras-Chave: Controle biológico; Mecanismos antagonistas; Fitobactéria

Apoio Institucional: UFPR

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Potencial de Trichoderma harzianum para o controle de Sclerotinia sclerotiorum na cultura do feijão Bruno dos S. Backes; Alison Grassi; Álvaro L. Ghedin; Fábio Giongo; Leonardo P. Constantino; Walter J. S. dos Santos; Thayllane de Campos; Sérgio M. Mazaro

UTFPR – Campus Dois Vizinhos

Na cultura do feijão, o mofo branco, causado por S. sclerotiorum (Lib.) de Bary (Sclerotiniaceae), é uma das principais doenças, podendo ser um fator determinante no sucesso da cultura. A demanda por alimentos mais saudáveis bem como a dificuldade do controle com agroquímicos, nos leva a busca por alternativas eficientes e sustentáveis. O objetivo do trabalho foi avaliar o controle biológico de S. sclerotiorum (Lib.) de Bary (Sclerotiniaceae), no cultivo do feijão com o uso de T. harzianum Rifai (Hypocreaceae). O trabalho foi realizado a campo na área experimental da UTFPR - campus Dois Vizinhos, com delineamento de blocos ao acaso no sistema bifatorial, no fator 1 em quatro níveis (sem aplicação, aplicação em V2, V4 e V2+V4), e o fator 2 (com baixa e alta umidade do solo). Cada unidade experimental foi composta por um saquinho de náilon (10x8 cm) com 50 escleródios. Após o trabalho a campo, realizou-se em laboratório a avaliação micelogênica e carpogênica dos escleródios. As variáveis analisadas foram: número de escleródios germinados; número de apotécios por escleródios; escleródios colonizados por T. harzianum Rifai (Hypocreaceae), e escleródios degradados ou podres. Os resultados demostram que a umidade é o principal fator para ter sucesso de controle de S. sclerotiorum (Lib.) de Bary (Sclerotiniaceae), sendo que apenas uma única aplicação em V2 ou V4, na condição de alta umidade é suficiente, não necessitando de duas aplicações para um efetivo controle. Concluímos que a aplicação de T. harzianum Rifai (Hypocreaceae), é uma efetiva ferramenta de biocontrole a ser utilizado no manejo de mofo branco, principalmente quando realizado com alta umidade no solo. Na cultura do feijão, o mofo branco, causado por S. sclerotiorum (Lib.) de Bary (Sclerotiniaceae), é uma das principais doenças, podendo ser um fator determinante no sucesso da cultura. A demanda por alimentos mais saudáveis bem como a dificuldade do controle com agroquímicos, nos leva a busca por alternativas eficientes e sustentáveis. O objetivo do trabalho foi avaliar o controle biológico de S. sclerotiorum (Lib.) de Bary (Sclerotiniaceae), no cultivo do feijão com o uso de T. harzianum Rifai (Hypocreaceae). O trabalho foi realizado a campo na área experimental da UTFPR - campus Dois Vizinhos, com delineamento de blocos ao acaso no sistema bifatorial, no fator 1 em quatro níveis (sem aplicação, aplicação em V2, V4 e V2+V4), e o fator 2 (com baixa e alta umidade do solo). Cada unidade experimental foi composta por um saquinho de náilon (10x8 cm) com 50 escleródios. Após o trabalho a campo, realizou-se em laboratório a avaliação micelogênica e carpogênica dos escleródios. As variáveis analisadas foram: número de escleródios

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germinados; número de apotécios por escleródios; escleródios colonizados por T. harzianum Rifai (Hypocreaceae), e escleródios degradados ou podres. Os resultados demostram que a umidade é o principal fator para ter sucesso de controle de S. sclerotiorum (Lib.) de Bary (Sclerotiniaceae), sendo que apenas uma única aplicação em V2 ou V4, na condição de alta umidade é suficiente, não necessitando de duas aplicações para um efetivo controle. Concluímos que a aplicação de T. harzianum Rifai (Hypocreaceae), é uma efetiva ferramenta de biocontrole a ser utilizado no manejo de mofo branco, principalmente quando realizado com alta umidade no solo.

Palavras-Chave: biocontrole; fungo de solo; mofo branco

Apoio Institucional: UTFPR – Campus Dois Vizinhos

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Embate antagônico de Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis versus rizobactérias nativas de solos do Oeste do Paraná Caroline Bertoglio; Bruna Ricini Martins; Vivian Carré Missio; Luciana Grange

Universidade Federal do Paraná

As rizobactérias vêm sendo utilizadas extensivamente para o controle de um grande número de patógenos de plantas. A utilização desses microrganismos é vantajosa e muito utilizada devido ao grande número de mecanismos de ação que possuem, com ação direta contra fitopatógenos. Dessa forma, a utilização desses microrganismos como agentes de controle biológico tem-se mostrado como uma excelente alternativa, visto a dificuldade no controle químico e genético. O presente trabalho teve como finalidade identificar rizobactérias com potenciais antagônicos objetivando o controle biológico in vitro de Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis (Smith) Davis et al. na cultura do tomateiro. Testou-se 64 isolados de rizobactérias pelo método Pour-Plate em meio DYGS. Selecionaram-se aquelas que apresentaram a formação do halo de inibição e avaliou-se através da observação visual e medição do tamanho dos halos de inibição formados pela competição entre as rizobactérias versus bactéria fitopatogênica. Mediu-se também o percentual de crescimento da colônia das rizobactérias em relação à placa de Petri. Os isolados “N03”, “F01”, “P05” e “J08” foram os que apresentaram halo de inibição em contato com a bactéria fitopatogênica. O tamanho dos halos foram de 2,25; 5; 4,5 e 6mm e o percentual de crescimento da côlonia em relação à placa de Petri foi de 48; 55; 48 e 35,75%, respectivamente. A eficiência dos isolados de rizobactérias testados em relação a C. michiganensis subsp. michiganensis evidencia um potencial promissor para o controle da fitobacteriose. Todavia, testes adicionais são necessários para concluir com mais segurança acerca do controle biológico, como testes com a implantação da cultura e inoculação da doença em casa de vegetação, além da identificação molecular das rizobactérias ao nível de espécie.

Palavras-Chave: Biocontrole; Bactérias; Microrganismos

Apoio Institucional: Universidade Federal do Paraná

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Atividade antifúngica de produtos bioativos de Cladosporium cladosporioides contra Pestalotiopsis clavispora Clair Walker; Marlove Fatima Brião Muniz; Janaina Silva Sarzi; Jéssica Emilia Rabuske; Lucas Savian; Alexsandra Cezimbra Quevedo

Universidade Federal de Santa Maria

A utilização de micro-organismos endofíticos como uma fonte de produtos bioativos com ação antifúngica é uma interessante estratégia para aplicação no controle de doenças de plantas. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi testar in vitro a atividade antifúngica de filtrados obtidos através de diferentes processos de fermentação submersa do fungo endofítico Cladosporium cladosporioides (Fresen.) G.A. de Vries (Cladosporiaceae). Os filtrados foram obtidos de 11 tratamentos compostos por diferentes concentrações de meio de cultivo e pH, sendo utilizados para testar a atividade antifúngica contra Pestalotiopsis clavispora (G.F. Atk.) Steyaert (Pestalotiopsidaceae), patógeno causador de mancha foliar em nogueira-pecã. Para tanto, a proporção de filtrado incorporada ao meio BDA foi de 10%. Discos de micélio do patógeno (6 mm) foram transferidos para o centro de cada placa de Petri, que em seguida, foram incubadas em BOD (24 ºC e fotoperíodo de 12 horas). Para o tratamento testemunha não foi utilizado o filtrado no meio de cultura. O diâmetro da colônia do patógeno foi medido diariamente com paquímetro, até toda a superfície do meio ser colonizada pelo patógeno nas placas testemunha e, calculado o percentual de inibição de crescimento micelial. Para analisar os dados foi utilizado o programa estatístico Sisvar. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade de erro. Os tratamentos 1 (5 g/L de sacarose; 5 g/L de AMM e pH 5,5), 4 (15 g/L de sacarose; 15 g/L de AMM e pH 4,5) e 6 (15 g/L de sacarose; 5 g/L de AMM e pH 6,5) apresentaram os melhores resultados de inibição do crescimento micelial de P. clavispora com valores de 21,74%, 24,62% e 19,26%, respectivamente, com diferenças estatísticas significativas em relação às demais condições de fermentação. Dessa maneira, esses resultados indicam a eficiência desses produtos bioativos no controle de patógenos de plantas, sendo importantes outros estudos que identifiquem os metabólitos ativos presentes.

Palavras-Chave: metabólitos

Apoio Institucional: Programa Nacional de Pós Doutorado/Capes (PNPD/CAPES)

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Utilização de Trichoderma spp. para o controle biológico de Sclerotinia sclerotiorum na cultura da soja Akio S. Matsumura¹; João R. L. Scherer²; Márcia E. da Silva¹; Diouneia L. Berlitz¹; Akira S. Matsumura¹; Aida T.S. Matsumura¹

¹ICB BIOAGRITEC LTDA. Rua Arabutan 386, Navegantes, Porto Alegre, RS. E-mail: [email protected] - ²Horizonte Comercial Agrícola Ltda, Formosa, GO

A doença conhecida como mofo branco é causada por Sclerotinia scleretiorum (Lib.) de Bary 1884 (Sclerotiniaceae) cujo principal sintoma na planta é a formação de micélio branco seguido de estruturas de coloração preta, que são estruturas de resistência do fungo. Já o gênero Trichoderma são fungos conhecidos pela sua capacidade de micoparasitismo, onde ocorre o reconhecimento do patógeno no solo. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial de controle de S. sclerotiorum através de diferentes espécies de Trichoderma em condições de campo. O trabalho foi conduzido em quatro fazendas em Goiás, no ano agrícola 2010/11. As espécies do gênero Trichoderma Pers, 1794 (Hypocreaceae) utilizadas foram T. harzianum, T. aperellum e T. koningiopsis, sendo realizada uma pré-formulação com a mistura das três espécies, aplicada via pulverização, na dose correspondente a 100mL/ha (T1). A testemunha (T2) correspondeu a parcelas não tratadas com Trichoderma. Foram avaliadas a incidência e a severidade da doença em amostragens de todas as plantas em uma linha central, através de notas e aplicação da fórmula do Índice de Severidade- IS. Os resultados mostram que, nas quatro fazendas avaliadas houve redução nos dois parâmetros, sendo Fazenda A: incidência de 3,99 e IS de 1,51 para T1 e incidência de 32,74 e IS 12,42 para T2; Fazenda B: incidência de 1,28 e IS de 0,57 para T1 e incidência de 8,66 e IS 5,45 para T2; fazenda C: incidência de 6,72 e IS de 4,05 para T1 e incidência de 27,24 e IS 17,6 para T2; Fazenda D: incidência de 5,58 e IS de 2,18 para T1 e incidência de 20,15 e IS 10,38 para T2. O maior percentual de redução ocorreu na Fazenda A, com incidência e IS 87% menor na área com a aplicação Trichoderma spp., seguido de 85%/ 89%, 75%/ 77% e 72%/ 78% para a incidência e IS, respectivamente, nas Fazendas, B, C e D. Nesse sentido, infere-se o potencial dessas três espécies de Trichoderma, utilizadas simultaneamente, em campo, para o controle biológico de S. sclerotiorum.

Palavras-Chave: mofo branco; índice de severidade; micoparasitismo

Apoio Institucional: ICB BIOAGRITEC LTDA.

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Potencial de microrganismos aplicados na soja, em campo, para redução da população de fitonematoides Diouneia L. Berlitz¹; Denize M. M. Guerreiro²; Marina S. P. Macedo²; William C. Mariotti²; Márcia E. da Silva¹; Akio S. Matsumura¹; Aicha D. R. Ribas¹; Akira S. Matsumura¹; Aida T.S. Matsumura¹

¹ICB BIOAGRITEC LTDA. Rua Arabutan 386, Navegantes, Porto Alegre, RS. E-mail: [email protected] - ²Delta Rio Produtos Agrícolas Ltda, Rio Verde, GO

Os nematoides parasitas de plantas estão se tornando um grande problema na agricultura necessitando de estratégias específicas de manejo e redução populacional. Dentre os principais fitonematoides, pode-se citar os gêneros Pratylenchus Filipjev, 1936 (Pratylenchidae) e Helicotylenchus Steiner, 1945 (Hoplolaimidae) ocorrendo isolada ou simultaneamente no campo. Com o objetivo de redução destes nematoides, foram utilizados diferentes microrganismos em parcelas de soja, no ano agrícola 2018/19. Foram comparados dois tratamentos, lado a lado, com a aplicação via barra, sendo: Área 1- produto comercial, nematicida, a base de Trichoderma spp. Pers, 1794 (Hypocreaceae) na dose de 100 mL/ha e Área 2- Bacillus amyloliquefaciens Fukomoto, 1943 (Bacillaceae) ICB B200 na concentração de 1x109 UFC/mL acrescido da inoculação de ICB Nutrisolo Trichoderma®, ambos na dosagem correspondente a 50 mL/ha. O volume de calda utilizado foi de 40 L/ha. Não houve parcela de controle, sem aplicação de microrganismos e não havia avaliação quantitativa dos nematoides antes do experimento. Foram coletadas amostras de solo e raízes de ambas as áreas, sendo então enviadas para laboratório especializado para as análises nematológicas. Os resultados demonstraram que a ocorrência de Pratylenchus sp. na área 1 foi de 561 espécimes/g de raiz e 104 espécimes/ 100cc de solo e para Helicotylenchus sp. foi de 43 espécimes/g de raiz e 78 espécimes/ 100cc solo. Já na área 2 para Pratylenchus sp. a população foi de 30 espécimes/g de raiz e 20 espécimes/ 100cc de solo e para Helicotylenchus sp. foi de 26 espécimes/g de raiz e 100 espécimes/ 100cc de solo. Comparando os dois tratamentos, a maior redução foi para o gênero Pratylenchus sendo a ocorrência 93% e 80% menor na área 2 tratada com B. amyloliquefaciens em soja inoculada com ICB Nutrisolo Trichoderma®. Considerando que não houve quantificação anterior dos nematoides aliado à ausência de área sem tratamento (controle) pois tratou-se de avaliação em uma área comercial, pode-se inferir que a inoculação das plantas com Trichoderma spp., em conjunto com a aplicação da bactéria B. amyloliquefaciens, ampliam o potencial de controle de nematoides na cultura da soja.

Palavras-Chave: Pratylenchus Apoio Institucional: ICB BIOAGRITEC LTDA.

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Ensaios com diferentes microrganismos aplicados em soja, para o controle de Meloidogyne javanica Aida T.S. Matsumura¹; Akio S. Matsumura¹; Márcia E. da Silva¹; Akira S. Matsumura¹; Aicha D. R. Ribas¹; Diouneia L. Berlitz¹

¹ICB BIOAGRITEC LTDA. Rua Arabutan 386, Navegantes, Porto Alegre, RS. E-mail: [email protected]

Meloidogyne javanica (Treub, 1885) Chitwood, 1949 (Meloidogynidae) é um nematoide formador de galhas, com hábito sedentário e de difícil manejo, causando perdas na sojicultora, onde o controle biológico mostra-se como ferramenta de manejo. Bacillus amyloliquefaciens Fukomoto, 1943 (Bacillaceae) forma um biofilme na região radicular das plantas, protegendo-a. Já o fungo, da família Ophiocorditaceae, Paecilomyces lilacinus (Thom) Samson 1974 (Purpuriocilium lilacinum (Thom) Luangsa-ard, Houbraken, Hywel-Jones & Samson, 2011) é um parasita de ovos de nematoides e Trichoderma spp. Pers, 1794 (Hypocreaceae) é um elicitor de resistência que estimula a produção de raízes. Este trabalho avaliou o potencial de controle de B. amyloliquefaciens e P. lilacinus em plantas de soja inoculadas com ICB Nutrisolo Trichoderma®, em casa de vegetação. Os ensaios foram conduzidos em recipientes de poliestireno com 0,5 L de solo: areia (1:1), previamente autoclavado (120ºC/ 2h). Um orifício foi aberto no solo, onde foi depositado o inóculo do nematoide e uma semente se soja cv. M 6210 IPRO. Os tratamentos consistiram na aplicação de 100mL/ha de cada microrganismo (T1) e 100mL/ha de B. amyloliquefaciens + 100mL/ha de ICB Nutrisolo Trichoderma (T2). O inóculo do nematoide foi de 2000 espécimes/planta, a avaliação da altura, massa aérea fresca e seca ocorreu 60 dias após a inoculação. As raízes foram lavadas, medidas pesadas, submetidas a extração de nematoides e avaliadas em microscopia e câmara de Peters. Os resultados mostram que a redução no número total de nematoides foi 48% e 25% para o T1 e T2, sendo 39% e 52% para o número de galhas no T1 e T2, respectivamente. O comprimento da raiz foi maior no T1 em 18% e 15% no T2, apresentando diferença estatística por Scott-Knott (p<0,05). A massa fresca e seca da parte aérea foi maior em ambos os tratamentos. A utilização dos três microrganismos tornam-se aliados ao controle biológico deste nematoide e ao desenvolvimento de raízes das plantas.

Palavras-Chave: Bacillus amyloliquefaciens; Purpuriocilium lilacinum; Trichoderma spp.

Apoio Institucional: ICB BIOAGRITEC LTDA.

370

Avaliação do efeito de defensivos químicos sobre a germinação de conídios de Trichoderma endophyticum Edimara A. Francisco; Berghem M. Ribeiro; Marilda J. Silva; Izabeli I. Santos; Matheus G. Ferreira; Sandra Schkalei

Innova/UNILA/UFT

Vários são os defensivos químicos usados na agricultura para controle de insetos, doenças e plantas invasoras, porém, muitos desses produtos são tóxicos e podem interferir na ação de agentes biocontroladores como espécies do gênero Trichoderma. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de fungicidas, inseticidas e herbicidas de uso agricola, sobre o fungo Trichoderma endophyticum (isolado LBF 30/06). Uma suspensão de 1x10.10 conídios viáveis/mL do fungo foi adicionada a soluções dos produtos nas concentrações recomendadas. Após 1h, estas suspensões foram pipetadas em lâminas de viabilidade, e a quantificação dos conídios germinados foi realizada após 20 h à temperatura de 25 ± 1 °C, fotofase de 12 h e umidade relativa de 70 ± 10%. Foram avaliados conídios germinados e não germinados obtendo-se a porcentagem de germinação. Foi adotada a metodologia de em que são calculados os valores de germinação em relação a testemunha (100%), sendo que para a faixa de 0 a 30% o produto é considerado muito tóxico, de 31 a 45% é considerado tóxico, de 46 a 60% é considerado moderadamente tóxico, e para valores acima de 60%, é considerado compatível. Mancozebe e Azoxistrobina + Benzovindiflupir foram muito tóxico, o primeiro inibindo totalmente a viabilidade dos conídios e o segundo reduzindo a 9%, Trifloxistrobina + Protioconazol reduziu a viabilidade para 51,8% sendo moderadamente tóxico, o mesmo ocorrendo com Trifloxistrobina + Ciproconazol que apresentou germinação de 60,2%. Em relação aos inseticidas, com exceção de Tiametoxam que reduziu a porcentagem de germinação a 9,6% sendo considerado muito tóxico, Acefato, Lambda-cialotrina e Imidacloprid foram considerados compatíveis proporcionando 67,2%, 72,2% e 78,4% de germinação. Todos os herbicidas foram considerados compatíveis: Glifosato 63,7%, Haloxifope-r éster metílico 67%, Cletodim 67%, Sal de dimetilamina do ácido diclorofenoxiacético (2,4-D) 70% e Dicloreto de Paraquate 82,7% de germinação dos conídios.

Palavras-Chave: Agroquímicos

Apoio Institucional: Innova LTDA

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Efeito de defensivos químicos de uso agrícola sobre a germinação de conídios de Trichoderma harzianum Edimara A. Francisco; Berghem M. Ribeiro; Izabeli I. Santos; Marilda J. Silva; Matheus G. Ferreira; Sandra Schkalei

Innova/UNILA/UFT

A espécie Trichoderma harzianum tem sido empregada para controle de fungos fitopatógenos com sucesso no Brasil. Sendo de interesse aplicá-la juntamente com outros defensivos agrícolas. Todavia, muitos desses produtos são incompatíveis e podem interferir na ação dos bioagentes. Objetivou-se avaliar o efeito da mistura em tanque dos defensivos químicos de uso agrícola com o fungo Trichoderma harzianum (isolado MMBF 64/09). Uma suspensão de 4,5x108 conídios viáveis/mL do fungo foi adicionada a soluções dos produtos nas concentrações recomendadas. Após 1 h, estas suspensões foram pipetadas em lâminas de viabilidade, e a quantificação dos conídios germinados foi realizada após 20 h à temperatura de 25 ± 1 °C, fotofase de 12 h e umidade relativa de 70 ± 10%. Foram avaliados conídios germinados e não germinados obtendo-se a porcentagem de germinação. Foi adotada a metodologia de em que são calculados os valores de germinação em relação a testemunha (100%) para a faixa de 0 a 30% o produto é considerado muito tóxico, de 31 a 45% é considerado tóxico, de 46 a 60% é considerado moderadamente tóxico e para valores acima de 60%, é considerado compatível. Os fungicidas Mancozebe e Azoxistrobina + Benzovindiflupir foram muito tóxicos possibilitando 4 e 23% de germinação dos conídios, respectivamente, Trifloxistrobina + Ciproconazol mostrou-se moderadamente tóxico 51,4% e Trifloxistrobina + Protioconazol possibilitou 87% de germinação, sendo classificado como compatível. Os herbicidas incompatíveis foram Glifosato 4,2%, Sal de dimetilamina do ácido diclorofenoxiacético (2,4-D) 13,7%, Cletodim 24%, Haloxifope-r éster metílico foi tóxico 32% e Dicloreto de Paraquate moderadamente tóxico 53,7%. Todos os inseticidas foram incompatíveis Lambda-cialotrina 24,6%, Imidacloprid 39%, Acefato 42,6%, já Tiametoxam foi muito tóxico inibindo totalmente a germinação.

Palavras-Chave: Biofungicida

Apoio Institucional: Innova LTDA

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Tratamento de sementes com inoculantes e Trichoderma na cultura da soja Alison Grassi; Álvaro Luis Ghedin; Bruno dos Santos Backes; Fabio Giongo; Jean Carlo Possenti; Sergio Miguel Mazaro

Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Graduação em Agronomia, Campus Dois Vizinhos

A soja é a principal espécie agrícola cultivada no Brasil, e sua produção vem crescendo ano após ano, bem como constantemente tem-se buscado novas práticas que agreguem na produtividade das lavouras de forma efetiva e sustentável. No cenário atual tem-se a inoculação com o uso de Bradyrhizobium como uma prática consolidada e com comprovados benefícios. Também vem se obtendo bons resultados com a co-inoculação aonde se associa o Azospirillum, o qual demonstra potencial de produzir e metabolizar diversos fitôrmonios importantes no crescimento e desenvolvimento vegetal. Ainda considerando o potencial de biocontrole e ativação de resistência nas plantas vem sendo empregado de forma concomitante o Trichoderma sp., promovendo proteção à fitopatógenos, melhor estabelecimento da cultura e incremento nos resultados produtivos. Este trabalho buscou avaliar o potencial de utilização de inoculação, co-inoculação e associação com Trichoderma sobre os parâmetros agronômicos relacionados a produtividade da cultura da soja. O trabalho foi realizado na área experimental da Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Dois Vizinhos, com delineamento inteiramente casualizado, (sem inoculação; Bradyrhizobium; Azospirillum; Bradyrhizobium+ Azospirillum e Bradyrhizobium+ Azospirillum+ Trichod erma harzianum) em quatro repetições. Os inoculantes foram aplicados nas sementes de soja, e logo em seguida realizada a semeadura. Cada unidade experimental foi composta por uma parcela de 10m2, em quatro repetições. Foi realizado adubação de base em área total, conforme a análise se solo, sendo aplicado juntamente a semeadura em sulco de cultivo 200kg/ha de NPK da fórmula 02-20-20. Avaliaram-se as variáveis tamanho de plantas (parte área e raízes), nodulação das raízes e parâmetros relacionados a produtividade, sendo número de vagens, número de grãos por vagens, massa de grãos e produtividade de grãos. Os resultados demonstram que o uso conjunto de Bradyrhizobium+ Azospirillum + T. harzianum, promoveram um sinergismo, resultando em plantas com maior potencial produtivo, com incremento de 15% de produtividade em relação a testemunha.

Palavras-Chave: Glycine max; Co-inuculação; Produtos Biológicos

Apoio Institucional: UTFPR

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Uso de biológicos no tratamento de sementes de soja Alison Grassi; Álvaro L. Ghedin; Bruno dos S. Backes; Fabio Giongo; Jean C. Possenti; Sergio M. Mazaro

Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Graduação em Agronomia, Campus Dois Vizinhos

O tratamento de sementes com biológicos é uma prática que vem demonstrando ótimos resultados, sendo os agentes mais utilizados as bactérias Bradyrhizobium e o Azospirillum com função de fixação biológica de nitrogênio e estímulos hormonais ao crescimento e desenvolvimento vegetal. Já o fungo Trichoderma spp. apresenta principalmente ação de biocontrole a fungos de solo. Muitos produtores vêm associando ainda a esses agentes biológicos os complexos nutricionais, com objetivo de incrementar e favorecer a estabilização no solo e sua relação com as plantas. O objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial dessas associações sobre os parâmetros produtivos da cultura da soja. O experimento foi realizado na área experimental da Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Dois Vizinhos, com delineamento inteiramente casualizado, contendo os tratamentos com os agentes biológicos Bradyrhizobium (Atmo®); Azospirillum (Azoffix®)); Bradyrhizobium + Azospirillum e Bradyrhizobium + Azospirillum + Trichoderma harzianum (Ecotrich®) em associação com complexo nutricional a base de fosfóro, cobalto e molibdênio (Synflex®). Os produtos foram aplicados no tratamento de sementes conforme recomendação dos fabricantes, e logo em seguida realizada a semeadura. A unidade experimental foi composta por uma parcela de 10m2, em quatro repetições. Os parâmetros avaliados no experimento foram tamanhos de plantas, nodulação e produtividade. Os resultados observados foram maior nodulação das plantas e incremento dos parâmetros relacionados a produtividade em virtude do uso dos agentes biológicos e associação com o complexo nutricional.

Palavras-Chave: Produto biológico; Glycine max,; Associação

Apoio Institucional: UTFPR

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Avaliação da eficiência de produtos de controle biológico de Macrophomina phaseolina em soja Helen P. Vasconcelos; Marcelo G. Canteri; Claudia V. Godoy; Maurício C. Meyer

Universidade Estadual de Londrina

As doenças radiculares representam ameaça à estabilidade de produção de soja, gerando uma crescente demanda de adoção de medidas de manejo. Dentre estas doenças, destaca-se a podridão de carvão da raiz, causada por Macrophomina phaseolina, um fungo habitante de solo, polífago, presente em todas as regiões produtoras do Brasil, de elevada variabilidade patogênica e grande capacidade de sobrevivência no solo através da produção de microescleródios. O emprego de controle biológico através da infestação do solo com agentes antagonistas vem aumentando em diversos patossistemas, principalmente no caso de doenças radiculares, que não dispõem de controle químico eficiente. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito de agentes de biocontrole na redução da severidade de M. phaseolina na raiz e no colo da soja. Foi utilizado o delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e doze repetições. Foram utilizados vasos (cap. 0,3 L) com cinco plantas e preparados com substratos infestados pelo patógeno misturado com areia. Os tratamentos com biofungicidas comerciais foram compostos por três formulações de Trichoderma harzianum (10¹² conídios ha-¹), T. asperellum (10¹² conídios ha-¹) e Bacillus subtilis (1500 g ha-¹), respectivamente. As aplicações foram realizadas em jato dirigido no sulco de semeadura. Foi mantido um tratamento controle, sem aplicação de biofungicida. Aos 15 dias após a semeadura, foi feita a avaliação de severidade (percentual de área lesionada das raízes e porcentagem de área lesionada no colo da planta). O tratamento com B. subitilis apresentou controle de 33% da podridão de carvão da raiz avaliada nas raízes, e os demais não diferiram do tratamento controle não tratado. Para avaliação no colo das plantas, todos os biofungicidas reduziram a severidade dos sintomas em relação ao tratamento controle em 38% (T. asperellum), 31% (T. harzianum) e 29% (B. subtilis), porém não houve diferença estatística entre eles. Conclui-se que os produtos avaliados podem apresentar certo potencial para controle biológico da doença nas condições deste experimento, mas estudos mais detalhados são necessários para direcionar seu uso.

Palavras-Chave: Biocontrole; Fitopatógeno; Glycine max

Apoio Institucional: CAPES

375

Inibição de bactérias fitopatogênicas por metabólitos secundários da cepa LABIM17 de Brevibacillus sp. Izabela M. Duin; Rosiana Bertê; Admilton G. de Oliveira Jr; Rui P. Leite Jr; Maria I. Balbi-Peña

¹Doutoranda, Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Estadual de Londrina. E- mail: [email protected] ²Doutoranda, Programa de Pós-Graduação em Microbiologia, Universidade Estadual de Londrina; ³Docente, Programa de Pós-Graduação em Microbiologia, Universidade Estadual de Londrina; 4Pesquisador, Instituto Agronômico do Paraná; 5Docente, Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, Brasil

Espécies de bactérias de vários gêneros estão sendo amplamente utilizadas para o controle de patógenos e doenças de plantas como uma alternativa ao controle químico. O objetivo desse estudo foi testar o efeito de metabólitos secundários da cepa LABIM17 de Brevibacillus sp. no crescimento in vitro de dois isolados de Xanthomonas axonopodis pv. glycines (Smith) (Xanthomonadaceae), um isolado de Pectobacterium carotovorum subsp. carotovorum (Jones) (Enterobacteriaceae) e um isolado de Acidovorax avenae subsp. citrulli (Schaad et al.) (Comamonadaceae). Para a produção de bioativos, uma suspensão a 108 UFC mL-1 da LABIM17 em solução salina foi ativada em meio ISP2 a 35 ºC e 150 rpm por 24 h com ior multiplicação em meio ISP2 com modificações a 35 ºC e 150 rpm por 168 h. Para a obtenção do sobrenadante livre de células (SLC), a produção foi centrifugada a 10.000 rpm a 4 °C por 15 min e esterilizada em membrana de 0,22 μm. A determinação da atividade bactericida da LABIM17 foi realizada pelo método de difusão em ágar em meio Muller Hilton Ágar (MHA). As bactérias fitopatogênicas na concentração de 108 UFC por mL de solução salina foram incorporadas nesse meio a 0,25 % (pour plate). Duzentos µL do SLC da cepa LABIM17 foram adicionados no meio em poço de 8 mm de diâmetro. As placas foram incubadas a 28 ºC por 24 h. A atividade bactericida foi avaliada pelo halo de inibição do crescimento bacteriano. Houve inibição de crescimento dos dois isolados de X. ax. pv. glycines, com halo de 32 mm e 25,5 mm e de P. carotovorum subsp. carotovorum, com halo de 18,5 mm. Os resultados apresentaram diferença estatística significativa entre eles. Não houve inibição de crescimento para Acidovorax avenae subsp. citrulli.

Palavras-Chave: Controle biológico; Pectobacterium carotovorum subsp. carotovorum; Xanthomonas axonopodis pv. glycines

Apoio Institucional: CNPq

376

Compatibilidade de Trichoderma koningiopsis a defensivos químicos de uso agrícola Izabeli I. Santos; Berghem M. Ribeiro; Edimara A. Francisco; Matheus G. Ferreira; Sandra Schkalei; Marilda J. Silva

Innova/UNILA/UFT

A utilização na agricultura de espécies do gênero Trichoderma para controle biológico tem aumentado nos últimos anos, sendo de interesse aplicá-lo juntamente com outros defensivos. Porém, muitos desses produtos são tóxicos e podem interferir na ação de agentes biocontroladores como espécies do gênero Trichoderma. Objetivou-se avaliar o efeito de defensivos de uso agrícola, sobre o fungo Trichoderma koningiopsis (isolado LBF 29/08). Uma suspensão de 1,7x108 conídios viáveis/mL do fungo foi adicionada a soluções dos produtos nas concentrações recomendadas. Após 1h, estas suspensões foram pipetadas em lâminas de viabilidade, e a quantificação dos conídios germinados foi realizada após 20 h à temperatura de 25 ± 1 °C, fotofase de 12 h e umidade relativa de 70 ± 10%. Foram avaliados conídios germinados e não germinados obtendo-se a porcentagem de germinação. Foi adotada a seguinte escala: quando os valores de germinação em relação a testemunha (100%) foram de 0 a 30% o produto foi considerado muito tóxico, de 31 a 45% foi considerado tóxico, de 46 a 60% foi considerado moderadamente tóxico, e para valores acima de 60%, foi considerado compatível. Todos os herbicidas foram compatíveis sendo que Glifosato possibilitou 63,7% de germinação, Cletodim 67%, Sal de dimetilamina do ácido diclorofenoxiacético (2,4- D) 70%, Haloxifope-r éster metílico 77,5% e Dicloreto de Paraquate 82,7%. Os inseticidas compatíveis foram Imidacloprid 82% e Acefato 84,8%. Já Lambda- cialotrina e Tiametoxam foram considerados muito tóxicos com 14 e 0% de germinação, respectivamente. Em relação aos fungicidas, Mancozebe e Azoxistrobina + Benzovindiflupir foram considerados muito tóxicos 0% e 16,4% de germinação, respectivamente. Trifloxistrobina + Protioconazol com 50,8% de germinação foi considerado moderadamente tóxico e Trifloxistrobina + Ciproconazol com 68,8 % foi considerado compatível.

Palavras-Chave: Controle-biológico

Apoio Institucional: Innova

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Seletividade de defensivos químicos de uso agrícola ao fungo Trichoderma asperellum Izabeli I. Santos; Berghem M. Ribeiro; Marilda J. Silva; Matheus G. Ferreira; Sandra Schkalei; Edimara A. Francisco

Innova/UNILA/UFT

A espécie Trichoderma asperellum tem sido usada para controle de fungos fitopatógenos com sucesso no Brasil. Sendo de interesse usá-la juntamente com outros defensivos. Entretanto, muitos desses produtos são tóxicos e podem interferir na ação de agentes biocontroladores. Objetivou-se avaliar o efeito de defensivos químicos de uso agrícola, sobre o fungo Trichoderma asperellum (isolado MMBF 149/12). Uma suspensão de 3,9x107 conídios viáveis/mL do fungo foi adicionada a soluções dos produtos nas concentrações recomendadas. Após 1h, estas suspensões foram pipetadas em lâminas de viabilidade, e a quantificação dos conídios germinados foi realizada após 20 h à temperatura de 25 ± 1 °C, fotofase de 12 h e umidade relativa de 70 ± 10%. Foram avaliados conídios germinados e não germinados obtendo-se a porcentagem de germinação. Foi adotada a metodologia de em que são calculados os valores de germinação em relação a testemunha (100 %), na qual para a faixa de 0 a 30% o produto é considerado muito tóxico, de 31 a 45% é considerado tóxico, de 46 a 60% é considerado moderadamente tóxico, e para valores acima de 60%, é considerado compatível. Todos os herbicidas foram compatíveis, Cletodim 69,2%, Haloxifope-r éster metílico 76,7%, Dicloreto de Paraquate 84,2%, Glifosato possibilitou 86,7% e Sal de dimetilamina do ácido diclorofenoxiacético (2,4-D) 88,7 % de germinação dos conídios. Os inseticidas compatíveis foram Lambda-cialotrina 72%, Imidacloprid 89,2%, Acefato 89,8%, já Tiametoxam foi muito tóxico inibindo totalmente a germinação. Quanto aos fungicidas, Mancozebe foi muito tóxico inibindo totalmente a germinação dos conídios, Azoxistrobina + Benzovindiflupir possibilitou 49,6% de germinação sendo moderadamente tóxico, Trifloxistrobina + Ciproconazol e Trifloxistrobina + Protioconazol possibilitaram 67,8% e 71,8% de germinação, respectivamente, sendo considerados compatíveis.

Palavras-Chave: Controle-biológico; Biofungicida; Germinação

Apoio Institucional: Innova

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Atividade antifúngica in vitro de óleos essenciais contra Colletotrichum gloeosporioides isolado de folhas de macieira Juliana O. Nicolao; André A. Nicolao; Daniel Radin; Felipe A. M. F. Pinto; Julia Zanferrari; Andreza Alves; Alberto F. Brighenti

Instituto Federal Catarinense

A mancha foliar da gala (MFG) é a principal doença em macieira causada, principalmente, por Colletotrichum gloeosporioides. O controle da doença nos pomares é feito com fungicidas durante todo o ciclo nas cultivares, aumentando os custos de produção de maçãs, além de causar efeitos ambientais e antrópicos. O objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial de óleos essenciais (OEs) na inibição do crescimento micelial do fungo C. gloeosporioides. O experimento foi conduzido no Laboratório de Fitopatologia do IFC, Concórdia. O isolado de C. gloeosporioides foi obtido de folhas de macieira. Os óleos essenciais de eucalipto (EUC), capim- citronela (CAP), palmarosa (PAL) foram adquiridos comercialmente. No ensaio foram incorporados os OEs nas concentrações de 0,2%; 0,4%; 0,6%; 0,8% e 1,0%, com um antibiótico e um agente emulsificante ao meio BDA (batata-dextrose-ágar) a 45oC, em placas de Petri de 9 cm de diâmetro. Um disco de 5 mm de diâmetro contendo o micélio de C. gloeosporioides, foi transferido para o centro de cada placa. Placas com BDA e agente emulsificante foram utilizadas como controle (dose zero). As placas foram incubadas a 25oC sob 12 h de fotoperíodo em incubadora BOD, mensurando o crescimento com o auxílio de um paquímetro digital. Para o cálculo da porcentagem de inibição do crescimento micelial (PIC) foi aplicada a fórmula: PIC= Crescimento testemunha – Crescimento tratamento/Crescimento testemunha x 100, segundo Bastos, 1997. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância, e as médias comparadas pelo teste de Tukey. Os resultados mostram que CAP e PAL, em todas as concentrações testada foram efetivas na completa inibição micelial de C. gloeosporioides, comparado aos controles. O óleo EUC reduziu o crescimento do fungo em 100% nas concentrações de 0.6%, 0.8% e 1.0%. Além disso, nas outras concentrações houve inibição superior a 93%. Conclui -se, que os óleos essenciais EUC, CAP, PAL tem potencial para controle alternativo de C. gloeosporioides.

Palavras-Chave: Mancha foliar-de-Glomerella; controle alternativo; Malus domestica Borkh

Apoio Institucional: Instituto Federal Catarinense

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Controle Biológico de Cercospora beticola em Beterraba Leidiane dos Santos de Lima; Lais Santiago Massuia; Gabriella Souza Cintra; Juliana Roldão

Leidiane dos Santos de Lima1; Lais Santiago Massuia1; Dra. Gabriella Souza Cintra1; Juliana Roldão2. 1UNIRP, CEP: 15025-400, São José do Rio Preto, SP. [email protected]. 2Fazenda São José – Orgânicos da Barra, CEP: 15120-000, Neves Paulista, SP

A produção da beterraba é limitada pela ocorrência de diversos patógenos, dentre eles, Cercospora beticola Sacc., agente etiológico da cercosporiose. Trata-se da doença mais destrutiva da cultura da beterraba, tanto açucareira quanto a de mesa. A planta, sob ataque, diminui a sua capacidade fotossintética e repõe as folhas a partir das reservas da raiz, diminuindo assim, a produção de açúcar e a qualidade industrial. O controle da doença é realizado principalmente pelo uso de fungicidas protetores e curativos. No entanto, novas alternativas de controle de doenças devem ser consideradas, principalmente pela introdução de agentes de biocontrole. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes agentes de biocontrole e dosagens no manejo da cercosporiose em beterraba cultivada no sistema orgânico. Em experimento realizado em campo, em sistema de cultivo orgânico, foram utilizados dois produtos comerciais à base de agentes de biocontrole nas dosagens recomendadas pelo fabricante, assim como foi avaliado o dobro dessa dosagem. E, da mesma forma, foram utilizados microrganismos, denominados microrganismos eficientes (EM), os quais foram capturados do solo da mata próxima à produção. Os agentes de biocontrole comerciais utilizados foram à base de Trichoderma harzianum e Bacillus subtilis O delineamento estatístico foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 3x2 (agentes de biocontrole x dosagens) com quatro repetições. Foram avaliadas peso dos tubérculos, a massa da parte aérea e a severidade final. Não houve diferença entre os diferentes agentes de biocontrole e dosagens avaliados neste estudo.

Palavras-Chave: Agentes de biocontrole; Severidade; Produtividade.

Apoio Institucional: Fazenda São José - Orgânicos da Barra

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Antagonismo in vitro entre Trichoderma spp. e Cercospora coffeicola Marcia E. da Silva1; Aida T.S. Matsumura1; Gerson Pauli1; Ana C. Stein1; Diouneia L.Berlitz1; Aicha D. Ribas1; Lidia, M. Fiuza1

1-CB BIOAGRITEC LTDA. Rua Arabutã, 386, Bairro Navegantes, Porto Alegre-RS. E-mail: [email protected]

O fungo Cercospora coffeicola Berk. & Cooke 1881 (Mycosphaerellaceae) é o causador da cercosporiose no cafeeiro, provocando a desfolha e reduzindo a produção. Com o objetivo de avaliar a possibilidade de controle deste fitopatógeno, foram testados separadamente, os oito isolados de Trichoderma spp. que compõem o produto ICB Nutrisolo Trichoderma, o produto puro e o produto na diluição 103 ufc/mL contra dois isolados de C. coffeicola (LFP 12 e LFP 37). Os confrontos foram realizados em placas de Petri com 8,5 cm de diâmetro com meio de BSA (batata- sacarose-ágar) e em placas com meio V8, três repetições de cada. A técnica utilizada foi de cultura dual, onde discos de 5 mm de Trichoderma spp. e de C. coffeicola foram colocados em lados opostos. Nas placas do teste com a mistura dos oito isolados foi inoculado 0,1 mL do produto no lado oposto ao patógeno. Na testemunha do teste foi inoculado um disco de 5 mm do C. coffeicola. Os isolados de C. coffeicola (por apresentarem crescimento muito lento em meio de cultura foram inoculados sete dias antes dos isolados de Trichoderma spp. e do produto. As placas foram incubadas a 25 ± 1C e fotoperíodo de 12 horas. O teste foi avaliado aos sete e aos catorze dias utilizando a escala de notas de Bell et al. e o grau de antagonismo pelo percentual de inibição. No teste in vitro os oito isolados das três espécies: T. asperellum Samuels, Lieckf. & Nirenber 1999; T. harzianum Rifai 1969 e T. koningiopsis Samuels, Carm. Suárez & H.C. Evans 2006 (Hypocreaceae) e o produto ICB Nutrisolo Trichoderma, composto pelos oito isolados apresentaram notas ≤2, pela escala de Bell et al. e o percentual de inibição do patógeno variou de 19,41 a 36,76%, demonstrando assim, o antagonismo aos dois isolados de C. coffeicola. Trichoderma spp. cresceu e produziu esporos sobre a maioria das colônias de C. coffeicola. Os resultados do teste mostraram a possibilidade de uso do produto ICB Nutrisolo Trichoderma para controle da cercosporiose no cafeeiro.

Palavras-Chave: cercosporiose; controle biológico; cultura do café

Apoio Institucional: ICB BIOAGRITEC LTDA.

381

Potencial antagonista de Trichoderma spp. sobre Colletotrichum sp. in vitro Lucas Graciolli Savian; Marlove F. B. Muniz; Janaina S. Sarzi; Jéssica E. Rabuske; Clair Walker; Alexsandra C. Quevedo; Lais da S. Martello

Universidade Federal de Santa Maria

Fungos do gênero Colletotrichum são conhecidos por ocasionar uma série de doenças, dentre elas, as manchas foliares em frutíferas e florestais como macieira, e nogueira-pecã. Nesse sentido, o objetivo do estudo foi avaliar o potencial antagonista de isolados de Trichoderma spp. e formulações comerciais à base de Trichoderma no controle de Colletotrichum sp. Os isolados antagonistas (Trichoderma harzianum (IST1), T. asperellum (IVCT1), T. koningiopsis (IIOT1), T. tomentosum) provenientes de solo rizosférico, estavam armazenados na micoteca do Laboratório de Fitopatologia Elocy Minussi da UFSM. Também foram utilizados isolados de formulações comerciais: T. asperellum (Quality®), Trichoderma sp. (Biotrich®) e T. harzianum (Ecotrich®). O isolado de Colletotrichum sp. foi obtido de frutos de nogueira. Para a avaliação do antagonismo dos isolados, um cilindro de meio de cultura (7 mm) com estruturas do patógeno foi transferido para placas de Petri contendo BDA, a 5 mm da borda. Após dois dias de crescimento, um cilindro de 7 mm com estruturas de Trichoderma spp. foi transferido para o lado oposto da placa. Para o tratamento testemunha foi utilizado somente o disco de Colletotrichum sp. As placas foram incubadas por sete dias em BOD (25°C, 12 h fotoperíodo) e, ao final do período, foi mensurado o diâmetro das colônias e determinado o percentual de inibição do crescimento micelial. O delineamento foi o inteiramente casualizado, com cinco repetições por tratamento. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott (p≤0,05), utilizando o programa Sisvar. Todos os isolados de Trichoderma controlaram Colletotrichum sp., com destaque para os isolados provenientes de solo. O menor valor de inibição do crescimento do patógeno foi observado no pareamento com Quality®. Assim, as diferentes formas de Trichoderma spp. são eficientes no controle do crescimento micelial de Colletotrichum sp.

Palavras-Chave: controle biológico; pareamento de culturas; fitopatógenos

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

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Controle de fitopatógenos por metabólitos de fungos sapróbios Maicon F. P. de Paula ([email protected]); Renata M. Thomé; Beatriz L. C. da Costa; Guilherme Biz; Maria I. Balbi-Peña

Universidade Estadual de Londrina

Os fungos são os principais microrganismos que acarretam doenças em plantas. O controle químico de doenças depara-se com o surgimento de isolados de patógenos resistentes e causa prejuízos à saúde humana e ao meio ambiente, levando à procura por novos métodos de controle. Neste sentido, o controle biológico tem se tornado uma alternativa para o controle de doenças. O presente trabalho visou avaliar o potencial antagônico de Myrothecium sp. 1 (MY1) no controle de Alternaria solani, Botrytis cinerea, Fusarium oxysporum, Penicillium digitatum e Rhizoctonia solani. O isolado MY1 foi cultivado em meio líquido batata-dextrose a 25 ºC com fotoperíodo de 12/12 h por 25 dias e iormente transferido para a geladeira a 5 ºC por 48 horas. O sobrenadante foi filtrado para separação das células fúngicas e armazenado a 5ºC para ior utilização. Para o teste de inibição do crescimento micelial, o filtrado de MY1 foi adicionado ao meio batata-dextrose-ágar ainda fundente para obter as concentrações de 0, 25, 50 e 75%. O delineamento foi inteiramente casualizado com quatro repetições. O meio acrescido do filtrado foi vertido em placas de 45mm e discos miceliais dos patógenos foram repicados no centro das placas e incubados a 25 ºC com fotoperíodo de 12/12 h. Avaliações diárias do crescimento micelial foram realizadas até que a testemunha (0%) atingisse a borda da placa. Observou-se que MY1 não exerceu ação antagônica frente aos fungos A. solani e F. oxysporum. Na concentração de 25% do filtrado houve inibição total do crescimento do P. digitatum e, na concentração de 75%, houve inibição do crescimento de 76 e 58% dos fungos B. cinerea e R. solani, respectivamente. Conclui-se que o fungo Myrothecium sp. apresenta antagonismo através de metabólitos difusíveis no meio aos fungos P. digitatum, B. cinerea e R. solani.

Palavras-Chave: Antagonismo; Controle biológico; Fungos fitopatogênicos

Apoio Institucional: Fundação Aráucaria e CAPES

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Controle de Botrytis cinerea por leveduras antagonistas Renata M. Thomé; Luiz V.B. de Oliveira; Rosane F. Schwan; Maria I. Balbi-Peña

Universidade Estadual de Londrina

Os resíduos químicos nos frutos representam uma ameaça para a saúde humana. O uso de leveduras como agentes de biocontrole está sendo extensivamente estudado pois estes organismos apresentam requerimentos nutricionais simples, rápida colonização de superfícies e não produzem esporos alergênicos, micotoxinas ou antibióticos. O presente trabalho tem por finalidade avaliar o potencial antagônico in vitro de isolados das leveduras Pichia sp., Hanseniaspora opuntiae e Lachancea thermotolerans contra Botrytis cinerea agente causal do mofo cinzento em frutos. Para determinação do efeito antagônico por compostos voláteis, utilizaram-se placas bipartidas, dispondo um disco micelial do fungo de 6 mm de um lado da placa e a suspensão de células na concentração de 3x106 cél/mL das leveduras do outro. Para a avaliação da capacidade antagônica dos compostos não voláteis das leveduras, estas foram estriadas a 3 cm do centro da placa e após 48 h adicionou-se um disco micelial de do fungo no centro da mesma. Para ambos os experimentos avaliaram-se: índice de velocidade de crescimento micelial (IVCM) e porcentagem de inibição do crescimento micelial (ICM%) de B. cinerea. No segundo experimento avaliou-se também o halo de inibição de crescimento micelial. O delineamento foi inteiramente casualizado com 5 repetições. Os compostos voláteis dos quatro isolados de leveduras exerceram inibição do crescimento micelial de B. cinerea, sendo L. thermotolerans a que apresentou a maior inibição de crescimento micelial (41%). No teste de antagonismo por compostos não voláteis todos os isolados inibiram o fungo patogênico, destacando o isolado de Pichia sp., que formou um halo de inibição de 1,04 cm e inibiu o crescimento micelial de B. cinerea em 50%. Constatou-se que os isolados L. thermotolerans e Pichia sp., apresentam potencial no controle de B. cinerea.

Palavras-Chave: Antagonismo; compostos voláteis; mofo cinzento

Apoio Institucional: CAPES, Fundação Araucária

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Avaliação do potencial biotecnológico de Brevibacillus sp. na produção de compostos bactericidas Rosiana Bertê; Julia P. Baptista; Allan Y. Higashi; Maria L. A. de Jesus; Gustavo M. Teixeira; Mirela Mosela; Larissa M. Chagas; Giovana C. C. Montanari; Admilton G. O. Júnior

UEL - Universidade Estadual de Londrina

Apesar da grande representatividade do Brasil no cenário internacional agrícola, a demanda interna do país por alimentos é provida principalmente por pequenos produtores. No entanto, a produtividade brasileira de hortifruti tem sido afetada por doenças bacterianas que têm limitado a produtividade das lavouras comerciais do país e a presença de umidade e calor contribuem para que as mesmas se desenvolvam, como é o caso da mancha bacteriana em tomateiro, do cancro cítrico, da mancha branca no milho e da murcha em feijoeiro. Neste contexto, esta pesquisa teve como objetivo avaliar o potencial antibacteriano in vitro de LABIM17 (Brevibacillus sp). frente a Xanthomonas euvesicatoria, Xanthomonas citri subsp. citri., Pantoea ananatis pv. ananatis e Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens. A obtenção dos metabólitos secundários aconteceu com as etapas de ativação em meio ISP2 e incubação a 28 °C por 24 h. O pré-inoculo, foi preparado com as colônias suspensas em salina e a concentração celular ajustada para 108 UFC/mL a partir do qual transferiu-se 30 µL para um erlenmeyer contendo 30 mL de Meio Proposto. Para a produção dos compostos antibacterianos, preparou-se 400 mL de Meio Proposto a 1% da concentração celular. O meio foi mantido em agitação de 200 rpm durante 168 horas, a 35°C. Para a obtenção do SLC, a produção foi centrifugada a 4°C, por 15 min a 10.000 rpm e esterilizada em filtros de 0.22 μm. A determinação da atividade antibacteriana do sobrenadante de LABIM17 foi realizada pelo método de difusão em ágar. Os resultados obtidos apontam que houve inibição do crescimento bacteriano e diferença estatística entre os tratamentos. Os resultados foram positivos para todas as bactérias, mostrando que Xanthomonas citri e Pantoea ananatis não diferiram estatisticamente, com halos de 26,9 e 26,8 mm de inibição. Dessa forma, os resultados obtidos com esta pesquisa incentivam a continuação dos estudos.

Palavras-Chave: metabólitos secundários; fitopatógenos; atividade antagonista.

Apoio Institucional: UEL - Universidade Estadual de Londrina

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Avaliação in vitro da atividade biofungicida de Brevibacillus sp. Rosiana Bertê; Julia P. Baptista; Allan Y. Higashi; Maria L. A. de Jesus; Gustavo M. Teixeira; Mirela Mosela; Larissa M. Chagas; Anne C. S. Küll; Admilton G. O. Júnior

UEL - Universidade Estadual de Londrina

As doenças causadas por fungos na agricultura têm sido um dos fatores limitantes para o aumento do rendimento das culturas. A podridão de raiz em plantas de feijoeiro e soja causada por Fusarium solani e a podridão de carvão causada por Macrophomina phaseolina apresentam-se como doenças preocupantes devido a dificuldade de controle. Dessa forma, o controle biológico utilizando microrganismos com potencial biotecnológico apresenta-se como uma alternativa para a redução do uso de agroquímicos no controle de fitopatógenos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade fungicida do sobrenadante de LABIM17 (Brevibacillus sp.) no controle dos fungos Fusarium solani 145, Fusarium solani 234, Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici e Macrophomina phaseolina. Para o desenvolvimento do experimento o isolado antagonista (LABIM17) foi sequenciado pelo método 16S. A obtenção dos metabólitos secundários iniciou com as etapas de ativação em meio ISP2 e incubação a 28 °C por 24 h. O pré-inoculo, foi preparado com as colônias suspensas em salina e a concentração celular ajustada para 108 UFC/mL a partir do qual transferiu-se 30 µL para um erlenmeyer contendo 30 mL de Meio Proposto. Para a produção dos compostos antifúngicos, preparou-se 400 mL de Meio Proposto a 1% da concentração celular. O meio foi mantido em agitação de 200 rpm durante 168 horas, a 35°C. Para a obtenção do SLC, a produção foi centrifugada a 4°C, por 15 min a 10.000 rpm e esterilizada em filtros de 0.22 μm. A determinação da atividade antifúngica do SLC de LABIM17 foi realizada pelo método de difusão em ágar. Os resultados obtidos apontam que houve inibição do crescimento micelial para todos os fungos, com diferença estatística entre Fusarium solani 234 (59%) e Fusarium oxisporum (53,2%), sendo maior a inibição no primeiro. Os dados obtidos incentivam a seguir com o isolamento das moléculas bioativas.

Palavras-Chave: actinomicetos; metabólitos secundários; biocontrole

Apoio Institucional: UEL - Universidade Estadual de Londrina

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Efeito de preparações de Metarhizium spp. na germinação de urediniósporos de Phakopsora pachyrhizi Sabrina Holz; Celeste P. D'Alessandro; Italo Delalibera Jr; Eduardo E. Ribeiro; Clarice G. B. Demetrio; Sérgio F. Pascholati

Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), Universidade de São Paulo (USP)

A ferrugem-asiática é uma das principais doenças na cultura da soja causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. Nos últimos anos, o uso de fungos entomopatogênicos vem aumentando e surge como uma nova estratégia de manejo de doenças em plantas. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito de preparações (filtrado de cultivo em meio líquido e suspensão de conídios) de três espécies de Metarhizium spp. na germinação de urediniósporos de P. pachyrhizi. Foram utilizadas suspensões de conídios dos fungos entomopatogênicos na concentração de 2x105 conídios.mL-1 ou do filtrado do meio de cultivo, obtido a partir do crescimento em meio líquido Batata Dextrose (B.D.). O controle positivo consistiu do fungicida Vessarya® (Picoxistrobina e Benzovindiflupira) e o controle negativo foi realizado com água destilada e meio B.D. Para se avaliar a germinação dos urediniósporos foram utilizadas placas de Petri de poliestireno (40 mm diam.), contendo uma gota por placa (volume total de 100 µL por tratamento), sendo 50 µL de cada tratamento + 50 µL da suspensão de urediniósporos (2x105 esporos.mL-1), as quais foram mantidas em B.O.D, a 25ºC no escuro por 6 horas, sendo iormente, quantificada a germinação de 100 urediniósporos. Os resultados demostraram que as suspensões de conídios dos três isolados de Metarhizium spp. não reduziram a germinação de P. pachyrhizi, obtendo-se valores entre 93%–98% de germinação. Entretanto, nos tratamentos com os filtrados de Metarhizium spp. foi observada inibição da germinação dos urediniósporos de 73 a 98%, dependendo do isolado, em comparação com o tratamento água e B.D. Para revelar o potencial do uso do filtrado de Metarhizium spp. no manejo da ferrugem-asiática em soja há necessidade de se conduzir novos experimentos in vitro e in vivo.

Palavras-Chave: Ferrugem-asiática; Fungos entomopatogênicos; Controle biológico

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) 2017/18. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) (processo: 2018/ 18393-2)

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Ação In Vitro Residual em Papelão de Tratamentos Não-químicos Contra Dermanyssus gallinae (De Geer, 1778) Aline A. Chaves; Rafael F. Miguel; Erick Ribeiro; Andressa N. Grandini; Luis F.A. Alves; Daian G.P. Oliveira

Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR

O ácaro-vermelho-das-poedeiras é considerado uma das principais pragas da produção de ovos em todo o mundo. Mesmo em relação a acaricidas químicos, são poucas as opções disponíveis para seu controle. Neste contexto, o presente trabalho objetivou avaliar in vitro o efeito residual em papelão de diferentes tratamentos não químicos na mortalidade da praga. Cada tratamento consistiu de seis repetições com 25 ácaros (N=150), sendo: 1) Controle (água); 2) Hipoclorito de sódio 20%; 3) Óleo mineral 5%; 4) Detergente 10%; 5) Terra de Diatomácea 20% (TD); 6) Fungo Beauveria bassiana não formulado (Suspensão em água; isolado Unioeste 88); 7) B. bassiana Formulado em óleo emulsionável (idem; 1×109 conídios/mL). As suspensões dos tratamentos foram preparadas em volume de dois litros, aplicando- se 500µL por repetição sobre o papelão (1,5×1,5 cm). Após a secagem (30min), os papelões foram colocados em tubos de fundo chato nos quais os ácaros foram transferidos e incubados em condições controladas (26±2°C) por sete dias, avaliando-se a mortalidade diariamente. Verificou-se que os maiores índices de mortalidade foram obtidos nos tratamentos com Detergente (41,8%), B. bassiana Não formulado (34,3%) e B. bassiana Formulado (29,9%), os quais não diferiram estatisticamente entre si. O tratamento com TD não apresentou mortalidade (0%), mas não diferiu significativamente dos tratamentos com Hipoclorito de sódio (0,6%), e Óleo mineral (3,6%), segundo o teste de Scott-Knott (<0,01). Acredita-se que pelo fato do contato dos ácaros com o papelão não ser forçado, a ação dos tratamentos possa ter sido subestimada. O papelão também pode não ser um veículo adequado para tratamentos aquosos que visem ao controle do ácaro, prejudicando a efetividade. Os resultados demonstram que novos estudos precisam ser realizados para melhor elucidar o real efeito residual dos tratamentos não químicos sobre Dermanyssus gallinae, utilizando-se o papelão que normalmente é empregado em armadilhas para esta praga.

Palavras-Chave: Ácaro-vermelho; controle biológico; controle alternativo

Apoio Institucional: UTFPR; UNIOESTE; Lar Cooperaiva Agroindustrial

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Armadilha de Auto-inoculação de Beauveria bassiana para o Manejo do Ácaro-vermelho Dermanyssus gallinae (De Geer, 1778) (Mesostigmata: Dermanyssidae) Daian G.P. Oliveira; Marina M. Nascimento; Luis F.A. Alves; Rogério B. Lopes; Tiago T. Ferreira; Bruno V. Neves

Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Santa Helena; Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Cascavel, PR, Lab. de Biotecnologia Agrícola; Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

No contexto da avicultura de postura comercial, Dermanyssus gallinae destaca-se como um dos mais importantes ectoparasitas hematófagos. Na busca por estratégias alternativas aos acaricidas químicos, o presente estudo teve por objetivo avaliar, em laboratório e campo, armadilhas com diferentes preparações de Beauveria bassiana (isolado Unioeste 88) como estratégia de atração-e-infecção para o controle de Dermanyssus gallinae. Os protótipos consistiram de papelão corrugado impregnado com 1g das preparações (5×1010 conídios) dispostos em tubos plásticos (1,6 cm Ø). As preparações avaliadas foram: i) B. bassiana puro; ii) B. bassiana + amido; iii) B. bassiana + cera SPLAT™ e iv) B. bassiana + SPLAT™ + amido. Em laboratório, foi avaliada a atividade acaricida (a 26 e 32ºC), adesividade e viabilidade fúngica ao longo do tempo (0, 7, 14 e 21 dias). Em campo, as preparações iii e iv foram testadas em aviário de postura comercial, por diferentes tempos de permanência no ambiente (12, 24 e 48 h), utilizando-se também armadilhas de recaptura, para coleta após 24h. Verificou-se que a cera SPLAT™ proporcionou maior aderência dos conídios nas armadilhas. Também nesta preparação, os conídios apresentaram maior viabilidade ao longo das três semanas de armazenamento, em ambas as temperaturas avaliadas, quando comparado à preparação com fungo puro. Nos testes de campo, não houve efeito do tempo de permanência da armadilha no ambiente na mortalidade dos ácaros, sendo de 91,7%, 97,0% e 86,9%, na preparação com B. bassiana + SPLAT™ + amido nos tempos de 12h, 24h e 48h, respectivamente. Nas armadilhas de recaptura, o maior índice de mortalidade foi encontrado nos pontos em que receberam as armadilhas com B. bassiana + SPLAT™ + amido, sendo esta de 25,7%. Os resultados aqui obtidos demonstram o potencial da estratégia de autoinoculação para o controle de D. gallinae como provável tática a ser incorporada no manejo do ácaro.

Palavras-Chave: controle biológico; produção animal; manejo de pragas

Apoio Institucional: CNPq; CAPES; Biocamp Laboratórios Ltda.; Lar Cooperaiva Agroindustrial; Isca Tecnologias Ltda.

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Efeito Residual In Vitro de Tratamentos Não-químicos Contra Dermanyssus gallinae (De Geer, 1778) (Mesostigmata: Dermanyssidae) Erick Ribeiro; Rafael F. Miguel; Aline A. Chaves; Andressa N. Grandini; Luis F.A. Alves; Daian G.P. Oliveira

UTFPR

Na avicultura de postura, o ácaro-vermelho-das-poedeiras destaca-se como um dos mais importantes ectoparasitas hematófagos em todo o mundo. Neste sentido, o presente estudo teve por objetivo avaliar in vitro o efeito residual forçado de diferentes tratamentos não químicos sobre a praga. Cada tratamento consistiu de seis repetições com 25 ácaros (N=150), sendo: i) Controle (água); ii) Hipoclorito de sódio 20%; iii) Óleo mineral 5%; iv) Detergente 10%; v) Terra de Diatomácea 20% (TD); vi) Fungo Beauveria bassiana não formulado (Suspensão em água; isolado Unioeste 88); vii) B. bassiana Formulado em óleo emulsionável (idem; 1×109 conídios/mL). As suspensões dos tratamentos foram preparadas em volume de dois litros, aplicando-se 500µL por repetição em um envelope de papel filtro. Após a secagem (30min), os ácaros foram transferidos para os envelopes, os quais foram lacrados e incubados em condições controladas (26±2°C) por três dias. Após, os envelopes foram abertos e os ácaros transferidos para tubos de vidro, incubando-se na mesma condição por sete dias, e avaliando-se a mortalidade diariamente. Verificou-se que os maiores índices de mortalidade total foram obtidos nos tratamentos com B. bassiana Formulado (83%) e B. bassiana Não formulado (74%), os quais não diferiram estatisticamente entre si. O tratamento com TD apresentou índices intermediários de mortalidade (50%), e diferiu de todos os demais. O tratamento com Hipoclorito de sódio não apresentou mortalidade (0%), mas não diferiu significativamente dos tratamentos com Detergente (3%) e Óleo mineral (7%), segundo o teste de Scott-Knott (<0,01). Com relação a mortalidade confirmada, foram observados valores de 79% no tratamento B. bassiana Formulado e 43% em B. bassiana Não formulado. Os resultados demonstram que os tratamentos com fungo e TD podem apresentar efeito residual significativo para o controle do ácaro.

Palavras-Chave: Ácaro-vermelho; Controle biológico; Controle alternativo

Apoio Institucional: UNIOESTE; Lar Cooperativa Agroindustrial

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Multiplicação do ácaro predador Macrocheles embersoni (Acari: Macrochelidae) em laboratório Letícia Henrique Azevedo; Murilo Prudente Ferreira; Raphael de Campos Castilho; Gilberto José de Moraes

Departamento de Fitossanidade, Faculdades de Ciências Agrárias e Veterinária (FCAV), Universidade Estadual Paulista (UNESP)/Departamento de Entomologia e Acarologia, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), Universidade de São Paulo (USP)

A mosca dos estábulos, Stomoxys calcitrans (L.), 1758 (Diptera: Muscidae), vem causando grandes perdas na bovinocultura de leite e de corte em algumas regiões brasileiras. Sendo hematófaga, pode causar a redução de peso do animal, redução na produção de leite, abortamento de bezerros e transmissão de doenças. Ácaros da família Macrochelidae vêm sendo estudados para o possível controle desta praga. Em testes no laboratório, Macrocheles embersoni Azevedo, Castilho & Berto, 2017 (Mesostigmata: Macrochelidae) mostrou-se promissor no controle da S. calcitrans, predando número considerável de ovos e larvas. Porém, existem poucos estudos relacionados à criação massal dos ácaros desta família em laboratório. Assim, existe a necessidade do estabelecimento de protocolos para a criação massal deste predador para seu eventual uso prático. O objetivo deste trabalho foi o estabelecimento de um sistema piloto de produção massal deste ácaro. Avaliaram- se diferentes níveis de inoculação do predador em unidades piloto de produção, assim como distintos períodos de interação predador–presa. Foram inoculados 50, 100, 150, 200, 250, 300, 350 e 400 predadores em recipientes de 1 litro contendo vermiculita, estimando-se o número final de M. embersoni presentes após 15, 30 e 60 dias do início do experimento. Os ácaros foram alimentados a cada 2–3 dias com o nematoide Rhabditella axei. Com 15 dias de avaliação, observou-se um aumento considerável do ácaro predador em praticamente todas as unidades experimentais. Já com 30 dias esse aumento ocorreu apenas em densidades de inoculação superiores a 300 ácaros por recipiente. Os melhores resultados, considerando a taxa instantânea de reprodução (ri) ocorreram com a inoculação de 50 ácaros em todas as interações realizadas, sendo a de 15 dias que apresentou o melhor resultado entre todos. Tendo em vista a baixa quantidade inicial de ácaros necessários e o melhor retorno possível, é viável a continuação dos experimentos com este ácaro para a multiplicação em laboratório.

Palavras-Chave: Macroquelídeos; Mosca dos estábulos; Criação em laboratório

Apoio Institucional: FAPESP (Processo 2019/06282-4)

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Dispositivo Atrai-e-Infecta para o Controle do Ácaro-vermelho Dermanyssus gallinae (De Geer, 1778) (Acari: Dermanyssidae) com o Fungo Beauveria bassiana (Balls.) Vuill. Luis F. A. Alves1; Marina M. Nascimento1; Daian G. P. Oliveira2; Rogério B. Lopes3; Tiago T. Ferreira1; Bruno V. Neves1

1Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Cascavel, PR, Lab. de Biotecnologia Agrícola – [email protected]; 2Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Santa Helena; 3Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

O ácaro-vermelho-da-galinha Dermanyssus gallinae é um dos principais ectoparasitas hematófagos da avicultura de postura. Tem hábitos gregários e crípticos, com intensa atividade noturna, quando se dirigem às aves para se alimentar. A hematofagia causa danos fisiológicos às aves e consequente redução na produtividade, além do ácaro ser vetor de Salmonella spp. Este trabalho visou avaliar um dispositivo atrai-e-infecta contendo o fungo Beauveria bassiana em laboratório e campo. O dispositivo foi constituído de bucha vegetal (Luffa aegyptiaca Mill.) como inerte de ancoragem do fungo (2,6×109/conídios, viabilidade mínima de 90%). Em laboratório, os dispositivos com fungo e somente bucha (Testemunha) foram contidos em tubos de vidro com 30 ácaros que permanecerem em contato por 5 dias. A mortalidade foi de 86%. Mantidos por 90 dias em 26◦C, a viabilidade dos conídios, em meio de cultura, reduziu-se para aproximadamente 70%. Nos ensaios de campo (aviário comercial), as armadilhas com fungo (infecção) foram dispostas em grupos por 12 h, 1 e 5 dias (10 armadilhas para cada tempo de avaliação). Nesses períodos, as armadilhas eram substituídas por outras sem fungo (recaptura) que permaneciam por mais 24 h. Nas armadilhas de infecção, a mortalidade variou entre 80-90%. Nas armadilhas de recaptura, a mortalidade foi de 36% (tratamento 12h de infecção) e 38% (onde estavam as armadilhas de 1 dia). Comprovou-se a capacidade de infecção do fungo em campo e seu potencial para permanência no ambiente. Por fim, salienta-se que este é um estudo pioneiro de ancoragem de B. bassiana em esponja vegetal e uso no controle de D. gallinae. Os resultados aqui obtidos mostram o potencial para uso no manejo do ácaro, associado a outras táticas de controle.

Palavras-Chave: controle biológico

Apoio Institucional: CNPq, CAPES, Biocamp Laboratórios Ltda., Lar Cooperaiva Agroindustrial.

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Ação de Contato e Residual In Vitro de Tratamentos Não-químicos Contra o Ácaro-vermelho Dermanyssus gallinae (De Geer, 1778) Rafael F. Miguel; Erick Ribeiro; Luis F.A. Alves; Daian G.P. Oliveira

Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR, Campus Santa Helena, PR

A escassez de opções disponíveis que não sejam acaricidas químicos para o controle de Dermanyssus gallinae faz com que os produtores busquem métodos alternativos de controle. O presente estudo teve por objetivo avaliar in vitro o efeito por contato direto e residual de diferentes tratamentos não químicos sobre o ácaro. Cada tratamento consistiu de seis repetições com 25 ácaros (N=150), sendo: a) Controle (água); b) Hipoclorito de sódio 20%; c) Óleo mineral 5%; d) Detergente 10%; e) Terra de Diatomácea 20% (TD); f) Fungo Beauveria bassiana não formulado (Unioeste 88); g) B. bassiana Formulado em óleo emulsionável (idem; 1×109 conídios/mL). As suspensões dos tratamentos foram preparadas em volume de dois litros, aplicando-se 500µL por repetição sobre os ácaros (direto) ou em um pedaço de papel filtro (1,5×1,5 cm). Após, os ácaros com o papel foram transferidos para tubos de fundo chato e incubados em condições controladas (26±2°C) por sete dias, avaliando-se a mortalidade diariamente. Por contato direto, verificou-se que os maiores índices de mortalidade foram obtidos nos tratamentos com Detergente (100%), B. bassiana Formulado (98,3%) e TD (96,7%), os quais não diferiram entre si. O efeito residual, de maneira geral, foi observado em todos os tratamentos, verificando-se os maiores índices de mortalidade com o fungo B. bassiana, com 100% no tratamento Formulado, e 99% no Não Formulado. A TD apresentou somente 13,9% no residual. Com relação ao tempo para mortalidade, os tratamentos com Detergente e Óleo mineral (61,7%) foram os mais rápidos, atingindo os índices máximos após dois dias do contato direto. No residual esse desempenho não se repetiu. Somente os resultados dos tratamentos Hipoclorito de sódio e Fungo Formulado não diferiram significativamente quando comparadas as metodologias de contato. Os resultados aqui obtidos demonstram o potencial de alguns tratamentos para o controle de D. gallinae como provável tática a ser incorporada no manejo desta praga.

Palavras-Chave: controle biológico; controle alternativo; manejo de pragas

Apoio Institucional: UTFPR; UNIOESTE; Lar Cooperaiva Agroindustrial

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Eficácia de formulados de Bacillus thuringiensis israelensis no controle de Culex L. 1758 (Culicidae) em condições de campo Alex da S. Bocaleti; Allan de S. Gnutzmans; Nayana C. da S. Santos; Itamar F. Andreazza; Francisco A. Marques; Mario A. N. da Silva; Laurival A. Vilas-Bôas; Gislayne F. L. T. Vilas-Bôas

1UEL - Universidade Estadual de Londrina (Caixa Postal, 10011, 86.057-970, Londrina, PR, Brasil) [email protected]. 2UFPR - Universidade Federal do Paraná (Caixa Postal 19031, 81.531- 980, Curitiba, PR, Brasil)

Culex., 1758 (Diptera: Culicidae) é um importante gênero de mosquito que ocasiona diversos problemas, transmitindo patógenos de encefalites, filarioses, além do incomodo a população. Bacillus thuringiensis israelensis é uma das bactérias mais utilizadas atualmente para o controle de mosquitos em diferentes formulações. Este trabalho teve como objetivo comparar a eficácia e persistência entre uma formulação do mercado e uma nova formulação. Em uma área sombreada por vegetação foram dispostas nove caixas d’água com 500 L de água da rede de abastecimento. Três réplicas para Controle, para o VectoBac WG® (Lote 291-325-PG30) com 1,5 g/500 L segundo o rótulo e para o novo formulado BIOUEL, com 1 g/500 L. Semanalmente as larvas de Culex foram coletadas com rede para insetos aquáticos em estação de tratamento de esgoto da região de Londrina, e distribuídas entre as caixas de forma equitativa. As larvas foram coletadas em zero, 24, 48 e 72 horas com uma rede para insetos aquáticos, armazenadas em álcool 70% e contabilizadas, excluindo-se as pupas. Foi monitorado temperatura do ar, umidade relativa, luminosidade, pH e condutividade diariamente. A temperatura média do ar durante o ensaio foi de 24,46ºC (16,4 – 35,6); umidade relativa de 63,8% (17 – 95) e luminosidade (lux) 3764,13 (102 – 93900). No controle, o pH médio foi de 8,10 (6,7 – 9,9) e condutividade 106, 3 µS cm-1 (98 – 134). Em WG pH 8,10 (6,9 – 9,7) e condutividade 88,85 µS cm-1 (76 – 124). BIOUEL com pH 7,85 (7 – 9,4) e condutividade 93,54 µS cm-1 (73 – 126). As taxas de mortalidade ao fim de sete semanas, assim que os produtos começaram a apresentar diminuição em sua atividade foram: Controle = 47,71% (60,8 – 83,5); WG = 96,64% (79,5 - 100); BIOUEL = 96,25% (78,3 – 100). No teste t de Student não ocorreu diferença significativa entre as médias de mortalidade dos produtos (p = 0,6722). Confirma-se equivalência em eficácia do novo formulado com produto comercial, sendo um potencial alternativo para o controle de Culex.

Palavras-Chave: Bioinseticida; Bti; Controle Biológico

Apoio Institucional: CNPQ na chamada MCTI-CNPq/MEC-CAPES/MS-Decit Nº 14/2016

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Eficácia de armadilhas de oviposição para monitoramento e controle de Aedes (Diptera: Culicidae) Marcelo T. Jardim; Barbara Maistrovicz; Beatriz M. Gomes; Edson K. Kawabata; Willian S. Vicentin; Bianca P. Silva; João Antonio C. Zequi

Universidade Estadual de Londrina

Ovitrampa, armadilha para coleta de ovos, é uma metodologia usada desde 1965, como importante ferramenta para monitoramento de Aedes. A otimização dessas armadilhas para maior tempo em campo pode se dar com uso de bioinseticidas associados a atrativos. Esse trabalho teve como objetivo testar em campo atrativos e bioinseticidas: Bti UEL, VectoBac WG (lote: 291-325-PG30) ambos com princípio ativo contendo Bacillus thuringiensis israelensis, levedo de cerveja a 0,2% e água destilada. O experimento foi realizado no campus da universidade estadual de Londrina durante 05 semanas com 30 armadilhas para cada tratamento dispostos aleatoriamente. O experimento foi realizado de 02 a 30 de maio de 2019. Semanalmente as palhetas foram verificadas e coletadas para contagem de ovos em laboratório, bem como inspecionadas quanto à presença de larvas. Nos diferentes tratamentos não ocorrem diferenças estatísticas durante as semanas pelo teste de Kruskal-Wallis (p = 0.0577; H=7.492), sendo o IPO e IDO: água destilada (90.34; 23.97); levedo (63.75; 38.51); Bti UEL (70.62; 11.99) e Bti WG (38.09; 14.76). Também, considerando-se as três últimas semanas do experimento em campo, é nítido que mais larvas ocorrem no tratamento com levedo de cerveja (92.66; 0-195) pelo teste de Kruskal-Wallis (H =9.7318 e p = 0.0210), seguido de água destilada (15; 0-24); os quais não diferem estatisticamente. Já Bti WG (0; 0-0) e Bti UEL (1; 0- 3) não diferem estatisticamente. Portanto o uso de armadilhas com Bti (WG e UEL) é mais eficaz para manutenção do monitoramento em campo, sendo seguro para manter número reduzido ou evitar a presença de larvas, pois além da coleta de ovos podem ficar por até 5 semanas no ambiente sem que ocorra desenvolvimento larvário, o que significa segurança no uso das armadilhas; diferente do uso da armadilha apenas com atrativos (levedo ou água destilada), que no experimento simulam criadouros com água parada.

Palavras-Chave: bioinseticida; ovitrampa; mosquitos

Apoio Institucional: SEED: Secretaria de Estado da Educação e CNPq na chamada MCTI-CNPq/MEC-CAPES/MS-Decit nº14/2016

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Novo isolado de Bacillus thuringiensis subesp. israelensis usado para formulação de larvicida no controle de Aedes aegypti Fernando P. dos Santos; João Antonio C. Zequi; Gislayne T. Vilas Boas; Laurival A. Vilas Boas; Bianca P.Silva; Francisco A. Marques; Nayana C. S. Santos; Itamar F. Andreazza

¹Centro Universitário Filadélfia ²Universidade Estadual de Londrina ³Universidade Federal do Paraná

Formulados à base de Bacillus thuringiensis israelensis (Bti) é alternativa para o controle de Aedes. O trabalho objetivou desenvolver formulado com Bti para controle de Aedes. A partir de novo isolado de Bti, foram preparados 4 comprimidos com variações nos excipientes e quantidades proteicas. Bioensaios foram realizados em campo com sombreamento parcial entre 11/04 a 25/05/2018. Foram instalados tambores com 10L de água, 20 larvas de 4º instar inicial de Aedes e comprimido larvicida. As larvas foram mantidas durante o período de 72 horas, contabilizando-se diariamente a taxa de mortalidade e repetindo a colocação de novas larvas a cada semana. O experimento ocorreu em 5 réplicas contendo 2 produtos comerciais como controle positivo, o produto formulado e uma testemunha apenas com água. As médias de mortalidade e dados abióticos após 41 dias foram: Denguetech (Lote 0101)=86,9% (57,3-100); Vectobac WDG (Lote 267-853-PG)=91,5 (53,7-100); CII=82,2% (44–99,3); CIII=79,6 (32,4–100); CIV=83,1 (34,2–100); CVIII=82,6 (37,7–97,6). A temperatura ambiente foi de 23,9°C (9,7–37,8); umidade 51,5% (15- 90). As condições da água foram: pH médio 7,7(7,31–8,46), temperatura 20,1ºC(13,57–25,85), condutividade 82,3µS cm-1(43–103), TDS 41,3mg/L(34–64), O2 dissolvido 3,85mg/L (2,06–5,58) e O2 saturado 44,5% (18,4–64). Nas testemunhas a taxa de mortalidade foi 4,3%(1,4-12); pH=7,6(7,25–7,81), condutividade 87µS cm-1(70–109), TDS 53mg/L (35–55), O2 dissolvido 3,88mg/L e O2 saturado 45%(31,9–61,7). Os formulados foram eficientes, com taxa de mortalidade superior a 90% durante os 37 dias iniciais do experimento e não há diferenças estatísticas pelo teste Tukey entre formulados durante os 41 dias (F=16,59; p=0,0001); porém todos diferem do controle. Pelo teste Kurskal Wallis não há diferenças entre a qualidade da água dos recipientes dos produtos e da testemunha. Conclui-se que estes formulados são eficientes no controle de Aedes nessas condições e não alteram a qualidade da água.

Palavras-Chave: bioinseticida; mosquitos.

Apoio Institucional: CNPq na chamada MCTI-CNPq/MEC-CAPES/MS-Decit nº14/2016

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Mass-Rearing Conditions and Behavi Responses of the Giant Water Bug, Belostoma anurum Wilson R. Valbon; Khalid Haddi; Yeisson Gutiérrez; Franciele M. Cruz; Kamila E.X. Azevedo; Johan S. Perez Campos; Ana L. Salaro; Eugenio E. Oliveira

Universidade Federal de Viçosa; University of Münster

Understanding the life cycle and dietary requirements of laboratory-reared insects is critical for optimizing resources (including time) and can provide more reliable ecological basis for using such biological control agents in realistic programs. Here, we evaluated the complete development and the predatory abilities of Belostoma anurum (Hemiptera: Belostomatidae), an aquatic predator widely distributed in Neotropical region, when reared at different diets. We firstly investigated the capacity of B. anurum nymphs to prey upon mosquito larvae (i.e., larvae of Aedes aegypti or Culex sp. (Diptera: Culicidae)) and evaluated whether the immature diets affect the predatory behaviors of B. anurum adults. The B. anurum egg-to-adult development time was of 85.1 (± 3.36) days in an arthropod based (i.e., mosquito larvae and adults of Notonectidae) diet. However, when a fish-based diet was offered after the 3rd instar nymphs, we recorded significantly (up to 50%) reductions on the B. anurum development time. Interestingly, B. anurum adults could live more than one year under laboratory conditions, independently of the immature diet regime. Our predatory results revealed that B. anurum 2nd instar nymphs were significantly more efficient to catch and prey upon larvae of A. aegypti than of Culex sp. Furthermore, adults of B. anurum that were reared on arthropod-based diet (i.e., vertebrate-diets naïve) spent significantly more feeding time on vertebrate preys. Collectively, our findings are describing a protocol for standardized-rearing of B. anurum and are showing that these aquatic insects are long-lived predators, which might enhance the natural biological control of mosquitoes in aquatic ecosystems.

Palavras-Chave: Belostomatidae; aquatic entomofauna; biological control of mosquitoes

Apoio Institucional: CAPES, CNPq, FAPEMIG

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Atividade larvicida de Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana em Anopheles darlingi Root 1926 (Diptera: Culicidae) Adria Maria. M. Teles; Rosemary A. Roque; Wanderli P. Tadei; José Eduardo M. de Almeida; Silvia Cássia B. Justiniano; Grafe O. Pontes

Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD)

Os mosquitos do gênero Anopheles são de grande relevância na epidemiologia e transmissão da malária. A principal espécie envolvida na transmissão da malária nas Américas é o Anopheles darlingi Root 1926 (Diptera: Culicidae). O interesse em fungos entomopatogênicos para controle biológico encontra-se em amplo crescimento devido a resistência aos inseticidas utilizados em controle de vetores. Este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade larvicida dos fungos Metarhizium anisopliae (IBCB 425) e Beauveria bassiana (IBCB 66) em larvas de An. darlingi em laboratório. Os isolados fúngicos foram cultivados em meio BDA, durante 7 a 14 dias em câmara de germinação. Após o crescimento, foi preparada uma solução aquosa de 1 x108 conídios/mL e 0,05% de Tween 80. Os bioensaios foram realizados em triplicata, grupo controle e duas repetições, utilizando recipientes plásticos contendo 18 mL de água destilada, 10 larvas de An. darlingi e 2 mL de suspensão de conídios, acondicionados em 27 ± 1 °C e fotoperíodo de 12 horas. A leitura dos bioensaios foram realizadas diariamente por 10 dias. Os isolados IBCB 425 e IBCB 66 infectaram as larvas de An. darlingi, ocorrendo a extrusão macroscopicamente dos fungos sobre o tegumento, verificado através de lupa com magnificação de 14x. A mortalidade das larvas (6,7%), em ambos os isolados, ocorreram nas primerias 48 horas. IBCB 425 e IBCB 66 apresentaram, respectivamente, maior virulência com 120 e 96 horas, com atividade larvicida de 35,85%, e 56,65%. Após os 10 dias de bioensaios, os isolados IBCB 425 e IBCB 66 causaram, respectivamente, mortalidade de 58,3% e 91,7% das larvas de An. darlingi. Este estudo demonstrou o potencial dos isolados IBCB 66 e IBCB 425 para o controle biológico de larvas de An. darlingi, possibilitando futuras pesquisas em outros estágios de vida deste vetor e outras espécies envolvidas na transmissão de malária na Região Amazônica e no Brasil.

Palavras-Chave: Controle biológico; Malária; Entomopatogênico

Apoio Institucional: CNPq, INPA

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Atividade entomopatogênica de fungos de solo da Amazônia em Aedes (Stegomyia) aegypti Linnaeus, 1762 (Diptera: Culicidae) Grafe O. Pontes; Silvia Cássia B. Justiniano; José Eduardo M. de Almeida; William Ribeiro da Silva; Rosemary A. Roque; Wanderli P. Tadei

Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD)

O uso de inseticidas químicos tornou-se importante nos programas de controle do Aedes (Stegomyia) aegypti Linnaeus, 1762. O Ministério da Saúde registrou até o dia 02 de fevereiro de 2019 um aumento de 149% em casos prováveis de dengue quando comparado ao mesmo período de 2018. O interesse em fungos entomopatogênicos para controle biológico encontra-se em amplo crescimento devido a resistência aos inseticidas utilizados em controle de vetores. O presente estudo teve como objetivo avaliar a atividade entomopatogênica de fungos isolados de solo da Amazônia em larvas de A. aegypti. Foram selecionados nove isolados fúngicos entomopatogênicos em Tenebrio molitor, Metarhizium anisopliae (IBCB 425) e Beauveria bassiana (IBCB 66) para testes em larvas de terceiro instar de A. aegypti. Os isolados foram cultivados em meio BDA, durante 7 a 15 dias. Após o crescimento, foi preparada uma solução aquosa de 1 x109 conídios/mL com 0,05% de Tween 80. Os bioensaios foram realizados em quadruplicada e grupo controle, utilizando recipientes plásticos com 18 mL de água destilada, 20 larvas de A. aegypti e 2 mL de suspensão de conídios. O experimento foi acondicionado em uma câmara de germinação (BOD) em 27 ± 1 °C e fotoperíodo de 12 horas. Os fungos IPS 2.1, IPS 1.3, IBCB 425, IBCB 66 foram mais virulentos, apresentando mortalidade de 86%, 53,7%, 74,6%, e 31,8%, respectivamente. Considerando o tempo como fator prioritário em ensaio inseticidas, os valores de TL50 foram de 1,95 a 4,8 dias de tratamento. Os fungos, IPS 2.1 apresentou TL50 de 1,95 (1,18-3,24), IBCB 425 com TL50 de 3,8 (3,0-4,4), IBCB 66 com TL50 de 4,3 (3,5-5,0), e IPS 1.3 com TL 50 de 4,8 (4,1-5,7). Os resultados demonstraram o potencial dos isolados IPC 1.2, e IBCB 425 para o controle de larvas de A. aegypti. O estudo nos permitiu inferir que podemos dispor de novas espécies de fungos entomopatogênicos, e que podem ser utilizados como recursos biológicos no combate de insetos e vetores.

Palavras-Chave: Bioinseticida; Controle biológico; Vetores

Apoio Institucional: Fapeam, INPA

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Efeito da seleção em laboratório com o biolarvicida Espinosade na fecundidade da população de Aedes aegypti em Manaus, AM William R. da Silva; Thamiles das C. Gonçalves; Verônica G. Pinto; Joelma S. da Silva; Francisco A. da S. Ferreira; Adriano N. Arcos; Grafe O. Pontes; João A. C. Zequi; Rosemary A. Roque; Wanderli P. Tadei

1Programa de Pós-Graduação em Entomologia, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Avenida André Araújo, 2936, Petrópolis, Manaus, Amazonas, 69067-375, Brasil. E-mail: [email protected]. 2Programa de Pós-Graduação em Genética, Conservação e Biologia Evolutiva, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Avenida André Araújo, 2936, Petrópolis, Manaus, Amazonas, 69067-375, Brasil. 3Curso de Biotecnologia, Universidade Federal do Amazonas, Avenida General Rodrigo Octavio Jordão Ramos, 1200, Coroado I, Manaus, Amazonas, 69067-005, Brasil. 4Curso de Ciências Naturais, Campus VII, Universidade Federal do Maranhão, Avenida Dr. José Anselmo, 2008, São Sebastião, Codó, Maranhão, 65400-000, Brasil. 5Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Cidade Universitária, Av. Costa e Silva - Pioneiros, Campo Grande - MS, 79070-900. 6Centro de Entomologia, Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado, Av. Pedro Teixeira, Dom Pedro, Manaus, Amazonas, 69040-000, Brasil. 7Laboratório de Entomologia Médica, Departamento de Biologia Animal e Vegetal, Universidade Estadual de Londrina. Caixa Postal 6001, 86051-970 Londrina, Paraná, Brasil. 8Laboratório de Controle Biológico e Biotecnologia da Malária e Dengue, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Avenida André Araújo, 2936, Petrópolis, Manaus, Amazonas, 69067-375, Brasil

A alteração do nível de suscetibilidade dos insetos devido a exposição contínua com inseticida, pode selecionar mecanismos envolvidos na resistência, que podem influenciar na aptidão desta população. Neste trabalho, verificou-se o efeito da pressão de seleção com o biolarvicida Espinosade durante seis gerações na fecundidade da população de Aedes aegypti da cidade de Manaus, Amazonas, em condições de laboratório. O estudo foi realizado no Laboratório de Malária e Dengue do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), onde ovos foram retirados das gerações F2 e F6 da população controle e da população pressionada com a CL50 (0,036 mg/L) do biolarvicida, e imersos em recipientes com 1 L de água destilada por 24 horas. Após a eclosão, 500 larvas de primeiro instar foram mantidas em recipiente com 1 L de água destilada e 0,5 g de ração colocado a cada três dias. Após a emergência, 120 insetos (1:1) de cada população, foram colocados em gaiolas independentes para copular por quatro dias. Adicionalmente para as fêmeas, foi oferecido um repasto sanguíneo em hamster (Mesocricetus auratus) anestesiado durante 30 minutos e, em seguida, 30 fêmeas de cada insetário foram colocadas individualmente em copos plástico de 180 mL cobertos com tela do tipo filó, contendo 70 mL de água destilada e papel filtro como substrato para oviposição. Os recipientes foram mantidos nos seus respectivos insetários (27 ± 2 °C, 80-90% e 12L:12D) durante cinco dias. Após este período, as fêmeas foram removidas e os ovos contabilizados em microscópio estereoscópico ZEISS Stemi 2000 50X. A média de ovos na segunda geração foi maior para a população controle em comparação à população pressionada (t de Student, p= 0,0001), todavia, essa

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diferença não foi verificada entre as populações da sexta geração (t de Student, p>0,05). Contudo, a baixa taxa de fecundidade, demonstra um agravo na aptidão diretamente associado a alteração do nível de suscetibilidade da linhagem pressionada com o biolarvicida.A alteração do nível de suscetibilidade dos insetos devido a exposição contínua com inseticida, pode selecionar mecanismos envolvidos na resistência, que podem influenciar na aptidão desta população. Neste trabalho, verificou-se o efeito da pressão de seleção com o biolarvicida Espinosade durante seis gerações na fecundidade da população de Aedes aegypti da cidade de Manaus, Amazonas, em condições de laboratório. O estudo foi realizado no Laboratório de Malária e Dengue do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), onde ovos foram retirados das gerações F2 e F6 da população controle e da população pressionada com a CL50 (0,036 mg/L) do biolarvicida, e imersos em recipientes com 1 L de água destilada por 24 horas. Após a eclosão, 500 larvas de primeiro instar foram mantidas em recipiente com 1 L de água destilada e 0,5 g de ração colocado a cada três dias. Após a emergência, 120 insetos (1:1) de cada população, foram colocados em gaiolas independentes para copular por quatro dias. Adicionalmente para as fêmeas, foi oferecido um repasto sanguíneo em hamster (Mesocricetus auratus) anestesiado durante 30 minutos e, em seguida, 30 fêmeas de cada insetário foram colocadas individualmente em copos plástico de 180 mL cobertos com tela do tipo filó, contendo 70 mL de água destilada e papel filtro como substrato para oviposição. Os recipientes foram mantidos nos seus respectivos insetários (27 ± 2 °C, 80-90% e 12L:12D) durante cinco dias. Após este período, as fêmeas foram removidas e os ovos contabilizados em microscópio estereoscópico ZEISS Stemi 2000 50X. A média de ovos na segunda geração foi maior para a população controle em comparação à população pressionada (t de Student, p= 0,0001), todavia, essa diferença não foi verificada entre as populações da sexta geração (t de Student, p>0,05). Contudo, a baixa taxa de fecundidade, demonstra um agravo na aptidão diretamente associado a alteração do nível de suscetibilidade da linhagem pressionada com o biolarvicida.

Palavras-Chave: Resistência; Arbovirus; Insetos

Apoio Institucional: CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico)

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Vigilância e controle de Aedes com uso de armadilha associada a diferentes atrativos e bioinseticida em Londrina, Paraná Karina Rossi da Silva; Lilian Mirian Oliveira de Morais; Mário Antônio Navarro da Silva; João Antonio Ciryno Zequi

Universidade Estadual de Londrina; Instituto Federal do Paraná, Campus Londrina; Universidade Federal do Paraná, Campus Curitiba

Armadilhas para captura de ovos e adultos de Aedes, associadas a atrativos e biolarvicidas são uma alternativa para vigilância e controle eficaz. O objetivo do estudo foi monitorar o índice de infestação de Aedes na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) - Campus Londrina, utilizando-se armadilhas para captura de ovos e adultos, com diferentes atrativos, verificando também a eficácia dos mesmos. Foram utilizadas 30 armadilhas com 250mL de água contendo 5 tipos de atrativos: água fenada (AF), água de larva (AL), levedo de cerveja (LC), Bacillus thuringiensis israelensis (Bti), e mistura de todos os atrativos (M), além de água destilada (AD) como controle. Introduziu-se palhetas para oviposição, sendo substituídas a cada 7 dias para contagem dos ovos em laboratório; também coletou- se os mosquitos para contagem e identificação. As armadilhas capturaram as seguintes quantidades de ovos e adultos de Aedes, respectivamente: AF = 96, 0; AL = 13, 0; LC = 393, 4; Bti = 37, 0; M = 125, 2; AD = 105, 2. A média geral de ovos capturados foi de 128,2 e a média de fêmeas capturadas foi de 2,6. Assim, a proporção de captura de fêmeas de Aedes foi de 52%, considerando uma média em torno 50 ovos por postura. Apesar de LC diferir de todos estatisticamente pelo teste de Tukey (p = 0,0446), sendo o mais eficaz na captura de ovos (média de ovos = 78,6; Índice de Positividade de Ovitrampas (IPO) = 44% e Índice de Densidade de Ovos (IDO) = 35,7), não ocorreram diferenças entre os demais tratamentos, e o uso de Bti associado à armadilha ou com LC poderá ser uma excelente ferramenta para monitoramento e controle de Aedes, já que M foi o segundo tratamento mais eficaz na captura de ovos e adultos, com a maior positividade de armadilhas. Armadilhas para captura de ovos e adultos de Aedes, associadas a atrativos e biolarvicidas são uma alternativa para vigilância e controle eficaz. O objetivo do estudo foi monitorar o índice de infestação de Aedes na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) - Campus Londrina, utilizando-se armadilhas para captura de ovos e adultos, com diferentes atrativos, verificando também a eficácia dos mesmos. Foram utilizadas 30 armadilhas com 250mL de água contendo 5 tipos de atrativos: água fenada (AF), água de larva (AL), levedo de cerveja (LC), Bacillus thuringiensis israelensis (Bti), e mistura de todos os atrativos (M), além de água destilada (AD) como controle. Introduziu-se palhetas para oviposição, sendo substituídas a cada 7 dias para contagem dos ovos em laboratório; também coletou- se os mosquitos para contagem e identificação. As armadilhas capturaram as seguintes quantidades de ovos e adultos de Aedes, respectivamente: AF = 96, 0; AL

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= 13, 0; LC = 393, 4; Bti = 37, 0; M = 125, 2; AD = 105, 2. A média geral de ovos capturados foi de 128,2 e a média de fêmeas capturadas foi de 2,6. Assim, a proporção de captura de fêmeas de Aedes foi de 52%, considerando uma média em torno 50 ovos por postura. Apesar de LC diferir de todos estatisticamente pelo teste de Tukey (p = 0,0446), sendo o mais eficaz na captura de ovos (média de ovos = 78,6; Índice de Positividade de Ovitrampas (IPO) = 44% e Índice de Densidade de Ovos (IDO) = 35,7), não ocorreram diferenças entre os demais tratamentos, e o uso de Bti associado à armadilha ou com LC poderá ser uma excelente ferramenta para monitoramento e controle de Aedes, já que M foi o segundo tratamento mais eficaz na captura de ovos e adultos, com a maior positividade de armadilhas.

Palavras-Chave: Monitoramento de Aedes; Mosquitos vetores; Soluções atrativas

Apoio Institucional: Universidade Estadual de Londrina; CNPq na chamada MCTI- CNPq/MEC-CAPES/MS-Decit N° 14/2016

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Monitoramento da resistência de Aedes aegypti Linnaeus, 1762 (Diptera: Culicidae), exposto ao biolarvicida Espinosade William R. da Silva; Thamiles das C. Gonçalves; Verônica G. Pinto; Thiago F. de Lima; Joelma S. da Silva; Francisco A. da S. Ferreira; Adriano N. Arcos; João A. C. Zequi

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA; Universidade Federal do Amazonas - UFAM; Universidade Federal do Maranhão; Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; Universidade Estadual de Londrina -UEL

Estudos de monitoramento da resistência são importantes para avaliar a eficácia dos inseticidas. Neste trabalho, foi verificado a taxa de resistência de Aedes aegypti submetido à pressão de seleção com o larvicida Espinosade, em laboratório. Ovos de A. aegypti foram coletados nas seis regiões da cidade de Manaus-Am, e encaminhados ao Laboratório de Malária e Dengue do INPA, onde foram colocados em recipientes identificados para cada região com água destilada e alimento. Os imaturos foram mantidos até obter os adultos, e 100 insetos (1:1) de cada região, foram colocados em gaiola para cópula e obtenção da F1, utilizada no bioensaio para obtenção da CL50 do larvicida. Os testes foram realizados também com a cepa Rockefeller. A seleção foi realizada em seis gerações, utilizando 1.500 larvas L3 de cada grupo de cruzamento, mantidas em recipientes com 1 L de água destilada e a CL50 por 48 horas. Cada bioensaio consistiu de um controle negativo, com a mesma quantidade de água e larvas. As larvas sobreviventes foram transferidas para recipientes com água destilada limpa e divididas por população (controle e pressionada). Os imaturos mantidos até adultos, foram identificados conforme o sexo e distribuídos em gaiolas, onde machos e fêmeas de cruzamentos diferentes, foram utilizados para obtenção da F2. O mesmo ciclo de atividades foi realizado até a F6. A CL50 (0,036 mg/L) utilizada nos testes, modificou nas gerações F3 (0,114 mg/L) e F6 (0,101 mg/L), com diferença entre F1 e F3 (Tukey, p= 0,0019), bem como F1 e F6 (Tukey, p= 0,0187). Não houve diferença entre os valores da F3 e F6 (Tukey, p>0,05). Os valores de Razão de Resistência (RR) obtidos neste estudo (1,1; 1,5 e 2,8), foram considerados baixos. Contudo, mesmo ocorrendo alteração da CL50 ao longo das gerações, a população ainda é considerada suscetível ao biolarvicida, de acordo com os valores de RR e os parâmetros da OMS. Logo, mais experimentos são necessários para analisar a evolução da resistência, em laboratório.

Palavras-Chave: Suscetibilidade; Vetor

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq

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Atividade larvicida de Bacillus spp. da Amazônia para o controle biológico de Aedes aegypti Linnaeus (1762) Juan Campos de Oliveira; Ricardo M. Katak; Veranilce A.Muniz; Elerson M.Rocha; Rosemary A Roque; Wanderli P. Tadei

Universidade do Estado do Amazonas - UEA; Universidade Federal do Amazonas - UFAM; Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA

O mosquito Aedes aegypti é vetor dos arbovírus Dengue, Zika, Chikungunya, Febre amarela urbana etc., os quais causam agravos à saúde pública, em diversas regiões do mundo. O uso de microrganismos entompatogênicos, principalmente bactérias do gênero Bacillus torna-se uma alternativa promissora, no combate a este mosquito. O objetivo desse trabalho foi selecionar Bacillus spp. quitinolíticos com potencial tóxico para as larvas de Ae. Aegypti. Foram utilizadas dez linhagens de bacilos, de diferentes ambientes amazônicos (solo, planta e água). As linhagens foram caracterizadas pelo gene rRNA16S. Inicialmente foram cultivadas em 2mL de meio quitinolitico (única fonte de carbono) a 30ºC durante 24 h, em 180 rpm. Após isso, 50 µL de cultivo bacteriano foi adicionado em 100 mL do respectivo meio e cultivados em 30ºC durante 120 h, em 180rpm. O meio líquido metabólico obtido foi filtrado em membrana Millipore 0,22 uM e a biomassa bacteriana liofilizada. Nos testes biológicos foram utilizadas larvas de 3º instar de Ae. Aegypti em temperatura de 27± 1ºC e fotofase de 12h. As linhagens foram identificadas, como pertencentes ao gênero Bacillus, sendo 2 B. pulmilus, 2 B. velezensis, 2 B. safensis, 1 B. thuringiensis, 1 B. amyloliquefaciens, 1 B. wiedmannii, 1 B. stratosphericus. Considerando a atividade larvicida da biomassa bacteriana, a linhagem 15PHA-B. safensis apresentou mortalidade de 100% em 24h nas concentrações 8.33; 4.16; 2.08; 1.2; 1; 0.75 mg/L. E os resultados de mortalidade do meio líquido metabólico, a linhagem 15PHA-B. safensis apresentou 100% de mortalidade nas concentrações 8,33; 4.16 mg/L e 80% nas concentrações 2,08, 1.2; 1 0.75 mg/L em 48h. Diante dos resultados obtidos, a linhagem tóxica para Ae. Aegypti, apresentam propriedades antagônicas tanto no meio líquido metabólico quanto na biomassa bacteriana. Uma vez caracterizadas essas propriedades desconhecidas poderão ser um grande potencial para o controle de populações de Ae. Aegytpi, no Estado do Amazonas.

Palavras-Chave: Bacillus spp; Enzimas hidroliticas; Controle vetorial

Apoio Institucional: CAPES

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Efeito da seleção laboratorial com o biolarvicida Espinosade no desenvolvimento de Aedes aegypti (Diptera: Culicidae) William R. da Silva; Thamiles das C. Gonçalves; Verônica G. Pinto; Thiago F. de Lima; Joelma S. da Silva; Francisco A. da S. Ferreira; Adriano N. Arcos; João A. C. Zequi

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA; Universidade Federal do Amazonas – UFAM; Universidade Federal do Maranhão; Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; Universidade Estadual de Londrina.-UEL

A exposição contínua aos inseticidas pode ocasionar efeitos negativos nas características biológicas de uma população de insetos. Neste trabalho, foi verificado o efeito da pressão de seleção com o biolarvicida Espinosade durante seis gerações no tempo médio do estágio larval, tempo médio do estágio pupal e tempo do ciclo de vida da população de Aedes aegypti da cidade de Manaus, Amazonas, em laboratório. O estudo foi realizado no Laboratório de Malária e Dengue do INPA, onde ovos foram retirados das gerações F2 e F6 oriundos da população controle e da pressionada com a CL50 (0,036 mg/L) do biolarvicida, e imersos em recipientes com 1 L de água destilada por 24 horas. Após a eclosão, 600 larvas L1 foram divididas em 30 pools de 20 larvas, colocadas em copos com 150 mL de água destilada e 0,01 g de alimento, adicionado a cada três dias. Os recipientes foram mantidos nos seus respectivos insetários (27 ± 1 °C, 80-90% e 12L:12D). Não houve diferença entre o tempo médio do estágio larval da população controle e da pressionada, oriundas da F2 (Mann-Whitney, p>0,05), no entanto, essa diferença foi constatada na F6, com maior média de tempo obtido para a cepa pressionada (Mann-Whitney, p= 0,0001). Não houve diferença entre o tempo médio do estágio pupal da população controle e da pressionada, provenientes da F2 (Mann-Whitney, p>0,05), todavia, essa diferença foi observada nas populações da F6, com maior média de tempo obtido para a população controle (Mann-Whitney, p= 0,0001). Não houve diferença entre o tempo médio do ciclo de vida dos insetos da população controle e da pressionada, procedentes da F2 (Mann-Whitney, p>0,05), por outro lado, essa diferença foi obtida na F6, com até dois dias de atraso da linhagem pressionada (Mann-Whitney, p= 0,0001). Contudo, vários aspectos de desenvolvimento da linhagem pressionada foram afetados após a exposição com a concentração subletal do biolarvicida, evidenciando o acúmulo de alelos com efeitos negativos na população.

Palavras-Chave: Inseticida; Resistência

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq

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Efeito do biolarvicida Espinosade no peso corp das fêmeas de Aedes aegypti (Diptera: Culicidae), em laboratório William R. da Silva; Thamiles das C. Gonçalves; Verônica G. Pinto; Thiago F. de Lima; Joelma S. da Silva; Francisco A. da S. Ferreira; Grafe O. Pontes; João A. C. Zequi; Rosemary A. Roque; Wanderli P. Tadei

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA; Universidade Federal do Amazonas - UFAM; Universidade Federal do Maranhão; Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; Universidade Estadual de Londrina.-UEL

Os inseticidas, principal método vigente de controle dos insetos, podem selecionar populações resistentes e ocasionar prejuízo na aptidão. Neste trabalho, verificou-se o efeito da pressão de seleção com o larvicida Espinosade durante seis gerações no peso corp das fêmeas de Aedes aegypti antes e após o repasto sanguíneo, em laboratório. O estudo foi realizado no Laboratório de Malária e Dengue/ INPA. Ovos foram retirados das gerações F2 e F6 da população controle e da pressionada com a CL50 (0,036 mg/L) do larvicida, e imersos em recipientes com 1 L de água destilada por 24h. Após a eclosão, 2.500 larvas L1 foram divididas em grupos de 500 imaturos, mantidos em recipientes com 1 L de água destilada e 0,5 g de ração colocado a cada três dias. Após a emergência, 840 adultos (1:1) de cada população foram divididos em dois grupos com 210 espécimes de cada sexo, mantidos em gaiolas. Um grupo de fêmeas realizou o repasto sanguíneo em hamster anestesiado por 30 minutos e o outro foi mantido sem repasto. As fêmeas de cada grupo foram divididas em 21 pools de 10 insetos, colocadas no freezer (-20°C) por 5 minutos e pesadas utilizando balança eletrônica de precisão - Bel Engineering Mark® M214A. Constatou-se na F2 que as fêmeas da população pressionada que não realizaram a alimentação sanguínea, possuíam média de peso corp inferior quando comparado aquelas da população controle (Mann-Whitney, p= 0,0001). O mesmo resultado foi verificado entre as populações da F6 (t de Student, p= 0,0001). Não houve diferença significativa entre a média de peso das fêmeas da F2 da população controle e da pressionada que realizaram o repasto sanguíneo (t de Student, p>0,05). Entretanto, essa diferença foi observada na F6, com menor média de peso obtida para a população pressionada (t de Student, p= 0,0040). Contudo, o peso corp inferior na linhagem pressionada, evidencia que a seleção com o larvicida alterou o nível de suscetibilidade da população, conduzindo ao agravo adaptativo.

Palavras-Chave: Inseticida; Vetores; Aptidão.

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq

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Dieta artificial para criação de Spodoptera eridania (Cramer) (Lepidoptera: Noctuidae) em laboratório Guilherme Nishimura; Tamara A. Takahashi; Luís A. Foerster

Universidade Federal do Paraná

Um dos gargalos que dificultam a produção massal de inimigos naturais é a adequação de dietas artificiais para a criação do hospedeiro. Estas dietas visam a alta taxa de sobrevivência da espécie hospedeira com custo reduzido, além de proporcionar a manutenção da espécie em laboratório de forma contínua. Comparou-se o desenvolvimento de Spodoptera eridania (Cramer) (Lepidoptera: Noctuidae) em duas dietas artificiais, D1: Greene et al. 1976; e D2: Marchioro e Foerster, 2012, tendo em vista a crescente ocorrência dessa espécie em cultivares transgênicas de soja Bt (Cry1Ac). Cada tratamento foi constituído de 100 lagartas neonatas, que foram individualizadas em tubos de vidro de fundo chato (25 x 85mm) contendo aproximadamente 10mL de dieta, mantidas até atingirem o estágio de pupa. Posteriormente as pupas foram pesadas e acondicionada em potes plásticos de 80mL até a emergência dos adultos. Os parâmetros avaliados foram: sobrevivência e duração larval, pré-pupa, pupa e total, razão sexual e peso das pupas. O experimento foi conduzido em estufa incubadora a 25ºC ± 2ºC, UR 70% ± 10%, fotofase 14h: 10h L:D. A duração média do estágio larval foi de 15,98 na D1 e 18,11 dias na D2, com viabilidade de 66 e 89% respectivamente. Nas duas dietas a duração do estágio de pré-pupa e pupa foram aproximadamente de 2 e 9 dias respectivamente. A viabilidade no estágio de pré-pupa foi de 65,15% na D1 e 93,25% na D2. O peso médio das pupas dos indivíduos que se alimentaram da D1 foi de 0,283g, enquanto que na D2 atingiram a média de 0,313g, com viabilidade de 76,74 e 68,68% respectivamente, resultando na sobrevivência total de 33% dos indivíduos quando criadas na D1 e de 63% na D2. A razão sexual foi maior na D2 (0,44), enquanto na D1 foi de 0,3. Este estudo sugere a dieta de Marchioro e Foerster como a mais adequada para a criação de S. eridania, no entanto é interessante que hajam adaptações para melhorar ainda mais a viabilidade da espécie.

Palavras-Chave: Lagarta das vagens; Dieta de Greene; Criação de insetos

Apoio Institucional: CAPES

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Programa de desenvolvimento de biofábricas para a produção de inseticidas microbiológicos a base de fungos entomopatogênicos José Eduardo Marcondes de Almeida; Luís Garrigós Lete; Antonio Batista Filho

Instituto Biológico

A Unidade Laboratorial de Referência de Controle Biológico, CAPSA, Instituto Biológico/APTA/SAA-SP, Campinas-SP, abriga a Coleção de Fungos Entomopatogênicos “Oldemar Cardim Abreu”, cadastrada como fiel depositária no CGEN/MMA, com 870 acessos desde 1981. Com a demanda por inseticidas microbiológicos crescendo, alguns isolados, selecionados da coleção, para o controle de Mahanarva fimbriolata na cana-de-açúcar, Deois flavopicta em pastagens, como o IBCB 425 de Metarhizium anisopliae e IBCB 66 de Beauveria bassiana para o controle de Cosmopolites sordidus em banana, Tetranycus urticae em hortaliças e flores e Bemisia tabaci em diversas culturas, são referências para inseticidas microbiológicos aplicados na agricultura orgânica pelo Min. Agricultura Pecuária e Abastecimento - MAPA, de acordo com a normativa no. 3/2006 SDA/SDC, aumentando a demanda desses fungos no mercado, sendo necessário sua produção em massa. A partir do COMINT – Curso de Controle Microbiano de Insetos – Fungos entomopatogênicos de 2000, o Instituto Biológico vem desenvolvendo o programa de biofábricas para a produção desses microrganismos, sendo mais de 700 pessoas treinadas no curso, com 63 empresas assessoradas até 2019, somente para produção por meio de cultura sólido, em arroz. Através de uma assessoria anual, o programa visa a implantação da biofábrica, com projeto de construção ou adaptação da estrutura, treinamento de funcionários, fornecimento das cepas autorizada para bioprospecção e análises quali-quantitativas e de estabilidade dos inseticidas microbiológicos produzidos. O isolado IBCB 425 de M. anisopliae é aplicado em mais de 1,5 milhão de hectares de cana-de-açúcar no Brasil e o IBCB 66 de B. bassiana está registrado por várias empresas no sistema Agrofit do MAPA. A partir de 2017 o Instituto Biológico lançou o PROBIO - Programa de Inovação e Transferência de Tecnologia em Controle Biológico.

Palavras-Chave: Controle microbiano; Transferência de Tecnologia; Empresas

Apoio Institucional: FAPESP, FUNDAG

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Armazenamento de Trichogramma pretiosum em baixas temperaturas como logística para liberações em programas de CBA Mikaela T. Souza; Aloisio Coelho Jr; José Roberto P. Parra

1Departamento de Entomologia e Acarologia da ESALQ/USP, Av. Pádua Dias, 11, 13418-220, Piracicaba-SP, Brasil

O controle biológico vem ganhando importância no Brasil como componente do Manejo Integrado de Pragas (MIP). Com o aumento da utilização do CB no país, surgem empresas comercializando agentes de controle biológico, como Trichogramma pretiosum Riley (Hym.: Trichogrammatidae) parasitoide alvo da presente pesquisa. Nestas empresas, um dos problemas é a logística de armazenamento e transporte de tais macroorganismos, no caso, representados por T. pretiosum, que devem ser armazenados nos períodos em que não estão sendo utilizados ou durante o transporte de uma região para outra, pois podem emergir antes do tempo e o material ser perdido, ou ter sua qualidade como agente de controle diminuída. As técnicas atualmente utilizadas não são bem definidas, pois as baixas temperaturas utilizadas podem interferir em parâmetros biológicos do inseto afetando sua performance no campo. Para tanto, o presente estudo visa avaliar o efeito de temperaturas de 5°C; 12,5°C; 15°C e 18°C em características biológicas de T. pretiosum criado em ovos de Anagasta kuehniella Zeller (Lep.: Pyralidae), em relação à temperatura de 25° C (controle). Por meio dos resultados obtidos constata- se que a fase de pupa é a mais adequada para o armazenamento de T. pretiosum. Na temperatura de 10°C é possível o armazenamento de pupas de T. pretiosum por até 10 dias, pois a partir desse período há efeitos deletérios à viabilidade pupal de T. pretiosum que se desenvolveu em ovos de A. kuehniella. Fêmeas adultas de T. pretiosum, emergidas de pupas armazenadas a 10°C só apresentaram uma diminuição do parasitismo a partir de 20 dias de armazenamento.

Palavras-Chave: Armazenamento

Apoio Institucional: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP (Processo:17/24164-3)

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Evaluation of Soil Persistence and Root Colonization of a Native Metarhizium anisopliae Isolate Emily Mesquita; Amanda R. da C. Corval; Allan F. Marciano; Jéssica Fiorotti; Simone Quinelato; Vânia R.E.P. Bittencourt; Patrícia S. Gôlo

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

The entomopathogenic fungi persistence in the soil is related to different factors such as abiotic and biotic conditions. In fact, when Metarhizium spp. are under environmental conditions, persistence is influenced by soil physical characteristics and the microbiome already established. Metarhizium spp. are reported to colonize plant roots and the rhizosphere, and these properties are expected to improve fungal persistence in the soil. The aim of this study was to evaluate the persistence of a native entomopathogenic fungi under semi-field conditions for five months and its colonization in Brachiaria brizantha (Hochst. ex A. Rich.) Stapf (Poaceae) roots. Three groups with ten pots of grown B. brizantha each were formed: (1) untreated pots (CTR); (2) pots treated with mineral oil-in-water emulsion (CTROL); (3) pots treated with a fungus mineral oil-in-water emulsion of Metarhizium anisopliae Sorokin (Clavicipitaceae) LCM S04 conidia. Soil and root samples were collected for five months after treatments and inoculated into a selective artificial culture medium to analyze the number of colony forming units (CFU) and root colonization (after surface sterilization). The recovered fungal colonies were subjected to morphological and molecular analyzes to confirm the identity to M. anisopliae LCM S04. Results showed M. anisopliae LCM S04 could still be re-isolated from soil samples of fungus-treated pots after five months. B. brizantha root samples also exhibited fungal colonization over the five months of analysis. The average colonies density of this fungus in the treated pots soil ranged from 0.46×105 to 1.1×105 CFU g-1, and increased over time. Ef1-α gene fragments of the colonies recovered from fungus-treated pots during the collections had 100% identity to LCM S04. This study showed the persistence and the ability as a root colonizer of a native entomopathogenic isolate under semi-field conditions.

Palavras-Chave: entomopathogenic fungi; endophytic fungi; environmental conditions

Apoio Institucional: (CAPES) -Finance Code 001; (CNPq); (FAPERJ)

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Anticontaminantes alternativos como substitutos ao formaldeído na dieta artificial para criação de Helicoverpa armigera Suélen Cristina da Silva Moreira; Izabela Carla Vessoni; Vinícios Nunes da Silva; Crébio José Ávila; Ivana Fernandes da Silva; Harley Nonato de Oliveira

Centro Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN), Dourados, MS

Helicoverpa armigera é uma espécie polífaga, de ampla distribuição geográfica e causa danos em diversas culturas de importância econômica. A criação de insetos em laboratório com dieta artificial é fundamental para o desenvolvimento de estudos bioecológicos na área de entomologia em condições de laboratório e campo. Um dos componentes básicos para o preparo da dieta, é o formaldeído usado como anticontaminante. Entretanto, sua utilização, mesmo em pequenas quantidades ocasiona efeitos indesejáveis à saúde humana. Avaliou-se produtos substitutos ao formaldeído no preparo da dieta para a criação de H. armigera em laboratório. Os tratamentos e suas respectivas doses: AAS ácido acetilsalicílico (1g e 2g/dieta), ácido sórbico (1,85g e 3,7g/dieta) e ácido benzoico (1,85g e 3,7g/dieta), além do tratamento padrão (formaldeído) e testemunha (água). O delineamento experimental foi em DIC, com oito tratamentos (doses de anticontaminantes, formaldeído e água) em 10 repetições. Cada repetição constituída por 10 lagartas neonatas, onde foram alimentadas com dieta artificial contendo os respectivos anticontaminantes. Avaliou- se a contaminação no interior dos tubos, as viabilidades embrionária, larval e pupal e o peso de pupas. Na fase adulta 20 casais/tratamentos foram individualizados avaliando-se a fase reprodutiva e longevidade. A contaminação nos tubos contendo as dietas artificiais foi menor nos tratamentos com formaldeído, ácido benzoico (3,7g) e ácido sórbico (3,7g). Os parâmetros avaliados durantes a fase reprodutiva de H. armigera, bem como a longevidade dos adultos e peso de pupas foram semelhantes em todos os tratamentos. A duração da fase larval e pupal assim como a viabilidade de ovos e pupa foram semelhantes. Entre os diferentes anticontaminantes estudados, o ácido benzoico na maior concentração (3,7g), é mais adequado, podendo substituir o formaldeído no preparo da dieta artificial assegurando uma maior eficácia no controle de microrganismos contaminantes.

Palavras-Chave: Cotton bollworm

Apoio Institucional: Embrapa Agropecuária Oeste, CNPq/Pibic

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Impacto de fatores ambientais no parasitismo e emergência de Trichogramma pretiosum, Telenomus remus e Telenomus podisi Marcela L. M. Grande1; Ana Paula de Queiroz2; Jaciara Gonçalves2; Adeney de F. Bueno3; Maurício U. Ventura1

1Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Estadual de Londrina, UEL, Departamento de Agronomia, Londrina PR, Brasil. 2Programa de Pós-Graduação em Entomologia, Universidade Federal do Paraná, UFPR, Departamento de Zoologia, Curitiba, PR, Brasil. 3Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, EMBRAPA Soja, Londrina, PR, Brasil

Fatores ambientais podem influenciar na eficiência de parasitoides de ovos e precisam ser considerados na escolha da melhor estratégia de liberação. Este estudo objetivou investigar os efeitos da luminosidade, temperatura, umidade do solo e precipitação pluviométrica na emergência e parasitismo, nas liberações realizadas com pupas desprotegidas (pupas soltas) e protegidas em cápsulas de papelão (pupas em cápsulas). A presença de luz favoreceu o parasitismo de Trichogramma pretiosum e Telenomus remus e não impactou o parasitismo de Telenomus podisi. Sendo assim, a liberação de Tr. pretiosum e Te. remus deve ser, preferencialmente, realizada de maneira que a emergência dos adultos ocorra durante o dia, visto que, durante a noite, estes parasitoides apresentaram menor atividade de parasitismo. Entretanto, é importante considerar que a temperatura de 30oC, que normalmente ocorre durante o dia desfavoreceu a emergência dos parasitoides. Portanto, é importante que a emergência ocorra nas primeiras horas da manhã, para haver tempo hábil para os adultos procurarem abrigo nas horas mais quentes durante o dia. Te. podisi apresentou a mesma taxa de parasitismo em condições de plena luminosidade ou escuridão, é indicado que a emergência ocorra no final da tarde e início da noite pois haverá mais tempo de parasitismo antes do período mais quente do dia seguinte. Por outro lado, vale ressaltar que a temperatura de 15oC reduziu o número de ovos parasitados por Te. remus e Te. podisi. Com relação ao uso da cápsula de liberação, essa protegeu os parasitoides contra a umidade do solo e chuva. Entretanto, essa proteção contra chuva, foi eficiente apenas em precipitações de até 10 mm. Com relação à temperatura, os ovos sem proteção tiveram maior emergência devido provavelmente, a um efeito estufa promovido pela cápsula de papelão. Os resultados obtidos nesse trabalho permitem melhorar as estratégias de liberação desses parasitoides de ovos, mas indicam que a tecnologia de liberação continua sendo o grande desafio para garantir a eficiência desses agentes de controle biológico. Os estudos com cápsulas que oferecem maior proteção contra os fatores de mortalidade observados, precisam ainda ser melhor elucidados, para que se consiga utilizar com maior eficiência esses agentes de controle biológico ativo no agroecossistema. Palavras-Chave: fator abiótico; parasitoides de ovos; controle biológico Apoio Institucional: Embrapa Soja, CAPES, CNPq e Universidade Estadual de Londrina (UEL)

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Ação de Beauveria bassiana Bals. Vuill. e óleo essencial de patchouli (Pogostemon cablin) sobre a mortalidade de tripes (Thysanoptera:Thriptidae) em Ficus sp. Alessandro P. Schmieleski; Rafael Rombaldi; Scheila M. Varaschini; Jucelaine Haas

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

A espécie arbórea Ficus sp. é comumente encontrada em praças e ruas das cidades paranaenses com fins paisagísticos e de sombreamento. O tripes Gynaikothrips sp. é um inseto praga que ataca Ficus sp. e causa sintomas de galhas e encarquilhamento das folhas causando desfolha das planta diminuindo a área fotossintética. Desta forma, o trabalho teve como objetivo verificar a ação o óleo essencial de patchouli (Pogostemon cablin) e do fungo entomopatogênico Beauveria bassiana (Boveril®) na mortalidade de tripes em Ficus sp. Para o desenvolvimento do trabalho foram coletadas folhas jovens de Ficus sp. infestadas contendo tripes jovens e adultos. O experimento foi dividido em cinco tratamentos, sendo eles: água destilada, água + Tween 80®, B. bassiana (108 con/mL), óleo essencial de patchouli (1% v/v) e óleo essencial de patchouli + B. bassiana, sendo os dois primeiros as testemunhas. Cada tratamento contou com dez repetições, sendo cada folha considerada uma repetição. As soluções (10 µL) foram aplicadas na parte adaxial da folha com uma micropipeta e as folhas foram então acondicionadas em potes plásticos transparentes com tampa e levadas à BOD (To 24 ± 2oC e Fotoperíodo 12 h). Após quatro dias a mortalidade dos adultos foi avaliada. Verificou-se que nenhum dos tratamentos com óleo essencial de patchouli e/ou B. bassiana levou à mortalidade estatisticamente significativa quando comparados com as testemunhas. Apesar de os produtos testados não terem se mostrado eficientes no controle de Gynaikothrips sp. em Ficus sp. em laboratório, outros experimentos complementares futuros poderão efetivamente verificar o quão eficientes estes tratamentos realmente são.

Palavras-Chave: Gynaikothrips sp; fungo entomopatogênico; Moraceae

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Há interferência no parasitismo de Spodoptera frugiperda quando se alimentam de plantas tratadas com silício e inoculante? Aline P. Fernandes; Suelhen T. Marchioro; Vanessa G. Amorim; Marcelo N. Morais; José E. Ávila; Augusto C.P.P. Fernandes; Adeney F. Bueno

Universidade Federal da Fronteira Sul; Embrapa-CNPSo

A indução de resistência de plantas através da utilização de silício pode tornar as pragas mais suscetíveis ao parasitismo. Desta forma, objetivou-se avaliar a densidade populacional de parasitoides de Spodoptera frugiperda em plantas tratadas com silício e inoculante. Para tanto, durante a safra 2018/2019, na fazenda experimental da Embrapa Soja foi realizado plantio de milho em 4 parcelas por tratamento. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com seis tratamentos, sendo: T1 Testemunha; T2 Inoculante Azospirillum brasilense; T3 Inoculante Azospirillum brasilense + Silício no solo (Diaflow ®); T4 Inoculante Azospirillum brasilense + Silício foliar (Sifol ®); T5 Silício no solo (Diaflow ®) e; T6 Silício foliar (Sifol ®). O inoculante biológico foi utilizado na semeadura e as aplicações de silício tanto foliar como via solo, ocorreram 16 e 26 dias após a semeadura. Semanalmente, até o pendoamento da cultura, foram coletados os “cartuchos” de 20 plantas/tratamento, sendo levados ao laboratório para acondicionamento das lagartas em dieta artificial até a emergência dos adultos da mariposa ou dos parasitoides. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Não houve diferença na densidade populacional das lagartas coletadas nos diferentes tratamentos. Com relação a abundância de parasitoides, a menor (1,5) e a maior (6,25) média foi verificada nos tratamentos T3 e T4, respectivamente. No total, foram coletados 104 espécimes de parasitoides sendo 69% de moscas da família Tachinidae e 31% de vespas da família Ichneumonidae, representadas pelas espécies Eiphosoma spp (22%) e Campoletis flavicincta (9%). Nas três primeiras semanas de avaliação foi verificada curva crescente de parasitismo (20; 23 e 26%), decrescendo a partir da 4° semana. Os resultados indicam que a utilização de inoculante + silício foliar interferem no parasitismo de S. frugiperda.

Palavras-Chave: Controle biológico natural; Indução de resistência; Lagarta-do- cartucho

Apoio Institucional: Embrapa CNPSo; Fundação Araucária

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Predação de Spodoptera frugiperda em plantas tratadas com silício e inoculante Aline P. Fernandes; Suelhen T. Marchioro; Vanessa G. Amorim; Marcelo N. Morais; José E. Ávila; Augusto C.P.P. Fernandes; Adeney F. Bueno

Universidade Federal da Fronteira Sul; Embrapa-CNPSo

A indução de resistência de plantas através da utilização de silício pode tornar as pragas mais suscetíveis ao ataque de predadores. Desta forma, objetivou-se identificar e avaliar o número de predadores de Spodoptera frugiperda em plantas tratadas com silício e inoculante. Para tanto, durante a safra 2018/2019, na fazenda experimental da Embrapa Soja foi realizado plantio de milho da cultivar AL Bandeirante em 4 parcelas por tratamento. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com seis tratamentos, sendo: T1 testemunha; T2 Inoculante Azospirillum brasilense; T3 Inoculante Azospirillum brasilense + Silício no solo (Diaflow ®); T4 Inoculante Azospirillum brasilense + Silício foliar (Sifol ®); T5 Silício no solo (Diaflow ®) e; T6 Silício foliar (Sifol ®). O inoculante biológico foi utilizado no momento do plantio e as aplicações de silício tanto foliar como via solo, ocorreram 16 e 26 dias após o plantio. As avaliações ocorreram semanalmente até o pendoamento da cultura, onde foram coletados os “cartuchos” de 20 plantas/tratamento, sendo levados ao laboratório para identificação e quantificação de predadores. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Não houve diferença no número de predadores entre os diferentes tratamentos, sendo a menor (7,25) e a maior (11,50) média verificada nos tratamentos T2 e T1/T4, respectivamente. No total, foram coletados 252 espécimes de predadores identificados em duas espécies: Eriopsis conexa (Coleoptera: Coccinelidae) e Doru luteipes (Dermaptera: Forficulidae), na abundância de 4 e 96%, respectivamente. Houve sazonalidade no registro das espécies de predadores, sendo E. conexa encontrada nas três primeiras semanas e D. luteipes entre a 4ª e 7ª semana de avaliação. A ausência de diferença na média de predadores encontrados nos permitem concluir que a utilização de inoculante e a aplicação de silício não interferem na densidade populacional dos predadores de S. frugiperda.

Palavras-Chave: Controle biológico natural

Apoio Institucional: Embrapa CNPSo; Fundação Araucária

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Efeito da adição de óleos vegetal e mineral a inseticidas no controle do Anthonomus grandis Alysson M. de Azevedo; Cássio Seron; Patrícia S. Silva

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT)

O algodão é uma importante fonte primária para a indústria têxtil e outras indústrias. O Sudeste de Mato Grosso vem se destacando nos últimos anos na produção de algodão, sendo privilegiado pelo seu solo, clima e materiais já adaptados para a região. O presente trabalho teve como objetivo verificar o efeito da adição de óleo mineral e vegetal aos inseticidas Malationa e Beta-ciflutrina no controle do bicudo do algodoeiro (Anthonomus grandis). O experimento foi conduzido em laboratório nas instalações do IMAMT, utilizando-se de óleos vegetal e mineral, nas dosagens de 446g e 230g de ia.ha-1, respectivamente, adicionados aos inseticidas: Malationa na formulação concentrado emulsionável (EC), na dosagem de 1000g de ia.ha-1 e Beta- ciflutrina na formulação suspensão concentrada (SC), na dosagem de 12,5g de ia.ha-1. O delineamento estatisticamente adotado foi inteiramente casualizado (DIC) com nove tratamentos e quatro repetições. Adultos de A. grandis obtidos de maças e botões florais coletados em campo foram expostos aos produtos testados, em folhas de papel filtro, levemente umedecidos com discos de folhas de algodão e botões tratados ou não com os inseticidas adicionados ou não aos óleos, e a testemunha (água pura). Após 48h de exposição, o número de insetos mortos ou que não apresentavam capacidade de locomoção foram contabilizados. Os resultados obtidos foram submetidos ao teste de Tukey a 5% de probabilidade. O uso do ingrediente ativo Malationa, isolado ou com adição de óleo vegetal ou mineral, foi o que apresentou maior mortalidade de A. grandis. Os óleos mineral e vegetal não auxiliaram os ingredientes ativos Malationa e Beta-ciflutrina na redução da população de adultos de A. grandis.

Palavras-Chave: algodoeiro; bicudo-do-algodoeiro; MIP

Apoio Institucional: IMA-MT e IFMT

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Compatibilidade de óleos essenciais de Eugenia uniflora e Pogostemon cablin com Bacillus thuringiensis Amanda R. Sampaio; Ana F. Marcelino; Iara E. Francio; Juliana D. Jakubski; Maiara S. de Souza; Everton R. Lozano; Michele Potrich

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

O controle biológico e o controle alternativo de pragas, destacando-se o uso de Bacillus thuringiensis Berliner (Bacillaceae) (Bt), utilizado no controle de lepidópteros, e o uso de óleos essenciais, para vários grupos de insetos, encontram- se em expansão. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo avaliar a compatibilidade de óleos essenciais (OE) de pitanga (Eugenia uniflora) e patchouli (Pogostemon cablin) com duas linhagens de Bt locais (EM41P e PR31P). Procedeu- se a multiplicação das linhagens de Bt em 100mL de meio de cultura, caldo nutriente, submetidos a 110 rpm por cinco dias a 30ºC. Em seguida, três centrifugações de 10 minutos a 3500 rpm foram feitas, lavando os pellets com água destilada autoclavada. Os testes de compatibilidade foram realizados fazendo a diluição seriada a partir do tubo estoque. A sexta diluição de Bt (880 UFC/mL), misturada com 0,1 mL de óleo essencial (1%) e Tween foi submetida a agitação constante por 2 horas a 110 rpm em 30ºC. Os tratamentos foram: T1 - EM41P + OE de pitanga; T2 - EM41P + OE de patchouli; T3 - PR31P + OE de pitanga; T4 - PR31P + OE de patchouli. Duas testemunhas foram compostas: água destilada + EM41P e água destilada + PR31P. Para analisar a compatibilidade, avaliou-se o crescimento bacteriano pela técnica da “microgota”. O número de UFCs foi avaliado por ponto após 18 horas de incubação a 30ºC. Registrou-se 3,73 e 3,57 UFCs/microgota (5µL), nas linhagens EM41P e PR31P, respectivamente. Entretanto, estas mesmas linhagens, quando tiveram os OEs misturados em sua solução, inibiram o crescimento de Bt. O maior número de UFCs de Bt em contato com OE foi proveniente do T2 (EM41P + OE de patchouli), com média de 0,11 ± 0,39 UFC/microgota, os demais tratamentos obtiveram média de 0,00 ± 0,00 UFC/microgota. Os OEs de patchouli e pitanga inibiram o crescimento das linhagens de Bt, em até 100%, demonstrando que o uso combinado, em mistura, não é compatível.

Palavras-Chave: Pitanga; Patchouli; Bactéria entomopatogênica

Apoio Institucional: Universidade Tecnológica Federal do Paraná

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Repelência de piretroides a dois importantes inimigos naturais da cultura da soja Ana Clara R. de Paiva; Fernando H. Iost Filho; Leandro da S. Santos; Pedro T. Yamamoto

Doutoranda do Departamento de Entomologia e Acarologia ESALQ/USP

Os parasitoides de ovos Trichogramma pretiosum Riley (Hymenoptera: Trichogrammatidae) e Telenomus podisi Ashmead (Hymenoptera: Scelionidae) são de extrema importância no controle de pragas da soja, o primeiro atuando sobre Lepidoptera e, o segundo, Hemiptera. Como agentes de controle biológico é de extrema importância que esses permaneçam na área para garantir resultados satisfatórios, além de não sofrerem efeitos deletérios em função da aplicação de inseticidas. Considerando que inseticidas do grupo dos piretroides são comumente utilizados no controle de pragas na soja, o presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito letal e o efeito repelente desse grupo químico a T. pretiosum e T. podisi. Foram testados os inseticidas lambda-cialotrina (KarateÒ) e lambda-cialotrina + clorantraniliprole (Ampligo®) nas maiores dosagens recomendadas pelos fabricantes. Além disso, tiametoxam+ ciproconazol (Verdadero®) foi utilizado como controle positivo para T. pretiosum e clorantraniliprole + abamectina (Voliam Targo®) para T. podisi. Cartelas contendo ovos de Anagasta kuehniella Zeller (Lepidoptera: Pyralidae) e Euschistus heros F. (Hemiptera: Pentatomidae) foram mergulhadas em solução inseticida por 5 segundos e oferecidas às fêmeas dos parasitoides durante 24 horas. Após esse período, foram avaliados: número de insetos mortos e número de ovos parasitados e, emergência da geração F1. Observou-se que nenhum dos inseticidas causou diferença na mortalidade de fêmeas de T. podisi, mas, os dois inseticidas com piretroides causaram redução no número de ovos parasitados superior a 60%. Em relação a T. pretisoum, tiametoxam + ciproconazol causou 36% de mortalidade de fêmeas e os demais inseticidas não diferiram do controle negativo. Os dois produtos que contêm piretroide em sua composição causaram redução significativa no parasitismo superior a 89%. Assim, conclui-se que piretroides têm ação repelente sobre os parasitoides testados.

Palavras-Chave: inseticida

Apoio Institucional: Capes

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Avaliação da repelência de inseticidas compatíveis com o Neoseiulus californicus McGregor (Acari: Phytoseiidae) Ana F. F. Makowich; Anna G. G. de Alencar; Kevyllen M. B. Borges; Wanderlan G. P. Junior; Pedro H. C. P. Costa; Cecilia Czpack; Karina C. Albernaz; Karin F. S. Collier

Universidade Federal de Goiás

Em Goiás, o ácaro-rajado Tetranychus urticae Koch (Acari: Tetranychidae) tem infestado o tomate (Lycopersicon esculentum Mill) cultivado para a indústria a partir dos 45 dias. O laboratório de Manejo Integrado de Pragas da Universidade Federal de Goiás (UFG) está desenvolvendo um programa de Manejo Integrado para a cultura e optou pelo controle biológico do ácaro-rajado com o ácaro predador Neoseiulus californicus (McGregor) (Acari: Phytoseiidae) fornecido pela Koppert (Spical®). Este trabalho avaliou o efeito repelente dos inseticidas compatíveis segundo a bula do Spical® utilizados no pacote tecnológico adotado na cultura: Tiametoxam, Clorantraniliprole, Flubendiamida, Indoxacarbe, Tiametoxam+Clorantraniliprole. Utilizou-se as dosagens comerciais, pulverizadas em folhas de tomate. Foram montadas arenas em placas de Petri contendo de um lado uma folha de tomate com produto e do outro a folha testemunha (sem produto). Os ácaros predadores foram colocados no centro de cada placa e as mesmas, ficaram armazenadas em câmaras climáticas do tipo B.O.D (20±2 °C/12 horas de fotofase). Foi avaliada após 48h a preferência do ácaro predador entre as folhas com produto e a testemunha. O delineamento estatístico foi inteiramente casualizado, com 5 tratamentos e 30 repetições e calculou-se a porcentagem de repelência (%R), índice de repelência (IR) e o índice de segurança. Dentre os agrotóxicos testados Tiametoxam, Indoxacarbe, Tiametoxam+Clorantraniliprole e Clorantraniliprole foram repelentes para N. californicus e o Flubendiamida não apresentou repelência. Portanto, Flubendiamida é compatível com N. californicus podendo ser utilizada em programa de controle biológico. Em Goiás, o ácaro-rajado Tetranychus urticae Koch (Acari: Tetranychidae) tem infestado o tomate (Lycopersicon esculentum Mill) cultivado para a indústria a partir dos 45 dias. O laboratório de Manejo Integrado de Pragas da Universidade Federal de Goiás (UFG) está desenvolvendo um programa de Manejo Integrado para a cultura e optou pelo controle biológico do ácaro-rajado com o ácaro predador Neoseiulus californicus (McGregor) (Acari: Phytoseiidae) fornecido pela Koppert (Spical®). Este trabalho avaliou o efeito repelente dos inseticidas compatíveis segundo a bula do Spical® utilizados no pacote tecnológico adotado na cultura: Tiametoxam, Clorantraniliprole, Flubendiamida, Indoxacarbe, Tiametoxam+Clorantraniliprole. Utilizou-se as dosagens comerciais, pulverizadas em folhas de tomate. Foram montadas arenas em placas de Petri contendo de um lado uma folha de tomate com produto e do outro a folha testemunha (sem produto). Os ácaros predadores foram colocados no centro de cada placa e as mesmas, ficaram

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armazenadas em câmaras climáticas do tipo B.O.D (20±2 °C/12 horas de fotofase). Foi avaliada após 48h a preferência do ácaro predador entre as folhas com produto e a testemunha. O delineamento estatístico foi inteiramente casualizado, com 5 tratamentos e 30 repetições e calculou-se a porcentagem de repelência (%R), índice de repelência (IR) e o índice de segurança. Dentre os agrotóxicos testados Tiametoxam, Indoxacarbe, Tiametoxam+Clorantraniliprole e Clorantraniliprole foram repelentes para N. californicus e o Flubendiamida não apresentou repelência. Portanto, Flubendiamida é compatível com N. californicus podendo ser utilizada em programa de controle biológico.

Palavras-Chave: Ácaro predador; Efeito repelente; Controle biológico

Apoio Institucional: FUNAPE

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Uso de radiação UV-B para o controle de Raoiella indica (Acari: Tenuipalpidae) com a preservação de predadores Leticia M. Hernandes; Felipe S.R. Amaral; Antonio C. Lofego

Departamento de Zoologia e Botânica, UNESP, São José do Rio Preto, SP

Uma das formas de manejo mais utilizadas para o controle de ácaros praga é o controle biológico com ácaros predadores da família Phytoseiidae. Dentre os ácaros pragas de importância econômica sem uma forma efetiva de manejo, se encontra o ácaro Raoiella indica Hirst (Tenuipalpidae). Esse ácaro fitófago infesta uma grande diversidade de plantas, principalmente coqueiros e bananeiras, causando sérios danos. Devido a isso, tem-se estudado estratégias de controle para essa espécie. Além do controle biológico, uma técnica recente que demonstra grande potencial é o controle físico por meio da radiação UV-B. Assim, esse estudo teve como objetivo avaliar o potencial da radiação UV-B no controle de R. indica, bem como avaliar seu efeito em um predador, o ácaro fitoseídeo Euseius citrifolius Dennmark & Muma (Phytoseiidae). Foram montadas 15 unidades experimentais para cada espécie testada, sendo cada uma composta por um folíolo de coqueiro (1,5 cm x 1,5 cm) como substrato. No teste com o ácaro fitoseídeo foi colocada uma fêmea adulta em cada unidade experimental. Já no teste com o ácaro praga foram colocadas cinco fêmeas adultas em cada unidade. Os ácaros nas unidades foram expostos diariamente por 30 minutos ininterruptos à radiação UV-B, durante sete dias, visando avaliar a taxa de mortalidade dos ácaros com esse tratamento. A cada 24 horas, em ambos os testes, foram contabilizados os ácaros mortos. Os resultados obtidos mostraram que a radiação UV-B causa cerca de 76% de mortalidade de R.indica e não causa mortalidade ao possível predador E. citrifolius. Assim, os resultados mostram um grande potencial desse tipo de manejo integrado, eliminando a praga e preservando o inimigo natural. Porém, estudos complementares devem ser feitos a fim de entender as possíveis consequências dessa radiação em longo prazo no ácaro predador e nas plantas.

Palavras-Chave: ácaro-vermelho-das-palmeiras; radiação; manejo integrado

Apoio Institucional: FAPESP

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Influência de produtos fitossanitários sobre parâmetros biológicos do fungo Metarhizium anisopliae (Isolado UNIOESTE 86) Cássia F.P Brito; Douglas M. Cecconello; Adriano L. Albonetti; Nathália C. Andrade; Viviane S. Alves

Universidade Estadual do Norte do Paraná - Campus Luiz Meneghel

A crescente demanda do mercado tem levado os produtores a aderir a técnicas alternativas e buscarem práticas culturais menos impactantes ao meio ambiente. Neste sentido, os fungos entomopatogênicos Metarhizium anisopliae (Me-tchnikoff) Sorokin (Ascomycota: Hypocreales) têm sido amplamente testados como agentes de controle biológico de diversas espécies de insetos e demonstraram grande potencial. Para que o manejo integrado de pragas (MIP) se torne efetivo é necessário conhecer as possibilidades de interação entre os métodos de controle e a compatibilidade dos fungos entomopatogênicos com os produtos químicos utilizados nas culturas. Este trabalho teve como objetivo analisar a interferência dos produtos fitossanitários usados na cultura da mandioca em diferentes doses sobre a unidade formadora de conídios (UFC) fungo M. anisopliae isolado UNIOESTE 86. O experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições e a unidade experimental consistiu de uma placa de petri com meio BDAA (Batata Ágar Dextrose Antibiótico), onde foi inoculado por meio de pipeta 300µL do fungo (1,65×106 conídios/mL). Posteriormente os produtos (Actara, Callisto, Cipermetrina, Curryon, Fusilade, Gaucho, Nomolt, Poquer, Standak Top e Tiger), foram aplicados em três diferentes concentrações, sendo metade da dose recomendada (½ DR), dose recomendada (DR) e dobro da dose recomendada (2DR). Os produtos foram pulverizados nas placas e as mesmas permaneceram em câmara climática durante cinco dias a 26ºC e 12 h de fotofase, para a contagem das colônias formadas. Apenas o produto Fusilade na DR influenciou a UFC em relação a testemunha. Para as doses ½ DR e 2DR não houve influência de nenhum dos produtos avaliados. Com relação ao efeito das doses, apenas os produtos Poquer e Tiger apresentaram resultados significativos, sendo que tanto a ½DR quanto a 2DR reduziram o número de UFC, quando comparadas com a DR.

Palavras-Chave: Compatibilidade; Fungos Entomopatogênicos; mandioca

Apoio Institucional: Fundação Araucária

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Efeitos de cultivares de soja resistentes a percevejos e soja Bt no intestino médio de Euschistus heros Mauricio L. Moscardi1; Raquel E. Suwa1; Daniela O. Pinheiro1*; Sheila M. Levy1; Samuel Roggia2; Angela M. F. Falleiros1

1Depto de Histologia/Centro de Ciências Biológicas-Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR. E-mail: [email protected]; *[email protected]; 2Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Soja, Londrina-PR, Brasil

Os percevejos são pragas associadas à soja, que ao atacarem grãos e vagens causam prejuízos econômicos a esta cultura. Dentre eles, o percevejo-marrom, Euschistus heros (Fabricius) (Heteroptera: Pentatomidae), é um dos principais. Neste trabalho foram utilizadas técnicas de microscopia de luz (ML) e eletrônica de transmissão (MET), com objetivo de estudar os efeitos pós-ingestivos, sobre a morfologia e constituição química do intestino médio desses percevejos, quando alimentados com diferentes cultivares de soja. Foram utilizadas as cultivares: BRS 284 (testemunha), BRS 391 (resistente a percevejos) e o BRS 1001 IPRO (cultivar Bt resistente a lagartas). A partir do segundo instar, os percevejos foram alimentados com vagens das diferentes cultivares. Após anestesia, os insetos adultos foram dissecados e os intestinos médios (20 tubos/tratamento) foram coletados, fixados em solução Karnovsky ou Glutaraldeído 2,5% em tampão fosfato de sódio, processados para ML e MET e analisados. Também foram realizadas reações histoquímicas para a detecção de polissacarídeos (neutros e ácidos) e proteínas totais. Os insetos alimentados com as cultivares BRS 391 e BRS 1001l PRO apresentaram alterações em relação à testemunha, nas células digestivas, bastante evidentes na sua região apical. Histoquimicamente, observou-se alterações em ambos os tratamentos, bastante evidentes na BRS 391, para proteínas totais. Pode-se concluir que as cultivares BRS 391 e BRS 1001 IPRO causam alterações histológicas, ultraestruturais e histoquímicas no epitélio do intestino médio de E. heros. Essas alterações podem alterar hábitos alimentares e interferir na interação da praga com a cultura, ambiente e inimigos naturais.

Palavras-Chave: Percevejo-marrom; Histologia; Histoquímica

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Aspectos biológicos de Euschistus heros alimentado com cultivares de soja Bt e resistentes a percevejos Mauricio L. Moscardi1; Mirela R. Martins2; Daniela O. Pinheiro1*; Sheila M. Levy1; Samuel Roggia3; Angela M. F. Falleiros1

1Depto Histologia - Universidade Estadual de Londrina, Londrina-PR . E-mail: [email protected]; *[email protected]; 2Universidade Norte do Paraná, Londrina-PR. 3 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Soja, Londrina-PR

A cultura da soja sofre com o ataque de insetos-praga ao longo de todo o ciclo. Na fase reprodutiva, os percevejos são as de maior importância, sendo o percevejo- marrom, Euschistus heros (Fabricius) (Heteroptera: Pentatomidae), a principal espécie no Brasil. A aplicação de inseticidas é a maneira mais utilizada para o controle deste inseto, porém é cara e ineficaz, devido à resistência de E. heros à inseticidas, desenvolvida ao longo do tempo. Deste modo, métodos alternativos têm sido utilizados e a busca por cultivares resistentes a estes insetos vem aumentando. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de diferentes cultivares de soja sobre parâmetros biológicos de E. heros. Foram utilizadas três cultivares de soja: BRS 284 (testemunha), BRS 391 (cultivar resistente a percevejos) e BRS 1001 IPRO (cultivar Bt resistente a lagartas). Foram observados a duração do instar, viabilidade dos insetos por instar e período ninfa-adulto. Foram avaliados o peso dos insetos adultos após a emergência, a longevidade, tanto total como somente das fêmeas, a razão sexual e oviposição. Foi realizado também teste de preferência alimentar, com e sem chance de escolha, no qual as bainhas de perfuração nas vagens foram contadas após coloração por fucsina ácida. Os parâmetros biológicos dos percevejos, nas cultivares em estudo, não diferiram em relação à testemunha. Porém, foi observada não preferência ou repelência de E. heros à BRS 391 e preferência à BRS 1001 IPRO. Conclui-se então que as cultivares de soja testadas não afetam parâmetros biológicos de E. heros e que há preferência a cultivar BRS 1001 IPRO e não preferência à BRS 391. O uso de cultivares resistentes contribui para redução do uso de inseticidas químicos e favorece a ação do controle biológico natural.

Palavras-Chave: percevejo-marrom; resistência varietal; preferência alimentar

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Germinação do fungo Metarhizium anisopliae após exposição a produtos fitossanitários usados na cultura da mandioca Douglas M. Cecconello; Cássia F.P Brito; Adriano L. Albonetti; Letícia B. da Silva; Viviane S. Alves

Universidade Estadual do Norte do Paraná, Bandeirantes, Paraná

O aumento de produção agricola, está associado ao aumento do uso de agrotoquímicos, cujo uso inaquado pode acarretar problemas ambientais como seleção de populações de pragas, danos a saúde humana e desequilibrio ambiental. Por outro lado, a utilização de fungos entomopatogênicos (FE), como Metarhizium anisopliae (Me-tchnikoff) Sorokin (Ascomycota: Hypocreales) vem crescendo, mas é preciso conhecer as interações entre FE e agroquímicos para o maior sucesso dos programas de controle. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a germinação do M. anisopliae isolado UNIOSTE 86 com produtos fitossanitários utilizados na cultura da mandioca. Os produtos testados foram: Actara, Callisto, Cipermetrina, Curryon, Fusilade, Gaucho, Nomolt, Poquer, StandarkTop e Tiger nas concentrações de dose recomendada (DR), dobro da dose recomendada (2DR) e metade da dose recomendada (½DR). Para o ensaio 300µL da suspensão do FE (1,65×106 conídios/mL) foram adicionados em placas de Petri de 9 cm de diâmetro contendo meio de cultura BDAA (Batata Ágar Dextrose Antibiótico). Em seguida, foi feita a pulverização dos produtos com um pulverizador acoplado a um compressor de ar. As placas foram incubadas por 16 horas em câmara climática a 26oC±1, UR de 90% e fotoperíodo de 12h quando foi feita a contagem dos conídios germinados. Observou-se que na ½DR não houve redução na germinação, na DR houve redução na germinação apenas para o produto Poquer e na 2DR houve redução para Actara e Gaucho. Comparando as diferentes dosagens para cada produto, Callisto reduziu a germinação na a ½DR; Poquer teve menor germinação comparado na na DR, e Fusilade e StandkTop causaram redução na germinação na 2DR. Conclui-se que com exceção de Poquer, os demais produtos podem ser utilizados em DR sem reduzir a germinação do M. anisopliae.

Palavras-Chave: Compatibilidade; fungo entomopatogênico; isolado UNIOSTE 86

Apoio Institucional: Fundação Araucária com concessão de bolsa e financiamento da pesquisa.

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Influência da interação roseira-pulgão-plantas atrativas sobre o comportamento de Chrysoperla externa (Neuroptera: Chrysopidae)

Fernanda A. Abreu; Lívia M. Carvalho; Caroline M. Resende; Stephan M. Carvalho; Ester M. Afonso

Biomip Agentes Biológicos

Chrysoperla externa Hagen, 1861 (Neuroptera: Chrysopidae) é um dos inimigos naturais do pulgão Rhodobium porosum Sanderson, 1900 (Hemiptera: Aphididae) em roseira. O conhecimento das interações que ocorrem no sistema roseira-pulgão- plantas atrativas é de importância visando a utilização desse predador em programas de controle biológico. O trabalho teve por objetivo avaliar o comportamento de C. externa no sistema tritrófico que inclui a roseira, o pulgão R. porosum e as plantas atrativas: cravo (Tagetes erecta L., Asteraceae), manjericão (Ocimum basilicum L. Lamiaceae) e calêndula (Calendula officinalis L. Asteraceae), em laboratório. Foi avaliada a resposta olfativa de C. externa aos voláteis de roseira e plantas atrativas (cravo, manjericão e calêndula), na presença ou ausência do pulgão. Em olfatômetro “Y” foram oferecidas fontes de odores para fêmeas de C. externa acasaladas, com 17 tratamentos e 50 repetições. As fêmeas de C. externa tiveram preferência pelo ar limpo, comparado a roseira não infestada. Roseiras infestadas por pulgões não influenciaram na escolha de C. externa. O manjericão foi a planta que apresentou maior atratividade para C. externa (χ²= 9,2564; df= 1; P< 0,05), com 74,3% de atratividade. Os voláteis liberados pelo manjericão são atrativos a C. externa, indicando que o uso do manjericão como um componente de diversificação pode ser benéfico para a atração e manutenção de populações desse predador, favorecendo o controle biológico.

Palavras-Chave: Comportamento olfativo; Controle biológico; Interação tritrófica

Apoio Institucional: Biomip Agentes Biológicos

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Compatibilidade de Pseudoplusia includens Single Nucleopolyhedrovirus (PsinSNPV) com fungicidas e herbicidas Fernanda C. Colombo; Junio T. Amaro; Rodrigo M. A. Maciel; Adeney de F. Bueno; Pedro M. O. J. Neves

Universidade Estadual de Londrina; Universidade Federal do Paraná, Embrapa Soja

O controle de insetos-praga pode ser realizado por vírus entomopatogênicos, porém é comum a ocorrência de pragas no mesmo momento em que plantas daninhas e/ou doenças também precisam ser controladas. Por isso, há a necessidade de avaliar a compatibilidade de produtos fitossanitários com vírus. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a compatibilidade de fungicidas e herbicidas em mistura com Pseudoplusia includens Single Nucleopolyhedrovirus, através da ingestão de dieta incorporada com os tratamentos, por Chrysodeixis includens Walker, 1858 (Lepidoptera: Noctuidae). Foram realizados dois bioensaios: com e sem a mistura do vírus aos produtos. Os tratamentos foram os herbicidas Basagran 600® (Bentazona), Clorimuron Master Nortox® (Clorimuron etílico), Flumyzin 500® (Flumioxazina), Poquer® (Cletodim), Select 240 EC® (Cletodim), Soyvance Pre® (Imazapique + imazapir), Soyvance® (Imazapique + imazapir), Trop® (Glifosato sal de isopropilamina) os fungicidas Elatus® (Azoxistrobina + benzovindiflupyr), Opera Ultra® (Piraclostrobina + metaconazol), Priori Xtra® (Azoxistrobina + ciproconazol), Sphere Max® (Trifloxistrobina + ciproconazol) e PsinSNPV (dose comercial). Para tanto, caldas dos produtos comerciais com e sem vírus foram preparadas, postas sobre a dieta e oferecidas a lagartas de 3º ínstar de C. includens; como testemunhas ofereceu-se dieta pura e com vírus. Os recipientes contendo as lagartas e as dietas foram alocados em estufas tipo BOD e a mortalidade foi avaliada diariamente. Cada tratamento constou de quatro repetições de 20 lagartas. Verificou-se que, quando o baculovírus foi misturado com os produtos, não ocorreu diferença entre os tratamentos e entre estes e a testemunha com vírus, sendo essa mistura considerada compatível. Essa possibilidade de mistura entre PsinSNPV e os produtos fitossanitários testados garante maior praticidade na aplicação e uma redução de custo da operação agrícola dando flexibilidade no controle fitossanitário da soja.

Palavras-Chave: Baculovírus; Chrysodeixis includens; Interação

Apoio Institucional: CAPES, CNPq, Embrapa Soja

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Resistência extrínseca de cultivares de cana-de-açúcar no desenvolvimento de Cotesia flavipes em Diatraea saccharalis Francisco A. de S. Pereira; Joseane R. de Souza; Arlindo L. B. Júnior; Dilermando Perecin; Marília L. Peixoto

¹Universidade Estadual do Maranhão, Centro de Ciências Agrárias, CEP 65055-970, São Luís, MA, Brasil

A presença de estímulos fornecidos ou elaborados pelas plantas podem interferir no comportamento dos insetos, como atuar também sobre os inimigos naturais. Nesse sentido, o objetivo da pesquisa foi avaliar a resistência extrínseca de cultivares de cana-de-açúcar no desenvolvimento de Cotesia flavipes (Cameron, 1891) (Hymenoptera: Braconidae) em lagartas de Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794) (Lepidoptera: Crambidae). Para isso, foram observados os aspectos biológicos de C. flavipes em lagartas de D. saccharalis alimentadas em dieta artificial (alimentação e realimentação) elaboradas a partir de colmo seco triturado de cada cultivar, com exceção de uma dieta padrão (testemunha). As cultivares utilizadas foram: SP80- 1842 e SP81-3250 (resistentes) e RB855536 (suscetível) à D. saccharalis. Lagartas de D. saccharalis recém-eclodidas foram inoculadas em tubos de vidro de 8,5 cm de altura x 2,5 cm de diâmetro, contendo dieta artificial de alimentação e quando atingiram 19 dias de idade após a inoculação foram oferecidas a fêmeas de C. flavipes para o parasitismo. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com quatro tratamentos (testemunha e três cultivares) em 30 repetições por tratamento. As características biológicas avaliadas foram: período da inoculação (dias), período pupal (dias), peso da massa cotonosa (mg), número de parasitoides emergidos, razão sexual e longevidade de fêmeas e de machos (dias). Observou-se que o colmo seco triturado das cultivares incorporados nas dietas influenciaram na condição alimentar das lagartas de D. saccharalis e consequentemente, no desenvolvimento do parasitoide, no que se refere ao peso da massa cotonosa, razão sexual e a longevidade de fêmeas e machos de C. flavipes. Conclui-se que as cultivares de cana-de-açúcar não apresentaram resistência extrínseca a C. flavipes. pois causaram efeito adverso no seu desenvolvimento.

Palavras-Chave: Saccharum spp; broca-da-cana; interação tritrófica

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Usina São Martinho e COPERCANA

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Óleo de laranja 6% e lambda-cialotrina causam efeitos subletais na capacidade reprodutiva de Nesidiocoris tenuis (Hemiptera: Miridae)? Geraldo A. Carvalho1; Marianne A. Soares1,2; Mateus Ribeiro Campos2; Luis Clepf Passos1; Marcelo Mendes Haro3; Anne-Violette Lavoir2; Antonio Biondi4

1([email protected]) Laboratório de Ecotoxicologia e MIP, Departamento de Entomologia, Universidade Federal de Lavras, CEP 37200-000 - Lavras MG, Brasil. 2INRA (French National Institute for Agricultural Research), Université Côte d’Azur, CNRS, UMR 1355-7254, Institut Sophia Agrobiotech, 06903 Sophia Antipolis, França. 3Laboratório de Entomologia, Estação Experimental de Itajaí, Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), CEP 88034- 901 - Santa Catarina RS, Brasil. 4University of Catania, Department of Agriculture Food and Environment, Via Santa Sofia 100, 95123 Catania, Italia

Nesidiocoris tenuis (Reuter, 1895) (Hemiptera: Miridae) é um predador generalista e atua como agente de controle biológico de artrópodes-praga na cultura do tomateiro. Apesar da alta capacidade em reduzir populações de pragas, este inimigo natural pode ter seu potencial afetado negativamente pelo uso de inseticidas não seletivos. O objetivo desse estudo foi avaliar os possíveis efeitos subletais dos inseticidas à base de óleo de laranha 6% e lambda-cialotrina na reprodução e crescimento demográfico de N. tenuis. Folhas de tomateiro (Solanum lycopersicum cv. Marmande) foram submetidas aos tratamentos à base óleo de laranja na máxima concentração recomendada para a cultura do tomateiro (0,23 g i.a./L), meia concentração (0,12 g i.a./L) e 10% da concentração (0,02 g i.a./L), e de lambda- cialotrina (0,02 g i.a./ L). As folhas foram mantidas em um sistema composto por dois recipientes plásticos, onde o primeiro (700 mL) que continha a folha de tomateiro foi acoplado em um segundo (350 mL) com água, evitando assim a desidratação das folhas. Em seguida, foram adicionados dois casais de N. tenuis por repetição e ovos de Ephestia kuehniella (Zeller, 18979) (Lepidoptera: Pyralidae) ad libitum em cada unidade experimental. O bioensaio foi conduzido com 20 repetições por tratamento. Vinte dias após a implementação do bioensaio contabilizou-se a progênie de N. tenuis. O número de ninfas de N. tenuis encontrado em folhas de tomateiro tratadas com óleo de laranja e lambda-cialotrina foi significativamente menor que o número de ninfas no tratamento controle (somente água destilada). Embora as três concentrações de Prev-Am tenham diminuído a progênie de N. tenuis, a análise dos parâmetros demográficos mostrou que os predadores apresentaram uma curva populacional crescente. Entretanto, o mesmo não foi observado para insetos submetidos a lambda-cialotrina. Conclui-se que óleo de laranja e lambda-cialotrina são nocivos ao predador N. tenuis, necessitando de estudos em condições de campo para comprovação da toxicidade.

Palavras-Chave: Bioinseticida; Predado; Ecotoxicologia Apoio Institucional: FAPEMIG, CNPq, INRA, CAPES

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Evaluation of predation preference of Podisus nigrispinus to SfMNPV-Infected vs. Healthy Spodoptera frugiperda larvae Giulliano S. Camargos; Danielle A. Ferreira; Carla M. S. Oliveira; Karina C. Albernaz-Godinho; Cecília Czepak; Janayne Rezende; Paula G. Marçon; Holly J. R. Popham

Universidade Federal de Goiás

Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae), is a polyphagous pest of economic importance worldwide. Biocontrol agents are of great importance in optimizing pest management programs. Podisus nigrispinus (Heteroptera: Pentatomidae) is an important generalist predator. Baculoviruses and predators can help regulate field populations of S. frugiperda and thus it is useful to understand their interactions. This study had two main objectives: 1) Evaluate if there is predation preference on healthy vs. SfMNPV-infected larvae; and 2) Evaluate predator potential for horizontal transmission of SfMNPV. 1) Second instar FAW larvae were infected with SfMNPV by exposing them to artificial diet surface-treated with Cartugen®, SfMNPV-based insecticide from AgBiTech. Seventy-two hours post-ingestion of the treated diet, different combinations of larvae were introduced to Petri dishes containing a single adult predator starved for 24 h. The combinations were a) two healthy larvae per Petri dish; b) two infected larvae per petri dish; c) one healthy larva and one infected larvae per Petri dish. Data were analyzed using the Chi-Square Test resulting in a p- value of 0.639, indicative that this predator does not have a significant preference for either healthy or infected larvae. In field situations, it is predicted that slower SfMNPV-infected larvae will be an easier prey. 2) Adults of P. nigrispinus were fed for three consecutive dates on infected larvae vs. non-infected larvae. On the fourth day, predator feces from both treatments were collected and offered to healthy larvae. Three days post-ingestion of SfMNPV-contaminated feces, typical SfMNPV symptoms were observed and 100% mortality was achieved vs. no mortality in the larvae fed non-viral feces. This result confirms SfMNPV occlusion bodies remain active after going through the gastrointestinal tract of P. nigrispinus, highlighting the potential of this predator as a vector for dissemination of SfMNPV in field cropping systems.

Palavras-Chave: Predator; Nucleopolyhedrovirus; Fall armyworn

Apoio Institucional: AgBiTech

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Um novo hospedeiro de Diaphorina citri e a sua contribuição para o controle biológico com Tamarixia radiata em citros Gustavo Rodrigues Alves; Alexandre José Ferreira Diniz; José Roberto Postali Parra

Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Departamento de Entomologia e Acarologia, USP/ESALQ

Desde que o huanglongbing (HLB) foi registrado no Brasil em 2004 mais de 48 milhões de plantas citricas foram erradicadas no país. Após a sua detecção, várias estratégias de controle foram aplicadas, incluindo o uso de mudas saudáveis, a eliminação de plantas sintomáticas e o controle químico do inseto vetor, o psilídeo, Diaphorina citri. Devido ao uso intensivo de inseticidas, o uso do Controle Biológico com seu principal inimigo natural, o parasitoide, Tamarixia radiata apresenta restrições em áreas comerciais. Sabe-se que áreas fora do pomar são consideradas tanto fontes de inóculo da doença como locais para o desenvolvimento de psilídeos, que podem migrar para pomares comerciais. Essas áreas externas incluem pomares abandonados (sem manejo), pomares de cultvivo orgânico, áreas urbanas com murta (Murraya paniculata), principal hospedeiro de D. citri e quintais residenciais contendo plantas hospedeiras. Dada a importância do manejo de D.citri nessas fontes externas, o uso do parasitoide T. radiata para o seu controle vem sendo realizado nessas áreas a fim de diminuir a população do vetor que possa migrar para os pomares. Além destes locais, recentemente foi questionada a possível contribuição de áreas que contenham rutáceas nativas na epidemiologia da doença. Dessa maneira, a prospecção de rutáceas nativas, possíveis hospedeiras de D. citri, foi realizada e os resultados indicaram que dentre oito espécies testadas, Helietta apiculata foi tida como um novo hospedeiro do psilídeo. O próximo passo é estudar a bioecologia de T. radiata em ninfas de D. citri criadas em H. apiculata e a identificação de áreas que contenham essa espécie vegetal para que sejam também incluídas como locais de manejo com liberações de T. radiata. O comportamento de T. radiata junto a esse novo hospedeiro é fundamental, uma vez que ele ocorre em áreas nativas, normalmente protegidas, nas quais o uso de outras estratégias é proibido, como o uso de inseticidas ou eliminação de plantas.

Palavras-Chave: rutáceas; psilídeo-asiático-dos-citros; interação inseto-planta

Apoio Institucional: Fapesp proc.n 2016/24998-9

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Ação de diferentes inseticidas sobre predadores de insetos-praga na cultura da soja Crébio Jose Ávila; Izabela Carla Vessoni; Ivana Fernandes Silva

Centro Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN), Dourados, MS

Com base na filosofia do Manejo Integrado de Pragas (MIP) a utilização de inseticidas químicos para o controle de insetos-praga é necessário, sem que esses, ocasionem efeitos adversos aos inimigos naturais presentes na cultura. Portanto, avaliou-se o efeito de diferentes inseticidas químicos aplicados em pulverização sobre a cultura da soja sobre as populações de predadores. Para isso, a população de predadores foi contabilizada em pré-contagem e aos 1, 3 e 6 dia após a aplicação dos produtos. O experimento foi conduzido em DBC com 8 tratamentos (g i.a./ha) e 4 repetições: alfa-cipermetrina+teflubenzurom (7,5+7,5); alfa- cipermetrina+teflubenzurom (9,0+9,0); alfa-cipermetrina+teflubenzurom (11,25+11,25); teflubenzurom (7,5); teflubenzurom (12,0); teflubenzurom (18,0); alfa- cipermetrina (12,0) e testemunha. A redução populacional em cada tratamento foram enquadradas na escala de notas de seletividade: 1 (seletivo) mortalidade de predadores ≤ 20%; 2 (moderadamente seletivo) mortalidade entre 20% a 40%; 3 (pouco seletivo) mortalidade entre 40 a 60%; 4 (não seletivo) mortalidade ≥ 60%. Não foram verificados efeitos significativos dos tratamento para as três avaliações realizadas após a aplicação dos tratamentos, embora constatados percentuais de redução variando de 11,8 a 35,3%; 0,0 a 53,8% e 10,0 a 40,0%, respectivamente, para 1, 3 e 6 dias após a pulverização. Verificou-se que os tratamentos, em todas as doses, com os inseticidas alfa-cipermetrina + teflubenzurom foram classificados como seletivos (1) ou moderadamente seletivos (2). Já os três tratamentos com teflubenzurom, em suas doses isoladas, foram enquadrados como moderadamente seletivos (2). Enquanto que única dose testada de alfa-cipermetrina (12,0 g i.a./ha) foi enquadrada como pouca seletividade (3), não sendo recomendado para o controle de lagartas na soja, com base no critério de seletividade.

Palavras-Chave: MIP; seletividade; preservação de inimigos naturais

Apoio Institucional: Embrapa Agropecuária Oeste, CNPq/Pibic

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Compatibilidade do baculovírus SfMNPV com herbicidas e adjuvante no controle de Spodoptera frugiperda Pamela G. G. Luski1; Jaciara Gonçalves2; Ana Paula de Queiroz2; Marcela L. M. Grande1; Bruna M. Favetti3; Naiara Diniz4; Adeney de F. Bueno5; Pedro M.O.J. Neves1

1Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Estadual de Londrina, UEL, Departamento de Agronomia, Londrina PR, Brasil. *[email protected] 2Programa de Pós- Graduação em Entomologia, Universidade Federal do Paraná, UFPR, Departamento de Zoologia, Curitiba, PR, Brasil. 3Instituto Agronômico do Paraná, IAPAR, Londrina, PR, Brasil. 4 UniFiL - Centro Universitário Filadélfia, Londrina, Paraná, Brasil. 4Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, EMBRAPA Soja, Londrina, PR, Brasil

Neste trabalho o objetivo foi avaliar a compatibilidade de SfMNPV com herbicidas e adjuvante no controle de S. frugiperda. Em laboratório e campo, testou-se a aplicação de SfMNPV isolado, SfMNPV associado com atrazina e/ou tembotriona, SfMNPV associado com éster metílico de óleo de soja (adjuvante), e SfMNPV associado com a mistura dos herbicidas mais adjuvante, além dos herbicidas e adjuvante isoladamente. Clorantraniliprole foi utilizado como inseticida padrão. Realizou-se três ensaios em laboratório, sendo que no primeiro, avaliou-se a mortalidade de lagartas alimentadas com dieta contaminada com os tratamentos. No segundo, avaliou-se a mortalidade e o consumo foliar de lagartas após a ingestão de folhas de milho pulverizadas com os tratamentos logo após o preparo das caldas. Ao passo que no terceiro experimento, avaliou-se também a mortalidade após o consumo de folhas pulverizadas com tratamentos, no entanto, as caldas foram preparadas 4 horas antes da aplicação. No experimento de campo, os tratamentos foram pulverizados sobre as plantas, avaliando-se iormente a desfolha e a mortalidade das lagartas alimentadas com suas folhas. Observou-se que a associação de SfMNPV com os herbicidas e adjuvante não reduziu a eficiência de SfMNPV, através da constatação da mortalidade de lagartas (bioensaio 1) e mortalidade mais consumo foliar (bioensaio 2). A mortalidade das lagartas com aplicação de SfMNPV isoladamente não diferiu dos tratamentos combinados com os herbicidas e o adjuvante, mesmo quando a calda foi preparada 4 horas antes da aplicação (bioensaio 3). Nesse caso, a interação foi aditiva para a maioria das combinações, apenas os tratamentos SfMNPV + tembotriona + éster metílico de óleo de soja e SfMNPV + atrazina + tembotriona + éster metílico de óleo de soja a interação foi antagônica. No campo, as plantas pulverizadas com clorantraniliprole sofreram menor desfolha que a maioria dos demais tratamentos. Em geral, os herbicidas e o adjuvante avaliados não interferiram na eficiência do SfMNPV. A interação foi aditiva para a maioria dos tratamentos, e antagônica apenas para SfMNPV + atrazina + tembotriona + éster metílico de óleo de soja. Os resultados indicam que o vírus é compatível com mistura com os herbicidas e adjuvante avaliado.

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Palavras-Chave: lagarta-do-cartucho do milho; mistura em tanque; baculovírus

Apoio Institucional: Embrapa Soja, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Universidade Estadual de Londrina (UEL)

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Seletividade de piriproxifem sobre predação e parasitismo de ovos de Euschistus heros em soja Bt próximo à área de refúgio Janaina F. Matsumoto; Bruna R. N. de Almeida; Jamile M. Ceretta; Matheus E. Pastori; Paulo S. G. Cremonez; Samuel Roggia; Daniela O. Pinheiro; Pedro M.O.J. Neves

Universidade Estadual de Londrina, Londrina-PR. E-mail: [email protected], * [email protected]. Universidade Norte do Paraná, Londrina-PR, Universidade Federal do Paraná – Setor Palotina. Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Toledo - PR. Embrapa Soja, Londrina- PR, Brasil

O inseticida piriproxifem (PI) é utilizado em soja para o controle de Bemisia tabaci (Gennadius,1889) (Hemiptera: Aleyrodidae). Sua pulverização é realizada habitualmente no período em que também ocorrem percevejos na cultura. Assim, foi conduzido um trabalho com objetivo de estudar o impacto do PI sobre a atividade de predação e parasitismo de ovos do percevejo Euschistus heros (Fabricius, 1798) (Hemiptera: Pentatomidae). O experimento foi realizado na safra 2018/19 em Londrina-PR, Brasil, entre área de Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) e mata reflorestada. Os tratamentos utilizados foram de PI nas doses de 25, 37,5 e 50 g i. a. ha-1, tiametoxam + lambda-cialotrina (NP) na dose 28.2 + 21.2 g i. a. ha-1, e testemunha sem pulverização. Foi adotado o delineamento de blocos ao acaso com quatro repetições, em parcelas de 20 x 18 m semeadas com a cultivar de soja Bt M6410 IPRO. Posturas de E. heros de ocorrência natural, com até dois dias, foram quantificadas e demarcadas no terço médio e superior do dossel das plantas de soja (estádio R5.5), em cinco pontos distribuídos na parte central de cada parcela. Em seguida, os tratamentos foram aplicados com pulverizador costal motorizado. Após 96h, os ovos foram coletados e a eclosão das ninfas e/ou parasitoides foi avaliada. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey (p ≤ 0,05). Com a menor e maior dose de PI, foi observada predação de ovos de 26,4% e 35% respectivamente, contra 6,6% com NP. O parasitismo na testemunha sem inseticida foi de 7,3%. Os tratamentos contendo PI e NP não afetaram parasitismo [F(4, 12) = 3.190, p = 0.053] ou eclosão de parasitoides [F(4, 12) = 0.945, p = 0.471] em relação ao controle. O percentual de parasitismo foi maior nos blocos mais próximos às áreas de mata em relação ao mais distante [F(3, 12), p = 0.024]. Isso indica que tais áreas favorecem a manutenção de organismos de controle biológico. Sendo assim, é possível concluir que nas condições avaliadas, PI foi seletivo sobre a atividade predatória e parasitismo de ovos de E. heros em soja Bt. Palavras-Chave: Controle biológico

Apoio Institucional: CNPq e Embrapa Soja

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Compatibilidade in vitro de inseticidas para o controle de pragas de solo de cana de açúcar com Beauveria bassiana Giovani Smaniotto; Natalia D. Danzi; Joacir do Nascimento; Arthur Oliveira; Isabella C. S. do Egito; Matheus H. T. G. Borges; Bianca M. Orini.; Matheus R. Faria; Ricardo A. Polanczyk

Departamento de Entomologia, Universidade Estadual Paulista - "Júlio de Mesquita Filho", 14884- 900, Jaboticabal-SP, Brasil

A mistura de produtos químicos e biológicos no tanque de pulverização é cada vez mais frequente na literatura e sua compatibilidade precisa ser avaliada para otimizar a sua eficiência em campo. Este trabalho foi realizado com o intuito de verificar a compatibilidade de inseticidas recomendados para o controle de pragas na cultura de solo da cana de açúcar e o fungo entomopatogênico Beauveria bassiana IBCB 170, considerado muito promissor para o controle dessa praga. Nos testes de compatibilidade in vitro 11 inseticidas (Actara®, Altacor®, Capture®, Engeo Pleno®, Evidence 700®, Diamante®, Imidacloprid Nortox®, Marshal Star®, Regente 800®, Talisman®, Singular®) foram testados em três doses (mínima, media e máxima) com a mistura desses ao meio de cultura ainda liquido e sua transferência para Placa de Petri onde uma alíquota de 5 µL do fungo foi inoculada no centro da placa com uma micropipeta e espalhada na superfície com auxílio de uma alça de Drigalski. Em cada tratamento foram utilizadas 10 Placas de Petri (repetições). O material foi acondicionado em BOD e sete dias depois foram avaliados os parâmetros crescimento vegetativo, esporulação e viabilidade de conídios. Para determinar a compatibilidade entre os inseticidas e B. bassiana foi utilizada a fórmula descrita por Rossi-Zalaf et al. (2008). O inseticida Evidence® 700 inibiu o desenvolvimento do fungo nos parâmetros avaliados. O crescimento vegetativo e esporulação variaram entre as doses testadas de cada produto. A germinação de conídios foi inversamente proporcional com a dose de cada produto. Pela fórmula de compatibilidade, somente os inseticidas Singular® e Diamante® foram compatíveis com o isolado de B. bassiana na dose recomendada, enquanto que o primeiro foi compatível no dobro da dose recomendada, o que representa apenas 9% dos tratamentos. Na mistura de B. bassiana com inseticidas visando ao controle de pragas de solo da cana de açúcar, a compatibilidade é um importante aspecto a ser considerado.

Palavras-Chave: fungo entomopatogênico; Controle Microbiano; MIP;

Apoio Institucional: CAPES

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Suscetibilidade do predador Chrysoperla externa (Hagen) (Neuroptera: Chrysopidae) a inseticidas em duas vias de exposição Luziani Rezende Bestete; Ellen Ketlen da Silva Ferreira; Jorge Braz Torres

Programa de Pós-Graduação em Entomologia Agrícola, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, PE, Brazil. E-mail: [email protected]

Populações de Chrysoperla externa, tanto provenientes de campo, como selecionadas ou não para a resistência, tem demonstrado tolerância a vários princípios ativos de inseticidas. Essa característica pode resultar na permanência do predador nos cultivos após aplicações de inseticidas e favorecer o manejo de pragas de difícil controle. Neste trabalho avaliamos o impacto dos inseticidas lambda- cialotrina, espinetoram e clorantraniliprole sobre C. externa mediante exposição residual em superfície inerte e aplicação tópica com as concentrações de 1X e 0,5X a dosagem de campo. Para o tratamento residual, placas de Petri de vidro foram pulverizadas com 0,5 mL de cada concentração e 2 larvas de 5 dias liberadas por placa. Via aplicação tópica, larvas receberam, no dorso, a aplicação de 0,5 µl da cada utilizando seringa de Hamilton. Os experimentos foram realizados em triplicata e a mortalidade avaliada 24h pós-tratamento, sendo os indivíduos sobreviventes transferidos para recipientes limpos. Foram calculadas curvas de sobrevivência para cada via de exposição e verificado os efeitos sobre a duração e viabilidade das fases de larva e pupa. O tratamento com inseticidas interferiu na sobrevivência larval para ambas vias de exposição. Lambda-cialotrina e clorantraniliprole permitiram alta porcentagem de sobrevivência e, independente da via de exposição e concentração, não diferiram do tratamento testemunha. Todavia, o espinetoram acarretou alta mortalidade, notavelmente mais acentuada via aplicação tópica de 1X a dosagem de campo. Não houve diferenças na duração do período pupal independente do inseticida, via de exposição e dosagem utilizada. Porém, a duração da fase larval foi influenciada por resíduos de lambda-cialotrina na dosagem 1X. Podemos concluir que a lambda-cialotrina e clorantraniliprole demonstram ser seletivos e não afetam o desenvolvimento da população em estudo de C. externa. De forma oposta, podemos atribuir uma baixa seletividade ao Espinetoram, especialmente por via aplicação tópica.

Palavras-Chave: Bicho-lixeiro; Diamida; Espinosina

Apoio Institucional: CNPq, FACEPE

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Eficiência da ação de agentes de biológicos no controle do nematoide das galhas radiculares (Meloidogyne incognita) na cultura da bananeira Cláudio M. G. Oliveira; Juliana M. O. Rosa; Juliana Eulalio; José E. M. Almeida

Instituto Biológico

A bananeira é uma das culturas mais prejudicadas pelos nematoides fitoparasitos, incluindo as espécies de nematoides das galhas (Meloidogyne spp.). Dessa forma, objetivou-se estudar a eficiência da ação de produtos biológicos no controle de Meloidogyne incognita na cultura da bananeira. O experimento foi inteiramente ao acaso, com 6 tratamentos e 4 repetições. Parcela constituída de uma planta por vaso de 5,0 litros contendo substrato autoclavado. Após o transplante da muda de bananeira Prata Anã, cada planta foi inoculada com 2000 ovos de M. incognita. Os tratamentos foram aplicados ao redor de cada muda, contendo os fungos Beauveria bassianae e Metarhizium anisopliae, na dose de 4,8 kg/ha, provenientes da coleção mantida no laboratório de Controle Biológico/CAPSA, IB, e o produto comercial Rizotec (Pochonia chlamydosporia, cepa Pc 10, 4,0 kg/ha). Para comparação, utilizou-se o Carboruran 100G (4 g/cova) como padrão de controle químico e testemunha (sem tratamento). Aos 150 dias após inoculação, os tratamentos com M. anisopliae e Rizotec mostraram-se potencialmente promissores, uma vez que para Rizotec a eficiência do produto na redução da população de M. incognita foi de 49%, com fator de reprodução (FR)=6,2; enquanto que M. anisopliae proporcionou redução populacional de 66% e FR=4,2. Nas parcelas com B. bassiana, o FR foi elevado (21,2), superior ao da testemunha com FR=12,1. Ainda, verificou-se que houve diferença entre os tratamentos com os três agentes de controle biológico em relação à testemunha com nematoide para altura das plantas. Para peso fresco das raízes e peso fresco da parte aérea, somente M. anisopliae e Rizotec apresentaram diferenças, indicativo que têm ação estimulante (efeito fitotônico), favorecendo o desenvolvimento das raízes e parte aérea das plantas de banana, além do efeito na redução populacional dos nematoides.

Palavras-Chave: Fitonematoides; Controle biológico; Fungos

Apoio Institucional: FESPESP - PDIP

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Influência do fruto hospedeiro de Anastrepha fraterculus no comportamento de busca de parasitoides Josué Sant'Ana; Patricia D. S. Pires; Geluse M. Caldasso; Luiza R. Redaelli

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

O sucesso do controle biológico aumentativo depende de diferentes fatores, dentre eles a eficiência de busca do parasitoide. A localização compreende uma série de estímulos associados ao hospedeiro e ao seu habitat. Anastrepha fraterculus é uma das principais pragas da fruticultura brasileira, sendo Diachasmimorpha longicaudata, braconídeo de origem asiática e Aganaspis pelleranoi, figitídeo neotropical, dois agentes de controle biológico desta espécie. O objetivo desse trabalho foi avaliar a quimiotaxia de fêmeas de D. longicaudata e de A. pelleranoi oriundas de larvas de A. fraterculus mantidas em dieta artificial, em goiaba vermelha (Psidium guajava L.), var. Paluma ou em maçã (Malus domestica Borkh), var. Red delicius. Larvas de terceiro ínstar criadas nestes três substratos foram expostas a cada um dos parasitoides e, iormente, acondicionadas em potes plásticos com areia até a emergência. Fêmeas de ambas as espécies, com quatro a seis dias de idade, oriundas de larvas mantidas em dieta artificial ou em um dos frutos descritos, foram submetidas a teste de escolha em olfatômetro Y. Foram avaliados os seguintes contrastes: goiaba infestada x maçã infestada e goiaba sadia x maçã sadia. Fêmeas de D. longicaudata provenientes de dieta artificial (controle) não apresentaram preferência entre os frutos. No entanto, A. pelleranoi preferiu goiaba, quando comparada com maçã. Fêmeas de D. longicaudata oriundas de larvas mantidas em maçã e em goiaba foram atraídas para o fruto de origem. O mesmo não ocorreu com fêmeas de A. pelleranoi mantidas em maçã. Foi constatado que o comportamento de busca de fêmeas de D. longicaudata pode ser modificado (aprendizagem) em função do substrato em que o hospedeiro se desenvolveu, sendo que o mesmo não foi constatado para A. pelleranoi. O conhecimento dos aspectos que interferem nas interações entre os parasitoides, A. fraterculus e frutos hospedeiros pode potencializar o uso destes agentes em programas de controle biológico.

Palavras-Chave: controle biológico; olfatometria; aprendizagem

Apoio Institucional: CNPq e CAPES

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Atratividade química dos óleos voláteis de Tagetes erecta ao predador Adalia bipunctata (Coleoptera: Coccinellidae) Marcelo M. Haro; Juliana O. Nicolao; Luís C. P. Silveira; Andrew Wilby

1 Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) - Estação Experimental de Itajaí, CEP 88318-112, Itajaí, SC, Brasil, Email: [email protected] 2Instituto Federal Catarinense - Campus Concórdia - Rodovia SC 283, s/n, SC, 89703-720 3Universidade Federal de Lavras (UFLA) Caixa Postal 3037, CEP 37200-00, Lavras – MG. 4 Lancaster University, Lancaster Environment Centre Lancaster, Lancaster University, LA1 4YQ, United Kingdom

Compostos voláteis liberados pelas rotas secundárias das plantas são uma importante ferramenta no recrutamento, direcionamento e atração de inimigos naturais em agroecossistemas, fato que contribui efetivamente na supressão de insetos pragas nestes ambientes. O objetivo deste trabalho foi investigar a atratividade dos óleos voláteis de Tagetes erecta L. (Asteraceae) provenientes de diferentes órgãos coletados em diferentes estágios de desenvolvimento ao predador Adalia bipunctata (Linnaeus, 1758) (Coleoptera: Coccinellidae). Foram utilizadas folhas e flores coletadas 60, 90 e 120 dias após germinação totalizando seis tratamentos. A extração dos óleos voláteis foi realizada por arraste a vapor em aparelho de Clevenger modificado. A análise da composição química dos óleos voláteis foi realizada mediante cromatografia em fase gasosa (CG-FID) e cromatografia em fase gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG/EM). Para o bioensaio foi utilizado um olfatômetro em “Y” contendo como estímulo óleos voláteis de T. erecta extraídos de folhas e flores coletadas em diferentes épocas. A frequência relativa das respostas binomiais foi analisada por meio do teste Qui- quadrado. O predador A. bipunctata respondeu positivamente aos óleos voláteis das flores de T. erecta advindos das três diferentes épocas de desenvolvimento e aos óleos das folhas de 120 dias. A maior porcentagem de escolha foi obtida no tratamento com flores de 90 dias, seguida por flores de 120, 60 e folhas de 120, respectivamente. Houve diferenças quantitativas e qualitativas na composição dos óleos de flores e folhas, o que provavelmente influenciou no resultado do bioensaio. Sendo assim, as flores de T. erecta e folhas com 120 dias foram atrativas ao predador A. bipunctata, podendo ser utilizada para alterar manipular sua distribuição e abundância na paisagem agrícola.

Palavras-Chave: controle biológico conservativo; olfatômetro; CG-EM

Apoio Institucional: FAPESC, CNPq, CAPES

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Trichogramma pretiosum (Trichogrammatidae) pode aprender a reconhecer ovos de Grapholita molesta (Tortricidae)? Luiza R. Redaelli; Paloma G. Della Giustina; Josué Sant’Ana

Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia, UFRGS

Trichogramma pretiosum (Riley) (Hymenoptera: Trichogrammatidae) é um parasitoide de ovos de lepidópteros utilizado no controle biológico e que se orienta, principlamente, por pistas químicas, o que auxilia a busca por hospedeiros. Os percentuais de parasitismo em ovos de Grapholita molesta (Busck) (Lepidoptera: Tortricidae), importante praga de rosáceas, são baixos e a relação desse micro- himenoptero com os cairomônios oriundos dos ovos deste hospedeiro ainda não foi estudada. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do aprendizado na quimiotaxia e no parasitismo de fêmeas de diferentes idades de T. pretiosum a ovos de G. molesta. Os parasitoides foram multiplicados e mantidos em ovos de Ephestia kuehniella (Zeller) (Lepidoptera: Pyralidae). As fêmeas experientes ficaram expostas a ovos de G. molesta (com até 24 h de idade) por cinco horas. A resposta quimiotáxica de fêmeas de T. pretiosum, com e sem experiência em ovos de G. molesta, nas idades 24, 48, 72 e 96 horas, foi observada em olfatômetro, contrastando-se cartelas (PET) contendo ovos lavados vs. cartelas com ovos não lavados de G. molesta (até 24 h de idade). A preferência de parasitismo de T. pretiosum foi registrada nas mesmas idades expondo as fêmeas, experientes ou não, individualmente a duas cartelas com 50 ovos lavados vs. 50 não lavados de G. molesta (até 24 h de idade), por um período de três horas. A lavagem dos ovos consistia em uma imersão das cartelas em solvente hexano (99%). O percentual de fêmeas inexperientes que se direcionou para ovos lavados ou não, foi similar em todas as idades porém, após um período de experiência, todas escolheram os ovos não lavados. Quando inexperientes em ovos, o parasitismo só não diferiu nas de 24 h de idade, as demais preferiram parasitar os ovos lavados. Após a experiência todas passaram a selecionar os não lavados. O estudo demonstrou que o aprendizado intensifica o comportamento de busca e o parasitismo de T. pretiosum a ovos de G. molesta. Trichogramma pretiosum (Riley) (Hymenoptera: Trichogrammatidae) é um parasitoide de ovos de lepidópteros utilizado no controle biológico e que se orienta, principlamente, por pistas químicas, o que auxilia a busca por hospedeiros. Os percentuais de parasitismo em ovos de Grapholita molesta (Busck) (Lepidoptera: Tortricidae), importante praga de rosáceas, são baixos e a relação desse micro-himenoptero com os cairomônios oriundos dos ovos deste hospedeiro ainda não foi estudada. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do aprendizado na quimiotaxia e no parasitismo de fêmeas de diferentes idades de T. pretiosum a ovos de G. molesta. Os parasitoides foram multiplicados e mantidos em ovos de Ephestia kuehniella (Zeller) (Lepidoptera: Pyralidae). As fêmeas experientes ficaram expostas a ovos de G. molesta (com até 24 h de idade) por

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cinco horas. A resposta quimiotáxica de fêmeas de T. pretiosum, com e sem experiência em ovos de G. molesta, nas idades 24, 48, 72 e 96 horas, foi observada em olfatômetro, contrastando-se cartelas (PET) contendo ovos lavados vs. cartelas com ovos não lavados de G. molesta (até 24 h de idade). A preferência de parasitismo de T. pretiosum foi registrada nas mesmas idades expondo as fêmeas, experientes ou não, individualmente a duas cartelas com 50 ovos lavados vs. 50 não lavados de G. molesta (até 24 h de idade), por um período de três horas. A lavagem dos ovos consistia em uma imersão das cartelas em solvente hexano (99%). O percentual de fêmeas inexperientes que se direcionou para ovos lavados ou não, foi similar em todas as idades porém, após um período de experiência, todas escolheram os ovos não lavados. Quando inexperientes em ovos, o parasitismo só não diferiu nas de 24 h de idade, as demais preferiram parasitar os ovos lavados. Após a experiência todas passaram a selecionar os não lavados. O estudo demonstrou que o aprendizado intensifica o comportamento de busca e o parasitismo de T. pretiosum a ovos de G. molesta.

Palavras-Chave: mariposa-oriental; voláteis de ovos; aprendizado

Apoio Institucional: CNPq, CAPES

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Efeito de películas minerais sobre maças infestadas por Anastrepha frateculus no parasitismo de Diachasmimorpha longicaudata Cláudia B. Ourique; Patrícia D. S. Pires; Luiza R. Redaelli; Josué Sant'Ana

Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia, UFRGS

Nos últimos anos a tecnologia de películas minerais vem sendo testada para o controle de espécies da família Tephritidae. Entretanto, é também importante conhecer a ação desta ferramenta sobre inimigos naturais, como a Diachasmimorpha longicaudata, principal espécie utilizada em programas de controle biológico de indivíduos desta família. O trabalho objetivou avaliar o efeito de películas a base de caulim no parasitismo de D. longicaudata em maçãs infestadas por Anastrepha fraterculus, em laboratório. Foi realizada infestação artificial com 30 larvas de mosca de terceiro ínstar em maçãs da cultivar Gala, através de um corte transversal e remoção de uma porção de polpa. Imediatamente após, os frutos foram fechados, o corte protegido com uma faixa de parafilme e pulverizados com caulim industrial 10% + água + espalhante adesivo (Break Thru® 0,1%) ou 5% de Surround® WP + água. Frutos sem aplicação foram considerados controle. Após secas, as maçãs foram colocadas individualmente em gaiolas de madeira forradas nas laterais com voile contendo duas fêmeas de D. longicaudata (4 a 6 dias de idade) onde permaneceram por duas horas em condições controladas (25 ± 1 °C; 60 ± 10% UR; 14 horas de fotofase). Para avaliar a mortalidade natural das larvas, um grupo de frutos infestados e sem aplicação foi mantido, pelo mesmo período, em gaiola sem a presença de parasitoides. Após, os frutos foram colocados em potes plásticos com areia esterilizada (1 cm) e permaneceram na mesma câmara por sete dias. Os pupários foram mantidos em potes plásticos de 100 ml por 30 dias. Foram realizadas 15 repetições e calculada a média de parasitoides emergidos. A média de parasitoides emergidos (± EP) em frutos com Surround® WP (2,73 ± 0,658) foi igual a testemunha (5,07 ± 0,923), sendo que o mesmo não foi observado para o caulim (1,60 ± 0,629). Desta forma constatou-se que o Surround® WP não interfere no sucesso do parasitismoNos últimos anos a tecnologia de películas minerais vem sendo testada para o controle de espécies da família Tephritidae. Entretanto, é também importante conhecer a ação desta ferramenta sobre inimigos naturais, como a Diachasmimorpha longicaudata, principal espécie utilizada em programas de controle biológico de indivíduos desta família. O trabalho objetivou avaliar o efeito de películas a base de caulim no parasitismo de D. longicaudata em maçãs infestadas por Anastrepha fraterculus, em laboratório. Foi realizada infestação artificial com 30 larvas de mosca de terceiro ínstar em maçãs da cultivar Gala, através de um corte transversal e remoção de uma porção de polpa. Imediatamente após, os frutos foram fechados, o corte protegido com uma faixa de parafilme e pulverizados com caulim industrial 10% + água + espalhante adesivo (Break Thru® 0,1%) ou 5% de

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Surround® WP + água. Frutos sem aplicação foram considerados controle. Após secas, as maçãs foram colocadas individualmente em gaiolas de madeira forradas nas laterais com voile contendo duas fêmeas de D. longicaudata (4 a 6 dias de idade) onde permaneceram por duas horas em condições controladas (25 ± 1 °C; 60 ± 10% UR; 14 horas de fotofase). Para avaliar a mortalidade natural das larvas, um grupo de frutos infestados e sem aplicação foi mantido, pelo mesmo período, em gaiola sem a presença de parasitoides. Após, os frutos foram colocados em potes plásticos com areia esterilizada (1 cm) e permaneceram na mesma câmara por sete dias. Os pupários foram mantidos em potes plásticos de 100 ml por 30 dias. Foram realizadas 15 repetições e calculada a média de parasitoides emergidos. A média de parasitoides emergidos (± EP) em frutos com Surround® WP (2,73 ± 0,658) foi igual a testemunha (5,07 ± 0,923), sendo que o mesmo não foi observado para o caulim (1,60 ± 0,629). Desta forma constatou-se que o Surround® WP não interfere no sucesso do parasitismo.

Palavras-Chave: caulim; parasitoides; mosca-das-frutas

Apoio Institucional: CNPq, CAPES

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O substrato alimentar de lagartas de Spodoptera frugiperda tem influência sobre Trichogramma pretiosum? Natália A. Leite; Josué Sant’ Ana; Luiza R. Redaelli; Nelson C. Weber; Patrícia D. S. Pires

Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Agronomia, PPG Fitotecnia

A soja Bt, que expressa a proteína Cry1Ac, é utilizada no manejo de importantes lepidópteros-praga. Contudo, é interessante que se estude seu efeito em agentes de controle biológico destes herbívoros. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto do substrato alimentar de lagartas de Spodoptera frugiperda (Smith) (Lepidoptera: Noctuidae), soja Bt e não-Bt, no parasitismo e no desenvolvimento do parasitoide Trichogramma pretiosum Riley (Hymenoptera: Trichogrammatidae) em ovos deste herbívoro. Ovos oriundos de S. frugiperda (˂ 24 h) que se alimentaram durante a fase larval de soja Bt ou de soja não-Bt foram ofertados ao parasitoide em testes com e sem chance de escolha, sendo feitas 25 repetições para cada experimento. No bioensaio sem chance de escolha foram ofertados 40 ovos do herbívoro de cada tratamento para uma fêmea do parasitoide (˂ 24 h), sendo que neste teste as fêmeas parentais permaneceram isoladas em tubos de vidro (8,5 cm × 2,5 cm) com uma gota de mel na mesma câmara. No experimento com chance, foram expostos 20 ovos de cada tratamento concomitantemente. Após 3 h de exposição, com e sem escolha, os ovos foram retirados e mantidos em câmara climatizada. Os parâmetros biológicos avaliados nos dois bioensaios foram: porcentagem de ovos de S. frugiperda parasitados e viabilidade do parasitoide. Além disso, no bioensaio sem chance de escolha, o tempo de desenvolvimento de ovo- adulto e a longevidade de fêmeas parentais foram computados. Os dados foram comparados pelo teste-t ou de Kruskal-Wallis (P ≤ 0,05). Não houve diferença significativa nos parâmetros registrados entre os tratamentos e em ambos os bioensaios. Os resultados evidenciaram que o parasitismo de T. pretiosum em ovos de S. frugiperda não é influenciado pela presença da proteína Cry1Ac na soja utilizada como substrato alimentar. Este dado é um indicativo de que é possível haver uma integração do controle biológico e uso de plantas transgênicas em programas de manejo de S. frugiperda na soja, favorecendo práticas de controle mais sustentáveis nesta cultura.

Palavras-Chave: transgênicos; inimigo natural; Spodoptera frugiperda

Apoio Institucional: CNPq; CAPES

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Toxicidad de Amistar sobre los depredadores Hippodamia variegata, Eriopis connexa (Coleoptera: Coccinellidae), Chrysoperla externa (Neuroptera: Chrysopidae) y el hongo entomopatógeno Beauveria bassiana (Ascomycota: Hypocreales) Schneider, Marcela Inés; Fogel, Marilina Noelia; Scorsetti, Ana Clara; Rosales, Matías; Tornesello Galván, Julieta

CEPAVE (CONICET UNLP)

El Manejo Integrado de Plagas en un paradigma de control que promueve el uso conjunto de estrategias de control de plagas de modo compatible. La compatibilidad entre el control químico y biológico de plagas depende de la selectividad de los plaguicidas hacia los enemigos naturales. En Ecotoxicología se ha abordado con profundidad la selectividad de insecticidas; sin embargo, la selectividad de fungicidas hacia enemigos naturales ha sido muy poco estudiada hasta el momento. El objetivo del presente trabajo fue evaluar la toxicidad en laboratorio de dos fungicidas de uso frecuente en agroecosistemas argentinos: Amistar® (azoxistrobina, Syngenta Agro) y Carbendazim InsuAgro® (carbendazim, AgriStar) sobre tres depredadores (H. variegata, E connexa y C externa) y un hongo entomopatógeno (B. bassiana). Para los depredadores se evaluaron dos estados de desarrollo (huevo y adulto). Se estudiaron las máximas concentraciones de ambos fungicidas y se seleccionaron las vías de exposición por contacto inmersión (huevos) e ingestión a través de presa tratada (adultos). Los puntos finales evaluados fueron: supervivencia, tiempo de desarrollo y fecundidad y fertilidad en los organismos sobrevivientes. La evaluación de toxicidad con B. bassiana se realizó in vitro. Ambos fungicidas produjeron efectos a corto y largo plazo, los cuales variaron de acuerdo al enemigo natural considerado. Chysoperla externa fue la especie menos afectada, en donde se evidenció un aumento en la fecundidad y la fertilidad. Amistar® produjo volteo y falta de coordinación en Coccinellidae cuando el tratamiento se realizó sobre adultos. De acuerdo a estos estudios, la inocuidad de estos fungicidas hacia los enemigos naturales evaluados quedaría descartada a nivel laboratorio, siendo necesario más estudios sobre su toxicidad en otros estadios de desarrollo y vías de exposición. Si bien no está claro el modo de acción de ambos compuestos sobre estos insectos depredadores, los resultados obtenidos hasta el momento alertan sobre su toxicidad

Palavras-Chave: enemigos naturales; plaguicidas; toxicidas

Apoio Institucional: CONICET/Proyectos PIP 0205/PIP 0009

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Monitoramento e flutuação populacional de Cosmopolites sordidus em 3 cultivares de banana no município de Campo Verde, MT Marcela V. de Campos; Manoel M. Silva; Patrícia S. Silva

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT)

A cultura da banana sofre com o ataque do moleque-da-bananeira (Cosmopolites sordidus), praga de grande importância para a cultura em várias regiões do mundo. O inseto ataca o rizoma e o pseudocaule da planta. As larvas abrem galerias no rizoma e no pseudocaule, facilitando assim a entrada de patógenos e reduzindo a absorção de água e nutrientes pela planta. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a ocorrência e a flutuação populacional do moleque-da-bananeira, em pomares de banana Prata, Terra e Nanica, localizados no assentamento 14 de Agosto, município de Campo Verde, Mato Grosso. Os estudos foram realizados por meio de iscas tipo “telha”, entre novembro de 2013 a outubro de 2014. As iscas foram colocadas próximas às touceiras, com a parte seccionada voltada para baixo. As coletas dos insetos foram semanais e as trocas das iscas foram quinzenais. A variedade Nanica foi a que apresentou o maior número de insetos capturados. Todas as cultivares estudadas, apresentaram número médio mensal de indivíduos capturados por isca/mês, abaixo do nível de controle estabelecido, com exceção dos meses de fevereiro e março de 2014, onde os índices de infestação ficaram acima do nível de controle (6,14 e 5,29 adultos capturados/isca/mês, respectivamente). A flutuação populacional de C. sordidus foi influenciada positivamente pela precipitação pluviométrica e pela umidade relativa do ar, apresentando maiores níveis populacionais na época chuvosa.

Palavras-Chave: moleque-da-bananeira; Musa; sazonalidade

Apoio Institucional: IFMT

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Estimativas de fases imaturas de Helicoverpa armigera em Dourados e Ponta Porã em apoio ao biocontrole Maria C. P. Y. Pessoa1; Crébio J. Ávila2; Danilton L. Flumignan2; Geovanne A. Luchini3; Ricardo Borghesi2

1.Embrapa Meio Ambiente, Rodovia SP 340 Km 127,5, CEP: 13918-110, Jaguariúna/SP. Email: [email protected]; 2 Embrapa Agropecuária Oeste, Rodovia BR 163, Km 253,6, CEP: 79804-970, Dourados, MS; 3 Bolsista PIBIC/CNPq Embrapa Meio Ambiente/PUCAMP (Embrapa SEG 0213140030005003 -período:01-08-2017 a 31-07-2018)

Este trabalho determinou a duração das fases imaturas (ovos, lagartas e pupas) de Helicoverpa armigera (Hübner, 1808) (Lepidoptera: Noctuidae), considerando suas respectivas necessidades térmicas em condições climáticas dos municípios de Dourados e de Ponta Porã, MS, na safra 2016/2017 de soja BMX Potência RR (plantio: 8/11/16; colheita: 16/03/17). O controle biológico (CB) de H. armigera vem apresentando parasitoides do gênero Trichogramma e das famílias Tachinidae e Eulophidae, entre outros, como alternativas de contenção das fases de ovos, lagartas e pupas. Condições climáticas específicas podem interferir no período de disponibilidade dessas fases do inseto-praga durante o ciclo da cultura e devem ser consideradas nas estratégias de CB local, para garantir sua maior eficácia. O estado do Mato Grosso do Sul (MS) tem expressiva participação na produção de soja nacional. Dourados e Ponta Porã estão entre seus maiores produtores municipais e possuem características climáticas diferenciadas. Dados climáticos diários (INMET e “Guia Clima”), demandas térmicas do inseto de literatura, programa cálculo de graus-dias (UCLA/IPM-EUA) e planilha Excel foram utilizados. Os tempos e nº de gerações completas obtidas foram: a) Dourados: 3,8 ± 0,5 dias (ovos), 15,5 ± 1,0 dias (lagartas), 13,5 ± 2,1 dias (pupas) e 4 gerações; e b) Ponta Porã: 4,0 ± 0,0 dias (ovos), 16,8 ± 1,3 dias (lagartas), 14,3 ± 1,4 dias (pupas) e 3 gerações. As durações de lagartas e pupas foram inferiores às de literatura (23,30 ± 0,30 dias e 17,60 ± 0,54 dias, respectivamente), obtidas para a cultivar em laboratório regulado com T e UR próximas às médias municipais no ciclo da planta (25 ± 1°C e 70 ± 10%), indicando que as T_máxima e T_mínima municipais interferem na disponibilidade das fases imaturas e nº de gerações durante o ciclo da planta (129 dias) e que esses resultados devam ser considerados nas estratégias de CB locais.

Palavras-Chave: Graus-dias; Glycine max; proteção de cultivos

Apoio Institucional: Embrapa

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Áreas aptas ao parasitoide exótico Fopius arisanus e a Bactrocera carambolae considerando seis hospedeiros no Brasil Maria C. P. Y. Pessoa1; Rafael Mingoti2; Jeanne S. Marinho-Prado1; Luiz A. N. de Sá1; Beatriz A. J. Paranhos3; Laura B. do Valle4; Elio Lovisi Filho2; Giovanna N. Beraldo4; André R. Farias2

1 Laboratório de Quarentena “Costa Lima”, Embrapa Meio Ambiente, Rodovia SP 340 Km 127,5 Jaguariúna/SP, Brasil. Email: [email protected]; 2 Embrapa Territorial, Av. Soldado Passarinho, 303 Campinas/ SP, Brasil; 3 Embrapa Semiárido, Rodovia BR-428, Km 152, Zona Rural, Petrolina/PE, Brasil; 4 Instituto Geociências/graduandas Geografia (DGEO), UNICAMP, Rua Carlos Gomes, n°250, Cidade Universitária, Distrito de Barão Geraldo, Campinas, SP

Fopius arisanus (Sonan, 1932) (Hymenoptera: Braconidae) é parasitoide ovo-pupal de moscas-das-frutas, importado em 2012 do Hawaii (EUA), para subsidiar estratégias de controle biológico clássico para o Manejo Integrado de Bactrocera carambolae (Drew & Hancock, 1994) (Diptera: Tephritidae), praga quarentenária presente em áreas do Amapá, Roraima e Pará. Grande esforço foi direcionado para a criação laboratorial do parasitoide para futuras liberações em campo. Mas, o sucesso das liberações demanda que ocorram em áreas aptas ao estabelecimento do parasitoide em equilíbrio com B. carambolae em áreas de cultivos hospedeiros. Esse trabalho avaliou as áreas municipais brasileiras de maior aptidão ao F. arisanus e B. carambolae considerando Temperatura (T) e Umidade Relativa (UR) que favoreçam o desenvolvimento desses insetos em áreas de cultivos de acerola, carambola, goiaba, manga, pitanga e tangerina no país. Cruzamentos georreferenciados (ArcGIS) foram feitos considerando os planos de informações: a) malhas municipais de produtores das seis frutíferas - Censo Agropecuário IBGE/2006; b) médias climáticas mensais de T e UR (2005-2014 do INMET/2017); c) faixas ótimas para o desenvolvimento de: F. arisanus (18-28°C/60-80%) e B. carambolae (25-27°C/65-75%); e d) malhas municipais IBGE/2007. Foi obtido cenário das áreas brasileiras com pelo menos um mês nas condições favoráveis aos parasitoide e à praga, e na presença de pelo menos uma frutífera hospedeira, resultando nas seguintes quantidades de municípios aptos por estado: AC (20), AL (67), AM (19), AP (10), BA (323), CE (164), ES (62), GO (104), PA (73), PE (155), PI (210), PB (157), PR (89), MA (147), MG (171), MS (41), MT (82), RN (133), RJ (68), RO (37), RR (9), RS (106), SC (18), SE (51), SP (274) e TO (75); e no DF. Os municípios aptos dentro dos estados sob controle oficial da praga foram identificados.

Palavras-Chave: gestão territorial; defesa fitossanitária; Brasil

Apoio Institucional: Autorização divulgação resultado (IN nº 28 de 20/07/2017): Oficio no 29/2019/CGPP/DSV/SDA/MAPA (Processo 21000.038666/2018-48)

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Crescimento vegetativo e produção de conídios de Metharizium anisopliae exposto a produtos utilizados na cultura da mandioca Mariana F. de Macedo; Adriano L. Albonetti; Lucimara A. Araújo; Nathália C. Andrade; Viviane S. Alves

Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) – Campus Luiz Meneghel

Metharizium anisopliae (Me-tchnikoff) Sorokin (Ascomycota: Hypocreales) é um fungo entomopatogênico utilizado no controle de pragas, e uma ferramenta importante no Manejo Integrado de Pragas (MIP). Nesse sentido, é importante conhecer a interação entre os fungos entomopatogênicos com produtos fitossanitários que podem integrar um mesmo programa de MIP. Assim, o trabalho teve como objetivo avaliar a compatibilidade de produtos químicos comerciais registrados para a cultura da mandioca sobre parâmetros biológicos do fungo M. anisopliae (UNIOESTE 86). Para a avaliação de crescimento vegetativo, foram preparadas placas de Petri de 9 cm de diâmetro contendo meio de cultura BDA, onde o fungo foi inoculado com uma alça de platina em 3 pontos equidistantes na superfície. A pulverização dos produtos foi feita após 48 h a fim de evitar a remoção dos conídios, e as placas foram incubadas a 26±1ºC UR de 90% e fotofase de 12 h, durante sete dias. Para avaliação, foram feitas duas medidas perpendiculares das colônias, visando-se obter o diâmetro médio destas. Cada tratamento foi repetido cinco vezes, e foi também realizado um tratamento controle, que foi pulverizado apenas com água destilada. Após a avaliação do crescimento vegetativo, realizou-se outra avaliação para a produção de conídios, na qual, duas colônias de cada uma das placas foram recortadas e transferidas individualmente para tubos de vidro estéril, onde foram adicionados 10 mL de água destilada com Tween 80 0,01% para agitação, até o desprendimento dos conídios. Em seguida, foi feita a contagem dos conídios em câmara de Neubauer. Os produtos Actara e Nomolt foram os únicos que não diferiram da testemunha quanto ao crescimento vegetativo, e Actara e Standak® Top também não diferiram quanto a produção de conídios. Por outro lado, os produtos Callisto®, Cipermetrina®, Curyom®, Gaucho®, Poquer® e Tiger® inibiram a produção de conídios em relação a testemunha de M. anisopliae.

Palavras-Chave: Fungos entomopatogênicos; Manejo integrado de pragas; Compatibilidade

Apoio Institucional: Fundação Araucária com concessão de bolsa e financiamento da pesquisa

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Efectos letales y subletales de spirotetramat y metaflumizone sobre el depredador Eriopis connexa (Coleoptera: Coccinellidae) Fogel Marilina; Ana Clasra Scorsetti; Folorencia Sona; Marcela Schneider

1,3,4 Laboratorio Ecotoxicología y Control Biológico. Centro de Estudios Parasitológicos y de Vectores, (CEPAVE-CONICET-UNLP). Boulevard 120 s/n entre Av. 60 y Calle 64, La Plata, Buenos Aires, Argenitna. [email protected]. 2Instituto de Botánica Carlos Spegazzini. Facultad de Ciencias Naturales y Museo, UNLP. Calle 53 Nro. 477, La Plata, Buenos Aires, Argentina

Eriopis connexa (Germar) (Coleoptera: Coccinellidae) es un depredador generalista considerado un agente potencial de control biológico en los cultivos de la Región Neotropical. Para poder implementar herramientas de manejo sustentable en los agroecosistemas, es necesario contar con estudios sobre efectos de plaguicidas de bajo riesgo sobre el ambiente y los Enemigos Naturales (EN). El objetivo del presente trabajo fue evaluar la toxicidad en laboratorio de los insecticidas metaflumizone y spirotetramat sobre el cuarto estadio larval de E. connexa. Se evaluaron las máximas concentraciones recomendadas para su uso en campo de spirotetramat y metaflumizona: 90 y 240 mg i.a/L respectivamente. Se asperjaron con las soluciones de insecticidas, plantas de trigo con pulgón verde, Schizaphis graminum (Rondani) (Hemiptera: Aphididae), hasta punto de goteo y se dejaron secar bajo campana. Una vez seco, se les ofreció el pulgón tratado ad libitum a las larvas de cuarto estadio de 24 hs de edad. Se utilizaron 40 individuos por tratamiento y se usó agua destilada como control. Los puntos finales evaluados fueron: supervivencia y tiempo de desarrollo por estadio y acumulados. Una vez que los organismos llegaron a adulto se evaluaron la fecundidad y fertilidad. Metaflumizone redujo en un 10% la supervivencia de pupas y la supervivencia acumulada (L4-adulto). Se observaron movimientos descoordinados en el 60% de las larvas tratadas con metaflumizone pero luego de dos días lograron recuperarse. Se observó un alargamiento en la duración del tiempo de desarrollo total con metaflumizone. Spirotetramat redujo un 30% en la fecundidad y un 25% en la fertilidad de las hembras Estos estudios alertan sobre los efectos letales como subletales de ambos insecticidas sobre este depredador. Son necesarios más estudios para poder completar el perfil toxicológico de ambos insecticidas de tal manera de compatibilizar su uso en conjunto con los EN dentro del Manejo Integrado de Plagas.

Palavras-Chave: enemigos naturales; plaguicidas; efectos subletales

Apoio Institucional: PIP 0205 y PIP 009 (CONICET)

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Entomopathogenic fungi isolates compatible with two pesticides to control of the Plutella xylostella Rogério T. Duarte; Naymã P. Dias; Kelly C. Gonçalves; Natália D. Damzi; Joacir do Nascimento; Ricardo A. Polanczyk

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP

The diamondback (DBM), Plutella xylostella (Linnaeus, 1758) (Lepidoptera: Plutellidae) is a major cruciferous pest worldwide. Its aggressiveness is mainly related to its short lifecycle and high reproductive rate. The chemical control is the main tactic used to control; however, microbial control strategies have been proposed as an important tool to delay pest resistance evolution to pesticides. Our aim was to evaluate the compatibility between entomopathogenic fungi isolates and pesticides used on crops to control of the P. xylostella. We selected six isolates virulent to DBM larvae from Beauveria bassiana (IBCB 01, IBCB 18, IBCB 66, IBCB 87), Metarhizium rileyi (ARSEF 7973) and Isaria sinclairii (LCMAP 10) under laboratory conditions. The isolates were used in compatibility tests with five active ingredients of pesticides [azadirachtin (AzaMax; 200 ml x 100 liter-1), deltamethrin (Decis; 30 ml x 100 liter-1), (Lannate BR; 100 ml x 100 liter- 1), thiamethoxam (Actara; 20 g x 100 liter-1), and acephate (Orthene; 100 g x 100 liter-1)]. For each test, the was added to the culture medium in 10 Petri dishes. These plates were inoculated with 5 µl (107 conidia/ml) of each isolated, and the experiment was replicated ten times. The evaluated parameters were vegetative growth, conidia production, and conidial viability after 7 days. The biological index was calculated and standardized by the compatibility score. The biological parameters evaluated of the all entomopathogenic isolates were greater when exposed to thiamethoxam and azadirachtin. These pesticides were compatible with all the isolates. Deltamethrin was compatible only with M. rileyi ARSEF 7973. Our results indicate that the use of these isolates can be an important alternative in the pesticidal management of P. xylostella.

Palavras-Chave: microbial control

Apoio Institucional: CAPES

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Toxicity of Tithonia diversifolia to Plutella xylostella (L.,1758) (Lepidoptera: Plutellidae 1758) and biocontrol agent Chrysoperla externa (Hagen, 1861) (Neuroptera:Chrysopidae) Pâmela B. Faria1; Wesley B. S. Paula1; Gabriel de Melo Botelho1; Bruno G. Dami1; Andriely Borges Silva1; Eder O. Cabral1; Alessandra M. Vacari1

1Universidade de Franca

The aim was to evaluate the toxicity of Tithonia diversifolia extract on Plutella xylostella (Lepidoptera: Plutellidae) and the predator Chrysoperla externa (Neuroptera: Chrysopidae). Kale leaves (Brassica oleracea var. acephala) of 8 cm in diameter were immersed in 10 mL of the extracts of T. diversifolia in dichloromethane at the concentration of 1%, for 10 seconds, the control we used leaf discs treated using only dichloromethane. After drying under ambient conditions for 30 minutes, the discs were individually placed in Petri dishes (9.5 cm diameter × 2.0 cm height) on filter paper moistened with distilled water. Ten P. xylostella larvae of second instar were placed on each leaf disc, each disc was considered a repetition and four replications per treatment were observed. A 5 mL aliquot of the extract (1%) was applied on glass surface (Petri dish 9 cm in diameter), which after drying was used to evaluate the green lacewings exposed to the extract residues. Subsequently, a third instar larva of the predator was placed in the Petri dish and eggs of Corcyra cephalonica (Lepidoptera: Pyralidae) were used as prey. Evaluations were conducted every 24 hours until total mortality of the individuals or formation of the pupae. Ten replications were observed for each species (P. xylostella and C. externa). The leaf extract of T. diversifolia caused a higher mortality (47.5%) of P. xylostella larvae and did not cause mortality of predators when exposed to the extract residues under laboratory conditions. Extract of T. diversifolia has insecticidal potential against diamondback moth larvae and was selective to the C. externa which favors its use as a control tactic in the integrated pest management. Keywords: green lacewing; biological control; Integrated Pest Management. Support: CNPq e CAPES

Palavras-Chave: Keywords: green lacewing

Apoio Institucional: Capes e CNPq

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Controle de tripes (Thysanoptera:Thriptidae) em Ficus sp. utilizando fungo Beauveria bassiana e óleo essencial de Eugenia uni Rafael Rombaldi; Alessandro Pedro Schmieleski; Scheila Mara Varaschini

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Muito comum nas cidades brasileiras, Ficus sp. é uma espécie de planta arbórea utilizada principalmente para fins paisagísticos. O tripes Gynaikothrips sp. caracteriza-se como uma praga de Ficus sp., causadora do encarquilhamento e galhas nas folhas atacadas, resultando em sua queda prematura. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo verificar a ação do fungo Beauveria bassiana (Boveril®) e do óleo essencial de pitanga (Eugenia uniflora) na mortalidade de tripes em Ficus sp. Para tal, foram coletadas folhas jovens de Ficus sp. fechadas pela ação dos insetos, contendo adultos e juvenis. O experimento foi dividido em cinco tratamentos, sendo eles: água destilada, Tween 80®, B. bassiana (108 con/mL), óleo essencial de pitanga (1% v/v) e óleo essencial de pitanga + B. bassiana, sendo os dois primeiros as testemunhas. Cada tratamento contou com dez repetições, sendo cada folha considerada uma repetição. As soluções (10 µL) foram aplicadas na parte adaxial da folha com uma micropipeta e estas foram acondicionadas em potes plásticos transparentes com tampa e levadas à BOD (To 24 ± 2oC e Fotoperíodo 12 h). Após quatro dias a mortalidade foi avaliada. Conforme os resultados obtidos, somente o óleo de pitanga atuando juntamente com o fungo B. bassiana (Boveril®), produziu efeito no controle do tripes, causando mortalidade estatisticamente significativa dos insetos. Em comparação com as testemunhas, os demais tratamentos não obtiveram efeitos significativos. Sendo assim, a forma mais eficiente para o controle de Gynaikothrips sp. em Ficus sp. foi a utilizaçao de óleo essencial de pitanga associado ao fungo entomopatogênico B. bassiana.

Palavras-Chave: Gynaikothrips sp; praga de plantas ornamentais; fungo entomopatogênico

Apoio Institucional: inexistente

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Controle de Myzus persicae Sulzer, 1776 (Hemiptera: Aphididae) utilizando fungo Beauveria bassiana e óleo essencial de pitanga Scheila Mara Varaschini; Rafael Rombaldi; Alessandro P. Schimieleski; Jucelaine Haas

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Brassica oleracea é considerada uma planta herbácea e bianual, mas algumas variedades são sublenhosas na base do caule. Dentre as pragas que atacam estas culturas, o pulgão Myzus persicae causa danos diretos, pela sucção da seiva da planta, afetando o crescimento; danos indiretos, entrada de patógenos na planta. Assim, este trabalho teve como objetivo verificar a ação de Beauveria bassiana (Boveril®) e óleo essencial de pitanga na mortalidade de M. persicae. Os Folhas jovens de B. oleracea foram banhadas nas soluções de óleo e fungo, colocadas para secar e iormente acondicionadas em placas de petri. Então, foram colocadas 10 ninfas de 2o e 3o sobre cada folha e as placas foram levadas à BOD (t 24°C ± 2°C e Fotoperíodo 12 h). A avaliação durou cinco dias. O experimento teve cinco tratamentos, sendo eles: água destilada, água destilada e Tween 80®, B. bassiana 108 con/mL, óleo essencial de Pitanga a 1% v/v e óleo essencial de Pitanga + B. bassiana, os dois primeiros testemunhas. Cada tratamento teve cinco repetições, cada folha era uma repetição. O delineamento experimental foi casualizado e as médias comparadas com o Teste Scott-Knott 5%. Através das análises estatísticas, verificou-se que nenhum dos tratamentos, B. bassiana, óleo essencial de pitanga e óleo essencial de Pitanga + B. bassiana, obteve uma diferença estatística quando comparados com as testemunhas. Mas futuros trabalhos avaliando estes tratamentos sobre a biologia do inseto são essenciais para verificar a sua eficiência.

Palavras-Chave: pulgão verde; fungo entomopatogênico; controle alternativo

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Potencial da associação de Beauveria bassiana e Pogostemon cablin para o controle de Atta sexdens (Linnaeus, 1758) Adriana S. Ricardo; Raiza Abati; Rodrigo M. A. Maciel; Fernanda C. Colombo; Gabriela Osowski; Yasmin Cassiano; Willian Fonseca; Michele Potrich; Wilson R. Filho

1Universidade Tecnológica Federal do Paraná, 85660-00, Dois Vizinhos-PR, Brasil. E-mail: [email protected]

Estudos por métodos de controle de formigas cortadeiras, além do controle químico, vêm crescendo consideravelmente. O controle desses insetos-praga generalistas, através do uso de fungos entomopatogênicos e óleo essências pode ser uma alternativa promissora. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo verificar a associação do fungo entomopatogênico Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. e do óleo essencial de Pogostemon cablin Benth (Lamiaceae) para o controle de operárias de Atta sexdens (Linnaeus, 1758) (Hymenoptera: Formicidae). Os tratamentos testados foram: 1- óleo essencial de P. cablin (patchouli) a 1%; 2- isolado IBCB 66 de B. bassiana na concentração de 2,5×108 conídios.mL-1; 3- associação do isolado IBCB 66 de B. bassiana (2,5×108 conídios.mL-1) e óleo essencial de P. cablin a 1% e como testemunhas 4- água destilada esterilizada e 5- água destilada esterilizada + Tween 80® (0,01%). Os experimentos consistiram na pulverização de 750 µL de cada tratamento sobre grupos de 15 operárias de A. sexdens com auxílio de um aerógrafo Pneumatic Sagyma® acoplado a uma bomba Fanem® (pressão constante de 1,2 kgF/cm2). Posteriormente as formigas foram alocadas em caixa poliestireno do tipo gerbox (11 × 11 × 3,5 cm), juntamente com dieta sólida (100 mL de água destilada, 1,5 g de dextrose e 0,5 g de ágar). Na sequência foram acondicionadas em sala climatizada (26 ± 2 ºC, U.R. de 60 ± 10% e fotofase de 12 horas) durante o período de avaliação, que aconteceu a cada 24 horas, durante 10 dias. O isolado IBCB 66 de B. bassiana e o óleo essencial de P. cablin não apresentaram eficiência para o controle de A. sexdens quando testados isoladamente, provocando taxa de mortalidade de 21,67% e 43,33%, respectivamente. Entretanto, quando os agentes foram associados, provocaram 66,67% de mortalidade em operárias de A. sexdens ao final do experimento. O tratamento de associação desses dois agentes demonstrou potencial para o controle de operárias de A. sexdens.

Palavras-Chave: Formiga cortadeira; Controle alternativo; Patchouli

Apoio Institucional: Embrapa Florestas; Empresa Simbiose®; Universidade Federal do Paraná; Universidade Tecnológica Federal do Paraná

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Compatibilidade biológica in vitro de bioinseticidas e inseticidas para Chrysodeixis includens (Lepidoptera: Noctuidae) Kelly C. Goncalves; Jennyfer P. Soares; Natalia D. Danzi; Matheus H.T.G. Borges; Rogerio T. Duarte; Ricardo A Polanczyk

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, Jaboticabal - SP, Brasil. Universidade de Araraquara, Araraquara – SP, Brasil

Chrysodeixis includens (Walker, [1858]) (Lepidoptera: Noctuidae), conhecida como lagarta-falsa-medideira, é importante praga devido a sua elevada polifagia e voracidade. A mistura de produtos no tanque de pulverização é comum entre os agricultores para otimizar as operações agrícolas e economia de água. Desta forma, se faz necessário conhecer a compatibilidade de produtos biológicos e quimicos a fim de controlar satisfatoriamente essa praga em campo. Oito inseticidas registrados para o controle de C. includens (Ampligo®, Avatar®, Belt®, Curyom®, Exalt®, Lannate®, Larvin® e Premio®) foram adicionados individualmente e ao pares ao meio de cultura na dose recomendada quando este ainda se encontrava liquido. Após a solidificação do meio em Placa de Petri 5 µL de Thuricide® ou Dipel® foi adicionada ao centro de placa. Desta forma foram avaliados 74 tratamentos, com 15 repetições (placas de Petri) por tratamento, totalizando 1.100 placas. A avaliação do tamanho das colônias foi realizada pela medição da área durante sete dias de cultivo em B.O.D. Ao final do período de avaliação nenhum tratamento reduziu o crescimento do Bt, entretanto as combinações Dipel® + Curyom®, Dipel® + Avatar®, Dipel® + Belt®, Dipel® + Larvin® + Curyom®, Dipel® + Ampligo®, Dipel® + Larvin® + Lannate®, Dipel® + Premio® + Curyom®, Dipel® + Larvin® + Exalt®, Dipel® + Avatar® + Exalt®, Dipel® + Premio® + Lannate®, Dipel® + Premio® + Curyom®, Dipel® + Belt® + Avatar®, Dipel® + Belt® + Larvin® e Dipel® + Belt® + Larvin® favoreceram o crescimento bacteriano. Para o bioinseticida ThuricideÒ também foi observado esse efeito positivo nas combinações: Thuricide® + Belt®, Thuricide® + Avatar®, Thuricide® + Belt® + Premio®, Thuricide® + Curyom® + Exalt®, Thuricide® + Belt® + Exalt®, Thuricide® + Belt® + Lannatte®, Thuricide® + Larvin® + Premio®. A bactéria pode utilizar o inerte da formulação como fonte de nutrientes, entretanto isso não implica necessariamente em aumento da toxicidade para a espécie alvo.

Palavras-Chave: Bacillus thuringiensis; falsa medideira; mistura de tanque

Apoio Institucional: CAPES

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Compatibilidade do baculovírus AgMNPV com fungicidas e herbicidas Rodrigo M. A. Maciel; Junio T. Amaro; Fernanda C. Colombo; Adeney de F. Bueno; Pedro M. O. J. Neves

Universidade Federal do Paraná. Universidade Estadual de Londrina. Embrapa Soja

Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818 (Lepidoptera: Eribidae) está entre os principais lepidópteros que atacam a cultura da soja. Seu controle pode ser realizado utilizando vírus entomopatogênicos, como Anticarsia gemmatalis Multiple Nucleopolyhedrovirus (AgMNPV), porém é comum a ocorrência de A. gemmatalis no mesmo momento que plantas daninhas e/ou doenças precisam ser controladas na cultura. Portanto, é importante verificar a compatibilidade da associação entre AgMNPV com fungicidas e herbicidas. Dessa forma objetivou-se verificar a compatibilidade da associação entre AgMNPV, fungicidas e herbicidas, através de ingestão por dieta artificial para A. gemmatalis. Os tratamentos avaliados foram: a) herbicidas Bentazona (Basagran® 600), Clorimuron etílico (Clorimuron Master Nortox®), Flumioxazina (Flumyzin® 500), Cletodim (Poquer®), Cletodim (Select 240 EC®), Imazapique + imazapir (Soyvance Pre®), Imazapique + imazapir (Soyvance®), Glifosato sal de isopropilamina (Trop®) e b) fungicidas Azoxistrobina + benzovindiflupyr (Elatus®), Piraclostrobina + metaconazol (Opera Ultra®), Azoxistrobina + ciproconazol (Priori Xtra®), Trifloxistrobina + ciproconazol (Sphere Max®). Os produtos foram testados nas concentrações recomendadas pelos fabricantes. As caldas foram adicionadas nas dietas que foram oferecidas a lagartas de 3º ínstar de A. gemmatalis. Como testemunhas utilizou-se dietas pura e apenas com o vírus. Cada tratamento teve cinco repetições com 30 lagartas/repetição. O ensaio foi conduzido em BOD (25 ± 2°C, e fotofase de 14 h) e as avaliações realizadas diariamente. Os fungicidas e herbicidas avaliados não afetaram a mortalidade de lagartas causada por AgMNPV. Isso indica que o baculovírus AgMNPV é compatível com os herbicidas e fungicidas testados. A possibilidade de mistura do vírus e os produtos fitossanitários testados garante maior praticidade na aplicação e uma redução de custo da operação agrícola dando flexibilidade no controle fitossanitário da soja.

Palavras-Chave: Baculovírus; Anticarsia gemmatalis; Interação

Apoio Institucional: CAPES, CNPq, Embrapa Soja

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Impacto do distanciamento de faixa de plantas adicionais na bordadura sobre a ocorrência de fitófagos no cultivo de couve Rosana M. Morais; Alex M. Freitas; Vicente Handte; Artur Poffo; Cleber W. Saldanha; Evandro L. Missio; Gerusa P. K. Steffen; Joseila Maldaner

Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, Centro de Pesquisa em Florestas. BR 287, acesso VCR 830, km 4,5, Distrito de Boca do Monte, Santa Maria - RS, CEP 97001-970, e-mail: [email protected] Universidade Federal de Santa Maria. Av. Roraima nº 1000, Bairro Camobi, Santa Maria – RS, CEP: 97105-900.

O emprego de faixa de plantas adicionais em hortas é uma estratégia utilizada no controle biológico conservativo, porém pouco se sabe a respeito do impacto do distanciamento destas na ocorrência de insetos ao longo do cultivo. Objetivou-se verificar a incidência de insetos fitófagos e a produção de couve (Brassica oleracea) (Brassicaceae) em parcelas mantidas em diferentes distancias de uma faixa com plantas adicionais. O estudo foi conduzido no Centro de Pesquisa em Florestas, em Santa Maria, RS, de junho a dezembro de 2018. Em uma das bordas distais dos canteiros foram plantados Tagetes patula (Asteraceae), Foeniculum vulgare (Apiaceae) e Vicia faba (Fabaceae). Os tratamentos consistiram na distância das parcelas com couve da faixa de plantas, sendo: (T1) de 0 a 2 m; (T2) de 10 a 12 m e (T3) de 20 a 22 m. Cada tratamento possuiu cinco subparcelas com 10 plantas. Semanalmente, em 10 plantas por parcela verificou-se o número de insetos fitófagos e de folhas com danos. Foi registrado o número e a massa de folhas comerciáveis em colheitas aos 80, 115 e 166 dias após o plantio. Coletou-se o total de 481 insetos fitófagos, sem diferença entre os tratamentos (p=0,17). Houve menor número de folhas (40,6) com danos de coleópteros no tratamento mais próximo da faixa de plantas (p<0,01). A abundância de Diabrotica speciosa (Germar,1824) (Coleoptera:Chrysomelidae) (15) e número de plantas infestadas (12) por esta foram maiores (p<0,05) no tratamento mais distante da faixa de plantas. Nas parcelas mais próximas da faixa de plantas, Plutella xylostella L. 1758 (Lepidoptera:Plutellidae) foi registrada um mês após que nos demais tratamentos. Na primeira colheita houve maiores médias de número de folhas (8,34) e massa foliar (234,6) em T1. Porém, não houve diferença entre os tratamentos no total das três colheitas (p≥0,05). A manutenção de plantas adicionais próximas ao cultivo da couve é uma prática interessante na redução de danos e na presença de insetos desfolhadores.

Palavras-Chave: Brassica oleracea; danos; controle conservativo

Apoio Institucional: Fapergs

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Predação e parasitismo de ovos de Euschistus heros em diferentes sistemas de manejo de pragas em soja Tatiane Lobak1; Rodolfo Cecilio2; Larissa V. Correa3; José G. C. Theodoro4; Adeney de F. Bueno2; Samuel Roggia6

1 Universidade Estadual de Londrina, [email protected]; 2 Instituto Agronômico do Paraná; 3Universidade Estadual de Maringá; 4 Universidade Estadual do Norte do Paraná; 6 Embrapa Soja

Euschistus heros (Fabricius, 1798, Hemiptera: Pentatomidae) é uma das principais pragas da soja. A aplicação de inseticidas na lavoura pode afetar a ação de inimigos naturais desse percevejo. O trabalho objetivou estudar a predação e parasitismo de ovos de E. heros em diferentes sistemas de manejo de pragas em que se evitou a aplicação de inseticidas durante o florescimento da soja. Os tratamentos foram: T1 – testemunha sem inseticidas; em T2, T3 e T4 – foi aplicado inseticida neonicotinoide+piretroide (INP) após o florescimento da soja ao ser atingido o nível de controle (NC) de dois percevejos por pano, adicionalmente em T3 houve uma aplicação de INP imediatamente antes florescimento, e em T4 houve duas liberações de parasitoides de ovos, uma antes e outra durante o florescimento; em T5 e T6 houve duas aplicações de INP, uma imediatamente após o florescimento e outra duas semanas após, adicionalmente em T6 houve uma aplicação de inseticida organofosforado durante o florescimento. O estudo foi conduzido na safra 2017/18, cada tratamento teve quatro repetições, com parcelas de 90x200m. As avaliações ocorreram ao longo da safra, logo após a aplicação dos tratamentos. Para avaliar a predação, ovos de percevejo foram fixados em uma cartolina e esta foi presa a uma haste metálica a 20cm de altura, em contato com a soja. Para avaliar o parasitismo, os ovos foram posicionados na mesma haste, porém a 100 cm do solo e com uma faixa de cola na haste logo abaixo da cartolina, para evitar o acesso de predadores. Os ovos permaneceram em campo por 24 horas. As maiores taxas de parasitismo e predação foram observadas no tratamento com liberação de parasitoides. A aplicação de INP antes do florescimento não reduziu a predação e parasitismo em relação a testemunha. No entanto, após duas aplicações seqüenciais de INP, houve redução da atividade de parasitismo e predação. Essa redução foi mais intensa em T6, com aplicação de organofosforado durante o florescimento.

Palavras-Chave: seletividade; controle biológico conservativo; manejo integrado de pragas

Apoio Institucional: Bayer Crop Science; Embrapa Soja.

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Is Macrolophus basicornis Affected by Insecticides Used to Control Whitefly Biotype B in Tomato? Thaís F Matioli; Pedro T Yamamoto

“Luiz de Queiroz” College of Agriculture/University of São Paulo (ESALQ/USP)

The use of biological control applied to pest insects has been getting attention all over the world. Some species of predatory mirids have been studied to control tomato pests. Among the predators, a species naturally found in Brazil, Macrolophus basicornis (Stal) (Hemiptera: Miridae), is very promising for the control of both Bemisia tabaci Biotype B (Hemiptera: Aleyrodidae) and Tuta absoluta (Meyrick) (Lepidoptera: Gelechiidae). In order to aid the integration of biological and chemical controls for the whitefly Biotype B, this study evaluated the toxicity of seven insecticides on adults of this mirid species. The insecticides evaluated were buprofezin, cyantraniliprole, etofenprox + acetamiprid, acetamiprid, spiromesifen, pyriproxyfen + acetamiprid, and bifenthrin, all of which are recommended for the control of B. tabaci in Brazil. Adults were exposed to tomato leaves treated with the insecticides, at the highest doses, 2 hours after the spraying, under laboratory conditions (25 ± 2 °C, 70 ± 10% RH and 14:10 L: D). The design was completely randomized with 6 replicates per treatment, and the mortality was recorded daily until 72 h of exposure. The insecticides buprofezin, cyantraniprole and spiromesifen were similar to the control treatment. Etofenprox + acetamiprid and pyriproxyfen + acetamiprid were less toxic than acetamiprid and bifenthrin 24 h after the exposure. After 72 h of exposure, there was a similar reduction in live insect numbers for all of these treatments. Bifenthrin was similar to acetamiprid 24 h later, but after 72 h it was less harmfull than the others, reducing 79.4%, while etofenprox + acetamiprid, pyriproxyfen + acetamiprid and acetamiprid reduced in 94,8, 89,7 and 100%, respectively. In conclusion, buprofezin, cyantraniliprole and spiromesifen did not cause lethal effect while etofenprox + acetamiprid, pyriproxyfen + acetamiprid, acetamiprid, and bifenthrin caused high levels of mortality in 72 h of exposure to adults of M. basicornis.

Palavras-Chave: Biological control; Ecotoxicology; Natural enemy

Apoio Institucional: Brazilian Federal Agency for the Support and Evaluation of Graduate Education (CAPES)

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Target and non-target effects of eight essential oils on the cotton aphid and its parasitoid Aphidius colemani Michele Ricupero1; Orlando Campolo2; Rachele S. La Spina1; Nicolas Desneux3; Gaetano Siscaro1; Vincenzo Palmeri2; Lucia Zappalà1; Antonio Biondi1

1University of Catania, Department of Agriculture Food and Environment, Catania, Italy 2University of Reggio Calabria, Dipartimento di AGRARIA, Loc. Feo di Vito, 89122, Reggio Calabria, Italy 3 Université Côte d’Azur, INRA, CNRS, UMR ISA, Nice, France

Among botanical extracts, plant essential oils (EOs) represent a promising tool for the sustainable control of agricultural pests thanks to their low risk for pest resistance development and non-target impact. However, EOs are not fully included on Integrated Pest Management (IPM) programs because they can be phytotoxic and show variable effects on target pests. These drawbacks can be mitigated by employing novel formulations. Here, we assessed in laboratory conditions the contact toxicity of eight nanoformulated EOs belonging to five botanical families (i.e., Apiaceae, Asteraceae, Liliaceae and Lamiaceae) against the cotton aphid, Aphis gossypii (Hemiptera: Aphididae), by spraying infested cucurbit plants. Then, we evaluated the acute toxicity of these substances by exposing adults of the parasitoid Aphidius colemani (Hymenoptera: Braconidae) to EO Lethal Concentrations (LC) 90%, earlier estimated for the target pest. Anise, fennel, artemisia, garlic, lavender, peppermint, sage and rosemary EOs caused a significant mortality to the pest and their calculated LCs varied significantly. The tested formulations also showed different selectivity towards the parasitoid. Our findings suggest that EO-based nanoemulsions can be used as eco-friendly control tool against the cotton aphid. Nevertheless, the non-target effects of nanocarried EOs on natural enemies used in biological control should be carefully evaluated before their inclusion in IPM programs.

Palavras-Chave: Integrated Pest Management; Botanical; Aphis gossypii

Apoio Institucional: This research was funded by the People Programme (Marie Curie Actions) of the European Union’s 7th Framework Programme (APHIWEB project n. 611810), by the University of Catania (5A722192113) and by the Italian Ministry of Education, University and Research (SIR: RBSI14I02A; PRIN: 2015BABFCF)

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Screening da atividade inseticida de óleos essenciais para Alphitobius diaperinus Panzer (Coleoptera:Tenebriodae) Beatriz de Oliveira dos Santos Gomes; Katiane Pompermayer; Fabíola J. Silva; Vanessa A. Gomes; Daniel Q. Domingos; Denilson F. Oliveira; Dejane S. Alves

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

O cascudinho dos aviários Alphitobius diaperinus Panzer (Coleoptera: Tenebrionidae) é considerado o principal inseto praga em aviários de frangos de corte no Brasil. O método comumente utilizado para o seu controle é baseado na aplicação de inseticidas químicos sintéticos, os quais podem acarretar em efeitos adversos, tais como a seleção de populações resistentes e a presença de resíduos na carne. Dessa forma, metabólitos secundários apresentam-se como uma alternativa promissora para o controle desse inseto. Assim, esse trabalho teve como objetivo avaliar a atividade inseticida de óleos essenciais provenientes de Araucaria angustifolia, Guarea kunthiana, Eremanthus encanus, Siparuna guianensis e Vitex polygama para A. diaperinus, em ensaio tópico. Os óleos essenciais foram obtidos através do método de hidrodestilação, em aparelho do tipo Clevenger. Para a condução do bioensaio foram empregadas larvas com 10 a 12 dias de idade, obtidas a partir de criação mantida em laboratório. Os óleos essenciais (10 µL) foram solubilizados em acetona (100 µL) e aplicados no dorso das larvas (1 µL), empregando microseringa do tipo Hamilton®. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 50 repetições por tratamento, sendo a parcela experimental constituída por uma larva mantida individualizada. As avaliações foram realizadas após 2, 24, 48, 72, 96 e 120 horas da aplicação dos tratamentos. Para a análise estatística os dados foram submetidos a análise de sobrevivência por meio da distribuição de Weibull. Apesar dos resultados não serem tão promissores, o óleo essencial proveniente de A. angustifolia causou a menor taxa de sobrevivência (74,8%) entre os tratamentos avaliados. Ao passo que os demais óleos essenciais não causaram redução na sobrevivência de A. diaperinus. Dessa forma, os óleos essenciais provenientes de G. kunthiana, E. encanus, S. guianensis e V. polygama não apresentam toxicidade para A. diaperinus, em ensaio de aplicação tópica.

Palavras-Chave: Cascudinho dos aviários; inseticidas botânicos; controle

Apoio Institucional: Fundação Araucária, CNPq

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Atividade inseticida de óleos essenciais para Alphitobius diaperinus Panzer (Coleoptera:Tenebrionidae) Beatriz de Oliveira dos Santos Gomes; Katiane Pompermayer; Fabíola J. Silva; Vanessa A. Gomes; Daniel Q. Domingos; Denilson F. Oliveira; Dejane S. Alves

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Alphitobius diaperinus (Panzer, 1797) (Coleoptera: Tenebrionidae) é o principal inseto praga em aviários de corte na avicultura Brasileira. Trata-se de um inseto cosmopolita que encontrou na cama dos aviários um ambiente propício para a sua proliferação. Nesse contexto, produtos oriundos de óleos essenciais de plantas apresentam-se como uma fonte promissora a serem empregadas no controle desse inseto. Dessa maneira, esse trabalho teve como objetivo avaliar a atividade inseticida de óleos essenciais provenientes de Agatus sp., Baccharis dracunligalia, Dendropanix cuneatus e Protium widgrenni para A. diaperinus, em ensaio de aplicação tópica. Os óleos essenciais foram obtidos por meio de hidrodestilação, em aparelho do tipo Clevenger. No bioensaio foram empregadas larvas de terceiro ínstar, provenientes de criação mantida em laboratório. Para a aplicação tópica, os óleos essenciais foram solubilizados em acetona na concentração de 1%, e alíquotas (1 µL) foram aplicadas no dorso das larvas, empregando microseringa do tipo Hamilton®. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 50 repetições por tratamento, sendo cada repetição constituída por uma larva, mantida individualizada em tubo tipo ependorf. A testemunha negativa foi acetona. Após 2, 24, 48, 72, 96 e 120 horas da aplicação dos tratamentos foram realizadas as avaliações pela contagem das larvas mortas. Os dados coletados foram submetidos à análise de sobrevivência empregando a distribuição de Weibull. O óleo essencial oriundo de D. cuneatus foi o mais ativo para A. diaperinus, causando mortalidade de apenas 98%, após 120 horas da aplicação do tratamento. O tempo letal mediano, ou seja, tempo necessário para causar 50% de mortalidade na população foi de apenas 10,3 horas. Portanto, o óleo essencial de D. cuneatus apresenta atividade tóxica para A. diaperinus

Palavras-Chave: produtos naturais; cascudinho dos aviários; controle

Apoio Institucional: Fundação Araucária, CNPq

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Bioatividade de óleos essenciais de Citrus spp. para Alphitobius diaperinus Panzer (Coleoptera: Tenebrionidae) Beatriz de Oliveira dos Santos Gomes; Katiane Pompermayer; Laís S. Porto; Dejane S. Alves

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

O cascudinho dos aviários, Alphitobius diaperinus Panzer (Coleoptera: Tenebrionidae), é uma importante praga na avicultuta brasileira. Os inseticidas químicos sintéticos constituem o método mais comumente empregado para o controle de A. diaperinus. Entretanto, o uso indiscriminado do controle químico pode acarretar em resíduos de pesticidas nos alimentos. Nesse contexto, metabólitos secundários de origem vegetal apresentam-se promissores para serem usados no controle desse inseto. Assim, esse trabalho teve como objetivo avaliar a bioatividade de óleos essenciais de Citrus aurantium, Citrus reticulata var. tangerine, Citrus aurantium var. bergamia e Citrus aurantifolia para A. diaperinus, em ensaio de ingestão. Os óleos essenciais foram obtidos comercialmente através da empresa Ferquima®. Para o bioensaio foram empregadas larvas, mantidas em criação de laboratório, com idade variando entre 10 a 12 dias. Os óleos essenciais (100 mg) foram solubilizados em acetona (1.000 µL) e incorporados a dieta (1 g). Após evaporação do solvente, alíquotas (20 mg) foram transferidas para tubos tipo epperdorf, onde foi inoculada uma larva. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 50 repetições por tratamento, sendo cada repetição constituída por uma larva, mantida individualizada. Acetona foi empregada como testemunha negativa. As avaliações foram realizadas após 24, 48, 72, 96 e 120 horas do oferecimento dos tratamentos aos insetos. Os dados foram submentidos à análise de sobrevivência empregando a distribuição de Weibull. Os óleos essenciais de C. aurantifolia e C. aurantium causaram redução de 40% na sobrevivência de A. diaperinus. Ao passo, que os óleos essenciais de C. reticulata var. tangerine e C. aurantium var. bergamia não reduziram a sobrevivência de A. diaperinus. Portanto, os óleos essenciais de C. aurantifolia e C. aurantium apresentam metabólitos que são tóxicos para A. diaperinus.

Palavras-Chave: produtos naturais; Cascudinho dos aviários; controle

Apoio Institucional: Fundação Araucária, CNPq

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Extrato hexânico de Piper cubeba apresenta atividade inseticida sobre Spodoptera frugiperda e Helicoverpa armigera? Caio Cesar Truzi; Natalia Fernanda Vieira; Beatriz Ferracini; Joice Mendonça de Souza; Sergio Antonio De Bortoli

Departamento de Fitossanidade, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n, 14884-900, Jaboticabal, SP, Brasil

Spodoptera frugiperda (J.E Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) é uma praga-chave da cultura do milho, mas pode se alimentar de diferentes culturas, além de apresentar elevada capacidade de adaptação. Helicoverpa armigera (Hübner) (Lepidoptera: Noctuidae) apresenta ampla distribuição geográfica, polifagia e alto potencial reprodutivo. Os programas de Manejo Integrado de Pragas (MIP) para controle desses insetos contam com algumas táticas como a utilização de inseticidas químicos, inseticidas biológicos e plantas transgênicas, porém existem diversos relatos de resistência a essas táticas. Como alternativa de controle, produtos naturais extraídos de plantas, com poder inseticida, podem conter substâncias a serem incorporadas no manejo destas pragas. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar a atividade inseticida do extrato hexânico de Piper cubeba em lagartas de S. frugiperda e H. armigera, em condições de laboratório. Foram realizados testes prévios de fitotoxicidade do extrato em plantas de milho, verificando qual a concentração máxima que poderia ser utilizada sem causar danos a planta. Com isso, foi empregada a concentração do extrato de 2,0%, além de um tratamento controle com água destilada. Cubos de dieta artificial foram imersos nas caldas por 5 segundos, secos em temperatura ambiente e colocados individualmente em placas de Petri (9,0 cm de diâmetro) contendo uma lagarta de segundo ínstar. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 10 repetições por tratamento para cada espécie, sendo cada repetição composta por 5 placas de Petri. Registrou-se a mortalidade de lagartas 7 dias após o início da alimentação. Os dados foram comparados pelo teste Kruskal-Wallis (P > 0,05). O extrato causou 90% de mortalidade para S. frugiperda e 2% para H. armigera, enquanto o tratamento controle apresentou 4% e 2%, respectivamente. O extrato hexânico de P. cubeba na concentração utilizada apresenta ação inseticida apenas para lagartas de S. frugiperda.

Palavras-Chave: inseticida; extrato vegetal; Piperaceae

Apoio Institucional: FAPESP, CAPES

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Toxicidade letal de extratos de Annona sobre Pachycrepoideus vindemmiae (Hymenoptera: Pteromalidae) Daiana C. Oliveira; Liliane N. Martins; Fernanda C. S. Geisler; Paloma Stupp; Shemene J. S. A. Audeh; Leandro P. Ribeiro; Daniel Bernardi; Flávio R. M. Garcia

Universidade Federal de Pelotas

Pachycrepoideus vindemmiae (Rondani, 1875) (Hymenoptera: Pteromalidae) é um parasitoide pupal de mais de 60 espécies de moscas, com destaque para Drosophila suzukii (Matsumura) (Diptera: Drosophilidade), o qual é considerada a principal espécie-praga em cultivos de pequenas frutas no Brasil. Recentemente, foi verificado que produtos à base de acetogeninas obtidos de sementes de algumas espécies de Annonaceae são promissores para o manejo da referida praga. Assim, objetivou-se avaliar a toxicidade de extratos etanólicos preparados a partir de sementes de Annona mucosa Jacq., Annona muricata L. e Annona sylvatica A. St.- Hil, na concentração de 2.000 mg.L-1, sobre adultos de P. vindemmiae por meio de bioensaio de ingestão. Como controle positivo, utilizou-se o inseticida sintético à base de espinetoram (Delegate 250 WG™, 7,5 g i.a. 100 L-1). Para isso, adultos de P. vindemmiae foram individualizados em copos plásticos de 200 mL e, iormente, oferecidos os tratamentos via capilaridade em rolete de algodão hidrofílico por 24h. Após, os mesmos foram retirados e os insetos alimentados com solução de mel a 10%. A mortalidade foi avaliada a cada 2h durante as primeiras 12h e, após, a cada 24h por 5 dias. A. mucosa ocasionou mortalidade de ≈ 35%, diferindo estatisticamente do A. sylvatica (10%) e A. muricata (13,5% de mortalidade), após 120h de exposição. Contudo, com base na comparação dos intervalos de confiança, os derivados botânicos foram semelhantes em relação aos valores de tempo letal mediano (TL50) ajustado, os quais foram variáveis entre 195,34 e 224,78h. Entretanto, ambas as formulações à base dos extratos etanólicos testados apresentaram mortalidades inferiores ao inseticida sintético spinetoram (100% de mortalidadeapós 120 h de exposição; TL50 = 39,25h). As formulações à base de extratos etanólicos de sementes de A. mucosa, de A. muricata e de A. sylvatica apresentam baixa toxicidade letal para o parasitoide P. vindemmiae, enquadrando- se em programas de Manejo Integrado de Pragas (MIP).

Palavras-Chave: Parasitoide; Acetogeninas; Manejo Integrado de Pragas

Apoio Institucional: Capes

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Atividade fumigante de óleos essenciais para o ácaro Dermanyssus gallinae (De Geer) (Acari: Dermanyssidae) Cristina Bordin; Jaqueline S. Loeblein; Priscila A. Rode; Luis F. A. Alves; Dejane S. Alves

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Dermanyssus gallinae (De Geer) (Acari: Dermanyssidae) é considerado o mais importante ectoparasita hematófago, associado à avicultura de postura. O uso de acaricidas químicos sintéticos para o seu controle vem sendo intensificado, sendo que muitas das vezes esses produtos não apresentam registro frente aos órgãos competentes. Em decorrência da carência de produtos registrados para o controle de D. gallinae faz-se necessária a busca por novas substâncias que possam ser usadas para o manejo dessa praga. Nesse contexto, o uso de substâncias oriundas do metabolismo de plantas apresenta-se promissor. Assim, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a atividade fumigante de óleos essenciais de Cinnamomum cassia e Cinnamomum camphora var. Linalooliferum para D. gallinae. Os óleos essenciais foram empregados em cinco concentrações variando entre 20 e 120 µg/cm3 para C. cassia e entre 40 e 200 µg/cm3 para C. camphora var. Linalooliferum. Para tanto, os óleos essenciais foram previamente solubilizados em acetona e aplicados em secções de papel-filtro. Após a evaporação do solvente, os papeis foram inseridos em tubos de vidro. Os ácaros foram alojados em tubos tipo ependorff os quais foram inseridos dentro dos tubos de vidro, de forma que os ácaros tiveram contato apenas com os voláteis dos óleos essenciais. O delineamento foi inteiramente casualizado, com cinco repetições por tratamento, sendo a parcela experimental constituída por 25 ácaros. Após 48 horas da montagem do bioensaio avaliou-se a sobrevivência dos ácaros. A concentração letal mediana (CL50), ou seja, concentração necessária para causar mortalidade em 50% da população, foi obtida a partir de análise de Logit. As concentrações letais medianas foram de 25,43 e 39,84 µg/cm3, para os óleos essenciais de C. cassia e camphora var. Linalooliferum, respectivamente. Assim, os óleos essenciais provenientes de C. cassia e C. camphora var. Linalooliferum são tóxicos para D. gallinae em ensaio de fumigação.

Palavras-Chave: produtos naturais; praga avícola; produtos botânicos

Apoio Institucional: Fundação Araucária, CNPq

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Efeito tóxico e subletal do extrato hidroalcoólico e frações purificadas de Ricinus communis sobre Chrysodeixis includens Wal Jheniffer V. Warmling; Yuri R. A. de Lima; Lucas Battisti; Franciele Camargo; Michele Potrich; Tatiane L. C. Oldoni; Everton R. Lozano

Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Dois Vizinhos

Chrysodeixis includens Walker, 1858 (Lepidoptera: Noctuidae) é uma praga polífaga, que afeta significativamente a produção em culturas como feijão, algodão, soja e hortaliças. Nos sistemas de produção orgânica há poucas alternativas para o seu controle. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito letal e subletal da CL50 de extrato botânico hidroalcoólico e frações purificadas de Ricinus communis L. (Euforbiacea) sobre larvas de C. includens. Para isso, utilizou-se o extrato hidroalcoólico à 5% e determinou-se a CL50 das frações purificadas, hexano (2,0% (20000ppm)), diclorometano (5,8% (58000ppm)) e acetato de etila (4,7% (47000ppm)), aplicando-se sobre a capsula cefálica de larvas de segundo instar de C. includens, além das testemunhas (água e álcool 90%). Para cada tratamento foram utilizadas 40 lagartas individualizadas (repetição), em placas de cultura de células com 12 poços contendo dieta artificial. As placas foram acondicionadas em ambiente climatizado e a avaliação foi realizada diariamente, durante cinco dias, quantificando-se o número de mortos. A partir do quinto dia de avaliação acompanhou-se o desenvolvimento das lagartas sobreviventes avaliando o efeito subletal para os parâmetros: duração do período larval em dias, percentual de empupamento, peso de pupa, razão sexual, percentual de emergência e longevidade de machos e fêmeas. A CL50 da fração hexânica e da fração aceto etílica causaram mortalidade de 75,00% e 55,00%, respectivamente, diferindo significativamente da testemunha. Já as demais frações purificadas não apresentaram efeito letal sobre C. includens. Em relação aos demais parâmetros avaliados, nenhumas das frações purificadas apresentou efeito subletal sobre C. includens. As frações purificadas de R. communis, com destaque a hexânica, apresentam efeito tóxico para C. includens e não causam efeitos subletais, porém estudos complementares de semi campo e a campo são necessários.

Palavras-Chave: Controle alternativo; inseticidas botânicos; lagarta falsa-medideira

Apoio Institucional: Unidade Mista de Pesquisa e Transferência de Tecnologia (UMIPT) e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelo auxílio financeiro.

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Efeito de diferentes doses do óleo de Neem em ninfas de 5º instar de Eushistus heros João P. F. Cordeiro; Erica C. Braz; Wellington R. Souza; Adeney de F. Bueno; Hugo R. Maciel; Alan Effgen; Jessica A. de O. Muniz

Instituto Agronômico do Paraná

Eushistus heros Fabricius, 1798 (Hemiptera: Pentatomidae) é, atualmente, a espécie mais importante no complexo de percevejos da soja. Seu manejo é complexo, o potencial de dano é elevado e os produtos registrados para seu controle são, geralmente, mediana à extremamente tóxicos, sendo necessário o estudo de novos produtos. O óleo de Neem tem ação inseticida já comprovada em culturas como o tomateiro, e é pouco agressivo ao meio ambiente. Visando alternativas no controle de E. heros, avaliou-se o efeito de diferentes doses do óleo de neem em ninfas de 5º instar. O bioensaio foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, composto por seis tratamentos (testemunha sem controle, óleo de nem à 0,67 %, 1 % e 1,3 %, Azamax à 4% e Engeo Pleno à 0,17 %) e dez repetições (cada repetição com dez percevejos). Ninfas de 5º instar foram pulverizadas com o auxílio de “Torre de Potter” calibrada para depositar um volume de calda de 1,5 ± 0,25 mg/cm2. Após o tratamento, os insetos foram colocados em caixas plásticas (11x11x3 cm) e acondicionados em B.O.D. reguladas a 25 ± 2°C, UR 70 ± 10% e fotoperíodo de 14/10h (C/E) junto com alimento (vagem de feijão, amendoim e soja). A mortalidade das ninfas, tempo para a mortalidade das ninfas, o período do 5º instar, a longevidade dos adultos e o número de ovos por fêmea adulta foram avaliados. O tratamento com Engeo Pleno obteve 100 % de mortalidade no primeiro dia, já nas concentrações do óleo de neem foi semelhante a testemunha variando de 1 a 3 percevejos em média. O óleo de neem e o AZAMAX nas concentrações utilizadas não afetaram a longevidade dos adultos, o tempo de 5º instar, o tempo para mortalidade das ninfas e o número de ovos por fêmea. Portanto, os resultados obtidos indicam que os tratamentos de neem não apresentaram efeito de contato no percevejo, precisando estudar o efeito de ingestão assim como o efeito em instares mais jovens da praga para estimar seu potencial de uso como inseticida no controle dessa praga.

Palavras-Chave: Percevejo-marrom; praga-chave; fase imatura

Apoio Institucional: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Soja

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Toxicidade de óleos essenciais provenientes de anonáceas para Alphitobius diaperinus Panzer (Coleoptera: Tenebrionidae) Katiane Pompermayer; Beatriz O. S. Gomes; Murilo S. Oliveira; Jociani Ascari; Dejane S. Alves

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Alphitobius diapenirus (Panzer) (Coleoptera: Tenebrionidae), popularmente conhecido como cascudinho dos aviários, vem causando diversos prejuízos para avicultura no Brasil. Assim, esse trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade de óleos essenciais provenientes de Annona sylvatica (folhas), Duguetia lanceolata (cascas do caule), Xylopia brasiliensis (cascas do caule) e Xylopia sericea (folhas) para A. diaperinus, em ensaio de ingestão. Os óleos essenciais foram obtidos a partir do material vegetal seco (200 g), empregando o método de hidrodestilação em aparelho do tipo Clevenger. Para o bioensaio foram utilizadas larvas com 10 a 12 dias de idade, mantidas em dieta artificial. Os óleos essenciais (100 mg) foram solubilizados em acetona (1 mL) e incorporados à dieta artificial (1g). Após a evaporação do solvente, alíquotas da dieta (20 mg), contendo os tratamentos, foram transferidas para tubos do tipo eppendorf, onde foi inoculada uma larva. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 50 repetições para cada tratamento, sendo cada repetição constituída por uma larva, mantida individualizada. A testemunha negativa consistiu de dieta acrescida de acetona. Os insetos tiveram a sobrevivência avaliada após 24, 48, 72, 96 e 120 horas do início do bioensaio. Para análise estatística, os dados foram submetidos a análise de sobrevivência empregando a distribuição de Weibull. Apesar dos óleos essenciais provenientes de A. sylvatica, X. brasiliensis e X. sericea causarem redução na sobrevivência de A. diaperinus, os resultados mais promissores foram encontrados para o óleo essencial de D. lanceolata. O tratamento com D. lanceolata causou sobrevivência acumulada de apenas 2%, após 120 horas do início do bioensaio, destaca-se que o tempo letal mediano foi de apenas 45,5 horas. Dessa forma, o óleo essencial de D. lanceolata apresenta metabólitos secundários que são tóxicos para A. diaperinus.

Palavras-Chave: inseticidas botânicos

Apoio Institucional: Fundação Araucária, CNPq

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Bioatividade de óleos essenciais de anonáceas para Alphitobius diaperinus Panzer (Coleoptera: Tenebrionidae) Katiane Pompermayer; Beatriz O. S. Gomes; Murilo S. Oliveira; Jociani Ascari; Dejane S. Alves

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

O cascudinho dos aviários Alphitobius diapenirus (Panzer) (Coleoptera: Tenebrionidae) é um inseto proveniente da África, que vem causando diversos prejuízos à avicultura no Brasil, dentre eles é possível citar o dano nas estruturas dos galpões; transmissão de patógenos e ainda a redução na eficiência de conversão alimentar dos frangos. Diante disso, torna-se de essencial importância a busca por novas moléculas que possam ser usadas para o controle desse inseto. Assim, esse trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade de óleos essenciais, provenientes de Annona sylvatica (folhas), Duguetia lanceolata (cascas do caule), Xylopia brasiliensis (cascas do caule) e Xylopia sericea (folhas) para A. diaperinus, em ensaio de aplicação tópica. Os óleos essenciais foram obtidos por meio do método de hidrodestilação, em aparelho do tipo Clevenger. Para a realização do bioensaio foram utilizadas larvas de A. diaperinus de terceiro ínstar obtidas de criação em laboratório. Os óleos essenciais foram solubilizados em acetona e aplicados topicamente nas larvas na concentração de 10%, utilizando seringa tipo Hamilton®. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 50 repetições para cada tratamento, sendo cada repetição constituída por uma larva mantida individualizada em tubo tipo eppendorf. A testemunha negativa foi acetona. As avaliações foram realizadas após 2, 24, 48, 72, 96 e 120 horas da aplicação dos tratamentos. Os dados foram submetidos à análise de sobrevivência empregando a distribuição de Weibull. Todos os óleos essenciais testados causaram redução na sobrevivência de A. diaperinus, sendo os resultados mais promissores encontrados para os óleos essenciais provenientes de D. lanceolata e X. sericea, os quais causaram mortalidade de 100% nas larvas e tempo letal mediano, de apenas 1,7 horas. Assim, os óleos essenciais de A. sylvatica, D. lanceolata, X. brasiliensis e X. sericea apresentam-se promissores como fonte de substâncias ativas para A. diaperinus.

Palavras-Chave: metabólitos secundários; inseticida botânico; controle

Apoio Institucional: Fundação Araucária, CNPq

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Metabólitos secundários de plantas da família Annonaceae como alternativa ao controle de Alphitobius diaperinus Panzer Katiane Pompermayer; Beatriz O. S. Gomes; Laís S. Porto; Denilson F. Oliveira; Dejane S. Alves

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Alphitobius diaperinus (Panzer) (Coleoptera: Tenebrionidae), conhecido popularmente como cascudinho dos aviários, vem causando diversos prejuízos à avicultura no Brasil. Dentre eles é possível citar que atuam como reservatório e na disseminação de patógenos; causam danos nas estruturas dos aviários e reduzem a eficiência de conversão alimentar dos frangos. Nesse sentido, metabólitos secundários de plantas apresentam-se promissores para serem usados no controle desse inseto. Assim, esse trabalho teve como objetivo avaliar a bioatividade de frações solúveis em diclorometano, provenientes de extratos metanólicos, oriundos de Duguetia lanceolata (cascas do caule), Xylopia emarginata (cascas do caule) e Xylopia sericea (cascas do caule e frutos). Para o bioensaio foram utilizadas larvas de 10 a 12 dias, mantidas em condição de laboratório. As frações (100 mg) foram solubilizados em acetona (1.000 µL) e incorporadas à dieta (1 g). Após a evaporação do solvente, alíquotas da dieta (20 mg) foram transferidas para tubos tipo eppendorf, em que foi inoculada uma larva. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 50 repetições, sendo cada repetição constituída por uma larva, mantida individualizada em eppendorf. O experimento foi repetido duas vezes. Como testemunha negativa foi empregada acetona. As avaliações foram realizadas após 24, 48, 72, 96 e 120 horas. Os dados coletados foram submetidos à análise de sobrevivência, empregando a distribuição de Weibul. O tratamento com D. lanceolata (cascas do caule) causou sobrevivência acumulada de 3% nos indivíduos, sendo o tempo letal mediano (TL50) estimado em apenas 51,0 horas. As frações provenientes de X. emarginata e X. sericea não causaram redução na sobrevivência de A. diaperinus. Dessa forma, a fração das cascas do caule de D. lanceolata apresenta metabólitos secundários que são tóxicos para A. diaperinus.

Palavras-Chave: extratos vegetais; produtos naturais; manejo integrado de pragas

Apoio Institucional: Fundação Araucária, CNPq

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Bioatividade de óleos essenciais de Cinnamomum spp. para Alphitobius diaperinus (Panzer) (Coleoptera: Tenebrionidae) Laís S. Porto; Katiane Pompermayer; Beatriz O. S. Gomes; Dejane S. Alves

Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Santa Helena

Alphitobius diaperinus (Panzer, 1797) (Coleoptera: Tenebrionidae), conhecido popularmente como cascudinho-dos-aviários, é um inseto cosmopolita, que encontrou como lugar ideal para sua sobrevivência as camas de aviário de frangos de corte. O uso de inseticidas químicos sintéticos para o seu controle acarreta na seleção de populações de insetos resistentes, além de contaminação ambiental e resíduos nos alimentos. Nesse contexto, metabólitos secundários de plantas apresentam-se como uma alternativa viável para o controle desse inseto. Assim, esse trabalho teve como objetivo avaliar a bioatividade de óleos essenciais de Cinnamomum camphora, Cinnamomum camphora var. Linalooliferum e Cinnamomum cassia, em ensaio de ingestão para A. diaperinus. Os óleos essenciais (100 mg) foram solubilizados em acetona (1.000 µL) e adicionados a dieta (1 g). Após a evaporação do solvente, alíquotas da dieta (20 mg) foram transferidas para tubos tipo ependorff, em cada tubo foi inoculada uma larva (10-12 dias de vida). O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado com 50 repetições por tratamento, sendo cada repetição constituída por uma larva mantida individualizada. A testemunha negativa consistiu de acetona. Após 24, 48, 72 e 96 horas da montagem do bioensaio foram realizadas as avaliações pela contagem do número de larvas vivas e mortas. Para a análise estatística os dados foram submetidos à análise de sobrevivência empregando a distribuição de Weibull. Foi constatado que o óleo essencial proveniente de C. cassia causou 100% de mortalidade nos insetos. Destaca-se ainda que o tempo letal mediano, ou seja, tempo necessário para causar mortalidade em 50% da população, foi de apenas 24,4 horas para o tratamento com de C. cassia. Dessa forma, o óleo essencial de C. cassia apresenta metabólitos secundários que são tóxicos para A. diaperinus. Os óleos essenciais de C. camphora e C. camphora var. Linalooliferum não foram tóxicos para A. diaperinus. Palavras-chaves: Produtos naturais, inseticidas botânicos, manejo integrado. Apoio financeiro: Fundação Araucária, CNPq.

Palavras-Chave: Produtos naturais; Inseticidas botânicos; Manejo integrado

Apoio Institucional: Fundação Auracária, CNPq

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Potencial de Mikania laevigata, com fertilizante orgânico e Bacillus thuringiensis, no controle de Fusarium oxysporum Wellington Soares 1; Diounéia L. Berlitz 2; Neiva Knaak 3; Aida T. S. Matsumura 2; Marcia E. Silva 2; Akio S. Matsumura 2; Akira S. Matsumura 2; Lidia M. Fiuza 2

1-IFMT/Ciência e Tecnologia do Mato Grosso Cuiabá, MT - 2-ICB BIOAGRITEC LTDA. Bacteriologia, Rua Arabutan, 386, Porto Alegre, RS, Brasil. CEP: 90240-470. E-mail: [email protected] -3-EEA/IRGA, Cachoeirinha, RS

As plantas de Mikania laevigata Sch. Bip. ex Baker (Asteraceae) foram previamente tratadas com o biofertilizante orgânico Vairo e os sorovares de Bacillus thuringiensis Berliner, 1911 (Bacilaceae), Bt.kurstaki (Btk) e Bt.aizawai (Bta) visando avaliar a atividade antifúngica. As plantas foram selecionadas por homogeneidade, sendo três repetições de três plantas, constituindo oito tratamentos: (i) H2O esterilizada com DMSO (150 µM); (ii) B. Vairo (1:0,5); (iii) Ácido Jasmônico (150 µM); (iv) B. Vairo com Ácido Jasmônico; (v) Btk - 150mL/100L; (vi) Bta -100g/100L; (vii) Btk com Vairo e (viii) Bta com B. Vairo. Nos ensaios, 1mL da suspensão (1.10ˆ5 esporos) do fitopatógeno Fusarium oxysporum Schltdl, 1824 (Nectriaceae) foi incubada juntamente com 1mL dos diferentes extratos de M. laevigata, durante 1 hora, temperatura ambiente (30ºC). Nas testemunhas, as incubações foram efetuadas sem os extratos de M. laevigata. Em seguida, foram aplicadas 100μL dessa solução em meio BDA, em triplicatas. Os tratamentos foram mantidos em B.O.D., a 28ºC por 72 horas. Em seguida foram quantificadas as Unidades Formadoras de Colônias (UFC’s). A determinação da conidiogênese foi realizada após 5 dias de incubação, onde foram recortados três discos aleatórios de 2cmˆ2 de BDA, aos quais foram adicionados 9mL de H2O esterilizada e agitados em vórtex, durante 2 minutos. A contagem de conídios foi realizada em Câmara de Neubauer e microscópio óptico (400 x). Os resultados visando o controle do fitopatógeno, F. oxysporum, revelaram na quantificação das UFC’s que os tratamentos que diferiram da testemunha e os demais foram: Btk; Ácido jasmônico; e B. Vairoâ+Ácido jasmônico. Por outro lado, os dados da conidiogênese mostraram diferença significativa quando comparados a testemunha. Os resultados inferem que a aplicação do extrato de M. laevigata com o biofertilizante Vairo e os sorovares de B. thuringiensis reduzem a conidiogênese e consequentemente o controle do fitopatógeno F. oxysporum.

Palavras-Chave: Bactérias; Fungos; biofertilizantes

Apoio Institucional: ICB BIOAGRITEC LTDA

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Toxicidade de Óleo Essencial de Ocotea bicolor sobre Sitophilus zeamais em Trigo Armazenado Luiz F. G. Striquer; Valkíria F. Silva; Carolina S. D. Damasceno; Felipe S. Dutra; Sanderson B. de Lara; Otávio Luz; Juliane N. Swiech

Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa – PR - CEP 84.030-900; Departamento de Química, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, PR - CEP 84.030-900; Departamento de Quimica, Universidade Federal do Paraná, Curitiba– PR - CEP 80.060-000

Sitophilus zeamais Motschulsky 1855 (Coleoptera: Curculionidae) é uma das pragas de grãos armazenados de maior importância agrícola, devido ao seu elevado potencial biótico e por causar grandes prejuízos na produção de grãos. O uso de óleos de origem botânica, com possível ação inseticida tem sido alvo de estudos nos últimos anos para o controle de pragas. Portanto, buscou-se neste trabalho verificar o possível efeito inseticida do óleo essencial de O. bicolor sobre S. zeamais. Os testes foram feitos avaliando-se a mortalidade dos insetos através da aplicação tópica do óleo essencial de Ocotea bicolor (1μL/inseto) diluído em acetona, seguindo delineamento inteiramente aleatorizado. Foram utilizadas as concentrações de 0% (testemunha), 1%, 1,5%, 3,25%, 5% e 6,5% com 5 repetições e 10 insetos/parcela. O experimento foi conduzido em ambiente controlado (25°C ±2°C) e os insetos utilizados partiram da criação de laboratório (T=25° C±2°C, UR=70% ±10 e fotoperíodo = 12h). A mortalidade foi avaliada 24h após as aplicações. Os dados foram comparados utilizando ANOVA e as médias comparadas pelo teste de Tukey com 5% de significância através do software R® v3.2.1. Além disso, foram calculadas as DL50 e DL90 pela análise de Probit, também através do software R®. Verificou-se que os valores foram distintos entre si (F = 41,165; P < 0,01). As mortalidades médias obtidas para as concentrações 0% (testemunha), 1%, 1,5%, 3,25%, 5% e 6,5% foram respectivamente de 0%, 6,86%, 12%, 32%, 66% e 92%. O valor calculado da DL50 foi de 3,61% e da DL90 de 9,23%. Com os resultados obtidos, constatou-se que o óleo essencial de O. bicolor possui potencial ação inseticida sobre S. zeamais.

Palavras-Chave: gorgulho; plantas inseticidas; controle de pragas

Apoio Institucional: Universidade Estadual de Ponta Grossa

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Efeito carcinogênico e anticarcinogênico do resveratrol por mio do teste para detecção de clones de tumors epiteliais (warts) em Drosophila melanogaster Moacir Ferreira Borges Júnior; Nayane Moreira Machado

Centro Universitário de Patos de Minas, UNIPAM

Os flavonoides são compostos que se destacam por atuarem de diversas formas nas células; sendo elas, antioxidante, inibição da proliferação celular, indução da apoptose e eliminação ou interferência em carcinógenos. Além de tais atuações o Resveratrol age na eliminação de radicais livres, ativação de várias enzimas e proteção contra hidroxilos. Levando em consideração tais fatores, esta pesquisa objetivou-se avaliar o efeito carcinogênico do resveratrol e anticarcinogênico quanto associado a doxorrubicina em sistema de co-tratamento e a verificação de relação dose dependente entre a presença de tumores e as concentrações utilizadas; por meio do teste de detecção de clones de tumores epiteliais (warts) em Drosophila melanogaster (Meigen, 1830 (Diptera: Drosophilidae). Para tanto, foi preparado soluções com cápsulas de resveratrol, nas concentrações: 0,02; 0,04 e 0,08mM. O tratamento foi executado com larvas de 72 horas provenientes do cruzamento de machos da linhagem mwh/mwh e as fêmeas da linhagem wts/TM3. Para controle negativo foi utilizado água de osmose reversa e como controle positivo foi utilizada a Doxorrubicina. Os resultados mostraram que o Resveratrol apresenta efeito carcinogênico nas concentrações de 0,04 e 0,08mM pois houve aumento, estatisticamente significativo, na frequência de tumores quando comparadas com o controle negativo. Demonstrou ainda, efeito anticarcinogênico nas demais concentrações testadas, pois houve uma redução estatisticamente significativa quando comparadas ao controle positivo; exibindo uma redução ainda maior, à medida que aumenta a concentração de resveratrol associado à Doxorrubicina, estabelecendo assim uma dose resposta.

Palavras-Chave: Câncer; Warts; Flavonoides

Apoio Institucional: Centro Universitário de Patos de Minas, UNIPAM

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Efeitos letais e subletais dos óleos vegetais de babaçu e soja degomado sobre o ácaro predador Typhlodromus ornatus Wenner V. A. Saraiva; Isadora G. Vieira; Andréia S. Galvão; Ester A. do Amaral; Adriano S. Rêgo; Adenir V. Teodoro; Nívia da S. Dias-Pini

1Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Ceará, Avenida Mister Hull, 2977, 60356000, Ceará, Brasil; *[email protected]; 2Instituto Federal do Maranhão, Campus São Luís - Maracanã, Av. Curiós, s/n, Caixa Postal 433, São Luís, MA, Brasil; 3Departamento de Fitotecnia, Universidade Estadual do Maranhão, Cidade Universitária Paulo VI, Av. Lourenço Vieira da Silva nº 1000, Bairro Jardim São Cristovão, 65055-310, São Luís, MA, Brasil; 4Embrapa Tabuleiros Costeiros, Av. Beira mar, 3250, 49025-040, Aracaju, SE, Brasil; 5Embrapa Agroindústria Tropical, Rua Drª Sara Mesquita, n 2270, Pici, 600220-181, Fortaleza, CE, Brasil

O ácaro predador Typhlodromus ornatus (Acari: Phytoseiidae) é um inimigo natural chave do ácaro-da-necrose Aceria guerreronis (Acari: Eriophyidae), considerado uma das principais pragas da coconicultura mundial. Estratégias ecológicas de manejo de A. guerreronis têm sido comprovadas ao utilizar os óleos vegetais de babaçu e soja degomado no controle desse artrópode fitófago. No entanto, os efeitos subletais desses óleos vegetais sobre T. ornatus ainda são desconhecidos. Neste trabalho, a compatibilidade dos óleos vegetais de babaçu e soja degomado a T. ornatus foi avaliada por meio da integração de estimativas de concentração letal (CL) com efeitos não letais de repelência e taxa de crescimento populacional desse ácaro predador. Bioensaios de concentração-mortalidade revelaram que os óleos vegetais de babaçu (CL50= 5,03 µl/cm2) e soja degomado (CL50= 4,14 µl/cm2) foram cerca de 19 e 28 vezes menos tóxicos para T. ornatus, respectivamente, em comparação a sua presa A. guerreronis. O óleo de babaçu não foi repelente a T. ornatus, porém o óleo de soja degomado demonstrou efeito repelente em suas diferentes concentrações e tempos de avaliação. Testes adicionais demonstraram que independentemente das concentrações dos óleos vegetais testados, a taxa de crescimento de T. ornatus foi sempre positiva. Do ponto de vista da seletividade, o óleo de babaçu foi mais compatível com T. ornatus por não apresentar repelência. Conclui-se que ambos os óleos vegetais avaliados apresentaram baixo risco a T. ornatus sendo indicados como ferramentas promissoras para ser integrado em programas de manejo com objetivo de controlar A. guerreronis em cultivos de coqueiros.

Palavras-Chave: Repelência; Seletividade; Taxa de crescimento

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

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Aplicação tópica do extrato etanólico de Asclepias curassavica L. sobre Spodoptera frugiperda (J.E.Smith,1917) Mozzer A. Lopes; Renato M. de Leão; Vânia M. Ramos; Welton P. Silva; Vitor C. Russo; Viviane T. de Almeida; João V. S. Cruz

Programa de Graduação e Pós-Graduação em Agronomia (Entomologia Agrícola) Universidade do Oeste Paulista, (UNOESTE) CEP 19067-175 Presidente Prudente, SP, Brasil

A planta Asclepias curassavica L. (Asclepiadaceae) possui um metabólito secundário denominado glicosídeo cardiotóxico o qual a caracteriza como uma planta tóxica, com grande potencial para utilização no controle de lagartas. Sendo assim, foi conduzido um estudo para verificar a ação de A. curassavica na sobrevivência de Spodoptera frugiperda. O experimento foi realizado na instituição de ensino Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE), em Presidente Prudente – SP, no Laboratório de Entomologia Agrícola (L.E.A.). As plantas foram coletadas, secas e moídas, e a partir do pó foi confeccionado o extrato etanólico bruto. Este extrato bruto foi diluído em álcool absoluto nas concentrações de 6% e 10%. Foram dois ensaios: 1 aplicação e 2 aplicações, sendo a segunda aplicação 72 horas após primeira. Foram feitas aplicações tópicas dos extratos sobre lagartas de quarto ínstar, acondicionadas em potes plásticos de 75 ml, utilizando-se uma seringa de Hamilton, foi aplicada uma gota de aproximadamente 0,1μL de extrato no dorso de cada lagarta. Após, foi colocada, em cada pote contendo uma lagarta, dieta artificial sem extrato no centro do pote para alimentá-las. Foi avaliado a mortalidade até 72 horas após a aplicação, e até 144 horas no ensaio com 2 aplicações. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com 6 tratamentos e 20 repetições. Ao final das avaliações todos os resultados foram submetidos a análise de variância (ANOVA) e teste de Tukey a 5%. No experimento ficou demostrado que o extrato diluído em álcool apresenta ação de contato sobre as lagartas de quarto instar. Dos tratamentos contendo o extrato, todos ocasionaram mortalidade, sendo o tratamento com 10% o mais eficaz, obtendo 90% de mortalidade no 3º dia com apenas 1 aplicação; e 95% de mortalidade no 6 º dia com 2 aplicações. Aplicação tópica única ou dupla do extrato de A. currassavica nas concentrações de 6% e 10% foram efetivas em S. frugiperda de quarto instar.

Palavras-Chave: Plantas inseticidas; Inseticidas botânicos; lagarta-do-cartucho

Apoio Institucional: Apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001

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Óleo de mamona (Ricinus communis L.) no controle de formiga cortadeiras (Atta spp.) em campo Welton P. Silva; Vitor C. Russo; Renato M. de Leão; Vânia M. Ramos; Mozzer A. Lopes; Viviane T. Almeida; João V. S. Cruz

Programa de Graduação e Pós-Graduação em Agronomia (Entomologia Agrícola) Universidade do Oeste Paulista, (UNOESTE) CEP 19067-175 Presidente Prudente, SP, Brasil

As formigas cortadeiras, do gênero Atta são consideradas pragas importância econômica em diversas culturas. Diante dos problemas causados pelo uso de inseticidas químicos o objetivo desse trabalho é buscar novas alternativas de controle para a formiga cortadeira. Foram utilizados 28 ninhos de formiga cortadeira do gênero Atta, todos georreferenciados, sendo visualizados em mapa a partir de dispositivos eletrônicos. Foram feitas pulverizações e ofertas de iscas contendo óleo de Ricinus communis nos ninhos nas concentrações de 2 e 4%. Para a pulverização cada ninho recebeu a quantia de 1,5L de calda distribuída numa área de 25m² a partir da borda da área de terra solta do ninho. Nos tratamentos com isca de aveia em flocos, a quantidade aplicada foi de 10 g de isca/m² de terra solta, oferecida nas trilhas de forrageamento. Dessa maneira, foram formados 6 tratamentos: água (testemunha pulverização), aveia (testemunha isca), óleo mamona 2% pulverizado, óleo de mamona 4% pulverizado, óleo de mamona 2% isca de aveia, óleo de mamona 4% isca de aveia, isca padrão à base de sulfluramida (Mirex-S). Cada tratamento foi aplicado em 4 repetições (ninhos). Os parâmetros avaliados foram: carregamentos de iscas e atividade de corte (forrageamento) através de avaliações feitas após 24h, 48h, 72h, 7 dias, 15 dias, 30 dias e 60 dias após aplicação dos tratamentos. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado. Com os parâmetros avaliados foram calculadas médias, e em função da homogeneidade dos dados, ou seja, da ausência do coeficiente de variação, não foram aplicados testes estatísticos e a análise foi descritiva. O carregamento de iscas não foi afetado pelos tratamentos em que foram utilizados iscas aveia em flocos. Após 24 horas somente o tratamento com Mirex-S pulverizado e na formulação de isca teve efeito formicida, interferindo no desenvolvimento do ninho. O óleo de mamona não teve efeito de repelência, fungicida ou formicida sobre formigas cortadeiras do gênero Atta.

Palavras-Chave: Plantas inseticidas; Inseticidas botânicos; saúva

Apoio Institucional: Apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001

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Bioatividade do extrato etanólico e frações de Euphorbia pulcherrima sobre Spodoptera frugiperda Viviane T. de Almeida; Vânia M. Ramos; Renato M. de Leão; Matheus V. Prado; Leticia V. de Lima; João V. S. Cruz; Maria C. da Silva

Programa de Graduação e Pós-Graduação em Agronomia (Entomologia Agrícola) Universidade do Oeste Paulista, (UNOESTE) CEP 19067-175 Presidente Prudente, SP, Brasil

A lagarta-do-cartucho - Spodoptera frugiperda J.E.Smith, 1797 (Noctuidae) é uma importante praga do milho, e atualmente a forma mais utilizada de controle é com inseticidas químicos. Nesse contexto, a investigação de substâncias com ação inseticida torna-se relevante. Diante disso o presente trabalho tem por objetivo avaliar a ação do extrato etanólico e frações semipurificadas de folhas de Euphorbia pulcherrima Willd. Ex Klotzsch 1834 (Euphorbiaceae) na biologia de Spodoptera frugiperda. Foi elaborado o extrato a partir de folhas da planta E. pulcherrima (Bico- de-Papagaio), que foram secas em estufa, trituradas e então solubilizadas em etanol, obtendo o extrato etanólico bruto. O extrato etanólico bruto foi fracionado por partição líquido-líquido com hexano, acetato de etila e diclorometano As frações (hexano, acetato de etila e diclorometano) e o extrato bruto na concentração de 2% que corresponde 20g para 1 litro de dieta foram incorporados durante o preparo da dieta artificial, para o tratamento testemunha foi utilizado dieta artificial normal. Cubos de dieta de aproximadamente 4g foram acondicionados em potes plásticos de 75ml e iormente lagartas de segundo instar foram colocadas sob dieta artificial ad libitum. Cada um do 5 tratamentos foi composto de 50 repetições, sendo cada repetição uma lagarta. Os potes foram armazenados em sala climatizada, à temperatura de 26,0°C ± 1,0°C, umidade 60% ± 10% e fotofase de 12 horas e diariamente foi observada a mortalidade das lagartas até a fase de pupa. Entre as frações e o extrato bruto, a fração hexânica foi a mais promissora como fonte de substâncias com atividade inseticida sobre lagartas de S. frugiperda ocasionando 100% de mortalidade. Na sequência a fração diclorometano e o extrato bruto apresentaram 52 e 42 % de mortalidade em lagartas S. frugiperda. A fração hexânica do extrato de folhas de E. pulcherrima na concentração de 2% é eficiente n controle de lagartas de S. frugiperda.

Palavras-Chave: Plantas inseticidas; extratos vegetais; lagarta militar

Apoio Institucional: Apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001

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Controle de ninfas Bemisia tabaci (Gennadius) Hemiptera: Aleyrodidae) por óleos e extratos vegetais em mudas de couve manteiga Adrielle L. S. Souza; Roberta Zani da Siva

Universidade Estadual do Tocantins

Poucos são os inseticidas registrados para o controle de mosca branca em hortaliças. Os extratos de plantas e óleos vegetais podem ser utilizados no controle de insetos pragas, sendo uma alternativa fácil e eficaz no manejo de insetos. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar óleos e extratos vegetais no controle da mosca branca. O experimento foi desenvolvido no viveiro de mudas do Complexo de Ciências Agrárias da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), em Palmas - TO. Os tratamentos utilizados foram: Água (Testemunha); Óleo de mamona; Óleo de macaúba; Óleo de copaíba e Extrato de folhas de Angico em mudas de couve manteiga. A concentração dos óleos foram 100% e do extrato de angico 100g/L de água. A aplicação dos defensivos foi realizada uma vez por semana utilizando um pulverizador manual em duas aplicações. A avaliação foi realizada pela contagem do número de ninfas de mosca branca em três folhas de cada planta antes e após a pulverização dos defensivos na base abaxial das folhas. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com 5 tratamentos e 4 repetições. Os dados foram submetidos à análise de variância e as medias comparadas pelo teste de Tukey a 5% pelo programa SISVAR 4.1. O óleo de macaúba causou fitotoxidade nas mudas de couve manteiga, os óleos de mamona e copaíba e o extrato de folhas de angico quando aplicados nas mudas diminuíram o número de ninfas de mosca branca na primeira e segunda aplicação. Nesse trabalho foi possível observar que os óleos de copaíba e mamona e o extrato de folhas de angico tem potencial para o controle de mosca branca.

Palavras-Chave: copaíba; mamona; angico

Apoio Institucional: Governo do Tocantins

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Influência do substrato de cultivo de plantas na ocorrência Bemisia tabaci (Gennadius Hemiptera: Aleyrodidae) Elieser R. Marques; Roberta Zani da Silva

Universidade Estadual do Tocantins

Existe uma gradual substituição do cultivo de hortaliças em solo para o cultivo em substrato, principalmente quando a presença de patógenos no solo que impossibilitam o cultivo. O substrato para cultivo deve proporcionar adequado suprimento de ar e água ao sistema radicular deve ser de fácil manejo, baixo custo, alta disponibilidade e ter longa durabilidade. O objetivo deste trabalho foi avaliar a bainha de folhas de buriti como substrato na produção de plantas de pepino e sua influência sobre a população de mosca branca. O experimento foi conduzido em casa de plástico no município de Santa Tereza (TO). As plantas de pepino variedade Longo verde e Caipira foram produzidas em vasos de 10 litros em diferentes substratos: Areia pura, Bainha da folha do buriti moído e areia, na proporção de 25% de buriti e 75% de areia, Bainha da folha do buriti com e areia na proporção de 50% de buriti cinza e 50% de areia. Bainha da folha do buriti moído e areia, na proporção de 75% de buriti e 25% de areia. O sistema de condução das plantas foi em fitilho e realizada fertirrigação. A contagem de ninfas de moscas branca foi realizada no 16, 22 e 29 dias após o transplantio. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com quatro repetições em esquema fatorial 2 x 4. Os dados foram submetidos à análise de variância e as medias comparadas pelo teste de Tukey a 5% pelo programa SISVAR 4.1. O substrato contendo (50% areia e 50% bainha de buriti), reduziu o número de ninfas de moscas brancas na cultivar Caipira quando avaliado no vigésimo segundo dia pós transplantio

Palavras-Chave: Mauritia flexuosa; mosca branca; Cucumis sativus

Apoio Institucional: CNPq

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Efeitos de extratos aquosos vegetais sobre ninfas de Bemisia tabaci (Gennadius) Hemiptera: Aleyrodidae na cultura da Berinjela (Solanum melongena L.) Maísa F. Ribeiro; Roberta Zani da Silva

Universidade Estadual do Tocantins

Solanum melongena L. é um fruto originária da Índia e possui grande importância econômica e alimentícia, por isso, sua produção se torna cada vez mais ascendente. Dentre os diversos fatores que podem reduzir sua produtividade, encontram-se os insetos pragas, que danificam diferentes partes da planta, sendo geralmente controlados por inseticidas. Em busca de uma produção livre de agrotóxicos, o uso de extratos botânicos é uma alternativa de controle dessas pragas. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos dos extratos aquoso e alcoólico de Allium sativum L e Stryphnodendron adstringens no controle de mosca branca em mudas de berinjela cultivar Embú. O estudo foi realizado em viveiro, na Universidade Estadual do Tocantins, em Palmas-TO. Os tratamentos foram: extrato alcoólico do barbatimão 20 ml/L; extrato aquoso de alho 160 ml/L; alho + barbatimão (1:1) e testemunha. As mudas foram desenvolvidas em sacolas plásticas contendo terra preta e esterco bovino na proporção 2:1. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso em esquema fatorial 4x3, com 25 mudas para cada tratamento. Os extratos foram aplicados a cada sete dias por meio de pulverização em três aplicações sendo a primeira coleta de folhas realizada antes da aplicação dos defensivos e as demais após. A avaliação da eficiência dos extratos foi por meio da contagem dos números de ninfas de mosca branca encontradas na área abaxial das folhas coletadas, para isso foram utilizadas quatro folhas por parcela e analisadas em laboratório com um microscópio estereoscópico. Na primeira aplicação não houve diferença significativa entre os tratamentos pelo Teste de Tukey a 5%, já na segunda e terceira aplicação o extrato de alho reduziu o número de mosca branca em mudas de berinjela.

Palavras-Chave: Alho; barbatimão; mosca branca

Apoio Institucional: CNPq

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Atividade inseticida de óleos essenciais sobre Myzus persicae (Sulzer, 1776) (Hemiptera:Aphididae) em couve-verde Suellen G. da Silva; Simone M. Jahnke; Josué Sant’Ana; Rosana M. de Morais

UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul programa de pós graduação em Fitotecnia (Av. Bento Gonçalves, 7712, 91509-900, Porto Alegre, RS, Brasil), *email: [email protected]. SEAPDR - Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, Centro de Pesquisa em Florestas ( BR 287, acesso VCR 830, km 4,5, Distrito de Boca do Monte, 97001-970, Santa Maria, RS, Brasil)

O pulgão-verde-claro Myzus persicae é uma importante praga em brássicas. Atualmente formas de controle menos agressivas ao ambiente são buscadas, considerando que o principal método utilizado ainda é o químico. O objetivo deste estudo foi avaliar a mortalidade de M. persicae na presença de óleos essenciais de frutos frescos de pimenta-rosa, Schinus terebinthifolius (Anacardiaceae), folhas frescas de capim-citronela, Cymbopogon winterianus (Poaceae) e de eucalipto-cidró, Eucalyptus citriodora (Myrtaceae), nas concentrações de 0,5% e 1%. Os bioensaios foram realizados com discos foliares de couve-verde (9 cmf) mantidos em sala climatizada (25 ± 2°C, 60 ± 10% UR, fotofase 14h) em placas de Petri. Estes foram imersos, por 30 segundos, em soluções de 100 ml de cada um dos óleos (separadamente) e a testemunha em água destilada. Nos tratamentos foi adicionado Tween® 80 a 1%. O delineamento foi inteiramente casualizado com três tratamentos (óleos essenciais das três plantas), mais a testemunha. Foram feitas 10 repetições/tratamento com 10 insetos adultos em cada placa, avaliados após 24 e 48 horas. A mortalidade foi calculada pela fórmula de Abott. As médias foram comparadas por Anova seguido de Tukey ou por Kruskal-Wallis (P<0,05). A mortalidade de pulgões foi maior em discos com a presença dos óleos, em comparação com a testemunha, em ambas as concentrações e períodos. Na concentração de 0,5% de C. winterianus, M. persicae apresentou maior percentual de mortalidade 71,58% comparado aos outros óleos. A mortalidade de adultos que tiveram contato com S. terebinthifolius e E. citriodora não diferiu, apresentando percentuais inferiores a 50% nesta mesma concentração. Houve diferença significativa para os períodos de exposição, havendo maiores percentuais de mortalidade em 48h. Para a concentração de 1%, C. winterianus, S. terebinthifolius e E. citriodora tiveram efeito inseticida de 98,95%, 86,16% e 75,80% respectivamente, sem diferença entre os tempos de exposição.

Palavras-Chave: Brassica oleracea; pulgão-da-couve; produtos vegetais

Apoio Institucional: CNPq

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Toxicidade do óleo essencial de carqueja (Baccharis milleflora) sobre Rhyzopertha dominica (Coleoptera: Bostrichidae) Sanderson B. de Lara1; Valkiria F. Silva1; Camila B. Pereira2; Felipe S. Dutra2; Luiz Felipe G.Striquer1; Rafaela M. C. Zuin1

1Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade, Universidade Estadual de Ponta Grossa – PR – CE 84.030-900. E-mail: [email protected]; 2Departamento de Química, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, PR - CEP 84.030-900

Rhyzopertha dominica (Fabricius) 1972 (Coleoptera: Bostrichidae) é uma das principais pragas em trigo armazenado. Os danos causados são decorrentes da colonização do interior dos grãos pelas larvas do inseto, resultando em perda de peso, desvalorização comercial, redução do valor nutritivo. Objetivando a redução do uso de inseticidas sintéticos, buscou-se verificar o efeito inseticida do óleo essencial de carqueja (Baccharis milleflora) sobre a R. dominica. O óleo foi obtido de cladódios de B. milleflora secos a temperatura ambiente. Os insetos foram criados sob condições controladas (T= 24±2°C, UR=70%±5, fotoperíodo de 12h). Para a aplicação tópica, foi utilizado 1 µL/inseto do óleo essencial de carqueja nas concentrações de 0% (controle), 1%, 2%, 3%, 4%, 5% e 7% com 5 repetições e 10 insetos/parcela. As avaliações de mortalidade foram realizadas 24 horas após aplicação do óleo essencial. A análise dos dados foi feita utilizando o teste de ANOVA, por meio do software R® v3.2.1 e a DL50 e DL90 foram determinadas na análise de Probit utilizando o software RStudio®. A mortalidade média dos insetos diferenciaram entre si (ANOVA; F= 36,469, p < 0,01), exceto para as concentrações de 5% e 7%, onde a mortalidade média foi de 62% e 78% respectivamente. Os valores médios de mortalidade para as demais concentrações: 0%, 1%, 2%, 3%, 4%, foram 4%, 0%, 2%, 18%, 32% respectivamente. A DL50 foi de 4,7% e a DL90 foi de 8,4%. De acordo com os resultados, o óleo essencial de carqueja apresentou atividade inseticida sobre a R. dominica. Palavras-chave: trigo, inseticida botânico, pragas de grãos Apoio financeiro: UEPG

Palavras-Chave: Trigo; Inseticida botânico; Pragas de grãos

Apoio Institucional: UEPG

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Modificação genética: um estudo de expressão gênica em eventos de milho singular e estaqueado Priscilla T. Nascimento; Renzo G. Von Pinho; Fernando H. Valicente; Beatriz A. Barros; Marcos A. M. Fadini; Camila S. F. Souza

Universidade Federal de Lavras

Plantas respondem ao ataque de insetos herbívoros sintetizando e liberando uma mistura complexa de compostos voláteis (HIPV´S), os quais são importantes pistas químicas utilizadas por inimigos naturais para localizarem seu hospedeiro. Em resposta ao dano ocasionado por um inseto, cascatas bioquímicas são iniciadas na planta, as quais podem alterar a expressão de genes envolvidos na resposta a tal dano. Com os avanços da biologia molecular foi possível desenvolver plantas geneticamente modificadas, que possuem tolerância herbicida/resistência a insetos (eventos estaqueados), e que são tolerantes a herbicidas ou resistentes a insetos praga (eventos singulares). Neste sentido, o estudo investigou os efeitos da modificação genética, nas mudanças de expressão gênica em plantas de milho com eventos singular e estaqueado após herbivoria por Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae) durante o dia e a noite. Utilizando a técnica de PCR em tempo real (RT-qPCR) foram verificadas respostas no nível da expressão gênica das plantas submetidas a indução por herbivoria: 5-6h (diurno), 5-6h (noturno) e com 24h (diurno), buscando entender se o horário de indução e a inserção de uma ou mais proteínas Bt interferem na expressão de genes constitutivos da planta. Foram analisados os genes de uma lipoxigenase e de três terpeno sintases, enzimas envolvidas na produção de compostos voláteis que atraem parasitoides de S. frugiperda. Os resultados mostram que os genes TPS10, LOX10 e STC foram mais expressos durante a indução noturna, enquanto que o gene TPS23 foi mais expresso durante a indução diurna (5-6h). Não houve diferenças significativas na expressão relativa dos genes entre os eventos singular e estaqueado e a forma isogênica. Os resultados fornecem bases para o entendimento dos mecanismos endógenos responsáveis pela liberação de voláteis nas plantas visando o estabelecimento de novos fundamentos para o controle biológico de pragas.

Palavras-Chave: OGM; RT-qPCR; HIPV´S

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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