Ilhas Sem Pio Obra Arranca No Início a Obra Pode Concre- As Suas Próprias Teorias a Res- Do Próximo Ano

Ilhas Sem Pio Obra Arranca No Início a Obra Pode Concre- As Suas Próprias Teorias a Res- Do Próximo Ano

C M Y K FUNDADO EM 1946 diarioin sularwww.diarioinsular.com QUINTA-FEIRA 13.SET.07 DIRECTOR JOSÉ LOURENÇO | Jornal Diário | Terceira - Açores | Ano LXI | N.º 18834 | PREÇO 0,55 EUROS PRIMEIRA COLUNA REVELA PRESIDENTE DO MUNICÍPIO Angra do Heroísmo pode vir a ter novo mercado Angra do Heroísmo do será construído pode vir a ter um no mesmo sítio que o novo mercado, cons- actual e contará com truído através de uma três pisos, sendo um parceria publico-pri- deles um parque sub- vada, avança o presi- terrâneo com capa- Os McCann dente do município, cidade para 120 via- O país virou do avesso com José Pedro Cardoso. turas. Outra das no- o desenrolar da investigação a respeito do desaparecimen- Se o projecto for em vidades é um restau- to da pequena Madeleine. O frente, o novo merca- rante. |05 circo mediático à volta do caso é planetário, as televi- sões não falam de outra coisa em telejornais, debates, pro- INICIATIVA DO IAC gramas especiais; os jornais ocupam páginas seguidas Cinema alternativo com os mais mirabolantes detalhes. Um fartote - dizem em exibição na Terceira uns; uma vergonha - dizem outros; é ainda pouco - di- Um total de 15 filmes rio do Ramo Grande. zem alguns. direccionados espe- O segundo ciclo de Será que a comunicação social está, neste caso par- cialmente aos aman- “Cinema Alternati- ticular, a responder exacta- tes da sétima arte es- vo”, promovido pelo mente ao que a opinião pú- blica exige; ou, será que é a tará em exibição, de IAC, visa oferecer ci- comunicação social a criar a 15 de Setembro a nema de qualidade e necessidade desse consumo que, depois, não faz mais do 22 de Dezembro, no alternativo ao circui- que alimentá-lo. Centro Cultural de to comercial na ilha Seja qual for a resposta, a verdade é que o caso está a Angra e no Auditó- Terceira. |04 ocupar as nossas vidas por inteiro. Assistimos, um des- tes dias, em Lisboa, à seguin- GOVERNO REGIONAL PROMETE te cena: num muito pequeno restaurante frequentado pela Cais e pista da Graciosa classe média/alta, de dezas- seis lugares sentados e onde vão ser ampliados se descortinam as conversas de uns e outros, à excepção O Governo Regio- ainda com a amplia- de nós mesmos que faláva- mos com os nossos botões, AVARIA EM S. MIGUEL CORTA COMUNICAÇÕES NO GRUPO CENTRAL nal anunciou, ontem, ção da pista do aeró- uma mesa ao lado dissertava a ampliação do cais dromo da ilha bran- sobre as virtudes do vinho e da água e o resto falava do acostável do por- ca. O chefe do exe- caso dos pais de Madeleine. to da Graciosa, cuja cutivo adiantou que Falavam das opiniões dos comentadores e arriscavam Ilhas sem pio obra arranca no início a obra pode concre- as suas próprias teorias a res- do próximo ano. Na tizar-se na segunda peito do caso. Durante duas horas, telemóveis, telefones e sistemas infor- O monstro que pode ser (é) ocasião, Carlos Cé- metade da próxima a comunicação social, ali- máticos não funcionaram nas ilhas do Grupo Central. |03 sar comprometeu-se legislatura. |03 menta-se do monstro que é (pode ser) a opinião pública. O desaparecimento de uma criança é algo dramático para qualquer um. Todos os PUBLICIDADE dias, infelizmente, desapa- recem milhares de crianças. Por que razão esta é que só esta é que absorve integral- mente a nossa atenção? E o resto das nossas vidas, do país, da Europa, do mundo? Da política, da economia, da segurança, da inflação, do emprego, dos salários, das obras, do ensino...? As televisões, os jornais têm culpa, mas são o mons- tro que nós criámos que se alimenta do monstro que nós somos. Até acordarmos! 02 OPINIÃO diarioinsular QUINTA-FEIRA | 13.SET.07 Carta de S. Miguel Tempo GUSTAVO MOURA de graças O lóbi que falta É pela graça destes dias que o Senhor nos concede em tempo de vida que, ano após ano, unidos pela aos Açores fé, de todos os pontos da ilha, sós ou em grupo de homens, mulheres, crianças, amigos ou familiares, de A sua última edição, o se- reduzindo drasticamente os investimentos era, sempre, “Populorum Progessio” e manário “Expresso” publica efeitos condicionantes da um dos pontos da agenda “Gaudium et Spes” defen- dia e de noite, cada um trajando como melhor se uma entrevista com o Eng.º. distância e isolamento, vie- das visitas. Pela mesma época, de-se que “o privilégio da Hélder Fragueiro Antunes, ram criar novas condições acompanhamos, em alguns propriedade não é o direito sente, percorrendo distâncias maiores ou menores, natural de Angra do Hero- para minimizar, mas nunca casos muito de perto, projec- de acumular e de excluir os ísmo e desde os dez anos de ultrapassar totalmente, não tos de investimento que não outros dos bens e dos seus mas caminhando com um único objectivo, chegar idade residente na Califórnia, percamos o sentido das alcançaram sucesso. Promes- frutos; é só o direito de assumir sendo, actualmente, respon- realidades, essas limitações. sas de ajudas e realizações a responsabilidade de servir ao Santuário de Nossa Senhora dos Milagres, na sável pela área de segurança E o actual Governo dos nunca faltaram. Mas por as necessidades pessoais e de uma empresa líder mun- Açores parece ter compre- aí se quedaram. Quer dos comunitárias, mediante a boa freguesia da Serreta. dial, na sua especialidade, no endido esses novos cami- promitentes investidores administração dos próprios mercado da informática, a nhos, apoiando, como nunca quer das autoridades regio- bens”. “Cisco Systems”. antes sucedera, as áreas nais. Muito poucos, mesmo A ambição do domínio e E trazemos a esta nossa tecnológicas e a cooperação muito poucos, alcançaram o abuso do poder, ao serviço crónica semanal a figura e exterior. sucesso. Porque, em todos de objectivos menos claros, JOSÉ GABRIEL OLIVEIRA o Paraíso do regalado viver as declarações de Hélder Nos primeiros anos do os casos de insucesso e no poderá distorcer estes alimentando-se assim o infer- Antunes por duas razões. A Governo dos Açores, muitas nosso entender, faltaram princípios. Por isso, há que no do Mundo e da vida onde primeira, para divulgar e su- iniciativas procuraram trazer “os contactos com as pessoas os ter em conta quando es- É realmente o que mais predomina a ganância humana blinhar a capacidade técnica aos Açores novas actividades certas” como o Eng. Hélder tão em jogo entendimentos precisamos, pois o que menos e a paz do povos só é possível de um açoriano, na defesa económicas, quase sempre Antunes, preconiza e consi- pessoais ligados a linhas de falta para aí são desgraças às pela voz das armas. do princípio, que sempre tendo em vista uma situação dera essencial para o êxito actuação gregárias e projec- quais nos habituamos como Desafiam-se as leis da suportamos, de que somos geográfica ímpar conside- de um empreendimento. E o tos de interesse colectivo fazendo parte de nós próprios natureza, que, saturadas, dão tão bons como os melho- rada primordial, no centro engenheiro terceirense que e fortemente influentes na e deste Mundo de pecados sinais de mudança e degra- res, o que nos falta são as das linhas de comunicação circula nos mais altos meios vida comunitária. e pecadores. De matéria ra- dação, que catastroficamente condições de aprendizagem marítima mais importantes. das novas tecnologias, rema- O chamado projecto do cional que somos há que dar podem alterar a vida terrena. e aperfeiçoamento das po- Todas falharam, por razões ta nas suas declarações ao “Hotel dos Franceses”, as graças por nos mantermos em Preocupados já vivem os tencialidades que temos. A diversas que agora não vale “Expresso”, “ todos os negócios salinas ou a fábrica de ven- equilíbrio diário, civilizado e Deuses de carne e osso, dos segunda razão, mostrar os a pena detalhar. Mas não acontecem, aqui, (referindo- toinhas que alegados inte- sociável com todos com quem saberes e dos poderes com o caminhos que o Eng.º. Hélder devem ser esquecidas, pois se à Califórnia) por via dos resses chineses projectavam convivemos, amigos, colegas aquecimento global, o degelo Antunes, com a sua com- continuam a ser lição para mecanismos formais de lóbi. A para Santa Maria e, agora, o de trabalho, familiares e toda dos Pólos e a subida das águas provada experiência, indica o futuro. visitinha a uma pessoa, até é abandono dos irlandeses no a sociedade em geral. dos oceanos, mesmo que como os mais viáveis para E uma das falhas terá sido possível, por cortesia, mas não projecto “Verdegolfe” são Para as aflições da vida, fujamos para as montanhas, se conseguirem parcerias de a constante recusa da cons- é o caminho eficaz.” situações que poderiam ter dores do corpo e da alma o acomodamento e percurso interesse para o desenvolvi- tituição de um lóbi açoriano A mais eficaz alavanca do sido evitadas se, como defen- que tantas vezes e inesperada- por entre água e fogo será, mento das nossas ilhas. que permitisse, como afirma desenvolvimento é o lucro, de o Engº. Hélder Antunes, o mente nos surpreendem sem sem dúvida, desastroso. A área das novas tecno- o Eng. Hélder Antunes, que que à luz da doutrina cristã Governo dos Açores tivesse solução à vista, recorremos Mas cada dia que passa é logias é, julgamos que não os projectos açorianos “te- tem como objectivo o bem quem “funcionasse em arti- à Graça Divina, num com- mais um dia com princípio e haverá dúvidas a esse res- nham acesso a quem decide comum. E o fracasso de al- culação com as autoridades promisso de promessa que é com fim no tempo e na vida peito, uma das que melhores e influencia”.

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