Imprensa Internacional Sobre Angola Novembro - Dezembro 2002

Imprensa Internacional Sobre Angola Novembro - Dezembro 2002

Imprensa internacional sobre Angola Novembro - Dezembro 2002 Relançamento do sector mineiro em 2003, o destaque da semana Luanda, 28/12 - O an úncio pelo ministro da Geologia e Minas, Manuel Africano, do relan çamento do sector mineiro em 2003, prevendo-se com isso a arrecada çã o de receitas brutas de cerca de 650 milh ões de d ólares, marcou o notici ário econ ómico da semana. Durante a habitual cerim ónia de cumprimentos de fim de ano, Manuel Africano garantiu que 65 milh ões do valor global ser ão dirigidos para os cofres do Estado. O dirigente prognosticou boas perspectivas de investimentos para o ano que se avizinha, tendo em conta o volume de receitas que se prev ê arrecadar. "As perspectivas para o pr óximo sao animadoras", disse. No sector dos petr óleos, foi anunciado em jeito de balan ço, em cerim ónia id êntica, que o Pa ís produziu uma m édia di ária de 815 mil e 564 barris de petr óleos no segundo semestre do ano que agora finda, contra os 918,779 do per íodo anterior, representando uma quebra di ária de 113 mil e 215. Segundo o novo titular dos Petr óleos em Angola, Desid ério Costa, esta baixa deveu-se a trabalhos de reabilita çã o da plataforma de produ çao Bagre (bloco 2), bem como da paralisa çã o do Campo Kuito (no bloco 14). O governante referiu que no dom ínio das licita çõ es concluiram-se as negocia çoes dos blocos 10 e 16, acrescentando que outros acordos foram alcan çados tendo citado como exemplo a extensao dos blocos zero, dois e tr ês. Entretanto, a Sonangol e a Cabgoc anunciaram a descoberta de petr óleo nas águas profundas do Bloco 14, em Angola. À descoberta prolonga o sucesso do Bloco 14 para sul do Vale Submarino do Congo segue-se a oito descobertas de petr óleo anteriores. Durante a semana natal ícia foi reportado ainda o facto de o aeroporto de Ondjiva, na prov íncia do Cunene, estar interdito à aterragem de aeronaves de grande e m édio porte desde o dia 13 do m ês em curso, devido às obras de restauro e amplia çã o. Os trabalhos sobre a pista de mil e 400 metros, que tiveram in ício este m ês, terminar ão em Novembro de 2003, com a sua amplia çã o para tr ês mil metros de cumprimento e 20 de largura. Mereceu tamb ém destaque o an úncio da pretens ão do Grupo Gastec em Angola em participar, entre outros projectos, nos trabalhos de constru çã o do novo terminal de passageiros do Aeroporto do Internacional 4 de Fevereiro. Esta inten çã o surge da decis ão do Governo, tomada em Outubro passado, de abrir um concurso p úblico internacional para a concess ão de servi ços, obras e explora çã o do terminal de passageiros do aeroporto. Esta empresa pretende igualmente participar na reabilita çã o da Barragem hidroel éctrica das Mabubas, Prov íncia do Bengo. O ministro de Energia e Aguas, Botelho de Vasconcelos, visitou as unidades de produ çã o da Empresa Nacional de Electricidade (ENE) situadas nas subesta çõ es de Viana e do Cazenga (ex-SONEFE), numa altura em que registam na cidade de Luanda v ários cortes de energia. O titular da pasta da Energia e Aguas inteirou-se do funcionamento das unidades de produ çã o a diesel da "Praia do Bispo", "Quartéis" e dos "Congolenses". Estao em curso v ários projectos como a reabilita çã o das mini- centrais h ídricas do Lukixi no U íge e do Kuito, na prov íncia do Bi é, com uma capacidade instalada de 1,5 megawatts. Finalmente, noticiou-se a reabertura do tr áfego rodovi ário sobre rio Lucala. A circula çã o rodovi ária na ponte sobre o rio Lucala, na estrada nacional Luanda/Dondo/Ndalatando (Kwanza-Norte), foi reaberta ap ós a conclusao antecipada dos trabalhos de repara çã o e manuten çao pelo Instituto de Estradas de Angola (INEA). O tro ço, que esteve interdito entre os dias 24 e 25 do m ês em curso, no per íodo das 6h30 às 16h30, foi reaberto quatro dias antes do tempo previsto. Localizada nas proximidades da povoa çã o de Ndange ya Menha (prov íncia do Kwanza-Norte), a referida estrutura constitui um dos principais pontos de liga çã o entre as cidades de Luanda e Ndalatando (ao norte de Angola). Recuperação do troço ferroviário Bungo/Viana/Baia começa até março Luanda, 28/12 - A empresa de Caminhos de Ferros de Luanda vai iniciar no primeiro trimestre de 2003 a reabilita çã o do tro ço ferrovi ário Bungo/Musseques/Viana/Baia, numa extens ão de cerca de 35 quil ómetros, anunciou o director-geral da institui çã o. Segundo Manuel Gourgel Rodrigues, que falava à imprensa no final da cerim ónia de cumprimento de fim de ano, o financiamento para a empreitada, avaliado em 90 milh ões de d ólares, est á assegurado mediante um contrato rubricado em finais de Novembro deste ano com um cons órcio chin ês. O projecto prev ê a constru çã o de uma linha com caracter ísticas modernas, com passagens superiores para viaturas e pe ões, para evitar que cruzem com os comboios ao mesmo n ível, como at é hoje se verifica. Prev ê igualmente dimensionar a linha para via dupla e a reposi çã o do feixe de linhas no Porto de Luanda para facilitar o escoamento de mercadorias do recinto portu ário. Manuel Gourgel informou que o pacote de financiamento contempla ainda a indemniza çõ es para o caso de demoli çõ es de resid ências constru ídas pr óximas das vias. Em 2003, est á prevista a angaria çã o de financiamentos para a repara çã o do tro ço ferrovi ário entre o Zenza do Itombe e Luinha, ambas na prov íncia do Kwanza-Norte, onde se encontra uma ponte destru ída. Lei de Investimento Privado propiciará reindustruialização do país Luanda, 30/12 - A aprova çã o da Lei de Investimento Privado e Lei Quadro da Ind ústria, prevista para o primeiro trimestre do ano 2003, permitir á a reindustrializa çã o do Pa ís, considerou hoje, em Luanda, o ministro da Ind ústria, Joaquim David. De acordo com o respons ável, que falava durante a cerim ónia de apresenta çã o de cumprimentos de fim de ano, a aprova çã o dos dois diplomas trar á um ambiente completamente diferente ao sector industrial. Quanto ao desempenho do sector durante o ano de 2002, o respons ável notou que a ind ústria transformadora n ão foi capaz de atingir o crescimento de dois dígitos previstos, devido a condicionantes estranguladores que emperram o ramo produtivo. Uma das raz ões apontadas pelo titular da pasta da Ind ústria foi a ineficaz pol ítica de reformas fiscais e aduaneiras que, inicialmente, iriam viabilizar um maior incremento da iniciativa de investimento no País. "N ão se tendo verificado esta melhoria no ambiente, no quadro fiscal e aduaneiro, apesar de uma situa çã o de paz mais hospitaleira, n ão conseguimos atingir as metas preconizadas no nosso programa", justificou o governante, sem entrar em pormenores. Sem revelar o crescimento atingido este ano, Joaquim David manifestou-se optimista que o primeiro trimestre de 2003 ser á marcado pelo inicio do processo de reindustrializa çã o do Pa ís, tendo em conta o ambiente prop ício que est á a ser criado com a aprova çã o dos dois diplomas. "Estamos convencidos que com estes diplomas teremos um ambiente que vai propiciar um arranque real da reindustrializa çã o de Angola durante o ano 2003", sublinhou. FAA destroem bases da FLEC renovada Todas as Noticias All headlines 31/12/2002 O governo terminou o ano com maior controlo sobre a província de Cabinda, a única região do país onde se registava instabilidade militar. Várias armas foram apresentadas este fim de semana, na sequência de uma ofensiva militar que culminou com a queda dos principais bastiões da FLEC-Renovada. Segundo o comandante do 124º batalhão de caçadores das FAA, tenente-coronel Tussem dos Santos, a operação resultou na queda da quarta e quinta regiões militares da FLEC-Renovada, situadas no sul daquela província. O tenente coronel Tussem dos Santos afirmou que durante a operação foram feitos prisioneiros um major e um capitão da FLEC-Renovada que desempenhavam funções de direcção no comando dos rebeldes. “Fizemos uma operação de limpeza nestas áreas alem de termos capturado dois oficiais que pertenciam ao estado-maior operacional tomamos de assalto a quarta e quinta regiões militares da FLEC-Renovada, referiu”. De acordo com o responsável militar, a ofensiva em curso em Cabinda, visa criar as condições para a reposição da administração do estado em toda a extensão daquela província. O conflito em Cabinda ganhou nova dimensão depois do entendimento alcançado pelo Governo e a UNITA, a 4 de Abril deste ano. As Forcas Armadas Angolanas reforçaram as suas unidades naquela região na perspectiva de vergar militarmente a rebelião. Ainda assim, as autoridades angolanas não excluem a possibilidade dialogar com a rebelião, visando a solução do caso Cabinda. Na sua mensagem de ano novo, o Presidente José Eduardo dos Santos manifestou o desejo de que antes das próximas eleições a província de Cabinda possa viver em paz e estabilidade como já acontece com o resto. Entretanto representante dos independentistas no estrangeiro, desmentiram a queda de qualquer unidade militar . Mas um dos oficiais capturados pelo governo não só confirmou a veracidade dos factos, como insinuou que a via resistência armada não era melhor caminho.

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