PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE HIDROLINA - GO 2015 – 2025

PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE HIDROLINA Por um Ensino Participativo e de Qualidade

OSVALDO MOREIRA VAZ Prefeito Municipal

EUDES MOREIRA DE MELO Vice-Prefeito

ROGÉRIO ANTÔNIO DE JESUS Presidente da Câmara Municipal

PROFESSORA DIRCE LOPES VIERA SILVA Secretária Municipal de Educação Coordenadora Geral para Elaboração do PME

PROFESSORA GENILZA MACHADO DINIZ FARIA Coordenação Técnica do Plano Municipal de Educação

PROFESSOR ABRAHAM THÔMAS MOREIRA DA SILVA Secretário Executivo para Elaboração do PME

COMISSÃO DE SISTEMATIZAÇÃO PARA A ELABORAÇÃO DO PME

COLABORADORES

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO Jane Machado Fagundes Moreira de Melo Maria José da Silva

CONSELHO TUTELAR Maria Abadia da Cunha Vieira Maria Abadia Mendonça

CÂMARA MUNICIPAL Jean Pereira da Silva Jéssica Moreira Cardoso Alves

REPRESENTANTES DE ESTUDANTES Amanda Teles Borges Vitória Pereira Bonifácio

REPRESENTANTES DE PAIS Nádia Maria Dorneles Valdelina Aparecida Moreira Machado

REPRESENTANTES DOS PROFESSORES Alenilda Moreira de Jesus Oliveira Denise Guimarães Lima Carmo

REPRESENTANTES DOS GESTORES Ana Araújo Arruda Ivagma Ângela Pereira Machado

REPRESENTANTES DO CONSELHO DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR Eva de Souza Vaz Rávilla Cristina Ferreira

REPRESENTANTES DO CONSELHO DO FUNDEB Eliene Bonifácio Machado Enilda Eva das Neves

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...... 5

HISTÓRICO DA ELABORAÇÃO DO PME...... 7

1. DENOMINAÇÃO DO MUNICÍPIO...... 8

2. ASPECTOS HISTÓRICOS, GEOGRÁFICOS E SOCIOECONÔMICOS...... 8

2.1 - Aspectos Históricos...... 8

2.2 - Caracterização Física...... 12

2.3 - Aspectos Geológicos...... 15

2.4 - Aspectos Populacionais...... 16

2.5 - Aspectos Socioeconômicos...... 19

2.6 - Aspectos Culturais...... 21

3. EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DE HIDROLINA...... 23

3.1 – Estabelecimentos de Ensino por Dependência Administrativa ...... 23

3.2 - IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica...... 28

3.3 - Taxa de Aprovação, Reprovação, Abandono e Distorção Idade-Série...... 34

3.4 - Educação Especial...... 37

3.5 - Magistério da Educação Básica...... 38

3.6 - Financiamento e Gestão...... 40

4 - METAS E ESTRATÉGIAS...... 41

ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO...... 80

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...... 82

ANEXOS...... 83

"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe.

Jean Piaget

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INTRODUÇÃO

O Processo de construção e desenvolvimento de qualquer sociedade, a formação da identidade cultural de um povo, a consciência social dos indivíduos, o exercício político da cidadania, intrinsecamente estão relacionados com um aspecto fundamental de nossa vida social: a educação. Não entendemos sociedade, democracia e educação dissociadas. Elas se entrelaçam e se completam, agem em consonância com as necessidades do mundo atual, preparando seus componentes e dotando-os de qualitativos essenciais à continuação da humanidade. O Plano Municipal de Educação de Hidrolina foi elaborado de forma democrática e participativa, buscando grandes avanços de qualidade na educação para os próximos dez anos. O PME trata do conjunto da educação, no âmbito Municipal, expressando uma política educacional para todos os níveis, bem como as etapas e modalidades de educação e de ensino. É um Plano de Estado e não somente um Plano de Governo. Sua elaboração está preconizada no Plano Nacional de Educação - PNE, aprovado pela Lei nº 13.005/2014, que em seu art. 8º declara: “Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão elaborar seus correspondentes planos de educação, ou adequar os planos já aprovados em lei, em consonância com as diretrizes, metas e estratégias previstas neste PNE, no prazo de 1 (um) ano contado da publicação desta Lei”. Obedecendo ao princípio constitucional de gestão democrática do ensino público, preconizada na Constituição Federal Art. 206, Inciso VII, observando a gestão democrática de ensino e da educação, a garantia de princípios de transparência e impessoalidade, autonomia e participação, liderança e trabalho coletivo, representatividade e competência, foi construído o presente Plano Municipal de Educação, um plano decenal. Ele requereu de todos nós, que dele participamos com clareza e objetividade a respeito de qual educação queremos. Este processo de construção coletiva, com a demonstração de um forte espírito democrático, nos enche de esperança e nos aponta para um caminho em que a educação é alicerce para o desenvolvimento de uma sociedade plena. O PME preconiza o que está posto no Plano Nacional de Educação. Os principais aspectos norteadores abordados são: a universalização, a qualidade do

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ensino, a formação e valorização dos profissionais, a democratização da gestão e o financiamento da educação. Esperamos que o Plano Municipal de Educação de Hidrolina aponte para uma Educação Plena, que contribua para a formação de cidadãos, com uma nova visão de mundo, em condições para interagir na contemporaneidade de forma construtiva, solidária, participativa e sustentável.

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HISTÓRICO DA ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE HIDROLINA

Construir e consolidar um projeto próprio, comprometido com a transformação social e educacional do nosso Município, buscou- se, com a elaboração do Plano Municipal de Educação, mobilizar a Rede Municipal, Rede Estadual e Associações, propiciando desencadeamento de uma significativa série de debates sobre seus mais importantes problemas educacionais, bem como as alternativas e estratégias para enfrentá-los. Este debate instalado nos Fóruns Municipais indicou que eram muitos os obstáculos e desafios a serem enfrentados na Educação do Município. Com uma investigação reflexiva e crítica, a construção deste trabalho foi significativo, assegurando oportunidades de experiências de aprendizagens que desafiem o potencial criativo, incorporem avanços científicos e tecnológicos e desencadeiem a paixão pela descoberta, estabelecendo a mediação necessária, com o mundo cultural daqueles que procuram a escola pública de qualidade. A aprovação deste, pelo Poder Legislativo e transformação em Lei, sancionada pelo Poder Executivo, lhe confere poder para garantir sua efetivação e continuidade das políticas educacionais, em busca da superação e prevenção do analfabetismo, da universalização da educação básica e da melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem, dentre outros, tendo como principal protagonista o ALUNO. Além disso, reitera o papel da educação como o direito de todos garantindo acesso, permanência, aprendizagem e conclusão com resultados positivos das crianças, adolescentes, jovens e adultos nas instituições de ensino em Hidrolina-Go.

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1 - DENOMINAÇÃO DO MUNICÍPIO

Hidrolina

O Nome “Hidrolina” originou-se pela abundância de riachos com águas cristalinas.

2. ASPECTOS HISTÓRICOS, GEOGRÁFICOS, SOCIOECONÔMICOS.

2.1 - ASPECTOS HISTÓRICOS:

Para entendermos alguns aspectos históricos do município de Hidrolina, se faz necessário fazer uma análise da região de Pilar de Goiás. Na análise da região de Pilar de Goiás, junto às minas de Calhamares e , exploradas por milhares de garimpeiros, igualmente, não poderia localizar- se a oeste, pois ficariam expostos à ação dos “predadores” de Crixás e mais vulneráveis aos ataques de selvagens. Há quarenta e sete anos encontrou-se um grupo de octogenários pilarenses. Lúcidos, demonstravam conhecer o passado de seus antepassados, disseram da existência de uns cabritos selvagens encontrados na serra conhecida pelo nome de “AQUI”, que onde hoje, guarda a costa sul da cidade de Hidrolina. Com base na tradição oral destes memoráveis senhores, que, acredita-se, e leva-se a deduzir que o Quilombo de Pilar, em 1751, tenha ali se estabelecido nos tempos da alta perseguição, sendo dizimado pelo próprio homem. Graças à fertilidade de suas terras, o antigo julgado de Pilar tornou-se a “Papuã de Goiás”, vindo para esta cidade, , nordestinos, paulistas, sulistas, asiáticos, europeus e africanos, que fizeram de Goiás a sua pátria definitiva e adotiva. A partir de 1940, atendendo a uma consequência natural de migração, à região de Lobeira afluíram famílias dos mais diversos rincões do Brasil e de Goiás. Agricultores acorriam à região onde as sesmarias ou latifúndios eram vendidos a baixos preços. Os vizinhos de nossa região, tão próximos uns dos outros, compreenderam a necessidade de formar um povoado, onde lhes seria mais

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facilmente manter o comércio de compra e venda. Assim foi que agropecuaristas mais próximos, conhecendo a densidade demográfica, vendo a prole avolumar-se e receosos de seu crescimento sem que ao menos tentassem alfabetizá-la, deliberaram doar parte de suas terras para fundação de uma vila. Foram eles: Antônio Pereira da Silva, Graciano Gonçalves Guimarães. A chegada de famílias como: Pereira da Silva, Machado Fagundes, Machado, Moreira e outras, desejosas de progresso, trouxeram alento à vila, fomentando-a. Construída a primeira casa, apesar de improvisada, as outras foram feitas em seguida. Religiosos, os moradores cuidaram imediatamente de erguer a capela. Para tanto, contaram com entusiasmo e integral apoio do Padre: Luiz Maria Olaborieta. Em 1984, tivemos acesso a uma entrevista dele que dizia “Ter esperança no futuro de Hidrolina”. O saudoso Padre viajava em sua besta ruana, por vezes subira à pé as serras, evangelizando. Mas Hidrolina qual “Iracema”, vistosa, criada no verdor das matas, cresceu. Logradouros públicos foram abertos, casas construídas, instalações de firmas comerciais e oficiais; profissionais autônomos chegavam. Aumento demográfico e ampliação das rendas; lavoura e pecuária correspondiam ao desejo de todos que se alegravam ao ver caminhões entrarem e saírem carregados de fartura e frutos desta terra abençoada. Acreditando nas possibilidades econômicas da região e no dinamismo de seu povo, o Deputado Estadual NATAL GONÇALVES DE ARAÚJO, consegue aprovar a Lei nº 2.131 de 14 de novembro de 1.958, emancipando o município de Hidrolina. Passamos de um talvez Quilombo de Papuã à vila de Lobeira (árvore característica do cerrado brasileiro) e finalmente à cidade de Hidrolina-GO. Hidrolina aparece como símbolo de “águas cristalinas” e abundantes. Os mananciais são numerosos. Em sua maioria os rios e riachos nascem nas serras divisoras com os municípios de Pilar de Goiás e Uruaçu. Outrora sua flora espessa, especialmente no quadrante noroeste. À proporção que as serras iam se transformando em colinas e estas em terrenos levemente ondulados, as matas iam cedendo lugar ao cerrado. Todas as águas do município convergem para ribeirões limítrofes: Vermelho, Lavrinhas, que por sua vez, deságuam no Rio das Almas. Toda a flora natural já foi substituída. Há pequenas reservas de posse dos fazendeiros, mas cuidadosos, não há reflorestamento. Nos sopés dos montes, há ipês roxos e

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amarelos, caraibeiras, palmeiras, açuri, pequizeiros, ingazeiros, e outras representantes do cerrado local. Os cerrados apresentam-se em um ou dois andares, em pequenas e grandes extensões, pródigos em frutos silvestres. Nesta paisagem há pastagem para as produções pecuárias, pequenas e médias lavouras para subsistência. A zona rural é servida de energia elétrica, o que mecaniza e aumenta a produtividade no campo. As pequenas e médias propriedades rurais apresentam mananciais de água, em rios, riachos, represas, diques, açudes, onde podemos encontrar peixes como piaba, tambaqui, carpas, etc. As instalações rurais são na maioria modestas, com arames lisos ou farpados e poucos com estacas de aroeira. Existem presenças de bicas d’água e alguns monjolos. É expressiva a pecuária de grande porte com gado bovino, para a produção leiteira e abate. A criação de animais de pequeno porte como porcos e galinhas são mais para a subsistência familiar. A atual administração procura beneficiar a zona rural, aprimorando atendimento nos postos de saúde, buscando melhoria no transporte escolar, beneficiando alunos da zona rural. Hidrolina está localizada ao norte do Vale do São Patrício. As doações de terra para a expansão do município foram de extrema valia já que a cidade de Hidrolina contava na data de sua emancipação com 5.000 habitantes, e na época do povoado de Lobeira, contava aproximadamente com 1.500, sendo 350 eleitores.

Criação do Município de Hidrolina

Hidrolina começou em 1950 com a doação de terras por dois fazendeiros locais, sendo eles Graciano Gonçalves Guimarães e Antônio Pereira da Silva. O primeiro nome foi "Lobeira" devido à existência dessa árvore na região, por isso também é conhecida pela alcunha (apelido) "Lobeira". Com o rápido crescimento demográfico, do povoado de Lobeira, o ex- deputado Castro Costa, consegue elevar o povoado a distrito de Pilar de Goiás, consciente à Lei 29 de 26/06/1958. Posteriormente o deputado Natal Gonçalves de Araújo, aprovou a Lei 2.131 de 14 de novembro de 1958 emancipando o povoado de Lobeira elevando a categoria de Cidade, passando a se chamar HIDROLINA nome sugerido por Natal Gonçalves, por causa da presença de muitos córregos.

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Hidrolina - Estado de Goiás. Os habitantes se chamam hidrolinenses. O município se estende por 580,39 km² e contava com 4 029 habitantes no censo de 2010. A densidade demográfica é de 6,9 habitantes por km² no território do município, o qual é vizinho dos municípios de Pilar de Goiás, Guarinos e São Luiz do Norte. Hidrolina se situa a 40 km de Uruaçu, maior cidade nos arredores.

Evolução Histórica:

As doações de terras eram necessárias. O Sr. Graciano Gonçalves Guimarães, doou 2 (dois) alqueires de cultura, denominada de Engenho de Santana, que foi desmembrada para a criação da 1ª Escola Municipal Rural. Antônio Pereira da Silva doou 2 (dois) alqueires de cultura campo na fazenda Campo Redondo. Maria Percília de Sousa doou 08 alqueires e José Pereira do Nascimento, doou o terreno para a construção do Cemitério de Hidrolina. Em 1951, em terras doadas por Antônio Pereira da Silva, foi construído pelo estado, o grupo escolar de Hidrolina, que passou a chamar Escola Estadual de Hidrolina e hoje, Escola Municipal de Hidrolina. Em 1953, José Pereira do Nascimento construiu a capela em homenagem a Santo Antônio Maria Claret, com o apoio dos padres: Luiz Maria Olaborieta e Padre Antônio Artiaga (Claretianos). A capela era situada na época, na Avenida Antônio Braga, esquina com a Rua Valdeci Ferreira, centro. A partir daí, casas foram edificadas ao redor. O primeiro prefeito de Hidrolina foi José Balduino Cardoso, no período e 1959 - 1960; O segundo foi Juvêncio Moreira Braga: 1961 - 1964; O terceiro, Luiz de Oliveira Nóbrega: 1965 - 1968; O quarto, Amadeu Moreira Alves: 1969 - 1972; O quinto: José Maria Neves: 1973 - 1976; O sexto: Adair Moreira Alves: 1977 - 1982; O sétimo: José Alves de Moura: 1983 - 1988; O oitavo, Getúlio Lopes Sobrinho: 1989 - 1992; O nono: Amadeu Moreira Alves: 1993 - 1996; O décimo: Getúlio Lopes Sobrinho: 1997- 2000; A décima primeira prefeita: Orides Alves de Sousa: 2001 - 2004; O décimo segundo: Wilton Moreira Alves: 2005 - 2008; O décimo terceiro: Wilton Moreira Alves: 2009 - 2012; O décimo quarto: atual prefeito: Osvaldo Moreira Vaz: 2013 - 2016.

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2.2 - CARACTERIZAÇÃO FÍSICA

Urbanização A cidade já se estende por vários bairros, a saber: 1 - Setor Central; 2 - Setor Aeroporto I; 3 - Setor Aeroporto II; 4 - Setor Juventina; 5 - Setor Pouso Alto; 6 - Setor Dom Bosco; 7 - Setor Jonas Rocha; 8 - Setor Morada Nova; 9 - Setor Jardim Antô nio Pereira Dutra;

Coordenadas Geográficas:

Altitude de Hidrolina: 574 metros de altitude.

Coordenadas geográficas decimais: Longitude: - 49.467 Latitude: -14.7229

Coordenadas geográficas sexagesimais: Latitude:14° 43' 22'' Sul Longitude: 49° 28' 1'' Oeste

Distância em relação à capital: Goiânia: 219 km

Área: 580,39 km²

Localização: Ao norte do Vale do São Patrício Hidrolina está localizada ao norte do Vale do São Patrício, a 219 km da capital Goiânia. A altitude é de 574 metros. A temperatura média anual em torno: 25 Cº. Com variações entre 20°C (média das mínimas) e 30°C (média das máximas). O município faz parte da bacia do rio São Patrício, sendo banhado pelo rio das Almas e rio vermelho.

Distância entre Hidrolina e as principais cidades brasileiras:

São Paulo : 1026 km Rio de Janeiro : 1124 km Salvador : 1200 km

Brasília : 203km Fortaleza : 1714 km Belo Horizonte : 815 km

Manaus : 1736 km Curitiba : 1192 km Recife : 1755 km

Porto Alegre : 1713 km Belém : 1481 km Goiânia : 219 km

Guarulhos : 1021 km Campinas : 946 km São Luís : 1471 km

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Municípios limítrofes: Pilar de Goiás, U ruaçu, São Luiz do Norte, e Santa Rita do Novo Destino.

Limites atuais – Norte, Sul, Leste, Oeste.

Município confinante de Hidrolina Guarinos Guarinos Uruaçu

Pilar de Goiás São Luíz do Norte

Pilar de Goiás Pilar de Goiás São Luiz do Norte Municípios vizinhos de Hidrolina Pilar de Goiás 11.9 km São Luiz do Norte 21.6 km Guarinos 25.2 km Santa Terezinha de Goiás Itapaci 26.9 km Uruaçu 39.9 km 41.9 km

REGIÃO FISIOGRÁFICA:

Clima: Tropical temperado Temperatura Mínima (ºC) : Média20 Tempera tura Máxima (ºC) : Média 30

Temperatura média anual: 25 Cº.

Umidade relativa do ar - média anual: 30% Gráfico 1

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Gráfico 2

Formação vegetal: Formação arbustiva, herbácea e cerrado.

Bioma: Cerrado

Solos – predominantes e características principais: Acidentada, observando a existência de serras e morros.

Relevo: Planalto, apresentando algumas serras e morros.

2.3 - ASPECTOS GEOLÓGICOS Segmentos colisionais brasilianos que envolvem um microcontinente arqueano, constituído por complexos granitos – gnáissicos denominados Anta. Fuck (1994)

Bacia hidrográfica: principais rios, riachos, açudes e outros; Rio jacuba, rio Posse, rio Vermelho, rio das Almas, rio Lavrinha. Córrego Seco, córrego guarda pito, córrego Fundo, córrego São Sebastião, córrego de Pedra, córrego São Vicente, córrego da Farofa, riacho Monjolo, riacho da Ponte Velha.

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Área do município (urbana e rural) em km². Sua Área é de 580,39 km² representando 0.1707% do Estado, 0.0363% da Região e 0.0068% de todo o território brasileiro, com densidade demográfica de 6,94 hab/km²

Energia elétrica: Oferecido pela CELG (Companhia Energética de Goiás) – Distribuída por uma subestação localizada na cidade.

Telefonia: Telefonia fixa oferecida pela empresa Oi – Brasil Telecom, com DD 62 e prefixo 3349. Telefonia móvel oferecido pela empresa Oi.

Transportes: Por ser uma cidade pequena não possui transporte público. O transporte intermunicipal é feito pela empresa Marly através de uma linha Hidrolina - Goiânia.

Comunicação: A comunicação é feita por meio de rádio, telefone e Internet.

Vias de acesso: terrestre. Rodovia pavimentada até São Luiz do Norte, sem pavimentação para Pilar de Goiás e Santa Terezinha e Goiás.

2.4 - ASPECTOS POPULACIONAIS

Características gerais da população

Cor/raça da população de acordo com o senso de 2010: Branca: 43% Preta: 3% Amarela: 1% Parda: 53%

Gentílico: Hidrolinense

Habitações existentes e localização. Há 1212 habitações urbanas

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Origens: Migraram para Hidrolina, pessoas de várias regiões do Brasil, principalmente do estado de Minas Gerais e cidades Goianas.

População urbana e rural; Segundo dados do IBGE, Hidrolina possuía em 2010 uma população de 4029 habitantes, com a densidade populacional de 6,94/km². A estimativa do IBGE para 2014 é de 3.966 habitantes, o que nos leva a uma taxa de decréscimo anual de 1,56%. A razão deste decréscimo se deve a emigração de jovens para grandes centros em busca de trabalho e estudo, devido à baixa oferta de emprego e por não possuir no município, instituições de nível superior. Sua População residente na zona urbana: 2980 pessoas e na zona rural: 1049 pessoas.

Decrescimento Populacional:

Gráfico 3

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Tabela1

Gráfico 4

População Hidrolinense por Faixa Etária:

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Tabela 2

2.5- ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS

A distribuição setorial do PIB de 41.910 perfaz 40,79% na agropecuária, maioria das propriedades rurais; 8,72% na indústria, sendo na maioria, confecções; e 50,49% no setor de serviços com empregos distribuídos entre: autônomos, comércio e administração pública. 19

Gráfico 5

Tabela 3

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH- M)

IDHM 1991 0,449

IDHM 2000 0,545

IDHM 2010 0,677

Hidrolina possui um IDH-M, igual a 0, 677. Percebe-se um crescimento no Índice de Desenvolvimento Humano nas últimas décadas. 20

2.6 - ASPECTOS CULTURAIS

A cultura popular de Hidrolina conta com as festas tradicionais, como: festa juninas: comemorando São João, São Pedro, com intensidade e bastante organização. É comemorada em todas as escolas do município e pela igreja Católica. Há ocorrência dessas festas com tradição nas casas de família.

São realizadas também: ° Festa da cavalhada - Associação de cavaleiros da cavalhada de Hidrolina, (ACCH); ° Folias de santos reis – folguedo advindo do sudeste do país, caracterizada pela farta culinária local entre o dia 1º de janeiro e o dia de Reis (06 de janeiro). No mês de julho também ocorrem às visitas às fazendas e municípios; ° Cavalgada; ° Festa de São José Operário; ° Festa em louvor a Santo Antônio Maria Claret; ° Festa do Divino Espírito Santo; ° Festa de São Sebastião. No natal os moradores constroem suas lapinhas e presépios nas igrejas, capelas e em suas casas.

Danças típicas

Catiras: dança típica, em que os catireiros dançam em fileiras opostas acompanhando a música da viola caipira, batendo pés e palmas. É uma dança típica masculina, mas algumas mulheres também fazem parte dessa dança. As vestes são calça comprida, camisa, chapéu, laço no colarinho, e um bom par de botinas. Entre os participantes encontramos alguns que usam o pandeiro com arte e muita habilidade. O catireiro mais popular de Hidrolina foi o Senhor Rei que muito abrilhantou as danças de catira em Hidrolina, hoje falecido.

Quadrilha: dança típica, em que crianças, jovens e adultos se vestem com trajes caipiras e dançam com seus parceiros no ritmo de sanfona ou música caipira.

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Cancioneiros Não podemos deixar de registrar a moda de viola, gênero musical legítimo herdado das canções medievais, que é integrante da cultura local, bem como outros ritmos mantidos em festas familiares, religiosas e nas serenatas, que se eternizam nas noites enluaradas, de geração em geração que ponteiam a viola nas madrugadas hidrolinenses, por vezes alternada pelos solos nobres, líricos e românticos de um saxofone solitário.

Número de estabelecimentos socioculturais do Município

Os hidrolinenses, contam com locais para eventos sociais que permitem a interação da comunidade, são eles: salão paroquial, CEPAE. Conta também com locais para atividades esportivas como: ginásio de esportes, estádio municipal, associação atlética Sênior de Hidrolina (AASH) e Biblioteca Municipal.

Feriados municipais:

24 de outubro - Santo Antônio Maria Claret – Padroeiro da Cidade; 14 de novembro - Aniversário da cidade.

Esportes praticados; Futebol; Futsal; Voleibol; Caminhada.

Tradições Religiosas: Romaria Nossa Senhora da Penha (Guarinos); Romaria Nossa Senhora da Abadia (Muquém); Procissão da penitência até o cruzeiro (Hidrolina).

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3 - EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DE HIDROLINA

Rede Escolar A Rede Escolar do Município de Hidrolina é composta com as seguintes instituições: ° Escola Municipal de Hidrolina; ° Escola Municipal Francisco Lopes Sobrinho; ° Colégio Estadual Alfredo Nasser. A rede de ensino do município de Hidrolina possui 3 escolas sendo duas Municipal e 1 Estadual. A “Escola Municipal de Hidrolina” atende a Educação Infantil de 4 e 5 anos e também as turmas do1º e 2º no do Ensino Fundamental; a “Escola Municipal Francisco Lopes Sobrinho” atende as turmas do 3º, 4º e 5º ano do Ensino Fundamental. O Colégio Estadual Alfredo Nasser, atende alunos do Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano e o Ensino Médio. As escolas acima mencionadas recebem também alunos da zona rural.

3.1 - ESTABELECIMENTOS DE ENSINO, POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA SEGUNDO ETAPA\MODALIDADE MINISTRADA .

A taxa de analfabetismo entre a população de 15 anos ou mais apresentou uma pequena redução entre o ano de 2000 a 2010, passou de 13,77% para 12,30%, conforme os dados do IBGE.

Gráfico 6 Índice de Analfabetismo de pessoas de 15 anos ou mais. Municipal Nacional

21,65% 19,33%

13,77% 12,84% 12,30% 9,37%

1991 2000 2010

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MATRÍCULA INICIAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA

EDUCAÇÃO INFANTIL

Em relação à Educação Infantil, não há matrícula de 0 a 2 anos, pois o município não possui creche, portanto a escola municipal, atendeu em 2010 uma pequena porcentagem de alunos de 3 anos na pré - escola, que corresponde a 4,3%, das crianças matriculadas em 2010. Aos alunos de 4 e 5 anos, o município atendeu em 2010, 58 alunos que corresponde a 55,3% das crianças. A partir dessa data o número de matrículas aumentou, atingindo 76 matrículas em 2015, que corresponde a 73% das crianças deste município. Os dados demonstram que houve um considerável aumento nas matrículas de alunos da Educação Infantil nessa faixa etária, podendo constatar esses dados no gráfico 7.

Gráfico 7

Matrículas na Educação Infantil 90 83 84 80 76 69 70

60 58 52 50

40

30

20

10

0 2010 2011 2012 2013 2014 2015

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ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS INICIAIS

No Ensino Fundamental dos anos iniciais, o Município apresentou uma considerável retração no número de matrículas entre 2010 a 2015, passando de 305 para 214 matrículas nos últimos cinco anos. Isso se deve ao fato de que a população hidrolinense vem diminuindo nos últimos anos. Embora houvesse esse decréscimo nas matrículas, o município atende 100% dos alunos do Ensino Fundamental dos anos iniciais. O decréscimo de matrículas ocorreu de forma gradativa entre os anos de 2010 e 2015, conforme é demonstrado no gráfico 8.

Gráfico 8

Matrículas nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental 350 305 300 280

245 250 239 237 214 200

150

100

50

0 2010 2011 2012 2013 2014 2015

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ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS FINAIS

O Ensino Fundamental dos anos finais é ofertado apenas pelo Estado e apresentou também uma retração no número de matrículas entre 2010 a 2015, passando de 273 para 219 matrículas nos últimos cinco anos. Nessa fase da educação, 87% dos alunos são atendidos e 13% dos adolescentes estão fora da escola. O decréscimo de matrículas ocorreu de forma gradativa entre os anos de 2010 e 2015, conforme é demonstrado no gráfico 9.

Gráfico 9

Matrículas nos Anos Finais do Ensino Fundamental 300 273 250 250 250 223 219 205 200

150

100

50

0 2010 2011 2012 2013 2014 2015

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ENSINO MÉDIO

O Ensino Médio, ofertado apenas pelo Estado, demonstrou uma considerável retração de 2010 para 2014, sendo 221 matrículas em 2010 e 133 em 2014. Já em 2015 houve um acréscimo significativo em relação a 2014, obtendo um total de 186 matrículas. A porcentagem de alunos fora da escola, na faixa etária entre 15 e 17 anos, é de 80 %. Um dos fatores que contribui para que o número de matrículas do Ensino Médio vem diminuindo, é a emigração de jovens a procura de trabalho e maior preparação para os estudos.

Gráfico 10

Matrículas no Ensino Médio 250 221

200 186 172 158 145 150 133

100

50

0 2010 2011 2012 2013 2014 2015

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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – EJA,

O Município de Hidrolina, não oferta a Educação de Jovens e Adultos – EJA, pois mesmo com uma ampla divulgação e incentivo da secretaria de Educação, não houve número suficiente de procura. O Colégio Estadual do município ofertou a EJA para os anos finais do Ensino Fundamental em 2013, com a matrícula inicial de 25 alunos, porém desse número, somente cinco alunos concluíram essa modalidade de ensino.

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL (NÍVEL TÉCNICO)

O Município de Hidrolina, não possui cursos técnicos no Ensino Regular, porém, o Governo Federal, em parceria com o Município, ofertou em 2014 e 2015, aproximadamente 350 vagas no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego - PRONATEC, que oferece cursos de educação profissional e tecnológica, além de contribuir para a melhoria da qualidade do ensino médio público.

EDUCAÇÃO SUPERIOR

O município não oferta Educação Superior, porém oferece condições para facilitar aos alunos o acesso às Universidades das regiões próximas ao nosso município, onde temos aproximadamente, 80 jovens cursando o Ensino Superior.

3.2 - IDEB – ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) combina dois indicadores usualmente utilizados para monitorar nosso sistema de ensino: • Indicadores de fluxo (promoção, repetência e evasão); • Pontuações, em exames padronizados, obtidas por estudantes ao final de determinada etapa do sistema de ensino.

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OBJETIVO

• Mostrar as condições do ensino no Brasil, numa escala de 0 (zero) a 10 (dez), determinando o prazo e a forma de como chegar. • Detectar escolas e/ou redes de ensino cujos alunos apresentem baixo desempenho em termos de rendimento e proficiência; • Monitorar a evolução temporal do desempenho dos alunos dessas escolas e/ou redes de ensino; • Foi fixada a média 6,0 para ser atingida até 2022, utilizando a metodologia do IDEB como base, observando que esta média foi atingida pelos 20 países melhores colocados no ranking mundial.

CÁLCULO DO IDEB • Utiliza o ano do exame (Saeb ou Prova Brasil) e Censo Escolar; • Média da proficiência em Língua Portuguesa e Matemática, padronizada para um indicador entre “0” e “10” dos alunos da Unidade Educativa, obtida em determinada edição do exame realizado ao final da etapa de ensino; • Indicador de rendimento, baseado na taxa de aprovação da etapa de ensino dos alunos da Unidade Educativa (Ensino Fundamental e Médio).

Em 2013 a rede municipal de Hidrolina obteve a média 5,2 nos anos iniciais e a rede estadual obteve 5,3 nos anos finais no IDEB, as quais estão acima da média nacional de 4,9 anos iniciais e 4.0 anos finais.

Tabela 4 IDEB : ENSINO FUN DAMENTAL - ANOS INICIAIS 2005 2007 2009 2011 2013 Hidrolina 3,8 4,1 4,9 5,4 5,2 Meta -- 3,8 4,2 4,6 4,9 Goiás 3,8 4,1 4,7 5,1 5,5 Brasil 3,6 4,0 4,4 4,7 4,9

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Gráfico 11

30

EVOLUÇÃO 5º ANO - LÍNGUA PORTUGUESA

Gráfico 12

EVOLUÇÃO 5º ANO – MATEMÁTICA

Gráfico 13

31

PROFICIÊNCIA

Gráfico 14

Tabela 5

IDEB : ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS FINAIS 2005 2007 2009 2011 2013 Hidrolina 3,7 4,1 4,4 3,8 5,3 Meta - 3,7 3,9 4,1 4,5 Goiás 3,3 3,5 3,7 3,9 4,5 Brasil 3,2 3,5 3,7 3,9 4,0

32

Gráfico 15

EVOLUÇÃO 9º ANO - LÍNGUA PORTUGUESA

Gráfico 16

33

EVOLUÇÃO 9º ANO - MATEMÁTICA

Gráfico 17

A escola da rede municipal que oferta o Ensino Fundamental nos anos iniciais, bem como a escola da rede estadual que atende alunos do Ensino Fundamental nos anos finais, apresentaram resultados significativos, no IDEB realizado em 2013, como mostra tabelas e gráficos, pois o resultado superou a meta estabelecida para o nosso município. Um dos fatores que contribuiu para esses resultados foi a dedicação dos educadores de forma geral, especialmente dos professores do 5º e 9º anos que muito se empenharam na busca por um ensino de qualidade. Outro fator importante, é que as escolas possuem professores qualificados profissionalmente.

3.3 - TAXA DE APROVAÇÃO, REPROVAÇÃO, ABANDONO E TAXA DE DISTORÇÃO IDADE-SÉRIE APROVAÇÃO

Permite avaliar a produtividade do sistema educacional em cada série e nível de ensino. Este indicador pode ser considerado como taxa de sucesso que o sistema obteve durante o ano. Pode-se calcular a taxa média de aprovação por nível de ensino ou para um conjunto de séries. Dentre as 3 dependências administrativas, o município aparece com maior taxa de aprovação nas séries iniciais do Ensino Fundamental, seguido das séries finais do Ensino Fundamental e por fim o Ensino Médio, Conforme mostra a tabela 6.

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Tabela 6

TAXA DE APROVAÇÃO - ENSINO FUNDAMENTAL

1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano 6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano

100 100 100 92,6 92 87,3 93,5 95,4 97,6

Total Anos Iniciais: 95,9 Total Anos Finais: 93,1

Total Ensino Fundamental: 94,6

TAXA DE APROVAÇÃO - ENSINO MÉDIO

1º Ano 2º Ano 3º Ano

87,7 93,1 98,1

Total Ensino Médio: 92

REPROVAÇÃO

Tabela 7

TAXA DE REPROVAÇÃO - ENSINO FUNDAMENTAL

1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano 6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano

0 0 0 7,4 8 9,5 6,5 4,6 0 Total Anos Iniciais : 4,1 Total Anos Finais : 5,6 Total Ensino Fundamental: 4,8

TAXA DE REPROVAÇÃO - ENSINO MÉDIO

1º Ano 2º Ano 3º Ano

3,7 0 1,9 Total Ensino Médio: 2,5

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ABANDONO

Tabela 8

TAXA DE ABANDONO - ENSINO FUNDAMENTAL

1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano 6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano 0 0 0 0 0 3,2 0 0 2,4 Total Anos Iniciais: 0,0 Total Anos Finais: 1,3

Total Ensino Fundamental 0,6

TAXA DE ABANDONO - ENSINO MÉDIO

1º Ano 2º Ano 3º Ano 8,6 6,9 0

Total Ensino Médio 5,5

TAXA DE DISTORÇÃO IDADE-SÉRIE

Permite avaliar a distorção entre a idade dos alunos e a série que frequentam em cada nível de ensino. Deve-se considerar a idade recomendada para cada série/nível de ensino, ou seja, 06 anos para o 1º ano do Ensino Fundamental, 07 anos para o 2º ano e assim, sucessivamente.

Tabela 9

TAXA DISTORÇÃO IDADE-SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL

1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano 6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano

------8,5 22,4 29,6 28,8 35,6 19,7

Total Anos Iniciais: 8,6 Total Anos Finais: 27,9

Total Ensino Fundamental: 17,7

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TAXA DISTORÇÃO IDADE-SÉRIE – ENSINO MÉDIO 1º Ano 2º Ano 3º Ano 29,8 31,8 50 Total Ensino Médio: 34,8

3.4 - EDUCAÇÃO ESPECIAL

A educação ao longo dos tempos tem buscado acompanhar as transformações que a contemporaneidade exige. Diante dessa perspectiva o respeito e atendimento à diversidade constituem-se em premissas básicas. Nesse contexto, a inclusão apresenta-se como necessária para que se faça cumprir a Legislação vigente, que, de acordo com a Constituição Federal em seu artigo 208 - inciso III estabelece o direito das pessoas com necessidades especiais de receberem educação preferencialmente na rede regular de ensino. Para tanto, faz-se necessário à integração plena dos alunos e alunas com necessidades educacionais especiais às classes escolares regulares, fazendo valer, a estes, a oportunidade de usufruir dos seus direitos. Quanto aos dados referentes ao município de Hidrolina, a tabela a seguir demonstra que a maioria dos alunos com necessidades especiais encontram-se matriculados na rede pública. O município com 3 alunos e o Estado com 24 alunos, obtendo, portanto um total de 27 na rede municipal e estadual Diante desses dados, nota-se que o município, vem fazendo cumprir as determinações e exigências legais que primam pela inclusão dos alunos e alunas com necessidades educacionais especiais nas classes regulares de ensino. Porém, para que o município possa, de fato, implementar um sistema educacional inclusivo, faz-se necessário adotar algumas medidas, pois a exigência veemente da sociedade não só visa à consolidação de escolas inclusivas, mas, acima de tudo, à concretização de uma educação que garanta a todas as pessoas, o acesso não só a uma escolarização que promova o atendimento à diversidade, mas, acima de tudo, que contemple o atendimento à vida em sua totalidade. Dentre elas a oferta de atendimento educacional especializado em instituições próprias no turno oposto ao da escolarização, bem como apoio de especialistas em diversas áreas da saúde em centros de atendimento especializado. 37

Tabela 10

ALUNOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Pré - Ensino Ensino Ensino Escola Fundamental Fundamental Médio Anos Iniciais Anos Finais

Município -- 03 -- --

Estado -- -- 14 10

A tabela apresentada mostra o número de alunos matriculados na rede municipal e Estadual de ensino que apresenta o laudo médico. Porém há 5 alunos matriculados na rede municipal que não possuem laudo médico, mas apresentam característica de necessidades especiais, os quais já estão sendo avaliados pela psicóloga que atende no município.

3.5 - MAGISTÉRIO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

A valorização da carreira dos professores brasileiros passa pela elevação do nível salarial, mas também por um conjunto de instrumentos que aperfeiçoem as condições de exercício profissional. No entanto, em 2008, foi sancionada a lei 11.738, conhecida como Lei do Piso, que institui o piso salarial nacional para os profissionais do magistério público da Educação Básica. O reajuste anual do piso nacional reflete a variação do valor mínimo por aluno definido todo ano pelo Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). Em 2009 o piso Nacional foi de R$ 950,00, com a carga horária de 40h semanais. O piso salarial vem sendo reajustado a cada ano, sendo que em 2010 teve um índice de 7,86%; em 2011: índice de 15,94%; em 2012: Índice de 22,2%; em 2013: índice de 7,97%; em 2014: índice de 8,32% e em 2015 um índice de 13,01%.

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Tabela 11

REMUNERAÇÃO (EM R$) PISO SALARIAL 2009 - 2015

Carga 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Horária 30 horas semanais 712,50 768,50 890,97 1.087,90 1.175,25 1.273,50 1.438,33

40 horas semanais 950,00 1.024,67 1.187,97 1.450,54 1.567,00 1.697,39 1.917,78

Gráfico 18

REMUNERAÇÃO (EM R$) PISO SALARIAL 2009-2015 2500

2000

1500

1000

500

0 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

30 horas semanais 40 horas semanais

Atualmente, o professor do município de Hidrolina tem um piso salarial de R$1438,33 para uma carga horária de 30h/semanais. Portanto, o município ainda não possui o plano de carreira, que visa a valorização nas questões relacionadas à formação e a valorização do magistério que devem ser alvo de políticas públicas a fim de corrigir as distorções que põem em risco a vida profissional daqueles que têm um decisivo papel no progresso do país. A falta de valorização aos profissionais do magistério provoca insatisfação, desmotivação e falta de realização pessoal.

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3.6 - FINANCIAMENTO E GESTÃO

A efetiva consolidação da educação requer especial atenção à gestão de recursos, que deve ser eficaz, eficiente, relevante e pertinente, a fim de atender aos inúmeros desafios inerentes ao processo de desenvolvimento sustentável da região. A fixação de um plano de metas para a educação exige definição de custos e identificação dos recursos atualmente disponíveis, e das estratégias para sua ampliação, seja por meio de criação de novas fontes, seja por uma utilização mais racionalizada, seja pela constatação da necessidade de maior investimento. Os percentuais constitucionalmente vinculados à manutenção e ao desenvolvimento do ensino devem se constituir referência e ponto de partida para a formulação e implementação de metas educacionais. A reforma tributária embutida na Constituição de 1988 reforçou a arrecadação de impostos em geral, mas também sua destinação ou disponibilização para os Estados e Municípios. Uma primeira medida fundamental foi a vinculação de recursos à Manutenção e Desenvolvimento do Ensino. O artigo 212, caput , da Carta Magna, dispõe que: A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

No entanto, para que se alcance este patamar de qualidade, é preciso assegurar a gestão democrática nos sistemas de ensino e unidades escolares. Em nível de gestão de sistema, na forma de Conselhos de Educação que reúnam competência técnica e representatividade dos diversos setores educacionais; em nível das unidades escolares, por meio da formação de conselhos escolares de que participe a comunidade educacional e formas de escolha da direção escolar, que associem a garantia da competência ao compromisso com a proposta pedagógica emanada dos conselhos escolares e a representatividade e liderança dos gestores escolares. Para tanto, é imprescindível a profissionalização da gestão em todos os níveis, com vistas à racionalidade e produtividade. É necessária a desburocratização e a descentralização da gestão nas dimensões pedagógica, administrativa e de gestão financeira.

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Da mesma forma, deve estar assegurada transparência na gestão dos recursos financeiros, com acompanhamento, controle, avaliação e fortalecimento das instâncias de controle interno e externo, órgãos de gestão do sistema de ensino, como os Conselhos deliberativos, dentre eles: Conselho do FUNDEB, Conselho da Alimentação Escolar, cuja competência deve ser ampliada, de forma a alcançar todos os recursos destinados à Educação. Como se pode facilmente verificar, financiamento e gestão estão indissoluvelmente ligados. A transparência da gestão financeira e o exercício do controle social permitirão garantir a efetiva aplicação dos recursos destinados à educação e a equalização de oportunidades educacionais, que assegure ao estudante a real possibilidade de acesso e permanência na escola. Para que a gestão seja eficiente há que se promover o autêntico federalismo em matéria educacional, a partir da divisão de responsabilidades como prevê a Carta Magna. A educação é um todo integrado, de sorte que o que ocorre num determinado nível repercute nos demais, tanto no que se refere aos aspectos quantitativos quanto aos qualitativos. O fortalecimento da educação, como um dos alicerces da rede de proteção social, depende do aprimoramento contínuo do regime de colaboração entre União, Estado, Município e entes da mesma esfera federativa, o que se torna possível através de ações, fóruns e planejamento interestaduais regionais e intermunicipais.

4 - METAS E ESTRATÉGIAS

Meta 1: Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches, de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE.

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ESTRATÉGIAS

1.1) Buscar junto ao MEC recursos para construção de um prédio para funcionamento da creche no município e ofertar vagas de forma a atender 80% das crianças de 0 a 3 anos, até o 4°ano de vigência desse plano municipal;

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1.2) Promover a busca ativa de crianças em idade correspondente à educação infantil, em parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, preservando o direito de opção da família em relação às crianças de até 3 (três) anos;

1.3) Realizar, anualmente, em regime de colaboração, levantamento da demanda por creche para a população de até 3 (três) anos, como forma de planejar a oferta e verificar o atendimento da demanda manifesta e, a cada três anos, o levantamento da demanda universal;

1.4) Estabelecer, manter e ampliar, em regime de colaboração e respeitadas, as normas de acessibilidade, programa municipal de construção e reestruturação de escolas, bem como de aquisição de equipamentos, visando à expansão e à melhoria da rede física de instituições públicas de educação infantil;

1.5) Ampliar progressivamente o atendimento às crianças da Educação Infantil, de forma a atingir 100% da população de 4 a 5 anos, no primeiro ano de vigência deste Plano, levando em consideração as demandas locais e regionais, de acordo com os padrões de qualidade definidos pelo Município e pela Legislação Vigente;

1.6) Assegurar, em parceria com a União, o cumprimento dos padrões de infraestrutura e adequar os prédios até 2018, para o funcionamento regularizado da Instituição de Educação Infantil, conforme definido na legislação vigente;

1.7) Contratar profissionais habilitados e qualificados na função a ser exercida, em número suficiente, para atuarem em diversos segmentos, prevendo, em parceria com a União, espaço físico específico, material e mobiliário adequado para o exercício do seu trabalho;

1.8) Assegurar que a direção pedagógica das Instituições de Educação Infantil seja exercida por profissional formado em Curso de Pedagogia ou em Curso de Licenciatura na área de Educação;

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1.9) Garantir que a avaliação na Educação Infantil seja feita por meio de acompanhamento e registro do desenvolvimento integral da criança, sem o caráter de promoção, não se constituindo pré-requisito para o acesso ao Ensino Fundamental;

1.10) Implantar, até o segundo ano de vigência deste PME, avaliação da educação infantil, a ser realizada a cada 2 (dois) anos, com base em parâmetros nacionais de qualidade, a fim de aferir a infraestrutura física, o quadro de pessoal, as condições de gestão, os recursos pedagógicos, a situação de acessibilidade, entre outros indicadores relevantes;

1.11) Garantir a inclusão das crianças deficientes na Educação Infantil, oferecendo em parceria com a União, condições de acessibilidade, materiais, equipamentos especializados e formação continuada para todos os profissionais que atuam na Instituição Educativa.

1.12) Priorizar o acesso à educação infantil e fomentar a oferta do atendimento educacional especializado complementar e suplementar aos (às) alunos (as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, assegurando a educação bilíngue para crianças surdas e a transversalidade da educação especial nessa etapa da educação básica, bem como Viabilizar a formação continuada em educação especial para todos os profissionais que atuam na Instituição Educativa.

1.13) Implementar, em caráter complementar, programas de orientação e apoio às famílias, por meio da articulação das áreas de educação, saúde e assistência social, com foco no desenvolvimento integral das crianças de até 3 (três) anos de idade;

1.14) Preservar as especificidades da educação infantil na organização das redes escolares, garantindo o atendimento da criança de 0 (zero) a 5 (cinco) anos em estabelecimentos que atendam os parâmetros nacionais de qualidade, e a articulação com a etapa escolar seguinte, visando ao ingresso do (a) aluno(a) de 6 (seis) anos de idade no ensino fundamental;

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1.15) Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanência das crianças na educação infantil, em especial dos beneficiários de programas de transferência de renda, em colaboração com as famílias e com os órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância.

Meta 2: Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE.

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ESTRATÉGIAS

2.1) Assegurar, em parceria com o Estado, a universalização plena do ensino obrigatório a toda clientela do Ensino Fundamental, no prazo de 4 anos, a partir da aprovação deste plano, primando pela qualidade do processo ensino-aprendizagem;

2.2) Diagnosticar bimestralmente casos pontuais de defasagem de aprendizagem e promover estratégias diferenciadas de ensino, para superar as deficiências;

2.3) Corrigir o fluxo escolar, reduzindo as taxas de repetência, evasão e distorção idade série, em todas as Redes de Ensino, no período de quatro anos, a partir da aprovação deste PME, por meio de programas e projetos que garantam aceleração nas séries/anos e a efetiva aprendizagem;

2.4) Promover e fortalecer ações visando maior integração entre escola/família/ sociedade para assegurar o bom desempenho do aluno;

2.5) Promover bimestralmente a busca ativa de crianças e adolescentes fora da escola, em parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, adolescência e juventude;

2.6) Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso, da permanência e do aproveitamento escolar dos beneficiários de programas de transferência de renda, bem como das situações de discriminação, preconceitos e violências na escola, visando ao estabelecimento de condições adequadas para o sucesso escolar dos (as) alunos (as), em colaboração com as famílias e com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, adolescência e juventude;

2.7) Em parceria com a União, construir, ampliar e reformar estabelecimentos de ensino, adequando-os ecologicamente, garantindo apropriados padrões de infraestrutura, com espaços diferenciados dotados de ventilação, iluminação, com condições sanitárias adequadas e acessibilidade;

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2.8) Ampliar gradativamente, até o quarto ano de implantação deste Plano, a jornada escolar, com o objetivo de expandir em uma hora diária a cada ano, a escola de tempo integral que abranja um período de pelo menos sete horas diárias, contemplando atividades que desenvolvam as múltiplas dimensões humanas disponibilizando estrutura física, humana e de material às respectivas unidades escolares;

2.9) Contratar profissionais e serviços que assegurem a integridade e a segurança da comunidade escolar, bem como, profissionais habilitados e qualificados, de acordo com a função a ser exercida, em número suficiente, para atuar nos diversos segmentos, espaços/ambientes escolares, visando à qualificação do ensino;

2.10) Implantar e implementar programas de acompanhamento bimestral, que possibilitem a melhoria do nível de aprendizagem dos alunos, em todas as Redes de Ensino, no prazo de dois anos, após aprovação do PME;

2.11) Pactuar entre União, Estados, e Municípios, no âmbito da instância permanente de que trata o § 5º do art. 7º desta Le i, a implantação dos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a base nacional comum curricular do ensino fundamental;

2.12) Oferecer atividades extracurriculares de incentivo aos (às) estudantes e de estímulo a habilidades, inclusive mediante certames e concursos nacionais;

2.13) Promover atividades de desenvolvimento e estímulo a habilidades esportivas nas escolas, interligadas a um plano de disseminação do desporto educacional e de desenvolvimento esportivo nacional.

Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento).

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ESTRATÉGIAS

3.1) Apoiar a institucionalização de programa nacional de renovação do ensino médio, a fim de incentivar práticas pedagógicas com abordagens interdisciplinares estruturadas pela relação entre teoria e prática, por meio de currículos escolares que organizem, de maneira flexível e diversificada, conteúdos obrigatórios e eletivos articulados em dimensões como ciência, trabalho, linguagens, tecnologia, cultura e esporte, garantindo-se a aquisição de equipamentos e laboratórios, a produção de material didático específico, a formação continuada de professores e a articulação com instituições acadêmicas, esportivas e culturais; 48

3.2) Participar da pactuação entre os entes federados, no âmbito da instância permanente de que trata o § 5 o do art. 7 o desta Lei , a implantação dos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a base nacional comum curricular do ensino médio;

3.3) Colaborar para garantir da fruição de bens e espaços culturais, de forma regular, bem como a ampliação da prática desportiva, integrada ao currículo escolar;

3.4) Apoiar a universalização do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM, fundamentado em matriz de referência do conteúdo curricular do ensino médio e em técnicas estatísticas e psicrométricas que permitam comparabilidade de resultados, articulando-o com o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica - SAEB e promover sua utilização como instrumento de avaliação sistêmica, para subsidiar políticas públicas para a educação básica, de avaliação certificadora, possibilitando aferição de conhecimentos e habilidades adquiridos dentro e fora da escola, e de avaliação classificatória, como critério de acesso à educação superior;

3.5) Apoiar a expansão das matrículas gratuitas de ensino médio integrado à educação profissional, observando-se as peculiaridades das populações do campo e das pessoas com deficiência;

3.6) Contribuir na promoção da busca ativa da população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos fora da escola, em articulação com os serviços de assistência social, saúde e proteção à adolescência e à juventude;

3.7) Apoiar os programas de educação e de cultura para a população urbana e do campo de jovens, na faixa etária de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos, e de adultos, com qualificação social e profissional para aqueles que estejam fora da escola e com defasagem no fluxo escolar;

3.8) Em regime de colaboração, redimensionar a oferta de ensino médio nos turnos diurno e noturno, de forma a atender toda a demanda, de acordo com as necessidades específicas dos (as) alunos (as);

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3.9) Apoiar políticas de prevenção à evasão motivada por preconceito ou quaisquer formas de discriminação, criando rede de proteção contra formas associadas de exclusão;

3.10) Estimular a participação dos adolescentes nos cursos das áreas tecnológicas e científicas;

3.11) Estimular a continuidade escolar dos egressos do ensino fundamental ao Ensino Médio.

Meta 4: Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

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ESTRATÉGIAS

4.1) Contabilizar, para fins do repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, as matrículas dos (as) estudantes da educação regular da rede pública que recebam atendimento educacional especializado complementar e suplementar, sem prejuízo do cômputo dessas matrículas na educação básica regular, e as matrículas efetivadas, conforme o censo escolar mais atualizado, na educação especial oferecida em instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público e com atuação exclusiva na modalidade, nos termos da Lei n o 11.494, de 20 de junho de 2007 ;

4.2) Promover, em parceria com a União mediante a implantação da creche, a universalização do atendimento escolar à demanda manifesta pelas famílias de crianças de 0 (zero) a 3 (três) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, observado o que dispõe a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996 , que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional;

4.3) Implantar e aprimorar ao longo deste Plano Municipal de Educação, salas de recursos multifuncionais e fomentar a formação continuada de professores e professoras para o atendimento educacional especializado nas escolas;

4.4) Garantir atendimento educacional especializado em salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, nas formas complementar e suplementar, a todos (as) alunos (as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública de educação básica, conforme necessidade identificada por meio de avaliação, ouvidos a família e o aluno;

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4.5) Estimular a criação de centros multidisciplinares de apoio, pesquisa e assessoria, articulados com instituições acadêmicas e integrados por profissionais das áreas de saúde, assistência social, pedagogia e psicologia, para apoiar o trabalho dos professores da educação básica com alunos (as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;

4.6) Manter e ampliar programas suplementares que promovam a acessibilidade nas instituições públicas, para garantir o acesso e a permanência de alunos com deficiência por meio da adequação arquitetônica, da oferta de transporte acessível e da disponibilização de material didático próprio e de recursos de tecnologia assistiva, assegurando, no contexto escolar, em todas as etapas, níveis e modalidades de ensino, a identificação dos (as) alunos (as) com altas habilidades ou superdotação;

4.7) Garantir a oferta de educação bilíngue, em LIBRAS como primeira língua e na modalidade escrita da Língua Portuguesa como segunda língua, aos alunos surdos e com deficiência auditiva de 0 a 17 anos, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas, nos termos do art. 22 do Decreto n o 5.626, de 22/12/2005 , e dos arts. 24 e 30 da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, bem como a adoção do Sistema Braille de leitura para cegos e surdos - cegos;

4.8) Garantir a oferta de educação inclusiva, vedada a exclusão do ensino regular sob alegação de deficiência e promovida a articulação pedagógica entre o ensino regular e o atendimento educacional especializado;

4.9) Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola e ao atendimento educacional especializado, bem como da permanência e do desenvolvimento escolar dos (as) alunos (as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação beneficiários (as) de programas de transferência de renda, juntamente com o combate às situações de discriminação, preconceito e violência, com vistas ao estabelecimento de condições adequadas para o sucesso educacional, em colaboração com as famílias e com os órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, à adolescência e à juventude;

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4.10) Fomentar pesquisas voltadas para o desenvolvimento de metodologias, materiais didáticos, equipamentos e recursos de tecnologia assistiva, com vistas à promoção do ensino e da aprendizagem, bem como das condições de acessibilidade dos (as) estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;

4.11) Apoiar e promover o desenvolvimento de pesquisas interdisciplinares para subsidiar a formulação de políticas públicas intersetoriais que atendam as especificidades educacionais de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação que requeiram medidas de atendimento especializado;

4.12) Garantir em parceria com União e Estado, a ampliação das equipes de profissionais da educação para atender à demanda do processo de escolarização dos (das) estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, garantindo a oferta de professores (as) do atendimento educacional especializado, profissionais de apoio ou auxiliares, tradutores (as) e intérpretes de Libras, guias-intérpretes para surdos-cegos, professores de Libras, prioritariamente surdos, e professores bilíngües.

Meta 5 : alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do ensino fundamental.

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ESTRATÉGIAS

5.1) Estruturar a partir da aprovação deste PME, os processos pedagógicos de alfabetização nos anos iniciais do ensino fundamental, articulando-os com as estratégias desenvolvidas na pré-escola, com qualificação e valorização dos (as) professores (as) alfabetizadores e com apoio pedagógico específico, a fim de garantir a alfabetização plena de todas as crianças;

5.2) Inserir instrumentos de avaliação e monitoramento semestrais, implementando medidas pedagógicas para alfabetizar todos os alunos e alunas até o final do terceiro ano do ensino fundamental, bem como participar ativamente dos instrumentos de avaliação nacional periódicos e específicos para aferir a alfabetização das crianças, aplicados a cada ano;

5.3) Fomentar o uso de tecnologias educacionais e de práticas pedagógicas inovadoras que assegurem a alfabetização e favoreçam a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos (as) alunos (as), consideradas as diversas abordagens metodológicas e sua efetividade;

5.4) Apoiar e estimular a formação inicial e continuada de professores (as) para a alfabetização de crianças, com o conhecimento de novas tecnologias educacionais e práticas pedagógicas inovadoras, estimulando a articulação entre programas de pós- graduação stricto sensu e ações de formação continuada de professores (as) para a alfabetização;

5.5) Garantir a alfabetização das pessoas com deficiência, considerando as suas especificidades, inclusive a alfabetização bilíngue de pessoas surdas, sem estabelecimento de terminalidade temporal.

Meta 6: Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos (as) alunos (as) da educação básica.

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ESTRATÉGIAS:

6.1) Buscar junto ao MEC, recursos para construção de uma escola com padrão arquitetônico e de mobiliário adequado, para atendimento do Ensino Fundamental nos Anos Iniciais em tempo integral, até o quarto ano de vigência deste PME;

6.2) Promover, com o apoio da União, a oferta de educação básica pública em tempo integral, por meio de atividades de acompanhamento pedagógico e multidisciplinares, inclusive culturais e esportivas, de forma que o tempo de permanência dos (as) alunos (as) na escola, ou sob sua responsabilidade, passe a ser igual ou superior a 7 (sete) horas diárias durante todo o ano letivo, com a ampliação progressiva da jornada de professores em uma única escola; 55

6.3) Ampliar em regime de colaboração a reestruturação das escolas públicas, por meio da instalação de quadras poliesportivas, laboratórios de informática, espaços para atividades culturais, bibliotecas, auditórios, cozinhas, refeitórios, banheiros e outros equipamentos, bem como da produção de material didático e da formação de recursos humanos para a educação em tempo integral através de programas governamentais;

6.4) Fomentar a articulação da escola com os diferentes espaços educativos, culturais e esportivos e com equipamentos públicos, como centros comunitários, bibliotecas, praças, parques, museus, teatros, cinemas e planetários, municipais e regionais;

6.5) Garantir a educação em tempo integral para pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na faixa etária de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos, assegurando atendimento educacional especializado complementar e suplementar ofertado em salas de recursos multifuncionais da própria escola ou em instituições especializadas;

6.6) Adotar medidas para otimizar o tempo de permanência dos alunos na escola, direcionando a expansão da jornada para o efetivo trabalho escolar, combinado com atividades recreativas, esportivas e culturais.

Meta 7: Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias municipais para o Ideb.

IDEB - Metas Projetadas pelo INEP

Etapas de Ensino 2013 2015 2017 2019 2021

Ensino Fundamental Anos Iniciais 4,9 - 5,2 5,2 5,4 5,7 6,0

Ensino Fundamental Anos Finais 4,5 - 5,3 4,9 5,2 5,4 5,7

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ETRATÉGIAS

7.1) Assegurar que: a) No quarto ano de vigência deste PME, pelo menos 70% (setenta por cento) dos (as) alunos (as) do Ensino Fundamental tenham alcançado nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e 50% (cinquenta por cento), pelo menos, o nível desejável; b) No último ano de vigência deste PME, todos os (as) estudantes do ensino fundamental tenham alcançado nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e 80% (oitenta por cento), pelo menos, o nível desejável;

7.2) Implementar até o segundo ano de vigência deste plano, processo contínuo de autoavaliação das escolas de educação básica, por meio da constituição de instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem fortalecidas, destacando-se a elaboração de planejamento estratégico, a melhoria contínua da qualidade educacional, a formação continuada dos (as) profissionais da educação e o aprimoramento da gestão democrática;

7.3) Implantar até o segundo ano de vigência deste plano, um sistema de avaliação municipal para monitoramento e acompanhamento do processo de ensino aprendizagem, visando a melhoria no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica.

7.4) Aprimorar continuamente os instrumentos internos de avaliação no Ensino Fundamental, em consonância com as avaliações externas municipais, estaduais e nacionais, para a melhoria dos processos e práticas pedagógicas;

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7.5) Fixar, acompanhar e divulgar bienalmente os resultados pedagógicos dos indicadores do sistema nacional de avaliação da educação básica e do Ideb, relativos às escolas municipais, assegurando a contextualização desses resultados, com relação a indicadores sociais relevantes, e a transparência e o acesso público às informações técnicas de concepção e operação do sistema de avaliação;

7.6) Incentivar o uso de tecnologias educacionais para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio e incentivar práticas pedagógicas inovadoras que assegurem a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem, assegurada a diversidade de métodos e propostas pedagógicas, com preferência para softwares livres e recursos educacionais abertos, bem como o acompanhamento dos resultados nos sistemas de ensino em que forem aplicadas;

7.7) Garantir em parceria com União e Estado, transporte gratuito para todos (as) os (as) estudantes da educação do campo na faixa etária da educação escolar obrigatória, mediante renovação e padronização integral da frota de veículos, de acordo com especificações definidas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO, e financiamento compartilhado, com participação da União e Estado proporcional às necessidades dos entes federados, visando a reduzir a evasão escolar e o tempo médio de deslocamento a partir de cada situação local;

7.8) Apoiar a universalização do acesso à rede mundial de computadores em banda larga de alta velocidade e o aumento na relação computador/aluno (a) nas escolas da rede pública de educação básica, promovendo a utilização pedagógica das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs);

7.9) Garantir a participação da comunidade escolar no planejamento e na aplicação dos recursos, apoiando tecnicamente a gestão escolar mediante transferência direta de recursos financeiros à escola, visando à ampliação da transparência e ao efetivo desenvolvimento da gestão democrática;

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7.10) Participar de programas e ações de atendimento ao (à) aluno (a), em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;

7.11) participar do programa nacional de reestruturação e aquisição de equipamentos para escolas públicas, visando à equalização regional das oportunidades educacionais;

7.12) Informatizar integralmente a gestão das escolas municipais e da Secretaria de Educação até o terceiro ano de vigência deste Plano, bem como manter um programa de formação inicial e continuada para o pessoal técnico das secretarias das escolas e da Secretaria de Educação;

7.13) Garantir políticas de combate à violência na escola, inclusive pelo desenvolvimento de ações destinadas à capacitação de educadores para detecção dos sinais de suas causas, como a violência doméstica e sexual, favorecendo a adoção das providências adequadas para promover a construção da cultura de paz e um ambiente escolar dotado de segurança para a comunidade;

7.14) Garantir nos currículos escolares, conteúdos sobre a história e as culturas afro-brasileira e indígenas e implementar ações educacionais, nos termos das Leis nos 10.639, de 9 de janeiro de 2003 , e 11.645, de 10 de março de 2008 , assegurando-se a implementação das respectivas diretrizes curriculares nacionais, por meio de ações colaborativas com fóruns de educação para a diversidade étnico- racial, conselhos escolares, equipes pedagógicas e a sociedade civil;

7.15) Mobilizar as famílias e setores da sociedade civil, articulando a educação formal com experiências de educação popular e cidadã, com os propósitos de que a educação seja assumida como responsabilidade de todos e de ampliar o controle social sobre o cumprimento das políticas públicas educacionais;

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7.16) Promover a articulação dos programas da área da educação, de âmbito local e nacional, com os de outras áreas, como saúde, trabalho e emprego, assistência social, esporte e cultura, possibilitando a criação de rede de apoio integral às famílias, como condição para a melhoria da qualidade educacional;

7.17) Apoiar a articulação entre os órgãos responsáveis pelas áreas da saúde e da educação, no atendimento aos (às) estudantes da rede escolar pública de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde;

7.18) Estabelecer ações efetivas especificamente voltadas para a promoção, prevenção, atenção e atendimento à saúde e à integridade física, mental e emocional dos (das) profissionais da educação, como condição para a melhoria da qualidade educacional;

7.19) Promover, com especial ênfase, em consonância com as diretrizes do Plano Nacional do Livro e da Leitura, a formação de leitores e leitoras e a capacitação de professores e professoras, bibliotecários e bibliotecárias e agentes da comunidade para atuar como mediadores e mediadoras da leitura, de acordo com a especificidade das diferentes etapas do desenvolvimento e da aprendizagem;

7.20) Criar a partir da aprovação deste plano, uma política de estímulo à escola pela melhoria no desempenho do Ideb, de modo a valorizar o mérito do corpo docente, da direção e da comunidade escolar.

Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

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ESTRATÉGIAS

8.1) Apoiar programas e uso de tecnologias para correção de fluxo, para acompanhamento pedagógico individualizado e para recuperação e progressão parcial, bem como priorizar estudantes com rendimento escolar defasado, considerando as especificidades dos segmentos populacionais considerados;

8.2) Incentivar a implementação de programas de educação de jovens e adultos, mediante demanda, para os segmentos populacionais considerados, que estejam fora da escola e com defasagem idade-série, associados a outras estratégias que garantam a continuidade da escolarização, após a alfabetização inicial;

8.3) Divulgar e incentivar o acesso gratuito a exames de certificação da conclusão dos ensinos fundamental e médio;

8.4) Apoiar a promoção de parceria com as áreas de saúde e assistência social para o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola específicos para os segmentos populacionais considerados, identificar motivos de absenteísmo para a garantia de frequência e apoio à aprendizagem, de maneira a estimular a ampliação do atendimento desses (as) estudantes na rede municipal de ensino;

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8.5) Apoiar a promoção de busca ativa de jovens fora da escola pertencentes aos segmentos populacionais considerados, em parceria com as áreas de assistência social, saúde e proteção à juventude.

Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

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ESTRATÉGIAS

9.1) Colaborar com a asseguridade da oferta gratuita da educação de jovens e adultos a todos os que não tiveram acesso à educação básica na idade própria;

9.2) Realizar em parceria com o Estado, diagnóstico dos jovens e adultos com ensino fundamental e médio incompletos, para identificar a demanda ativa por vagas na educação de jovens e adultos;

9.3) Implementar ações de alfabetização de jovens e adultos com garantia de continuidade da escolarização básica;

9.4) Apoiar a criação de benefício adicional no programa nacional de transferência de renda para jovens e adultos que frequentarem cursos de alfabetização;

9.5) Realizar em parceria com o Estado, avaliação por meio de exames específicos, que permita aferir o grau de alfabetização de jovens e adultos com mais de 15 (quinze) anos de idade;

9.6) Buscar ações de atendimento ao (à) estudante da educação de jovens e adultos por meio de programas suplementares de transporte, alimentação e saúde, inclusive atendimento oftalmológico e fornecimento gratuito de óculos, em articulação com a área da saúde;

9.7) Apoiar tecnicamente projetos inovadores na educação de jovens e adultos que visem ao desenvolvimento de modelos adequados às necessidades específicas desses (as) alunos (as);

9.8) Estabelecer mecanismos e incentivos que integrem os segmentos empregadores, públicos e privados, e os sistemas de ensino, para promover a compatibilização da jornada de trabalho dos empregados e das empregadas com a oferta das ações de alfabetização e de educação de jovens e adultos;

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9.9) Incentivar a participação em cursos e programas de capacitação tecnológica da população jovem e adulta, direcionados para os segmentos com baixos níveis de escolarização formal e para os (as) alunos (as) com deficiência, com tecnologias assistivas que favoreçam a efetiva inclusão social e produtiva dessa população;

9.10) Considerar, nas políticas públicas de jovens e adultos, as necessidades dos idosos, com vistas à promoção de políticas de erradicação do analfabetismo, ao acesso a tecnologias educacionais e atividades recreativas, culturais e esportivas, à implementação de programas de valorização e compartilhamento dos conhecimentos e experiência dos idosos e à inclusão dos temas do envelhecimento e da velhice nas escolas.

Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.

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ESTRATÉGIAS

10.1) Incentivar a população jovem e adulta a participar de cursos e programas de capacitação profissional, concomitante à Educação de Jovens e Adultos, que favoreçam a efetiva inclusão social e produtiva dessa população;

10.2) Estimular a diversificação curricular da educação de jovens e adultos, articulando a formação básica e a preparação para o mundo do trabalho e estabelecendo inter-relações entre teoria e prática, nos eixos da ciência, do trabalho, da tecnologia e da cultura e cidadania, de forma a organizar o tempo e o espaço pedagógicos adequados às características desses alunos e alunas;

10.3) Manter programa de educação de jovens e adultos voltado à conclusão do ensino fundamental de forma a estimular a conclusão da educação básica;

10.4) Ampliar as oportunidades profissionais dos jovens e adultos com deficiência e baixo nível de escolaridade, por meio do acesso à educação de jovens e adultos articulada à programas de capacitação profissional;

10.5) Implantar programa nacional de reestruturação e aquisição de equipamentos voltados à expansão e à melhoria da rede física de escolas públicas que atuam na educação de jovens e adultos integrada à educação profissional, garantindo acessibilidade à pessoa com deficiência;

10.6) Fomentar a produção de material didático, o desenvolvimento de currículos e metodologias específicas, os instrumentos de avaliação, o acesso a equipamentos e laboratórios e a formação continuada de docentes das redes públicas que atuam na educação de jovens e adultos;

10.7) Institucionalizar programa nacional de assistência ao estudante, compreendendo ações de assistência social, financeira e de apoio psicopedagógico que contribuam para garantir o acesso, a permanência, a aprendizagem e a conclusão com êxito da educação de jovens e adultos;

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10.8) Implementar mecanismos de reconhecimento de saberes dos jovens e adultos trabalhadores, a serem considerados na articulação curricular dos cursos de formação inicial e continuada.

Meta 11: Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público.

ESTRATÉGIAS

11.1) Estimular a criação junto ao poder público, de mecanismos que estimulem o setor produtivo a gerar vagas de emprego e absorver jovens com formação profissional técnica no município;

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11.2) Incentivar e cobrar a criação de cursos no setor de bens e serviços, valorizando as atividades econômicas do município;

11.3) Cobrar a intensificação de Projetos de Pesquisa e Extensão para atender às demandas sociais.

Meta 12: Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público.

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ESTRATÉGIAS

12.1) Contribuir com políticas que visem ampliar a oferta de vagas públicas em relação à população na idade de referência e observadas as características municipais; inclusive mediante a adoção de políticas afirmativas, na forma da lei;

12.2) Estabelecer parcerias com as IES, visando a ampliação do campo de estágio curricular obrigatório;

12.3) Apoiar a ampliação da oferta de estágio como parte da formação na educação superior;

12.4) Estabelecer parcerias que permitam a rede educacional de Hidrolina tornar-se campo de pesquisa, estágio e extensão das IES, desde que garanta sua autonomia;

12.5) Apoiar processos seletivos regionais para acesso à educação superior como forma de superar exames vestibulares isolados;

12.6) Buscar parcerias com as IES públicas em política de formação continuada para professores efetivos da Educação Básica por meio do aproveitamento de vagas ociosas nos cursos de graduação;

12.7) Incentivar a participação em programas de incentivos esportivos formal e não formal e artísticos.

Meta 13: Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores.

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Meta 14: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco mil) doutores.

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ESTRATÉGIAS

14.1) Incentivar o aumento de 25% do número de mestres e doutores no município;

14.2) Incentivar a disseminação da prática da pesquisa em educação e áreas afins, como aspecto integrante e modernizador dos processos de ensino-aprendizagem, nas redes de ensino, inclusive com a participação das IES no desenvolvimento da pesquisa;

14.3) Estabelecer parcerias que permitam à rede educacional de Hidrolina tornar-se campo de pesquisa das IES, desde que garantida a sua autonomia.

Meta 15: Incentivar os profissionais da educação a participar de formações de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei n o 9.394, de 20 de dezembro de 1996 , assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

ESTRATÉGIAS

15.1) Participar do programa permanente de iniciação à docência a estudantes matriculados em cursos de licenciatura, a fim de aprimorar a formação de profissionais para atuar no magistério da educação básica;

15.2) Incentivar a participação na plataforma eletrônica para organizar a oferta e as matrículas em cursos de formação inicial e continuada de profissionais da educação, bem como para divulgar e atualizar seus currículos eletrônicos;

15.3) Valorizar as práticas de ensino e os estágios nos cursos de formação de nível médio e superior dos profissionais da educação, visando ao trabalho sistemático de articulação entre a formação acadêmica e as demandas da educação básica.

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Meta 16: Incentivar a formação em nível de pós-graduação de 50% (cinquenta por cento) dos professores da educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e possibilitar a todos (as) os (as) profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.

ESTRATÉGIAS

16.1) Realizar, em regime de colaboração, o planejamento estratégico para dimensionamento da demanda por formação continuada e fomentar a respectiva oferta por parte das instituições públicas de educação superior, de forma orgânica e articulada às políticas de formação Municipal;

16.2) Expandir programa de composição de acervo de obras didáticas, paradidáticas e de literatura e de dicionários, e programa específico de acesso a bens culturais, incluindo obras e materiais produzidos em Libras e em Braille, sem prejuízo de outros, a serem disponibilizados para os professores e as professoras da rede pública de educação básica, favorecendo a construção do conhecimento e a valorização da cultura da investigação;

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16.3) Ampliar e consolidar portal eletrônico para subsidiar a atuação dos professores e das professoras da educação básica, disponibilizando gratuitamente materiais didáticos e pedagógicos suplementares, inclusive aqueles com formato acessível;

16.4) Ampliar a oferta de bolsas de estudo para pós-graduação dos professores e das professoras e demais profissionais da educação básica;

16.5) Fortalecer a formação dos professores e das professoras das escolas públicas de educação básica, por meio da implementação das ações do Plano Nacional do Livro e Leitura e da instituição de programa nacional de disponibilização de recursos para acesso a bens culturais pelo magistério público.

Meta 17: Valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos (as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PNE.

ESTRATÉGIAS

17.1) Participar de fóruns, com representação da União, dos Estados, dos Municípios e dos trabalhadores da educação, para acompanhamento da atualização progressiva do valor do piso salarial nacional para os profissionais do magistério público da educação básica;

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17.2) Implantar plano de Carreira para os (as) profissionais do magistério da rede municipal de educação, observados os critérios estabelecidos na Lei no 11.738, de 16 de julho de 2008 , com implantação gradual do cumprimento da jornada de trabalho em um único estabelecimento escolar;

17.3) Buscar assistência financeira específica da União para implementação de políticas de valorização dos (as) profissionais do magistério, em particular o piso salarial nacional profissional;

17.4) Instituir um programa de valorização e reconhecimento do profissional de educação regente de sala de aula, que visa bonificá-lo semestralmente por meio da meritocracia.

Meta 18: Assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de Carreira para os (as) profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de Carreira dos (as) profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal .

ESTRATÉGIAS

18.1) Implantar até o segundo ano de vigência deste PME, plano de Carreira para os (as) profissionais do magistério da rede municipal de educação, incentivando a progressão vertical por meio de pós-graduação lato sensu e estricto sensu e a progressão horizontal por meio de formação continuada, observados os critérios estabelecidos na Lei no 11.738, de 16 de julho de 2008 , com implantação gradual do cumprimento da jornada de trabalho em um único estabelecimento escolar e valorização do profissional de educação que atua em sala de aula;

18.2) Realizar no decorrer dessa década de vigência deste PME, concurso público para que 90% (noventa por cento), no mínimo, dos respectivos profissionais do magistério e 50% (cinquenta por cento), no mínimo, dos respectivos profissionais da educação não docentes sejam ocupantes de cargos de provimento efetivo e estejam em exercício na Secretaria da Educação; 74

18.3) Implantar, na rede municipal de educação, acompanhamento dos profissionais iniciantes, supervisionados por equipe de profissionais experientes, a fim de fundamentar, com base em avaliação documentada, a decisão pela efetivação após o estágio probatório e oferecer, durante esse período, curso de aprofundamento de estudos na área de atuação do (a) professor (a), com destaque para os conteúdos a serem ensinados e as metodologias de ensino de cada disciplina;

18.4) Prever no plano de Carreira dos profissionais da educação do Município, licenças remuneradas e incentivos para qualificação profissional, inclusive em nível de pós-graduação stricto sensu;

18.5) Informar anualmente, em regime de colaboração com MEC, o censo dos (as) profissionais da educação básica e de outros segmentos que não os do magistério;

18.6) Buscar repasse de transferências federais voluntárias, na área de educação que são priorizadas para os municípios que tenham aprovado lei específica estabelecendo planos de Carreira para os (as) profissionais da educação;

18.7) Criar uma comissão permanente de profissionais da educação de todos os sistemas de ensino, para subsidiar os órgãos competentes na elaboração, reestruturação e implementação do plano de Carreira.

Meta 19: Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.

ESTRATÉGIAS 19.1) Buscar repasses priorizados de transferências voluntárias da União na área da educação para os entes federados que tenham aprovado legislação específica que regulamente a matéria na área de sua abrangência, respeitando-se a legislação nacional, e que considere, conjuntamente, para a nomeação dos diretores e diretoras de escola, critérios técnicos de mérito e desempenho, bem como a participação da comunidade escolar; 75

19.2) Ampliar a participação nos programas de apoio e formação aos (às) conselheiros (as) dos conselhos de acompanhamento e controle social do Fundeb, dos conselhos de alimentação escolar, dos conselhos regionais e de outros e aos (às) representantes educacionais em demais conselhos de acompanhamento de políticas públicas, garantindo a esses colegiados recursos financeiros, espaço físico adequado, equipamentos e meios de transporte para visitas à rede escolar, com vistas ao bom desempenho de suas funções;

19.3) Constituir Fóruns Permanentes de Educação, com o intuito de coordenar as conferências e efetuar o acompanhamento da execução deste PME e dos seus planos de educação;

19.4) Estimular o fortalecimento de conselhos escolares e conselhos municipais de educação, como instrumentos de participação e fiscalização na gestão escolar e educacional, inclusive por meio de programas de formação de conselheiros, assegurando-se condições de funcionamento autônomo;

19.5) Estimular a participação e a consulta de profissionais da educação, alunos (as) e seus familiares na formulação dos projetos político-pedagógicos, currículos escolares, planos de gestão escolar e regimentos escolares, assegurando a participação dos pais na avaliação de docentes e gestores escolares;

19.6) Fortalecer processos de autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira nos estabelecimentos de ensino;

19.7) Fortalecer a Gestão Democrática por meio de eleições escolares para escolha de diretores(as), através de indicação tríplice para ser apreciada pela comunidade escolar, bem como desenvolver programas de formação de gestores escolares;

19.8) Assegurar a aplicação de processos administrativos mais rigorosos aos gestores públicos que não investirem corretamente os recursos da educação, não prestar conta para os devidos órgãos fiscalizadores ou não tornar pública e transparente as receitas e despesas dos recursos da educação.

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Meta 20: Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do País no 5o (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.

ESTRATÉGIAS

20.1) Apoiar a garantia de fontes de financiamento permanentes e sustentáveis para todos os níveis, etapas e modalidades da educação básica, observando-se as políticas de colaboração entre os entes federados, em especial as decorrentes do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e do § 1 o do art. 75 da Lei n o 9.394, de 20 de dezembro de 1996 , que tratam da capacidade de atendimento e do esforço fiscal de cada ente federado, com vistas a atender suas demandas educacionais à luz do padrão de qualidade nacional;

20.2) Garantir o aperfeiçoamento e a ampliação dos mecanismos de acompanhamento da arrecadação da contribuição social do salário-educação;

20.3) Respaldar à manutenção e desenvolvimento do ensino, em acréscimo aos recursos vinculados nos termos do art. 212 da Constituição Federal , na forma da lei específica, a parcela da participação no resultado ou da compensação financeira pela exploração de petróleo e gás natural e outros recursos, com a finalidade de cumprimento da meta prevista no inciso VI do caput do art. 214 da Constituição Federal ;

20.4) Fortalecer os mecanismos e os instrumentos que assegurem, nos termos do parágrafo único do art. 48 da Lei Complementar n o 101, de 4 de maio de 2000 , a transparência e o controle social na utilização dos recursos públicos aplicados em educação, especialmente a realização de audiências públicas, a criação de portais eletrônicos de transparência e a capacitação dos membros de conselhos de acompanhamento e controle social do Fundeb, com a colaboração entre o Ministério da Educação, as Secretarias de Educação dos Estados e dos Municípios e os Tribunais de Contas da União, dos Estados e dos Municípios;

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20.5) Monitorar, por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP, estudos e acompanhamento regular dos investimentos e custos por aluno da educação básica e superior pública, em todas as suas etapas e modalidades;

20.6) Apoiar a implantação do Custo Aluno-Qualidade inicial - CAQi, referenciado no conjunto de padrões mínimos estabelecidos na legislação educacional e cujo financiamento será calculado com base nos respectivos insumos indispensáveis ao processo de ensino-aprendizagem e será progressivamente reajustado até a implementação plena do Custo Aluno Qualidade - CAQ;

20.7) Apoiar a complementação pela União, na forma da lei, de recursos financeiros a todos os Estados e Municípios que não conseguirem atingir o valor do CAQi e, posteriormente, do CAQ;

20.8) Apoiar a aprovação da Lei de Responsabilidade Educacional, assegurando padrão de qualidade na educação básica, em cada sistema e rede de ensino, aferida pelo processo de metas de qualidade aferidas por institutos oficiais de avaliação educacionais;

20.9) Utilizar e apoiar quando definido pela União, dos critérios para distribuição dos recursos adicionais dirigidos à educação ao longo do decênio, que considerem a equalização das oportunidades educacionais, a vulnerabilidade socioeconômica e o compromisso técnico e de gestão do sistema de ensino, a serem pactuados na instância prevista no § 5 o do art. 7 o desta Lei .

Meta 21: Assegurar a realização do acompanhamento, avaliação e readequação do PME 2015-2025, de maneira democrática e participativa.

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ESTRATÉGIAS

21.1) Formar comissão para acompanhamento e avaliação do presente plano, tendo como membros naturais representantes da Secretaria Municipal e Educação e representantes do Conselho Municipal de Educação dos três níveis integrantes da Educação Básica, a saber: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio;

21.2) Implantar, no prazo de um ano de vigência do deste plano, o Sistema de Coleta de Dados Educacionais, visando à atualização anual dos dados no sistema, ao final de cada ano letivo, pela direção das escolas, bem como a criação de um Banco de Dados Educacionais que permita a identificação das demandas e a avaliação da medida de alcance das metas e estratégias estabelecidas no presente plano;

21.3) Disponibilizar, à Comissão de Avaliação do PME, ao final de cada ano letivo, acesso à sistematização das informações coletadas para conhecimento e análise;

21.4) Fornecer infraestrutura à Comissão de Avaliação, para elaboração de relatórios, mediante análise comparativa dos resultados educacionais obtidos no biênio, objetivando avaliação da medida de alcance das metas propostas para o mesmo e a proposição de novas estratégias de ação, quando necessário.

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ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO

O Plano Municipal de Educação foi construído de forma coletiva pelos Grupos de Trabalho e pela Comissão Executiva de Construção do PME, com diálogos transparentes, com representantes de todos os envolvidos na educação de Hidrolina. Os diálogos aconteceram com os diversos segmentos da sociedade civil e o poder público nos níveis e modalidades de ensino, na gestão, no financiamento, na formação e valorização do magistério e demais trabalhadores da educação, estudantes, pais e comunidade em geral. Esse documento objetiva a melhoria da educação, elevando os níveis de proficiência, tendo em vista os indicadores das avaliações externas e internas. Entre as Metas previstas, muitas dependem de iniciativa do Poder Executivo Municipal, entretanto, existem metas que exigem a cooperação dos Governos Estadual e Federal para serem executadas, seja porque envolvem recursos de que o Município não dispõe ou pelos limites do poder atribuído a sua atuação no setor educacional. O PME deverá ter a aprovação da Câmara Municipal e, a partir dessa aprovação, será necessário obter mecanismos de acompanhamento, monitoramento e avaliação que garantirão o desenvolvimento das Metas estabelecidas, ao longo de dez anos. O processo de avaliação baseia-se na análise sistemática e objetiva dos resultados alcançados no Plano, buscando comprovar sua relevância, coerência e impacto na educação e nas pessoas nela envolvidas. A sistemática de acompanhamento e monitoramento deste Plano deverá conter informações qualitativas e quantitativas integradas que permitam a melhoria do gerenciamento, possibilitando o replanejamento e as medidas corretivas no decorrer do tempo, garantindo dessa forma, o cumprimento das Metas construídas nesse PME. O PME, sendo uma legislação, amparada pela Constituição Federal, precisa ser efetivado através da população, legisladores e executores. Lembrando sempre, que um dos melhores mecanismos de acompanhamento e monitoramento das ações é a própria sociedade, por meio da organização de seus atores: as

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organizações estudantis e os pais, o Ministério Público, o Conselho de Controle e Acompanhamento Social, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e o Conselho Tutelar. Porém, como é necessário estabelecer os responsáveis diretos pela avaliação, os quais serão sempre a Secretaria Municipal de Educação e a Câmara Municipal, o Conselho Municipal de Educação, o FUNDEF, enquanto existir. A Secretaria Municipal de Educação será a responsável direta para elaboração e utilização dos instrumentos de controle anual para verificar se cada meta foi, ou não, atingida, por isso, em caráter permanente, será criado:

1. Formação da equipe de avaliação. 2. Definição do escopo e foco da avaliação. 3. Elaboração e teste dos instrumentos. 4. Elaboração de relatório de avaliação.

Caso alguma meta não seja alcançada ou alguma ação não implementada, decisões serão replanejadas, após estudos e análise das causas do sucesso e insucesso. A exemplo do Plano Nacional de Educação, este PME previne a possibilidade de adaptações e medidas corretivas quando as novas exigências aparecerem, desde que fundamentadas e em conformidade com o Plano Nacional de Educação - PNE. No prazo de quatro anos, deve ser feita a adequação deste Plano.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Aspectos Geológicos. Disponível em:< file:///C:/Users/PESSOAL/Downloads/1061- 753-1-PB.pdf/>. Acesso em: 11 mar 2015.

Dados Populacionais do Município. Disponível em:. Acesso em: 11 mar 2015.

Dados Educacionais. Disponível em: . Acesso em: 10 abr 2015.

Estratégias. Disponível em: Acesso em: 14 abr 2015.

Extensão Territorial, Clima. Disponível em: http://pt.db-city.com/Brasil/Acesso em: 23 mar 2015.

História e economia do Município . Disponível em: . Acesso em: 10 mar 2015.

IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Disponível em: . Acesso em: 13 abr 2015.

Metas do PNE. Disponível em:. Acesso em: 31 mar 2015.

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ANEXOS

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FORUM DE APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DAS METAS E ESTRATÉGIAS DO PME – 12/05/2015

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AUDIÊNCIA PÚBLICA – 19/05/2015

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