FERNANDA MONTENEGRO

Descendente de portugueses e italianos, Arlette Pinheiro Esteves da Silva, após o casamento com o também ator Fernando Torres, em 1953, passou a assinar Arlette Pinheiro Monteiro Torres. Mas tornou-se conhecida mesmo como Fernanda Montenegro. O "nome mágico" Fernanda Montenegro apareceu pela primeira vez quando ela trabalhava no radio, quando ainda não tinha 20 anos. A partir daí, Fernanda projetou-se como uma das principais atrizes e pode, hoje, ser apontada como uma artista que se fez por si própria. Junto com colegas do Rio de Janeiro e de São Paulo, como Sérgio Britto, Ítalo Rossi, além de seu próprio marido, conferiu maior dignidade ao teatro brasileiro a partir da década de 50. Sua carreira artística divide-se entre o teatro, a televisão eo cinema. A estréia no teatro se deu em 1950, na peça "Alegres Canções nas Montanhas", ao lado de Fernando Torres. Fez várias peças ao lado do marido e de atores como Sergio Britto, Cacilda Becker, Nathalia Timberg, Cláudio Correa e Castro e Ítalo Rossi. No começo da década de 60, já estabelecida em São Paulo, atuou na televisão encenando mais de 170 peças no programa "Grande Teatro Tupi". A partir de 1963, começou participar de telenovelas. Estreou no cinema em 1964, com "A Falecida", adaptação de Nelson Rodrigues. A mais notória, antes de "Central do Brasil", foi em "Eles Não Usam Black Tie". Ao lado de Gianfrancesco Guarnieri, ganhou o Leão de Ouro, como melhor filme, no Festival de Cinema de Veneza. Apontada por colegas de palco como uma atriz capaz de aliar como ninguém técnica e instinto. Recebeu até hoje incontáveis prëmios, muitos deles repetidos: Associação de Críticos Teatrais de São Paulo; Prêmio Governador do Estado de São Paulo, Associação de Críticos do Rio de Janeiro; Associação Brasileira de Críticos de Teatro; I Festival de Brasília (cinema); Festival Internacional de Cinema do Rio; Prêmio Molière; Troféu Roquete Pinto; Golfinho de Ouro; Festival de Cinema de Moscou; Festival de Taormina; Leão de Ouro do Festival de Veneza; Associação de Produtores Teatrais do Rio; Urso de Prata; Festival de Cinema de Fort Lauderdale (EUA); Associação Norte- americana de Críticos de Cinema EUA; Festival Internacional de Cinema de Havana; Los Angeles Film Critics. Mas, o que mais a distingue socialmente é o trabalho social, cuja síntese tivemos em São Paulo, nas suas apresentações nos 21 Centros Educacionais Unificados de São Paulo, com o monólogo Viver Sem Tempos Mortos. Fernanda Montenegro se emocionou com o projeto CEU é Show e deixou definitivamente plantada a raiz de seu merecido Prêmio FCW de Cultura 2014. (informações colhidas em Fernanda Montenegro.site oficial. Uol)