New Insights Into Alternative Splicing Using Microarray Technology

New Insights Into Alternative Splicing Using Microarray Technology

UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE MEDICINA New insights into alternative splicing using microarray technology Ana Rita Fialho Grosso Doutoramento em Ciencias^ Biomedicas,´ especialidade de Ciencias^ Morfologicas´ 2009 UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE MEDICINA New insights into alternative splicing using microarray technology Ana Rita Fialho Grosso Doutoramento em Ciencias^ Biomedicas,´ especialidade de Ciencias^ Morfologicas´ 2009 Tese orientada por Professora Doutora Maria do Carmo Fonseca Professor Doutor Simon Tavar´e(University of Cambridge, UK) A impress~aodesta disserta¸c~aofoi aprovada pela Comiss~ao Coordenadora do Conselho Cient´ıficoda Faculdade de Medicina de Lisboa em reuni~aode 22 de Setembro de 2009. As opini~oesexpressas s~aoda exclusiva responsabilidade do seu autor. O desenvolvimento e execu¸c~aogr´afica da presente disserta¸c~aoforam financiados pela Funda¸c~aopara a Ci^enciae a Tecnologia (Bolsa SFRH/ BD/22825/2005). 4 Resumo Palavras-chave: splicing alternativo, regula¸c~aode splicing, bioinform´atica, microarrays Nos eucariotas, a transcri¸c~aodos genes pela RNA Polimerase II origina mol´eculas precursoras de RNA mensageiro (pr´e-mRNA),sendo necess´ariasv´ariasetapas de proces- samento at´e`aforma¸c~aodo RNA maduro (mRNA) que ´etransportado para o citoplasma, onde serve de molde para a s´ıntese proteica. Adicionalmente, a mesma mol´eculade pre-mRNA pode gerar diversos tipos de mRNA funcional devido ao splicing alternativo. Este processo consiste na inclus~aoou exclus~ao de regi~oesdo pr´e-mRNAe ´eum importante mecanismo respons´avel pela grande variedade de prote´ınas nos Eucariotas (Black, 2003). V´ariosestudos baseados em an´alisesde ESTs (expressed sequence tags) revelaram que mais de 60% dos genes humanos est~aosujeitos ao splicing alternativo, e esse n´umeroaumentou para 80% com o aparecimento dos microar- rays (Johnson et al., 2003; Kampa et al., 2004). Mais recentemente, as novas tecnologias de sequencia¸c~aode RNA revelaram 92 a 95% dos genes humanos sujeitos ao splicing al- ternativo (Wang et al., 2008a; Pan et al., 2008). O splicing do pr´e-mRNA est´aa cargo do spliceosoma, um complexo macromolecular formado a partir de v´ariaspequenas part´ıculasribonucleoproteicas nucleares (snRNPs) e outras prote´ınasreguladoras (Jurica and Moore, 2003; Wahl et al., 2009). Atrav´esde interac¸c~oesdo RNA e prote´ınasdo complexo com o pr´e-mRNA,os snRNPs medeiam o reconhecimento e subsequente liga¸c~ao`asjun¸c~oesex~ao-intr~ao(s´ıtiode splicing). A selec¸c~aoe identifica¸c~aoentre os diferentes s´ıtiosde splicing depende de m´ultiplas interac¸c~oesRNA-RNA e RNA-prote´ına que envolvem a liga¸c~aocooperativa de v´arias prote´ınasreguladoras (reguladores em trans) aos sinais reguladores n~aocodificantes na sequ^enciado pr´e-mRNA(regula¸c~aoem cis). Os sinais reguladores incluem sequ^encias curtas e muito degeneradas localizadas nos s´ıtiosde splicing e outras sequ^enciasregu- ladoras denominadas de activadores (enhancers) e silenciadores (silencers) localizadas em ex~oesou intr~oes.Os reguladores em trans s~aodesignados de factores de splicing e usual- mente classificadas como activadores ou repressores, dependendo se facilitam ou suprimem a liga¸c~aodos snRNPs aos s´ıtiosde splicing. i Resumo O processo de splicing alternativo ´eregulado em resposta a vias de sinaliza¸c~ao,e ´e espec´ıficoa fases de desenvolvimento e tipo de tecido. De acordo com o actual modelo, a regula¸c~aodo splicing alternativo resulta de interac¸c~oescombinat´oriasde v´ariasprote´ınas agindo positivamente e negativamente, e decis~oes de splicing espec´ıficasa um tipo de c´elula ou tecido resultam provavelmente de diferen¸casna concentra¸c~aoe/ou actividade destas prote´ınas(Matlin et al., 2005; Shin and Manley, 2004; Singh and Valc´arcel, 2005). Uma previs~aoimediata deste modelo ´eque a abund^anciarelativa das prote´ınas reguladoras de splicing deve variar de acordo com os tecidos. Ao longo das ´ultimasd´ecadascome¸caram a ficar dispon´ıveis dados em larga escala para abordar sistematicamente esta quest~ao, permitindo o desenvolvimento de meta- an´alisescomputacionais. A tecnologia dos microarrays alterou profundamente o modo de investiga¸c~ao,movendo de uma abordagem gene-a-gene para estudos globais e `aescala do genoma. Neste contexto, o presente estudo teve como objectivo gerar previs~oesbaseadas em microarrays para compreens~aodo c´odigodo splicing alternativo que controla e coordena o transcriptoma. Para explorar a hip´oteseda express~aoespec´ıficaa tecidos das prote´ınas de splicing, neste trabalho analisamos padr~oesde express~aog´enicaobtidos a partir de estudos de microarray anteriormente publicados. A an´alisecontemplou as v´ariasfam´ıliasde prote´ınas hnRNP, SR, cinases-SR, helicases de RNA, prote´ınassnRNP e muitas outras prote´ınas associadas com o splicing (Barbosa-Morais et al., 2006; Chen et al., 2007). Em primeiro lugar, o estudo incidiu na altera¸c~aoda express~aodos factores de splic- ing durante quatro tipos de diferencia¸c~aocelular do ratinho: miog´enese,adipog´enese, eritropoiese e espermatog´enese.Para identificar varia¸c~oesda express~aoespec´ıficasao tipo celular foi necess´ariocomparar dados de microarray provenientes de diferentes sistemas biol´ogicose ensaios experimentais. Para resolver este problema, foi desenvolvida uma nova abordagem que se baseia em m´etodos de regress~ao(Grosso et al., 2008). A minha an´alise revelou diferen¸casrobustas que distinguem um processo de diferencia¸c~aodos outros e es- tas assinaturas de express~aog´enicainclu´ıamprote´ınasdas v´ariasfam´ıliasdos factores de splicing. Em seguida, explorei as varia¸c~oesna express~aodos factores de splicing em v´ariosteci- dos humanos, de chimpanz´ee de ratinho. Comparando padr~oesde express~aodo c´erebro, test´ıculos,cora¸c~ao,f´ıgadoe rim, 104 genes apresentaram altera¸c~oesna express~aoespec´ıficas a tecidos, em pelo menos um organismo. A minha an´aliserevelou que o maior n´umero de factores de splicing diferencialmente expressos ocorreu no test´ıculoe no c´erebro,en- quanto que o f´ıgadoapresentou padr~oessemelhantes ao rim. Curiosamente, os resultados mostram que os dois tecidos com maior quantidade de splicing alternativo (Yeo et al., ii Resumo 2004; Pan et al., 2004; Clark et al., 2007) s~aoos que apresentam uma maior varia¸c~aona express~aode factores de splicing. Assim, os meus resultados mostram que assinaturas de factores de splicing est~aocorrelacionadas com padr~oesde splicing espec´ıficosde tecidos. Utilizando PCR quantitativo em tempo real confirmei 75% das previs~oesdos microar- rays para a miogenese e eritropoiese e 71% para v´ariostecidos. De um modo geral, eu identifiquei mais de 100 genes que apresentam uma express~aodiferencial associada a um determinado tecido ou processo de diferencia¸c~ao. Estes resultados mostraram que to- dos os genes das principais fam´ıliasde factores de splicing apresentam express~aog´enica diferencial, incluindo prote´ınascinases-SR e prote´ınasdos snRNP. O processo de splicing alternativo est´atamb´emassociado a doen¸cashumanas, incluindo cancro (Wang and Cooper, 2007; Cooper et al., 2009). S~aoconhecidas v´ariasmuta¸c~oesque afectam o splicing de oncogenes, genes supressores tumorais e outros genes relevantes para o cancro (Srebrow and Kornblihtt, 2006; Venables, 2006). Contudo, muitas das anomalias de splicing identificadas nas c´elulastumorais n~aoest~aoassociados com muta¸c~oesnos genes afectados. De facto, estudos recentes sugerem que as mudan¸casna express~aode factores de splicing podem desempenhar um papel fundamental na perturba¸c~aogeral do splicing que ocorre em muitos cancros (Kirschbaum-Slager et al., 2004; Karni et al., 2007; Kim et al., 2008; Ritchie et al., 2008). Com o objectivo de pesquisar eventuais associa¸c~oesentre a express~aode factores de splicing e padr~oesde splicing em cancro, realizei uma meta-an´aliseglobal que integra dados em larga escala de experi^enciasde microarrays em v´ariostipos de cancro. A evolu¸c~aoda tecnologia dos microarrays tem permitido explorar a express~aog´enicaao n´ıvel do ex~aoe estudar varia¸c~oesdos padr~oesde splicing em grande escala (Blencowe, 2006). Em primeiro lugar, estudei as varia¸c~oesde express~aog´enicade v´ariosfactores de splic- ing em 13 tipos de cancro: bexiga, c´erebro,mama, c´olon,es´ofago,cabe¸cae pesco¸co, rim, f´ıgado, pulm~ao,neuroblastoma, pr´ostata,tir´oidee vulva. Comparando cancro e correspondentes tecidos normais foram identificadas varia¸c~oespara 192 genes, que codi- ficam prote´ınasdas fam´ıliasdos factores de splicing snRNPs, hnRNPs, SRS, cinases-SR, RNA-helicases e outros reguladores de splicing. Os meus resultados tamb´emmostraram que a maioria dos factores de splicing com varia¸c~oesna express~aoeram essencialmente mais expressos em cancro (sobre-express~ao),e de facto foi observado um enriquecimento de factores de splicing entre todos os genes sobre-expressos. Alguns genes desregulados apareciam em v´arioscancros, sugerindo que alguns cancros podem apresentar as mesmas varia¸c~oesde factores de splicing. Em seguida, seleccionei um conjunto de eventos de splicing desregulados em cancro atrav´esda aplica¸c~aode uma metodologia de an´aliseexaustiva a dados de microarrays de splicing de estudos anteriores em cancro do c´olone pulm~ao.Foram encontrados ex~oescon- iii Resumo tendo s´ıtiosde liga¸c~aopara SF2/ASF obtidas a partir dados de CLIP-seq (Sanford et al., 2009) para SF2/ASF, que ´esobre-expresso em ambos os cancros. Foram tamb´emidentifi- cadas pequenas sequ^enciasenriquecidas associadas com eventos de splicing de cancro

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