![A Cena Musical, Seus Agentes, Espaços E Relações Com As Inovações Digitais Entre 2005 E 2019](https://data.docslib.org/img/3a60ab92a6e30910dab9bd827208bcff-1.webp)
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ PAULO AFONSO CHAVES MACAN ROCK EM CURITIBA: A CENA MUSICAL, SEUS AGENTES, ESPAÇOS E RELAÇÕES COM AS INOVAÇÕES DIGITAIS ENTRE 2005 E 2019 CURITIBA 2020 PAULO AFONSO CHAVES MACAN ROCK EM CURITIBA: A CENA MUSICAL, SEUS AGENTES, ESPAÇOS E RELAÇÕES COM AS INOVAÇÕES DIGITAIS ENTRE 2005 E 2019 Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Música, linha de pesquisa Musicologia Histórica e Etnomusicologia do curso de Pós- Graduação em Música, Setor de Artes, Comunicação e Design, Universidade Federal do Paraná. Orientador: Prof. Dr. Edwin Ricardo Pitre-Vásquez CURITIBA 2020 Catalogação na publicação Sistema de Bibliotecas UFPR Biblioteca de Artes, Comunicação e Design/Batel (Elaborado por: Karolayne Costa Rodrigues de Lima CRB 9/1638) Macan, Paulo Afonso Chaves Rock em Curitiba: a cena musical, seus agentes, espaços, e relações com as inovações digitais entre 2005 e 2019 / Paulo Afonso Chaves Macan. – Curitiba, 2020. 295 f.: il. color. Orientador: Prof. Dr. Edwin Ricardo Pitre-Vásquez. Dissertação (mestrado em Música) – Universidade Federal do Paraná, Setor de Artes, Comunicação e Design, Programa de Pós-Graduação em Música. 1. Rock – Curitiba – História e crítica. 2. Etnomusicologia – Curitiba (PR). 3. Música – Aspectos tecnológicos. I.Título. CDD 781.66 Dedicatória Dedico este trabalho a todos os músicos de Curitiba. Àqueles que estão iniciando os estudos em seus instrumentos, aos que ensaiam até tarde, aos músicos que nos fins de semana trocam a companhia dos amigos ou da família por viagens a trabalho, àqueles que ao invés de se preocupar em comprar um carro novo, preocupam-se com o próximo equipamento a adquirir. Eu dedico este trabalho aos que não desistiram da música por causa da velha pressão de que “a música não dá dinheiro”. Dedico também aos que desistiram, pois sei o quão difícil é, e seria hipócrita de minha parte dizer que eu mesmo nunca pensei, e ainda penso, às vezes, em desistir. Este trabalho é para os que compõem até tarde, para os que viram madrugadas tirando músicas e acordam cedo no dia seguinte para ir trabalhar em outro emprego. Para os colegas que precisam esconder a guitarra nova da esposa, ou mentir o valor que pagaram, evitando assim discussões motivadas por uma irracionalidade – movida pela paixão e fantasia incontroláveis que compõem o fazer musical. Este trabalho é para os músicos que ficam no quarto fazendo vídeos para o Instagram, mas é também pra aqueles que sobem várias vezes no palco, muitas das quais entretém um público que está mais preocupado com a TV, onde passa o futebol ou o UFC. É para aqueles que se revoltam a cada show com o cachê, mas tornam a tocar no mesmo lugar de novo e de novo. É para todos os que amam e vivem intensamente a música. Agradecimentos Eu agradeço em primeiro lugar à minha avó Tereza Macan, ao meu avô Vergolino José Macan, minha tia Cristiane Poerner Chaves e à minha avó Suely Ana Poerner, igualmente a cada um deles por me ensinarem o significado de família. Agradeço à minha nação por me proporcionar o estudo gratuito durante oito anos. À Universidade Federal do Paraná e todos os professores do curso de Música pelo ensino. À Coordenação de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pelo incentivo enorme que foi a possibilidade de eu estudar com bolsa de mestrado. Ressalto que, sem a bolsa, eu não teria tempo de estudar nem produzir a coleta e análise de dados enorme que demandou esta pesquisa, pois estaria usando este tempo de estudo para conseguir mais dinheiro para sobreviver. Agradeço ao Grupo de Pesquisa em Etnomusicologia da UFPR (GRUPETNO) por todas as discussões e suporte com bibliografias e orientações, sem o qual este trabalho não se realizaria. Meu muito obrigado ao meu orientador e amigo Professor Dr. Edwin Ricardo Pitre- Vásquez pela autonomia e confiança que me foi dada e pela sua receptividade e colaboração com minha pesquisa além da compreensão com minhas atividades musicais intensas fora da universidade. Agradeço à professora Luzia Aparecida pelas correções e dicas no projeto que originou este estudo. Aos professores Eduardo Paiva, pelos apontamentos em meu questionário para esta pesquisa, e Simone Pereira de Sá por me indicar textos sobre cenas. Agradeço aos colegas de GRUPETNO Julio Borba e Luciano Candemil pelo compartilhamento de referências e troca de ideias para pesquisas musicais e extramusicais. Agradeço ao Cainã Alves pela sempre solícita atuação como representante discente. Aos amigos pesquisadores do UFPRock Celso Costa Segundo e Felipe Estivalet pela troca muito produtiva de referências e pelo sincero interesse em contribuir com a pesquisa. Meu agradecimento aos entrevistados deste trabalho Manoel Neto, André Hernandes, Alvaro Ramos, Ivan Junior, Rodriggo Vivasz, Cyro Ridal, Zé Rodrigo e todos os que empreenderam seu tempo respondendo o questionário online deste estudo. Agradeço a meus amigos Daniel Nunes, Sandro Tissot, Saulo Trada, Gilson Mocellin, Marcelo Grobb, Juliano Mildemberg e Rodrigo Schwartz, que têm me proporcionado viver intensamente a profissão de músico, tanto em Curitiba como pelos inúmeros lugares que já estivemos juntos e a meu amigo e professor Luca Barros, pelas tão eficientes lições de inglês. Por fim, agradeço à sabedoria suprema, que me colocou no tempo e espaço para desfrutar do privilégio de ser quem eu sou e estar onde estou. “Há quase meio século uma eletrificada mistura espalhou-se pelo mundo contagiando em cheio a juventude. Chocando gerações, questionando instituições e mudando comportamentos. Rebelde, vibrou forte pelos autofalantes, invadiu ouvidos, assaltou cérebros e criou mitos. Instituído, criou novas modas atitudes e concepções. A isto chamou-se rock’n’roll, cultura bizarra, barulhento circo sonoro, indústria de lucro e prejuízo, negócio sujo, divertido produto de entretenimento que se transformou na principal manifestação de arte pop do século e a trilha sonora do fim dos tempos. Rock’n’roll, fútil forma de arte, descartável, volátil e bastarda como toda arte moderna. Nunca se contaram histórias tão boas em volume tão alto. Apenas rock’n’roll no volume máximo [...]” (Pedro do Rosário) RESUMO O presente estudo concentra-se na área de Etnomusicologia com abordagens em Comunicação e tratará do tema cena musical rock independente na cidade de Curitiba, do ano de 2005 à atualidade. A pesquisa partirá de uma lacuna deixada pelo meu Trabalho de Conclusão de Curso relacionada às problemáticas levantadas no artigo A Cena Musical em Curitiba: a partir do acervo do programa Ciclojam entre 1996 e 2005, apresentado no 40º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, o Intercom 2017. Tais estudos deixaram questões em aberto sobre a realidade atual das manifestações musicais rock da capital paranaense, que diz respeito ao contexto de democratização do acesso às redes de informação digital, principalmente a partir de 2005, com o desenvolvimento de diversos sites de redes sociais e da maior possibilidade de compartilhamento de multimídias relacionadas à música. Uma das principais problemáticas levantadas no estudo anterior foi que vários músicos curitibanos não reconheciam uma cena musical na cidade, o que gerou a necessidade no presente trabalho de um melhor delineamento do conceito de cena musical, a fim de esclarecer este termo segundo a perspectiva acadêmica e diferenciá-lo de outras significações atribuídas comumente na sociedade. Desta forma, partindo do resultado do estudo anterior, em que se argumenta a existência da cena musical rock na capital e discute-se suas características e conflitos, este trabalho buscará investigar se o uso das tecnologias digitais online pelos profissionais de música interferiu na cena musical rock curitibana após o ano de 2005, quando se encerra o recorte do estudo prévio e se inicia o do atual trabalho. Primeiramente, a fim de comparação, a presente investigação utilizará os dados coletados anteriormente no acervo do programa de rádio e TV Ciclojam (1996-2005) e uma etnografia atual nos ambientes da cena musical rock de Curitiba. Além disso, são realizadas entrevistas presenciais com profissionais do entretenimento noturno curitibano, um questionário online com seções quantitativas e qualitativas em que o público-alvo são os músicos atuantes na capital, o mapeamento das regiões sociais em que a cena rock se materializa pelos bairros de Curitiba e pesquisa bibliográfica. Palavras-chave: Cena musical. Tecnologias digitais. Curitiba. Etnomusicologia. Rock. ABSTRACT The present study focuses on the area of Ethnomusicology with approach in Communication and will treat the theme of independent rock music scene in the city of Curitiba from 2005 to the present. The research will start from a gap left by my Course Conclusion Assignment related to the issues raised in the article The Musical Scene in Curitiba: from the collection of the program Ciclojam between 1996 and 2005, presented at the 40th Brazilian Congress of Communication Sciences, Intercom 2017. These studies left open questions about the current reality of the rock music manifestations of the capital of Paraná, a period which concerns the context of democratization of access to digital information networks, especially from 2005, with the development of many social media websites and the greater possibility of sharing music-related multimedia. One of the main problems raised in the previous study was that several Curitiba musicians did not recognize a music scene in the city, which generated the need in the present work for a better delineation of the concept of music scene, in order to clarify this term from the academic perspective and differentiate it from other commonly attributed meanings in society. Thus, starting from the result of the previous study, which argues the existence of the rock music scene in the capital and discusses its features and conflicts, this paper will seek to investigate whether the use of online digital technologies by music professionals interfered in the Curitiba rock music scene after 2005, when the time clipping of the previous study ends and the current work begins.
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