A Ética Ambiental No Código Florestal Brasileiro Sob a Ótica Dos Recursos Hídricos

A Ética Ambiental No Código Florestal Brasileiro Sob a Ótica Dos Recursos Hídricos

A ÉTICA AMBIENTAL NO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO SOB A ÓTICA DOS RECURSOS HÍDRICOS. A GESTÃO AMBIENTAL EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR BRASILEIRAS. A IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL BASEADO NA NORMA ISO 14001/2004: UM ESTUDO DE CASO EM UMA FÁBRICA DE CONSERVAS. A PERCEPÇÃO DO RISCO AMBIENTAL, A ESCASSEZ DE ÁGUA E O CONFLITO DE INTERESSES NO VALE DO RIO DOS SINOS. ANÁLISE CITOTÓXICA DE EFLUENTE DOMÉSTICO PROVENIENTE DE DOIS SISTEMAS DE TRATAMENTO: LODO ATIVADO E FILTRO DE MACRÓFITAS EM FLUTUAÇÃO. ANÁLISE DA EVOLUÇÃO URBANA DE NOVO HAMBURGO COM ÊNFASE NAS ÁREAS DE RISCO. ANÁLISE DA INTERAÇÃO DOS SISTEMAS COMPLEXOS VERSUS O CONCEITO DA SUSTENTABILIDADE. ANÁLISE DOS INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA. ANÁLISE PRELIMINAR DO DESENVOLVIMENTO ONTOGENÉTICO DE CYATHEA PHALERATA (CYATHEACEAE) SOB A INFLUÊNCIA DA LUZ. AS MUITAS ÁGUAS ENVOLVIDAS NUMA REFEIÇÃO. ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS IDENTIFICADOS EM RESTAURANTES UNIVERSITÁRIOS DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA FEDERAL. AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE SELETIVA DA MEMBRANA DE NANOFILTRAÇÃO. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA DE DOIS AFLUENTES DO RIO DOS SINOS, RS, ATRAVÉS DO USO DE BIOMARCADORES EM PEIXES. AVALIAÇÃO DAS MEMBRANAS ELETRODIÁLITICAS. AVALIAÇÃO INTEGRADA DA QUALIDADE AMBIENTAL EM UMA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO NO MUNICÍPIO DE SÃO LEOPOLDO, RS, BRASIL CARACTERIZAÇÃO DE AEROSSÓIS EM ÁREAS URBANAS E SEMIURBANAS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOS SINOS. COMPORTAMENTO FENOLÓGICO E SAZONALIDADE DE GUAREA MACROPHYLLA VAHL EM FLORESTA ATLÂNTICA NO SUL DO BRASIL. CONSERVAÇÃO DE VRIESEA INCURVATA (BROMELIACEAE), ESPÉCIE ENDÊMICA DA FLORESTA ATLÂNTICA: AVALIAÇÃO DE NUTRIENTES PARA CULTURA IN VITRO. CURTUME: EFLUENTES, TOXICIDADE E NOVAS TECNOLOGIAS. DESENVOLVIMENTO DE MATERIAIS A PARTIR DA RECICLAGEM DE RESÍDUOS TÊXTEIS GERADOS PELA INDÚSTRIA CALÇADISTA. DETECÇÃO DE ADENOVÍRUS EM AMOSTRAS DE ÁGUA E MOLUSCOS PRESENTES EM ÁREAS ÚMIDAS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOS SINOS. DIAGNÓSTICO DA ÁGUA NA BACIA DO RIO DOS SINOS: UMA ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL DA CITOTOXICIDADE EM CULTURA DE CÉLULAS HEP-2. DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO AMBIENTAL DE MICROBACIA HIDROGRÁFICA. DIOXINAS E FURANOS: DISPERSÃO NO AMBIENTE, IMPACTO SOBRE A SAÚDE HUMANA E PANORAMA JURÍDICO. EFICIÊNCIA DE TYPHA DOMINGENSIS PERS. EM FLUTUAÇÃO NA REMOÇÃO DE METAIS ORIUNDOS DE EFLUENTE DOMÉSTICO. ESTRATIFICAÇÃO VERTICAL DE EPÍFITOS VASCULARES NA MATA CILIAR DA NASCENTE DO RIO DOS SINOS, RS, BRASIL. ESTUDO DOS EFEITOS TÓXICOS DO CROMO SOBRE A ATIVIDADE DE ENZIMAS TIÓLICAS EM TRABALHADORES EXPOSTOS E SEU IMPACTO SOBRE A ÁGUA. FATORES QUE INFLUENCIAM NA CONSOLIDAÇÃO DE COMITÊS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS BRASILEIRAS. FREQUÊNCIA DE MICRONÚCLEOS E ANORMALIDADES NUCLEARES EM ERITRÓCITOS DE ASTYANAX FASCIATUS (TELEOSTEI, CHARACIDAE) COLETADOS NO RIO DOS SINOS, RS, BRASIL. GENOTOXICIDADE DO AR EM ÁREAS URBANAS NA BACIA DO RIO DOS SINOS, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL. GESTÃO AMBIENTAL EM EMPRESAS DO SETOR COUREIRO CALÇADISTA E METALOMECÂNICO LOCALIZADAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DO SINOS. GESTIÓN LOCAL DE RIESGOS POR AMENAZAS NATURALES. INFLUÊNCIA DO FOTOPERÍODO NA GERMINAÇÃO DE MEGÁSPOROS E NO DESENVOLVIMENTO DOS ESPORÓFITOS DE REGNELLIDIUM DIPHYLUM LINDMAN. INFLUÊNCIA DO PH E UMIDADE DO SUBSTRATO NA RIQUEZA DE EPÍFITOS EM DICKSONIA SELLOWIANA E ARAUCARIA ANGUSTIFOLIA NO RIO GRANDE DO SUL. INVESTIGAÇÃO DA ECO ALFABETIZAÇÃO DE ALUNOS DE UM COLÉGIO DA REDE PARTICULAR DE ENSINO: PERSPECTIVA DE IMPLANTAÇÃO DE GESTÃO AMBIENTAL. LOGÍSTICA REVERSA DAS LÂMPADAS FLUORESCENTES DE VAPOR DE MERCÚRIO E SÓDIO E SUA TOXIDADE. LOGÍSTICA REVERSA E ECODESIGN: IMPORTANTES FERRAMENTAS NA REDUÇÃO DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NA INDÚSTRIA CALÇADISTA OS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS E A GERAÇÃO DE ENERGIA. PERCEPÇÃO DO RISCO AMBIENTAL EM ÁREAS DE OCUPAÇÃO EM NOVO HAMBURGO, RS. POTENCIAL GENOTÓXICO DO AR ATMOSFÉRICO NA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE COM O USO DE TRADESCANTIA PALLIDA VAR. PURPUREA. RECICLAGEM DE RESÍDUOS DA INDÚSTRIA CALÇADISTA E TÊXTIL PARA OBTENÇÃO DE MATERIAIS RECICLADOS. SAMAMBAIAS EPIFÍTICAS SOBRE FUSTES DE ANGIOSPERMAS VERSUS CÁUDICES DE ALSOPHILA SETOSA KAULF (CYATHEACEAE) NO SUL DO BRASIL. TECNOLOGÍA PARA LA GESTIÓN AMBIENTAL INTEGRAL EN ORGANIZACIONES. APLICACIÓN EN HOLGUÍN, CUBA. UMA PROPOSTA DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA AUXILIO NA TOMADA DE DECISÃO PARA POLÍTICAS PÚBLICAS BASEADOS EM DADOS DE SAÚDE PÚBLICA. VÍRUS ENTÉRICOS EM ÁGUA SUPERFICIAL E SEDIMENTO DE ÁREAS URBANAS DA REGIÃO DO VALE DO RIO DOS SINOS, RS. A ÉTICA AMBIENTAL NO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO SOB A ÓTICA DOS RECURSOS HÍDRICOS FabianViégas1 (FATO) Palavras-chave: Ética. Recursos Hídricos. Código Florestal. 1 INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objetivo, sob o prisma da ética aplicada aos recursos hídricos e com enfoque sobre o Código Florestal, trazer alguns pontos para discussão sobre a utilização da água e qual seu impacto na nossa vida e na das gerações futuras. Sob a luz do Direito Ambiental e da ética, são trazidos e discutidos alguns assuntos para pautar o estudo. Não é, de forma alguma, um estudo profundo, mas alguns pontos para discussão e reflexão. Para essa discussão, traz-se a questão ética, os recursos hídricos e o código florestal brasileiro. Nesse emaranhado de assuntos, fica evidente a necessidade de se pensar eticamente os recursos hídricos como forma de garantir a subsistência dos seres vivos nesse planeta. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Diz Jamieson (2010) que enquanto um único inocente morrer desnecessariamente por causa de danos ambientais causados por outros, haverá necessidade de reflexão ética. Nesse sentido, abre-se uma discussão interessante sobre o aspecto ambiental, ético e jurídico. Não há como se pensar em preservação de meio ambiente, sob todos os seus aspectos, sem considerar as áreas de preservação. No Código Florestal (BRASIL, 2012) há indicação das áreas de preservação permanente (APP) no artigo 4º, que traz: Art. 4o Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei: I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, [...] Nessa linha, não encontra-se no Código Florestal ensejos a área de preservação urbana, somente rurais. Sabendo que a grande parte da população no país vive em áreas populacionais enormes, em grandes cidades, não se fala em garantia dos recursos hídricos nas cidades, mas sim do seu uso. 1 Mestre em Ciência da Computação pela PUCRS, Doutorando em Qualidade Ambiental pela Universidade Feevale. Professor e pesquisador da FATO, da Castelli ESH e do IEI. E-mail: [email protected] Quando trata de recursos hídricos, ou de qualquer outro recurso ambiental, o código florestal trata de aspectos econômicos para o uso humano, pouco importando os outros seres vivos. Nasceu com o equívoco de ter se limitado principalmente às áreas rurais, deixando de lado as áreas urbanas que, por sua vez, são as mais críticas no que se refere à ocupação das margens dos cursos d’água. Isso demonstra que o conceito de área de preservação permanente estabelecido pelo Código Florestal – que trouxe modificações substanciais quanto às áreas rurais, porém deixando de tratar com a mesma profundidade das áreas urbanas – não é absoluto. Portanto, nos cursos d´água, localizados dentro de áreas urbanas consolidadas e submetidas a forte pressão antrópica, deve ser reconhecida a inaplicabilidade do Código Florestal, cabendo aos Estados e Municípios, no exercício de sua competência constitucional e na ausência de norma geral regulatória, elaborar norma que trate dos aludidos recursos hídricos urbanos. Conforme Weyermüller e Figueiredo (apud HUPFFER; WEYERMÜLLER, 2013, p.20), A correta compreensão da profundidade da questão ambiental exige, além de uma observação sofisticada da realidade, em aporte filosófico apurado, uma reflexão acerca da realidade que consiga atingir um nível mais elevado exigido pelas contingências do mundo atual, da realidade[...]. A filosofia moral do Charles Taylor é o ponto de partida para o desenvolvimento do que se designa nesse espaço por self ambiental. Ética ambiental é um conceito filosófico desenvolvido na década de 1960 que amplia o conceito de ética, enquanto da forma de agir do homem em seu meio social, pois se refere também à sua maneira de agir em relação à natureza. Considera que a conservação da vida humana está intrinsecamente ligada à conservação da vida de todos os seres. (BRENNAN; LO, 2011) Segundo Brennan e Lo (2011), “o conceito de ética ambiental relaciona-se assim como o conceito de ecocentrismo, por oposição ao antropocentrismo. Por esse conceito, o comportamento do homem deve ser considerado em relação a si mesmo e em relação a todos os seres vivos”. Por esse conceito, todos os seres são iguais. O homem, apesar de imbuído de racionalidade, não pode continuar a ver outros seres como inferiores e, portanto, não pode agir de forma predatória em relação aos mesmos. O homem deixa de ser "dono" da natureza para voltar a ser parte da Natureza. Sergio Ahrens (2010) nos ensina que “a noção de natureza é fundamental para que, mais recentemente (século XX), seja introduzido o conceito de meio ambiente e com ele seus respectivos desdobramentos jurídicos”. Esse conceito de natureza se transforma conforme a cultura. No pensamento helênico, o conceito filosófico de natureza era adaptado em razão da evolução das relações mantidas entre o homem grego e a natureza. Conforme essas relações se modificavam, modificava-se também o conceito de natureza. (ANTUNES, 2002) É oportuno o surgimento

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