A Influência Clássica Na Obra Poética De Miguel Torga: O Caso Particular Do Diário

A Influência Clássica Na Obra Poética De Miguel Torga: O Caso Particular Do Diário

UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE LETRAS Departamento de Estudos Clássicos A INFLUÊNCIA CLÁSSICA NA OBRA POÉTICA DE MIGUEL TORGA: O CASO PARTICULAR DO DIÁRIO Ana Sofia Sequeira Madeira de Albuquerque e Aguilar MESTRADO EM ESTUDOS CLÁSSICOS – LITERATURA COMPARADA 2010 UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE LETRAS Departamento de Estudos Clássicos A INFLUÊNCIA CLÁSSICA NA OBRA POÉTICA DE MIGUEL TORGA: O CASO PARTICULAR DO DIÁRIO Ana Sofia Sequeira Madeira de Albuquerque e Aguilar DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM ESTUDOS CLÁSSICOS – LITERATURA COMPARADA orientada pela Professora Doutora Maria Cristina de Castro-Maia de Sousa Pimentel 2010 Omnia quae nunc uetustissima creduntur, noua fuere. Tácito, Annales, II, 24, 7 Para ti, companheiro de todas as minhas horas. ÍNDICE ÍNDICE ............................................................................................................................................ i AGRADECIMENTOS ....................................................................................................................... iii RESUMO / ABSTRACT .................................................................................................................... v INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 2 CAPÍTULO I TORGA: O HOMEM, A OBRA, O(S) MITO(S) ................................................................................... 7 1. Torga ..................................................................................................................................... 8 2. A Vida tende para o Mito .................................................................................................... 15 3. Μῦθος / Mythos ................................................................................................................... 17 4. E Narciso deu voz ao Mythos .............................................................................................. 25 4.1. O Latim ........................................................................................................................ 25 4.2. As Viagens ................................................................................................................... 27 4.3. As Leituras ................................................................................................................... 35 4.4. A Biblioteca Torguiana ................................................................................................ 44 4.5. A Poesia do Diário: Recepção da Antiguidade Clássica .............................................. 50 CAPÍTULO II DOZE POEMAS (OU OS TRABALHOS DE HÉRCULES)..................................................................... 66 1. A Luz ............................................................................................................................... 67 1.1. Ariadne ........................................................................................................................ 67 1.2. Penélope ....................................................................................................................... 70 1.3. Eurídice ........................................................................................................................ 74 2. A Sombra: O Labor Poético ................................................................................................ 80 2.1. Orfeu ............................................................................................................................ 80 2.1.1. Orfeu e Plutão............................................................................................................ 88 2.2. Sibila ............................................................................................................................ 92 2.3. Teseu e o Labirinto ....................................................................................................... 94 2.4. Tântalo .......................................................................................................................... 96 2.5. Narciso ......................................................................................................................... 99 2.6. Ícaro ............................................................................................................................ 104 2.7. Sísifo .......................................................................................................................... 109 i 2.8. Esfinge ........................................................................................................................ 115 CAPÍTULO III A LEITURA DE TORGA PELOS JOVENS (OU O FIO DE ARIADNE) ................................................ 120 1. A presença de Miguel Torga nos Curricula ...................................................................... 121 1.1. O 3.º Ciclo do Ensino Básico ..................................................................................... 122 1.2. O Ensino Secundário .................................................................................................. 126 1.3. Plano Nacional de Leitura .......................................................................................... 135 2. O Labirinto ........................................................................................................................ 137 3. O Fio de Ariadne ............................................................................................................... 145 CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 162 BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................... 169 ANEXOS …………………………………………………………………………………………..i Anexo 1 ……………………………………………………………………………………….ii Anexo 2 ……………………………………………………………………………………….v Anexo 3 ……………………………………………………………………………………….x Anexo 4 ……………………………………………………………………………………..xiii Anexo 5 ……………………………………………………………………………………xviii Anexo 6 ………………………………………………………………………………….…xxii Anexo 7 ……………………………………………………………………………………xxiii Anexo 8 ……………………………………………………………………………………xxvi ii AGRADECIMENTOS Deixo uma palavra de agradecimento a todos os que contribuíram para a realização deste trabalho. Em primeiro lugar, à Professora Doutora Cristina Pimentel, minha orientadora, que em todas as circunstâncias, mesmo nas mais adversas, teve uma palavra amiga para me dar, para além dos sábios conselhos, vastíssimo saber e paciência infinita. Foi (e é), para mim, uma força anímica, sem o apoio da qual não teria saído do labirinto em que me encontrava. Ao Professor Doutor Manuel Barbosa, pela amizade e pelos interessantíssimos seminários de Literatura Latina I. À Professora Doutora Paula Morão, que me permitiu aceder a novos autores e a novas visões do mundo nos seminários de Literatura Portuguesa. Ao Professor Doutor Arnaldo Espírito Santo, que, mesmo em fugazes encontros, sempre teve uma palavra de incentivo para me dar. À Professora Doutora Clara Rocha, pelas preciosíssimas informações que, muito gentilmente, partilhou comigo. À Professora Cristina Serôdio, sempre disponível para transmitir o seu vasto conhecimento. À Casa-Museu de Miguel Torga que, por ocasião da visita aí realizada, me prestou todos os esclarecimentos e informações de que necessitava. Agradeço ainda à minha família, especialmente ao meu marido, David, cuja força me alenta a cada dia, mas não esquecendo os meus irmãos, Helena e David, a minha avó, Maria Joaquina, os meus tios, Luz e Carlos, bem como a Guida e a Magui. iii Reconheço-os, bem como aos meus amigos mais próximos, por toda a paciência que tiveram ao longo deste processo. À Beatriz Esteves e à Dora Coelho, amigas em primeiro lugar e só depois colegas de trabalho, que abdicaram de tanto para que eu pudesse ir um pouco mais além. À Ana Alfarela, pela motivação e amizade constantes, não esquecendo a Márcia Marques pela sua afabilidade e disponibilidade permanentes. Deixo uma palavra especial à Ana Filipa Silva, que tão gentilmente me cedeu a sua investigação académica. Por fim, não podia deixar de referir os meus alunos, que constantemente inspiram em mim o desejo de superação e de aperfeiçoamento, de busca e de partilha. iv RESUMO / ABSTRACT Este estudo pretende analisar a importância e significado das influências clássicas na obra de Miguel Torga, particularmente no seu Diário, a partir de doze poemas seleccionados. Verificar-se-á ainda o modo como o corpus escolhido, sendo apresentado a jovens do Ensino Secundário, portanto pré-universitários, poderá constituir uma chave para a descoberta dos mitos greco-latinos, uma porta aberta para a cultura clássica e, por conseguinte, para a compreensão da matriz ocidental em que estão imersos. Deste modo, após uma reflexão inicial sobre a obra torguiana e a perspectiva do autor sobre o Mito, partir-se-á para o caso particular de doze poemas, incluídos no Diário, analisando as linhas de sentido que os atravessam. Por fim, na sequência de uma breve incursão sobre a presença de Torga nos curricula nacionais, discorrer-se-á sobre a importância da leitura da obra deste grande vulto da Literatura Portuguesa por parte dos jovens, não apenas pelo seu valor intrínseco, mas também pela experiência e enriquecimento culturais que lhes pode proporcionar, pesando-se o devido papel da Escola e dos professores neste processo. Palavras-chave: Poesia de Miguel Torga; Diário de Miguel Torga;

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