Bullying NÃO

RECURSOS DIGITAIS

Esta publicação foi realizada no âmbito do Projecto NÃO, da responsabilidade do Serviço de Documentação do Centro de Estudos, Documentação e Informação do Instituto de Apoio à Criança, que conta com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian. O objetivo foi tratar o tema da violência escolar entre pares sob a forma de bullying e . A primeira parte é dedicada à definição de conceitos e enumera- ção de características distintivas de outras formas de violência Autores escolar. Ana Tarouca Apresenta-se em seguida uma lista de documentos de cariz Pedro Pires científico-pedagógico disponíveis on-line. Por fim, disponibilizam-se as hiperligações para vários sites na- Coordenação do Projeto cionais e internacionais versando estas temáticas. José Brito Soares

Este documento faz parte de um conjunto de publicações que in- clui um desdobrável dirigido ao público jovem assim como um Edição boletim bibliográfico onde consta o que será um dos mais com- Instituto de Apoio à Criança pletos e atualizados acervos a nível nacional sobre bullying e cy- Largo da Memória , 14 berbullying. 1349-045 LISBOA Todos estes documentos estão disponíveis para download gra- Tel.: (00351)213 617 884 tuito no site do IAC, www.iacrianca.pt. Fax: (00351)213 617 889

E-mail: [email protected]

Dezembro 2011 ISBN—978-972-8003-42-5

SUMÁRIO

Definindo o conceito de Bullying 3

1.1 Efeitos da agressão/vitimação 8

1.2 Características das crianças vítimas 11

1.3 Características das crianças agressoras 12

1.4 Sinais de alerta mais frequentes 13

2. Definindo o conceito de Cyberbullying 16

2.1 Tipos de Cyberbullying 19

2.2 Boas práticas dos utilizadores tendo em vista a prevenção do Cyberbullying 21

3. Documentos digitais recomendados sobre Bullying 24

3.1 Dados estatísticos sobre o Bullying 66

4.Documentos digitais recomendados sobre Cyberbullying 68

5.Websites recomendados sobre Bullying e Cyberbullying 75

Todas as imagens presentes nesta publicação foram retiradas do banco de imagens Getty Ima- ges excepto a da capa, da responsabilidade do National Center for Injury Prevention and Con- trol of the Centers for Disease Control and Prevention, retirada do documento mencionado na página 28.

1.Definindo o conceito de Bullying

BULLYING

Desde o início dos estudos “intimidação”, “prepotência”, relativos à violência escolar e “violência escolar entre pares”, às relações entre alunos nas entre outros.

escolas, o fenómeno hoje acei- te por bullying [termo de ori- Importa no entanto, aferir gem inglesa] (…) tem tido melhor acerca do que o concei- vários nomes em função quer to define e engloba, para com- do país dos investigadores, preendermos melhor o próprio quer da própria abrangência fenómeno. do conceito e da evolução do mesmo. (…) Em Portugal, têm Olweus (1993:9) refere o se- sido utilizados termos como guinte:

“A student is being bullied or victimized when he or she is exposed repeat- edly and over time, to negative actions on the part of one or more stu- dents”

Nesta definição estão contidos who is unable to defend him- I shall remember forever and will never forget. alguns aspetos que nos permi- self or herself effectively. The Monday: my money was tem perceber melhor o bull- victimised child may be out- taken. ying. Por um lado a sistemáti- numbered, or younger, less Tuesday: names called. ca e continuada exposição a strong, or simply less psycho- Wednesday: my uniform torn. situações de violência, por logically confident. The bully- Thursday: my body pour- outro lado o facto de a violên- ing child or children exploit ing with blood. cia poder ser causada não ape- this opportunity to inflict Friday: it’s ended. nas por um agressor, mas por harm, gaining either psycho- Saturday: freedom. vários. logical gratification, status in The final diary pages of their peer group, or at times thirteen-year-old Vijay direct financial gain by taking Singh. Smith et al. (1999:1) define o money or possessions”. He was found hanging bullying da seguinte forma: from the banister rail at home.

Neil Marr and Tim Field, “Bullying is a subcategory of Bullycide: Death at Play- aggressive behaviour; but time-An Exposé Of Child particularly vicious kind of Suicide Caused by Bully- ing. aggressive behaviour, since it is directed, often repeatedly, 4 towards a particular victim

“O Miguel era um rapazinho franzino de 17 anos, que fre- I Survived quentava o 11º ano duma turma exclusivamente masculina de um curso técnico-profissional. Quando comecei o meu traba- I survived school lho como diretora de turma apercebi-me de alguns desequilí- I survived high school brios nas relações entre os elementos da turma, mas só mais I survived each day tarde me vim a aperceber da gravidade da questão. My life was hard O Miguel era constantemente perseguido com piadas, graças But I survived de mau gosto sobre o seu aspeto físico (que diziam feminino) I survived every week e sujeito a ‘brincadeiras’ mais ou menos violentas em que era I survived each year humilhado e vexado. As ‘brincadeiras’ iam desde as palmadas nas costas com gran- I survived your torment des sorrisos, acompanhadas com "Então, ‘pá’, ‘tás’ bom?!", a My life was hard esconderem-lhe os seus objetos pessoais ou os materiais But I survived necessários para as aulas, a estragarem-lhe os trabalhos reali- I survived the problems zados ou aos encontrões e a outras formas mais ‘originais’ you didn't know about como meterem-no dentro de um caixote do lixo da escola ou I survived the pain God terem-no deixado pendurado no cabide da sala de aula. inflicted on my family (relato de uma professora) I survived the pain you Freire et al. (2006, pp.1-2) put me through I survived

But could you? (…) bullying é uma subcategoria do comportamento agressivo; mas de um tipo particularmente pernicioso, uma vez que é diri- Rachel Williams gido, com frequência repetidas vezes, a uma vítima que se encontra incapaz de se defender a si própria eficazmente. A criança vitimada pode estar em desvantagem numérica, ou só Alves de Sá (2007, pp.1-2) entre muitos, ser mais nova, menos forte, ou simplesmente ser menos auto confiante. A criança ou crianças agressivas explo- ram esta oportunidade para infligir dano, obtendo quer gratifi- cação psicológica, quer estatuto no seu grupo de pares ou, por vezes, obtendo mesmo ganhos financeiros diretos extorquindo dinheiro ou objetos aos outros”.

Seixas (2005:98) refere que “qualquer comportamento de bull- ying é manifestado por alguém (um indivíduo ou um grupo de indivíduos) e tem como alvo outro indivíduo. Assim sendo, encontra-se sempre subjacente o envolvimento ativo de, pelo menos, dois sujeitos, aquele que agride (o agressor) e aquele que é vitimizado (a vítima). Nesta perspetiva, quando ocorre um episódio de bullying ocorre simultaneamente uma situação de vitimização ”. 5

Can we not teach chil- Como referem Carvalhosa et essencialmente três tipos al. (2001) o bullying é caracte- ou formas: dren, even as we pro- rizado por determinados crité- tect them from victimi- rios: 1. Direto e físico, que zation, that for them to 1. A intencionalidade do inclui bater ou ameaçar comportamento, isto é, o become victimizers bater; pontapear, roubar comportamento tem um constitutes the greatest objetos, estragar objetos, objetivo que é provocar extorquir dinheiro ou peril of all, specifically mal-estar e ganhar con- ameaçar fazê-lo, forçar trolo sobre outra pessoa; the sacrifice — physi- comportamentos sexuais cal and psychological 2.O comportamento é con- ou ameaçar fazê-lo, obri- duzido repetidamente e gar ou ameaçar colegas a — of the well-being of ao longo do tempo, ou realizar tarefas contra a other people? And that seja, não ocorre ocasio- sua vontade. nalmente ou isoladamen- destroying the life or 2. Direto e verbal, englo- te, antes passa a ser cró- safety of other people, bando situações como nico e regular; through , bully- chamar nomes, gozar, 3.Um desequilíbrio de fazer comentários racis- ing, hitting, or other- poder é encontrado no tas ou que salientem wise “putting them centro da dinâmica do qualquer defeito ou defi- down”, is as destructive bullying, em que normal- ciência dos colegas. mente os agressores 3. Indireto, que inclui to themselves as to vêem as suas vítimas situações como excluir their victims. como um alvo fácil. sistematicamente alguém 4.Outro aspeto a destacar é do grupo ou das ativida- Lewis P. Lipsitt, Chil- que o comportamento des, ameaçar com fre- agressivo não resulta de quência a perda da ami- dren and Adolescent qualquer tipo de provo- zade ou a exclusão do Behaviour Letter, cação ou ameaça prévia. grupo de pares, espalhar boatos e/ou rumores, ou Brown University seja, manipular a vida O bullying pode manifestar social do colega ou cole- -se de diversas formas, gas. podendo ser distinguidos,

6

O bullying pode ser praticado por apenas um 4. Normalmente os agressores são mais indivíduo – “bully”, provocador ou agressor – fortes (fisicamente), recorrem ao uso ou por um grupo, quanto ao alvo do bullying, de arma branca, ou têm um perfil vio- pode também ser um indivíduo – “victim”, lento e ameaçador. As vítimas estão, vítima – ou um grupo. muitas das vezes em posição de inca- pacidade para se defenderem ou pedir

ajuda. Podemos adiantar alguns aspetos que nos ajudam a definir melhor as situações de bull- ying: Há portanto determinados aspetos que nos permitem distinguir as situações de bullying, 1. Intencionalidade de fazer mal e per- das situações vulgarmente associadas a aspe- sistência de uma prática a que a víti- tos ligados genericamente à indisciplina ou à ma é sujeita. violência escolar. São precisamente esses 2. A agressão não é resultado imediato aspetos que tornam mais pernicioso o fenó- de uma provocação, ou de ações que meno e com efeitos que podem ser graves possam ser vistas ou entendidas como quer nas vítimas quer nos agressores, mas provocações. também em todo o clima escolar, e de mais 3. As intimidações e a vitimização têm difícil resolução. um carácter sistemático e regular, não Fonte: Educar bem (2007:59) acontecendo apenas esporadicamente.

Conflito Normal Bullying - Os intervenientes explicam porque não - Intenção de fazer mal e falta de compaixão. estão de acordo, manifestando as suas razões. O agressor encontra prazer em insultar, mal- tratar e dominar a sua vítima constantemen- te. - A disputa é momentânea, não perdura no - Intensidade e duração. A agressão não é tempo. pontual, prolonga-se por um longo período de tempo, até afetar gravemente a auto- estima do agredido. - Desculpam-se e procuram soluções equili- - A vulnerabilidade da vítima. É mais sensível bradas, acordam um “empate”. a provocações do que os restantes colegas, não sabe defender-se adequadamente e tem características físicas e psicológicas que a predispõem à vitimação. - Negoceiam para satisfazer as suas próprias - Falta de apoio. A criança sente-se só, aban- necessidades. donada e tem medo de contar o seu proble- - São capazes de ultrapassar a questão e ma, pois teme represálias.

esquecer o assunto.

7

“Bullying foi definido 1.1 EFEITOS DA AGRESSÃO/VITIMAÇÃO como uma relação interpessoal com uso de Os efeitos do bullying, quer a curto, quer a médio e longo violência física ou psi- prazo têm sido estudados nos cológica entre pares últimos anos com particular (entre colegas), mas interesse, como resultado ou resposta a acontecimentos onde há um desequilí- mais ou menos trágicos, que brio de poder, havendo envolveram suicídios, margi- uma ação de carácter nalidade e abandono escolar. repetitivo e com intuito de fazer mal. É o seu carácter persistente e sistemático que tem aspetos Por definição não faz claramente negativos para as sentido falar de bull- vítimas que são diretamente ying de alunos contra atingidas no seu quotidiano escolar, afetando também o professores (uma vez seu rendimento académico. que esta não é uma relação entre pares), mas não há “escolas de paz” em zonas de vio- Um estudo de Sharp & Thompson (1992) adianta que numa lência e, sendo tecnica- amostra de 723 alunos das escolas secundárias das quais 40% mente incorreto falar-se foram vítimas naquele ano letivo, verificaram que 20 % dos alu- de bullying na relação nos referiram que se tornavam mais negligentes ao tentar esca- par das agressões; 295 alunos referiram que era difícil concentra- de alunos com profes- rem-se nas tarefas escolares, 22% sentiram-se indispostos, sores, já é infelizmente depois de serem agredidos e 20% experimentaram dificuldades uma realidade a ocor- em adormecer ou durante o sono. Um estudo de Haselager & Lie- rência deste fenómenos shout (1992) concluiu que as vítimas, em especial aquelas que entre pares/ docentes”. tinham sido reportadas pelos pares, apresentavam mais proble- mas de relação do que os agressores. Igualmente, as vítimas Aventura Social (acesso em experimentavam com mais frequência pouca aceitação, ativa 13 de Outubro de 11) rejeição e eram menos frequentemente escolhidas como os melhores amigos. Também apresentavam fracas competências sociais, como por exemplo cooperação, partilha e capacidade de

8 ajudar os outros.

Bullying “é um termo introduzido por Dan Olweus quando pesquisava sobre tendên- cias suicidas em jovens adolescentes. As suas investigações levaram-no a concluir que a maioria dos jovens que cometiam estes atos, tinham sofrido algum tipo de ameaça. É um subtipo de violência escolar; traduz-se num conjunto de comportamentos agres- sivos, intencionais e repetitivos, levados a cabo por um ou mais alunos contra outro. Manifesta-se através de insultos, piadas, gozações, apelidos cruéis, ridicularizações, entre outros. É uma forma de pressão social que acarreta muitos traumas na vida dos alunos que diariamente convivem com esta realidade, fazendo com que, muitas das vezes, condicionem o seu quotidiano às solicitações dos agressores”.

Portal Bullying (acesso em 13 de Outubro de 11)

“Na vida, em suas relações com as pessoas, não seja vítima, não seja agressor(a), seja humano. Seja cidadão(ã). Diante da violência ou do desrespeito, não se omita”.

(Campanha anti-bullying nas escolas brasileiras)

Portal Bullying (acesso em 13 de Outubro de 11)

Como sugere Martins (2005:402) “a agressão ter maior liberdade para escolher o seu grupo e a vitimação parecem ter consequências social e/ou meio de influência. Outros estu- nefastas para os principais envolvidos no dos referem problemas a nível das relações fenómeno bully-vítima, quer a curto, quer a íntimas na vida adulta e dificuldade em con- longo prazo. Assim, as vítimas tendem a exi- fiar nos outros (Gilmartin, 1987), problemas bir um autoconceito geralmente desfavorá- de ajustamento social na adolescência e vida vel; baixa auto-estima; problemas de saúde adulta (Parker & Asher, 1987) e incapacidade física (sintomas psicossomáticos) e de saúde de se relacionarem com os outros em adultos mental (sintomas depressivos, insegurança e (Besag, 1989; Olweus, 1991; 1993). ansiedade); e tendem ainda a ser rejeitados pelos pares”. Num estudo de Smith & Madsen (1996), os

autores referem que a consequência mais A longo prazo há uma série de outros proble- severa do bullying na escola é o suicídio, mas que lhe estão associados, como a depres- podendo este ser o resultado direto ou indi- são na vida adulta. Apesar disso, alguns estu- reto da vitimação constante e sistemática a dos evidenciam que ser vítima em criança que o sujeito é submetido. não implica necessariamente continuar a ter, na vida adulta esse estatuto. Parecem indicar que noutros contextos, os sujeitos passam a 9 Quanto aos agressores, impor- tes para as crianças que com ta também referir um conjunto frequência agridem/ de consequências, que as prá- intimidam”.

ticas da agressão e da provoca- ção têm no seu desenvolvi- Martins (2005:402), citando mento. Têm sido levados a um estudo de Olweus (1997) cabo vários estudos sobre as refere que os agressores, com a consequências do bullying idade, podem evoluir no senti- para os agressores. Assim, os do da delinquência e criminali- resultados dos mesmos apon- dade mais séria na vida adulta. tam para previsões pessimistas “Em contextos sociais em que acerca das futuras capacidades a agressão não é valorizada de adaptação social das crian- estes alunos tendem também a ças com comportamentos de ser rejeitados pelos pares, tipo “desviante” ou perturba- porém em contextos sociais ções da conduta (entendida no que valorizam a agressão ten- sentido patológico) (Robins, dem a ter um estatuto socio- 1986; Rutter, 1989). Outros métrico controverso, médio ou estudos estabelecem mesmo mesmo popular”. uma ligação entre o número de

sintomas de desordem na con- duta e a persistência dessas Estudos mais recentes têm-se condutas anti-sociais em adul- debruçado nos efeitos do bull-

tos (Kelso & Stewart, 1986), ying sobre as testemunhas ou citados por Pereira (1997:25). observadores passivos desses Para as crianças agressoras, acontecimentos (Cowie, Mur- existe um maior risco de ray & Brooks, 1996), referem envolvimento no futuro em que as testemunhas apresen- condutas anti-sociais e ativida- tam sinais de sofrimento e des criminosas e marginais incompreensão do contexto de (Smith, 1991). Pereira bullying. (1997:26) citando um estudo de Olweus (1989) realizado Outros estudos apontam tam- com alunos do ensino secun- bém consequências para um dário até aos 24 anos, refere grupo de crianças que são que “a probabilidade de con- simultaneamente vítimas e denação em penas julgadas é agressoras, parecendo encon- cerca de quatro vezes maior trar-se numa situação de para os alunos que foram maior risco psicossocial, “por agressores na escola do que apresentarem conjuntamente, para os que não foram agres- e de forma mais acentuada, as sores, o que indica a existência características das vítimas e de fatores de risco precipitante dos agressores”. Martins

10 de futuras carreiras delinquen- (2005:402).

“Bullying is not about anger, it is about contempt. It is an excuse to put someone down so the bully can feel up”.

Barbara Coloroso, The bully, the bullied and the bystander

1.2 CARACTERÍSTICAS DAS CRIANÇAS VÍTIMAS

De acordo com a definição de Boulton & Smith (1994), “a vítima é alguém com quem frequen- temente implicam, ou que lhe batem, ou que a arreliam, ou que lhe fazem outras coisas desa- gradáveis sem uma boa razão. Verifica-se que as vítimas típicas (ou passivas) são mais depri- midas do que os outros alunos”. Outros estudos referem que as vítimas também têm menos amigos, maior dificuldade em fazer amigos e sofrem mais rejeição dos pares. Tendem a perten- cer a famílias que são caracterizadas pela educação de restrição (Olweus, 1993) e excesso de proteção pelos pais (Olweus, 1994). No seu estudo de 1993, Olweus também encontrou correla- ções positivas entre a vitimação no grupo de pares e a exposição a negativismo paternal e excesso de proteção materno. Estes dados podem levar-nos a concluir que experiências preco- ces de vitimação, de violência e tratamento rígido e autoritário por parte dos adultos, serve para desregular a criança emocionalmente, expondo-a à vitimação pelos pares.

O mesmo investigador indica-nos que as crianças vítimas não são assertivas e não dominam algumas competências sociais. Caracterizam-se pelo medo e falta de confiança em si próprias. Quando agredidas não são capazes de ter respostas assertivas. Apresentam características como dificuldade de interação, sendo frequentes vezes excluídas socialmente.

Alguns estudos distinguem dois tipos de vítimas: as vítimas passivas (ansiosas, inseguras, e que procuram defender-se a si próprias) e as provocativas (temperamentais, que criam tensões e lutam sempre em resposta). 11

1.3. CARACTERÍSTICAS DAS CRIANÇAS AGRESSORAS

O provocador ou agressor é aquele que fre- portamentos de risco para a saúde, tais como quentemente implica com os outros, ou que fumar, beber álcool ou usar drogas.

lhes bate, ou que os arrelia ou que lhes faz outras coisas desagradáveis sem uma boa Os alunos considerados provocadores ou razão (Boulton & Smith,1994). agressores na escola têm, também, maior pro-

babilidade de Alguns estudos referem que os agressores têm dificuldade em fazer e manter amigos envolverem-se na (Boulton, 1999). Relativamente à escola, os delinquência e agressores sentem-se infelizes na mesma. violência.

Noutros estudos são associadas as crianças agressoras a um maior envolvimento em com-

The bully counts on bystanders becoming involved in or supporting the bullying or at least doing nothing to stop it.

Barbara Coloroso, The bully, the bullied and the bystander

Os agressores tendem a pertencer a famílias al., 1994; Olweus, 1991). que se caracterizam como tendo pouca afetivi- As crianças agressoras foram ainda descritas dade, com problemas em partilhar os seus sen- por Smith & Sharp (1994), da forma que se timentos e onde, normalmente, existe uma transcreve: grande distância ou afastamento emocional entre os seus membros (DeHaan, 1997). Os pais das crianças agressoras usam mais a críti- “quite outgoing and socially confident, show- ca do que o elogio ou o encorajamento e negli- ing very little anxiety or guilt, who very much genciam em ensinar aos seus filhos que a conform to their ideals as being dominant and agressão não é aceitável (Greenbaum et al., powerful in their own peer group”. 1994; Olweus, 1991), tendendo a usar uma dis- ciplina inconsistente e pouca monitorização sobre onde os filhos estão ao longo do dia Segundo Almeida (1995), as crianças agresso- (Batsche & Knoff, 1994; Olweus,1991). Apre- ras são mais populares do que as vítimas. São sentam ainda skills de resolução de problemas crianças ativamente rejeitadas mas geralmente pobres ou agressivos (Suderman et al., 2000). têm um, ou mesmo mais amigos que as apoiam Por vezes caracterizam-se por terem estilos de nas suas práticas agressivas, dificilmente são disciplina muito punitiva e rígida, com os casti- crianças isoladas socialmente, como muitas gos físicos a serem frequentes (Greenbaum et vezes acontece com as suas vítimas. 12

1.4 SINAIS DE ALERTA MAIS FREQUENTES

Com base nos estudos internacionais relati- os outros alunos, impopular, muitas vezes / vos à temática, é possível e pertinente elencar sempre o último a ser escolhido para grupos um conjunto de sinais mais frequentes, evi- ou equipas. denciados pelas vítimas de bullying (a nível 4. Falta de sentido de humor, usa um humor da escola e trabalho escolar; social; físico e inapropriado. emocional/comportamental) e que é de extrema importância dar particular atenção: 5. Frequentemente alvo de troça, riem-se dele, provocam-no, importunam-no, rebai-

xam-no, e/ou chamam-lhe nomes, não se Escola e trabalho escolar: afirma a si mesmo. 1. Mudança súbita na assiduidade / no 6. Frequentemente maltratado, pontapeado desempenho académico. e/ou agredido por outros alunos, não se defende. 2. Assiduidade irregular 7. Usa linguagem corporal de “vítima” – 3. Perda de interesse no trabalho escolar / no ombros descaídos, cabeça baixa, não olha as desempenho académico / nos trabalhos de pessoas nos olhos, recua em relação aos casa. interlocutores. 4. Declínio na qualidade do trabalho esco- 8. Apresenta uma diferença notória que o lar / do desempenho académico. destaca dos seus colegas. 5. Sucesso académico; parece ser “um meni- 9. É oriundo de uma tradição cultural, étnica no do professor”. e/ou religiosa, que o coloca em minoria em 6. Dificuldade em concentrar-se nas aulas; relação aos seus companheiros. distrai-se com facilidade. 10. Prefere a companhia dos adultos durante 7.Vai para o intervalo mais tarde e regressa à o almoço ou em tempos livres. sala mais cedo. 11. Provoca, importuna, injuria e irrita os 8. Tem uma dificuldade de aprendizagem. outros; não sabe quando deve parar. 9. Falta de interesse pelas atividades / even- 12. Subitamente, começa a ser um bully com tos patrocinados pela escola. os seus companheiros. 10. Desiste de atividades de que gosta quan- do estas são promovidas pela escola.

Social 1. Solitário, retraído, isolado. 2. Competências sociais / interpessoais ine- xistentes ou fracas. 3. Sem amigos, ou com menos amigos do que 13 Físico tem oscilações extremas de humor. 1. Frequentemente “doente”. 8. Irascível, impulsivo, agressivo, tenta dominar (mas perde sempre). 2. Frequentes queixas de dores de cabeça, de estômago, e outras. 9. Culpa-se a si mesmo pelos problemas/ dificuldades. 3. Arranhões, nódoas negras, roupas rasga- das ou outros pertences estragados, para os 10. Excessivamente preocupado com a sua quais não há explicações óbvias. segurança pessoal; dispende muito tempo e esforços pensando/preocupando-se com a 4. Repentina gaguez ou tartamudez. sua segurança nos trajetos de ida e volta 5. Tem uma deficiência física. para a cantina, para o quarto de banho, 6. Apresenta uma diferença física que clara- para o cacifo, durante os intervalos, etc., mente o destaca dos seus pares – usa ócu- evita certos locais da escola. los, é obeso, aparência “esquisita”, caminha 11. Fala sobre fugir de casa. de uma forma “esquisita”, etc. 12. Fala sobre suicídio. 7. Alteração nos hábitos alimentares, perda

súbita de apetite. É extremamente importante que todos 8. Desastrado, descoordenado, fraco em aqueles que diariamente interagem com a todos os desportos. criança (professores, pais, técnicos, funcio- 9. Mais pequeno do que os seus colegas. nários, etc.), ou mesmo ocasionalmente 10. Fisicamente mais fraco do que os seus (médico de família) estejam atentos à mani- colegas. festação sistemática destes sinais, para que se possa intervir tão precocemente quanto

possível. Emocional / Comportamental 1. Súbita alteração de humor ou de compor- tamento. 2. Passivo, tímido, calado, envergonhado, mal-humorado, isolado. 3. Nenhuma ou baixa autoconfiança/auto- estima. 4. Poucas ou nenhumas competências de assertividade. 5. Extremamente sensível, cauteloso, dependente de outros. 6. Nervoso, ansioso, preocupado, temeroso, inseguro. 7. Chora com facilidade e/ou com frequên- 14 cia, torna-se emocionalmente perturbado,

Fonte:

Estudo do bullying em contexto escolar numa atmosfera do 3º ao 9º ano de escolaridade (2007) - Dissertação de mestrado de César Filipe dos Santos Alves Flores, do Departamento de Ciências e Educação da Universidade de Aveiro: “(…) alguns estudos indicam que o bullying é uma das maiores preocupações dos jovens entre os 10 e os 18 anos de idade, provavelmente por- que um número elevado deles já esteve envolvido em incidentes de agressividade, quer como vítimas, quer como agressores. Estudos realizados em diferentes países (Olweus, 1989; Whitney & Smith, 1993), mostraram que o bullying nas escolas está difundido e é um problema interna- cional. Nas escolas portuguesas foi feito um levantamento da situação do 1º ano ao 6º ano de escolaridade obrigatória, com idades sobretudo entre os 6 – 12 anos (Pereira, Almeida, Mendon- ça & Valente, 1996). O presente trabalho pretendeu estudar duma forma tão empírica quanto possível a temática do bullying, fazendo um levantamento da revisão de literatura sobre o mesmo e procurando respostas para algumas questões levantadas relativamente ao bullying e às suas características. Para tal procedemos a um estudo através dum questionário de auto- preenchimento pelos alunos, para ficar a conhecer o seu quotidiano escolar, no que à violência escolar e, mais particularmente ao bullying diz respeito. Os dados recolhidos foram tratados esta- tisticamente em função dos objetivos do trabalho. Foram encontradas correlações estatisticamen- te significativas e negativas no que diz respeito ao bullying em função da idade. Também foram encontradas algumas diferenças relativas ao bullying, particularmente no que se refere a algumas das suas características, em função do género. Foram adiantadas algumas explicações possíveis para os resultados obtidos”.

Disponível on-line »

“Bullying is a conscious, willful and deliberate activity intended to harm, induce fear through the threat of further aggression and create terror”.

Barbara Coloroso, The bully, the bullied and the bystander

15

2. Definindo o conceito de Cyberbullying

CYBERBULLYING

A Direcção do Instituto Cyberbullying é o termo usado rede virtual para se vingarem de Apoio à Criança para descrever atos intencio- dos seus agressores. Se “na emitiu em 10 de Março nais e repetidos de ameaça e vida real”, a hostilização é de 2010 um comunica- ofensa, através da utilização de exercida pelo mais forte, na do a propósito da vio- tecnologia, em particular dos Internet pode ser exercida por lência em contexto telemóveis e da Internet. qualquer um. escolar em que afirma:

Através do correio eletrónico, Embora, na maioria das vezes "(…) parece-nos (...) dos sites, ou dos chats tem-se estes meios tenham uma apli- importante ponderar a tornado possível levar a cabo cação e utilidade positiva, alteração legislativa, ameaças e chantagens a cobro mesmo do ponto de vista aliás já sugerida pelo do anonimato. pedagógico, têm sido inúme- Senhor Procurador ros os casos em que o utiliza-

Geral da República, no dor, por incúria ou inexperiên- É uma forma de extorsão sentido de o crime de cia, tem sido seriamente lesa- menos frequente, mas que tem do. ofensas corporais pra- vindo gradualmente a desen- ticado em contexto volver-se, configurada em escolar e de forma situações como envio de men- Stalking é o termo usado repetida, passar a ter sagens por telemóvel (SMS) quando há uma perseguição natureza pública". persecutórias ou o envio de que envolve um comporta- fotografias ofensivas. Exemplo mento ameaçador, no qual o disso mesmo é o envio de perpetrador procura repetida- Pode ler o comunicado mensagens por telemóvel mente contacto com uma víti- na íntegra em Crianças ameaçadoras ou a colocação de ma através de proximidade a Torto e a Direitos. fotografias na Internet. Em física e/ou chamadas telefóni- alguns países, como é o caso cas, mas também através de do Canadá, este tipo de ações meios eletrónicos, como o cor- já está legalmente configurado reio eletrónico (e-mail), men- como ato criminal, passível de sagens instantâneas e mensa- sanção, sendo expressamente gens nas redes sociais proibido o envio de mensagens (cyberstalking). a ferir ou insultar alguém.

Um efeito do anonimato que a Internet permite, é o facto de frequentes vezes as vítimas se converterem, também elas, em agressores, servindo-se da 17

“A expressão “cyberbullying” carece de tradução formal em português. É uma palavra composta, sendo o “cyber” relativo ao uso das novas tecnologias de comunicação (correio electrónico, telemóveis, etc.) e o “bullying” relativo ao fenómeno dos maus- tratos por parte de um rufião (“bully”) ou grupo de rufiões.

O cyberbullying consiste no ato de, intencionalmente, uma criança ou adolescente, fazendo uso das novas tecnologias da informação, denegrir, ameaçar, humilhar ou exe- cutar outro qualquer acto mal-intencionado dirigido a outra criança ou adolescente.

Um cyberbully pode tornar-se, no momento seguinte, também ele uma vítima. É fre- quente os jovens envolvidos neste fenómeno mudarem de papel, sendo os maltratantes numa altura e as vítimas noutra.

Envolvendo três vetores (bully – vítima - novas tecnologias da informação e comuni- cação), o cyberbullying é um fenómeno em rápido crescimento, em particular no mun- do da Internet.

Por ser um fenómeno que envolve crianças e adolescentes, com todas as sensibilidades e percursos desenvolvimentais cruciais próprios destas idades, carece de especial aten- ção por parte de todos os pais e educadores. Embora sejam, na sua maioria, eventos ultrapassáveis, algumas vítimas de bullying chegam a tentar o suicídio, provando que não devemos encarar tal situação de ânimo leve.

Projeto Internet Segura (acesso em 24 de Outubro de 11)

Os métodos usados por um cyberbully são os esbatem-se e o cyberbully pode ter os mais mais variados. O que motiva os rufiões ciber- variados perfis. néticos são as mais variadas razões, que vão desde o gozo de ver o outro a ser humilhado e atormentado, à vingança por também terem sido já alvos de cyberbullying.

Se, na escola, o maltratante era o rapaz ou rapariga em situação de maior poder (tamanho, idade ou outro), no mundo ciber- nético as regras “tradicionais” da rufiagem 18

2.1 TIPOS DE CYBERBULLYING

2.1.1 Ameaças/perseguições pessoas indesejadas. O rufião pode depois alterar as palavras-passe das variadas contas, Os cyberbullies servem-se do correio eletró- bloqueando assim ao seu legítimo proprietá- nico, do IM e dos telemóveis (via SMS) para rio o acesso às mesmas. enviar mensagens ameaçadoras ou de ódio aos seus alvos. 2.1.3 Criação de páginas de perfil fal- sas Os rufiões podem-se fazer passar por outras pessoas, adotando “usernames” (nomes de O jovem mal-intencionado cria uma página utilizador) parecidos com os delas, para pessoal na Internet acerca do alvo dos seus envolver outros inocentes no processo. ataques, sem o conhecimento deste, na qual

insere todo o tipo de informações maldosas, trocistas ou falsas, além de poder conter 2.1.2 Roubo de identidade ou de pala- vras-passe dados reais, como a morada da vítima. Segui- damente, faz chegar a terceiros a morada desta página, para que o maior número de Ao conseguir acesso ilícito às palavras-passe pessoas a veja. Este tipo de difusão de infor- do seu alvo, o rufião serve-se delas para mação pode, por vezes, ter as características entrar nas variadas contas da vítima, causan- de uma epidemia, espalhando-se rapidamen- do os mais variados distúrbios: te pelos cibernautas.

Por e-mail: envia mensagens de conteúdo Esta atitude pode ter consequências perigo- obsceno, rude ou violentos em nome dela sas, dado poder informar outros utilizadores para a sua lista contactos; menos bem intencionados (por exemplo, um pedófilo) onde poderá encontrar este jovem na vida real, colocando a sua vida em poten- Por IM ou em chats: difunde boatos, faz-se cial risco. passar pela vítima e ofende as pessoas com quem fala. Entrando nos sítios de Internet nos quais a vítima tem um perfil inserido, 2.1.4 O uso dos blogues por exemplo, para conhecer pessoas novas: altera o perfil de utilizador dessa conta (incluindo, por exemplo, comentários de Há cyberbullies que se servem dos blogues natureza racista, alterando o sexo do utiliza- para difundir dados lesivos a respeito de dor ou inserindo itens que possam difamar a outras pessoas, seja escrevendo nos seus blo- imagem do utilizador legítimo da conta), gues pessoais, seja criando blogues em nome ofendendo terceiros e atraindo a atenção de das suas vítimas.

19

2.1.5 Envio de imagens pelos mais varia- dos meios

O rufião envia mensagens de correio eletróni- co em massa para outros cibernautas, conten- do imagens degradantes dos seus alvos. Estas imagens podem ser reais ou montagens, e podem difundir-se rapidamente, minando e lesando grandemente a imagem da vítima.

2.1.6 Sítios de votação Existindo variados sítios de Internet onde se pode votar acerca dos mais variados assuntos, é possível a um jovem criar o tema de “A Mais Impopular”, “O Mais Gordo”, etc., visando quem deseja incomodar.

2.1.7 Envio de vírus Não se pense que o envio de vírus é exclusivo dos adultos. Com a crescente precocidade dos cibernautas mais jovens, uma forma de preju- Embora, na sua maioria, os atos de bull- dicar os seus pares pode ser enviar-lhes vírus ying não tenham consequências drásticas, para lhes infetar o computador, roubar pala- vras-passe (veja “Roubo de identidade ou de podem, no entanto, causar grande sofri- palavras-passe”, mais acima) e causar incómo- mento, chegando a levar à depressão, à dos. exclusão pelos pares, ao isolamento, ao desespero.

2.1.8 Inscrições em nome da vítima O rufião pode, a dada altura, tornar-se ele É perfeitamente possível um cibernauta ins- mesmo a vítima, e a vítima o rufião, pelo crever-se num determinado sítio de Internet que importa conhecer ambos. À vítima usando os dados de outra pessoa. Os locais importa prestar ajuda no sentido de ultra- escolhidos costumam ser sítios de pornografia, fóruns racistas ou outros que sejam contrários passar o assédio e humilhação sentidos, à ideologia da vítima. O resultado disto é esta ao rufião importa saber as suas motiva- ser “inundada” de e-mails que não são do seu ções e mudar as suas atitudes. interesse, podendo os mesmos até ser nocivos. Projeto Internet Segura

2.2 BOAS PRÁTICAS DOS UTILIZADORES TENDO EM VISTA A “O cyberbullying pode ser PREVENÇÃO DO CYBERBULLYING definido como um abuso de poder e consequente 2.2.1 Alguns conselhos do sobre a pessoa) e, melhor ain- humilhação, que é efetuada através da internet, emails, PROJECTO DADUS da, usar esse pseudónimo só telefone, mensagens, chats, para efeitos desse perfil numa com a intenção de embara- Apesar dos muitos riscos rede social. Usar diferentes çar, humilhar, excluir, enunciados, é possível minimi- ostracizar ou ridicularizar pseudónimos em diferentes alguém. Pode envolver zá-los substancialmente, desde plataformas, pois dificulta a que se adotem as necessárias mensagens que contenham agregação de informação. texto, voz ou imagens. precauções e comportamentos Os jovens passam cada vez corretos na utilização das mais tempo a falar uns com redes sociais. B) Não disponibilizar os outros por telemóvel, mensagens ou através do informação pessoal computador. A utilização É fundamental que os jovens da tecnologia possibilita estejam bem conscientes dos  Nunca dar a morada, o um bullying mais sofistica- riscos que correm. Isso já é número de telefone, a data do e mais poderoso, porque meio caminho andado. A pala- de nascimento, ou quais- as possíveis situações de vra-chave é não divulgar infor- quer outros dados que per- humilhação podem alcan- mação pessoal e respeitar mitam a nossa localização. çar um público muito escrupulosamente informação Não revelar a escola ou a maior e mais diversificado. que detemos sobre outras pes- turma e o horário das aulas Aqui, as testemunhas não soas. (há escolas que têm os são um grupo restrito de horários nos seus websi- pessoas que assistiu fisica- tes), o nome dos professo- mente à situação de maus Para tal, deixamos aqui um res, ou outras informações tratos ou de incivilidades, conjunto de boas práticas a que, sem grande esforço, mas estamos perante uma observar quando se usa uma permitem indiretamente exposição maior, pois fica rede social. aberta a possibilidade de enquadrarem-nos. Mesmo ser visto repetidamente por quando se pensa que se está anónimo, não é preci- uma grande quantidade de A) Utilização de pseudóni- pessoas. Por outro lado, a so ser um génio para com- utilização de imagens e mos binar algumas pistas e des- vídeos torna a humilhação Deve pensar-se duas vezes cobrir quem somos ou mais acentuada, mais onde estamos. divulgada e, por isso mes- antes de se usar o nome verda- mo, mais destrutiva face à deiro num perfil e, pelo personalidade da vítima”. menos, nunca dar o nome  Utilizar um nome de utili-

completo. É preferível utilizar zador e uma palavra-passe Nazaré Barros, Violência nas diferente de qualquer Escolas: Bullying um pseudónimo (discreto, que outra só para aceder à rede

não chame muito a atenção social. 21

 Pensar bem antes de decidir essas pessoas consintam cla- pôr uma fotografia pessoal ramente nisso. Isto é tanto Conheça as armas no perfil. Há sempre outras mais importante quando se de combate ao opções de imagem, até bem trata de publicar fotografias bullying. engraçadas, que não com- de grupo, às quais muitas

prometem a identidade. vezes se associam os nomes Navegue pela Inter- Estar consciente que se per- (verdadeiros) ou outra infor- de o controlo da fotografia, mação que permite identificar net e informe-se pois qualquer pessoa pode e/ou localizar as pessoas. acerca de todos os

copiá-la, editá-la (fazendo meios de combate montagens nada agradáveis Convém também ter presente à disposição do ou mesmo humilhantes) e que a publicação ilegal de cibernauta. A víti- publicá-la. imagens é crime, pelo que ma não precisa de  Informações detalhadas pode ser sancionada. sofrer passivamen- sobre o quotidiano, porme- te este tipo de ata-

nores da vida familiar ou ques, existem for- segredos entre amigos, não D) Restringir as pessoas mas de resolução, devem ser partilhados onli- que podem ter acesso ao nomeadamente, ne. perfil reportando ao res-  Relembrar que uma vez  Uma das regras mais ponsável pelo sítio publicada informação na importantes que se deve de Internet a situa- Internet, não é possível reti- observar quando se cria ção de abuso ou à rá-la. Mesmo apagando os um perfil numa rede social operadora de tele- dados do site, versões anti- é restringir o leque de pes- comunicações. gas já existem no computa- soas que pode ter acesso dor de alguém. às nossas informações pessoais. Se entender que o

bullying assume

C) Respeitar a privacidade contornos realmen- dos outros  Deve-se escolher, por isso, te nocivos, contac- Participar numa rede social uma rede social que tenha te a polícia. opções que permitam ao deve ser um ato de responsa- utilizador controlar com bilidade. E mesmo quando PROJECTO INTERNET quem partilha informação uma pessoa está disposta a SEGURA correr certos riscos pessoais, (grupo de amigos da esco- nunca deve pôr em perigo a la, do clube, da equipa, da privacidade de outros, sejam família, de outros grupos amigos, familiares ou simples- comunitários). Assim, é mente conhecidos. possível escolher exata- mente a quem se dá acesso Não se deve nunca revelar ao nosso perfil, evitando a informação sobre outras pes- difusão em massa dos nos- soas, a reboque da nossa pró- sos dados pessoais na pria informação, a menos que Internet. 22

 Escolher criteriosamente quem se adi- se confia. O encontro deve ser num local ciona como amigo, abrindo a porta a público, durante o dia, e deve sempre dizer- tudo o que está relacionado com o nosso se a um adulto onde se vai e quando se espe- perfil. Os índices de popularidade pelo ra regressar. número de “amigos” virtuais que se tem

são engodos para recolher informação pessoal. F) Como agir em caso de ameaças

 Do lado de lá, também pode estar Se um jovem se sentir perseguido, humilha- alguém com identidade disfarçada, que do, ofendido ou ameaçado por alguém ou diz ser uma pessoa, sendo afinal outra. E por alguma coisa que se tenha passado onli- uma fotografia continua a não ser prova ne, enfim se estiver a ser vítima de cyberbull- bastante. ying:

 Reportar a situação a um adulto da sua  Não se deve reconhecer como amigo quem não se conhece verdadeiramente. confiança e insistir até que o adulto tome Mesmo quando parece que aquela pes- providências; soa tem tudo a ver connosco e nos com-  Não abrir ou ler mensagens provenientes preende, confidenciar-lhe aspetos priva- dos da nossa vida é correr um risco mui- de cyberbullies, mas não as apagar, pois to elevado. Muitas vezes, as supostas afi- podem vir a ser necessárias para tomar nidades que parecem estabelecer-se (os medidas; mesmos gostos musicais, cinematográfi- cos ou de hobbies) não são mais do que  Expor a situação à escola (professores, investidas de estranhos mal intenciona- diretor de turma, conselho executivo) se dos. o caso estiver relacionado com a escola;

 Nunca concordar encontrar-se com a E) Ter atenção quando um “amigo” pessoa que apenas conheceu online; virtual quer um encontro  Se for fisicamente ameaçado, pedir aos Se acontecer um desses “amigos” virtuais pais que informem a polícia. sugerir um encontro pessoal (o que pressu- põe já saber aproximadamente em que loca- lidade se vive ou pretender saber), nunca comparecer a esse encontro sozinho(a). Antes de mais, deve informar-se os pais e conversar com eles sobre isso. Se decidir comparecer no encontro, ir sempre acompa- nhado(a), pelo menos por amigos em quem

3. Documentos digitais recomendados sobre Bullying

Comportamentos de bullying: estudo numa escola técnico- profissional (2011) “Sticks and stones may break my Dissertação de Mestrado de melhor algumas das situações bones, but words Sónia Filipa da Silva Ferraz: vivenciadas. will never hurt me” “Este estudo procura com- Quanto aos resultados, verifi- is a lie. Words are preender de que modo o bull- cou-se que a amostra se con- ying se encontra nas relações powerful tools and centra nos 17 anos de idade. dos alunos no ensino Técnico- can break the spirit Relativamente aos comporta- Profissional. Para tal, foi efe- of a child who is mentos de bullying, verifica-se tuado o enquadramento teóri- a existência de comportamen- on the receiving co, onde se explicam os concei- tos característicos da problemá- end. tos da problemática, bem como tica, sendo uma grande percen- is the most com- a sua perspetiva nacional e tagem dos alunos já retidos mon form of bully- internacional. mais que uma vez e sendo estes ing used by both O estudo foi organizado em maioritariamente do género boys and girls. It duas partes: a primeira parte, masculino. Denote-se também accounts for 70 que procura perceber o com- que muitos dos inquiridos, afir- percent of reported portamento de agressão e viti- mam ter presenciado situações bullying”. mação entre pares, onde é ana- de bullying. Já nos casos práti- lisada uma amostra de 115 alu- cos, constata-se uma diminuta nos entre os 15 e os 24 anos, em auto-estima nos casos das víti- Barbara Coloroso, que 66,1% são do género mas- mas, e o contrário nos agresso- culino, e 33,9% do género femi- res, com níveis de auto-estima The bully, the bullied nino, sujeitos a um questionário algo evidenciados. Verifica-se and the bystander adaptado de Olweus. Na segun- ainda, uma falta de apoio na da parte foram realizadas oito rede familiar e escolar em volta entrevistas, cinco a jovens víti- destes alunos”. mas, e três a jovens agressores, onde se procurou entender Disponível on-line»

Prevalência e características de escolares vítimas de bull- ying (2011)

Artigo de Danilo Moura, Ana podem ser úteis para políticas Catarina Cruz e Luciana Queve- locais de proteção aos alvos de do: “Este estudo identificou as bullying”. características comportamentais das vítimas de bullying que Disponível on-line»

25

Vitimação em contexto escolar: frequência e as múltiplas formas (2011)

“Relational bullying can be used to alienate De Paulo Jorge Costa et al.: “O frequência intermédia, o géne- presente estudo pretende des- ro feminino apresenta valores and reject a peer or to crever e analisar a prevalência relativos superiores ao mascu- purposefully ruin das múltiplas formas de viti- lino, durante o 1º período leti- friendships. It can mação ocorridos entre pares, vo escolar (Setembro a Dezem- involve subtle gestu- utilizando uma amostra de bro). As formas ou tipos de res such as agressive 360 alunos do 7º ano do Ensi- vitimação mais frequente ao stares, rolling of eyes, no Básico, 168 (46,7%) do nível do género apresentaram sights, frowns, sneers, género feminino e 192 (53,3%) uma tendência semelhante aos snickers, and hostile do masculino, com idades resultados globais da popula- body language. compreendidas entre os 11 e os ção em estudo, destacando-se 16 anos, sendo a média de ida- para ambos os géneros, as des de 12,36 com desvio situações de vitimação verbal, Relational bullying is padrão de 0,773. O inquérito constituindo a forma mais fre- at its most powerful in foi aplicado durante o mês de quente para o feminino the middle years, with Dezembro de 2010, em três «Andaram a falar mal de mim the onset of adoles- Agrupamentos de escolas dos e disseram segredos» e para o cence and the accom- concelhos de Braga e Vila masculino «Chamaram-me panying physical, Nova de Famalicão. Caracteri- nomes ou gozaram-me de for- mental, emotional and zou-se a frequência das múlti- ma desagradável». Conhecer o sexual changes. It is a plas formas de vitimação com fenómeno em profundidade, e time when young base na aplicação de uma ver- numa perspetiva contextuali- são digital adaptada (Costa & zada, é uma necessidade de teens are trying to Pereira, 2010) do questionário primeira ordem aos agentes figure out who they de auto-relato (Olweus, 1989; educacionais, para evitar, quer are and trying to fit in Pereira, 2008), sobre o bull- seja a banalização ou, a sobre with their peers”. ying no contexto escolar, tendo valorização de comportamen- -se selecionado para o efeito as tos agressivos entre pares no percentagens somadas resul- território escolar”. tantes das ações de natureza Barbara Coloroso, Disponível on-line» física, verbal, relacional e de The bully, the bullied and carácter sexual. Relativamente the bystander à frequência e às múltiplas for- mas das situações de compor- tamentos de vitimação, obser- va-se que em termos globais o género feminino apresenta maior envolvimento compara- tivamente ao masculino. Quando a análise recai sobre a 26

Challenging homophobia in schools: policies and pro- grams for safe school climates / Desafiando a homofobia

nas escolas: políticas e programas para climas escolares

seguros (2011)

De Stephen T. Russell: “A seguros. Neste artigo reviso o “(…) estamos perante homofobia nas escolas tem que se sabe sobre políticas e bulying quando há um sido foco crescente de atenção programas que promovem a abuso de poder agres- científica e do público nos segurança para estudantes sivo, sistemático e Estados Unidos da América. LGBT bem como para estu- continuado no espaço Um corpo bem estabelecido de dantes heterossexuais nas e no tempo. A impor- pesquisa documenta o bull- escolas. Um corpo crescente de tância deste fenómeno ying, assédio e falta de segu- trabalhos indica que as seguin- em meio escolar deve- rança na escola para estudan- tes estratégias estão associadas se aos impactos que tes lésbicas, gays, bissexuais e com climas escolares mais transgéneros (LGBT). Este tra- seguros para estudantes ele tem sobre o clima balho deixa claro que a escola LGBT: regulamento detalhado da escola, o sucesso, a e as culturas jovens contempo- de não-discriminação e anti- auto-estima, as altera- râneas são caracterizadas por bullying; intervenção dos pro- ções de personalidade normas rígidas de género e fessores quando o assédio e outras consequên- sexualidade (incluindo a ocorre; disponibilidade de cias, físicas ou psico- homofobia e expectativas a informação e apoio sobre lógicas, com reflexos respeito da masculinidade, questões LGBT para os estu- nos resultados escola- feminilidade e heterossexuali- dantes; presença de grupos de res: absentismo, isola- dade); sendo que o bem estar apoio ou clubes com base na de estudantes que não se con- escola (frequentemente deno- mento, abandono da formam ou desafiam estas minados "alianças gay- escola e perda de con- normas é muitas vezes preju- hetero"); e inclusão curricular fiança”. dicado. Em anos recentes o de pessoas e questões LGBT. foco de análise deslocou-se da No contexto desta pesquisa, Nazaré Barros, situação de cada aluno para o discuto vários temas chave a reconhecimento de que o con- serem considerados por edu- Bullying—Violência nas texto e clima escolares preci- cadores, legisladores e acadé- Escolas sam ser entendidos melhor micos”. para prevenir o bullying moti-

vado por algum viés e promo- Disponível on-line em inglês » ver a segurança na escola e o bem-estar dos estudantes. Durante a última década diversos estudos identificaram políticas, programas e práticas educacionais específicas que promovem climas escolares 27

Bullying escolar: programas de intervenção preventiva (2011)

De Beatriz Oliveira Pereira et Disponível on-line» al.. Livro digitalizado.

-Falas demais — disse Jack Merridew. - Cala- te, Fatty («Gordo»). Ouviram-se risadas. - Não se chama Fatty — gritou Ralph. — O ver- dadeiro nome dele é Piggy! - Piggy! - Piggy! - Ei, Piggy! Riram-se às gargalha- das. Até o mais pequeno entre eles se juntou à paródia. Por momentos, os rapazes formaram O bullying na escola: a prevalência e o sucesso escolar um círculo cerrado de (2010) simpatia que excluiu Piggy. Este corou até à Artigo de Paulo Costa e Beatriz nos diferentes níveis do ensino Pereira: “Uma versão modifica- básico (do 1º ao 6º anos), atra- raiz dos cabelos, incli- da do questionário de Olweus vés da diferenciação e caracteri- nou a cabeça e limpou (1989) para a língua portuguesa zação dos grupos «não envolvi- mais uma vez os óculos. sobre o bullying no contexto dos», «vítimas», «agressores», escolar foi aplicada a uma amos- «vítimas e agressores» e «não William Golding tra de 3.891 alunos, com idades respondeu». compreendidas os 5 e os 16 O Deus das Moscas anos, pertencentes a um conjun- Disponível on-line» to de treze Agrupamentos de escolas do ensino básico do Dis- trito de Bragança, no Nordeste de Portugal. O objetivo do estu- do foi o de analisar a prevalên- cia do bullying nos alunos com sucesso ou insucesso escolar, 28

Measuring Bullying Victimization, Perpetration, and By- stander Experiences: A Compendium of Assessment Tools

(2011)

“(…) embora a parte Publicação do National Center (E.U.A.) mais prejudicada seja for Injury Prevention and Con- a vítima, as feridas trol of the Centers for Disease Disponível on-line » infligidas às testemu- Control and Prevention nhas silenciosas não são menos profundas. Sentem-se cada vez Who bullies and who is bullied online? A study of 9-16 year old internet users in 25 European countries (2011) mais inseguras, menos iguais a si mesmas e Publicação da EU Kids Online: ing online are not very differ- mais impotentes. É ent from those bullied or bul- como se, por trás das “A survey of around 25,000 lying offline except in that they European children that use the suas risadas e das suas make use of the affordances of internet aged 9-16 years old piadas, por trás da sua the internet (e.g. the chance to revealed that: aparente satisfação e meet new people online or to carapaça protetora, se - Online bullies and those be- network with peers). ing bullied online are those escondesse o receio de Those children who are caus- children who are mostly also - se verem no lugar da ing harmful experiences online vulnerable offline. This sup- vítima, de que o to others in form of bullying ports previous findings that are often the very same ones agressor encontrasse those children who already being bullied online by others, em algum deles outro face problems offline are not some of them known and some alvo sobre o qual only in need of support in their unknown to them offline. pudesse praticar as offline but also their online suas ações nefastas, o lives. This includes children (…) who have psychological diffi- que as mantém numa On a positive note and to keep culties, are socially excluded posição de aliados these findings in perspective it (ostracised), engage in un- incondicionais, tudo was shown that 93% of Euro- healthy sensation seeking be- devido ao medo”. pean children have neither haviours or are in some way or been bullied nor bullied others another members of a vulner- online”. (p. 7) Nora Rodríguez, able group.

Bullying, Guerra na - Children who are bullied Escola and/or bully others online Disponível on-line » have similar demographic and psychological profiles to those who are bullied and/or bully offline. It is suggested that those children bullied or bully- 29

Crença no Mundo Justo, Coping e Bem-estar em vítimas de Bullying (2010) cov- ers a wide range of behaviour from name Dissertação de Mestrado de um questionário, aplicado a calling to physical Inês Vicente: “Perante o uma amostra de vítimas de aumento drástico de episódios bullying (N=189) entre os 11 sexual assault. (…) de bullying, torna-se essencial aos 19 anos. Os resultados indi- Examples of sexist compreender a forma como as cam que a CMJ influencia posi- incidents include: vítimas de bullying lidam com tivamente o bem-estar das víti-  Abusive, sexual- este fenómeno. Neste segui- mas de bullying, e que esta rela- ised mento, o presente estudo defi- ção é mediada pela estratégia  Unwelcome looks niu como principal objetivo de coping “assimilação da injus- and comments about compreender a relação entre a tiça”. Conclui-se que as estraté- someone's appear- crença no mundo justo (CMJ) e gias de coping, nomeadamente ance or attractive- o bem-estar das vítimas de bull- a “assimilação da injustiça”, ying, testando a mediação desta detêm uma importância funda- ness; either face to relação através das estratégias mental para as vítimas de bull- face or to others de coping a que as vítimas ying, permitindo a manutenção  Spreading rumours recorrem. Para testar esta hipó- do seu bem-estar”. of a sexual nature

tese procedeu-se à operaciona-  Inappropriate and

lização das variáveis CMJ, uninvited touching Coping e Bem-estar através de Disponível on-line»  Inappropriate sex- ual innuendo and/or Bullying e as ações de enfermagem: uma revisão integrati- proposition va (2010)  Graffiti with sexual content De Natália Peixoto dos Santos: estão fazendo para minimizar e  Display/circulation “Com a análise de dados de 19 prevenir essas situações de vio- of inappropriate ma- artigos sobre o fenómeno bull- lência nas escolas”. terial of a sexual na- ying e as ações de enfermagem, ture buscou-se conhecer o que os Disponível on-line»  Badges or clothing profissionais de enfermagem depicting inappropri- ate sexual innuendo Bullying no contexto escolar: intimidações entre pares or language (2010)  In its most extreme form, sexual assault Dissertação de Mestrado de or rape Regina Souza.

bullying.co.uk Disponível on-line»

30

O impacto do bullying na escola (2010)

De Miguel Ângelo Nascimento ção professor-aluno, mas na “As vítimas, frequente- dos Santos: “Este trabalho relação aluno-aluno. O presen- mente, têm um senti- procura compreender as con- te estudo foi realizado com o mento de insegurança tribuições dos significados uso de métodos quali- que as impede de solici- contidos nos relacionamentos quantitativos para verificar a tar ajuda. Fazem poucas entre alunos para desvendar o presença de bullying na escola, amizades, são passivos e que é o bullying na escola a forma como atua e os tipos não reagem aos atos de diante das desigualdades que de bullying. Foram aplicados agressividade. Muitos fazem das vidas de professores questionários aos alunos de e alunos, alvo de interrogações uma turma de sétima série e passam a ter prejuízos no sobre o futuro da escola como de uma turma de oitava série. seu desempenho escolar, espaço de construção da pes- O estudo qualitativo teve por recusam-se a ir para a soa e de valores de relaciona- base as entrevistas semi- escola e às vezes simu- mento. Entre estas interroga- estruturadas, aplicadas à Dire- lam doenças. Não raro ções investiga-se, se a escola toria da escola, à Orientadora trocam de colégio ou ainda é um espaço para o alu- Educacional, duas professoras abandonam os estudos. no, e qual a posição do profes- e uma funcionária. A situação A presença de transtor- sor diante do bullying. As rela- dos alunos aponta para a inte- nos mentais em vítimas ções sociais na escola têm ração entre desigualdades de bullying também é diante do bullying possibilida- sociais e desigualdades escola- des e constrangimentos que no res, e nas perceções dos pro- evidenciada. Estudos momento não afetam positiva- fessores estão presentes as apontam que crianças mente o desempenho escolar. dificuldades do bullying pro- vitimizadas podem apre- No entanto, aqui não se dá duzir um bom relacionamento sentar risco de suicídio, ênfase ao desempenho escolar, entre a escola e as famílias”. depressão, ansiedade e buscando entender aspetos da problemas de relaciona- Escola que não estão na rela- Disponível on-line » mento”.

Moura et al., 2011: 20

31

Indisciplina e violência na escola: factores de risco: um estudo com alunos do 8º e 10º anos de escolaridade (2010)

Tese de Mestrado de Maria Fer- agressão e disrupção escolar “(…) os estudos sobre a nanda Velez: “A presente inves- entre alunos de anos de escola- violência escolar efe- tigação tem como objetivo geral ridade diferentes (8º e 10º ano) tuados nos EUA indi- conhecer as representações que e cursos diferentes (Cursos cam que, de uma forma os alunos do 8º e 10º anos de Científico-Humanísticos e Cur- geral, a maioria dos escolaridade têm acerca da sos Profissionais). Os sujeitos agressores e das vítimas indisciplina e da violência na da amostra foram alunos do 8º é do sexo masculino e escola. Foram formuladas doze e 10º anos de escolaridade que que as raparigas e os questões de estudo com o pro- frequentavam uma escola pósito de analisar a distribuição secundária do distrito de Setú- rapazes manifestam o dos alunos pela vitimização, bal, num total de 196”. seu comportamento de agressão e disrupção escolar, forma diferente. As bem como a existência de dife- raparigas expressam o Disponível on-line» renças estatisticamente signifi- seu comportamento cativas nos itens da vitimização, agressivo através da agressão indireta, deno- As implicações do bullying na auto-estima de adolescentes minada manipulação (2010) social, e da agressão verbal. Por sua vez, os Artigo de Cláudia Bandeira e superior de autoestima em rela- rapazes tendem a apre- Claudio Hutz: “O objetivo do ção às meninas. Verificou-se sentar um comporta- presente estudo foi investigar que, em relação aos meninos, o mento violento anti- possíveis diferenças na autoesti- grupo de testemunhas apresen- social que se expressa, ma de adolescentes envolvidos tou maior média de autoestima sobretudo, pela agres- em bullying, enquanto agresso- que o grupo de vítimas. Em rela- res, vítimas, vítimas/agressores ção às meninas, o grupo de são física”. ou testemunhas, por sexo. Parti- agressoras apresentou média ciparam 465 adolescentes, sen- mais alta que o grupo de víti- Velez, 2010: 55 do 52,7% do sexo masculino. Os mas/agressoras. Concluiu-se instrumentos utilizados foram que o bullying apresenta dife- um questionário sobre bullying rentes implicações na autoesti- e a Escala de Autoestima de ma de meninas e meninos Rosenberg. Os resultados apon- envolvidos em diferentes papéis. taram para uma interação entre Novos estudos para esclarecer sexo e papéis de bullying em algumas dessas questões são relação à autoestima. Testes propostos”. Post Hoc demonstraram que, no grupo de vítimas/agressores, os Disponível on-line» meninos apresentaram média 32

Comportamentos de bullying e conflito com a lei (2010)

De Isabela Zaine, Maria de ano. Observou-se maior inci- Jesus Reis e Ricardo Padovani: dência de autoria de bullying “Bullying define-se como uma do que de intimidação por

forma de agressão física, psi- colegas, mostrando-se estatis- cológica ou sexual de caráter ticamente significativa persecutório e repetitivo, (p<0,022). Participantes em Em Portugal, os estudos geralmente envolvendo pares. semiliberdade relataram haver sobre o bullying (…) Este estudo investigou com- sido tanto alvo quanto autores revelam que os rapazes portamentos de bullying em 16 de bullying em maior propor- são mais frequentemente adolescentes do sexo masculi- ção do que os da liberdade vítimas de ameaças e de no em conflito com a lei, que assistida (p<0,038). A intimi- agressões físicas, cumpriam medidas socioedu- dação não se restringia somen- enquanto que as rapari- cativas em regime de semili- te a colegas, mas generalizava- berdade e liberdade assistida. se a adultos. Resultados apon- gas são com maior fre- Os dados foram coletados indi- tam a necessidade da investi- quência vítimas de vidualmente por meio de um gação sobre a relação entre o agressões indiretas como questionário adaptado de con- comportamento de bullying e rumores pejorativos e flitos na escola. Todos os parti- indivíduos infratores”. exclusão social. cipantes relataram terem sido vítimas ou autores de bullying Disponível on-line » Velez, 2010: 55 ao menos uma vez no último

Bullying Interventions in schools: Six major approaches (2010)

Workshop de Ken Rigby, da Disponível on-line » University of South Australia.

33

Bullies, vítimas, bullies-vítimas e bystanders: a empatia e

a regulação emocional da auto-eficácia (2009) “As investigações reali- zadas permitiram dis- Dissertação de Mestrado de quando os participantes se tinguir dois tipos de Ana Sofia Alves de Almeida: identificavam como vítimas, e, vítimas: as vítimas “Este estudo tem em vista com- quando os participantes se submissas ou passivas preender a relação dos diferen- identificavam como bully- (as mais comuns) e as tes intervenientes que atuam no vítimas, ambas relacionadas vítimas ativas ou pro- processo de bullying – bullies, com a idade. Porém houve vocadoras. (…) As vítimas, bully-vítimas e bystan- resultados não esperados, vítimas submissas ou ders - com a empatia, a regula- nomeadamente, não se obteve passivas não respon- ção da auto-eficácia, a idade e o nenhum resultado significativo dem quando são ataca- sexo. Com uma amostra de 256 quando os participantes se das, transmitindo, estudantes da região de Lisboa, identificavam como bullies e assim, uma imagem de através da utilização de um também não se conseguiu apu- fraqueza, vulnerabili- questionário, verificou-se uma rar resultados em relação à dade, insegurança, sub- relação positiva significativa empatia. Contudo, o trabalho missão e falta de rea- dos participantes que se identi- refletiu que é importante dar ção. São crianças/ ficam como bystanders com a mais atenção ao papel exercido jovens ansiosos, idade e com uma tendência pelos participantes que se iden- depressivos, sensíveis, relativa ao sexo. Também se tificam como bully-vítimas e reservados/ obteve uma relação positiva sig- bystanders de modo a comple- introvertidos, tímidos, nificativa dos participantes que mentar a eficácia nos progra- infelizes e possuem se identificam como vítimas mas de intervenção de preven- baixa auto-estima com a gestão de stress. Por ção ao bullying”. outro lado, verificaram-se rela- (Olweus, 1998). Apre- Disponível on-line» ções negativas significativas, sentam uma constitui- ção física mais débil e têm maior tendência Bullying nas escolas brasileiras: resultados da Pesquisa para ideias suicidas do Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) (2009) que os seus iguais. Têm poucos amigos, relacionam-se melhor De Deborah Malta et al.: “O Federal. Trata-se de estudo com os adultos do que objetivo deste estudo é identifi- transversal feito com 60.973 com os seus pares e car e descrever a ocorrência do escolares de 1.453 escolas públi- dirigem a sua raiva bullying, episódios de humilha- cas e privadas”. para dentro de si pró- ção ou provocação perpetrados prias, o que as leva a pelos colegas da escola, entre desenvolver problemas estudantes do 9º ano do ensino Disponível on-line» a nível interior”. fundamental de escolas públicas e privadas das 26 capitais dos Velez, 2010: 57 estados brasileiros e do Distrito

34

School-Based Programs to Reduce Bullying and Victimiza- tion (2009)

De David P. Farrington e the pitfalls of previous reviews As vítimas provocadoras Maria M. Ttofi editado pelo and explain in detail how the caracterizam-se por uma U.S. Department of Justice: present systematic review and combinação de padrões “This report presents a sys- meta-analysis addresses the de resposta ansiosa e tematic review and meta- gaps in the existing literature agressiva (…). Trata-se analysis of the effectiveness of on bullying prevention”. de alunos que revelam programs designed to reduce problemas de concentra- perpetration

ção e dificuldades na and victimization (i.e. being Disponível on-line » leitura e na escrita, bullied). The authors indicate podendo alguns ser con- siderados hiperativos Um estudo sobre o bullying no contexto escolar (2009) (…). O seu comporta- mento provoca senti- De Paulo César Barros et al.: mento em Estudos da Criança, mentos de irritação e “Este estudo relaciona-se com os quais estão em desenvolvi- tensão que conduzem a outros na área do bullying na mento e que possibilitaram o escola e procura analisar os aprofundamento das questões reações negativas dos conceitos e características dos norteadoras dos eixos temáti- colegas e inclusivamente comportamentos de bullying e cos relativos ao presente estu- da própria turma. as possibilidades de interven- do, que vem de encontro com ção através das atividades o tema relacionado à violência lúdicas para a melhoria das dentro da escola. Contudo, a Velez, 2010: 57 relações no contexto escolar. intenção deste estudo em rela- Tem como objetivo o entendi- cionar a violência com o lúdi-

mento dos conceitos e caracte- co, o lazer com a escola, seria

rísticas dos envolvidos com o propor mudanças significati-

fenómeno e ainda o reconheci- vas que possam prevenir as mento das formas de vitimiza- brigas, os conflitos e as confu- ção e sinais que possibilitem a sões e contribuir para melho- identificação e auxílio das víti- rar o ambiente escolar através

mas, tendo como instrumento do desenvolvimento de com-

de intervenção as atividades petências sociais de coopera- lúdicas e recreativas desenvol- ção aprendidas em jogos, brin- vidas na escola. Este estudo de cadeiras e ações que oportuni- caráter qualitativo, aparece na zem momentos de alegria, sequência de uma análise da integração e confraternização, revisão de literatura e do estu- nos quais, as crianças possam do de pesquisas de intervenção não apenas vivenciar o lúdico, já realizadas em diversos paí- mas também expressar o seu 35 ses, no âmbito do doutora- ímpeto em condições definidas

e seguras, que permitam a liberação de sua agressividade espontânea e desta forma apren- dam a respeitar, conviver e reconhecer o outro por meio das atividades lúdicas”. Disponível on-line »

“When you look at school violence, what elevates risk is a whole bunch of things—violence in the family, violent television, bullying and being bul- lied, a culture that promotes violence as a successful way of getting what you want”. Howard Spivak , Journal of the American Medical Association, Abril 2000

Descrever o bullying na escola: estudo de um agrupamento de escolas no interior de Portugal (2009)

De Beatriz Pereira et al.: “O objetivo desta em cada quatro crianças foi vítima de agressão investigação foi diagnosticar o bullying na pelos pares três ou mais vezes, na escola; veri- escola e caracterizar as crianças vítimas quan- fica-se que existe grande diversidade de tipos to à prevalência, formas e locais de ocorrência de bullying, sendo os mais difundidos o recur- do bullying. Também pretendemos, com base so ao insulto seguido da agressão física. Quan- nos resultados e no conhecimento sobre pro- to aos locais, o recreio foi o espaço mais men- gramas de intervenção implementados, des- cionado apesar de ser um espaço muito valori- crever um plano a ser levado a cabo pelo agru- zado pelas crianças. Os valores percentuais pamento em estudo. Foi aplicado um questio- registados recomendam a intervenção que des- nário adaptado de Olweus num agrupamento crevemos de forma sumária”. de escolas do Nordeste Transmontano, no interior de Portugal. As conclusões apontaram para a disseminação do bullying, cerca de uma Disponível on-line »

Bullying: Descrição e comparação de práticas agressivas em modelos de recreio escolar entre crianças do 1º ciclo (2009)

Dissertação de Mestrado de Ana Paula Cunha em Ciência do Desporto. Disponível on-line »

Violência entre pares no contexto escolar em Portugal, nos últimos 10 anos (2009)

“(…) os estudos mostram De Margarida Gaspar de Ma- (enquanto provocado e provo- que os agressores são, tos et al.: “O objetivo do pre- cador) e algumas variáveis usualmente, crianças ou sente artigo é caracterizar bull- preditoras, variáveis compor- jovens que revelam pou- ying/provocação nos jovens tamentais. A maior parte das ca empatia e que apre- Portugueses e os diferentes variáveis comportamentais sentam uma constituição tipos de vítimas e agressores, ligadas ao risco está a associa- física mais robusta do assim como comportamentos e da positivamente e significati- que os seus pares. De as competências associadas. vamente com todos os com- uma forma geral, perten- São apresentados os resulta- portamentos de bullying. 2)É cem a famílias pouco estruturadas, caracteriza- dos do estudo internacional analisado o impacto de deter- das por um fraco relacio- em colaboração com a OMS, minados fatores no envolvi- namento afetivo entre os Health Behavior School Aged mento em situações de bull- seus membros, por uma Children ao longo de três estu- ying desenvolveu-se um mode- insuficiente supervisão dos 1998; 2002 e 2006 (Matos lo explicativo. De acordo com da parte dos pais ou dos et al., 2001, 2003, 2006). É este modelo, os principais con- responsáveis pela sua apresentada a comparação da textos de vida (família, amigos, educação/formação e violência e dos padrões de pro- colegas e professores) estão pela existência de com- vocação ao longo dos 3 estu- relacionados com o bullying portamentos violentos no dos. De seguida são apresenta- através do seu impacto na seio da família como for- dos dois estudos de investiga- satisfação com a escola e nos ma de solucionar confli- ção aprofundados: 1) é analisa- sintomas físicos e psicológi- tos”. da a associação entre uma cos”. série de diferentes tipos de Velez, 2010: 60 Disponível on-line » comportamentos de bullying

Violência na escola: uma questão sociológica (2009)

De João Sebastião.

Disponível on-line »

37

Bullying nas escolas: comportamentos e percepções (2009)

De Margarida Gaspar de Matos et al.: “O pro- veis comportamentais (consumo de álcool, pósito do presente estudo foi o de investigar os drogas e porte de armas) e cognitivas/ comportamentos de bullying entre estudantes percepções (percepção de satisfação com a vida de escolas públicas em Portugal. A nível espe- e percepção de segurança na escola). Foram cífico procurou-se analisar a associação entre utilizados os dados provenientes da Base de uma série de diferentes tipos de comportamen- Dados Portuguesa da HBSC, Health Beha- tos de bullying (enquanto provocado e provo- viour in School-Aged Children de 2002”. cador) e algumas variáveis preditoras, variá- Disponível on-line »

Violence in Portuguese schools (2009)

Artigo de Susana Carvalhosa et al. publicado clusions from Portuguese experts in the field of no International Journal on Violence and school violence and implications for commu- School, n°9, September 2009: “The present nity-based prevention programs to be devel- article presents the situation of violence in oped in this regard. Finally, the paper points schools in Portugal. It aims to provide a revi- toward future directions for further studies in sion of the literature with regards to both offi- order to deepen our knowledge and ability to cial statistics and research studies conducted prevent violence in schools”. in the areas of violence, such as delinquency,

aggression, bullying, and indiscipline in the Disponível on-line » educational system. It reports the major con-

Bullying na escola: comportamento agressivo, vitimização e conduta pró-social entre pares (2009)

Artigo de Adriano Calbo: “Este estudo analisou escola particular do município de Canoas (RS) a ocorrência de bullying na escola, consideran- [Brasil]. Participaram da pesquisa 143 estu- do os comportamentos agressivos e de vitimi- dantes de ambos os sexos, na faixa etária com- zação, assim como características pró-sociais preendida entre 9 e 15 anos”. em estudantes de quinta e sexta séries de uma Disponível on-line »

Diferenças de género nos comportamentos de bullying: contributos da neurobiologia (2009)

“Para além das vítimas e De Sónia Raquel Seixas: vamente aos comportamentos dos agressores, alguns “Sendo consensual entre a de bullying manifestados pelas autores fazem referência esmagadora maioria das inves- raparigas (fundamentalmente indirectos e relacionais), sur- aos observadores, os tigações empíricas sobre o fenómeno bullying, a existên- giu o desafio de procurar uma quais não se envolvem cia de uma diferença significa- explicação de cariz biológica diretamente em atos de tiva entre os comportamentos para essa diferença”. bullying. De um modo de bullying manifestados pelos geral calam-se, por rapazes (fundamentalmente recearem ser a próxima directos e físicos), comparati- Disponível on-line » vítima, por não saberem como agir e por não acreditarem nas políticas Violência e bullying na escola: um estudo exploratório no de atuação da escola. 5º ano de escolaridade (2009) Este clima de silêncio pode ser interpretado De Filipa Espinheira et al.: “O com os encontrados por outros presente estudo pretende des- autores sobre as diferenças pelos agressores como crever e analisar a prevalência entre rapazes e raparigas. afirmação do seu poder, das práticas agressivas e bull- Assim, o género masculino é ajudando a fomentar e a ying em contexto escolar, utili- aquele que apresenta mais víti- validar a continuação das zando uma amostra de 120 mas (71,2%) e, simultanea- condutas agressivas. A estudantes do 5º ano de esco- mente, mais agressores maioria dos observado- laridade. Através do questio- (77,6%). Finalmente, descreve- res simpatiza com as nário de Olweus, adaptado por mos outras variáveis relacio- vítimas, tendendo a não Pereira (2002), encontrámos nadas com este fenómeno, as culpar pelo ocorrido, uma elevada percentagem de como a frequência e a forma alunos que já foi vítima de prá- das agressões”. condena o comporta- ticas agressivas ou bullying mento dos agressores e (44,7%). Além disso, os nossos deseja que os professo- resultados são consistentes Disponível on-line » res intervenham de for- ma mais eficaz”. Recognizing bullying as aggression: a guide for school Velez, 2010: 61 counselors (2009)

Trabalho no âmbito de

Mestrado de Jenette Walters. Disponível on-line »

39

An Evaluation of the Olweus Bullying Prevention Program’s Effectiveness in a High School Setting (2009)

Dissertação de Doutoramento de Raymond Alan Bullying Prevention program has demonstrated Losey: “An ecological approach to bullying pre- effectiveness in elementary schools yet has lim- vention is critical for the reduction of bullying ited research on its effectiveness in high schools. and victimization. Any intervention imple- Considerable research has demonstrated the ef- mented in a school to reduce bullying should in- fectiveness of Olweus Bullying Prevention pro- clude a variety of targets on all levels of the ecol- gram in reducing bullying, victimization and ogy and these interventions need to be sustain- other school related problems. However, less is able by the school following introduction of the known about the program’s impact to reduce intervention. Schools are more aware today that bullying behaviors in high school settings. bullying victimization causes harm to all those The present study aimed at evaluating the involved. Victims of school bullying suffer from Olweus Bullying Prevention program in a high increased mental health problems, perpetrators school setting. Two high schools in the Midwest- of bullying are more likely to enter the legal sys- ern region participated in the study with one tem and school communities have a more nega- school as the experiment school by implement- tive school culture that makes it harder for stu- ing the Olweus program during one academic dents to learn. year”. States are requiring schools to be more account- able for eliminating bullying in school and Disponível on-line» schools respond by implementing research- based bullying prevention programs. The Olweus

Análise de factores associados ao comportamento Bullying no ambiente escolar: carac- terísticas cineantropométricas e psicossociais (2009)

Dissertação de Mestrado de Gustavo Levandoski, apresentada na Universidade do Estado de Santa Disponível on-line» Catarina, Brasil.

40

A violência como factor de vulnerabilidade na óptica de adolescentes escolares (2008) The International Obser- vatory of Violence in the Estudo de Marta Angélica Iossi temática baseando-se em prin- School Environment is a Silva e Beatriz Oliveira Pereira cípios hermenêuticodialéticos. N o n - Governmental editado pelo Centro de Investi- A violência social, em particu- gação em Educação e Psicolo- lar a delinquência juvenil, Organisation whose gia da Universidade de Évora: comunitária e escolar é apon- main aims are: “O objetivo deste estudo foi tada enquanto um fator de vul- compreender como é que os nerabilidade o que nos leva a 1. To collect, promote adolescentes escolares perce- considerar que para impedir- and disseminate around bem a violência em suas dife- mos a sua (re)produção, as the world inter- rentes formas e expressões e iniciativas sócio-políticas disciplinary studies of em que medida cada uma des- devem procurar responder aos the phenomenon of vio- tas dimensões é percebida desafios de tirá-la da clandes- lence in the school envi- como fator de vulnerabilidade. tinidade; compreender melhor ronment. O estudo é de natureza quali- o seu processo de produção e tativa, utilizando como técnica formar profissionais compro-

de coleta de dados entrevistas metidos no seu enfrentamen- 2. To conduct scientific semi-estruturadas a adoles- to”. evaluation of the studies centes de 10 a 19 anos. A análi- and analyses published se dos dados foi realizada por on the subject of violen- meio da análise de conteúdo Disponível on-line » ce in the school environ- ment. Intimidações na Adolescência: expressões da violência 3. To conduct scientific entre pares na cultura escolar (2009) evaluation of public pro- Dissertação de Mestrado em grammes and policies to Psicologia pela Universidade combat this phenome- Disponível on-line » Federal de Pernambuco. non.

(Continua) Bullying Prevention Program: Possible Impact on Aca- demic Performance (2009)

“The research conducted ship between the implementa- sought to find the effect of the tion of the Olweus Bullying implementation of the Olweus Prevention Program and the Bullying Prevention Program change in academic perform- on the academic performance ance, as measured by the of students in the third Measures of Academic Pro- through eighth grade. The gress (MAP) assessment”. 41 study examined the relation- Disponível on-line »

Cross-national time trends in bullying behaviour 1994– 2006: findings from Europe and North America (2009)

De Michal Molcho et al., este countries. Geographic patterns estudo internacional inclui Por- show consistent decreases in 4. To make an tugal: “Objectives: To identify bullying in Western European ongoing assess- trends over 12 years in the countries and in most Eastern ment of violence in prevalence of bullying and asso- European countries. An in- the school environ- ciated victimization among ado- crease or no change in preva- ment around the lescents in North American and lence was evident in almost all world and publish European countries. Methods: English speaking countries par- it regularly. Cross-sectional self-report sur- ticipating in the study

veys were obtained from na- (England, Scotland, Wales, Ire- 5. To draw up and tionally representative samples land and Canada, but not in the of 11–15 year old school chil- USA). Conclusion: Study find- disseminate around dren in 21 countries in 1993/94 ings demonstrated a significant the world concrete and in 27 countries in each of decrease in involvement in bul- proposals for 1997/98, 2001/02 and lying behaviour in most partici- action in the field 2005/06. Measures included pating countries. This is en- based on the results involvement in bullying as ei- couraging news for policy- of scientific stu- ther a perpetrator and/or vic- makers and practitioners work- dies. tim. Results: Consistent de- ing in the field of bullying pre-

creases in the prevalence of bul- vention”. 6. To assist in the lying were reported between Disponível on-line» training of teachers 1993/94 to 2005/06 in most and professionals.

An investigation of bullying according to classroom cli- 7. To provide trai- mate (2009) ning in research on violence in the De Elif Bilgiç et al.: “The pur- in bullying. The sample of this school environ- pose of this study was to investi- research was based on three ment and to sup- gate three types of students’ per- state schools in Avcılar, Istan- ceptions of classroom climate in bul”. port young resear- primary schools: Bullies, vic- chers wishing to Disponível on-line» tims, and students uninvolved undertake work in this field. Mental and somatic health complaints associated with The international ob- school bullying between 10th and 12th grade students; re- servatory of violence in sults from cross sectional studies in Oslo, Norway (2008) the school environment

De Lars Lien et al. Disponível on-line» 42

Students' perceptions of bullying after the fact: a qualitative study of college stu- dents' bullying experiences in their k-12 schooling (2008)

Dissertação de Doutoramento de William P. purchased, or the style of the clothes, several Williams: “Today students confront more than participants were bullied and bullied others writing, reading, and arithmetic in school. Stu- because of clothing. Participants’ definitions of dents witness and participate in various forms bullying were from the perspective of those of bullying at an alarming rate. As educators who are bullied, bully, and who have witnessed we must help create an environment that is bullying, and included defining emotional bul- conducive for all students to learn. This study lying. Other students noted in their definitions examines college students’ definitions and per- the role of groups and the role of power in inci- ceptions of incidents of bullying that they wit- dents of bullying. Unique to this study were nessed, or where they were the victim or per- participants’ recollections of regrets. These re- petrator. Through 41 in-depth interviews and grets were from those participants who had utilizing the constant comparative method of participated as a bully or as a witness. In addi- analysis, themes were identified including rea- tion, themes that emerged in the data in- sons students bully and are bullied, such as: cluded: how students perceive teachers’ in- weight, size, clothing, being perceived as dif- volvement in incidents of bullying, ways to re- ferent, sexual preferences, and placement in duce bullying in schools, where bullying oc- special education. Clothing as a reason for bul- curs, and why some people bully”. lying emerged as a theme that was echoed by many of those interviewed. Whether it was the Disponível on-line » brand name of the clothes, where they were

Managing and handling indiscipline in schools. A research project (2009)

De Isabel Freire e João Amado: “This research methodologies (pupils’ questionnaires) have project is focused on eight case studies held in been used”. schools of different grades, located in the centre

of Portugal. Both qualitative (interviews and Disponível on-line » ethnographic observation) and quantitative

School violence in Spain (2009)

De Rodriguez Basanta Anabel et al.: “Research cludes the impact made by the school and so- into violence in schools in Spain developed cial context. Some studies focus on a reduction from the second half of the 90’s as part of a of violent events in school over recent years. wider concern with juvenile violence. Studies However, there are still research subjects to on the subject progressed tentatively. Initially, explore from the criminological point of view” the objects of the research focused on consider- Disponível on-line » ing pupils as a threat to teachers and to their peers whereas, nowadays, the approach in-

Um estudo sobre bullying entre escolares do Ensino Fundamental (2008)

De Marcos Vinicius Francisco et al.: “A pre- vitimizado, e opiniões dos participantes sobre sente pesquisa, de natureza quali- o enfrentamento do problema. O questioná- quantitativa, teve como objetivo caracterizar rio utilizado baseou-se em estudos de Elliott o bullying em duas escolas públicas estaduais (1992) e Olweus (1991). Os resultados permi- de Presidente Prudente-SP, através da aplica- tiram caracterizar as dimensões do bullying ção de questionários semi-aberto, em duzen- na realidade estudada, bem como constatar tos e oitenta e três alunos de 5as e 8as séries, sua presença no ambiente escolar, o que quanto à: frequência, gênero, local e idades requer mais atenção dos profissionais da edu- prevalecentes de acometimento do bullying, cação para o enfrentamento do fenómeno”. tipos, local de residência do aluno, efeitos Disponível on-line » sobre o comportamento e sentimentos do

Pour une approche contextuelle de la violence. Le rôle du climat d'école (2009)

De Cécile Carra: “L'expérience de la reléga- met en évidence l'importance de trois compo- tion socio-scolaire apparaît constitutive de santes du climat d'école – le climat de travail, l'expérience de violence des écoliers sco- éducatif et de justice – sur le climat de vio- larisés dans les écoles concentrant les enfants lence montrant simultanément les liens étro- des familles les plus vulnérables des milieux its entre rapport au travail scolaire et à l'école populaires. Le climat d'école pèse cependant d'une part et rapport aux autres et aux nor- sur les processus de construction- mes scolaires de comportement d'autre part”. déconstruction de cette expérience, l'exacer- Disponível on-line » bant ou au contraire l'atténuant. L'analyse

Deviance and violence in schools. A review of the evidence in England (2009)

Artigo de Carol Hayden: “The article outlines developments targeted at reducing problem the nature and development of the debate behaviour in and around schools are discussed. about deviance and violence in schools in Eng- land. It explains disciplinary differences in the use of terminology. The focus is on summaris- ing the most recent evidence about the nature Disponível on-line » and extent of these issues. Policy and practice

Cyber bullying: the role of traditional bullying and empathy (2009)

De Georges Steffgen e Andreas König: “Do vic- Do cyber bullies lack empathic responsiveness?” tims of bullying tend to be also cyber bullies? Disponível on-line »

The role of empathy for adolescents’ cyberbullying behavior (2009)

De Georges Steffgen et al.: “...it was observed of view the findings suggest that training of that cyber bullies demonstrated less empathic empathy skills might be an important tool in responsiveness than non-bullies. The findings decreasing cyberbullying. confirm and substantially extend the research on the relationship between empathy and ag- Disponível on-line » gressive behaviour. From an educational point

A new definition and scales for indirect aggression in schools: results from the longi- tudinal comparative survey among five countries (2008)

Artigo de Mitsuru Taki et al.: “In this article, new definition and scales for the bullying of utilizing the concept of "Indirect aggression", "Indirect aggression" are explained. The ne- the authors give the new perspective to the cessity of longitudinal survey is also discussed. bullying issues and show the results from the In third section, the results from the longitudi- longitudinal comparative survey based on the nal survey are shown. The stability of victims new perspective. In first section, overviewing and assailants are testified and six types of the confusion and conflicts in bullying re- bullying are compared among five countries. search, the new perspective to the bullying concept are shown. The key concept is Disponível on-line » "Indirect aggression". In second section, the

Gestão escolar e violência: um estudo de caso sobre as ações gestoras em situação de vio- lência (2008)

Dissertação de Pós-Graduação de Ronaldo pesquisa foi realizada em uma escola da perife- Venas: “Esta dissertação trata de um estudo de ria de Salvador com alto índice de violência. caso sobre as ações gestoras em situação de vio- Com uma amostra de 103 alunos, 10 professores lência. As ações fazem parte do modo como a e 5 membros da equipe diretiva. Para a coleta equipe gestora atua em situações de violência na dos dados foram utilizados o grupo focal, a escola. O estudo da violência requer um entendi- entrevista semiestruturada, a aplicação de ques- mento amplo sobre como ocorre para que as tionário e a observação sistemática. Os resulta- ações possam atuar nas causas do problema. dos indicaram a presença de baixa sociabilidade Procuramos identificar as variantes que interfe- no ambiente escolar, ausência de um eficaz sis- rem na escola, que são da escola e as que são tema de regras, a falta de um sentimento de per- contra a escola, articulando essas variantes ao tença na participação do conselho escolar, a pre- processo de transformação da direção em gestão sença da droga e da intimidação como causa que passaram os dirigentes educacionais. Para para os casos de violência física e psicológica identificar o modo como a equipe gestora atua ocorridos durante o desenvolvimento da pesqui- procuramos perceber como alunos, professores sa. Concluímos esse trabalho apresentando as e gestores vêem a violência no espaço escolar. estratégias que podem potencializar o papel do Posteriormente, fizemos a relação entre projeto gestor escolar em situação de violência”. político pedagógico e o regimento interno e as

ações gestoras de enfrentamento do problema. Disponível on-line » Dessa maneira, objetivamos compreender as práticas gestoras de resolução dos conflitos. A

46

Do bullying ao preconceito: os desafios da barbárie à educação (2008)

Artigo de Deborah Christina Antunes et al.: vem sendo estudado no Brasil nos últimos “O objetivo deste artigo é realizar uma análi- anos, denominado bullying”. se crítica de um tipo de violência escolar que Disponível on-line »

O bullying como violência velada: a percepção e acção dos professores (2008)

Dissertação de Mestrado em Educação do bullying em atividades de aula. A incorpo- Ambiental apresentada na Fundação Univer- ração efetiva da educação ambiental como sidade Federal do Rio Grande por Samara um conteúdo transversal, assim como da Pereira Oliboni: “(…) este trabalho revela que abordagem ecológica do desenvolvimento o não reconhecimento do bullying pelos pro- humano na prática docente, poderia favore- fessores, como um comportamento danoso ao cer o reconhecimento, valorização e enfrenta- desenvolvimento psíquico dos alunos, aliado, mento das situações de bullying em aula”.

as práticas educativas tradicionais adotadas, contribuem para a incidência e a manutenção Disponível on-line »

O orientador educacional frente ao fenómeno bullying - um estudo nas escolas parti- culares do plano piloto (2008)

Dissertação de Mestrado de Ana Guimarães: práticas mais oportunas e eficazes para o seu “Este estudo teve como objetivo investigar o enfrentamento por parte do profissional de papel do orientador educacional frente ao orientação educacional”. comportamento de bullying em escolas parti-

culares do DF, visando esclarecer as manifes- tações desse fenômeno e identificar quais as Disponível on-line »

Kids helping kids: the influence of situational factors on peer intervention in Middle School bullying (2008)

Dissertação de Doutoramento de Natalie M. tant factors like type of bullying and gender Siegel: “Bullying significantly impacts the were also examined. (…) social-emotional health of all students in school. Much research has focused on the bullies and their victims. Unfortunately, we Consistent with hypotheses, results sug- know little about the reactions of peers who gested that (1) children were more likely to witness bullying, known as bystanders. By- intervene in physical bullying than relational standers have immense power to intervene bullying; (2) children reported instrumental and effectively stop bullying; yet, few chil- intervention strategies most frequently in dren actually do so. To help prevent bully- both bullying situations, and (3) both empa- ing, we need to determine what factors are thy and gender significantly contribute to related to peer intervention in bullying. children’s intervention behavior similarly for both bullying situations. Gender findings

were that girls were more likely to help over- Numerous studies have suggested that em- all; while boys and girls responded similarly pathy is related to prosocial behavior in chil- to physical bullying, they responded very dren in a variety of situations; yet, bullying differently to relational bullying. Limitations situations remain relatively unexplored in of the present dissertation and implications the literature. The purpose of this disserta- for practice are discussed”. tion was to contribute to the literature by examining the relation between situational empathy and peer intervention when wit- Disponível on-line » nessing bullying. Other theoretically impor-

Taking a health promotion approach to the problem of bullying (2008)

Artigo de Margaret Hodgins: “Health promo- for both school children and adults. Govern- tion is an emerging, multidisciplinary, en- ments, organizations and communities can deavour that has much to offer the study of improve health and prevent ill-health”. bullying. The negative health impacts of bul- lying are well documented, and indicate that having been bullied is associated with poor Disponível on-line » outcomes in both physical and mental health

Bullying in the schools: identification, prevention, and intervention (2008)

De Jacqueline M. Cottello: “The purpose of to examine prevention and intervention this paper was to examine the means by strategies”. which to identify bullying in the schools, and Disponível on-line »

The incidence of peer bullying as multiple maltreatment among Spanish secondary school students (2008)

Artigo de Héctor Gutiérrez et al.: “Two national ticipating in the Second Ombudsman’s Report. reports on peer bullying and in Second to determine whether it consists of ex- schools promoted by the Spanish Ombudsman periencing various behaviors within the same and UNICEF (2000, 2007) established the state category, e.g. verbal bullying, or various behav- of the art of bullying incidence in secondary iors across categories (e.g. being insulted and schools, its forms, and differences according stolen), as well as the incidence of both types of gender, school year or type of school amongst multiple maltreatment. For that new analysis of the many aspects tackled by both studies. One the information provided by the 3000 partici- more step in the deepening into the nature of pants are carried out. Only the perspective of peer bullying and social exclusion in schools is victims are presented pointing to the existence to clarify whether the students who are victims of multiple maltreatment, especially across cate- of bullying are so in a single way, i.e. through the gories”. same type of action or whether they are bullied

in multiple forms. The present study aims first at finding out the existence of multiple bul- Disponível on-line» lying among the secondary school students par-

Staying Safe and Out of Trouble’A survey of young people’s perceptions and experi- ences (2008)

Estudo de Carol Hayden que procedeu à realiza- (in and out of school); gang membership; weap- ção de um inquérito “to establish prevalence data ons carrying (in and out of school). on the following problematic behaviours amongst Disponível on-line» year 10 mainstream state school pupils: bullying

Maltrato entre pares o “bullying”. Una visión actual (2008)

De Alberto Trautmann: “Se presenta una actuali- ciones de consejería a la familia, con algunos zación sobre el acoso o maltrato escolar entre datos útiles para usarlos en la consulta con los pares o “bullying”. Se explica su significado, el pacientes. Se hace especial énfasis en el rol del rol y características de sus actores y sus conse- testigo (bystander) o espectador tanto en las cuencias. Se menciona su epidemiología y los intervenciones escolares realizadas, como que factores condicionantes que influyen en su pre- éste sea foco de atención en la consulta de los sencia. Se revisan las intervenciones realizadas profesionales”. en los colegios y sus resultados, y se analiza el rol de los prestadores de salud. Se proponen indica- Disponível on-line»

49

El acoso escolar - bullying. Una propuesta de estudio desde el análisis de redes socia- les (ARS) (2008)

De Joan Merino Gonzalez: “En general, se ciones, chistes, etc.. Através de los estudios piensa que el acoso escolar se refiere exclusi- de Análisis de Redes Sociales (ARS), pode- vamente a algo físico y externo: peleas, pata- mos determinar si las actitudes, los compor- das, empujones… y agresiones. Sin embargo, tamientos específicos con amigos o compa- hay multitud de actitudes de acoso, verbal y ñeros y las posiciones de estos en la red psicológico, que tienen los mismos efectos social del aula influyen en el clima escolar”. devastadores, como son los insultos, vejacio- Disponível on-line » nes, críticas, motes, aislamientos, murmura-

Manual of best practices for combating and preventing bullying in educational cen- tres (2007)

Publicação da responsabilidade da Comuni- to face bullying phenomenon through a set dade Europeia e da Agência Leonardo da of innovative measures developed from a Vinci: “Between the years of 2006 to 2008, a transnational approach”. group of several educational and training Disponível on-line » entities develop an ambitious project aimed

O bullying em contexto escolar: estudo de caso (2007)

Dissertação de Mestrado de Ana Teresa Mar- socialmente desfavorecido. Procuramos, par- tins Ribeiro: “Neste presente estudo, aborda- ticularmente, descrever o ambiente familiar mos a problemática da violência entre pares de discentes com comportamento agressivo, ou bullying, que se instala subtil e silenciosa- assim como as relações interpessoais que se mente em contexto escolar, deteriorando as estabelecem entre os vários membros da relações interpessoais. Objetivamos esboçar família”. as características do fenómeno do bullying existente nos alunos do terceiro ciclo, numa escola básica integrada inserida num meio Disponível on-line »

Violência escolar e bullying em países europeus (2007)

De Isabel Fonseca e Feliciano H. Veiga: “Este europeus (Finlândia, Itália, Polónia, Portugal, estudo teve como objetivo geral investigar Reino Unido e Suécia)”. aspetos do bullying e dos comportamentos Disponível on-line » disruptivos dos alunos, em escolas de países

Bullying in schools: Predictors and profiles. Results of the Portuguese Health Behav- iour in School-Aged Children Survey (2007)

Artigo publicado no International Journal guese HBSC study was used comprising a on Violence and School, n.°4, December nationally representative sample of 6131 2007: “The purpose of this study was to: adolescents”. analyse predictor variables of bullying be- haviours and analyse the association profiles between bullying behaviours, gender and Disponível on-line » school grade. The database of the Portu-

Jovens vítimas de crime em contexto escolar (2007)

De Mário Rocha et al.: “Este estudo tem os 16 anos. Desenvolveu-se para tal o Ques- como principal objetivo avaliar a taxa de viti- tionário de Vitimação em Contexto Escolar mação em contexto escolar. A amostra é com- (QVIT-CE)”. posta por 54 alunos, 28 do sexo masculino e

26 do sexo feminino, que frequentavam o 3º ciclo, com idades compreendidas entre os 12 e Disponível on-line »

Manifestações de bullying no 3º ciclo do ensino básico: um estudo de caso (2007)

Dissertação de Mestrado de José Ilídio Alves alunos, em geral, e de manifestações de bull- de Sá: “A temática da violência nas escolas ying que possam eventualmente ocorrer den- em Portugal tem vindo a assumir uma maior tro do estabelecimento de ensino, tanto nos visibilidade fruto de variados fatores, entre os seus espaços interiores, como nos exteriores. quais podemos destacar o aumento do núme- Procurámos, ainda, refletir sobre o papel que ro de incidentes envolvendo alunos, professo- a escola, como organização, deve desempe- res e pessoal auxiliar ou, ainda, como resulta- nhar no sentido de promover e implementar do da maior atenção dispensada ao problema políticas e medidas que possam prevenir e pela comunicação social. Na relação que se combater quaisquer manifestações de indisci- estabelece entre alunos, o bullying tem adqui- plina e de violência, com especial incidência rido maior visibilidade no contexto português nos episódios de bullying”. pela elevada complexidade e violência que o

caracteriza e pelas consequências negativas e irreversíveis que provoca nas suas vítimas, Disponível on-line » nos seus agressores, nas famílias e nas esco- las. Num estudo de caso realizado numa esco-

la com o 3º Ciclo do Ensino, procurámos compreender, de forma mais detalhada, o que se passa ao nível dos relacionamentos entre Bullying and victimization: school climate matters (2007)

De Jennifer L. Elfstrom: “Bullying at school is elements of school climate—social support from prevalent in the United States and worldwide, teachers, social support from peers, and school but little is known about the relationship be- connectedness”. tween students’ experiences with bullying and their perceptions of school climate. This study Disponível on-line » investigated the link between bullying and three

Gestão de conflitos: a percepção dos alunos do 1º Ciclo no Concelho do Seixal (2007)

De Carla Filipa Fernandes Rosa: “… o presente apresentar formas e estratégias de resolução dos trabalho pretende abordar e contextualizar o mesmos”. conflito em contexto escolar, saber qual a perce- ção dos alunos do 1º Ciclo do concelho do Seixal sobre o conflito através da análise dos alunos e Disponível on-line »

Violência moral no interior da escola: um estudo exploratório das representações do fenômeno sob a perspectiva de gênero (2007)

De Katia Regina Pupo: “O presente trabalho lência moral que assumimos e os conceitos de investiga as representações que alunas e alunos incivilidade, micro-violências e bullying também têm sobre a violência moral, no contexto escolar. abordados neste trabalho. No estudo dessas Entendemos violência moral como as pressões representações, buscamos compreender o uni- psicológicas presentes nas relações interpessoais verso das relações no interior da escola e, parti- entre os estudantes, que incluem as humilha- cularmente, das relações entre meninos e meni- ções, xingamentos, as ameaças, a exclusão, as nas em sua interface com o fenômeno da violên- perseguições sistemáticas dentro de uma situa- cia moral”. ção desigual, ainda que circunstancial, de poder. Há uma região de intersecção na aceção de vio- Disponível on-line »

52

Do bullies differ? An analysis of bullying and social skills (2007)

Dissertação de Doutoramento and non-bullies differ signifi- de Kathy Perry Houston: “The cantly on personal, peer, objective for this study is to ex- school, and family characteris- amine whether bullies differ in tics will be conducted”. their social skills levels. If they do, an assessment of whether the different types of bullies Disponível on-line»

Violence à l’école et situations difficiles: mieux former les enseignants français (2007)

De Laurence Bergugnat-Janot: ment différentes voies de pré- “A “Cet article décrit les appréhen- vention pour faire face à des violência sions des jeunes stagiaires ainsi conditions de travail souvent que le déséquilibre de la forma- difficiles”. é o último tion, inadaptée aujourd’hui pour recurso faire face aux problèmes de vio- lence à l’école. Il propose égale- Disponível on-line» do incompetente”. Por qué ocurren los malos tratos entre iguales? Explicacio- nes causales de adolescentes portugueses y brasileños (2007) Isaac Asimov

Artigo publicado na Revista Inte- pretende crear el contexto narrati- ramericana de Psicología: “En vo que da margen para la inter- este estudio se exploran las expli- pretación, las atribuciones emo- caciones causales de adolescentes cionales y para los juicios socio- de 15 años portugueses y brasile- morales presentes en las explica- ños sobre las relaciones de maltra- ciones del maltrato. to entre iguales. A partir de una narrativa gráfica presentada en Disponível on-line» viñetas, acompañada de una entrevista semiestructurada se

Bullying and social exclusion in Spanish secondary schools: national trends from 1999 to 2006 (2007)

De Cristina del Barrio et. al. Disponível on-line»

53 La escuela es un infierno? Violencia escolar y construcción cultural de la masculinidad (2007)

De Carlos Lomas: “De un tiempo a esta parte, el ven en el ejercicio violento del poder y en la mundo de la información se hace eco de algu- objeción escolar una manera de afirmar su nos episodios de acoso y de violencia escolar identidad masculina frente al orden femenino que trasladan a la opinión pública la idea de de la escuela. De ahí, la conveniencia de fomen- que la vida cotidiana en nuestras escuelas e ins- tar en las aulas una actitud crítica ante las con- titutos es un infierno. Sin embargo, ni la escuela ductas violentas de algunos chicos y acciones es un infierno ni esos episodios de acoso y de pedagógicas orientadas a favorecer la emergen- violencia son nuevos. En este artículo, se indaga cia de otras maneras de entender y de vivir la sobre el origen sociocultural de estos conflictos masculinidad, otras maneras de ser y de sentir- y se estudia el acoso y la violencia en las aulas se hombres que ayuden a los alumnos a ser desde una perspectiva de género. El arquetipo menos hombres de verdad pero más humanos”. tradicional de la masculinidad sigue inspirando la conducta de unos adolescentes y jóvenes que Disponível on-line »

El maltrato entre escolares (Bullying) en el primer ciclo de Educación Secundaria Obligatoria: valoración de una intervención a través de medios audiovisuals (2007)

Tese de Doutoramento de Antonio Jiménez Vázquez. Disponível on-line »

Guide de prévention et d’intervention contre la violence envers le personnel de l’édu- cation (2007)

De Claire Beaumont: “Dans ce document, être pris pour agir contre la violence. nous expliquons, dans un premier temps, Quatrièmement, nous rappelons qu’il est pos- comment reconnaître la violence dans le mi- sible d’obtenir le soutien du syndicat si vous lieu de l’éducation. Deuxièmement, nous êtes victime ou témoin de violence”.

présentons des facteurs explicatifs pour mieux comprendre cette violence ainsi que Disponível on-line » ses conséquences. Troisièmement, nous sug- gérons plusieurs types d’actions qui peuvent

54

Race, social networks, and school bullying (2006)

Dissertação de Doutoramento de Robert Faris: tion? 2) Are there racial differences in the conse- “Using data from a longitudinal survey of ado- quences of involvement in bullying? 3) What lescents, this dissertation develops a social net- factors affect the likelihood of interracial bully- work-based measure of school bullying. It con- ing?“ siders three research questions: 1) What ac- counts for racial disparities in bullying perpetra- Disponível on-line»

The link between early interventions with bullying in elementary school diminishing the acts of bullying in high school (2006)

Dissertação de Mestrado de Dawn M. Huseby: reducing the acts of bullying in schools and com- “Bullying has been a top priority of schools' in- munities. tervention lists since the assault at Columbine

High School. The act of bullying has been a prob- lem in schools for a long time, but it seems that The purpose of this study was to evaluate the views on bullying have changed as time has whether anti-bullying programs are in place at gone on; this was made apparent by the increase MacArthur and Kennedy Elementary Schools in of recent research and school interventions. Bul- Green Bay, Wisconsin, and if the programs lying was seen as a right of passage that everyone worked to reduce the acts of bullying at South- has to go through as they grow up. Now bullying west High School in Green Bay, Wisconsin. A is taken more seriously, and schools are taking survey was given as a means for collecting data on early intervention programs such as Sticks for this research”. and Stones, to help educate students, teachers and communities about the severity of the prob- lem. Research has shown that implementing anti -bullying programs does make a difference in Disponível on-line»

55

O estudo da violência entre pares no 3º ciclo do ensino básico — um questionário aferi- do para a população escolar portuguesa (2006)

De Isabel P. Freire: “No presente artigo apre- no básico, aferido para a população portugue- senta-se um questionário que constitui um ins- sa”. trumento de estudo de diferentes manifestações de violência entre pares, para o 3º ciclo do ensi- Disponível on-line »

Prevenção da violência em contexto escolar: diagnóstico e programa de intervenção (2006)

Artigo de Beatriz Pereira, que apresenta o diag- Portugal. nóstico da agressão/vitimação entre pares em Disponível on-line »

A gestão de conflitos na escola: a mediação como alternativa (2006)

De Florinda Pacheco: “A gestão de conflitos é Assim, foi analisado o contexto de uma escola tarefa que cada vez mais se tem de atualizar; por dos arredores de Lisboa – a Escola Básica 2,3 forma a responder adequadamente à tipologia Pêro de Alenquer – onde realizámos oito entre- de conflitos que surgem na sociedade de hoje. Se vistas a outros tantos docentes, a par de varia- isso é válido para a generalidade de organiza- díssimas visitas informais no sentido de obser- ções, assume um papel preponderante nas insti- var o clima escolar aí vivido. tuições escolares, pela função formativa que estas desempenham na vida das crianças e Disponível on-line » jovens. (…)

O fenómeno do bullying, da agressão e da vitimação em contexto escolar… Efeitos do programa “Outra(s) Forma(s) de Brincar” numa Escola de 1º Ciclo do Distrito de Évo- ra (2006)

Comunicação apresentada no VI Simpósio Disponível on-line » Nacional de Investigação em Psicologia.

56

Bullying em contexto escolar: narrativas e significados em adolescentes e pré-

adolescentes (2006)

O presente estudo de Elizabete Ferreira foi reali- Disponível on-line» zado com os alunos, do 3º ciclo (7º ano de esco- laridade), de uma escola EB 2,3 da zona norte de Portugal”.

Violência na escola desafiando a promoção de um ambiente saudável (2006)

Dissertação de Carlos Alberto Pereira de petivamente, afirmaram que sim. Considera-se Abreu: “Os resultados mostram que os profes- que professores e alunos têm uma compreen- sores percebem a violência na escola como são sobre violência, esse fenômeno está pre- agressividade e incivilidade, de acordo com a sente no espaço escolar; armas e drogas, nesse literatura vigente sobre o tema. Entre os 935 contexto, são fatores de risco para ampliar o alunos, 41,9% presenciaram violência na esco- problema. Dessa forma, essa realidade confli- la, 44,3% acham que a escola é um espaço vio- tuosa e amedrontadora é um dos grandes desa- lento, 40,1% afirmaram ter sofrido agressão na fios para a implantação e consolidação de um escola e os apelidos foram citados, por 48,5%, ambiente saudável no âmbito escolar”. como o maior motivo dessas “agressões”. Sobre presenciar arma e droga, 38,4% e 32,7%, res- Disponível on-line»

Violência e estigma: bullying na escola (2006)

Dissertação de Mestrado de Dezir Garcia da

Silva. Disponível on-line»

57

New forms of school bullying and violence: cyberbullying, happy slapping and other new trends (2006)

Relatório de Conferência Internacional on- tion technologies there are also forms of bul- line de 24 de Abril — 19 Maio 2006: “In re- lying – like e.g. homophobic bullying, racist cent years new forms of school bullying and bullying or dating violence - that are not new violence emerged such as cyberbullying or in the proper meaning of the word. In spite happy slapping. The specific of these new of that by the public they are perceived as forms of SBV, that do not necessarily meet rather new phenomena as they only recently the traditional criteria of bullying, is that came focus of the media”. they make use of electronic devices such as websites, e-mails, instant messaging, text messages, blogs or mobile phones. Disponível on-line » Apart from these new forms of SBV that are related to new information and communica-

Bullying: the student perspective (2006)

De Scott Kevin Stevens: “The purpose of this with bully behaviors within their school com- qualitative interview study is to describe munity”. through student voice how students in grades five, six, and seven define, recognize, and deal Disponível on-line »

Bullying is everybody's problem (2006)

De Sara Golembiewski: “The purpose of this ment in their schools to effectively educate literature review was to research the perva- students about bullying and ”. siveness of school violent incidents as well as identify what educators can do to prevent school violence from occurring. In addition, Disponível on-line » this literature review includes review of ex- emplary programs that educators can imple-

An overview of anti-violence school reform in the State of New York (2006)

De Mary Drucker: “The image of American of existing documents and studies, this pa- schools as violent institutions was fed by a per presents a closer look at Project S.A.V.E., series of horrific shooting incidents that oc- one such reform initiated in New York. Al- curred at the end of the 1990. Despite the though its intent is admirable, research indi- fact that such events have been shown to be cates this legislation has not been effective”. atypical, anti-violence school reform move- ments were implemented in many schools in the United States. Through a meta-analysis Disponível on-line »

Violence à l’école et situations difficiles: mieux former les enseignants français (2006)

De Laurence Bergugnat-Janot: “Cet article également différentes voies de prévention décrit les appréhensions des jeunes stagiaires pour faire face à des conditions de travail sou- ainsi que le déséquilibre de la formation, in- vent difficiles”. adaptée aujourd’hui pour faire face aux problèmes de violence à l’école. Il propose Disponível on-line »

Violence vécue par des jeunes enseignants du secondaire et décrochage de la profes- sion (2006)

De Denis Jeffray: “Dans ce texte, nous pré- entre 2002 et 2003 dans plus de 220 écoles sentons les résultats d’une recherche portant différentes de toutes les régions du Québec. sur la violence subie par des enseignants en L’échantillon des jeunes enseignants se com- insertion professionnelle qui pratiquent dans pose de 529 individus”. des écoles francophones du Québec. Nous avons cherché à savoir si la violence subie par ces enseignants conduit à l’abandon de la profession. Les données ont été recueillies Disponível on-line »

El maltrato entre iguales: descripción y análisis del fenómeno (2006)

Artigo da Revista Electrónica de Investiga- ción Psicoeducativa. Disponível on-line »

Clima y violencia escolar. Un estudio comparativo entre España y Francia (2006)

De Catherine Blaya et al.: “En este articulo, países diferentes de Europa. Concretamente se presenta una de las primeras investigacio- de una muestra es de escolares de dos regio- nes desarrolladas, en el marco del Observa- nes del sur de España y Francia”. torio Europeo de la Violencia, con la misma metodología e instrumentos con el objetivo de comparar el clima y la violencia escolar Disponível on-line » en centros de educación secundaria de dos

El maltrato entre alumnos: conocimientos, percepciones y actitudes de los futuros docents (2006)

Artigo de Juan Luis Benítez, publicado na Re- Disponível on-line » vista de Investigación Educativa.

Actitudes socioconstruidas ante la violencia bullying en estudiantes de secundaria (2005)

Artigos de María de la Villa Moral: “En este entre iguales en un colectivo de 329 estudian- estudio se ofrece un análisis descriptivo de las tes de secundaria”. actitudes ante la agresión social y el acoso Disponível on-line »

Agressão e vitimação entre adolescentes, em contexto escolar: Um estudo empírico (2005)

De Maria José D. Martins: “Este estudo apre- três níveis de escolaridade e entre três níveis senta dados que permitem conhecer a fre- socioeconómicos com base nos resultados quência de vários tipos de condutas de agres- obtidos a partir de um questionário de com- são e vitimação – físico, verbal e indireto ou portamentos referidos pelo próprio (self- relacional – ocorridos entre adolescentes que report). Os resultados obtidos são ainda com- frequentavam as escolas básicas 2/3 e as parados com os resultados obtidos por outros escolas secundárias do ensino oficial de uma estudos europeus sobre este tema”. cidade do Norte Alentejo. O estudo compara a frequência dos tipos de agressão/vitimação (bullying) que ocorrem entre géneros; entre Disponível on-line »

Violência escolar: metodologias de identificação dos alunos agressores e/ou vítimas (2005)

De Sónia Raquel Seixas: “O presente traba- escolar, particularmente em comportamen- lho tem como principal objectivo estabelecer tos de bullying. uma comparação entre diferentes metodolo- gias utilizadas na caracterização dos alunos que se envolvem em situações de violência Disponível on-line »

Recreios escolares e prevenção da violência: dos espaços às actividades (2005)

Editado pelo Instituto de Estudos da Criança Centramos o nosso olhar sobre os recreios da Universidade do Minho: “A escola é um escolares, não só pela necessidade de novos espaço de educação para os valores ou um olhares sobre estes espaços como também reflexo da sociedade que valoriza o consumo? por serem os locais onde o bullying é mais Educar para o jogo visa transformar a escola frequente. Procuramos fazer um apontamen- em espaço de nada fazer ou visa torná-la um to sobre os conflitos e terminamos com uma verdadeiro espaço educativo? Empenhamen- menção específica aos jogos de luta e ao seu to e esforço são atributos da educação e do espaço nos jardins de infância e nas escolas próprio jogo. A estas temáticas dedicamos a básicas”. primeira parte deste texto. Na segunda parte procuramos refletir sobre a violência na esco- la e apresentamos medidas de intervenção. Disponível on-line »

Agressividade em contexto escolar (2005)

De Pedro Sousa: “...este artigo procura abor- escola na sociedade. De igual forma, ir-se-ão dar os principais aspetos referentes às condu- dissecar algumas das abordagens teóricas que tas agressivas, concedendo especial relevo à surgiram na tentativa de explicar este fenó- agressividade em contexto escolar, onde se meno”. impõem reflexões sobre o rendimento esco- lar, o próprio sistema educativo e o papel da Disponível on-line »

Bullying and symptoms among school-aged children: international comparative cross sectional study in 28 countries (2005)

Artigo do European Journal of Public Health. Disponível on-line »

Bullying: descrição e comparação de práticas agressivas em modelos de recreio esco- lar entre crianças do 1º ciclo (2005)

Dissertação de Mestrado de Ana Cunha et nos em relação aos diferentes tipos de al.: “A presente investigação tem por objeti- recreios experimentados por eles. Este estu- vos fundamentais diagnosticar a realidade do decorreu ao longo de dois meses na Esco- dos comportamentos de bullying em contex- la Básica do 1º ciclo de Mangualde, com uma to escolar; analisar a eficácia de um progra- amostra de 149 crianças de ambos os sexos, ma de intervenção implementado no recreio, com idades compreendidas entre os 7 e 12 que se caracteriza, inicialmente, pela intro- anos, que frequentam os 2º, 3º e 4º anos de dução de supervisão e materiais lúdicos e, escolaridade”. posteriormente, apenas pela manutenção dos materiais. Este programa visa a preven- ção e a redução dos comportamentos de Disponível on-line » bullying e conhecer as preferências dos alu-

Violência nas escolas: qual o papel da gestão? (2005)

De Débora Carreira: “Professores e gestores ações mais frequentes por parte da gestão, demonstraram pouco preparo para lidar com para lidar com violências, têm sido as de a violência no contexto escolar e a falta de caráter coercitivo e punitivo, bem como um uma comunicação eficaz foi o traço que mar- rígido controle disciplinar. Dentre as ações da cou a relação entre os atores que participa- gestão, esperadas por professores e alunos ram deste trabalho. Quanto ao papel do ges- para lidar com a questão, destacou-se a busca tor, ficou clara a sua importância nas ações por diálogo e o acesso a informações perti- para lidar com a violência escolar e no esforço nentes ao tema violências”. de preveni-la, sendo ele um elemento viabili- zador e facilitador para que aconteçam estra- Disponível on-line » tégias significativas em relação a este proble- ma. Professores e alunos explicitaram que as

School Bullying and Suicidal Risk in Korean Middle School Students (2005)

Artigo da American Academy of Pediatrics: same schools and were not involved with bul- “In a Korean middle school community sam- lying”. ple, this study specifically investigated the prevalence of suicidal ideations and behaviors in victims, perpetrators, and victim perpetra- Disponível on-line » tors of school bullying and compared them with a group of students who were in the

Maltrato entre escolares (bullying): estrategias de manejo que implementan los pro- fesores al interior del establecimiento escolar (2005)

Artigo de Flavia Tamar. Disponível on-line »

A prática de violência entre pares: o bullying nas escolas (2005)

De Rosana Maria Nogueira. Disponível on-line »

Putting U in the picture – Mobile phone bullying survey 2005 (2005)

Publicação da responsabilidade da NCH: lem head-on. With 97 per cent of 12–16 year “Bullying via mobile phone is a new and par- olds owning a mobile phone, there is no time ticularly nasty form of bullying. This is why to lose”. leading children’s charity NCH has joined forces with Tesco Mobile to tackle this prob- Disponível on-line »

Cuando prevenir la violencia no basta (2004)

Artigo de Alejandro Castro Santander: “El represión para disminuir la indisciplina y la presente trabajo intenta hacer una reflexión violencia en el âmbito de la escuela”. que contribuya al debate social acerca del fra- Disponível on-line » caso que han sufrido los métodos de control y

Escola e comunidade juntas contra a violência escolar: diagnóstico e esboço de plano de intervenção (2004)

De Maria Nadurce da Silva: “Esta pesquisa destinado a pessoas antes desabrigadas, e diagnosticou os problemas de violências uma favela, apresentando um esboço de numa escola municipal de Montes Claros - plano de Intervenção”.

MG, localizada numa comunidade de baixa renda, com um grande conjunto habitacional, Disponível on-line »

La violence à l’école: une mondialisation? (2004)

Artigo de Éric Debarbieux, Presidente do Observatório Internacional de Violência nas Disponível on-line » Escolas.

Bullying among young adolescents: the strong, the weak, and the troubled (2003)

Artigo da American Academy of Pediatrics: adaptive functioning of youth. We sought to “Bullying and being bullied have been recog- use multiple data sources to better under- nized as health problems for children be- stand the psychological and social problems cause of their association with adjustment exhibited by bullies, victims, and bully vic- problems, including poor mental health and tims”. more extreme violent behavior. It is there- fore important to understand how bullying and being bullied affect the well-being and Disponível on-line »

Gender and violence in schools/Violence à l'école et genre (2003)

De Eric Debarbieux et al.: “After a brief re- end with the most recent data from the Euro- view of general research into violence by and pean Observatory of Violence in Schools”. towards girls, we shall discuss the situation in schools and end with the most recent data from the European Observatory of Violence Disponível on-line em inglês » in Schools. (…) After a brief review of general Disponível on-line em francês » research into violence by and towards girls, we shall discuss the situation in schools and

Bullying – A provocação/vitimação entre pares no contexto escolar português (2002)

Artigo de Susana Fonseca de Carvalhosa et al. Disponível on-line »

The bully, the bullied and the bystander (2002)

Baseado no livro com o mesmo título de Bar- Disponível on-line » bara Coloroso.

Bullying in Schools: Lessons From Two Decades of Research (2000)

Artigo de Peter K. Smith et al. Disponível on-line »

Violência na escola: vítimas, provocadores e outros (2001)

De Margarida Gaspar de Matos e Susana com quem se dão fora e depois da escola. Fonseca Carvalhosa: “Qual é o perfil dos Apresentam também com mais frequência adolescentes portugueses que se envolvem envolvimento com experimentação e consu- regularmente em atos de violência na escola, mo de tabaco e álcool e envolvimento em quer como vítimas, quer como provocadores, lutas e porte de armas. quer com duplo envolvimento (simultaneamente vítimas e provocadores), de acordo com um estudo realizado pelo Os jovens que se envolvem em atos de vio- projeto Aventura Social e Saúde, Faculdade lência referem mais frequentemente ver tele- de Motricidade Humana, Universidade Téc- visão quatro ou mais horas por dia. Os nica de Lisboa? jovens que não se envolvem em atos de vio- lência referem menos frequentemente sinto-

mas de mal estar físico e psicológico. Realizámos um estudo junto de 6.903 jovens do 6º, 8º e 10º anos de todo o país, utilizan- do um questionário. De acordo com estes Os jovens que se envolvem em atos de vio- nossos dados os rapazes envolvem-se mais lência como vítimas e os jovens que têm um em atos de violência na escola, quer como duplo envolvimento (simultaneamente como provocadores, quer como vítimas, quer com provocadores e como vítimas) referem mais duplo envolvimento. Este envolvimento em frequentemente não se sentirem felizes, bem atos de violência parece ter um pico aos 13 como não se sentirem seguros na escola. Os anos, embora os mais novos (11 anos) se jovens que se envolvem em atos de violência envolvam mais, enquanto vítimas. enquanto vítimas referem em geral proble- mas de relação social com os pares: acham

difícil arranjar novos amigos e referem não Os resultados sugerem que, no geral, os ter amigos”. jovens que se envolvem em atos de violência apresentam um perfil de afastamento em

relação à casa, à família e à escola, aparecen- Disponível on-line » do com mais frequência um grupo de amigos

Does bullying cause emotional problems? A prospective study of young teenagers (2001)

De Lyndal Bond et al.: “Objectives: to estab- toms of anxiety or in the early lish the relation between recurrent peer vic- teen years”. timisation and onset of self reported symp- Disponível on-line »

School Violence in Israel: Findings of a National Survey (2003)

Artigo de Rami Benbenishty, Ron A. Astor e A. Zeira. Disponível on-line »

Peer abuse or bullying at school: Basic facts and a school-based intervention pro- gramme (1996)

Artigo amplamente citado nos estudos sobre bullying, de Dan Olweus. Disponível on-line »

3.1 DADOS ESTATÍSTICOS SOBRE O BULLYING

Health Behaviour in School-Aged Children (HBSC) 2005/2006 (2008)

Publicação da World Health Organization: across the WHO European Region and North “This international report is the fourth from America in 2005/2006”. Inclui Portugal”.

the Health Behaviour in School-aged Chil- dren (HBSC) study, a WHO collaborative A Secção 4 desta publicação, dedicada a com- cross-national study, and the most compre- portamentos de risco, inclui levantamento de hensive. It presents the key findings on pat- dados estatísticos sobre bullying, a partir da terns of health among young people aged 11, página 159.

13 and 15 years in 41 countries and regions Disponível on-line »

4. Documentos digitais recomendados sobre Cyberbullying

An international study of cyber bullying perception and diffusion among adolescents (2011) Conselhos aos Pais De Giulia Mura et al.: “The pre- of information and communica- sobre sent research aims to address tion technology (ICT) usage and the differences and similarities cyber bullying/victimization CyberBullying between the cyber bullying ex- experiences among Turkish and periences of Italian and Turkish Italian university students. The Fale com o seu filho/ university students. In order to results show similar overall educando collect comparable data, a trends in Internet use, cyber quantitative questionnaire has bullying and cyber victimization A comunicação entre o been created and submitted to a experiences of the two samples sample of 215 Italian (77 male, while in-depth analysis under- jovem e as pessoas 138 female) and 122 Turkish line differences in specific be- envolvidas na sua educa- (44 male, 76 female, 2 un- haviors”. ção ajuda a evitar o isola- known) university students. mento e o segredo quan- Descriptive analysis was con- do um problema destes se Disponível on-line» ducted to illustrate the pattern instala. Falar regularmen-

te com o seu educando Cyber-Bullying and online Grooming: helping to protect ajuda a perceber as alte- against the risks. A scenario on data mining / profiling of rações no seu comporta- data available on the Internet (2011) mento e a prestar-lhe a ajuda necessária. Em Documento da responsabilidade use scenarios of digital devices especial, explique ao da European Network and In- and online services come into jovem que ele não está formation Security Agency focus. Hence, assessing the risks sozinho nesta situação e (ENISA): “Given the (current of online grooming and cyber and upcoming) penetration of bullying seems to be an impor- não tem que passar por digital devices and services in tant step. It is clear that the ex- ela sozinho, nem fez nada the target group of young indi- posure of teenagers to these and para merecer ser maltra- viduals, it is imperative to elabo- similar risks will potentially in- tado dessa forma. rate on measures designed to crease in the near future, given protect them from the misuse that digitalisation and cyber- that can take place in cyber- activities have arrived in chil- space. On-going discussions dren’s rooms and school classes about the privacy requirements and are here to stay. of minors carry enormous im- The purpose of this work is to portance, especially when con- assess those risks, issue recom- sidering technological develop- mendations and deliver detailed ments in data mining and profil- evidence about the existence of ing that can be applied to vast multiple vulnerabilities in the amounts of data that are avail- corresponding environments able online. and the infrastructure compo- Combined with observed nents used”. changes in behaviour of young Disponível on-line» individuals (8), the use and mis- 68

Cyberbullying: School Principal Perceptions and Current School Policies (2011) Conselhos aos Pais De Cortney Cardini: “This ing rates, bullying and cyber- sobre study utilized survey method- bullying curriculums and CyberBullying ology to assess school princi- school codes and policies re- pal perceptions of cyberbully- garding cyberbullying. They

ing in Minnesota public were also asked questions re- Mantenha os computa- schools. School principals garding disciplining students dores em locais comuns were asked questions regard- who cyberbully”. da sua habitação. ing basic demographic infor- mation, perceived cyberbully- Disponível on-line»

Este cuidado refere-se Student Reports of Bullying and Cyber-Bullying: Results from the 2009 School Crime Supplement to the National aos computadores com Crime Victimization Survey (2011) acesso à Internet. Ao limitar a privacidade na Artigo de Jill DeVoe et al.: “ In cent, reported they were cyber- utilização da Internet, school year 2008–09, some bullied anywhere (i.e., on or off poderá estar mais atento 7,066,000 U.S. students ages school property)”. a alguma utilização mais 12 through 18, or 28.0 percent of all such students, reported abusiva, bem como agir they were bullied at school, and atempadamente caso tal about 1,521,000, or 6.0 per- Disponível on-line» suceda.

PROJECTO INTERNET SEGURA Cyberbullying: Implications for School Counselors (2010)

De Alyssa A. Matzek: “While likely to continue and possibly social media may provide a way become more harmful”. for students to keep in continu-

ous contact with others, infor- Disponível on-line» mation may be shared that is inappropriate or has the poten- tial to cause harm to others. Parents and teachers may find it more difficult to respond to cy- berbullying as they may lack knowledge regarding technol- ogy, be unable to identify the

attacker, or be unsure and ill

prepared in how to pursue a cy- ber attack. Without immediate consequences for the cyber- 69 bully, the behavior is more

Comportamentos de risco na internet: um estudo realiza- do numa escola do ensino secundário (2010) Conselhos aos Pais De Henrique Caetano et al.: “A adaptação de três versões: sobre questão da segurança na utili- uma destinada aos jovens, CyberBullying zação da Internet tem sido outra aos pais e outra aos alvo da atenção dos meios de docentes. Os resultados a que

comunicação social que real- chegámos, nesta primeira fase Não permita a partilha çam, fundamentalmente, os do estudo, apontam para que perigos do seu uso por parte alguns alunos têm comporta- de dados pessoais dos jovens. Também nos depa- mentos de risco, havendo a ramos nas escolas com alguns registar comportamentos

casos problemáticos relaciona- agressivos, publicação de Ensine ao seu educando dos com a utilização incorrecta informações pessoais e a expo- os perigos de fornecer dos computadores e da Inter- sição de uma forma que pode net, nas vertentes técnica e trazer incómodos futuros. dados pessoais a tercei- ética e ainda em certos com- Verificou-se ainda que, quase ros, tais como o roubo de portamentos de risco que sempre, os comportamentos identidade. Além disso, poderão ter consequências potencialmente perigosos são trocar ou colocar ima- nefastas. Julgamos importante praticados em casa, havendo gens pessoais na Internet aprofundar este problema e respostas contraditórias por estudar a sua dimensão numa parte de encarregados de edu- oferece a oportunidade a escola do ensino secundário cação e alunos no que respeita outros de as copiar, usar situada na região de Lisboa aos limites de tempo para ace- e manipular. para, com base neste conheci- der à Internet e ao grau de mento, delinear um projecto supervisão durante o acesso.” de intervenção. Após uma revisão cuidada da literatura, Guarde as mensagens optámos por uma investigação Disponível on-line » de cyberbullying por questionário, fazendo a

Embora não sejam agra- dáveis, estas podem ser- vir de prova caso o assunto assuma propor- ções tais que seja neces- sária a intervenção de entidades especializadas.

PROJECTO INTERNET SEGURA

70

Cyberbullying: um desafio à investigação e à formação

(2009) Conselhos aos Pais sobre De João Amado et al.: “Neste a conhecer os resultados da artigo começamos por referir a consulta por questionário on- CyberBullying atualidade do tema do cyber- line a formadores e a investiga- bullying e a natureza do fenó- dores, no sentido de captar a Ensine os seus edu- meno. Na sequência, damos sua opinião acerca das diferen- candos a serem cor- conta da sua investigação e das tes facetas e natureza do cyber- rectos na Internet ações para o prevenir e comba- bullying, dos seus próprios ter, no contexto nacional, e das limites e necessidades de for- Insista na boa educa- principais conclusões que a pes- mação para lidar com o proble- ção online. Um dos quisa internacional, ainda que ma frente a vários públicos, e efeitos nefastos do incipiente, permite desde já de quais os principais elemen- cyberbullying é levar registar. Seguidamente faremos tos que, do seu ponto de vista, a vítima a retaliar e uma breve explicitação de devem constar num manual que tornar-se, ela mesma, alguns resultados obtidos nas possa servir, de forma cabal, primeiras fases do projecto aos interesses da formação nes- numa cyberbullie. CyberTraining: A Research- ta área e a públicos diversos”. Quebre este ciclo

based Training Manual On encorajando o seu Cyberbullying. Trata-se de dar Disponível on-line» educando a responder de forma apropriada (informando os res- O cyberbullying: natureza e ocorrência em contexto portu- guês (2009) ponsáveis pelos sítios de Internet, as opera- Tese de Mestrado de Mariana demonstram que 8,7% dos indivíduos doras de telemóvel ou Campos pelo ISCTE: “A presente são cybervítimas e 6,1% ignorando a situa- investigação tem como objectivos cyberbullies. Verificamos que existe ção). Da mesma for- caracterizar e descrever a natureza e uma correlação entre cyberbullying ma, mostre-lhe que incidência do cyberbullying, e bullying, assim como ser-se começar neste tipo de correlacionando-o com o cyberbully e bully ou cyber- “brincadeiras” (que o bullying , o suporte social, o tempo vítima e vítima de bullying. As cyberbully pode con- dispendido com as tecnologias de vítimas de cyberbullying têm um siderar inocente, não informação e comunicação, o suporte mais elevado entre os colegas conhecimento e utilização de e os cyberbullies entre os amigos. tendo consciência das estratégias de segurança online. A Os agressores online dispendem mais consequências para o amostra é composta por 115 alunos do tempo com as tecnologias e conhecem alvo) é algo muito 5º ao 12º ano, com idades e utilizam mais estratégias de negativo e perigoso. compreendidas entre os 10 e os 26 segurança. Não se verificaram anos. 62,6% dos alunos são do contudo diferenças entre os PROJECTO INTERNET sexo feminino e 37,4% do sexo casos de cyberbullying e o sexo SEGURA masculino. A maioria dos alunos dos participantes. pertence ao distrito do Porto (45,2%) e de Lisboa (28,7%). Os resultados Disponível on-line» 71

Bullying e as tecnologias da comunicação: do uso ao abuso (2009)

Conselhos aos Pais De Cristina Novo: “Novos con- que familiares, professores ou sobre textos culturais e sociais trouxe- outros adultos que lhes são pró- ram para a Escola nos últimos ximos, se apercebam. Neste arti- CyberBullying 30 anos novos e grandes desa- go teremos então como preocu- fios, a que nem sempre esta con- pação central refletir sobre segue responder de forma eficaz alguns destes riscos que lhes Mude de conta de cor- e eficiente, prevenindo certos estão inerentes e enunciar algu- reio eletrónico ou comportamentos de risco ou evi- mas formas de os prevenir, outras tando mesmo interferências gra- apoiando-nos nalgumas expe- ves na vida particular e social riências relatadas por jovens, no das crianças e jovens que a fre- âmbito de ações do programa Se a situação persistir, quentam. Falamos de fenóme- nacional Segurança na Internet. nos como o cyberbullying, que Será ainda uma preocupação incentive o jovem a acontecem cada vez com mais presente a contextualização do mudar a conta na qual o frequência dentro e fora do tema e de ações disponíveis a abuso ocorre, seja cor- espaço Escola. Frequentemente nível nacional e internacional reio eletrónico, blogue, a adoção de determinadas práti- para crianças, jovens, pais/ ou outra. Mantenha as cas, facilitadas nos últimos anos encarregados de educação e pro- pela universalização dos recur- fessores, com o propósito de dei- contas antigas para aju- sos tecnológicos, mesmo que xar pistas para o aprofundamen- dar a apanhar o rufião. sem consciência absoluta dos to do tema”. riscos inerentes, desencadeia processos invasivos nas vidas de Instale software de muitas crianças e jovens sem Disponível on-line » prevenção de cyber- bullying Cyberbullying (2009)

De Nicole M. Aune: “There are males and females cyberbully. Se pesquisar na Internet, many different ways in which Like bullying, cyberbullying is a encontrará alguns pro- cyberbullies reach their victims, serious problem which can cause gramas que poderá insta- including instant messaging the victim to feel inadequate and lar no seu computador over the Internet, social net- overly self-conscious, along with working web sites, text messag- the possibility of committing para ajudar a prevenir ing and phone calls to cell suicide due to being cyberbul- este tipo de situação e/ou phones. There are different lied. Two such cases are in- ajudar a identificar a ori- forms of cyberbullying includ- cluded in this paper. There are gem do ataque. ing, but not limited to, harass- numerous ways in which schools ment, impersonation, and cyber- and parents can prevent cyber- stalking. It has been found that bullying and ways in which they PROJETO INTERNET SEGURA there are differences between can intervene if it has occurred”. not only the prevalence of cyber-

bullying between males and fe- males but also the ways in which Disponível on-line » 72

Cyberbullying: an exploratory analysis of factors related to offending and victimiza- tion (2008)

Artigo de Sameer Hinduja et al.: “On-line were positively related to both cyberbullying survey data from 1,378 adolescent Internet- victimization and offending. Additionally, users are analyzed for the purposes of identi- cyberbullying experiences were also linked fying characteristics of typical cyberbullying to respondents who reported school prob- victims and offenders. Although gender and lems (including traditional bullying), assaul- race did not significantly differentiate re- tive behavior, and substance use”. spondent victimization or offending, com- puter proficiency and time spent on-line Disponível on-line »

Cyberbullying: when peer bullying moves from the classroom to the home (2008)

De Natasha M. Kildow: “The literature ad- their children accountable. It is critical that dresses characteristics and warning signs of school staff members are on board to imple- both cyberbullies and targets. There are sig- ment bully-proofing programs that will carry- nificant effects of cyberbullying to those en- over into cyberspace. A comprehensive ap- gaged in and to targets of cyberbullying, both proach that includes the school environment, socially and academically, and in some cases classrooms, and individual students is essen- the results could be fatal. Also included is a tial when implementing an anti-bullying pro- review of legislation and how past legal cases gram, and by incorporating cyberbullying and freedom of speech affect school policies. into such a program, students should have a Prevention and intervention strategies for the clear understanding of what is expected of home and school environment are also dis- them”. cussed. Parents playa key role by instilling positive values through open communication, while providing a support system and holding Disponível on-line »

Acting against school bullying and violence. The role of media, local authorities and the Internet (2007)

Da responsabilidade de Rosario Ortega et al.: tional ways of these perturbing phenomena, “Through the two years working in the net we but also in a very especial way the new types have studied in depth the knowledge and the of SBV, as the one called cyberbullying, which search of educational strategies to prevent, is starting to emerge under the cover of new palliate and stop any type of School Bullying technologies provided by the virtual knowl- and Violence, with the online conference for- edge and technology society, to what our pro- mat and helped by some analysis instru- ject has dedicated an especial attention”. ments, such as the Delphy model. Within this Disponível on-line » process we have not only focused the conven-

An investigation into cyberbullying, its forms, awareness and impact, and the rela- tionship between age and gender in cyberbullying (2006)

De Peter Smith et al.: ‘Bullying’ is often de- parent, as the use of electronic devices such scribed as being an aggressive, intentional as computers and mobile phones by young act or behaviour that is carried out by a people has increased. group or an individual repeatedly and over Cyberbullying can take many forms, and for time against a victim who cannot easily de- the purpose of this study we subdivided the fend him or herself (Whitney & Smith, 1993; concept of cyberbullying into 7 sub- Olweus, 1999). Bullying is a form of abuse categories: that is based on an imbalance of power; it can be defined as a systematic imbalance of • Text message bullying power (Smith & Sharp, 1994; Rigby 2002). • Picture/ Video Clip bullying (via mobile phone cameras) Using these definitions for bullying, we can • Phone call bullying (via mobile phones) extend them to define cyberbullying. Cyber- • Email bullying bullying therefore can be defined as an ag- • Chat-room bullying gressive, intentional act carried out by a group or individual, using electronic forms • Bullying through instant messaging of contact, repeatedly and over time against • Bullying via websites”. a victim who can not easily defend him of herself. Cyberbullying is a form of bullying which has in recent years become more ap- Disponível on-line »

Bullying is nothing new. Most of us will have vivid memories of the school bully de- manding dinner money, tipping out school bags or threatening to give terrified victims a good roughing up after 'home time'. Studies show bullying is more prevalent now than ever, but with modern technology, it has become more sophisticated and sinister. Worst of all, many parents have no idea this type of bullying – cyberbullying - even exists. Traditional bullying wasn't nice but it always happened face to face (…).A child could leave school, or wherever the bullying was taking place, and go home to a safe place. With cyberbullying you can be targeted 24 hours a day, seven days a week, wherever you are - making it much more difficult to escape. It creates this terrible sense of isolation. The serious nature and consequences make cyberbullying, as serious, if not more so, than traditional bullying.”

bullying.co.uk (acesso em 15 de Novembro de 11)

5.Websites recomendados sobre Bullying e Cyberbullying

European Projects on School Bullying Portalbullying (Portugal) and Violence

Observatoire International de la Vio- International Journal on Violence and lence Scolaire (França) Schools (França)

School Bullying and Violence (SBV) Olweus Bullying Prevention Program

"Nature and prevention of bullying" bullyingescola.com project

School Bullying and Violence Bully Free World

Acoso Escolar (Espanha) Maristak-Bullying (Espanha)

Bullying Online (Reino Unido) (Reino Unido)

CoastKid (Reino Unido) Bully Free Zone (Reino Unido)

Bully (Reino Unido) (Reino Unido)

Anti Bullying Service (Reino Unido) Anti Bullying Network (Reino Unido)

Anti-Bullying Alliance (Reino Unido) (Reino Unido)

UK Observatory for the Promotion of School Bully Online (Reino Unido) Non-Violence

Northern Ireland Anti-Bullying Forum Respectme - Scotland's Anti-Bullying (NIABF) Service

Anti – Bullying Centre Observatório de Violências nas Escolas (Irlanda) – Brasil / Núcleo Estado do Pará observatoriodainfancia.com.br Bullying No Way (Austrália)

National Centre Against Bullying No Bully (Nova Zelândia) (NCAB) (Austrália)

Bullying.org (Canadá) Bullying Course (Canadá)

Cyberbullying (Canadá) BullyBeware (Canadá)

Observatoire Canadien pour la Préven- Violences à l'Ecole (Bélgica) tion à l'Ecole

Friends (Suécia) Bullying Research (Suécia) eXbus: Exploring Bullying in Schools El Observatorio Argentino de Violencia (Dinamarca) en las Escuelas

Bullies to Buddies (E.U.A.) BullyBuffer (E.U.A.)

Cyberbullying Research Cen- NJ Coalition for Bullying Awareness ter (E.U.A.) and Prevention (E.U.A.)

Center for the Prevention of School Stop Bullying Now! (E.U.A.) Violence (E.U.A.)

Institute on Violence and Destructive Virginia Youth Violence Project Behavior (E.U.A.) (E.U.A.)

Projecto Dadus Danah Boyd

EU Kids Online (Crianças Europeias Eukidsonline em Linha)

MiudosSegurosNa.Net Internet Segura

Safer Internet Programme (Comissão Linha Alerta Europeia)

The Pew Research Center's Internet & Segura Net American Life Project

ENISA -the European Network and In- Microsoft – Segurança em Casa formation Security Agency

ebrary’s Searchable Information Cen- Netsmartz ter on Cyberbullying

Cyberbullying Research Center Cybercullying (Bullying UK)

Tu Alinhas Wiredkids

Stop cyberbullying