Estética Da Monstruosidade: O Imaginário E a Teratogonia Contemporânea

Estética Da Monstruosidade: O Imaginário E a Teratogonia Contemporânea

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE COMUNICAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO Verônica Guimarães Brandão da Silva Estética da Monstruosidade: O imaginário e a teratogonia contemporânea Brasília, DF 2013 UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE COMUNICAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO Verônica Guimarães Brandão da Silva Estética da Monstruosidade: O imaginário e a teratogonia contemporânea Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Comunicação da Universidade de Brasília/UnB como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre. Orientador: Prof. Dr. Gustavo de Castro e Silva Brasília, DF 2013 Verônica Guimarães Brandão da Silva ESTÉTICA DA MONSTRUOSIDADE: O imaginário e a teratogonia contemporânea Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Comunicação Social da Universidade de Brasília e defendida sob avaliação da Banca Examinadora constituída por: ____________________________________ Prof. Dr. Gustavo de Castro e Silva Orientador ___________________________________ Profª. Drª. Selma Regina Nunes Oliveira Membro Interno ____________________________________ Profª. Drª. Florence Dravet Membro Externo “Para o homem normal, os monstros são, antes de mais nada, formas diferentes dele mesmo” (Claude Kappler) “Existem tantos sacramentos do mal e do bem ao nosso redor, e vivemos e nos movemos, a meu ver, num mundo desconhecido, um lugar onde existem cavernas e sombras e habitantes na penumbra. É possível que o homem às vezes possa voltar atrás no caminho da evolução, e acredito que um conhecimento terrível ainda não está morto” (Arthur Machen) “Digo de bom grado “Salve!” para os poderes impressionantes e desconhecidos que estão além do alcance da compreensão. (...) por trás de todas as explicações existe uma natureza vasta, potente e viva, inexaurível e sublime, que não se pode elucidar” (Ralph Waldo Emerson) Dedico este trabalho ao homem que não escreveu um livro e nem plantou uma árvore, mas fez filhos (galhos) apreciadores de livros. Obrigada José Brandão (sempre presente). AGRADECIMENTOS Agradeço a Universidade de Brasília por todas as amplidões mentais e locais. Ao Programa de Apoio aos Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI). Ao Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Comunicação da UnB. Ao meu Orientador, Prof. Dr. Gustavo de Castro (um daemon), pelo olhar atento e conversas inspiradoras pelos devaneios do mundo. As Professoras Doutoras Selma Regina Nunes Oliveira e Florence Dravet (umas daimons inspiradoras). A todos os professores que por mim circularam, pelas aulas do mestrado. A minha mãe, força inspiradora e amor incondicional. Aos meus irmãos queridos e presentes. Especialmente, Rogers, Magnus e Leonardo. Ao meu padrinho-irmão, Robson G. Brandão pela força e carinho (eterno). A risonha e companheira de caminhos tortuosos, Lúcia Angélica (Joaninha). Ao amor que acompanha em silêncio e atentamente, Anderson Bautz. A m o “ ã PPG-FA ”: Am Ou of o, D Marinho, Júlia Zamboni e Patrícia Colmenero. A todos os que me enviaram pdf’s, torrent’s, imagens, links, livros, dicas e afins. Foi lindo e ajudou bastante. Aos amigos presentes e ausentes. Nunca os esqueço. As madrugadas viradas com as corujas (eram várias). A todos os filmes de horror/terror. E, finalmente, agradeço aos monstros que todos criamos quando resolvemos imaginar. RESUMO A humanidade cria monstros de seus medos, ansiedades, males e imaginação. As pessoas tem utilizado o medo como uma ferramenta para entreter. Contos de monstruosidades estão conosco desde o início dos tempos. Os monstros são parte das tradições de cada povo e folclore, quer em torno de uma fogueira pré-histórica ou projetado em uma ampla tela com som digital para as audiências do século 21. Buscamos, na Estética da Monstruosidade, pensar o monstro como uma descrição visual da imaginação e da estética. Palavras-chave: Imagem, Mídia, Estética, Monstros, Imaginário. ABSTRACT Mankind creates monsters from your fears, anxieties, ills and imagination. People have a long used fear as a tool to entertain. Tales of monstrosities have been with us since the dawn of m . Th mo p of y p op ’ o fo k o , wh her told around a campfire prehistoric or projected on a wide screen with digital sound for 21st-century audiences. We seek, in Aesthetics of the Monstrosity, to think the monster as a descriptive visual record of imagination and aesthetics. Keywords: Image, Media, Aesthetics, Monsters, Imaginary. SUMÁRIO PREÂMBULO...............................................................................................................12 INTRODUÇÃO..............................................................................................................14 TERATOICONOGRAFIA-TERATOMIDIOGRAFIA............................................26 PARTE 1: CONVITE À MONSTRUOSIDADE 1. Chamando todos os Monstros................................................................................26 PARTE 2: MONSTROS NA ANTIGUIDADE ORIENTAL 2. O medo e a monstruosidade no Egito Antigo.......................................................35 2.1 Os demônios andam eretos.................................................................................36 2.1.1 O Panteão egípcio dos seres híbridos.........................................................39 2.1.2 As práticas mágicas para afastar demônios no Antigo Egito.....................46 2.2 Monstros na Mesopotâmia................................................................................52 2.2.1 Cultura e Mitos Sumerianos....................................................................53 2.2.1.1 As hierofonias sumerianas, a humanidade barulhenta e o dilúvio.......57 2.2.1.2 Os espíritos e os deuses inferiores........................................................61 2.2.2.3 O deus da magia e os deuses de curas/doenças...................................63 2.2.2 Cultura e mitos acádios............................................................................64 2.2.2.1 Na morte somos iguais..........................................................................69 2.2.3 Cultura e Mitos da Antiga Babilônia.....................................................70 2.2.3.1 Enuma Elish, Tiamat, caos e monstruosas criaturas...........................71 2.2.3.2 Espíritos Malignos Babilônicos............................................................78 2.2.4 Cultura e Mitos Assírios..........................................................................80 2.2.4.1 Práticas mágicas, amuletos e demônios assírios..................................84 2.2.5 Cultura e Mitos Neobabilônicos.............................................................89 2.2.5.1 Práticas divinatórias, astrologia e licantropia.....................................90 2.2.6 Cultura e mitos do Império Persa...........................................................95 2.2.6.1 Zoroastrismo: assim falou o bem e o mal...........................................97 2.2.6.2 O Bom, o Mau e o Homem com seu Boi...........................................99 2.2.6.3 Da morte, a vida nasce...................................................................103 2.2.7 Civilização Fenícia, prostituição e o sacrifício infantil..........................105 PARTE 3: MONSTROS NA ANTIGUIDADE OCIDENTAL OU CLÁSSICA 3. Beleza disforme de seres monstruosos..................................................................110 3.1 De daemons e raças.............................................................................................112 3.1.1 De feios e de monstros na Grécia antiga......................................................116 PARTE 4: MONSTRUOSIDADE NA IDADE MÉDIA 4. Com o Diabo no corpo e na mente........................................................................130 4.1 O começo do fim.................................................................................................132 4.2 A sociedade feudal, nem o diabo queria..............................................................136 4.3 O cara mais underground, a Inquisição e os heréticos.......................................139 4.4 Inquisição e ferramentas de tortura....................................................................144 4.5 P N g , ux Jo ’A .....................................................................154 4.6 O Diabo como Diabo e Deus como Deus...........................................................160 4.7 Os Bestiários.......................................................................................................161 4.8 Deixando toda a esperança para trás...................................................................164 4.9 Histórias fantásticas e seus monstros maravilhosos.............................................167 TERATOMIDIOGRAFIA MODERNA PARTE 5: MONSTROS NA IDADE MODERNA 5. Voltando do Além..................................................................................................170 5.1 O grotesco e a imagem da angústia.....................................................................171 5.2 De Reformas Protestantes e Monstros................................................................174 5.3 O “E um z” mo z ou o Lobo u om h p uz ho................176 5.4 O horror inspirador da literatura gótica...............................................................178 5.5 O sonho de uma jovem gera um monstro.............................................................180 5.5.1 A rã, os enforcados e a eletricidade..............................................................183 5.5.2 Frankenstein: um escândalo epistemológico.................................................187

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