1 Pontifícia Universidade Católica De São Paulo PUC/SP Gisele Da Silva Souza “SOMOS QUEM PODEMOS SER”: Engenheiros Do Ha

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1 Pontifícia Universidade Católica De São Paulo PUC/SP Gisele Da Silva Souza “SOMOS QUEM PODEMOS SER”: Engenheiros Do Ha 1 Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC/SP Gisele da Silva Souza “SOMOS QUEM PODEMOS SER”: Engenheiros do Hawaii – Jovens, rock, sensibilidades e experiências urbanas (1985-2003) Mestrado em História Social São Paulo 2018 2 Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC/SP Gisele da Silva Souza “SOMOS QUEM PODEMOS SER”: Engenheiros do Hawaii - Jovens, rock, sensibilidades e experiências urbanas (1985-2003) Mestrado em História Social Dissertação apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como exigência parcial para a obtenção do título de MESTRE em História Social, sob a orientação da Professora Doutora Maria Izilda Santos de Matos. São Paulo 2018 3 BANCA EXAMINADORA ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ 4 Para meus pais, Maria e Mauro, pelo amor e força. Para meu esposo e companheiro Lucas. Para meu irmão Renato e meus amigos queridos. 5 AGRADECIMENTO À CAPES - Coordenadoria para Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior, pela concessão da bolsa de estudo, sem a qual este estudo seria inviabilizado. 6 AGRADECIMENTOS À minha orientadora, Drª Maria Izilda Santos de Matos, que acreditou em mim desde a especialização na PUC-SP, pela compreensão, paciência e por ser essa pessoa e profissional esplêndida. Tenho a imensa alegria de conhecê-la e de ter aprendido tanto. Obrigada por tudo, sempre. Aos professores Drª Olga Brites, Drª Estefânia Knotz Canguçu Fraga, Drº Antônio Rago e Drª Maria do Rosário da Cunha Peixoto pelas contribuições durantes as disciplinas, apoio e atenção a pesquisa. Aos meus colegas de curso, obrigada por todas as contribuições e bate-papo. À Drª Ana Barbara Aparecida Pederiva e à Drª Yvone Dias Avelino, pelas contribuições imprescindíveis para a dissertação quando da qualificação. À CAPES, pela bolsa oferecida durante a pesquisa. À equipe de revisão Kazigu Editoração. Para além desses agradecimentos institucionais, lembro aqui dos meus familiares. Meus pais, Maria do Carmo e Mauro, por sempre acreditarem em mim, pela força, carinho, dedicação e compreensão em todos esses anos de lutas e alegrias. Sem vocês não haveria a possibilidade da realização desta dissertação. Não existem palavras que possam descrever o meu amor por essa dupla que fez de mim o que sou hoje. Meu irmão, Renato, que sempre me apoiou, ajudou e ouviu comigo as canções que me inspiraram. Toda a minha gratidão e amor a você. Ao meu esposo, Lucas, pela paciência, parceria e ajuda. Pelos ouvidos atentos nos meus tormentos e nas minhas alegrias, escutando Engenheiros do Hawaii o dia inteiro, pela fé em mim e nas minhas ideias malucas, pelo companheirismo e amizade, a você todo o meu amor e gratidão. À minha querida amiga Juliana, que partilha comigo as experiências acadêmicas desde tempos imemoriais, pelas leituras, debate, tradução, sonhos compartilhados e companheirismo. À Fernanda, a mais distante fisicamente, mas sempre presente, me apoiando e relembrando nossos sonhos de chegar à universidade. Obrigada por toda a nossa caminhada, apoio, ajuda, leituras, divagações, irmandade e carinho. À Leni, irmã que a vida me trouxe, que ouvia Engenheiros comigo o tempo todo, com quem discuti tantas canções, tantos shows e momentos que passamos. Esta dissertação é dedicada às nossas tardes ouvindo rock na calçada da sua casa, às fitas emprestadas e às memórias afetivas que construímos juntas. 7 À Thiara (Punk), minha amiga querida, obrigada pelo companheirismo, pelas divagações sobre a vida, por entender meus sumiços nesses últimos tempos e por estar presente nos melhores momentos. Agradeço às minhas queridas amigas Laura, Andréa, Zelina, Tatiana, Aline, Bárbara, Débora, Denise e Carol, pela amizade, paciência e palavras sábias nos momentos certos. Aos colegas da escola Vera Athayde, Kelly, Érika, Francisco (Chicão), Adriano, Tatiane e Norma, pela ajuda, amizade e compreensão, obrigada pessoal. Aos meus alunos, que sempre me inspiraram a entender a juventude e suas ânsias. A Deus, que sempre esteva ali nos meus caminhos, me guiando e abençoando. 8 “Minhas raízes estão no ar minha casa é qualquer lugar se depender de mim eu vou até o fim voando sem instrumentos ao sabor do vento se depender de mim eu vou até o fim” (Humberto Gessinger) 9 RESUMO SOUZA, Gisele da Silva. “Somos quem podemos ser”: Engenheiros do Hawaii - Jovens, rock, sensibilidades e experiências urbanas (1985-2003). Dissertação (Mestrado em História Social), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2018. Esta dissertação investiga a obra dos Engenheiros do Hawaii e o surgimento da geração de jovens nos anos 1980, realizando uma discussão sobre o rock e as questões que envolviam os jovens nesse momento. A pesquisa foi desenvolvida a partir de canções e da análise das capas dos 18 discos oficiais do grupo, nas quais é possível observar diversas temáticas, entre elas a juventude e a cidade. A análise encontra-se organizada em três momentos. No primeiro, recupera a trajetória do rock, sua chegada ao Brasil e a formação da geração roqueira dos anos 1980, assim como as questões mercadológicas, circularidade cultural e a crítica social e política presente nas canções dos Engenheiros do Hawaii, observando tensões vivenciadas no país nesse período. Na sequência, incorporam-se as discussões acerca das cidades e da juventude, trazendo representações como o flâneur, dândi, niilismo, existencialismo, experiências de violência urbana, gerando medo, insegurança, solidão e angústia. Incluindo também os anseios existenciais dos jovens, seus desalentos e a questão do consumo do álcool e de drogas, as tentativas de enfrentar as dores e mágoas, esquecer amores e relações vazias. Outras questões abordadas são as inquietudes frente à expansão da tecnologia, seus impactos físicos e sociais, a desesperança frente às guerras e à violência. Palavras-chave: Engenheiros do Hawaii, Humberto Gessinger, Rock anos 80, Juventude, Cidade, Sensibilidades Urbanas. 10 ABSTRACT SOUZA, Gisele da Silva. “We are who we can be”: Engenheiros do Hawaii - Young, Rock, Sensibilities and Urban Experiences (1985-2003). Dissertation (Master Degree in Social History), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2018. This dissertation investigates the work of Engenheiros do Hawaii and the emergence of the generation of young people in the 1980s, leading to a discussion on rock and issues involving the young at this time. The research was developed from songs and analysis of the covers of the 18 official discs of the group, in which we can observe various themes, among them the youth and the city. The analysis is organized in three moments. In the first one, he recovers the trajectory of rock, its arrival in Brazil and the formation of the rock generation of the 1980s, as well as marketing issues, cultural circularity and social and political criticism in the songs of Engenheiros do Hawaii observing the tensions experienced in the country during this period. Thereafter, discussions about the cities and the youth are incorporated, bringing representations such as the flâneur, dândi, nihilism, existentialism, experiences of urban violence representations such as the flâneur, dândi, nihilism, existentialism, experiences of urban violence generating fear, insecurity, solitude and anguish. Including also the existential yearnings of the young, their discouragement and the issue of consumption, either alcohol or drugs, attempts to face pain and regrets, forget loves and void relationships. Other issues addressed are the concerns about the expansion of technology, its physical and social impacts, hopelessness in the face of wars and violence. Key words: Engenheiros do Hawaii, Humberto Gessinger, 80s rock, youth, City, Urban Sensibilities. 11 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO...............................................................................................................13 I – ROCK: CIRCULARIDADE E CRÍTICA CULTURAL............................................ 19 1.1 SER JOVEM: GERAÇÃO, CULTURA E ROCK.......................................................... 20 1.2 ROCK NO BRASIL: CIRCULARIDADE CULTURAL E CONSUMO....................... 33 1.3 ENGENHEIROS DO HAWAII: CRÍTICA SOCIAL E POLÍTICA............................... 47 II – “CIDADE EM CHAMAS”: EXPERIÊNCIAS URBANAS...................................... 60 2.1 “SAMPA NO WALKMAN”: PELAS CIDADES...........................................................61 2.2 ENTRE “MUROS E GRADES”: VIOLÊNCIA E CIDADES........................................ 78 2.3 “SUAVE É A NOITE”: CIDADE E A NOITE............................................................... 95 III – EXPERIÊNCIAS JUVENIS: SENSIBILIDADES, HÁBITOS E TECNOLOGIAS.......................................................................................................... 111 3.1 “A BANDA NUMA PROPAGANDA DE REFRIGERANTES”: SENSIBILIDADES........................................................................................................ 112 3.2 “EU QUE NÃO BEBO PEDI UM CONHAQUE”: BEBER E FUMAR........................ 128 3.3 “ELES GANHAM A CORRIDA ANTES MESMO DA LARGADA”: TECNOLOGIAS.............................................................................................................. 143 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................. 159 FONTES E BIBLIOGRAFIA............................................................................................. 162 12 LISTA DE FIGURAS Capa e contracapa
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