UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE HUMANIDADES MESTRADO ACADÊMICO EM HISTÓRIA E CULTURAS MONALISA FREITAS VIANA CONJUNTO HISTÓRICO E ARQUITETÔNICO DA CIDADE DE VIÇOSA DO CEARÁ: DOS PERCURSOS DA PATRIMONIALIZAÇÃO (1997-2006) FORTALEZA – CEARÁ 2016 MONALISA FREITAS VIANA CONJUNTO HISTÓRICO E ARQUITETÔNICO DA CIDADE DE VIÇOSA DO CEARÁ: DOS PERCURSOS DA PATRIMONIALIZAÇÃO (1997-2006) Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado Acadêmico em História e Culturas do Centro de Humanidades da Universidade Estadual do Ceará, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em História e Culturas. Área de Concentração: História e Culturas. Orientadora: Prof. Dr. Marco Aurélio Ferreira da Silva FORTALEZA – CEARÁ 2016 À minha mãe, que me ensinou a ler! AGRADECIMENTOS A escrita desta dissertação só foi possível por causa da colaboração de muitas pessoas. Agradeço aos viçosenses que, sempre tão gentis e solícitos, concederam-me horas de conversas as quais me possibilitaram conhecer muitas histórias da cidade. Em especial, por compartilharem seus conhecimentos comigo, agradeço a Gilton Barreto, Tereza Cristina, Eônio Fontenele e Seu Emídio, bem como a Sra. Margarida Lopes e Fátima Brandão. Aos docentes do Mestrado Acadêmico em História – MAHIS, da Universidade Estadual do Ceará – UECE, principalmente aos professores Francisco Damasceno, Zilda Lima, Antônio de Pádua Freitas e Gleudson Passos, que ministraram as disciplinas por mim cursadas e, portanto, muito contribuíram nesse meu percurso. Em especial, agradeço ao Professor Marco Aurélio, pela orientação, sugestões e troca de ideias, sempre me possibilitando a liberdade para transcorrer as problemáticas com as quais me defrontei. Ao Professor Gisafran Jucá, por ter me permitido acompanhar suas aulas na disciplina “Ação Educativa Patrimonial”, durante o estágio de iniciação à docência. Aos funcionários do MAHIS, principalmente ao Neto, que sempre se mostrou tão solícito e paciente quanto às nossas inúmeras demandas. Ao professor Muirakytan Kennedy de Macedo (UFRN), pela sua participação na banca de qualificação. Suas considerações, naquele momento, foram muito importantes para o posterior desenvolvimento do trabalho. Ao professor Antônio Gilberto Ramos Nogueira (UFC), que também compôs a banca de qualificação. Além disso, a temática da pesquisa sempre me permitiu encontrá-lo durante vários simpósios temáticos, nos quais sempre realizou considerações e críticas valiosas, e de forma tão gentil. Novamente aos professores, Pádua e Gilberto, por terem aceitado participar da banca de defesa. A todos os companheiros de turma do MAHIS: Adilson, Brayan, Bruno, Caio, Camila, Emmanuel, Gabriela, Lucas, Luciana, Paulo César, Patrícia, Reverson e Rycardo. Vocês tornaram a minha passagem pelo Mestrado tão mais leve e divertida! E nessa lista, também não poderia esquecer os agregados, Adaiza e Ronald. E, novamente, refiro-me a Adilson, Gabi, Brayan, Reverson, Luciana, Patrícia e Camilinha, pois meu carinho por vocês, com certeza, não se limitou ao perímetro da Universidade. Espero que me permitam continuar fazendo parte da vida de vocês. A Teo Luiz, amigo da vida, dos bares e das estradas também, não é? Com muito carinho e competência aceitou ler meu projeto e discuti-lo durante uma das aulas de Seminário de Pesquisa I. Foi um avaliador dos mais gentis! A Anderson Sousa, com quem sempre mantive bem humoradas trocas de ideias. Ele foi um grande incentivador para que eu me submetesse à seleção do MAHIS. Mãe, Getúlio Alípio e Natália Maranhão, amigos queridos que me acompanharam em algumas das minhas idas a Viçosa do Ceará. Vocês tornaram os meus caminhos mais alegres! À Luciana Rodrigues, agradeço pelo empréstimo do gravador, o que me possibilitou o registro de todas as entrevistas. E, acima disso, agradeço por sua amizade e companheirismo. Mãe e pai por, simplesmente, tudo. Nada na minha vida seria possível se eu não os tivesse! A CAPES, por financiar esses dois anos de curso e pesquisa, por meio da bolsa de estudos. Sem esse auxílio, o caminho teria se tornado bem mais árduo. À Marina Gurgel, amiga da vida inteira, que sempre se fez presente em todos os momentos. Somos irmãs porque assim o escolhemos! A Rogéria Loiola, Bárbara Almeida, Sarah Braga, Marta Melila, Madrinha Graça, Eliane Azel, Silvana Magalhães. Minhas grandes amigas! Sempre torceram por mim e me acompanharam. A Germana Vitoriano e Rosa Lilian. Foi na companhia delas que “cheguei” à Viçosa do Ceará, durante as pesquisas do Projeto Infância e Patrimônio. Este trabalho teve início junto de vocês. A Superintendência do IPHAN no Ceará, em especial, Elizabete Rodrigues, que sempre me atendeu tão bem durante as pesquisas na biblioteca, disponibilizando toda a documentação possível. Agradeço também ao arquiteto Alexandre Veras, por me conceder uma hora de seu tempo para conversar sobre o difícil trabalho com o patrimônio cultural no Ceará. A toda a equipe do Museu da Imagem e do Som – MIS-CE que, tão gentilmente, disponibilizou-me fontes diversas presentes em seu acervo. Resumindo, agradeço a todas e todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para que este trabalho fosse realizado. Há nele um pouco (ou muito!) de cada um de vocês! “Vivemos na cidade, contudo, a um só tempo, ela também habita em nós”. (SILVA FILHO, 2004, p. 15) RESUMO O Conjunto Histórico e Arquitetônico da Cidade de Viçosa do Ceará foi reconhecido como patrimônio nacional em 2003, delineando-se uma poligonal de tombamento que incluiu, em seus contornos, a Igreja de Nossa Senhora da Assunção, cujo processo de inscrição em Livro de Tombo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN foi aprovado no ano de 2002. Com isso, tomamos como objeto de investigação o processo de patrimonialização que se foi ambientando naquela cidade e exercendo influências também sobre os usos do espaço urbano. Nosso ponto inicial de estudo circundou a atuação oficial, tomando como base de análise a documentação produzida, institucionalmente, ao passo da tramitação dos dois supracitados processos de tombamento. Ao interpelar tal material empírico, discutimos sobre o patrimônio cultural a ser acautelado enquanto socialmente construído, em torno do qual gravitaram critérios de valoração e apropriação simbólica, condizentes com a visão de profissionais, técnicos e agentes de preservação que tomaram parte no processo. O olhar sobre outras fontes (tais como o jornal), todavia, possibilitou-nos perceber o processo de patrimonialização para além da ocasião do tombamento. O processo de valorização, ou melhor, de definição do que se começou a denominar como “patrimônio histórico” da cidade aparece atrelado a interesses econômicos e, por conseguinte, a potenciais respostas a problemáticas sociais. Nessa perspectiva, é que passamos a perceber também a atuação de agentes locais sobre a dinâmica do turismo na região da Ibiapaba, possibilitando o discurso que identifica o município como turístico. Além das características que envolvem a geomorfologia, fauna e flora da região, aspectos que remetem à própria historicidade de formação daquele espaço urbano competem para firmar a designação de “turístico”. Desse modo, a igreja legada do período colonial, o casario proveniente do final do século XIX e início do XX, assim como narrativa histórica local passaram a figurar como “atrativos turísticos”. Assim, a partir desse caso específico, buscamos discutir acerca de plurais formas de apropriação e usos de bens e referências culturais. Palavras-chave: Viçosa do Ceará. Patrimônio cultural. Conjunto urbano. Turismo. ABSTRACT Part of the urban space of Viçosa do Ceará was chosen as national heritage by IPHAN, in 2003. That area received the title “Conjunto Histórico e Arquitetônico da Cidade de Viçosa do Ceará” and it includes the mother chuch, Igreja de Nossa Senhora da Assunção, that was listed in one of the national cultural heritage books. The inscription was approved in 2002. In our study we tried to understand how some objects and practice are selected as cultural heritage, than we discuss about the recognizing process and its effects over the uses and transformation of the urban space. We began with the official scope, analyzing the documents that were produced during that process. So, we perceived the cultural patrimony as a social production surrounded by criteria of valuation and symbolic appropriation. The kinds of criterion identify specific professionals and preservation agents. Being in touch with others materials, for example journals, have helped us to discuss the patrimony production as an enlarged action, involving the economic interests and activities. In that case, we emphasize the tourism in Ibiapaba region and the development of the Viçosa do Ceará image as a touristic city. Besides the local geomorphology, fauna and flora, historic aspects are also manipulated to firm the image of a touristic place. So the church built under the colonization period, the houses from the ending of 19th century and beginning of the 20th, and the historic narrative as well are all used like touristic attractive. At last, through the dialog about this specific case we intend to discuss about the several ways of appropriation and uses of the cultural objects and references. Key-words: Viçosa do Ceará. Cultural heritage. Urban area. Tourism. LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Localização de Viçosa do Ceará............................................................ 15 Figura 2 – Placa comemorativa do aniversário de 300 anos................................... 25 Figura 3 – Placa informativa. Polo Turístico
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