UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE HISTÓRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA ADÉRITO SCHNEIDER ALENCAR E TÁVORA A dama do Cine Shangai: um filme noir no limbo da história do cinema brasileiro GOIÂNIA 2019 ADÉRITO SCHNEIDER ALENCAR E TÁVORA A dama do Cine Shangai: um filme noir no limbo da história do cinema brasileiro Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Goiás como requisito para obtenção do grau de Doutor em História. Área de concentração: Ideias, saberes e escritas da (e na) história. Orientador: Prof. Dr. Cristiano Pereira Alencar Arrais. GOIÂNIA 2019 Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte. AGRADECIMENTOS Esta tese é fruto de ao menos quatro anos e meio de pesquisa, contando etapas de realização de projeto, preparação para o processo seletivo e a realização do doutorado, propriamente. Por isso, aproveito este espaço para agradecer a algumas pessoas que direta ou indiretamente contribuíram para o resultado aqui apresentado. Primeiramente (e especialmente) agradeço, com muito amor e carinho, a Fernanda Marra, companheira, esposa, namorada, amiga e pessoa que mais de perto tem caminhado, lado a lado, nesta trajetória: de vida, de trabalho, de academia, de pesquisa e tudo mais. (Te amo!) Agradeço ao João, pessoa muito especial em minha vida e que está presente nisto aqui e tudo mais, sempre. Agradeço a Iara, bicho-gente, gatinha do coração, muitas vezes literalmente do meu lado durante o processo de pesquisa e escrita. Agradeço imensamente ao orientador Prof. Dr. Cristiano Arrais (UFG), que acreditou neste projeto e topou encarar junto este desafio, sempre de forma ética e profissional. Agradeço com enorme carinho a Profª. Drª. Ana Lúcia Vilela (UFG), que me orientou no mestrado e que, desde então, tem feito parte da minha vida acadêmica de forma especial, acompanhando de perto minha trajetória e, particularmente, este trabalho, aceitando compor as bancas de qualificação e defesa. Agradeço ao Prof. Dr. Ademiz Luiz (UEG), que também tem acompanhado parte de minha trajetória acadêmica e profissional e também aceitou compor bancas de qualificação e defesa. Agradeço aos demais colegas que aceitaram compor a banca de defesa: Prof. Dr. Daniel Caetano (UFF), que muitas vezes me auxiliou nesta trajetória como pesquisador em cinema e que é prova viva de que as redes sociais também têm boas funções na vida da gente, e Prof. Dr. Ivan Lima Gomes (UFG), que também contribuiu em outros momentos de minha trajetória acadêmica. Agradeço ainda aos suplentes Prof. Dr. Roberto Abdala Jr. (UFG) e Prof. Rafael Borges (IFG), que também estiveram presentes em minha trajetória acadêmica em outros momentos. Agradeço aos demais docentes, colegas discentes e servidores técnicos do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de História da Universidade Federal de Goiás (PPGH/UFG), assim como às próprias instituições. A UFG faz parte de minha vida de maneira muito especial. Agradeço aos colegas do NUH e, em especial, ao amigo Túlio Queiroz, que inúmeras vezes me auxiliou nesta pesquisa, especialmente no acesso a filmes. Agradeço a minha mãe Lúcia, que sempre apoiou meus estudos e minha vida acadêmica e profissional, e minha irmã Mariana, que sempre torceu pelo meu sucesso. Agradeço aos amigos e colegas de trabalho da Fundação RTVE / TV UFG, que em muito contribuíram em minha formação e também me auxiliariam no processo de realização deste doutorado. Especialmente, agradeço ao Michael Valim e a Vanessa Bandeira, ao Prof. Dr. Juarez Patrício de Oliveira (UFG) e a Profª. Drª. Silvana Coleta (UFG), assim como às colegas Milena Nominato, Aline Leão e Kitia Rubia Oliveira. Sem o apoio de vocês, tudo teria sido mais difícil. Agradeço ao Instituto Federal de Goiás (IFG) e aos colegas do Campus Cidade de Goiás, onde tenho a honra de ser professor do bacharelado em Cinema e Audiovisual e do Ensino Médio. O apoio institucional na reta final foi imprescindível. Agradeço ao Paulo Henrique Silva, presidente da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), que me auxiliou com dados fundamentais a esta pesquisa. Agradeço aos amigos que por vezes me ajudaram com indicações de bibliografias, de filmes, entre outros auxílios. E agradeço especialmente e com muito carinho aos amigos que estiveram mais próximos nesses últimos anos, contribuindo não apenas com indicações bibliográficas e dicas de filmes, mas com (não menos importante) conversas maravilhosas, papo furado, piadas de qualidade duvidosa e cerveja gelada ou taças de vinho: Eugênia, Yani, Manu, Tarsilla, Luiz (obrigado pela ajuda com o resumo e o abstract), Victor, Tom, Thiago e Laiury (vocês foram essenciais). Aos amigos que têm reclamado da minha ausência e/ou distância, peço um pouco (mais) de paciência. (A vida é loka, cabrón!) Agradeço a Luiza Brandino pelo serviço de revisão desta tese. Agradeço a todos que direta ou indiretamente estiveram/estão envolvidos no projeto Cidade Sombria, desdobramento desta pesquisa/tese. (Aprendi muito com vocês.) Agradeço a todos os pesquisadores, escritores, críticos de cinema, cineastas e demais artistas e/ou intelectuais cujas obras passaram por minha vida nestes anos todos. Não tenho receio ou vergonha de dizer que o trabalho de vocês tem me feito uma pessoa melhor a cada dia. (Afinal, o ET Bilu está certo, né?) Finalmente, agradeço a todos que valorizam as artes; a pesquisa científica; os conhecimentos e os saberes; a educação pública, gratuita e de qualidade; que fazem da vida uma prática cotidiana de luta política almejando um mundo melhor para as pessoas e demais espécies; que acreditam na necessidade urgente da extinção (ou ao menos contundente diminuição) das desigualdades e injustiças sociais; que prezam pelas liberdades individuais e coletivas, pelo respeito à diversidade e às diferenças, assim como aos direitos humanos; e que acreditam que a felicidade é um direito de todos. Tenho orgulho de ser professor e de ser pesquisador e, especialmente, tenho orgulho de fazer parte da educação pública brasileira, como docente e como eterno estudante. Não somos os inimigos deste país e deste povo. Tamo junto! ―Que Deus me guarde de completar alguma coisa! Este livro é apenas um esboço – ou melhor, o esboço de um esboço. Ó Tempo, Força, Dinheiro e Paciência!‖ (Ismael) (Herman Melville / Moby Dick) RESUMO SCHNEIDER, A. A dama do Cine Shangai: um filme ‘noir’ no limbo da história do cinema brasileiro. 2019. 357 f. Tese (Doutorado) – Faculdade de História, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2019. A dama do Cine Shangai: um filme ‘noir’ no limbo da história do cinema brasileiro é um trabalho de história do cinema brasileiro que se dedica ao filme A dama do Cine Shangai, do cineasta paulista Guilherme de Almeida Prado, produzido nos anos 1980. A película é uma obra de gênero (noir) e também uma obra pós-moderna ou maneirista. Entretanto, apesar de relativo sucesso e qualidade estética reconhecida, o filme é relegado a um segundo escalão da historiografia do cinema nacional. Assim, a proposta deste trabalho é entender quais os principais motivos que colocam essa obra em um segundo plano do cinema brasileiro. A hipótese central é de que a pesquisa e a crítica de cinema no Brasil tendem a canonizar obras que colocam em foco questões políticas ou sociológicas. Dessa forma, há uma predileção pelo Cinema Novo e pelo Cinema Marginal, assim como por obras da Retomada que de alguma forma dialogam com esses movimentos anteriores. Portanto, nesta pesquisa, realizo uma análise vertical do filme, mas também busco um entendimento do contexto de produção e lançamento da obra, assim como de um panorama geral da história do cinema brasileiro. Além disso, busco compreender os possíveis principais fatores que levam um determinado filme a ser ou não canonizado pela crítica cinematográfica brasileira. Assim, levo em consideração nesta pesquisa tanto a discussão sobre a estética e mise-en-scène moderna e pós-moderna, como o contexto do mercado cinematográfico brasileiro nos anos 1980, com a crise da Embrafilme. Ademais, por tratar-se especialmente de um filme de gênero, A dama do Cine Shangai é analisada levando em consideração também a historicidade do noir. As fontes principais deste trabalho são: o livro 100 melhores filmes brasileiros, da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine); os filmes brasileiros dos anos 1980 presentes nesse cânone; e o próprio filme A dama do Cine Shangai. Palavras-chave: cinema, história, noir, pós-moderno, A dama do Cine Shangai. ABSTRACT SCHNEIDER, A. The lady of Cine Shanghai: a film ‘noir’ in the limbo of the history of Brazilian cinema. 2019. 357 f. Tese (Doutorado) – Faculdade de História, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2019. The lady of Cine Shanghai: a film 'noir' in the limbo of the history of Brazilian cinema is a thesis of history of the Brazilian cinema that is dedicated to the film The lady of Cine Shangai [A dama do Cine Shangai], produced in the 1980s and directed by Guilherme de Almeida Prado, a filmmaker from São Paulo. The film is a noir genre movie and also a postmodern, either mannerist work. However, despite the relative success and a recognized aesthetic quality, the film is relegated to a secondary place in the Brazilian cinema´s historiography. Thus, the purpose of this research is to understand the main reasons that ended to put this work in the background of Brazilian cinema. The central hypothesis is that the researches and film reviews in Brazil tend to canonize works that focus on political or sociological issues. There is a predilection for Cinema Novo and Cinema Marginal, such as for films produced in the ―Retomada‖ period, that somehow dialogue with these previous movements. Therefore, in this research, I perform a vertical analysis of the film, but also seek an understanding of the context of production and launching of the film, as well as a general panorama of the Brazilian cinema´s history.
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