Alegria No São João Vem Do Dom Inviolável Da Vida

Alegria No São João Vem Do Dom Inviolável Da Vida

SEGUNDA-FEIRA.25.JUN 2018 WWW.DIARIODOMINHO.PT 0,90 € Diretor: DAMIÃO A. GONÇALVES PEREIRA | Ano XCIX | n.º 31802 Ministro da Ciência desafia António Silva Guimarães a construir castelos de conhecimento REGIÃO P.14 DM Alegria no São João vem região P.17 INCÊNDIOS do dom inviolável da vida URBANOS DESAFIAM BRAGA A «sacralidade e a inviolabilidade da vida humana» constituiu, ontem, o principal tema da homilia da eucaristia comemorativa da Solenidade do Nascimento de S. João. O bispo BOMBEIROS auxiliar da Arquidiocese de Braga, D. Nuno Almeida, que presidiu à celebração, aconselhou os DE TERRAS DE BOURO crentes a aprender com S. João Batista a «saltar de alegria» pelo dom da vida. P.04 Licínio Pimentel e Carla Martinho STAND Nº1 venceram meia maratona DESPORTO P21-22 de Guimarães DM ǁǁǁ͘ĂƵƚŽĮdž͘Ɖƚ 02 DIÁRIO DO MINHO / SEGUNDA-FEIRA / 25.06.18 www.diariodominho.pt António sílvio couto paulo fafe [email protected] [email protected] À procura Na verdade ou pela fraude… do tempo perdido ão preciso de me enfeitar para ferência a um título/honraria/qualificação huma- ver reconhecido o que sou e o na – dr., eng., padre, etc. – dando a impressão em Governo atual, liderado por António Costa, teve que valho! quem recebia o dito valor em cheque que tal figura um período da legislatura que tudo apontava pa- – Foi desta forma algo rápi- era respeitável e com alguma credibilidade… Ora, ra uma maioria absoluta. Muita gente até estaria da, ríspida à mistura com o ra- isso nem sempre era verdade – até porque bastaria disposta a votar no PS, primeiro para acabar com zoável, que um artista/escritor, influenciar a entidade emissora de que tal pessoa a sua subordinação à esquerda – PCP e BE – se- de origemN catalã, se apresentou… sem complexos poderia (mesmo que não fosse certo) induzir a esse gundo porque as melhorias económicas e finan- nem artifícios. disfarce e engano – permitindo viver na camufla- Oceiras do país indicavam uma boa gestão e terceiro porque so- De facto, há gente que se empenacha para se fa- gem a quem se apropriava de algo que não possuía, mos um povo que se resigna com, poderia ser pior. Bendito povo zer passar por aquilo que não é. Há gente que usa mas que lhe daria uma espécie de estatuto para o que parte uma perna e agradece por não ter partido as duas! Ho- artimanhas para ser aquilo que nunca foi. Há gen- engano e a usurpação de identidade e/ou de função. je vota-se mais por gestão que por ideologia. A ideologia é uma te que usurpa funções para parecer aquilo que acha Felizmente agora os cheques – se ainda usados – “religião sem milagres”. Mas o bom ciclo económico deste Go- que poderia ou desejaria ser. Há gente que tenta não ostentam os tais títulos, nivelando todos pela con- verno vai ruindo aos poucos com as greves; caso da recuperação enganar com a imagem que pretende "vender". Há dição de cidadania sem trejeitos de aproveitamento de tempo dos professores. Se é justo dar o seu a seu dono, a ideia gente fútil que se arvora em jeitos complexos, mas por parte de pessoas sem nível nem credibilidade, de que o Governo não prometeu isso mesmo, isto é, não prome- facilmente desmontáveis. Há gente que construiu seja lá qual for a instância onde possam desenvol- teu a recuperação do tempo prestado durante nove anos, aparece para si mesma uma pretensão inacessível e, por- ver a sua atividade… profissional, social ou cultural. aos olhos de todos como desculpa de mau pagador. É argumen- ventura, oca e disfarçada. to trapaceiro. Os funcionários públicos, todos sem exceção, e não = Se estivermos atentos não será muito difícil per- apenas os professores, têm direito ao tempo integral do trabalho ceber se uma pessoa fala, se comporta ou mesmo que realizaram, tempo em que fizeram todos os descontos, tem- Neste mundo em se apresenta tendo em conta a instrução que diz ter po em que estiveram no ativo de suas funções, tempo cumprido que vivemos, onde ou mesmo aquilo que aparenta. Bastará reparar na na totalidade. Quem de bom senso lhes dirá que nove anos se re- construção das frases na conversa ou no discurso. duzem a dois? Só numa habilidade interpretativa de má-fé e en- tropeçamos a cada Bastará questionar sobre assuntos que diz conhecer viesada é que se pode afirmar que o PS, em campanha eleitoral, momento em gente que para, com alguma facilidade, se poder percecionar não prometeu a recuperação desse tempo. Tenta tornar o tempo o desencontro entre as partes, tanto no diálogo co- vivido em tempo perdido. Torna-se claro que esta recuperação usa mais da manha do mo na referência dos conhecimentos. Bastará dei- de tempo dos funcionários públicos, professores, militares, saú- que da sabedoria, será xar que o "desconhecido" se mostre para que saiba- de, segurança, administrativos e todos os que são funcionários mos se estamos perante alguém verdadeiro ou um públicos trazem um peso enorme para o equilíbrio orçamental. importante não se deixa possível impostor. Ninguém o nega. Mas por que razão prometeram? Foram levia- ludibriar com roupas Naquilo que tenho visto e vivido, é preciso ser nos ou estavam de má-fé quando prometeram? Ou queriam ape- aparentemente de marca cuidadoso com os primeiros contactos. Estes não nas os votos? Fosse qual fosse o motivo, a verdade é que promete- podem ser um estendal de banalidades nem uma ram e, nem uma engenharia semântica pode dar o dito pelo não subtilmente arranjadas incorreção de estilos. Tenho para comigo que é pre- dito. Não há dinheiro, mas se o governo quiser dar uma revisão e perfumadas, induzindo ciso ser prudente, observando mais do que queren- às grandes isenções fiscais e alfandegárias de institutos públicos, do deixar "boa impressão" em quem se tem como de empresas públicas e algumas privadas, que na totalidade so- em erro e engano os mais interlocutor. Recordo como lição dum venerável mam milhões, talvez aí possa ir buscar os dinheiros que lhe fal- incautos… superior que me dizia, citando uma frase bíblica: tam para cumprir a palavra dada. Custa-me imenso, como con- "é preciso ser prudente como a serpente e simples tribuinte, pagar IRS e IVA sobre o que compro e verificar que há como as pombas"… por esta ordem, não trocando a outros mais gordos que não pagam um cêntimo. Há, na verdade, É diante destas e de outras aparências que será apresentação dos fatores, pois se tal acontecer sere- uma estrutura de privilégios que me obrigam a pagar o que a ou- preciso que haja quem as afronte e confronte sem mos, facilmente, engolidos pelos mais espertos, que tros diz respeito. E depois ainda temos por aí fundações que não medos, mas em verdade. Com efeito, uma das maio- até podem nem ser mais inteligentes do que nós. fazem coisa alguma e só existem porque recebem subsídios de res fraudes que podemos cometer para com os ou- Neste mundo em que vivemos, onde tropeça- “subsistência” do estado, melhor dizendo, do dinheiro dos nos- tros é a de fazermo-nos passar por aquilo que não mos a cada momento (talvez mais do que seria de- sos impostos que depois fazem falta para outras necessidades. somos, sobretudo, quando se quer dar uma boa im- sejável) em gente que usa mais da manha do que da Por isso é uma questão de equidade fiscal acabar com essas isen- pressão à custa do engano e talvez da mentira. Com sabedoria, será importante não se deixa ludibriar ções e fundações que se alimentam do erário público como san- alguma facilidade podemos ver gente a apresentar- com roupas aparentemente de marca – talvez se- guessugas se alimentam de sangue alheio; estão aqui os dinhei- -se como "doutor" (sendo um mero licenciado), por jam antes de contrafação – subtilmente arranja- ros para dar a quem anda atrás do tempo perdido. Toda a greve "mestre" (mesmo à boleia do dito "processo de Bo- das e perfumadas, induzindo em erro e engano os é justa, democrática e compreendida pela sociedade portuguesa; lonha") ou por "engenheiro" (quando só passou pe- mais incautos… Todos os cuidados serão poucos e as quando essa greve luta, não por aumentos salariais, mas pela re- la escola apenas de raspão)… Torna-se uma patra- prudências nunca serão em excesso, pois há gente cuperação do tempo que é seu, que lhe pertence por direito mo- nha sublimar neste país, onde se quer fazer valer que nada vale, mas se insinua; há gente que pouco ral e constitucional, torna-se mais que justa, torna-se justa e ga- as pessoas pelos graus de estudos e não pela corre- presta e se acha imprescindível; há gente sem valor nha a forma de dignidade; quem não defende o que é seu perde ta aquisição de conhecimentos, que deveriam ser moral que facilmente pretende dar lições aos ou- o respeito por si mesmo e não merece o respeito de ninguém; cultura a sério, sábia e séria. tros, mas não as colhe para si… concordar com o esbulho, é como se estivéssemos a ser roubados De facto há expetativas atendidas, outras que e ajudar o ladrão a levar ainda mais. Só num estado totalitário é = Em tempos não muito recuados era habitual são defraudadas e tantas outras imerecidas. Verda- que tudo, trabalhadores, tempo e trabalho, pertencem ao estado. ver, no endosso dos cheques a emitir, alguma re- de, precisa-se. Não é esse o caso português, pelo menos até ver. 25.06.18 / SEGUNDA-FEIRA / Publicidade / DIÁRIO DO MINHO 03 www.diariodominho.pt 04 DIÁRIO DO MINHO / SEGUNDA-FEIRA / 25.06.18 www.diariodominho.pt hoje D.

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