INVENTÁRIO QUALITATIVO E QUANTITATIVO DA FAUNA E FLORA DA ÁREA DE INUNDAÇÃO DO RESERVATÓRIO DE TAIAÇUPEBA SUZANO/SP 2010 1 INVENTÁRIO QUALITATIVO E QUANTITATIVO DA FAUNA E FLORA DA ÁREA DE INUNDAÇÃO DO RESERVATÓRIO DE TAIAÇUPEBA APRESENTAÇÃO Este documento apresenta o INVENTÁRIO QUALITATIVO E QUANTITATIVO DA FLORA E FAUNA do reservatório de Taiaçupeba, localizado nos municípios de Suzano e Mogi das Cruzes. O reservatório de Taiaçupeba está localizado nos municípios de Mogi das Cruzes e Suzano, há 23° 34‘ S e 46° 17‘ W (Cetesb, 2003) e a uma altitude e de 739,42m acima do nível do mar. Possui um clima caracterizado como temperado, cuja temperatura varia de 4 a 36 graus e a sua temperatura media é de 20 graus centígrados. Os índices pluviométricos possuem médias que variam de 1.800 a 2.200 mm (Macedo et al., 2005). O levantamento e estudos de fauna contemplam: Levantamento qualitativo e quantitativo; fauna diurna e noturna; fauna residente e transitória; espécies em extinção; espécies passíveis de resgate; levantamento de impactos e caracterização da fauna. Em relação à flora as seguintes informações foram obtidas: Inventário florístico; levantamento de exemplares arbóreos; espécies em extinção; levantamento de impactos; caracterização da tipologia vegetal e inventário. EMPRESA RESPONSÁVEL PELO PROJETO RAZÃO SOCIAL: H2O AMBIENTAL LTDA EPP CNPJ: 03.918.854/0001-40 ENDEREÇO: Rua Inês Novelli de Almeida, 17, CEP 13.313-700, Itú, Estado de São Paulo TELEFONE: (15) 32325619 E-MAIL: [email protected] RESPONSÁVEL: Prof. Dr. Welber Senteio Smith 2 EQUIPE TÉCNICA Coordenador: Biol. Prof. Dr. Welber Senteio Smith CRBio: 23134/01-D CTF: 267092 Botânica: Biola. Profa. Msc. Gislene Batista Albuquerque CRBio: 23122/01-D Mastofauna: Biol. Valquíria Rodrigues de Oliveira Pires CRBio: 68438/01-D CTF: 2516735 Mastofauna: Biol. Alexandro Salazar Portela CRBio: 74003/01-P CTF: 3956740 Ornitofauna: Biol. Msc. Marcelo Tonini CRBio: 39817/01D CTF: 1801557 Herpetofauna: Biol. Paulo Tadeu Matheus de Camargo CRBio: 74003/01-P CTF: 5015839 Herpetofauna: Biol. Marcos Paulo Seabra CTF: 2421096 Ictiologia: Biol. Prof. Dr. Welber Senteio Smith CRBio: 23134/01-D CTF: 267092 3 Estagiários: Edna Maria Cardoso de Oliveira, Mauricio de Proença Carvalho, Thayrine Cristine Santos do Amaral, Anderson Dalmolin Arsentales, Renata Cassemiro Biagioni, Nayara Lamberti, Gerson Soares Jr e Matheus Ildefonso Arruda 4 SUMÁRIO Pág. 1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 07 1.1. Estudos Florísticos.......................................................................................................... 10 1.2 Estudos Faunísticos.......................................................................................................... 11 2. OBJETIVOS....................................................................................................................... 17 3. CARACTERIZAÇÃO DA BACIA DE DRENAGEM DO RESERVATÓRIO DE TAIAÇUPEBA........................................................................................................................ 18 4. A PAISAGEM NATURAL REMANESCENTE............................................................. 22 5. USOS DO SOLO................................................................................................................ 24 6. MATERIAL E MÉTODOS............................................................................................... 33 6.1 Flora................................................................................................................................... 35 6.2 Fauna................................................................................................................................. 44 7. RESULTADOS................................................................................................................... 54 7.1 LEVANTAMENTO DE IMPACTOS NA ÁREA DE ESTUDO................................. 54 7.2 LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO DA VEGETAÇÃO PRESENTE NA ÁREA DE ESTUDO............................................................................................................... 57 7.3 FLORA.............................................................................................................................. 64 8. FAUNA................................................................................................................................ 111 8.1 INVENTÁRIO FAUNÍSTICO COM BASE EM INFORMAÇÕES JÁ EXISTENTES ........................................................................................................................ 111 5 8.1.1 Ictiofauna....................................................................................................................... 111 8.1.2 Herpetofauna................................................................................................................. 115 8.1.3 Avifauna......................................................................................................................... 116 8.1.4 Mastofauna..................................................................................................................... 117 8.2 Levantamento qualitativo e quantitativo da fauna....................................................... 118 8.2.1 Ictiofauna....................................................................................................................... 118 8.2.2 Herpetofauna................................................................................................................. 126 8.2.3 Avifauna......................................................................................................................... 137 8.2.4 Mastofauna..................................................................................................................... 144 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................. 156 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................... 159 6 1. INTRODUÇÃO Fatores antropogênicos podem ter grandes impactos sobre o funcionamento e a estabilidade de ecossistemas, os quais são refletidos em alterações na biodiversidade. A construção de grandes reservatórios ou lagos artificiais para geração de energia hidroelétrica, irrigação, controle de inundação ou abastecimento de água potável são um dos mais dramáticos e amplamente distribuídos impactos antropogênicos sobre a fauna e a flora, pois os reservatórios desestabilizam o meio aquático por um longo período de tempo, com profundas implicações para a fauna aquática da área afetada. Há um consenso geral de substituição de espécies reofílicas (espécies características de habitats com água corrente) por espécies limnofílicas (espécies características de habitats com água estagnada), com alterações na composição de espécies de zooplâncton, zoobentos e peixes. O gerenciamento, conservação e recuperação dos ecossistemas aquáticos, como os reservatórios é, de importância fundamental com reflexos na economia, na área social e nos usos múltiplos. Este gerenciamento é muito complexo, dependendo de uma forte base de dados e de desenvolvimento de mecanismos de transferência do conhecimento científico básico para a aplicação. Como há grandes diferenças geomorfológicas, ecológicas e antropológicas nas várias latitudes no Brasil, esta ação torna-se evidentemente mais complexa, pois depende de uma base local ou regional de dados e informações científicas compatíveis, com os sistemas regionais (IPEF, 1992). A exploração dos recursos hídricos para produção de energia, biomassa e irrigação, suprimento da água para os grandes centros urbanos demanda uma forte articulação entre a base de pesquisa e conhecimento científico acumulado, e as ações de gerenciamento e engenharia. Sem esta articulação que leve em conta qualidade e quantidade de água, muito pouco avanço conceitual pode ser realizado. Além disso, é preciso levar em conta não somente o sistema aquático, mas a bacia hidrográfica na qual ele se insere e os usos desta unidade-bacia-hidrográfica-rio-lago ou reservatório. Sem este conceito há pouca probabilidade de um gerenciamento efetivo do sistema. O processo de desmatamento nos trópicos e a fragmentação das formações florestais têm levado a vias de extinção muitas espécies vegetais e animais, processo esse acompanhado de uma 7 drástica redução na quantidade e qualidade da água para fins de abastecimento. A drástica redução das matas ciliares e a fragmentação das florestas em geral verificadas nos últimos anos no Brasil têm causado aumento significativo dos processos de erosão dos solos, com prejuízos à hidrologia regional e evidente redução da biodiversidade. A severa pressão exercida pelo desmatamento nestas áreas está ligada à expansão da agricultura e das pastagens, além da implantação de agroindústrias e da construção de grandes empreendimentos, principalmente em áreas com forte pressão da expansão populacional e desenvolvimento, como no caso da bacia de drenagem do reservatório de Taiaçupeba. Ao mesmo tempo, nas áreas mais populosas do Brasil, as matas ciliares foram reduzidas drasticamente e, quando presentes, estão em geral bastante perturbadas. Como não bastasse os inúmeros impactos gerados pelo reservatório desde a sua construção e depois a sua operação e a devastação de sua APP ocasiona a perda da zona tampão entre sistemas terrestres e aquáticos, aumento do material particular em suspensão na água, perda de florestas
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